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II Ai DOMINQ-O, 9 IDE NOVEMBRO DE 1903 N.° óy
SEMANÁRIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA
AssiigiíatiiraAnno, iSooo reis; semestre, .">00 réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5òo réis Imoeda fortej.A v u l s o , no dia da publicação, 20 réis.
EDITOR— José Angus lo Saloio
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Sbb5!Mb c a ç õ e si.« publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,
16 —LARGO DA MISERICÓRDIA-A JLj 23 3EI ( x r A . I , L JtC <£/xr
-1 6
20 réis. Annuncios na 4.;> pagina, contracto csp -cial. Os auto- - H graphos não se restituem quer sejam ou não, publicados;
PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio
e x p e d i e n t e
A c c e it a m - s e c o sn gs*aís- dão <rjsiacsí|«ei* a s o t ie ia s íjEse sejaaaa «le IaBÍea’e s s e|58tí>!st*«.
ALDEGALLEGA E 0
PROGRESSOII
Tem a villa d’Aldegalle- ga do Ribatejo elementos tão preciosos e de tão incontestável valor para o seu desenvolvimento e grandeza, que deixai-os por mais tempo na obscuridade, seria não ter amor pátrio, seria demasiada indolência, constituiria , até um crime que de futuro seria punido (como o tem sido até hoje) pela imprensa da capital que a todo o momento está levantando a sua insinuante voz contra o estadodatrazamento em que se encontra esta importante villa.
E em verdade, a cada um desses elementos de incontestável valor de que Aldegallega di.spóe para o seu engrandecimento, tem pre idido sempre uma tão grande falta d: vontade, uma corrente tão forte de indiíferentismo, que tem leito desapparecer da memória dos que directa e indirectamente se interessavam pelo aproyeitamento desses elementos a sua incontestável existencia.E como prova, citarei
um elemento que julgo importantíssimo sob todos os pontos de vista, e seja elle a cònsírucção de um matadouro municipal. Mas a construcção dum estabelecimento desta ordem, e revestido de todas as condições de bem servir, conforme mandam as regras da jiygiene, não era coisa muito facil era talvez até wnpossivel; se levarmos em consideração os poucos recursos de que o município de Aldegallega dispõe e a escassez de futuras receitas, ainda que, o commer- 9o seja, na sua quasi totalidade, feito com carnes *l’escas de suinos, não era o
sufficiente esse movimento que ella tem, porque o seu produeto não chegaria para satisfazer os encargos que decerto haviam de existir pela construcção de um estabelecimento de primeira ordem.
Comtudo, o que a villa de Aldegallega podia e devia ter feito ha muito tempo era ter substituído esse pardieiro' immundo que se chama curral (para bem da hygiene dessa terra) por um pequeno ediíicio agra- davel á vista, á altura dos créditos dessa tão importante villa e que satisfizesse por completo as necessidades para que foi construído, obrigando todos os individuos que até hoje teem g-ósado a benevolen- cia das auctoridades em lhes consentir que muitas vezes e em acanhados quin- taes se abata importante numero de suinos cujo sangue fica disperso pelo chão, exposto ao calor do sol, sem esçrupulo nem amor pela saude, a irem a esse ediíicio com os seus gados- e ahi fazerem abatel-oscom as regras e precisão que essas operações exigem, para assim indicarem que de futuro só alli poderiam proceder a essa operação, acabando-se d’uma vez para sempre com os chamados «quintaes de porcos».
Estou certo, convencido até, de que muitas difíicul- dades haviam de appare- cer no principio, e até mesmo muitos votos de desfavor para tão util iniciativa; mas com amor e boa vontade tudo se venceria, e com o decorrer dos tempos, esses que até alli tinham negado a utilidade da existencia de um estabelecimento dessa ordem, acabariam por reconhecer, que haviam laborado num erro, congratulando-se de futuro por verem aproveitado um tão importante elemento que significava um passo dado para o progresso da sua terra.
E hoje que as constru- cções metallicas satisfazem por completo as exigencias d’esses estabelecimentos, de tal ordem é a sua rapi-
da manipulação e alliando a estas importantes cir- cumstancias a parte econo- mica que ellas representam, parece que Aldegallega não terá que hesitar na immediata construcção de um ediíicio destinado a matadouro municipal, mostrando assim o seu adeantado estado de civilisação.
