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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
CAROLINA SALOMÉ OLDAKOSKI DIRCEU VITOR PILATO
ADIÇÃO DO RESÍDUO DA LAVAGEM DE AREIA NO BLEND DE ARGILA PARA A FABRICAÇÃO DE BLOCOS DE VEDAÇÃO
CURITIBA
2013
CAROLINA SALOMÉ OLDAKOSKI DIRCEU VITOR PILATO
ADIÇÃO DO RESÍDUO DA LAVAGEM DE AREIA NO BLEND DE ARGILA PARA
A FABRICAÇÃO DE BLOCOS DE VEDAÇÃO
Trabalho apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil no Curso de Engenharia Civil, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Profª.Dra. Laila Valduga Artigas
CURITIBA 2013
TERMO DE APROVAÇÃO
CAROLINA SALOMÉ OLDAKOSKI DIRCEU VITOR PILATO
ADIÇÃO DO RESÍDUO DA LAVAGEM DE AREIA NO BLEND DE ARGILA PARA A FABRICAÇÃO DE BLOCOS DE VEDAÇÃO
Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil no Curso de Engenharia Civil, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora:
____________________________________ Profa. Dra. Laila Valduga Artigas
Orientadora – Departamento de Construção Civil, UFPR
___________________________________ Profa. Dra. Nayara Soares Klein
Departamento de Construção Civil, UFPR
__________________________________ Prof. Msc. Carlos Gustavo Nastari Marcondes
Departamento de Construção Civil, UFPR
Curitiba, 11 de dezembro 2013
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, aos nossos pais, por sempre nos apoiarem e dedicarem tanto do vosso tempo conosco. Somos eternamente gratos a vocês. Vocês foram nossos alicerces para esta conquista.
A Deus, por nunca nos deixar desistir do que queríamos, por dar-nos, acima de tudo, a fé.
A nossa orientadora, Laila Valduga Artigas, pelo entusiasmo e conhecimento compartilhados conosco, desde nossa primeira reunião.
Aos senhores(as), Guilherme Orso, Zeco Bobato, Shirley Cosin, Leonardo
Miranda e tantos outros, que compartilharam seus conhecimentos conosco, sem pedir nada em troca.
À Pedreira Costa, a qual disponibilizou material para adição, em especial, à
Shamantta e Jonathan Costa pela disposição em explicar todo o processo produtivo de sua empresa.
À Cerâmica São Pedro e seus funcionários, por ceder-nos equipamentos
para a realização de ensaios, em especial, ao seu proprietário, senhor Gerson Raksa.
Á Cerâmica Duas Palmeiras e a Conspilato Materiais para Construção, pelos
materiais e equipamentos fornecidos, sem os quais este trabalho não poderia ser feito. E aos seus funcionários, pelo auxilio no processo produtivo das amostras. Agradecemos de maneira especial, aos senhores, Alvir Antonio Pilato, Altemar Pilato e Abelar Pilato, por apoiar os trabalhos mais pesados em torno do presente trabalho.
Aos Docentes do curso de Engenharia Civil da UFPR, pelo conhecimento à
nós transmitido. A toda a equipe do LAME, Laboratório de Materiais e Estruturas, em
especial aos senhores Douglas e Ricardo, pelo tempo gasto em nos ajudar. Aos membros da banca examinadora, por se mostrarem aptos a participar
desta fase tão importante em nossas vidas. Aos colegas de curso, pelo apoio e entusiasmo em toda a caminhada até
aqui. E aos membros do Time de futebol "QCBFC", por estarem sempre presentes nos momentos de descontração.
Aos verdadeiros amigos, por entender nossa ausência nesse período de
árduo trabalho.
A caminhada para um ambiente mais sustentável é muito longa, porém só será atingida se começarmos a nos preocupar desde já com o tamanho da destruição que causamos em nosso Planeta. Não devemos nos preocupar com o tamanho do benefício ao qual conseguiremos e sim que podemos, de uma forma ou de outra, compensar um pouco do que retiramos do meio ambiente. Se nossos passos forem curtos, porém precisos e eficazes, poderemos ter a certeza de que estaremos trilhando o caminho certo rumo à sustentabilidade.
Dirceu Vitor Pilato
RESUMO
Devido à grande importância da cerâmica vermelha de vedação dentro da engenharia civil brasileira, é inerente a preocupação com as reservas de matéria-prima para a produção desse material. O presente trabalho visa adicionar o resíduo da lavagem de areia natural à argila, com o objetivo de reduzir a quantidade de argila a ser utilizada na produção de blocos de vedação e eliminar a deposição do resíduo no leito dos rios. Para isto, foram arbitrados valores de adição de 10%, 15% e 20% de resíduo em massa, mantendo-se o mesmo processo ao qual passam os blocos cerâmicos quando produzidos. As amostras foram ensaiadas com base na norma da ABNT NBR15270-3:2005, segundo os ensaios de determinação das características geométricas, índice de absorção d'água, absorção de água inicial e resistência à compressão. Para efeito de emprego imediato do resíduo no processo produtivo, as amostras foram comparadas com blocos de produção normal de uma empresa localizada em Curitiba. Os resultados mostraram que o resíduo pode ser empregado no processo produtivo cerâmico, porém, em porcentagem de 10% ou inferiores tendo em vista o déficit significativo de resistência mecânica apresentado nas amostras com 15% e 20%. Nos demais ensaios, os blocos com adição do resíduo se comportaram de maneira muito semelhante aos blocos de produção normal, tendo um pequeno aumento nas suas dimensões e no índice de absorção d’água, mas permanecendo dentro dos padrões exigidos pela norma brasileira. Para efeito ambiental, a adição desse resíduo torna-se de grande valia, uma vez que seu descarte não seria mais feito em rios no entorno das mineradoras de areia e diminuiria a quantidade de argila necessária para a produção de blocos cerâmicos de vedação.
Palavras-chave: Argila. Bloco cerâmico. Resíduo.
ABSTRACT
Due to the importance of the ceramic seal within Brazilian civil engineering, is inherent concern with stocks of raw material for the production of this material. The present work aims to add the residue wash natural clay sand, aiming to reduce the amount of clay to be used in the production of bricks and eliminate the deposition of the residue from the riverbeds. For this, addition values of 10%, 15% and 20% by mass of residue were arbitrary, keeping the same process which are produced when the ceramic block. The samples were tested with the ABNT NBR15270-3:2005 , according to tests to determine the geometric characteristics, water absorption rate , initial water absorption and resistance to compression. For immediate employment effect of the residue in the production process, the samples were compared with blocks of a normal production company located in Curitiba. The results showed that the residue can be used in ceramic production process, however, a percentage of 10% or less in view of the significant deficit in strength shown in samples with 15% and 20%. In other tests, the blocks with the addition of residue behaved very similarly to normal production blocks way, taking a small increase in size and the rate of water absorption , but remaining within the standards required by the Brazilian standard. For environmental effect, the addition of this residue becomes valuable, since their disposal would not be done in the rivers surrounding the mining of sand and decrease the amount of clay needed for the production of ceramic bricks.
Key-words: Clay. Ceramic block. Residue.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FLUXOGRAMA DE PROCESSO PRODUTIVO DA CERÂMICA VERMELHA. ............... 16
FIGURA 2 – PREPARAÇÃO DO BLEND ............................................................................................. 17
FIGURA 3 – CONFORMAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO .................................................................... 19
FIGURA 4 – SECAGEM DOS BLOCOS CERÂMICOS EM ESTUFA .................................................. 20
FIGURA 5 – FORNO CONTÍNUO, TIPO TÚNEL ................................................................................. 22
FIGURA 6 – FORNO INTERMITENTE, TIPO PAULISTA .................................................................... 22
FIGURA 7 – VALETA DE DECANTAÇÃO ............................................................................................ 26
FIGURA 8 – RESÍDUO DA LAVAGEM DA AREIA APÓS SECAGEM ................................................. 26
FIGURA 9 - HOMEGENEIZACAO DA MISTURA DO RESÍDUO AO BLEND DE ARGILA ................. 30
FIGURA 10 – COLOCAÇÃO DA MISTURA NA ESTEIRA PARA TRANSPORTE ATÉ O LAMINADOR
.......................................................................................................................................... 31
FIGURA 11 – MATERIAL APÓS PASSAR PELO LAMINADOR .......................................................... 31
FIGURA 12 – BLEND CHEGANDO NA EXTRUSORA APÓS LAMINAÇÃO ....................................... 32
FIGURA 13 – BLOCO COM ADIÇÃO SAINDO DA EXTRUSORA ...................................................... 32
FIGURA 14 – CORTE DO BLOCO APÓS A SAÍDA DA EXTRUSORA ............................................... 33
FIGURA 15 – ESTOCAGEM DOS BLOCOS COM ADIÇÃO PARA SECAGEM AO AR LIVRE .......... 33
FIGURA 16 – BLOCOS CERÂMICOS NO FORNO PARA POSTERIOR QUEIMA ............................. 34
FIGURA 17 - IDENTIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES DO BLOCO ......................................................... 35
FIGURA 18 – MEDIÇÃO DO DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DO BLOCO ......................... 35
FIGURA 19 – PLANEZA DAS FACES – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE DESVIO
CÔNCAVO E CONVEXO ................................................................................................. 36
FIGURA 20 – POSIÇÕES PARA AS MEDIÇÕES DAS ESPESSURAS DAS PAREDES EXTERNAS E
SEPTOS ........................................................................................................................... 36
FIGURA 21 – MEDIÇÃO DA ALTURA DO BLOCO CERÂMICO COM PAQUÍMETRO ...................... 37
FIGURA 22 – MEDIÇÃO DA LARGURA DO BLOCO CERÂMICO COM PAQUÍMETRO ................... 37
FIGURA 23 – MEDIÇÃO DO SEPTO DO BLOCO CERÂMICO COM PAQUÍMETRO ........................ 38
FIGURA 24 – BLOCOS CERÂMICOS IMERSOS EM TANQUE COM ÁGUA ..................................... 39
FIGURA 25 – PESAGEM DOS BLOCOS APÓS RETIRADA DO EXCESSO DE ÁGUA .................... 39
FIGURA 26 – PENEIRAMENTO DA AREIA PARA O PREPARO DA ARGAMASSA .......................... 40
FIGURA 27 - PESAGEM DA AREIA USADA NA ARGAMASSA DE CAPEAMENTO ......................... 41
FIGURA 28 - PESAGEM DO CIMENTO USADO NA ARGAMASSA DE CAPEAMENTO .................. 41
FIGURA 29 – BLOCOS CERÂMICOS CAPEADOS ............................................................................. 42
FIGURA 30 – SATURAÇÃO DOS BLOCOS CAPEADOS ................................................................... 43
FIGURA 31 – EXECUÇÃO DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA ............................................................... 44
FIGURA 32 – BLOCOS ROMPIDOS NO ENSAIO DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO ................. 44
FIGURA 33 – TANQUE PARA EXECUÇÃO DO ENSAIO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL ......... 45
FIGURA 34 – EXECUÇÃO DO ENSAIO DE ABSORÇÃO INICIAL ..................................................... 46
FIGURA 35 – GRÁFICO DOS RESULTADOS DA ABSORÇÃO DE ÁGUA ........................................ 61
FIGURA 36 - GRÁFICO COM A MÉDIA DOS RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO ................................................................................................................ 64
FIGURA 37 – GRÁFICO COM A MÉDIA DOS RESULTADOS DOS ÍNDICES DE ABSORÇÃO
INICIAL ............................................................................................................................. 67
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – DIMENSÕES DE FABRICAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO................ 23
TABELA 2 – TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS INDIVIDUAIS RELACIONADAS À DIMENSÃO
EFETIVA ........................................................................................................................... 23
TABELA 3 - TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS RELACIONADAS À MÉDIA DAS DIMENSÕES
EFETIVAS ......................................................................................................................... 24
TABELA 4 – ESPECIFICAÇÃO PARA A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ...................................... 24
TABELA 5 – NÚMERO DE BLOCOS DOS LOTES E DA AMOSTRAGEM ......................................... 25
TABELA 6 – UMIDADE DAS AMOSTRAS DOS MATERIAIS .............................................................. 29
