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ANO 10 – Nº 2224 / 2099 – SÃO PAULO, 17 A 23 DE FEVEREIRO DE 2007 – R$ 2,00 AGENDA O BUNKYO recebe até o dia 23 de fevereiro as inscrições para interessados em concor- rer a uma das vagas do Con- selho Deliberativo. A eleição acontece no dia 31 de março através de carta ou pessoal- mente. O interessado em candidatar-se a conselheiro, deverá levar em conta alguns requisitos, como ter pelo me- nos três anos de filiação, ser indicado por cinco ou mais as- sociados, ter ocupado cargos na Diretoria ou no Conselho Fiscal por dois anos ou já ter sido membro do Conselho Deliberativo. Mais informa- ções pelo tel 11/3208-1755. A FUNDAÇÃO MOKITI OKADA, através do seu de- partamento de música, está oferecendo a comunidade dois novos projetos musicais: Coral Infantil e Orquestra de Violões. No Coral infantil pode partici- par qualquer criança que já estiver alfabetizada. Quanto à orquestra de Violão, está aber- ta para qualquer pessoa maior de 12 anos, mas precisa trazer o violão para os ensaios. Não é necessário nenhum conheci- mento musical ou do instru- mento. As inscrições estão abertas e vão até 10 de mar- ço. Telefone para contato: 11/ 5087-2006 e o e-mail é: [email protected] g.br. En- dereço: Rua Sena Madureira, 1008, Vila Mariana – São Pau- lo. O CARNAVAL EM REGIS- TRO terá quatro bailes e duas matinês. A Folia de Momo co- meça hoje (17). Serão quatro noites animadas para os foli- ões da Cidade e outros dois bailes de matinê, manhã (18) e terça-feira, das 15 às 18 ho- ras, na Praça Beira Rio. Ha- verá trio elétrico, desfile de blo- cos, escola de samba e muito som mecânico, todas as noites até as 2 horas, na Praça Sílvia Bertelli Maeji (Praça do TIK). O desfile de blocos acontece a partir das 20 horas, come- çando na Rua Shitiro Maeji (em frente ao Restaurante Frangão e seguindo a Rua Gersoni Nápoli e dispersando na Praça do Tik). O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) informa seus próximos cursos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão. No dia 23 (sexta-fei- ra), o tema será “Utilização do Hello Work e Órgãos Assisten- ciais do Japão”, e no dia 27 (ter- ça-feira), “Imposto de Renda do Brasil e do Japão”. Os cur- sos são gratuitos e acontecem sempre das 14 às 16h30. O Ciate fica na Rua São Joaquim, 381, 1º andar, sala 11 (prédio do Bunkyo). Mais informa- ções pelo tel.: 11/3207-9014. DIÁLOGOS ÚTEIS UTI- LIZADOS NAS FÁBRI- CAS DO JAPÃO, curso pro- movido pelo Ciate dirigido para dekasseguis, tem início no pró- ximo dia 26 (segunda-feira). Com duração de dois meses (total de nove aulas), o curso acontece uma vez por sema- na, sempre as segundas-feiras, das 14 às 16h. As inscrições devem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h, no Ciate (endereço acima). Carnaval de 2008 terá japoneses em desfiles e festas Mesmo com o Carnaval ain- da no começo, a hora é de pensar já no ano que vem. Pelo menos para a SP Turis- mo, que criará ações de mar- keting e planejamento para a festa de 2008, ano do Cen- tenário. Em parceria com empresas de turismo e hotéis, o “Carnaval do Cenjtenário” promete atrair os japoneses para aproveitar o “gancho” das comemorações, além de conhecer os programas e van- tagens que a cidade de São Paulo oferece. Outra idéia é chamar alguns passistas nipô- nicos para o Sambódromo. —————–—— | pág 6 Tatuagem e piercing no trabalho: o que fazer e como lidar Piercings e tatuagens estão se tornando cada vez mais po- pulares. A maior prova disso é o número de adeptos ao artigo andando pelas ruas. Brincos nos mais inusitados lugares e desenhos estampa- dos na pele parecem ser en- carados de forma cada vez mais natural. Entretanto, será que o mesmo acontece para quem procura emprego? Em- presas contam ao Jornal Nikkei como é visto extra- vagâncias como essa. —————–—— | pág 7 Vítimas da bomba atômica ganham mais uma batalha REPRODUÇÃO 62 anos após o término da Segunda Guerra Mundial, três japoneses residentes no Brasil, vítimas da bomba atômica de Hiroshima, receberão do governo japonês o auxílio de saúde, além de um valor acumulado de R$ 24.166,00 a ser dividido conforme os direitos individuais. Até hoje, muitos sobreviven- tes precisam lutar por seus direitos devido à antiga decisão do governo de auxiliar somente aqueles que vivem no território japonês. ––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 3 Jogador nikkei faz sucesso no Coritiba e sonha conhecer Japão DIVULGAÇÃO Neto de japoneses por parte da mãe, Miriam Morimoto Moreira, Pedro Ken Morimoto Moreira é considerado uma das principais promessas da nova safra de jogadores revela- dos pelo Coritiba. Fã do francês Zidane, “Japa”, como é cha- mado, sonha conhecer a terra dos avós “como turista ou como jogador”. Aos 19 anos, o jovem já vestiu a camisa da Seleção Brasileira Sub-20 e quer repetir a experiência. Desta vez na equipe principal. ––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 5 Saiba como o mangá chegou ao ocidente e conquistou os brasileiros Confira nesta edição do Jornal Nikkei o caderno especial sobre quadrinhos e animação japonesa, com entrevistas com a estudiosa da cultura pop ja- ponesa, Cristiane Akune Sato; o fundador da Abrademi, Francisco Noriyuki Sato; o desenhista Júlio Shimamoto e o dublador Gilberto Baroli. O suplemento também traz um guia de serviços, com contatos de escolas de desenhos e associações. Lílian Tangoda fatura título do Paulistão e consolida-se como a melhor de SP MARCUS IIZUKA A cantora Lílian Tangoda fi- nalmente conquistou o título que faltava em seu currículo musical. Bicampeã do Brasi- leirão (2003 e 2004), a nikkei venceu o Grand Prix do Pau- listão 2007, levando para casa o título máximo do con- curso. Natural de Guararapes e cantora desde a infância, Lílian combinou tanto a téc- nica quanto a vibração em cima do palco para garantir o tão desejado sonho. “Estou muito satisfeita com o resul- tado, principalmente por sa- ber que cantores de alto nível estavam participando”, disse. E não foi só a cantora que saiu com sorrisos do concur- so. Em números, o Paulistão deste ano congregou em dois dias cerca de 6 mil pessoas, além de movimentar centenas na comissão organizadora. —–––—––——–– | pág 11

AGENDA Lílian Tangoda fatura título do Paulistão e consolida-se …€¦ · Paulistão. Promovido pela UPK (União Paulista de Karaokê), o concurso contou com aproximadamente

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Page 1: AGENDA Lílian Tangoda fatura título do Paulistão e consolida-se …€¦ · Paulistão. Promovido pela UPK (União Paulista de Karaokê), o concurso contou com aproximadamente

A N O 10 – N º 2 224 / 2 0 99 – S Ã O PA U LO, 17 A 23 DE FEVEREIRO D E 2 0 0 7 – R $ 2 , 0 0

AGENDA

O BUNKYO recebe até o dia23 de fevereiro as inscriçõespara interessados em concor-rer a uma das vagas do Con-selho Deliberativo. A eleiçãoacontece no dia 31 de marçoatravés de carta ou pessoal-mente. O interessado emcandidatar-se a conselheiro,deverá levar em conta algunsrequisitos, como ter pelo me-nos três anos de filiação, serindicado por cinco ou mais as-sociados, ter ocupado cargosna Diretoria ou no ConselhoFiscal por dois anos ou já tersido membro do ConselhoDeliberativo. Mais informa-ções pelo tel 11/3208-1755.

A FUNDAÇÃO MOKITIOKADA, através do seu de-partamento de música, estáoferecendo a comunidade doisnovos projetos musicais: CoralInfantil e Orquestra de Violões.No Coral infantil pode partici-par qualquer criança que jáestiver alfabetizada. Quanto àorquestra de Violão, está aber-ta para qualquer pessoa maiorde 12 anos, mas precisa trazero violão para os ensaios. Nãoé necessário nenhum conheci-mento musical ou do instru-mento. As inscrições estãoabertas e vão até 10 de mar-ço. Telefone para contato: 11/5087-2006 e o e-mail é:[email protected]. En-dereço: Rua Sena Madureira,1008, Vila Mariana – São Pau-lo.

O CARNAVAL EM REGIS-TRO terá quatro bailes e duasmatinês. A Folia de Momo co-meça hoje (17). Serão quatronoites animadas para os foli-ões da Cidade e outros doisbailes de matinê, manhã (18)e terça-feira, das 15 às 18 ho-ras, na Praça Beira Rio. Ha-verá trio elétrico, desfile de blo-cos, escola de samba e muitosom mecânico, todas as noitesaté as 2 horas, na Praça SílviaBertelli Maeji (Praça do TIK).O desfile de blocos acontecea partir das 20 horas, come-çando na Rua Shitiro Maeji(em frente ao RestauranteFrangão e seguindo a RuaGersoni Nápoli e dispersandona Praça do Tik).

O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa seuspróximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. No dia 23 (sexta-fei-ra), o tema será “Utilização doHello Work e Órgãos Assisten-ciais do Japão”, e no dia 27 (ter-ça-feira), “Imposto de Rendado Brasil e do Japão”. Os cur-sos são gratuitos e acontecemsempre das 14 às 16h30. OCiate fica na Rua São Joaquim,381, 1º andar, sala 11 (prédiodo Bunkyo). Mais informa-ções pelo tel.: 11/3207-9014.

DIÁLOGOS ÚTEIS UTI-LIZADOS NAS FÁBRI-CAS DO JAPÃO, curso pro-movido pelo Ciate dirigido paradekasseguis, tem início no pró-ximo dia 26 (segunda-feira).Com duração de dois meses(total de nove aulas), o cursoacontece uma vez por sema-na, sempre as segundas-feiras,das 14 às 16h. As inscriçõesdevem ser feitas de segunda asexta-feira, das 9 às 17h, noCiate (endereço acima).

Carnaval de 2008terá japoneses emdesfiles e festasMesmo com o Carnaval ain-da no começo, a hora é depensar já no ano que vem.Pelo menos para a SP Turis-mo, que criará ações de mar-keting e planejamento para afesta de 2008, ano do Cen-tenário. Em parceria comempresas de turismo e hotéis,o “Carnaval do Cenjtenário”promete atrair os japonesespara aproveitar o “gancho”das comemorações, além deconhecer os programas e van-tagens que a cidade de SãoPaulo oferece. Outra idéia échamar alguns passistas nipô-nicos para o Sambódromo.

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Tatuagem e piercingno trabalho: o quefazer e como lidarPiercings e tatuagens estão setornando cada vez mais po-pulares. A maior prova dissoé o número de adeptos aoartigo andando pelas ruas.Brincos nos mais inusitadoslugares e desenhos estampa-dos na pele parecem ser en-carados de forma cada vezmais natural. Entretanto, seráque o mesmo acontece paraquem procura emprego? Em-presas contam ao JornalNikkei como é visto extra-vagâncias como essa.

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Vítimas da bomba atômicaganham mais uma batalha

REPRODUÇÃO

62 anos após o término da Segunda Guerra Mundial, trêsjaponeses residentes no Brasil, vítimas da bomba atômica deHiroshima, receberão do governo japonês o auxílio de saúde,além de um valor acumulado de R$ 24.166,00 a ser divididoconforme os direitos individuais. Até hoje, muitos sobreviven-tes precisam lutar por seus direitos devido à antiga decisão dogoverno de auxiliar somente aqueles que vivem no territóriojaponês.

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Jogador nikkei faz sucesso noCoritiba e sonha conhecer Japão

DIVULGAÇÃO

Neto de japoneses por parte da mãe, Miriam MorimotoMoreira, Pedro Ken Morimoto Moreira é considerado umadas principais promessas da nova safra de jogadores revela-dos pelo Coritiba. Fã do francês Zidane, “Japa”, como é cha-mado, sonha conhecer a terra dos avós “como turista ou comojogador”. Aos 19 anos, o jovem já vestiu a camisa da SeleçãoBrasileira Sub-20 e quer repetir a experiência. Desta vez naequipe principal.

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Saiba como o mangá chegou aoocidente e conquistou os brasileirosConfira nesta edição do Jornal Nikkei o cadernoespecial sobre quadrinhos e animação japonesa,com entrevistas com a estudiosa da cultura pop ja-ponesa, Cristiane Akune Sato; o fundador daAbrademi, Francisco Noriyuki Sato; o desenhistaJúlio Shimamoto e o dublador Gilberto Baroli. Osuplemento também traz um guia de serviços, comcontatos de escolas de desenhos e associações.

Lílian Tangoda fatura título do Paulistãoe consolida-se como a melhor de SP

MARCUS IIZUKA

A cantora Lílian Tangoda fi-nalmente conquistou o títuloque faltava em seu currículomusical. Bicampeã do Brasi-leirão (2003 e 2004), a nikkeivenceu o Grand Prix do Pau-listão 2007, levando paracasa o título máximo do con-curso. Natural de Guararapese cantora desde a infância,Lílian combinou tanto a téc-nica quanto a vibração emcima do palco para garantir otão desejado sonho. “Estoumuito satisfeita com o resul-tado, principalmente por sa-ber que cantores de alto nívelestavam participando”, disse.E não foi só a cantora quesaiu com sorrisos do concur-so. Em números, o Paulistãodeste ano congregou em doisdias cerca de 6 mil pessoas,além de movimentar centenasna comissão organizadora.