E uma vez nesse caminho do pregresso, decerto não hesitarão no aproveitamento doutros importantes elementos, porque em verdade, hoje a villa de Aldegallega do Ribatejo nada é, em relação ao que ámanhã póde ser, atten- dendo aos pontos importantes que possue, para o seu grande desenvolvimento, não sendo preciso juntar a esses, mais que a boa vontade e amor pelas causas publicas; assim teríamos a pouco e pouco, sem demandar muitos sacrifícios, uma villa muito importante á luz do Progresso e da Civilisação.
Terminando, direi que é tão facil, de tão pouco dispêndio, e tão urgente um matadouro municipal na villa de Aldegallega, que estou çerto muito em breve poder visitar, concluída,, essa obra de tanta utilidade para todos e em especial para a hygiene daqui, e poder dizer de quanto são capazes os laboriosos al- degallenses em beneficio da sua terra.
DEPOIS DO PECÇADO
E’ no proximo. numero que 0 Domingo começa a publicar em folhetins, o interessante romance de Er- nest Daudet, um auctor dos mais consagrados em França. Estamos certos de que, com este romance, damos aos nossos leitores um mimo de litteratura, proporcionando-lhes, com a sua leitura, horas aprazíveis e deleitosas. O romance
a&ejsá&ís «Io |>eccast<is é cheio le peripecias com- moventes e situações apaixonadas que devem interessar todos os corações e emocionar todas as almas.
AGRI CULTURA
Síesi&\assçãi> «!«$ aisaisgos
Os prados be n tratados nunca deveriam cobrir-se de musgos. Estas plantas não se desenvolvem-muito senão com uma humidade estagnante, ou quando o terreno está calcado e em pobrecido.
Facilmente se destroe o musgo em prados naturaes, com as gradagens vigorosas feitas na, primavera antes do começo da vegetação. Porém, como meio curativo, nada ha melhor que urna applicação intelligente de sulphato de ferro, cujas experiencius' deram as seguintes conclusões:
1.a O sulphato de ferro judiciosamente applicado d est roe completamente o musgo dos prados, e dá á herva, desembaraçando-a d’esse parasita, um extraordinario desenvolvimento.
2.a O sulphato de ferro deve empregar-se cm doses de tresentos kilos por hectare em prados novos e seiscentos kilos em prados cançados, nos quaes o desenvolvimento dos musas. attinge proporções
consideráveis.3.a O espalhamento de
sulphato de ferro em estado de sal pulverisado, faz- se á mão, com uma pá, ou por qualquer fórma, com- tanto que a distribuição do su’phato seja regular.
Poderemos tambem empregar o sulphato dissolvido marcando i ou 2 graus do pesa-saes Beaumé.
Para fazer esta dissolução, diluem-se 5 kilos.de sulphato de ferro em um hectolitro de agua.
Praticamente, para facilitar este trabalho, prepara-se uma solução concentrada com 40 kilos de sulphato em um hectolitro de agua. Toma-se i,s5 do liquido assim preparado,deita-se em um regador de10 litros, e espalha-se pori5 metros quadrados, se queremos empregar 3oo kilos de sulphato de ferro por hectare, e por 10 me
tros quadrados, se se trata de Soo kilos.
q.a A applicação deve ser feita em marco, antes do> 7começo da vegetação, mas póde perfeitamente ser ef- -fectuada depois e até no outomno.
O emprego na primavera tem como resultado assegurar um rapido desenvolvimento da herva nova, que substituirá o musgo destruído.
E’ bem de vêr que uma gradagem antes do lançamento do sulphato de ferro, só poderá dar excellen- tes resultados.
C o aso re ioTeve logar na manhã de
6 do corrente, na egreja matriz d’esta villa, o enla- ; matrimonial da ex.ma
s1\a D. Helena Quaresma Veniuia com 0 nosso amigo, sr. dr. Luciano Tavares Móra, distincto advogado nesta comarca.
A noiva, filha do ex.mo sr. Antonio Maximo Ventura, digno proprietário e negociante desta villa, é uma excellente menina dotada de todas as qualidades que podem fazer a felicidade do lar, e possuidora de esmerada educação; o noivo, além de muito illustrado e talentoso é realmente digno da esposa que escolheu.
A’ cerimonia de núpcias, que foi celebrada pelo rev. oão Pereira Vicente Ra
mos, assistiram numerosas pessoas das relações das duas opulentas familias dos noivos.