TABELA 7 – DIMENSÕES DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO (EM CM) .................................................... 48
TABELA 8 - DIMENSÕES DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% (EM CM) ...................................... 49
TABELA 9 - DIMENSÕES DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% (EM CM) ...................................... 49
TABELA 10 - DIMENSÕES DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% (EM CM) .................................... 50
TABELA 11 – MÉDIAS DAS DIMENSÕES DOS BLOCOS COM E SEM ADIÇÃO DO RESÍDUO (EM
CM) ................................................................................................................................... 50
TABELA 12 – FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO
(EM MM) ........................................................................................................................... 51
TABELA 13–FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM ADIÇÃO
DE 10% (EM MM) ............................................................................................................. 52
TABELA 14 –FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM ADIÇÃO
DE 15% (EM MM) ............................................................................................................. 52
TABELA 15 –FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM ADIÇÃO
DE 20% (EM MM) ............................................................................................................. 53
TABELA 16 – MÉDIA DAS FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS
COM E SEM ADIÇÃO (EM MM) ....................................................................................... 53
TABELA 17 – ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS DOS BLOCOS SEM
ADIÇÃO (EM MM) ............................................................................................................ 54
TABELA 18 - ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS - BLOCOS COM ADIÇÃO
DE 10% (EM MM) ............................................................................................................. 55
TABELA 19 - ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS - BLOCOS COM ADIÇÃO
DE 15% (EM MM) ............................................................................................................. 55
TABELA 20 - ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS - BLOCOS COM ADIÇÃO
DE 20% (EM MM) ............................................................................................................. 56
TABELA 21 – ÁREA BRUTA DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO (AB) (EM CM²) ....................................... 57
TABELA 22 - ÁREA BRUTA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% (AB) (EM CM²) ......................... 57
TABELA 23 - ÁREA BRUTA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% (AB) (EM CM²) ......................... 58
TABELA 24 - ÁREA BRUTA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% (AB) (EM CM²) ......................... 58
TABELA 25- ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO .......................... 59
TABELA 26 - ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% .......... 59
TABELA 27 - ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% .......... 60
TABELA 28 - ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% .......... 60
TABELA 29 – RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO .......... 62
TABELA 30 - RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10%
.......................................................................................................................................... 62
TABELA 31 - RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15%
.......................................................................................................................................... 63
TABELA 32 - RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20%
.......................................................................................................................................... 63
TABELA 33 - ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO .................................... 66
TABELA 34 – ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% ..................... 66
TABELA 35 - ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% ..................... 66
TABELA 36 - ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% ..................... 67
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................. 10
2.OBJETIVOS ........................................................................................................... 12
2.1.OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 12
2.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 12
3.JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 13
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 14
4.1.BLOCO CERÂMICO ........................................................................................... 14
4.1.1.Matéria prima e fabricação ............................................................................... 15
4.1.2.Requisitos de qualidade ................................................................................... 22
4.2.RESÍDUO DA LAVAGEM DE AREIA .................................................................. 25
5.METODOLOGIA .................................................................................................... 28
5.1.COLETA DAS AMOSTRAS SEM RESÍDUO ....................................................... 28
5.2.COLETA E ADEQUAÇÃO DO RESÍDUO ........................................................... 28
5.3.ADIÇÃO DO RESIDUO AO BLEND .................................................................... 29
5.4.DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS ......................... 34
5.5.DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) .......................... 38
5.6.DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ................................... 39
5.7.DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ABSORÇÃO INICIAL (AAI) .......................... 45
6.RESULTADOS ....................................................................................................... 47
6.1.INSPEÇÃO VISUAL ............................................................................................ 47
6.2.CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: LARGURA, ALTURA E COMPRIMENTO
.......................................................................................................48
6.3.CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: FLECHA E DESVIO AO ESQUADRO .. 51
6.4.CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: SEPTOS ............................................... 54
6.5CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: ÁREA BRUTA........................................ 56
6.6.ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ ÁGUA ..................................................................... 59
6.7.RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ...................................................................... 62
6.8.ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL ......................................................................... 65
7.BENEFÍCIOS AMBIENTAIS OBTIDOS ................................................................. 69
8.CONCLUSÃO ........................................................................................................ 70
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 71
10
1. INTRODUÇÃO
1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Antes, assunto que se limitava aos estudiosos e militantes, a questão do
meio ambiente virou tema mundial e hoje encontra-se presente nos mais diversos
segmentos da sociedade. A preocupação com a preservação do meio ambiente já é
vista como prioridade pelos poderes públicos e a adesão da sociedade se faz cada
vez mais necessária. (OLIVEIRA, 2008)
Segundo Del Carlo (2008), a engenharia moderna é obrigada a trabalhar
com três variáveis consideradas como básicas e que foram historicamente
ignoradas: responsabilidade ambiental, responsabilidade social e sustentabilidade. O
fato é que, a engenharia deve se aproximar das reais necessidades humanas,
principalmente porque a indústria da construção civil é protagonista no cenário atual
de poluição ambiental.
Afunilando a cadeia produtiva da construção civil, temos as olarias, que
consomem cerca de 15 milhões de toneladas de argila mensalmente (ANICER,
2003), potencial este, que pode ser explorado no que tange à incorporação de
resíduos no processo produtivo ceramista.
Dadas as características da argila como sendo uma mistura de óxidos (SiO2,
Al2O2, FeO) e possuir baixa granulometria, pode-se considerar que resíduos inertes
de tamanho menor ou igual ao da argila podem ser adicionados a sua mistura, dada
uma dosagem correta, para que as características finais do bloco cerâmico não
sofram influências negativas.
Para tanto, o uso destes materiais deve estar relacionado à já existência
dele em forma de fino, ou seja, se o material existe, mas precisa ser moído, para o
uso na argila já se torna inviável, tendo em vista o alto custo para a moagem e o
baixo valor agregado da argila natural.
11
Havendo, portanto, uma geratriz de material fino próxima ao polo produtor de
cerâmica, pode-se estudar a possibilidade de adição à argila natural, visando à
retirada de um resíduo da natureza e economizando quantidades de um material
não renovável, além de ter a possibilidade de melhorar o desempenho do bloco
cerâmico.
Nesse contexto, insere-se o resíduo de lavagem de areia natural, o qual não
precisa de nenhuma moagem para atingir a finura necessária para a adição na argila
sã.
12
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento de blocos cerâmicos
após adições de diferentes quantidades de resíduo derivado da lavagem de areia
natural. Serão usados métodos de ensaio segundo a Norma Brasileira para a análise
do desempenho do material inicial e final.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a. Ensaiar amostras de bloco cerâmico da olaria em estudo, quanto ás
características geométricas, resistência mecânica, absorção de água total e
ao índice de absorção inicial;
b. Realizar misturas do resíduo ao blend da argila, em teores de 10%, 15% e
20%;
c. Efetuar os mesmos ensaios realizados nas amostras, comparando com os
resultados obtidos inicialmente.
13
3. JUSTIFICATIVA
O estudo presente se justifica pela iminente escassez a que o futuro breve
nos reserva para qualquer material não renovável. A argila, sem dúvida, se
enquadra neste paradigma, o qual pode ser mudado com a substituição integral ou
parcial de rejeitos ou materiais renováveis no processo produtivo ceramista. A
contento, o meio ambiente também é beneficiado, pela simples eliminação de um
tipo de rejeito, de areia lavada, que se incorporará no blend de argilas.
De qualquer forma, dado o emprego de energia que o processo de extração
de areia demanda, é cabível estudar modos de aproveitar todos os seus produtos
para que o balanço energético desse tipo de mineração torne-se cada vez melhor.
14
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
O costume da obtenção de produtos da argila é muito antigo, começou em
lugares onde não existia essa matéria em abundância, primeiro por cozimento ao sol
e depois por cozimento ao forno. É tão antigo, que sua existência foi mencionada na
bíblia, como material utilizado como bloco cerâmico na construção da Torre de Babel
(PETRUCCI, 2007).
Com o passar do tempo os materiais derivados da argila foram evoluindo,
absorvendo as tecnologias disponíveis e tornando possíveis diversos
empreendimentos construídos pelo homem.
4.1. BLOCO CERÂMICO
O bloco cerâmico é o principal elemento da alvenaria, sendo o produto que
mais tem influencia neste tipo de método construtivo.
Tendo em vista a diversidade de edificações arquitetadas pelo homem, seu
formato e dimensão variam de acordo com seu uso final, variando de pequenas
peças usadas para decoração e revestimento, até grandes blocos usados como
elementos estruturais.
No Brasil, a participação dos cerâmicos tem maior influência nas áreas de
vedação e estrutural, sendo uma pequena parcela utilizada como revestimento.
Especificamente na região de Curitiba nota-se uma quantidade grande de olarias
que concentram sua produção nos blocos cerâmicos de vedação, que é objeto
nesse estudo.