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 17 de fevereiro de 2007

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Luciana Kulba,

Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

[email protected] ou [email protected]

MARCUS IIZUKA

• Na abertura de cerimônia doconcurso de karaokê Paulistão,um famoso político, sem direi-to a fazer discurso, sai antes,no estilo “saída à francesa”.• Cerca de 600 cantores par-ticiparam do Paulistão, todospagando inscrição.• No filme Cartas Iwo Jima,o ator Ken Watanabe, de “OÚltimo Samurai”, interpretacom muita maestria o papel deum general do exército impe-rial. E o ator Eijiro Osaki, queatuou no filme “Gaijin, Ama-me como sou” no papel de“Onityan”, interpreta um ofi-cial dedicado e fiel ao seu co-mandante. A estréia do filmefoi no último dia 16.• O estilista Jum Nakao e omúsico Paulo Beto realizam apalestra “A Costura do Invisí-vel”, no Espaço Cultural daFundação Japão. O evento tementrada gratuita e acontece nodia 2 de março, às 19h30. A

Ooops!palestra propõe uma jornadarumo ao processo criativo.Através de imagens e sons, asinquietações próprias dos cri-adores são trazidas à tona, con-duzindo o espectador ao mer-gulho para desvendar o quenão se vê sem o pensamento.(Fonte: Érika Yamauti, FJSP)• O professor Issao Minamiassessora o professor e dou-tor David Hong Keun Oh, mé-dico especialista em Neurop-siquiatria pela Kyung HeeUniversity de Seul, na Coréiaem diversas áreas de pesqui-sa na medicina altenativa na-turalista e tecnologia da infor-mação. Foi recebido na USPpelo Prof. Dr. Valentim Gentil,Prof. Dr. Carlos Eduardo dePaula. Visitou o Instituto dePsiquiatria do Hospital dasClinicas e o Hospital Univer-sitário e Clinica Odontológicada USP. (Fonte: Issao Mina-mi, FAU-USP)

A entidade filatrópica Abeuni, Aliança Beneficente Universitária, realizou a 45ª Caravana Assistencial, entre osdias 20 a 28 de janeiro na cidade de Atibaia, interior paulista. Mais informações podem ser obtidas pelo sitewww.abeuni.org.br . (foto: Divulgação)

Nos dias 10 e 11, na cidade de São Ber-nardo do Campo, muitos jovens participa-ram do 13º Concurso de Karaokê do Es-tado de São Paulo, mais conhecido comoPaulistão. Promovido pela UPK (UniãoPaulista de Karaokê), o concurso contoucom aproximadamente 600 cantores, sen-do cerca de 30% de crianças e jovens. Nasapresentações, não faltaram energia e ale-gria em cima do palco.

Grupo Futago

Grupo Fat/furious Grupo Sakura Drops Takeshi Konno Mary Nishimura

Eiji Denda e Luzia Denda Takashi Morita e Yassuko Saito Morita

Luciana Kikuchi, Wilma Mota e Neidi Kitagawa

A empresa Warner Bros. Pictures convida a comunidade da familia “nikkei”para a pré-estréia do filme Cartas do Iwo Jima, de Clint Eastwood, noCinemark do Shopping Eldorado. O filme é ganhador do Globo de Ouro econcorre no Oscar deste ano nas categorias “Melhor Diretor” e “Filme”.

Mika Takahashi e Jô Takahashi

Oridio Shimizu

Angela Hirata e Chieko Aoki

Aconteceu nos dias 10 e 11 o 2º Ano Novo Chinês nobairro da Liberdade, celebrando o ano do Porco. Apre-sentações como música e danças, artes marciais e culi-nária típica com muita variedade fizeram parte do even-to. Ainda na área artística, uma exposição da tradicionalpintura chinesa e a apresentação da gastronomia chinesaelaborado pelos chefes também foram destaques. A ce-rimônia com a presença do presidente da JCI Brasil Chi-na, Arquelau So, do prefeito Gilberto Kassab e do depu-tado federal Willian Woo. (fotos: Willian T. Lee)

A Rua Galvão Bueno com as barracas da culinária chinesa

A cerimônia de abertura no palco

O governador José Serra oferece alface ao Leão

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São Paulo, 17 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 3

Temos assistido, ultima-mente, diversas políticas deincentivo à construção, querem relação a redução de im-postos quer em relação aosfinanciamentos para aquisi-ção da casa própria.

Houve períodos em nossopaís de impensáveis e eleva-dos índices inflacionários. Du-rante esse período, em que vi-gia a Lei de Condomínio e In-corporações, constavam noscontratos de compra e venda,cláusulas em que a constru-ção seria pelo regime do cha-mado “preço de custo”, e, nãoraras vezes pelo regime deempreitada, com um alto pre-ço, onde incluíam o índice dereajustamento e a sua lucra-tividade. Tais cláusulas sem-pre atendendo interesses daincorporadora, a parte maisforte nessa relação.

Em qualquer dos regimesacima apontados, os compra-dores muitas vezes, eram sur-preendidos com reajustes in-suportáveis das parcelas le-vando-os à inadimplência, e,posteriormente, a uma preju-dicial rescisão do contrato,com perda dos valores pagos.

Com o advento do Códi-go de Defesa do Consumidor,o comprador passou a termais segurança. Os valorespagos devem ser devolvidos,quando da rescisão do con-trato, deduzidas as despesasefetuadas.

O comprador de imóvelfoi equiparado assim ao con-sumidor final podendo alegara existência de cláusulas abu-sivas no contrato que inviabili-zam o seu cumprimento, cominversão do ônus da prova.

Passou o comprador a con-dição de hipossuficiente nostermos do CDC. Hipossufici-ente, não se refere somenteàquele economicamentemais fraco, mas, principal-mente, o consumidor, que defato, encontra-se em posiçãode manifesta inferioridadeem relação ao fornecedor.Não importa, pobre ou rico,culto ou inculto, o que impor-ta é que “em relação a umdado fornecedor, estivesseem posição de desvantagemno que se refere à demons-tração do alegado direito”.(Revista de Direito do Con-sumidor, R.T. nº 48, pg.90).Ao incorporador caberá pro-var a má fé do comprador.

É claro que, em conseqü-ência, surgiu um desequilíbrioentre comprador e incorpora-dor, levando nossos tribunais aatender os anseios do compra-dor, mas, fixando um per-centual a ser retido pelo cre-dor para ressarcimento de suasdespesas com publicidade, cor-retagem, impostos, etc. A se-gurança jurídica contratualdeve proteger tanto o compra-dor quanto o incorporador.

Para fugir da caracteriza-ção de consumo na relaçãocomprador e incorporador, asincorporações modernas par-tiram para a alienação fidu-ciária do imóvel. Na aliena-ção fiduciária, transfere-se aocredor a propriedade resolú-vel de coisa imóvel. Na ver-dade, é uma garantia do pa-gamento das prestações,como ocorre na hipoteca.

A diferença fundamentalé que na hipoteca o devedoré o proprietário do imóvel ena alienação fiduciária o cre-dor é o proprietário.

Daí advém várias conse-qüências, entre outras:

a) nos casos de hipoteca,o comprador tem a posse di-reta e indireta e na alienaçãofiduciária o comprador temsomente a posse direta;

b) a alienação fiduciáriaé um direito real sobre coisaalheia, o que desconfigura arelação de consumo, enquan-to no caso de hipoteca, a aqui-sição do imóvel pelo compra-dor configura relação de con-sumo;

c) como a propriedade doimóvel consolida-se em nomedo credor, tem este direitocompulsório de promover,sem prévia autorização judi-ciária, leilão público para ali-enação do imóvel.

O tradicional compromis-so de compra e venda tem asua utilidade enquanto não foroutorgada a competente es-critura de venda e compra.

O que é importante frisar- na aquisição de imóvel, oconsumidor/comprador devedecidir por qual tipo de con-trato optará, avaliar se eleatende as suas necessidadese possibilidades, qual o melhortipo de financiamento, os seusrespectivos encargos, alémdos cuidados com a documen-tação que lhe é apresentada.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

CONTRATO DE COMPRA EVENDA À LUZ DO CÓDIGO DE

DEFESA DO CONSUMIDORQuando Brasil e Japão,

no hemisfério sul enorte respectivamente,

estendem os braços, eles abra-çam o mundo. A poética defi-nição da historiadora YasukoSaito sobre a união dos doispaíses poderia ser a descriçãodo objetivo da luta do pai epresidente da Associação Bra-sileira das Vítimas da BombaAtômica, Takashi Morita. Nasemana passada, um resulta-do concreto foi finalmente al-cançado: três japoneses resi-dentes no Brasil, vítimas dabomba atômica de Hiroshima,em 1945, receberão do gover-no japonês o auxílio de saúde,além de um valor acumuladode R$ 24.166,00 a ser dividi-do conforme os direitos indi-viduais.

Somente a partir de 2006,os documentos para pedido deajuda de custo passaram a serfeitos no Brasil por meio doConsulado Japonês, que con-ta com o apoio do HospitalSanta Cruz e do HospitalNipo-Brasileiro. De 2003 atéo ano passado, só as vítimasque foram requerer direitos noJapão passaram a receberuma ajuda de cerca de 300dólares graças à abertura deum processo judicial. Paracasos em períodos distintosdos citados acima, os direitosvariam de acordo com as en-fermidades e o ano do pedi-do. Mais informações podemser obtidas na associação quefica na Av. Jabaquara 1744,bairro da Saúde, ou pelo tele-fone (11) 2577-03-28.

Desde a época da imigra-ção ao País, os sobreviventesnão tinham direitos por nãoportarem a caderneta dos so-breviventes e o cartão de di-reito à saúde. Com dificulda-des por conta do idioma, dasaúde e da idade, muitos vivi-am às custas dos filhos porquenão tinham direito à aposenta-doria de ambos países.

“A discriminação do gover-no japonês é inadmissível.Muitos se sentem abandona-dos porque foram incentivadosa deixar o Japão após a guer-ra. Devido à demora do resul-tado, algumas vítimas já fale-ceram, como o vice-presiden-te da nossa associação. Alémdisso, outras pessoas não fo-ram consideradas vítimas por-que seus problemas não eramenquadrados como doençascausadas pela bomba”, expli-ca Yasuko.

Ajuda do governo - Devidoao acordo firmado com os Es-tados Unidos, o Japão é, atéhoje, o único responsável pe-las conseqüências das bombasatômicas. Após o término daguerra, um navio pesqueiro ja-

verno e o povo japonês porque“todos viveram aquilo comouma verdade”. “Desde crian-ça, todos aprendiam a cultuaro Imperador. Hoje, sabemosque não era correta essa pos-tura, mas, na época, quem nãoseguisse os ensinamentos eradiscriminado pela população”,acrescenta.

Um exemplo desse espíritojaponês foi a atitude de um doscomandantes de Morita, queteve que verificar o estado deum quartel general após o bom-bardeio. Para encorajar o en-tão jovem soldado, o militarafirmou que o Japão tambémpossuía uma arma nuclear.

Muitos acreditam que emtroca da imunidade da FamíliaImperial, o Japão não resistiuàs imposições dos americanos.Os Estados Unidos, por suavez, teriam chegado à conclu-são de que implantar a demo-cracia no Japão sem os “seresdivinos” seria mais complica-do, além de terem pesado adestruição que causaram aopaís.

“No dia, crianças feridasà beira da morte pediram paravingarem os ataques. Mas seique isso foi uma reação domomento, precisamos sempreeducar para a paz. A guerra éo pior inimigo”, concluiMorita.

(Gílson Yoshioka)

BOMBA ATÔMICA

Vítimas japonesas de Hiroshimareceberão ajuda de custo no Brasil

“A utilização da bomba atô-mica pelos Estados Unidosnão foi para acabar com aguerra mais rapidamente,como declarou o presidenteTruman, e sim, para obter van-tagens políticas contra aUnião Soviética com o inícioda Guerra Fria”, afirma a his-toriadora Yasuko Saito.

A declaração da historia-dora vai de encontro à opiniãoda maioria da população –afinal, a história é contadapelos vencedores. Porém, es-tudiosos endossam a coloca-ção de Yasuko e complemen-tam: Hiroshima e Nagasakiforam escolhidas como alvospara investigar os efeitos dabomba em seres humanos.

Por isso, os americanos te-riam escondido os resultadosdas pesquisas como segredomilitar, além de recusarem oauxílio da Cruz Vermelha àsvítimas do bombardeio.

“Todos ficariam cientes dopotencial de destruição dasbombas se estas fossemlançadas sobre as ilhas pró-ximas ao Japão. A rendiçãoseria a atitude mais sensatae o povo seria preservado.Mas os americanos usarama bomba de urânio em Hiro-shima, e a de plutônio emNagasaki três dias depois.Apesar da segunda bombaser mais potente, a condiçãogeográfica da cidade [Naga-saki] atenuou as mortes. Hi-roshima foi mais afetada por-que é uma cidade mais pla-na”, explica Yasuko.

Em muitos casos, os ame-ricanos limitaram-se a fazeranálises sanguíneas e dosferimentos das vítimas semnenhum tipo de tratamentomédico. Chegavam em jipesmilitares para examinar aspessoas, que, inicialmente, es-tavam dispostas a colaborar

porque queriam saber sobre opróprio estado de saúde.Mas, com o tempo, muitaspassaram a boicotar os testesporque nenhum diagnósticoera dado pelos médicos. So-mente após 20 anos do térmi-no da guerra, com a união deesforços de americanos e ja-poneses, o centro de estudosdeixou de tratar as vítimascomo “cobaias”.

Mídia – Fotos, filmes, todo equalquer tipo de material so-bre a guerra foram confisca-dos pelos americanos paraamenizar a situação após osbombardeios.

Daí a dificuldade de trazermais luz ao caso. Mesmo osmuseus das cidades atingidasmostram a tragédia de formasuperficial, para Yasuko. Ahistoriadora faz um paralelocom outros eventos da atuali-dade para mostrar a importân-

cia da mídia na formação deuma sociedade mais justa.

“Após o final da 2ª Guerra,uma equipe internacional visi-tou Hiroshima e mandou umrelatório para a ONU pedindoajuda em setembro. Porém, osEstados Unidos fecharam acidade, que ficou jogada às tra-ças até a visita da segundaequipe no final do ano. Por isso,a informação é fundamentalpara que não se cometa maisinjustiças. As vítimas dotsunami na Ásia, por exemplo,receberam ajuda do mundo in-teiro, mas as mortes de Hiro-shima e Nagasaki foram mui-to superiores. Na invasão aoIraque, se a mídia não estives-se em cima do caso, os ameri-canos poderiam afirmar queencontraram a fábrica de ar-mas de destruição em massa[o motivo alegado para a guer-ra]”, conclui.

(G.Y.)

Para historiadora, EUA queriam obter vantagens contra a União Soviética

Pensem nas crianças/Mudas telepáticas/ Pensemnas meninas/ Cegas inexa-tas/ Pensem nas mulheres/Rotas alteradas/ Pensemnas feridas/ Como rosas cá-lidas/ Mas oh não se esque-çam/ Da rosa da rosa/ Darosa de Hiroshima/

A rosa hereditária/ Arosa radioativa/ Estúpida einválida/ A rosa com cirro-se/

A anti-rosa atômica/ Semcor sem perfume/ Sem rosasem nada.

Vinícius de Moraes, autorda poesia transcrita acima -A Rosa de Hiroshima -, pro-porcionou um retrato sobre aguerra aos brasileiros (e aomundo também, por quênão?), mas vamos aos fatose aos números: até o final dedezembro de 1945, morreramcerca de 230 mil pessoas de-vido a incêndios, radiação tér-mica e residual (contidas nas“cinzas da morte” que con-taminaram a população atra-vés do ar, da água e dos ali-mentos). Além das mortesinstantâneas causadas pelosferimentos e queimaduras

graves, outras foram causa-das pelo peso dos escombrosdas casas destruídas.