Foram testemunhas .os ex."'oi srs. Domingos Tavares, digno presidente da camara, avô dó noivo, e Antonio Maximo Ventura, pae da noiva.
Aos noi vo s d esej imos todas as venturas de que são dignos.
<5 Tesnp»Durante a semana finda
choveu todos os dias, tornando-se por is o o tempo muito propicio para as culturas da presente quadra.
Oxalá a chuva não venha ainda a ser de mais.
ESPERANÇAComo a pomba que leva o ramo d ’oliveira,Graciosa e gentil vogando sobre as aguas,Assim consegues tu, formosa feiticeira,
t Levar a pa-x bemdita ds tenebrosas magnas.
Sc o naufrago perdido em vendavaes da vida Por acaso fitar teu rosto encantador,Sente animar-lhe a esperança a alma dolorida E vê brilhar a liq do bemfarxejp amor.
Eu perdi o valor, .. horrendo, cataclysmo,A desgraça fatal, assustadora e fria,De subi to arrojou-me ao negro e fundo ábysmd Onde nunca existiu a pa\ nem a alegria.
Arranca-me do peito a pérfida serpente Que, em impeto cruel, o peito me devora.Oh! form osa visão\alegre e refulgente,Deixa-me vêr. 110 céo a lu? da lua aurora!
JOAQUIM D0 S'.VN.IOS: ; \
P E N S A M E NTOS
Os soldados, as provisõès, a sinceridade, são a força d'um império.
Em caso ddbsolula necessidade, renunciem aos solda- dos; .
Renunciem ds provisões;Conservem preciosamente a sinceridade.Os soldados morrem, as provisões gastam-se, a sin
ceridade jica. — Confucius.— N a moral, como na arte, o di\er é nada; afazer é
tudo.— Renan.— A esperança ê o sonho do homem acordado.— As obras primas da arte são a miniatura imper
feita das da natureza.— O amor é uma lampada que o coração accende,
que a indifferença apaga, e que a paixão torna a accen- der até que a velhice 0 extingue para sempre,— V. Hugo.
ANECDOTAS
— 0 ’ papá, o que quer difer hermaphrodita? perguntava uma ingehua e galante menina de quinze annos ao illuslre auctor dos seiis dias, que não sabia como sahii -se d ’aquella dijficuldade.
— Olha, menina. . . Hermaphrodita. . . sim, hermaphrodita. . . quer di^er . . : que hão é feia nem bonita.
D ’ahi a dias huina soirée dançava a formosa: creança com um esbelto tenente de caçadores, "qtíè, entre duás marcas d ’uma quadrilha, lhe tecia, os mais rasgados elogios á sua elegancia e formosura.
— Ora, para que está o senhor com essas coisas!. . . Eu bem me conheço. . . 0 que eu soii é hermaphrodita.
I! IH í IIH! {l í'i i HIII! IS
N o enterro d’um grande fumador:Um dos convidados observa que a morte do amigo
foi, talve^1 devido ao abuso do tabaéo.— Seja, replicou o seu interlocutor, morreu por ler
fumado muitos charutos'; nesse caso, p‘az aã suas cinzas.
Começou hontem no pit- toresco logar Jo Samouco a annual festividade á senhora do {Rosário, e terminará ámanhã. Consta-nos que este anno são feitas com pompa superior á dos annos anteriores. Abrilhanta estas festividades a dis- tincta phylarmonica de Santo Amaro Lisboa),. .
A’ auctoridade competente lembramos a abolição do jogo da roleta a dinheiro, que é de uso todos os annos nestas festas. Oxalá não esqueça.
—i----------------------■•€1 M m seíI© l 5é 0 2 E © jn ie © ..
E’ o titulo de uma interessante revista financeira; agricola, Commercial, industrial e litteraria de publicação mensal que, sob a direcção do sr. João Augusto Melicio, no proximo mez de janeiro, começará a publicar-se em Lisboa. As variadíssimas secções -são collaboradas por d is-; tinctos escriptores. A séde dadministração e redacção é na rua Nova do Almada, 69, i.°, D.— Lisboa. Numero avulso 3oo réis.
