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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO / HIPERTIVIDADE: UMA VISÃO PSICOPEDAGÓGICA ROSEMAR ARRAIS ALENCAR MENDES FORTALEZA CEARÁ 2012

ALENCAR MENDES, R. A.. TDAH - Visao Psicopedagogica. Fortaleza. Uva. 2012. 53p JAN - 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO / HIPERTIVIDADE:

UMA VISÃO PSICOPEDAGÓGICA

ROSEMAR ARRAIS ALENCAR MENDES

FORTALEZA – CEARÁ

2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO / HIPERTIVIDADE:

UMA VISÃO PSICOPEDAGÓGICA

MONOGRAFIA APRESENTADA COMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA JUNTO A

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO

ACARAÚ SOBRE ORIENTAÇÃO DA

PROFESSORA MS. MARIA DO SOCORRO

TAVARES DE SOUZA

FORTALEZA – CEARÁ

2012

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ROSEMAR ARRAIS ALENCAR MENDES

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO / HIPERTIVIDADE:

UMA VISÃO PSICOPEDAGÓGICA

Monografia apresentada à Universidade Estadual Vale do Acaraú como requisito parcial para

obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Monografia Aprovada em _______/_______/__________

Orientador (a) ______________________________________________________________

Profa Ms. Maria do Socorro Tavares de Souza

1º Examinador: _____________________________________________________________

Prof(a).

2º Examinador: _____________________________________________________________

Prof(a).

Coordenador do Curso

_______________________________________________

Prof. Esp. Luiz Boaventura de Souza

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DEDICO ESTA MONOGRAFIA:

Á vida, sem ela nada seria possível;

A minha família que foi nesse momento de suma

importância quanto ao apoio incondicional à concretização

dessa pós-graduação.

A todos os mestres que moldaram o meu

conhecimento e educaram-me: professores maravilhosos e

dignos de denominação; e em especial a minha orientadora

Maria do Socorro.

Ao meu incentivador e professor Paulo Marcos, que

foi parte integrante dessa minha vitória. Agradeço-te pelo

exemplo, pela dedicação, paciência e apoio em meus estudos,

me dando força e coragem para buscar sempre novas

conquistas.

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QUASE SEM QUERER

LEGIÃO URBANA

Tenho andado distraído, Impaciente e indeciso

E ainda estou confuso, Só que agora é diferente:

Sou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei, Quando o que eu mais queria

Era provar pra todo o mundo, Que eu não precisava

Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços, Pra você juntar

E queria sempre achar, Explicação pro que eu sentia.

Como um anjo caído, Fiz questão de esquecer

Que mentir pra si mesmo, É sempre a pior mentira,

Mas não sou mais, Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.

Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê

E eu sei que você sabe, quase sem querer

Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito;

O infinito é realmente, Um dos deuses mais lindos!

Sei que, às vezes, uso, Palavras repetidas,

Mas quais são as palavras, Que nunca são ditas?

Me disseram que você, Estava chorando

E foi então que eu percebi, Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por que.

Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê

E eu sei que você sabe, quase sem querer

Que eu quero o mesmo que você.

(Equipe Médica Dr. Paulo André Issa PNAP Neurociencia & Psiquiatria)

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RESUMO

O Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade, também conhecido por TDA/H, é um

distúrbio da infância e adolescência, que afeta de três a seis por cento, das nossas crianças em

idade escolar. Essa patologia caracteriza-se por sintomas de desatenção, hiperatividade e

impulsividade, apresentando ainda uma heterogeneidade clínica, embora as causas precisas

desse transtorno não estivessem esclarecidas, a influência de fatores genéticos, é fortemente

sugerida pelas análises epidemiológicas; esse estudo tem como objetivo identificar quais as

causas e os sintomas da hiperatividade e o seu tratamento, numa visão psicopedagógica;

identificando quais os critérios utilizados para determinar os diagnósticos dos alunos

hipercinéticos, interagindo o aluno hiperativo com a escola. Esse estudo foi organizado em

capítulos, tratando de uma retrospectiva histórica dessa síndrome, e num segundo momento,

foram realizadas observações, tendo como embasamentos teóricos, os seguintes autores: Ana

Beatriz B. Silva, Russell A. Barkley, Paulo Matos, Walter Camargo Jr, entre outros;

acrescentando a este trabalho acadêmico foram feitas pesquisas de campo, com finalidade de

dar suporte aos profissionais da área. Concluindo, chegou-se a um processo de reflexão

crítica, frente às incumbências psicopedagógicas, que possibilitem as interações dos

segmentos da instituição, tais como: pais, professores, coordenadores, com a finalidade de

encontrar formas, de superar as dificuldades, no processo ensino aprendizagem, traçando

intervenções que favoreçam o sucesso escolar do educando.

Palavras Chave: Dificuldades Escolares, Fracasso Escolar, Transtornos de Déficit de Atenção

/ Hiperatividade.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABDA – Associação Brasileira de Déficit de Atenção

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ADHD – Attention Deficit Hyperactivity Disorder

CID – Classificação Internacional de Doenças

CID – 10 – Classificação Internacional de Doenças na décima revisão

DDA – Attention Déficit Disorder

DSM-IV–TR – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – Versão IV

OMS – Organização Mundial de Saúde

PL – Projeto de Lei

PLS – Projeto de Lei do Senado

TCC´s – Terapias Cognitivas Comportamentais

TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

TOC – Transtorno Obsessivo-Compulsivo

TT – Transtorno de La Tourette

UFC – Universidade Federal do Ceará

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

USP – Universidade de São Paulo

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O TRANSTORNO

DÉFICIT DE ATENÇÃO / HIPERATIVIDADE 10

1.1 Histórico do TDAH 10

1.2 Organização Mundial de Saúde – CID 10 11

1.3 Transtornos do comportamento e transtornos emocionais 13

que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência

1.4 O que é o TDAH? 15

1.5 Epidemiologia do TDAH 19

1.6 Comportamentos dos alunos portadores do TDAH 20

1.7 Possíveis fatores causais 20

1.8 Equipe médica para diagnosticar o TDAH 22

1.9 Critérios para os diagnósticos do TDAH, conforme DSM – IV – TR 23

1.10 Quadro clínico do TDAH 25

2. FORMA DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA 26

2.1 TDAH e o diagnóstico diferencial 26

2.1.1 Comportamento disruptivo (DSM-IV-TR 312.8x) 26

2.1.2 Transtorno de conduta dissocial (DSM-IV-TR 312.08) 28

2.1.3 Transtorno opositivo-desafiador (DSM-IV-TR 313.81) 30

2.1.4 Transtornos de tiques (DSM-IV-TR 307.2x) 30

2.1.5 Transtornos de ansiedade (DSM-IV-TR 30x.xx) 32

2.2 Intervenções Psicopedagógica 34

3. METODOLOGIA 36

3.1 Caracterização da Instituição 36

3.1.1 Escola EMEIF Professor Gerardo Milton de Sá 36

3.1.2 Associação Brasileira de Déficit de Atenção – ABDA 36

3.2 Caracterização do sujeito 36

3.2.1 Psicopedagoga M.G.M.C 36

3.2.2 Psicóloga T.F.D. 37

3.3 Instrumento de coleta 37

3.3.1 Instrumento de coleta I 37

3.3.2 Instrumento de coleta II 37

3.4 Análises de dados

3.4.1 Psicopedagoga M. G. M . C

3.4.2 Psicóloga T. F. D. 37

3.5 Constatações das pesquisas 31

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA 45

ANEXOS 49

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INTRODUÇÃO

O Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade, TDA/H, é um distúrbio de

desenvolvimento do autocontrole, que consiste em problemas com os períodos de desatenção,

com o controle de impulso e nível de atividade. Alunos com TDA/H representam desafios

para pais e professores, e estudos mostram que a hiperatividade tem sido um dos problemas

mais persistente e comum na infância, onde a desatenção, agitação, impulsividade acabam

afetando a integração das crianças com TDAH, tanto nas famílias, como nas escolas.

Pesquisas com essa síndrome têm crescido e expandindo-se por diversas áreas, tais

como: medicina, psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia e a macro-área da educação. Os

orientadores de aprendizagens têm tido dificuldades, devido aos escassos instrumentos,

capacitando-os na identificação destes sintomas e nas presenças dos distúrbios, quando

conseguem evidenciá-los, não sabem, quais as atividades ideais a serem aplicadas, para

amenizarem, ou sanarem os problemas.

Aspectos relevantes devem ser mencionados aos falsos diagnósticos imputados as

crianças quando na maioria das vezes o que se apresentam são problemas enfrentados nos

cotidianos familiares, sendo interpretados nas escolas, como alunos indisciplinados. Para que

esse fato possa ser evitado, deve haver uma preocupação quanto a capacitação do educador,

objetivando um diagnostico mais eficaz, nos casos de identificação dos distúrbios.

