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ENFERMEIRO
TEORIAS DE ENFERMAGEM
DEFINIÇÃO: Teoria, do grego θεωρία , é o
conhecimento descritivo que permite
especulações, contudo puramente racional. O
substantivo theoría significa ação de contemplar,
olhar, examinar, especular. Pode ser entendida,
também como forma de pensar e entender algum
fenômeno a partir da observação.
Ao falarmos em ciência, a definição de teoria
científica, pode ser bastante diferente da acepção
de teoria em senso comum, o de simples
especulação; o conceito moderno de teoria
científica estabelece-se, entre outros, como uma
tentativa de resposta ao problema da demarcação
entre o que é efetivamente científico e o que não o
é. Uma teoria com pretensão científica deve, em
primeiro lugar, satisfazer uma condição de
testabilidade. Será considerada ‘testável’ a partir
do momento em que se possam inferir de forma
dedutiva um ou vários predicados que, em virtude
de algumas condições chamadas iniciais, os fatos
deverão ser comprovados.(Wilkpedia).
1-Teoria Humanística:
Resgata a dimensão humanística do cuidado,
fenômeno que vem se processando na profissão.
Este referencial permite lançar um olhar ao
homem como ser que vivencia e experiência
situações existenciais únicas de saúde e de doença
e, em contraponto ao modelo biomédico que ainda
é muito usado na área da saúde.
2- Teoria Cultural:
A Teoria do Cuidado Cultural de Leininger vem
sendo empregada pela Enfermagem brasileira por
permitir a compreensão de que os fenômenos de
saúde e doença que permeiam o vivido de
indivíduos e/ou grupos populacionais apresenta
relação com os hábitos cotidianos, as crenças, os
costumes e demais aspectos que configuram suas
culturas, pois o cuidado é culturalmente definido.
Destacar o fato de que este referencial usa uma
proposta metodológica própria, o que favorece o
desenvolvimento de pesquisas.
3- Teoria do Autocuidado de Orem:
A Teoria do Autocuidado de Orem esta teoria se
deve a dois embasamentos principais:
proporcionar ação educativa por parte da
Enfermagem, e pelo desenvolvimento de atitudes
que facultem aos indivíduos e/ou grupos
populacionais o autocuidado, isso se deve ao
avanço das condições crônicas de doença que têm
exigido dos indivíduos um prazo maior de
tratamento, o uso de tecnologias no domicílio do
doente e a reestruturação de estilos de vida, como
maneiras de cuidado de si.
4-Teoria do alcance de metas de King :
A teoria de King foi publicada em 1981, mostra a
atuação do enfermeiro mediante a compreensão de
que o ser humano englobado em três sistemas
interatuantes (o pessoal, o interpessoal e o social),
dado a interação enfermeiro-pessoa é fundamental
para subdisiar estabelecimento e alcance de metas
de saúde, propiciando o desenvolvimento de
potencialidades no cliente, pessoa e comunidade.
King fez uma revisão de fontes bibliográficas para
desenvolver sua estrutura conceitual e sua teoria
foi muito influenciada pela Teoria dos Sistemas e
do interacionismo simbólico, dando ênfase à visão
da pessoa como ser social; mostrando a sua
fundamentação em paradigmas que vêm
influenciando a enfermagem, tais como, de
desenvolvimento, de sistemas, o psicanalítico, o
de adaptação e de estresse.
5- Teoria de cuidado Transpessoal de Watson:
Jean Watson, professora de enfermagem
da Universidade do Colorado, USA, e fundadora
do “Center for Human Caring” escreveu o seu
primeiro livro em 1979 e desde então passou a ser
considerada precursora no estudo da enfermagem
como uma disciplina científica que une a
racionalidade e a sensibilidade. Essa teoria mostra
o Cuidado Transpessoal e fez de Jean Watson
apresentador de um novo paradigma em cuidados
de saúde, de acordo com Watson:
“A relação de cuidado em enfermagem é uma
relação humana, o que conseqüentemente implica
a conjugação de dois seres humanos totalmente
diferentes, uma vez que cada pessoa representa
um universo inimaginável e irrepetível, que se
regem por sentimentos, percepções, pensamentos,
emoções e necessidades”.
“Em vez de um enfermeiro ministrar
analiticamente um tratamento a um doente, quer-
se que o técnico de saúde saiba comunicar,
interagir, conhecer para então depois proporcionar
o cuidado necessário. O objetivo é a cura global do
paciente e a satisfação do prestador de ajuda.
Nessa teoria o cuidado é vital, para a essência
Enfermagem, estabelecem-se as prioridades no
cuidado. É um modelo holístico de enfermagem
que sugere que uma intervenção consciente em
direção aos cuidados potencializa a cura e a
integridade (Hoover, 2002). Jean Watson postulou
os fatores relevantes no processo de cuidar, que
são:
• Praticar o amor
• A amabilidade
• A coerência dentro de um contexto de cuidado
consciente
• Ser autêntico
• Estar presente
• Ser capaz de praticar e manter um sistema
profundo de crenças e um mundo subjetivo de sua
vida e do ser cuidado
• Cultivar suas próprias práticas espirituais e
transpessoais de ser, mas além de seu próprio ego,
aberto a outros com sensibilidade e compaixão
• Desenvolver e manter uma autêntica relação de
cuidado, de ajuda e confiança
• Estar presente e dar apoio na expressão de
sentimentos positivos e negativos, como uma
conexão profunda com o espírito do ser e do ser
que cuida do outro.
• Uso criativo do ser, de todas as formas de
conhecimento, como parte do processo de cuidado
para comprometer-se artisticamente com as
práticas de cuidado e proteção
• Comprometer- se de maneira genuína em uma
experiência de prática de ensino e aprendizagem
• Criar um ambiente protetor em todos os níveis,
onde se está consciente do todo, da beleza, do
conforto, da dignidade e da paz
• Assistir as necessidades humanas
conscientemente, administrando um cuidado
humano essenciais, o qual potencializa a aliança
mente corpo, espírito
• Estar aberto e atento à espiritualidade e à
dimensão existencial de sua própria vida.
Watson (1985) relaciona intimamente o processo
do cuidar humano (human care) com um processo
de interação entre estes seres humanos, sendo o
cuidar humano a dimensão da prática profissional.
A relação interpessoal que a autora fala quer dizer
a essência dos cuidados de enfermagem.
As ferramentas dos cuidados de enfermagem são o
conjunto das técnicas, dos protocolos, das formas
de organização utilizadas pelas enfermeiras, ou
seja aquilo que serve de suporte à sua atividade.
6-Teoria das Necessidades Humanas Básicas de
Wanda Horta:
Baseia-se na teoria de N.H.B, de Maslow .
Essa teoria é considerada o ponto alto de seu
trabalho e a síntese da todas as suas pesquisas.
Duas questões fundamentais permeiam o
trabalho de Wanda Horta.
A primeira, a quem serve a enfermagem?
Respondida finalmente em sua teoria como uma
afirmação: "a enfermagem é um serviço prestado
ao ser humano", e a segunda, com que se ocupa a
enfermagem? Respondida então que "a
enfermagem é parte integrante da equipe de saúde
e como tal se ocupa em manter o equilíbrio
dinâmico, prevenir desequilíbrios e reverter
desequilíbrios em equilíbrio do ser humano".
Wanda Horta em seu conceito de Enfermagem :
"Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser
humano no atendimento de suas necessidades
básicas, de torná-lo independente desta assistência
através da educação; de recuperar, manter e
promover sua saúde, contando para isso com a
colaboração de outros grupos profissionais".
NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS
Oxigenação
Hidratação
Nutrição
Eliminação
Sono e repouso
Exercícios e atividades físicas
Sexualidade
Abrigo
Mecânica corporal
Integridade cutâneo-mucosa
Integridade física
Regulação: térmica, hormonal, neurológica,
hidrossalina, eletrolítica, imunológica,
crescimento celular, vascular
Locomoção
Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil,
gustativa, dolorosa
Ambiente
Terapêutica
NECESSIDADES PSICOSSOCIAS
Segurança
Amor
Liberdade
Comunicação
Criatividade
Aprendizagem (educação à saúde)
Gregária
Recreação
Lazer
Espaço
Orientação no tempo e espaço
Aceitação
Auto-realização
Auto-estima
Participação
Auto-imagem
Atenção
Necessidades psicoespirituais:
Religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de
vida. Baseando-se no processo de Enfermagem:
Histórico, Diagnóstico de Enfermagem, Plano de
Assistência, Prescrição, evolução, Prognóstico.
7-Teoria de Adaptação de Roy:
O termo holismo vem sendo empregado
na enfermagem como abordagem que espelha as
realidades complexas dos seres humanos no
cosmo.
Essa teoria de Roy está embasada no contexto
transcendental, nesta categoria a abordagem
holística surge como técnica holográfica–modelo
de interação dos elementos que compõem o todo e
as partes em que se reflete uma realidade
tridimensionalizada. Teoria da Adaptação
– Sister Callista Roy;
enfermagem;
-doença;
-
doença e a enfermagem
Ao envolvermos a Ciência da Enfermagem nessa
constituição interativa do ser, essa teoria nos
mostra o sentido do viver humano em um plano
biopsicossocial-espiritual e da completa harmonia
e equilíbrio desse ser com o ambiente que o
circunda, exemplifica o Modelo de Adaptação de
Roy.
8-Teoria de Relação Interpessoal de Travelbee e
Peplau :
As relações interpessoais constituem-se em
instrumentos do cuidado em saúde que vem sendo
utilizados pela enfermagem por meio das
contribuições de Joyce Travelbee e Hildegard
Peplau, nas décadas de 50 e 60 do século passado.
A relação de ajuda , segundo essa Teoria somente
seria possível quando o enfermeiro tornar-se um
elo entre os pacientes a quem presta cuidado e sua
realidade. Sendo desta forma, cada pessoa teria
maior iniciativa no desenvolvimento de
habilidades pessoais e uma co-participação de
forma ativa nos cuidados prestados pelos
profissionais.
Em geral muito usado em Enfermagem
Psiquiátrica. No entanto, mesmo sendo um
conhecimento produzido por uma área específica,
esse fator possibilitou a socialização de novas
experiências terapêuticas, trazendo esse
conhecimento em contribuições ao ensino e à
prática assistencial do enfermeiro.
O processo de relação interpessoal de Travelbee é
sustentado em quatro fases fundamentais:
Fase de Pré-interação: É a fase em que o
enfermeiro começa a construir sua vinculação,
compreendendo a real situação de pacientes e
familiares.
Fase Inicial: É a fase do primeiro encontro,
mostrando o grau do comprometimento do
profissional em ajudar e seus objetivos com o
relacionamento interpessoal.
Fase de Identidades: Nesta fase em que o paciente
e sua família podem-se apresentar pouco mais
hostis, fazendo um aparato com a competência do
profissional e podendo até tentarem a
manipulação do Profissional. É nesta fase em que
os envolvidos entendem-se como seres humanos,
detectando dificuldades, impotências e
incompatibilidades.
Fase de Término: É a finalização do processo de
relacionamento interpessoal, seja por alta
hospitalar, desinteresse da família ou paciente,
agravamento do quadro do paciente ou outras
razões. É comum nesta etapa surgirem
sentimentos como os de gratificação, indiferença.
9- Teoria de Ambientalista de Florence
Nightingale:
Esta direcionada ao cuidado de enfermagem ao ser
humano em sua inter-relação fundamental com o
meio ambiente.
O controle do ambiente é o sustentáculo desta
teoria nos postulados de Nightingale, avaliando
as condições e influências externas que irão
afetar a vida e o desenvolvimento do organismo,
capazes de anteceder, eliminar ou contribuir para
a saúde, doença e morte.
Percebe-se que esta teoria mostra que os
ensinamentos de Florence Nightingale
influenciaram o ambiente hospitalar e a
Enfermagem ao utilizar os preceitos da teoria
Ambientalista no dia-a-dia da assistência em
unidades de saúde , principalmente em hospitais
e UTIs seu processo de recuperação e cura tornar-
se o mais rápido , quando proporcionamos o
ambiente mais acolhedor para o internado.
10-Teoria de tornar-se humano de Parse:
De acordo com a Teoria de Rosemarie Rizzo Parse,
“Tornar-se Humano”, a Enfermagem é centrada na
ciência humana cujo foco central é o ser humano.
Parse afirma que a essência da enfermagem é o
relacionamento enfermeiro - pessoa e, seu intuito
principal é a qualidade de vida sob a perspectiva
da pessoa. Quando o Enfermeiro aplicar a Teoria
de Parse, respeita a própria visão de qualidade de
vida de cada um, que, lógico, difere de uma pessoa
para outra, e não tenta mudar essa visão para ser
consistente com sua própria perspectiva.
A enfermagem é aplicada nas situações de crise
e/ou mudanças vivenciadas pelo
indivíduos/família e comunidade.
A prática de enfermagem, na teoria de Parse, é
direcionada em guiar as pessoas e famílias para
participarem do cuidar de sua saúde (HICKMAN,
2000).
Essa teoria é importante na formação profissional,
pois, permite ao Enfermeiro contemplar o ser
humano holisticamente. – o enfermeiro direciona
o indivíduo ou a família a planejar sua mudança
nos padrões de saúde a serem vividos, ou seja, a
possibilidade de planejar mudanças para alcançar
a saúde.
10- teoria do Modelo conceitual de Rogers:
O modelo procura promover uma interação
harmoniosa entre o homem e o seu ambiente.
O modelo reforçar a sensibilização dos seres
humanos, e direcionar ou redirecionar o padrão de
interação entre homem e seu ambiente para o
máximo de saúde potencial.
Considera nesta teoria que o homem é um todo
unificado que tem a sua própria integridade e que
manifesta características que são mais do que a
soma das suas partes e várias delas para ser
integrado em um meio ambiente. Martha Rogers
no que diz respeito à saúde, define como um valor
definido pela cultura do indivíduo e, desta
maneira, um estado de "harmonia" ou bem-estar.
A teoria reitera que o estado da saúde não pode
ser ideal, mas é a melhor condição para uma
pessoa, pó quanto quando usamos essa teoria, o
potencial para o máximo de saúde é bastante
variável.
É fundamentada na concepção de homem. O
modelo teórico foi baseado em um postulado de
pressupostos que descrevem os processos vitais do
homem, caracterizando como:
O Homem ser
Unitário, Aberto, Unidirecional, Seus padrões e
organização, Sentimentos, Pensar.
Martha Rogers fundamentou sua teoria em quatro
blocos:
a) Campo energia é caracterizado como a unidade
fundamental para a vida como para os inertes.
b)Universo de sistemas abertos: ela diz que a
energia campos são abertos e intermináveis, mas
interligados.
c) Padrões: são as particularidades de cada campo.
d) Tetradimensionalidade: é um não-linear, sem
domínio espacial ou temporal atributos.
A finalidade da teoria é ajudar as pessoas a atingir
seu máximo potencial de saúde. Para a teoria ter
seu efeito faz-se necessário que o enfermeiro
promova interação harmoniosa entre o homem e o
seu ambiente.
A Assistência de enfermagem é feita por meio de
um processo planejado, que compreende a busca
de dados, o diagnóstico de enfermagem,
estabelecimento de metas, a curto e longo prazo e
de melhores cuidados de enfermagem planejados
em busca do atendimento aos resultados.
Este método de Rogers é essencialmente dedutivo,
lógico, em que a enfermagem vai comprovar uma
nova perspectiva do sistema mundial nova forma
de pensar a respeito do fenômeno de enfermagem.
O homem é o foco dessa teoria que fundamenta o
sistema teórico de enfermagem, para efetivação de
uma enfermagem segura. Enfatiza o SAE.
12- Teoria do Cuidado ético de Benner:
Benner (1982) Esta autora trouxe contribuições de
grande valor no que respeita ao conhecimento,
quando diferenciar o conhecimento teórico –
"saber o quê", do conhecimento prático – "saber
como".
A experiência do Enfermeiro trará a "proficiência"
que para a autora da teoria seria intelectual e
científica que pode ser entendida como a
associação entre conhecimento teórico e da prática
(Lopes e Lourenço, 1998).
Benner (1982; 1984) diz que nenhum profissional
começa como perito e que o ser humano passa por
cinco níveis de experiência: principiante,
principiante avançado, competente, proficiente e
perito. Os enfermeiros segundo esta teoria serão
considerados tanto melhores profissionais quanto
mais próximos dos padrões de excelência
definidos estiver o seu desempenho e a excelência
no exercício da prática de enfermagem, o qual só
conseguimos quando a praticamos.
Conhecimento Ético na enfermagem, este
componente é considerado o conhecimento moral
da enfermagem. Envolve julgamentos éticos
constantes e, frequentemente, implica confrontar
valores, normas, interesses ou princípios. O
conhecimento ético não descreve ou prescreve a
decisão a ser tomada, ao contrário, ele mostra o
insight das possíveis escolhas a serem realizadas,
e os seus porquês.
MEDIDAS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO
SERVIÇO DE ENFERMAGEM
O setor de saúde, uma categoria de trabalhadores
ocupa singular função. Para cumprir um dos mais
importantes papéis sociais e de grande relevância
econômica, o trabalhador de enfermagem muito
avançou cientificamente para atender às atuais e
crescentes exigências, nesse campo.Diagnósticos
mais precisos, cirurgias mais seguras com pós-
operatório melhor monitorado; maior cobertura
vacinal das popula-ções infantil e idosa... Nas
muitas e diferentes etapas de todos
essesprocessos, o trabalhador de enfermagem tem
necessária presença.Com mais de 40
especialidades no Brasil, o domínio de sua
práticainclui:
• Prestação de cuidados diretos e a avaliação de
seu impacto;• Defesa dos interesses dos pacientes
e da saúde em geral;• Supervisão e delegação de
tarefas;• Direção e gestão;• Ensino e pesquisa
Da chapa de Raios X ao Arco em C
Tridimensional, muita coisa mudou para os
trabalhadores da saúde. Para a enfermagem, uma
da sgrandes mudanças consistiu no despertar de
sua consciência como categoria trabalhadora, ao se
tornar crescentemente participante daluta pela
conquista de seus direitos. Direito a melhores
condições devida, direito à saúde e à segurança do
trabalho.Nos últimos 20 anos, para tanto
contribuíram: as conquistas, nessesquesitos,
obtidas por outras categorias de trabalhadores; a
epidemiade AIDS e o recrudescimento da
tuberculose; o aumento das patolo-gias
psicossociais na sua própria pele; enfim, o
reconhecimento desua própria vulnerabilidade
aos riscos ocupacionais, tendo em vistaalgumas
das características já apontadas em
Riscos do trabalho de Enfermagem
. E, isso, pelo fato de a enfermagem ser:• O maior
grupo individualizado de trabalhadores de
saúde;• Prestadora de assistência ininterrupta, 24
horas por dia;• Executora de cerca de 60% das
ações de saúde;• A categoria que mais entra em
contato físico com os doentes;• Por excelência,
uma profissão feminina;
• Bastante diversificada em sua formação.
Parte 2- A Norma Regulamentadora 32 (NR 32)
considera
Risco biológico
A probabilidade da exposição ocupacional a
agentes biológicos: microrganismos
geneticamente modificados ou não, culturas de
células,parasitas, toxinas e príons.No setor de
saúde, esse risco é representado sobretudo pelas
infecções causadas por bactérias, vírus, rickettsias,
clamídias e fungos e,em menor grau, pelas
parasitoses produzidas por protozoários,
helmintos e artrópodes.
A exposição do pessoal de enfermagem ao risco
biológico torna-se maior devido seu contato
íntimo e frequente com os pacientes infectados.
Muitas vezes, o próprio rosto (conjuntiva ocular,
mucosas da boca e do nariz) ao alcance do ar por
eles expirado, ao alcance de respingos de sangue e
de outros fluidos corporais, durante
procedimentos invasivos, tosses, espirros.
Excreções, produtos de vômito, bile, saliva,
escarro, sangue e pus são observados e
controlados antes do rejeito; seus recipientes são
lavados e desinfectados, ou esterilizados; pijamas,
camisas e roupa de cama são trocados. E tudo isso
é feito pelo trabalhador de enfermagem.
Infecções apontadas como risco biológico para o
trabalhador de saúde
1. Principais:
Tuberculose pulmonar
Ccytomegalovirus (CMV)
Hepatite virais (B, C, G)
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV)
Síndrome da imunodeficiência adquirida
(SIDA/AIDS)
2. Outras infecções às quais o pessoal de
enfermagem encontra-se potencialmente exposto:
Difteria
Febre tifóide
Gastroenterite infecciosa
Herpes simplex
Meningites
Infecções respiratórias por vírus
Parotidite
Rubéola
Queraratoconjuntivite epidêmica
Varicella zoster
3. Doenças causadas por bactérias envolvidas nas
infecções hospitalares:
Staphilococcus aureus
Escherichia coli
Para cuidar de pessoas com doenças infecciosas,
além de normas bem claras sobre isolamento e
barreiras. Basta a correta observação das normas
básicas de higiene hospitalar para a prevenção e
controle
A adoção de comportamento de segurança abrange
formação, educação continuada, supervisão
qualificada, organização do trabalho, recursos
materiais (incluindo-se os EPIs), profissionais
preparados das infecções. Educação, controle
serológico e imunização integram o programa
destinado ao grupo de risco, representado por
trabalhadores expostos a contato com sangue, seus
derivados e outros fluidos corporais.
Salmonellae
Streptococcus
Pseudomonas
Proteus
4. Infecções diversas sem consequências
patológicas graves ou duráveis. Até agora, o único
setor de atividade com ocorrência de transmissão
ocupacional do HIV foi o setor de saúde e, neste, o
pessoal de enfermagem tornou-se o principal
grupo de risco. A hepatite B é a doença de origem
profissional mais frequente entre o pessoal
hospitalar.
Em relação à população geral, o risco de hepatite B
é 11 vezes mais elevado entre o pessoal de saúde:
trabalhadores de laboratório e de enfermagem. A
tuberculose constitui, hoje, séria ameaça à saúde.
Prevenção e controle de riscos biológicos
baseiam-se em conhecimentos de higiene,
biossegurança, educação, administração,
engenharia e até de legislação.
As regras de segurança são porém insuficientes, se
os materiais não são corretamente utilizados e se a
(des)organização do trabalho impede sua
aplicação. Picadas de agulhas são favorecidas por
obscuridade, insuficiência de espaço, falta de
recipientes adequados para transporte e coleta de
seringas após o uso, por exemplo.
Vacine-se!
Conheça seu nível imunitário relativo às infecções
que fazem parte do seu cotidiano. Mais exposto
que a população em geral ao risco de adquirir
algumas infecções imunologicamente preveníveis,
o trabalhador de enfermagem deve proteger-se,
por meio de vacinas ou imunoglobulinas, contra
as seguintes doenças:
Proteção altamente recomendada
Caxumba
Difteria
Gripe
Hepatite B
Rubéola
Sarampo
Tétano
Tuberculose
Varicella Zoster
Proteção eventualmente indicada
Coqueluche
Febre tifóide
Hepatite A
Doença meningocócica
Doença pneumocócica
Doença invasiva por H. influenzae
Segundo a NR 32, todo trabalhador dos serviços
de saúde deve receber, gratuitamente, programa
de imunização ativa contra tétano, difteria,
hepatite B e os estabelecidos no PCMSO. Sempre
que houver vacinas eficazes contra outros agentes
biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderá
estar exposto, o empregador deve fornecê-las
gratuitamente. Redobre sua atenção com os
perfurocortantes:
• Agulhas, tesouras, bisturis, pinças e escalpes
fazem parte do nosso trabalho diário. Picadas e
cortes acidentais produzidos por esses materiais,
também! Por isso, só manipule agulhas e material
cortante, ou qualquer outro material sujo de
sangue, como barbeadores e escovas de dente, com
as devidas precauções.
• Dentre os casos de AIDS envolvendo
profissionais de saúde, a maioria ocorreu como
resultado de manipulação inadequada de agulhas
e instrumentos cortantes: mais de 70% dos casos
comprovados e 43% dos prováveis, envolveram a
categoria de enfermagem e de profissionais da
área de laboratório. Agora é lei: Em toda
ocorrência de acidente envolvendo riscos
Programa de Infecções Hospitalares (PCIH) e
criem uma Comissão de Controle de Infecções
Hospitalares (CCIH). As diretrizes e normas que
viabilizaram o planejamento do programa foram
definidas pela Portaria GM 2616, de 12 de maio de
1998.
São agentes de risco físico:
• Radiações ionizantes: raios-X, raios gama, raios
beta, partículas gama, prótons e nêutrons.
• Radiações não ionizantes: ultravioleta, raios
visíveis (luz solar ou artificial), infravermelho,
microondas, frequência de rádio, raios laser.
• Variações atmosféricas: calor, frio e pressão
atmosférica. • Vibrações oscilatórias: ruído e
vibrações.
A OIT considera as radiações ionizantes, o ruído, a
temperatura e a eletricidade como os principais
fatores de risco físico para os trabalhadores
de saúde. Na NR-32, apenas as radiações
ionizantes são detalhadas: radioterapia,
radiodiagnóstico médico-odontológico,
braquiterapia e resíduos. De fato, trata-se de risco
considerado ainda mais perigoso porque
impossível de ser detectado pelos sentidos: não
tem cheiro, não emite qualquer som, não pode ser
visto, nem tocado.