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SjosateaLia dias uma pobre lou
ca de nome Angélica Gaá- par, casada com José Jorge,: pescador, tentou apedrejaras vidraças do predio. do sr. dr. Manuel da Cruz;, como errasse a vidraça que pretendia partir, atirou com a pedra áo candeeiro da iliuminação publica, que está na e.squina; do mesmo predio, quebrando-lhe os. vidros. Está louca tem um filho ainda de collo, e por algumas vezes tem de dentro de sua casa atirado com elle para a rua como quem despeja uma pá de. lixo. Diz n’estas occasiões querer desfazer-se d’elle. Ainda ha ■ pouco, com o pobre innocentinho, nu sobre unia meza, lhe fazia com um pedaço de canna co-
íS 5*858© 58 í‘©
36 FOLHETIM
Traducçfio de J. DOS AN.IOS
DO
O U T ÍiO J I I I N B ORomance de aventuras
XVI
itórí.e alo Sfiazss-«•laríL |s«r aSc382sliss ”1 Caffaaah©!©,..
0 primeiro cadáver que viu no caminho fál-o recuar de horror. Era
mo qu:m escama peixe.Urge, pois, que a aucto
ridade competente se digne providenciar emquanto é tempo.
----—<o>-. B2mvei*s:a*,i©§
Completou no dia 6 mais um anniversario natalicio ò h osso'amigo, sr. Edmundo José Rodrigues.
—Tambem no dia 7 completou o seu 42.0 anni- versãrio natalicio o nosso bom amigo Jacob Rodrigues.
— Completa ámanhã o seu 28 anniversario natalicio a ex.’"a sr.a D. Anna Rita Moreira, esposá do nosso amigo Domingos Moreira Junior.
— No dia 6 do corrente; tambem o nosso amigo, sr. Cândido José Ventura, completou mais um anniversario natalicio.
A todos enviamos os nossos sinceros paiabens;
Aa$»egaS«Antonio Cordeiro, pes
cador, natural e residente; nesta villa, qu:ixou-se de que no dia 2 do corrente, pelas 7 horas da noite, na taberna de Manuel Luiz Feijão, sita na rua de José Maria dos Santos d’esta villa, foi oíléndido corpo- ralmente com soccos por João Coelho (o seis dedos),, tambem pescador, natural
. e -residente nesta villa. — to>— —«c-------Em sessão de 20 de ou
tubro findò, foram nomeado:-! pela camara para fa-,
' zerem parte da commissão' : do recenseamento militar,, os'seí’-uintes cidadãos:o
Effeciivos.Marciano Augusto da
Silva, José Antonio da Silva, Francisco da Costa1 Rodrigues, Emilio de Jesus Bisca.
SubstitutosManuel de Oliveira Lu
cas, Manuel de Jesus Callado, Antonio Joaquim Pereira Nepomuceno e Antonio Vicente Nunes Marques.
o de Barbellez, cujo errneo e cara formavam só uma lama de carne, de osso e de miolos. Pelo fato, o Mario reconhecèu-o logo e adivinhou tudo o que se passara.
Mais adeanie estavam os dois namorados, ainda nos . braços um do outro, a cabeça do João descànçaridb no seio da Joánna'.
O Mario ajoelhou lentamente ao pé d’elles. Os corpos náo estavam ainda frios; mas tinham aquella inércia a um tempo malje; e rigida:que caracterisa a morte. O Mario com- prehendeu que já não havia esperança. Debruçou-se para a Joánna e beijoura na testa. Pegou na mão do amigo. D pois, não podendo conter a affli.cção;-, desatou a soluçar, e ficou assim chorando, com a cabeça ao lado da do amigo, no seio da Joanna.
A travessarsMi-lbe b espirito mil re
flexões confusas e inroherentes, mil recordações, mil projectos1.'
O que háv-ia de fazer? Poderia agora tomar gosto pór qualquer Coisa? Ser-lhe-hia possivel viver?
Teve uma idéa louça, que repelliu primeiro, mas que em breve ó importunou a pònto de se tornar ufn pensamento í;xo: sepultar-se vivo com os dois entes que mais tinha estimado no mundo.
Mas. ç.om.o?. O. Mario chegára. qó grau de dôr desesperada que faz perder a razão é buscar friamente as coisas mais extraordinarias, mais monstruosas ou m ás siíj^ítftes: Discutia comsigo mesmo os C.i Aferentes meios de realisar o seu projecto,
Illuminou-lhe subitamente o espirito uma inspiração insensata.
Agarrou no archote que tinha deitado fóra e cravou o n'um bico de co
ral. Depois começou a sua tarefa. Pegou nos corpos do João e da Joanna, e enrolou òs Com cordas, de m odo que não pudessem - desligar ós braços um dp outro. Depois pòl-os ás costas, e emquanto os encostava ao rochqdo para os conservar n aquella posição, amarrou-se tambem a elles, pelos hombros e pelo pescoço.