Esse trabalho acadêmico tem como objetivo principal, dar subsídios aos educadores

que necessitam de informações para identificarem os tipos de distúrbios, favorecendo

discussões e alternativas, de como os profissionais da educação podem trabalhar com

portadores dessa patologia.

Pesquisa referente ao Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade: visões

psicopedagógicas surgiram das preocupações que tiveram dos conhecimentos dos

diagnósticos em uma visão psicopedagógica, para posteriormente, entenderem os alunos com

TDAH, fazendo intervenções relevantes aos processos de ensino aprendizagem.

Estudos realizados com embasamentos teóricos de diversos autores, dentre eles: P.

MATOS, A. B. BARBOSA DA SILVA, W. CAMARGOS JR., BARKLEY, com a finalidade

de enriquecer o conhecimento superando as dificuldades nos contextos sociais, que os alunos

estejam inseridos.

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A seguir foram feitas as abordagens referentes aos seguintes capítulos:

Capítulo I – Histórico do TDA/H apresentando formas sucintas aos fatos importantes

dos assuntos, sendo destacadas, as seguintes informações: organização mundial de saúde –

Cid 10 e os transtornos dos comportamentos emocionais, aparecendo habitualmente durante a

infância ou adolescência, com comentários do item F90 da Cid 10. O que é TDAH?, com

definições de conceitos: atenção aberta ou atenção fechada, hipervigilantes, hipotenazes,

excitabilidade, distrabilidade, função de vigilância, alunos superdotados, subdotados e drogas

estimulantes, epidemiologia dessa síndrome, estudo da causa e da distribuição de doenças em

populações humanas, comportamentos dos alunos portadores desta síndrome, descrevendo

vários sintomas encontrados nos alunos com esses transtornos, possíveis fatores causais;

equipe médica para diagnosticar o TDA/H, podendo ser do tipo predominantemente

desatento, hiperativo, impulsivo, combinado ou inespecíficos: critérios diagnósticos para

Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade DSM – IV – TR.

Capítulo II – TDA/H e os diagnósticos diferenciais, suas comorbidades, seus

comportamentos disruptivos, transtornos de conduta: dissocial, opositor, desafiador,

ansiedade e tics.

Capítulo III – Metodologias e procedimentos nas pesquisas dos trabalhos de campo,

estudos nas literaturas direcionadas, para os seguintes termos: Transtorno Déficit de Atenção /

Hiperatividade, desempenho escolar, attentions defict hyperactivity disorder, aonde foi

enfatizado o termo ADHD; foram consultadas: teses, artigos junto as universidades e artigos

médicos junto a MEDLINE, e pesquisas de campos, avaliações desses relatórios aplicados

com características das instituições, dos sujeitos, instrumentos de coletas e análises de dados.

Concluindo essa pesquisa acadêmica, foram realizadas as considerações críticas desse

trabalho monográfico; colocando na bibliografia, todo material pertinente utilizado para

elaboração da mesma; finalizando, os Anexos e as fichas de diagnósticos, com as perguntas

utilizadas.

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1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O TRANSTORNO DÉFICIT DE

ATENÇÃO / HIPERATIVIDADE

1.1 Histórico do TDAH

A hiperatividade, desatenção e a impulsividade, fundamentam a atual definição e

classificação do TDAH, mas os termos utilizados para nomeá-lo mudaram, permanecendo ate

hoje em discussão. Estes três elementos possuem uma relação hierárquica entre si, devido às

explicações causais e eventos estudados.

Estas noções básicas de alterações no estado de atenção, atividade motora e na

impulsividade, causam as dificuldades para os portadores dessa síndrome, permanecem

inalteradas. Embora as características principais do TDAH tenham permanecido estáveis, ao

longo de sua historia, suas fronteiras diagnósticas sofreram consideráveis variações.

O conceito básico desse transtorno presente nas duas classificações atuais, que são

elas: CID-10 e DSM – IV – TR, contudo, há uma diferença na abrangência desse conceito

entre ambas, sendo a CID – 10, mais restrita, e a segunda, DSM-IV-TR, mais ampla. O

desenvolvimento de manuais e critérios diagnósticos, no final do século XX, contribuiu para o

controle dos problemas da confiabilidade, mas deixaram em aberto as questões, da validade

dos diagnósticos psiquiátrica.

Estando os sinais e sintomas dos transtornos mentais amplamente distribuídos na

população, tais como: freqüência, intensidade e impacto, presentes nos pacientes do que na

população, sendo assim, a sua simples ocorrência não define a presença de um transtorno

mental, pois, existe a necessidade adicional de definir e validar a presença ou ausência de um

transtorno.

A tarefa se torna complexa, quando se verifica que a nosologia psiquiátrica atual,

utiliza critérios descritivos, como presença de sinais e de sintomas e observação de curso e de

resposta ao tratamento, sem levar em consideração possíveis causas.

Dentro desse processo diagnóstico, existe a necessidade adicional, do uso de

julgamento clínico, sobre a relevância dos sinais e dos sintomas, baseada em uma avaliação

dos prejuízos funcionais, causados por eles. (CAMARGOS JR, 2005).

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1.2 Organização Mundial de Saúde – CID 10

Segundo PICHOT (1995), ao longo da história da medicina, tem sido clara a

necessidade de fazer uma classificação de transtornos mentais, sobre doenças que devam ser

incluídas e o método ideal para a sua organização. As várias identificações criadas têm sido

diferenciadas em suas variações, na fenomenologia, etiologia e nas definições de seus

recursos. As categorias de diagnósticos e diversidades, também diferem, sendo consoantes os

seus principais objetivos, que foram: clínico, investigação ou estatística.

A história da classificação complexa preocupou-se apenas, com os aspectos que

levaram diretamente ao desenvolvimento do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Mentais - DSM IV – TR, e nas seções de Transtornos Mentais, conforme as várias edições da

Classificação Internacional Doenças, CID - 10.

Nos Estados Unidos, para realizar uma classificação dos distúrbios mentais houve à

necessidade, de reunir informações de natureza estatística. Sendo considerada a primeira

tentativa oficial para obter informações sobre os transtornos mentais, na freqüência registrada

de uma categoria, idiotice insanidade no censo de 1840; no censo de 1880, diferia sete

categorias de transtornos mentais, que eram: mania, melancolia, monomania, paralisia,

demência, dipsomania e epilepsia.

Em 1917, o Comitê de Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, esse nome

foi alterado em 1921, juntamente com a Comissão Nacional sob Higiene Mental, National

Commission on Mental Hygiene, elaboram um plano adaptado pelo censo, para recolher dados

estatísticos de vários hospitais de transtornos mentais.

Embora este sistema se detivesse para o uso clínico, diferente dos outros tipos

anteriores, ainda era uma classificação estatística. A Associação Americana de Psiquiatria

elaborou e colaborou com a Academia de Medicina de Nova York, no desenvolvimento de

uma nomenclatura psiquiátrica aceitável para o país, que foram publicadas na primeira edição

da AMERICAN, nomenclatura padrão da Associação Médica Classificado da doença.

Esta classificação foi criada principalmente para pacientes com diagnóstico

psiquiátrico e neurológico grave, os militares dos Estados Unidos elaboraram uma

nomenclatura mais ampla, alterada pela Veterans Administration, para cobrir a Guerra do

doente Mundo, como por exemplo, doenças agudas, psicofisiológica e de personalidade.

Simultaneamente, Organização Mundial da Saúde - OMS publicou a sexta edição do CID, em

inglês ICD, sendo o primeiro a incluir um capítulo sobre transtornos mentais. Este documento

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foi influenciado pela Veterans Administration, a esta nomenclatura incluiu: dez categorias de

psicoses, nove de psiconeurose, sete de distúrbios de caráter, comportamento e inteligência.

O Comitê da Associação Psiquiátrica Americana de Nomenclatura e Estatística,

American Psychiatric Association Committee on Nomenclature and Statistics, desenvolveu

uma variante da CID-6, publicado em 1952, sendo a primeira edição do Diagnóstico e

Estatístico Manual: Transtornos Mentais, DSM - I, que consistia de um glossário de

descrições, de diferentes categorias diagnósticas, sendo o primeiro manual oficial dos

transtornos mentais com utilidade clínica. O termo reação em DSM-I revelou a influência da

visão psicobiológica de ADOLF MEYER, e que representavam as reações mentais dos

transtornos das personalidades, fatores psicológicos, sociais e biológicos.