15
4.1.1. Matéria prima e fabricação
A base de todo bloco cerâmico remonta à argila, que por sua vez, segundo
Petrucci (2007), é formada pela desintegração de rochas ígneas, sendo o feldspato
sua origem mais comum, podendo ainda ser formada de micaxistos e gnaisses. É
também constituída de compostos minerais, que contém fundamentalmente silicatos
de alumínio hidratados.
De acordo com Grim (1953), a argila é um material terroso de granulometria
fina que apresenta certa plasticidade quando em contato com a água.
Amarante (1993) define argilas como produtos de alteração intempérica de
rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. Em seu estado natural, as argilas são
constituídas de minerais primários (que sem encontram presentes nas rochas, e
apenas alteraram sua composição) e/ou minerais secundários (produzidos pela ação
de agentes químicos sobre os minerais primários). Pela sua formação e localização,
as argilas podem ser consideradas residuais, formadas in situ(que sofreram pouco
ou nenhum transporte e contém uma proporção de minerais primários maior que as
argilas sedimentares) e/ou sedimentares (que foram transportadas e depositadas,
encontrando-se poucos minerais associados às rochas, com exceção de quartzo e
alguma muscovita).
Portanto, as argilas são uma mistura de materiais de baixa granulometria e
baixo índice de material orgânico, o que a torna um material interessante do ponto
de vista tecnológico, pelo fato destes materiais possuírem em suas composições
alguns fundentes, que ao ultrapassarem uma determinada temperatura (900° a
1100°C) adquirem resistência mecânica elevada ao sintetizarem.
A característica essencial da argila como matéria-prima para a produção dos
diferentes produtos cerâmicos é a sua plasticidade no estado úmido, qualidade
quase não superada por nenhuma outra matéria-prima, que adquire rigidez ao secar
e dureza ao ser queimada (LOYOLA,2000).
O número de argilas empregado por cada cerâmica depende do custo de
cada argila e também do que se deseja obter como produto final, satisfazendo os
16
objetivos da norma brasileira NBR 15270:2005. Segundo Motta et. Al.(2001) a
maioria das olarias e cerâmicas utilizam um tipo de argila monocomponente,
chamada de simples ou natural.
Tendo em vista as diferentes argilas que compõe o Brasil, será feito um
recorte regional, que abrange Curitiba e sua região metropolitana para este estudo.
Para esta região utiliza-se uma formulação geralmente empírica e varia de acordo
com cada ceramista, mas em geral é composta de uma argila “gorda”, caracterizada
pela alta plasticidade e composição basicamente de argilominerais, e de argila
“magra”, rica em quartzo, que baixa a plasticidade da mistura e permite a devida
drenagem das peças, tanto na secagem quanto na queima.
Geralmente são praticados os seguintes processos até o produto final:
Adequação e preparação da matéria-prima (ou bled), conformação, secagem e
queima.
O processo de produção da indústria cerâmica é apresentado no fluxograma
da FIGURA 1.
FIGURA 1 - FLUXOGRAMA DE PROCESSO PRODUTIVO DA CERÂMICA VERMELHA.
FONTE: Adaptado de JULIATO(1995).
17
i. Adequação e preparação
Após ser extraída de seu depósito natural, a argila deve passar pelo
processo de sazonamento, que consiste na deposição da própria argila a céu aberto,
formando camadas subseqüentes por, no mínimo, 6 meses. Este processo traz
como vantagens o aumento da plasticidade e a lavagem de sais solúveis, além da
decomposição de material orgânico.
Em seguida é feita a preparação do blend, que consiste na mistura de um ou
mais tipos de argila e, consequentemente, de resíduos provenientes de diversas
fontes.
FIGURA 2 – PREPARAÇÃO DO BLEND
Para a preparação são empregados os seguintes equipamentos, na
respectiva ordem de atuação:
• Britadores de diversos tipos;
• Caixão alimentador;
• Destorroador;
• Misturador;
• Laminador;
18
ii. Conformação
Este processo compreende a etapa final de moldagem dos blocos na etapa
plástica da argila e pode ser concebido através de dois tipos distintos de moldagem,
que são a prensagem e a extrusão.
A prensagem advém dos primórdios da indústria cerâmica, onde a argila é
compactada dentro de uma forma, e após sua moldagem, é desformada adquirindo
a forma de bloco. A única diferença deste processo conforme se passaram os anos
foi o advento da mecanização do sistema, embora o processo seja exatamente o
mesmo.
Em geral, o processo a prensagem leva a obtenção de uma qualidade
superficial e controle dimensional superiores aos obtidos pelo processo da extrusão.
O processo da extrusão é de utilização bem mais ampla em todos os
segmentos da indústria cerâmica em geral, tais como indústrias de tijolos maciços,
furados, telhas, manilhas, perfis, barras etc.
Segundo Soares (2002), a obtenção de produtos pelo processo de extrusão
consiste em compactar uma massa plástica numa câmara de alta pressão equipada
por um conjunto moto-bomba para a retirada do ar, (vácuo), contra um molde
(boquilha) no formato desejado.
O sistema mais utilizado de extrusão é o de hélice (rosca sem-fim), que
permite fluxo contínuo, homogeneização aceitável, e boa distribuição de pressões na
saída do equipamento. A principal vantagem desse tipo de sistema é a variabilidade
de produtos que conseguem ser feitos, uma vez que a única peça a ser trocada de
produto a produto é a boquilha de saída.
19
FIGURA 3 – CONFORMAÇÃO DO BLOCO CERÂMICO
Uma característica importante a ser levantada é a compactação que a peça
pode ter, conforme o método de conformação escolhido. De acordo com a umidade
da argila, pode-se obter maiores ou menores valores de compactação e esta influi
diretamente nas características da peça antes da queima (permeabilidade e
resistência mecânica) e da peça já queimada (resistência mecânica, tamanho da
peça, absorção de água).
iii. Secagem
A secagem tem como função eliminar a água que foi utilizada na moldagem.
A água sairá apenas pela superfície da peça, portanto quanto maior for a área de
contato peça-ar menor será o tempo necessário para a secagem.
Segundo Vicenzi (1999), a secagem é de vital importância para a indústria
cerâmica, uma vez que levadas as peças ao forno, com umidade excessiva, esta
mesma umidade evaporará muito rapidamente, gerando assim trincas, fissuras,
perdas de resistência e até a explosão da peça.
Para tal processo pode ser utilizada secagem natural ou artificial,
dependendo do custo de cada processo.
A secagem natural é feita pelos elementos da natureza, tais como o sol e o
vento, porém, devido à sazonalidade climática, as empresas que trabalham com
20
esse tipo de método devem ter reservas de blocos, para que, em tempos de
temperaturas baixas a produção não se interrompa.
O método artificial de secagem geralmente é feito por um túnel, onde os
blocos são expostos a uma corrente de ar (seca e quente) gerada pelo forno e
distribuída por ventiladores com acionamento elétrico.
Contudo, os blocos não podem sofrer secagens muito rápidas pelo fato de
que as partículas da argila podem contrair-se com a saída da água, e isso também
pode causar fissuras (quanto maior for a umidade utilizada na conformação, maior
será a contração).
FIGURA 4 – SECAGEM DOS BLOCOS CERÂMICOS EM ESTUFA
iv. Queima
É a fase final do processo produtivo cerâmico e também o processo que
caracteriza a forma do material em estudo.
É a partir desta fase que a argila torna-se um material diferente daquele
extraído da jazida, conferindo-lhe significativo ganho de resistência, diminuição da
porosidade e também um aumento da sua densidade.
Este processo ocorre graças à sintetização de materiais que compõe a
argila, conforme Pureza (2004):
21
1) Até 200ºC: eliminação da água higroscópica ou residual e da água interfoliar ou zeolítica;
2) De 350º a 650ºC: combustão das substâncias orgânicas e dissociação dos sulfetos com liberação de CO2e SO2;
3) De 600º a 800ºC: colapso do retículo dos argilominerais com liberação da água de constituição;
4) De 800º a 950ºC: decomposição dos carbonatos com liberação de CO2;
5) De 900 a 1000C: reação da sílica e da alumina com outros elementos, e formação de silicoaluminatos complexos que conferem ao corpo cerâmico as propriedades físico-mecânicas características.
Para atingir o ponto de sintetização, utilizam-se diversos tipos de fornos, que
variam conforme a produção, o produto a que se deseja conseguir e o capital que o
ceramista pretende investir.
Podemos citar, como principais tipos, os fornos contínuos e intermitentes.
• Contínuos: têm como principais vantagens o baixo consumo de
combustível e a produtividade contínua. Porém, exigem um investimento
inicial demasiadamente grande que demora a voltar para o ceramista.
Como exemplo, cita-se o forno túnel.
• Intermitentes: Estes tipos de fornos são, geralmente, construídos
gastando-se bem menos se comparados aos fornos túneis. Para cada
caso de necessidade existe um tipo diferente de forno intermitente, uma
vez que existe uma gama de tipos diferentes deles. Como exemplos,
podem ser citados os fornos tipo Hoffmann, vagão, paulista, caieira e
abóbada.
22
FIGURA 5 – FORNO CONTÍNUO, TIPO TÚNEL
FIGURA 6 – FORNO INTERMITENTE, TIPO PAULISTA
4.1.2. Requisitos de qualidade
A qualidade do bloco cerâmico é especificada pelas normas da ABNT
NBR15270-1:2005 Componentes cerâmicos, Parte 1: Blocos cerâmicos para
alvenaria de vedação – Terminologia e Requisitos e NBR15271-3:2005
23
Componentes cerâmicos, Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de
vedação – Métodos de ensaio.
Segundo a NBR 15270-1 (ABNT, 2005), os blocos cerâmicos para vedação
obrigatoriamente deverão:
-trazer a identificação do fabricante e do bloco;
- ser fornecidos em lotes constituídos de tijolos de mesmo tipo e qualidade;
- não apresentar defeitos sistemáticos, tais como trincas, quebras,
superfícies irregulares, deformações e desuniformidade de cor;
- seguir formas e dimensões nominais conforme critérios apresentados nas
tabelas 1, 2 e 3.
TABELA 1 – DIMENSÕES DE FABRICAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO
Dimensões L x H x C
Módulo dimensional M = 10cm
Dimensões de fabricação (cm)
Largura (L) Altura (H) Comprimento (C)
Bloco Principal 1/2 Bloco
(1)M x (1) M x (2) M
9
9 19 9
(1)M x (1) M x (5/2) M 24 11,5
(1)M x (3/2) M x (2) M
14
19 9
(1)M x (3/2) M x (5/2) M 24 11,5
(1)M x (3/2) M x (3) M 29 14
FONTE: ABNT (2005).
