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2013 Agosto

Agosto - Governo do Estado de São Paulo · 2014-05-24 · ciencia-e-tecnologia/) Liberação de metano que ocorre na Sibéria será causa, no futuro, de danos superiores aos ganhos

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01/08/2013 Metano no Ártico é bomba relógio, alertam cientista s Autor: Anastasia Gubin(https://www.epochtimes.com.br/author/monica-stephitch/), Publicação: agosto 01, 2013 Em: Meio Ambiente(https://www.epochtimes.com.br/category/ciencia-e-tecnologia/meio-ambiente-ciencia-e-tecnologia/) Liberação de metano que ocorre na Sibéria será causa, no futuro, de danos superiores aos ganhos para a economia global, como inundações e secas ou talvez uma grande erupção

Metano liberado pelo degelo do Ártico é uma verdadeira bomba relógio, alertam estudiosos

Foto: NINA LARSON/AFP/Getty Images Fonte: http://www.epochtimes.com.br/wp-content/uploads/2013/08/metano-emergente.jpg

O gás metano que está se desprendendo no Ártico graças ao derretimento maciço das geleiras – e que está se acelerando a cada verão – é “uma bomba-relógio” que será bastante visível nos litorais, acelerará a mudança climática e, para a economia global no curto prazo, irá causar perdas superiores aos ganhos globais, afirmou um grupo de cientistas de três universidades britânicas. O estudo concluído após 40 anos de análise dos efeitos do metano liberado pelo “desaparecimento do gelo marinho no verão do Ártico”, mostra que os líderes mundiais não têm considerado as perdas econômicas trazidas pelas próximas enchentes, secas e problemas de saúde causados pelas mudanças climáticas aceleradas, nem é considerado que este metano pode ser liberado em uma grande erupção. As reservas de metano podem ser “centenas de milhares de toneladas de um gás muitas vezes pior do que o dióxido de carbono para o aquecimento global”, adverte o relatório publicado pela Universidade de Cambridge. Mas isso não é tudo, acrescentam os cientistas, porque foram calculados os efeitos de “apenas uma fração” de todo o metano que será liberado na atmosfera em um futuro próximo. Isso então, acrescentou, poderá “possivelmente causar uma mudança climática possivelmente catastrófica”. Os cientistas alertam que, para alguns economistas, o que acontece no Ártico é benéfico para a extração de petróleo e gás. Alegam inclusive que a abertura de novas rotas de navegação pode significar investimentos de bilhões de dólares, porém apenas considerando uma área de degelo, na Sibéria, constatou-se que o resultado foi uma perda de 60 bilhões de dólares. “O tamanho da economia global em 2012”, declaram os autores. “Esta elevação maciça de metano terá importantes implicações para as economias globais e as sociedades”, especialmente as emergentes, assegura Peter Wadhams, professor de física na Universidade de Cambridge, de acordo com relatório da Universidade de Rotterdam. Wadhams, junto com os outros estudiosos, publicou seu estudo com uma “advertência ao mundo” e sublinhou que “os líderes mundiais, do Fórum Econômico Mundial e do FMI devem prestar mais atenção a esta bomba relógio invisível”, diz a Universidade de Rotterdam. O metano pode ser liberado em uma grande erupção Na realização do estudo, a equipe analisou a perda de metano que ocorre hoje em dia, emergindo do fundo do mar da Sibéria Oriental. Em análises adicionais, ressaltou que se desconhece se essa perda continuará “progressivamente ao longo dos próximos 30 anos, ou se haverá uma erupção gigantesca”, disse a Universidade de Cambridge.

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Os autores calcularam que nesta região serão lançadas cerca de 50 gigatoneladas de metano, e reiteraram que esta é apenas uma fração do total emitido pelo derretimento do Ártico. O preço total das mudanças no Ártico significa multiplicar a emissão da Sibéria, ou seja, 60 bilhões de dólares em prejuízos. Por esta razão, “o impacto global de um aquecimento do Ártico é uma bomba relógio econômica”, também confirma Gail Whiteman, Professor de Sustentabilidade, Gestão e Mudanças Climáticas da Universidade de Rotterdam, em um comunicado. “A liberação de metano poderia avançar até a data em que o aumento da temperatura média mundial ultrapasse 2 graus Celsius entre 15 e 35 anos”, disse Chris Hope, Professor do Curso de Política da Escola de Administração da Universidade de Cambridge, de acordo com relatório. Ausência de medidas de controle Hope destaca em seu estudo que o custo estimado de 60 bilhões de dólares é causado pela ausência de medidas de controle da mudança climática, no entanto, como no modelo estudado não foram incluídos os efeitos da acidificação dos oceanos, os autores do estudo advertem que o custo real poderá inclusive ser muito maior. Países em desenvolvimento, os mais atingidos “Oitenta por cento desses custos serão suportados pelos países em desenvolvimento; à medida que eles experimentam um clima mais extremo, sofrerão com as inundações, as secas e os problemas de saúde graças ao aquecimento do Ártico, acrescentaram os pesquisadores, de acordo com a Universidade de Rotterdam. Para Wadhams, Whiteman e Hope, o impacto do degelo será muito maior do que os “benefícios de curto prazo para o transporte marítimo e a extração” de petróleo e gás. Os estudiosos dizem que os líderes mundiais “perdem o foco” e não levam em conta as projeções de metano do Ártico. “Nem mesmo o Fórum Econômico Mundial e o Fundo Monetário Internacional reconhecem o perigo econômico da mudança no Ártico”. O estudo Os três pesquisadores estudaram o desaparecimento do gelo do Ártico por 40 anos, e antes de publicar os resultados afirmaram que fizeram testes do modelo utilizado mais de 10 mil vezes para revelar dados confiáveis. Os cientistas enfatizam que as projeções são baseadas em trabalho anterior feito na região pela Dr. Natalia Shakhova e seus colegas do Centro de Pesquisa Internacional do Ártico da Universidade do Alasca. Para Wadhams, eles são “as únicas pessoas com o conhecimento geológico suficiente para fazer estimativas das emissões de metano nesta área”.

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Metano liberado pelo degelo do Ártico é verdadeira bomba relógio, alertam os estudiosos

Foto: NINA LARSON/AFP/Getty Images Fonte: http://www.epochtimes.com.br/wp-content/uploads/2013/08/metano-emergente2.jpg

Fonte: EPOCH TIMES > Notícias > Ciência e Tecnologia > Meio Ambiente(https://www.epochtimes.com.br/metano-no-artico-e-bomba-relogio-alertam-cientistas/)

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02/08/2013 Energia solar e biogás devem crescer no Brasil, projeta EPE O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, revelou na quinta-feira, 1º de agosto, que o plano decenal de energia 2013-2022 prevê a geração de 1.400 megawatts (MW) de geração distribuída (produção de energia para o consumidor) via fonte solar em 2022. Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ele acredita que o biogás proveniente dos aterros também ganhará cada vez mais espaço.

A projeção de 1.400 MW é um número conservador, segundo o presidente da EPE

Foto: Constellation Energy(http://www.flickr.com/photos/constellationenergy/4538043361/sizes/m/in/photolist-7V1EbV-7V4Tg3-7V1E7g-e8eNeL-dKHWd4-8EjpA2-9Rfdgw-9RcmZM-8JF47Q-aqeNHK-e6FUNF-apux1d-7M7zDF-apuwHf-

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Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/energia-solar-e-biogas-devem-crescer-no-brasil/images/energia-solar-ecod.jpg

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, revelou na quinta-feira, 1º de agosto, que o plano decenal de energia 2013-2022 prevê a geração de 1.400 megawatts (MW) de geração distribuída (produção de energia para o consumidor) via fonte solar em 2022. "Claro que isso (a meta) é uma visão neste momento, já que pode ser maior em função da evolução da queda de preços. A Agência Internacional de Energia estima que em 2020 a energia solar será competitiva em relação às demais fontes", destacou o presidente da EPE ao Estadão(http://www.ae.com.br/?1=1), classificando a projeção de 1.400 MW como um número conservador. Tolmasquim participou em São Paulo do Fórum Geração Distribuída e Cogeração de Energia - Novo Ciclo de Desenvolvimento, organizado pelo CanalEnergia. Uma das possíveis fontes energéticas seria o uso do biogás para geração energética Durante a apresentação, ele mostrou otimismo em relação ao avanço da geração energética a partir da fonte solar e também da distribuída em geral. Energia do lixo Uma das possíveis fontes energéticas seria o uso do biogás para geração energética, insumo que poderia ser obtido a partir do aproveitamento de resíduos urbanos e agrícolas, por exemplo. "A partir de 2014, as prefeituras serão obrigadas a dar aproveitamento econômico a resíduos aproveitáveis. Então, teremos a questão de geração de energia a partir do lixo", destacou, em referência a um dos pontos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

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Aqui no EcoD você já viu que alguns aterros no Brasil produzem o biogás. Um deles é o Aterro Metropolitano de Gramacho(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/junho/usina-vai-transformar-o-lixo-de-gramacho-em?tag=energia), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Outro exemplo é a Termoverde Salvador(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/marco/salvador-inaugura-primeira-termeletrica-movida-a), primeira termelétrica a biogás de aterro sanitário do Nordeste, situada na Bahia. O biogás que vem dos aterros pode gerar eletricidade para 1,5 milhão de pessoas(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/marco/biogas-que-vem-dos-aterros-pode-gerar-eletricidade), segundo dados do Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos. Fonte: iBahia > Notícias > Sustentabilidade(http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/energia-solar-e-biogas-devem-crescer-no-brasil-projeta-epe/?cHash=9ee2373f3b855514ff78b51c45246cd7)

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05/08/2013 TERRAMÉRICA – Até casca de batata por Kim-Jenna Jurriaans

Assim são os recipientes de restos de comida para compostagem em Nova York.

Foto: Kim-Jenna Jurriaans/IPS Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/NovaYorkLixeiraOrganicos.jpg

O novo esquema de coleta e compostagem de lixo orgânico de Nova York está concebido para ser obrigatório, e reduzir drasticamente o lixo e o que se gasta com ele. Nova York, Estados Unidos, 5 de agosto de 2013 (Ter ramérica) – Pergunte a um nova-iorquino por que sua cidade é famosa. A compostagem tem tão poucas possibilidades de aparecer entre as respostas quanto as casas baratas ou os invernos temperados. Mas, se depender do prefeito, Michael Bloomberg, isto logo mudará. Bloomberg, que terminará seu mandato no final deste ano, anunciou em junho que o Departamento de Saneamento da cidade começou a coletar dejetos orgânicos em comunidades-piloto de toda Nova York, e planeja ampliar drasticamente a quantidade de lares participantes nos próximos dois anos. O objetivo final é que, até 2016, seja obrigatório que todas as casas recolham seu lixo orgânico para aproveitá-lo como compostagem, fertilizante obtido pela decomposição, ou como fonte de energia limpa. A iniciativa faz parte do plano de Bloomberg de reduzir em 75% o lixo urbano que chega aos lixões até 2030 e diminuir as emissões de gases-estufa da cidade, para as quais o lixo contribui com cerca de 3%. No momento, Nova York se desfaz de boa parte de seu lixo sólido, mais de 14 milhões de toneladas anuais, em lixões situados em outros Estados, como a Pennsylvania, Carolina do Sul e Ohio, pagando US$ 86 por tonelada, fora o transporte. Se os moradores dos quase três milhões de unidades habitacionais da cidade separarem a matéria orgânica do resto do lixo, a prefeitura espera reduzir em 1,2 milhão de toneladas o lixo dos aterros sanitários. Esta medida poderia permitir uma economia de até US$ 100 milhões ao ano, pouco menos de um terço do dinheiro gasto para coletar e eliminar o lixo domiciliar, segundo o Departamento de Saneamento. A fase de teste inclui, até agora, dois arranha-céus de Manhattan, algumas poucas comunidades do Brooklyn e de Staten Island, e mais de cem restaurantes e escolas públicas de toda a cidade. Mas o Departamento de Saneamento se prepara para incluir 150 mil casas de família, 70 edifícios e 600 escolas em 2014. Pouco mais de um quarto do lixo nova-iorquino é composto por lixo residencial. As empresas produzem aproximadamente outro um quarto, e 70% deste procedem dos restaurantes, por isso incluir o setor é uma parte importante do plano de compostagem. Os restaurantes com consciência ecológica, que já pagam uma coleta especial de lixo alimentar, provavelmente deem as boas-vindas a um plano de toda a cidade que os inclua. Para outros, com cozinhas pequenas, agregar um recipiente adicional para o lixo pode ser impossível, como mostra um informe sobre restaurantes divulgado em 20 de junho pelo jornal The New York Times. Além de aliviar a carga ambiental e as despesas da cidade, há outros benefícios na coleta seletiva, segundo Ron Gonen, subcomissário de Saneamento da cidade. “Há dois destinos principais para os resíduos

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orgânicos”, disse Gonen ao Terramérica. “Podem ser transformados em compostagem, fertilizante orgânico que já é elaborado em uma unidade em Nova York, e é doado para parques e hortas locais, ou vendido para empresas de jardinagem. Esses resíduos também podem ser transformados em energia renovável mediante decomposição anaeróbica (ausência de oxigênio)”, acrescentou. O resultado é um biogás rico em metano. Nova York já tem um digestor anaeróbico em uma de suas unidades de tratamento de esgoto, e se estuda uma licitação para a construção de uma grande central, que possa converter boa parte do resíduo doméstico em gás ou eletricidade limpa. “Também há algumas tecnologias emergentes interessantes”, observou Gonen, citando, como exemplo, que “se pode transformar o lixo em um combustível limpo conhecido como éter dimetílico (substituto do óleo combustível), por isso não é impensável que no futuro próximo possamos movimentar nossos caminhões de lixo a partir dos próprios resíduos que coletamos”. Mudança de atitude Wexterleigh, um bairro de 3.500 habitantes no distrito nova-iorquino de Staten Island, é uma das comunidades-piloto da política de compostagem. Embora a participação esteja na casa dos 50%, as respostas dos moradores são variadas. Rosemary Caccese, que já elabora compostagem em seu próprio quintal mesmo antes do plano de Bloomberg, vê a medida com bons olhos. “Já faço o meu cada semana”, disse ao Terramérica, apontando seu novo contêiner marrom, que é recolhido a cada sete dias. “Dá trabalho, não é fácil”, acrescentou, mas, como se importa com o meio ambiente, está disposta a pagar o preço. Porém, sua aplicação em toda a cidade pode ser complicada, principalmente para a população idosa, afirmou. Na calçada em frente, Donald Carullo acredita que o fato de ele e sua mulher serem idosos é precisamente o que lhes permite participar da iniciativa. Seu filho, pai de três crianças, perderia muito tempo, ponderou ao Terramérica. Na avenida Burnside, Loise Conti, que se autodefine como “verde” e detalha com orgulho uma longa lista de medidas amigáveis com o meio ambiente que aplica em sua casa, é cética sobre o plano, por razões práticas e de projeto. “Minha amiga tem cinco filhos, e precisará mais do que isto”, disse apontando para o novo móvel de sua cozinha: um recipiente oval com capacidade para 4,4 litros, um dos modelos entregues pela prefeitura nas casas. Para uma casa pequena como a sua, o esforço quase não vale a pena. E, no quente verão nova-iorquino, “começa a cheirar mal”, lembrou. A mudança de atitude é uma boa parte do desafio que a cidade terá que superar nos próximos meses. A ênfase na economia que terão os cofres públicos e os contribuintes é essencial para promover esta política, ressaltou Gonen. Entretanto, no momento a medida é voluntária, e no futuro será obrigatória e com multa para quem não cumpri-la. Alexander Allen, que conversou com o Terramérica em um dos poucos lugares – algumas dezenas – onde se pode deixar lixo para compostagem na cidade, acredita que a iniciativa tem muito sentido ambiental. Contudo, não está certo de que funcione como obrigatória, pois as multas não bastam para mudar mentalidades. “Definitivamente, estará nas mãos da população”, resumiu. Nova York segue os passos de outras cidades dos Estados Unidos, como São Francisco e Seattle, que implantaram iniciativas semelhantes. Mas também está inovando. “Não há nenhuma cidade na América do Norte, e talvez nem mesmo na Europa, onde o manejo do lixo seja tão complicado como em Nova York”, pontuou Gonen. “Temos um ambiente antigo de construções, e somos multiculturais”, acrescentou. Isto também é uma oportunidade para que a Grande Maçã sirva de exemplo para outras cidades do planeta. “Não há outra grande cidade que possa ver os êxitos de Nova York e dizer nós não poderíamos fazer isso, temos um sistema mais complicado”, afirmou Gonen. * A autora é correspondente da IPS. LINKS Meio ambiente é assunto de todos em Besançon(http://envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/meio-ambiente-e-assunto-de-todos-em-besancon/) Ao resgate das hortaliças feias(http://envolverde.com.br/ambiente/terramerica-ao-resgate-das-hortalicas-feias/) Municípios argentinos unidos frente à mudança climática, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2012/10/municipios-argentinos-unidos-frente-al-cambio-climatico/)

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Não há quem receba o lixo no México, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2012/01/mexico-la-basura-no-tiene-quien-la-reciba/) Escolas verdes florescem em Porto Alegre(http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=3684) Lixo cinco estrelas(http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=3304&olt=445) Mudança climática se combate no bairro, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2009/08/ambiente-chile-cambio-climatico-se-combate-en-el-barrio/) Artigo produzido para o Terramérica, projeto de com unicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press S ervice (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde. Fonte: Terramérica/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/terramerica-ate-casca-de-batata/)

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05/08/2013 Resíduos Sólidos: Pesquisa Ibope revela hábitos de moradores de Rio Branco por Redação do WWF Brasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/coleta.jpg

A maioria da população de Rio Branco está disposta a mudar seus hábitos a favor de práticas mais sustentáveis de consumo e destinação do lixo, segundo revelou a pesquisa de opinião Ibope apresentada no último dia 31 de julho, na Conferência Municipal de Meio Ambiente. Rio Branco, representando o momento econômico que vive a região Norte, aparece como a cidade com maior intenção de consumo de bens nos próximos anos. É também a cidade com a população mais disposta a adotar a coleta seletiva (93%). Porém, apenas 12% da população tem acesso hoje ao serviço. A maioria (61%) acredita que mais informação sobre o sistema de coleta de lixo possa fazer a diferença para que mais pessoas separem o lixo. Como mostra da disposição de mudança, 64% dos entrevistados disseram aceitar participar de movimentos em suas comunidades para a divulgação de boas práticas de consumo e descarte. “É uma cidade que traz uma dualidade interessante: foi aberto um caminho para a conscientização da importância das causas ambientais, mas a população não conta com instrumentos para mudar o comportamento. Rio Branco é um exemplo de que o processo de conscientização ainda é importante antes de se pensar diretamente nas ações práticas: informação ainda é uma carência da região”, afirma Natália Borges, técnica do Ibope. Dentre os itens mais separados pelos moradores, estão latas (48%), plásticos (59%) e papéis e papelões (57%). Na cidade, a grande parte da coleta seletiva é feita hoje por catadores (62%). Apesar da baixa percepção de problemas gerados pelo lixo ao meio ambiente pelos entrevistados das cinco cidades, Rio Branco teve destaque. 18% entendem a relação do lixo com a contaminação de rios e mananciais. A cobrança pela taxa de lixo não deixa de dividir opiniões. 41% declararam disposição para pagar taxa semelhante contra 57%. Os catadores de materiais recicláveis são personagens conhecidos dos cidadãos de Rio Branco, 75% reconhecem os trabalhadores. Mas apenas 36% compreendem que eles prestam um serviço importante à comunidade. A um ano da entrada em vigor da Política Nacional de Resíduos Sólidos, apenas 7% tem conhecimento da política e 30% já ouviu falar a respeito de alguma lei sobre lixo na cidade. “A questão do consumo sustentável na região amazônica traz um viés importante como espelho da conjuntura social nacional: conciliar crescimento econômico com práticas sustentáveis é um grande desafio num país que ainda conta com boa parte de sua população na pobreza”, conclui Natalia. O Ibope ouviu 301 moradores da capital acreana, com mais de 16 anos, das classes A/B (26%), C (64%) e D/E (10%), em junho de 2012. A pesquisa faz parte de um estudo sobre Consumo Sustentável realizado em outras quatro cidades: Natal (RN), Caxias do Sul (RS), Pirenópolis (GO) e Belo Horizonte (MG).

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A pesquisa foi encomendada pelo Programa Água Brasil, que atua na cidade em parceria com a Prefeitura Municipal e a Catar (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Estado do Acre), para apoiar a implementação da agenda da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em Rio Branco. O Programa Água Brasil é uma iniciativa do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil, da organização ambientalista WWF-Brasil e da Agência Nacional de Águas (ANA). Em Rio Branco, o Programa, com apoio dos parceiros, atua em três frentes complementares: fortalecimento da capacidade produtiva e de gestão da CATAR; apoio à implementação da coleta seletiva em Rio Branco e dos planos de Educação para o Consumo Responsável e de Comunicação Comunitária. Para conferir a pesquisa clique aqui(http://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/2013_07_31_pesquisa_ibope_rio_branco.pdf). * Publicado originalmente no site WWF Brasil(http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?35782). Fonte: WWF Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/residuos-solidos-pesquisa-ibope-revela-habitos-de-moradores-de-rio-branco/)

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05/08/2013

Programa de biogás da Itaipu pode virar política pública, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que as experiências da Itaipu para a produção de biogás em pequenas propriedades rurais, a partir do aproveitamento dos dejetos da atividade agropecuária, poderão embasar a formulação de novas políticas públicas e se expandir para todo o País.

As declarações foram feitas no sábado (3), em Marechal Cândido Rondon, no Oeste paranaense, após visita ao Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba. O condomínio reúne 33 pequenos agricultores na zona rural do município. “É uma importante iniciativa, que serve de modelo para que a gente possa pensar no uso alternativo de energia e, ao mesmo tempo, agregar valor às propriedades rurais”, afirmou o ministro. Segundo ele, o projeto “merece todo o esforço para que possa ser replicado e se constitua em uma nova alternativa para a agricultura familiar para o Brasil inteiro”. O ministro visitou o condomínio acompanhado do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek; do superintendente de Energias Renováveis, Cícero Bley Júnior; do diretor de Coordenação, Nelton Friedrich; e do assistente do DGB, Herlon Goelzer de Almeida. O vice-prefeito de Rondon, Silvestre Cóttica, e lideranças do município, também estavam presentes. Pepe Vargas conheceu a microcentral termelétrica, que produz 800 metros cúbicos de gás diariamente – o que equivale a quase 1 mil KWh de geração de energia. A microcentral está conectada por gasoduto aos biodigestores das 33 propriedades rurais do Ajuricaba. Em seguida, o ministro visitou a propriedade do casal Gedson e Elizabet Vargas, que integra o condomínio e tem como principal atividade a produção de leite. “O que esse projeto demonstra é a viabilidade econômica do modelo. Então eu diria que é uma questão de tempo para isso se difundir para algumas regiões do Brasil”, avaliou o ministro, lembrando que, assim como na bacia do Ajuricaba, a suinocultura e a bovinocultura do leite têm forte presença em toda a agricultura familiar brasileira.

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Pepe Vargas acrescentou que o passo seguinte para levar o projeto para todo o País será acelerar o processo de regulamentação do setor, para que a energia gerada pelos agricultores possa ser integrada ao sistema elétrico brasileiro. A ideia é que o excedente gerado pelas propriedades possa ser vendido para as distribuidoras. Samek lembrou que o Paraná, embora tenha apenas 3% do território nacional, é responsável por 20% da produção agropecuária do País. “Nessa questão ligada à sustentabilidade, se tem um lugar que conseguiu conciliar o desenvolvimento com a questão ambiental, foi a nossa região [Oeste do Paraná]”, destacou o diretor, que definiu a iniciativa como um “produto made in Oeste do Paraná”. “Por isso, poder tornar política pública nacional um projeto como esse, é para nós motivo de muito orgulho.” Cícero Bley comentou que o biogás, hoje, é invisível tanto para o produtor como para o governo – que não veem nele o potencial ambiental e econômico. “Esperamos que a visita do ministro avance para a formulação de uma política pública”, reforçou. “Ou seja, transformar em rotina brasileira a utilização do biogás como energia. Porque essa energia hoje é desperdiçada”, salientou. Sobre o projeto O projeto é desenvolvido por Itaipu desde 2009, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Copel, Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). No condomínio, os dejetos da produção agropecuária são transferidos para biodigestores, para extração do gás metano. Os biodigestores estão conectados por gasoduto a uma central termelétrica, que abastece com energia elétrica as propriedades rurais. O excedente poderá ser vendido para a distribuidora de energia do Estado. Já a matéria orgânica que passa pelo biodigestor é transformada em um biofertilizante de alta qualidade.

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06/08/2013 Produção de biogás apoiada por Itaipu pode virar po lítica pública por Natalia Souza, para a CBN Foz(https://plus.google.com/115819533283573265961) O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que as experiências da Itaipu para a produção de biogás em pequenas propriedades rurais, a partir do aproveitamento dos dejetos da atividade agropecuária, poderão embasar a formulação de novas políticas públicas e se expandir para todo o país.

Fonte: http://noticias.cbnfoz.com.br/2012/fotosCbnFoz/ajuricaba2.JPG

As declarações foram feitas no sábado (03), em Marechal Cândido Rondon, após visita ao Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba. O condomínio reúne 33 pequenos agricultores na zona rural do município. “É uma importante iniciativa, que serve de modelo para que a gente possa pensar no uso alternativo de energia e, ao mesmo tempo, agregar valor às propriedades rurais”, afirmou o ministro. Segundo ele, o projeto “merece todo o esforço para que possa ser replicado e se constitua em uma nova alternativa para a agricultura familiar para o Brasil inteiro”. O ministro visitou o condomínio acompanhado do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek; do superintendente de Energias Renováveis, Cícero Bley Júnior; do diretor de Coordenação, Nelton Friedrich; e do assistente do DGB, Herlon Goelzer de Almeida. O vice-prefeito de Rondon, Silvestre Cóttica, e lideranças do município, também estavam presentes. Pepe Vargas conheceu a microcentral termelétrica, que produz 800 metros cúbicos de gás diariamente – o que equivale a quase um mil KWh de geração de energia. A microcentral está conectada por gasoduto aos biodigestores das 33 propriedades rurais do Ajuricaba. Em seguida, o ministro visitou a propriedade do casal Gedson e Elizabet Vargas, que integra o condomínio e tem como principal atividade a produção de leite. O ministro avaliou que o projeto demonstra viabilidade econômica do modelo, sendo uma questão de tempo para se difundir para algumas regiões brasileiras. Ele lembrou, ainda, que assim como na bacia do Ajuricaba, a suinocultura e a bovinocultura do leite têm forte presença em toda a agricultura familiar brasileira. Pepe Vargas acrescentou que o passo seguinte para levar o projeto para todo o país será acelerar o processo de regulamentação do setor para que a energia gerada pelos agricultores possa ser integrada ao sistema elétrico brasileiro. A ideia é que o excedente gerado pelas propriedades possa ser vendido para as distribuidoras. Cícero Bley comentou que o biogás, hoje, é invisível tanto para o produtor como para o governo – que não veem nele o potencial ambiental e econômico. “Esperamos que a visita do ministro avance para a

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formulação de uma política pública”, reforçou. “Ou seja, transformar em rotina brasileira a utilização do biogás como energia. Porque essa energia hoje é desperdiçada”, salientou. Sobre o projeto O projeto é desenvolvido por Itaipu desde 2009, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Copel, Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). No condomínio, os dejetos da produção agropecuária são transferidos para biodigestores, para extração do gás metano. Os biodigestores estão conectados por gasoduto a uma central termelétrica, que abastece com energia elétrica as propriedades rurais. O excedente poderá ser vendido para a distribuidora de energia do Estado. Já a matéria orgânica que passa pelo biodigestor é transformada em um biofertilizante de alta qualidade. Fonte: CBN 1320 AM – Foz do Iguaçu > Notícia(http://noticias.cbnfoz.com.br/noticias-de-foz-do-iguacu/editorial/foz-do-iguacu/06082013-35228-producao-de-biogas-apoiada-por-itaipu-pode-virar-politica-publica)

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06/08/2013 Degelo do Ártico pode provocar catástrofe mundial, segundo cientistas Rápido degelo do Ártico pode provocar uma catástrofe, uma ”bomba-relógio econômica” que iria custar trilhões de dólares e prejudicar o sistema financeiro global, diz um grupo de economistas e cientistas polares. Os governos e a indústria têm esperado o aquecimento generalizado da região do Ártico nos últimos 20 anos para ser um benefício econômico, permitindo a exploração de novos campos de petróleo e gás e permitindo o transporte de viajar mais rápido entre a Europa e a Ásia. Mas o lançamento de um gigante single “pulso” de metano a partir de descongelamento do permafrost ártico sob o mar da Sibéria Oriental, segundo os cientistas, poderia vir com 60 trilhões de dólares, preço global, de prejuízos pelo mundo”, de acordo com os pesquisadores que têm, pela primeira vez quantificados os efeitos sobre a economia global. Mesmo a emissão lenta de uma proporção muito menor de vastas quantidades de metano preso no permafrost ártico e águas oceânicas poderia desencadear catastróficas mudanças climáticas e perdas econômicas “íngremes”, dizem eles. O Ártico gelo do mar, que em grande parte derrete e reformas a cada ano, está diminuindo a um ritmo sem precedentes. Em 2012, caiu para menos de 3,5 milhões de km² até meados de setembro, apenas 40% da sua extensão habitual na década de 1970. Porque o gelo também está perdendo sua espessura, alguns cientistas esperam que o oceano Ártico para ser em grande parte livre de gelo no verão até 2020. O crescente temor é que, como os retiros de gelo, o aquecimento da água do mar vai permitir ao largo permafrost para liberar cada vez maiores quantidades de metano. Um reservatório gigante de gás de efeito estufa, na forma de hidratos de gás no leste Siberian Arctic Shelf (ESAS), pode ser emitida, ou lentamente, mais de 50 anos ou catastroficamente rápido ao longo de um período de tempo mais curto, dizem os pesquisadores. As ramificações do desaparecimento do gelo também será sentida longe dos pólos, eles dizem, porque a região é fundamental para o funcionamento dos sistemas da terra, como oceanos e do clima. “O desaparecimento iminente do gelo marinho de verão no Ártico terá enormes implicações tanto para a aceleração da mudança climática, e a liberação de metano das águas off-shore, que agora são capazes de aquecer no verão”, disse o professor Peter Wadhams, chefe do grupo de física oceano Polar, da Universidade de Cambridge, é um dos autores do artigo publicado na revista Nature , sobre este assunto. “Este enorme impulso metano terá grandes implicações para as economias globais e das sociedades. Grande parte desses custos seriam suportados pelos países em desenvolvimento, na forma de condições meteorológicas extremas, inundações e os impactos sobre a produção agrícola e da saúde”, disse ele. De acordo com os autores, que utilizam o relatório Stern, calcularam que 80% dos impactos extras por valor, ocorrerá nas economias mais pobres da África, Ásia e toda a América do Sul. ”A inundação de áreas baixas, estresse extremo calor, secas e tempestades estão ampliada pelas emissões de metano extras”, afirmam os pesquisadores. Eles argumentam que os corpos econômicos globais não tomaram em conta os riscos de rápido derretimento do gelo, e que a única desvantagem econômica para o aquecimento do Ártico que eles identificaram até agora, tem sido o possível risco de derrames de petróleo. Paulo Nogueira é jornalista, membro da associação brasileira de jornalismo científico Fonte: Jornal de Uberaba > Opinião(http://www.jornaldeuberaba.com.br/cadernos/opiniao/4864/degelo-do-artico-pode-provocar-catastrofe-mundial-segundo-cientistas)

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07/08/2013 Estudo identifica plantas forrageiras como fontes de bioenergia por Raiza Tronquin, da Esalq

Culturas da aveia, azevém, cevada e milheto apresentaram valores menos favoráveis.