Devido à baixa aceitação da taxonomia dos transtornos mentais, constantes CID-6 e

CID-7, geraram-se uma revisão dos sistemas de diagnósticos realizados pelo psiquiatra

britânico, ERWIN STENGEL. Seu trabalho inspirou os avanços metodológicos recente,

dando ênfase à necessidade de explicitar as definições, como meio de diagnóstico clínico

confiável. No entanto, depois da revisão que levou ao DSM-II e CID-8, não seguiram as

recomendações do STENGEL, sendo que, o DSM-II foi semelhante ao DSM-I, mas com a

remoção do termo reação.

O desenvolvimento dos DSM-I, DSM-II e DSM-III foi realizado com o

desenvolvimento da CID-9, publicada em 1975, e sendo implementada em 1978, tendo a sua

publicação, em 1980.

O DSM-III introduziu uma série de importantes inovações metodológicas e critérios

de diagnóstico explícito, um sistema multiaxial e abordagem descritiva pretendiam ser neutra,

nas teorias causais. Este esforço possibilitou um extenso trabalho empírico realizado para a

construção e validação dos critérios de diagnósticos e desenvolvimento de entrevistas semi-

estruturadas. O CID-9 não incluía critérios diagnósticos multiaxial, e sua função principal, era

estabelecer categorias com objetivo de facilitar o recolhimento de dados estatísticos sobre

saúde pública.

A terceira edição foi produzida com o objetivo adicional de fornecer uma

nomenclatura aos pesquisadores da área médica, por falta de especificidade da CID-9, foi

decidido realizar uma ampla modificação para uso nos Estados Unidos, tornando-se ICD-9-

CM, modificação clínica; seu uso encontrou uma série de inconsistências no sistema e um

número de casos em que os critérios não foram projetados inteiramente.

A Associação Americana de Psiquiatria sugeriu um grupo de trabalho para rever

DSM-III, fazendo as correções necessárias e modificações, que foram obtidas no DSM-III-R,

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publicado em 1987. A terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Mentais representou um avanço na pesquisa dessas síndromes, e acabou facilitando a

investigação empírica.

A criação do DSM-IV beneficiou-se do aumento substancial na

investigação diagnóstica, gerada pelo DSM-III e o DSM-III-R. Os diagnósticos possuem

literaturas práticas e dados relevantes, para a decisão tomada

na revisão desse manual. Esses grupos de trabalhos fizeram um processo empírico, em três

níveis, que incluíram: 1) revisões sistemáticas das literaturas até agora publicados, 2) a

reanálise dos dados já coletados, 3) estudos de campo.

A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados com a

Saúde, fornece códigos relativos às classificações de doenças, variações de sinais, sintomas,

aspectos anormais, queixas, circunstâncias socias e causas externas para ferimentos ou

enfermidades. Esta é revisada periodicamente, encontra-se datada em novembro de 2006, na

sua décima edição, CID-10, sendo publicada pela Organização Mundial de Saúde - OMS,

usada globalmente para estatísticas de morbilidade e mortalidade, sistemas de reembolso e

decisões automáticas do suporte em medicina.

O sistema foi concebido para permitir e promover a comparação internacional da

coleção, processamento, classificação e apresentação do tipo de estatísticas supracitado. A

cada estado de saúde é atribuída uma categoria única, à qual, corresponde um código, que

contém até seis caracteres, tais informações, podem incluir um conjunto de doenças

semelhantes.

Esta é uma classificação com base da Família Internacional da OMS, sendo a sua a

próxima edição, CID-11, prevista, para 2015.

1.3 Transtornos do comportamento e emocionais que aparecem habitualmente durante a

infância ou a adolescência

F90 - Transtornos hipercinéticos: Grupo de transtornos caracterizados por início

precoce, habitualmente durante os cinco primeiros anos de vida, a falta de perseverança nas

atividades que exigem um envolvimento cognitivo, e uma tendência a passar de uma atividade

a outra sem acabar nenhuma, associadas a uma atividade global desorganizada, incoordenada

e excessiva.

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14

Os transtornos podem se acompanhar de outras anomalias, sendo as crianças

hipercinéticas: imprudentes, impulsivas, sujeitas a acidentes e incorrem em problemas

disciplinares, mais por infrações não premeditadas de regras, que por desafio deliberado. Suas

relações com os adultos são marcadas por uma ausência de inibição social, com falta de

cautela e reservas normais. São impopulares com as outras crianças, podendo se tornar

isoladas socialmente. Estes transtornos se acompanham de um déficit cognitivo e de um

retardo específico no desenvolvimento da motricidade e da linguagem. As complicações

secundárias incluem um comportamento dissocial e uma perda de auto-estima.

Exclui: Esquizofrenia (F20.-)

Transtornos (da) (do):

ansiosos (F41.-)

globais do desenvolvimento (F84.-)

humor [afetivos] (F30-F39)

F90.0 Distúrbios da atividade e da atenção

Síndrome de déficit da atenção com hiperatividade

Transtorno de déficit da atenção com hiperatividade

Transtorno de hiperatividade e déficit da atenção

Exclui: Transtorno hipercinético associado a transtorno de conduta (F90.1)

F90.1 Transtorno hipercinético de conduta:

Transtorno hipercinético associado a transtorno de conduta.

F90.8 Outros transtornos hipercinéticos.

F90.9 Transtorno hipercinético não especificado

Reação hipercinética da infância ou da adolescência SOE

Síndrome hipercinética SOE

(Extraido da CID 10: http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/webhelp/f90_f98.htm)

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15

1.4 O que é o TDAH?

O conceito da atenção aberta, atenção extensa, ou vigilância refere-se ao estado de

alerta para os estímulos vindos do meio ambiente, ou do próprio organismo; predominam aqui

os aspectos sensoriais da atenção. A atenção fechada, restrita, ou tenacidade refere-se à

concentração do foco da consciência, e predominam aspectos cognitivos da mesma, criando

uma persistência a determinado assunto.

A atividade de focalização da atenção realça a própria ativação da consciência e a

capacidade de processamento sensorial, produzindo informações mais detalhadas, e

otimizando, as reações e o planejamento psicomotor.

Pode-se ainda distinguir outra forma de atenção, que seria a partilhada, capacidade de

executar diversas tarefas, sem perder de vista as metas de cada uma. Percebendo-se o

desinteresse que uma pessoa com capacidade para diversas atividades sente, quando se vê

motivada, a fazer uma única e aborrecida tarefa, o tédio leva a desconcentração, sendo

confundido, com um suposto déficit de atenção.

No psiquismo formal, espera-se um processo constante de transição equilibrada entre

as duas formas de atenção, onde as diferenças individuais fazem parte, das características

constitucionais e específicas de cada ser humano. A variabilidade individual serve como a

sobrevivência da espécie, atendendo a muitas necessidades sociais, culturais e históricas. A

tendência a fechar o foco atencional, num campo restrito e se desligar do ambiente externo,

seriam um grave defeito: num caçador, num vigia, num pastor ou num soldado, que precisam

contar com uma alta capacidade de manter a atenção constante, num espectro amplo, para

exercer bem as suas funções, sendo a tendência focalizadora, uma qualidade essencial em um:

artesão, curandeiro, tecelão, escriba, técnico ou cirurgião.

Existem alunos cujas atividades e características apresentam foco fechado ou aberto,

sendo necessária, uma forma moderada cujas funções, variam de um pólo a outro. No

processo educacional, deve-se sempre, levar em conta as diferenças individuais, onde

conceito neuropsicológico da excitabilidade se fez importante para varias teorias dos

temperamentos, como as de PAVLOV e EYSENCK (1978).

De acordo com EYSENCK (1978), as dimensões de temperamento introversão versus

extroversão, estabilidade versus instabilidade, ficam subtendido as diferenças, na

excitabilidade reticulo - cortical e autonômica. Os temperamentos introvertidos tenderiam a

níveis altos de excitação, e os extrovertidos, a níveis baixos, com isso buscariam mais

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estimulação externa; desta forma, os estáveis tenderiam a menores níveis de resposta

emocional e autonômica, e os instáveis a uma ativação simpática mais exacerbada. Em

pesquisa posterior, revelou em todos os níveis fisiológicos, a excitação cortical, autonômica e

a endócrina, e estas, não se mostravam unitárias, mas multidimensionais, de acordo com

DERRYBERRY ET ALL (1988).

Em alunos na idade escolar utiliza-se da expressão distrabilidade ou tendência a

distração, podendo ser usada para significar: tanto a diminuição da capacidade de

concentração, quanto à tendência oposta, onde há redução do estado de alerta. Uma pessoa

absorta em seus pensamentos, músico levado por uma melodia, filosofo ou cientista

concentrado em suas idéias, mostram-se distraídos, comparando-se a um aluno que não presta

atenção a aula e se desconcentra, em razão de estimulo externo.

