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A BOLA Segunda-feira 7 de setembro de 2015 07 A BOLA 06 Segunda-feira 7 de setembro de 2015 SELEÇÃO A Futebol SELEÇÃO A Futebol EU HOJE JOGO Por NUNO PERESTRELO Finais felizes T IRANA – Jornalismo é descobrir e relatar factos que possam interessar aos consumidores de informação - para simplificar fiquemo- -nos por esta definição. É por essa razão que por vezes me aflige responder a perguntas que me fazem os companheiros d’A BOLA TV sobre quem ganhará um jogo de futebol. Costumo sorrir, dizer que não sou grande fã de apostas, e tento analisar a coisa com a maior objetividade possível. Porque este é, contudo, um espaço de escrita diferente, cumpre-me dizer que sem fazer prognósticos adivinho que tudo vai correr bem. Isto porque os últimos dias da minha vida têm sido uma sucessão de finais felizes para situações mais stressantes. Historiemos. Sexta-feira, estádio de Alvalade. Findo o jogo, não encontrava j SINO DA PAZ. Se a Albânia é um país de gente sofrida pela devastação que as guerras sempre trazem, a Tirana que nos é dada a conhecer está virada para a paz. Um sino, construído com as balas encontradas na cidade no fim da última guerra civil, é limpo por vários funcionários. Ali, a pouco mais de um quilómetro, um hotel acolheu no fim de semana um encontro inter-religioso com o mote ‘A paz é possível’. Entre religiões, entre povos. Ámen SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF Capital da Albânia descoberta por A BOLA e por Rui Reininho d O imaginário do cantor (1988) e a realidade de 2015 d Como cresceu e se modernizou esta capital... Tirana é um lugar difícil de encontrar T IRANA — «Vai para Tira- na? Fazer o quê?». A per- gunta, feita com ar de es- panto mais do que com o rigor empenhado que se espera de um oficial do equiva- lente belga ao serviço de estrangei- ros e fronteiras, não é sequer ino- vadora. Nas últimas semanas, com maior ou menor espanto, repetiu- -se vezes sem conta. «Tirana é só sofrimento. Foi!; É ferida e un- guento; Tirana é sincera; Mas só por um momento», cantou-nos Rui Reininho em 1998 o mesmo número incontáveis vezes, como se buscasse responder à pergun- ta que ia sendo feita: Tirana, para quê? A capital da Albânia, símbo- lo europeu da pobreza, cidade e país do imaginário de todos quan- tos cresceram a ouvir dizer que no comunismo só a pobreza era capaz de prosperar — e por aqui assim era, efetivamente. Setembro de 2015. A Tirana que acolhe a Seleção Portuguesa é hoje uma cidade diferente. Será ainda, como cantam os GNR na canção de mesmo nome, «um lugar - quem sabe? – difícil de encontrar»? Mais aberta, acolhe os visitantes com um sorriso: no posto de controlo de passaportes a jovem de olhos azuis parece esforçar-se para ser assus- tadora. Tirana, talvez. Mas como Tirana, a cidade, acaba a sorrir. «Portugueses? O que vêm cá fa- zer? Ah, o futebol», isto num in- glês exemplar, como o dos polícias que cortaram estradas à passagem de Cristiano Ronaldo e compa- nheiros, mas sempre abri- ram simpática exceção quando viram a carteira profissional e nela leram, em letras garrafais, PRESS. Ou dos empregados de qualquer restauran- te, como que exibindo, orgulhosos, abertura e conhecimento do Mun- do, algo que há uns anos seria im- pensável. Voz a Rui Reininho, que, não es- tando na Albânia, é um apaixonado pelo país. «A Albânia e Tirana eram um mistério. Havia mitos, como o de só existirem 10 carros em Tirana e um semáforo. Era um país cristalizado e hoje é um dos segredos mais bem guardados da noite europeia, um sí- tio agradável e surpreendente e ago- ra até tem uma equipa de futebol competitiva», diz-nos, de Portugal, o vocalista dos GNR, tão per- to do imaginário coletivo como longe dos pre- conceitos. Em Ti- rana não há 10 carros, seguramente, mas haverá 10 carros por segundo em risco de ba- terem. Até porque não havendo só um semáforo, há um semáforo por segundo que está a ser desrespeita- do — assim como os duplos traços contínuos são utilizados para inver- são de marcha nas barbas de polícias. NA MODA Tirana, percebe-se num primei- ro impacto, é uma cidade que aju- da a explicar como uma seleção de futebol que era goleada jogo sim, jogo sim, aparece agora a discutir o apuramento para o Euro-2016 com Portugal e Dinamarca. Porque cres- ceu, porque se modernizou, porque ganhou vida, porque onde antes havia fome agora há restaurantes chiques, daqueles que, percebe-se, teriam