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Cidades Educadoras Está a decorrer em Évora o III Congresso das Cidades Educadoras. Veja no interior as acções desenvolvidas pelos municípios de Albufeira, Évora, Loulé, Odivelas e Santa Maria da Feira. Évora O III Congresso das Cidades Educadoras começou ontem em Évora, sob o tema “A Educação como património e o património como agente educador”. O evento pretende ser um espaço de partilha de experiências de vários muni- cípios e organizações, e, como explica o presidente da CM- Évora José Ernesto Oliveira , espera-se que leve a uma re- flexão conjunta “sobre a te- mática da educação como pe- dra angular daquilo que é a modernização do País, e a qualificação dos recursos das nossas populações”. pág. II Presidente do Municí- pio de Odivelas, Susana Amador afirma: "Qualquer pessoa sabe e sente, por experiência própria, que um espaço sem qualidade é uma condição propícia ao desinteresse e desagrado. Um território que proporciona boas condições gera bem-es- tar, apego e gosto, ao mesmo tempo que reforça a coesão e cria sentimentos de pertença e identidade. As barracas, esse cancro urbano, são já marca do passado nas fre- guesias de Odivelas e da Pontinha". págs. III e IV Portugal Local As cidades representadas no 1.º Congresso Internacional das Cidades Educadoras, que teve lugar em Barcelona em Novembro de 1990, reuniram na Carta inicial, os princípios essenciais ao impulso educador da cidade. Elas par- tiam do princípio que o desenvolvimento dos seus habitantes não podia ser deixado ao acaso. Esta Carta foi revista no III Congresso Internacional (Bolonha, 1994) e no de Génova (2004), a fim de adaptar as suas abordagens aos novos desafios e necessidades sociais. A presente Carta baseia-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948), no Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (1966), na Declaração Mundial da Educação para Todos (1990), na Convenção nascida da Cimeira Mundial para a Infância (1990) e na Declaração Universal sobre Diversidade Cultural (2001). Município de Santa Maria da Feira O Município de Santa Maria da Feira reconhece o papel determinante que a educação e a formação detém no de- senvolvimento integrado das comunidades. pág. V José Carlos Rolo, vice- -presidente da CM Al- bufeira afirma: “Cerca de 50% de escolas do concelho já possuem quadros interactivos, computadores e projectores”. Outra ferramenta que vem acompanhar a re- novação, e que é já uma re- alidade em algumas escolas, é a mesa interactiva, que per- mite, ao professor, através de um monitor, acompanhar to- dos os trabalhos que os alu- nos estão a desenvolver no computador. pág. VI Leonel Silva Director Municipal de Loulé afirma: " A Estratégia de Sustentabili- dade surgiu “de uma coligação de vontades e constitui-se como uma boa oportunidade que o executivo camarário tem para ser feito um diagnóstico completo das necessidades do concelho”. pág. VIII o PARCEIROS ORGANIZAÇÃO CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA Carta das Cidades Educadoras Este destacável comercial faz parte intregante do Diário de Notícias de 8 de Maio de 2009 e não pode ser vendido separadamente CIDADES EDUCADORAS_sup.tematico 09/05/07 19:49 Page I

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Cidades EducadorasEstá a decorrer em Évora o III Congresso das Cidades Educadoras. Veja no interior as acçõesdesenvolvidas pelos municípios de Albufeira, Évora, Loulé, Odivelas e Santa Maria da Feira.

Évora

O III Congresso das CidadesEducadoras começou ontemem Évora, sob o tema “AEducação como património eo património como agenteeducador”. O evento pretendeser um espaço de partilha deexperiências de vários muni-cípios e organizações, e, comoexplica o presidente da CM-Évora José Ernesto Oliveira ,espera-se que leve a uma re-flexão conjunta “sobre a te-mática da educação como pe-dra angular daquilo que é amodernização do País, e aqualificação dos recursos dasnossas populações”. pág. II

Presidente do Municí-pio de Odivelas, SusanaAmador afirma:

"Qualquer pessoa sabe esente, por experiência própria,que um espaço sem qualidadeé uma condição propícia aodesinteresse e desagrado. Umterritório que proporcionaboas condições gera bem-es-tar, apego e gosto, ao mesmotempo que reforça a coesão ecria sentimentos de pertençae identidade. As barracas,esse cancro urbano, são jámarca do passado nas fre-guesias de Odivelas e daPontinha". págs. III e IV

Portugal Local

As cidades representadas no 1.º Congresso Internacional das CidadesEducadoras, que teve lugar em Barcelona em Novembro de 1990, reuniram naCarta inicial, os princípios essenciais ao impulso educador da cidade. Elas par-tiam do princípio que o desenvolvimento dos seus habitantes não podia serdeixado ao acaso. Esta Carta foi revista no III Congresso Internacional(Bolonha, 1994) e no de Génova (2004), a fim de adaptar as suas abordagensaos novos desafios e necessidades sociais. A presente Carta baseia-se naDeclaração Universal dos Direitos do Homem (1948), no Pacto Internacionaldos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (1966), na Declaração Mundial daEducação para Todos (1990), na Convenção nascida da Cimeira Mundial para aInfância (1990) e na Declaração Universal sobre Diversidade Cultural (2001).