A distrabilidade seria um estado de hipotenacidade com tendência a hipervigilância,

sendo a incapacidade e dificuldade de manter-se concentrado, desviando-se constantemente

dos estímulos, podendo ser externa ou interna, existindo grandes freqüências em situações de

ansiedades, nas depressões ansiosas e reativas, com a função da vigilância. As queixas de

lapso de memória e fadiga mental devem-se as dificuldades que os alunos encontram em

concentrar-se nas tarefas diárias, e seus pensamentos fixam nos seus problemas e conflitos

internos.

Alunos superdotados como os subdotados podem apresentar estes mesmos sintomas,

por razões diferentes, nenhuma das quais, relacionada ao déficit primário da atenção. Os

alunos subdotados podem perder o interesse, por a dificuldade em acompanhar a turma, e por

se sentirem excluídos, diminuindo significativamente, os seus rendimentos; e alunos

superdotados, a desmotivação ocorre do aborrecimento por se sentirem obrigados a ouvir,

estudar e responder sobre temas que já compreenderam e não lhes interessam mais. A

inatenção seletiva ocorre em estados neuróticos, em que a repressão inconsciente, evita a

percepção de objetos que apresentem uma carga emocional, conflitíva e ansiogênica, como as

alucinações negativas, onde, a percepção de estímulos sensoriais reais impossibilita-os, de

fazer bons julgamentos.

FREUD sugeria uma técnica de escuta psicanalítica, chamada de atenção flutuante, em

que o analista deveria procurar a se desconcentrar, suspendendo as motivações que

orientariam a sua atenção, buscando tirar o foco do processo atencional, tornando-o, menos

dirigido e mais espontâneo.

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Alunos hipervigilantes e hipotenazes têm dificuldade em se concentrar, tendendo a

dispersão, a hiperatividade psicomotora e a impulsividade, ocorrendo uma deficiência em

alguns aspectos da ativação do córtex cerebral, reduzindo a sua estimulação.

Registros eletroencefalográficos, demonstram atividades de ondas lentas no córtex

frontal, durante a execução de tarefas, estimulando a atividade mental sobre o equilíbrio,

entre as funções atencionais. Foi observado por BERGSON (1970), ouvindo estrangeiros

conversando, em idioma não compreendido, percebendo-se, que falando alto, as palavras não

evocavam quaisquer idéias.

Segundo EYSENCK (1978), as perspectivas comportamentais dos alunos hiperativos

estariam dispostas nas extremidades das escalas de extroversões, e necessitando, de extremas

estimulações, mantendo assim o equilíbrio. Nas condições normais da vida social, as

dificuldades, tornariam esses alunos agitados, descontrolados, inquietos, incapazes de se

concentrarem, sendo impulsionados aos intensos estímulos, caracterizando-os de

hipotenacidade e hipervigilância.

Drogas estimulantes, como: anfetaminas, metilfenidato entre outras, podem aumentar

significativamente a tenacidade, pois, a vigilância encontra-se seu ápice, conseguindo fechar o

campo de consciência, concentrando o foco atencional e corrigindo as deficiências e suas

conseqüências, podendo citar: inquietude, agitação psicomotora, distúrbios do

comportamento, baixo rendimento escolar. Tratamentos psicofármacos podem melhorar o

desempenho escolar do aluno e o seu relacionamento interpessoal, com a familiar. A

dificuldade de fixar na memória os assuntos estudados em aula pode ser associada ao déficit

primário de atenção, onde a criança não consegue aprender, sem se concentrar, e mostrar uma

elevada distrabilidade.

Observando alunos com déficit primário da atenção foram reveladas, necessidades

permanentes de estimulações externas, conseguindo manter a de concentração; minimizando a

inquietude e dispersividade, sendo feito, através dos usos de psicofármacos estimulantes

compensam essa inadequação.

Crianças provenientes de famílias ansiosas, sofrendo influências dos meios de

comunicação, são rotuladas e avaliadas de forma inadequada, como hiperativas ou

hipercinéticas, causando sérios prejuízos a sua vida escolar, onde pais e professoras fazem

diagnósticos aleatoriamente, conforme explicado, por BASTOS (2000).

Segundo GOLDBERG (2000), o paciente só chega ao consultório, para que os pais

tenham a confirmação do diagnostico pela autoridade médica, aliviando o seu sentimento de

culpa pelos fracassos escolares e sociais dos seus filhos.

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Estudos sobre os transtornos da atenção mostram que déficits homogêneos, não são

englobados em entidades únicas, constituindo um panorama clinico e envolvendo grande

complexidade de elementos. Existem tipos diferentes, que se distinguem na impulsividade,

desatenção ou hiperatividade, constituindo quadros não relacionados, segundo GADOW

(2000).

Às comorbidades apontam para um grupo heterogêneo de problemas, nos quais o

déficit de atenção e claramente secundário, questões transculturais que envolvem esse

diagnostico tão complexo, não podem ser negligenciadas, segundo MANN (1992) e

PLISZKA (2000); JOHANSEN et al (2002) observam que a intenção se faz presente na

maioria dos quadros psiquiátricos, o que a tornaria um sintoma irrelevante, eles sugeriram um

modelo baseado na hiperatividade; enquanto BARKLEY (1997) propôs um modelo onde as

deficiências das funções executivas eram provenientes das falhas na inibição do

comportamento, que resultariam em déficits na memória imediata e no sentido do tempo, esta

perspectiva do problema foi contestada por KERNS et al (2003).

SERJEANT (2000) faz uma critica a conceituação entre os diferentes níveis de analise

e destaca a incapacidade dos modelos propostos, na distinção entre os diferentes quadros

clínicos. Devido a isso, a atenção é alterada nos quadros psiquiátricos, ocorrendo perturbação

no aspecto fenomenológico, onde as diferenças qualitativas são detectadas na clinica.

Conforme CONNERS (1997), o problema com os resultados das pesquisas foram

alterações neuroanatômicas, neurofisiológicas ou neuroquímicas, reconhecendo a diversidade

dos métodos de pesquisas, onde estudos tende a revelar diferenças, entre os grupos de

controle e aqueles com déficit de atenção. Não achando anomalias cerebrais localizadas, mas

variações no desenvolvimento vinculado as áreas pré-frontais, com problemas nas conexões,

ou na organização do sistema.

Sendo um quadro clínico complexo, com critérios superincludentes ou fragmentados

em subtipos, resolvendo questões, com uma abordagem do problema, passando a ser obtida,

através de uma visão global, do aluno em idade escolar. O ambiente emocional criado pelas

pessoas de sua convivência: em especial, a mãe, por vezes: ansiosa, insegura, frustrada,

deprimida ou sobrecarregada; com a presença de pais alcoólatras; sogras dominadoras;

violência, abusos, casamentos em vias de terminar, causam sérios prejuízos ao processo de

ensino e aprendizagem de crianças e adolescentes.

Na anamnese são feitos exames psíquicos adequados, que colaboram juntamente com

a observação da família e suas formas de interações, fazendo diagnostico diferencial, entre

alunos hiperativos com déficit primário de atenção, e aqueles com déficits secundários,

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surgidos de casos como: ansiedade, problemas psicopatológicos dos pais; deficiência

sensorial, como por ex.: visual, auditiva; deficiência mental; quadros psicóticos; quadros

afetivos.

1.5 Epidemiologia do TDAH

Segundo CAMARGO JR. (2005), o TDAH é considerado um dos transtornos que

ocorrem na infância, com uma prevalência, conforme o DSM-IV-TR, de três a seis porcento

nas crianças, em idade escolar. A literatura, nessa faixa etária, difere e esta sujeita a inúmeras

influências, de acordo com o DSM-IV-TR, encontrando prevalências semelhantes entre

diversos países, mas excluindo sistematicamente os estudos utilizando a CID-10, não

permitindo a comparação, entre esses sistemas de diagnósticos.

Analises rigorosas de amostras escolares, selecionaram entre 1978 e 2004, permitindo

identificar: idade escolar, gênero masculino, fonte de informação e critério diagnóstico, os

principais responsáveis pelas variações nas prevalências nos estudos de casos de TDAH.

Essas pesquisas identificaram as variabilidades dos resultados refletindo, sobre as

diferenças metodológicas. Critérios foram aplicados em proporção consideráveis, onde as

variabilidades nas prevalências desapareceram, permanecendo sem resoluções em questões de

validade dos diagnósticos, CID-10 versus DSM-IV-TR.

Diversos fatores podem influenciar os resultados dos estudos epidemiológicos, tais

como: diferenças reais entre as populações, sexo, idade e classe social, critérios diagnósticos,

tipo de amostras clinicas, escolares ou comunitárias, entrevistas clinicas, entre outros.