Foto: Barbara Burger Foto: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/colheitacapa.jpeg

Com o crescimento demasiado da população, o desenvolvimento dos países e a manutenção da qualidade de vida demandam aumento da produção energética. No entanto, a busca por fontes de energia alternativa vem se destacando baseada na utilização dos mais variados tipos de recursos naturais, com enfoque voltado à preservação do meio ambiente. “A análise de fluxos de energia possibilita uma avaliação da sustentabilidade de sistemas de produção agrícola, que visa o uso eficiente de insumos em termos energéticos”, destaca a engenheira agrônoma Maria Carolina da Silva Andrea, autora de uma pesquisa sobre o tema desenvolvida no programa de Pós-graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Em seu estudo, Maria Carolina identificou culturas como fontes de bioenergia que, além de poderem ser utilizadas no complemento de análises econômicas, em busca de sistemas de produção mais eficientes como o de plantas forrageiras, são tradicionalmente utilizadas para alimentação na região dos Campos Gerais do Paraná. Os resultados mostraram que culturas forrageiras como milho, sorgo, cultivares de P. maximum e Tifton 85 disponibilizaram energia com mais eficiência que milheto, cevada, aveia e azevém. “No entanto, os resultados devem ser cuidadosamente analisados, visto que a cultura do milho foi a que mais disponibilizou energia, porém a que mais consumiu. Já o Tifton 85 foi a que menos consumiu e a terceira maior a disponibilizar energia, por exemplo”, comenta Maria Carolina. A pesquisa determinou fluxo de materiais (FM), demanda (EE), disponibilização de energia (ES), balanço energético (BE), lucratividade energética (EROI) e energia incorporada (EI) da biomassa, aplicados nesses sistemas. O FM determinou o consumo de insumos por área e serviu de base para o cálculo da EE dos sistemas. Com características das culturas, calculou-se a ES e, com base nesses parâmetros, calculou-se os indicadores BE, EROI e EI. Segundo a pesquisadora, “com base nos resultados, concluiu-se que as culturas que se apresentaram mais eficientes, do ponto de vista energético, foram as gramíneas perenes como as cultivares de P. maximum e a Tifton 85, e as gramíneas anuais como o milho e o sorgo, pois mostraram os melhores valores de indicadores da eficiência energética (ES, BE, EROI e EI), o que justificaria uma posterior investigação detalhada no uso energético dessas culturas”. As culturas da aveia, azevém, cevada e milheto apresentaram os valores menos favoráveis no enfoque energético. Portanto não foram consideradas adequadas à finalidade energética em relação às demais culturas estudadas. A operação que apresentou maior demanda de energia foi a distribuição de fertilizantes, devido os insumos que possuem mais energia incorporada. O fertilizante nitrogenado aparece em primeiro lugar, devido à quantidade de energia utilizada em seu processo de extração e industrialização. O diesel aparece em segundo lugar, na demanda de energia, em seu processo de produção. Sistema eficiente Maria Carolina destaca que o enfoque energético de culturas usadas tradicionalmente para alimentação, seja ela animal ou humana, é importante já que viabiliza traduzir a realização de operações agrícolas em consumo de energia. “Isso contribui na adoção de medidas que tornam o sistema mais eficiente do ponto de vista energético. Ainda permite a caracterização do potencial das culturas forrageiras em termos de

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fornecimento de energia, o que não deve, porém, ser confundido com a preferência de seu uso para essa finalidade em detrimento à alimentação”, conclui a pesquisadora. O estudo teve orientação do professor Thiago Libório Romanelli, do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), e contou com o apoio da Fundação ABC na obtenção de dados relativos aos sistemas de produção de culturas forrageiras pelos produtores da região, associados às cooperativas Capal, Batavo e Castrolanda. * Publicado originalmente no site Agência USP(http://www.usp.br/agen/?p=146559). Fonte: Agência USP/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/estudo-identifica-plantas-forrageiras-como-fontes-de-bioenergia/)

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07/08/2013 Prefeituras discutem em Brasília logística reversa de embalagens Entidades municipais pedem condições técnicas, ambientais e financeiras para tocar o projeto. por Sophia Gebrim

Maranhão (E), Zilda e Marques na reunião: projeto precisa das prefeituras

Foto: Paulo de Araújo/MMA Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/fdcf76798e96ed3f7279e17b40317102_XL.jpg

Representantes de entidades municipais de meio ambiente e saneamento ambiental apresentaram, na tarde desta quarta-feira (07/08), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, proposta de acordo setorial para implantação de sistema de logística reversa de embalagens em geral, com uma série de pontos que mostram a visão do setor. O documento, recebido pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão, será avaliado em conjunto pelo ministério e associações proponentes. “A proposta é bem-vinda e retrata a posição do setor com relação à agenda da logística reserva”, disse Maranhão. Para ele, o esforço das entidades em produzir esse documento com características e necessidades do setor contribui, ainda, para o debate do tema a nível nacional, e são fundamentais para avançar nas discussões. “Em todos os aspectos da logística reversa, o Ministério do Meio Ambiente busca ouvir o setor e os estados e municípios, fundamentais para a formulação das propostas governamentais”, acrescentou. Condições O presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE), Silvio Marques, uma das entidades que em conjunto apresentaram a proposta, reforçou a necessidade de condições técnicas, ambientais e financeiras, para tornar viável a implantação de sistemas de coletas seletivas. “Além disso, a participação adequada dos responsáveis pela logística reversa contribuirá para a efetividade do processo”, salientou. Marques também destacou que, segundo a proposta, para a cadeia produtiva de embalagens em geral é impossível estabelecimento da logística reversa sem a participação dos municípios. Participaram ainda do encontro a diretora do Departamento de Ambiente Urbano do MMA, Zilda Veloso, o gerente de projeto Ronaldo Hipólito e representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Associação Brasileira de Municípios (ABM), Confederação Nacional dos Municípios (CNM), ASSEMAE, Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA) e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9535-prefeituras-discutem-em-bras%C3%ADlia-log%C3%ADstica-reversa-de-embalagens)

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07/08/2013 Exploração de gás de xisto põe em risco reservas de água potável Este gás é uma fonte combustível significativamente mais barata que o petróleo, e especialistas indicam que a sua extração pode trazer mudanças profundas no cenário atual petrolífero. Ecologistas alertam para o consumo excessivo e contaminação da água colaboradora Rachel Ann Hauser Davis

Foto: divulgação

Fonte: http://nnpetro.com.br/sites/default/files/styles/imagem_do_node/public/noticias/stop%20xisto%20peq.jpg

O gás de folhelho, popularmente conhecido como gás de xisto (shale gás, em inglês) é um gás que se encontra submerso nas camadas das rochas de xisto, a centenas ou até mesmo milhares de metros de profundidade. Estimativas recentes indicam a existência de mais de 28 bilhões m3 de reservas deste gás apenas na América do Norte. Na Europa, os números estimados chegam a 200 bilhões m3. Estes depósitos podem até mesmo superar várias vezes em quantidade o das reservas provadas de gás convencional no planeta, segundo a Administração de Informação de Energia (EIA) dos Estados Unidos. Este gás é uma fonte combustível significativamente mais barata que o petróleo, e especialistas indicam que a sua extração pode trazer mudanças profundas no cenário atual petrolífero. O gás de xisto é extraído, geralmente, através do fraturamento hidráulico, um método de perfuração desenvolvido nos anos 90, que utiliza uma mistura de água, areia e produtos químicos para perfurar as camadas de xisto e extrair gás natural dos poros das rochas. Os problemas ambientais ligados a este tipo de extração incluem a preocupação, por exemplo, com a contaminação de água. O fraturamento hidráulico consome grandes quantidades de água, já que aproximadamente 20 milhões de litros de água (sob alta pressão) são enviados para cada um dos poços de perfuração, para criar as fraturas na rocha que liberam o gás. O uso excessivo de água é problemático principalmente em locais com pouca disponibilidade de água, como, por exemplo, algumas áreas da China e no Texas. Estas preocupações, inclusive, fizeram com que alguns locais nos Estados Unidos limitassem a produção de gás de xisto. Alguns ambientalistas sugerem que o fraturamento hidráulico – que funciona ao criar fraturas nas rochas –, pode vir a criar um caminho para que a água residual, o gás e outros produtos químicos alcancem os aquíferos e se misturem à água potável, causando mais um problema ambiental. A técnica também pode aumentar a poluição do ar e elevar as emissões de gases de efeito estufa, devido ao vazamento de gás metano e à evaporação de água residual contaminada. Além disso, há ainda a preocupação de que o gás, por ser abundante, acessível e barato, possa desestimular investimentos em fontes de energia verdes e renováveis, como, por exemplo, fontes eólicas e solares.

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A autora Rachel Ann Hauser Davis é bióloga, Doutora em Química Analítica pela PUC-Rio e professora e pesquisadora da UNICAMP. Faz parte do GEPAM - Grupo de Espectrometria, Preparo de Amostras e Mecanização Fonte: Jornal O Nortão > Notícias(http://www.onortao.com.br/noticias/exploracao-de-gas-de-xisto-poe-em-risco-reservas-de-agua-potavel,4491.php)

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07/08/2013 Derretimento de gelo cria lago no meio do Polo Norte No ano passado, calotas polares da região chegaram ao nível mais baixo já registrado

Observatório Ambiental do Polo Norte

Fonte: http://blu.stb.s-msn.com/i/8F/D191889190B8703CBFDBD695A48B89.jpg Graças ao aumento da média da temperatura global, o Polo Norte tem mais uma vez um grande lago no meio do gelo ártico. Fotos do Observatório Ambiental do Polo Norte mostram que as calotas polares vêm derretendo cada vez mais rápido. Segundo o instituto, o gelo na região chegou ao seu nível mais baixo já registrado, no meio do ano passado (verão no Hemisfério Norte). As coisas não estão melhores na Antártica. As camadas de gelo do continente estão diminuindo rapidamente. Ainda mais alarmante é um estudo lançado nesta semana sobre o derretimento do pergelissolo antártico (uma mistura de terra, gelo e rochas congelada há décadas, o que é uma evidência mais forte do aumento das temperaturas do que o derretimento do gelo. O pergelissolo derrete mais rápido ainda no Ártico. Isso causa uma preocupação maior porque a camada contém uma alta quantidade de metano, que está sendo lançado para a atmosfera, o que só agrava o problema, visto que o metano é um gás mais poderoso do que o dióxido de carbono e faz com que as temperaturas aumentem ainda mais. O impacto do metano, no entanto, não é apenas uma catastrophe ambiental, também é econômica. Segundo a revista “Nature”, o derretimento do ártico tem causado um prejuízo global de US$ 60 trilhões.

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Além disso, o alto derretimento nos dois polos causa outro grande problema: aumento do nível do mar. Um grupo de pesquisadores publicou, no mês passado, que, para o aumento de cada grau Celsius, a água sobe entre dois e três metros. Fonte: Forbes Brasil > Notícias(http://forbesbrasil.br.msn.com/tecnologia/derretimento-de-gelo-cria-lago-no-meio-do-polo-norte)

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07/08/2013 Aquecimento global deve custar US$ 460 trilhões até 2100 por Giovanni Tonussi

Chip Phillips registrou a ação natural do gás metano no Abraham Lake

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/eldorado-socioambiental/wp-content/blogs.dir/122/files/2013/08/foto_lago41.jpg

Pesquisadores da Holanda e do Reino Unido apresentaram, na revista Nature, uma nova simulação que usa como base o relatório Stern sobre os danos financeiros do aquecimento global, o que chegaria a mais de US$ 460 trilhões até 2100. Nessa versão, é levada em conta a liberação do gás metano que está preso no permafrost, uma camada de solo permanentemente congelada, que fica abaixo de uma cama de água, que por sua vez é abaixo ainda do gelo na superfície. Já existe uma liberação de gás metano, mas a quantidade que pode sair do permafrost é estimada em 50 bilhões de toneladas. O cálculo começou em 2006, quando o governo britânico encomendou um documento que entrelaçasse o meio ambiente com a economia, e chegou ao valor de US$400 trilhões. Isso é relativo aos danos que o aquecimento pode causar ao território de diversos países, até o ano de 2100, em forma de aumento nas catástrofes naturais. Esse é o documento chamado de relatório Stern. Por isso, a nova simulação adicionou outros US$60 trilhões a conta do relatório, o que significa um aumento de 15%. Outro dado é que esses danos afetariam em 80% apenas os países mais pobres do Planeta. Fonte: TERRITÓRIO ELDORADO > Notícias > Meio Ambiente(http://blogs.estadao.com.br/eldorado-socioambiental/aquecimento-global-deve-custar-usd460-milhoes-ate-2100/)

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08/08/2013 Agricultores investem em produção de biogás no Para ná Redação Bonde com assessoria de imprensa Agricultores familiares do município de Marechal Cândido Rondon criaram um projeto inovador no Paraná. Eles utilizam dejetos suínos e bovinos para produção de biofertilizantes e geração de energia elétrica, térmica e automotiva. O Projeto Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar da Microbacia da Linha Ajuricaba engloba 33 famílias e chega a produzir 800 m³ de biogás por dia. Para auxiliar na construção da estrutura física do projeto, os agricultores utilizaram a linha de crédito Mais Alimentos do Governo Federal, executada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Elizabet Vargas, 48 anos, conta que contratou R$ 75 mil para montar as salas de ordenha, de alimentação e para a aquisição de 15 matrizes. "Esse biogás é maravilhoso e se não fosse o crédito do Governo Federal não teríamos conseguido toda a estrutura para transformar nossa vida no que é hoje", revela. A agricultora, seu esposo, Gedson Vargas, 51anos, sua cunhada e filhos fizeram do investimento o ganha pão da família. Os homens cuidam dos animais e as mulheres tiram leite. "Isso aqui era o sonho do meu marido. Há quatro anos éramos boias frias e hoje temos nosso pedaço de terra porque ele acreditou e se arriscou para isso", conta Elizabet. Desenvolvido pela Itaipu desde agosto de 2009, o projeto abastece os próprios agricultores com o biogás. O que, segundo Elizabet, facilita o trabalho deles e garante melhor qualidade de vida, como a eliminação do mau cheiro e de moscas. "Antes do biogás a água demorava 40 minutos para esquentar, para cozinhar os alimentos. Agora é coisa de dez minutos e a água já está fervendo", afirma. Com a renda garantida por meio do Projeto Condomínio de Agroenergia e com a liberação de recursos pelo Mais Alimentos, a família de Elizabet comprou há um mês um trator. A aquisição visa melhorar ainda mais o trabalho no condomínio. "Esse trator foi um investimento maravilhoso, tem adiantado muito meu serviço", explica Gedson.

Fonte: http://www.bonde.com.br/img/bondenews/2013/08/img_1_39_1632.jpg

Como funciona Cada uma das 33 famílias tem um biodigestor que envia o gás resultante dos dejetos a microcentral termelétrica por 22 quilômetros de gasodutos. Em um motogerador, o biogás se transforma em energia para as propriedades rurais ou, até mesmo, para alimentar a rede pública de eletricidade. Depois do processo de

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biodigestão, a matéria orgânica vira um biofertilizante de alta qualidade, que pode ser aplicado em pastagens e outras culturas. As criações de gado e de porco dos agricultores do condomínio geram 16 mil toneladas de dejetos por ano. Essa quantidade é capaz de produzir uma média de 266 mil m³ de biogás por ano – o suficiente para abastecer 150 residências após transformado em energia elétrica. Todo o biofertilizante produzido assegura, ao final de um ano, uma economia de cerca de R$ 55 mil. Fonte: Bonde > Notícias > Economia(http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-39--74-20130808)

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08/08/2013 Vereadores aprovam estudo para implantação de usina de biodigestão em Jacareí Diferente do que o texto original previa, a Câmara Municipal de Jacareí aprovou o projeto de lei de autoria do Poder Executivo, que altera o artigo 3º da Lei nº 5.140/08 sobre a concessão da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. O projeto busca adequar a legislação municipal às novas exigências decorrentes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada em 2010, que estabeleceu obrigações e metas a serem cumpridas pelos municípios. Para atender essa nova legislação, o Poder Executivo pretende instalar em Jacareí uma usina de biodigestão do lixo, medida que poderá aumentar de 25 para 100 anos a vida útil do aterro sanitário municipal, além de possibilitar a geração de energia elétrica com a queima do biogás, gerando créditos aos cofres públicos. O texto do projeto enviado foi alterado com a emenda apresentada pelos vereadores Ana Lino (PMDB), Arildo Batista (PT), Edinho Guedes (PMDB), Hernani Barreto (PT), Itamar Alves (PDT), José Francisco (PT), Paulinho do Esporte (PMDB), Rogério Timóteo (PRB) e Rose Gaspar (PT). Com a emenda o prazo do atual contrato não foi alterado, isso só poderá ocorrer após a comprovação técnica e orçamentária, nas formas da lei, de que não é possível custear a unidade de biodigestão do lixo, dentro dos próximos 16 anos de vigor, que o atual contrato de concessão ainda possui. Decidiu-se ainda que a Câmara votará na próxima sessão ordinária, a criação de uma Comissão Especial de Fiscalização, formada por oito vereadores, sendo um representante de cada partido eleito na Casa, para acompanhar os estudos técnicos e orçamentários a serem feitos pelo Executivo para fundamentar o uso desta nova tecnologia ambiental. Fonte: VALE NEWS > Notícias > Política(http://valenews.com.br/politica/16423-vereadores-aprovam-estudo-para-implantacao-de-usina-de-biodigestao-em-jacarei.html)

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09/08/2013 Muitos alarmas para o clima estão soando por Washington Novaes * Mesmo que habituada a ler o noticiário da chamada área ambiental, qualquer pessoa sentirá certo desconforto ao tomar conhecimento do teor do último relatório da Agência Internacional de Energia, divulgado em junho, assim como do conteúdo da discussão a respeito no Carnegie Endowment for International Peace, com a presença do economista-chefe da agência, Fatih Birol; do subsecretário de Energia no respectivo departamento norte-americano, Daniel Poleman; do presidente do World Resources Institute, Andrew Steer; e da subsecretária de Política no Departamento de Transporte, Polly Trottenberg. "Se não acharmos solução para o problema das emissões no setor da energia", disse Birol, "a batalha estará perdida", já que elas respondem por dois terços do total. "Este é o tema da nossa geração", segundo Poneman. "Mesmo que limitemos o aquecimento global a 2 graus Celsius, teremos de enfrentar nossa vulnerabilidade, diante dos impactos que já sofremos com os eventos extremos”. Birol lembrou que, apesar desse quadro, a agenda internacional na área está perdendo o vigor há três anos. Muitos estudiosos pensam que apenas com mais eficiência nessa área se chegará a soluções – mas isso não ocorrerá. E o uso de gás de xisto, sozinho, não resolverá todo o problema. Em 2012 as emissões globais aumentaram 1,4 %, para um novo recorde. No Japão, cresceram 6%. Pequenas reduções na Europa e na Índia deveram-se a menor atividade econômica, sem influenciar a tendência. Talvez o melhor resultado tenha sido na China, embora as emissões ali tenham aumentado 3,8%. Mesmo nos Estados Unidos – pensa ele – o maior uso de gás no lugar de petróleo não se deveu a preocupações com o clima, e sim com o preço. E só temos até 2020 para estabelecermos novos padrões de emissões que nos afastem da atual tendência de aumento da temperatura (que pode chegar, diz ele, a 5,3 graus Celsius). Curiosamente, Birol acredita que políticas adequadas na área do clima não terão repercussões negativas na economia – embora possa haver ganhadores e perdedores. E não será preciso inventar novas tecnologias, as atuais bastam. Além de permitirem a redução da poluição, diminuirão os problemas da balança de pagamentos com as importações de petróleo. E por esses caminhos se poderá conter o aumento da temperatura em 2 graus – desde que com mais eficiência energética (na iluminação, nos refrigeradores, nas máquinas de lavar, na cozinha), construções mais adequadas. Será indispensável ter motores industriais mais adequados. Transporte eficiente (um terço da demanda global por petróleo vem do consumo em caminhões). Também será preciso proibir a instalação de mais usinas a carvão, muito poluentes. Conter as emissões de metano, até mediante substituição das fontes emissoras. E eliminar subsídios para o consumo de combustíveis fósseis, hoje em US$ 0,5 trilhão por ano, US$ 110 por tonelada de dióxido de carbono. Se essas coisas não forem feitas, teremos mais secas, ondas de calor, mais ciclones, tempestades tropicais – e com repercussões nas infraestruturas de energia, obrigando até as empresas de exploração de petróleo no mar a elevar a altura de suas plataformas, com altos custos, segundo Birol. Outro caminho será o do sequestro e armazenamento do carbono (no fundo do mar ou da terra) nas fontes emissoras (solução muito questionada pelos geólogos, que temem suas consequências). Para o presidente do World Resources Institute, "estamos perdendo a batalha na área do clima", embora haja soluções; e quanto mais demorem, mais caro custarão. No ano passado, US$ 300 bilhões foram investidos na área de energias renováveis – "mas é pouco diante do que precisa ser feito". E é preciso lutar contra a ideia de que isso é muito caro e pode deixar de ser feito. Se não o for, daqui a cinco anos será inevitável criar um imposto sobre qualquer consumo de combustíveis fósseis, pensa Steer. Polly Trottenberg acredita estar havendo muito progresso na área da eficiência de veículos, reduzindo o consumo de energia. Já estão em vigor nos EUA novos padrões para carros e caminhões leves, há projetos para caminhões pesados: "Podemos reduzir as emissões e baixar os gastos. E o governo norte-americano está trabalhando com as comunidades para melhorar o uso do espaço, o transporte em geral e o ferroviário em especial". Depois "chegará a vez do transporte aéreo", inclusive na redução de emissões. David Burwell, diretor de Energia e Clima do Instituto Carnegie e mediador da discussão, advertiu que "não há lugar para nos escondermos das mudanças climáticas". E os fatos recentes parecem dar-lhe razão. No Brasil mesmo, com a seca ainda castigando mais de mil municípios, tivemos nas últimas semanas a decretação de estado de atenção ou de emergência em dezenas deles, por causa do baixo nível de umidade do ar, que em alguns chegou a 12%, com alto risco de incêndios. Inundações graves deixaram mais de mil mortos na Índia. O Alasca teve temperatura recorde, 36 graus Celsius.

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Tudo chega a um ponto que levou mais de 500 cientistas de 44 países – entre eles, vários Prêmio Nobel e 33 membros da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, além de academias europeias – a advertir (Instituto Carbono Brasil, 29/5) que "os seres humanos estão causando níveis alarmantes de prejuízo ao nosso planeta (...). A qualidade humana de vida sofrerá uma degradação substancial até o ano 2050, se continuarmos no caminho atual". Por causa de perturbações climáticas, extinção de espécies, perda de ecossistemas, poluição e padrões de consumo aliado ao crescimento populacional. Não faltam advertências, portanto, vindas dos especialistas mais qualificados. Mas quando teremos políticas severas e adequadas, especialmente no caso do Brasil, onde se faz de conta que nenhum problema está acontecendo? * Washington Novaes é Jornalista. e-mail: [email protected]. Fonte: O Estado de S. Paulo > Opinião(http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,muitos-alarmas-para--o-clima-estao-soando-,1062168,0.htm)

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10/08/2013 Ano de 2012 foi um dos dez mais quentes já registra dos, diz relatório Texto da NOAA aponta ainda recorde no degelo do Ártico e no nível do mar. Documento teve participação de 384 cientistas de 52 países diferentes. do G1, em São Paulo

Imagem acima mostra instrumento da NOAA em região congelada do Ártico, em 7 de junho. Na imagem de baixo, derretimento do gelo no mesmo local, em 25 de julho, formou um lago. O fenômeno ocorreu devido às altas temperaturas registradas, diz o órgão do governo dos EUA

Foto: NOAA/AP Fonte: http://s2.glbimg.com/C2T_uOBhkGi1mkzleL2G7llFBrw=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/08/09/artico1.jpg As temperaturas na superfície do planeta atingiram níveis muito altos em 2012, tornando o ano passado um dos dez mais quentes já registrados desde o início do monitoramento, há mais de um século, aponta o relatório

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"Estado do clima", divulgado nesta semana pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês). Além disso, 2012 foi um ano em que houve recorde na subida de nível dos mares, no derretimento do gelo no Ártico e variações climáticas extremas ocorreram em vários lugares do planeta. "Os Estados Unidos e a Argentina tiveram os anos mais quentes já registrados", afirma o documento. O texto foi compilado com a ajuda de 384 cientistas de 52 países diferentes. Ele dá um panorama detalhado de indicadores de efeitos climáticos, aquecimento global e outros dados coletados por estações de monitoramento no gelo, céu, mar e na terra. "Muitos dos eventos que fizeram de 2012 um ano importante são parte de tendências de longo prazo que vemos alterando o clima – níveis de carbono estão subindo, o nível dos mares está aumentando, o gelo no Ártico está derretendo, e nosso planeta todo está se tornando um lugar mais quente", diz uma diretora da NOAA, Kathryn Sullivan, em nota divulgada pela instituição. Uma série de fatores são responsáveis pelas mudanças climáticas e fenômenos extremos. O documento, diz a agência Reuters, cita principalmente o crescimento contínuo na emissão de gases-estufa, como CO2, metano e óxido nitroso. O gelo no mar na Antártica também atingiu recorde de extensão, chegando a 19,45 milhões de km² – a maior medida até então tinha sido registrada em 2006, quando 19,34 milhões de km² de gelo haviam sido identificados, segundo o relatório. O número de ciclones tropicais, no entanto, ficou dentro do esperado. Segundo a NOAA, em 2012 este fenômeno foi registrado 84 vezes, número pouco menor do que a média registrada entre 1981 e 2010, de 89 ciclones. "A região do Atlântico Norte foi a única que teve uma atividade acima do normal como 'berço' de furacões", diz uma nota da entidade. Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/08/ano-de-2012-foi-um-dos-dez-mais-quentes-ja-registrados-diz-relatorio.html)

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14/08/2013 Nossas cidades são bombas socioecológicas por Rose Spina*

A urbanista da USP Ermínia Maricato

Foto: Fernanda Estima/FPA Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/urbanista.jpg

A urbanista da USP Ermínia Maricato não se surpreende com o fato de o transporte ter sido o estopim das manifestações que vêm ocorrendo nas cidades brasileiras. Nesta entrevista, ela fala sobre o caos urbano e quase tudo que o compõe, como mobilidade, mercado imobiliário, interesses das corporações, condições de vida e saúde. Por Rose Spina, da revista ‘Teoria e Debate’ São Paulo – Não foi por falta de aviso! A urbanista Ermínia Maricato há alguns anos chama a atenção para os impasses na política urbana brasileira e alerta para o fato de nossas cidades serem verdadeiras bombas-relógio. Professora colaboradora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, da qual foi titular por mais de 35 anos, e professora visitante da Unicamp, Ermínia foi secretária Executiva do Ministério das Cidades (2003-2005) e de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo (1989-2002), no governo Luíza Erundina. A autora de O Impasse da Política Urbana no Brasil (Editora Vozes), que integra o Conselho da Cidade de São Paulo, diante de tantos obstáculos para uma verdadeira reforma urbana, não quer mais saber de cargos, quer ser movimento social, ir para a rua. Alguma surpresa com o fato de as manifestações ocor ridas em junho terem como estopim a situação do transporte coletivo? Ermínia Maricato: Nenhuma. Eu estou surpresa de ver tanta gente surpresa com essa explosão, que é principalmente de classe média, mas não só. E sobre ter o transporte como o estopim. Há alguns anos falamos que o transporte é uma das principais questões. Também não estou surpresa de a direita estar na rua. Ao contrário, estava perplexa de ver a organização da direita nos veículos de comunicação, em eventos e fóruns que tenho frequentado e até em conselhos, como o de Desenvolvimento Urbano, por exemplo. Estou muito impressionada com o que está acontecendo com o chamado desenvolvimento urbano. Trata-se de uma involução, principalmente em função do mercado imobiliário. Construímos, nos termos do capitalismo da periferia, cidades que são bombas socioecológicas devido à incrível desigualdade e segregação – nos últimos anos, com o boom imobiliário, a prioridade dada aos automóveis, às obras viárias, e ainda elevamos o grau dessa febre, com os megaeventos, a Copa. Realmente, as cidades estão entregues ao caos, a interesses privados, e as condições de vida da maioria estão piorando muito. Por que você trata desenvolvimento como involução? Ermínia: Existe um projeto para o crescimento do país. Nós tivemos as décadas perdidas e voltamos a investir em políticas públicas recentemente, e em transporte urbano não voltamos a investir. Existe um investimento que acompanha a Copa, mas, política de transporte urbano em nível nacional, nós não temos desde a década de 1980. Houve recuo nos investimentos em políticas públicas, habitação, saneamento e transportes, que estruturam as cidades. Em 2003, houve um retorno do investimento em saneamento, em torno de R$ 3 bilhões. Depois, em 2005, um retorno do investimento em habitação e saneamento. Em 2007, obras de infraestrutura urbana, com o PAC, e, em 2009, o programa Minha Casa, Minha Vida. Como a recuperação do investimento se dá sem a reforma urbana, que tem como ponto central a questão fundiária e imobiliária, acontece do jeito que o diabo gosta. A apropriação principalmente da renda imobiliária e fundiária se dá por interesses privados e com aumento do preço do metro quadrado dos imóveis, que em três anos chegou a 151% em São Paulo e 185% no Rio de Janeiro. De 2009 a 2012, houve uma explosão no Brasil inteiro de preço do metro quadrado com despejos violentos, política que não esperávamos que fosse voltar tão rapidamente. São Paulo teve episódios emblemáticos no ano passad o.