Município de SantaMaria da Feira

O Município de Santa Mariada Feira reconhece o papeldeterminante que a educaçãoe a formação detém no de-senvolvimento integrado dascomunidades. pág. V

José Carlos Rolo, vice--presidente da CM Al-bufeira afirma:

“Cerca de 50% de escolas doconcelho já possuem quadrosinteractivos, computadores eprojectores”. Outra ferramentaque vem acompanhar a re-novação, e que é já uma re-alidade em algumas escolas,é a mesa interactiva, que per-mite, ao professor, através deum monitor, acompanhar to-dos os trabalhos que os alu-nos estão a desenvolver nocomputador. pág. VI

Leonel Silva DirectorMunicipal de Louléafirma:

" A Estratégia de Sustentabili-dade surgiu “de uma coligaçãode vontades e constitui-secomo uma boa oportunidadeque o executivo camarário tempara ser feito um diagnósticocompleto das necessidades doconcelho”. pág. VIII

CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA | Rua Diogo Cão

PARCEIROSORGANIZAÇÃO

CÂMARA MUNICIPCÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA

Carta das Cidades Educadoras

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II > DESTACÁVEL COMERCIAL | CIDADES EDUCADORAS 8 de Maio de 2009

Évora: Património, tradição vs inovação e modernidade

É vora é uma cidade acolhe-dora com história, cultura equalidade de vida. Enquanto

as duas primeiras características sãointrínsecas à cidade, a terceira par-ticularidade é “o ponto central” daintervenção da administração domunicípio.Como explica o presidente da CME“a qualidade de vida é um dos ob-jectivos centrais das nossas acçõespolíticas”.É importante referir que esta valiaestá inserida em várias temáticas:“educacionais, ambientais, paisa-gísticas”, mas também no que res-peita à “tranquilidade e segurança”.O facto de ser Património da Huma-nidade leva a que a câmara muni-cipal tenha “uma atenção perma-nente” para com a preservação ebem-estar da cidade.

Cultura No plano cultural a CME está em-penhada no aperfeiçoamento de vá-rios pontos estratégicos da cidade.Exemplos disso são as recuperaçõesde edifícios fundamentais para acultura e história da cidade.O Salão Central, que, como afirmao presidente, é “um equipamentode grande valia cultural”, e o TeatroGarcia de Resende, edifício do séc. XIX, são espaços a reaver. Outras iniciativas, fruto da colabo-ração, permanente, entre a CME eoutras entidades, estão na praçapública, com espectáculos e acçõesque fazem de Évora um ponto deinteresse cultural a nível nacional.Desde as artes de palco, com aCompanhia de Dança de Évora quetem programação própria, à BienalInternacional de Marionetas deÉvora, que é promovida juntamentecom a CENDREV, passando pela mú-sica, com o Festival Évora Clássica.O cinema é também referência, como Festival Internacional de Curta- -Metragens de Évora. O objectivo desta dinâmica é “man-ter uma actividade cultural intensaque vá ao encontro do público lo-cal e com aqueles que nos visitam”,explica o presidente do município.Estas e outras iniciativas são re-sultado da vontade do executivo:“cumprir todas as valências em vá-rias disciplinas artísticas, muitas emcooperação com instituições locais,outras com a Universidade deÉvora”. Com esta última a CME man-tém uma “relação de cumplicidade”,que vai ao encontro do compro-misso que ambas as entidades têmcom o futuro da cidade.Ainda num plano cultural, mas tam-

bém educativo, a preocupação dacâmara municipal passa pela cons-trução de um novo complexo de bi-bliotecas. O trabalho desenvolvidopela Biblioteca Pública de Évora, napromoção da leitura e da culturaem geral, é reconhecido pelo exe-cutivo. No entanto, “a biblioteca en-contra-se limitada em relação à ex-pansão das suas intervenções”,quem o diz é José Ernesto D’Olivei-ra, que adianta ser necessário apos-tar num “equipamento especiali-zado, moderno, munido com asnovas tecnologias para poder darresposta às nossas ambições”.

Évora: Cidade EducadoraO III Congresso das CidadesEducadoras começa hoje em Évora,

sob o tema “A Educação como pa-trimónio e o património como agenteeducador”. O evento pretende serum espaço de partilha de experiên-cias de vários municípios e organi-zações e, como explica o presidenteda CME, espera-se que leve a umareflexão conjunta “sobre a temáticada educação como pedra angulardaquilo que é a modernização dopaís, e a qualificação dos recursosdas nossas populações”. As expec-tativas são altas, pois deseja-se queeste III Congresso “fique marcadopor uma imagem de qualidade, par-ticipação e resultados concretos”.Não é por acaso que esta cidade foiescolhida para acolher este evento.Sendo uma cidade educadora nosentido em que “coloca a educação

no centro da sua agenda” como re-flecte José Ernesto D’Oliveira, temum conjunto de intervenções, naárea socioeducativa e cultural, quevisa a promoção da leitura, as boaspráticas ambientais ou a segurançarodoviária. Pretende-se que a edu-cação ultrapasse os muros das es-

colas e se remeta a todas as faixasetárias. “A educação deve ser umaconstante, uma política de formaçãopara uma cidadania consciente.Consideramos que essa é uma linhaprioritária na nossa intervenção”,certifica o presidente.