São efeitos biológicos das radiações ionizantes:
• Somáticos - as alterações celulares manifestam-
se na pessoa irradiada, não passam aos
descendentes.
• Genéticos - as alterações ocorridas nos gametas
do indivíduo irradiado são transmissíveis aos
descendentes.
Estima-se ser ainda desconhecida a maioria dos
efeitos genéticos resultantes das exposições
profissionais às radiações.
As exposições radioativas do trabalhador podem
ser agudas e crônicas:
• Exposição aguda – sobre exposição a uma fonte
interna ou externa de radiação. Produz a síndrome
de irradiação aguda, podendo levar à morte.
Corresponde a uma emergência médica e
caracteriza-se como acidente de trabalho
• Exposição crônica – exposição a doses baixas em
um tempo de exposição longo, com a manifestação
dos danos a ocorrer muitos anos após a exposição
original. Seus efeitos a longo prazo são: aumento
da incidência de carcinomas; efeitos embriotóxicos
em trabalhadoras gestantes; efeitos
cataratogênicos observados em radiologistas e
físicos nucleares.
A legislação é clara: toda trabalhadora com
gravidez confirmada deve ser afastada das
atividades com radiações ionizantes, devendo ser
remanejada para atividade compatível com seu
nível de formação. (NR-32)
São medidas de proteção:
• Blindagens
• Capacitação do pessoal
• Confinamento de fontes radioativas
• Controle médico (PCMSO e PPRA)
• Distância da fonte
• Identificação do risco
• Instalações adequadas
• Limitação do tempo de exposição
• Manutenção dos aparelhos em perfeito estado
• Monitoração do trabalhador
• Observação rigorosa das regras de segurança •
Otimização das atividades nas áreas de risco.
Além do atendimento às exigências da NR-32,
devem ser cumpridos vários dispositivos relativos
à radioproteção, tais como:
ABNT: NBR 9191/2000 Acondicionamento dos
resíduos de saúde.
CNEN 1988:
Radioproteção: • NN -3.01 Diretrizes básicas de
proteção radiológica •
• NE - 3.02 Serviços de radioproteção
• NN - 3.05 Requisitos de radioproteção e
segurança para serviços de medicina nuclear
• NE - 3.06 Requisitos de Radioproteção e
Segurança para Serviços de Radioterapia.
Transporte: NE - 5.01 Transporte de Materiais
Radiativos.
Instalações Radioativas:
• NN - 6.01 Registro de pessoas físicas para o
preparo, uso e manuseio fontes radioativas • NE -
6.02 Licenciamento de instalações radioativas
• NE - 6.05 Gerência de rejeitos radioativos em
instalações radioativas • NE - 6.06 Seleção e
escolha de locais para depósitos de rejeitos
radioativos • NN - 6.09 Critérios de aceitação para
deposição de rejeitos radioativos de baixo e médio
níveis de radiação.
COFEN: Resolução COFEN-211/1998 - Dispõe
sobre a atuação dos profissionais de Enfermagem
que trabalham com radiação ionizante.
MS: Portaria/MS/SVS nº 453/1998 - Diretrizes
básicas de proteção radiológica em
radiodiagnóstico médico e odontológico.
MTE: • NR 07 Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO • NR 09 Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
• NR 16 Atividades e Operações Perigosas.
No mundo, milhões de substâncias químicas
encontram-se registradas. Dentre essas, centenas
são de uso hospitalar, todas podendo constituir-se
em risco tóxico. Os trabalhadores de saúde estão
expostos à enorme variedade desses tóxicos.
Anestésicos, esterilizantes, desinfetantes,
solventes, agentes de limpeza, antissépticos,
detergentes, medicamentos e drogas de risco são
alguns dos produtos diariamente manipulados
pelo trabalhador de enfermagem. Nos serviços de
saúde, não são poucas as substâncias capazes de
causar genotoxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade e toxicidade sobre órgãos e
sistemas.
Os agentes químicos são capazes de produzir
todos os tipos de lesão celular e os efeitos da
exposição aos mesmos podem manifestar-se
imediata ou tardiamente. Fadiga, perda do apetite,
irritabilidade, problemas da memória, do
equilíbrio e do sono, alterações do humor e dor de
cabeça podem estar associados à exposição ao risco
químico.
Possíveis efeitos crônicos causados pela maioria
das substâncias químicas sobre o nosso
organismo:
• Cancerígenos: atingindo principalmente medula
óssea, pulmão, laringe, pele, bexiga, fígado.
• Comportamentais: instabilidade emocional,
irritabilidade, distúrbios psicomotores e da
memória.
• Cutâneos: ressecamento, fissuras, dermatites,
inclusive foliculite e acne.
• Neurológicos: degeneração dos neurônios.
• Pulmonares: bronquite crônica, enfisema
pulmonar.
• Relacionados com a reprodução: aborto,
natimortalidade, baixo peso ao nascer,
mortalidade perinatal, anomalia congênita,
malformações cardiovasculares, alterações na
estrutura dos cromossomos.
O gás óxido de etileno, por exemplo, é altamente
tóxico, facilmente inflamável e explosivo, além de
ser carcinogênico, mutagênico, teratogênico e
neurotóxico.
Acrescente-se que as exposições ocupacionais
envolvem várias substâncias, simultâneas ou
sucessivamente. E a interação entre os tóxicos
absorvidos simultaneamente pode ser antagônica
ou sinérgica.
Os seguintes fatores podem interagir e modificar,
para pior, a reposta do organismo ao tóxico:
• Ambientais - temperatura ambiente, pressão
atmosférica, ruído, vibrações e radiações.
• Genéticos - reações de hiper e
hipossensibilidade.
• Fisiológica - idade, sexo (suscetibilidade da
mulher a hormônios sexuais, gravidez).
• Profissionais ou relacionados com o estilo de
vida - estresse, fadiga, sobrecarga de trabalho,
dieta alimentar, tabagismo.
Medicamentos - os efeitos tóxicos dos
medicamentos utilizados no meio hospitalar são
frequentemente compartilhados pelo pessoal de
enfermagem e da farmácia. Suspeita-se que
muitos dos efeitos nocivos da maioria dos
medicamentos continuam ignorados. O
trabalhador de enfermagem expõe-se, todos os
dias, ao risco de absorção de vários medicamentos
através das vias cutâneo-mucosa, respiratória e
digestiva.
Com um agravante: se a exposição profissional
sensibilizar um trabalhador a um determinado
medicamento, há o perigo de reação mais grave
(choque anafilático, por exemplo), quando esse
receber a substância diretamente, mais tarde.
Um pouco sobre as dermatoses - dermatose
profissional é qualquer anormalidade da pele
produzida ou agravada pelo trabalho, abrangendo
desde eritemas ou descamações, até sérias lesões
eczematosas, acneiformes, neoplásicas,
granulomatosas ou ulcerativas. As dermatoses
profissionais podem ser causadas por agentes
químicos, físicos e biológicos. Os trabalhos
úmidos apresentam risco de dermatoses
profissionais.
Fatores domésticos, como cuidar de crianças e
ausência de máquina de lavar roupa, uma vez
combinados com os trabalhos úmidos no hospital,
quadruplicam os riscos de dermatose. As
diferentes tarefas de homens e mulheres explicam
o maior número de casos de eczema entre estas.
NR32 aborda as medidas de proteção contra os
efeitos tóxicos de gases medicinais, medicamentos
e drogas de risco, quimioterápicos
antineoplásicos, gases e vapores anestésicos.
Segundo essa norma, por exemplo, com relação
aos quimioterápicos antineoplásicos:
1. É vedado: • iniciar qualquer atividade na falta
de EPI • dar continuidade às atividades de
manipulação quando ocorrer qualquer interrupção
do funcionamento da cabine de segurança
biológica.
2. Compete ao empregador: • proibir fumar, comer
ou beber, bem como portar adornos ou maquiar-se
• afastar das atividades as trabalhadoras
gestantes e nutrizes • proibir que os trabalhadores
expostos realizem atividades com possibilidade de
exposição aos agentes ionizantes • fornecer aos
trabalhadores os EPIs e recursos necessários à
execução das tarefas.
Para a prevenção e controle dos riscos químicos, a
própria NR32 lembra a necessidade de se cumprir
o estabelecido nos seguintes dispositivos:
NR 07 - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional
NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
NR 26 - Sinalização de Segurança
Portaria Interministerial MS/MTE n.º 482 de
16/04/1999.
Sabemos que as implicações do trabalho sobre a
saúde são bem mais amplas e difusas do que
apenas aquelas determinadas pelos riscos
ocupacionais.
No mundo, o movimento sindical foi um dos
primeiros - e o único, durante muito tempo - a
denunciar o aviltamento das condições de
trabalho. As (más) condições de trabalho do
pessoal de enfermagem têm sido crescentemente
denunciadas no mundo inteiro. Não há substância
química segura, há apenas maneira segura de
utilizá-la. Emil Mrak (1901-87) .Diante das
consideráveis conquistas de outras categorias de
trabalhadores, como explicar o atraso em que se
encontra a enfermagem na luta por melhores
condições de higiene, saúde e segurança em seu
ambiente de trabalho?
No Brasil , a força-de-trabalho da enfermagem é
constituída de mais de um milhão de pessoas. São
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
atendentes e auxiliares operacionais de serviços
diversos assemelhados... à mercê de condições de
trabalho capazes de ameaçar a própria
sobrevivência da profissão.
Dois grandes problemas mundiais dos sistemas de
saúde - escassez e evasão do pessoal de saúde -
estão reconhecidamente ligados às condições de
trabalho existentes nos estabelecimentos de saúde.
Condições de trabalho representa o conjunto de
fatores - exigências, organização, execução,
remuneração e ambiente do trabalho – capaz de
determinar a conduta do trabalhador. A isso, o
indivíduo responde com a execução de uma
atividade ou conduta passível de ser analisada sob
diferentes aspectos: perceptivos, motores e
cognitivos. Satisfação, conforto, carga de trabalho,
fadiga, estresse, doenças e acidentes são as
consequências dessa resposta individual sobre o
estado físico, mental e psicológico do trabalhador.
As condições de trabalho marcam o corpo do
trabalhador. Para o pessoal de enfermagem, o
envelhecimento precoce e a incapacidade
resultante de acidentes e de doenças profissionais
são algumas marcas em seu corpo físico. O
aumento da dependência alcoólica e o uso
indiscriminado de psico-fármacos refletem as
marcas em seu corpo psíquico. O corpo social não
sai ileso, pois as condições, a organização do
trabalho e o tipo de tecnologia modelam os
trabalhadores, impondo uma representação
diferente de um grupo a outro.
REPRODUÇÃO - DANOS RELACIONADOS
COM O TRABALHO:
Pré-concepção: ▪ desequilíbrio hormonal ▪
diminuição
da libido ▪ dismenorréia ▪ esterilidade ▪
impotência ▪ menopausa precoce ▪ subfertilidade
masculina e feminina.
Gestação : ▪ aborto espontâneo ▪ alterações sexuais
▪ danos ao cromossoma ▪ deficiência do
desenvolvimento físico e mental do feto ▪
malformações congênitas ▪ morte fetal ▪ doenças
da gravidez (toxemia, hemorragia).
Parto e pós parto: ▪ alteração do comportamento ▪
anomalias congênitas ▪ baixo peso ao nascer ▪
câncer e morbidade infantil ▪ deficiência mental ▪
mortinatalidade prematuridade.
Riscos do trabalho de enfermagem.
Direito garantido desde a vigência da Constituição
Federal de 88, o adicional de penosidade não é
concedido aos trabalhadores que atuam em
condições penosas. Ao contrário das atividades
insalubre e perigosa, a atividade penosa não tem
regulamentação federal.
Algumas das dificuldades para tal regulamentação
podem ser percebidas, por exemplo, na seguinte
argumentação de dois auditores fiscais do MTE
(2000):
• O pagamento desse adicional... uma medida
paliativa, pressupõe a manutenção de situações
que podem gerar acidentes e doenças do
trabalho...e isso está em desacordo com os
princípios do MTE;
• Percebendo esse adicional, o trabalhador
passaria a acreditar que seus direitos estariam
sendo assegurados; pagando o adicional, a
empresa consideraria cumpridas suas
responsabilidades, deixando de melhorar as
condições de trabalho;
• Dificuldades em se definir o que é penoso, pois
as situações penosas seriam referidas ao desgaste...
sabidamente um parâmetro de difícil avaliação/
conceituação, pelo seu caráter subjetivo. Enquanto
persistem as dificuldades do governo federal para
conceituar/ definir o que é penosidade, e
reconhecer que o trabalho penoso constitui um
risco à saúde do trabalhador, alguns grupos têm
conseguido minimizar um pouco a situação, nas
esferas municipal e estadual.
Indicadores e determinantes da penosidade no
trabalho de enfermagem
Carga física • Quilometragem/Deslocamentos :
distâncias dos corredores e entre os postos de
trabalho, quartos, enfermarias, etc. • Posturas:
dimensões dos mobiliários/ausência de cadeiras •
Manutenção (levantamento, sustentação,
transporte de cargas): inexistência, insuficiência
ou inadaptação do material de manutenção; falta
de equipes especificamente treinadas para a
manutenção e transporte de pacientes • Elevação
da temperatura corporal: temperatura ambiente
elevada.
Carga mental • Interrupções: dúvida sobre rotinas,
técnicas, aparelhos • Tratamento de informações:
memorização complexa • Erros: ilegibililidade,
insuficiência de informação • Tamanho dos
caracteres para leitura: inadequação de softwares,
bulas, écrans • Nível de iluminamento/Contraste:
iluminação insuficiente ou inadequada.
Carga psíquica
• Na comunicação: Respostas evasivas, hesitações,
brevidade nas comunicações com doentes e
colegas: confrontação com sofrimento,
incapacidade, morte; falta de apoio (inexistência
de grupos de conversa, grupos de discussão); falta
de reconhecimento por parte de colegas e chefes.
• No relacionamento: Falta de lugar para reuniões,
ausência de meios de comunicação, inexistência de
programa de trabalho: diálogo social insuficiente;
insuficiência de informação; inexistência de
regimento interno do serviço de saúde.
• Quanto ao horário: Desrespeito aos ritmos
biológicos • Irritabilidade • Hipoglicemia •
Temperatura oral baixa: trabalho noturno fixo ou
por longo período; horários fracionados; início da
jornada demasiado cedo;
Desrespeito aos horários de alimentação;
insuficiência de tempo para passagem do serviço;
dobra de serviço ou permanência no trabalho após
término da carga horária; duplo emprego.
Sobrecarga física
A sobrecarga física decorre de operações
frequentes de alto custo energético: andar
quilômetros, levantar, sustentar e transportar
doentes; empurrar, puxar, levantar cargas diversas
em posturas nocivas, quase sempre de pé ou, o
que é pior, inclinada ou agachada; prevenir
escaras, refazer leitos, verificar sinais vitais...
Maior o grau de dependência dos doentes, maior
também a carga de trabalho pelos cuidados a
prestar e pela duração das posturas penosas. Tudo
isso e as muitas atividades do tipo doméstico
geram dispêndios energéticos que, acumulados ao
longo do dia, intensificam a fadiga e favorecem as
lombalgias e outras doenças ósteo-articulares.
Fadiga e lombalgias representam os principais
danos à saúde produzidos pela sobrecarga física.
A penosidade do trabalho agrava o risco de
prematuridade, sendo esta a mais importante
causa de mortalidade e morbidade neonatais.
Maior a carga física, mais elevada é a taxa de
prematuridade, fenômeno bastante observado
entre atendentes.
A fadiga é causada por uma solicitação excessiva
do organismo humano.
Inicialmente considerada normal, constitui-se
num sinal de alarme que permite ao organismo
reconhecer seus limites. Neste caso, as
perturbações por ela introduzidas são
perfeitamente reversíveis, desaparecendo com o
repouso e o sono reparador. A cronificação da
fadiga ocorre quando o repouso e o sono são
insuficientes.
A fadiga crônica leva ao esgotamento, um
fenômeno patológico grave, com manifestações
orgânicas e psíquicas. As lombalgias encontram-se
entre as principais causas de absenteísmo do
pessoal de enfermagem em todo o mundo.
Nas Disposições Gerais da NR 32 encontram-se
referidos alguns recursos capazes de aliviar a
sobrecarga física do trabalhador de saúde.
São eles:
• Condições de conforto por ocasião das refeições.
• Níveis de ruído previstas na NB 95 da ABNT.
• Níveis de iluminação conforme NB 57 da ABNT.
• Conforto térmico previstas na RDC 50/02 da
ANVISA.
• Condições de limpeza e conservação do
ambiente de trabalho.
• Organização dos postos de trabalho de forma a
evitar deslocamentos e esforços adicionais.
• Previsão de dispositivos seguros e com
estabilidade, que permitam acessar locais altos,
sem esforço adicional dos trabalhadores.
• Auxílio de meios mecânicos ou eletromecânicos
nos procedimentos de movimentação e transporte
de pacientes e no transporte de materiais.
• Capacitação dos trabalhadores para adotar
mecânica corporal correta, na movimentação de
pacientes ou de materiais.
• Orientação sobre medidas a serem tomadas
diante de pacientes com distúrbios de
comportamento biológicos, com ou sem
afastamento do trabalhador, deve ser emitida a
Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.
Para a prevenção e controle do risco biológico, a
NR 32 salienta a necessidade do cumprimento das
seguintes Normas Regulamentadoras:
NR 07 Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional
NR 09 Programas de Prevenção de Riscos
Ambientais e NR 15 Atividades e Operações
Insalubres.
O Controle de Infecção Hospitalar também dispõe
de legislação específica: a Lei 9431, de 06/01/1997
Acidente do trabalho - legalmente, o acidente de
trabalho é o que ocorre no exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause morte, perda ou
redução permanente ou temporária da capacidade
para o trabalho. Equiparam-se aos acidentes de
trabalho:
• acidente ocorrido na prestação de serviços à
empresa, fora do local de trabalho;
• o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o
trabalho;
• doença profissional - aquela produzida ou
desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da relação de
que trata a lei;
• doença do trabalho - aquela adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais
em que o trabalho é realizado e com ele se
relaciona diretamente, desde que constante da
relação da legislação. (Decreto n. 611/92; Decreto
nº 3.048, de 06/03/99).
O registro do acidente de trabalho faz-se por meio
da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT),
emitida pela empresa até o primeiro dia útil
seguinte ao do acidente. Caso a empresa negue a
emissão da CAT, esta poderá ser emitida pelo
acidentado, dependentes, médico, sindicato ou
qualquer autoridade pública. O acidente deve ser
registrado independente de vínculo empregatício,
da gravidade de acidente e do local de
atendimento hospitalar.
1. Proteção à mulher e à maternidade
Direitos constitucionais (Constituição Brasileira
de 1988)
Art.6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o
trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social,
a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art.7º - Licença à gestante, sem prejuízo do
emprego e do salário; redução dos riscos inerentes
ao trabalho, por meio de normas de saúde,
Indicador não definido. Higiene e segurança;
adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.
Art.196 - A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.
Art. 201 - Os planos de previdência social,
mediante contribuição, atenderão nos termos da
lei, a proteção à maternidade, especialmente à
gestante.
Direitos trabalhistas da mulher brasileira O
trabalho da mulher é protegido pela CLT -
Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Título
III, Capítulo III. Seu texto abrange os temas: •
Duração e condições de trabalho • Trabalho
noturno • Dos períodos de descanso • Métodos e
locais de trabalho • Proteção à maternidade •
Penalidades.
2. Saúde e Segurança do Trabalho
Normas Regulamentadoras (NRs) - síntese das
Normas de maior interesse para o trabalhador de
enfermagem.
Observações: 1. O texto integral de todas as (37)
Normas Regulamentadoras
edita-das no país, bem assim o texto das portarias
de alteração das mesmas encontram- se no site do
MTE: www.mte.gov.br; 2. A Portaria MTB nº
3.214, de 08 de junho de 1978 aprovou as NRs de
nº 04, 05, 06, 07, 09, 15, 16, 17, 24 e 26. A Portaria
MTE n.º 485, de 11 de novembro de 2005, aprovou
a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde
no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde – NR
32
NR 04 - Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT:
estabelece a obrigatoriedade de Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho para as empresas privadas e
públicas.
NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA: dispõe sobre a criação da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
constituída por representantes do empregador e
dos empregados, com vistas à prevenção de
acidentes e doenças do trabalho nas empresas.
NR 06 - Equipamento de Proteção individual –
EPI: estabelece os critérios para a utilização de
Equipamentos de Proteção Individual adequados
ao risco e fornecidos gratuitamente pelo
empregador ao empregado.
NR 07 - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO: estabelece a
obrigatoriedade de elaboração e implementação,
por parte de todos os empregadores, do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
– PCMSO dos empregados.
NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA: estabelece a obrigatoriedade
da elaboração e implementação, por parte de todos
os empregadores, do Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA. Para efeito dessas NR,
consideram-se riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de
trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador.
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres:
caracteriza as atividades ou operações insalubres.
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas:
caracteriza as atividades e operações perigosas.
NR 17 – Ergonomia: estabelece parâmetros de
adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores.
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos
Locais de Trabalho: disciplina os preceitos de
higiene e de conforto a serem observados nos
locais de trabalho.
NR 26 - Sinalização de Segurança: fixa as cores
que devem ser usadas nos locais de trabalho para
prevenção de acidentes.
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em
Serviços de Saúde: • Estabelece as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores
dos serviços de saúde • Classifica e lista os
agentes biológicos em seus Anexos I e II. • Cria a
Comissão Tripartite Permanente Nacional da NR-
32, formada pelo governo, empregadores e
trabalhadores para controle periódico do
cumprimento da NR-32 e esclarecimento de
dúvidas sobre a mesma. • Concede prazos de 5 a
17 meses para cumprimento de todos os itens da
Portaria (de 16/04/2006 a 16/04/2007).
Algumas observações sobre a NR 32
• Conteúdo: 1. Objetivo e campo de aplicação;
2. Riscos Biológicos; 3. Riscos Químicos;
4. Radiações ionizantes (risco físico);
5. Resíduos; 6. Condições de conforto por ocasião
das refeições; 7. Lavanderias; 8. Limpeza e
conservação; 9. Manutenção de máquinas e
equipamentos; 10. Disposições gerais;
11. Disposições finais.
• Louve-se o esforço do Grupo de Trabalho
Tripartite que elaborou a norma, sobretudo pela
vantagem que representa o fato de atribuir ao
empregador a responsabilidade da capacitação
inicial e contínua dos trabalhadores, em questões
de saúde e segurança no trabalho. O cumprimento
desse item representará, por si só, um enorme
benefício para a saúde do Sistema de Saúde.
• Extensa (40 páginas) e minuciosa, a NR-32
proíbe, acertadamente, o uso de brincos e
pulseiras, pelos profissionais que têm contato
direto com pacientes, mas cala ou trata
ligeiramente sobre temas importantes, tais como
os riscos psicossociais e aqueles produzidos pela
sobrecarga física.
PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO: tomada
de decisão não é somente resolução de problemas,
podendo também ser o aproveitamento de uma
oportunidade e inesperada. Nesse sentido, buscou-
se a diferença entre problema e oportunidade.
Tipos de Decisões
Lacombe e Heilborn (2003) mencionam que Herbert
Simon criou as definições: decisões programadas e
não -programadas. Megginson, Mosley e Pietri
(1998) expõem as programadas como as decisões
rotineiras, repetitivas, freqüentes, para as quais já
estão estabelecidas diretrizes sistemáticas para
chegar à solução. Montana (1999) refere que essas
são caracterizadas por problemas de fácil
compreensão, estruturados, rotineiros, repetitivos e
resol vidos por regras previamente sistematizadas.
Stoner e Freeman (1999) reportam-se a elas como
decisões tomadas de acordo com po líticas,
procedimentos ou regras, escritas ou não, que
simplifi cam a tomada de decisão.
As Decisões Não-Programadas são as que não
ocorrem com freqüência, exigindo uma resolução
única, segundo Megginson, Mosley e Pietri (1998).
Mon tana (1999) relata que essas envolvem aqueles
problemas que não são bem compreendidos,
tendendo a serem singulares e não se enquadrarem
em procedimentos r otineiros ou sistêmicos. Stoner
e Freeman (1999) expressam as não-programadas
como problemas incomuns ou e xcepcionais. Já
Bateman e Snell (1998) apontam que são decisões
nov as, singulares, complexas, para as quais não
existe uma estrutura pré-determinada.
ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM-
MÓDULO: GESTÃO DE MATERIAIS-
1-PLANEJAMENTOS DE MATERIAS De acordo
Faria (1985) a importância de planejamento de
estoques seria:
“O estabelecimento da distribuição racional no
tempo e no espaço dos recursos disponíveis, como o
objetivo de atender um menor desperdício possível
a hierarquia de prioridades necessárias para a
realização, com êxito, de um propósito previamente
definido”.