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Ermínia: Sim, mas há muitos incêndios e despejos em favelas. E uma das principais forças ligadas ao crescimento econômico e vinculada a essa tragédia é a mobilidade urbana. O transporte coletivo está em ruínas, não foi recuperado nos últimos trinta anos. E o automóvel entra fortemente no cenário com todas as consequências que estamos vendo. O capital imobiliário disputa a semiperiferia e os pobres estão indo para mais longe. Temos uma reestruturação da ocupação metropolitana e urbana no Brasil a partir da especulação imobiliária sem controle fundiário e, finalmente, empresas de construção pesada priorizando o que decidem. Isso é incrível porque há cidades onde oferecem ao prefeito uma obra e não precisa ter Plano Diretor, nada… a obra sai e pronto! Se a obra é prioridade ou não, se está no Plano Diretor ou não, tanto faz. Em São Paulo, a ampliação da Marginal Tietê é uma obra que contraria completamente a visão dos urbanistas sobre o que é prioritário. Do ponto de vista ambiental, então, é um desastre impermeabilizar ainda mais as margens do rio. Uma obra que custou R$ 1,7 bilhão. E pasmem! O ex-prefeito Gilberto Kassab deixou licitado um túnel de R$ 3 bilhões, que nem servirá para ônibus. Faz parte da operação urbana Águas Espraiadas. Felizmente pude falar sobre isso no Conselho da Cidade. Vivemos uma situação de desmando nas cidades brasileiras. A política urbana realmente sumiu do cenário nacional. Política urbana não é um monte de obras. O Movimento pela Reforma Urbana está organizado? Ermínia: Está recuado e muito focado em uma demanda pontual: casa própria e financiamento para o movimento. Não há discussão de uma política ampliada. Nossos anos dourados foram com a política do modo petista de governar, que não sei por que foi esquecido até pelos municípios. Ao olhar para a cidade ilegal, constatamos que os trabalhadores a construíram assim porque ganhavam pouco e esse deveria ser nosso lugar prioritário de ação. Então construímos uma política para recuperar a cidade ilegal. No que consistiu essa política? Ermínia: Prioridade à área construída ilegal, desurbanizada, esquecida pelos governos e planos anteriores. Eram bairros inteiros, periféricos, onde não existia lei. Favelas, áreas degradadas, e era preciso evitar riscos, como enchentes, desmoronamentos, epidemias, a condição insalubre e melhorar os padrões de esgoto, drenagem, coleta de lixo… Pavimentação e equipamento de educação foram uma das coisas mais revolucionárias que fizemos na gestão Marta Suplicy. Construímos teatro, cinema, natação, dança, arte, esporte. Nosso trabalho ficou conhecido no mundo, por causa da arquitetura de habitações, pelo know how de urbanização de favelas. Além de encontrar essa cidade ilegal e dar um outro padrão a ela, fomos em busca de outras formas de arquitetura, habitação e legislação. Nós temos um arcabouço institucional e legal, que o mundo não entende por que reclamamos. Quais leis compõem esse aparato legal? Ermínia: Constituição Federal, Estatuto da Cidade, famoso no mundo inteiro, Ministério das Cidades, Conferência Nacional das Cidades, Conselho das Cidades, lei federal de consórcios públicos, Plano Nacional de Habitação, lei federal de saneamento, lei de resíduos sólidos e a última é de mobilidade. Então, onde está o problema? Ermínia: Temos grande quantidade de conselhos, algo em torno de 20 mil. Uma enorme variedade de conferências, municipal, estadual, federal, criança, adolescente, idoso, educação, cultura… Está todo mundo ocupado no institucional. O PT está absolutamente incluído no institucional. O resultado da convocação do partido que não cobriu a Avenida Paulista de vermelho deve soar como uma luz. Eu mesma fiquei impressionada. Cadê a militância? Ela está ocupada. E a militância que foi às ruas, que não está no espaço institucional, é despolitizada, o que também é nossa responsabilidade. “Nunca fomos tão participativos”, como digo em meu livro O Impasse da Política Urbana no Brasil. Há novas instituições e um novo arcabouço legal. Tivemos muitas conquistas sociais: aumento do salário mínimo, bolsa família… Mas isso se esgotou. E onde foi parar a reforma urbana? Não havia uma pr oposta? Ermínia: Em 1979 e 1980 o país cresceu muito, depois houve queda e uns voozinhos de galinha. Com o governo Lula o país cresce. Mas esse crescimento com base na indústria automobilística deveria ter sido mais bem avaliado, pois as cidades pagariam um preço muito alto. E o pior: para criar pouco mais de 20 mil empregos durante um certo tempo, uma vez que a lógica desse tipo de indústria é desempregar. A partir de 2007, o governo federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento e em 2009 o Minha Casa, Minha Vida. Com o primeiro decola a atividade de construção pesada e com o segundo a construção residencial. Se atentarmos para a relação do PIB brasileiro e o da construção, observamos que, em 2008, o primeiro foi de 5,2%, enquanto o segundo foi de 7,9%. Em 2010, o PIB brasileiro vai a 7,5% e o da construção a 11,6%.

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O PAC se destina a financiar a infraestrutura econômica (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e toda a infraestrutura de geração e distribuição de energia) e a infraestrutura social (água, esgoto, drenagem, destino do lixo, recursos hídricos, pavimentação). Finalmente o Estado reconhecia a cidade ilegal e o passivo urbano, buscando requalificar e regularizar áreas ocupadas ilegalmente. Com o Minha Casa, Minha Vida é diferente. Retoma-se a visão empresarial da política habitacional, ou seja, de construção de novas casas, apenas, sem levar em consideração o espaço urbano em seu conjunto, e muito menos a cidade já comprometida pela baixa qualidade. Com a finalidade explícita de enfrentar a crise econômica de 2008, o programa apresenta pela primeira vez uma política habitacional com subsídios do governo federal, e para tanto foi bem-sucedido. A taxa de desemprego na construção diminuiu muito comparada ao desemprego em outras atividades. Isso não é pouco importante, a questão está nas empresas de construção e incorporação. Em 2007, dezessete delas abriram capital na bolsa de valores, compraram um estoque de terras e estavam justamente aguardando fundos para a construção de moradias. O programa responde a essa necessidade e as empresas passaram imediatamente a construir febrilmente. O financiamento habitacional cresceu 65% de 2009 a 2010, e no ano seguinte, 42%. O montante de subsídio concedido de 2008 a 2009 foi de aproximadamente R$ 14 bilhões. Quando as empresas entram o salto é vertiginoso. Esse subsídio foi parar no preço da terra, porque na verdade no déficit de moradia da baixa renda, até três salários, não se mexeu ainda. Essa também é sua crítica ao programa? Ermínia: É. O programa nesse período incluiu a classe média, de cinco a dez salários mínimos. Mas a reprodução da desigualdade e da segregação se deu pela forma agressiva com que os capitais imobiliários reassumiram o mercado de terras expulsando, com despejos violentos ou incêndios nunca bem explicados favelas ou ocupações ilegais situadas em áreas com potencial de valorização. A elevação de preço do metro quadrado no Rio foi de quase 185% e em São Paulo de 151%. Há pessoas que fazem esse acompanhamento, como o pessoal do blog Fogo no Barraco, que mapeia os incêndios em favelas e a valorização imobiliária. Há também o Observatório de Remoções de São Paulo, sobre despejos, criado por nossos pesquisadores. A favela do Moinho, que pegou fogo duas vezes, está localizada na linha de uma operação urbana prevista da Lapa ao Brás, feita por um escritório americano. Eles tomaram conta! E a região da Cracolândia? Ermínia: Lá ficou claro que se tratava de um programa do Kassab com o Serra, Nova Luz, que o Fernando Haddad suspendeu. É outro ponto dessa linha Lapa-Brás. Há também investimento pesado na Barra Funda, Campos Elísios. A máquina do crescimento utiliza capital imobiliário, empresa de construção pesada, interesses de determinados setores… As empreiteiras tomaram conta da cidade. Elas, que também são financiadoras de campanha, já estavam presentes na coleta de lixo, na energia, na mineração, estão passando para o setor imobiliário. O que você diz dos efeitos do estresse urbano nas p opulações de nossas cidades? Ermínia: Vamos aos dados: 30% da população de São Paulo sofre de depressão, ansiedade mórbida ou comportamento impulsivo. É uma pesquisa da USP. Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 24 metrópoles do mundo, São Paulo apresenta o pior quadro. Veja que 29,6% dos indivíduos da região metropolitana apresentam transtornos mentais, nos doze meses anteriores à pesquisa. Ansiedade afetou 19,9% dos entrevistados. Em seguida transtorno de comportamento e de impulso. Claro que o trânsito tem a ver com isso. Isso é uma bomba. Dois grupos se mostram especialmente afetados: as mulheres que moram em regiões consideradas de grande vulnerabilidade apresentam transtorno de humor, assim como os homens migrantes que moram nessas regiões precárias. Dessas mulheres, 30% são chefes de família. Elas saem para trabalhar e deixam os filhos, que por sua vez ficam sem acesso a esporte, lazer, educação, porque não estão na escola. A mãe não consegue acompanhar. E aí tem a violência policial e o tráfico. Há filmes que mostram bem essa realidade, por exemplo, Os Doze Trabalhos, de Ricardo Elias. Qual é o tempo médio das viagens? Ermínia: O tempo médio das viagens em São Paulo era de 2:42 horas. Para um terço da população esse tempo é de mais de 3 horas. Um quinto leva mais de 4 horas, ou seja, passa uma boa parte da vida nos transportes, seja ele um carro de luxo, seja em um ônibus ou trem superlotado, o que é mais comum e atinge os moradores da periferia metropolitana. Em São Paulo, em 2011, morreram em acidentes de trânsito 1.365 pessoas, 45,2% (617) delas atropeladas, o que revela a insegurança de pedestres, e 512 motociclistas. Ou seja, as vítimas são os pedestres e motociclistas, mas quem causa a morte são os carros, responsáveis por 83% das ocorrências.

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Contando ninguém acredita, mas a velocidade média dos automóveis em São Paulo, entre 17 e 20 horas, em junho de 2012, foi de 7,6 km/h – quase a mesma de uma caminhada a pé. Durante a manhã a velocidade é de 20,6 km/h – de uma bicicleta. É um absurdo! Os congestionamentos na capital paulista, onde circulam 5,2 milhões de automóveis, chegam a atingir 295 quilômetros de vias. Todas as cidades de porte médio e grande estão apresentando congestionamentos devido à enorme quantidade de veículos que entram nelas a cada dia. O consumo é incentivado pelos subsídios dados pelo governo federal e alguns estaduais para a compra de automóveis. Em 2001, em doze metrópoles brasileiras, somavam 11,5 milhões; em 2011, 20,5 milhões. Nesse mesmo período e nessas mesmas cidades o número de motos passou de 4,5 milhões para 18,3 milhões. Em diversas metrópoles, o de automóveis dobrou nesse período. Em todos os lugares onde vou a grita é geral. Estive no Sindicato dos Engenheiros, em Recife, e todo mundo reclamando do tempo que gastava no trânsito. Se a classe média alta está com esse discurso, imagine como estão os trabalhadores das periferias. E os dados de poluição também são importantes. Segundo o professor da Universidade de São Paulo, Paulo Saldiva, estima-se que para cada dez microgramas de poluição retirado do ar há um aumento de oito meses na expectativa de vida. Aproximadamente 12% das internações respiratórias em São Paulo são atribuídas à poluição do ar, um em cada dez infartos é resultado da associação entre tráfego e poluição – 76% dela gerada pelos automóveis. Os atuais níveis de poluição do ar respondem por 4 mil mortes prematuras ao ano na cidade de São Paulo. Trata-se, portanto, de um tema de saúde pública. Como você identifica a atuação dos três poderes com relação à política urbana? Ermínia: Eles ignoraram. Não é competência do governo federal, por exemplo, tratar do uso e ocupação do solo. Tudo fica a cargo dos municípios: Plano Diretor, Lei de Uso do Solo, transporte urbano, saneamento urbano. Mas o governo federal não colocou transporte urbano na agenda nem no período em que estivemos lá. Essa foi uma das lutas que tentamos encampar. A mobilidade é tão importante quanto a saúde. Até para moradia se dá um jeito. A população se instala em algum lugar, ocupa área de mananciais, Serra do Mar, beira de córrego, mas, quando está morrendo, não tem jeito. Então saúde e transporte são urgentes. E qual é a solução? Ermínia: A reforma urbana é uma agenda. É preciso garantir a função social da propriedade prevista no Estatuto da Cidade, o controle público sobre a propriedade e o uso da terra e dos imóveis – conforme competência legal constitucional –, e tornar os transportes coletivos, e o não motorizado, como prioridade da matriz de mobilidade urbana. As nossas empresas de transporte são um grande problema. Fernando Haddad pegou um “rabo de foguete”, mas teve apoio do Conselho da Cidade, para abrir a caixa-preta dos transportes. A presidenta Dilma anunciou o Plano Nacional de Mobilidade. Temos de ir para a rua, porque eu, por exemplo, não quero mais cargo. Quero ser movimento social, sociedade civil, porque não adianta ir para o governo se a sociedade não empurra. Acabará fazendo o jogo dos caras… Você se refere aos governos de coalizão? Ermínia: Como é que conseguíamos fazer tanta coisa sem coalizão, na época do modo petista de governar nos municípios? O transporte, hoje, atinge todo mundo, porque quem tem carro também está parado. As pessoas sentem isso, que a cidade está entregue. Você não vê em lado nenhum que tem uma força do bem conduzindo para algum lado. Isso faz uma sociedade entrar em caos… Qual é a maior causa dessa crise hoje? É o avanço imobiliário que está totalmente descontrolado e avançando sobre a periferia também, empurrando os pobres. A cidade está se espalhando. Falamos sobre o arcabouço legal, mas como é o desem penho do Judiciário no cumprimento do que está estabelecido? Ermínia: O Judiciário é extremamente conservador. Tenho quarenta anos de ação em política urbana e o número de sentenças que já vi serem dadas contra a lei impressiona. Se é que podemos dizer que um juiz dá uma sentença ilegal – é surpreendente. Uma hipótese que já levantei é que o Judiciário não conhece a legislação urbanística. Dei aula para o Ministério Público de vários estados. Sempre tem pessoas bem avançadas. Por exemplo, a Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, pelo menos durante um certo período, era mais avançada, e setores do Ministério Público de São Paulo ligados ao meio ambiente e à questão urbana, também. Mas o Brasil é um país continental, como se dá isso por aí afora? Ermínia: Minhas pesquisas apontam um país em que a fraude registrária é regra. No mais das vezes em propriedades contíguas a limitação não confere. As propriedades registradas no Pará dão cinco vezes o território do estado. O Incra tem documentos muito bons, inclusive de governos da década de 1990, sobre fraudes em desapropriações. São comuns as fraudes ligadas à questão fundiária, o que se estende à

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cidade. Há shopping centers em área da União, loteamentos, como Alphaville, que tem parte na área da União. Em São Paulo o bairro São Miguel Paulista ocupou áreas indígenas. Há um discurso dos ruralistas aparentemente rigoroso por parte de suas lideranças, principalmente a deputada Kátia Abreu, mas uma condição do latifúndio é de invasão de terra. O principal objetivo na aprovação do Código Florestal é a regularização de terras, porque o registro de terras no país é uma barafunda. Ao mesmo tempo, o Judiciário e a mídia acusam o MST de ocupar, derrubar árvores. A Globo mostrou ao Brasil inteiro o MST derrubando árvores, em uma propriedade supostamente de uma empresa de laranjas, só que era uma propriedade grilada, questionada pelo Ministério Público Federal. É propriedade da União. E qual é a relação reforma agrária e reforma urbana ? Ermínia: É impossível separar as duas coisas porque, atualmente, o que se vê em vários países é que para segurar a expansão urbana se faz uma agricultura urbana, que tem um papel urbanístico e ambiental muito importante na absorção das águas de chuva e não deixa a cidade inundar. São Paulo, segundo o ambientalista Hans Schreier, que está no Canadá, é a maior área impermeabilizada do mundo. O Rio Tietê acabou também tendo a margem mais impermeabilizada por uma obra viária recente. Só a permeabilização do solo é que pode melhorar, porque fazer obra, tipo piscinão, contenções, tem limite. A manutenção é ruim. Além do papel ambiental, a agricultura urbana evita que o alimento viaje. João Pedro Stédile disse outro dia que em Manaus se come o tomate de Mogi das Cruzes. Isso é um crime. Por que isso se podemos ter o alimento próximo da cidade, principalmente o perecível, na merenda escolar, fresco e sem veneno? O Brasil se tornou o grande país consumidor de agrotóxico no mundo. Temos florestas no sul do município de São Paulo, temos mata ainda. Uma das propostas é conservar e fazer uma agricultura orgânica nessa região. Os sonhos a gente nunca abandona. E o comportamento do Legislativo quanto a todos ess es temas elencados aqui? Ermínia: O Legislativo é um caso seriíssimo. Há o capitalismo global de um lado e o clientelismo do outro. Quando eu estava no Ministério das Cidades, aparecia muito deputado pedindo asfalto – em uma quadra, rua, cidade –, era a maior reivindicação de emenda. Fizemos até uma cartilha para tentar politizar os deputados e explicar pelo menos que era preciso instalar a rede de água e esgoto antes de fazer o asfalto. Sem reforma política não dá. Agora temos de ir para a rua. Criamos um Ministério das Cidades pra quê? Mais um espaço para ser moeda de troca? A esse arcabouço legal e institucional precisa corresponder uma correlação de forças favorável, senão é inútil. O Estatuto da Cidade é festejado no mundo inteiro e nós não conseguimos aplicá-lo. Todos esses serviços urbanos estão no âmbito dos mu nicípios. Mas em muitos casos a solução de grandes problemas extrapola essa esfera. Não faltam instrumentos para organizar esse tipo de demanda? Ermínia: Sim, muitas dessas questões são metropolitanas. A única ressalva que eu faria em lei federal é que deveríamos ter um tratamento unificado sobre o que é metrópole e como administrá-la. A Constituição de 1988 remeteu aos estados a questão metropolitana. Então cada um resolveu ou deixou de resolver de um jeito. Há estados que consideram cidades médias metrópoles e estados que não consideram a cidade principal metrópole. Manaus não era região metropolitana e Blumenau era. Não dá para resolver, por exemplo, questões de esgoto, água, transporte, moradia. E os impactos dos megaeventos nas cidades? Ermínia: Os megaeventos são como o aumento da febre. Porque junto com megaevento vem um tsunami de capitais para o país, engordam e vão embora. Esses capitais vêm com certas regras, mas nem todas são interessantes para o país, que acaba ficando com elefantes brancos. É o que está acontecendo na África do Sul, na Grécia, na China, onde ocorreram eventos esportivos. No Brasil, o estádio de Natal por exemplo, já não lotava. Só que o colocaram abaixo e estão construindo outro com o dobro do tamanho. O governo não está investindo, mas toda a infraestrutura de transporte é em função das Copas. Servirá para a população ou só para quem vai do aeroporto para os hotéis? Mas a situação não é diferente em cada estado? Ermínia: Sim, é diferente, mas há abuso em todos os estados. Onde há maior arbitrariedade de intervenção na cidade é no Rio de Janeiro. Estão fazendo com que a população pobre saia do centro e vá para o fim do mundo. Há casas do Minha Casa, Minha Vida só para remoção de risco e em consequência da Copa. Tem áreas das quais as pessoas foram retiradas que estão vazias. Pobre desvaloriza. Você tem esperança de que é possível mudar? Ermínia: A esperança sempre tem de estar nas gerações que estão vindo, porque para quem tem a minha idade o tempo é limitado. A nossa cabeça é um patrimônio. Somos educados, aprendemos, vivemos

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experiências e adquirimos certa sabedoria. Eu sempre achei que a educação para os direitos humanos é fundamental e deve começar nas crianças, e agora acho isso mais importante do que nunca. Há alguns anos, quando eu ia para a periferia, pensava que perderíamos uma geração, porque ninguém estava dando suporte para aquela criançada. Mas estou muito mais otimista depois que as manifestações explodiram. Porque eu acho que a direita neste país, apesar de muito agressiva, não tem condições de dar um golpe. A esquerda, sim, está em condições de se reorganizar e voltar a trabalhar de forma menos institucional e mais preocupada com o social. Você tem ido para as periferias? Ermínia: No momento, não, mas acho que tem uma vida na periferia mais interessante do que antes. Mano Brown e Emicida estão entre as lideranças mais importantes do país. Pela cultura, eles discutem tudo, especulação imobiliária e também a questão urbana. Essa efervescência me dá esperança. É afirmação de identidade, reivindicação de melhores condições de vida. É uma tentativa de enfrentar esse abismo que é o tráfico na periferia. Um cara como Mano Brown, que não se vende para a Globo, para mim é um herói. * Rose Spina é editora da revista Teoria e Debate. ** Publicado originalmente na revista Teoria e Debate e retirado do site Carta Maior(http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22499). Fonte: Carta Maior/Envolverde(http://envolverde.com.br/sociedade/nossas-cidades-sao-bombas-socioecologicas/)

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14/08/2013 Reduzir poluentes climáticos de curta duração pode não ser tão eficaz para controlar aquecimento global por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Foto: Shutterstock

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/midia-indoor-ciencia-e-saude-saude-doenca-ar-pulmao-respiracao-poluicao-poluido-efeito-estufa-aquecimento-global-mudanca-climatica-

industria-chamine-fumaca-sujo-meio-ambiente-1269614728218_102.jpg O Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico (PNNL) do Departamento de Energia dos Estados Unidos apresentou no último mês uma pesquisa(http://www.pnas.org/content/early/2013/08/09/1308470110) que revela que controlar as emissões de fuligem, metano e outros poluentes climáticos de curta duração pode não ter um efeito tão benéfico para o clima quanto o previsto anteriormente. Segundo a análise, diminuir a emissão desses componentes resultaria numa redução de temperatura de em média 0,16ºC até 2050, muito menos do que os 0,5ºC estimados em estudos anteriores. Para chegar a esse resultado, os cientistas, liderados por Steve Smith, pesquisador climático do PNNL, usaram um modelo de computador para avaliar o impacto da redução da fuligem e das emissões de metano no clima da Terra. A análise levou em consideração futuras mudanças na tecnologia, sociedade e economia, como a energia e o uso da terra, incorporando também os gases do efeito estufa e poluentes que resultam dessas atividades. A pesquisa sugere, por exemplo, que os países em desenvolvimento devem abandonar naturalmente tecnologias altamente poluentes, tais como fornos a lenha, à medida que suas economias se desenvolvem. Levando em conta essas informações, os estudiosos criaram uma série de 1400 panoramas com diferentes reduções dos aerossóis, e a diminuição das temperaturas nesses cenários variou entre 0,04ºC a 0,35ºC até 2050. A partir daí, o estudo comparou esses resultados das diferentes reduções nos aerossóis com o que aconteceria se uma política climática abrangente fosse implementada. Tal panorama inclui a diminuição drástica de todas as emissões de gases do efeito estufa, e não apenas a limitação do dióxido de carbono. O resultado indica que, com essa política climática, a redução nas temperaturas seria em média de 0,27ºC até 2050, e a diminuição seria ainda maior até 2100. “Cortar apenas as emissões de fuligem e metano ajudará o clima, mas não tanto quanto se pensava anteriormente. Se queremos estabilizar o sistema climático, precisamos nos focar em gases do efeito estufa tais como o dióxido de carbono, o óxido nitroso e o metano. Concentrar-se só na fuligem e no metano não deve oferecer um grande atalho”, colocou Smith. Ainda assim, os cientistas ressaltam que é extremamente importante reduzir as emissões desses aerossóis também por outros motivos, como a saúde, já que esses compostos são responsáveis pela morte prematura de dois milhões de pessoas por ano e pela perda de 300 milhões de toneladas de colheitas.

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“Focar na fuligem e no metano pode valer a pena por razões de saúde, já que estudos anteriores identificaram benefícios de saúde substanciais a partir da redução dessas emissões. Nossos resultados não mudam essas descobertas anteriores de que a redução nas emissões de fuligem e metano teria efeitos benéficos para a saúde e a agricultura. Para estabilizar o clima global, entretanto, o foco precisa ser no dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa”, observou Smith. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=734853). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/reduzir-poluentes-climaticos-de-curta-duracao-pode-nao-ser-tao-eficaz-para-controlar-aquecimento-global/)

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14/08/2013 Ondas de calor mais fortes e frequentes seriam inev itáveis até 2040 por AFP

Homem descansa em banco da praia em Coney Island durante onda de calor que atingiu os EUA, 18 de julho de 2013

Foto: AFP/Getty Images, Spencer Platt Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/slideshow/ALeqM5hFJjFN7ECMGKzUe54R-

J0NzdDxMA?hl=pt_PT&docId=CNG.b5da5b38fbb13c4f6e76401fbf9323cd.831&index=0 PARIS – Quaisquer que sejam os esforços feitos para limitar as emissões de gases de efeito estufa (GEE), ondas de calor mais fortes e frequentes seriam inevitáveis nos próximos 30 anos, segundo um estudo que será publicado esta quinta-feira na revista científica Environmental Research Letters. "Até 2040, a frequência de episódios de calor extremos vai aumentar, independente das emissões de GEE na atmosfera", resumiu o cientista Dim Coumou, do Instituto Postdam de pesquisas sobre os impactos climáticos. "Ao contrário, os esforços de redução das emissões de GEE podem diminuir fortemente o número destes episódios extremos na segunda metade do século XXI", prosseguiu o estudioso, que realizou este estudo com Alexander Robinson, da Universidade Complutense de Madri. As regiões tropicais serão as mais afetadas, uma tendência já observada entre 2000 e 2012, destacou o estudo. Ondas de calor excepcionais, qualificadas de eventos '3-sigma' (que se diferenciam da média histórica em três desvios-padrão), como as que afetaram a Europa em 2003 ou os Estados Unidos em 2012, devem afetar duas vezes mais territórios em 2020, ou seja, 10% da superfície terrestre. Em 2040, 20% da superfície do planeta serão afetados. Neste mesmo período, episódios ainda mais extremos (5-sigma = 5 desvios-padrão), quase nunca observados atualmente, atingirão 3% da superfície do planeta em 2040. Depois daquele ano, tudo dependerá da quantidade de GEE emitida na atmosfera. Se as emissões forem fracas e a concentração de GEE na atmosfera não exceder as 490 PPM CO2-equivalentes, o número de eventos extremos se estabilizará em torno dos níveis de 2040.

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Isto significa que até o fim do século, ondas de calor excepcionais se tornariam a norma perto dos trópicos, ou seja, 50% dos verões na América do Sul e no oeste da África e 20% na Europa ocidental. Mas em um cenário no qual as emissões continuarem a aumentar segundo as tendências atuais, episódios 3-sigma ocorrerão em 85% da superfície terrestre em 2100 e 5-sigma, em 60% do globo. "Estes eventos extremos podem ter um impacto muito prejudicial na sociedade e nos ecossistemas, provocando mortes relacionadas com o calor, incêndios florestais e perdas de produção agrícola", advertiu Dim Coumou. Direitos de autor © 2013 AFP. Todos os direitos reservados. Mais »(http://www.google.com/hostednews/afp/copyright?hl=pt_PT&docId=CNG.b5da5b38fbb13c4f6e76401fbf9323cd.831) Fonte: Google > AFP > Notícias(http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hFJjFN7ECMGKzUe54R-J0NzdDxMA?docId=CNG.b5da5b38fbb13c4f6e76401fbf9323cd.831&hl=pt_PT)

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15/08/2013 Lixo reciclável O governo federal anunciou investimentos de R$ 200 milhões na terceira etapa do Projeto Cataforte – Negócios Sustentáveis em Redes Solidárias para fortalecer a atividade dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. A concessão desse serviço será assegurada a 35 cooperativas que apresentarem os melhores planos de negócios. Entre as áreas às quais os recursos serão destinados estão assessoria técnica, contabilidade, gestão, técnica de produção, desenvolvimento de tecnologia social e capacitação de recursos humanos. A ideia do governo é fazer com que as cooperativas atinjam um grau de profissionalismo e organização que lhes permita atuar com eficiência no mercado de reciclagem, participando de licitações para prestar serviços de coleta seletiva a prefeituras de todo o País. Até agosto de 2014, todos os lixões do País deverão estar desativados, conforme determina a Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esses depósitos de lixo a céu aberto serão substituídos por aterros sanitários, ambientalmente adequados para o manejo de rejeitos. Portanto, organizar o setor, começando pela mão de obra, é tarefa urgente. Isso explica o esforço para acelerar o Projeto Cataforte. Este é o maior investimento feito desde que o programa foi criado, em 2009. De lá para cá, um quinto do que será investido agora foi destinado para as duas primeiras fases do programa, nas quais foram executados planos para a atuação das cooperativas em rede e a melhoraria da logística. Apesar desses avanços, o investimento que agora se anuncia é ainda pouco para suprir as carências brasileiras nesse setor. O governo terá de agir com maior rapidez do que até agora e com a aplicação de recursos mais vultosos, se quiser cumprir as exigências da lei e recuperar o tempo perdido. O Brasil produz diariamente 240 mil toneladas de lixo e 70% desse volume é destinado aos lixões. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ainda estão em funcionamento mais de 2,9 mil lixões no País, localizados em 2,8 mil municípios. Apenas 18% das cidades brasileiras contam com programas oficiais de coleta seletiva. Nos centros urbanos atuam cerca de 1 milhão de catadores, que são responsáveis por 90% do material processado na indústria de reciclagem. Segundo o Ipea, existem 1.175 organizações coletivas que agrupam apenas de 40 mil a 60 mil catadores. A quase totalidade dessa categoria trabalha em condições precárias, submetida aos riscos de contaminação, incêndios e acidentes. E os catadores são comumente explorados no mercado em que vendem a preços muito baixos o material recolhido. Ao anunciar os novos investimentos no Projeto Cataforte, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que a intenção do governo é retirar essa mão de obra dos lixões para que ela possa desempenhar um novo papel na coleta seletiva dos municípios, contribuindo de maneira efetiva para a melhoria do meio ambiente. Do total de investimentos previstos na nova fase do projeto, R$ 170 milhões não serão reembolsáveis. O Cataforte dará ainda acesso a produtos bancários – como capital de giro, por meio do Banco do Brasil –, ao Programa Minha Casa, Minha Vida e ao Fundo de Financiamento Estudantil. Até agora, os investimentos eram feitos a conta-gotas, sem uma política clara, objetivos definidos e planejamento coerente. Mas é preciso muito mais e o governo sozinho certamente não terá fôlego para atuar com a velocidade e a intensidade necessárias. Incluir o setor privado no esforço para cumprir as normas da Política Nacional dos Resíduos Sólidos é fundamental. Acelerar a construção de aterros sanitários por meio de parcerias e, ao mesmo tempo, resolver as dificuldades encontradas por fabricantes e comerciantes na busca de acordos setoriais de cooperação são ações igualmente urgentes, num país em que, nos últimos dez anos, a população aumentou 9,65% e o volume de resíduos cresceu 21%. Fonte: O Estado de S. Paulo > Opinião(http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,lixo-reciclavel-,1064115,0.htm)

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15/08/2013 Selo de qualidade premia empresas que produzem ener gia renovável por Lucas Tolentino, do Ministério do Meio Ambiente

Izabella: “O Brasil tem de continuar a investir”.