Dèpois; verganáo..ao pèsô do fardo, mas nãó obstante còtn ittarjpassó deliberado, caminhou para-o lado, com o archote na mão!
Para que. era aquelle archote ?N ão o sabia. Ia a.sám, impellido natural mente pela fatalidade. Eslava n ’urn d'esses momentos em que o espirito tresloucado não guiá ó corpo, mas se deixã arrastar por uma especie de desvario.:
Entrou na ; gua pesadí e negra c-l
Chegou a esta villa, no dia 4 do corrente, vindo da Penitenciaria de Lisboa onde cumpriu a pena de 6 annos pelo crime de furto Ascencio Mendes 'O ma- ta-cãès).
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■A camara deliberou enisessão de 27 de outubro findo, que o éstrume ija limpeza publica d’esta villa, fosse vendido,, ò antigo a10.00 réis e 0 novo a 800.
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Foi no dia 7 do corrente para Lisboa, a fim de ser entregue á .diápoâição do governo, José Caetano Vigário, natural da cidade de Pinhel, que na cadeia cies- tacomarca cump.Jra a pena de tres annos/pelo crime de furtos.
Era no tempo em que houve um diluvio na Ber- tanha, não o diluvio de todos, mas o que se arranjou de proposito para a Berta- riha.
O monte de:S. Migtièl fazia então parte da Terra Firme, e ainda para lá existia á beira do rio de Co- riesnon a freguezia de S, Vinol, que está agora debaixo de agua, na bahia de Cancalc, a sessenta braças de profundid ade.
Améi, filho dé Raul, guardava os rebanhos do ■sênho!- de S. Vinol. Quando chegou aos vinte e cinco annos casou com a loura Penhor, que tinha então 18 annos. Amavam-sè deveras. Ella era bondosa e linda, elle alto e forte, e não tinha medo do trabalho. Era elle que levava a Virgem aos hombros, no dia da festa de agosto.
Era toda de prata a Virgem de S. Vinol, e era rica porque a gente da terra suppunha que resgatava os seus peccados com 0
foi-se afundando a , pouco e pouco, passo a passo.
Quando a agua lhe chegou ao pescoço atirou para longe o archote, que se apagdu, silvando, no lago- Depois parou um instante, com <>s olhos muito abertos na escuridão e a bõcca risonha com a idéa da morte. Passóii-lhé péla idéa o fragmento àe
uma cantiga e cantou madhin; lmente’ deixando-se afúndar:.
O marinheiro eahiu ao mar,Só lhe encontraram o chapéo... Mas viu-se a alma ir a voar No vasto' campo azul dp céo.
FIM
O DOMI NGOlinho, c trigo e a lã que jepunha aos seus pés. En- o-anavam-se; os peccados só se resgatam com o ar- rependimento.
Ami e Penhor não tinham filhos. Quando Amei estava no campo, e Pinhor ficava sósinha na cabana, pensava tristemente: Se eu tivesse no coilo um querido pequenino que fosse o retrato vivo de meu marido, como eu seria mais feliz!
E Amei pensava, emquanto guardava os rebanhos de seu amo: Se Penhor, a minha adorada mulhersinha, me désse uni querido filho que fosse o seu vivo retrato, que ale- írria, que esperanças cra nossa casa!
Uma'vez Amei, que voltava todo preocoupadq dos pastos, disse:
— Penhor, minha mulhersinha, se tecesses um bonito véo a Santa Maria sempre Virgem talvez ella te désse um anjinho para tu embalares.
Imaginam que seja um homem que pense primeiro em qualquer coisa ? Não! E’ sempre a mulher. Penhor foi buscar o véo que já estava tecido mais branco do que a neve, e mais transparente que os nevoeiros de verão.
A mãe de Deus, quando o viu, ficou satisfeita e ac- ceitou-o. Amei e Penhor tiveram um filhinho, e amaram-se ainda mais ao pé do berço da creança.
Quando a creança chegou aos nove dias, Penhor que ainda estava muito fraca iomiou-a nos braços e foi ao altar cia Virgem.
— San.a Maria! disse ella ajoelhada, aqui está o thesouro que tu nos déste. Nós to restituímos,que s> .ja teu e que cresça, consagrado á tua celeste côr:íS.Olha para elle, dôee Vi gem, chamamos-lhe Raul, corno se chamava o pae. de seu pae. Olha bem para elle, para que o conheças quando elle precisar de ti.