Os sintomas da radiaçãoatômica eram o cansaço, o“bura bura” (fadiga que im-pede a locomoção), náuseas,vômitos, febre alta, diarréia,hemorragia, queda de cabe-los, diminuição de leucócitos,entre outros. Além disso,muitas vítimas tiveram queenfrentar doenças como ocâncer e a leucemia.

Sentimento de culpa - Mui-tas vítimas do bombardeionunca mais tiveram uma vidaque pode ser considerada nor-mal. O temor de que as radi-ações pudessem ter efeitosgenéticos nos descendentes eo preconceito de outros fezcom que algumas pessoas dei-xassem de ter filhos e até decasar. Além disso, oshibakusha convivem comum sentimento de culpa pornão terem socorrido familia-res e amigos. Em casos maisgraves, eles vivem na pobre-za e não conseguem trabalhardevido à precariedade da saú-de e da idade avançada.

(G.Y.)

Vítimas ainda enfrentam conseqüências

ponês trouxe à tona as seqüe-las causadas por tais arma-mentos após exposição às cin-zas radioativas em uma áreade experiências nucleares dosamericanos (ver mais nos bo-xes).

A partir daí, com a pressãoda opinião pública local e mun-dial, as vítimas foram catalo-gadas e receberam ahibakusha techo (cadernetados sobreviventes), que davadireito a tratamento médico.

Inicialmente, a lei não faziadistinção aos sobreviventesque viviam fora do territóriojaponês. Mas após a volta ile-gal de coreanos para conseguira caderneta, o Ministério daSaúde criou uma emenda paraque a lei fosse aplicada somen-te aos residentes no país (de-pois da guerra, os coreanosforam obrigados a voltar àCoréia, que não mantinha re-lações diplomáticas com o Ja-pão na época).

Após anos de reivindica-ções da associação brasileira,com o auxílio do grupo japo-nês liderado pelo professorKazuyuki Tamura e o advoga-do Shuichi Adachi, a sentençada Corte Suprema do Japãoqualificou a lei de “intolerável”e concluiu que a sua aplicaçãorepresenta um “abuso de po-der” por parte do governo lo-cal porque anula os direitos dasvítimas.

Os três japoneses tinhamrecebido o certificado de víti-mas da bomba atômica emmeados da década de 90, du-rante viagens separadas aoJapão, mas tiveram seus direi-tos extinguidos após voltaremao Brasil. Em 2002, os trêsabriram um processo contra ogoverno, que foi rejeitado pe-las cortes de Hiroshima. Háum ano, no entanto, o TribunalSuperior de Justiça da provín-cia e a Corte Suprema anula-ram esta sentença.

A primeira vitória quecatalisou todo o processo foi ocaso de uma vítima sul- core-ana em dezembro de 2002. O

Tribunal Superior de Justiça deOsaka aprovou que ela rece-besse os mesmos benefícios,estendendo a outras vítimas osmesmos direitos. No entanto,o governo de Hiroshima recu-sou-se a indenizar osexpatriados até o último mo-mento.

Espírito japonês – “Nós lu-távamos com garra. A educa-ção da época cultivava o espí-rito japonês, ensinando que eramelhor viver de forma honro-sa do que viver à toa. Assim,muitos soldados preferiammorrer a se entregar”, afirmao presidente Morita.

Morita não condena o go-

Takashi Morita e o beneficiado Teruo Hosokawa

JORNAL NIKKEI

O deputado federal WalterIhoshi (PFL) foi empossadona última quarta-feira (14)como o 3º vice-presidente daComissão de Defesa do Con-sumidor (CDC), na Câmarados Deputados, em Brasília.Eleito por unanimidade, Ihoshientra para a galeria dos pou-cos deputados a integrarem adiretoria – composta de umpresidente e três vices – deuma comissão no primeiromandato.

A Comissão de Defesa doConsumidor é um grupo deestudo permanente, compostopor 42 parlamentares, sendo 21titulares e 21 suplentes. Den-tre suas atividades estão dis-cutir economia popular, abusodo poder econômico, relaçõesde consumo e medidas de de-fesa do consumidor, além decomposição, qualidade, apre-sentação, publicidade e distri-buição de bens e serviços.

DEFESA DO CONSUMIDOR

Walter Ihoshi assumevice-presidência de comissão

“Dentre os assuntos a se-rem tratados, entre as priori-dades estão a crise do setoraéreo, que tem trazido preju-ízo e transtorno à população,e a taxa de telefonia, que nin-guém define como vai ficare não pára de subir”, adian-tou Ihoshi, já se preparandopara o início dos trabalhos,marcados para o próximo dia28.

Fazer parte da diretoria dequalquer comissão no Con-gresso Nacional é um privilé-gio, segundo o líder do PFL naCâmara, deputado OnyxLorenzoni. “Existem muitosdeputados que estão na Casahá vários mandatos e, até hoje,jamais conseguiram integraruma diretoria. Ser vice-presi-dente da CDC não é para qual-quer um, ainda mais em umprimeiro mandato, como é ocaso de Ihoshi”, ressaltou oparlamentar.

Page 4: AGENDA Lílian Tangoda fatura título do Paulistão e consolida-se …€¦ · Paulistão. Promovido pela UPK (União Paulista de Karaokê), o concurso contou com aproximadamente

4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 17 de fevereiro de 2007

Os nikkeis que residem atu-almente no Japão e que neces-sitam da segunda via de certi-dões de nascimento, casamen-to, óbito e averbação de sepa-ração, registradas em seus es-tados de origem, podem adqui-ri-la através do site CartórioPostal com sede em São Pau-lo. O serviço é disponibilizadoatravés da parceria firmadaentre a Associação Nacionaldos Usuários de CartóriosExtrajudiciais (Anucec), o Car-tório Postal e a Empresa Bra-sileira de Correios e Telégra-fos.

O objetivo é atender, agilizare integrar gradativamente osserviços prestados pelos cartó-rios à comunidade brasileira noarquipélago. Para obter os do-cumentos públicos os interes-sados devem acessar o sitewww.cartoriopostal.com.br;preencher o formulário de seuinteresse e pagar a taxa nasagências do Banco do Brasil,

com depósito dirigido para aagência 4305-2, conta corren-te 5550-6 favorecido para o Sis-tema de Cartórios e Certidões.Quem preferir pode pagar viaMoney Gram ou fazer um Docatravés do CNPJ: 69.131.159/0001-41.

Outros documentos tam-bém podem ser solicitadoscomo transcrição de nascimen-to, casamento e óbito; dividaativa da união; foro de justiçacomum; INSS; Junta Comer-cial do Estado de São Paulo;Justiça do Trabalho; JustiçaFederal; lavratura de escritu-ras e levantamento de certi-dões de financiamento de imó-veis junto aos bancos Ministé-rio da Fazenda; Secretaria daReceita Federal; prefeituras;registros civis - segunda via, deimóveis e de títulos e docu-mentos, todos geralmente uti-lizados em vários segmentos.

Taxas - O diretor administra-

tivo do Cartório Postal FlávioLopes informa que os cartóri-os são privatizados, portantoempresas particulares as quaisnecessariamente o pagamen-to de taxas de custas é obriga-tório e que conseqüentementevaria de estado para estado.“Cada estado tem uma taxadiferenciada, não existindo umvalor padrão”, adianta. Certi-dões de nascimento, casamen-to e óbito, por exemplo, tem umvalor único, em São Paulo ataxa custa entre R$ 30,00 e R$40,00.

Outra vantagem segundo oDiretor é que se os interessa-dos solicitarem as certidõesjunto ao Cartório Postal, elesterão assessoria completa nopedido do documento. “Sabe-mos quando o documento temque ter firma reconhecida; seo cartório de origem emite umainformação errada na certidão,nós detectamos, informamos ocliente e solicitamos um novo

DEKASSEGUIS 2

Nikkeis residentes no Japão podem obter a segunda via dedocumentos pela Internet

documento”, completa.Após o preenchimento dos

formulários no site os docu-mentos são remetidos para osetor operacional do CartórioPostal que providencia a do-cumentação e envia para oscartórios do Brasil. Depois depronta a certidão é encaminha-da para o Cartório Postal quepor sua vez envia para os cli-entes.

O prazo de recebimento dacertidão é diferenciado, cadaestado tem um prazo estipula-do. “Exceto casos quando ocliente não tem informaçõesde livre folha, ou seja, ele sabeapenas a data de nascimento.Por causa disso o cartório deorigem faz buscas nos livros,que demanda e tempo e podeestourar o prazo estipulado”,explica. Em São Paulo o pra-zo é de dez dias, enquanto queestados da região Norte podelevar 15 dias devido à distân-cia.

Cena 1: Ano de 1993. Emdificuldades financeiras, o ca-sal Djalma Straube e IsauraTisue Oka decidem tentar asorte no Japão como outros300 mil brasileiros que traba-lham atualmente naquele país.Isaura consegue embarcar;Djalma encontra problemascom o visto e fica em Mogi dasCruzes (SP), onde moram, cui-dando das filhas, então com 1e 5 anos.

Nos dois primeiros anos,segundo Djalma, Isaura es-crevia e enviava dinheiro comfreqüência. “Como residía-mos em uma casa alugada, aremessa era usada, principal-mente, para que pudéssemosconcretizar um de nossos so-nhos, que era a construção deuma casa própria”, contaDjalma, afirmando que em1995 Isaura parou de enviardinheiro. Foram praticamen-te cinco anos sem manter con-tato até que em 2000 Isauraretornou ao Brasil com o pe-dido de divórcio. “Nesse mes-mo ano ela voltou ao Japão echegou a ajudar financeira-mente durante um ano, masdepois sumiu”, conta Djalma.

Cena 2: Ano de 2002.Djalma percebe que seu casonão é isolado. “Descobri que,assim como eu, muitas famíli-as abandonadas por dekasse-guis tem dificuldade de fazervaler os seus direitos”, expli-ca. Foi então que surgiu a idéiade fundar a Associação dasFamílias Abandonadas porDekasseguis (Afad), cuja fina-lidade é buscar um acordo decooperação bilateral para con-cretizar suas reivindicações.

“Atualmente, temos cercade 80 famílias associadas. Al-gumas querem apenas infor-mações sobre o paradeiro deparentes que estão no Japão”,esclarece Djalma, acrescen-tando que a Afad é ligada aoMovimento Nacional de Bus-ca às Pessoas Desaparecidase Contra a Violência”, umaONG (organização não gover-namental) com sede na capi-tal paulista. “Apesar de a pen-são ser um direito das crian-

ças, hoje não luto mais só pormim [a filha mais velha, hojecom 20 anos, é casada]. As-sumi um compromisso comvárias famílias e agora vou atéo fim”, afirma Djalma, queteve que fechar as portas desua empresa, especializada emequipamentos para escritório,após o Plano Collor, e vive atu-almente como autônomo.

Segundo ele, um das con-quistas das famílias abandona-das aconteceu em 2004, como apoio do senador paranaen-se Flávio Arns (PT), sobrinhode dom Paulo Evaristo Arns,que também abraçou a causa.Flavio Arns entrou com umrequerimento solicitando umaaudiência pública no âmbito daComissão de Direitos Huma-nos e Legislação Participativa,em conjunto com a Comissãode Relações Exteriores, coma finalidade de “discutir a situ-ação das famílias abandonadaspor uma parcela dos chama-dos dekasseguis”. Um dosconvidados é o ministro dasRelações Exteriores, CelsoAmorim. O requerimento foiaprovado e a audiência públi-ca para debater a questãodeve ser convocada nas pró-ximas semanas.

“Queremos que as determi-nações da Justiça brasileirapossam ser cumpridas no Ja-pão. Os japoneses, porém, nãoquerem reciprocidade. Elesquerem apenas julgar os dekas-seguis que tiveram problemaspor lá, como é o caso do Mil-ton Higaki [primeiro brasileiroa responder processo por cri-me praticado no Japão]. Nos-sa reivindicação não é apenasmudar a lei sobre prestação dealimentos no estrangeiro, luta-mos também para que dekas-seguis com pendências no Bra-sil sejam impedidas de renovaro visto”, explica Djalma, queespera contatos, em especial,com famílias paranaenses paraque sua empreitada tenha su-cesso.

(Aldo Shiguti)

Mais informações sobre a Afad po-dem ser obtidas pelo telefone: 11/ (11)4796-5748.

DEKASSEGUIS 1

Audiência discutirá situaçãode famílias abandonadas

TRABALHADORES ESTRANGEIROS

De olho no movimentodekassegui e, conse-qüentemente, nos pro-

blemas encontrados pelos bra-sileiros do outro lado do mun-do, a associação GaikokujinRodosha Mondai Kyogikai, re-presentada pelo secretário ge-ral Shigeo Noguchi, esteve noBrasil no começo de fevereiropara levar às autoridades e li-deranças nikkeis algumas pro-postas para a melhoria da qua-lidade de vida dos trabalhado-res; bem como aumentar a as-sistência e informação sobreos direitos e obrigações.

Após visitas a entidades emSão Paulo e Brasília – ondelevou aos deputados federaisWilliam Woo e Walter Ihoshialgumas propostas referentesaos dekasseguis –, Noguchi,também presidente da empre-sa nipônica Viva Vida, queatua como seguradora voltadaaos estrangeiros que vivem noJapão, confirmou que a esta-da em território brasileiro foipositiva, principalmente por terrecebido o apoio dos recém-eleitos deputados.

“Trata-se de uma iniciativapara ajudar os trabalhadoresestrangeiros, especialmente osbrasileiros, a lidarem comquestões pertinentes, caso daeducação das crianças e doaumento da criminalidade, umdos fatores que têm chamadoa atenção dos japoneses. Háde se criar mecanismos paratrabalhar tais questões econscientizar os brasileiros”,aponta Noguchi.

Para tanto, um grupo de tra-balho fora formado no Japãopara dar o apoio necessário,além de conscientizar os paisde família para a questão daeducação dos filhos. SegundoNoguchi, hoje o panorama estámodificando, pois agora há apreocupação de se colocar ascrianças em instituições de en-sino. “Temos escolas que seinstalaram no Japão direciona-das somente às crianças brasi-leiras. Mas ainda o sistema é

um pouco deficitário. Seria in-teressante se ambos os gover-nos investissem mais nesse tipode instituição”, crê Noguchi,mostrando ânimo quando infor-mado sobre a viagem de umacomitiva brasileira ao Japão emabril, para visitas às escolas epossíveis parcerias com empre-sas e entidades. “Isso mostraque Japão e Brasil estão cadavez mais interessados em con-tribuir com a educação dos fi-lhos dos trabalhadores. É umainiciativa que abre muitas por-tas.”