Foto: Martim Garcia/MMA Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/ministra.jpg

Certificação surge como mecanismo de valorização de ações inovadoras realizadas em território nacional. Atestados de sustentabilidade comprovarão o papel internacional de destaque da matriz energética limpa brasileira. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou, nesta quarta-feira (14), em Brasília, do lançamento do Certificado e Selo de Energia Renovável das fontes eólica, de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas. Cinco empreendimentos desenvolvidos no país foram os primeiros a receber o título. O selo surge como mecanismo de valorização de ações inovadoras realizadas pelas empresas em território nacional. A ministra destacou a liderança brasileira no assunto. Segundo os idealizadores da certificação, cerca de 90% da energia consumida no país são produzidos a partir de fontes limpas. “O Brasil tem de continuar a investir na matriz energética renovável”, enfatizou. Interlocução Para fomentar fontes limpas como a eólica e a solar, Izabella Teixeira ressaltou a importância de ação conjunta do governo com os demais envolvidos no processo. “É necessária uma interlocução efetiva entre o setor privado e produtivo e os próprios investidores”, explicou. “Temos de dar celeridade às iniciativas e inovar nas questões ligadas ao licenciamento”. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou a necessidade de um esforço integrado. “É preciso unir forças para dar continuidade ao desenvolvimento do Brasil que queremos”, afirmou. Entre os diversos segmentos, Lobão destacou a geração de energia por meio dos ventos. “O Brasil é o que mais cresce no avanço e no que diz respeito à instalação de energia eólica”, explicou. Requisitos Desenvolvido ao longo de mais de dois anos, o Certificado e Selo de Energia Renovável é uma iniciativa da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e da Associação Brasileira de Energia Limpa (Abragel), com gestão do Instituto Totum. O certificado será conferido a empreendimentos de geração de energia renovável que cumprirem requisitos ambientais e socioeconômicos. O selo será conferido aos consumidores que usarem a energia certificada. Para solicitar o certificado ou o selo, os interessados devem completar um formulário preliminar disponível no site(http://www.seloenergiarenovavel.com.br/). Em seguida, é necessário enviar o questionário para o Instituto Totum pelo e-mail: [email protected]. Confira os cinco primeiros empreendimentos que receberam o certificado: – Pequena central hidrelétrica – Ninho da Águia (CPFL Renováveis) – Pequena central hidrelétrica – Pinhal (CPFL Renováveis) – Complexo Eólico – Bons Ventos (CPFL Renováveis) – Pequena central hidrelétrica – Porto das Pedras (Atiaia Energia) – Eólico – Honda Energy do Brasil Ltda (Honda Energy) * Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9549-selo-de-qualidade-premia-empresas-que-produzem-energia-renov%C3%A1vel).

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/selo-de-qualidade-premia-empresas-que-produzem-energia-renovavel/)

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16/08/2013 Energia eólica já representa 10% da eletricidade na Alemanha por Redação do EcoD

Alemanha quer que 35% da eletricidade consumida no país até 2020 venha de fontes renováveis.

Foto: Paul Langrock/Greenpeace Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/energia2.jpg

Quando o assunto são as energias renováveis, poucos países têm tido tanto destaque atualmente como a Alemanha. Em energia solar, por exemplo, os alemães ostentaram até bem pouco tempo a liderança mundial em capacidade instalada, atrás apenas da China. Já a energia eólica responde por 10% da eletricidade da nação europeia. Os planos da Alemanha para a energia renovável, ou seja, aquela que não é derivada de combustíveis fósseis, são ambiciosos para os próximos anos: chegar a 35% da eletricidade consumida no país até 2020 e 100% até 2050, informou a organização não governamental Greenpeace. No Brasil, apenas 1% da geração elétrica brasileira é proveniente de energia eólica, segundo dados do Ministério de Minas e Energia. Em dezembro de 2012, o Brasil contava com 84 parques eólicos em operação, distribuídos principalmente pelas regiões nordeste (64% da capacidade instalada), e sul (35% da capacidade instalada). Em 2012, foram gerados 5.020 GWh de energia eólica – 86% acima da geração de 2011. Entre 2011 e 2021, a capacidade instalada de geração elétrica deve aumentar em 79,9 GW, sendo 28,0 GW de fontes alternativas, como biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCH). No caso da energia eólica, se espera que de 2012 a 2016 sejam instalados 7,6 GW, e entre 2016 e 2021, mais 6,2 GW. Neste contexto, a energia eólica deverá chegar em 2021 com 7,7% da capacidade instalada brasileira, contra 1,7% verificado ao final de 2012. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/energia-eolica-ja-representa-10-da-eletricidade-na?tag=energia). Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/energia-eolica-ja-representa-10-da-eletricidade-na-alemanha/)

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17/08/2013 Responsabilidade climática inclui desigualdade soci oeconômica Um novo convênio sobre mudança climática, para que seja efetivo, deve contemplar que os países em desenvolvimento recebam financiamento das nações desenvolvidas para mitigar a emissão de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global. O atual Convênio Marco de Mudança Climática assinou-se na Conferência de Meio ambiente e Desenvolvimento de Rio de Janeiro em 1992 e entrou em vigor em 1995, com vistas a tentar que as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera não afetem a segurança alimentar e permitam um desenvolvimento sustentável. Trata-se de reduzir as emissões de seis gases que causam o aquecimento global: dióxido de carbono (CO2), gás metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), além de três gases industriais fluorados: Hidrofluorocarbonos (HFC), Perfluorocarbonos (PFC) e Hexafluoruro de enxofre (SF6). Para tratar de limitar as emissões desses gases e assim evitar as consequências negativas da mudança climática, a comunidade internacional assinou o referido convênio, do qual são parte 195 estados ou governos. O Doutor em Ciências Roberto Acosta, um amplo conhecedor das questões de mudança climática desde que se iniciaram este tipo de investigações em Cuba, explicou a Prensa Latina que uma das bases deste convênio foi o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas. Isso significa que todo mundo tem que combater a mudança climática, mas os países desenvolvidos, como foram os principais emissores de gases de efeito estufa e os de maiores capacidades, devem fazer as contribuições maiores. Sobre essa base estabeleceu-se o chamado Protocolo de Kyoto, aprovado em 1997, com a meta de que estes países em seu conjunto reduzissem em cinco por cento anual de suas emissões no período 2008 a 2012, em relação ao que emitiam em 1990. Este tratado foi afetado grandemente pela decisão do governo dos Estados Unidos, o país de maiores emissões no planeta, de não participar. Então, em vez de cinco por cento de redução nas emissões a cifra baixou a 3.8 por cento, dimensionou Acosta. Apesar disso, o Protocolo de Kyoto vinculou legalmente aos países desenvolvidos a reduzir as emissões, as quais, não obstante, têm sido incrementadas ultimamente. Conquanto é verdade que alguns países em desenvolvimento atingiram níveis de crescimento grandes nas emissões, como China, Índia e Brasil, os países ricos têm percápitas de emissão muito maiores, pois a distribuição da riqueza no mundo não é equitativa. Nesse contexto trabalha-se atualmente para conseguir um novo acordo, que mantenha o princípio de responsabilidade comum mas diferenciada, no qual todos os países devem mitigar, ou seja evitar emissões de mudança climática sem que se prejudique o desenvolvimento. Todas as nações têm um denominador comum, pois sabem que a mudança climática afetará sua estabilidade e bem-estar, e mantêm conversas para ver se se chega a um novo acordo climático, a ser aprovado em 2015 e entrar em vigor em 2020. De acordo com Acosta, para que um novo convênio sobre mudança climática seja efetivo deve contemplar que os países em desenvolvimento recebam um financiamento importante das nações desenvolvidas, para mitigar a emissão de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global, sem afetar seu desenvolvimento. Esperamos tenha mais consciência no mundo para conseguir esse acordo no ano 2015, concluiu. Fonte: Prensa Latina/Portal VERMELHO > Notícias > Mundo(http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=221511)

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19/08/2013 Conferência Nacional de Meio Ambiente mobiliza todo o país por Tinna Oliveira, do MMA

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/conferencia.jpg

Já foram realizadas mais de 900 reuniões municipais, regionais e livres. As estaduais começaram por Roraima. O país inteiro está discutindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), principal tema da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA). Já foram realizadas mais de 900 reuniões locais que levantaram propostas relacionadas aos eixos prioritários desta quarta edição: produção e consumo sustentáveis, redução de impactos ambientais, geração de trabalho, emprego e renda e educação ambiental. Foram realizadas 643 conferências municipais e 179 regionais, que reúnem mais de um município, totalizando a participação de 3.652 cidades. Nesta fase, os participantes debatem as questões locais e elegem representantes para a etapa estadual. Educação ambiental As conferências estaduais começaram esta semana. O primeiro estado a realizar foi o de Roraima, que propôs 20 ações para contribuir com a implantação da PNRS (veja aqui). A proposta mais votada foi a referente ao eixo de educação ambiental. A sugestão é capacitar os agentes de saúde e agentes do meio ambiente para dar orientação quanto à gestão dos resíduos domiciliares. A abertura da conferência contou com a participação da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles. As conferências estaduais discutem questões locais e nacionais e elegem delegados para a etapa nacional, que acontecerá em Brasília, de 24 a 27 de outubro. Esse é o ponto alto do debate, pois é quando os resultados de todas as conferências locais são discutidos pelos representantes eleitos. Ao final, será elaborado documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. Será produzida uma carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA com esses resultados. Participação popular Mas as discussões vão além dos debates municipais, regionais e estaduais. Qualquer pessoa interessada no tema pode convocar uma conferência livre até 10 de setembro. Já foram realizadas 114 conferências em 23 estados. As contribuições levantadas nesta modalidade são encaminhadas diretamente à etapa nacional e devem ser cadastradas no site da conferência. Outra forma de participação é por meio do debate via internet. A conferência virtual acontecerá de 26 de agosto a 10 de setembro no Portal e-Democracia da Câmara dos Deputados. Estão sendo promovidos bate-papos preparatórios sobre cada eixo temático. Podem participar pessoas de todo o país, inclusive brasileiros que residem no exterior. Dois temas ainda serão debatidos nestas conversas virtuais, que acontecem sempre no horário de 19h às 20h: 20 de agosto é o debate sobre Geração de Emprego, Trabalho e Renda e 22 de agosto sobre Educação Ambiental. * Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9557-confer%C3%AAncia-nacional-de-meio-ambiente-mobiliza-todo-o-pa%C3%ADs).

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/conferencia-nacional-de-meio-ambiente-mobiliza-todo-o-pais/)

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19/08/2013 Empresas discutem com governo logística para os ele troeletrônicos Descarte ambientalmente correto de geladeiras, celulares e outros produtos terá acordo setorial. por Sophia Gebrim

Maranhão: setor tem suas especifidades

Foto: Paulo de Araújo/MMA Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/f51d573a1b40afa66c75f912a259d8a0_XL.jpg

Representantes da indústria de eletroeletrônicos participaram de reunião, na tarde desta segunda-feira (19/08) no Ministério do Meio Ambiente (MMA), para tratar do Acordo Setorial de Logística Reversa entre governo e empresários. Após o recebimento de quatro propostas para a implantação de um sistema para o setor, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ney Maranhão, a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Mariana Meirelles, e a diretora do Departamento de Ambiente Urbano, Zilda Veloso, debateram com os proponentes as sugestões e contribuições apresentadas. Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento e reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Acordo setorial é um ato contratual, firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Assistência Técnica Segundo Maranhão, um dos pontos que precisa ser aprimorado no acordo é o que trata da participação e envolvimento de outras cadeias produtivas do setor de eletroeletrônicos. Desse modo, ele avaliou como necessária a participação das áreas de assistência técnica e comercial. “Muitas vezes o resíduo eletroeletrônico fica, como ponto final, nessas áreas”, avaliou. Para ele, reuniões como esta, além de levantar pontos que merecem aprimoramento, é importante para consolidar uma negociação em cima do texto definitivo para o acordo setorial. O representante do Grupo Pão de Açúcar, Paulo Pompílio, ressaltou a dificuldade em conciliar a logística reversa baseada nas especificidades de cada produto. “O descarte de um refrigerador tem características totalmente diferentes do descarte de um celular”, argumentou. Segundo ele, o diálogo com outras áreas do setor ganha cada espaço nas discussões, além da importância do consumidor nesse papel. “A educação e sensibilização dos consumidores é um ponto que favorecerá muito a logística reversa no setor de eletroeletrônicos”. Depois dessa primeira reunião, o Ministério do Meio Ambiente, por meio do Departamento de Ambiente Urbano, consolidará um documento com pedido oficial de complementação e esclarecimento de questões levantadas pelo MMA. A expectativa é que, após debates e negociações, até o fim do ano, seja assinado o acordo setorial entre governo e empresários, ação que regulamentará a destinação correta do lixo eletrônico. Propostas Dentre as propostas apresentadas, há soluções para informática e celulares, eletrodomésticos e eletrônicos. A intenção é estabelecer um acordo que contemple as especificidades de cada um desses tipos de produto. O acordo setorial, que sairá com base nas propostas encaminhadas, contemplará as especificidades no descarte de cada categoria de produtos, desde os celulares até os eletrodomésticos de grande porte.

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As propostas fazem parte do processo de desenvolvimento da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos eletroeletronicos, com o objetivo de promover o descarte correto após o uso destes produtos e a destinação adequada dos seus resíduos. Após a análise, as sugestões terão de ser aprovadas pelo Comitê Orientador (CORI), coordenado pelo MMA e integrado por outros quatro ministérios (Fazenda, Saúde, Agricultura e Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior) e submetidas a consulta pública. Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9561-empresas-discutem-com-governo-log%C3%ADstica-para-os-eletroeletr%C3%B4nicos)

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20/08/2013 Economia regenerativa como novo movimento empresari al por Neuza Arbocz, para o Instituto Ethos

Ricardo Abramovay

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/Ricardo-Abramovay-PB.jpg Para Abramovay, o desafio é fazer a empresa nortear cada decisão pela preocupação de regenerar os tecidos sociais e ambientais junto aos quais ela atua. Apresentando mais um dos palestrantes da Conferência Ethos 2013, o Instituto Ethos entrevistou o economista Ricardo Abramovay, professor do Departamento de Economia e do Instituto de Relações Internacionais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Pesquisador premiado na área de sustentabilidade, Abramovay também é um consagrado autor de análises sobre o tema. Ele lançou seu livro Muito Além da Economia Verde na Conferência Ethos 2012 e, durante o evento deste ano, divulgará um estudo aprofundado chamado Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade Mais Próspera. Produzido pelo Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos do Instituto Ethos, o trabalho foi escrito por Abramovay, em conjunto com Juliana Simões Speranza e Cécile Petitgand, do Núcleo de Economia Socioambiental (Nesa), da USP, e será lançado no dia 4 de setembro, às 18h00, nas dependências da Conferência, em atividade que é aberta ao público. No dia anterior (3/9), o professor participará do painel “Os desafios para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos”. Confira, nesta breve entrevista, a visão desse especialista sobre como incentivar modos de produção mais inovadores no país. Instituto Ethos: Muitas empresas brasileiras vêm ad otando melhores práticas em seu modo de produção. Como é possível ajudá-las a fazer frente à alta competição do mercado e, ao mesmo tempo, avançar na direção de ciclos sustentáveis? Ricardo Abramovay: São inúmeros os estudos mostrando que a inovação não é hoje a marca central da economia e, sobretudo, da indústria no Brasil. Nossa capacidade competitiva ainda não tem por base a expansão e a generalização da economia do conhecimento. O desafio é fazer da sustentabilidade o eixo decisivo da própria inovação. Isso se faz fora do Brasil muito mais do que aqui, inclusive quando se compara, em diferentes países, a atuação das grandes marcas globais. IE: O Brasil tem leis avançadas nas áreas social e ambiental, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, por exemplo, aprovada e sancionada em 2010 . Ainda há um longo caminho, contudo, até que isso se reflita de fato nas práticas existentes . Como o processo de passar da visão para ação pode ser acelerado? RA: Os resíduos sólidos são um exemplo do contraste entre o que fazem as marcas globais no Brasil e nos países desenvolvidos. Estou lançando, na Conferência, um livro que resulta de estudo feito em cooperação com o Instituto Ethos e a Fundação Avina: Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade Mais Próspera. O trabalho mostra que as grandes marcas globais assumiram responsabilidade financeira direta

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pela gestão de embalagens não só na Europa, mas também nos Estados Unidos. Este será um fator de inovação com repercussões extraordinárias sobre toda a sua cadeia de valor: Temos de incorporar esses avanços, e a Política Nacional de Resíduos Sólidos abre a oportunidade para isso. IE: Qual a importância para o Brasil de institutos e ONGs voltados para a promoção e o fortalecimento da responsabilidade socioambiental e mpresarial? RA: O grande desafio atual não é mais o de organizar a filantropia levada adiante pelas empresas ou o de imprimir transparência e inovação ao que fazem as ONGs. O avanço nessa direção foi grande e hoje essas atividades estão cada vez mais profissionalizadas. O desafio é fazer com que cada decisão empresarial seja norteada não só por provocar menos danos aos ecossistemas, mas, sobretudo, pela preocupação explícita de regenerar os tecidos sociais e ambientais junto aos quais a empresa atua. A ideia de economia regenerativa nasce em algumas ONGs globais e hoje já começa a se transformar num movimento empresarial. IE: Na sua opinião, quais são e onde estão as melho res oportunidades ligadas a negócios sustentáveis e responsáveis no país? RA: Há três temas estratégicos nessa direção. O primeiro consiste em responder de forma eficiente à imensa demanda por bens públicos e coletivos que emergiu nas jornadas de junho. O brasileiro conquistou renda, mas ainda não conquistou saneamento básico, saúde, educação e mobilidade de qualidade. O segundo é a mobilidade: da mesma forma que em outros países, precisamos passar da oferta de veículos automotores à oferta de mobilidade. Isso não pode depender só do governo. O terceiro tema é expresso no desafio colocado pela saudosa Bertha Becker: temos que passar de uma economia da destruição para uma economia do conhecimento da natureza. E o Brasil tem tudo para ser a potência socioambiental do século XXI. Mas isso supõe o desenvolvimento de capacidades empresariais voltadas à valorização do imenso leque de produtos e serviços ecossistêmicos que podem ser oferecidos pela floresta em pé. Infelizmente, ainda estamos longe do equacionamento desses três objetivos estratégicos, apesar das imensas oportunidades empresariais a que eles podem dar lugar. * Publicado originalmente no site Instituto Ethos(http://www3.ethos.org.br/cedoc/abramovay-aponta-economia-regenerativa-como-novo-movimento-empresarial/#.UhOPONLFXxB). Fonte: Instituto Ethos/Envolverde(http://envolverde.com.br/economia/economia-regenerativa-como-novo-movimento-empresarial-entrevista-com-ricardo-abramovay/)

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21/08/2013 Condomínios brasileiros estão entre os 18 projetos mais sustentáveis do mundo por Redação do EcoD

Cidade Universitária Pedra Branca defende o conceito de urbanismo sustentável integrando uma preocupação com os pedestres, com as construções sustentáveis e a qualidade dos espaços públicos.

Foto: Divulgação Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/cidade.jpg

Os chamados “bairros sustentáveis” são empreendimentos que buscam reunir áreas comerciais e residenciais, incentivar o deslocamento sem carro e oferecer áreas públicas abertas à população. Nessa linha, dois projetos brasileiros chamaram a atenção da Fundação Clinton e do GBC (Green Building Council), organização que fornece a certificação ambiental Leed a construções imobiliárias. Ambos em fase de construção, o Parque da Cidade, empreendimento da Odebrecht, no Brooklin (zona sul de São Paulo), e o Pedra Branca, em Palhoça, cidade vizinha à Florianópolis, estão na lista de 18 projetos mais sustentáveis do mundo elaborada pelas duas entidades. Para os moradores, as propostas representam qualidade de vida, segundo Maria Carolina Fujihara, coordenadora do GBC Brasil. “Hoje, as pessoas entram no carro e dificilmente conversam com a cidade. O bairro sustentável incentiva o senso de comunidade”, afirmou à Folha. Projetos necessários A professora Angela Maria Gabriella Rossi, da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), aponta um aspecto de greenwahing nesses projetos, mas os vê como necessários. “É fácil vender alguma coisa como sustentável. As empresas incorporam tecnologias ambientais, obtêm certificação e chamam de sustentável. Mas são iniciativas necessárias, com as quais vamos aprender e avançar”, ponderou Angela.

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Projeto Parque da Cidade, em São Paulo, prevê ruas e calçadas amigáveis para os pedestres e incentivo ao uso de bicicletas.

Foto: Divulgação Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/play-ecod.jpg

Moradora do bairro em Palhoça há quatro anos, Heloisa Hilda Coelho, 44, vê como vantagem a liberdade de ir trabalhar ou levar o filho para a escola de bicicleta. “Tenho aquecimento solar e captação da água da chuva em casa, o que gera economia. Mas o maior ganho está na consciência de que a natureza precisa disso”. Você sabia? O Brasil quer ser o terceiro país do mundo em construções sustentáveis ainda em 2013. Atualmente o país ocupa a quarta colocação, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Mais de 720 projetos brasileiros aguardam a certificação do GBC. Características de um bairro sustentável: Prioridade para pedestres e bicicletas nas vias públicas; Reciclagem de resíduos; Áreas comerciais e residenciais no mesmo bairro; Variedade de classes sociais; Reaproveitamento de água, uso de energia solar e iluminação eficicente; Espaços públicos para convivência; Integração com o transporte público. Características de edifícios sustentáveis: Uso de materiais recicláveis, como encanamentos de polipropileno; Prioridade para madeira certificada (não proveniente de desmatamento ilegal); Iluminação com lâmpadas LED, mais duradouras, eficientes e econômicas; Mecanismos para economia de água em torneiras e descargas; Uso de energia solar e reaproveitamento de água. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/condominios-brasileiros-estao-entre-os-18-projetos?tag=arquitetura-e-construcao). Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/condominios-brasileiros-estao-entre-os-18-projetos-mais-sustentaveis-do-mundo/)

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22/08/2013 Geração de GEE no Brasil cresce com termelétricas a carvão por Redação da Envolverde

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/banner.jpg

Debate online é a primeira ação do Movimento Clímax Brasil após encontro mundial de jovens na Turquia para debater mudanças climáticas. Emite fumaça preta, em tons alarmantes, a conta que nós brasileiros vamos pagar pelo uso contínuo das usinas termelétricas para geração de energia elétrica este ano. Refere-se apenas ao custo extra relativo ao primeiro semestre o valor de quase R$ 4 bilhões já contratado pelo governo federal para ser pago por toda a população em 60 insanas prestações, resultando num acréscimo máximo de 3% na conta, segundo o Ministério das Minas e Energia. O gasto bilionário já é o dobro do previsto para o ano todo; as termelétricas são acionadas para assegurar o fornecimento quando estão com baixo nível de água os reservatórios das hidrelétricas. Alarmante mesmo é o resultado do levantamento preliminar, referente a 2012, que aponta o setor energético como responsável pela maior fatia das emissões brasileiras, superando pela primeira vez o desmatamento como fonte emissora. A queima de combustíveis fósseis já responde por 30% do total, e tende a aumentar a partir de 2018, caso sejam contratadas todas as termelétricas a carvão e gás inscritas no leilão de energia nova A-5, previsto para dia 29 de agosto. Essas temelétricas ofereceram gerar 2.400 MWh, potencial que deve produzir cerca de 15 milhões de toneladas de CO2 por ano, equivalentes a toda a emissão de CO2 do Sistema Integrado Nacional de energia elétrica no ano de 2011. O contrato prevê a geração de energia por 25 anos. Essa opção desvinculada dos compromissos do País com a agenda climática global reduz o resultado dos esforços para diminuir o desmatamento e a emissão per capita do setor de energia no Brasil, que em 2011 foi de 2tCO2e (2 toneladas de CO2 equivalente), em direção aos padrões de uma economia de baixo carbono, que prevê metade dessa emissão per capita. O Brasil é um dos maiores emissores de GEE do mundo. Jovens debatem leilão O movimento Clímax Brasil organiza hoje, 22 de agosto, às 19h, uma conferência virtual aberta para debater a volta do carvão mineral como fonte de energia e a participação de empreendimentos sem licença ambiental no leilão A-5 para a compra de novos lotes energia elétrica a serem consumidos a partir de 2018. O leilão coordenado pelo Ministério de Minas e Energia – MME e a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica está previsto para dia 29 de agosto. O Clímax Brasil convidou Alexandre Costa, do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, e,Renata Nitta, coordenadora da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, para esclarecer o a população, em

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especial o público jovem, sobre os impactos desse leilão para o Brasil. O link de transmissão do debate está disponível na página: www.facebook.com/climaxbr. “É importante termos uma parcela de termelétricas na matriz energética brasileira, mas não a carvão. Em um país que possui um potencial enorme de renováveis não precisamos de fontes sujas e poluentes, e se for para investir em térmelelétricas que sejam a gás natural que apresentam emissões até 70% menores do que o carvão”, adianta Renata Nitta, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace. O debate sobre o Leilão A-5 também inaugura uma série de ações que o movimento Clímax Brasil pretende trazer para discutir as mudanças climáticas no país. O Clímax é resultado do Global Power Shift, uma iniciativa organizada pela ONG Internacional 350.org que pretende criar um movimento global que encontre soluções para a crise climática que atinge todo o planeta. A primeira fase do Global Power Shift ocorreu em junho na cidade de Istambul, na Turquia, e reuniu mais de 500 jovens lideranças de 134 países, que passaram por treinamentos em diferentes temáticas para atuarem com o tema das Mudanças Climáticas em seus países. O Brasil, junto com Índia e China, contou com a maior delegação do evento, com 12 participantes. Agora, de volta ao Brasil, estes 12 jovens criaram o movimento Clímax Brasil com a missão de envolver adolescentes e jovens em ações que chamem a atenção para a temática, a começar por esta série de debates mensais com temas como energia, mobilidade urbana, alimentação, desmatamento, negociações climáticas, entre outros. Evento: Entenda o Leilão A-5 e a volta do carvão no Brasil – debate com Renata Nitta, coordenadora da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, e Alexandre Costa, do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas Horário: 19 horas Fonte: Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/geracao-de-gee-no-brasil-cresce-com-termeletricas-a-carvao/)

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23/08/2013 O Brasil e o Desenvolvimento Sustentável por Redação da Carta Capital

Sustentabilidade é tema de seminário da série Diálogos Capitais.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/sustentabilidade1.jpg

Evento com a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) será transmitido ao vivo, e ainda há vagas para a programação da tarde. Nesta sexta-feira 23, a revista CartaCapital, em parceria com a agência Envolverde, realiza um evento sobre sustentabilidade, com ciclo de debates e palestras no Hotel InterContinental, em São Paulo. O seminário será dividido em três mesas de debates: como o Brasil pode influenciar na implantação dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODM); Tecnologia social: modelo para o Desenvolvimento Inclusivo e Resíduos Sólidos: os negócios pró logística reversa. O evento será transmitido na íntegra pelo site de CartaCapital, e ainda há algumas vagas no auditório para a programação da tarde, quando a ministra Teresa Campello irá falar. Aos interessados, basta comparecer no hotel Intercontinental (alameda Santos, 1123, São Paulo) às 14h e fazer o cadastramento na hora –a entrada está sujeita a lotação do auditório. Criados na Rio+20 a partir de uma reflexão sobre os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) estão na pauta da ONU e de governos como um dos pontos estruturantes do desenvolvimento do século 21. Essa situação gera um debate mundial do o Brasil pode ser um dos protagonistas. Para falar sobre o tema, o evento contará com a ministra Tereza Campello, de Desenvolvimento Social, e Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Além de Robson Andrade, presidente da CNI, e outros empresários e especialistas da área. Programação: 10h00 Palestrante: Gilberto Carvalho, Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Tema – Como o Brasil Pode Influenciar na Implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 10h45 Debate: Marina Grossi – Presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) Virgílio Viana – Supervisor Geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) José Augusto Coelho Fernandes – Diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Denise Alves – Diretora de Sustentabilidade da Natura Jorge Abrahão – Presidente do Instituto Ethos Mediador – Dal Marcondes, Agência Envolverde 12h00 Almoço

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14h00 Palestrante: Tereza Campello – Ministra do Desenvolvimento Social Tema – Tecnologia Social: Modelo Para o Desenvolvimento Inclusivo 14h30 Debate: Tereza Campello – Ministra do Desenvolvimento Social André Palhano – Coordenador do projeto Virada Sustentável Carlos Nomoto – Diretor de sustentabilidade do Santander Eugênio Scannavino Neto – Fundador do Projeto Saúde e Alegria Edgard Franco – Vice-presidente de Sustentabilidade da Schneider Electric Mediador – Dal Marcondes, Agência Envolverde 15h30 Coffee Break Tema – Resíduos Sólidos: Os Negócios Pós-logística Reversa 15h45 Palestrante: Paulo Nigro Presidente da Tetra Pak 16h15 Debate: Paulo Nigro – Presidente da Tetra Pak André Vilhena – Diretor do Compromisso Empresarial pela Reciclagem Jean Rodrigues Benevides – Gerente Nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômi Suênia Sousa – Gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade em Mato Grosso Mediador Dal Marcondes, Agência Envolverde 17h00 Encerramento Serviço: Diálogos Capitais – o Brasil e os objetivos do Desenvolvimento Sustentável Hotel InterContinental – Alameda Santos, 1123 (Cerqueira César – SP) * Publicado originalmente no site Carta Capital(http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/cartacapital-realiza-evento-sobre-os-objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel-2374.html). Fonte: Carta Capital/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/seminario-de-desenvolvimento-sustentavel-reune-dois-ministros/)