TABELA 2 – TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS INDIVIDUAIS RELACIONADAS À
DIMENSÃO EFETIVA
Grandezas Controladas Tolerância Individual (mm)
Largura (L)
± 5 Altura (H)
Comprimento (C)
FONTE: ABNT (2005)
24
TABELA 3 - TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS RELACIONADAS À MÉDIA DAS DIMENSÕES EFETIVAS
Grandezas Controladas Tolerância Individual (mm)
Largura (L)
± 3 Altura (H)
Comprimento (C)
FONTE: ABNT (2005)
- possuir como limite mínimo o valor de 6mm para a espessura dos septos e
de 7mm para a espessura das paredes externas;
- ter um desvio em relação ao esquadro e uma fecha de no máximo 3mm;
- atender aos valores mínimos de resistência à compressão, indicados na
TABELA 4.
TABELA 4 – ESPECIFICAÇÃO PARA A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
Posição dos furos fb
Mpa
Para blocos usados com furos na horizontal ≥ 1,5
Para blocos usados com furos na vertical ≥ 3,0
FONTE: ABNT (2005)
- ter sua inspeção realizada: por medição direta, a verificar em lotes não
superiores a 10000 blocos; e por ensaio, conforme o número de peças por lote (por
exemplo, para um lote com peças entre 3001 e 35000 tijolos, a quantidade da
amostra deve ser de 13 peças).
A TABELA 5, representada abaixo, recomenda duas amostragens de treze
blocos cada uma.
25
TABELA 5 – NÚMERO DE BLOCOS DOS LOTES E DA AMOSTRAGEM
Lotes
Número de blocos
Verificações 1ª amostragem ou amostragem simples
2ª amostragem
1000 a 100000 13 13 Dimensões
características, visuais
NOTA: Recomenda-se que, por questões de racionalidade, a inspeção por ensaios seja realizada após a aprovação do lote na inspeção geral
FONTE: ABNT (2005)
4.2. RESÍDUO DA LAVAGEM DE AREIA
A areia é de vital importância para a engenharia civil, no entanto o processo
de extração da areia natural revela um potencial destruidor, tendo em vista o meio
ambiente.
Além de degradar áreas enormes de planícies de rios (extração em área de
várzea), o processo de lavagem produz um material fino que é carreado com a água
usada para a lavagem.
O processo de extração da areia consiste em retirar a camada superficial de
argila e, posteriormente, conduzir a areia que aflora para o lavador. No lavador são
separados os materiais graúdos (pedregulho e seixo rolado) e miúdos (areia de
diversas granulometrias). O material restante (lodo) segue para cavas ou valetas de
decantação, onde a água voltará para o processo, separando-se do resíduo,
vulgarmente chamado de goma, como mostrado na FIGURA 7.
26
FIGURA 7 – VALETA DE DECANTAÇÃO
Quando uma cava ou valeta preenche-se completamente, a mesma é
esvaziada com o auxílio de uma escavadeira hidráulica, que retira a goma e a expõe
ao ambiente. Desta forma o material pode ser transportado até as olarias por
caminhões basculantes.
FIGURA 8 – RESÍDUO DA LAVAGEM DA AREIA APÓS SECAGEM
A extração direta do resíduo das cavas impossibilita o seu transporte
imediato, por se tratar de um produto muito líquido.
27
O resíduo em questão é inerte e possui baixa granulometria em seu estado
natural, fato este, facilitador da sua adição ao blend, uma vez que não necessita de
moagem para o material chegar nesta finura e incorporar-se adequadamente à
argilas.
Atualmente o resíduo não é aproveitado, sendo descartado em cavas ou rios
adjacentes às mineradoras, comprometendo severamente a qualidade da água.
28
5. METODOLOGIA
A metodologia empregada nesse trabalho se restringe apenas a olaria
Cerâmica Duas Palmeiras, de Curitiba, especializada na fabricação de blocos
cerâmicos de vedação.
O parâmetro utilizado para a adição é a massa. Para tanto foram
adicionadas porcentagem de resíduo em substituições parciais à argila comum,
medidas estas, conseguidas com o auxílio de uma balança. As porcentagens iniciais
foram arbitradas em 5, 10 e 15%.
Tendo em vista o maquinário utilizado nas indústrias cerâmicas ser grande e
pesado, impossibilitou-se o uso da adição de 5%, devido à sensibilidade e precisão
dos equipamentos serem muito baixas. Após um teste comprobatório, eliminou-se
este teor de adição, arbitrando-se desta vez teores de 10, 15 e 20%.
5.1. COLETA DAS AMOSTRAS SEM RESÍDUO
As amostras foram coletadas diretamente nas instalações da indústria,
pertencendo a um mesmo lote. Foram coletados 31 blocos cerâmicos, sendo 13
elementos para primeira amostragem, 13 para a segunda amostragem e quatro para
reserva para um eventual incidente, conforme propõe a NBR 15270-1 (ABNT, 2005).
5.2. COLETA E ADEQUAÇÃO DO RESÍDUO
Considerando a viabilidade da pesquisa, e que a mesma possa ser aplicada
na prática, o resíduo foi coletado de um areal da região de Curitiba, próxima de onde
se encontra a olaria em estudo, em função das despesas com transporte desse
resíduo tornarem seu uso inviável.
29
Para verificar a necessidade de ajuste da umidade do resíduo para sua
incorporação no blend, a umidade dos dois materiais (resíduo e argila) foram
medidas previamente.
Para tanto, uma alíquota de cada material foi seca em estufa à 100°C, em
laboratório, durante 24h, para posterior pesagem e cálculo.
Os cálculos das umidades das amostras, pela equação 1 indicaram pouca
variação na umidade, os resultados estão representados na TABELA 6.
TABELA 6 – UMIDADE DAS AMOSTRAS DOS MATERIAIS
CÁPSULA h(%) MÉDIA
ARGILA 1 27,80%
28,42% ARGILA 2 28,51%
ARGILA 3 28,94%
RESÍDUO 1 29,67%
28,61% RESÍDUO 2 29,51%
RESÍDUO 3 26,65%
A umidade do resíduo ficou muito próxima à da argila, o que viabiliza sua
adição, pois é possível utilizá-lo em seu estado natural, excluindo a necessidade de
secagem do resíduo ou adição de água à mistura.
5.3. ADIÇÃO DO RESIDUO AO BLEND
Primeiramente, utilizando a adição de 10% do resíduo em uma massa de
100kg, iniciou-se o procedimento de fabricação dos 37 blocos com adição para fins
de teste, sendo eles, 13 para o ensaio de determinação das características
geométricas, 6 para o ensaio de absorção total, 6 para o ensaio de resistência a
compressão, 6 para o ensaio de determinação do índice de absorção inicial e 6 para
30
folga. Contudo, observou-se que não seria possível discriminar exatamente onde se
inicia e termina o processo de fabricação desses blocos, optando-se por aumentar a
margem de segurança, isto é, alterar a massa para 300kg, para que se possa
selecionar corretamente os blocos com suas respectivas adições.
5.3.1. Homogeneização do blend
Definidas as quantidades de argila e resíduo (totalizando 300kg de massa
total) iniciou-se o processo de mistura. Para este procedimento utilizou-se um
recipiente plástico de 3,1kg de massa e uma balança com sensibilidade de 100g.
Pesadas as quantidades exatas para cada adição, reduzindo o peso do
recipiente, foi feita a mistura do resíduo à argila com o auxílio de uma pá (FIGURA
9).
FIGURA 9 - HOMEGENEIZACAO DA MISTURA DO RESÍDUO AO BLEND DE ARGILA
Esse processo foi feito em substituição à mistura com pá carregadeira,
empregado no processo convencional, sendo este o único diferencial do processo
com adição.
Em seguida, o material foi misturado, laminado, extrudado, cortado
(conformado) e colocado para secar em prateleiras que podem ser movimentadas
31
com o auxílio de uma empilhadeira, conforme o processo normal de produção (vide
FIGURA 10 a FIGURA 15).
FIGURA 10 – COLOCAÇÃO DA MISTURA NA ESTEIRA PARA TRANSPORTE ATÉ O
LAMINADOR
FIGURA 11 – MATERIAL APÓS PASSAR PELO LAMINADOR
32
FIGURA 12 – BLEND CHEGANDO NA EXTRUSORA APÓS LAMINAÇÃO
FIGURA 13 – BLOCO COM ADIÇÃO SAINDO DA EXTRUSORA
33
FIGURA 14 – CORTE DO BLOCO APÓS A SAÍDA DA EXTRUSORA
FIGURA 15 – ESTOCAGEM DOS BLOCOS COM ADIÇÃO PARA SECAGEM AO AR LIVRE
De cada mistura produziu-se aproximadamente 50 blocos, em decorrência
do aumento do blend para 300kg, obtendo-se o total de 150 amostras, que
permaneceram secando ao ar livre por duas semanas. Posteriormente seguiram
para queima, em um forno intermitente tipo Paulista com temperatura variando entre
850º e 1000ºC, localizando-se no terço médio superior do forno, como mostrado na
FIGURA 16.
34
FIGURA 16 – BLOCOS CERÂMICOS NO FORNO PARA POSTERIOR QUEIMA
Após 36 horas os blocos foram retirados do forno e permaneceram por mais
6 horas resfriando, para dar inicio aos ensaios.
5.4. DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
As características geométricas dos blocos cerâmicos foram determinadas
pelas análises das dimensões das faces, sempre medidas pelo eixo do bloco,
conforme NBR 15270-3 (ABNT, 2005).
Para esse procedimento, foram utilizados os seguintes instrumentos:
• Régua com sensibilidade de 0,5mm.
• Paquímetro com sensibilidade de 0,05mm;
• Esquadro metálico de 90º +- 0,5º
Os procedimentos para a realização do ensaio foram os seguintes:
a) Os blocos foram colocados em uma superfície plana e indeformável;
b) A medição dos blocos foi realizada nas faces, de forma a obter as medidas
de comprimento (C), largura (L), altura (H), flecha (f), septos internos e
externos (e) e o desvio em relação ao esquadro (D).
35
c) Foram anotados todos os valores obtidos e posteriormente registrados em
planilha eletrônica;
d) Através do produto das dimensões efetivas (L x C) determinou-se a área
bruta (Ab).
A FIGURA 17 identifica a largura, altura e comprimento do bloco.