Não se sabe se foi por causa dos peccados da freguezia cie S. Vinol, se por causa dos peccados de todas as freguezias, mas d subito, numa noite malfadada, a agua do rio entumece u c o m o a agua q u a n - do ferve e que salta para fóra do vaso que a contem. O vento soprava tempestuosamente, a chuva cahia em. torrentes, a terra parecia tremer de febre. Cobriu-se de agua toda planície, e quando rompeu a manhã, viu-se que não et'a o rio que trasbordava, Çnv o mar.
o mar sombrio.
induloso, e revolto. Rompera as barreiras que á sua colera oppozera a mão de Deus._ Vinha, caminhava, já se ao chamava mar, chama
va-se diluvio.Como a egreja de S. Vi
nol estava sruada numa :i!tura, os innundados fugiram para lá; mas Amei e Penhor ficaram á porta de sua casa, que ainda ficava mais alta do que a egreja.
E quando a ag'ua chegou, subiram com o pequeno Raul para o prim eiro andar!, e, quando a agua os seguiu, treparam para o telhado. A agua sobiu atraz d’e!les.
Meu marido, disse Penhor, vamos morrer todos 'untos.
— Não! respondeu Am eI.— O qué! disse ella. Pen-
:is em abandonar-nos-?— Não, redarguiu o pas
tor.E a agua subia.
(Continua).
A N N U N C I O S
ANNUNCIO
i u u i T f e f n(© .il i BEs!.?IÍeí*!ÇÍâí»)
Pelo juizo desta comarca, e cartorio do 2." officio* e execução hypothecaria que promove Manuel Du
hc
arte dos Santos, de Lisboa, contra João Gomes d’Al- meida, da Moita, desta comarca, vão á praça á porta do tribunal desta comarca no dia 3o de novembro proximo, pelas 11 horás da manhã, para serem vendidos pelo maior preço, e superior ao abaixo declarado, os seguintes prédios: Uma morada de casas de lojas e primeiro andar, sita na Praça do Príncipe D. Carlos, du sobredita villa da Moita, no valor de 6oo$ooo réis; Uma fazenda de terra de semeadura, vinha e uma cabana no sitio da Agua Doce, freguezia, tambem da lVloita, constituindo tres prédios foreiros aos herdeiros do Conde Sampaio, um cm 6f?ooo réis e 6 gal- linhas, outro em 5y.)00 réis e 5 em 8 $000 nhas, todos com laudemio cie dezena e no valor de 3:i55$4oó réis.
São citados para'a praça quaesquer crédores incertos nos termos do numero i.° do artigo 844.0 do Codigo de Processo Civil.
Aldegallega do Ribatejo,27 de outubro de 1902.
0 ESCRIVÁO
Antonio Julio Pereira Moulinho.Verifiquei a exactidão.
O JUIZ DE DIREITO
Fernando Figueira.O
r é i s e . 8 g a l l i -
ESTEVÃO JO S É DOS REIS—* COM *—
0FFIC1KA DE CALDEIREIRO DE COBREiiimmmimimii í imimmiismiimii!
Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes, á sua arte.
R U A I)F JO SÉ M A R IA DOS S A N T O S
■ALDEGALLEGA
S A L C H I C H A R I A M E R C A N T I LDE
DE
JOAQUIM PEIfflO JESUS fiELOGIOCarne de porco, azèite de Casteilo Branco "e mais
qualidades, petroleo, sabão, cereacs, legumes,.manteigas puras de leite da Ilha da Madôira eda’Praia d'An-O x . ,.cora.e queijos de differentes qualidadesv
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W f l T O í)9r DIARIO M NOTICIASA . GUSRRA ANO-LO-BOSR
Impressões do Transvaal■ Interessantíssima .narração das lueta" entre inglezes e boers, «illustrada»
com numerows zin. o-grnvuras dc «homens celebres» do Transvasl e do Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mn's cruentas da
G U E R R A A NG LO -BO ER :>or um funecionario da Cruz Vermelha ao serviço
do Transvaal. .Fasciculos semanaes de 16 paginas...........Tomo de 5 fasciculos................................A GUERRA ANGLO BOER é airbra de mais palpitante actualidade.