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23/08/2013 MMA convoca a população a participar da conferência virtual Debate via internet permitirá levantar sugestões para melhorar a gestão de resíduos sólidos no país por Tinna Oliveira

Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/f0e08a9a797605b2446be2e81cab82c0_XL.jpg

Os brasileiros terão a oportunidade de participar da Conferência Virtual de Meio Ambiente, que começa na próxima segunda-feira (26/08). Por meio do portal e-Democracia(http://edemocracia.camara.gov.br/web/conferencia-virtual-do-meio-ambiente/inicio), da Câmara dos Deputados, qualquer pessoa interessada sólidos poderá enviar contribuições relativas à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O debate faz parte da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA) e é a primeira vez que essa modalidade via internet é utilizada. “Essa é a oportunidade de, quem ainda não participou, dar a sua contribuição para aprimorar a gestão de resíduos sólidos no país”, ressalta o coordenador geral da 4ª CNMA e diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Vitor de Abreu. Serão 16 dias em que o cidadão poderá enviar as sugestões via internet. O prazo acaba em 10 de setembro. Eixos Prioritários Nas últimas duas semanas foram promovidas conversas virtuais sobre cada um dos eixos prioritários da conferência: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de trabalho, emprego e renda e educação ambiental. Ao fim da conferência virtual, serão cadastradas 20 propostas por eixo temático. Outra forma de participação na 4ª CNMA é por meio das conferências livres, que podem ser convocadas por qualquer cidadão. Já foram realizadas 139 reuniões em 24 estados. As contribuições levantadas nesta modalidade, assim como na virtual, são encaminhadas diretamente à etapa nacional e devem ser cadastradas no site(http://www.conferenciameioambiente.gov.br/cadastre-sua-conferencia-livre/) da conferência. Além das conferências livres e da virtual, estão sendo realizadas as assembléias municipais e regionais. Essas enviam suas propostas às etapas estaduais, que também já tiveram início. As propostas levantadas pelas etapas estaduais serão encaminhadas à etapa nacional, que acontecerá de 24 a 27 de outubro, em Brasília. Esse é o ponto alto do debate, pois é quando os resultados de todas as conferências locais são discutidos pelos representantes eleitos. Ao final, será elaborado documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. E produzida uma carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA com esses resultados. Confira o spot(https://soundcloud.com/mmeioambiente/spot-confer-ncia-virtual-do) sobre a Conferência Virtual Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9568-mma-convoca-a-popula%C3%A7%C3%A3o-a-participar-da-confer%C3%AAncia-virtual)

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24/08/2013 Consumo ultrapassou capacidade de renovação que a T erra poderia oferecer por Agência Brasil(http://www.agenciabrasil.ebc.com.br/) A cota de recursos naturais que a natureza poderia oferecer em 2013 se esgotou na última terça-feira (20). A data, inclusive, assinalou o Dia da Sobrecarga da Terra, marco anual de quando o consumo humano ultrapassa a capacidade de renovação do planeta. O cálculo foi divulgado pela Global Footprint Network (Rede Global da Pegada Ecológica), organização não governamental (ONG) parceira da rede WWF. O levantamento compara a demanda sobre os recursos naturais empregados na produção de alimentos e o uso de matérias-primas com a capacidade da natureza de regeneração e de reciclagem dos resíduos, a chamada pegada ecológica (medida que contabiliza o impacto ambiental do homem sobre esses recursos). Em menos de oito meses, o consumo global exauriu tudo o que a natureza consegue repor em um ano e, entre setembro e dezembro, o planeta vai operar no vermelho, o que causa danos ao meio ambiente. De acordo com a Global Footprint Network, à medida que se aumenta o consumo, cresce o débito ecológico, traduzido em redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem reflexos na economia. Segundo os cálculos dessa contabilidade ambiental, a Terra está entrando “no vermelho da conta bancária da natureza” cada vez mais cedo. No ano passado, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 22 de agosto. Em 2011, em 27 de setembro. Para o diretor executivo da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e doenças, caso não mude esse quadro. “Esse ritmo de consumo no longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos”, disse Guimarães. Para o ambientalista, o desafio para as nações é achar uma maneira de se desenvolver reduzindo a demanda pelo capital natural. “Assim conseguimos fechar a equação de meio ambiente preservado e economia sustentável”. Segundo pesquisas da Global Footprint Network, os atuais padrões de consumo médio da humanidade demandam uma área de um planeta e meio para sustentá-los. As projeções indicam que se o estilo de vida continuar no ritmo atual, o homem precisará de duas Terras antes de 2050. Estudos da ONG internacional mostram que, no início da década de 1960, a humanidade empregou somente cerca de dois terços dos recursos ecológicos disponíveis no planeta. Esse panorama começou a mudar na década seguinte, quando o aumento das emissões de gás carbônico e a demanda humana por recursos naturais passaram a exceder a capacidade de produção renovável do planeta. Atualmente, mais de 80% da população mundial vivem em países que usam mais recursos do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Os países devedores ecológicos já esgotaram seus próprios recursos e têm de importá-los. No levantamento da Global Footprint Network, os japoneses consomem 7,1 vezes mais do que têm e seriam necessárias quatro Itálias para abastecer os italianos. Nesse panorama traçado pela Global Footprint Network, o Brasil aparece ao lado das nações que ainda são credoras ambientais, com reservas naturais abundantes. Esse quadro, porém, está mudando. O presidente da ONG, Mathis Wackernagel, lembra que o país tem uma grande riqueza natural que está sob pressão devido ao aumento populacional e aos padrões de consumo. “O Brasil precisa reconhecer sua riqueza e como pode usá-la sem gastá-la. O capital natural vai se tornar cada vez mais importante em um mundo com restrições de recursos”, disse Mathis, que enfatiza a importância de se investir em energia solar e eólica. Segundo o diretor executivo da Conservação Internacional, o Brasil ainda tem abundância de capital natural e espaço para crescer. “Os países desenvolvidos já ultrapassaram o limite de consumo de matérias-primas naturais. Se todos os habitantes da Terra tivessem o mesmo padrão de consumo dos norte-americanos, nós íamos precisar de quase cinco planetas para dar conta das demandas da população. O padrão de consumo

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dos países desenvolvidos desorganiza essa balança e o Brasil está na posição intermediária caminhando a passos largos para ser um alto consumidor de capital natural”, declarou André Guimarães. Para ambientalistas, a sociedade precisa repensar seu estilo de vida. Nesse contexto, dizem, a educação e a informação são instrumentos importantes para uma mudança de valores. De acordo com a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, cidadãos e governos têm papel fundamental na redução dos impactos do consumo sobre os recursos naturais. “Políticas públicas voltadas para esse fim, como a oferta de um transporte público de qualidade e menos poluente, construção de ciclovias e o estímulo ao consumo responsável são essenciais para reduzir a pegada ecológica”, disse Maria Cecília. Ela lembra que as pessoas podem fazer sua parte. Reduzir o desperdício de água e energia, o consumo de carne bovina e de alimentos altamente processados, usar mais transporte coletivo e adquirir produtos certificados são algumas das atitudes recomendadas. “É importante que as pessoas se lembrem de que qualquer desperdício de energia, por menor que pareça, está sendo feito às custas do planeta ao gastar mais combustível fóssil. Podemos fazer nossas escolhas lembrando que a Terra é finita, como é a nossa conta no banco. A gente só tem esse planeta, por que não cuidar dele?”, ressaltou a secretária-geral do WWF-Brasil. Fonte: Jornal do Brasil > Notícias > Ciência e Tecnologia(http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2013/08/24/consumo-ultrapassou-capacidade-de-renovacao-que-a-terra-poderia-oferecer/)

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25/08/2013 Destinação do lixo é desafio Onipresente nos debates internacionais sobre preservação do meio ambiente, o lixo passa a criar novas oportunidades para os empresários. A regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga municípios e indústrias a dar destinação e tratamento adequados aos 42% de lixo não tratado, impulsionou a instalação de aterros sanitários. Pela lei, todos os lixões à céu aberto deverão, até 2014, ser eliminados e os aterros sanitários ter dispositivos para o tratamento do chorume e do metano – líquido e gás produzidos na decomposição do lixo. Em se tratando do efeito estufa, o metano um dos gases produzidos na decomposição do lixo chega a ser 25 vezes mais potente do que o CO2 e está cada vez mais presente no ar que respiramos. Nesse sentido, a geração de energia a partir de resíduos é apontada como um negócio rentável, embora ainda pouco explorado, e que dará uma grande contribuição para a qualidade do ar e de vida.

Foto: Alex Régis

Fonte: http://arquivos.tribunadonorte.com.br/fotos/126929.jpg Nova lei prevê para 2014 o fim dos lixões irregular es que darão lugar a aterros sanitários Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que o Brasil tem potencial de cerca de 300 megawatts de energia a partir do biogás capturado em unidades de destinação de resíduos sólidos. Quantidade suficiente para abastecer uma população de cerca de 1,5 milhão de pessoas. O desafio agora é transformar montanhas de sujeira e coisa imprestável em energia “limpa”. Esse deverá ser o próximo passo a ser dado pela Braseco – empresa responsável pela gestão do Aterro Sanitário Metropolitano, em Ceará-Mirim, que atende a região da Grande Natal. “Estamos estudando para gerar energia a partir do lixo”, afirma o diretor-presidente da Braseco, Henrique Muniz Dantas. Por cima dos taludes, de 25 metros, é possível perceber estruturas como chaminés que emitem um vapor quente. São os poços de drenagem verticais, instalados a cada 40 metros, para emissão dos vários gases oriundos do lixo, sobretudo metano e CO2. Atualmente, parte dele é queimado. Mas os poluentes em breve terão outra serventia.

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Dentro do projeto de recuperação energética, em fase de estudos pela empresa, revela o executivo, estão sendo analisadas duas possibilidades: a geração de energia elétrica no aterro para ser lançada na rede de energia elétrica a partir da conexão com uma subestação da Cosern ou lançamento no gasoduto da Potigas. No primeiro caso, Muniz antecipa que já há conversas iniciais para que a geração de energia possa ser destinada para o consumo do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (seja gás ou em energia elétrica), que está sendo construído e tem previsão de funcionamento em 2014. Hoje o lixo aterrado produz 1,4 mil metros cúbicos de biogás por hora. Cerca de 50% é metano. Para ter valor comercial é preciso tratar e filtrar apenas o metano. “O primeiro quilo de resíduo posto aqui em 1994 está até hoje gerando gás e deverá ficar mais tempo, pretendemos aproveitar esse potencial”, frisa ele. O estudo de viabilidade técnica e econômica do biogás deverá ser concluído até o final do ano. “Só então teremos dados específicos sobre o potencial, a capacidade de geração e investimentos a serem feitos”, disse Muniz. A empresa que tem sede na Itália tem, naquele país, expertise na área energética. Estruturas obedecem regras geológicas e ambientais Diferente dos antigos lixões, onde o descarte indevido compromete a qualidade e conservação do solo e aquíferos, para ser instalado o aterro sanitário precisa obedecer a critérios sociais, geológicos e ambientais. O resíduo que chega nos caminhões ao local passam por pesagem, triagem, depois seguem para ser espalhados, compactados e aterrados. O diretor-presidente da Braseco Henrique Muniz Dantas, explica que a segurança é garantida. “Não há contaminação”. O sistema de impermeabilização do solo é feito a partir da compactação do fundo do aterro, impermeabilizado com concreto, forrado com uma manta de 2mm de polietileno de alta densidade, que é protegida para suportar o atrito dos caminhões. A escavação considera a inclinação para o escoamento do chorume que é coletado por sistema de drenagem e direcionado a lagoas de captação, instaladas no entorno dos taludes, para o tratamento do líquido. O lixo coletado na região da Grande Natal segue para o Aterro Sanitário Metropolitano, situado no km 159, em Massaranduba, distrito de Ceará-Mirim. Por dia, 1,2 mil toneladas são depositadas no aterro. A Companhia Municipal de Serviços Urbanos (Urbana) se responsabiliza pela coleta e transporte do lixo doméstico, que chega a 800 toneladas por dia em Natal. Considerando o aumento populacional e a quantidade de resíduos produzido diariamente, o aterro tem capacidade para operar, com “folga” segundo estimativa da Braseco, – empresa responsável pela gestão do aterro sanitário Metropolitano –, até 2034. A área total é de 90 hectares, mas somente 55 hectares são usados hoje. O aterro só recebe lixo gerado por empresas que possuam licença ambiental. Para isso, um de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado, em maio, entre empresas, Ministério Público do Estado e os órgãos ambientalistas. O Idema já concedeu licenças ambientais a cerca de 60 empresas consideradas grandes geradoras de lixo – a partir de 200 quilos ou 500 litros , enquanto outras 43 protocolaram interesse em assinar o TAC. Até então, somente as sete empresas transportadores desse lixo tinham licença ambiental para prestação de serviço. Entre os projetos para este ano, está em processo de licitação a construção de uma usina para análise e tratamento de resíduos perigosos. Consórcios vão garantir aterros O governo federal estimula pequenos e médios municípios a se reunir em consórcios para construir aterros sanitários que atendam uma população de pelo menos 150 mil pessoas. Embora atrasados em um ano – o prazo para construção era de 2012 – esforços estão sendo somados para a construção do sistema de aterro sanitário que será implantado na região Alto Oeste. O projeto técnico foi tema de encontro com a semarh e representantes do consórcio. São R$ 22 milhões, incluindo contrapartida do Governo Estadual, por meio de um convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que servirão ainda para a construção do aterro da região do Seridó. O sistema de aterro para destino final de lixo do Alto Oeste vai ser construído em Pau dos Ferros e contemplará 44 municípios da região. As estações de transbordo serão construídas nas cidades de Caraúbas, Umarizal, Apodi, Alexandria, José da Penha, Frutuoso Gomes, Patu e São Miguel. Cada estação

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atenderá de 3 a 6 municípios vizinhos. Lá serão depositados todo lixo recolhido nessas cidades que depois será levado para o Aterro Sanitário. Coleta seletiva precisa ser ampliada Ampliar e aperfeiçoar o sistema de coleta seletiva é a lição de casa que a Companhia de Limpeza Urbana de Natal deverá exercitar nos próximos três anos. Por dia, são coletados nas ruas de Natal 666 toneladas de lixo doméstico, sem contar entulho e podas. Desse total, somente 1,45% vai para coleta seletiva. O restante segue indevidamente para o aterro. O valor ínfimo, segundo Josivan Cardoso Moreno, diretor de planejamento e gestão ambiental da Urbana, se deve a dois fatores: a reduzida estrutura de coleta e a baixa adesão da população. A separação dos materiais da forma correta não é massificada e inviabiliza os resultados. O trabalho porta a porta para recolhimento do material é feito por meio de contrato com duas cooperativas de catadores de lixo, cada contrato de R$ 49 mil por mês, que reúnem 110 trabalhadores para cobertura de toda a cidade. O sistema deve passar por uma reestruturação dentro da política de gestão integrada de resíduos. “A meta é elevar para 70% a cobertura da coleta seletiva, nos próximos 3 anos”, afirma o diretor. Severino Lima Júnior, presidente da Cooperativa de catadores de material reciclável (Cocamar), com 70 cooperados, estima que cerca de 40% dos cerca de 200 toneladas coletadas por mês é reciclável. “As pessoas devem desenvolver a cultura de separar o orgânico e dos inorgânicos”, observa. A falta de uma usina de reciclagem é um dos entraves enfrentados pelos catadores, que ficam à mercê de atravessadores para comercializar o produto. O material segue para usinas em Fortaleza, Recife e até Minas Gerais. Se a venda fosse direta, calcula-se que o acréscimo no valor final seria de 40 a 50%. Uma parceria firmada com a Fundação Banco do Brasil vai oferecer capacitação profissional. Maquinários foram instalados para duas oficinas de vassouras de garrafas pet e bolsas feitas a partir de banners. Fonte: TRIBUNA DO NORTE > Notícias(http://tribunadonorte.com.br/news.php?not_id=259323)

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26/08/2013 Desafio permanente: a responsabilidade socioambient al das empresas por Leonardo Boff* Já se deixou para trás o economicismo do Nobel Milton Fridman, que no Time de setembro de 1970 dizia: ”A responsabilidade social da empresa consiste em maximizar os ganhos dos acionistas”. Mais realista é Noam Chomsky: “As empresas é o que há de mas próximo das instituições totalitárias. Elas não têm que prestar esclarecimento ao público ou à sociedade. Agem como predadoras, tendo como presas as outras empresas. Para se defender, as populações dispõem apenas de um instrumento: o Estado. Mas há, no entanto, uma diferença que não se pode negligenciar: enquanto, por exemplo, a General Electric não deve satisfação a ninguém, o Estado deve regularmente se explicar à população” (em Le Monde Diplomatique Brasil, n. 1, agosto 2007, pág. 6). Já há décadas que as empresas se deram conta de que são parte da sociedade e que carregam a responsabilidade social no sentido de colaborarem para termos uma sociedade melhor. Ela pode ser assim definida: A responsabilidade social é a obrigação que a empresa assume de buscar metas que, a meio e longo prazo, sejam boas para ela e também para o conjunto da sociedade na qual está inserida. Essa definição não deve ser confundida com a obrigação social, que significa o cumprimento das obrigações legais e o pagamento dos impostos e dos encargos sociais dos trabalhadores. Isso é simplesmente exigido por lei. Nem significa a resposta social: a capacidade de uma empresa de responder às mudanças ocorridas na economia globalizada e na sociedade, como, por exemplo, a mudança da política econômica do governo, uma nova legislação e as transformações do perfil dos consumidores. A resposta social é aquilo que uma empresa tem que fazer para adequar-se e poder se reproduzir. Responsabilidade social vai além disso tudo: o que a empresa faz, depois de cumprir com todos os preceitos legais, para melhorar a sociedade da qual ela é parte e garantir a qualidade de vida e o meio ambiente? Não só que ela faz para a comunidade, o que seria filantropia, mas o que ela faz com a comunidade, envolvendo seus membros com projetos elaborados e supervisionados em comum. Isso é libertador. Nos últimos anos, no entanto, graças à consciência ecológica despertada pelo desarranjo do sistema-Terra e do sistema-vida surgiu o tema da responsabilidade socioambiental. O fato maior ocorreu no dia 2 de fevereiro do ano de 2007, quando o organismo da ONU que congrega 2.500 cientistas de mais de 135 países criou o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), após seis anos de pesquisa, e deu a público seus dados. Não estamos indo ao encontro do aquecimento global e de profundas mudanças climáticas. Já estamos dentro delas. O estado da Terra mudou. O clima vai variar muito, podendo, se pouco fizermos, chegar até a 4-6 graus Celsius. Esta mudança, com 90% de certeza, é androgênica, quer dizer, é provocada pelo ser humano, melhor, pelo tipo de produção e de consumo que já tem cerca de três séculos de existência e que hoje foi globalizado. Os gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono e o metano, são os principais causadores do aquecimento global. A questão que se coloca para as empresas é esta: em que medida elas concorrem para despoluir o planeta, introduzir um novo paradigma de produção, de consumo e de elaboração dos dejetos, em consonância com os ritmos da natureza e a teia da vida e não mais sacrificando os bens e serviços naturais. Esse é um tema que está sendo discutido em todas as grandes corporações mundiais, especialmente depois do relatório de Nicholas Stern (ex-economista-sênior do Banco Mundial), do relatório do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, Uma verdade incômoda, e das várias convenções da ONU sobre o aquecimento global. Se a partir de agora não se investirem cerca de 450 bilhões de dólares anuais para estabilizar o clima do planeta, nos anos 2030-2040 será tarde demais, e a Terra entrará numa era das grandes dizimações, atingindo pesadamente a espécie humana. Uma reunião recente da Agência Internacional de Energia enfatizava que as decisões têm que ser tomadas agora e não em 2020. O ano 2015 é nossa última chance. Depois será tarde demais, e iríamos ao encontro do indizível. Estas questões ambientais são de tal importância que se antepõem à questão da simples responsabilidade social. Se não garantirmos primeiramente o planeta Terra com seus ecossistemas, não há como salvar a sociedade e o complexo empresarial. Portanto: responsabilidade socioambiental! * Leonardo Boff, teólogo e filósofo, escreveu diversos livros, entre os quais, 'Sustentabilidade: O que é o que não é' (Vozes, 2012) – Leonardo Boff

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Fonte: Jornal do Brasil > Notícias(http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2013/08/26/desafio-permanente-a-responsabilidade-socioambiental-das-empresas/)

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26/08/2013 Modelo de produção de biogás da Itaipu será replica do no Uruguai

Assinatura

Fonte: http://www.h2foz.com.br/sites/default/files/imagecache/scale_570/imagens_nodes/noticias/20130823CC144

3.jpg

Exemplo

Fonte: http://www.h2foz.com.br/sites/default/files/imagecache/scale_570/imagens_nodes/noticias/20130823CC167

2.jpg A iniciativa de Itaipu Binacional para produção de biogás em pequenas propriedades rurais da região oeste do Paraná, a partir do aproveitamento dos dejetos da atividade agropecuária, será replicada no Departamento (Estado) de San Jose, próximo a Montevidéu, no Uruguai. O memorando de entendimento para desenvolver o projeto foi assinado nesta sexta-feira (23), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), na usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, por representantes da

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binacional, Eletrobras e Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE), ligada ao Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai. Participaram da cerimônia o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto; o diretor de Energia do Uruguai, ministro Ramón Méndez; o presidente da UTE, Gonzalo Casaravilla; o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; e o superintendente de Energias Renováveis da binacional, Cícero Bley Jr.. A assinatura ocorreu na sede do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás-ER), instalado no PTI. Em seguida, a comitiva fez uma visita técnica à usina de Itaipu e depois partiu de helicóptero para conhecer o Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, a 180 quilômetros de Foz do Iguaçu. No condomínio, que reúne 33 pequenos produtores rurais, dejetos da produção agropecuária (suínos e gado leiteiro) são transferidos para biodigestores, para extração do gás metano. Os biodigestores estão conectados por 22 quilômetros de gasoduto a uma central termelétrica, que abastece com energia as propriedades rurais. Todo o excedente poderá ser vendido para a distribuidora de energia do Estado e a matéria orgânica residual do biodigestor é transformada em um biofertilizante de alta qualidade. Ou seja, o que antes era um problema ambiental, agora transforma-se em nova fonte de renda para o agricultor. É essa a experiência que o Uruguai pretende implantar no país. “O projeto representa o ponto de partida para a transformação dos resíduos da indústria, da agroindústria, em energia. E também é fundamental para a integração dos nossos povos, dos nossos países”, disse o ministro Ramón Méndez. Gonzalo Casaravilla, presidente da UTE, lembrou que o Uruguai vive hoje um forte desenvolvimento industrial, particularmente na produção de leite, e que a atividade tem impacto no meio ambiente, com risco de contaminação do solo e dos rios. “Portanto, usar os resíduos para produzir biogás e, com isso, gerar energia e interligá-la na rede [elétrica], é fantástico”, comentou. De Itaipu para o mundo José da Costa Carvalho Neto explicou que o projeto é patrocinado pela Eletrobras, por meio de um grupo que reúne as 13 maiores empresas de energia elétrica do mundo. A ideia é fortalecer a meta das Nações Unidas de atendimento pleno de energia elétrica para toda a população do planeta até 2030. Atualmente, cerca de 1,3 bilhão de pessoas ainda não são atendidas com energia elétrica – quase 20% da população mundial. “Vamos primeiro levar essa experiência para o Uruguai, para que o país seja um disseminador da tecnologia. Em seguida, pretendemos levar essa técnica para as Nações Unidas, para que seja aplicada também em países principalmente da Ásia e da África”, disse Carvalho Neto. “Então eu diria que é um aproveitamento da tecnologia de Itaipu para o mundo”, declarou. O presidente da Eletrobras acrescentou que o biogás representa uma energia limpa e barata, com caráter sustentável, e prova que mesmo grandes empreendimentos – como Itaipu – podem gerar impacto positivo na comunidade que atua. “É um exemplo de como um aproveitamento hidrelétrico tem facetas de desenvolvimento nacional, regional, mas também local”, elogiou. Modelo O projeto piloto no Departamento de San Jose terá características muito parecidas com o do Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. No Uruguai, serão 31 pequenas propriedades rurais, produtoras de leite, conectadas a uma microcentral termelétrica por 14 quilômetros de gasoduto. O projeto foi dividido em três fases. Quando estiver totalmente concluído, daqui a dois anos, terá uma produção total diária de 780 metros cúbicos de gás (ante 800 metros cúbicos na experiência brasileira), com possibilidade de venda da energia elétrica gerada para a concessionária local. Cícero Bley Jr. comentou que, independentemente da quantidade de energia produzida no condomínio, o impacto da nova atividade para o produtor rural é muito grande. “Essa energia equivale a um poço de petróleo em cada propriedade”, comparou. Levantamento apresentado por três alunos uruguaios do curso de Energias Renováveis da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), de Foz do Iguaçu, mostra que em 2012 a estimativa é que

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o país tivesse 732 mil cabeças de gado leiteiro e 220 mil suínos, com potencial de produção de até 78 milhões de metros cúbicos de gás por ano – ou 12,6 MW. “Para Itaipu, é um sonho ver a integração das universidades com a Eletrobras, com os professores, alunos, agricultores, cooperativas, em um processo de sustentabilidade muito forte”, destacou Jorge Samek, lembrando que o Paraná, apesar de ter apenas 3% do território nacional, é responsável por 20% da produção agropecuária do País e por praticamente o mesmo porcentual de produção de energia. “Daqui a cinco ou seis anos, a agricultura vai produzir a sua própria energia, vai abastecer o seu carro elétrico, e tudo isso sem custo para o meio ambiente”, estimou. Parcerias O projeto de geração de energia elétrica a partir do biogás no departamento de San Jose também tem entre os parceiros a Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA). No Ajuricaba, o projeto é desenvolvido por Itaipu desde 2009, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Copel, Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). (Divisão de Imprensa - Itaipu Binacional) Fonte: H2FOZ – O Portal das Cataratas > Notícias(http://www.h2foz.com.br/noticia/modelo-de-producao-de-biogas-da-itaipu-sera-replicado-no-uruguai)

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26/08/2013 Estudo reforça ligação entre exploração de gás de x isto e terremotos por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil

Exploração do gás de xisto em Youngstown, Ohio.

Foto: Dimiter Kenarov/Pulitzer Center Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/gasdexisto.jpg

Novo trabalho aponta que 109 tremores aconteceram em uma cidade no estado norte-americano de Ohio após o início da atividade; não havia registros de abalos sísmicos anteriores na área. O gás de xisto, um combustível fóssil alternativo, está sendo saudado como uma das razões para a saída dos Estados Unidos da sua crise econômica, e outros países, incluindo o Brasil, estão se preparando para também explorar essa fonte de energia. No entanto, pesquisadores ainda têm dúvidas sobre a segurança dessa atividade para os ecossistemas e para a saúde humana. Tanto é assim, que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) enviaram neste mês uma carta à presidente Dilma Rousseff(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=734793), manifestando a sua preocupação com o anúncio da Agência Nacional do Petróleo (ANP) da decisão de incluir o gás de xisto na próxima licitação, em novembro. Reforçando essa preocupação, um novo estudo(http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jgrb.50247/abstract) afirma que pelo menos 109 terremotos foram registrados na cidade de Youngstown, no estado norte-americano de Ohio, em um período de apenas 14 meses. Os fenômenos teriam começado somente 13 dias após o início da exploração do gás de xisto na região. O mais forte dos terremotos, que registrou 3,9 na escala Richter, aconteceu no dia 31 de dezembro de 2011, e levou o Departamento de Recursos Naturais de Ohio a obrigar o encerramento das atividades de “fracking” na área. “Fracking”, ou “fratura hidráulica”, é como é chamada a tecnologia para extrair o gás de xisto. Ela consiste na injeção de água, areia e substâncias químicas sob altíssima pressão nas camadas geológicas, forçando o gás para a superfície. Um dos perigos claros desse processo é a contaminação de lençóis freáticos e do solo por esses produtos químicos. A questão dos terremotos está ainda sendo avaliada, mas cada vez mais especialistas parecem concordar que existe uma relação clara entre o “fracking” e os tremores de terra.

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O novo trabalho que levantou o número de terremotos em Youngstown é de autoria do geólogo Won-Young Kim, pesquisador do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Colúmbia, e foi publicado no periódico Journal of Geophysical Research: Solid Earth. De acordo com Kim, não havia registros de terremotos em Youngtown antes do início da exploração do gás de xisto. Além disso, o pesquisador aponta que quando ocorria um aumento na injeção de fluídos no solo pelo ‘fracking’, cinco dias depois aconteciam tremores. Também foi possível mostrar que em feriados a atividade sísmica diminuía. Esse é apenas o mais recente dos estudos sobre o assunto. Em julho, um trabalho(http://www.sciencemag.org/content/341/6142/164) de William Ellsworth, sismólogo da Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, afirmou que o aumento da atividade em poços de gás natural altera o estresse em áreas suscetíveis a terremotos ao elevar a pressão dos fluidos sobre as rochas subterrâneas, lubrificando as falhas preexistentes e tornando-as mais suscetíveis a rompimentos e deslocamentos. Já a pesquisa(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23812711) de Nicholas van der Elst, também do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Colúmbia, indica que pelo menos metade dos terremotos de magnitude 4,5 ou maiores que atingiram o interior dos EUA na última década ocorreram perto de locais de poços de injeção de águas residuais. Aqui no Brasil, a carta da SBPC e da ABC solicita o adiamento da licitação de áreas para exploração de gás de xisto por um período suficiente para aprofundar os estudos sobre o real risco do “fracking”. Em entrevista para o Instituto CarbonoBrasil em junho, o pesquisador Luiz Fernando Scheibe, coordenador da Rede Guarani/Serra Geral, destacou principalmente os riscos para os aquíferos, incluindo o tesouro nacional que é o Guarani. “Os milhões de litros de água resultam poluídos em cada poço, por hidrocarbonetos e por outros compostos e metais presentes na rocha, nos explosivos e nos próprios aditivos químicos requeridos pela complexa atividade de mineração do gás, exigindo dispendiosas técnicas de purificação e de descarte dos resíduos finais, que podem vir a poluir tanto a água de superfície como os próprios aquíferos”, disse Scheibe. Citações: Induced seismicity associated with fluid injection into a deep well in Youngstown, Ohio(http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jgrb.50247/abstract) – DOI: 10.1002/jgrb.50247. Enhanced Remote Earthquake Triggering at Fluid-Injection Sites in the Midwestern United States(http://www.sciencemag.org/content/341/6142/164) – DOI: 10.1126/science.1238948 Continuous permeability measurements record healing inside the earthquake fault zone(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23812711) – DOI: 10.1126/science.1237237 * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=734970). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/estudo-reforca-ligacao-entre-exploracao-de-gas-de-xisto-e-terremotos/)

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26/08/2013 Feira livre no Paraná troca lixo reciclável por ali mentos por Redação do EcoD

Produtos presentes na feira, realizada quinzenalmente, são frescos e vêm de pequenos produtores da cidade.