FIGURA 17 - IDENTIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES DO BLOCO
FONTE: ABNT NBR 15270-3 (2005)
FIGURA 18 – MEDIÇÃO DO DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DO BLOCO
FONTE: ABNT NBR 15270-3 (2005)
36
FIGURA 19 – PLANEZA DAS FACES – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE DESVIO
CÔNCAVO E CONVEXO
FONTE: ABNT NBR 15270-3 (2005)
FIGURA 20 – POSIÇÕES PARA AS MEDIÇÕES DAS ESPESSURAS DAS PAREDES
EXTERNAS E SEPTOS
FONTE: ABNT NBR 15270-3 (2005)
37
FIGURA 21 – MEDIÇÃO DA ALTURA DO BLOCO CERÂMICO COM PAQUÍMETRO
FIGURA 22 – MEDIÇÃO DA LARGURA DO BLOCO CERÂMICO COM PAQUÍMETRO
38
FIGURA 23 – MEDIÇÃO DO SEPTO DO BLOCO CERÂMICO COM PAQUÍMETRO
5.5. DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA)
O cálculo de absorção de água foi obtido através da metodologia baseada
na NBR 15270-3 (ABNT, 2005) e descrita a seguir:
Os corpos de prova foram secos em estufa à 100ºC durante 24 horas, até
massa constante, pesados em balança elétrica obtendo-se a massa seca (Ms).
Posteriormente os blocos foram imersos em água em temperatura ambiente por
mais 24h, como mostra a FIGURA 24. Retirado o excesso de água com um pano
úmido, pesou-se novamente, para obter a massa do corpo saturado (Mu), como pode
ser observado. Para o cálculo do índice de absorção de água foi utilizada a
EQUAÇÃO1 (ABNT, 2005).
AA�%� = ���
�x100 (1)
39
FIGURA 24 – BLOCOS CERÂMICOS IMERSOS EM TANQUE COM ÁGUA
FIGURA 25 – PESAGEM DOS BLOCOS APÓS RETIRADA DO EXCESSO DE ÁGUA
5.6. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
O ensaio de determinação da resistência à compressão do bloco foi baseado
na metodologia da NBR 15270-3 (ABNT, 2005), e descrito a seguir:
Primeiramente foram escolhidas 6 amostras das 3 adições e 6 amostras de
blocos de produção normal, 4 para execução do ensaio e 2 para reserva. A escolha
40
dos blocos foi feita visualmente, escolhendo-se tijolos sem trincas e imperfeições
aparentes. Foi feita a determinação das características geométricas (altura, largura e
comprimento) de todas as amostras.
Conforme a NBR 15270-3 (ABNT, 2005), os corpos-de-prova foram
capeados com argamassa simples de cimento e areia (traço 1:1,5), com relação
água-cimento de 0,7. Não se utilizou a pasta de cimento, pois em capeamento-teste
efetuado por Santos (2006), constatou-se a fissuração da superfície durante o
processo de cura da pasta.
Para o preparo da argamassa, a areia foi seca em estufa e peneirada
através peneiras normais de malhas quadradas, com aberturas de 1,2 e 0,71mm. O
agregado miúdo utilizado foi o material que passou pela peneira 0,71 mm, como
apresentado na FIGURA 26.
FIGURA 26 – PENEIRAMENTO DA AREIA PARA O PREPARO DA ARGAMASSA
A dosagem dos materiais componentes da argamassa simples foi aferida
através da pesagem dos materiais envolvidos, conforme FIGURA 27 e FIGURA 28.
41
FIGURA 27 - PESAGEM DA AREIA USADA NA ARGAMASSA DE CAPEAMENTO
FIGURA 28 - PESAGEM DO CIMENTO USADO NA ARGAMASSA DE CAPEAMENTO
Os blocos cerâmicos foram capeados com esta argamassa simples, sobre
as faces superior e inferior, com espessura máxima de capa de 3mm. Durante o
capeamento, os corpos-de-prova foram assentes sobre uma superfície de madeira
compensada, totalmente plana e sem imperfeições, a qual foi previamente untada
com óleo vegetal e forrada com folhas de papel de jornal. Com o auxilio de uma
colher de pedreiro, a argamassa preparada foi gradualmente colocada na face de
assentamento dos blocos, e depois pressionada contra o compensado, de modo a
nivelar perfeitamente com o substrato. As rebarbas foram retiradas com a colher de
42
pedreiro. A FIGURA 29 mostra os blocos já capeados na face inferior e sendo
capeados na face superior.
FIGURA 29 – BLOCOS CERÂMICOS CAPEADOS
Decorridas três horas do capeamento de uma face do bloco cerâmico, para
que o cimento adquirisse resistência, iniciou-se o capeamento da outra face,
seguindo os mesmos procedimentos citados anteriormente.
Terminado o capeamento, os blocos permaneceram secando por 24h, para
então serem imersos em água em temperatura ambiente por 6 horas, para o
processo de saturação dos corpos-de-prova, conforme mostrado na FIGURA 30.
43
FIGURA 30 – SATURAÇÃO DOS BLOCOS CAPEADOS
Os blocos foram retirados da imersão, o excesso de água foi removido com
o auxílio de um pano úmido, e transportados até o laboratório de ensaio de ruptura,
localizado na Cerâmica São Pedro, uma empresa de fabricação de blocos cerâmicos
estruturais na Região Metropolitana de Curitiba.
Antes de serem colocados na prensa, os blocos foram enrolados
transversalmente com plástico aderente, semelhante ao utilizado em pallets de tijolo
cozido, para evitar sujar o laboratório com cacos de tijolos.
A prensa utilizada no ensaio é da marca EMIC® de 200kN, ou seja, 20
toneladas, e é utilizada exclusivamente para o rompimento de blocos cerâmicos.
Para o cálculo da tensão a qual o bloco é submetido divide-se o valor da
força pela área bruta, obtendo-se o valor em KN/cm² e multiplicando-se por 10,
obtém-se o valor em Mega Pascal (MPa).
44
FIGURA 31 – EXECUÇÃO DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA
Para os blocos cerâmicos com furos na horizontal, que é o caso dos
ensaiados, a resistência mínima exigida pela NBR 15270-1 (ABNT, 2005) é de 1,5
MPa.
A FIGURA 32 mostra os blocos cerâmicos rompidos no ensaio de resistência
à compressão, os quais foram descartados posteriormente.
FIGURA 32 – BLOCOS ROMPIDOS NO ENSAIO DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
45
5.7. DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ABSORÇÃO INICIAL (AAI)
Para a determinação do índice de absorção inicial adotou-se o procedimento
descrito pela NBR 15270-3 (ABNT, 2005) que, embora facultativo, é descrito a
seguir:
Após a limpeza, identificação e retirada das rebarbas, os blocos foram
colocados em estufa a uma temperatura de 100ºC por 24 horas, resfriados por mais
2 horas até atingirem a temperatura ambiente e pesados em balança obtendo-se a
massa seca.
Para a realização do ensaio foram utilizados os seguintes equipamentos:
• Um tanque plástico com área de 2.600 cm²;
• Um apoio metálico soldado a 2 perfis T e 4 parafusos para a
regulagem da altura e nível do apoio;
• Paquímetro com precisão de 0.05 mm;
• Régua metálica;
• Nível de bolha.
A FIGURA 33 mostra o tanque utilizado para execução do ensaio.
FIGURA 33 – TANQUE PARA EXECUÇÃO DO ENSAIO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA
INICIAL
46
Procedeu-se então o nivelamento do conjunto apoio-perfis e em seguida foi
adicionada água ao tanque, até que os perfis ficassem submersos com uma lâmina
d’água de 3 mm. Cada bloco foi colocado sobre os apoios, de forma individual, e
permaneceram durante 60 segundos. Retirado o excesso de água com um pano
úmido, os blocos foram pesados novamente para obter a massa úmida .Para o
cálculo da absorção inicial foi utilizada a EQUAÇÃO 2 (ABNT, 2005).
AAI = 193,55x��
Á��� (2)
FIGURA 34 – EXECUÇÃO DO ENSAIO DE ABSORÇÃO INICIAL
Se o valor do índice de absorção inicial (AAI) for superior a (30 g/193,55
cm²)/min, os blocos deverão ser molhados antes do assentamento, para garantir um
melhor desempenho. Se o valor do índice (AAI) resultar menor que o limite
mencionado, os blocos podem ser assentados sem ser previamente umedecidos.
47
6. RESULTADOS
Os blocos cerâmicos de vedação (seis furos) classificados conforme norma
técnica descrita no capitulo anterior como (1)Mx(3/2)Mx(3)M e equivalente a
9x14x19 cm, foram analisados quanto às suas dimensões (largura, altura,
comprimento, flecha, septos e desvio ao esquadro), índices de absorção d’água,
resistência à compressão e absorção de água inicial, de acordo com os
procedimentos estabelecidos pelas normas técnicas NBR 15270-1 (ABNT, 2005) e
NBR 15270-3 (ABNT, 2005).
6.1. INSPEÇÃO VISUAL
Para os blocos sem adição do resíduo foram selecionadas 13 amostras,
para determinação das características geométricas, e desse montante foram
retiradas 6 para execução dos demais ensaios. Para os blocos com adição foram
selecionadas 19 amostras de cada porcentagem, devido à necessidade de execução
simultânea dos ensaios pelo curto prazo para finalização, sendo6 para execução do
ensaio do índice de absorção d’ água, 6 para o de absorção de água inicial, 6 para o
de resistência à compressão e um para reserva, sendo que em todos foram
determinadas as características geométricas.
48
6.2. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: LARGURA, ALTURA E
COMPRIMENTO
A TABELA 7 apresenta os valores de largura, altura e comprimento obtidos
das amostras sem adição. Posteriormente, os resultados com adição de 10, 15 e
20%, respectivamente.