Viana (2002, p. 41) em seus postulados refere-se que
materiais são “todas as coisas contabilizáveis que
entram como elementos constituídos ou
constituintes na linha de atividades de uma
empresa” e que a administração dos mesmos tem
como meta primordial atingir o equilíbrio entre
estoque e consumo. Para o estudioso, essa
administração abrange e tem como objetivo
planejamento, coordenação, direção e controle de
todas as atividades ligadas à aquisição de materiais
para a formação de estoques, desde o momento de
sua concepção até seu consumo final.
1.1- ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAS:
Para Krause, um ciclo contínuo de operações
correlatas e interdependentes, válidas para
qualquer instituição independentemente do seu
tamanho, são elas: previsão, aquisição, transporte,
recebimento, armazenamento, conservação,
distribuição, controle. O gerenciamento de estoques
está baseado em dois fatores:
1. - O primeiro consiste em manter estoques a níveis
aceitáveis de acordo com o mercado, evitando a sua
falta e o risco de obsolescência; 2. - O segundo trata
dos custos que esses proporcionam em relação aos
níveis e ao dimensionamento do espaço físico.
2-DEPARTAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
DE MATERIAIS:
2.1- Departamento de compras: é a favor de grande
quantidade, pois obtém grandes descontos,
encurtando assim, os custos e consequentemente
aumentando os lucros.
2.2-Departamento de produção: o maior medo deste
departamento é que falte MP, pois sem ela a
produção fica parada, causando retrocessos
podendo até mesmo perder o cliente, portanto de
grande quantidade para produzir grandes lotes de
fabricação e diminuir o risco de não ter satisfeita a
demanda de consumidores.
2.3-Departamentos de vendas e marketing: é a favor
de grande quantidade de matéria-prima, pois
significa grandes lotes de fabricação e
consequentemente, grande quantidade de material
no estoque para que as entregas possam ser
realizadas rapidamente, o que resultará em uma
boa imagem da empresa, aumentará as vendas e
consequentemente os lucros.
2.4-Departamentos financeiro: é a favor de pequena
quantidade de material no estoque, pois a medida
que aumenta a quantidade significa:
• alto investimento de capital - caso não venda, este
capital fica inativo;
• alto risco - as perdas podem ser maiores,
obsolescência,
• altos custos de armazenagem Segundo Vecina
Neto e Reinhardt Filho (1998, p. 2),
[...] o processo de produção do setor da saúde é
muito complexo e o hospital, constitui um centro de
interação de várias disciplinas e profissões,
incorporando tecnologias, gerando um modelo
assistencial com uma variedade enorme de itens e
graus de diversidade.
3- O ENFERMEIRO E A ADMINISTRAÇÃO DE
MATERIAIS:
Segundo Anselmi e Nakao (1999), a partir da
institucionalização da profissão dentro das
estruturas de saúde, a enfermagem, na figura do
enfermeiro, vem incorporando em seu trabalho
ações características do processo de gerenciamento.
Os Enfermeiros devem estar envolvidos na Gestão
de materiais em enfermagem
(GRM), pois estão também responsáveis pelo
atendimento de qualidade aos clientes, essas
pessoas hospitalizadas, por sua vez, necessitam
acreditar que estão recebendo o que há de melhor
para a recuperação de sua saúde, porquanto se
encontram em uma ocasião de fragilidade e
carecem receber uma assistência integral as suas
necessidades e, para tanto, têm como aliados os
trabalhadores da área da saúde, assim como os
trabalhadores que ampliam atividades de apoio.
A qualidade desses instrumentos irá influenciar
diretamente a qualidade da assistência oferecida e a
segurança do trabalhador de enfermagem ao
objetivar essa assistência.
4-GESTÃO DE MATERIAIS: Segundo Messias:
1:13- A gestão de materiais :
(...) um ramo especializado da ciência da
administração, pois trata especificamente de um
conjunto de normas relacionadas com a gerência de
artigos essenciais à produção de um determinado
bem ou serviço.
Para Kurcgant: “para compreender os objetivos e a
importância da administração dos recursos
materiais nas organizações de saúde, deve-se
destacar alguns aspectos, tais como, a proporção
que a despesa com recursos materiais representa
para a instituição; a grande variedade de materiais;
a complexidade de tratamentos e,
conseqüentemente, o ônus nos custos.
O conhecimento dos enfermeiros no processo de
compras de materiais nas instituições hospitalares,
nos dias cada vez mais requisitados.
Informalmente, o enfermeiro sempre compartilhou
com esse processo, tendo em sua competência
básica, fundamentos que garantem qualidades para
opinar quanto ao tipo, à quantidade e à qualidade
dos materiais a serem obtidos para o emprego nas
enfermarias. Nos dias atuais, o enfermeiro tem
agido em comissões de licitação, como componente
de grupos de assessoria de compra e emitindo
pareceres técnicos nos processos de aquisição de
material; e determinados serviços de enfermagem
em organizações de saúde de amplo porte, possui
em sua estrutura, assessorias, setores ou seções de
enfermagem para o bom desempenho de funções,
direcionadas ao controle de qualidade, seleção e
compra de materiais usados na assistência ao
cliente.
Em instituições privadas, geralmente a compra é
direta, ou seja, o serviço de compras agencia
livremente com os fornecedores, apenas seguindo
as diretrizes financeiras da instituição de saúde. A
instituição privada configura-se como um s i s t ema
desburocratizado, e devido a este fato é mais ligeiro
na compra de material. As instituições públicas
obedecem rigidamente, as normas referentes aos
procedimentos legais que regulamentam as
1licitações desse campo.
As modalidades de licitação empregadas para a
compra de materiais nas instituições públicas de
saúde são a concorrência, a tomada de preços e o
convite.
A alternativa de qual modalidade de licitação usar
vai incidir em função do valor acatado para a
compra e dos casos de emergência, em que a falta
de material pode ocasionar prejuízos na assistência
ao paciente.
As atividades do enfermeiro em relação à seleção e
à compra de materiais podem modificar de uma
instituição para outra, porém fundamentalmente
vão envolver: auxílio na cotação do tipo de recurso
a ser obtido para as unidades, padronização,
especificação técnica, controle de qualidade e
emissão do parecer técnico.
1 Licitação é o procedimento administrativo
mediante o qual a organização pública seleciona a
proposta mais vantajosa para o contrato de seu
interesse, visando proporcionar oportunidades
iguais aos fornecedores.
5-FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS NA GESTÃO
DE MATERIAIS:
1. PREVISÃO: É a atividade de conhecer as reais
necessidades materiais do local de trabalho. A
determinação da cota de cada item tem a seguinte
fórmula: 2. Cota mensal (CM) = consumo médio
mensal (CMM)l+ Estoque de segurança
(ES) Estoque de segurança = 20% CMM+ consumo
durante o tempo de reposição de material. 3.
PROVISÃO: Atividade de abastecimento de
material reconhecido na previsão como sendo
necessários para a realização do trabalho. 4.
ORGANIZAÇÃO: atividade que está envolvida ao
estoque, que deve ser feito da melhor forma
possível os materiais da organização. 5.
CONTROLE: Envolve a atividade de controlar a
quantidade de saída, a conservação e proteção do
material.
6-CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL: QUANTO
A DURAÇÃO:
1. PERMANENTE: material com duração superior a
dois anos; 2. CONSUMO: material com duração
prevista para dois anos, no máximo.
1. PEQUENO: Inaladores, pacote de curativo, e
outros. 2. MÉDIO: ventiladores respiratórios,
aspiradores e outros; 3. GRANDE: autoclaves, etc.
7-AQUISIÇÃO DE MATERIAL:
O tipo de licitação não deve ser confundido com
modalidade de licitação. Tipo é o critério de
julgamento utilizado pela Administração para
seleção da proposta mais vantajosa. Modalidade é
procedimento.
Os tipos de licitação mais utilizados para o
julgamento das propostas são os seguintes:
1. Menor Preço: Critério de seleção em que a
proposta mais vantajosa para a Administração é a
de menor preço. (Melhor Preço é terminologia
usada para definir Menor Preço conjugado com
qualidade, durabilidade,funcionalidade,
desempenho etc.) É utilizado para compras e
serviços de modo geral. Aplicas-se também na
aquisição de bens e serviços de informática quando
objetivada na modalidade convite. 2. Melhor
Técnica: Critério de seleção em que a proposta mais
vantajosa para a Administração é escolhida com
base em fatores. É usada excepcionalmente para
serviços de natureza predominantemente
intelectual, em especial na elaboração de projetos,
cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e
de engenharia consultiva em geral, e em particular,
para elaboração de estudos técnicos preliminares e
projetos básicos e executivos. 3. Técnica e Preço:
Critério de seleção em que a proposta mais
vantajosa para a Administração é escolhida com
base na maior média ponderada, considerando-se
as notas obtidas nas propostas de preço e de
técnica. É obrigatório na contratação de bens e
serviços de informática, nas modalidades tomada
de preços e concorrência.
Modalidades de Licitação
Modalidade de licitação é a forma particular de
conduzir o procedimento licitatório, a partir de
critérios definidos em lei. O valor estimado para
contratação é o principal fator para escolha da
modalidade de licitação, exceto quando se trata de
pregão, que não está limitado a valores.
Além do leilão e do concurso, as demais
modalidades de licitação admitidas são
exclusivamente as seguintes:
1. CONCORRÊNCIA: Modalidade da qual podem
participar quaisquer interessados que na fase de
habilitação preliminar, desde que comprovem ter
requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para execução do objeto da licitação. Obras e
serviços de engenharia acima de R$ 1.50.0,0.
Compras e outros serviços acima de R$ 650.0,0.
2. TOMADA DE PREÇOS: Modalidade conseguida
entre interessados devidamente cadastrados ou que
atenderem a todas as condições ordenadas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação. Obras e serviços de engenharia acima
de R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00.
3. CONVITE: Modalidade conseguida entre
interessados do ramo de que trata o objeto da
licitação, escolhidos e convidados em número
mínimo de três pela Administração. No convite é
possível a participação de interessados que não
tenham sido formalmente convidados, mas que
sejam do ramo do objeto licitado, desde que
cadastrados no órgão ou entidade licitadora ou no
Sistema de Cadastramento Unificado de
Fornecedores – SICAF. Esses interessados devem
solicitar o convite com antecedência de até 24 horas
da apresentação das propostas. O convite é a
modalidade de licitação mais simples. A
Administração escolhe quem quer convidar, entre
os possíveis interessados, cadastrados ou não. A
divulgação deve ser feita mediante afixação de
cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou
entidade, localizado em lugar de ampla divulgação.
Obras e serviços de engenharia acima de R$ 15.0,0
até R$ 150.0,0. Compras e outros serviços acima de
R$ 8.0,0 até R$ 80.0,0.
4. PREGÃO: É a modalidade licitação em que ocorre
disputa pelo fornecimento de bens e serviços
comuns é realizada em sessão pública, é
modalidade alternativa ao convite, tomada de
preços e concorrência para contratação de bens e
serviços comuns. Não é obrigatória, mas deve ser
prioritária e é aplicável a qualquer valor estimado
de contratação. Os licitantes apresentam suas
propostas de preço por escrito e por lances verbais,
involuntariamente do valor estimado da
contratação. Diferente de outras modalidades, no
Pregão a opção da proposta é feita antes da análise
da documentação, razão maior de sua 2celeridade.
A modalidade pregão foi instituída pela Medida
Provisória 2.026, de 4 de maio de 2000, convertida
na Lei nº 10.520, de 2002, regulamentada pelo
Decreto 3.5, de 2000.
OBS: Administração pode utilizar a tomada de
preços e, em qualquer caso, a concorrência. Quando
se tratar de bens e serviços que não sejam de
engenharia, a Administração pode optar pelo
pregão.
Normas, rotinas e procedimentos em Atenção
Básica
1- CONCEITOS EM ATENÇÃO BÁSICA:
É um conjunto de ações, de caráter individual ou
coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos
sistemas de saúde, voltadas para a promoção da
saúde, prevenção de agravos, tratamento e
reabilitação.
2- As normas técnicas são um processo de
simplificação.
3- Normas - conjunto de regras ou instruções
para fixar procedimentos, métodos, organizações,
que são utilizados no desenvolvimento das
atividades. São leis, guias que definem as ações do
profissional em determinado programa do governo
, quanto o que e como fazê-las. São princípios de
ação.
4- Protocolo - Embasado no conceito de
protocolo adotado por BORGES et al (2001). "...
plano exato e detalhado para o estudo de um
problema de saúde humana, para a implementação
de esquema terapêutico resultando na
sistematização da assistência, maximizando o
potencial humano e reduzindo os custos".
5- Rotina - conforme definições do Ministério
da Saúde é o conjunto de elementos que especifica a
maneira exata pela qual uma ou mais atividades
devem ser realizadas. É uma descrição
sistematizada dos passos a serem dados para a
realização das ações componentes de uma
atividade, as sequências de execução.
6- Procedimento - descrição detalhada e
seqüencial de como uma atividade deve ser
realizada. É sinônimo de técnica. O procedimento,
ao contrário da rotina, geralmente é uniforme para
toda a organização, pois está baseada em princípios
científicos e assim não se modifica
independentemente de quem o realiza.
2-FUNDAMENTAÇÃO:
A organização da Atenção Básica, com base na Lei
nº 8080, tem como fundamento os princípios do
SUS, a seguir referidos:
- Saúde como direito - a saúde é um direito
fundamental do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno
exercício, por meio de políticas econômicas e sociais
que visem a redução de riscos de doenças e de
outros agravos e no estabelecimento de condições
que assegurem acesso universal e igualitário às
ações e serviços para a promoção, proteção e
recuperação da saúde individual e coletiva.
- Integralidade da assistência - entendida como um
conjunto articulado e contínuo de ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigido para cada caso, em todos os níveis de
complexidade do sistema.
- Universalidade - acesso garantido aos serviços de
saúde para toda população, em todos os níveis de
assistência, sem preconceitos ou privilégios de
qualquer espécie.
- Equidade - igualdade na assistência à saúde, com
ações e serviços priorizados em função de situações
de risco e condições de vida e saúde de
determinados indivíduos e grupos de população.
- Resolutividade - eficiência na capacidade de
resolução das ações e serviços de saúde, através da
assistência integral resolutiva, contínua e de boa
qualidade à população adstrita, no domicílio e na
unidade de saúde, buscando identificar e intervir
sobre as causas e fatores de risco aos quais essa
população está exposta:
- Intersetorialidade - desenvolvimento de ações
integradas entre os serviços de saúde e outros
órgãos públicos, com a finalidade de articular
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja
execução envolva áreas não compreendidas no
âmbito do Sistema Único de Saúde,
potencializando, assim, os recursos financeiros,
tecnológicos, materiais e humanos disponíveis e
evitando duplicidade de meios para fins idênticos.
- Humanização do atendimento - responsabilização
mútua entre os serviços de saúde e a comunidade e
estreitamento do vínculo entre as equipes de
profissionais e a população.
- Participação - democratização do conhecimento do
processo saúde/doença e dos serviços, estimulando
a organização da comunidade para o efetivo
exercício do controle social, na gestão do sistema.
3-LEGISLAÇÃO:
A partir da Constituição de 1988, que designou o
Sistema Único de Saúde, várias iniciativas
institucionais, legais e comunitárias vêm sendo
adotadas para viabilização do novo sistema. Do
âmbito jurídico-institucional, destacam-se as
chamadas Leis Orgânicas da Saúde (nº. 8.080/90 e
8142/90), o Decreto n° 99.438/90 e as Normas
Operacionais Básicas editadas em 1991, 1993 e 1996.
4- COMPOSIÇÃO DO PISO DA ATENÇÃO
BÁSICA
O Piso da Atenção Básica - PAB é um valor per
capita, que somado às transferências estaduais e aos
recursos próprios dos municípios deverá financiar a
atenção básica à saúde.
A parte variável do PAB implantada em 1998 , está
direcionada a incentivos às Ações Básicas de
Vigilância Sanitária, aos Programas de Agentes
Comunitários de Saúde, de Saúde da Família e de
Combate às Carências Nutricionais.
O incentivo às Ações Básicas de Vigilância Sanitária
direciona-se ao montante de recursos financeiros
destinado ao incremento de ações básicas de
fiscalização e controle sanitário em produtos,
serviços e ambientes sujeitos à vigilância sanitária,
bem como às atividades de educação em vigilância
sanitária.
O incentivo ao Programa de Agentes Comunitários
de Saúde e Programa de Saúde da Família consiste
no montante de recursos financeiros direcionados
ao estímulo a implantação de equipes de saúde da
família e de agentes comunitários de saúde, no
âmbito municipal, com o propósito de contribuir
para a reorientação do modelo de atenção à saúde.
O incentivo ao Programa de Combate às Carências
Nutricionais consiste no montante de recursos
financeiros destinado ao desenvolvimento de ações
de nutrição e alimentação voltadas a grupos
populacionais determinados, com prioridade ao
grupo materno infantil, visando combater a
desnutrição e proteger o estado nutricional
mediante:
I - orientação alimentar e nutricional;
I - aquisição de alimentos, complementos
vitamínicos e minerais;
III - monitoramento das condições nutricionais.
5-FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA:
O financiamento da Atenção Básica se dará em
composição tripartite.
O Piso da Atenção Básica (PAB) constitui-se no
componente federal para o
financiamento da Atenção Básica, sendo composto
de uma fração fixa e outra variável. O somatório
das partes fixa e variável do Piso da Atenção Básica
(PAB) comporá o Teto Financeiro do Bloco Atenção
Básica conforme estabelecido nas diretrizes dos
Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.
7- UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO
TETO FINANCEIRO:
Será para financiamento das ações de Atenção
Básica descritas nos Planos de Saúde do município
e do Distrito Federal.
8- SUSPENSÃO DO PAB VARIÁVEL:
Da suspensão do repasse de recursos do PAB
variável
O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de
recursos dos incentivos a equipes de Saúde da
Família ou de Saúde Bucal ao município e/ou ao
Distrito Federal, nos casos em que forem
constatadas, por meio do monitoramento e/ou da
supervisão direta do Ministério da Saúde ou da
Secretaria Estadual de saúde ou por auditoria do
DENASUS, alguma das seguintes situações:
I - inexistência de unidade de saúde cadastrada
para o trabalho das equipes e/ou;
II - ausência de qualquer um dos profissionais da
equipe por período superior a 90
(noventa) dias, com exceção dos períodos em que a
contratação de profissionais esteja impedida por
legislação específica e/ou;
III - o descumprimento da carga horária para os
profissionais das Equipes de Saúde da Família ou
de Saúde Bucal estabelecida nesta Política.
O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de
recursos dos incentivos, relativos aos
Agentes Comunitários de Saúde, ao município e/ou
ao Distrito Federal, nos casos em
que forem constatadas, por meio do monitoramento
e/ou da supervisão direta do
Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de
Saúde, ou por auditoria do DENASUS,
alguma das seguintes situações:
I - inexistência de unidade de saúde cadastrada
como referência para a população
cadastrada pelos ACS e/ou;
II - ausência de enfermeiro supervisor por período
superior a 90 (noventa) dias, com
exceção dos períodos em que a legislação eleitoral
impede a contratação de profissionais, nos quais
será considerada irregular a ausência de
profissional por e/ou;
III - ausência de ACS, por período superior a 90
(noventa) dias consecutivos, e/ou;
IV - descumprimento da carga horária estabelecida
nesta Política, para os profissionais.
PROGRAMAS DA ATENÇÃO BÁSICA –
NORMAS E ROTINAS
Normas do Ministério da Saúde para atuação:
programa nacional de imunizações, programa de
saúde da mulher, programa de saúde da criança,
programa de saúde do adolescente, política de
saúde do idoso, política de saúde do homem,
programa DST, AIDS e hepatites virais, programa
de hanseníase, programa de controle da
tuberculose, programa de hipertensão, programa de
diabético.
A) Acompanhamento do Crescimento e do
Desenvolvimento – ACD; programa de saúde da
criança
NORMAS:
o Abrir ficha de ACD para todas as crianças
menores de 5 anos;
Acompanhar o crescimento e
desenvolvimento das crianças menores de 5 anos:
1) Pesar mensalmente as crianças;
2) Registrar o peso no gráfico da ficha ACD;
Avaliar a tendência da curva: • Linha crescente -
BOM ; • Linha reta - PERIGO •; Linha
decrescente - GRANDE PERIGO.
3) Captar precocemente e cadastrar todas as
crianças menores de 5 anos com algum grau de
desnutrição e com retardo do crescimento e do
desenvolvimento;
4) Classificar as crianças desnutridas que
necessitam de acompanhamento alimentar:
Sempre abaixo de P 0,3, iniciar o suplemento
alimentar; Na linha crescente, continuar a pesagem
mensalmente; Nas linhas retas e decrescentes,
investigar: - Se nos dois atendimentos
subsequentes a curva decresce; verificar se houve
intercorrências no período (diarréia, IRA, malária)
ou má alimentação. No segundo caso, considerar a
admissão da criança para receber suplemento
alimentar. Se nos dois atendimentos subseqüentes a
curva decresce até P 0,3, considerar a admissão da
criança para receber suplemento alimentar (utilizar
dieta hipercalórica e hiperproteica do alimento
existente do pólo, conforme prescrição médica ou
orientações do enfermeiro responsável).
5) Iniciar acompanhamento das crianças
cadastradas na atividade de suplemento alimentar e
utilizar o formulário de acompanhamento e
evolução diária do desnutrido.
6) Solicitar exames complementares (Ht, Hb,
Glicemia) das crianças recebendo suplemento
alimentar;
7) Realizar suplemento com micro nutriente
(ferro e vitamina A) nas crianças desnutridas.
8) Imunizar com esquema básico de vacina
todas as crianças menores de 5 anos;
ROTINAS:
• Pesar mensalmente as crianças menores de 5 anos
e registrar na ficha de ACD da criança;
• Acompanhar o desenvolvimento da criança pela
ficha ACD e informar ao enfermeiro responsável
qualquer anormalidade sugestiva de retardo do
desenvolvimento;
• Informar ao enfermeiro responsável quando a
curva do peso representar situações de perigo
(Linha horizontal) e de grande perigo (linha
descendente);
• Cadastrar as crianças menores de 5 anos que
estejam desnutridas;
• Admitir as crianças com desnutrição grave para
receber suplemento alimentar;
• Oferecer a dieta de suplemento alimentar
seguindo a prescrição médica ou orientações do
enfermeiro responsável, conforme normas do
Programa;
• Acompanhar, pesar e evoluir diariamente,
seguindo roteiro da ficha de evolução do
desnutrido, todas as crianças recebendo suplemento
alimentar;
B) Manejo da Infecção Respiratória Aguda – IRA
As infecções respiratórias agudas (IRA) são
atualmente um dos principais problemas de saúde
que afetam as crianças menores de 5 anos.
NORMAS:
• Capacitar os profissionais de saúde para o
diagnóstico precoce e terapêutica adequada das
IRAS;
Referenciar para unidades hospitalares os casos de
doenças muito graves e pneumonia grave em
crianças menores de 5 anos;
• Proporcionar tratamento padrão dos casos de
IRA;
• Incentivar a atenção correta das crianças com IRA,
incluindo a identificação precoce dos sinais de
pneumonia, para o efetivo encaminhamento à
unidade de saúde mais próxima(se for o caso), ou
orientação de tratamento pelo manual AIDIP.
• Proporcionar apoio técnico aos profissionais da
ponta, nos casos de IRA que não responderem ao
tratamento padronizado;
• Realizar provisão de medicamentos e outras
provisões necessárias para o manejo adequado das
IRAS;
• Realizar supervisão médica e de enfermagem
para garantir a efetiva aplicação padronizada;
• Realizar mapeamento da área geográfica e
vigilância das atividades e resultados;
• Realizar monitoramento semanal das IRAS em
crianças menores de 5 anos.
ROTINAS:
• Realizar treinamento sobre o controle das
infecções respiratórias agudas em serviço aos
profissionais de saúde;
• Cadastrar em todas as unidades de saúde (pólos e
sub-pólos) todas as crianças menores de 5 anos,
conforme a seguinte distribuição:
o N° de crianças menores de 2 meses;
o N° de crianças de 2 a 11 meses;
o N° de crianças de l a 4 anos.
• Avaliar mensalmente a situação epidemiológica
das IRA (n° de casos leves, pneumonias leves e
graves, otite média, faringite, amigdalite,, remoções
e óbitos por malocas);
• Realizar tratamento padronizado das IRAS e
suas complicações, conforme manual terapêutico;
(AIDIP)
• Seguir fluxograma de diagnóstico e tratamento
básico de casos de IRA nas crianças:
o Com tosse ou dificuldade de respirar;
o Lactente menor de 2 meses de idade;
o Com problema de ouvido ou dor de garganta.
• Realizar supervisão mensal de enfermagem e,
pontualmente, supervisão médica às unidades de
saúde;
• Avaliar mensalmente e redefinir, conforme
situação epidemiológica, as estratégias das
atividades realizadas para controle das IRAS.