Foto: @ J.A. Sabino Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/lixo1-ecod.jpg

Um programa da Prefeitura de Umuarama, no Paraná, possibilita que os moradores de comunidades de baixa renda troquem materiais recicláveis por alimentos na feira, além de viabilizar o encaminhamento desses resíduos à uma cooperativa. O Lixo que Vale inclui ainda as Moedas Verdes, um dinheiro fictício que atua como mecanismo de troca. A ideia é reduzir o desperdício e ainda ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os produtos presentes na feira, realizada quinzenalmente, são frescos e vêm de pequenos produtores da cidade. A pesagem dos produtos para reciclagem é feita todas as semanas e quem juntar um quilo de material tem direito a uma Moeda Verde. No momento da pesagem, a pessoa recebe o vale-compra correspondente para ir à feira. “Esta é uma maneira diferente de envolver a comunidade na preservação do meio ambiente”, lembrou o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Carlos Fávaro.

Cerca de 240 toneladas/mês são destinadas à reciclagem

Foto: @ J.A. Sabino

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Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/lixo2-ecod.jpg Além disso, o trabalho alivia a pressão sobre o aterro sanitário municipal, que recebe 1.200 toneladas de lixo por mês. Cerca de 240 toneladas são destinadas à reciclagem, mas esse volume pode dobrar se a população se conscientizar. O objetivo é atingir 500 toneladas de recicláveis separados, a cada mês, o que também vai aumentar o número de pessoas empregadas pela cooperativa.

Lista de alimentos oferecidos para a troca inclui 20 tipos diferentes de frutas, verduras e legumes

Foto: @ J.A. Sabino Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/lixo3-ecod.jpg

“É tudo coisa de primeira, fresquinha, que sai direto do pequeno produtor rural, passa pelo Banco de Alimentos e é distribuído aos moradores. Os benefícios são enormes. Uma alimentação de qualidade melhora a saúde, dá mais disposição para o trabalho e ajuda no desempenho escolar. O dinheiro que as famílias economizam com a compra desses alimentos pode bancar outras necessidades, melhorando a qualidade de vida de todos”, analisa o prefeito Moacir Silva. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/feira-livre-no-parana-troca-lixo-reciclavel-por?tag=rrr). Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/feira-livre-no-parana-troca-lixo-reciclavel-por-alimentos/)

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26/08/2013 Mais energia limpa na matriz brasileira por Leonardo Medeiros, do Greenpeace

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/eolica.jpeg

Não falta vento para o Brasil, nem potencial de gerar energia limpa. E quando existe vontade política, as vantagens ficam claras: uma matriz elétrica mais renovável, sem grandes impactos socioambientais. Nesta sexta-feira, 23, o governo realizou um leilão A-3 – empreendimentos a serem construídos em até três anos –, específico para a energia eólica. Uma potência de 1.505,2 MW foi contratada por meio de 66 projetos. A potencia contratada no leilão de hoje é energia suficiente para abastecer um terço do aumento da demanda nacional anual e superior à usina Angra 2. Com este resultado, o Brasil deverá superar a barreira dos 11 mil MW instalados em energia eólica até 2016. Se, por um lado, muitos parques eólico ficaram de fora deste leilão por conta das rígidas regras de habilitação e seleção, por outro a competição foi menos agressiva do que no passado. Prova disso é que o preço final, de R$ 110,51 por MW, foi apenas 6% menor do que o preço inicial estabelecido pelo governo. Em outras ocasiões, a queda costumava superar os 20%. “O volume contratado é um bom sinal para a continuação da expansão do setor eólico no Brasil e deve contribuir para a segurança energética do sistema”, diz Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “O investimento de R$ 13 bilhões nesses parques certamente se provará mais econômico do que o que foi gasto neste ano apenas com o uso de combustíveis em termelétricas”. Pintou sujeira na matriz Nem tudo são boas notícias no setor elétrico. Após quatro anos fora dos leilões de energia, o governo traz o carvão de volta ao mercado elétrico no leilão A-5 do dia 29 de agosto. Dos 3.535 MW habilitados no leilão, 1.840 MW são de térmicas a carvão mineral. Ao ofertar o carvão, o governo quer reduzir a dependência brasileiras das usinas térmicas e evitar o risco de apagão durante os períodos de seca, como aconteceu no início de 2013. Mas, com tanto potencial para gerar energia limpa e renovável por tecnologias solar, eólica e biomassa, usar carvão é um contrassenso, já que esta é a fonte que mais emite CO2 – 84 vezes mais do que a eólica e 22 vezes mais que a energia solar, segundo dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da sigla em inglês). * Publicado originalmente no site Greenpeace(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/mais-energia-limpa-na-matriz-brasileira/blog/46350/). Fonte: Greenpeace/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/mais-energia-limpa-na-matriz-brasileira/)

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26/08/2013 A era da Energia Extrema por Charlotte Wilson*

“Fraking” em Wyoming, EUA: reservas exíguas exigem múltiplas escavações horizontais, provocando devastação muito pior que a dos poços tradicionais.

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/130819-Fracking-e1376964136415.jpg Dos EUA à Índia, avança corrida por combustíveis fósseis rarefeitos e de extração dificílima. Quais são, e por que é desastroso explorá-los? Alguns anos atrás, nas vésperas das negociações climáticas em Copenhagen, a indústria dos combustíveis fósseis parecia estar na defensiva, com o crescimento da pressão para cortar as emissões de carbono. A elevação dos preços no setor energético e as dúvidas a respeito de sua capacidade em aumentar a produção de petróleo, faziam a indústria parecer um dinossauro em luta para sobreviver. Hoje, ela está na ofensiva e, longe de enfrentar restrições, empanha-se na expansão maciça da extração de combustíveis fósseis, em novas áreas do globo. Não há melhor medida para essa mudança que a ExxonMobil, a maior empresa privada de petróleo no mundo. Em 2008, estava financiando, agressivamente, a negação da mudança climática e fazendo lobby intenso contra as restrições impostas a seu negócio. Acelere o filme para o último verão. Na esteira da caricata conferência Rio+20, o diretor-executivo da Exxon, Rex Tillerson, em palestra para o Conselho de Relações Exteriores, não apenas reconheceu a mudança climática mas também a “abraçou” dizendo que era um “problema de engenharia” e uma oportunidade de negócio. Os fatos são alarmantes. O preço do barril de petróleo permanece nas alturas e a concentração de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassará 400 partes por milhão este ano, pela primeira vez na história da humanidade. O que mudou radicalmente é o volume da retórica empregada para negar essa realidade. Até as ações de mera fachada estão desaparecendo. Agora, o foco está no surgimento de “planos de de planos para suposta “reparação”, por meio de tecnologias como captura e armazenagem de carbono (CSS) ou geo-engenharia, em um futuro distante. Por trás de toda essa cortina de fumaça, há um mundo real não tão suscetível a esses truques. De um lado, o aumento constante da temperatura indica o que a mudança climática pode representar; de outro, o aumento nos custos energéticos marca o contínuo esgotamento dos combustíveis fósseis. Mas os depósitos combustíveis fósseis não são poço de tamanho determinado, que está sendo consumido e em certo momento irá se esgotar. O uso das rochas betuminosas, as perfurações no Oceano Ártico e a extração de petróleo por fragmentação hidráulica (“fracking”) demonstram que, embora as reservas de extração mais fácil estejam acabando, existem sempre outras, mais difíceis de explorar, para substituir as

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primeiras, se você estiver suficientemente desesperado. Esses combustíveis fósseis de extração mais difícil vêm, entretanto, com um custo adicional – como se não bastasse a emissão de carbono. Nestes casos, a exploração anda quase sempre de mãos dadas com a devastação ambiental. Isso é bem claro, por exemplo, na destruição causada nas florestas boreais em Alberta, Canadá, para extração em rochas betuminosas. Mas não apenas lá. Seja na passagem para a mineração a céu aberto, quando o carvão ficou cada vez mais escasso, ou no impulso para extração de petróleo em águas profundas, o resultado tem sido maior pressão sobre o meio-ambiente. Áreas cada vez maiores do planeta têm de ser destruídas para um retorno cada vez menor. Os impactos sociais desses métodos mais extremos são igualmente perturbadores. Maior esforço direcionado à extração para fins energéticos significa maior trabalho e recursos consumidos. Na última década, o peso do setor de energia mais que dobrou na economia mundial – de menos de 5% para mais de 10%. Mercados complexos e mecanismos políticos têm ocultado a verdade por trás das manchetes: enquanto o setor energético cresce, o resto da economia é achatado e aqueles com menor poder político são os primeiros a sofrer. Rumo aos extremos A mudança para métodos ainda mais extremos, à medida em que se exaurem os recursos fáceis de extrair, exige uma cuidadosa consideração: onde esse processo irá acabar? Quando a energia usada na extração tender a se tornar maior que a produzida, em que momento já não poderemos falar em uma “fonte de energia”? Na prática, problemas sérios surgem muito antes de este ponto ser atingido. Imagine um mundo onde a principal fonte de energia precise de metade da energia produzida para manter em funcionamento o processo de extração. Não apenas metade de toda a economia será destinada à extração de energia, mas o nível de destruição ambiental será aterrorizante. O Reino Unido é hoje, como quase sempre, a maior ameaça no que tange extração não-convencional de gás e petróleo (coloquialmente conhecida como fracking); de gás e óleo de xisto; de metano em jazidas de carvão (CBM, em inglês) e gaseificação de carvão subterrâneo (GCS). Esses métodos consomem enorme quantidade de energia e requerem imenso volume de recursos, como plataformas avançadas de perfuração. As características comuns incluem poços densos de perfuração horizontal, algum tipo de fraturação hidráulica ou (desidratação). As quantidades de energia produzidas em cada poço são relativamente pequenas, e o período de produção é curto. A gaseificação de carvão subterrâneo (GCS), o método mais extremo que conhecemos até o momento, envolve atear fogo no carvão subterrâneo e trazer à superfície o coquetel tóxico produzido. O Reino Unido é o pioneiro, com 21 licenças de GCS já vendidas, em seu litoral, perto de grandes cidades como Swansea, Liverpool e Edimburgo. Algo sem precedentes: uma nova licença está à venda em terra firme, no interior de Warwickshire, próximo a Leamington Spa. Uma companhia, a Five-Quarter Energy, planeja iniciar a perfuração na costa de Northumberland nesse verão (nosso inverno). A escala de tudo isso é raramente analisada. A característica mais fundamental do gás e petróleo não-convencionais é sua natureza dispersa. Qualquer poço irá produzir pouco gás, e apenas por curto período. É necessário que milhares de poços sejam constantemente perfurados, cobrindo a paisagem de buracos, para produzir volumes moderados de energia. O maior campo de gás convencional no Reino Unido era o de Saltfleetby, em Lincolnshire. Possuía oito poços, mas para se produzir a mesma quantidade de gás não-convencional seriam necessários centenas de poços. Os maiores impactos de fracking incluem vazamento de metano, poluição e produção de resíduos tóxicos e radioativos nas águas; poluição severa do ar; industrialização desenfreada das áreas internas e aceleração da mudança climática. Entretanto, o debate público no Reino Unido concentrou-se em torno de um “não-problema”: se os terremotos subterrâneos induzidos por fracking podem causar dano na superfície. Nos EUA, desvia-se o foco dos problemas reais especulando se há alguma ligação entre a contaminação da água e uma forma específica da fraturação hidráulica. Oculta-se, assim, a ligação clara entre a contaminação e a extração de gás de xisto como um todo. Esta estratégia tem, efetivamente, desviado a atenção do grande problema que causará impactos em nossa sociedade e meio-ambiente. Até mesmo o sistema acadêmico pode ser corrompido para servir a indústria: descobriu-se que estudos acadêmicos pró-fracking foram financiados secretamente por essa indústria. A luta esquenta Felizmente, a luta contra os métodos extremos esquenta. A vila rual de Balcombe é a próxima na linha de tiro, enquanto a Cuadrilla Resources (nome sugestivo…) procura estender sua extração de gás de xisto, de

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Lancashire para Sussex. Comunidades ameaçadas estão se organizando para resistir, seguindo o exemplo da Austrália, onde houve êxitos consideráveis na luta para travar os avanços da indústria. Embora as forças que se uniram contra as comunidades fossem formidáveis, as conquistas materializaram-se no recente pedido de James Hansen– um dos pioneiros no estudo da mudança climática – para que os combustíveis fósseis não-convencionais sejam deixados onde estão. Ainda que os impactos nos países ricos parecem ser maléficos, eles tornam-se pequenos, quando comparados ao que os povos no sul do planeta enfrentam. São estes que não podem dar-se ao luxo de tomar água em garrafas de plástico e estão mais próximos das consequências ambientais. O anúncio recente de que a Essar Oil obteve permissão para perfurar 650 poços de carvão gaseificado (GCS) em Bengala Ocidental, ao norte de Kolkata, é apenas a ponta de um iceberg que se agiganta. A área é próxima à de maior densidade populacional na Índia e já sofre de problemas sérios com falta de água. O diretor-executivo da Exxon teria dito, recentemente: “Qual o benefício de salvar o planeta, se a humanidade sofre?”. É como se o futuro da humanidade pudesse ser separado dos ecossistemas dos quais todos dependemos. Nessa visão de mundo distorcida, a Exxon é a salvadora, pois descobre, para nós, maneiras novas e criativas de manter níveis insustentáveis de consumo de energia. No mundo real, está se tornando cada vez mais claro que o futuro da humanidade e do planeta dependem de manter os combustíveis fósseis onde eles estão. Isso irá requerer uma completa transformação nos sistemas econômicos e sociais que estão produzindo os métodos extremos de produção de energia. * Tradução: Vinícius Gomes ** Publicado originalmente no Zmag e retirado do site Outras Palavras(http://outraspalavras.net/destaques/18180/). Fonte: Outras Palavras/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/a-era-da-energia-extrema/)

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26/08/2013 Sustentabilidade: utopia em construção? por Sérgio Mindlin*

Foto: Reprodução/Internet

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/sustentabilidade2.jpg Por enquanto, sustentabilidade é só uma ideia feliz nos comerciais de empresas, ainda associada à venda, e não a uma utopia para mudar o mundo. É recorrente na história da humanidade a ideia de que é possível construir o paraíso na Terra. Os antropólogos afirmam que tal ideia percorre a mente humana desde que em nós brotou a concepção de futuro. Isso ocorreu lá num dia distante, numa trilha seca na savana africana, quando um de nossos ancestrais fez um buraco na terra e enterrou uma moringa, para que houvesse água quando ele passasse ali na volta. Dizem os especialistas que esse gesto indicava não só o surgimento, em nossa mente, da noção de futuro, mas de tudo o que isso traria consigo: o medo das coisas que estão por vir, a ansiedade, a esperança, a capacidade de sonhar, de imaginar coisas piores e coisas melhores. E os extremos – pior e melhor – sempre andaram juntos quando se tratou de imaginar um mundo diferente daquele em que se vivia. O próprio paraíso cristão tem seu contrário, o inferno, a um passo de distância para quem não cumpre as regras da religião. Assim, medo e desejo caminham juntos desde a aurora da nossa vida (in)consciente. Medo e desejo construíram e destruíram civilizações e nos levaram à encruzilhada em que nos encontramos neste século XXI. Qual é essa encruzilhada? Desde os anos 1960, a humanidade vem enfrentando vários dilemas para os quais ainda não obteve resposta: a acelerada revolução tecnológica mexeu com empregos e com relações familiares; a exaustão dos recursos naturais impõe restrição ao uso intensivo deles; o modelo econômico baseado na industrialização intensiva e no consumo maciço também começa a entrar em colapso pela escassez de recursos naturais e pela própria crise de superprodução do sistema que se manifestaria em ciclos e de formas diferentes em vários lugares do planeta. A globalização acelerou todos os processos sociais, econômicos, ambientais e financeiros, concentrando ainda mais a riqueza produzida nas mãos de poucos e gerando bilhões de excluídos. Assim, num cenário de terra devastada, entramos no século XXI e novo golpe é desferido contra quem nutria esperanças num século mais ameno: os relatórios Stern e do IPCC mostram o resultado de dois séculos de desenvolvimento industrial: o aquecimento global, que, se não for contido, poderá levar a tragédias ainda não vividas (e não imaginadas?) pela humanidade. É nesse contexto de tragédia que cresce a ideia de que o dilema da humanidade, de inserir bilhões de marginalizados, de equilibrar o meio ambiente e de alcançar justiça não será possível se não houver uma mudança radical nos padrões de produção e consumo. Ou adotamos a sustentabilidade ou haverá um desastre ambiental de proporções inimagináveis.

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Assim, ante a necessidade – verdadeira – de superar o padrão atual de civilização – o que se apresenta é a construção que nosso medo fez do futuro. Mas e o lado positivo disso tudo? A sustentabilidade não tem nenhum atrativo além dos aterrorizantes dados constantemente divulgados? Seria possível engajar e mobilizar os diversos públicos por meio de estratégias de comunicação mais positivas, voltadas para o conjunto de oportunidades e conveniências que certamente existem quando falamos desse tema? Como fazer uma comunicação igualmente verdadeira, porém com muito mais empatia? Sustentabilidade, por enquanto, só é uma ideia feliz nos comerciais de empresas. Por isso, continua sendo um conceito associado à venda, e não a uma utopia para mudar o mundo. Sustentabilidade também é algo hoje associado à elite. Arquitetos com projetos de casas sustentáveis constroem para quem tem dinheiro. Bairros com ciclovias e outros serviços que não dependem de carro também são mais caros para morar. Sustentabilidade, todavia, é a voz das ruas. É qualidade de vida para todos. É fazer mais com menos. É emprego, renda e trabalho decente. É criança na escola. É também uma nova cultura, de compartilhamento, de cuidado, de preocupação com a coletividade. Por isso, economizamos água, apagamos a luz, separamos os resíduos. O que sobra para mim pode faltar para um vizinho. Sustentabilidade é criar uma visão de mundo positiva – e mudar. Mudar o mundo é um processo que necessita de pessoas, milhões de pessoas que encontram a mesma linguagem impulsionadora e, pelo desejo de ser feliz, vencem o medo de perder (o passado) e ganham força para superar adversidades, pois têm confiança e convicção no princípio, ainda que ela se desdobre em vários significados. Todas as utopias precisaram de empresas e negócios para se transformar em realidade. Se hoje nossos jovens pedem saúde e educação pública gratuitas e de alta qualidade, essas demandas exigem uma indústria preparada para atendê-las. * Sérgio Mindlin é presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos. ** Publicado originalmente no site Instituto Ethos(http://www3.ethos.org.br/cedoc/sustentabilidade-utopia-em-construcao/#.UhtTEdJwrdW). Fonte: Instituto Ethos/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/sustentabilidade-utopia-em-construcao/)

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26/08/2013 Transição energética traz dúvidas sobre usinas elét ricas alemãs por Mathilde Richter (AFP)

A chanceler alemã, Angela Merkel

Foto: AFP/Daniel Roland Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/slideshow/ALeqM5gwH4siP5tFUk-

bFqRxuh6ORI1lxA?hl=pt_PT&docId=CNG.761164e51fb898ad56704ae6a46f11ea.51&index=0 BERLIM, Alemanha – A empresa energética alemã RWE quer fechar seis usinas na Alemanha; a EON pretende se mudar para a Turquia: os produtores alemães de eletricidade enfrentam as consequências da transição energética, grande obra da chanceler Angela Merkel, pontilhada de incertezas. O futuro das usinas movidas a carvão e gás é um dos grandes pontos de interrogação desta transição, que deve levar a Alemanha a abandonar, em 20 anos, a energia nuclear, e as fontes renováveis a se tornarem 80% da produção elétrica até 2050. Merkel, que espera se eleger para um terceiro mandato nas legislativas de 22 de setembro, reivindica o popular abandono da energia atômica. Mas esta política energética vai privar os produtores de eletricidade, EON e RWE em primeiro lugar, de ganhos proveitosos obtidos com suas usinas atômicas. E a partir de agora, ela transforma suas usinas de gás e carvão, marginalizadas pela concorrência das renováveis, em fontes de prejuízo. "Muitas de nossas usinas operam no prejuízo", afirmou recentemente o diretor financeiro da RWE, Bernhard Günther. Como consequência, a RWE pretende fechar várias usinas na Alemanha e na Holanda, que representam uma capacidade acumulada de 4.300 Megawatts (Mw). E outras podem seguir o mesmo caminho, acrescentou Günther. A Agência de Redes, que deve avaliar estes fechamentos, recebeu desde o fim de 2012 quinze pedidos de fechamento, segundo um porta-voz. A norueguesa Statkraft, entre outras, anunciou que fechará duas instalações na Alemanha. Eólica e solar são prioridade O apoio às renováveis se traduz, sobretudo, na prioridade dada à própria energia que alimenta a rede. Tudo o que as eólicas e os painéis solares produzem deve passar, enquanto a produção de carbono e gás só serve para tapar buraco.

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Em função do boom da energia solar nos últimos anos, devido a um regime generoso de subvenções, a capacidade instalada das renováveis atualmente é tal que, se o vento soprar ou o sol brilhar, inclusive ao mesmo tempo, a Alemanha pode em algumas oportunidades se abster de usar suas usinas convencionais. Entre abril e maio, algumas usinas da RWE funcionaram a menos de 10% de sua capacidade, explicou Günther. Como o preço do atacado da eletricidade é o mais baixo da Europa, isto se traduz em perdas substanciais. Recentemente, o problema dizia respeito às usinas a gás, mas segundo ele a partir de agora até mesmo o carvão não é mais forçosamente rentável. A EON brigou durante meses com as autoridades regionais sobre o destino de sua usina a gás de Irshing, na Bavária. Inaugurada em 2010, a central funciona precariamente. O grupo concordou em mantê-la em serviço, como desejavam reguladores e poder público em uma solicitação de garantia de abastecimento, mediante o pagamento de uma compensação. A Agência de Redes advertiu que não aprovará mais fechamentos de usinas no sul do país, onde a demanda é maior. A geração a partir de fontes renováveis é inteiramente dependente do clima e as fontes convencionais precisam garantir o abastecimento quando estas falham. Quando isto ocorre, os operadores pedem compensação. Atualmente, as usinas do grupo EON "trabalham por nada", lamentou recentemente o diretor Johannes Teyssen, que estuda outros cenários de fechamento e - por que não? - transferir a empresa para a Turquia, onde o grupo está solidamente implantado. "Eu acredito que é sempre uma ameaça, será muito, muito complicado, e me espantaria que pensassem nisso seriamente", comentou uma fonte do setor em declarações à AFP. Neste período pré-eleitoral, as ameaças fazem parte do jogo. Todo o setor espera do futuro governo una revisão profunda das modalidades da transição energética. "Todos os problemas são conhecidos e identificáveis, não haverá descanso para o futuro governo", advertiu Hildegard Müller, presidente da federação do setor, BDEW. Direitos de autor © 2013 AFP. Todos os direitos reservados. Mais »(http://www.google.com/hostednews/afp/copyright?hl=pt_PT&docId=CNG.761164e51fb898ad56704ae6a46f11ea.51) Fonte: Google – AFP > Notícias(http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gwH4siP5tFUk-bFqRxuh6ORI1lxA?docId=CNG.761164e51fb898ad56704ae6a46f11ea.51&hl=pt_PT)

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26/08/2013 Catadores querem que municípios implantem coleta se letiva e negociem com cooperativas por Vladimir Platonow, Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro – A implantação de coleta de lixo seletiva nos municípios e a negociação das prefeituras diretamente com as cooperativas de catadores fazem parte das prioridades que estão sendo debatidas hoje (26) e amanhã (27), na 1ª Conferência Livre de Meio Ambiente de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do Estado do Rio de Janeiro. Com a vigência da Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a partir do próximo ano ficam proibidos os lixões no país e todas as prefeituras terão de dar um fim adequado aos resíduos, por meio de centros de tratamento e da coleta seletiva. A coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores no município do Rio, Claudete Costa, reivindica que os resíduos sejam destinados às cooperativas em vez de serem enviados às empresas de reciclagem. “O nosso principal objetivo é a implantação da coleta seletiva com a inclusão dos catadores. Ainda não ocorreu de fato a coleta com apoio do catador, que não está sendo o protagonista nesse processo. Já somos reconhecidos como profissão, mas nossa maior luta é que as prefeituras contratem as cooperativas como prestadoras de serviço”, disse Claudete. Ela destacou que ainda é muito pequeno o percentual de coleta seletiva nas cidades, em torno de 5%, o que gera muito desperdício. “Por não termos coleta seletiva, no momento em que se mistura material reciclável com resíduo estamos jogando fora matéria-prima que daria para gerar trabalho e renda às famílias”, disse. Segundo Claudete, um catador consegue ganhar cerca de R$ 1,3 mil por mês por meio da reciclagem. O coordenador do projeto Catadores em Rede Solidária, Dione Manetti, disse que o objetivo é fortalecer a organização social e econômica dos catadores, para que possam organizar melhor o processo produtivo. “O grande desafio hoje no país é eles estarem organizados do ponto de vista da produção e da economia, a fim de enfrentar essa nova realidade estabelecida pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que transformou a cadeia da reciclagem não só em uma questão ambiental, mas também econômica”, disse Manetti, que trabalha para o Centro de Estudos Socioambientais Pangea. Segundo ele, a lei estabelece um conjunto de novas obrigações para as prefeituras, que têm de acabar com todos os lixões até 2014, e para os grandes geradores, que passam a ser responsáveis por garantir a destinação adequada de seus resíduos. “A lei abre uma grande rede de ofertas de serviços para coleta ou ampliação de novos negócios nas prefeituras, que têm de contratar empresas para fazer a coleta de resíduos. Essas são as oportunidades que estão sendo ofertadas nesse novo mercado e os catadores têm que estar preparados para responder a elas”, frisou Manetti. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, participou da abertura da conferência e reconheceu que o ponto fraco do processo ainda é a baixa implementação de coleta seletiva nos municípios. “A coleta seletiva é o calcanhar de Aquiles. A gente avançou muito mais no fim dos lixões do que na coleta seletiva, que é responsabilidade das prefeituras. O estado do Rio deu um grande salto no fim dos lixões. Há seis anos, 10% do lixo iam para aterro e 90% para lixão. Hoje isso se inverteu: 90% vão para aterro e 10% para lixão. O grande desafio é a coleta seletiva domiciliar”, disse o secretário. Uma iniciativa importante será a inauguração, em breve, de dois galpões de reciclagem na região onde funcionou o Aterro Sanitário de Gramacho, fechado em junho de 2012(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-03/aterro-sanitario-de-gramacho-e-fechado-depois-de-34-anos-recebendo-lixo-da-cidade-do-rio-de-janeiro). Segundo Minc, serão gerados empregos para cerca de 250 catadores, que vão se tornar recicladores, agregando valor ao material coletado. Além de receber resíduo reciclável da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), parte da coleta seletiva do município de Duque de Caxias poderá ser processada nos dois galpões. Edição: Juliana Andrade Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil Fonte: EBC > Notícias > Meio Ambiente(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-26/catadores-querem-que-municipios-implantem-coleta-seletiva-e-negociem-com-cooperativas)

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27/08/2013 Energia limpa para revolucionar o futuro por Redação do Greenpeace

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/relatorio.jpg

O Brasil pode ter sua matriz energética majoritariamente limpa até 2050 – se quiser. É o que mostra a 3ª edição do relatório [R]evolução Energética, elaborado pelo Greenpeace. A participação das fontes renováveis pode ser 47% maior na matriz energética brasileira, nos próximos 40 anos, do que o projetado pela política atual do governo. Segundo o relatório [R]evolução Energética, divulgado hoje pelo Greenpeace, a matriz pode contar com 66,5% de fontes como vento, sol e biomassa para alimentar os setores elétrico, industrial e de transportes em 2050. Ao considerar apenas a matriz elétrica, a projeção é ainda mais dramática: 92% da eletricidade que alimentará o Brasil em quatro décadas pode ser limpa. Atualmente, esse cenário e a tradição nacional de renováveis neste setor estão em risco devido a decisões equivocadas da administração federal, que tem abraçado fontes sujas, como o carvão. Em sua 3a edição no Brasil, o [R]evolução Energética propõe uma matriz energética limpa e sustentável com base nos recursos disponíveis e tecnologias atuais. Este cenário atende à necessidade futura de energia para o país e concilia crescimento econômico com preservação ambiental. O estudo também demonstra como o uso racional e eficiente de energia em edifícios, indústrias e meios de transporte pode reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Pelo cenário [R]evolução Energética, a demanda de energia é 25% menor em 2050 quando comparada com o cenário de referência, mesmo se o PIB crescer anualmente entre 2,5% e 3,7%. O documento também indica caminhos para reduzir as emissões de CO2 do país. O conjunto de medidas proposto contribuiria para um corte de 60% dessas emissões até 2050 – de 777 milhões de toneladas por ano pelo cenário de referência para 312 milhões de toneladas pelo cenário proposto. Até 2040, é possível abdicar da energia produzida pelas usinas nucleares, térmicas movidas a óleo combustível e carvão mineral, e evitar a construção de novas grandes hidrelétricas na Amazônia. Também é possível crescer sem explorar reservas não convencionais de gás e óleo, como o gás de xisto ou o pré-sal. Para tornar isso realidade, o [R]evolução Energética prevê um significativo aumento do uso de fontes renováveis – serão 396 gigawatts de eletricidade em 2050 instalados, principalmente, por meio das fontes eólica, solar fotovoltaica, solar heliotérmica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.

