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OXIDAÇÃO versus ACIDEZ TOTAL Neste artigo iremos esclarecer a relação tênue que existe entre os resultados de acidez e de oxidação do óleo. Toda vez que falamos em oxidação nós pensamos rapidamente em acidificação do óleo ou até mesmo degradação do óleo. De certa forma isto está correto, pois a oxidação nada mais é do que um processo complicado de reações químicas que gera subprodutos no óleo, dentre eles os ácidos, principal causador da degradação do óleo e do aumento da viscosidade e que colabora com o aumento do desgaste. Existem dois meios de se quantificar esta acidez, um é através do ensaio de Número de Acidez Total, conhecido como TAN e o outro é através do ensaio de infravermelho. Ao contrário do que se diz no campo a relação entre os dois resultados não é tão direta assim e não é possível afirmar que os resultados de acidez são proporcionais aos resultados de oxidação. O ensaio de TAN quantifica todos os produtos ácidos presentes no óleo. Já o infravermelho não funciona desta maneira. Esta técnica é muito eficiente, mas que em mãos erradas pode levar a interpretações erradas de resultados. O infravermelho não diferencia ácido de outros produtos quimicamente similares, mas que não são ácidos e nem tem característica ácidas. Como exemplo de produto similar podemos citar o éster, que além de não ser ácido está presente em alguns aditivos tais como os melhoradores de índice de viscosidade e modificadores de atrito. Sendo assim, os resultados de oxidação dados pela análise de infravermelho, nada mais é do que a somatória dos ácidos e ésteres presentes no óleo. Em alguns óleos, é comum ter resultado elevado de oxidação e valores baixos de acidez total, devido à presença de aditivos a base de ésteres. E vejam que interessante. Nestes casos, o preocupante é quando o resultado de oxidação diminui, pois significa que o aditivo precipitou no compartimento e perdeu sua função protetora. É muito importante que o seu laboratório saiba avaliar estes resultados e conhecer os lubrificantes que estão analisando. Somente desta maneira é possível tornar os dois resultados íntimos e úteis, aumentando a eficiência da interpretação e evitando paradas e trocas de óleo desnecessárias.

ACIDEZ TOTAL versus OXIDAÇÃO

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Page 1: ACIDEZ TOTAL versus OXIDAÇÃO

OXIDAÇÃO versus ACIDEZ TOTAL

Neste artigo iremos esclarecer a relação tênue que existe entre os resultados de acidez e deoxidação do óleo.

Toda vez que falamos em oxidação nós pensamos rapidamente em acidificação do óleo ou até mesmo degradação do óleo. De certa forma isto está correto, pois a oxidação nada mais é do que um processo complicado de reações químicas que gera subprodutos no óleo, dentre eles os ácidos, principal causador da degradação do óleo e do aumento da viscosidade e que colabora com o aumento do desgaste.

Existem dois meios de se quantificar esta acidez, um é através do ensaio de Número de Acidez Total, conhecido como TAN e o outro é através do ensaio de infravermelho.

Ao contrário do que se diz no campo a relação entre os dois resultados não é tão direta assim enão é possível afirmar que os resultados de acidez são proporcionais aos resultados de oxidação.

O ensaio de TAN quantifica todos os produtos ácidos presentes no óleo. Já o infravermelho não funciona desta maneira. Esta técnica é muito eficiente, mas que em mãos erradas pode levar a interpretações erradas de resultados.

O infravermelho não diferencia ácido de outros produtos quimicamente similares, mas que não são ácidos e nem tem característica ácidas. Como exemplo de produto similar podemos citar o éster, que além de não ser ácido está presente em alguns aditivos tais como os melhoradores de índice de viscosidade e modificadores de atrito. Sendo assim, os resultados de oxidação dados pela análise de infravermelho, nada mais é do que a somatória dos ácidos e ésteres presentes no óleo.

Em alguns óleos, é comum ter resultado elevado de oxidação e valores baixos de acidez total, devido à presença de aditivos a base de ésteres. E vejam que interessante. Nestes casos, o preocupante é quando o resultado de oxidação diminui, pois significa que o aditivo precipitou no compartimento e perdeu sua função protetora.

É muito importante que o seu laboratório saiba avaliar estes resultados e conhecer os lubrificantes que estão analisando. Somente desta maneira é possível tornar os dois resultados íntimos e úteis, aumentando a eficiência da interpretação e evitando paradas e trocas de óleo desnecessárias.