direito a análises em revis- tas como a Time Out ou em sites como o New in Town. Com quali- dade. Da moda, há quem prefira dizer assim. E porque, abrindo-se ao Mundo, o fez com simpatia. É ainda misteriosa? Pois claro que sim, como misteriosa é qualquer cidade de um país que tem Por NUNO PERESTRELO um bunker para cada quatro dos seus cidadãos – e, mais incrível – nunca lhes deu o uso devido e ago- ra servem para todos os fins, os mais notáveis como bares de sucesso. CANÇÃO DE APOIO «A canção é algo críptica. Tira- na é uma mulher de véu misterio- so, tem a ver com o facto de sem- pre me ter interessado aquele universo, um país muito fechado. Sempre tive curiosidade e interes- se pelo ditador Enver Hoxha. Tira- na era miserabilista, misteriosa, fe- chada e com fome», continua Rui Reininho, lamentando nunca ter chegado a visitar a capital da Albâ- nia: «Queria lá ir, ainda na década de 1970, com uma namorada, du- rante um interrail, mas quando per- cebemos que não íamos ser autori- zados a entrar no país mudámos de direção e fomos à Checoslováquia. Felizmente, ainda atravessei a cor- tina de ferro. Lembro-me de ir à RDA num carro conduzido por um alemão. Só pediam a identificação ao condutor e presumia-se que to- dos os passageiros eram alemães. Era complicado, havia a emoção de ser apanhado». Atualmente em digressão – que culminará com concertos nos co- liseus e a gravação, ao fim de 34 anos, de um DVD – os GNR, e con- cretamente Rui Reininho, não pu- deram aproveitar a oportunidade para visitar a capital da Albânia. Vão-na cantando e brincando com o público – «dizemos-lhes que é a nossa canção de apoio à Sele- ção», assegura Reininho. Ganhe ou perca Portugal, fica uma cer- teza: Tirana já ganhou. Pelo me- nos mais um visitante. Será a pró- xima grande viagem do vocalista dos GNR. E um dia, a pergunta há de mudar. «Tirana, por que não?» SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF Um mural em azulejo dos tempos de Enver Hoxh, antigo líder do Partido Trabalhista albanês que faleceu no ano de 1985 o cartão do parque de estacionamento. Frustrado, desatei a caminhar e, algo que nunca faço, dei um pontapé num papel no chão. Era, adivinharam, um bilhete de parque. Não sei se o meu, mas usei-o para pagar e sair. Sábado, aeroporto de Bruxelas. À primeira dentada num bife, até tenro - ironia suprema - senti algo de estranho na boca. Era uma coroa – antigamente chamava-se pivot – e de repente, no primeiro de cinco dias de viagem, ficava com um sorriso diferente. Consultei o meu ‘médico dos dentes’ e, avisado por ele, guardei a coroa no único sítio onde podia – a bolsa das moedas. Quando já aguardava pelo embarque no avião que me traria a Tirana decidi comprar uma garrafa de água. Levando a mão ao bolso, apercebi-me de que faltava – adivinharam – a bolsa das moedas. Após instantes de angústia, lá me lembrei de voltar ao controlo de segurança. Expliquei o sucedido e logo fui confortado. Tinham achado a bolsa e não a tinham deitado para o lixo. Posto isto, se hoje me perguntassem quem ia ganhar o jogo de logo, acho que responderia pela primeira vez com convicção: Portugal! E ainda diria, cheio de confiança, que a Albânia até haveria de marcar primeiro, e que depois alguém trataria de nos devolver o sorriso. Completo. SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF A bonita Praça de Madre Teresa de Calcutá Uma velha albanesa, de cigarro na boca... Há um ‘bunker’ para cada quatro habitantes da capital albanesa SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF Tirana é um lugar - Quem sabe? - Difícil de encontrar Tirar à sorte e dar Avançar retirar Tirana é uma menina Foi Muito sedutora Atirar à sorte P’ro ar Sem o intuito de acertar 2x3=6 MULTIPLICAR SOMAR mais CARNE P’RA CANHÃO DESPIR INVESTIR 3-2=1 É SÓ SUBTRAIR APRENDER A DIVIDIR PARA PODER REINAR Tirana é só sofrimento Foi! É ferida e unguento Tirana é sincera Mas só por um momento Tirana é um bom nome Foi! Para quem não sentiu fome Se ela ainda te enganar Não vais partir e podes cá ficar GNR— «Tirana» — Rui Reininho SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF A estátua de Skanderberg, herói nacional albanês, com a bandeira da Albânia desfraldada ao vento SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF Tirana tem um bocado do Muro de Berlim exposto ao público A Albânia é um país da península Balcânica, no sudeste da Europa. com cerca de 3 milhões de habitantes