C) Manejo das Doenças Diarréicas- DDA
A doença diarréica aguda é uma das principais
causas de morbidade e mortalidade infantil e um
dos principais fatores que mais contribuem para o
agravamento do estado nutricional das crianças.
tratamento das verminoses e utilização da terapia
de Reidratação Oral - TRO, por tratar-se de uma
intervenção apropriada e simples no combate à
mortalidade das crianças por diarréia e
desidratação.
NORMAS:
• Capacitar os profissionais de saúde para o manejo
adequado das doenças diarréicas e controle das
epidemias
• Promover o bom estado nutricional das crianças
menores de 5 anos;
• Realizar atividades de educação em saúde
(cartazes, demonstrações práticas, etc.) no posto e
nas comunidades sempre que possível;
• Manter na unidade de saúde as crianças com
sinais de desidratação ou desidratadas, até a
reidratação completa (a fase de reidratação termina
quando desaparecem os sinais de desidratação);
• Administrar a TRO com sonda nasogástrica
(velocidade de 20 a 30 ml/kg/hora até a
reidratação) nas seguintes situações:
o Perda de peso após as primeiras duas horas de
tratamento adequado com Soro de Reidratação
Oral;
o Vômitos persistentes (4 ou mais vezes, no
mínimo, num período de uma hora) depois de
iniciada a TRO;
o Distensão abdominal acentuada com ruídos
hidroaéreos presentes que não desaparecem mesmo
após um intervalo maior entre as tomadas;
Observação: as crianças com SNG, podem
apresentar náuseas ou vômitos durante o uso da
sonda . Reduzir a velocidade para 15 ml/kg/hora,
retornando a velocidade de 20 a 30 ml/kg/hora
logo que desapareçam estes sintomas.
• Utilizar a hidratação venosa (seguindo as fases de
expansão e de manutenção ou reposição) nas
seguintes situações:
o Quando a criança não ganha ou perde peso após
as primeiras duas horas de hidratação por sonda
nasogástrica;
o Quando a criança tem vômitos persistentes
(quatro ou mais vezes, no mínimo, em uma hora)
após a instalação da sonda nasogástrica;
o No caso de desidratação grave.
• Seguir a conduta terapêutica para prevenir a
desidratação, preconizada pelo Ministério da saúde:
o Plano A: crianças com diarréia sem sinais de
desidratação.
o Plano B: crianças com diarréia e sinais de
desidratação.
o Plano C: Crianças com diarréia e desidratação.
• Realizar monitoramento semanal das diarréias no
fluxograma.
ROTINAS:
• Realizar treinamento em serviço, durante as
supervisões, dos profissionais de nível médio;
• Utilizar a ficha de ACD para avaliar o estado
nutricional, durante o atendimento das crianças
com diarréia;
• Realizar palestra educativas para os agentes de
saúde, comunidade
• Realizar exame físico completo das crianças com
diarréia buscando os sinais de desidratação;
• Manejar adequadamente as crianças com diarréia
aguda para:
o prevenir a desidratação;
o tratar a desidratação
o manter a alimentação durante e após os episódios
diarréicos;
o usar de maneira racional os medicamentos;
• Manter estoque mínimo de SRO, soro fisiológico a
0,9% e soro glicosado a 5% na farmácia, sempre em
dia;
• Seguir as seguintes medidas para controle de
surtos ou epidemias:
o Registro e monitoramento dos casos para
conhecimento da demanda;
o Visita domiciliar para identificação da fonte de
contaminação;
o Coleta de material para exame laboratorial,
visando identificar o agente etiológico;
o Disponibilizar recursos materiais e humanos para
tratamento adequado e oportuno dos casos;
a Notificação imediata às unidades de vigilância
epidemiológica, necessárias;
d) Programa da Saúde da Mulher
Reduzir a morbimortalidade das mulheres em
idade fértil (12 a 49 anos)
NORMAS GERAIS:
• Prestar assistência pré-natal, ao parto e puerpério;
• Obter registros seguros sobre nascimentos,
natimortos, abortos, infanticídios e morte materna;
• Avaliar o estado nutricional e classificar o grau de
desnutrição materna;
• Promover a suplementação alimentar nos casos
de desnutrição materna grave, utilizando alimentos
existentes no local;
• Manter atualizado a situação vacinal das
mulheres em idade fértil com relação à vacina Anti-
Tetânica e Rubéola;(dT)
NORMAS DO PRÉ-NATAL:
• Identificar situações de risco à gravidez das
mulheres
• Administrar suplemento vitamínico com ácido
fólico e ferro durante a gravidez;
• Realizar bacterioscopia da secreção vaginal em
todas as gestantes e nas mulheres sintomáticas;
• Solicitar na primeira consulta de pré-natal os
exames laboratoriais de rotina preconizada pelo
Programa de atenção e humanização do Pré-natal;
• Definir laboratório de referência para fluxo dos
exames do pré-natal;
• Captar precocemente e cadastrar todas as
gestantes e iniciar o pré-natal;
• Realizar no mínimo seis acompanhamentos ou
visitas de pré-natal durante a gravidez;
• Realizar no mínimo uma consulta médica e duas
de enfermagem no pré-natal;
• Capacitar e reciclar os profissionais para
assistência à saúde da mulher;
• Identificar e notificar como situação de risco para
a gravidez as seguintes antecedências ou
manifestações atuais:
a) Rejeição da criança,
b) Abortamentos anteriores;
c) Desnutrição grave;
d) Prática anterior de infanticídio;
e) Teve mais de 4 filhos;
f) Tem filhos menores de 2 anos;
g) Solteira;
h) Infecções anteriores (malária, Tb, etc.)
i) Imunização incompleta ou não imunizada;
ROTINAS GERAIS:
• Abrir um livro para registro das atividades do
Programa de Saúde da mulher;
• Pesar mensalmente as mulheres em idade fértil,
com registro no livro do programa de saúde da
mulher.
ROTINAS DO PRÉ-NATAL:
• Realizar visita mensal a todas as gestantes;
• Realizar consulta pré-natal e preencher
completamente a ficha de acompanhamento da
gestante;
• Administrar ácido fólico (5 mg/dia) durante o
primeiro trimestre e sulfato ferroso (300mg/dia
dividido nas refeições) a partir da 20a semana (5°
mês) da gravidez;
• Solicitar na primeira consulta à gestante os
exames laboratoriais de rotina do pré-natal (VDRL,
Ht, Hb,
Sumário de Urina, Glicemia de jejum) e enviar à
unidade de referência;
• Solicitar no 7° mês de gestação os seguintes
exames: VDRL e Sumário de urina;
• Informar mensalmente à sede as gestantes
cadastradas nas unidades de saúde;
• Realizar durante a consulta pré-natal os seguintes
procedimentos:
a) Mensurar: peso, pressão arterial e altura uterina;
b) Avaliar a vitalidade fetal (movimentos) e
auscultar os batimentos cardio-fetal (BCF) com
estetoscópio de Pinard após a 22 a semana (2°
trimestre) ou com sonar doppler após a 12a semana
de gestação (2° trimestre);
c) Atualizar o calendário vacinal com dT e hep.B
e)Programa de Controle da Tuberculose
Incrementa o diagnóstico precoce e tratamento
imediato e reduzir a incidência conforme as novas
normatizações do Programa Nacional de Controle
da Tuberculose.
NORMAS:
• Diagnosticar e tratar todos os casos positivos,
reduzindo a ocorrência de formas graves e óbitos;
• Examinar, clínica e laboratorialmente, os
comunicantes dos pacientes com tb pulmonar (co-
habitantes da residência onde ocorreu o caso
índice), utilizando para registro a ficha de controle
da tuberculose;
• Identificar e realizar baciloscopia imediata dos
sintomáticos respiratórios (pacientes apresentando
tosse com expectoração igual ou superior a 3
semanas);
• Realizar a quimioterapia e quimioprofilaxia na
área indígena sempre que possível;
• Seguir as normas do Programa Nacional de
Controle da Tuberculose.
ROTINAS:
• Realizar capacitação e reciclagem dos
profissionais de saúde em diagnóstico clínico e
laboratorial da tuberculose;
• Fazer busca ativa mensal de casos em todas as
comunidades da tuberculose,
c) Coleta de escarro para baciloscopia direta
(mensalmente dos sintomáticos respiratórios)
d) Raios X de tórax (uma vez ao ano nos
comunicantes, sintomáticos respiratório e com PPD
"forte reator")
e) Cultura no escarro (nos sintomáticos
respiratórios com baciloscopia negativa).
Observação: Escarro no coletor universal com
tampa rosca, transportado em caixa térmica com
gelo.
• Encaminhar para tratamento todos os pacientes
com baciloscopia positiva;
• Enviar mensalmente à sede as seguintes fichas:
Controle do tratamento e quimioprofilaxia, controle
e estoque de medicamentos, controle dos
comunicantes e altas;
• Fazer e enviar à sede a previsão de medicamentos
e insumos específicos do Programa;
• Realizar coleta de material utilizando os
Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
f) Programa Imunização
Atingir as coberturas vacinais de todos os
imunobiológicos conforme metas preconizadas pelo
Programa Nacional de Imunização - PNI.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi
criado em 1973, por determinação do Ministério da
Saúde, como parte de um conjunto de medidas que
se destinavam a redirecionar a atuação
governamental do setor.
VACINAS METAS PRECONIZADA PELO PNI
BCG 90%
Hepatite B 95%
Pólio 95%
Tríplice Bacteriana (DPT) 90%
Febre amarela 100%
Haemófilus Influenza B (HIB) 95%
Dupla viral 95%
NORMAS:
• Capacitar e reciclar os profissionais de campo nas
atividades de sala de vacina; » Realizar supervisão e
avaliação das técnicas de administração da vacina e
do acondicionamento dos imunobiológicos;
• Administrar vacina de rotina em todas as
unidades de saúde
• Realizar todas as campanhas de vacinação do
Ministério da Saúde - MS;
• acompanha vacinação de rotina
• Fazer bloqueio vacinal diante de casos suspeitos
de doenças imunopreveníveis conforme
recomendações do PNI;
• Observar e seguir normas de acondicionamento e
transporte dos imunobiológicos propostos pelo
PNI.
ROTINAS:
• Realizar as atividades de supervisão, com
intervalos mínimos de 45 dias entre as mesmas, em
todas as unidades de saúde;
• Utilizar os formulários específicos para
imunização: formulários de rotina, e formulários de
campanha e planilha de inutilização dos
imunobiológicos.
• Centralizar o armazenamento e distribuição de
vacina e gelo nos pólos base;
• Informar o estoque de vacina do pólo base no
relatório de atividade mensal; » Solicitar vacinas
com antecedência;
• Transportar as vacinas em caixas térmicas
adequadas sempre utilizando termômetro de cabo
extensor para registro e controle da temperatura
duas vezes ao dia;
• Proceder com o registro de temperatura da
geladeira e da caixa térmica, no mapa de
temperatura, duas vezes ao dia;
• Iniciar a vacinação de rotina na comunidade
Notificar, em ficha específica, todas as reações
adversas dos imunobiológicos;
Avaliar mensalmente, por pólo base, a cobertura
vacinal das crianças menores de 5 anos.
g)PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE:
PROSAD
A atenção integral da saúde do adolescente
incorpora ações de promoção de saúde, prevenção
de agravos e assistência primária, secundária e
terciária, que devem ser realizadas em parceria
entre organizações governamentais e não-
governamentais, resgatando-se assim as diversas
competências e responsabilidades, inclusive
familiares, frente aos adolescentes, para se garantir
a atenção integral.
Normas:
Capacitar e reciclar os profissionais de campo nas
atividades no acolhimento dos adolescentes;
fazendo o melhor acolhimento possível em espaços
humanizados, de responsabilização e de formação
de vínculos como um recurso terapêutico, aliados a
projetos terapêuticos formulados, implementados e
avaliados pelos profissionais comprometidos no
atendimento;
• Melhorar o acesso aos serviços de saúde para
alcançar os melhores resultados possíveis;
• Ter sensibilidade para com as demandas e
necessidades desse segmento populacional em
acordo com as diversidades individuais, sociais,
étnicas e territoriais. Com a finalidade de
estabelecer vínculo;
• Enxergar a pessoa jovem na integralidade de seu
ser e de sua vida, buscando identificar outras
necessidades para seu bem-estar, e envidar esforços
para engajá-la em outras ações e outros serviços
locais, além dos serviços de saúde,
independentemente da demanda inicial que a levou
à unidade de saúde;
Rotinas:
Acolhimento;
uma sexualidade segura e sobre
saúde sexual e reprodutiva;
-natal e, se necessário,
encaminhamento para serviços especializados ou
de referências
Em visitas domiciliares:
• Desenvolver ações de educação em saúde;
• Realizar imunizações de acordo com o calendário
vacinal (em anexo);
• Desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo
aberto sobre questões de saúde e de outros
interesses;
• Identificar precocemente fatores de risco que
impliquem em vulnerabilidade;
• incentivar a participação em atividades
esportivas, culturais, de lazer, bem como em grupos
organizados na comunidade;
• incentivar o diálogo nas famílias e orientá-las
sobre as etapas normais do desenvolvimento de
seus filhos.
Atividades em grupo:
As atividades em grupo devem permitir:
• desenvolver a capacidade de ouvir, de falar e de
comunicar-se;
• estabelecer um processo coletivo de discussão e
reflexão;
• construir uma experiência de reflexão educativa
comum.
h) PROGRAMA DE SAÚDE DO IDOSO-
POLÍTICAS DE SAÚDE DO IDOSO:
PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE
2006-Aprova a Política Nacional de Saúde da
Pessoa Idosa.
Diretrizes:
a) promoção do envelhecimento ativo e saudável;
b) atenção integral, integrada à saúde da pessoa
idosa;
c) estímulo às ações intersetoriais, visando à
integralidade da atenção;
d) provimento de recursos capazes de assegurar
qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;
e) estímulo à participação e fortalecimento do
controle social;
f) formação e educação permanente dos
profissionais de saúde do SUS na área de saúde da
pessoa idosa;
g) divulgação e informação sobre a Política
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para
profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;
h) promoção de cooperação nacional e internacional
das experiências na atenção à saúde da pessoa
idosa; e
i) apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Rotinas:
a) desenvolver e valorizar o atendimento acolhedor
e resolutivo à pessoa idosa, baseado em critérios de
risco;
b) informar sobre seus direitos, como ser
acompanhado por pessoas de sua rede social (livre
escolha) e quem são os profissionais que cuidam de
sua saúde;
c) valorizar e respeitar a velhice;
d) estimular a solidariedade para com esse grupo
etário;
e) realizar ações de prevenção de acidentes no
domicílio e nas vias públicas, como quedas e
atropelamentos;
f) realizar ações integradas de combate à violência
doméstica e institucional contra idosos e
g) facilitar a participação das pessoas idosas em
equipamentos sociais, grupos de terceira idade,
atividade física, conselhos de saúde locais e
conselhos comunitários onde o idoso possa ser
ouvido e apresentar suas demandas e prioridades;
h) articular ações e ampliar a integração entre as
secretarias municipais e as estaduais de saúde, e os
programas locais desenvolvidos para a difusão da
atividade física e o combate ao sedentarismo;
i) promover a participação nos grupos operativos e
nos grupos de convivência, com ações de
promoção, valorização de experiências positivas e
difusão dessas na rede, nortear e captar
experiências;
j) informar e estimular a prática de nutrição
balanceada, sexo seguro, imunização e hábitos de
vida saudáveis;
k) realizar ações motivadoras ao abandono do uso
de álcool, tabagismo e sedentarismo, em todos os
níveis de atenção;
l) promover ações grupais integradoras com
inserção de avaliação, diagnóstico e tratamento da
saúde mental da pessoa idosa;
m) reconhecer e incorporar as crenças e modelos
culturais dos usuários em seus planos de cuidado,
como forma de favorecer a adesão e a eficiência dos
recursos e tratamentos disponíveis;
n) promover a saúde por meio de serviços
preventivos primários, tais como a vacinação da
população idosa, em conformidade com a Política
Nacional de Imunização;
o) estimular programas de prevenção de agravos de
doenças crônicas não-transmissíveis em indivíduos
idosos;
p) implementar ações que contraponham atitudes
preconceituosas e sejam esclarecedoras de que
envelhecimento não é sinônimo de doença;
q) disseminar informação adequada sobre o
envelhecimento para os profissionais de saúde e
para toda a população, em especial para a
população idosa;
r) implementar ações para reduzir hospitalizações e
aumentar habilidades para o auto-cuidado dos
usuários do SUS;
s) incluir ações de reabilitação para a pessoa idosa
na atenção primária de modo a intervir no processo
que origina a dependência funcional;
t) investir na promoção da saúde em todas as
idades; e
u) articular as ações do Sistema Único de Saúde
com o Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
j)Programa DST, AIDS e hepatites virais:
Considerando a Portaria nº 2313/GM, de 19 de
dezembro de 2002, que institui o Incentivo para
estados, Distrito Federal e municípios no âmbito do
Programa Nacional de HIV/Aids e outras DST e
versa sobre a responsabilidade das três esferas do
governo em implementar o acompanhamento e o
monitoramento das ações programadas no Plano de
Ações e Metas;
As ações da Atenção Básica devem incluir:
a) Atividades educativas para promoção à saúde e
prevenção.
b) Aconselhamento para os testes diagnósticos e
para adesão à terapia instituída e às recomendações
da assistência.
c) Diagnóstico precoce das DST, infecção pelo HIV,
hepatites e HTLV.
d) Tratamento adequado da grande maioria das
DST.
e) Encaminhamento dos casos que não competem a
esse nível de atenção, realizando acompanhamento
conjunto.
f) Prevenção da sífilis congênita e da transmissão
vertical do HIV.
g) Manejo adequado dos indivíduos em uso
indevido de drogas.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ATENÇÃO
BÁSICA
As atribuições da equipe de Atenção Básica no
atendimento aos portadores de
HIV/aids e outras DST se apóiam nas seguintes
diretrizes:
1. Contribuir para a superação do preconceito e
discriminação que envolvem as questões
relacionadas à sexualidade, ao uso de drogas etc.
2. Promover a inserção social das pessoas vivendo
com HIV/aids.
3. Aumentar a conscientização da população com
relação à promoção, prevenção, diagnóstico e
assistência a esses agravos.
4. Garantir acesso e atendimento às populações
mais vulneráveis para essas infecções.
5. Atuar de forma integrada com os profissionais
dos serviços especializados no tratamento de
pessoas com esses agravos.
6. Identificar e desenvolver ações em parceria com
os serviços existentes na
comunidade (Casas de Apoio, Casas de Passagem
etc.)
Estabelecer uma relação de confiança, com o
portador de DST, HIV/aids, hepatites e HTLV, que
busque a UBS.
2. Desenvolver atividades informativo-educativas
de prevenção e controle desses agravos.
3. Garantir acolhimento a todas as pessoas que
busquem as UBS.
4. Organizar o processo de trabalho da unidade
para atendimento da demanda
identificada na comunidade.
5. Realizar aconselhamento e oferecer o teste anti-
HIV aos portadores de DST, às pessoas vulneráveis
e aos que buscam o serviço com clínica sugestiva de
DST,
HIV/aids ou história de risco para esses agravos.
6. Promover a adesão das gestantes ao pré-natal e
oferecer o teste para sífilis, para Hepatite B e para o
HIV, a todas as gestantes da área de abrangência da
unidade, realizando aconselhamento pré e pós-
teste.
7. Inserir a abordagem de risco para as DST e
infecção pelo HIV nas diferentes atividades
realizadas (acolhimento, atividades em grupo,
planejamento familiar, pré-natal etc.).
8. Utilizar a abordagem sindrômica na assistência
ao portador de DST, levando em conta o contexto
pessoal, familiar e social em que a doença se
desenvolve.
9. Desencadear ações de aconselhamento/testagem
e tratamento voltadas aos parceiros sexuais dos
portadores desses agravos.
10. Realizar a coleta de sangue para
encaminhamento ao laboratório de referência na
medida em que a unidade esteja organizada para
essa atividade.
11. Garantir a observância das normas de precaução
universal, a fim de evitar exposição ocupacional a
material biológico.
12. Realizar as ações, de vigilância epidemiológica,
pertinentes a cada caso.
13. Encaminhar as pessoas vivendo com HIV/aids
e/ou hepatites virais aos s
NORMAS GERAIS
• Estabelecimento de políticas de prevenção
em nível nacional, contemplando a população em
geral e grupos de maior vulnerabilidade para as
DST/HIV/aids;
• Articulação com outras esferas dos
poderes público, privado e da sociedade civil,
buscando promover maior integração das ações de
promoção à saúde e prevenção das DST/aids;
• Fortalecimento das ações de intervenção
comportamental, por meio de apoio a programas e
projetos oferta gratuita, distribuição e
gerenciamento logístico do preservativo masculino;
• Oferta gratuita, disponibilidade e
gerenciamento logístico do preservativo feminino
para segmentos específicos da população;
marketing social e campanhas de promoção ao uso
do preservativo;
desenvolvimento de redes de distribuição apoiadas
em base comunitárias;
realização de testes, controle de qualidade e
avaliação do preservativo;
realização de estudos de aceitabilidade, demanda e
consumo de preservativos;
assessoria e treinamento de equipes técnicas dos
projetos e das Coordenações Estaduais e
Municipais de DST/Aids engajadas no
gerenciamento logístico, na avaliação e na
armazenagem dos preservativos;
Os CTA têm como objetivos:
promover o acesso ao diagnóstico da infecção pelo
HIV, de forma confidencial e gratuita,
acompanhado de ações de aconselhamento;
capacitar e atualizar, de forma continuada, os
profissionais que atuam na rede de CTA
implantada - e em implantação - no país;
promover uma maior integração dos CTA com os
outros programas da rede pública de saúde.
A implantação desse tipo de serviço pressupõe as
seguintes linhas estratégicas para sua viabilização:
apoio a projetos de implantação e implementação
de CTA nas regiões de maior incidência e/ou
maior vulnerabilidade, priorizando-se municípios
de pequeno e médio porte abaixo de 500 mil
habitantes e incentivando-se consórcios entre
municípios;
veiculação de campanhas regionais de informação e
divulgação dos serviços de testagem e
aconselhamento;
capacitação de equipe técnica para supervisão,
avaliação da qualidade do serviço prestado à
população e capacitação dos profissionais que
atuam com testagem e aconselhamento;
criação de comitê-assessor, nos níveis
estadual/regional/federal, para subsidiar os
programas no monitoramento e normalização dos
serviços de testagem e das ações de
aconselhamento;
apoio técnico à realização de estudos e pesquisas
desenvolvidas por equipes dos CTA e apoio à
participação de equipes em fóruns técnico-
científicos, de âmbito nacional ou internacional.
l)PROGRAMA HIPERDIA- HIPERTENSÃO E
DIABETES:
Portaria GM 371 de 04 de Março de 2002 --Institui
o Programa Nacional de Assistência Farmacêutica
para Hipertensão e Diabetes Mellitus
B Portaria GM 16 de 03 de Janeiro de 2002 -
Aprova o Plano de Reorganização da Atenção à
Hipertensão Arterial e a Diabetes Mellitus
NORMAS:
Acolher o usuário respeitando seus direitos è
necessidades;
• Garantir agilidade no atendimento e eficácia nas
ações;
• Manter os arquivos atualizados e organizados.
• O agendamento das ações (consultas, exames, etc)
será feito na recepção, onde serão mantidas as
agendas de todos os profissionais (médicos,
enfermeiros, dentistas e outros).
Capacitação dos profissionais de saúde através de
convênios com as Secretarias Estaduais e
Municipais;
Promover campanhas sistemáticas de identificação
e prevenção de HAS e DM, estimulando hábitos
saudáveis de vida;
Garantia de dispensação da medicação padronizada
para o tratamento.
Garantir o atendimento das consultas;
Referir e garantir consultas especializadas quando
necessário.
Serviços ofertados nas Unidades Básicas de Saúde.
Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Postos de
Saúde onde pode-se pode receber atendimentos
básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia,
Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia.
Os principais serviços oferecidos pelas UBS são :
1- consultas médicas,consultas de
enfermagem,consultas odontológicas; tratamento
odontológico
2- inalações,
3- injeções,
4- curativos,
5- vacinas,
6- coleta de exames laboratoriais,
7- encaminhamentos para especialidades e
fornecimento de medicação básica
8- Atendimento nos programas de atenção
básica.
1-CONSULTA DE ENFERMAGEM: A consulta de
enfermagem é uma atividade privativa da (o)
enfermeira, na qual esta (e) assume absoluta
responsabilidade de suas ações. Por este fato,
constitui-se num espaço ideal para o exercício da
autonomia profissional.
É uma atividade privativa do enfermeiro que utiliza
componentes do método científico para identificar
situação saúde/ doença, prescrever e implementar
medidas de enfermagem que contribuam para a
promoção, prevenção, proteção da saúde,
recuperação e reabilitação do indivíduo, família e
comunidade.” Resolução COFEN – 159/96.
Segundo a lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, essa
lei dá o respaldo legal para o desenvolvimento da
consulta de enfermagem. Sendo esta atividade
enfermagem. Privativa do enfermeiro.
A obrigatoriedade da Sistematização da Assistência
de enfermagem em unidades de saúde públicas e
privada segue o 2° artigo do COFEN do resolução
272/ 2002 resolução 272/ 2002.