A heterogeneidade de métodos de diagnósticos dificulta a interpretação das diferenças

nas literaturas, e acabam tendo conseqüências nas práticas clínicas, devido a variação no

número de indivíduos, que podem ser tratados.

Estudos epidemiológicos, em relação ao diagnóstico da síndrome, apresentam as

mesmas dificuldades encontradas na avaliação psiquiátrica. No TDAH estes comportamentos

são baseados observações em populações normais, há pelo menos três apresentações e não

possui sintomas específicos.

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1.6 Comportamentos dos alunos portadores do TDAH

De acordo com CAMARGOS JR (2005), os alunos com TDAH possuem tendências a

terem vários sintomas abaixo:

Dificuldade de manter a atenção, entender palavras, conceitos, não seguindo

instruções, falta de compreensão da leitura, tarefas inacabadas e desorganizadas, problemas

com sons, troca de letras e grafia incorreta das mesmas, pouca habilidade na estrutura

gramatical, sem discernimento de palavras com duplo sentido, piadas, noções para diferenciar

formas e tamanhos, colorir, escrever, recortar, falta estabilidade no uso das mãos, esquece

rápido: demora no desenvolvimento da linguagem, expressão verbal, repetindo tudo que o

que exige atividade mental prolongada e distrai-se facilmente com estímulos irrelevantes, não

permanece sentado muito tempo, não se envolve silenciosamente em brincadeiras, parece

movida a motor, sensível a qualquer comentário, está sempre se envolvendo em discórdias,

entre outros sintomas.

1.7 Possíveis fatores causais

Foram considerados como possíveis fatores causais do TDA/H:

A) HEREDITARIEDADE: Estes supostos genes parecem ser responsáveis não pelo

transtorno em si, mas por uma susceptibilidade ao TDA/H, o seu desenvolvimento depende da

interação destes genes com diversos outros fatores ambientais.

B) SUBSTÂNCIAS INGERIDAS NA GRAVIDEZ: Pesquisas indicam que mães

alcoólatras têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção.

Esses estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, não na relação de

causa e efeito; estudos em animais retratam as alterações no desenvolvimento cerebral,

causados por álcool e nicotina.

C) SOFRIMENTO FETAL: Os estudos mostram que mulheres com problemas no parto

têm chances de terem filhos portadores de TDA/H, e a sua carga genética era transmitida ao

filho, com uma considerável influencia no parto.

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D) EXPOSIÇÃO A CHUMBO: Evidências científicas de altos níveis de chumbo em

crianças podem estar associadas com maior risco para o TDA/H, essa exposição ocorre entre

o primeiro e o terceiro ano de vida, podendo funcionar como irritante no cérebro..

E) PROBLEMAS FAMILIARES: Teorias sugeriam, que conflitos familiares, poderiam

ser a causa do TDA/H nos alunos, mas estudos recentes evidenciam que esses problemas, não

seriam desencadeadores de saúde mental nas crianças.

F) PROBLEMAS GENÉTICOS: A prevalência dessa síndrome, entre parentes das

crianças afetadas, é duas a dez vezes mais, que na população, chamamos de recorrência

familiar, a predisposição genética. Biologicamente, o TDA/H origina-se na alteração do

funcionamento do cérebro, estando relacionados: cognição, funções executivas de

organização, planejamentos e atividades motoras. O processo resulta do funcionamento de

diferentes sistemas de neurotransmissores, com substâncias químicas que fazem a

comunicação entre neurônios, especificamente a dopamina e a noradrenalina.

BARKLEY (1997), afirma que: estudos utilizando técnicas de neuroimagem

revelaram o comprometimento do lóbulo frontal, e de estruturas subcorticais com ele

relacionadas, evidenciando-se em pacientes com TDA/H. O córtex pré-frontal direito é

ligeiramente maior que o esquerdo, nos pacientes em questão, ocorre uma redução do córtex

pré-frontal direito. Os lóbulos frontais possuem função executiva, compreendendo a

capacidade de: iniciar, manter, inibir e desviar a atenção, gerenciar as informações recebidas,

integrar a experiência atual com a passada, monitorar o comportamento presente.

É possível compreender as manifestações dessa síndrome, como resultado de uma

deficiência do desenvolvimento no processo inibitório normal, exercendo papel importante na

função executiva do lóbulo frontal, sendo a ocorrência desse transtorno é um distúrbio

genético.

CABRAL (2003) relata evidências de distúrbios neurobiológicos; podendo reunir

esses trabalhos em dois grandes grupos: o déficit funcional que enfatizam neurotransmissores

e o déficit funcional dos lóbulos frontais, através o córtex cerebral. Os neurotransmissores

conhecidos estariam envolvidos com o TDA/H, na dopamina e na noradrenalina.

Existem hipóteses de que medicamentos capazes de atenuar os sintomas desses

transtornos aumentariam as quantidades de dopamina e de noradrenalina, disponíveis no

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cérebro; acreditando que o TDA/H é como uma disfunção executiva dos lóbulos frontais,

onde BARKLEY (2002) referia-se à falta de controle inibitório das condutas.

1.8 Equipe médica para diagnosticar o TDA/H

O diagnóstico clínico, esta fundamentado em critérios operacionais, proveniente de

sistemas classificatórios confiáveis, sendo executados por equipe multidisciplinar, tais como:

médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, psiquiatras, neurologistas entre outros.

Foram citados, quatro tipos de TDA/H, com ou sem comorbidades:

a) TDA/H do tipo predominante desatento.

Sintomas: falta de atenção sustentada, distrabilidade.

Crianças dóceis, fáceis de lidar, mas com dificuldade de aprendizagem desde o início

de sua vida escolar, pois a falta de atenção sustentada, não deixa que a mesma mostre, o seu

potencial.

b) TDA/H do tipo hiperativo / impulsivo.

Sintomas: Não apresentam dificuldades de aprendizagem nos primeiros anos de vida

escolar, surgindo problemas a partir do sexto ano letivo, com evolução do grau de

complexidade.

Desenvolvendo um padrão de comportamento disfuncional, tumultuando as aulas, são

resistentes à frustração, e acabam sendo imediatistas e com dificuldades de seguirem regras e

instruções, apresentando altas taxas de impopularidade e de rejeição pelos colegas.

c) TDA/H do tipo combinado.

Sintomas: Faltam de atenção sustentada, hiperatividade e impulsividade.

Apresenta prejuízo no funcionamento global, quando comparado aos outros tipos,

com maior número de comorbidades.

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d) Tipo inespecífico.

Não apresentam o número de sintomas suficientes para serem classificados em

nenhum dos tipos acima, mas estão presentes, prejudicando o desempenho escolar, familiar e

profissional, passando o critério a ser mais dimensional do que quantitativo.

Este se apresenta como um padrão de comportamento disfuncional, tumultuando as

aulas, causando prejuízos ao processo do ensino aprendizagem, é um tipo de sintoma do

TDA/H.

1.9 Critérios para os diagnósticos do TDAH, conforme o DSM–IV–TR

Segundo CAMARGOS JR (2005), os critérios para os diagnósticos seriam:

A.1 Devem apresentar seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção e caso

persistam pelo menos seis meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de

desenvolvimento:

DESATENÇÃO:

(a) deixa de prestar atenção a detalhes ou cometes erros por descuido em atividades

escolares, de trabalho ou outras;

(b) tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;

(c) parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra;

(d) não seguem instruções e não terminam seus deveres escolares, tarefas domésticas

ou deveres profissionais, não devido a comportamento oposição ou incapacidades de

compreender instruções;

(e) tem dificuldades para organizar tarefas e atividades;

(f) evita, demonstra ojeriza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço

mental constante, como tarefas escolares ou deveres de casa;

(g) perde coisas necessárias para tarefas ou atividades, por exemplo: brinquedos, lápis,

livros ou outros materiais;

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(h) distraído por estímulos alheios à tarefa;

(i) apresenta esquecimento em atividades diárias.

A.2 Devem apresentar seis ou mais dos sintomas de hiperatividade, que persistam

pelo período mínimo de seis meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de

desenvolvimento:

HIPERATIVIDADE:

(a) agitam as mãos ou os pés ou se remexem na cadeira;

(b) abandonam sua cadeira na sala de aula ou outras situações, nas quais, se

esperam que permaneça sentado;

(c) correm ou escalam em demasia, em situações impróprias. Adolescente e

adultos podem estar limitados as sensações subjetivas de inquietações;

(d) tem dificuldades para brincarem ou se envolverem silenciosamente em

atividade de lazer;

(e) estão sempre elétricos ou agem como se estivessem incomodados;

(f) falam em demasia.