Além da formação educa-cional, outro problema quetambém preocupa tanto os go-vernantes como os donos deempreiteiras é o aumento decrimes praticados por brasilei-ros. Com os holofotes da des-confiança voltados aos brasi-leiros, é hora de lideranças –especialmente os donos deempreiteiras – trabalharem naquestão cultural. Ou, como opróprio Shigeo Noguchi defi-ne, fazer com que os brasilei-ros entendam os mecanismosque regem a população japo-nesa.

“Uma das razões de visitaro Brasil é poder trocar experi-

ências e descobrir algumas pis-tas sobre os motivos que levamjovens e adultos a cometeremcrimes no Japão. Para mimestá muito claro: os brasileirostêm de se acostumar com asregras de comportamento dopovo japonês. Atualmente, vejoque muitos saem do Brasil comum pensamento já formado,fato que traz otimismo. O pro-blema são os que já estão lá,ou que cresceram sem umaformação adequada. A curto emédio prazo não dá para sefazer um prognóstico ou espe-rar grandes mudanças. Contu-do, precisamos começar aconscientização o mais rápidopossível”, avalia o secretáriogeral da entidade.

Futuro dos dekasseguis –Pouco mais de 20 anos após aida da primeira leva de brasi-leiros ao Japão, ShigeoNoguchi dá um parecer umtanto sóbrio sobre o futuro domovimento dekassegui. Emsua concepção, o Japão conti-nuará contratando mão deobra estrangeira em razão daescassez local. Porém, novasnormas estão em estudo porparte do governo, o que pode

Representante japonês estudamedidas para trabalhadores

Joyce Umezu, da entidade Viva Vida, e o representante do Gaikokujin, Shigeo Noguchi

JORNAL NIKKEI

dificultar a entrada de brasilei-ros no país.

“Temos de exigir que seevitem medidas contra a en-trada de imigrantes. O Brasilfaz parte de uma lista com ape-nas 7 países que terão restri-ções ou dificuldades para ob-tenção de vistos, além de to-dos terem de se inscrever obri-gatoriamente no Shakai-hoken(seguro e previdência). Alémdisso, há possibilidade de res-trição de visto para a terceirageração de descendentes.Tudo tem de ser levado emconsideração pelos governos,a fim de não prejudicar quempode vir a trabalhar no Japão”,explica Noguchi.

Nessa luta, o GaikokujinRodosha ganha ainda um apoiode peso: a da senadora japo-nesa Hiroko Goto, uma dasque levantam a bandeira dosdireitos para os trabalhadoresestrangeiros. “Ela está nos aju-dando e vem se empenhandopara conseguir mudanças nalei, principalmente em questõesque envolvem impostos, segu-ros e vistos de permanência.Pelo lado brasileiro, creio quea ajuda sairá muito em breve”,finaliza.

A Fenivar(Federaçãodas EntidadesNikkeis dovale do Ribei-ra) e a Funda-ção Japão,com apoio daAssociaçãoCultural Nipo-Brasileira deR e g i s t r o(Bunkyo) rea-lizam no próxi-mo dia 25, no Bunkyo de Re-gistro, palestra com a profes-sora Lumi Toyoda com o tema“Etiqueta japonesa, comporta-mento à mesa”.

Pesquisadora da cultura ja-ponesa há mais de 40 anos,Lumi Toyoda explica que emsuas palestras costuma abor-dar fatos que acontecem nodia-a-dia dos japoneses, ouseja, o que é o Japão, seu me-canismo de funcionamento,quem são os japoneses e comoeles vivem.

“Na palestra sobre o com-portamento à mesa informodesde o fundamento da arteculinária japonesa até o queacontece na hora de se servirà mesa, através de dinâmicas”,observa.

Segundo ela, “uma palestraé pouco para falar de uma cul-tura tão rica como a japone-sa”. “O ideal seria um cursocompleto sobre a cultura e aetiqueta japonesa, com cargahorária maior, quem sabe será

uma próxima etapa para a re-gião do Vale do Ribeira ondehistoricamente a imigração ja-ponesa teve uma contribuiçãosignificativa e que terá um focoespecial durante a comemora-ção do centenário da imigra-ção japonesa no Brasil”.

Já para o presidente daFenivar, Toshiaki Yamamura,“tenho a plena convicção deque o evento será um suces-so, pois, antes mesmo de abrir-mos oficialmente as inscrições,já havia uma fila de interessa-dos”.

PALESTRA: “ETIQUETAJAPONESA,COMPORTAMENTO À MESA”QUANDO: 25 DE FEVEREIRO, DAS 10 ÀS

12H

ONDE: BUNKYO DE REGISTRO (RUA

NAKATSUGAWA, 165, VILA TUPI –REGISTRO)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 13/3822-2865 OU 3822-4144. INTERESSADOS

DEVEM CONTRIBUIR COM ALIMENTOS NÃO

PERECÍVEIS

ETIQUETA JAPONESA

Professora Lumi Toyodaministra palestra em Registro

Cultura tradicional será abordada em encontro

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Page 5: AGENDA Lílian Tangoda fatura título do Paulistão e consolida-se …€¦ · Paulistão. Promovido pela UPK (União Paulista de Karaokê), o concurso contou com aproximadamente

São Paulo, 17 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 5

BEISEBOL

Decisão do Interclubes VeteranoOuro acontece neste sábado

A forte chuva que caiu so-bre a Capital no último domingo(10) adiou a decisão do 2º Cam-peonato Brasileiro InterclubesVeterano Ouro (55 anos). Assemifinais e a final acontecemhoje (17), no estádio Municipalde Beisebol Nishi, em São Pau-lo, com a participação das qua-tro equipes classificadas na ro-dada de sábado (9).

No primeiro jogo, com iní-cio às 8h30, jogam São José eRegistro. A segunda semifinalserá entre Gigante e Ceasa. Afinal acontece em seguida.

O Estádio de Beisebol MieNishi fica na Av. PresidenteCastelo Branco, 5446, BomRetiro – São Paulo. Entradafranca. Informações pelo tel.:11/3221-5105

Chuva adiu decisão do campeonato, programada para hoje

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CIDADES/LINS

Engenheiro nikkei recebetítulo de Cidadão Linense

Em sessão solene realizadano dia 9 de fevereiro, a CâmaraMunicipal de Lins (SP) home-nageou o professor e engenhei-ro Kooshi Nakai com o título deCidadão Linense pelos seus re-levantes serviços prestados àcomunidade. A autora dapropositura foi a vereadoraGuadalupe Boa Sorte. O profes-sor Nakai foi o responsável pelaimplantação dos cursos técnicosdo Centro Paula Souza em Lins,trazendo a Escola Técnica Es-tadual. Como engenheiro, cons-truiu a sede do bunkyô, da Apaeentre outros inúmeros prédios.Agora ele luta para tornar reali-

dade a Fatec –Faculdade deTecnologia.

Homenagem – Kitisi Iamauti,ex-presidente do Bunkyo deLins, ex-presidente da Câma-ra Municipal e vereador porquatro legislaturas, vai ter seunome colocado em escola mu-nicipal. Este é o objetivo doprojeto de Lei 118/06, apresen-tado pelo vereador DurvalMarçola na sessão de 6 de fe-vereiro. O homenageado foitambém advogado e professoruniversitário. Transferiu suaresidência para Pernambuco,onde veio a falecer.

Kooshi Nakai (centro) recebeu a homenagem no último dia 9

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EDITAL DA ASSOCIAÇÃO DOSARBITROS DO BRASIL

A Associação dos Árbitros vem através deste Edital convo-car os associados e os árbitros a comparecerem no dia 14de março de 2007 às 20:00hs em 1ª chamada e às 20:30 em2ª chamada na Federação Paulista de Beisebal e Softballsita à Rua dos Estudantes, nº 74 - 6º andar para participaremda Assembléia Geral Ordinária.Pauta: 1. Relatório das atividades de 2006;

2. Balanço de 2006;3. Outros assuntos

Considerado uma dasprincipais revelaçõesdo Coritiba dos últimos

tempos, o meio-campistaPedro Ken Morimoto Moreiranão esquece suas raízes. “Aspessoas, incluindo o treinador[Guilherme Macuglia], costu-mam me chamar de Japa ouJaponês, mas isso não me in-comoda. Ao contrário, tenhoorgulho da minha ascendên-cia”, revela logo de cara o jo-vem nikkei.

Neto de ja-poneses porparte de mãe,Miriam Mori-moto Moreira,Pedro Ken so-nha, um dia, co-nhecer a terrados avós. “Coloquei como ob-jetivo visitar o Japão, seja comoturista ou como jogador”, re-vela. Enquanto isso não acon-tece, mata a vontade comopode. “Sou fã da culinária ja-ponesa e sempre que visitomeus avós em Maringá nãodispenso um sushi”, disse o jo-gador em entrevista ao Jornaldo Nikkei pelo telefone an-tes da partida contra o Caxias,em Caxias do Sul, válida pelaCopa do Brasil.

Prata da casa, Pedro Kencomeçou a despontar para ofutebol com apenas 10 anos deidade, nas categorias de base

FUTEBOL

Destaque do Coritiba, meia PedroKen sonha em conhecer o Japão

do Coritiba, seu clube de co-ração. No ano passado, foi al-çado à equipe profissional.Este ano, entrou com o titularem três partidas no Campeo-nato Paranaense. Em especi-al, guarda com carinho os clás-

sicos contra o Paraná (04/02)– foi autor de um gol na vitóriado Coxa por 3 a 2 – e contra oAtlético Paranaense. Suas atu-ações encantaram a torcida,mas o sucesso não subiu à ca-beça. “Sempre esperei minha

oportunidade. Sei que a cadapartida minha responsabilida-de aumenta e isso gera muitaexpectativa. Mas acho issonormal e serve até como in-centivo. Levo os elogios numaboa e é legal quando as pesso-as reconhecem seu potencial”,diz o jogador que completa 20anos no dia 20 de março.

Natural de Curitiba, opolivalente jogador (atua emvários setores do campo) temcomo ídolo o francês Zidane.“É o jogador mais completoque já vi jogar”, diz. A inspira-ção, no entanto, vem de umbrasileiro, não menos badala-do. “Acho o futebol do Kakámuito objetivo e procuro meespelhar nele”, comenta PedroKen, que aponta como suasprincipais qualidades a versa-tilidade e a técnica apurada,além de ter um bom drible.

Características que já o le-varam a vestir a camisa daSeleção Brasileira Sub-20 noTorneio Mediterrâneo, dispu-tado no ano passado na Espa-nha. “Foi uma experiênciamaravilhosa e espero repeti-la”, disse o jogador, afirmandoque já traçou seus planos parao futuro. “Quero defender umgrande clube brasileiro, metransferir para a Europa e vol-tar a vestir a camisa da Sele-ção”, diz, confiante.

(Aldo Shiguti)

*PAULO MAEDA

CARNAVALA Associação Cultural e Es-portiva de Maringá (Acema),ultimamente a única entida-de nikkei a promover os bai-les de Carnaval no Estado,convida os associados de to-das as entidades filiadas daAliança/Liga para participa-rem do Carnaval 2007 – 60anos da Acema. Nos dias 17e 19 carnaval a partir das 23h,no dia 18 Matsuri Dance apartir das 20h, dias 18 e 20matinês a partir das 15h. Ocarnaval será abrilhantadopela Banda Lady Maria.

RECICLAGEMA Associação das Escolas deLíngua Japonesa Regional deMaringá promove nos dias 24e 25 de fevereiro curso de re-ciclagem e aperfeiçoamentoda língua japonesa, para pro-fessores, em sua sede soci-al, na Av. Kakogawa, 50, emMaringá. Inscrições R $45,00. Outras informaçõespelo tel. (44) 3267-5250 ou3246-3468.

BEISEBOLLondrina vai sediar no dia 24o 2º Torneio ClassificatórioNorte-Paranaense de Beise-bol Pré-Infantil e o 21º Cam-peonato Seletivo Norte-Para-naense de Beisebol Júnior, nocampo da Acel. Nos dias 24e 25 em Curitiba, será reali-zado o 2º Torneio Classifica-tório Sul-Paranaense de Bei-sebol Pré-Infantil.

SOFTBOL E GATEBOLO 11º Torneio Aberto“Katsuhiro Hissamura” de

Softbol Masculino será reali-zado no dia 25 no campo daAcel, em Londrina. O 6ºCampeonato Paranaense deGateball para Idosos, será noEstádio Teisaku Numata, noImin-Center, em Rolândia.

INTERCÂMBIOBRASIL-JAPÃOA Aliança Cultural Brasil-Ja-pão do Paraná está receben-do inscrições de pessoas in-teressadas e que tenham ocurso superior (3º grau), paraparticiparem do intercâmbioentre a Aliança e a Universi-dade de Meio, (Okinawa-Ja-pão), num período de 12 me-ses. Os candidatos(as) de-vem arcar somente com asdespesas de passagens, terconhecimento básico da lín-gua japonesa. Demais infor-mações poderão ser obtidaspelo tel. (43) 3324-6418) ouna Rua Paranaguá, 1782 emLondrina. As pessoas inte-ressadas deverão apresentarcurrículo.

CURSO RÁPIDO DEJAPONÊS, PORTUGUÊSA Escola Modelo já está re-cebendo inscrições e matrí-culas para cursos rápidos dejaponês, e de português parajaponeses. Inscrições abertastambém para o curso normalde japonês para novas turmasde crianças e adultos.

CURSO DE CHINÊSEm parceria com o professorHanpan estamos destinandouma sala para os interessa-dos em um curso de chinês(mandarin). Mais informa-ções com Márian pelo tel.(43) 3324-6418.

Informe da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paranáe da Liga Desportiva e Cultural Paranaense

A Associação Cultural eEsportiva Itapetininga realizou,no último dia 4, em sua sedecampestre, o 29º CampeonatoSudoeste Infanto-Juvenil nascategorias masculino e femi-nino. Na ocasião, os organiza-dores prestaram uma homena-gem a Ryuichi Miyamoto, res-ponsável pela construção dodoyo em Itapetininga e queveio a falecer no ano passado.

A competição, que contoucom a participação de cercade 200 atletas de Itapetininga,Capão Bonito, Osasco e Ibiú-na, definiu os representantesda região Sudoeste para oCampeonato Paulista, marca-do para o dia 4 de março, nacidade de Salto.

Na disputa por equipe,Itapetininga fez “barba e cabe-

lo” no masculino e feminino.Entre os homens ficou em pri-meiro na contagem geral com59 pontos, seguida por CapãoBonito (57), Osasco (22) e Ibi-úna (4). No feminino,Itapetininga contabilizou 50pontos, Capão Bonito (33), Ibi-úna (3) e Osasco (2).