Investimento e medidas sociais da CMECom o panorama de crise interna-cional e nacional em que vivemos,a CME lança um conjunto de medi-das que visa minorar as conse-quências da mesma. “A diminuiçãosignificativa de todos os impostosmunicipais: da facturação da água,dos resíduos sólidos” faz parte desteplano, assim como uma diminuiçãoem 50% para todos os inquilinos doparque habitacional da empresa mu-nicipal HADÉVORA, que se encon-tram numa situação de desemprego. Para além disso, a CME pretendeprovidenciar um reforço das re-feições das cantinas escolares, umasubsidiação de material escolar etransportes públicos.Em relação aos investimentos vo-lumosos anunciados no concelho,é importante realçar o parque in-dustrial, neste momento à explo-ração, que “pretende acolher novasempresas em condições altamentevantajosas”, afirma o presidente.Num plano de futuro começa-se apensar na construção de um par-que de indústria específico, que, se-gundo o mesmo, irá albergar “pro-jectos de indústria aeronáutica quese anunciam para breve”.

Fotos: Carlos Neves

Como explica opresidente da CME“a qualidade devida é um dosobjectivos centraisdas nossas acçõespolíticas”.

Classificada pela UNESCO, Património da Humanidade desde 1986, Évora possui um espólio poderoso espalhadopela cidade, onde história e cultura se cruzam. Este é motivo de orgulho para os eborenses, e faz as delícias dosvisitantes. Em conversa com o presidente da Câmara Municipal de Évora (CME), José Ernesto D’Oliveira, o ADN ficoua par das acções tomadas pelo executivo para garantir o crescimento que a cidade tem vindo a concretizar.

Évora: na rede de alta velocidade europeia

Évora irá ter uma estação da ligação ferroviária de altavelocidade Lisboa/Madrid que ficará situada junto ao nóda A6. Para José Ernesto D’Oliveira este é um investimento“de grande alcance”, pois facilitará a aproximação aLisboa, Badajoz e Madrid. Esta será uma mais-valia para a cidade, do ponto de vista económico-social,turístico e cultural.Outra vantagem, na perspectiva da CME, é os projectosrelacionados com Alqueva, que, sendo um ponto deinteresse turístico significativo para o Alentejo em geral,leva o município a criar estratégias de desenvolvimentocom vista a “beneficiar a qualidade patrimonial”. Estesprojectos de foro turístico, possivelmente concretizadosnum futuro próximo, unirão Évora e Alqueva como “umaâncora profunda” e que segundo o presidente se irátraduzir “na criação de emprego e riqueza na nossa região”.

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8 de Maio de 2009 DESTACÁVEL COMERCIAL | CIDADES EDUCADORAS > III

Odivelas: Uma terra com oportunidades para todosComo é referido no preâmbulo da “CARTA DASCIDADES EDUCADORAS”, e passo a citar, “a cidade deve ocupar-se prioritariamente comas crianças e jovens, mas com a vontadedecidida de incorporar pessoas de todas asidades, numa formação ao longo da vida”.

Sra. Presidente é também comeste princípio que o executivocamarário orienta a sua acção?Sim. O trabalho que desenvolvemostem um carácter transversal às di-versas áreas e tem em consideraçãotodas as idades. No caso dos maisnovos, o que fazemos na área daEducação não deixa de ter em contao que se realiza noutros domínioscom naturais afinidades, como aJuventude. E aqui devo destacar aabertura da nova e moderna Casada Juventude, um equipamento quehá muito os jovens do concelho ca-reciam e nós fizemos neste man-dato. Bem como o que a Culturatem realizado, e a abertura das“Bibliotecas Fora d’Horas”, naBiblioteca Municipal D. Dinis e noseu pólo da Pontinha, onde os alu-nos podem contar com espaços paraa realização dos seus trabalhos es-colares, nomeadamente os degrupo, e onde contam, tal como naCasa da Juventude, com acesso gra-tuito à net, num horário de aber-tura até mais tarde do que o habi-tual é um contributo importante. Aafluência significativa de alunos aestes espaços comprova o sucessoda aposta que fizemos. Ou doDesporto, com as Férias Escolares.Mas há áreas, como por exemplo,o Ambiente, que tem tido um pa-pel importante em termos educati-vos, quer pela criação e manutençãode espaços verdes nas escolas querno fornecimento de conhecimentoaos alunos do 1.º Ciclo do EnsinoBásico, que hoje já contam com umCentro Ecológico no concelho. Ouo Planeamento Estratégico, que de-safiou os alunos do ensino secun-dário a pensar e esboçar o futurodo nosso concelho, e que resultounum interessante contributo dos alu-nos, traduzido em livro. Por outrolado, o investimento que realizamosna Educação também tem em con-sideração os adultos, tanto os quese encontram em idade activa, quecontam com o programa “NovasOportunidades”, a pensar nas pes-soas que não concluíram os seusestudos e agora podem obter níveisde qualificação mais elevados, comoas pessoas que já estão reformadase querem manter uma vida activa eque têm, por isso, a UniversidadeSénior que abrimos, na qual podemrenovar e obter novos conhecimen-

tos, como o inglês e informática.Este projecto é também um estí-mulo e um claro incentivo para queos mais velhos se mantenham in-telectual e socialmente activos, poisuma comunidade activa que se quercoesa e com futuro, investe naEducação para todos. É isso que fa-zemos, desde o Jardim-de-Infânciaaté à Universidade Sénior. Porquehoje, a Educação é para toda a vida.