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Em termos de investimento, a construção de menos termelétricas e a maior participação de renováveis poupará R$ 1,11 trilhão até 2050. Isso porque, apesar de um investimento maior – R$ 2,39 trilhões até 2050, R$ 690 bilhões a mais do que o governo pretende despender no mesmo período – as vantagens econômicas ficam evidentes ao se colocar na conta os altos gastos com combustíveis fósseis previstos no cenário de referência. Afinal, vento e sol são de graça, ao contrário de gás e óleo combustível. Para o setor de transporte, o cenário prevê a necessidade que uma radical mudança do modal – hoje muito centrada no uso rodoviário e no automóvel – para o transporte por trilhos e coletivo. Também a indústria precisa adotar padrões mais rígidos de eficiência, com veículos menores e motores que consomem menos combustível. As energias renováveis responderão por 40% do consumo de combustíveis no setor de transporte até 2050. A participação da eletricidade chegará a 7% no mesmo ano. “É técnica e economicamente possível atender à crescente demanda de energia do país de modo limpo e sustentável. E, neste sentido, o Revolução Energética é uma provocação pública pois tudo depende de vontade e visão política”, diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace no Brasil. “A iminência de uma crise climática coloca desafios sem precedentes a todas as nações. Há um forte movimento mundial para se reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e aumentar a participação das energias renováveis”, diz Sven Teske, diretor de energias renováveis do Greenpeace Internacional. “O Brasil tem recursos naturais de sobra para se tornar uma potência energética limpa. Ao contrário do que acontecia no passado, as energias renováveis – em especial a solar fotovoltaica e eólica – são mais competitivas que o carvão e ainda utilizam recursos locais e criam mais empregos. Utilizar mais renováveis agora é mais uma vantagem econômica que um fardo e reduz a dependência de combustíveis importados”, conclui Teske. Acesse aqui(http://issuu.com/greenpeacebrasil/docs/sumario_relatorio) o relatório [R]evolução Energética. * Publicado originalmente no site Greenpeace(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Energia-limpa-para-revolucionar-o-futuro/). Fonte: Greenpeace/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/energia-limpa-para-revolucionar-o-futuro/)

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27/08/2013 Acidificação dos oceanos pode aumentar temperatura global por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Acidificação dos oceanos pode aumentar temperatura global

Foto: Envolverde Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/coralmorto.jpg

Novo estudo sugere que maior absorção de dióxido de carbono pelos oceanos pode levar a redução na produção de dimetilssulfeto, substância que, liberada na atmosfera, ajuda a refletir os raios solares e controlar o aquecimento. Não é novidade que o aumento das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) esteja levando a uma maior absorção do dióxido de carbono pelos oceanos, o que por sua vez está provocando a acidificação dos mares. Mas um estudo publicado nesta semana no periódico Nature Climate Change indica que essa acidificação, por sua vez, também pode estar contribuindo para potencializar as mudanças climáticas. O relatório afirma que essa resposta dos oceanos ao aumento dos GEEs na atmosfera pode aumentar as temperaturas em 0,5ºC a mais do que o esperado ainda neste século. O processo funcionaria da seguinte maneira: o aumento dos GEEs na atmosfera levaria a uma maior absorção destes pelos oceanos, o que causa a acidificação dos mares. Essa acidificação, por sua vez, teria influência no fitoplâncton, que produz um componente chamado de dimetilssulfeto (DMS), que, quando lançado para a atmosfera, contribui para a formação de nuvens, que ajudam a refletir os raios solares e controlar o aquecimento global. A acidificação contribuiria para reduzir o nível de DMS produzido pelos organismos marinhos; dessa forma, menos dimetilssulfeto vai parar na atmosfera, e, consequentemente, menos nuvens são formadas para bloquear os raios solares, permitindo que mais luz do sol aqueça a Terra. Os oceanos, lagos e rios são a maior fonte natural de sulfeto, principalmente na forma de DMS, devido ao fitoplâncton que se encontra na superfície da água. Outras fontes de dimetilssulfeto são as cinzas de vulcões – basta lembrar que na erupção do vulcão Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, milhões de toneladas DMS foram lançadas para a atmosfera, e as temperaturas médias globais diminuíram cerca de 0,5ºC durante quase dois anos – e a queima de carvão, porém essas fontes são muito prejudiciais ao meio ambiente e ao homem. A pesquisa aponta, dessa forma, que as emissões de dimetilssulfeto podem cair cerca de 18% nesse século em relação ao período pré-industrial, devido ao fato de que a concentração de ácido dos oceanos deve dobrar ou triplicar, o que seria a maior mudança nos níveis de acidificação em 300 milhões de anos. “O possível impacto climático desse mecanismo de acidificação oceânica deve ser considerado em projeções das futuras mudanças climáticas”, coloca o trabalho. Segundo o relatório, os atuais modelos, que não levam esse processo em consideração, podem estar subestimando as mudanças climáticas em 10% ou mais. Para se ter uma ideia, em um cenário moderado do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), que assume a não redução de emissões de GEEs, a temperatura média global deve aumentar entre 2,1ºC e 4,4ºC até 2100. Acrescentando os efeitos da acidificação na produção de DMS, essa elevação pode aumentar entre 0,23ºC e 0,48ºC.

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Mas esse não é o único efeito prejudicial que a acidificação pode ter em nosso planeta. Outro estudo, também publicado nesta semana no periódico Nature Climate Change, avaliou os impactos da acidificação na vida marinha, prevendo que os crustáceos, tais como caranguejos e lagostas, serão relativamente mais resistentes ao aumento da acidificação nos oceanos. Contudo, outros animais não devem ter a mesma sorte. Corais, moluscos e equinodermos, tais como estrelas-do-mar e ouriços-do-mar, experimentarão consequências piores, levando a uma alteração profunda nos ecossistemas, diz o trabalho. Já os efeitos nos peixes ficaram menos claros. Entretanto, “todos os grupos considerados serão impactados negativamente, embora de forma diferente, mesmo por uma acidificação oceânica moderada”, escreveram os autores. “Já estamos vendo recifes de corais de águas mais quentes em retração devido a uma combinação de vários estressores, incluindo [aumento das] temperaturas. A acidificação dos oceanos ainda está em um processo inicial, [mas] agravará esses efeitos à medida que se desenvolve e fará mais espécies sofrerem”, comentou Hans-O. Pörtner, professor de biologia marinha do Instituto Alfred Wegener, na Alemanha, e um dos autores do estudo. Para Liza Roger, doutoranda do Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Corais da Austrália, a acidificação é considerada o “gêmeo do mal” das mudanças climáticas. “Seus efeitos são altamente complexos porque as respostas diferem significativamente entre as espécies. Estudos precisam observar a ligação entre acidificação oceânica e o aquecimento do oceano para compreender realmente a extensão dos possíveis impactos”. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=734981). Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/acidificacao-dos-oceanos-pode-aumentar-temperatura-global/)

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27/08/2013 Economia expansiva, planeta doente por Marcus Eduardo de Oliveira*

Desmatamento na Amazônia.

Foto: Divulgação/Internet Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/Amazonia2.jpg

Pelo menos desde o Neolítico (12.000 anos a. C.) as sociedades têm consumido num ritmo voraz tudo aquilo que conhecemos por recursos da natureza. Especialmente nos últimos 60 anos, quando a economia mundial aumentou dez vezes de tamanho, em nome da busca do crescimento econômico – espécie de dogma central da economia tradicional – o expansionismo da economia que se apresenta sem limites, desrespeitando as fronteiras ecossistêmicas, fez adoecer gravemente nosso planeta Terra. Buscar esse propagado crescimento econômico virou sinônimo de derrubar árvores, queimar florestas, aquecer o planeta, poluir o ar, a água e destruir os principais serviços ecossistêmicos. Não há margem à dúvida que a atividade econômica tem sido extremamente agressiva no que tange a extrair recursos naturais, levar ao processo produtivo e, pós-consumo final, soltar resíduos (poluição, dejetos), comprometendo,grosso modo, a capacidade de vida humana. Agindo dessa maneira, a atividade econômica ignora que a biosfera é finita, limitada e hermeticamente fechada. Qualquer tentativa de extrapolar isso resulta em pesados passivos ambientais. Do outro lado da moeda, o mercado, por sua vez, pressiona e exige por esse crescimento que, face aos estragos sobre o capital natural, cria um conflito irresponsável que põe a vida de todos em perigo. Confrontam-se assim a necessidade de crescimento econômico versus a capacidade da Terra; dito de outra forma: é a adequação da oferta de recursos naturais (limitadas, restritas) para sustentar os padrões elevados de consumo e produção (ilimitados, irrestritos). Aonde estamos? Encontramo-nos no meio desse conflito: poucos recursos naturais e energéticos para muita produção industrial. No meio disso tudo, a cada dia, mais gente chega a esse conturbado mundo, aumentando a pressão sobre as bases da natureza. Descontadas as mortes, a cada dia 220 mil novas almas chegam ao mundo. Ao ano, são mais de 80 milhões de novos habitantes no planeta Terra que não aumentará de tamanho; a única coisa que aumentará será a pressão por mais produtos, dentro de uma biosfera limitada, desequilibrando o meio ecológico. Atualmente, apenas 20% da população mais rica do mundo utilizam ¾ dos recursos naturais, numa situação em que metade da população (3,5 bilhões) está na pobreza vegetando nos limites da sobrevivência, numa desigualdade sem precedentes, sem acesso à água potável e à alimentação adequada. Nesse conflito, os recursos se exaurem, o planeta adoece e a vida se degrada. Na Era da Economia Destrutiva, Lester Brown nos relata que “na China os lençóis freáticos diminuem 1,5 metros ao ano. No mundo, as florestas estão encolhendo mais de 9 milhões de hectares ao ano. O gelo do Mar Ático, apenas nos últimos 40 anos, reduziu-se em mais de 40%”.

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O caso da água pótavel, para ficarmos nesse exemplo, é gritante. É sabido que a quantidade de água doce disponível na Terra é de apenas 0,5% do total das águas, incluindo as calotas polares geladas. Devido à urbanização intensa, os desmatamentos e a contaminação por atividades industriais e agrícolas, mesmo esta pequena quantidade de água está diminuindo, causando a desertificação progressiva da superfície da terra. O consumo de água, em consequência da urbanização, dobra a cada 20 anos. Se, de um lado, centenas de milhões de pessoas carecem de acesso à água potável, do outro, continua o consumo de desperdício desse precioso líquido por parte dos mais afortunados que podem pagar pelo serviço. Enquanto regiões imensas na África, Ásia e América Latina carecem de recursos hídricos mínimos, nas regiões desenvolvidas, além do excesso de consumo, aumenta a poluição de rios, lagoas e lençóis freáticos e aquíferos subterrâneos; tudo isso em nome do suposto crescimento econômico que não encontra freios à sua expansão. Enquanto lençóis freáticos caem assustadoramente de um lado, principalmente nas três maiores áreas produtoras de alimentos (China, Índia e EUA), do outro, se queima florestas, expandem-se desertos e aumentam-se consideravelmente os níveis de dióxido de carbono. Os rios estão ficando às mínguas. O Colorado (EUA) mal chega ao mar. O Nilo já apresenta enorme dificuldade em atingir o Mediterrâneo. Não obstante, a economia continua sua sanha exploratória queimando petróleo, gás e carvão, derrubando e queimando florestas, contribuindo para o aquecimento global. Parece que aqueles que dirigem os “sistemas econômicos” da economia-mundo desconhecem que esquentando o planeta, esquentam-se os mares e aumenta-se a evaporação das águas. Conclusão: O gelo dos polos vai derreter elevando o nível dos mares, alterando as correntes marítimas. O outro nome disso? Desastre ecológico! * Marcus Eduardo de Oliveira é economista é professor e especialista em Política Internacional pela Universidad de La Habana – Cuba. ** Publicado originalmente no site Adital(http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=77024). Fonte: Adital/Envolverde(http://envolverde.com.br/economia/economia-expansiva-planeta-doente/)

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27/08/2013 Produzir cogumelos com borras de café

Vídeo

É um dia como tantos outros na cidade inglesa de Brighton. No Small Batch Coffee, os cafés são servidos com a pressa do costume. O caixote do café usado começa a estar cheio e o seu destino está traçado. Jon Coombs trabalha para a Espresso Mushroom Company, uma empresa do Sussex, no sul do país. Duas vezes por semana faz a ronda pela cidade para recolher sacos com borras de café. De acordo com um dos fundadores da companhia, são recolhidos cerca de 200 quilos por semana, às vezes uma tonelada por mês. Os sacos são levados para uma quinta onde o café usado vai ser utilizado como composto na produção de cogumelos. Robbie Georgiou, Espresso Mushroom Company: “Todos os dias são deitadas fora toneladas e toneladas, talvez centenas de toneladas, de borras de café. Isto é desnecessário porque se trata, de facto, de um desperdício. Como se pode ver, trata-se de um recurso”. Quando se serve uma taça de café, esta contém menos de um por cento de café. O que sobra contém bastante celulose, nitrogénio, açúcar e outros nutrientes que são úteis aos cogumelos. Seis quilos de café usado, o equivalente a 100 bicas, são misturados em sacos com uma mão-cheia de sementes de cogumelos. Estes sacos são em seguida numerados, datados e colocados numa sala escura durante um mês, pelo menos. Em duas semanas, e depois de um par de regas por dia, os cogumelos estão crescidos e prontos a ser colhidos. Cada saco contém entre 150 e 200 gramas de cogumelos. Às vezes mais. Existem dois tipos de benefícios ambientais neste processo: os restos de café são reutilizados, o que também ajuda a reduzir a emissão de metano produzida pela degradação normal do café. Robbie Georgiou, Espresso Mushroom Company: “Os cogumelos são essencialmente agentes recicladores naturais. Eles transformam os organismos e a matéria em nutrientes para outros organistmos. Assim, eles transformam o café em alimento para produzir comida para nós.” Já vimos como se produzem cogumelos com esta técnica. Mas agora são necessárias algumas verificações para nos assegurarmos que são saudáveis e que estão prontos a serem vendidos ao público. Alguns clientes duvidam ainda do paladar destes cogumelos devido ao seu modo de produção. Alex Georgiou, Espresso Mushroom Company: “Muitas pessoas perguntam se sabem a café ou se contêm cafeína. O facto é que o meio onde os cogumelos são produzidos afeta o seu paladar e a sua frescura. Quando você produz cogumelos em casa eles têm algo que os cogumelos comprados nas lojas não têm”. Esta é uma tecnologia que tem estado a ser utilizada há muitos anos, por várias pessoas e empresas em bastantes países. Pode ser que no futuro muitos restaurantes sejam abastecidos em cogumelos produzidos a partir de borras de café. Fonte: euronews > Notícias(http://pt.euronews.com/2013/08/27/produzir-cogumelos-com-borras-de-cafe/)

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27/08/2013 Singer: “são os países desenvolvidos que precisam p agar os custos do aquecimento global” por Iuri Müller

Filósofo australiano relaciona consequências de pobreza e consumo de carne com aquecimento global e uma possível extinção da espécie humana

Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Fonte: http://i0.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/08/20130826por-ramiro-furquim-

_oaf8414.jpg?resize=720%2C479 O filósofo australiano Peter Singer tornou-se conhecido nos anos 1970, época em que publicou o livro “Animal Liberation”, paradigmático na defesa dos direitos – e interesses, no termo do próprio Singer – dos animais. Hoje, no entanto, a sua obra transita por outras áreas, talvez ainda mais polêmicas. O professor de Princeton, nos Estados Unidos, relaciona, por exemplo, as consequências da pobreza extrema e do consumo de carne com o aquecimento global e a possível extinção da espécie humana no planeta. Na noite desta segunda-feira (26), Singer discursou por cerca de uma hora no Salão de Atos da UFRGS em mais uma conferência da série Fronteiras do Pensamento. Em Porto Alegre, o filósofo abordou quatro eixos distintos que acabavam por se conectar em meio ao seu discurso: a pobreza absoluta no mundo de hoje, o desafio moral de conter a mudança climática, a ética no tratamento de animais e a possibilidade de extinção da espécie humana. O australiano deixou de lado questões como aborto e eutanásia – abordadas por ele em conferências recentes.

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EUA e Europa precisam arcar com maiores custos no combate ao aquecimento global, defende Peter Singer

Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Fonte: http://i0.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/08/20130826por-ramiro-furquim-

_oaf8376.jpg?resize=300%2C199 Singer é reconhecido como um entusiasta da ética utilitarista e constantemente busca aproximar conceitos de situações práticas e de fácil visualização. No que diz respeito à pobreza absoluta no mundo – que atingiria um bilhão de pessoas que vivem com menos de $ 1,25 dólar por dia – o escritor defende a participação direta da população mais rica para atenuar o problema. “Em um livro, propus um nível para doações, que, penso, ajudaria a reduzir bastante a pobreza extrema e muitas das crianças envolvidas. Seria um número relativo à condição financeira, e mais de 16 mil pessoas doaram a partir disso”, contou. Foi sobre a complexidade do aquecimento global, no entanto, que Peter Singer direcionou a maior parte da sua conferência. Ele lembrou que em 1992, quando o Rio de Janeiro recebeu a chamada “Cúpula da Terra”, a comunidade internacional definiu o aumento de 2°C na temperatura do planeta como o limite máximo para a alteração climática sem graves consequências. No entanto, Singer diz que o acordo de vinte anos atrás não estabelece condições para novas emissões, de modo que este limite poderia ser alcançado em breve – muito por conta da postura de países da América do Norte e da Europa. “Os Estados Unidos e os países mais desenvolvidos da Europa é que precisariam arcar com os maiores custos, já que de fato causaram um maior prejuízo. Não seria justo que a China e o Uruguai tivessem a mesma cota de responsabilidade, por exemplo. Se um país tem uma fatia (de responsabilidade) maior do que a própria população, proporcionalmente, teríamos outro problema”, defendeu. Para o filósofo, países como Estados Unidos, Alemanha e China ultrapassariam a cota de emissões de CO2 – para além do aumento de 2°C – em poucos anos.

Peter Singer recordou argumentos do livro “Animal Liberation”, pedindo a redução ou eliminação do consumo de carne na alimentação humana

Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Fonte: http://i2.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/08/20130826por-ramiro-furquim-

_oaf8278.jpg?resize=300%2C199 Para Singer, se os países mais ricos não arcarem com os custos financeiros para frear a elevação do clima, não serão eles que irão sofrer as consequências mais drásticas, mas os demais, por não terem condições de investir em adequações. “Um aquecimento próximo a 7°C criaria zonas inabitáveis, e de 11°C a 12°C poderia atingir a maior parte da população mundial”, afirma. Peter Singer disse que a preocupação com o

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futuro do planeta deve passar também pelos hábitos alimentares e pela preocupação com outras formas de vida: seriam processos diretamente relacionados. Em dados apresentados na conferência, Singer mostra que o setor da pecuária, a nível mundial, emite mais gases nocivos à atmosfera do que o setor do transporte, por exemplo. “O próprio sistema digestivo dos animais produz metano, e a necessidade de alimentá-los derrubando matas ou produzindo soja é outra grande fonte de (emissão de) gases causadores do efeito estufa”, exemplificou. Entre os países que aumentariam os índices gerais de consumo de carne bovina, Singer lembrou os casos de Austrália, Canadá, Argentina e Brasil, “principalmente nesta parte do país em que estou agora, nem preciso dizer”. Mais do que salvar o planeta, reduzir ou eliminar a carne da alimentação diária poderia melhorar também a qualidade de vida individual. “Podemos ter uma alimentação mais saudável se não nos alimentarmos destes animais, que, como também ocorre com a espécie humana, estão sujeitos a passar por situações de intenso sofrimento”, afirmou Peter Singer, recordando o argumento central de “Animal Liberation”. Um comentário para “Singer: “são os países desenvol vidos que precisam pagar os custos do aquecimento global”” Fonte: Sul21 > Notícias(http://www.sul21.com.br/jornal/2013/08/singer-sao-os-paises-desenvolvidos-que-precisam-pagar-os-custos-do-aquecimento-global/)

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28/08/2013 Indústria discute política de resíduos sólidos Tendências de tecnologias para a geração de energia foram apresentadas ontem durante o Energiplast, na Fiergs por Rafael Vigna

Segundo Hartmann, meta é gerar novas ações de logística para o setor

Foto: JONATHAN HECKLER/JC Fonte: http://jcrs.uol.com.br/_arquivos/132949_hart.jpg

A política nacional de resíduos sólidos (PNRS), aprovada em 2012, impôs uma nova realidade às indústrias dos mais variados setores. Entre as propostas do acordo está a proibição do envio de materiais aos aterros sanitários. Por isso, as sobras terão de estar totalmente isentas de produtos recicláveis e contaminação no futuro. O assunto ganha corpo no País e faz emergir a necessidade de implantação de sistemas capazes de separar produtos que ainda possam agregar algum tipo de valor à indústria. Neste aspecto, a geração de energia ganha papel de destaque. O tema pautou as discussões do Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos promovido pelo Sinplast (Energiplast), realizado ontem no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O coordenador do evento e do comitê Sinplast de Reciclagem, Luiz Henrique Hartmann, destaca que o setor é pioneiro nas discussões por meio de um acordo nacional em fase final de avaliação. O primeiro enfoque do texto que será assinado ainda neste ano diz respeito à indústria de embalagens. “O que posso antecipar, é que toda a indústria geradora vai ter de pagar pelo que produz, ou seja, terá de informar a quantidade em toneladas da produção de embalagens e vai ter um custo mensal pago a esse acordo setorial”, projeta. A meta, segundo ele, é gerar novas ações de logística. “Por isso, buscamos demonstrar tecnologias que contemplem a possibilidade de separar de modo automatizado os materiais passíveis de gerar valor, principalmente, energia elétrica”, resume. De acordo com Hartmann, o Brasil vem implantando sistemas de todas as ordens e com o diferencial de serem autossustentáveis. “Todos se pagam e não demandam grandes gastos em maquinário. Antes, os custos eram inviáveis e, agora, há uma transferência tecnológica mais aceitável”, afirma. Durante o evento, o engenheiro civil apresentou os planos da Cia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVC) – controladora de quatro aterros gaúchos (em Minas do Leão, Santa Maria, Giruá e São Leopoldo). A ideia é acoplar ao processo de mitigação das emissões de gás metano obtido via queima por meio da instalação de termelétricas. A primeira, com capacidade de geração de 6 MW, em Minas do Leão. Em seguida, o objetivo é levar a tecnologia a São Leopoldo e Santa Maria. A empresa é responsável pelos resíduos de 250 munícipios gaúchos e possui capacidade para atender a 70% da população do Estado. Outro projeto, programado para o munícipio de Barueri, em São Paulo, via Recuperação Energética de Resíduos, também chamou a atenção do público. O projeto orçado em RS 240 milhões, desenvolvido pela Foxx Inova Ambiental, foi apresentado pelo diretor de desenvolvimento de negócios e consiste na instalação de plantas capazes de absorver 825 mil toneladas de resíduos por dia ao longo de 30 anos.

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O material deve gerar 120 MW ao ano – o suficiente para abastecer 80 mil residências. O modelo inspirado em experiências da França, Inglaterra, Itália e China é pioneiro na destinação de resíduos através de concessões no Brasil. Conforme explica o executivo, o contrato reduzirá os custos municipais de R$ 115,00 para R$ 88,00 por tonelada. Fonte: Jornal do Comércio de Porto Alegre/RS > Notícias > Sustentabilidade(http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=132949)

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28/08/2013 Conheça o trabalho da Companhia Científica do Exérc ito russo Criada sob a égide da Força Aérea, companhia lida com questões que dizem respeito à aviação. por Anton Valáguin(http://gazetarussa.com.br/author/Anton+Val%C3%A1guin), especial para Gazeta Russa

Cada cadete da Companhia Militar Científica tem seu respetivo supervisor científico, que é quem elabora o plano de trabalho de acordo com os tópicos de interesse para o Exército

Foto: Ígor Filonov Fonte: http://nl.media.rbth.ru/web/es-rbth/images/2013-08/big/FIL_5139_468312.JPG

Ao contrário dos demais membros das Forças Armadas, as vidas dos integrantes da 1ª Companhia da Academia da Força Aérea de Voronej (520 km ao sul de Moscou) se regem não apenas pelo código do Exército, mas também pelo decreto especial 404 do Ministério da Defesa. Na Companhia Científica não há metralhadoras: até mesmo para o juramento e as salvas de tiros, elas têm de ser emprestadas pelas unidades vizinhas. A arma desta companhia é o cérebro. “Estes soldados estão engajados no trabalho científico quatro dias por semana, de segunda a quinta. A sexta-feira fica reservada para assuntos militares gerais: de combate, tática e treinamento físico”, explica o comandante da companhia, Víktor Merzlov. Antes de encabeçar as Forças Especiais de Inteligência, Merzlov era oficial da Academia da Força Aérea. Antes disso, servia no aeródromo em Armavir (1.370 km a sul de Moscou). Em setembro, vai defender a sua tese sobre a transformação de motores a diesel em metano. Cada cadete da Companhia Militar Científica tem seu respetivo supervisor científico, que é quem elabora o plano de trabalho de acordo com os tópicos de interesse para o Exército. Uma vez que a companhia foi criada sob a égide da Força Aérea, as questões naturalmente dizem respeito à aviação. Maksim Teplítski, de Khabarovsk, está trabalhando na criação de um modelo matemático de aeronave. Depois de pronto, ele será exposto a dificuldades criadas virtualmente: vento cruzado forte, entrada no sistema de ar rarefeito proveniente da aeronave à frente, passagem por zonas de turbulência etc. Depois de analisar o comportamento da aeronave em situações de emergência, o cadete terá de elaborar as recomendações para os construtores e tripulantes: o que é necessário melhorar e como agir no caso de alguma das emergências.

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Integrantes Antes de entrar nas Forças Armadas, Teplítski praticava natação e artes marciais. A companhia científica promete acesso à academia três vezes por semana e piscina às quintas-feiras. A residência onde ficam os recrutas está equipada com aparelhos esportivos novos. A “intelligentsia” do exército fica distribuída em quatro pessoas por quarto. Em cada quarto há uma TV grande –toda noite, às 21 h, todos os militares do Exército russo, independentemente da gradação, têm de assistir às notícias. Os cadetes dispõem de água quente, chuveiros e aspiradores-lavadores.

Na Companhia Científica não há metralhadoras: até mesmo para o juramento e as salvas de tiros, elas têm de ser emprestadas pelas unidades vizinhas

Foto: Ígor Filonov Fonte: http://nl.media.rbth.ru/web/br-rbth/images/2013-08/extra/FIL_5108468_cuerpo.JPG

Outros dois militares, Antón Charafutdinov, de Ufa, e Viatcheslav Zvonnikov, de Ribinsk, estão trabalhando na melhoria do compressor de uma fonte de alimentação. A tarefa deles é reduzir ao mínimo a turbulência que ocorre na unidade e que lhe diminui a eficácia. Antón é o teórico que calcula as várias opções no computador. Viatcheslav é o prático que verifica cada uma delas, despejando para dentro do rotor do compressor em funcionamento água com tinta. O marcador permite ver a turbulência danosa. “Fazer experiências é o sonho de todo aluno. Por isso eu vim para a companhia científica: o trabalho é interessante e vou passar um ano útil”, acredita o soldado Zvonnikov. Já Charafutdinov gosta de ter a ordem do dia bem definida. Na sala do lado está um canhão preparado para disparar pedras contra as pás da turbina. A entrada de objetos estranhos no sistema de ar das aeronaves durante as manobras de decolagem e pouso é o flagelo da aviação –metade dos aviões da Força Aérea já foi atingido por este problema. O canhão foi construído por uma equipe internacional: a torreta foi feita por um estudante da Nicarágua, o cano foi trazido de uma fábrica de material de defesa da Ucrânia e o reforço para as lâminas foi projetado por um professor do Departamento de Aparelhos de Propulsão. O canhão dispara com uma bucha na qual são colocadas as pedrinhas do tamanho desejado. As munições são trazidas por colegas que viajam a outros aeródromos. “Podemos disparar também um pardal. Morto, é claro”, explicou o autor do aparelho, o major Evguêni Neskorómni. O local de trabalho de Antón Panjev, natural de Astrakhan, fica em um grande hangar onde estão vários aviões, helicópteros, motores e mísseis semidesmontados. Aqui, os cadetes são transformados em engenheiros aeronáuticos. Antón já é um engenheiro de teste diplomado e está criando um programa de um simulador de aviação. Na sala ao lado está instalado o cockpit de um MiG-29 com uma tela panorâmica na frente. Com a ajuda do simulador, está se aperfeiçoando o comportamento da aeronave em diferentes regimes.

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“Combino o útil ao agradável”, diz Antón, se referindo ao seu trabalho. “Ao mesmo tempo que sirvo no Exército, aumento a minha qualificação profissional. Gostaria de seguir a carreira militar depois que terminar aqui.” Em um mês de serviço, Panjev diz ainda não ter tido nenhuma surpresa desagradável. O comandante da companhia tenta manter um ambiente democrático com os soldados. "Somos adultos, com ensino superior e falamos todos a mesma língua. Uma palavra amável pode ser muito mais útil do que um grito e uma bronca", diz Merzlov. Fonte: Gazeta Russa > Notícias > Ciência e Tecnologia(http://gazetarussa.com.br/ciencia/2013/08/28/conheca_o_trabalho_da_companhia_cientifica_do_exercito_russo_21325.html)

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28/08/2013 Greenpeace protesta contra o retorno das térmicas a carvão aos leilões de energia por Redação do Greenpeace Brasil

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/greenpeace.jpg

Uma tonelada e meia de briquete de carvão foi derramada em frente ao prédio do MME (Ministério de Minas e Energia), em Brasília, na manhã de hoje (28). Sujos dos pés à cabeça por uma poeira negra, ativistas abriram uma faixa com a mensagem: “Lobão, carvão no leilão não!”. Outro ativista, vestido com uma máscara do ministro Edson Lobão, escalou a pilha de carvão para leiloar, pessoalmente, uma das piores fontes energéticas que existem. O protesto foi um recado do Greenpeace ao ministro contra a volta do carvão ao leilão de energia A-5 – empreendimentos com início de operação em até cinco anos –, que acontece nesta quinta-feira, 29. Para deixar claro o que a organização pensa sobre o uso dessa fonte de energia, uma grande pepita de carvão com uma carta a Lobão foi protocolada na entrada no edifício. Há quatro anos sem serem ofertadas ao mercado elétrico, as usinas térmicas movidas por essa fonte voltam com força ao cenário energético brasileiro, em um retrocesso histórico do governo. De todos os combustíveis fósseis, o carvão é o que mais emite gases do efeito estufa. Para cada kWh de eletricidade produzida, um quilo de CO2 é despejado na atmosfera. Para efeitos comparativos, a cadeia de produção da energia eólica emite 12 gramas de CO2 para cada kWh produzido. “A decisão de trazer o carvão de volta à matriz energética é injustificável. O governo insiste em retroceder a largos passos e evidencia uma visão míope e limitada ao curto prazo”, critica Renata Nitta, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace. “Enquanto o mundo inteiro busca formas mais limpas de gerar energia, o Brasil ignora seu imenso potencial de fontes renováveis – como solar, eólica e biomassa – para optar pela fonte mais suja de todas”. Recentemente, o Banco Mundial e o Banco Europeu de Investimentos anunciaram restrições ao financiamento de usinas a carvão. A recomendação era injetar dinheiro nessas plantas “somente em raras circunstâncias”, nos casos em que o país “não tenha alternativa”. Em 2009, o próprio governo brasileiro baniu o carvão dos leilões energéticos, justamente pelos altos níveis de poluição do ar e de emissões de gases estufa. Agora, a fonte volta com tudo: 41% da energia oferecida no leilão do dia 29 é de carvão. A explicação oficial para a retomada dessa fonte é a segurança energética do país. Com uma matriz muito dependente de hidrelétricas, o governo decidiu diversificar a matriz com energia suja. Como se faltassem alternativas renováveis. Investimentos importantes para o desenvolvimento de fontes limpas já estão sendo desviados para financiar o carvão, como a recente decisão de zerar os impostos para a compra desta matéria prima. Junto com a poeira, a pergunta que fica no ar é: quem está ganhando com isso?