2-DESENVOLVIMENTO DA CONSULTA DE
ENFERMAGEM:
Segundo Santos (1999) O enfermeiro (a), necessita
para a realização da consulta de enfermagem,
determinado conhecimentos tais como:
1. Conhecimento em semiologia: exame físico para o
levantamento e o estudo dos sinais e sintomas do
ponto de vista da Enfermagem, 2. Conhecimento
em semiotécnica: aborda as técnicas de enfermagem
que compreendem as ações indicadas para atender
aos problemas relacionados levantados no exame
físico, 3. Ter habilidade para comunicar-se
(fundamental para que haja interação entre
enfermeira (o) e cliente a fim de que ambos estejam
envolvidos na solução dos problemas
identificados), 4. Aplicar a metodologia de
assistência de enfermagem fundamentada num
marco teórico, num processo de coleta, análise e
interpretação das informações obtidas, visando à
tomada de decisão sobre a avaliação da situação de
saúde do cliente em termos de normalidade e
anormalidade, além de conhecimentos na área da
antropologia, sociologia e epidemiologia.
De acordo com Silva (1996), “Na consulta de
enfermagem é fundamental que a (o) enfermeira (o)
tenha habilidade para comunicar-se tanto de forma
verbal como não-verbal, pois conforme o processo
comunicativo está inserido nas relações sociais do
ser humano e a fala, a escrita, as expressões faciais,
a audição e o tato são formas de comunicação
amplamente utilizadas”. Faria (1998) “ressalta que a
comunicação sempre tem um aspecto de conteúdo
(comunicação verbal) e um aspecto de relação
(comunicação não - verbal)”. “Com o propósito de
assistir ao cliente e sua família de forma holística, e
contribuir para maior independência dos serviços
de saúde, a consulta de enfermagem deve ser uma
atividade integrada às ações de outros profissionais
da área da saúde” (PADILHA, 1993; SANTOS,
1999). Sendo desta maneira, cada profissional de
saúde tem o seu papel de suporte para a melhoria
da saúde do cliente. A (o) enfermeira (o) tem seu
papel no acompanhamento e análise da evolução da
condição/situação de saúde do cliente, em termos
de resolver ou não dos problemas identificados, em
função das ações implementadas. Cumpre os
procedimentos de enfermagem que se fizerem
necessários, realiza orientações no momento da
consulta e conduz a outros profissionais quando a
competência de resolução do problema não estiver
em seu campo de ação. A qualidade da consulta de
enfermagem é um fator que irá depender do
diálogo que é estabelecido na relação
cliente/enfermeira (o). Por isso há necessidade em
se considerar as crenças, valores e saberes do cliente
a fim de promover a identificação das suas
limitações e possibilidades, e ir atrás de alternativas
mutuamente. Isso só irá ocorrer quando estiver
estabelecida uma relação de diálogo mútuo de
confiança, a autonomia e a liberdade de alternativa
do cliente mantida.
3-RELAÇÃO INTERPESSOAL NA CONSULTA
DE ENFERMAGEM:
A relação interpessoal insere-se na consulta de
enfermagem, pois antevê a "interdependência
comunicativa", relacionamento, proximidade física,
troca e compreensão de mensagens verbais e/ou
não-verbais, informalidade e flexibilidade do
diálogo entre duas ou mais pessoas. Devido a isso,
o enfermeiro deve ser comunicativo na realização
da consulta de enfermagem.
A formação do enfermeiro beneficia que este
profissional exerça a consulta de enfermagem com a
clientela assistida usando o conhecimento técnico-
científico e empatia. culturas, biologia humana e
sexualidades, ambiente, gênero
A consulta de enfermagem abriga os vários
métodos de vulnerabilidade, necessidades e
agravos do cliente, ao considerar a sua
complexidade. Na prática, o seu significado é não
perder de vista a diversidade humana e, de forma
consequente, a vivência do cliente, estabelecida em
meio a processo sócio-histórico, esboçar a atenção à
sua saúde a partir do cuidado holístico e
humanizado, ponderar a dinâmica das relações
sociais, gerações, raças.
4-ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Histórico de enfermagem consiste em "um roteiro
sistematizado para o levantamento de dados que
sejam significativos para a enfermagem sobre o
paciente, família ou comunidade, a fim de tornar
possível a identificação dos seus problemas de
modo que, ao analisá-lo adequadamente, possa
chegar ao diagnóstico de enfermagem"
(Cianciarullo, 1976).
Exame físico; Segundo Daniel (1979), o exame físico
consiste no estudo bio-psico-sócioespiritual do
indivíduo, por intermédio da observação, de
interrogatório, de inspeção manual, de testes
psicológicos, testes de laboratório e do uso de
instrumentos.
Diagnóstico de enfermagem; O enfermeiro após ter
analisado os dados selecionados no histórico e
exame físico, coligará os problemas de
Enfermagem, as necessidades básicas afetadas, grau
de dependência e fará um apreciação clínica sobre
as respostas do indivíduo, da família e comunidade
aos problemas/processos de vida vigentes ou
potenciais.
Prescrição de enfermagem; Paim (1988) relata que a
prescrição de enfermagem significa medidas de
solução para os problemas do paciente, indicados e
registrados previamente pelo enfermeiro, com
finalidade de atender as necessidades humanas
desse mesmo paciente sob sua responsabilidade.
Evolução de enfermagem; Para Horta (1979), a
evolução de enfermagem é o relato diário ou
periódico das mudanças sucessivas que ocorrem no
ser humano enquanto estiver sob assistência
profissional, ou seja, uma avaliação global do plano
de cuidados.
Anotação de enfermagem; Para Fernandes et al.
(1981), a anotação é um instrumento valorativo de
grande significado na assistência de enfermagem e
na sua continuidade, tornando-se, pois,
indispensável na aplicação do processo de
enfermagem, pois está presente em todas as fases
do processo.
1-FERRAMENTAS GERENCIAIS DO SERVIÇO
DE ENFERMAGEM:
a) MANUAIS DE ENFERMAGEM: É a ferramenta
que reúne de forma sistematizada normas, rotinas,
procedimentos e outros imprescindíveis para
execução das atividades de Enfermagem, ou seja,
instrumento orientador dos profissionais de
enfermagem no desempenho de suas funções.
b) NORMAS DE ENFERMAGEM: São normas
técnicas fundamentadas num processo de
simplificação, pois abreviam a crescente variedade
de procedimentos e produtos, desta forma
eliminam o desperdício, o retrabalho e promovem a
troca de informações entre fornecedor e consumidor
ou entre clientes internos. A finalidade importante
de uma norma técnica é a proteção ao consumidor,
especificando critérios e requisitos que medem o
desempenho do produto/serviço, resguardando
assim a vida e a saúde. c) NORMAS: Conjunto de
regras e instruções para definir procedimentos,
métodos e organização. São leis que deliberam as
ações de enfermagem quanto a o QUÊ E COMO
FAZÊ-LAS.
d) CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE
NORMAS: Deve ser colocada por autoridade
reconhecida. Fundamenta- se nos princípios: Ético,
disciplinar, assepsia. A elaboração deve ser feita de
maneira ampla e expressa, clara e concisa, flexível,
consentindo o raciocínio e a iniciativa. e) EXEMPLO
DE NORMAS: Os colaboradores de enfermagem
deverão estar no local de trabalho, devidamente
uniformizados até as 7 h. Os materiais para exames
laboratoriais de rotina deverão ser direcionados ao
laboratório até as 9 h. A passagem de plantão
deverá ser feita na cabeceira do leito dando
informações sobre: Estado do paciente,
procedimentos realizados ou a realizar, aceitação da
dieta e intercorrências importantes.
f) ROTINAS DE ENFERMAGEM: São conjuntos
de instruções técnicas concatenadas que servem
para execução uma tarefa específica de assistência
em enfermagem.
g) TAREFAS DE ENFERMAGEM: São ações que
um profissional de enfermagem executa. h)
REGULAMENTO: É o ato normativo de caráter
constante determinado pela administração superior
e contém as diretrizes básicas da organização de
saúde. Regula e amplia o estatuto, caracterizando a
Organização.
i) REGIMENTO: É o ato normativo acatado pela
administração superior, de caráter flexível que
contém as diretrizes básicas para o funcionamento
do Serviço de Enfermagem. Componentes: filosofia,
organograma, atividades a serem desenvolvida,
competência de cada membro, quadro de pessoal. O
Regimento do Serviço de Enfermagem expressa à
missão institucional, as características dos clientes a
serem assistidos, bem como a disponibilidade e
organização dos recursos humanos e materiais para
desenvolver e praticar essa assistência.
j) PROCEDIMENTOS (PROTOCOLO): É a
descrição detalhada e sequencial de como a
atividade deve ser feita. É a definição de técnica, é
uniforme para toda a organização, fundamentada
em princípios científicos e não pode ser mudado.
2- ELABORAÇÃO DOS MANUAIS DE
ENFERMAGEM:
Os manuais de enfermagem habitualmente ensinam
como realizar um trabalho, a necessidade de
manualizar o serviço independe da realização de
estudos específicos, basta para isso o gestor em
enfermagem usar instrumentos que a análise
dispõe, tais como; questionários, entrevistas e
observação pessoal.
3-ESTRATÉGIAS PARA A MANUALIZAÇÃO:
a) Itemizar os modelos manualizados: antes da
aplicação de modelos, é fundamental para que
sejam identificados os vários tipos de manuais que
a organização demanda.
d) Distribuir o manual: o manual deve ser
distribuído pelo gestor.
b) Qualificar a manualização: serão selecionados os
modelos de acordo com a demanda. c) Elaborar o
manual: é a colocação em prática dos estudos
realizados anteriormente.
5-TIPOS E TÉCNICAS DE MANUALIZAÇÃO:
a) MANUAL DA ORGANIZAÇÃO, MANUAL DE
ESTRUTURA: Tem como finalidade a própria
organização; b) MANUAL DE INSTRUÇÕES DE
NORMAS E PROCEDIMENTOS, MANUAL DE
PROCESSOS, MANUAL DE PROCEDIMENTOS,
MANUAL DE SERVIÇOS: Definem normas,
diretrizes e o detalhamento de como realizar o
trabalho; c) MANUAL DE FORMULÁRIOS: define
a finalidade, o preenchimento, distribuição e
utilização dos formulários em uso pela organização.
d) MANUAL DE SEQUÊNCIA
ADMINISTRATIVA: (Ou de métodos operacionais):
descreve as fases e operações de todo o processo.
e) MANUAL DE NORMAS: Semelhante a qualquer
regulamento interno ou regimento, manual é
constituído de informações cuja origem é qualquer
documento .
6- CARACTERÍSTICA DOS MANUAIS: • Deve ser
instrumento de consulta frequente e de fácil acesso.
• Deve ser analisado com frequência;
•Deve refletir diretrizes do serviço.
7-INDICADORES PARA O USO DE MANUAIS:
Os indicadores para o uso de manuais estão ligados
a:
a) divulgação: isso quer dizer que os serviços
internos, mantêm relação com o público; b)
coordenação: indicador de pós-estudo técnico de
análise de processos; c) análise: indicador típico do
pós-estudo técnico de racionalização de trabalho d)
treinamento: talvez este seja o indicador dos
indicadores do uso de manuais pelas organizações.
Objetivo: aceitar a reunião de conhecimentos de
forma organizada e criteriosa.
8-ETAPAS PARA ELABORAÇÃO • Diagnóstico da
situação;
• Determinação dos assuntos;
• Estruturação e confecção dos instrumentos;
• Implantação;
• Avaliação;
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO • É
imprescindível admitir a estrutura organizacional
do SE, a filosofia norteadora das ações, os objetivos
a serem alcançados de acordo com a necessidade da
clientela, as ações de enfermagem que devem ser
realizadas, os recursos humanos e materiais
disponíveis.
Para o diagnóstico da situação deve-se contar com a
participação de todos por meio de questionário ou
discussão em grupo.
DETERMINAÇÃO DOS ASSUNTOS: Devem
aparecer as informações arrecadadas no
diagnóstico. Além da decisão sobre a melhor
maneira de escrever, se trata de norma ou rotina de
acordo com o caso, aprovadas por todos da
organização do manual
ESTRUTURAÇÃO E CONFECÇÃO: A maneira que
o manual vai ser organizado (livro, brochura etc.).
Quem irá confeccionar o manual, cuidar da
elaboração, escolher pessoa com conhecimento e
relação com o assunto. A estrutura e a confecção
devem ser IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO: Na
implantação todos devem ser comunicados. O
manual deve ser colocado em local de fácil acesso.
O manual deve estar em constante atualização.
ETAPAS PARA ELABORAÇÃO • Diagnóstico da
situação; • Determinação dos assuntos; •
Estruturação e confecção dos instrumentos; •
Implantação; • Avaliação;
9-CONTEÚDO DO MANUAL: em geral contém:
serviço de enfermagem;
Composição administrativa e organizacional do
SE;
com a clientela assistida.
pessoal a assistência e ao material. Orientação sobre
direitos e deveres da equipe de enfermagem.
10- DOCUMENTOS DE CONTROLE PARA O
FUNCIONAMENTO DA GERÊNCIA EM
ENFERMAGEM:
modificações constantes nas dinâmicas dos serviços.
A avaliação deve ser constante, e ter como
finalidade a qualidade da assistência, deve ter
sempre revisão de maneira planejada e ajustada as
necessidades da clientela.
consiste basicamente em motivar, orientar e instruir
os supervisionados na execução de suas atividades
embasada em normas estabelecidas. Tem por
objetivos: o alcance de níveis e excelência nos
serviços prestados tem caráter administrativo, é
desta maneira não deve considerara somente o
serviço, mas também aqueles que o executam.
capacitador, orientador e reciclador do
conhecimento técnico dos profissionais de uma
instituição, deve-se levar em consideração as
necessidades de cada unidade de serviço e deve-se
também fazê-lo de maneira periódica. Os
profissionais devem ser estimulados a participarem
da educação permanente e não obrigados.
DEFINIÇÃO: È a apreciação de diversos processos
averiguando com exatidão e a fidelidade dos
procedimentos e relatórios , de acordo com o
principio das leis institucionais. A auditoria é
realizada pela verificação dos registros em
prontuários ou as condições do cliente.
externa ou interna á instituição.
Podendo ser contínua ou periódica, e pode ser feita
ainda em apenas um procedimento ou em toda a
unidade de saúde.
Tipos de Auditoria:
e é utilizado o prontuário para a avaliação.
- (concorrencial): Feita durante a
hospitalização ou em atendimento ambulatorial.
Classificação da Auditoria: Quanto à forma:
Instituição.
Quanto ao tempo:
Periódica: realizada em períodos, não contínua.
Quanto á natureza:
necessidade específica.
Quanto ao limite:
Parcial: limitada a determinados serviços ou setores
da instituição.
1. ABAIXO ASSINADO: refere-se a uma solicitação
coletiva redigida com o alvo de requerer direitos ou
deveres previstos por lei e que estão sendo
desrespeitados; ou, ainda, de solicitar que
determinados direitos ou deveres sejam
reconhecidos na forma da lei. 2. APOSTILA:
constitui-se num documento, cujo objetivo é a
conformidade marginal ou interlinear de um
documento qualquer que foi antes redigido.
3. ATESTADO: Um atestado constitui-se de uma
declaração feita por uma pessoa a favor de outra,
procurando atestar uma verdade em que se
acredita.
4. ATOS ADMINISTRATIVOS:
5. AVISO: constitui-se em um tipo de comunicação,
direta ou indireta, afixada em local público ou
privado, com características amplas e variadas.
6. CIRCULAR: forma multidirecional que
possibilita uma instituição dirigir-se, ao mesmo
tempo, a várias repartições ou pessoas.
7. DECLARAÇÃO: constitui-se num documento
semelhante ao atestado, porém não é expedido por
instituições públicas.
8. EDITAL: meio de notificação direcionado ao
público, que se afixa em local de acesso dos
interessados ou se publica na imprensa.
9. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS: 10. MEMORANDO:
constitui-se em um meio de comunicação
eminentemente interno empregado entre unidades
administrativas de um mesmo órgão,
independentemente de nível hierárquico.
1. OFÍCIO: um documento utilizado por órgãos do
governo ou autarquias para correspondência
externa e que tem por finalidade tratar de assuntos
oficiais.
12. ORDEM DE SERVIÇO: é um documento oficial
e interdepartamental, com numeração própria e, às
vezes, apresenta características de circular. Refere-
se ao ato de expedir determinações que serão
executadas por instituições de caráter social e por
servidores desses órgãos.
13. PARECER: é um texto formado a partir da
implicação de análises relativas a determinado
projeto, ato ou relatório técnico, pertencente a um
processo para o qual aponte uma solução favorável
ou contrária, justificada através de dispositivos
legais e informações. 14. PROCURAÇÃO:
procuração é o meio utilizado por uma pessoa física
ou por uma jurídica para conceder poderes a outro.
15. RELATÓRIO: configura-se como a apresentação
objetiva, informativa e apresentável de resultados
referentes atividades variadas. 16.
REQUERIMENTO: é um documento específico para
solicitação de algo a que uma pessoa física ou
jurídica tem direito concedido por lei. 17. ATA:
Uma ata refere-se ao resumo dos fatos de uma
reunião de pessoas ou assembléia para um
determinado fim já exposto. 18. CARTA OFICIAL:
consiste num meio de comunicação de caráter
oficial decorrente do cargo ou da função públicos.
19. COMUNICADO: Um comunicado, também
chamado de comunicação, constitui-se num aviso
que pode ter caráter externo ou interno. 20.
INFORMAÇÃO: informação refere-se ao
esclarecimento prestado por um determinado
servidor, no pleno exercício de sua função, a
respeito de situações reais ou mecanismos legais,
contidos em um processo. 21. PORTARIA: é um
tipo de texto oficial empregado por autoridades
superiores, para diversas finalidades, tais como:
nomear, exonerar, aprovar, promover.
Assistência de Enfermagem em situações especiais
de ressuscitação: hipotermia, afogamento, parada
cardíaca associada ao trauma, choque elétrico ou
eletrocussão, emergências cardiotoxicológicas
1-Situações especiais de ressuscitação:
Hipotermia
1.1- DEFINIÇÃO: A Hipotermia aparece quando a
temperatura do corpo baixa a valores inferiores a
35ºC. Esta situação sobrevém quando a temperatura
ambiente é muito baixa, principalmente se o frio é
seguido por chuva, umidade ou neve, ou por
imersão em mares, lagos ou rios. A falta de
preparação física, a fadiga, a fome e a desidratação
somam o risco de hipotermia. A temperatura
central do corpo humano deve manter-se entre
36,5ºC e 37,5ºC. Inferior a esse limite, começam a
aparecer esses sintomas, desde o frio intenso,
levando ao óbito.
1.2- SINAIS E SINTOMAS:
– 35ºC ou menos; as terminações nervosas detectam
a baixa temperatura, prontamente o organismo
começa a realizar a vaso constrição (diminuição do
calibre) dos vasos sanguíneos, principalmente da
pele, com o objetivo de diminuir a perda do calor e
estabilizar a temperatura interna. Devido a este
fator a pele fica fria a ventilação estão abaixo do
normal;Os sintomas dos três tipos de Hipotermia:
• Leve (35 a 33ºC); sensação de frio, tremores,
letargia motora, espasmos musculares. A pele fica
fria, as extremidades do corpo dão tonalidade
cinzenta ou discretamente arroxeada (cianótica). A
pessoa tem confusão mental. • Moderada (3 a 30ºC);
Os tremores desaparecem, a pessoa fica muito
sonolenta, prostrada, quase inconsciente, rigidez
muscular, alterações na memória e na fala, entre
outros. • Grave (menos de 30ºC); A pessoa fica
imóvel e inconsciente, as pupilas se dilatam e a
freqüência cardíaca reduz, quase imperceptível. Se
o paciente não for tratado, a morte é fatal.
A hipotermia pode ser considerada em três tipos: a
aguda, subaguda e crônica.brusca queda da
temperatura corporal (em segundos ou minutos),
por exemplo, quando a pessoa cai em um lago
gelado. Longos períodos de tempo. A crônica é
comumente causada por uma patologia. Primeiro
Socorro: virilhas para manutenção da temperatura
central. A sua colocação nas extremidades é contra-
indicada, pois o aumento da circulação periférica
ajuda a diminuir ainda mais a temperatura central;
2-Situações especiais de ressuscitação:
Afogamento:
2.1- Definição: é a asfixia por aspiração de líquido
de qualquer natureza que chega a inundar o
sistema respiratório. Prejudicando a troca de
oxigênio e gás carbônico.
2.2-Sinais e Sintomas: Pode ocorrer hipotermia,
náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores e
cefaléia, dores musculares cansaço e mal estar
podendo ocorrer parada cardiorrespiratória.
(Brunner e Suddart,1980).
Enquanto aguarda a chegada do socorro: dobre e
nem vire a cabeça doa vítima; -a-boca; serve se há
pulso, colocando as pontas do indicador no pescoço
ou na região inguinal da vítima. proceder à
massagem cardíaca; ração e batimentos, deixe-a
deitada de lado com um braço a vítima e se
possível, leve-a a um local quente; -a com
cobertores, toalhas, o que tiver na mão; -la com
banho de água quente, a fim de evitar o choque
térmico; o. 3-Situações especiais de ressuscitação:
Parada cardíaca associada ao trauma.
DEFINIÇÃO: A parada cardíaca - PC - pode ser
definida como uma circunstância em que o débito
cardíaco (DC) é inadequado para manter a vida, ou
então, em que não se consegue palpar o pulso,
verificar a pressão arterial (PA) e, quando associada
a parada respiratória, não se observa atividade
motora respiratória voluntária.
Para melhorar a sobrevida destes pacientes é
necessária uma rápida avaliação e início simultâneo
de procedimentos preconizados pelo A.C.L.S. e
A.T.L.S.. Lembrando que a RCP é sempre
aconselhada pois trabalhos provam que pacientes
Politraumatizads que dão entrada em P.S. pós RCP
têm melhor sobrevida que outros que não
receberam RCP. A PCR pós trauma é qualificada
em mortal, fatal e agônica. A utilização dessa
classificação é útil para dar o prognóstico e auxilia
na tomada da decisão para início da ressuscitação.
Sinais vitais Sinais de vida Sobrevida Mortal (grau
1) Ausentes Ausentes 0,3% Fatal (grau 2) Ausentes
Presentes 14,6% Agônica (grau 3) Pulso filiforme,
sem PA Presentes 40,3% Sintomatologia: Sintomas
de uma vítima em PCR: • Falta ou debilidade de
pulsação; • Dilatação das pupilas (midríase);
• Ausência de batimentos cardíacos (que podem ser
checados encostando o ouvido do socorrista abaixo
das papilas mamárias da vítima);
• Insuficiência respiratória;
• Palidez excessiva;
• Inconsciência
A PCR pós traumática é associada às alterações
geradas por grande perda sanguínea (principal
causa), hipóxia exacerbada ou tamponamento
cardíaco ou outra constrição mecânica que impeça a
entrada e saída de sangue do coração. A perda
acelerada e profusa de sangue tem a ver com lesões
de grandes vasos ou de vísceras parenquimatosas, e
seu efeito é a PC causado pela hipóxia tecidual, pois
não há quem transporte o oxigênio. Os principais
sintomas que direcionam este diagnóstico são: 1.
palidez cutânea, 2. sudorese, 3. perfusão deficitária
e 4. veias colabadas. A hipóxia acentuada ocorre
também em casos de obstrução de vias aéreas
(trauma bucomaxilofacial, laringe ou traquéia),
pneumotórax hipertensivo, contusões pulmonares
extensas, lesão medular alta, tórax flácido ou
hemotórax maciço. A sintomatologia nestes casos é
a cianose, respiração paradoxal e assimetria da
expansibilidade torácica.
A PC pode ser originária de causa primária, em
pacientes que sofram o traumatismo
subsequentemente, embora isto dificilmente
aconteça.
Tratamento O tratamento de pacientes em PCR pós
trauma, consiste em avaliara o atendimento em
duas situações distintas:
A 1 ª em ambiente pré-hospitalar, em que leigos
treinados tem a capacidade realizar e que consiste
em medidas de suporte básico de vida; e outra fase,
já em ambiente hospitalar, efetivado pelo médico,
que incide no suporte avançado em uso de drogas e
procedimentos invasivos. Nas duas situações o
socorrista deve abordar seu paciente tendo em
pensamento as prioridades do “ABCDE” do
trauma, sendo que sempre que possível deve pedir
a ajuda de mais uma pessoa, ainda que seja para
esta pessoa agir sob sua direção de comando. Estas
manobras serão analisadas para melhor
compreensão, porém, na prática são realizadas
concomitantemente Crianças de oito anos e no
adulto. A contagem deve ser realizada contando-se
alto: 1 e 2 e 3
COM UM SOCORRISTA: Alternam-se duas
insuflações torácicas com 15 compressões, na
criança maior Depois de quatro ciclos, avalia-se o
pulso.
Na criança menor de oito anos e no bebê, alterna-se
uma insuflação com cinco compressões e reavalia-se
o pulso a cada dez ciclos.