Neste processo a qualidade ter-ritorial tem sido um dos alvosprioritários da sua actuação, aerradicação das barracas, acriação de espaços verdes e delazer para além de outros, gos-tava que nos desse o panoramado antes e depois da adesão aeste movimento, e já agora comalguns exemplos e planos fu-turos?Qualquer pessoa sabe e sente, porexperiência própria, que um espaçosem qualidade é uma condição pro-pícia ao desinteresse e desagrado.Um território que proporciona boascondições gera bem-estar, apego egosto, ao mesmo tempo que reforçaa coesão e cria sentimentos de per-tença e identidade. É esse territó-rio, com mais qualidade, condiçõese gerador de bem-estar que temosvindo a criar nestes anos emOdivelas. As barracas, esse cancrourbano, são já marca do passadonas freguesias de Odivelas e daPontinha e o maior núcleo de bar-racas do concelho, do Barruncho,na Póvoa de Santo Adrião, já temos seus dias contados, uma vez quejá tem um plano de reconversão, re-sultante de uma candidatura a umprograma europeu, que deverá es-tar no terreno no próximo ano. Apar desta requalificação territorial,temos vindo a concretizar uma re-volução verde no concelho. Devol-vemos espaços que estavam fe-chados ou completamente degrada-dos à população, como o Pinhal daPaiã e o Parque Rio da Costa. Doisrequalificados e magníficos espaçosrecentemente abertos para o lazere o desporto. Os munícipes tambémpodem contar com a Ecopista, daPaiã e outros espaços verdes queabrimos, como o 19 de Abril, emFamões, e o jardim das Escadinhas,em Odivelas. Dentro de poucas se-manas, vamos abrir o jardim da

Música, e concluímos, assim, a re-qualificação total da Quinta daMemória, uma área totalmente de-gradada há poucos anos. E estão adecorrer obras que em breve vãoresultar em mais espaços verdes,como o grande Parque das Rolas,na Póvoa de Santo Adrão, o Parquedos Poetas, na Pontinha, o jardimBotânico em Famões, o jardim dosAromas, no Olival Basto, entre tan-tos outros espaços verdes que es-tamos a criar.

No âmbito de ODIVELAS cidadeeducadora, que papel tem oconselho municipal de edu-cação na política educacionaldo concelho?Tem tido um papel fundamental, nãosó pela presença e participação doselementos que o compõem - de au-tarcas a representantes de asso-

ciações de pais, de docentes do pré-escolar, do ensino básico e secun-dário a representantes das insti-tuições educativas, de instituiçõessociais a representantes da DREL,entre outros -, mas também pela co-ordenação e propostas que oConselho tem concretizado, no sen-tido de se melhorar, ainda mais, onível de Educação em Odivelas.

Gostaria que nos apresentassealguns dos projectos socio- -educativos que desenvolvem.Desenvolvemos vários e temos sem-pre presente a igualdade de opor-tunidades para todos. Exemplo evi-dente é o projecto mais recente queimplementámos: o de Hipoterapia,pioneiro em termos municipais noPaís. 3,8% da nossa população es-colar são alunos com necessidadesespeciais educativas e, a pensar ne-

les e no seu bem-estar, criámos esteprograma, em parceria com a EscolaAgrícola da Paiã e o Ministério daEducação. Todas as semanas, cadaum dos alunos, e mediante a suapatologia, crianças autistas ou ou-tras com multidificiência, contamcom uma sessão individualizada. Demodo a potenciar a sua autonomiae qualidade de vida. Temos um programa de actividadefísica e desporto, que se destina atodos os alunos do básico e se-cundário, no sentido de promovera saúde e o desenvolvimento pes-soal e social, através de diferentesmodalidades, ao mesmo tempo quecria oportunidades para torneios in-ter-escolas. O PAMA (Projecto deAdaptação ao Meio Aquático), queé, há anos, um sucesso no pré-pri-mário, e envolve anualmente cercade 400 crianças. Outro dos

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Ficha técnica: Destacável Comercial Cidades Educadoras é uma edição do Departamento dePublicações Especiais da Global Notícias Publicações, S.A. | Director de Conta: Mário Abrantes |Edição: Ana Isabel Silva | Paginação: Prepress Controlinveste

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IV > DESTACÁVEL COMERCIAL | CIDADES EDUCADORAS 8 de Maio de 2009

sucessos é o Programa doUrbano Rural, que envolve anual-mente 3.500 alunos, permitindo amuitos deles um contacto, pela pri-meira vez, com o mundo rural e,deste modo, sensibilizá-los para apreservação da natureza e do meioambiente.Por ser um dos domínios mais sen-síveis e vitais para o futuro de mui-tas crianças e jovens, e dada a rea-lidade que o nosso País apresentaem termos de abandono e insucessoescolares precoce, temos feito umaforte aposta neste âmbito. Por isso,temos a funcionar dois Gabinetes deApoio Psicológico, um na Pontinhae o outro Arroja, que já actuou juntode 300 crianças em situação de riscosocial, temos ainda o programa“Crescer a Brincar”, que envolve 920crianças, no sentido de prevenir com-portamentos de risco, indisciplina einsucesso escolar, isto a nível do 1.ºCiclo do Ensino Básico. No secun-dário, temos o projecto EPIS(Empresários pela Inclusão Social,que abrange 3.800 alunos, de 14 es-colas, dos quais 1.038 estão consi-derados em situação de risco.Também apoiamos diversos projec-tos escolares, através de apoio fi-nanceiro, logístico ou técnico, comoos que as Associações de Pais eEncarregados de Educação regular-mente desenvolvem e as vistas deestudo. Este apoio, por ano, abran-ge, mais de 12.500 alunos.