Confira os campeões evices da disputa individual:

MASCULINOMirim “C”: 1º) Olavo Rodri-gues (Capão Bonito), 2º)Rubens Silveira (CB)Mirim “B”: 1º) Edwin Taves(Itapetininga), 2º) LeonardoAndrade (ITA)Mirim “A”: 1º) José Dirson(ITA), 2º) Vitor Hugo de Car-valho (Osasco)Infantil “B”: 1º) Lucas

SUMÔ

Sudoeste define representantes para o PaulistaBonfim (CB), 2º) José CarlosCosta (CB)Infantil “A”: 1º) FelipeIshimaru Martin (OSA), 2º)Vitor Moriy (CB)Juvenil: 1º) Tiago César (CB),2º) Bruno Takikawa (CB)

EQUIPEMirim “B”: 1º) ItapetiningaMirim “A”: 1º) Osasco, 2º)ItapetiningaInfantil “B”: 1º) Capão Bo-nitoInfantil “A”: 1º) Itapetininga,2º) Capão BonitoJuvenil: 1º) Capão Bonito, 2º)Itapetininga

FEMININOMirim “B”: 1º) Larissa

Maciel (ITA), 2º) Kathleen dePaula (Ibiúna)Mirim “A”: 1º) Karen (CB),2º) Maira Letícia (ITA)Infantil: 1º) Juliana Rodrigues(CB), 2º) Natany Brisola (ITA)Juvenil: 1º) Daiane Paula(ITA), 2º) Daiane Maria (CB)

EQUIPE (MISTA)Mirim A/B: 1º) Capão Bonito“A”, 2º) Itapetininga “A”Infantil/Juvenil: 1º) Itapeti-ninga “A”, 2º) Itapetininga “B”

AMISTOSOAdulto/Juvenil: 1º) JulianaMedeiros (ITA), 2º) FernandaNegrini (OSA), 3º) DaianeOrsi (ITA), 3º) Cristina Mariada Silva ((ITA)

Itapetininga foi vencedor nas categorias masculino e feminino

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Pedro Ken em ação: jogador nikkei já defendeu a seleção sub-20

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Page 6: AGENDA Lílian Tangoda fatura título do Paulistão e consolida-se …€¦ · Paulistão. Promovido pela UPK (União Paulista de Karaokê), o concurso contou com aproximadamente

6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 17 de fevereiro de 2007

EMPRESAS

Toyota monta espaço paraorientação ecológica no Guarujá

Devido ao grande sucessoda primeira edição, ocorridaem julho de 2006, na cidade deCampos do Jordão, o EspaçoEcologia Toyota chega agoraao Guarujá. Até o dia 25 defevereiro, crianças e adultospodem se divertir e aprendermais sobre a preservação domeio ambiente por meio de ati-vidades gratuitas, num ambien-te agradável e ecológico. OEspaço Ecologia Toyota tam-bém receberá mais de 600 cri-anças da rede pública de ensi-no do Guarujá.

“Educação e meio ambien-te são temas de profundo inte-resse e preocupação da Toyo-ta do Brasil. Por isso unimosos dois em um evento que visaconscientizar cada vez mais apopulação da importância dorespeito à natureza”, explicaJuliana Roschel, gerente deComunicação da Toyota doBrasil.

Um painel interativo da fá-

brica da Toyota, onde será pos-sível conhecer as práticas am-bientais da empresa, tambémé destaque no Espaço.

O Projeto Arara Azul – pro-grama de proteção às ararasazuis do Pantanal no MatoGrosso do Sul -, patrocinadopela Toyota desde 1990, étema de uma exposição de fo-tografias do artista LucianoCandisani no Espaço.

Além das atividades, o Es-paço também apresenta todaa linha de produtos da Toyota– Corolla, Fielder, Hilux, HiluxSW4 e os importados (RAV4,Camry e Land Cruiser Prado).

ESPAÇO ECOLOGIA TOYOTAQUANDO: ATÉ 25 DE FEVEREIRO

FUNCIONAMENTO: SEXTA E SÁBADO, DAS

14H ÀS 20H; E DOMINGO, DAS 13H ÀS

18H (NA SEMANA DO CARNAVAL, DE 19 A25/2, O ESPAÇO FUNCIONARÁ DE SEGUNDA

A DOMINGO)ONDE: AV. MIGUEL ESTÉFANO, 2.985,ENSEADA, GUARUJÁ/SP

Espaço Ecologia Toyota estará montado até dia 25 de fevereiro

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A editora JBC acaba de lan-çar um livro para facilitar oaprendizado do idioma japonêsde uma maneira fácil e diver-tida. Kana & Mangá é o pri-meiro título de uma série decinco volumes.

Hiragana e katakana sãoas bases fundamentais da es-crita japonesa, os conjuntosde caracteres que toda cri-ança aprende quando come-ça a estudar a língua mater-na no Japão. É assim queelas começam a decifrar osprimeiros livros, as placas eos sinais nas ruas, e é assimo primeiro contato com a lin-guagem escrita.

Estes dois conjuntos de ca-racteres, chamados de kana,precisam ser aprendidos antesque se possa começar a estu-dar os ideogramas mais com-plexos (kanji). Conhecê-losbem e tê-los na memória sãoos primeiros passos para queseja possível comunicar-secom um mínimo de indepen-dência no Japão.

A proposta deste livro é fa-cilitar o primeiro contato como idioma por meio da lingua-gem dos mangás, as históriasem quadrinhos japonesas quese tornaram um fenômeno edi-torial entre o público jovem nomundo.

Associando cada kana auma pequena história contadatanto na forma visual quantoescrita, pode-se fixar muito

mais facilmente aquilo que vaiaprendendo, e ainda descobriralgumas palavras do vocabu-lário japonês sem precisar de-corar nada mecanicamente.

Com texto de Glenn Kardye Arte de Chihiro Hattori,Kana & Mangá desenvolvegradualmente o aprendizado,levando em conta aspectosimportantes como a pronúnciae a forma correta de fazer ostraços. O livro reserva, ainda,áreas específicas para o trei-no da grafia de cada um doscaracteres e fornece uma ta-bela prática para consulta rá-pida.

KANA & MANGÁAUTORES: GLENN KARDY E CHIHIRO

HATTORI

PÁGINAS: 112FORMATO: 12,5X18CM

PREÇO: R$ 14,90

LANÇAMENTO

Livro da JBC ensina hiraganae katakana através de mangá

Série terá cinco volumes

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Com a proximidade doCarnaval, empresas deturismo e hotéis, assim

como os brasileiros, se prepa-ram para receber estrangeirosdo mundo todo que apreciamessa festa colorida, viva echeia de energia.

Grande tradição brasileirae um dos mais importantes fes-tivais do mundo, o Carnaval jáchegou a trazer cerca de 43mil japoneses, no ano de 2004,para assistirem o tão espera-do espetáculo de beleza e ou-sadia. “Os japoneses gostamdo tipo da música, da alegria”,conta a coordenadora de pro-moção turística da São PauloTurismo, empresa que adminis-tra o Anhembi, Luciana Can-to.

Segundo Luciana, cerca de25% do público no Sambódro-mo de São Paulo são turistase 5% são estrangeiros. “Porisso devemos investir mais noturismo, preparando folhetos,manuais e vendendo a cidadede São Paulo para outros paí-ses”, conta.

As feiras de turismos es-palhadas pelo mundo são oslugares ideais para alcançaresse objetivo. “Ainda não fo-mos em uma no Japão paradivulgar a cidade de São Pau-lo, mas nosso objetivo é esta-belecer um intercâmbio Bra-sil-Japão, para que os japone-ses venham para a cidade em2008”, revela o assessor deprojetos estratégicos da SãoPaulo Turismo, Luiz Sales.

A São Paulo Turismo orga-niza estratégias para atrairmais pessoas do Japão para acidade de São Paulo, não ape-nas neste Carnaval, mas prin-cipalmente no ano de 2008,quando a Comemoração doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil tomará conta daCidade da Garoa.

“O Centenário é visto comoum dos grandes eventos da ci-dade de São Paulo, portanto éimportante que um eventocomo esse seja vivido o anotodo, não apenas na época da

comemoração, que será ape-nas em junho”, explica Sales.

Sugestões de roteiros, dicasde passeios e um manual emvárias línguas, inclusive japo-nesa, fazem parte do DestinoSão Paulo, um material desen-volvido especialmente para osguias turísticos, com o objeti-vo de orientá-los, enriquecerseus conhecimentos sobre acidade e tornar mais prazerosa

a estadia dos estrangeiros.Aproveitando o embalo do

Carnaval, o Hotel Blue TreeTowers Paulista, em parceriacom a São Paulo Turismo, seprepara para receber os visitan-tes e se programa para organi-zar as atividades propostas pe-los novos pacotes de estadia.

Foram divulgadas quatroopções de hospedagem. Todas,exceto a primeira, oferecem

estadia com um “esquenta”para o Carnaval, ou seja, umapequena concentração no ho-tel que antecederá ao desfile,com direito a música ao vivo,show de passista e pandeiro,além do buffet composto porum cardápio leve com cervejae caipirinha à vontade.

“Desde o final de 2005 es-tamos aumentando nosso tra-balho em relação ao Carnaval.Nossa proposta é resgataressa tradição desde seus pri-meiros momentos”, conta adiretora do segmento orientaldo hotel, Sumico Hirose.

Segundo o Blue TreeTowers Paulista, são várias aspropostas para atrair o públicoem geral. “Pensamos em rea-lizar workshops, exposições defotos sobre o Carnaval”, ex-plica a nikkei.

Um Baile de Máscaras jáestá programado para o dia 2de dezembro, em função à co-memoração do Dia Nacionaldo Samba, além do grito deCarnaval que acontecerá emjaneiro, com direito amarchinhas antigas e fantasi-as. “É um grande projeto”, fi-naliza Sumico.

CARNAVAL

São Paulo Turismo e Blue Treeinvestem para atrair japoneses

O Carnaval ainda nem che-gou e já tem gente se progra-mando para o desfile de 2008,que antecederá a Comemoraçãodo Centenário da Imigração Ja-ponesa no Brasil.

A Escola Unidos de VilaMaria, que coincidentementefica no bairro Jardim Japão, já temdefinido há aproximadamentetrês anos, o seu samba enredoque falará sobre os imigrantesjaponeses que aqui se instala-ram.

Numa homenagem aosnikkeis, especula-se que a esco-la se organizará para fazer umaréplica do navio Kassato Maru,

com um carro alegórico.Além de Vila Maria, a empre-

sa São Paulo Turismo estudapossibilidades de ter japonesesdesfilando, abrindo o evento,antes das apresentações dasescolas. “Seria uma idéia interes-sante ter 100 japoneses em cadaescola. Por isso temos que in-vestir na vinda deles para cá, nãoapenas em julho, na Comemora-ção do Centenário”, conta LuizSales.

São Paulo será o berço dacomemoração mais importantepara os nikkeis, que poderãoapreciar um Carnaval dedicadoà eles.

Carnaval ‘do Centenário’

Além do Carnaval, objetivo é desenvolver programas voltados à comemoração do Centenário

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BANCOS

Caixa Econômica inaugura escritório em HamamatsuA Caixa Econômica Fede-

ral consolidou, no último dia 8,mais uma etapa de seu proces-so de internacionalização coma inauguração do primeiro es-critório no exterior, na cidade deHamamatsu, província de Shi-zuoka, no Japão. A instalaçãodo Escritório de RepresentaçãoInternacional foi transmitida si-multaneamente para os convi-dados presentes ao evento nosdois países. A sede do primeiroescritório internacional está lo-calizada no 7º andar do Hama-matsu Center Biru, na regiãocentral da cidade.

Para a presidente da Cai-xa, Maria Fernanda RamosCoelho, o início das atividadesda instituição naquele país éuma forma concreta de con-solidar o vínculo existente en-tre os dois países, que em 2008comemorará o Centenário daImigração Japonesa no Brasil.

O próximo passo do proces-so de internacionalização dobanco será a instalação do es-critório norte-americano na ci-dade de Nova Jersey, no esta-do de Nova York. Segundo o

Ministério das Relações Exte-riores, 70% dos brasileiros re-sidentes nos Estados Unidosencontram-se no nordesteamericano, sendo 400 mil nasregiões de Nova York, NovaJersey e Pensilvânia.

Internacionalização – A cap-tação de recursos no mercadoexterno inclui o serviço de re-messas internacionais, que

permite a abertura de contascorrentes bancárias pelainternet para brasileiros quedesejam transferir dinheiro deoutro país para familiares etambém para formação de pou-pança. Para transações doCaixa Internacional, foi desen-volvido um site especial quefunciona como uma loja virtu-al (www.caixa.gov.br).

O passo seguinte foi a rea-

lização de parcerias com osbancos Millennium bcpbank,Millennium bcp e IwataShinkin Bank instalados nosEstados Unidos, Portugal eJapão, respectivamente. A es-colha dos locais levou em con-sideração o número elevado debrasileiros que emigram paraesses países em busca deoportunidades de trabalho e deformação de poupança pararetornar ao Brasil e adquirir suacasa própria, abrir seu negó-cio ou mesmo garantir os es-tudos dos seus filhos.

Serviços – Além de remes-sas, a Caixa oferece para osbrasileiros residentes no exte-rior outros produtos e serviçoscomo poupança, investimentosem letras hipotecárias e previ-dência privada. Este ano, obanco quer lançar uma linhade financiamento habitacionalvoltada exclusivamente para opúblico no exterior. O objetivoé dar crédito para que os resi-dentes possam comprar umimóvel no Brasil quando re-gressarem ao País.

A presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho (centro)

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São Paulo, 17 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 7

Questão de estilo, símbo-lo próprio ou até mes-mo para estar na “mo-

da”. Não importa o motivo,tatuagens e piercings ganhamcada vez mais espaço na soci-edade. O que costumava serjulgado como artigos de ro-queiros ou ato de revolta, hoje,já conquista um público muitodiverso: sejam punks, alterna-tivos, “patricinhas” ou execu-tivos. Desde jovens e adoles-centes até os de meia idade.

Aos poucos, os desenhos eos furos nos mais inusitadoslugares do corpo começam aser vistos com mais normali-dade. Bonitas, chamativas,agressivas ou aflitivas, o núme-ro de adeptos cresceu muito,sejam por meio de pequenasestrelinhas no pescoço, dra-gões que cobrem as costas ouentão, um brinco dentro daboca. E com esse aumento,será que até as famílias tam-bém estão concordando?

A estudante E.M.T., 23,conta que seus pais são con-tra, mas como já era maior deidade, fez mesmo assim e ain-da mostrou. “Eles esperavamuma arte maior. Minha mãe atéachou bonitinho” lembra. Noentanto, “eles [os pais] disse-ram que se eu aparecer comoutra, eu não sou mais a filhadeles”. Para ela, a tatuagemvirou moda, mas ainda não ébem visto, já que a nikkei en-frenta dificuldades de aceita-ção, tanto em casa como emsua carreira.