COM DOIS SOCORRISTAS: Os Socorristas
alternam as manobras. O que estiver fazendo
esforço físico será substituído ao se cansar. Alterna-
se 1 insuflação com 5 compressões. E troca e 4
assim, o socorrista que estiver insuflando realiza
mais uma vez e se desloca para junto do Ao desejar
realizar a troca, o socorrista que estiver fazendo a
massagem, conta em voz alta e diz, 1 e 2 tórax da
vítima.
Restauração da oxigenação central: A primeira
manobra é a liberação das vias aéreas, que no
paciente Politraumatizado merece atenção peculiar
devido ao cuidado em controlar e estabilizar a
coluna cervical do paciente já que todo paciente
neste estado possui trauma desta região até que se
prove o contrário. Vias aéreas pérvias são
conseguidas por manobras simples, como retirar de
corpo estranho, afastar a base da língua,
hiperextender a cabeça (não em suspeita de lesão de
coluna cervical) e elevação da mandíbula, que
podem ser realizadas no suporte básico.
O exame deverá ser feito rigorosamente nessa
sequências: O “ABCDE” da vida
Vias aéreas e coluna cervical; Respiração;
Circulação, hemorragia e controle do choque; Nível
de consciência; Exposição e proteção da vítima.
Realize a massagem cardíaca:
Coloque a vítima em decúbito dorsal (barriga para
cima), sobre uma superfície dura e plana. O ponto
certo para a realização da massagem é encontrado
da seguinte forma: Localize o final do osso entre as
costelas (esterno) e, dois dedos acima deste, coloque
a palma de sua mão e no dorso dela a sua mão de
dominância. Os dedos devem ficar entrelaçados.
Deve-se realizar a massagem com os braços
esticados e com o peso do corpo voltado contra a
vítima. Os cotovelos do socorrista devem ficar
estendidos durante a realização da manobra de
reanimação. Faça a compressão com certo vigor a
fim de abaixar o esterno numa depressão de
aproximadamente 5 cm.
O profissional capacitado pode realizar outras
manobras, caso estas não terem sucesso, como a
utilização da cânula de Guedel, a intubação
orotraqueal (IOT) ou naso-traqueal (contra-indicada
em suspeita de fratura de base de crânio) e até
procedimento mais invasivos como a
cricotireoidostomia por punção ou cirúrgica. É
preconizada a sondagem gástrica a fim de prevenir
a aspiração pulmonar de seu conteúdo.
Depois de estabelecida a via aérea pérvea é
imprescindível averiguar se o paciente esta
ventilado, o que pode ser verificado pela
visualização de movimentos respiratórios torácicos
ou escutando-se a entrada e saída de ar pelo nariz,
aproximando seu ouvido do nariz ou boca do
paciente. Caso o paciente não esteja ventilando, dar
início a manobras de ventilação que na etapa pré-
hospitalar consiste na respiração boca a boca ou,
quando disponível, a utilização do A.M.B.U..
A respiração boca a boca deve ser iniciada com
duas insuflações amplas de 1,5 a 2 seg. cada
(paciente adulto), sendo que após isto se deve
instaurar uma freqüência média de 12 insuflações
por minuto. O sucesso do procedimento é
determinado por meio da visualização da expansão
da caixa torácica. Se o paciente estiver sendo
socorrido por médicos e intubado poderão ser
usados respiradores artificiais, exemplificando o
B.I.R.D.,
4-Situações especiais de ressuscitação : Choque
elétrico Choques elétricos- Eletrocussão
A morte ocasionada por eletricidade é também
conhecida como eletrocussão e consiste na
passagem de uma corrente elétrica pelo corpo.
A eletrocussão pode provocar a morte instantânea,
perda dos sentidos mais ou menos prolongada,
convulsões e queimaduras no ponto de contacto. É
necessário tomar cuidado com quem está sujeito ao
choque, tocá-lo pode ser perigoso.
Atendimento: O procedimento correto a fazer é :
pegar um objeto formado por plástico, pois
conduzem pouca eletricidade; afastá-lo do objeto
que lhe dá o choque, e verificar os sinais vitais da
vitima. Caso esta se encontre em parada
cardiorrespiratória devem-se retirar os objetos
próximos a esta como, por exemplo; dentaduras,
óculos, e outros, afrouxar a roupa e descobrir o
tórax, e proceder então à reanimação botando sobre
o tórax as duas mãos sobrepostas e realizar 30
compressões seguidas de duas insuflações.
Se a vitima estiver inconsciente, porém com pulso e
a ventilar devemos colocá-la em PSL- posição
lateral de segurança.
5-Situações especiais de ressuscitação:
Emergências cardiotoxicológicas
Toxicologia pode ser entendida pelo estudo dos
efeitos nocivos de agentes químicos e físicos em
seres vivos.
Rotas de entrada Um produto químico pode
penetrar no corpo através da inalação, ingestão e
absorção pela pele. Essas são as chamadas vias ou
rotas de entrada do agente químico.
Movimentação do agente químico: Na maioria das
vezes, o agente químico é absorvido pelo sangue e,
posteriormente, pode ter vários destinos como a
eliminação pela urina, fezes e transpiração,
acumulação no organismo ou reação com alguns
compostos do corpo humano.
Destino do agente químico: O destino derradeiro do
agente químico está sujeito de diversos fatores,
entre eles, suas propriedades químicas,
características do indivíduo e tempo de exposição.
A enfermagem tem uma participação muito
importante no tratamento das intoxicações, por suas
intervenções. Pacientes com over dose de drogas ou
intoxicação necessitam de cuidados específicos a
fim de evitar complicações. Se a ingestão foi de
drogas não corrosivas podemos fazer lavagem
gástrica; Manobras de tratamento devem ser
instituídas para proteger as vias aéreas; Pode
ocorrer arritmias, coma, hipotensão e hipertensão,
hipotermia, e convulsões, assim como parada
cardiorrespiratória podem ocorrer; Antídotos
podem ser usados quando conhecemos qual a
droga usada; Se afeta os olhos deve ser utilizada a
água para aqueles casos de lesão ocular- lavar em
água abundante, caso for na pele também deverá
ser lavada com água abundante; Nos olhos se
possível usar anestésico ocular;
Ainda na desintoxicação pode ser usado diurético
para a diurese forçada; assim como alcalinização da
urina e acidificação da urina( contra-indicada na
rabdomiólise e mioglubiminúria. A
descontaminação do trato gastrointestinal poderá
ser feita por meio de: - - indicada quando a emêse
não for efetiva, mas contraindicada em agentes
corrosivos;
- manobra para diminuir os efeitos deletérios da
intoxicação, e acelerar a saída da droga, eliminado-a
do organismo;
– usada quando a droga é conhecida ou suspeita de
poder ser dialisada – usada ainda em coma
profundo, apneia, hipotensão ou choque , e outras
alterações graves do balanço metabólico, e em
portadores de patologias graves de base.
Opióides : intoxicação grave sinais e sintomas: -
Stokes.
Intoxicação Crônica- dependência física e
patológica, a falta da droga é chamada índrome da
Abstinência, e se caracteriza por: nervosismo,
ansiedade e sonolência,dores acentuadaas nas
costas e pernas, vômitos, diarréia;hipertensão,
aumento da temperatura, sofrimento psicológico.
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO
POLITRAUMATIZADO A, B, C, D,E-
ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS NOS DISTÚRBIOS
1- CONCEITOS: O trauma (do grego trauma,atos:
"ferida") físico é uma lesão ou ferida mais ou menos
extensa, produzida por ação violenta, de natureza
física ou química, externa ao organismo. O termo
"traumatismo" refere-se às consequências locais e
gerais do trauma para a estrutura e o
funcionamento do organismo. Em geral usa-se o
termo, "traumatismo" como sinônimo de trauma
físico. Politraumatizado é o paciente que tem
inúmeros traumas.
O ATLS (Advanced Trauma Life Support, ou
Suporte Avançado de Vida no Trauma – SAVT) e o
Committee on Trauma sugerem que o trauma deve
ser pensado como uma PATOLOGIA, não como um
acidente,pois a maioria das lesões por trauma
poderiam ser evitadas.
EMERGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa,
de aparecimento súbito e imprevisto, necessitando
de imediata solução. - NÃO PODE ESPERAR.
URGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de
aparecimento rápido, mas não necessariamente
imprevisto e súbito, necessitando de solução em
curto prazo.
2-CINÉTICA DO TRAUMA:
A avaliação do traumatizado começa na cena do
acontecimento, antes mesmo da visualização da
vítima, observa-se as circunstâncias do
acontecimento.
Avalia-se: tipo de trauma, o que causou grau de
deformidade do veículo, se caso for arma: calibre,
tipo e outros, danos no veículo para ter uma idéia
da lesão ocasionada.
3-TRABALHO EM EQUIPE:
A equipe que atende o Politraumatizado deve ter
dois tipos de lesão em mente: Facilmente
identificáveis ao exame físico: Lesões Potenciais :
não obtidas em exame físico, podem passar
desapercebidas, mas dependendo dos mecanismos
do trauma sofrido pelo paciente, incluindo lesões
graves, devemos fazer avaliações do todo. A
história do acidente , deve ser levada em conta ,
assim como a indicações e suspeitas de traumas
graves.
4-MECANISMO DO TRAUMA:
1- TRAUMATISMO CONFUSO: Não deixa marcas
visíveis, o tamanho da cavitação se dá pelo
tamanho da energia aplicada durante o trauma.
Pode passar desapercebida.
2- CAVIDADE PERMANENTE: São causadas pelo
impacto e compressão dos tecidos pode ser vista no
trauma. Ex: Afundamento do crânio
A diferença deste tipo de lesão vai depender do
grau do tamanho da energia transferida. 5- TIPOS
DE TRAUMA;
1- CONTUSÕES;
2- LESÕES PERMANENTES;
3- POR EXPLOSÃO.
LEIS DA FÍSICA QUE SE DEVE CONSIDERAR:
DESTRUÍDA, PODE PORÉM MUDAR DE
FFORMA;
UAL A MASSA
MULTIPLICADA PELO QUADRADO DA
VELOCIDADE DIVIDIDA POR DOIS;
MULTIPLICADA PELA DESACELERAÇÃO ( OU
ACELERAÇÃO);
6-O atendimento ao paciente com múltiplos
ferimentos (politraumatizado) conserva a regra
mnemônica do ABCDE:
A - Airway –Via aérea e controle da coluna
cervical : Proteção da via aérea contra obstrução
(vômito, corpo estranho, desabamento da língua
etc.) e controle da coluna cervical (imobilização
temporária, que pode ser realizado simplesmente
segurando a cabeça do paciente).
B - Breathing –Respiração e Ventilação :
Avaliação da expansibilidade pulmonar, que pode
estar prejudicada por hemotórax ou pneumotórax
fraturas múltiplas de costelas (tórax instável) etc..
C - Circulation – Circulação Sanguínea e controle
da Hemorragia: Avaliação e (se possível) controle
de perda sangüínea por hemorragias, lesões
cardíacas e outras causas de baixo débito cardíaco.
- Disability - Déficit Neurológico- Exame
neurológico sumário: Avaliar lesões de tecido
nervoso (intracraniano prioritariamente). Nessa fase
usa-se a 1Escala de Coma de Glasgow.
- Environment - Ambiente e exposição com
controle de hipotermia: Avaliar outras lesões que
ainda não foram avaliadas e proteger o paciente
contra hipotermia (retirando roupas molhadas,
aquecendo,...).
A – VIA AÉREAS COM CONTROLE DA
COLUNA CERVICAL A avaliação das vias aéreas
e as condutas que irão garantir a sua
permeabilização são prioritárias no trauma. Causas
de obstrução de vias aéreas: Queda da língua em
pacientes inconscientes; - Presença de corpos
estranhos, sangue e restos alimentares; - Fraturas de
face; - Traumas cervicais – ruptura da laringe e
traquéia. A maneira mais fácil de diagnosticar
problema com a perfusão das vias aéreas é por meio
da resposta verbal da vítima, pois se a mesma
respondendo evidencia-se a permeabilidade das
vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração
ruidosa podem significar obstrução das vias aéreas.
Outra questão importante neste item refere-se à
colocação do colar cervical na vítima, pois o
Politraumatizado até esclareça o contrário é
portador de lesões de coluna cervical. B –
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO A primeira etapa
do atendimento inicial, em geral vai garantir ao
paciente a permeabilidade de suas vias aéreas, mas
isto não significa que este esteja com ventilação
adequada. Sendo assim torna-se fundamental a
avaliação das condições ventilatórias do paciente. A
ventilação pode estar prejudicada tanto por
obstrução das vias aéreas, como por alterações da
mecânica ventilatória ou por depressão do sistema
nervoso central.
1 A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala
neurológica com é método confiável e cujo objetivo
de registrar o nível de consciência de uma pessoa,
para avaliação inicial e contínua após um
traumatismo craniano. Seu valor indica eventuais
sequelas.
Formas de diagnosticar problemas de ventilação:
- Observe as incursões torácicas procurando
movimentos simétricos de inspiração e expiração. A
assimetria irá sugerir fraturas ou tórax flácido;
- Ausculte ambos os hemitórax. Murmúrio vesicular
diminuído ou ausente deve alertar para a
possibilidade de existir lesão torácica;
- Frequência respiratória elevada pode indicar
dispneia;
- Oxímetro de pulso pode ser um bom aliado apesar
de não garantir que a ventilação seja adequada.
Após o diagnóstico de problemas ventilatórios no
paciente medidas corretivas devem ser
imediatamente tomadas.
C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE
HEMORRAGIA
A hipovolemia com consequente choque
hemorrágico é a pagina causa de morte nas
primeiras horas após o trauma. Hipotensão arterial
em vítimas de trauma deve ser sempre considerada
como consequência de hipovolemia.
Determinados pontos chaves são de fundamental
importância na avaliação inicial e na determinação
da hipovolemia:
- Nível de consciência;
- Coloração da pele;,
- Frequência e amplitude de pulso;
- Perfusão periférica – enchimento capilar menor
que 2 segundos é sinal de hipovolêmica;
- Pressão arterial;
- Pressão de pulso;
- Sudorese.
Outro fator importante no diagnóstico do choque
hipovolêmico é a determinação do ponto de
sangramento. Após a localização da hemorragia
medidas de contenção devem ser imediatamente
tomadas, para evitar lesões irreversíveis no paciente
é até causar seu óbito.
D – EXAME NEUROLÓGICO
Uma rápida avaliação do estado neurológico deve
servir para verificar o nível de consciência e a
reatividade pupilar do traumatizado. O
rebaixamento do nível de consciência é indicativo
de níveis baixos de oxigenação por parte da
vítima,além da lesão direta do encéfalo ou uso de
drogas e/ou álcool.
Avaliação inicial usa-se o método AVDI:
A – Alerta;
V – Resposta ao estímulo verbal;
D – Responde ao estímulo doloroso;
I – Irresponsivo aos estímulos.
Inconsciência, resposta motora lateralizada,
alteração da função pupilar, estão, relacionadas ao
aumento da pressão intracraniana e implicam na
necessidade de canulação da via aérea e
hiperventilação.
O exame neurológico mais detalhado do paciente
deve ser realizado posteriormente e o mesmo deve
ser classificado de acordo com a Escala de Coma de
Glasgow que irá melhor definir qual o estado
neurológico do paciente.
E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM
CONTROLE DA HIPOTERMIA
O paciente traumatizado deve ser completamente
despido a fim de facilitar o exame
completo e a determinar lesões que irão
comprometer a sua vida.
Com o intuito de se evitar movimentos e eventual
mobilização de fraturas ou luxações,
as vestes devem ser cortadas antes da remoção.
A proteção do paciente contra hipotermia é de
suma importância, pois cerca de 43%
dos pacientes terão este tipo de alteração na fase de
atendimento inicial. A hipotermia exerce
efeitos prejudiciais sobre o organismo do
traumatizado, portanto, este deve ser protegido
contra o frio com cobertores aquecidos e infusão de
líquidos também na mesma temperatura.
DISTÚRBIOS
Escala de Glasgow: A escala é composta de três
testes: respostas de abertura ocular, fala e
capacidade motora. Os três valores separadamente,
assim como sua soma, são considerados. 1 2 3 4 5 6
Ocular Não abre os olhos Abre os olhos em resposta
a estímulo de dor Abre os olhos em resposta a um
chamado Abre os olhos espontaneamente N/A
N/A Verbal
Emudecido
Emite sons incompreensíveis
Pronuncia palavras desconexas
Confuso, desorientado
Orientado, conversa normalmente
N/A Motor Não se movimenta Extensão a
estímulos dolorosos (descerebração) Flexão anormal
a estímulos dolorosos (decorticação) Flexão
inespecífica/ Reflexo de retirada a estímulos
dolorosos Localiza estímulos dolorosos Obedece a
comandos
Interpretação
Pontuação total: de 3 a 15
3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de
morte; estado vegetativo)
4 = Coma profundo;
7 = Coma intermediário;
11 = Coma superficial;
15 = Normalidade.
Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS,
2005)
3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata)
9-12 = Moderado;
13-15 = Leve.
Escala pediátrica
Melhor resposta motora:
Nenhuma resposta.
Extensão(descerebração).
Flexão(decorticação).
Se afasta da dor.
Localiza a dor.
Obedece aos comandos.
Melhor resposta verbal:
Nenhuma resposta.
Inquieto, inconsolável.
Gemente.
Choro consolável, interação adequada.
Sorri, orientado pelo som acompanhando objetos,
ocorre interação.
Ocular:
Nenhuma.
Com a dor. (ex. leve beliscão)
Com a fala.
Espontâneo.
7- Sistema de Classificação de Risco direcionado
ao Adulto
Usa-se para classificar os usuários com 12 anos
completos ou mais.
A Classificação de Risco é categorizada em quatro
níveis e identificada com uma respectiva cor. Cada
nível / cor engloba um determinado grupo de
sinais e/ou sintomas.
Nível 1 – Vermelho
A cor vermelha é representada pelos usuários que
necessitam de atendimento de
Emergência.
Estes serão encaminhados rapidamente à sala de
emergência ou observação para atendimento
médico IMEDIATO.
Sinais e Sintomas dos pacientes de risco
categorizados com a cor vermelha:
1. - Parada cardíaca e/ou parada respiratória;
2. - Traumas graves (fratura exposta, Traumatismo
Crânio Encefálico (TCE) grave, atropelamentos, etc);
3. - Queimaduras extensas e profundas;
4. - Inconsciência;
5. - Lesão por frio intenso (hipotermia);
6. - Insuficiência respiratória (incapacidade de falar,
cianose ou confusão);
7. - Sinais vitais ausentes ou instáveis;
8. - Hemorragia ativa e intensa;
9. - Ferimento com hemorragia intensa e ativa
(mordeduras, FCC, etc);
10. - Crise convulsiva.
Nível 2 – Amarelo
Os usuários classificados na cor amarela deverão
receber atendimento médico no máximo em 15
minutos, pois apresentam riscos de agravo à saúde ,
caso não recebam um atendimento rápido.
Sinais e Sintomas categorizados com a cor amarela
1. TCE moderado com dor intensa
2. Ferimento corto contuso (FCC) que necessite de
sutura;
3. Mordedura profunda com hemorragia ativa;
4. - Cólica renal (dor em região dos flancos,
abdominal e/ou inguinal) associado com náusea,
sudorese;
5. - Alteração do estado mental há menos de 12
horas;
6. - Abstinência de drogas grave: delirium,
alucinações, agitações;
7. - Trauma moderado (fraturas, luxações, entorses);
8. - Dor ocular por exposição química ou corpos
estranhos (soldas, ácidos, etc);
9. - Dor torácica aguda associada com alteração de
sinais vitais, irradiações, sudorese e/ou náusea;
10. - Dor aguda não severa, com história de IAM
(Infarto Agudo do Miocárdio),angina ou embolia
pulmonar, não importando a característica da dor, e
associada com náusea e/ou sudorese;
11. - Enterorragias, melena ou hematêmese em
grande quantidade;
12. - Overdose;
13. - Dor visceral, ou dor súbita associada com
outros sintomas (náuseas, irradiação, sudorese,
hipertensão, etc.);
14. - Insuficiência respiratória / dispnéia com início
recente, apresentando uso de musculatura
acessória;
15. - Hemoptise ativa;
16. - Intoxicação exógena;
17. - Gestantes com dor em baixo ventre;
18. - Psicose aguda / agitação, suicidas;
19. - Dor de cabeça repentina associada com
alteração do estado mental, náusea e/ou vômito;
20. - Diarréia/vômito com mais de 10 episódios por
dia ou com sinais de desidratação;
21. Temperatura axilar igual ou maior que 40º C
sintomática;
22. - Pressão Arterial (PA) maior 170 x 100 mmhg,
independente da queixa do usuário
23. Usuário sintomático com PA 150x100 mmhg ou
maior;
24. - Hipotensão com PA 80mmhg x 40mmhg ou
menor;
25. - Glicemia capilar maior que 280mg/dl ou
menor que 60mg/dl;
26. - Agressão física / violência doméstica
27. - Distúrbio pós-convulsivo- Pacientes
transplantados ou em diálise independente da
queixa;
28. - Pacientes em quimioterapia independente da
queixa;
Nível 3 – Verde
O nível 3 ou classificação verde são usuários com
queixas recentes / agudas – que não ultrapassam há
um mês – não apresentam alterações significantes
de sinais vitais e sem risco de agravo a saúde. Estes
devem ser atendidos em até 2 horas.
Sinais e Sintomas categorizados com a cor verde
1. - Pequenas lesões;
2. - Traumas leves (entorse e contusões leves);
3. - Dor abdominal;
12
4. - Dor de cabeça / vertigem sem alteração de
sinais;
5. - Dor de ouvido;
6. - Hiperemia / irritação ocular;
7. - Dor torácica sem história de problemas
cardíacos e sem sintomas, dor que piora na
inspiração profunda, na tosse e no movimento;
8. - Dor em região dorsal;
9. - Queixas relacionadas ao sistema urinário (dor,
anúria, disúria, etc);
10. - Sintomas das vias aéreas superiores: congestão
de vias aéreas, tosse, febre, garganta inflamada,
gripe, etc;
11. - Cólica menstrual;
12. - Vômito e/ou diarréia sem sinais de
desidratação com menos de 10 episódios por dia;
13. - Prurido e hiperemia cutânea;
14. - Dores crônicas com piora recente;
15. - Constipação;
16. - Mordedura profunda, sem hemorragia;
Nível 4 – Azul
São os casos não urgentes, as queixas crônicas ou
pertinentes à resolução em UBS ou ESF, que
aguardariam a marcação de consulta médica ou
consulta de enfermagem. Estes usuários devem
receber maior atenção e orientação, considerando
problemas sócio-culturais. Quando necessário, o
enfermeiro deverá: realizar por escrito algumas
orientações sobre como o usuário deve proceder e
qual serviço procurar. Todos os usuários
classificados no nível 4 / azul deverão receber
orientações e esclarecimentos para fortalecer a este
usuário não será excluído do atendimento médico
na unidade, o mesmo poderá aguardar e será
atendido em no máximo 3 horas, sendo que o
tempo de espera pode variar de acordo com a
demanda do dia.
Casos categorizados na cor azul: -
1. Problemas / queixas crônicas há mais de 30 dias;
2. - Encaminhamentos / contra-referência para UBS
/ ESF;
3. - Intervenções de enfermagem (limpeza,
imunização, curativo, orientações, etc);
4. - Suspeita de gravidez;
5. - Solicitação de exames;
6. - Troca de receitas;
7. - Mordedura leve ou arranhadura.
8-Avaliação de classificação de risco Pediátrico:
Nível – Vermelho
- Parada cardíaca e/ou parada respiratória;
- Traumas graves (fratura exposta, TCE,
atropelamentos, etc);
- Queimaduras extensas e profundas;
- Inconsciência /desmaios;
- Lesão por frio intenso (hipotermia);
- Sinais vitais ausentes ou instáveis;
- Insuficiência respiratória (incapacidade de falar,
cianose, confusão);
- Hemorragia intensa e ativa;
- Crise convulsiva;
- Intoxicação exógena (ingestão de produtos
químicos, drogas, etc);
- Ferimentos com hemorragia ativa e intensa (FCC,
mordeduras, etc).
Nível 2 – Amarelo
- Temperatura axilar igual ou maior que 37,8oC;
- Diarréia e vômito associado com desidratação;
- Ingestão de corpo estranho;
- Corpo estranho nariz e/ou ouvido;
- Varicela;
- Traumas moderados (Queda, TCE, mordeduras,
etc);
- Queimaduras moderadas;
- Dispnéia / taquipnéia, com uso de musculatura
acessória;
- Broncoaspiração;
- Glicemia capilar maior que 200mg/dl ou menor
que 60mg/dl;
- Sinais Vitais instáveis;
- FCC sem hemorragia intensa;
- Episódio de desmaio nas últimas 6 horas;
- Agressão física / violência doméstica
- Crianças com até 6 meses de idade;
Nível 3 – Verde
- Irritação ou hiperemia ocular;
- Prurido ou hiperemia cutânea;
- Dor de ouvido;
- Sintomas das vias aéreas superiores: congestão de
vias aéreas, tosse, febre, garganta inflamada, gripe,
etc;
- Escabiose;
- Constipação;
- Torção;
- Queixas relacionadas ao sistema urinário;
- Dor de cabeça;
- Hipoatividade sem alterações de sinais vitais;
- Retornos de exames laboratoriais
Nível 4 – Azul
- Assadura;
- Problemas / queixas crônicas há mais de 30 dias;
- Encaminhamentos / referência para UBS;
- Intervenções de enfermagem (limpeza,
imunização, curativo, orientações, etc);
- Solicitação de exames;
- Troca de receitas;
- Mordedura leve e arranhaduras;
- Pediculose;
- Inapetência;
9- EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA:
Baseado na frequência e distribuição do Trauma em
uma Comunidade.