IMPULSIVIDADE:

(g) dão respostas antes das perguntas terem sido completamente formuladas;

(h) têm dificuldade para aguardarem sua vez;

(i) interrompem ou se intrometem em assuntos alheios;

B. sintomas de hiperatividade / impulsividade ou desatenção são causadores de

comprometimentos estavam presentes antes dos sete anos de idade.

C. comprometimentos causados pelos sintomas estão presentes em dois ou mais

contextos, por exemplo: na escola ou no trabalho, e em casa.

D. devem haver evidências de um comprometimento clinicamente importante no

funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

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E. esses sintomas não ocorrem exclusivamente, durante o curso de um transtorno

global, esquizofrenia, ou outros, transtornos psicóticos, não sendo explicados por transtornos

mentais, por ex: transtorno de humor, de ansiedade, dissociativo ou de personalidade.

De acordo com BARKLEY (2002), os critérios diagnósticos do DSM – IV - TR, o

TDA/H é um transtorno mental que consiste em um padrão persistente de desatenção,

hiperatividade e impulsividade, caracterizando-se por uma síndrome que depende de fatores

genéticos, familiares e de adversidades biológicas e psicossociais. Estudos têm demonstrado

que pais de crianças com distúrbio possuem um risco, duas a oito vezes maiores, do que

apresentarem esse transtorno, envolvendo déficit do comportamento inibitório e das funções

executivas, relacionadas a ele.

1.10 Quadro clínico do TDAH

O TDAH é um padrão persistente de desatenção e de hiperatividade, apresentando um

grau mais acentuado nos indivíduos, com níveis equivalentes de desenvolvimentos. Os

sintomas que causam prejuízos devem estar presentes antes dos sete anos de idade, havendo

sempre evidências de interferências nos funcionamentos social, acadêmico ou ocupacional.

De acordo com RAFFIN (2007), a impulsividade é outro sintoma observado nesta

síndrome, manifesta-se por impaciência, interrompendo freqüentemente os assuntos dos

outros, sofrendo alterações na sua sociabilidade, baixa auto-estima e comportamento

desafiador.

As comorbidades são associadas a estes indivíduos, provocando prejuízos acadêmicos,

ocasionando conflitos com familiares e outros ambientes sociais. Existem alunos que

apresentam transtornos psicomotores, caracterizados por: incoordenação motora, apraxia,

sendo classificados pelos familiares como desatento, apresentando distúrbio de fala e

alterações no processamento auditivo. A persistência do TDAH, e seu diagnóstico na fase

adulta, tem sido motivo de pesquisas e discussões, a hiperatividade pode ser diminuída, ou

com total desaparecimento nesse período, enquanto as comorbidades permanecem, ou se

agravam, após a adolescência.

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2. INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS

Segundo WEISS (2008) é considerado na entrevista de anamnese, um ponto crucial

desse diagnóstico, permitindo que se perceba a construção de diferentes gerações; a visão

familiar da história de vida do aluno trazendo em seu contexto, os preconceitos, normas,

expectativas, a circulação de afeto e do conhecimento, além do peso das gerações anteriores,

que é depositado sobre o mesmo.

Esta entrevista tem por objetivo, colher dados significativos sobre a vida do sujeito. A

seguir, foram designadas formas de intervenções e algumas comorbidades desta síndrome:

2.1 TDAH e o diagnóstico diferencial

São os distúrbios que afetam a atenção como: transtorno de ansiedade, causado por

separação ou TOC; depressão; abuso de substância; hipertireoidismo e psicose.

Condições coexistentes ou comorbidades, podem ser definidas em: comportamento

disruptivo; transtornos de aprendizagem; transtorno opositivo-desafiador; síndrome de

Tourette e distúrbios da audição ou da fala.

Foram descritas algumas características do TDAH e as suas comorbidades:

Oitenta e sete porcento das crianças com síndrome têm pelo menos uma comorbidade;

Sessenta e sete porcento das crianças têm pelo menos duas comorbidades;

Representando um desafio diagnóstico e terapêutico, contribuindo para o fracasso

escolar com a presença da comorbidade, em jovens alunos com TDAH.

2.1.1 TDAH e comportamento disruptivo

Os professores devem mudar os estilos das apresentações de aulas, tarefas e materiais

didáticos, para manter o interesse, atenção e concentração dos alunos com TDA/H.

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Nas escolas, devem ser aplicadas atividades que estimulem: cor, forma e textura

parecendo reduzir o comportamento disruptivo, ajudando a aumentar a atenção e melhorando

o desempenho escolar.

Tarefas que requeiram uma resposta ativa, com oposição a passividade, podendo

permitir que aos alunos com TDA/H, canalizem seu comportamento disruptivo em respostas

construtivas, favorecendo as crianças, algo novo a fazer, como parte da aula, podendo

determinar trabalhos ou atividades.

a) Transtorno de Conduta Dissocial (DSM-IV-TR 312.8x)

Abaixo, será descritas alguns períodos dessa comorbidade:

Tipo de Início na Infância => (DSM-IV-TR 312.81) ou (CID F91.8)

Este subtipo é definido pelo início de pelo menos um critério característico de

transtorno da conduta, TC, antes dos dez anos de idade. Na infância esses alunos com esse

tipo de transtorno, demonstram agressividade física com outros, relacionamentos perturbados

com seus pares, podendo ter transtorno desafiador opositivo, TDO, durante um período da

infância, apresentando sintomas que satisfaçam os critérios para transtorno da conduta, antes

da puberdade, e esses alunos estão mais propensos a terem TC persistente desenvolvendo uma

personalidade antissocial na idade adulta.

Tipo de Início na Adolescência => (DSM-IV-TR 312.82)

Esse subtipo é definido pela ausência, de quaisquer, critérios característicos do

transtorno da conduta, TC, após os dez anos de idade; comparando ao tipo no início da

infância, onde os indivíduos estão menos propensos aos comportamentos agressivos,

tendendo aos relacionamentos normais com seus pares, embora, apresentem problemas de

condutas, na companhia de outros. Eles também estão menos propensos a terem um TC

persistente, ou, a desenvolverem transtorno da personalidade antissocial na idade adulta; e a

razão de homens para mulheres com essa comorbidade é menor no início na adolescência, do

que na infância.

Não Especificado => (DSM-IV- TR 312.89)

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b) Negativista ou Transtorno Desafiador de Oposição = > (DSM-IV-TR 313.81)

A característica essencial do Transtorno Desafiador Opositivo, TDO, é um padrão

recorrente de pessoas negativistas, desobedientes, provocadoras e comportamentos hostis, em

relações as figuras de autoridade, que persistem por pelo menos seis meses (Critério A),

caracterizado pela ocorrência freqüente de pelo menos quatro dos os seguintes

comportamentos: perder a paciência (Critério A1), discutir com adultos (Critério A2), desafiar

ativamente ou recusar-se a cumprir as solicitações e regras dos adultos (Critério A3),

deliberadamente fazer coisas que aborreçam outras pessoas (Critério A4), culpar os outros por

seus próprios erros ou mau comportamento (Critério A5), ser suscetível ou facilmente

aborrecido pelos outros (Critério A6), se enraivecido e ressentido (Critério A7), ou ser

rancoroso ou vingativo (Critério A8)

c) Transtornos do Comportamento Disruptivo sem outra especificação (DSM-IV-TR

312.9)

Transtorno de comportamento disruptivo sem outra especificação, TCD-SOE, é um

termo usado para descrever um padrão de comportamento problemático grave, que não

constituem os termos de TC ou TDO. Os alunos têm sintomas de ambos os transtornos, mas

não o suficiente para ser considerados afetados pela doença por completo, ou não tenha

informações, sobre a situação deste estudante.

Ex.: Se uma criança foi exposta a abusos em uma idade jovem, abandonado por um

pai, não higienizado adequadamente, desnutrido ou a família está em situação de pobreza,

todos esses fatores podem causar TCD-SOE. Deve ser lembrado que todas estas razões estão

fora do controle do aluno, e esse, não deve ser visto pelas atitudes antissocias que venha a

cometer.

2.1.2 Transtorno de conduta dissocial = > (DSM-IV-TR 312.08) ou (CID10 91.8)

Este transtorno se manifesta pela presença de sintomas com um padrão repetitivo e

persitente, que apresentam normas sociais fundamentais específicas para a idade e seus

direitos são violados, confomes os critérios abaixo, nos últimos doze meses:

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a) Agressões as pessoas ou animais: utilizam-se de blefe, ameaçam ou intimidam outros;

iniciam lutas corporais; manuseiam-se armas que podem causar danos físicos graves aos

outros; são fisicamente cruéis com pessoas ou animais; roubam a suas vítimas em assaltos; ou

cometem agressões sexuais;

b) Destruição de propriedade: envolve-se deliberadamente com fogo, com a intenção de

causar danos graves; destrói a propriedade alheia, exceto incêndio;

c) Desonestidade ou roubo: furtos de objetos de valores não triviais, sem confronto com

as vítimas; violam as casas ou o carros dos outros; utilizam-se de mentiras para obterem bens

ou favores, evitando obrigações.

d) Sérias violações de regras: pessoas com essas conformidades, ficam fora durante a

noite, apesar das proibições dos pais, sendo este procedimento, antes dos treze anos de idade;

fugindo à noite de casa ao menos duas vezes por semana, podendo viver com seus pais em lar

adotivo, ou, retornar apenas uma vez , por um longo período de tempo.