Na profissão - Em seu antigoestágio, conta, seu chefe nun-ca soube que tinha tatuagem.E com uma agravante: na épo-ca também tinha um piercing.“Menti na entrevista”, revela.Isso porque na área da saúde,onde atua, não permite essetipo de “acessório”. “De umacerta forma, isso assusta ospacientes pela visão demaloqueiro”, explica, acres-centando que “só fiz isso [men-

tir], porque dá para esconder,já escolhi o lugar da tattoo [nabarriga] e do piercing [noumbingo] pensando no futuro”.

“Na verdade, minha vonta-de era fazer um desenho nanuca e colocar a jóia no nariz,mas como o tempo todo tra-balho de cabelo preso e opiercing ficaria à mostra, o jei-to foi tatuar a barriga e furar oumbigo”, diz, lembrando que“isso é pra mim mesma, entãomostro quando quero.”

Quem é do setor de recur-sos humanos afirma que o usodesses adereços pode contarcomo um ponto negativo. “Euparticularmente acho que mui-tas pessoas combinam e ficamaté mais ‘simpáticas’, mas, nãoé o ideal para o dia-a-dia” opi-na o responsável pelo setor derecursos humanos da Benefi-cência Nipo-Brasileira de São

Paulo (Enkyo), SadanaoKasahara.

No Enkyo, Kasahara ga-rante que nunca teve nenhumcaso de funcionário com esseadicional na pele e se um diaocorrer, pensaria no caso, “de-pendendo da atividade que ocandidato à vaga iria exercer”.Segundo ele, é complicado li-dar com esse assunto em al-gumas áreas, por isso, acon-selha discrição, pois tatuagense piercings muito expostos ouextravagantes podem causarproblemas.

Por outro lado... - Já a redede salões de beleza Soho nãotem nenhuma restrição. “Ape-sar de termos regras muito rí-gidas aqui dentro, não proibi-mos o uso. Ao contrário, nósincentivamos. Principalmenteos assistentes que devem apro-

veitar enquanto são jovens.”,diz o gerente e cabeleireiro doSoho Academy (escola de ca-beleireiros da rede), MasanariYatabe.

Para o gerente, o cabelei-reiro é um artista e deve-se es-timular a criatividade. Deixá-losmostrar a sua personalidade,seu estilo e também, acredita

que de alguma formaisso aumenta a auto-es-tima. E quem agradececom esse conceito sãoos profissionais.

Com um piercing eduas tatuagens, jeitãode garoto e os cabelostingidos de loiro, o ca-beleireiro Ton Sakai, 27,destaca a liberdade.“Sou assim, dentro e

fora do meu trabalho. Fora da-qui é a mesma coisa, bermudae camiseta”. Por lidar direta-mente com o público, poderiaser vítima de preconceito. Nãono seu caso. “No máximo,ocorre das senhoras de idadeestranharem um pouco, massem grandes problemas”, con-ta, lembrando que os lugares emque possui seu diferencial nãosão bem expostos.

“Quanto mais diferente,melhor. Essa é a moda e aspessoas estão criando consci-ência disso agora” opina. Masnem sempre foi assim. Quan-do entrou no salão, onde tra-balha atualmente, Sakai foiaconselhado a mudar seu esti-lo para se adaptar ao perfil declientes que a unidade rece-be.” Mesmo tendo clientesmais velhos, optei ser quem eusou” expõe.

Para ele, empresas só dãocerto se valorizarem o funcio-nário. “Daqui a algum tempo,talvez não haja espaço no mer-cado para este tipo de corpora-ção”, opina Sakai. E tanto elecomo E.M.T. concordam emum ponto: “Não é um uma tatu-agem ou um piercing que mudao caráter de uma pessoa”.

(Cibele Hasegawa)

COMPORTAMENTO

Piercing e tatugem: como osnikkeis lidam com eles na profissão

Tatuagens na barriga são mais discretas e raramente são vistas

JORNAL NIKKEI

Verde, amarelo e azul, ascores do Brasil. Movimentosque lembram o futebol brasi-leiro. O grupo Wakaba inves-tia nessa idéia para sua apre-sentação no festival YosakoiSoran Brasil do ano passado.Tudo para criar um clima paraa Copa de 2006, onde o Brasilera o favorito ao título.

Apesar do fracasso de nos-sa seleção, o grupo de Curiti-ba encantou a platéia e os ju-rados com sua ousadia e cria-tividade, na quarta edição dofestival organizado pelo Soho.

Com a coreografia deGisele Onuki, os jovensdo Wakaba misturaramcaracterísticas brasilei-ras, como o samba, comcaracterísticas japone-sas e tradicionais doYosakoi Soran. E estaapresentação rendeuao grupo, o título decampeão na categoriaJuvenil, graças ao tra-balho em equipe e muita disci-plina.

Criado há mais de noveanos, o grupo, inicialmente eraformado apenas pelos irmãosKajiwara, filhos do sacerdotesensei Katsuyuki Kajiwara,que hoje é a inspiração paraos jovens do Nikkey de Curiti-ba, devido a toda sua luta ededicação.

Katsuyuki Kajiwara veiopara o Brasil com seus quatrofilhos e chegando aqui, aumen-tou sua família com mais trêsdescendentes. Atuar como

missionária da igreja Konko-kyo, foi o destino da família.

Com exceção do filho maisvelho, Yoshiuki, nenhum dosoutros filhos tinha vocaçãopara sacerdote. A música e adança falaram mais alto e apósassistir uma apresentação detaikô numa fita, construíram ogrupo, hoje conhecido comoWakaba.

Mas engana-se quem pen-sa que o senhor Kajiwara eratotalmente desconectado domundo musical. Antes de seconverter, o sacerdote foi en-

tusiasta de guitarra elétrica,além trabalhar num lugar querevendia instrumentos musi-cais. E mesmo como sacerdo-te, nunca abandonou o gostopela música. Como membroda igreja, sempre tocava nascerimônias, o gagaku (músicatradicional do Japão na flautajiuteki).

A herança musical que veiodo pai inspirarou os filhos quederam vida a seu sonho quehoje possui cerca de 60 inte-grantes, com jovens dentre oitoà 20 anos. O grupo faz partedo Bunkyo de Curitiba, atual-mente. “Como o Wakaba pre-cisava crescer e o Bunkyo é amaior entidade daqui, os ir-mãos uniram o útil ao agradá-vel”, explica Kazuto Yokoo,atual coordenador do grupo.

O grupo participa de festi-vais em Curitiba e se apresen-tam em diversas cidades.

DANÇA

Campeão Juvenil em 2006, Wakaba Curitiba garante suaparticipação no Yosakoi Soran deste ano

“Para o Yosakoi Soran, leva-mos cerca de 40 integrantes,mas nas festas em Curitibatodos participam”, explica ocoordenador.

Segundo Kazuto, o título decampeão no ano passado deualegria e gás ao grupo, quegarantiu sua participação nofestival deste ano e que atual-mente já trabalha na coreogra-fia deste ano. “Não paramosde ensaiar desde o últimoYosakoi. Só tivemos uma pau-sa na época das festas de fi-nal de ano”, revela o nikkei.

Com Gisele Onuki nova-mente no comando das coreo-grafias, especula-se que o gru-po possa levar mais um títulopara casa, mas quando per-guntado sobre isso, Kazutoapenas diz: “O importante éparticipar”.

Grupo Wakaba: tradição e modernidade em cima do palco

REPRODUÇÃO

Fazer um balanço das ati-vidades comerciais, industri-ais e de prestação de servi-ços em 2006, além de apon-tar as perspectivas das empre-sas filiadas para este ano.Esses são os objetivos dosimpósio promovido pela Câ-mara de Comércio e IndústriaJaponesa do Brasil, que acon-tece na próxima sexta-feira(23), das 14 às 17h30, no Ho-tel Sofitel (Rua Sena Madu-reira, 1355). Com traduçãosimultânea, o evento terá pa-lestras em japonês destinadasa membros da associação eao público interessado.

“Somos uma entidade aber-ta, transparente e participativa.

Esperamos atrair mais pesso-as para que nosso trabalhocontribua para o desenvolvi-mento da sociedade brasileira.Acredito que o simpósio seráde grande valia para os parti-cipantes, pois oferecerá esta-tísticas das vendas e produçãonas exposições de vários pro-fissionais de destaque”, afirmao presidente da associaçãoMasanobu Matsuda.

A Câmara de Comércio eIndústria Japonesa promovetambém o intercâmbio entre oBrasil e o Japão, o contato dasempresas associadas com au-toridades governamentais e asrelações comerciais com ou-tros países.

NEGÓCIOS

Câmara de Comérciopromove simpósio no dia 23

A Aliança Cultural Brasil-Ja-pão está com inscrições aber-tas para curso de origami. Asaulas acontecem em março eabril nas Unidades Pinheiros eVergueiro. Confira a progra-mação:Unidade Pinheiros(professora Alice Haga)De 03/03 a 28/04 (aos sábados)Origami Básico: 9h00~10h15Origami Avançado: 10h30~11h45Unidade Vergueiro(professora Mari Kanegae)De 06/03 a 24/04 (às terças-feiras)Origami Básico: 14h00~15h15Origami Avançado: 15h30~16h45ou 18h40~19h55De 07/03 a 25/04 (às quartas-feiras)Origami Intermediário:18h30~19h45De 08/03 a 26/04 (às quintas-feiras)

CULTURA

ACBJ abre inscrições paracurso de origami

Origami Intermediário:14h00~15h15Origami Básico: 15h30~16h45

De 02/03 a 27/04 (às sextas-feiras)Origami Intermediário:9h00~10h15Origami Básico: 10h30~11h45Taxa: R$120,00 (única parcela) ou2 x R$ 65,00 e material (papéis):R$ 3,00Alunos novos: taxa de inscriçãoR$ 40,00Informações:www.aliancacultural.org.br einscrições:Unidade Pinheiros: Rua Dep.Lacerda Franco, 328, Pinheiros,tel.: 3815-3446Unidade Vergueiro: Rua Verguei-ro, 727, 5º Andar, (metrô Verguei-ro), tel.: 3209-6630, 3208-0543

O Instituto Tomie Ohtakeinaugura no próximo dia 28, asexposições Design Gráfico, deJoão Baptista da Costa Aguiar,e Sinais Particulares - Carica-turas de Cássio Loredano eLeo Martins. Imagens produ-zidas ao longo de mais de 30anos de carreira revelamlogomarcas, capas de livros ecartazes que se tornaram re-ferência, nesta primeira expo-sição individual de JoãoBaptista da Costa Aguiar. Naabertura da mostra será tam-bém lançado o livro: JoãoBaptista da Costa Aguiar:Design Gráfico 1980-2006(Editora Senac São Paulo),com texto crítico da jornalistae professora de história dodesign Ethel Leon.

A exposição Sinais Particu-lares reúne caricaturaspublicadas cotidianamente na

página 2 do jornal O Estado deS. Paulo, em seção homônimaà exposição, criada em 2004.Dá continuidade ao espaçodeixado pela caricaturista ale-mã Hilde Weber, que desen-volveu, no mesmo jornal, du-rante 27 anos (de 1962 a 1989),vibrante painel crítico sobre apolítica brasileira. “

Exposições: João Baptistada Costa Aguiare e Sinais Par-ticulares.

Aberturas exposições e lan-çamento de livro: dia 28 de fe-vereiro, às 20h (para convida-dos)

Visitação: 1º de março a 1ºde abril de 2007

Instituto Tomie Ohtake(Av. Faria Lima, 201 (Entradapela Rua Coropés) - PinheirosSP

Informações pelo tel.: 11/2245-1900

Instituto Tomie Ohtake inauguraduas mostras em fevereiro

ARTES

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 17 de fevereiro de 2007

GASTRONOMIA

Sorvetes ganham versões exóticascom ingredientes da culinária japonesa

Quando os termômetrossobem, chega a vezdos sorvetes voltarem

a estar em alta. As indústriasapostam em lançamentos, asgeladeiras em bares e padari-as estão sempre abastecidas euma paradinha numa sorvete-ria passa a integrar os progra-mas entre casais, familiares eamigos.

Há opções para deixar mui-tos em dúvida. Sabores de fru-tas, à base de água, com leite,picolé, de massa, na casqui-nha, com cobertura. Têm tam-bém as variações, como milkshake e até mesmo bolo etempurá de sorvete. Mas o quefazer quando a taxa de coles-terol está alta ou é alérgico àlactose e a sobremesa foiriscada no cardápio da dieta?Sorvetes à base de soja!

Instalada na RuaAugusta desde 1994, aSorveteria Soroko in-vestiu nesse nicho demercado há cerca de 7anos. Na época, Ana-tolie Soroko nem tinhaouvido falar em sorve-te de soja. A idéia de ini-ciar a produção partiude pedidos de clientes.“Tinha um grupo devegans (não consomemnenhum alimento de ori-gem animal) que vinhana sorveteria e compra-va os sorvetes à basede água. Eles comentavam quetinham saudade dos sabores dechocolate, leite condensado,flocos, mas que só poderiamconsumir se não fosse acres-

centado o leite de vaca”, con-ta o proprietário.

Foi então que Soroko ques-tionou como poderia produziresses sabores sem o leite con-

vencional. E o grupodeu a solução do proble-ma: “substitua por leitede soja!”. “Entre errose acertos, fomos nosaprimorando. Fizemosmuita experimentaçãono início. Hoje, um ter-ço da nossa produção édestinada aos sorvetesde soja e viramos umponto de referência”,afirma.

A casa, que já ga-nhou até duas comuni-dades no Orkut (“Sor-veteria Soroko”, com

cerca de 900 membros, e “Do-mingo, é no Soroko”), oferece15 sabores produzidos comsoja, desde os “imortais” mo-rango, chocolate e flocos, aosde castanha-do-pará e paçoca.Já na linha tradicional, são qua-se 400 sabores. Tem de bata-ta-roxa, panetone, tapioca,curaçao, figo e até de rosas,cuja matéria-prima é importa-da da Síria. “Com qualquercoisa é possível fazer sorvete.Na época da novela Choco-late com Pimenta, nós chega-mos a produzir um sorvete dechocolate com um leve toquede pimenta. O ditado ‘rapadu-ra é doce, mas não é mole’também me inspirou e criamoso sabor de rapadura”.

Alimento saudável – Alémde agradar à clientela, Sorokoteve outro incentivo para pe-dir à esposa que experimentas-se receitas com soja. Enquan-to aguardava ser chamado noconsultório médico, o empre-sário leu uma matéria queabordava os benefícios daingestão do grão à saúde. “Apesquisa mostrava que a inci-

dência de câncer nos ameri-canos era quatro vezes maiorque nos asiáticos. E o motivonão era código genético, mashábitos alimentares”, justifica.

