UFF pode ceder terrenos para construção de vias

A reitoria da UFF está discutindo a possibilidade de ceder parte dos campi do Gragoatá e da Praia Vermelha para a prefeitura de Niterói, para a construção de duas vias: Via Orla e Via 100. O projeto ainda não foi divulgado ou devidamente debatido com a comunidade acadêmica, o que aumenta as dúvidas e preocupações.

O professor Francisco Palharini, diretor do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) declarou-se contrário ao projeto. “Acho a proposta bastante prejudicial ao Gragoatá e especialmente ao ICHF. O Gragoatá vai ficar espremido entre duas pistas. Acho muito inconveniente sacrificar o convívio e a circulação dentro do campus para favorecer a circulação de veículos”, afirmou Palharini. Hoje de manhã, aconteceria uma reunião dos diretores de curso do Gragoatá para discutir a proposta e buscar uma posição comum.

O professor Walber Paschoal, especialista em engenharia de transportes, integrou uma comissão criada pela UFF para avaliar o projeto. Contudo, segundo ele, jamais foi apresentado um projeto real, apenas uma idéia geral. Deste modo, a comissão apresentou um relatório concluindo que aquilo era insuficiente para avaliar o que a construção das vias representaria para a UFF. “Qualquer opinião sem que exista um projeto, com dados técnicos, é mera especulação”, afirmou o professor Walber.

Embora a reitoria negue, existe uma forte desconfiança que a negociação para cessão das vias envolve a liberação das construções de 15 prédios nos dois campi. As obras foram embargadas pela prefeitura de Niterói, devido à falta dos relatórios de impacto ambiental. Por não acatar a determinação de suspender as obras, a UFF foi multada em R$ 25 mil, segundo noticiou o jornal O Globo em 19 de junho.

Amanhã, quarta-feira, acontecerá o Conselho Universitário (CUV), no auditório do Instituto de Geociências. Embora a pauta ainda não tenha sido divulgada oficialmente, é provável que a cessão dos terrenos à prefeitura seja um dos temas principais.

Docentes de universidades federais aprovam

Paralisar as atividades no dia 05 de julho e pautar a construção de uma greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) para agosto foram as deliberações do encontro do setor das federais, realizado na sede do ANDES-SN, nos dias 17 e 18 de junho. A reunião contou com a participação de 37 professores, de 25 seções sindicais.

“Além de aderir à paralisação geral dos Servidores Públicos Federais (SPF) no dia 5 de julho, como parte da campanha conjunta, os professores decidiram por fazer desta data um Dia Nacional de Luta para a mobilização em prol da carreira docente”, comenta Sandra Bernadete Moreira, 1ª vice presidente da Regional Norte II.

Os representantes das Ifes indicaram também iniciar uma rodada de assembléias gerais nas seções sindicais para pautar a discussão de uma greve unificada dos docentes do setor para o segundo semestre de 2011.

paralisação no dia 5 de julho

4 mil servidores públicos tomam o Aterro do Flamengo

Neste domingo, dia 26,uma nova passeata voltou a reunir bombeiros e profissionais do ensino fundamental e médio no Aterro do Flamengo. A novidade foi a incorporação de outras categorias, como funcionários de Universidades e profissionais da Saúde. Quatro mil pessoas ocuparam o Aterro, em defesa da anistia irrestrita aos bombeiros e por reajuste salarial e contra as péssimas condições de trabalho no Rio de Janeiro. Mais uma vez, a população demonstrou seu apoio e solidariedade aos trabalhadores em greve.

Congresso da ANEL prepara campanha contra o PNE

Quase dois mil estudantes se reuniram entre os dias 23 e 26 de junho em Seropédica para o I Congresso da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre. O congresso contou com a participação de estudantes de 23 estados, dos DCEs (Diretório Central dos Estudantes) da UFRJ, UFRR, UFRS, UEC, entre outras. Outros setores do movimento estiveram presentes, como o ANDES-SN, o MST, MTST (movimento dos Trabalhadores sem Teto).

Os dois eixos principais do congresso foram a luta contra o novo Plano Nacional de Educação do governo e a reivindicação de que 10% do PIB sejam investidos na educação.

Os delegados aprovaram uma ampla campanha pelos 10% do PIB, com a realização inclusive de um plebiscito sobre o tema, idéia que já vem sendo construída em parceria com o ANDES-SN. A resolução chama a UNE para participar da campanha.

Acontece hoje o Seminário Estadual de luta contra a privatização da Saúde

O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro que articula diversos movimentos sociais, sindicatos,

partidos políticos, centrais sindicais, usuários, trabalhadores da saúde e setores da comunidade acadêmica, realizará mais uma atividade contra o sucateamento e a privatização do SUS em curso em todo o país.

Este Seminário, organizado pelo Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, tem como objetivo promover uma reflexão acerca das lutas já travadas pelo movimento e traçar seus próximos objetivos, além de buscar a unificação dos movimentos sociais em torno da luta contra a privatização das políticas públicas.

O Seminário começará com um debate sobre “A conjuntura da Saúde e a Privatização das Políticas Sociais”. O debate contará ainda com participantes de outros setores, como o Fórum em Defesa da Escola Pública, o Comitê Popular da Copa e o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais. Após a mesa-redonda, os participantes do Seminário se dividirão em Grupos de Trabalho, para discutir propostas objetivas sobre a organização do Fórum.

O Seminário ocorre hoje (terça-feira, 28/06), das 14 às 21 horas, no auditório 91 da UERJ, campus Maracanã.

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