Segundo OLIVEIRA SANTOS (2009), à associação entre sintomas físicos

recorrentes, sem causa médica e sintomatologia do Transtorno de Conduta Dissocial (TD), ao

início da idade escolar, desde uma perspectiva biopsicossocial do processo saúde-doença. Os

alunos que os pais informaram as presenças de: recorrentes de dores de cabeça, pernas,

barriga; problemas nos olhos; alergias cutâneas; náuseas e vômitos, sem causa médica foram

incluídos nos grupos de queixas somáticas.

Os resultados apontavam existências de associações significativas, entre dor de

barriga, sem causa médica e sintomatologia TCD, evidenciando as necessidades de estudos

que explorem essas relações nas etapas precoces do ciclo evolutivo, evitando que sintomas, se

tornem crônicos e evoluam, agravando os transtornos.

As detecções e intervenções precoces desses sinais de alertas contribuem para que,

esses jovens aprendam a utilizarem seus recursos internos, desenvolvendo habilidades que

lhes capacitem, a superações das adversidades, podendo promover o bem-estar do aluno, da

família e seu desenvolvimento de um compromisso ético.

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2.1.3 Transtorno Opositivo-Desafiador = > (DSM-IV-TR 313.81) ou (CID 10 91.3)

Esse distúrbio, caracteriza-se por padrão de comportamento negativista, hostíl e

desafiador, durante pelo menos seis meses, permancendo ainda presente, os seguintes

comportmentos de: irritabilidades ou birras; discutes, desafiam ou se recusam, a cumprirem as

exigências de adultos; irritam e aborrecem os outros deliberadamente; irascivel e tem

ressentimento; rancoroso ou vingativo, culpam os demais por seus erros ou mau

comportamento.

2.1.4 TDAH e transtornos de tiques (DSM-IV-TR 307.2x)

a) Transtorno de La Tourette – TT (DSM-IV-TR 307.23) ou (CID10 95.2)

É caracterizado pela presença de múltiplos tiques motores crônicos, e ao menos um

tique vocal, com duração mínima de um ano e aparecimento antes dos dezoito anos. Vários

estudos demonstraram que o TT tem etiologia genética, com padrão de transmissão familiar

autossômico, dominante e de penetrância variável, de acordo com o sexo. (Rev. Bras.

Psiquiatr. vol.21. 1999)

b) Transtorno Crônicos de Tiques Motores ou Vocálicos (DSM-IV-TR 307.22) ou

(CID10 F95.0)

Seguem-se abaixo, os quatro os quatro tipos tiques, com alguns exemplos:

Tiques motores simples: pestanejar; movimentos rotatórios dos olhos; olhar

de soslaio; sacudidelas da cabeça; esgares faciais; contrações súbitas do

nariz; estalidos produzidos com os lábios; projeção da língua para fora;

abrir a boca; sacudidelas das pernas; flexão dos braços e agitar os braços.

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Tiques motores complexos: bater em si mesmo ou em outros; saltar, tocar

em si próprio ou noutros; cheirar as mãos ou objetos; bater palmas;

beliscar; tocar em objetos; inclinar-se para frente; saltitar; pontapear; atirar

objetos; acocorar-se; pular; dar saltos mortais; dar saltos atrás; flexionar

pronunciadamente os joelhos; bater com o pé no chão; abanar o pé; arrastar

os pés; mascar roupas; arranhar; beijar-se a si próprio ou a outros; puxar

pelas roupas ou qualquer outra combinação de movimentos executados

repetidamente.

Tiques vocais simples: limpar a garganta; roncos; fungadelas; resfôlegos;

guinchos; tosses; sussurros; gritos; cuspir; arquejos; assobios; grasnidos;

gaguejar; sibilar; risos; berros; ladrar; gemidos; sons guturais; respirar

ruidoso; arfar; gorgolejos; estalidos; soluços; entre outros.

Tiques vocais complexos: frases; palavras incompreensíveis ou eco.

c) Transtonos TICS Transitórios (DSM-IV-TR 307.21) ou ( CID10 F95.0)

As características essenciais de Transtorno de TICS Transitórios são as presenças de

tiques motores e/ou vocais, isolados ou múltiplos (Critério A).

Os tiques ocorrem várias vezes ao dia, por quatro semanas, mas não mais do que doze

meses consecutivos (Critério B).

Os demais aspectos essenciais (Critérios C, D e E) são os mesmos do TT,

Sendo que o Transtorno de TICS Transitório, não é diagnosticado, se em algum

momento fossem satisfeitos os critérios para Transtornos: de Tourette, Tique Motor ou Vocal

Crônico, com duração mínima de um ano (Critério F).

As demais características do transtorno são as mesmas do TT, exceto que, a gravidade

dos sintomas e o prejuízo funcional são habitualmente tênues.

d) Transtornos de Tique Não Especificados. (DSM-IV-TR 307.20)

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2.1.5 TDAH e transtornos de ansiedade (DSM-IV-TR 30x.xx)

As comorbidades encontradas podem ser dos seguintes tipos:

a) Transtorno Obsessivo-Compulsivo – TOC (DSM-IV-TR 300.03) (CID10 F42.8)

Caracterizam-se pelas presenças de obsessões e compulsões, sendo as obsessões

ligados as: idéias, pensamentos, imagens ou impulsos repetitivos e persistentes, que são

vivenciados como intrusivos e provocam ansiedade; possui preocupações excessivas aos

problemas cotidianos, a pessoa tenta ignorá-los, suprimi-los ou neutralizá-los, através de outro

pensamento, ou ação. As compulsões são: comportamentos repetitivos ou atos mentais que

visam reduzir a ansiedade, e afastar as obsessões, esses rituais são percebidos, como algo sem

sentido, e o indivíduo reconhece seu comportamento irracional. (Rev. Bras. Psiquiatr. vol.21,

1999)

b) Transtorno de Estresse Pós-Traumático (DSM-IV-TR 309.81) (CID10 F43.1)

O transtorno de estresse pós-traumático, TEPT, é classificado como transtorno de

ansiedade caracterizando-se por comportamentos inadequados aos estímulos que não

representam perigos reais. Esses eventos traumáticos criaram situações que representaram um

evento real, de ameaça ou atentado contra a integridade física, de si ou de outra pessoa. Como

exemplos foram citados: acidentes de carro; seqüestros; estupros; assaltos; agressões físicas;

morte de familiares ou pessoas próximas; catástrofes naturais; seqüestros relâmpagos. [Link]

c) Transtorno de Estresse Agudo (DSM-IV-TR 308.03) ou (CID10 F43.0)

A reação aguda ao estresse tem início ao evento traumático, existindo diferenças a

serem destacadas, entre os critérios diagnósticos apresentados, na CID-10 e no DSM-IV. O

Transtorno de Estresse Agudo, TAE, é uma categoria nova no DSM-IV, que foi acrescentada

para descrever reações agudas a um estresse extremo, com a finalidade, de compatibilizar com

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o CID-10 e para auxiliar na detecção precoce de casos. Nesse tipo de reação, conforme a CID-

10, o estudante, após ter sido exposto a um estressor mental ou físico excepcional, inicia

imediatamente, os sintomas, tais como: estado de atordoamento, acompanhado de tristeza,

ansiedade, raiva, desespero, entre outros; após a exposição a evento traumático, é necessária a

presença dos sintomas dos critérios B, C e D, associados a estupor dissociativo, o

comportamento do indivíduo é como do estupor, com diminuição ou ausência de movimentos

voluntários e responsividade normal aos estímulos, sem uma base física definida, como no

estupor usual, ocorrem uma paralisia súbita, ou a, com diferentes sintomas, os quais poderiam

ser citados: retraimento da interação social; diminuição da atenção; desorientação aparente;

raiva ou agressão verbal; desespero ou desesperança; hiperatividade inadequada; pesar

incontrolável e excessivo; sendo classificadas como leve, moderada ou grave. (Rev Bras

Psiquiatr vol. 25, 2003).

d) Transtorno de Ansiedade Generalizada (DSM-IV-TR 302.02) ou (CID10 F41.1)