O primeiro sabor a ser pro-duzido foi o de chocolate. Parasuavizar o sabor da soja, éacrescentada essência de bau-nilha nas receitas. “A soja émuito saudável, mas sozinhanão é gostosa. É como experi-mentar uma carne sem sal.Precisa de um toque”, explicaSoroko, que brinca com a con-fusão causada pelo sobrenome.“Pensam que te-nho origem japone-sa, mas soudescente de russo ealemão. Quando meperguntam, digo quesou japonês genéri-co”.

O sorvete de sojatambém ganhou pro-dução em escala in-dustrial. A união dasmarcas Kibon e Ades resultouno lançamento do sorvete semlactose, sem colesterol e fontede vitamina C. O Kibon Adespode ser encontrado nos sabo-res de maça e pêssego, empotes de 500ml e de 120ml (so-mente em pêssego). Vendidosem estabelecimentos que tra-

Acredita-se que o sorve-te começou a ser fabricadona China, há mais de 3 milanos. A invenção consistianuma pasta de leite de arrozcom neve. Há quem digatambém que Alexandre, oGrande, saboreava uma mis-tura de frutas com mel, queera resfriada em potes debarro enterrados na neve, eque o imperador romanoNero, há cerca de mil e no-vecentos anos, ordenava queos escravos escalassem asmontanhas e trouxessemneve para congelar sucos,polpas de frutas e mel.

Mas creditam ao merca-dor veneziano Marco Pólo

Graças à China...a difusão do sorvete fora dooriente. De volta da viagema China, ele teria introduzi-do na Europa o macarrão ea sobremesa gelada.

Já no Brasil, a primeiranotícia de implantação deuma sorveteria data o anode 1835, quando um navioamericano aportou no Riode Janeiro com 270 tonela-das de gelo. Dois comerci-antes teriam comprado ocarregamento e iniciado asvendas de sorvetes de fru-tas. Como na época nãohavia o conhecimento deconservação, o produto ti-nha de ser consumido logoapós o preparo.

balham com a linha de produ-tos da Kibon, os sorvetes têmpreço sugerido de R$ 5,50 eR$ 2,50.

Toque oriental – Além dadiversidade de sabores dossorvetes à base de soja, outrosingredientes tradicionais daculinária japonesa também ga-nharam uma versão gelada. Éo caso do restaurante Range-tsu of Tokyo, que há seis anosacrescentou no menu de so-bremesas os sorvetes de gen-gibre e de chá-verde (R$ 7,00duas bolas).

As invenções são maisapreciadas pelos clientes orien-tais. “Pouca gente arrisca, maso sabor deles não é muito for-te”, adianta o maitre MarcosMaia do Rego. O campeão depedidos na casa é o sorvete dechá-verde com suflê de choco-late (R$ 11,00).

Presente emgrande parte dos

doces japoneses, ofeijão azuki chegounas unidades da reno-mada Häagen-Dazsno ano passado. Aidéia de acrescentar ofeijão doce na lista desabores da sorveteriateve como objetivo ino-var e trazer novos sa-

bores exóticos. Segundo a em-presa, a aceitação do produtotem sido satisfatória tanto pelopúblico oriental como ocidental.O valor praticado nas unidadesda sorveteria é de R$ 7,00 umabola, R$ 11,00 duas bolas e R$15,00 três bolas.

(Luciana Kulba)

HÄAGEN-DAZSSÃO PAULO:• SHOPPING MORUMBI – AV. ROQUE

PETRONI JUNIOR, 1.089 – 5182-9389• SHOPPING IGUATEMI – AV. BRIG. FA-

RIA LIMA, 2.232 – 3815-9622• PÁTIO HIGIENÓPOLIS – AV. HIGIENÓ-

POLIS, 646 – 3823-2472• RUA OSCAR FREIRE, 900 – 3062-

1099 (SEGUNDA A SEXTA, DAS 12H ÀS

23H; SÁBADO E DOMINGO, DAS 12H ÀS

24H)RIO DE JANEIRO:• SHOPPING BARRA – AV. DAS AMÉRI-

CAS, 4.666• FASHION MALL – EST. DA GÁVEA, 899

– (21) 2422-0222• RUA RAINHA GUILHERMINA, 95

– (21) 2279-6032BRASÍLIA:• PIER 21 – SCE/SUL – TRECHO 2 –

CJ 32 – (61) 3224-1635BELO HORIZONTE:• DIAMOND MALL – AV. OLEGARIO

MACIEL, 1.600

RAGETSU OF TOKYO• AVENIDA REBOUÇAS, 1394 –

CERQUEIRA CÉSAR – 3085-6915HORÁRIO DE ATENDIMENTO: SEGUNDA

A SEXTA, DAS 12H ÀS 14:30 E DAS 18H

ÀS 23H; SÁBADO, DAS 18H30 ÀS 23H

SORVETE ADESENCONTRADO NOS ESTABELECIMENTOS QUE

VENDAM SORVETES DA KIBON

SORVETERIA SOROKO• RUA AUGUSTA, 305 - BELA VISTA -

3258-8939HORÁRIO DE ATENDIMENTO: TODOS OS

DIAS (INCLUSIVE DOMINGOS E FERIADOS),DAS 12H ÀS 22H

• RUA PRESIDENTE SARNIENTO, 136 –VILA TUPI, PRAIA GRANDE – (13)3471-3085(A UNIDADE NO LITORAL OFERECE, ES-PORADICAMENTE, SORVETES À BASE DE

LEITE DE SOJA)

Feijão azuki é um dos sabores da Häagen-Dazs

Sem colesterol e lactose, sorvetes à base de soja atendem necessidades especiais de clientes

MARCUS IIZUKA

SORVETE DE COCOQUEIMADO COM CALDADE GENGIBRE

Ingredientes:2 xícaras de chá de coco ralado3 xícaras de chá de leite1 xícara de chá de açúcar1 envelope (12 gramas) degelatina incolor sem sabor1 caixinha (200 gramas) decreme de leite4 gemas

Calda:1 xícara de chá de gengibrefresco em tiras½ xícara de chá de açúcar4 colher de sopa de vinhobranco

Modo de preparo:Coloque o coco em uma frigidei-ra e leve ao fogo, sem parar demexer, durante 7 minutos. Retiredo fogo e reserve. Misture emuma panela grande o leite e o açú-car e leve ao fogo, sem parar demexer, até o açúcar dissolver. Re-duza o fogo e cozinhe por 10 mi-nutos, mexendo de vez em quan-do. Retire do fogo, deixe amornare reserve. Em uma tigela refratá-ria, coloque as gemas e bata comum batedor manual, até ficaremclaras. Aos poucos, adicione oleite morno, batendo sem parar.Cozinhe em banho-maria, sem pa-rar de bater, por 8 minutos, ou atéencorpar um pouco. Retire dofogo e coloque a tigela sobre umrecipiente com água gelada. Bata

até amornar, misture a gelatina, dis-solvida conforme as instruções daembalagem, e o coco queimado (re-servar 4 colheres de sopa). Batapor mais 1 minuto e reserve. À par-te, bata o creme de leite na bate-deira por 3 minutos, ou atéencorpar. Retire e, com cuidado,misture ao creme de coco até ficarhomogêneo. Despeje o creme emuma tigela e leve ao congelador atéficar firme.

Calda:Coloque em uma panela, o gengi-bre, o açúcar e o vinho e leve aofogo. Cozinhe, mexendo de vez emquando, até obter uma geléia. Nomomento de servir, distribua osorvete em taças, salpique o cocoqueimado reservado e coloque ageléia de gengibre.

SORVETE DE CHOCOLATEDE TOFU

Ingredientes:1/2 kg de tofu1 xícara de leite de soja1/2 xícara de óleo1 xícara de açúcar1/4 xícara de chocolate em pó1 colher (sopa) de baunilha1 pitada de sal

Modo de preparo:Misture todos os ingredientes atéobter uma massa cremosa. Colo-que na fôrma própria para sorve-te e leve para gelar.

Fonte: Soyfoods Guide

SORVETE DELEITE DE SOJACOM BANANA

Ingredientes:6 unidades de banana nanicamédias2 xícaras de chá de açúcar1 1/2 xícara de chá de água3 ovos5 gotas de essência debaunilha1/2 litro de leite fervendo3 colheres de sopa de gorduravegetal1 1/2 xícara de chá de leite empó integral (com cálcio)1 1/2 xícara de chá de extratode soja (leite de soja)1 pacote de gelatina em pó semsabor

Modo de preparo:Cozinhe as bananas com umaxícara de água e uma xícara deaçúcar. Reserve. Bata os ovoscom uma xícara de açúcar e bau-nilha. Acrescente o leite ferven-do, a gordura vegetal, o leite empó, o extrato de soja e a gelati-na previamente dissolvida em1/2 de xícara de água. Acres-cente a banana mexendo por 10minutos. Coloque em saqui-nhos de “chup-chup” ou emformas de picolé. Leve aofreezer para congelar por no mí-nimo 2 horas.

Fonte: Faculdade de Saúde

Pública da USP

RECEITAS

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São Paulo, 17 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 9

Fotos expostas demarcavam o corredor de en-trada, bem como bexi-

gas com cores bastante repre-sentativas. Verde e amareloexprimiam o país que abrigaraos imigrantes, enquanto as ver-melhas e brancas identifica-vam as raízes dos olhos puxa-dos. Nesse ambiente coloridopor tons da festividade do dia,o Lorena Hotel recebeu, noúltimo sábado (10/02), cerca de150 pessoas para um jantar emcomemoração aos 80 anos deimigração da Família Omori noBrasil.

Japoneses, descendentes,brasileiros, mestiços e tantasgerações do mesmo sanguereuniam-se pela primeira veznuma grandiosa festa. Um re-encontro daquela prima que hátanto tempo não tinha contatoou então, daquele sobrinho quehoje já é pai. Ao mesmo tem-po, era também a ocasião deconhecer pessoas que nuncase viram e nem ao menos sa-biam do parentesco.

E não é à toa esse desco-nhecimento, visto que a árvoregenealógica já demonstra oquão grande é a linhagem.Jinkichi e Kimie Omori, patri-arcas vindos do Japão, tiveram11filhos, 50 netos, 127 bisnetose 112 trinetos. Números queimpressionam qualquer um.

“Eu conheço uns 30% daspessoas que estão aqui. Hojeé uma oportunidade de criarnovos relacionamentos e unira família”, afirma um dos or-ganizadores da festa, BrunoOmori. Esse era o intuito dareunião: laços sanguíneos tor-nar vínculos amistosos, comer-ciais ou profissionais.

Uma idéia que surgiu nocasamento de LeonardoOmori, filho mais novo deCarlos Omori. A alegria emrever familiares, inspirou a co-

missão organizadora compos-ta por Carlos Omori, BrunoOmori, Glória Omori e Marce-lo Tahara a promover um fatoque estreitasse tais ligações.

A festa - Omori, Kaidei, Endo,Fujibayashi e Hayashida, asquais formam toda a ascen-dência, reuniram-se nessa con-fraternização. Palavras decada organizador e os para-béns a mais uma velinhaassoprada na história de vidada família abriram o evento.

Em meio aos discursos, acomissão também preparouuma homenagem a Kazuo

Omori, único imigrante vivo, esua mulher, Shizuko Omori.Sucinto em sua fala, o home-nageado agradeceu e cumpri-mentou o público. “Os homensda família Omori são monos-silábicos e diretos nos discur-sos”, comentou Glória Omoriapós receber o microfone devolta. Além dele, Seya Omori(irmão mais velho da família),as viúvas dos Omori, Hatsue,Hideko e Midori também re-ceberam honrarias no palco.

Após as solenidades, aosom da música Kanpai, deNagabushi Tsuyoshi, na voz defamiliares, foi feito o corte do

Família Omori comemora 80 anos de história comum jantar reunindo parentes próximos e distantes

bolo e um brinde para celebrara data, simbolizando a abertu-ra. Nesse clima descontraído,um banquete recheado de pra-tos orientais e ocidentais foiservido e a animação foi ga-rantida pelas melodias canta-roladas no videokê.

Ao longo de toda a festa,conversas e abraços saudososnão faltaram. “Muito bom re-encontrar parentes. Muitos pri-mos já estão com bastante ida-de e outros, eu conheci hoje.Há anos que não reunimos tiose primos desde a primeira ge-ração”, afirma a filha deKazuo Omori, Alice KimikoChiba, uma das caçulas da fa-mília. Para a cunhada NormaOmori, reuniões como essaaproximam mais os filhos docontato familiar.

E para fechar a noite, con-vidados cantaram juntos eCarlos Omori recitava no meioda melodia, peculiaridades deseus pais e tios, isseis que mar-caram a trajetória Omori. Nes-se momento de tantos sorrisos,nada melhor que disparar fla-shes e registrar o agradávelencontro. “Realizar essa gran-de festa é uma satisfação mui-to grande”, conclui CarlosOmori.

COMEMORAÇÃO

JORNAL NIKKEI

Representantes das gerações da família Omori cortam o bolo dos 80 anos da imigração

Shizuko Omori, Kazuo Omori e Glória Omori

Hideko Omori recebe a homenagem Entre a filha e a neta, Midori Omori

Seya Omori também foi homenageado Carlos Omori puxa o brinde da celebração

Isseis e nisseis participantes do evento Gerações mais novas também estiveram presentes

Foto antiga da família Omori

Paulo Omori representa sua mãe, Hatsue Omori

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10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 17 de fevereiro de 2007

Saga queatravessa ooceano e realizao sucesso emterras verde-amarelo

Diferente da maioria dashistórias de nipônicos que vie-ram para cá, os Omori mos-tram uma trajetória um tantoparticular. Japoneses, que ti-nham como característica maislatente a alta estatura, atraves-saram o oceano rumo a um sí-tio, localizado no sub-distrito deMirandópolis, chamado Alian-ça Dois.

Ao contrário dos motivosmais comuns como juntar di-nheiro ou fugir da guerra, a vin-da ao Brasil representava ape-nas uma nova vida. Diretor deescola e professora de arte etradição japonesa, respectiva-mente, Jinkichi e Kimie Omori,deixaram tudo para trás e se-guiram viagem às terras bra-sileiras já compradas. Dali ini-ciaram a plantação da trajetó-ria da família ao lado dos onzefilhos. Satiko, a segunda filhamais velha, permaneceu noJapão enquanto os pais e osirmãos seguiram viagem.

Durante a estada no país,dois fatos marcaram os primei-ros dez anos: a falência do che-fe da casa, Jinkichi e do séti-mo filho do casal, MasakiOmori. Fatos que deram outrorumo ao lar e mostrou o quãoforte era a viúva.