As “exigências” de uma cidadeeducadora com certeza tambémtêm influência na criação de no-vas competências da câmaramunicipal, é também por istoque por exemplo o apoio ao mu-nícipe em ODIVELAS é tão vastoe em diversas áreas? As exigências, naturais e legítimas,por parte dos munícipes são cons-tantemente elevadas. Da nossaparte, tudo temos feito para elevara qualidade da nossa intervenção.E este mandato é exemplar de comoa Câmara Municipal tem tido um cui-dado especial em que o munícipeconte com mais e melhores respos-tas no seu concelho. Primeiro, abri-mos o Gabinete de Apoio aoCidadão. Numa aposta evidente deum relacionamento próximo e di-recto entre a Câmara e o munícipe.Depois, a abertura da Loja doCidadão e do Julgado de Paz sãodois momentos que revelam o saltoqualitativo que Odivelas deu no qua-dro nacional e em que poucos con-celhos no País contam com estesserviços de elevada qualidade noatendimento, relacionamento e apoioao munícipe.

Pode dar-me um exemplo prá-tico de uma acção da câmaraque é consequência directa dofacto de serem uma “CIDADEEDUCADORA”?A criação do Programa ICI Odivelas–Imagina a Ciência, Cria Cultura eInova a Educação AQUI. É resultadoda avaliação de um projecto de 2008e solicitação directa de uma escolado concelho. Neste Ano Europeu daCriatividade e Inovação, e em quese comemora o bicentenário do nas-cimento e os 150 anos da publicação

da mais famosa obra de CharlesDarwin, “A origem das espécies”, te-mos diversos projectos a decorrerneste âmbito, dos quais destaco oque terá lugar entre 11 e 15 de Maio.A “Viagem pelo Mundo da Ciência”será mais um bom e frutífero exem-plo da Cidade Educadora. Mas, per-mita-me que destaque, ainda, umprojecto que tem sido notável emOdivelas: o projecto SerSeguro. Esteprojecto de educação rodoviária no1º ciclo do ensino básico é uma ex-celente experiência educadora glo-bal, assente num compromisso en-tre a Câmara Municipal, as estruturaseducativas oficiais, os agentes dacomunidade local e a população doconcelho e que conta com protoco-los com forças de segurança, enti-dades privadas, juntas de freguesia,entre outras entidades, que têm sidoparceiros estruturais deste trabalho.Ao longo destes anos, em Odivelas,tem sido possível proteger e pro-mover comportamentos adequados,de modo a tornar o espaço públicoum lugar seguro, assim como, frutodas parcerias estabelecidas, garan-tir a responsa- bilidade social e di-recta, intencionalmente educadora,das instituições envolvidas. Os re-sultados obtidos são reconhecidospela Associação Internacional das Ci-dades Educadoras, e o seu modeloestá a ser implementado na cidadeargentina de Pilar. A nível nacionaljá mereceu distinção honrosa noConcurso Nacional de Boas Práticaspara o Desenvolvimento Sustentávele foi distinguido pela Agência paraa Modernização Administrativa, paraintegrar uma plataforma de partilhade iniciativas de modernização, en-quanto exemplo de boa prática na

área da Segurança Rodoviária Infan-til. Não posso deixar de destacar,também a importância dos vigilan-tes/patrulheiros, constituídos por re-formados, que garantem a segurançade centenas de crianças junto daspassadeiras das nossas escolas.Neste que é um bom exemplo decomo todos somos essenciais nonosso concelho.

O facto de subscreverem a“CARTA DAS CIDADES EDUCA-DORAS”, que tem como princí-pios básicos que a cidade temde estar ao serviço dos cida-dãos e estes têm o dever departicipar no desenvolvimentoda sua cidade, sente que exis-te este intercâmbio em ODI-VELAS?Há. Os fóruns de discussão pre-ventiva do PDM e o Orçamento Par-ticipativo são disso bons exemplos.

O orçamento participativo é umadessas “permutas”?Não se trata de uma troca, mas simde aprofundar e valorizar o papel domunícipe na construção do futurodo concelho. Consideramos que aspessoas têm um papel determinantena vida do município e esta não seesgota num boletim de voto que sedeposita de quatro em quatro anos,mas sim numa participação regular,activa e construtiva.

Neste momento quais as maio-res e as mais urgentes carên-cias do concelho de ODIVELAS?Ainda contamos com alguns atrasosestruturais, como são as áreas ur-banas de génese ilegal (AUGI’s), epara as quais temos assumido uma

posição firme, de diálogo e pro-cura de soluções com as pessoasenvolvidas, por forma a termos umconcelho territorialmente maisqualificado.