N'eila,;sáo desc.ripta,s,. .«por uma te Uemunha presencirl», as differentes phas.es c.arontodfnentoi emocionantes da, terrível guerra que .tem espantado o mundo intèifb.
A GUERRA ANGLO-' OER faz passar ame. os. olhos do leitor todas as «grandes bat; lhas, combates» e «es. ararpuaas» d‘esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, t a svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroísmo e tenaddade. em que ,;S'ó egnaliViente a.'miráveis a coragem e dedicação p f io tirn Je vencidos e vencedores.
Os incidentes varia ,’issimos cfesta contenda e t:e a poderosa Inglater ra e as duas p.equ nas rçpuhl.icas sul-africanas, decorrem atravez de verdadeiras per.pei ias. por ta! manei-a dramaticas e pittorescas, que dão á GUERRA ANGLO BOER. conjunctamente com o irresistível attractivo dum a narrativa histórica dos nossos d as , o entanto da leitura romantisada.
A Bibliotheca do DIARIO DE NOTÍCIASapresen.ando ao publico está obra em «esmerada edição,» e por um preço diminuto, ju!g8 prestar um* serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito. conhecimento dos successos qué mais interessam o‘ mundo culto na actualidade.
Pedidos d Empre~a do D IÃ RIO ~D E N O TIC IA S Rua do Diario de Noticias, 110 — LISBOA
Àgenlè.ein AUiemrTleFa—A'.'Mendes Pinheiro Junior-
José A n to n io N u n e s
Neste eslabelecimenlo.ènconlra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso o fferecer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
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1 9 - L A E G O I D A . E G - R 3 J A - I 9-A
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JOSE DA ROCHA BARBOSAC « « 3 © f f t e í i a a d e < ’® i t c c S p o e « © I S e l r »
18, KUA DO FORNO, 18 A T i 05 A 1 , 3 , 1 5 5.1 A
C E MT RO C 0 M 1 E R C U LJOÃ O ANTONIQ RIBEIRO 76
Este importante estabelecimento é um dos. mais .bem sortidos de Aldegallega q .0 que vende mais barato. E.' o único qué pode com petir com as principaes cazas da capital, pois que para isso tem uma existencia de fazen-d.is de finoJ gosto compra as aos fabricantes, motivo porque pode vender m a i s barato e ao alcance de íodo-s. "SECÇÁO DE FANQUEIRO: pannos patentes, crus, branqueados, cotins, riscados, chitas, phantasias, chailes, etc. RETROZEIRO: sedas para enfeites, rendas, passêmanterias, etc. MERCADOR: grande variedade de casimiras. flanellas, cheviotes # picotilhos para fatos p &!■ preços excessivamente sbaratos. CHAPELARIA: chapéos em todos os modelos. SAPATARIA: grande quantidade de calçado para homens. criança; e senhoras. Ultimas novidades recentemente recebidas. O proprietário d'este estabelecimento tambem é agente da incompãravel machina da Companhia Fabr.l «Singer», da qual faz venda a prestaçc'>es ou a
prom pto pagamento com grandes descontos. LOTERIAS: encont-a-se, dos principi es cambistas, n'esta « asa grande sortimento de bilhetes, décimos, vigésimos e cautellas de tbefos òs precos, para todas as loterias.
— - if iii iiã --------- .í n r a i E í l í s p a l p a t e s ! S e í a p r e a s n i s i e r o s c e r t o s c t k -
v i a i l o s . S í s p e v i j a a c K i í e s i s ^ h c s s ã » s © a m p e ^ d è r â o .
GRANDE DESCOBERTA DO SECULO XX0 freg.uez que n'esta caza llzer despe/a superior a 5oo réis terá direito ia sénha e -assim que possua dez senhas eguaes, tem direito a um granduma
e valioso brinJe
Vinde pois visitar o Centro Commercial
RUA DIREITA, 2— PRAÇA SERPA PINTO, 52 .% !d c £ à !!e g £ d o SSSbateJ©
AO COMMERCIO DO POVOAO já bem conhecidas do publico as verdadeiras vantagens que este estabelecimento "otTerece aos compradores de todos os seus artigos, pois que tem sortimento, e faz compras em c ondicções de poder com petir com as primeiras casas de Lisboa no que diz respeito a preços, porque vende muitos artigos
A ias d a bbsísI s Jí ;3b*;sí,© s
e como tai esta casa para maior garantia estabeleceu o svstema de GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO e vendendo a todos pelos mesmos preços.