De forte personalidade e degrande habilidade manual,Kimie produzia bonecas folcló-ricas e era contratada paraensinar a manufatura dessaarte, já que preservava a cul-tura da terra natal. Além dis-so, seus produtos eram vendi-dos no bairro da Liberdade e,com a verba arrecadada, a mãefoi para o Japão rever a filha etrazê-la para que pudesse en-contrar novamente os irmãos.

Com o passar dos anos,profissões como tintureiro, co-merciante e mecânico foramos rumos de cada descenden-te dos patriarcas. O lar, ondecresceram, foi deixado aoprimogênito, Itsuki Omori. Tra-dição essa que permanece atéhoje, assumindo a posse daAliança Dois, Seya Omori.

Em meio a grandes reali-zações, união e trabalho, a fa-mília também vivenciou umatragédia: a morte de KikuoOmori, em assalto à sua mer-cearia. Por problemas auditi-vos, o pai de Carlos Omori nãoconseguiu entender o que osladrões diziam e levou um tiro.“Ele não pôde colher tudo aqui-lo que plantou”, desabafa o fi-lho. Decerto, em vista somen-te de seus filhos e netos, queescrevem até hoje uma carrei-ra de sucesso.

Por trás de um grande evento estão grandes pessoasEm vista do discurso de

Marcelo Tahara, o organiza-dor contou que já havia sidorealizado um encontro com omesmo objetivo há mais dedez anos, no entanto, o resul-tado não foi de tamanho por-te como este recém realiza-do. Então, agora seria horade tornar reais os planos ini-ciais e ainda conseguir home-nagear os isseis da FamíliaOmori.

Com o “empurrãozinho” da

internet, ferramenta-chavepara o envio de convites viae-mail e divulgação do even-to em sites da web, paraleloao indispensável telefone foipossível atingir mais pessoas.O retorno disso foi a supera-ção da meta, ao passo que osorganizadores esperavam umnúmero em torno da metadedos convidados presentes.“Émuito difícil acontecer essetipo de evento. E o Carlosquando organiza, não tem

igual”, elogia o primo WilsonMizumoto.

Segundo Glória Omori, osucesso se deu pelo velholema de que “a união faz aforça” e o auxílio da tecnolo-gia, pois a internet não era tãocomum como agora. “Mastudo isso não poderia se con-cretizar se não dispuséssemosde um espaço físico adequa-do e toda a infra-estruturaconfortável e adequada aonosso encontro, ofertada pelo

primo Carlos e seu filho Bru-no Omori”, frisa ela.

Tamanha é a felicidade deconcluir este trabalho que jáfoi anunciado o próximo en-contro familiar. Em 2008, osorganizadores prometem re-petir a dose e reunir nova-mente os parentes, por isso,fora solicitado aos convidadosque informassem os dadospessoais a fim de facilitar oconvite para os próximoseventos.

Dona Hatsue Omori

Kikuo Omori, pai de Carlos, Paulo e Hélio Omori

80 ANOS DE FAMÍLIA OMORI NO BRASIL

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São Paulo, 17 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 11

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VOLUNTÁRIOS EM MUSICOTERAPIACNPJ 51.364.792/0001-14

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Ficam os senhores associados da associação Brasileira deVoluntários em musicoterapia, convocados a participarem daAssembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 09 demarço de 2007, em sua sede à Rua Domingos de Morais, 814 –bloco 1, 3º andar - sala 34 – às 11:00 horas em 1ª convocação,e as 11:30 em 2ª convocação, com qualquer número de associ-ados presentes, com a seguinte Ordem do Dia:1) Exame e aprovação do Relatório de Atividades de 2006 e do

Plano de Trabalho de 2007;2) Exame e aprovação do Balanço Geral e Demonstração Fi-

nanceira referente ao exercício 2006, com o Parecer do Con-selho Fiscal;

3) Exame e Aprovação do Orçamento para o exercício de 2007;4) Eleição dos administradores da Associação para o biênio

2007/2008;5) Outros assuntos de interesse social.

KARAOKÊ

Era o título que faltava.Esbanjando beleza, ta-lento e técnica em cima

do palco, a cantora Lílian Tan-goda sagrou-se no último do-mingo (11) a grande campeãdo Paulistão 2007, realizadonas dependências do Cenforpe(Centro de Formação dos Pro-fissionais da Educação), emSão Bernardo do Campo. Na-tural de Guararapes, no interi-or paulista, a nikkei conquistapela primeira vez o concurso,após “bater na trave” em edi-ções anteriores, além de cra-var seu nome na história dokaraokê nacional ao ter no cur-rículo os dois principais títulosdo Brasil: do Paulistão (2007)e do Brasileirão (2003 e 2004).

Claramente surpresa pelaconquista inédita e com lágri-mas nos olhos, Tangoda dedi-cou a conquista aos pais, queincentivaram a participaçãodela nos taikais desde peque-na. Além deles, os amigos eprofessores que ao longo dotempo deram força para nikkeitambém foram lembrados logoapós o anúncio do grande cam-peão.

“Trata-se de uma conquistainédita, um sonho que se tornarealidade. Foi totalmente ines-perado [o título], pois no GrandPrix estiveram cantores que hámuito tempo participam dosconcursos. Dedico a vitória aosmeus pais, que sempre me apoi-aram na música e sempre es-tão do meu lado. Inclusive, meupai está no Japão e ficará mui-to feliz em saber que ganhei oPaulistão”, afirmou ela, que in-

terpretou a música MinatoKomoriuta. Com o título, acantora levou para casa aindaum prêmio de R$ 2,5 mil ofere-cidos pela UPK (União Paulis-ta de Karaokê), além de umaestada em um hotel paulista.Sobre o dinheiro, Tangoda afir-mou que ainda não sabe comoinvestir, “mas tenho certeza queserá valioso para mim e minhafamília”.

Ainda segundo com a jo-vem, faturar um título do portedo Paulistão contribui paraque continue firme nos gran-des taikais Brasil afora. Prin-cipalmente agora, quando temde conciliar a vida de estudan-te universitária com a cantorianos palcos. “É meio complica-do levar a música junto com

Cantora Lílian Tangoda fatura título do Paulistão 2007

os estudos [Lílian Tangodaestá no terceiro ano de Medi-cina]. Para o Paulistão, só trei-nei durante uma semana amúsica, pois o curso toma mui-to tempo. Mesmo assim, con-segui”, finalizou ela antes deabandonar o quase vazio Cen-tro de Formação ao lado de suamãe e “consultora para todasas horas”, Keiko Tangoda.

Para chegar a finalíssima,Tangoda faturou o título dacategoria Adulto A, que tevetambém o já conhecido Nobu-hiro Hirata como campeão dokashosho. Nas demais, canto-res acostumados com títulosconfirmaram novamente seusfavoritismos, casos de ShinobuTada (Vet. C), Kazue Fugi(Vet. A), Alexandre Hayafuji

(Adulto B) e Mariana Kataoka(Juvenil). Entre as crianças,Juliane Okabe e Kaori Hira-moto, campeãs da categoriaTibiko A e Infantil C respecti-vamente, faturaram os títulosde campeãs gerais entre ospequenos. Já na premiaçãocoletiva, o Dantaisen (Equipes)saiu para a Regional Leste e ade torcida mais animada foipara a Regional ABCD/Baixa-da Santista.

Geral – Se em cima do palcoa qualidade superou as expec-tativas, em termos de infra-estrutura a satisfação tambémfoi geral. Pelo menos para osorganizadores e a própria UPK(União Paulista de Karaokê),que levaram pela primeira vez

MARCUS IIZUKA

Lílian Tangoda recebeu o prêmio máximo do Paulistão dos dirigentes e do secretário Hiroyuki Minami

o Paulistão para a cidade deSão Bernardo do Campo.

Nos cálculos da comissãoorganizadora, pelo menos 6 milpessoas passaram pelo anfite-atro do Cenforpe, média con-siderada boa se comparadacom outras edições do concur-so. Entre os pontos a seremmelhorados, o único imprevis-to foi o atraso nas apresenta-ções. Programado para termi-nar às 22h50, o Grand Prix, porexemplo, só teve seu finalanunciado perto da 1 hora desegunda-feira.

Para dar conta da organiza-ção, cerca de 200 pessoas par-ticiparam da comissão especial,presidida por SuetoshiTakashima e coordenada porMorio Minami. Entre osapoiadores, destaque para o se-cretário de Planejamento e Tec-nologia da Informação de SBC,Hiroyuki Minami, que foi um dosporta-vozes da prefeitura paraa realização do concurso.

“Trabalhamos durante me-ses para a realização deste

evento e creio que tudo saiuconforme o previsto. São Ber-nardo do Campo só tem a agra-decer o carinho da comunida-de do karaokê e, de antemão,deixar as portas abertas paraa realização de qualquer even-to ligado à música japonesa”,destacou o secretário. Já seuirmão Morio Minami acrescen-tou ainda que teve de lutar con-tra algumas pessoas que, ape-sar de trabalhar em conjunto,sempre colocaram empecilhosdurante a montagem e plane-jamento do Paulistão. “Real-mente tivemos algumas pesso-as que jogaram contra e issofoi um problema. Contudo, nobalanço geral podemos dizerque o saldo foi mais que posi-tivo. Conseguimos realizar umevento único, com moderniza-ção na parte de som, telões econtagem. Tudo foi sincroniza-do para que saísse perfeito. E,ao final, sentimos que a obri-gação fora cumprida”, finali-zou o coordenador geral.

(Rodrigo Meikaru)

Grand PrixLílian Tangoda

Adulto AKinsho: Lílian TangodaKashosho: Nobuhiro Hirata

Adulto BKinsho: Norton MiyazakiKashosho: Alexandre Hayafuji

JuvenilKinsho: Mariana KataokaKashosho: Tiemi Sato

PopKinsho: Mary NishimuraKashosho: Naomi Tanaka

CoreografiaEduardo Sakamoto

Veterano AKazue Fugi

Veterano BKinsho: Massaru KimuraKashosho: Kazuko Kawai

Veterano CKinsho: Shinobu TadaKashosho: Mitsue Kina

Veterano D1Ocirema Miyagui

Veterano D2Kinsho: Shinji SakakibaraKashosho: Paulo Shikama

Infantil DYukiane tomoda

Infantil CKaori Hiramoto

Infantil BGabriela Yokota

Infantil ARaisa Kusaba

Campeã Geral InfantilKaori Hiramoto

Tibiko CMariane Hirokawa

Tibiko BFernanda Nakai

Tibiko AJuliane Okabe

Campeã Geral TibikoJuliane Okabe

DantaisenRegional Leste

TorcidaABCD/Baixada Santista

Campeã do interiorLílian Tangoda

Campeão da capitalAlexandre Hayafuji

Campeã da Grande São PauloMariana Kataoka

Campeões absolutos do 13º Concurso deKaraokê do Estado de São Paulo

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12 JORNAL NIKKEI São Paulo, 17 de fevereiro de 2007

Lílian TangodaGrand Prix

Alexandre HayafujiCategoria Adulto B (kasohsho)

Norton MiyazakiCategoria Veterano B

Mary NishimuraCategoria Pop

Kazue FugiCategoria Veterano A

Massaru KimuraCategoria Veterano B

Kazuko KawaiCategoria Veterano B

Shinobu TadaCategoria Veterano C

Ocirema MiyaguiCategoria Veterano D1

Shinji SakakibaraCategoria Veterano D2

Mariana KataokaCategoria Juvenil

Regional LesteCategoria Dantaisen

Regional ABCD/Baixada SantistaCategoria Trocida

Eduardo SakamotoCategoria Coreografia

Juliane OkabeCategoria Tibiko A

Fernanda NakaiCategoria Tibiko B

Mariane HirokawaCategoria Tibiko C

Raisa KusabaCategoria Infantil A

Gabriela YokotaCategoria Infantil B

Kaori HiramotoCategoria Infantil C

Yukiane TomodaCategoria Infantil D

PAULISTÃO 2007MARCUS IIZUKA/JORNAL NIKKEI

Se depender dagrandiosidade e moder-nização do concurso re-alizado neste ano, o pú-blico pode esperar porum Paulistão forte noano que vem. Pelo me-nos é o que prometeLuiz Yuki. Entre os pon-tos de destaque que opresidente da entidademáxima do karaokêpaulista cita, estão aqualidade dos cantoresque, segundo ele, estãocada vez mais profissi-onais.

A participação decrianças e jovens tam-bém mostra que o atualpanorama da música ja-ponesa no Brasil é fa-vorável. Principalmentequando se fala das categori-as Doyo e Tibiko, bem comoJuvenil. Para Yuki, este é umsinal de que a música japo-nesa no Brasil terá grandesnomes para o futuro.

“As categorias comoDoyo, Tibiko e Juvenil estãocom cada vez mais partici-pantes, diferente de algunsanos atrás. Tenho certezaque os pequenos estão inte-ressados em cantar em cimados palcos”, crê Yuki.

Que o diga Laís Sayuri.Aos 8 anos, a jovem cantoraparticipa pela segunda vez doPaulistão. De kimono rosa,

maquiagem e um penteado dedar inveja a qualquer partici-pante das categorias superio-res, a garota revela que a mú-sica ajuda na concentração nahora de estudar, principal-mente em questões de mate-mática. “Eu gosto de cantar eisso me ajuda a estudar. Foraque gosto de vir aos concur-sos para encontrar meus ami-gos do karaokê”, diz ela.

Em casa, revelam os pais,ela sempre está com um mi-crofone na mão. O duro équando a própria Laís decidetrocar os livros e cadernospelo videokê. “Tem que ter

um limite. Hora do estudo éuma coisa. Depois, ela estáliberada para cantar. Acho

importante cada vez mais ospais das crianças nikkeisapoiarem seus filhos paracantar a música japonesa.Tenho certeza que elas cres-cerão em um ambiente sau-dável, além de preservaremuma parte da cultura japone-sa”, revela a mãe, Mayumi.

Para o presidente daUPK, tudo isso revela o quan-to o ambiente do karaokê éagregador, pois conseguereunir em um mesmo localpessoas de variadas gera-ções. O futuro? SegundoYuki, a tendência é cada vezmais encontrar crianças e jo-vens nos taikais. “Hoje vive-mos um ambiente tranqüilodentro dos concursos. E te-nho certeza que no futuromuitas dessas crianças quehoje participam serão gran-des campeões do Paulistão”,finaliza Luiz Yuki.

Campeãs das categorias Tibiko e Infantil: futuro promissor nos taikais

Dirigentes se animam com maior número decrianças e jovens no Paulistão 2007

JORNAL NIKKEI

Eles foram os grandes campeões do Paulistão 2007. Cada qual com seu estilo, osvencedores de suas respectivas categorias esbanjaram afinação e técnica vocal emcima do palco. Tudo isso sem contar nas vestimentas, utilizadas para complementara interpretação da canção. Confira os que conquistaram público e os jurados duran-te os dois dias de cantoria em São Bernardo do Campo:

Galeria dos Campeões