Que projectos a curto, médio, elongo prazo têm previstos?Há vários e em diversas áreas. Mastodos comungam do mesmo objec-tivo: contribuir para a melhoria doconcelho, no sentido de o munícipecontar com melhor qualidade devida. Um dos projectos é o conti-nuar da requalificação do Parque doRio da Costa, que queremos quechegue ao Parque Urbano do Silva-do. Mas temos um bem a curto pra-zo, diria mesmo, imediato, que seconcretiza dentro de dias, com a en-trada em circulação do “Voltas”,trata-se de um serviço de transporteque vai contribuir para a melhoriada mobilidade no centro históricoda cidade de Odivelas e na sua liga-ção a áreas novas do concelho.Outro bem presente e que arrancaráem breve é o do Pavilhão Municipal.É mais um equipamento desportivoque dotará o nosso concelho de umainfra-estrutura com capacidade paragrandes eventos, tanto desportivoscomo culturais. A abertura do MuseuMunicipal, dentro de poucos meses,na requalificada e renovada Quintado Espírito Santo é outro dos pro-jectos que vamos concretizar, semesquecer, obviamente, o ambicioso,e já delineado, projecto escolar, deabertura de mais escolas, desde oJardim-de-Infância ao Secundário, demodo a que tenhamos um parqueescolar à altura dos desafios destenovo século. Até 2013, vamos abrirquase 200 novas salas de aula.

Sra. Presidente, ODIVELAS émesmo terra de oportunidades?Odivelas é hoje uma terra de opor-tunidades. Os factos falam por si!Nestes últimos três anos e meioerradicámos centenas de barracase abrimos muitos espaços verdes.Requalificámos espaços degrada-dos que são hoje bons locais deconvivência pública, como o ParqueRio da Costa e em breve o Jardimda Música. Legalizámos váriasAUGI’s e abrimos novos e impor-tantes equipamentos: Centro deExposições de Odivelas, Casa daJuventude, Loja do Cidadão, Julgadode Paz, Casa de Acolhimento deCrianças e Jovens em Risco, Escolade Famões, Ecopista, entre outros.Implementámos, pela primeira vez,a habitação para jovens a custoscontrolados. Valorizamos a partici-pação dos munícipes e o OrçamentoParticipativo é disso prova. Realizá-mos dezenas de rastreios à Saúdee concluímos a cobertura de 100%das refeições nos jardins-de-infân-cia e escolas básicas do 1.º ciclo darede pública. Abrimos o programa“Novas Oportunidades” e a Universi-dade Sénior. Temos uma progra-mação cultural de referência nacio-nal, tanto na Malaposta como noCentro de Exposições. Temos umencontro anual entre várias reli-giões, o “Orar pela Paz”, que éexemplo de tolerância e respeito.Assim como é um exemplo de mul-ticulturalismo o Festival Rotas ou aBienal da Lusofonia, que tem tor-nado o nosso município uma dasgrandes sedes do mundo lusófono.Valorizamos a integração e temosvários programas implementadosnos Centros de Dia. Apoiamos asinstituições sociais, culturais e des-portivas do concelho. Realizamosum elevado investimento na segu-rança e somos um dos concelhosmais seguros do distrito de Lisboa.Combatemos sem tréguas a po-breza e já realizámos centenas derealojamentos. Num momento decrise global, criámos um programade apoio às pequenas e médias em-presas, no sentido de criar empregoe gerar riqueza. Entre tantos outrosprojectos e ganhos que se obtive-ram nestes últimos anos. Está tudofeito? Naturalmente que há muitopor fazer e colocam-se novos de-safios. Mas é qualificando e mel-horando hoje que ganhamos con-dições para elevar, ainda mais, ascondições do nosso concelhoamanhã.

Uma última pergunta irá recan-didatar-se?Para já, a minha dedicação conti-nua a centrar-se, todos os dias,em cumprir o programa que as-sumi com os munícipes em 2005.Estou à beira de o ter pratica-mente cumprido. Até lá, tenho deme preocupar em cumprir o queos odiveleneses escolheram paraconcretizar entre 2005 e 2009.Entendo, e só concebo, que oscargos eleitos devem ser exerci-dos com transparência, rigor ecumprimento do estabelecido comas pessoas. Só assim contribuí-mos para a elevação e respeitodos cargos públicos.

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8 de Maio de 2009 DESTACÁVEL COMERCIAL | CIDADES EDUCADORAS > V

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O Município de Santa Maria

da Feira reconheceo papel determinante que a educação e a formaçãodetêm no desenvolvimento integrado dascomunidades e assume-se como um concelhoeducador capaz de responder aos desafios dasociedade da informação e do conhecimento, atravésda sua política educativa assente no conhecimento,empreendedorismo e inovação.

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VI > DESTACÁVEL COMERCIAL | CIDADES EDUCADORAS 8 de Maio de 2009

A Carta Educativa levou a CMA afocar-se ainda mais nesta área.Tendo em conta que esta carta éum documento que prevê tambémum planeamento dos espaços edu-cativos para os próximos anos, fazcom que José Carlos Rolo, vice-presidente da Câmara Municipalde Albufeira, encare o desafiocomo “uma motivação no sentidode ser uma causa nobre”. A cartaeducativa de Albufeira propõe aconstrução de novos equipamen-tos em várias escolas do 1.º cicloe pré-escolar, assim como acriação de novas salas e bemcomo a reconversão de algumasdas existentes.José Carlos Rolo faz questão delembrar que a Câmara de Albufeiratem “primado em termos de apoioà educação”, não só no sentidoformal da palavra como no sen-tido informal. Assim, o papel doexecutivo vai além das suas obri-gações comunitárias e estende-sea outras obrigações morais e éti-cas perante a população.