Albania tirana 7 set P0607

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A BOLA

Segunda-feira 7 de setembro de 2015

07A BOLA06Segunda-feira

7 de setembro de 2015

SELEÇÃO A Futebol

SELEÇÃO AFutebol

EUHOJE JOGO

Por

NUNO PERESTRELO

Finais felizes

TIRANA – Jornalismo é descobrir e relatar factos que possam interessar aos consumidores de

informação - para simplificar fiquemo--nos por esta definição. É por essa razão que por vezes me aflige responder a perguntas que me fazem os companheiros d’A BOLA TV sobre quem ganhará um jogo de futebol. Costumo sorrir, dizer que não sou grande fã de apostas, e tento analisar a coisa com a maior objetividade possível. Porque este é, contudo, um espaço de escrita diferente, cumpre-me dizer que sem fazer prognósticos adivinho que tudo vai correr bem. Isto porque os últimos dias da minha vida têm sido uma sucessão de finais felizes para situações mais stressantes. Historiemos. Sexta-feira, estádio de Alvalade. Findo o jogo, não encontrava

j SINO DA PAZ. Se a Albânia é um país de gente sofrida pela devastação que as guerras sempre trazem, a Tirana que nos é dada a conhecer está virada para a paz. Um sino, construído com as balas encontradas na cidade no fim da última guerra civil, é limpo por vários funcionários. Ali, a pouco mais de um quilómetro, um hotel acolheu no fim de semana um encontro inter-religioso com o mote ‘A paz é possível’. Entre religiões, entre povos. Ámen

SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

Capital da Albânia descoberta por A BOLA e por Rui Reininho dO imaginário do cantor (1988) e a realidade de 2015 dComo cresceu e se modernizou esta capital...

Tirana é um lugar difícil de encontrarT

IRANA — «Vai para Tira-na? Fazer o quê?». A per-gunta, feita com ar de es-panto mais do que com o rigor empenhado que se

espera de um oficial do equiva-lente belga ao serviço de estrangei-ros e fronteiras, não é sequer ino-vadora. Nas últimas semanas, com maior ou menor espanto, repetiu--se vezes sem conta. «Tirana é só sofrimento. Foi!; É ferida e un-guento; Tirana é sincera; Mas só por um momento», cantou-nos Rui Reininho em 1998 o mesmo número incontáveis vezes, como se buscasse responder à pergun-ta que ia sendo feita: Tirana, para quê? A capital da Albânia, símbo-lo europeu da pobreza, cidade e país do imaginário de todos quan-tos cresceram a ouvir dizer que no comunismo só a pobreza era capaz de prosperar — e por aqui assim era, efetivamente.

Setembro de 2015. A Tirana que acolhe a Seleção Portuguesa é hoje uma cidade diferente. Será ainda, como cantam os GNR na canção de mesmo nome, «um lugar - quem sabe? – difícil de encontrar»? Mais aberta, acolhe os visitantes com um sorriso: no posto de controlo de passaportes a jovem de olhos azuis parece esforçar-se para ser assus-tadora. Tirana, talvez. Mas como Tirana, a cidade, acaba a sorrir. «Portugueses? O que vêm cá fa-zer? Ah, o futebol», isto num in-glês exemplar, como o dos polícias que cortaram estradas à passagem de Cristiano Ronaldo e compa-nheiros, mas sempre abri-ram simpática exceção quando viram a

carteira profissional e nela leram, em letras garrafais, PRESS. Ou dos empregados de qualquer restauran-te, como que exibindo, orgulhosos, abertura e conhecimento do Mun-do, algo que há uns anos seria im-pensável.

Voz a Rui Reininho, que, não es-tando na Albânia, é um apaixonado pelo país. «A Albânia e Tirana eram um mistério. Havia mitos, como o de só existirem 10 carros em Tirana e um semáforo. Era um país cristalizado e hoje é um dos segredos mais bem guardados da noite europeia, um sí-tio agradável e surpreendente e ago-ra até tem uma equipa de futebol competitiva», diz-nos, de Portugal, o vocalista dos GNR, tão per-to do imaginário coletivo como longe dos pre-conceitos. Em Ti-rana não há 10

carros, seguramente, mas haverá 10 carros por segundo em risco de ba-terem. Até porque não havendo só um semáforo, há um semáforo por segundo que está a ser desrespeita-do — assim como os duplos traços contínuos são utilizados para inver-são de marcha nas barbas de polícias.