A palavra TRAUMA vem do grego TRAUMA-
TRAUMATOS=FERIDA.
A palavra Trauma em medicina possui muitas
significações, todas elas ligadas a acontecimentos
não previstos e indesejáveis, que de forma muito ou
pouco violenta,
atingem indivíduos neles envolvidos produzindo-
lhes alguma forma de lesão, dano, ferida e/ou
alteração.
A palavra Traumatismo quer dizer lesão provocada
por um contato violento, seja ele acidental ou
infligido, com um objeto físico.
Traumatologia é o ramo da medicina que trata dos
traumatismos.
Traumatopatia é qualquer condição patológica que
resulta de violência ou de ferimento.
Traumatofilia é a ânsia inconsciente ou tendência a
sofrer (masoquismo).
Traumatopira é a febre de origem traumática.
10-RESGATE VEICULAR:
10.1- Considerações Iniciais:
O trinômio que influencia diretamente o
desenvolver das operações de Salvamento:
Vítima – Socorrista – Público
Resgate Veicular – atividade usada com fins de
localizar, acessar, estabilizar e
para transportar vítimas com segurança, que
encontram-se presa nas ferragens de um veículo
onde sofreu acidente.
Extração – é a retirada da vítima desencarcerada do
interior do veículo. Depois de retirada a vítima das
ferragens, procede-se as técnicas de Resgate (APH),
utilizando-se todas as imobilizações adequadas.
Esse procedimento é realizado de acordo com a
gravidade da vítima ou situação de risco do local,
podendo ser usada uma Extração Rápida.
Desencarceramento - é retirar as ferragens da
vítima.
Transportar – Encaminhar ao hospital ou
atendimento de Urgência.
Transporte de Acidentados
O transporte de acidentados é de fundamental
importância para uma prestação de primeiros
socorros de qualidade. Um transporte mal feito,
sem técnica adequada, sem conhecimentos pode
gerar danos muitas vezes irreversíveis à integridade
física do acidentado.
Existem várias formas de transporte um acidentado.
Cada uma deverá ser feita dentro de técnicas que
devem ser compatíveis com o tipo de situação em
que o acidentado se encontra e as circunstâncias
comuns do acidente. Cada técnica de transporte
requer habilidade e maneira correta de sua
execução.
Em geral é necessário a assistência de outras
pessoas, orientadas por quem estiver prestando os
primeiros socorros.
De uma maneira abrangente, o transporte bem
efetivado deve adotar princípios de segurança
visando: a proteção da integridade do acidentado;
conhecimento das técnicas para o transporte do
acidentado consciente, do que não pode deambular;
transporte do acidentado inconsciente; cuidados
com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e
técnicas e materiais para cada tipo de transporte.
Em muitos tipos de transporte incluiremos o auxílio
de um, dois ou mais voluntários. Para estes casos a
técnica apropriada também modifica de acordo com
o número de pessoas que realizam o transporte. O
transporte de vítimas é contexto que suscita
polêmicas. Devemos sempre obter troca de
informações entre pessoas que tenham experiências,
com a finalidade de transformá-las em exemplos
úteis. Pois é um assunto de proficiência que
depende quase que exclusivamente de prática e
habilidade física.
Regras e observações genéricas e teóricas devem ser
estudadas, para que todos tenham noção
independentemente de suas habilidades físicas para
realizar o transporte de um acidentado.
Resgate: A existência da atividade de primeiros
socorros coloca de maneira implícita o atendimento
do acidentado no próprio local da ocorrência de
uma emergência, acidente ou problema clínico.
Muitas vezes, dadas às proporções e circunstâncias
em que acontecem outros eventos, há perigo para
quem está socorrendo e para as vítimas. Se um
acidentado, por exemplo, está se afogando, ou
exposto a descargas elétricas, gases e outras
substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas e
corrosivas, o primeiro cuidado a ser tomado é o
resgate da vítima. O socorrista ou quem socorre
deverá ser capaz de identificar a quantidade e a
qualidade dos riscos que se oferece em cada
situação e saber como resolver o problema,
impedindo de expor-se inutilmente. Nos casos de
resgate de vítimas de acidentes, após efetuado o
resgate é que podemos adotar a iniciativa de prestar
os primeiros socorros. O uso de uma, duas, três ou
mais pessoas para o transporte de um acidentado
depende totalmente das circunstâncias de local, tipo
de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da
lesão. Na remoção de um acidentado, os seguintes
procedimentos devem ter sido observados:
·Restauração ou manutenção das funções
respiratória e circulatória
·Verificação de existência e gravidade de lesões
·Controle de hemorragia
·Prevenção e controle de estado de choque
·Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou
entorse Transporte de Acidentados: As técnicas e
orientações contidas aqui são as mesmas
desenvolvidas, acatadas e recomendadas
internacionalmente pela Liga de Sociedade da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho, segundo
17
estabelecido no Curso de Formação de Monitores
de Primeiros Socorros, na Cruz Vermelha Brasileira,
Caderno nº 2, capítulo 10, 1973. . Os métodos que
empregam um a duas pessoas socorrendo são ideais
para transportar um acidentado que esteja
inconsciente devido a afogamento, asfixia e
envenenamento.
Este método, porém, não é recomendável para o
transporte de um ferido com suspeita de fratura ou
outras lesões mais graves. Para estes casos, sempre
que possível, deve-se usar três ou mais pessoas.
Com o objetivo de não lhes complicar o estado de
saúde com o agravamento das lesões existentes.
Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e
transporte de acidentados, devemos:
1. Assegurar-se da manutenção da respiração e dos
batimentos cardíacos; hemorragias deverão ser
controladas e todas as lesões traumatoortopédicas
deverão ser imobilizadas.
2. O estado de choque deve ser prevenido. O
acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser
transportado, sem orientação médica ou de pessoal
especializado, nos casos de extrema urgência ou
iminência de perigo para o acidentado e para quem
estiver socorrendo-o.
3. Enquanto se prepara o transporte de um
acidentado, acalmá-lo, principalmente
demonstrando tranqüilidade, com o controle da
situação.
4. É necessário estar sereno para que o acidentado
possa controlar suas próprias sensações de temor
ou pânico.
5. É recomendável o transporte de pessoas nos
seguintes casos:
sciente.
bacia ou coluna vertebral.
articulações dos membros inferiores.
Transporte de acidentados em veículos:
Para o transporte de acidentados em veículos,
certos cuidados devem ser observados:
seguros, firmes, em lugar acolchoado ou forrado.
para impedir freadas bruscas e manobras que
provoquem balanços exagerados.
evitado, especialmente por causa do nervosismo ou
pressa em salvar o acidentado. O excesso de
velocidade, ao contrário, poderá fazer novas
vítimas. Se for possível, deve ser usual o cinto de
segurança.
Para o transporte, cuidar para que se use veículo
grande e espaçoso, a ser dirigido por motorista
habilitado. Além disto:
transporte, examinando e mantendo as funções
respiratórias e circulatórias, monitorizando o estado
de consciência e pulso, sempre que for necessário e
solicitado , ou na ausência de pessoal de saúde
especializado para desempenhar estas ações.
manobras que provoquem balanços.
dentro do veículo transportador.
preferência em papel, todos os sinais e sintomas
ressaltados e a assistência que foi prestada. Estas
informações devem acompanhar o acidentado,
mesmo na ausência de quem o socorreu, e podem
vir a ser de ampla utilidade no atendimento futuro.
11- Atendimentos de urgência e emergência frente
aos distúrbios cardiovasculares:
o SISTEMA CARDIOVASCULAR:
o PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
o ESTRATÉGIA DIAGNÓSTICA E
TERAPÊUTICA DO PACIENTE COM:
o ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO
o ASSISTOLIA
o BRADIARRITMIA
o TAQUICARDIA VENTRICULAR
o DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO
INFARTO AGUDO
o EDEMA AGUDO DE PULMÃO
o CRISE HIPERTENSIVA
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO
INFARTO AGUDO - IAM
O Infarto do Miocárdio faz parte de um grupo de
doenças denominado de Doenças Isquêmicas do
Coração. O infarto é a destruição da musculatura
miocárdica, devido á deficiência de fluxo sanguíneo
para uma região do músculo cardíaco, com isso as
células sofrem necrose por falta de nutrição
sanguínea. Em geral a interrupção do fluxo
coronário quase sempre é devido ao estreitamento
repentino de uma artéria coronária pelo ateroma
(aterosclerose), ou pela obstrução total de uma
coronária por êmbolo ou trombo (coágulo
sanguíneo). O sintoma mais comum é a dor torácica
persistente, de início súbito, de intensidade
variável, locada sobre a região inferior do esterno e
abdome superior. A dor pode agravar
continuamente, até se tornar quase intolerável,
podendo aparecer mesmo quando a pessoa está
acordando ou fazendo pouco esforço. Pode irradiar-
se para o ombro e braços, de regra sempre para o
lado esquerdo. Determinadas situações irradia-se
para a mandíbula e pescoço.
É uma dor violenta, constritiva, de duração
prolongada (mais de 30 minutos a algumas horas de
duração), não é aliviada pelo repouso, ou pela
nitroglicerina. Pode ocorrer um aumento da
frequência respiratória, palidez, sudorese profusa,
fria e pegajosa, tonteira e confusão mental. Pode
haver, por um reflexo vagal, náuseas e vômitos.
ATENDIMENTO NO IAM: Determinadas vezes, a
dor que provém a um ataque cardíaco pode ser
confundida, por exemplo, com a dor epigástrica (de
uma indigestão). É necessário estar atento para este
tipo de situação.
A vítima não deve ser muito movimentada. O
movimento ativa as emoções e faz com que o
coração seja mais solicitado.
· Observar com precisão os sinais vitais.
· Manter a pessoa deitada, em repouso absoluto na
posição mais confortável, em ambiente calmo e
ventilado.
· Obter um breve relato da vítima ou de
testemunhas sobre detalhes dos acontecimentos.
· Tranquilizar a vítima, procurando inspirar-lhe
confiança e segurança.
· Afrouxar as roupas.
· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.
· No caso de parada cardíaca proceder às técnicas
de ressuscitação cardiorrespiratória.
· Observar se a vítima traz nos bolsos remédios de
urgência. Aplicar os
medicamentos segundo as bulas, desde que a
vítima esteja consciente.
A confirmação da suspeita de quadro clínico de um
infarto agudo do miocárdio só ocorre com a
utilização de exames complementares, tipo
eletrocardiograma (ECG) e exames sangüíneos
(transaminase, etc), que deverão ser realizados no
local do atendimento especializado.
o EDEMA AGUDO DE PULMÃO:
D e f i n i ç ã o
É o acúmulo atípico de líquido nos tecidos dos
pulmões. É uma das emergências clínicas de maior
importância e seriedade.
S i n t o m a s
· Alteração nos movimentos respiratórios - os
movimentos são bastante exagerados
· Encurtamento da respiração (dispneia), que
normalmente agrava com as atividades ou quando
a pessoa deita-se com a cabeceira baixa. O doente
assume a posição sentada.
· Dificuldade em respirar - aumento na intensidade
da respiração (taquipnéia)
· Respiração estertorosa; pode-se escutar o
borbulhar do ar no pulmão
· Eventualmente - batimento das asas do nariz
· A pele e mucosas se tornam frias, acinzentadas, às
vezes, pálidas e cianóticas (azuladas), com sudorese
fria
· Ansiedade e agitação
· Aumento dos batimentos cardíacos (taquicardia)
· Aumento da temperatura corporal (hipertermia)
nos casos de anafilaxia aguda
· Mucosa nasal vermelho-brilhante
· Tosse no começo, não é produtiva, ou seja, não
ocorre expectoração, passa a ser acompanhada
depois de expectoração espessa e espumosa,
eventualmente sanguinolenta
· Outros sintomas específicos da causa do edema
pulmonar podem ocorrer.
ASSISTÊNCIA:
Transferência para um serviço de urgência ou
emergência de um hospital.
O movimento não deve ser demasiado e intenso,
pois ativa as emoções e faz com que o coração seja
mais solicitado.
· Observar com precisão os sinais vitais.
· Manter a pessoa na posição mais confortável, em
ambiente calmo e ventilado.
· Obter um breve relato da vítima ou de
testemunhas sobre detalhes dos acontecimentos.
· Aplicação de torniquetes alternados, a cada 15
minutos, de pernas e braços pode ser feita enquanto
se aguarda o atendimento especializado.
· Tranquilizar a vítima, procurando inspirar-lhe
confiança e segurança.
· Afrouxar as roupas.
· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.
· Se possível, dar oxigênio por máscara à vítima.
· No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas de
ressuscitação cardiorrespiratória. CRISE
HIPERTENSIVA: Mesmo com os conhecimentos
atuais sobre a fisiopatologia e o tratamento da
doença hipertensiva, sua evolução é eventualmente
assinalada por episódio de elevação súbita e
acentuada da pressão arterial (hipertensão),
concebendo uma séria e grave ameaça à vida. A
elevação rápida e excessiva da pressão arterial pode
evidenciar- se pela seguinte patologia:
· 2Encefalopatia. · Cefaléia intensa, geralmente
posterior e na nuca. · Falta de ar.(dispneia) ·
Sensação dos batimentos cardíacos (palpitação). ·
Ansiedade, nervosismo. · Perturbações
neurológicas, tontura e instabilidade. Zumbido. ·
Escotomas cintilantes (visão de pequenos objetos
brilhantes). · Náusea e vômito podem estar
presentes. Pessoas previamente hipertensas
apresentam, na crise, níveis de pressão diastólica
(ou mínima) de 140 ou 150 mm Hg ou mais.
Determinados casos, o aumento repentino tem mais
importância do que a elevação da pressão
diastólica, aparecendo alguns sintomas com cifras
mais baixas, em torno de 100 ou 110 mm Hg.
2 A encefalopatia é uma síndrome clínica de
etiologia desconhecida. Ela é causada pela resposta
anormal da auto-regulação circulatória cerebral, em
decorrência de elevação súbita ou acentuada da
pressão arterial.
12- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas respiratórios:
o SISTEMA RESPIRATÓRIO
o ANAFILAXIA
o URTICÁRIA E ANGIOEDEMA
o ASMA
o ANGINA
o OTALGIAS
o SINUSITE
o SURDEZ SÚBITA
o TRAUMA EM OTORRINOLARINGOLOGIA
o CORPO ESTRANHO
o ROLHA CERUMINOSA
o EPISTAXE
o LABIRINTITE AGUDA
o PNEUMONIAS
o PNEUMONIAS I E II
o PNEUMONIA COMUNITÁRIA EM
CRIANÇAS MAIORES DE 2 MESES
PNEUMONIA HOSPITALAR
o EMBOLIA PULMONAR
ANAFILAXIA
Refere-se a uma reação sistêmica potencialmente
fatal, relacionada a reações de hipersensibilidade
imediata mediadas por imunoglobulinas da classe
IgE que ocorrem após exposição a um antígeno ao
qual o indivíduo foi previamente sensibilizado.
A Anafilaxia deve ser encarada como uma
emergência médica quer demanda detecção e
tratamento imediatos. O atendimento ao paciente
deve corresponder aos protocolos de ressuscitação
cardiopulmonar (ABCDE), avaliando-se a
permeabilidade das vias aéreas, os parâmetros
cardiovasculares e o nível de consciência.
ATENDIMENTO:
o Pode-se aplicar um torniquete na extremidade-
fonte do antígeno, adiando sua distribuição
sistêmica. O torniquete deve ser aliviado a cada 5
minutos e não deve ser mantido por um período
total superior a 30 minutos;
o Os Anti-histamínicos são considerados uma
terapia adjuvante à Epinefrina, estudos revelam que
o atraso na Epinefrina pode ocasionar a morte do
paciente;
o Os corticóides não tem um efeito imediato, porém
devem ser administrados precocemente para evitar
reações anafiláticas tardias;
o Broncodilatadores e oxigenação s/n.
o Superada a crise anafilática, o paciente deve ser
autorizado a alta com prescrição de
antihistamínicos e corticóides por mais 2-3 dias, e
fazer referência a uma avaliação imunológica
especializada, com a finalidade de realizar um
tratamento de dessensibilização.
URTICÁRIA E ANGIOEDEMA: Vergões
vermelhos e elevados, de tamanhos variados, na
superfície da pele, acompanhados frequentemente
por prurido e associados a uma reação alérgica e
liberação de histamina ou outras anormalidades no
sistema do imunológico. A urticária e o angioedema
geralmente coexistem, não apresentando diferença
quanto a etiologia, patogenia e tratamento.
ASMA: Asma é uma doença inflamatória crônica
das vias aéreas que se manifesta clinicamente por
episódios recorrentes de dispnéia, sibilância,
constrição torácica e tosse. É distinguida por hiper-
responsividade brônquica e obstrução variável do
fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com o
tratamento.
ATENDIMENTO:
o O diagnóstico da crise de asma aguda na sala de
emergência se constitui em um processo clínico
rápido e fácil. O paciente apresenta-se com algum
grau de dispnéia, desconforto torácico e sibilância,
às vezes acompanhados de tosse e expectoração.
o A avaliação da gravidade da crise asmática visa
coligar o paciente de maior risco que requer
monitorização e terapêutica mais agressiva a fim de
evitar a insuficiência respiratória e morte.
A história pregressa que aproximam o paciente com
uma doença com grau de maior risco incluem: •
intubação e ventilação mecânica prévias, • acidose
respiratória sem precisão de intubação, • duas ou
mais hospitalizações por asma no último ano, •
hospitalização no derradeiro mês, terapêutica com
corticóide no último ano, • cessação da
corticoterapia, • tratamento médico inadequado, •
má aderência ao tratamento e problemas
psicológicos ou psicossociais.
Recomendações Importantes:
Utilizar O2 a 3 l/min sob cateter nasal, quando
Sat.= 95%
inalatória. O efeito por nebulização a jato é o
mesmo que obtido por aerossol dosimetrado com
espaçador, mesmo em casos de crise muito grave e
pode resultar em reversãomais rápida da obstrução.
Brometo de Ipratrópio associar na nebulização ao
Corticóide oral ou parenteral tem efeito
equivalente, portanto dar preferência à via oral.
Prescrever a via parenteral a pacientes incapazes de
deglutir. Os corticóides sistêmicos devem ser
utilizados precocemente na emergência.
Não sedar.
Aminofilina: Não tem indicação como tratamento
inicial. Em pacientes muito graves, hospitalizados,
poderá ser considerada como tratamento adjuvante.
Uso de corticóide em casa, por 5 a 10 dias, em
pacientes com história de:
- Asma corticóide-dependente.
- Duração da crise > 6 horas.
- Crises severas anteriores.
- Insuficiência respiratória durante crise anterior ou
nesta crise. Internações anteriores.
- Ausência de resposta à Adrenalina ou a
nebulizações.
Erros mais comuns em emergências; Uso de
mucolíticos ou fluidificantes VO ou inalados. Uso
de dexametasona via inalatória. Nebulização com
álcool ou vodka ou água destilada. Tapotagem.
Percepção inadequada da gravidade da crise por
parte do paciente e/ou médico. História e exames
físicos inadequados Hiperhidratação. Falta de
reposição de potássio. Uso de aminofilina como
tratamento central. Demora ou não indicação de
corticosteróides. Antibióticos de rotina. Uso de
sedativos. Falta de suplementação de oxigênio. Alta
precoce do pronto-socorro ou hospital. Falta de
intensificação no tratamento após a alta. Não
informar ao paciente ou responsável sobre o
diagnóstico adequado da Crise de Asma usando
termos como Bronquite ou Chiado no peito; Falta
de medidas funcionais para avaliação da gravidade
e da resposta ao tratamento; Uso incorreto de
medicações Entregar a receita sem o total
entendimento do uso da medicação; Não fazer a
Classificação da Gravidade da Asma e
encaminhamento inadequado aos Centros de
Referência do Programa de Asma.
Anginas: Os sintomas das anginas dão início por ser
dores de garganta fortes, dificuldade em engolir,
febre, muitas vezes ultrapassando os 38,5°C.
No caso da angina vermelha, as amígdalas estão
vermelho-escuras e há um síndrome gripal. No caso
da angina branca, aparecem pontos brancos sobre
as amígdalas, sem tosse nem rinite, mas em geral
com gânglios dolorosos.
OTALGIA; Otalgia: é uma dor no ouvido, sendo
que a dor é originada na orelha (externa, média ou
interna) ou secundária, quando a etiologia não está
na orelha.
-se utilizar
analgésicos por via oral (acetaminofeno, dipirona) e
compressas aquecidas (pelo ferro de passar roupa
ou água úmida aquecida) ou bolsa térmica envolta
num pano.
altitude podem ser aliviadas deglutindo-se saliva,
mascando-se chicletes e/ou outros alimentos.
articulação temporomandibular devem evitar uso
de chicletes ou alimentos de consistência
endurecida nos momentos de dor.
(sulfacetamina sódica, lidocaína, tetracaína,
clorfenesina, tirotricina) deve ser restrito a casos de
dor intensa, pois podem futuramente atrapalhar o
exame otológico e provocar lesões auriculares.
-histamínicos e descongestionantes podem
ser utilizados nos casos de obstrução da tuba
auditiva associada a quadros alérgicos ou
infecciosos.
o da causa de base da otalgia.
Sinusite é uma inflamação dos seios paranasais
geralmente associadas a um processo infeccioso.
Epistaxe : ou epistaxis ou hemorragia nasal é o
nome dado a qualquer perda de sangue pelo nariz,
geralmente pelas narinas.
Surdez súbita: é uma perda auditiva grave que
geralmente afeta um dos ouvidos e ocorre em
poucas horas embora a maioria dos pacientes
recuperem totalmente ou parcialmente a audição
dentro de 10 a 14 dias.
48
o EMBOLIA PULMONAR : A embolia pulmon o é
uma condição grave, que pode causar:
o * Dano constante ao pulmão devido à carência de
fluxo sangüíneo no tecido pulmonar.
o * Baixos níveis de oxigênio no sangue.
o * Danos a outros órgãos do corpo por anóxia;.
o * Se o coágulo for muito grande, ou se houver
múltiplos coágulos, embolia pulmonar pode causar
o óbito.
o A terapia pode incluir medicamentos para afinar
o sangue e reduzir sua propensão a coagular. Se os
sintomas ameaçaram a vida, o médico pode dar ao
paciente drogas a fim de o coágulo mais
rapidamente.
o Determinadas ocasiões, porém raras, o médico
pode usar cirurgia ou algum outro procedimento
para remover o coágulo.
o Os objetivos principais da terapêutica de embolia
pulmonar são:
o * Impedir que o coágulo sanguíneo cresça.
o * Impedir a formação de novos coágulos.
13- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas Neurológicos:
o DOENÇAS CEREBROVASCULARES NA
EMERGÊNCIA
o ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA
o ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME)
o ATENDIMENTO AO PACIENTE COM CRISE
EPILÉPTICA NA EMERGÊNCIA
o ATENDIMENTO DE EMERGÊNICA AO
PACIENTE COM ESTADO CONFUSIONAL
AGUDO DROGAS
o ATENDIMENTO AO PACIENTE COM
HISTÓRIA DE SÍNCOPE
o ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA
o ATENDIMENTO A PACIENTES COM
CEFALÉIA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
o DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA
o DOENÇAS CEREBROVASCULARES NA
EMERGÊNCIA
Doenças Cerebrovasculares (DCV) ou Acidentes
Vasculares Cerebrais (AVC), são
enfermidades frequentemente atendidas nas
Unidades de Emergência. O atendimento inicial é
essencial para o prognóstico. O ideal seria que fosse
por neurologista experiente, logo nas
primeiras horas.
Existem dois tipos de AVC,
1- Hemorrágico – geralmente causado por
hipertensão arterial, ruptura de aneurismas,
malformações arteriovenosas, vasculites,
vasculopatias e discrasias sanguíneas;
2- Isquêmico – causado por tromboembolismo
arterial por embolias cardiogênicas ou de
grandes vasos (ex.aorta, carótidas, vertebrais),
oclusão de pequenos vasos intracranianos,
distúrbios hemodinâmicos (hipotensão arterial
grave) e coagulopatias.