TABELA 7 – DIMENSÕES DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO (em cm)
Bloco L₁ L₂ h₁ h₂ C₁ C₂
1 8,80 8,80 14,00 14,00 18,80 18,80
2 8,80 8,75 14,00 13,95 18,87 18,75
3 8,90 8,90 14,00 14,00 18,80 18,80
4 8,85 8,70 14,00 13,95 18,80 18,75
5 8,85 8,90 14,00 14,00 18,90 18,95
6 8,85 8,80 14,00 13,90 18,70 18,65
7 8,70 8,75 14,00 14,00 18,80 18,80
8 8,87 8,90 13,95 14,00 18,70 18,70
9 8,90 8,95 13,95 14,00 18,75 18,70
10 8,90 9,00 13,95 14,05 18,80 18,85
11 8,95 8,95 14,00 14,00 18,85 18,80
12 8,90 8,90 14,00 14,00 18,80 18,75
13 8,90 8,85 14,00 14,05 18,60 18,60
MÉDIA 8,86 8,86 13,99 13,99 18,78 18,76
49
TABELA 8 - DIMENSÕES DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% (em cm)
Bloco L₁ L₂ h₁ h₂ C₁ C₂
A1 8,80 8,80 14,00 14,10 18,70 18,70
A2 9,05 9,05 14,05 14,15 19,00 19,00
A3 9,10 9,05 14,10 14,10 18,80 18,80
A4 9,05 9,05 14,13 14,15 19,00 19,20
A5 9,00 9,00 14,10 14,15 18,90 19,00
A6 9,05 9,00 14,20 14,10 19,00 19,00
A7 9,00 9,00 14,10 14,10 19,00 19,05
A8 9,05 8,95 14,00 14,10 18,90 18,90
A9 9,00 9,00 14,00 14,10 18,90 18,80
A10 9,00 9,00 14,15 14,10 19,10 19,10
A11 9,05 9,05 14,10 14,10 19,05 18,90
A12 8,95 9,10 13,95 14,10 18,90 18,90
A13 9,00 9,05 14,10 14,05 18,90 18,90
MÉDIA 9,01 9,01 14,08 14,11 18,93 18,94
TABELA 9 - DIMENSÕES DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% (em cm)
Bloco L₁ L₂ h₁ h₂ C₁ C₂
B1 9,10 9,00 14,20 14,20 19,00 18,90
B2 8,95 9,05 14,20 14,15 19,00 19,05
B3 9,05 9,05 14,20 14,15 19,00 18,90
B4 9,05 9,10 14,25 14,20 19,10 19,10
B5 9,00 9,00 14,25 14,30 19,05 19,00
B6 9,00 9,10 14,25 14,20 18,90 18,90
B7 9,10 9,00 14,20 14,25 19,00 19,00
B8 9,00 8,95 14,10 14,15 18,90 18,90
B9 9,05 9,15 14,25 14,20 19,00 19,00
B10 9,05 9,00 14,20 14,20 19,00 19,00
B11 9,00 9,00 14,15 14,20 19,10 19,10
B12 8,95 9,00 14,25 14,20 19,10 19,10
B13 9,05 9,00 14,20 14,20 19,10 19,10
MÉDIA 9,03 9,03 14,21 14,20 19,02 19,00
50
TABELA 10 - DIMENSÕES DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% (em cm)
Bloco L₁ L₂ h₁ h₂ C₁ C₂
C1 9,00 9,00 14,20 14,20 19,00 19,00
C2 9,05 9,00 14,20 14,20 18,90 18,90
C3 9,00 9,00 14,15 14,15 18,90 19,00
C4 9,15 9,00 14,15 14,10 19,00 18,90
C5 9,05 9,00 14,20 14,25 19,10 19,00
C6 9,00 8,95 14,20 14,15 18,90 19,00
C7 9,00 9,00 14,20 14,20 18,95 18,90
C8 8,95 9,00 14,10 14,20 18,90 18,80
C9 9,05 8,95 14,20 14,10 18,80 18,90
C10 9,10 9,00 14,20 14,10 18,90 18,90
C11 9,05 9,10 14,15 14,25 19,00 18,80
C12 9,10 9,10 14,15 14,20 19,00 18,90
C13 9,05 8,95 14,10 14,15 19,00 18,85
MÉDIA 9,04 9,00 14,17 14,17 18,95 18,91
TABELA 11 – MÉDIAS DAS DIMENSÕES DOS BLOCOS COM E SEM ADIÇÃO DO RESÍDUO (em cm)
BLOCO L1 L2 H1 H2 C1 C2
Sem adição
8,86 8,86 13,99 13,99 18,78 18,76
0,10 9,01 9,01 14,08 14,11 18,93 18,94
0,15 9,03 9,03 14,21 14,20 19,02 19,00
0,20 9,04 9,00 14,17 14,17 18,95 18,91
Tanto os blocos sem adição, quanto os com adições, estão dentro dos
padrões estabelecidos pela NBR 15270-1 (ABNT, 2005), que estabelece uma
tolerância de 5mm, para mais e para menos, nos valores individuais, e 3mm para a
média das dimensões efetivas.
51
6.3. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: FLECHA E DESVIO AO ESQUADRO
Na TABELA 12 são apresentados os resultados da medição do desvio em
relação ao esquadro e das flechas dos blocos sem adição. Posteriormente (TABELA
12, TABELA 13, TABELA 14 E TABELA 15), os resultados com adição de 10, 15 e
20%, respectivamente.
TABELA 12 – FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO (em mm)
Bloco f₁ f₂ f₃ D
1 1,0 1,00 0,50 0,00
2 0,00 1,00 0,50 0,50
3 0,00 0,50 0,50 0,00
4 0,50 1,00 0,00 0,10
5 1,00 0,00 1,00 0,10
6 1,00 0,00 0,50 0,10
7 0,00 0,00 0,00 0,00
8 1,00 1,00 0,00 0,50
9 1,00 1,00 0,00 0,00
10 0,00 1,00 0,00 0,50
11 0,50 1,00 0,00 0,00
12 0,50 0,50 0,00 0,00
13 2,00 0,50 0,00 0,00
MÉDIA 0,70 0,70 0,20 0,10
52
TABELA 13–FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% (em mm)
Bloco f₁ f₂ f₃ D
A1 1,50 0,50 0,00 0,00
A2 0,50 0,70 0,00 0,00
A3 0,20 0,00 0,00 0,00
A4 0,20 0,00 0,50 0,00
A5 0,1o 0,00 0,00 0,00
A6 0,20 1,00 0,00 0,50
A7 0,50 0,10 0,10 0,00
A8 0,20 1,00 0,00 0,00
A9 0,50 0,00 0,00 0,10
A10 0,30 0,10 0,00 0,00
A11 0,00 0,50 1,00 0,00
A12 0,50 0,00 0,00 0,00
A13 0,00 0,00 0,00 0,00
MÉDIA 0,60 0,30 0,10 0,00
TABELA 14 –FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% (em mm)
Bloco f₁ f₂ f₃ D
B1 0,00 1,00 2,00 0,10
B2 1,00 0,50 0,00 0,00
B3 0,00 1,00 3,00 0,50
B4 0,00 1,00 2,00 0,00
B5 2,00 0,50 0,00 0,00
B6 0,00 0,50 0,00 0,10
B7 0,00 1,00 3,00 0,00
B8 0,00 0,00 0,00 0,00
B9 3,00 1,00 0,00 0,00
B10 1,00 0,50 0,00 0,00
B11 3,00 1,00 0,00 0,00
B12 3,00 1,00 0,00 0,00
B13 0,00 0,00 0,00 0,00
MÉDIA 1,00 0,70 0,80 0,10
53
TABELA 15 –FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% (em mm)
Bloco f₁ f₂ f₃ D
C1 2,00 0,50 0,00 0,00
C2 2,00 0,50 0,00 0,00
C3 1,00 0,50 0,00 0,00
C4 3,00 2,00 0,00 0,10
C5 2,00 1,00 0,00 0,10
C6 0,00 0,00 1,00 0,00
C7 0,50 1,00 0,00 0,00
C8 0,00 0,00 0,00 0,00
C9 3,00 1,00 0,00 0,00
C10 3,00 1,00 0,00 0,00
C11 3,00 2,00 1,00 0,00
C12 3,00 1,00 0,00 0,00
C13 0,00 3,00 4,00 0,00
MÉDIA 1,70 1,00 0,50 0,00
TABELA 16 – MÉDIA DAS FLECHAS E DESVIOS EM RELAÇÃO AO ESQUADRO DOS BLOCOS COM E SEM ADIÇÃO (em mm)
BLOCO F1 F2 F3 D
Sem adição
0,70 0,70 0,20 0,10
10% 0,60 0,30 0,10 0,00
15% 1,00 0,70 0,80 0,10
20% 1,70 1,00 0,50 0,00
Todos os blocos, com e sem adição, estão com os valores das flechas e do
desvio em relação ao esquadro dentro dos padrões exigidos pela NBR 15270-1
(ABNT, 2005), que estabelece um valor máximo de 3mm para o desvio em relação
ao esquadro e para as flechas.
54
6.4. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: SEPTOS
A TABELA 17 representa as dimensões obtidas dos septos e das
espessuras das paredes externas dos blocos sem adição. E, posteriormente
(TABELA 18, TABELA 19 e TABELA 20), os resultados com adição de 10, 15 e 20%,
respectivamente.
TABELA 17 – ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO (em mm)
Bloco e₁ e₂ e₃ e₄ e₅
1 9,00 8,00 9,00 9,00 9,00
2 9,00 8,00 9,00 9,00 9,00
3 9,00 8,00 8,50 8,50 8,30
4 8,50 9,00 9,00 9,00 10,00
5 8,00 8,00 8,50 8,00 8,00
6 8,50 7,50 9,50 9,00 9,00
7 9,00 8,50 7,00 8,50 9,00
8 9,50 9,00 8,00 9,00 9,00
9 9,00 8,50 7,00 9,00 9,00
10 9,00 8,50 8,00 8,70 9,00
11 9,00 8,50 7,00 8,50 8,50
12 9,50 8,50 7,70 8,50 9,00
13 8,50 9,00 7,50 9,00 8,50
MÉDIA 8,90 8,40 8,10 8,70 8,90
55
TABELA 18 - ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS - BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% (em mm)
Bloco e₁ e₂ e₃ e₄ e₅
A1 9,50 9,00 7,00 8,50 10,00
A2 9,00 8,50 8,00 9,00 9,00
A3 9,50 9,00 7,00 8,50 9,50
A4 9,00 8,50 7,00 9,00 8,50
A5 10,00 8,00 7,50 9,50 8,00
A6 9,50 9,50 8,00 8,50 9,00
A7 9,00 9,00 7,00 9,00 8,50
A8 9,00 8,50 7,00 9,00 9,00
A9 8,50 9,50 7,00 9,00 8,50
A10 10,00 8,50 7,00 9,00 8,50
A11 9,50 8,50 7,00 9,50 9,00
A12 10,00 8,50 7,00 8,50 8,50
A13 9,00 8,50 7,00 9,00 9,00
MÉDIA 9,30 8,70 7,20 8,90 8,80
TABELA 19 - ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS - BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% (em mm)
Bloco e₁ e₂ e₃ e₄ e₅
B1 9,00 8,50 8,00 9,00 9,00
B2 8,50 9,50 7,50 9,00 9,00
B3 9,00 9,50 7,00 8,50 9,00
B4 8,50 9,00 7,00 9,50 9,50
B5 9,00 9,50 8,00 10,00 9,50
B6 9,00 9,00 8,00 9,50 9,00
B7 9,00 9,00 7,00 9,00 11,00
B8 9,50 9,00 8,00 9,00 9,00
B9 10,00 9,50 9,00 9,00 10,00
B10 9,00 8,50 8,50 9,00 9,00
B11 8,50 9,00 7,50 11,00 9,00
B12 9,00 9,00 7,00 9,50 9,00
B13 9,50 8,50 8,50 9,00 9,00
MÉDIA 9,00 9,00 7,80 9,30 9,30
56
TABELA 20 - ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS E DOS SEPTOS - BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% (em mm)
Bloco e₁ e₂ e₃ e₄ e₅
C1 9,00 9,00 7,00 9,00 9,50
C2 9,00 9,00 7,00 9,00 9,50
C3 9,50 8,50 9,00 9,00 8,50
C4 9,00 8,50 9,00 8,50 9,00
C5 8,50 9,00 8,00 10,00 9,00
C6 8,50 9,50 8,00 9,50 10,00
C7 10,00 8,50 7,00 9,00 9,50
C8 9,00 9,00 7,50 9,00 9,50
C9 9,50 8,00 8,50 8,50 9,00
C10 8,50 9,00 8,50 9,00 8,50
C11 9,00 10,00 7,00 9,50 9,00
C12 8,00 9,50 8,00 8,50 10,00
C13 9,00 9,00 9,00 8,00 8,50
MÉDIA 9,00 9,00 8,00 9,00 9,20
Pela NBR 15270-1 (ABNT, 2005), a espessura dos septos dos blocos
cerâmicos de vedação deve ser no mínimo 6mm e das paredes externas no mínimo
7mm, ou seja, todos os blocos estão dentro dos padrões da norma.