Tem esta casa além de varios artigos de ve tuario mais as seguintes secções:De banqueiro, sortimento completo;De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de primeira moda;De Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, flanellas, cheviotes,
picotilhos, etc., etc.Ha tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidades
por preços baratíssimos.A O S 8áS’§ . A i f a y a t e s . — Este estabelecimento tem bom sortimento de fórros necessários para a sua
confecção taes como: setins pretos e de cor, panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botões, etc.Á S & C 3í I lO ríS S M o d i s t a s . — Lembram os proprietários d'este estabelecimento uma visita, para
assim se certificarem de quanto os preços sáo limitados.Grande coliecção de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que garanti
mos ser preto firme.I J in a v i s i t e j í o I s sso C 'OM M fl5i lC 'I © 1»«5>A©
RUA DIREITA, 88 e 90 —RUA DO CONDE, 2, A L D E G A L L E G A JOÁO BENTO " & NUNES DE CARVALHO
O D O MI N G O
D E P O S I T OliSÈKJ
D E
VINHOS, V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE FABBICA DE LICORES
«AUDI DEPOSITO DA MtEDÍTM hlilIUCA DEJ A N S E N & C : -
DE
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CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOS VENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA
L U C A S & (1/ ■— "LARG O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
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n í> » » . » 2.a, »» branco » » i .a »» verde, tin to____ » ’ »» abalado, branco » »* de CóllareS, tinto » garrafa » Carcavellos br.c-> » * »» de Palmella. . . . -i »» do Porto., superior »» da Madeira. . . . . . . . »
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PARA REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O
PEDIDOS A LUCAS & C.A — A L D E G A L L E G A
RELOJOARIA GARANTIDA
AVELíNO
DE
MARQUES76
CONTRAMESTRE»« I)S
Relogios de ouro, de prata, de aço. de nickel, de plaquet. de pTianta- sia. americanos, suissos de parede, marítimos, despertadores americanos, -despertadores' dè phantr.siâ, despertadores Icom musica, suissos de ilgibeira com corda para oito dias.
Rccommcnda-sè o relogio de AVELINO M ARQUES CONTRAM ESTRE. um bom escape d'ancora muito forte por 5Sooo réis.
Oxidam-se caixas d'aço com a maximi p.rfeiçáo. Garantem-se todos os concertos.O proprietário d'esta relojoaria compra ouro e prata pelo preço mais elevado.
1 — R U A D O P O Ç O - 1 - ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
ÍUilOJfMIIIA E OURIVESARIADE
JOSÉ DA SILVA THIMOTEO & FILHO
O proprietário deste antigo, acreditado e importante estabelecimento, participa aos seus numerosos freguezes e ao publico em, geral que acaba de fornecer novamente o seu estabelecimento de todos os objectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O proprietário d’este estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.
Nas officinas d’este importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, galvaniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxidam-se caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, guitarras, etc.
O proprietário d’este estabelecimento dá uma libra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos trabalhos aqui ditos, que elle, por não saber, tenha de o mandar executa fóra.
São .garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os negocios d’esta casa.
Em casos de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser executado na presença do freguez.
88 el oglos de algllfeeira eíleos regsaladores
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Compra ouro e prata
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Um elegante volume de ioo paginas com os fac- simile da edição de 1586 do Auto da Alma, e o da edição de 1655 do Pranto de Maria Parda, e com o retrato da actriz ADELÍNA RUAS, vestida e caracteri-saua de Maria Parda. PREÇO: 3 0 0 RS.-i.
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Visitação — Todo-o-Mundó e Ninguém (da ja r ca v. Auto da lALsitaniav)—O Preguiçoso (da farça
«Juis da Beira»)—A Velha enamorada feia tragicome- dia « Triumpho do inverno»)—Scenas do Auto
da Feira — Prece da Cananêa Aio «Auto da Cananêa»/Um bello volume de perto de 5o paginas, em excellente papel.
I*-reço: SO© réis......PA’!L M4HAIIH
0 FILHO DO MOSQUETEIRO..O mais notável romance historico, dos que teem sido
publicados.Illuslrações de Alfredo de Moraes
Dois volumes de cerca de 400 p ginas rada um artística e p r o f u s a m e n t e illustrados. Publicação em fascículos semanaes de 24 paginas, com 5 gravuras, sendo uma era separado.
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S©© réis — Ca«la Tomo — $©© réis.{gente em Aidegallegú — Alberto Brito Valentia».