Diagnóstico de DCV- Doenças cerebrovasculares:
ESTADO DE MAL EPILÉPTICO
Status Epilepticus ou Estado de Mal Epiléptico
(E.M.E.): acontecimento clínico
assinalado por crises epilépticas espaçadas (30
minutos ou mais) ou repetitivas sem
recuperação do nível de consciência entre as crises,
originando uma condição epiléptica fixa e
duradoura. Sendo uma intercorrência clínica,
adjunta à agressão ao SNC, aguda e grave, de
alta mortalidade (10 a 15%).A recepção e
atendimento deste paciente deve ser rápida e
eficiente.
Principais fatores precipitantes:
- Álcool
- Suspensão de drogas antiepilépticas (DAE)
- Drogas ilegais (cocaína)
- Trauma
- Epilepsia refratária
- Metabólicos/Parada cardiorrespiratória
- Tumores,
- Infecções do SNC, incluindo as bacterianas, virais
e parasitárias.
-Doenças cerebrovasculares.
Opções terapêuticas
Pentobarbital (Nembutal): Ataque 6 - 25mg/Kg
(15mg/Kg), Manutenção
1,5mg/Kg/hora a cada 10 - 15 minutos até controle
das crises ou depressão acentuada no EEG
Tiopental Sódico (Thionembutal):
Ataque 3 - 4mg/Kg em 2 minutos e infusão
contínua de 0,2mg/Kg/min em solução salina.
Aumentar 0,1mg/Kg/min a cada 3 - 5 minutos até
controle ou depressão do EEG
Ácido Valpróico (VA): para EME Ausência até 1 -
2g
Lidocaína: 1 - 2mg/Kg em bolo seguido de 1,5 -
3mg/Kg/h (adultos) ou 6mg/Kg/h (crianças)
Halotano e Isoflurano Propofol: dose de ataque -
2mg/kg – Dose de manutenção até o
controle 5 a 10mg/kg/h. Após o controle reduzir
para 1 a 3mg/Kg/h
Midazolam: ataque 0,15 - 0,2mg/Kg e manutenção
de 0,08mg/Kg/h
Obs: o desaparecimento das crises clínicas nem
sempre significa o fim das crises
eletrográficas com persistência de EME não
convulsivo.
Pacientes que não respondem a estímulos externos
15 minutos depois de cessadas as
crises devem ser submetidos à monitorização por
EEG.
Tratamento profilático para evitar recidiva do EME:
Ausência: VA ou Etossuximida
CTCG ou Focal: FNT, FB, Carbamazepina,
Oxicarbazepina, VA.
Mioclônica generalizada: Clonazepam ou VA.
Complicações do EME:
- Rabdomiólise (hidratação vigorosa, diurético de
alça, alcalinizar urina, bloqueio
euromuscular)
- Hipertermia (resfriamento externo,
acetaminofen)
- Acidose (Hiperventilação)
- Leucocitose
- L.C.R. com pleocitose
- Hipertensão arterial (não tratar até o controle
das crises)
- Edema pulmonar
- Hipoxemia cerebral, edema e lesão cerebral
irreversível
Obs.: CTCG= Crise tônico-clônica generalizada.
ATENDIMENTO AO PACIENTE COM
HISTÓRIA DE SÍNCOPE NA UNIDADE
DE EMERGÊNCIA:
A síncope é um estado de breve perda da
consciência, que ocorre por redução súbita e
temporária do fluxo sangüíneo cerebral e do tônus
muscular.
É em geral comum em crianças e idosos. Sua
etiológia é ambragente varia desde as
psicogênicas até graves como hemorragia
subaracnóidea, choque cardiogênico (ex. no IAM) e
insuficiência do sistema vertebrobasilar. Seu
diagnóstico diferencial com crises epilépticas, AIT,
disautonomia primária ou adquirida e síncope
neurocardiogênica requer em uma avaliação
neurológica detalhada na unidade de emergência.
Anamnese
História clínica – questionar: tonturas, antecedentes
de síncope, diplopia,
hemianopsia, cefaléia, jejum prolongado,
palpitações, periodicidade das crises, pródromos,
fatores desencadeantes (ambiente fechado, impacto
com a visão de sangue, stress, mudança de
decúbito, hemorragia, ansiedade, dor,micção, tosse,
vômitos), fenômenos motores e neurovegetativos
(sudorese, palidez, taquicardia)
Tempo de recuperação e estado geral após a
sincope; doenças prévias: cardiopatia, diabetes,
hipertensão arterial e sua terapêutica, uso de drogas
(neurofármacos).
Exame físico
Avaliação de dados vitais (medir a pressão arterial
em ambos os membros superiores em
decúbito e ortostase); sinais de trauma; disfunções
neurovegetativas; exame neurológico.
Exames de rotina: Hemograma; glicemia; eletrólitos;
CK; CKMB; LDH; ECG; EEG, RX do Tórax.
CONSIDERANDO que ainda não há consenso
sobre a aplicabilidade desses critérios em crianças
menores de 7 dias e prematuros, resolve: Lei n.º
3.268, de 30 de setembro de 1957:Art. 1º. A morte
encefálica será caracterizada através da realização
de exames clínicos e complementares durante
intervalos de tempo variáveis, próprios para
determinadas faixas etárias.Art. 2º Os dados clínicos
e complementares observados quando da
caracterização da morte encefálica deverão ser
registrados no termo de declaração de morte
encefálica.
Em pacientes com dois anos ou mais – 1 exame
complementar entre os abaixo mencionados:
Atividade circulatória cerebral: angiografia,
cintilografia radioisotópica, Doppler transcraniano,
monitorização da pressão intracraniana, tomografia
computadorizada com xenônio, SPECT.
Atividade elétrica: eletroencefalograma.
Atividade metabólica: PET, extração cerebral de
oxigênio.
Para pacientes abaixo de 2 anos:
De 1 ano a 2 anos incompletos: dois
eletroencefalogramas com intervalo de 12 horas.
De 2 meses de idade a 1 ano incompleto: dois
eletroencefalogramas com intervalo de 24 horas.
De 7 dias a 2 meses de idade (incompletos): dois
eletroencefalogramas com intervalo de 48h. Uma
vez constatada a morte encefálica, cópia deste termo
de declaração deve obrigatoriamenteser enviada ao
órgão controlador estadual (Lei 9.434/97, art. 13).
ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA:
Condição extremamente grave que determina uma
abordagem clínica inicial com
medidas gerais.
Abordagem clínica inicial:
A- Avaliação da ventilação, se necessário, intubar
imediatamente.
B- Correção de distúrbios hemodinâmicos.
C- Venóclise e coleta de sangue para exames
laboratoriais rotineiros e especiais.
D- Administrar tiamina e glicose, conforme
algoritmo.
E- História clínica detalhada – com ênfase em
questões sobre: trauma, intoxicações, alcoolismo,
uso de drogas; doenças prévias como: diabetes,
epilepsia, hipertensão, cardiopatias, cirrose,
insuficiência renal.
F- Exame clínico – sinais de trauma, infecções,
lesões cutâneas por administração de drogas
intravenosas, coloração da pele e das mucosas,
sinais clínicos de doenças sistêmicas.
G- Proteja os olhos, controle a agitação, instale
sonda vesical e nasoenteral, evite complicações
relacionadas com a imobilidade (profilaxia de
trombose venosa profunda), inicie a profilaxia da
úlcera de stress.
Importantes informações para o diagnóstico e
conduta do paciente em coma
1- A avaliação neurológica do paciente em coma,
proceder a uma sistemática que permita
um diagnóstico rápido e um terapêutica adequada.
2- Para que ocorra alteração do nível de consciência,
é necessário que exista uma das
seguintes alternativas:
a) Lesão anatômica ou funcional da formação
reticular mesencefálica.
b) Disfunção bilateral dos hemisférios cerebrais.
c) Lesões associadas dessas duas estruturas.
As condições que produzem as alternativas acima
são as seguintes:
a) Lesões supratentorias que confrangem ou
deslocam o diencéfalo ou o tronco encefálico
(tumor cerebral, AVC, hematoma subdural e
outras).
b) Encefalopatias metabólicas, tóxicas ou
infecciosas, as quais comprometem difusamente
ambos os hemisférios cerebrais
(hipo/hiperglicemia, uremia e outras).
c) Lesões expansivas ou destrutivas infratentoriais,
que promovam dano ou compressão à
formação reticular mesencefálica (hemorragia e
infarto cerebelar, neoplasias e outras).
É de fundamental importância o diagnóstico
diferencial com os distúrbios psiquiátricos que
cursam com ausência de resposta.
A peça fundamental para o diagnóstico incide em:
a) Interpretação adequada dos sinais que refletem o
comprometimento dos diversos níveis do encéfalo.
b) Determinar qual das condições citadas no item
acima que pode ser a responsável pelo
quadro clínico atual do paciente. A tabela 1 indica
os correspondentes sinais e sintomas característicos.
Tabela 1- Características clínicas das condições que
determinam o estado de coma
O Exame neurológico do paciente em coma
a) Avaliação do nível de consciência (com e sem
estímulo) – descrever com detalhes:
- Resposta verbal
- Abertura ocular
- Resposta motora
b) Ritmo respiratório
c) Fundoscopia
d) Nervos cranianos
- Exame das pupilas
- Motricidade ocular extrínseca: oftalmoplegias
supranucleares, nucleares e internucleares;
observação de movimentos espontâneos como
nistagmo, opsoclonus, bobbing ocular.
- Reflexo óculo-cefálico (olho de boneca) e óculo-
vestibular (prova calórica).
- Reflexo córneo-palpebral.
- Reflexo de tosse- Resposta motora
e) Motricidade
- Movimentos involuntários
- Força muscular
- Tônus e posturas anormais (decorticação,
descerebração)
- Reflexos profundos e superficiais
f) Sinais de irritação meningo-radicular
g) Avaliação autonômica (midríase, taquicardia e
hipertensão à estimulação álgica)
Obs.: referir o escore da escala de Glasgow.
14- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas gastroentelógicos:
o DOR ABDOMINAL AGUDA
o OBSTRUÇÃO INTESTINAL
o ABDOME AGUDO
o DIARRÉIA AGUDA
o PANCREATITE AGUDA
o HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
o MELENA
o INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO
o INGESTÃO DE CÁUSTICOS
o ASCITE NO PRONTO-SOCORRO
o HEMORRÓIDAS
o FECALOMA
o ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA
DOR ABDOMINAL AGUDA:
o (*) Rotina de Exames: Homem: Hemograma;
sumário de urina; amilase; RX. de tórax PA de pé;
RX. de abdome PA de pé e deitado; Ultrasonografia,
(US) de abdome total (após ver RX.)
o Mulher em idade fértil (Até 45 anos ou com ciclos
presentes mesmo com laqueadura tubária.)
Hemograma; sumário de urina; amilase; US de
abdome total e pelve (antes ou depois da
radiografia a depender do quadro clínico); Beta
HCG, se Beta HCG neg.; RX. de tórax PA de pé; RX.
de abdome AP de pé.e deitado. o Mulher fora da
idade fértil: Rotina de exames p/ homem com US
total e pelve
o HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA:
(HDA), avaliada como uma emergência clínica
frequente, com gravidade que varia de episódios
discretos até sangramentos que ameaçam a vida do
paciente. Na maioria das vezes exterioriza-se como
hematêmese e/ou melena.
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA: Variando
desde episódios crônicos e pouco expressivos de
3hematoquezia, podendo evolui para hemorragias
maciças e choque hemodinâmico.
Na maioria das vezes, o sangramento é
autolimitado.
A abordagem inicial dos casos graves é direcionada
para garantir a estabilidade hemodinâmica, dentro
dos mesmos princípios da terapêutica da HDA.
Podem também ser causas de HDB as neoplasias, as
colites isquêmicas e infecciosas, além das doenças
inflamatórias intestinais. AINE podem produzir
lesões de delgado e cólon, com consequente HDB,
Fístulas aorto-entéricas, vasculites, enteropatias
associadas à hipertensão porta podem também
ocasionar a HDB.
A etiologia da HDB é modificável de acordo com a
faixa etária. Na criança, o 4divertículo de Meckel é a
causa mais corriqueira de sangramento, ao passo
que, no adulto, a doença diverticular dos cólons, as
5angiodisplasias e as doenças proctológicas,
sobretudo hemorroidárias, são mais relevantes.
3 O sangramento vivo intestinal baixo recebe o
nome de hematoquezia.
4 Anormalidade congênita comum que é formada
por uma pequena bolsa, chamada de divertículo
Meckel, esta bolsa fica localizada para fora da
parede do intestino delgado.
5 São lesões vasculares ectasiadas, de etiologia
degenerativa.
15- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas metabólicos:
HIPERCALCEMIA ..
CRISE TIREOTÓXICA
COMA MIXEDEMATOSO – ABORDAGEM E
TRATAMENTO
HIPOGLICEMIA
CETOACIDOSE DIABÉTICA
HIPERCALEMIA: é um nível elevado de cálcio na
corrente sanguínea (Concentrações
normais: 9 - 10.5 mg/dL ou 2.2 - 2.6 mmol/L). A
hipercalemia é um problema clínico
relativamente comum. Ocorre quando a entrada de
cálcio no sangue excede a excreção de
cálcio na urina ou deposição nos ossos.
80
CRISE TIREOTÓXICA :
Coma mixedematoso: Coma mixedematoso (CM) é
uma espécie clínica, rara, que se revela em pacientes
com hipotireoidismo primário ou secundário, de
extensa duração, e não terapeuticamente tratados.
Prioridade Iniciais
1. Ventilação mecânica, caso haja
hipercapnia/hipóxia significantes.
2. Reposição hormonal imediata, aguardando
resultados confirmatórios.
3. Aquecimento com cobertores comuns e uma sala
quente (aquecimento rápido, ativo, é contra-
indicado, pois pode gerar vasodilatação periférica e
induzir o choque circulatório).
4. Administração de corticóides, após a coleta de
sangue para cortisol plasmático.
5. Tratar de infecção associada.
6. Correção de hiponatremia grave (Na < 120
mEq/L).
Outras intervenções incluem:
- correção de hipoglicemia com glicose, endovenosa
(EV);
- tratamento de hipotensão grave, com
administração acautelada de solução glicosada a 5-
10%, e solução fisiológica a 0,9% ou salina
hipertônica, se existir hiponatremia <120 mEq/L);
- reajuste de dose de qualquer medicação para
contrabalançar a diminuição da perfusão renal,
ou o acréscimo da meia vida da droga, e outros;
- diuréticos deverão ser administrados com cautela
para os pacientes com ICC.
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS NOS
DISTÚRBIOS
16- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas ginecológicos:
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO BAIXO
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ALTO
CÓLICA URETERAL
HEMATÚRIA MACIÇA
ANÚRIA OBSTRUTIVA
RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA
PRIAPISMO
PARAFIMOSE
ESCROTO AGUDO
TRAUMA RENAL
TRAUMA URETRAL
TRAUMA VESICAL
FRATURA PENIANA
TRAUMA GENITAL
FERIMENTOS PENETRANTES DE PÊNIS
TRAUMA DE TESTÍCULO
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
CÓLICA URETRAL: Sintoma urológico muito
frequente e expresso uma obstrução ureteral aguda
de etiologia diferente . Tem sintomatologia típica e
dificilmente é confundida com sintomatologia de
outros órgãos.
O tratamento inicial é o controle da dor que pode
ser iniciado da seguinte forma:
- Dipirona 03 mL
EV - Hioscina 02 mL
- Água destilada 10 mL
IM - Diclofenaco sódico 75 mg
A metoclopramida pode ser adicionada a este
esquema.
Quando não for conseguida resposta adequada
deve ser associado opióide. Nos episódios de
cálculos < 6 mm sem infecção ou dilatação, tentar o
tratamento conservador, pode ser prescrito hioscina
associada à dipirona e um anti-inflamatório não
esteróide por via oral.
HEMATÚRIA
A hematúria pode representar a única revelação de
diversas doenças do TGU. Logo é um sinal clínico
de grande significado.
Sendo o objetivo da investigação é fazer a distinção
do diagnóstico de afecções graves e potencialmente
curáveis mediante intervenção precoce.
Perto de 5 a 20% das hematúrias microscópicas e
assintomáticas advêm de doenças urológicas
significantes e 13% são representados por
neoplasias.
ANÚRIA OBSTRUTIVA: é o estado de
Insuficiência Renal Aguda com estada total ou
quase total da diurese gerada por obstrução da via
excretora. Podendo estar ligada à litíase
renoureteral e vesical ou a obstrução infra-vesical,
sendo a sua complicação mais grave.
RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA
É definida como a incapacidade miccional associada
à sintomatologia dolorosa suprapúbica irradiada,
ou não, para a região periuretral. Os pacientes se
apresentam ansiosos com o quadro de dor intensa
podendo ser notado o abaulamento suprapúbico
(“bexigoma”). O tratamento consiste em drenagem
da urina retida, por cateterismo uretral ou por
cistostomia. Conceitos importantes não podem ser
esquecidos: O cateterismo vesical necessitará ser
feito após a iniciação cuidadosa com 15 a 20ml de
xilocaina 2% geléia na uretra do paciente. O acesso
do cateter deverá ser feito sem resistência. A
insuflação do balão só deverá ser feita após a saída
de urina por meio do cateter, confirmando a sua
posição intravesical, a fim de evitar lesões uretrais
iatrogênicas. A drenagem da urina deverá ser lenta,
a fim de evitar o sangramento agudo da mucosa
cervical (hemorragia ex vácuo). Solicitar
hemograma, uréia, creatinina, EAS, urocultura, US
de vias urinárias. (Caso seja homem maior de 45
anos, solicitar US prostática e PSA).
Os pacientes com sonda, devem ser trocadas a cada
15-20 dias em postos de saúde
até definição de procedimento ambulatorial por
especialista em urologista.
PRIAPISMO É determinado por uma ereção
peniana demorada e persistente, frequentemente
dolorosa, desencadeada ou não por estímulo sexual.
Podendo ser classificada como de:
o Priapismo de baixo fluxo:
É o tipo mais corriqueiro
Assinalado pela redução do retorno venoso, estase
vascular, determinando a hipóxia tecidual e
acidose. Comumente é doloroso em motivo da
isquemia tecidual. As causas mais comuns são:
fármacos e
idiopáticos.
o Priapismo de alto fluxo:
Caracteriza-se pela elevação de fluxo arterial com
retorno venoso normal. De regra é indolor. Na
maioria dos casos sua trauma perineal ou peniano.
O estudo metabólico é conseguido por meio de
gasometria cavernosa pertinente a pressão parcial
de O2, que abaixo de 40mmHg é indicativo de
priapismo de baixo fluxo, enquanto valores acima
de 80mmHg sugerem priapismo de alto fluxo. A
finalidade da terapêutica do priapismo é conseguir
a detumescência com o máximo de agilidade para
prevenir lesões teciduais permanentes , assim sendo
o alívio eficaz da dor. Observação: Todo paciente
tratado por priapismo deve ser conduzido a
orientação sobre os riscos de evoluir para disfunção
erétil. Tratamento:
ro procedimento :
gasometria sanguínea.
Caso não se tenha gasometria, não deve injetar
agonistas á-adrenérgicos.
clínica deverá ser confirmado por doppler peniano
ou arteriografia seletiva, pois de regra ocorre
resolução espontânea, caso contrário, o paciente
precisará ser submetido a 6embolização arterial.
PARAFIMOSE: É diferenciada por dor, edema e
congestão vascular da glande, que resulta da
retração do prepúcio com anel estenótico para trás
da glande. Pode ser :
vesical, pelo fato de não voltar o prepúcio para sua
posição habitual );
adolescentes ou
l.
6 Procedimento minimamente invasivo. Tem por
objetivo é interromper a circulação sangüínea.
PARAFIMOSE : É uma urgência quando ocorre,
pois a constrição acarretada pelo anel na base da
glande bloqueia o retorno venoso e causa um
edema enorme que evita que a glande seja
devolvida para o interior do prepúcio pela presença
do anel da fimose. Tudo isto resulta também num
grande desconforto local . Quando diagnosticada a
parafimose, o urologista poderá a seu critério tentar
sob narcose, a dor, redução manual. Em geral é
imprescindível fazer uma corte no prepúcio para
liberar a glande e só depois, num segundo tempo,
pelo edema local, corrigir a fimose.
ESCROTO AGUDO: O aumento súbito, ou em
curto espaço de tempo, do volume escrotal,
acompanhado de dor, é em potencial uma urgência
urológica.
Causas do escroto Agudo:
o Torção do cordão espermático, torção dos
apêndices testiculares,
o orquiepididimites,
o hérnia inguinoescrotal,
o hidroceles,
o Edema idiopático do escroto,
o púrpura de Henoch-Schöenlein e
o trauma escrotal são as principais causas do
escroto agudo
Tratamento: Manobras manuais no observação e
atendimento precoce podem reposicionar o
testículo, desfazendo a torção com conforto
imediato da dor.Caso haja persistência
encaminhamento para cirurgia.
TRAUMA RENAL: Na avaliação do
politraumatizado (ATLS), deve-se suspeitar de
lesão renal na apresentação de hematúria,
escoriações ou hematoma em região lombar ou
flanco, fratura dos últimos arcos costais ou das
primeiras vértebras lombares. Sua etiologia abrange
traumas contusos e penetrantes, e traumas que
envolvem constituição de desaceleração brusca. O
exame padrão ouro para analisar e classificar o
trauma renal é a tomografia computadorizada de
abdome (sem e com contraste iodado: 1ml/kg),
podendo-se realizar também a urografia excretora
(UGE) ou ultrassonografia, na impossibilidade de
realização da TC ou a depender do estado
hemodinâmico do paciente.
TRAUMA URETRAL
Representado por sangramento no meato uretral
geralmente após trauma pélvico, queda a cavaleiro
ou por lesão iatrogênica durante tentativa de
sondagem vesical. Nunca tentar sondagem uretral
em caso de suspeita de lesão uretral.
TRAUMA VESICAL: Ruptura Traumática da
Bexiga. Pode ser devido a trauma abdominal
contuso ou penetrante, assim como pode ser por
lesão iatrogênica.
FRATURA PENIANA: Representado por dor e
estalo no pênis, na maioria das vezes durante
intercurso sexual, acompanhado de detumescência
peniana e hematoma peniano. Todos os casos
deverão ser encaminhados para serviço terciário
para avaliação urológica de emergência
TRAUMA GENITAL : O trauma genital é
qualificado como traumas contuso e penetrantes.
Podendo estar isolados ou associados ao
politrauma. Os paciente politraumatizado deve
receber terapêutica segundo o protocolo do ATLS,
sendo que as lesões genitais são identificados na
fase C, do ABCDE do trauma com o controle de
sangramento e posterior tratamento determinante.
17- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas cirúrgicos:
PACIENTES DIABÉTICOS
a) Hipoglicemiante oral de longa duração
suspender com antecedência se possível.
b) Hipoglicemiante oral de curta duração
interromper no dia
c) Avaliação da glicemia deve ser feita no dia da
cirurgia
d) Glicemia entre 150 e 200 mg % evitar insulina
pelo risco de hipoglicemia
e) Glicemia até 250 mg/dL não contra indica
cirurgia
f) Insulina deve ser utilizada no controle pré-
operatório (ver esquema a seguir)
g) Evitar estresse e situações que desencadeiam
reações catabólicas e hiperglicemia, sempre
que possível prescrever medicação pré-anestésica,
planejar analgesia pós-operatória.
Obs.: Paciente diabético pode ter uma maior
dificuldade para intubação traqueal
Cuidados Específicos
Em caso de pacientes compensados com dieta:
Realizar glicemia capilar de 6/6 horas até o retorno
da alimentação
Evitar infusões de grandes volumes de soluções
com glicose
Em caso de pacientes compensados com
hipoglicemiante oral: Suspender hipoglicemimiante
Manter dextro de 6/6 horas na véspera, no intra o
pós-operatório até a suspensão do jejum e o retorno
do hipoglicemiante oral
Em caso de paciente compensado com insulina: Em
uso de insulina ultralenta a mesma deverá ser
suspensa 3 dias antes da cirurgia e substituí-la por
insulina NPH e regular, se possível.
Manter dextro de 6/6 horas e insulina se necessário,
além da infusão de solução glicosada a 5%, durante
o período de jejum.
Nos pacientes com insulina NPH, administrar 1/3
da dose habitual na manhã da cirurgia e manter
com solução glicosada a 5%.
19- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas reumatológicos:
o ATENDIMENTO EM CASOS DE URGÊNCIA
EM REUMATOLOGIA
o MONOARTRITE AGUDA. A monoartrite
aguda (MA) é uma das principais emergências
reumatológicas, considerada uma apresentação
frequente nos serviços de emergência, colocando
o emergencista frente a um quadro
potencialmente grave com consequências
desastrosas para o paciente, quando não tratado
de maneira adequada
o POLIARTRALGIAS OU POLIARTRITES
AGUDAS LOMBALGIA
o LOMBALGIA POSTURAL - REAÇÕES
ADVERSAS AOS MEDICAMENTOS
REUMATOLÓGICOS
20- Assistência de enfermagem em emergência e
urgência a pacientes adultos e pediátricos com
problemas infecciosos:
o DOENÇA MENINGOCÓCICA
o LEISHMANIOSE VISCERAL
o DENGUE – DIAGNÓSTICO E CONDUTA
o HANTAVIROSE - SÍNDROME CÁRDIO-
PULMONAR