6.5. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS: ÁREA BRUTA
Na TABELA 21 apresentam-se os valores da área bruta (Ab) dos blocos sem
adição, obtidos pela multiplicação do comprimento pela largura (CxL). E,
posteriormente (TABELA 22 a TABELA 24), os valores das áreas brutas dos blocos
com adição de 10, 15 e 20%, respectivamente.
57
TABELA 21 – ÁREA BRUTA DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO (Ab) (em cm²)
Bloco Ab1 Ab2 Ab médio
1 165,44 165,44 165,44
2 166,06 164,06 165,06
3 167,32 167,32 167,32
4 166,38 163,13 164,75
5 167,27 168,66 167,96
6 165,50 164,12 164,81
7 163,56 164,50 164,03
8 165,87 166,43 166,15
9 166,88 167,37 167,12
10 167,32 169,65 168,49
11 168,71 168,26 168,48
12 167,32 166,88 167,10
13 165,54 164,61 165,08
MÉDIA 166,40 166,19 166,29
TABELA 22 - ÁREA BRUTA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10% (Ab) (em cm²)
Bloco Ab1 Ab2 Ab médio
A1 164,56 164,56 164,56
A2 171,95 171,95 171,95
A3 171,08 170,14 170,61
A4 171,95 173,76 172,86
A5 170,10 171,00 170,55
A6 171,95 171,00 171,48
A7 171,00 171,45 171,23
A8 171,05 169,16 170,10
A9 170,10 169,20 169,65
A10 171,90 171,90 171,90
A11 172,40 171,05 171,72
A12 169,16 171,99 170,57
A13 170,10 171,05 170,57
MÉDIA 170,56 170,63 170,60
58
TABELA 23 - ÁREA BRUTA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15% (Ab) (em cm²)
Bloco Ab1 Ab2 Ab médo
B1 172,90 170,10 171,50
B2 170,05 172,40 171,23
B3 171,95 171,05 171,50
B4 172,86 173,81 173,33
B5 171,45 171,00 171,23
B6 170,10 171,99 171,05
B7 172,90 171,00 171,95
B8 170,10 169,16 169,63
B9 171,95 173,85 172,90
B10 171,95 171,00 171,48
B11 171,90 171,90 171,90
B12 170,95 171,90 171,42
B13 172,86 171,90 172,38
MÉDIA 171,69 171,62 171,65
TABELA 24 - ÁREA BRUTA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20% (Ab) (em cm²)
Bloco ÁREA BRUTA
1 ÁREA BRUTA
2 MÉDIA ÁREA
BRUTA
C1 171,00 171,00 171,00
C2 171,05 170,10 170,57
C3 170,10 171,00 170,55
C4 173,85 170,10 171,98
C5 172,86 171,00 171,93
C6 170,10 170,05 170,08
C7 170,55 170,10 170,33
C8 169,16 169,20 169,18
C9 170,14 169,16 169,65
C10 171,99 170,10 171,05
C11 171,95 171,08 171,52
C12 172,90 171,99 172,45
C13 171,95 168,71 170,33
MÉDIA 171,35 170,28 170,81
59
6.6. ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ ÁGUA
O índice de absorção de água segundo a NBR 15270-1 (ABNT, 2005), que
firma os requisitos físicos e mecânicos exigíveis em blocos de vedação, deve estar
dentro do intervalo de 8 a 22%.
Na TABELA 25 estão demonstrados os valores do índice de absorção
d’água dos blocos sem adição. E, posteriormente (TABELA 26 a TABELA 28), os
valores do índice dos blocos com adição de 10, 15 e 20%, respectivamente.
TABELA 25- ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO
BLOCO MASSA SECA (g) MASSA ÚMIDA (g) AA (%)
1 1720 2081,00 20,99%
2 1740 2094,00 20,34%
3 1730 2072,00 19,77%
4 1720 2081,00 20,99%
5 1790 2161,00 20,73%
6 1710 2076,00 21,40%
MÉDIA 1735 2094,17 20,70%
TABELA 26 - ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10%
BLOCO MASSA SECA (g) MASSA ÚMIDA (g) AA (%)
1 1772,46 2146,25 21,09%
4 1797,59 2187,19 21,67%
8 1790,51 2171,79 21,29%
10 1797,19 2186,51 21,66%
12 1779,23 2156,53 21,21%
13 1778,72 2164,74 21,70%
MÉDIA 1785,95 2168,84 21,44%
60
TABELA 27 - ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15%
BLOCO MASSA SECA (g) MASSA ÚMIDA (g) AA (%)
2 1875,74 2242,94 19,58%
3 1816,03 2206,27 21,49%
7 1841,80 2244,07 21,84%
8 1813,00 2202,55 21,49%
9 1825,26 2221,85 21,73%
11 1842,55 2237,17 21,42%
MÉDIA 1835,73 2225,81 21,26%
TABELA 28 - ÍNDICE DE ABSORÇÃO D’ÁGUA (AA) DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20%
BLOCO MASSA SECA (g) MASSA ÚMIDA (g) AA (%)
2 1842,91 2242,54 21,68%
3 1850,04 2248,37 21,53%
6 1852,56 2253,94 21,67%
11 1851,54 2253,94 21,73%
12 1847,82 2244,78 21,48%
13 1849,76 2248,63 21,56%
MÉDIA 1849,11 2248,70 21,61%
Na FIGURA 35 está demonstrado o gráfico montado a partir dos resultados
das médias das análises de absorção dos blocos com e sem adição e a barra de
erros indicando o desvio padrão de cada amostra.
61
FIGURA 35 – GRÁFICO DOS RESULTADOS DA ABSORÇÃO DE ÁGUA
Os resultados indicam que todas as porcentagens de adição do resíduo
estão dentro das exigências da NBR 15270-1 (ABNT, 2005), quanto ao quesito
absorção total do bloco (máximo 22%), a adição praticamente não alterou a
absorção total do bloco.
Porém, analisando o desvio padrão das amostras é possível notar que a
amostra sem adição e a com adição de 15% apresentam valores de desvio maiores
que as demais. Considerando estes valores de desvio padrão, observa-se que os
valores de absorção total para estas duas séries podem ser muito próximos dos
demais.
O alto poder de absorção em blocos cerâmicos de vedação pode causar
riscos e problemas na absorção de água da argamassa no momento da utilização,
deixando a argamassa seca e prejudicando sua aderência, bem como pode
ocasionar problemas de infiltração das paredes compostas por estes materiais
(KAMINATA, 2008).
20,70
21,4421,26
21,61
19,00
19,50
20,00
20,50
21,00
21,50
22,00
22,50
Ab
sorç
ão T
ota
l (%
)
Amostras
Absorção Total
sem
10%
15%
20%
62
6.7. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
O valor mínimo para resistência à compressão de blocos cerâmicos para
vedação, com furos na horizontal, exigido pela NBR 15270-1 (ABNT, 2005) é de 1,5
MPa.
A TABELA 29 apresenta os valores obtidos no ensaio de resistência à
compressão para os blocos sem adição do resíduo. A TABELA 30, TABELA 31 e
TABELA 32 apresentam os resultados para os blocos com adição de 10, 15 e 20%,
nesta ordem.
TABELA 29 – RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO
BLOCO Média Ab Carga Máx.
(kN) Resist. Compressão
(kN/cm²) Resistência
Compressão (MPa)
2 165,06 43,33 0,26 2,63
3 167,32 33,27 0,20 1,99
5 167,96 27,17 0,16 1,62
13 165,08 44,25 0,27 2,68
MÉDIA 166,35 37,01 0,22 2,22
TABELA 30 - RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10%
BLOCO Média Ab
(cm²) Carga Máx.
(kN) Resist. Compressão
(kN/cm²) Resistência
Compressão (Mpa)
14 167,71 18,28 0,11 1,09
17 168,19 33,97 0,20 2,02
18 166,38 25,66 0,15 1,54
19 168,63 31,29 0,19 1,86
MÉDIA 167,72 27,30 0,16 1,63
63
TABELA 31 - RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15%
BLOCO Média Ab
(cm²) Carga Máx.
(kN) Resist. Compressão
(kN/cm²) Resistência Compressão
(Mpa)
14 169,10 14,90 0,09 0,88
16 171,90 14,63 0,09 0,85
17 170,95 27,69 0,16 1,62
19 171,29 20,74 0,12 1,21
MÉDIA 170,81 19,49 0,11 1,14
TABELA 32 - RESULTADOS DO ENSAIO DE RESISTÊNCIA DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20%
BLOCO Média Ab
(cm²) Carga Máx.