A implementação das novastecnologias nas escolas deAlbufeiraNo âmbito do projecto Pitágoras, aentidade camarária apostou na im-plementação das novas tecnologiasem várias salas de aula. Se por umlado foi adjudicado um portal di-gital que permite aos seus inter-venientes (alunos, professores eencarregados de educação), teremum papel mais activo e interactivoentre si, possibilitando uma formade comunicação mais eficaz; poroutro lado, a CM de Albufeira im-plementou a escola digital, levandoàs salas de aulas as novas tecno-logias de informação e comunica-

ção, essencialmente as do 1.º cicloe pré-escolar. No primeiro caso, José Carlos Roloé claro, “ a realização de um portalde comunicação permite uma li-gação entre as várias escolas e omunicípio, é uma plataforma de tra-balho em comum”. Com o portal digital, o acesso à in-formação é facilitado, sendo possí-vel ficar-se a par do historial doaluno, como também acompanhar amatéria dada na sala de aula, fun-cionando, desta forma como um va-lioso instrumento de trabalho. A ideiaagrada aos professores, encarrega-

dos de educação e aos próprios alu-nos que começam a ganhar moti-vação. No entanto este portal aindanão está em funcionamento, e a câ-mara tem tido dificuldade em en-contrar um parceiro que se identifi-que com o projecto.Por outro lado, o município tem-seaprumado no que respeita a mo-dernização dos métodos de edu-cação, levando até aos seus alunosum conjunto de ferramentas tecno-lógicas que os coloca em contactocom novas formas de aprender.“Cerca de 50% de escolas do con-celho já possuem quadros inter-activos, computadores e projecto-res”, afirma o vice-presidente da CMde Albufeira. Outra ferramenta quevem acompanhar a renovação, e queé já uma realidade em algumas es-colas, é a mesa interactiva, que per-mite, ao professor, através de ummonitor, acompanhar todos os tra-balhos que os alunos estão a de-senvolver no computador. Por ter uma receptividade positivae também para que exista confor-midades em todas as escolas doconcelho, o executivo autárquicoprevê que “dentro de dois, três anospossa-se introduzir computadoresem todas as escolas do 1.º, 2.º e3.º ciclo”, assim como o restanteequipamento tecnológico.

Novos estabelecimentos de en-sino, reformas e expansão deinfra-estruturasEm relação ao parque escolar, a au-tarquia não pára. As intervençõesnas escolas do concelho são umaconstante. “Já construímos três es-

colas novas e até ao final do anoescolar será terminada mais umaescola nova e ainda mais duasampliações”, apura José Carlos Rolo.Os dois estabelecimentos de ensinoainda em construção têm uma par-ticularidade. É que a sua execuçãoestá a ser feita numa vertente am-biental, pois está a ser utilizadaenergia foto voltaica, energia quese obtém através da conversão di-recta da luz do Sol em electricidade,e energia geotérmica, energia ob-tida através do calor provenienteda terra, sendo construídas emtaipa (Terra e adobo).No entanto outras construções, fo-ram feitas sobretudo “obras a ex-teriores, ampliação e renovações”,com o objectivo de “aproximar asescolas da sociedade actual”. As bi-bliotecas escolares não ficaram paratrás, e os espaços que anterior-mente eram preenchidos por “ar-mários fechados”, deram lugar auma área de estudo, conhecimentoe lazer com “estantes abertas, com-putadores, áudio e vídeo “.Ainda no que respeita à construção denovas infra-estruturas, a CM de Albufeiratem em andamento a construção dedois pavilhões desportivos, a requali-ficação da entrada norte da cidade e,a construção de dois parques de esta-cionamento que vem facilitar a logís-tica da mesma.

Incentivo à leitura e a outrasformas de saberNas escolas de Albufeira existe umplano municipal à sua disposição.Este Plano está integrado na rotinados alunos, que viram as suas

Associação Internacional dascidades educadoras

Trata-se de um movimento criado em Barcelona em 1990,constituído por cidades de vários países representadaspelas suas autarquias. Os objectivos da associação recaemem apoiar o cumprimento dos princípios da carta dascidades educadoras por parte das cidades aderentes,promover colaborações e acções concretas entre cidades,aprofundar o discurso das cidades educadoras e dialogare colaborar com diferentes organismos nacionais einternacionais.

As cidades que aderiram a esta associação subscrevemtambém a Carta das Cidades Educadoras cuja ideia geral éque a cidade, é por si só, geradora de educação para osseus habitantes e de conter nela própria elementosimportantes para uma formação integral das pessoas. Massó será cidade educadora se reconhecer, exercer edesenvolver, para lá das suas funções tradicionais, umafunção educadora.