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“É claro que o Brasil precisa diversificar sua matriz e reduzir a dependência das hidrelétricas. Mas usar térmicas a carvão é leviano, quando se tem um potencial mal explorado de outras energias renováveis”, diz Nitta. “Se aproveitarmos entre 5% e 10% do nosso potencial solar, já seria suficiente para atender à atual demanda nacional de energia. A cogeração a partir do bagaço de cana geraria o equivalente a três usinas de Belo Monte. E a recente explosão da produção eólica no país tornou o preço da fonte muito competitivo. No último leilão, seu preço atingiu R$110 o MW. Agora, o carvão está saindo a R$ 140”. Ela acrescenta que essas fontes têm toda capacidade de complementar o atual sistema. Durante o período de seca, quando normalmente os níveis dos reservatórios caem, é quando se tem o maior volume de radiação solar e de ventos. Além disso, a possibilidade que as renováveis oferecem de geração perto dos centros consumidores torna mais segura e econômica sua distribuição, evitando o pesadelo dos apagões. Este cenário de soluções o Greenpeace apresentou na véspera do protesto, em uma coletiva de imprensa onde foi divulgado o relatório [R]evolução Energética. O documento mostra que nas próximas quatro décadas, o país pode ter os setores elétrico, industrial e de transporte alimentados majoritariamente por energia limpa: 66,5% de sua matriz pode ser movida por fontes como vento, sol e biomassa. Quando se considera apenas a matriz elétrica, essa possibilidade salta para 92%. “É uma questão de escolha: queremos olhar para o futuro e fazer uma revolução energética ou continuar presos a fontes sujas e ultrapassadas?”, questiona Nitta. * Publicado originalmente no site Greenpeace(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Sujeira-no-leilao/). Fonte: Greenpeace/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/greenpeace-protesta-contra-o-retorno-das-termicas-a-carvao-aos-leiloes-de-energia/)

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29/08/2013 Setor do biogás precisa de políticas públicas Especialista sugere a criação de uma legislação específica, que permitirá o desenvolvimento da atividade no País por Jefferson Klein

Kriek acredita que o Brasil tem potencial para aprimorar esse mercado

Foto: ANTONIO PAZ/JC Fonte : http://jcrs.uol.com.br/_arquivos/133051_bio.jpg

Apontado como uma solução energética e ambientalmente correta, o biogás tem um longo caminho para percorrer no País para se aproximar de realidades de nações como, por exemplo, a Alemanha. Durante o 5º Seminário do Biogás, promovido ontem pela Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, ficou claro que é necessária uma legislação específica para esse assunto e que o governo precisa dar uma atenção especial ao setor para que o segmento se desenvolva. O diretor-presidente da Eco Conceitos, Ércio Kriek, é um dos especialistas na área que defende a concretização de políticas públicas que facilitem a comercialização e o uso do biogás (que pode ser gerado por restos agrícolas ou dejetos de animais, como suínos e aves, além de resíduos orgânicos das cidades). O dirigente acredita que o Brasil tem potencial para aprimorar esse mercado. De acordo com o empresário, o governo deveria conceder incentivos para esse segmento, pois se trata de um ganho ambiental muito grande. Kriek ressalta que já existem vários biodigestores no País. Porém, ele adverte que muitos não possuem a tecnologia bem elaborada da Europa. Isso acaba decepcionando os empreendedores, que não conseguem os resultados esperados. Entre os aproveitamentos do biogás estão a geração de energia elétrica e em aplicações semelhantes as do gás natural, utilizado por indústrias, comércio e veículos. Kriek ressalta que o biogás é uma fonte energética que os europeus já dominam e usufruem. O empresário informa que, na Alemanha, existem mais de 7 mil biodigestores que produzem gás e possibilitam, consequentemente, a geração de energia elétrica. Na região da Baixa Saxônia, cerca de 25% do consumo de eletricidade é atendido pelos geradores de biogás. “No Brasil, neste primeiro momento, o sistema está sendo mais uma forma de tratar os resíduos, os rejeitos”, argumenta o dirigente. Atualmente, as experiências com o biogás no País são todas, praticamente, individuais para atender a demandas específicas. O consultor da MT-Energie Tecnologia do Biogás Mario Coelho concorda que o desenvolvimento do biogás passa pela construção de uma legislação que lhe dê condições de comercialização. Para o especialista, a primeira opção de uso do insumo no Brasil em maior escala seria na produção de energia elétrica. Entretanto, Coelho indica possibilidades também na substituição do GLP, como gás de cozinha. O consultor acrescenta que os créditos de carbono poderiam ser um subproduto da atividade. Coelho adverte que não se deve desenvolver um projeto de biogás com os créditos como finalidade. Isso porque esse benefício só é concedido a empreendimentos que não sairiam do papel sem o apoio, e muitos complexos de biogás podem ser viáveis economicamente. Walter Stinner, integrante do Deutsches Biomasseforschungs-zentrum (Centro Alemão para Pesquisa em Biomassa), enfatiza a versatilidade dos aproveitamentos do biogás. Stinner detalha que, após a fermentação e produção do biogás, as substâncias orgânicas que sobram podem ainda ser aproveitadas como adubo na agricultura. A maior dificuldade quanto a essa iniciativa é no campo logístico, pois os nutrientes estão misturados com água.

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No Rio Grande do Sul, a Sulgás é uma das interessadas na viabilização e compra do biogás, afirma o engenheiro de produção da estatal gaúcha Cristiano Rickmann. “Se houver produção, conseguiríamos facilmente jogá-la na nossa rede”, diz o engenheiro. Ele ressalta que testes envolvendo plantas-piloto estão sendo conduzidos e demonstram que as aplicações veiculares e industriais são bem semelhantes às do gás natural convencional. Fonte: Jornal do Comércio – Rio Grande do Sul > Notícias > Energia(http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=133051)

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29/08/2013 VW aposta no Gás Natural como combustível do futuro Marca tenciona ter um motor a gás natural comprimido em cada um dos modelos da sua gama

Volkswagen acredita que os veículos a gás natural comprimido são uma boa aposta para o futuro

© imagem cedida por: Volkswagen Fonte: http://autoviva.sapo.pt/img/photos/384/large_180384.jpg

A Volkswagen(http://autoviva.sapo.pt/volkswagen/marca/1626) acredita que o gás natural comprimido (GNC) pode ser a maior revolução nos carros europeus desde a introdução dos motores diesel TDI em 1989. A marca tenciona introduzir um motor CNG em cada um dos modelos da sua gama à medida que um carro novo seja lançado. Os seus motores a gás são comercializados como TGI e podem ser movidos a gás e a gasolina. O Golf(http://autoviva.sapo.pt/volkswagen_golf_gen_7_vii_/series/9465) TGI BlueMotion foi o primeiro carro a receber o novo branding e o Golf Variant BlueMotion TGI vai seguir-lhe as pisadas no outono. As próximas versões a (GNC) da VW vão chegar com as novas gerações do Passat(http://autoviva.sapo.pt/passat/modelo/1241) e do Polo(http://autoviva.sapo.pt/polo/modelo/1252) quando começarem a utilizar a plataforma MQB. A vantagem do GNC é que produz menos cerca de 25% de emissões de CO2 em comparação com a gasolina. O GNC poderia ajudar as marcas a alcançarem as metas de 95g/km de emissões de CO2 da UE até 2020. Além disso, o desenvolvimento de um motor GNC é mais barato do que um híbrido, porque os motores a gás são baseados em motores a gasolina atuais. A sua maior desvantagem é que se o metano não queimado for libertado para a atmosfera, tem um efeito de estufa 25 vezes superior ao CO2. Os carros movidos a GNC ainda são um pequeno nicho na Europa, com uma quota de mercado de 0,7%. De acordo com a JATO Dynamics, 36.618 carros movidos a GNC foram vendidos na Europa nos primeiros cinco meses do ano, um aumento considerável relativamente às 29.901 unidades vendidas nos primeiros cinco meses de 2012.

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Os modelos CNG mais vendidos na Europa são o Panda(http://autoviva.sapo.pt/panda_1_2_classic_gpl_bi_fuel/versao/48753) e o Punto(http://autoviva.sapo.pt/punto_1_4_bi_fuel_easy/versao/47752), mas o Volkswagen up!(http://autoviva.sapo.pt/up_1_0_move_up_bluemotion_technology/versao/47518) surge no terceiro lugar. Fonte: automotiva – Portugal > Notícias(http://autoviva.sapo.pt/news/vw_aposta_no_gas_natural_como_combustivel_do_futur/11112)

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29/08/2013 Projeto na Bahia compensa emissão de CO 2 e beneficia agricultores familiares por Redação da Fundação Odebrecht Ação, que conta com apoio da Fundação Odebrecht, já recuperou 155 hectares com espécies nativas da Mata Atlântica em Área de Proteção Ambiental no Baixo Sul da Bahia, além de recuperar 97 nascentes. Calcular o quanto se libera de gás carbônico na atmosfera e amenizar essa emissão por meio de compensações. Essa é a proposta do Programa “Carbono Neutro Pratigi”. Coordenado pela Organização de Conservação da Terra (OCT), a iniciativa permite que qualquer pessoa ou empresa meça os impactos de suas ações no meio ambiente e busque compensá-las. Para isso, basta acessar o site da OCT(http://www.oct.org.br/wp/) e informar quantas viagens aéreas a pessoa realiza por ano, qual o combustível utilizado em seu veículo, se faz a separação do resíduo que pode ser reciclado, entre outros dados. O resultado é exibido em números de árvores e valores em reais de quanto custaria o plantio. Assim, é possível financiar o serviço para que a Organização o realize.

Agricultor Jeovan Nascimento, morador da comunidade Juliana Piraí do Norte, na Bahia.

Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/agricultor.jpg Os recursos adquiridos financiam o reflorestamento de nascentes localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, localizada no Baixo Sul da Bahia. As mudas são plantadas em propriedades de agricultores familiares da região, sendo que cada produtor ganhará R$ 1 por unidade plantada. Dessa forma, o trabalhador poderá receber mais de R$ 1.500 ao ano, como Pagamento pelo Serviço Ambiental prestado, já que é possível dispor de até 1.666 árvores por hectare. “Estamos criando uma oportunidade a partir de um projeto socioambiental, fazendo com que todos se sintam responsáveis em contribuir”, pontua Volney Fernandes, Líder de Serviços Ambientais da OCT.

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Uma dessas nascentes está localizada na propriedade do agricultor Jeovan Nascimento, 41 anos, morador da comunidade Juliana, município de Piraí do Norte (BA). Por permitir a geração de um serviço ambiental, como o plantio de espécies nativas ao redor da nascente, Jeovan está sendo remunerado. “Meus filhos e netos precisam conhecer o que é uma floresta”, assegura. “Meu pai encontrou a região devastada e fez um pasto, mas o gado não dá lucro aqui, porque chove muito. Quando apareceu a oportunidade da OCT, ele liberou áreas para a gente trabalhar”, completa. Ao todo, já foram restaurados 155 hectares com espécies nativas da Mata Atlântica e Sistemas Agroflorestais (SAFs) – método de cultivo que reúne diferentes culturas, como cacau, seringueira e árvores frutíferas. Também já foram conservadas e recuperadas 97 nascentes nas áreas do projeto. Além do pagamento via o site da OCT para os serviços ambientais (CO2 Neuro Pratigi) há outros parceiros que também contribuem com a recuperação das áreas como a CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional da Bahia, a Funbio – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Oi Futuro e Fundo Nacional do Meio Ambiente. A OCT realiza também outras ações que viabilizam o planejamento integrado da propriedade para a promoção do desenvolvimento da comunidade com base em uma economia de baixo carbono. Uma delas é a regularização ambiental, para a qual fornece assistência técnica aos agricultores familiares. Cerca de 545 agricultores já foram beneficiados. Sobre a OCT A OCT é uma das instituições ligadas ao Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de APAs do Baixo Sul da Bahia (PDCIS), apoiado pela Fundação Odebrecht e parceiros do poder público e iniciativa privada. Trabalha sob a vertente ambiental e concentra suas ações em atividades que contribuem para a conservação de fragmentos florestais e reflorestamento da APA do Pratigi. Está fomentando a implantação de Corredores Ecológicos, o que permitirá a criação de conexões entre fragmentos de Mata Atlântica localizados no Corredor Central da Mata Atlântica, uma área com extensão que vai da Bahia ao Espírito Santo. “Temos um desmatamento anual de cerca de 700 ha na região. Precisamos reverter esse cenário”, destaca Fernandes. Sobre a Fundação Odebrecht A Fundação Odebrecht é uma instituição privada, sem fins lucrativos, mantida pela Organização Odebrecht. Desde 2003, concentra seus esforços no Baixo Sul da Bahia, fomentando, com apoio de parceiros das áreas pública e privada, o Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS), do qual a OCT faz parte. Desde que foi criada, a Fundação Odebrecht tem como foco contribuir para formação de uma população estruturada em unidades-família, responsável pelo próprio desenvolvimento sustentável. Sua missão é educar jovens para a vida, pelo trabalho, para valores e limites. A decisão de fazer com o jovem e não para o jovem, entendendo-o como parte da solução e não como problema, foi posteriormente conceituada, sistematizada e denominada Protagonismo Juvenil, filosofia formativa que hoje é um patrimônio do Terceiro Setor. Nos projetos apoiados pela Fundação, estimula-se a participação do jovem como sujeito ativo, co-autor, agente multiplicador e promotor de ações sociais. Protagonistas de seus destinos, estes jovens constituirão uma nova geração educada, saudável e estruturada para a vida produtiva, promovendo, de forma contínua, o seu autodesenvolvimento. Fonte: Fundação Odebrecht/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/projeto-na-bahia-compensa-emissao-de-co2-e-beneficia-agricultores-familiares/)

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30/08/2013 Brasil é apenas 45º no ranking dos países que estão mais preparados para lidar com um futuro incerto por Redação do EcoD

Foram analisados fatores sociais, ambientais e governamentais.

Imagem: Reprodução Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/relatorio1.jpg

Um relatório de sustentabilidade elaborado pelos conselheiros da RobecoSAM analisou quais são os países mais preparados para lidar com um cenário futuro de incertezas. Ao analisar 17 fatores, incluindo o social, econômico e governamental, o levantamento concluiu que a Suécia é o país mais sustentável do mundo e está preparado para um futuro incerto. Já a Nigéria, que tem um grande potencial quando o assunto é petróleo ocupa o 59º lugar – último posto no ranking. – Leia o relatório completo (em inglês)(http://www.robecosam.com/images/CS_Ranking_E_Rel.FINAL.pdf) O fator ambiental representa 15% da pontuação e inclui desenvolvimento de energia renovável e quantidade de emissões de gases de efeitos estufa (GEEs); o social vale por 25%, inclui a expectativa de vida local e o mercado de trabalho; e governança soma 60% na pontuação, ao considerar critérios como corrupção e desigualdade. A Austrália, que aponta ser o melhor país quando o quesito é fator ambiental, vem em segundo lugar no ranking – Suíça (3º), Dinamarca (4º), Noruega (5º). Para a surpresa de muitos, os Estados Unidos apareceram em 9º lugar, registrando pontos importantes em partes dos fatores analisados, porém, deixando muito a desejar quando o assunto é meio ambiente. O Brasil obteve a nota geral 4,63, quase a metade da Suécia (8,25). Fatores como a desigualdade social e a corrupção pesaram no desempenho do país. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/o-brasil-e-o-45o-no-ranking-dos-paises-que-estao?tag=economia-e-politica). Fonte: Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/brasil-e-apenas-45o-no-ranking-dos-paises-que-estao-mais-preparados-para-lidar-com-um-futuro-incerto/)

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30/08/2013 O plano do governo para contratar energia nova de t érmicas a carvão mineral virou cinza por Redação da WWF Brasil

Usina de carvão, Taiyuan, China.

Foto: Thomas Haugersveen / WWF-Norway Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/usina.jpg

O leilão realizado nesta quinta-feira (dia 29), em São Paulo, para contratação de geração de energia nova, enterrou por ora os planos do governo federal de trazer carvão mineral para a base de nossa matriz elétrica a partir de 2018. Nenhum dos três projetos a carvão mineral habilitados para o leilão foi contratado, apesar do pacote de benesses para o carvão oferecido pelo governo nos últimos dias. Para viabilizar a concorrência do carvão mineral frente a alternativas limpas de energia, o governo levou à alíquota zero o PIS/PASEP e COFINS do combustível, há dois dias, ou seja, nas vésperas do leilão. Nos últimos dias, o WWF-Brasil, em conjunto com várias outras organizações da sociedade civil, encaminharam uma carta aberta à Presidente da República, à Ministra da Casa Civil, ao Ministro de Minas e Energia, à Ministra de Meio Ambiente, ao Diretor-geral da ANEEL e ao presidente da EPE, demonstrando o repúdio a decisão recente do governo de incentivar a entrada de térmicas a carvão na base de da matriz de energia elétrica. “O próprio governo federal não havia sequer incluído em seus planos para expansão da geração de energia para 2021 qualquer investimento novo em carvão mineral. As manobras para a inclusão do carvão mineral no leilão de hoje foram feitas de forma a atender interesses muito particulares, e não às demandas da sociedade brasileira para uma matriz de energia cada vez mais limpa e sustentável”, afirmou Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil. A exploração desse combustível contamina os solos, as águas, e sua queima polui a atmosfera com compostos como o dióxido de carbono, dióxido de enxofre, óxidos nitrosos, monóxido de carbono e compostos de mercúrio, prejudiciais à saúde, ao meio ambiente e ao clima do planeta. Os três projetos de geração termelétrica incluídos no leilão, se contratados, iriam resultar emissões de gases de efeito estufa na ordem de 10 milhões de tCO2/ano, o que equivale a mais de 60% da emissão total do sistema elétrico brasileiro em 2011. O WWF-Brasil considera que o país não necessita do carvão mineral para suprir suas necessidades de crescimento econômico e inclusão social. “Sujar a matriz de energia e agravar a crise climática não interessa à população. O governo deve incentivar e promover a desoneração das fontes de energia limpas e de baixo impacto, como a solar, eólica, e a própria biomassa, que teve nove projetos contratados neste leilão de hoje, e cujo potencial no país é imenso. Além disso, é fundamental incentivar ações de eficiência energética”, acrescentou Rittl. “A sociedade não quer mais ver arbitrariedades como a da inclusão do carvão mineral em futuros leilões de energia. Precisamos tornar nossa matriz mais sustentável, e não mais suja e poluente,” concluiu Rittl. Mais uma hidrelétrica na Amazônia O leilão desta quinta-feira resultou na contratação de energia da Usina Hidrelétrica de Sinop (400 MW), na bacia do Teles Pires, no estado do Mato Grosso. “Este é mais um caso de um novo projeto planejado e contratado sem amplo debate com a sociedade e sem um olhar integrado sobre toda a bacia amazônica”, afirmou Pedro Bara, líder da Estratégia de Infraestrutura da Iniciativa Amazônia Viva do WWF. A

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organização vem defendendo a tese de um planejamento integrado para a região e propondo um debate nacional qualificado sobre a Amazônia que queremos conservar no futuro, o que implica definir rios a preservar antes que o acúmulo de impactos de inúmeros projetos hidrelétricos e minerários, tratados de forma isolada, gere um impacto socioambiental de proporções potencialmente desastrosas. * Publicado originalmente no site WWF Brasil(http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?36042). Fonte: WWF Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/o-plano-do-governo-para-contratar-energia-nova-de-termicas-a-carvao-mineral-virou-cinza/)

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30/08/2013

Itaipu assina na Expointer convênio para tecnologias na área de biogás

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, assinaram, nesta sexta-feira (30), em Esteio (RS), um convênio para desenvolver tecnologias na área de biogás. Chamado de “Tecnologias para produção e uso de biogás e fertilizantes a partir do tratamento de dejetos animais no âmbito do Plano ABC – Agricultura de Baixo Carbono”, o acordo prevê investimentos de R$ 7,38 milhões em três anos, abrangendo 12 planos de atividades. As ações envolvem desde a análise de produção de biogás até o desenvolvimento de equipamentos, filtros e estudos de viabilidade econômica de plantas de biogás. Metade do valor será repassado por Itaipu e os 50% restantes pela Embrapa. A assinatura do convênio ocorreu no Parque de Exposições Assis Brasil, dentro da programação da Expointer 2013, considerada uma das maiores e mais importantes feiras agropecuárias do mundo. A feira foi aberta oficialmente também nesta sexta-feira pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. A assinatura do convênio no Rio Grande do Sul formaliza o termo de acordo firmado em abril, em Brasília, durante as comemorações dos 40 anos da Embrapa. “Foi uma grande cerimônia. Todos ficaram satisfeitos de ver a maior geradora de energia do mundo estimulando a menor forma de produção de energia, que é a geração distribuída. É uma revolução no conceito”, disse Samek, lembrando que os problemas ambientais provocados pela produção agropecuária não afetam apenas a bacia do Rio Paraná, mas todo o Brasil. “Estamos transformando um problema em solução.” Também participaram da solenidade o secretário nacional da Agricultura Familiar, Valter Bianchini; o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Jr.; o assessor da diretoria-geral brasileira da Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida; diretores da Embrapa, deputados estaduais e federais, entre outras autoridades. Planos de ação Dos 12 planos de atividades previstos no convênio, Itaipu ficará responsável por dois. Um deles terá o objetivo de desenvolver equipamentos de transporte, filtragem e armazenamento de biogás, e também o uso do biogás como energia elétrica, térmica e veicular; o outro plano será voltado para o mapeamento e identificação de áreas potenciais para produção de biogás. O trabalho será desenvolvido pela Superintendência de Energias Renováveis, com o apoio da Fundação Parque Tecnológica Itaipu (FPTI), Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás-ER) e Centro Internacional de Hidroinformática. A iniciativa envolverá ainda 14 unidades descentralizadas da Embrapa – Suínos e Aves, Arroz e Feijão, Solos, Agroenergia, Gado de leite, Agrobiologia, Pecuária Sudeste, Instrumentação Agropecuária, Agrossilvipastoril, Florestas, Milho e Sorgo, Agropecuária Oeste e Secretaria de Relações Internacionais. O projeto reúne também pesquisadores da Fundação Arthur Bernardes, de Viçosa (MG), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade

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Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Instituto Nacional de Tecnologia, Fundação Oswaldo Cruz e Instituto Inmetro. Condomínio Ajuricaba O convênio com a Embrapa e o Ministério da Agricultura tem como referência o projeto desenvolvido por Itaipu e parceiros desde 2009 no Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná. No condomínio, dejetos da produção agropecuária de 33 pequenas propriedades rurais (suínos e gado de leite) são transferidos para biodigestores, para a extração do gás metano. Os biodigestores estão conectados por gasoduto a uma central termelétrica, que abastece com energia elétrica as propriedades rurais. Todo o excedente de energia produzido no Ajuricaba poderá, no futuro, ser vendido para a distribuidora de energia do Estado. Já a matéria orgânica que passa pelo biodigestor é transformada em um biofertilizante de alta qualidade. “É uma importante iniciativa, que serve de modelo para que a gente possa pensar no uso alternativo de energia e, ao mesmo tempo, agregar valor às propriedades rurais”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que visitou o condomínio no começo de agosto. Segundo Vargas, a iniciativa de Itaipu “merece todo o esforço para que possa ser replicado e se constitua em uma nova alternativa para a agricultura familiar para o Brasil inteiro”. De acordo com a Embrapa, o Brasil tem potencial para tratar 4,4 milhões de metros cúbicos de resíduos da suinocultura, o que evitaria o lançamento de 6,9 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. O mesmo projeto desenvolvido em Marechal Cândido Rondon será replicado em um condomínio no Departamento (Estado) de San Jose, próximo a Montevidéu, no Uruguai, conforme prevê convênio assinado no último dia 23 por representantes da binacional, Eletrobras e Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE), ligada ao Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai. Fonte: Itaipu Binacional http://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/noticia/itaipu-assina-na-expointer-convenio-para-tecnologias-na-area-de-biogas

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30/08/2013

Biogás tipo exportação

A iniciativa de Itaipu Binacional para produção de biogás em pequenas propriedades rurais da região oeste do Paraná, a partir do aproveitamento dos dejetos da atividade agropecuária, será replicada no Departamento (Estado) de San Jose, próximo a Montevidéu, no Uruguai. O memorando de entendimento para desenvolver o projeto foi assinado no dia 23 de agosto, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), na usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, por representantes da binacional, Eletrobras e Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE), ligada ao Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai. Participaram da cerimônia o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto; o diretor de Energia do Uruguai, ministro Ramón Méndez; o presidente da UTE, Gonzalo Casaravilla; o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; e o superintendente de Energias Renováveis da binacional, Cícero Bley Jr. A assinatura ocorreu na sede do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás-ER), instalado no PTI. Em seguida, a comitiva fez uma visita técnica à usina de Itaipu e depois partiu de helicóptero para conhecer o Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, a 180 quilômetros de Foz do Iguaçu. No condomínio, que reúne 33 pequenos produtores rurais, dejetos da produção agropecuária (suínos e gado leiteiro) são transferidos para biodigestores, para extração do gás metano. Os biodiges3tores estão conectados por 22 quilômetros de gasoduto a uma central termelétrica, que abastece com energia as propriedades rurais. Todo o excedente poderá ser vendido para a distribuidora de energia do Estado e a matéria orgânica residual do biodigestor é transformada em um biofertilizante de alta qualidade. Ou seja, o que antes era um problema ambiental, agora transforma-se em nova fonte de renda para o agricultor. É essa a experiência que o Uruguai pretende implantar no país. “O projeto representa o ponto de partida para a transformação dos resíduos da indústria, da agroindústria, em

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energia. E também é fundamental para a integração dos nossos povos, dos nossos países”, disse o ministro Ramón Méndez. Gonzalo Casaravilla, presidente da UTE, lembrou que o Uruguai vive hoje um forte desenvolvimento industrial, particularmente na produção de leite, e que a atividade tem impacto no meio ambiente, com risco de contaminação do solo e dos rios. “Portanto, usar os resíduos para produzir biogás e, com isso, gerar energia e interligá-la na rede [elétrica], é fantástico”, comentou. De Itaipu para o mundo – José da Costa Carvalho Neto explicou que o projeto é patrocinado pela Eletrobras, por meio de um grupo que reúne as 13 maiores empresas de energia elétrica do mundo. A ideia é fortalecer a meta das Nações Unidas de atendimento pleno de energia elétrica para toda a população do planeta até 2030. Atualmente, cerca de 1,3 bilhão de pessoas ainda não são atendidas com energia elétrica – quase 20% da população mundial. “Vamos primeiro levar essa experiência para o Uruguai, para que o país seja um disseminador da tecnologia. Em seguida, pretendemos levar essa técnica para as Nações Unidas, para que seja aplicada também em países principalmente da Ásia e da África”, disse Carvalho Neto. “Então eu diria que é um aproveitamento da tecnologia de Itaipu para o mundo”, declarou. O presidente da Eletrobras acrescentou que o biogás representa uma energia limpa e barata, com caráter sustentável, e prova que mesmo grandes empreendimentos – como Itaipu – podem gerar impacto positivo na comunidade que atua. “É um exemplo de como um aproveitamento hidrelétrico tem facetas de desenvolvimento nacional, regional, mas também local”, elogiou. Modelo – O projeto piloto no Departamento de San Jose terá características muito parecidas com o do Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. No Uruguai, serão 31 pequenas propriedades rurais, produtoras de leite, conectadas a uma microcentral termelétrica por 14 quilômetros de gasoduto. O projeto foi dividido em três fases. Quando estiver totalmente concluído, daqui a dois anos, terá uma produção total diária de 780 metros cúbicos de gás (ante 800 metros cúbicos na experiência brasileira), com possibilidade de venda da energia elétrica gerada para a concessionária local. Cícero Bley Jr. comentou que, independentemente da quantidade de energia produzida no condomínio, o impacto da nova atividade para o produtor rural é muito grande. “Essa energia equivale a um poço de petróleo em cada propriedade”, comparou. Levantamento apresentado por três alunos uruguaios do curso de Energias Renováveis da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), de Foz do Iguaçu, mostra que em 2012 a estimativa é que o país tivesse 732 mil cabeças de gado leiteiro e 220 mil suínos, com potencial de produção de até 78 milhões de metros cúbicos de gás por ano – ou 12,6 MW. “Para Itaipu, é um sonho ver a integração das universidades com a Eletrobras, com os professores, alunos, agricultores, cooperativas, em um processo de sustentabilidade muito forte”, destacou Jorge Samek, lembrando que o Paraná, apesar de ter apenas 3% do território nacional, é responsável por 20% da produção agropecuária do País e por praticamente o mesmo porcentual de produção de energia. “Daqui a cinco ou seis anos, a agricultura vai produzir a sua própria energia, vai abastecer o seu carro elétrico, e tudo isso sem custo para o meio ambiente”, estimou.

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Parcerias – O projeto de geração de energia elétrica a partir do biogás no departamento de San Jose também tem entre os parceiros a Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA). No Ajuricaba, o projeto é desenvolvido por Itaipu desde 2009, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Copel, Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). Fonte: Itaipu