NA MODA Tirana, percebe-se num primei-

ro impacto, é uma cidade que aju-da a explicar como uma seleção de futebol que era goleada jogo sim, jogo sim, aparece agora a discutir o apuramento para o Euro-2016 com Portugal e Dinamarca. Porque cres-ceu, porque se modernizou, porque ganhou vida, porque onde antes havia fome agora há restaurantes chiques, daqueles que, percebe-se, teriam direito a análises em revis-tas como a Time Out ou em sites como o New in Town. Com quali-dade. Da moda, há quem prefira dizer assim. E porque, abrindo-se ao Mundo, o fez com simpatia. É ainda misteriosa? Pois claro que sim, como misteriosa é qualquer cidade de um país que tem

Por

NUNO PERESTRELO

um bunker para cada quatro dos seus cidadãos – e, mais incrível – nunca lhes deu o uso devido e ago-ra servem para todos os fins, os mais notáveis como bares de sucesso.

CANÇÃO DE APOIO «A canção é algo críptica. Tira-

na é uma mulher de véu misterio-so, tem a ver com o facto de sem-pre me ter interessado aquele universo, um país muito fechado. Sempre tive curiosidade e interes-se pelo ditador Enver Hoxha. Tira-na era miserabilista, misteriosa, fe-chada e com fome», continua Rui Reininho, lamentando nunca ter chegado a visitar a capital da Albâ-nia: «Queria lá ir, ainda na década de 1970, com uma namorada, du-rante um interrail, mas quando per-cebemos que não íamos ser autori-zados a entrar no país mudámos de direção e fomos à Checoslováquia. Felizmente, ainda atravessei a cor-tina de ferro. Lembro-me de ir à RDA num carro conduzido por um alemão. Só pediam a identificação ao condutor e presumia-se que to-dos os passageiros eram alemães.

Era complicado, havia a emoção de ser apanhado».

Atualmente em digressão – que culminará com concertos nos co-liseus e a gravação, ao fim de 34 anos, de um DVD – os GNR, e con-cretamente Rui Reininho, não pu-deram aproveitar a oportunidade para visitar a capital da Albânia. Vão-na cantando e brincando com o público – «dizemos-lhes que é a nossa canção de apoio à Sele-ção», assegura Reininho. Ganhe ou perca Portugal, fica uma cer-teza: Tirana já ganhou. Pelo me-nos mais um visitante. Será a pró-xima grande viagem do vocalista dos GNR. E um dia, a pergunta há de mudar. «Tirana, por que não?»

SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

Um mural em azulejo dos tempos de Enver Hoxh, antigo líder do Partido Trabalhista albanês que faleceu no ano de 1985

o cartão do parque de estacionamento. Frustrado, desatei a caminhar e, algo que nunca faço, dei um pontapé num papel no chão. Era, adivinharam, um bilhete de parque. Não sei se o meu, mas usei-o para pagar e sair. Sábado, aeroporto de Bruxelas. À primeira dentada num bife, até tenro - ironia suprema - senti algo de estranho na boca. Era uma coroa – antigamente chamava-se pivot – e de repente, no primeiro de cinco dias de viagem, ficava com um sorriso diferente. Consultei o meu ‘médico dos dentes’ e, avisado por ele, guardei a coroa no único sítio onde podia – a bolsa das moedas. Quando já aguardava pelo embarque no avião que me traria a Tirana decidi comprar uma garrafa de água. Levando a mão ao bolso, apercebi-me de que faltava – adivinharam – a bolsa das moedas. Após instantes de angústia, lá me lembrei de voltar ao controlo de segurança. Expliquei o sucedido e logo fui confortado. Tinham achado a bolsa e não a tinham deitado para o lixo. Posto isto, se hoje me perguntassem quem ia ganhar o jogo de logo, acho que responderia pela primeira vez com convicção: Portugal! E ainda diria, cheio de confiança, que a Albânia até haveria de marcar primeiro, e que depois alguém trataria de nos devolver o sorriso. Completo.

SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

A bonita Praça de Madre Teresa de Calcutá Uma velha albanesa, de cigarro na boca... Há um ‘bunker’ para cada quatro habitantes da capital albanesa

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Tirana é um lugar - Quem sabe? - Difícil de encontrar Tirar à sorte e dar Avançar retirar Tirana é uma menina Foi Muito sedutora Atirar à sorte P’ro ar Sem o intuito de acertar 2x3=6 MULTIPLICAR SOMAR mais CARNE P’RA CANHÃO DESPIR INVESTIR 3-2=1 É SÓ SUBTRAIR APRENDER A DIVIDIR PARA PODER REINAR Tirana é só sofrimento Foi! É ferida e unguento Tirana é sincera Mas só por um momento Tirana é um bom nome Foi! Para quem não sentiu fome Se ela ainda te enganar Não vais partir e podes cá ficar GNR— «Tirana» — Rui Reininho

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A estátua de Skanderberg, herói nacional albanês, com a bandeira da Albânia desfraldada ao vento

SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

Tirana tem um bocado do Muro de Berlim exposto ao público

A Albânia é um país da

península Balcânica, no

sudeste da Europa. com cerca

de 3 milhões de habitantes