(kN) Resist. Compressão
(kN/cm²) Resist. Compressão
(Mpa)
14 169,18 17,96 0,11 1,06
16 169,60 26,83 0,16 1,58
17 168,71 24,09 0,14 1,43
18 168,21 22,62 0,13 1,34
MÉDIA 168,93 22,88 0,14 1,35
A FIGURA 36 apresenta o gráfico montado a partir dos resultados das
médias das análises do ensaio de resistência à compressão, apresentando,
também, as barras de erros com desvio padrão das amostras.
64
FIGURA 36 - GRÁFICO COM A MÉDIA DOS RESULTADOS DO ENSAIO DE
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
Os resultados indicam que apenas a adição com 10% do resíduo em massa
atinge a resistência mínima exigida por norma, que é de 1,5 MPa.
A queda na resistência deve-se provavelmente ao fato de o resíduo se
comportar como argila não-plástica (argila 'magra'). Para um resultado efetivo, sem
queda na resistência mecânica, a porcentagem de resíduo adicionada deveria
substituir a parcela correspondente de argila não plástica. No presente estudo isto
não ocorreu, uma vez que o blend utilizado foi retirado de uma mistura já feita com
pá carregadeira, com composição de 40% argila 'magra' e 60% argila 'gorda'.
O comportamento esperado para a resistência mecânica seria que a adição
do resíduo diminuísse-a gradativamente com o aumento da porcentagem de adição,
mas isso não ocorreu, pois a adição com 15% ficou abaixo da de 20%. Porém, isto
pode ser justificado pelo desvio padrão das amostras, relativamente alto.
O fato da adição com 15% ter apresentado um valor de resistência abaixo da
adição de 20% deve-se, provavelmente, a uma homogeneização não tão eficiente
da mistura do resíduo ao blend. Este valor discrepante do resultado no ensaio de
resistência à compressão corrobora o valor também discrepante para este valor de
adição também no ensaio de absorção de água total.
2,23
1,63
1,14
1,35
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
Res
istê
nci
a à
com
pre
ssão
(kN
)
Sem adição
10%
15%
20%
65
Além disso, analisando todos os valores com o maior desvio padrão, todas
as amostras estariam dentro dos padrões da norma quanto à resistência à
compressão. Porém, para se ter certeza disso, seria necessário uma análise
estatística para afirmar se adições acima de 10% atendem ou não às exigências da
NBR 15270-1 (ABNT, 2005).
6.8. ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL
Apesar do ensaio de absorção inicial não ser obrigatório, ele é importante,
pois avalia a necessidade de umedecimento dos blocos antes do assentamento,
para que o tijolo não absorva a água da argamassa e esta tenha sua aderência
prejudicada.
A NBR 15270-3 (ABNT, 2005) prevê um valor máximo de 30g/193,55 por
minuto de absorção da face de assentamento. Acima disso é necessário umedecer
os blocos antes de assentá-los.
Para a execução do ensaio foram selecionadas 6 (seis) amostras aleatórias
de cada adição, diferentes das utilizadas no ensaio de absorção de água.
A TABELA 33 apresenta os valores obtidos no ensaio de absorção inicial
para os blocos sem adição do resíduo. E, em seguida (TABELA 34, TABELA 35 e
TABELA 36), os valores para os blocos com adição de 10, 15e 20%, nesta ordem.
66
TABELA 33 - ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS SEM ADIÇÃO
BLOCO ÁREA Massa Seca
(g) Massa Úmida
(g) Δp AAI
1 165,44 1725 1740 15 17,55
2 165,06 1741 1754 13 15,24
3 167,32 1731 1741 10 11,57
4 164,75 1723 1738 15 17,62
5 167,96 1799 1810 11 12,68
6 164,81 1710 1724 14 16,44
MÉDIA 165,89 1738,17 1751,17 13,00 15,18
TABELA 34 – ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 10%
BLOCO ÁREA Massa Seca
(g) Massa Úmida
(g) Δp AAI
2 171,95 1798,25 1810,47 12,22 13,76
3 170,61 1773,16 1787,01 13,85 15,71
5 170,55 1787,17 1799,12 11,95 13,56
6 171,48 1800,55 1812,76 12,21 13,78
7 171,23 1798,54 1810,89 12,35 13,96
11 171,72 1786,49 1798,40 11,91 13,42
MÉDIA 171,26 1790,69 1803,11 12,42 14,03
TABELA 35 - ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 15%
BLOCO ÁREA Massa Seca
(g) Massa Úmida
(g) Δp AAI
1 171,50 1836,05 1849,11 13,06 14,74
4 173,33 1843,49 1856,54 13,05 14,57
5 171,23 1839,53 1851,41 11,88 13,43
6 171,05 1834,49 1847,93 13,44 15,21
12 171,42 1838,09 1851,55 13,46 15,20
13 172,38 1855,47 1868,84 13,37 15,01
MÉDIA 171,82 1841,19 1854,23 13,04 14,69
67
TABELA 36 - ABSORÇÃO DE ÁGUA INICIAL DOS BLOCOS COM ADIÇÃO DE 20%
BLOCO ÁREA Massa Seca
(g) Massa Úmida
(g) Δp AAI
1 171,00 1856,37 1872,14 15,77 17,85
5 171,93 1856,83 1871,66 14,83 16,70
7 170,33 1851,25 1865,26 14,01 15,92
8 169,18 1840,20 1855,60 15,40 17,62
9 169,65 1835,46 1850,43 14,97 17,08
10 171,05 1847,54 1861,98 14,44 16,34
MÉDIA 170,52 1847,94 1862,85 14,90 16,92
Como visto nas tabelas acima, todas as adições estão com o valor do índice
de absorção inicial abaixo de 30g/193,55, ou seja, não necessitam ser umedecidos
antes do assentamento.
A FIGURA 37 apresenta um gráfico obtido com os valores médios do índice
de absorção de água inicial com a barra de erros indicando o desvio padrão.
Pelo gráfico comprovamos que todos os teores de adição do resíduo estão
dentro dos limites especificados por norma para que não seja necessário umedece-
los anteriormente ao assentamento.
FIGURA 37 – GRÁFICO COM A MÉDIA DOS RESULTADOS DOS ÍNDICES DE
ABSORÇÃO INICIAL
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
Amostras
Índ
ice
de
Ab
sorç
ão In
icia
l
Sem
10%
15%
20%
68
O resultado esperado para a absorção inicial era que o resíduo fizesse seu
valor aumentar gradativamente com o aumento da porcentagem, o que não ocorreu,
pois algumas porcentagens de adição aumentaram seu valor e outras diminuíram.
No entanto, se considerado o desvio padrão das amostras os resultados podem não
ser significativamente diferentes.
Além disso, apesar dos blocos com adição do resíduo possuírem mais poros,
talvez os poros não estejam conectados, fazendo com que o valor da absorção
inicial não seja maior que os blocos sem adição. Uma análise da microestrutura dos
blocos poderia comprovar esta hipótese.
69
7. BENEFÍCIOS AMBIENTAIS OBTIDOS
Na região estudada, a extração de areia está diretamente ligada à extração
da argila, sendo que, para extrair-se areia, deve ser retirada a camada de argila que
está acima dela.
Como o mercado ainda demanda uma enorme quantidade de areia, não é
pela economia de argila conseguida com esse estudo que cessará a devastação de
áreas para a extração mineral de areia. Todavia, podem-se enumerar duas
características importantes conseguidas com o presente trabalho, em relação ao
meio ambiente:
1) Com a utilização do resíduo da lavagem de areia, pode-se diminuir
consideravelmente o aporte de material particulado às margens de
rios próximos às jazidas de areia/argila. Este tipo de ganho
ambiental é difícil de ser mensurado, tendo em vista a grande
dimensão dos rios que ficam próximos às mineradoras. Porém, é
de grande valia no quesito sociedade, pois cada ser humano que
vive atualmente em cidades, depende direta ou indiretamente da
saúde dos corpos d'agua, pois a maior parte da água utilizada
pelas grandes cidades é captada em rios.
2) Do mesmo modo, ao utilizar este resíduo para algum fim, a energia
gasta para se retirar a areia do seu local de origem, é melhor
aproveitada, não havendo um desperdício explicito de materiais
resultantes da sua lavagem, no caso, o resíduo ou goma.
A adição de 10% do resíduo em massa ao blend de argila faria com que,
aproximadamente, 1.000 toneladas do resíduo fossem aproveitadas anualmente.
Como consequência, a mesma quantidade seria economizada em argila natural,
considerando que a olaria em estudo fabrica aproximadamente 240.000 peças por
mês.
Tal como está acontecendo na cidade de São Paulo, onde já há carência de argila,
deve-se sempre considerar formas de preservar matérias-primas, mesmo que muito
abundantes, para que se possa, aos poucos, prolongar sua existência em nosso
planeta.
70
8. CONCLUSÃO
O resíduo da lavagem de areia apresentou-se viável para uso imediato na
olaria estudada, porém deve-se atentar ao correto teor de resíduo adicionado à
mistura original.
Na adição de 10% os resultados dos ensaios foram satisfatórios,
apresentando desempenho muito parecido com os blocos sem adição. Os blocos
foram aprovados em todos os ensaios a que foram submetidos, conforme rege a
norma NBR 15270-1 (ABNT, 2005).
As amostras com 15% e 20% de adição em massa estão dentro dos padrões
da norma nos quesitos dimensional e de absorção, porém não atingiram a
resistência mínima exigida por norma, o que inviabilizaria sua utilização. Porém,
como a resistência mecânica dos blocos com adição de 20% não está muito abaixo
da estabelecida por norma e analisando os desvios padrão das amostras com
adição de 15 e 20% é possível que os blocos atinjam a resistência mínima. Portanto,
é viável um estudo de significância estatística para melhor avaliação dos resultados.
A possível homogeneização não tão correta da mistura com adição do
resíduo ao blend de argila pode ter feito com que as amostras com adição de 15%
ficassem com valores de resistência à compressão menores que os blocos com
adição de 20%, sendo necessário um estudo para comprovação disto. Cabe também
uma dosagem mais específica de outros tipos de argila, ou mesmo, uma mistura em
maior quantidade, proporcionando uma melhor qualidade do blend inicial.
Ao analisar os resultados estatisticamente, nota-se que a adição do resíduo
praticamente não afetou as propriedades do blocos, com um ressalvo apenas para a
resistência mecânica, que deve ser estudada, ou apenas utilizar a opção de 10% de
adição do resíduo em massa.
O ganho ambiental conseguido é muito grande, dando margem para novos
trabalhos a respeito de adições na argila na região metropolitana de Curitiba.
71
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