Albufeira: Cidade EducadoraAo aderir à Associação Internacional das Cidades Educadoras, a Câmara Municipal de Albufeira (CMA) pretende atingirum nível de excelência na área da educação, um objectivo que continua a ser uma prioridade para o actual executivoautárquico.

opções de conhecimento aumenta-rem com outras actividades, comoé o caso do programa promovidopela autarquia, Pentateuco, que pos-sibilita aos jovens participarem com“contos, banda desenhada, mezi-nhas caseiras recolhidas pelos pró-prios nas aldeias”, entre outros.Ainda dentro da promoção da lei-tura, a autarquia oferece o PrémioAlbufeira da Literatura, que tem in-centivado os mais jovens, à leiturae escrita. Este ano vem juntar-se umoutro projecto que é o PrémioAlbufeira Ciência, que, com a mesmafinalidade, ambiciona potencializaro interesse dos mais novos nocampo da ciência.Muitas outras actividades estão acargo ou tem o apoio da autarquia,como é o caso dos jornais escola-res, a recriação do porto medievalque acontecerá a 27, 28 e 29 deMaio, ou as férias escolares que, talcomo explica o autarca, durante oVerão, serão frequentadas por “cercade 300 alunos do 1.º ciclo e pré-es-colar, que se ocuparão em váriasactividades de carácter pedagógico,científico e desportivo”.Outra acção que se adivinha pro-veitosa é o protocolo estabelecidoentre a CM Albufeira e a EscolaSuperior de Educação de TorresNovas, que visa a criação do Centrode Estudos e Formação Avançadade Albufeira (CEFAL). Este projectoirá trazer para Albufeira, a expansãode projectos de pós-graduação, deformação contínua, de investigação,de actividades para a comunidadee de consultadoria educativa, entreoutros.

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Sustentabilidade é o propósito Inserido na Estratégia de Sustentabilidade do concelho de Loulé que abrange várias áreas, o desenvolvimentode projectos com vista a aumentar a política educativa do concelho, tem sido um alvo a concretizar pelaCâmara Municipal de Loulé.

Entre as medidas a serem imple-mentadas, o reforço da oferta daeducação pré-escolar e do 1.º ciclo,o combate ao insucesso e abandonoescolar e a formação ao longo davida, aparecem como projectos deacção. O facto de Loulé ter conce-bido a Carta Educativa, e de ser tam-bém uma Cidade Educadora, vem aoencontro à decisão do executivo deum maior ‘investimento’ nesta área. Assim, foi desenhado um planea-mento educativo, que como explica,Leonel Silva, director municipal deLoulé, “até 2011 estará concretizado”.Este planeamento terá em conta “pe-quenas alterações a realizar nas es-colas do 1.º e JI’s”. Pretende-se destemodo criar “melhores condições nosestabelecimentos de ensino” querpara alunos e professores quer rela-tivamente a zonas específicas deestudo e lazer organizado”. Tal comoLeonel Silva afirma, esta requalifica-ção tende a “aumentar o nível deoferta” e a “criar condições de for-mação com qualidade”.Para que tal se alcance, a autarquiaconta com a cooperação do INUAF

(Instituto Superior Dom Afonso III),que, segundo o director municipal,”tem vindo a ser um veículo paratodos os que pretendem completaros seus estudos ou iniciar outras viasde formação”. Para o assessor deimprensa, existe entre as duas enti-dades “um apoio mútuo, de coope-ração em vários domínios, que po-tenciam a instrução”.Relativamente à Estratégia de Sus-tentabilidade, esta surgiu “de umacoligação de vontades e constitui-se

como uma boa oportunidade que oexecutivo camarário para ser feitoum diagnóstico completo das ne-cessidades do concelho”, como contaLeonel Silva. Esta acção, pioneira nonosso país, tem, segundo o mesmo,de “ser desenvolvida e aplicada nosvários projectos de acção em de-senvolvimento”, potenciando a cons-trução “um futuro sustentável e equi-librado”. A Feira de Formação,Emprego e Empreendedorismo, é umbom exemplo do que tem vindo aser realizado, contando com “a par-ticipação de escolas, instituições pú-blicas e privadas, bem como de em-presas”, alcançando, no momento,um estatuto regional.“A Estratégia é algo que abrange umleque variado de áreas: económico,ambiental, social cultural”, esclareceo director municipal, que diz, aindaser esta a melhor forma de “criarcondições e um ambiente que pro-picie o desenvolvimento social eeconómico do concelho de formasustentável”, na linha de que “o fu-turo não se prevê, antes se prepara”,conclui.

Felizmente, a Câmara Municipal deLoulé tem capacidade financeira eabertura para pôr em prática estetipo de iniciativas, o que satisfaz dealguma forma Leonel Silva, que acre-dita que “as autarquias têm de darum salto qualitativo”, focando-se nãosó nas obras públicas infra-estrutu-rantes mas igualmente nas áreascomo “a intervenção social, a edu-cação e a saúde”.Este à-vontade que a autarquia mos-tra ter em relação as suas receitasdeve-se ao empreendedorismo dosector turístico que possui, o que lhe“permite realizar actividades, pro-jectos e ter uma intervenção maisactiva e de qualidade”, como explicao director.

“O facto de pertencermos à Asso-ciação Internacional das CidadesEducadoras, de termos sido dos pri-meiros municípios a aderir ao PlanoNacional de Leitura, promovendo aleitura nos diferentes públicos demodo a manter a motivação e umaumento da ‘literacia’ da população”.Permite também “um maior acessoa cultura e a eventos diversos”, contao assessor de imprensa. O mesmoadmite que em Loulé existe razões“para viver e habitar”, e indica me-didas com a “redução de algumastaxas camarárias” que o executivotem vindo a tomar, para justificareste cenário apelativo. “Venham aLoulé porque aqui criamos condiçõespara que se possam sentir bem”.

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