A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada, TAG, é uma

ansiedade ou preocupação excessiva, ocorrendo por um período de pelo menos seis meses,

acerca de diversos eventos ou atividades (Critério A); e o indivíduo considera difícil controlar

a preocupação (Critério B); a ansiedade e a preocupação são acompanhadas de pelo menos

três sintomas adicionais, de uma lista que inclui: inquietação; fatigabilidade; dificuldade em

concentrar-se; irritabilidade; tensão muscular e perturbação do sono; sendo apenas, um

sintoma adicional exigido em crianças, para caracterizá-lo (Critério C); o foco da ansiedade e

preocupação, não está confinado aos aspectos de outros transtornos do Eixo I, como

exemplificando: ter um transtorno de pânico; embaraço em público, que caracterizam fobias

sociais; ser contaminado, no transtorno obsessivo-compulsivo; se afastado de casa ou de

parentes próximos, no transtorno de ansiedade de separação; ganhar peso, na anorexia

nervosa; ter múltiplas queixas físicas, no transtorno de somatização; ou ter uma doença séria,

na hipocondria; e a ansiedade e preocupação, não ocorrem exclusivamente, durante o

transtorno de estresse pós-traumático (Critério D); embora os indivíduos com TAG, nem

sempre sejam capazes de identificar suas preocupações como excessivas, relatam sofrimentos

subjetivos devido, à constante preocupação, tendo dificuldades em controlar a preocupação,

ou experimentando prejuízos, nos funcionamentos sociais ou ocupacionais, ou em outras áreas

importantes (Critério E); as perturbações não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma

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substância, como: drogas de abuso, medicamentos, exposições a uma toxina, ou de uma

condição médica, não ocorrendo exclusivamente, durante os transtornos de humor, psicóticos

ou invasivos do desenvolvimento (Critério F).

A intensidade, duração, freqüência da ansiedade ou preocupação são claramente

desproporcional a real probabilidade ou impacto do evento temido; o estudante considera

difícil evitar que as preocupações interfiram na atenção das tarefas, que precisam ser

realizadas, e tendo dificuldades em parar de se preocupar.

Os alunos com TAG tendem a expressar, preocupações excessivas com competências

ou a qualidades de seus desempenhos; durante o transtorno, o foco da preocupação mudaria

de uma preocupação para outra; havendo tremores, abalos e dores musculares, nervosismos,

irritabilidades, associados às tensões musculares, experimentando sintomas somáticos, por

exemplo: mãos frias e pegajosas; boca seca; sudoreses; náuseas e diarréias; aumentos das

freqüências urinárias; dificuldades para engolir e sintomas depressivos também podem ser

diagnosticados. Os adultos com TAG se preocupam com circunstâncias cotidianas e

rotineiras, tais como: possíveis responsabilidades no emprego; finanças; saúde de membros da

família; infortúnio acometendo os filhos ou questões menores, entre elas: tarefas domésticas;

consertos no automóvel ou atrasos a compromissos.

O TAG pode ocorrer com algumas comorbidades, por exemplo: transtornos

depressivos, distímico; de pânico; fobias sociais e específicas; e com distúrbios relacionados a

substâncias, que seriam: dependência ou abuso de álcool ou de sedativos; hipnóticos ou

ansiolíticos; condições associadas ao estresse: síndrome do cólon irritável ou cefaléias.

2.2 Intervenções Psicopedagógicas

O acompanhamento psicopedagógico tem como objetivo, abordar o processo de

aprendizagem, seu desenvolvimento, e que maneira o indivíduo, se relacionar com o aprender

nos aspectos cognitivos, emocionais e sociais. Essa pode ser terapêutica, preventiva e de

inclusão escolar, sendo sua avaliação, iniciada, a partir da primeira entrevista com os pais,

conhecendo o motivo da consulta, desenvolvimento do aluno e seu histórico familiar, devendo

ser feitas, sessões individuais com os mesmos.

Diante dessas necessidades são realizados testes e atividades específicas para

avaliarem os desenvolvimentos cognitivos, emocionais e psicomotores dos alunos; com isso,

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as atividades são voltadas para as áreas: da escrita, leitura, raciocínio matemático,

motricidade, desenho é o lúdico, aonde são utilizados jogos com regras.

O processo avaliativo pode ser feito através de um acompanhamento de uma ou duas

semanas, onde o papel do psicopedagogo e sua observação são relevante, para o diagnóstico

do aluno com TDA/H. Seu trabalho também é realizado junto aos pais e a escola, dando um

suporte à família, e, não apenas ao indivíduo, orientando o comportamento e atitudes da

família, que colaboraram com o tratamento dos alunos com TDA/H.

Deve haver equilíbrio na postura dos pais diante dos limites, regras e reconhecimento

dos aspectos positivos que o aluno apresenta, auxiliando nas atividades, organizações dos

afazeres e pertences, contribuindo pra que o aluno sinta segurança e confiança, perante a

família.

Na escola, o psicopedagogo atua junto aos coordenadores e professores, com o

objetivo de levantar dados na rotina e rendimento escolar do aluno, organização, interesse,

comportamento em sala de aula, e em outras atividades, e seu relacionamento com colegas e

professores.

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3. METODOLOGIA

Foram feitas duas coletas de dados, nas seguintes modalidades: entrevista com a

psicopedagoga da Escola EMEIF Professor Gerardo Milton de Sá em Fortaleza – CE; e por

email com a psicóloga da Associação Brasileira de Déficit de Atenção - ABDA. Fazendo as

seguintes consultas: Biblioteca Nacional, Real Gabinete Português de Leitura, ambas

localizadas no Rio de Janeiro, e ainda, em Bibliotecas Públicas no Município de Fortaleza;

3.1 Caracterização da Instituição

3.1.1 Escola EMEIF Professor Gerardo Milton de Sá

Localizada na Rua Vale da Costa, s/n – ligada unidade da regional III, bairro Antônio

Bezerra, em Fortaleza – CE.

3.1.2 Associação Brasileira de Déficit de Atenção - ABDA

Rua Paula Barreto 91 – Botafogo - Rio de Janeiro – RJ – CEP: 22.280-010, Telefone /

Fax: (21) 2295.0921, com site www.tdah.org.br, e entrevista feita por email.

3.2 Caracterização do sujeito

3.2.1 Psicopedagoga M.G.M.C.

Pós-graduada pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), atuando nessa função a

de cinco anos.

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3.2.2 Psicóloga T.F.D.

Graduo-se em bacharel na Universidade Federal do Rio de Janeiro, formou-se,

Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental, em 2004, e executa atividades nos

grupos: GEDA, Grupo de Estudo em Déficit de Atenção - psiquiatria UFRJ e no curso de

Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental.

3.3 Instrumentos de coleta

3.3.1 Instrumento de coleta I

No primeiro caso, foi elaborado questionário, contendo dez perguntas referentes ao

transtorno, conhecido por TDAH, conforme anexo, visando o posicionamento da profissional

que atua diretamente com crianças e adolescente com esse problema social.

3.3.2 Instrumento de coleta II

No segundo caso, de acordo com anexo, foi feito contato inicial por telefone,

viabilizando uma comunicação precisa, onde a vivência da psicóloga T. F. D. nas instituições

foi mencionada. O referido questionário foi elaborado, contendo dez perguntas, com diversas

dúvidas, que foram esclarecidas por e-mail.

3.4 Análise de dados

3.4.1 Psicopedagoga M.G.M.C

O conforme posicionamento da psicopedagoga M.G.M.C., a referida entrevistada

ocorreu, com a finalidade, de prestar esclarecimento a respeito, do atendimento prestado as

crianças especiais, sendo assim, foi desenvolvido uma pesquisa de campo, referente às

dificuldades de aprendizagem, com ênfase no Déficit de Desatenção / Hiperatividade.

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Segundo a psicopedagoga, Pós-graduada pela Universidade Estadual do Ceará, UECE,

atuando nessa função a cinco anos, afirmando ter atendido a alunos, com diversas

dificuldades, tanto nas limitações físicas, quanto nos possíveis transtornos, ressaltando que o

hiperativismo e a desatenção, são os maiores problemas nos dias de hoje para os alunos. Seu

posicionamento é enfático e preciso, no que diz respeito a essa síndrome, quanto ao respeito

social, ressalta que os professores desta escola tem formações acadêmicas satisfatórias,

possuindo embasamentos teóricos, permitindo desenvolvimento de atividades que trabalhem

as diversidades, na qual o TDA/H está incluído.

Esta profissional tem observado que os educadores necessitam de um apoio, por parte,

de especialistas da área, mencionando o desejo de cursos, direcionados a especificidade de

cada caso; salientando, que o fator tempo, é a queixa de todos os servidores.

A educação vem passando por um processo evolutivo, mas existem ainda obstáculos,

tais como: desinformação e o descomprometimento sendo dois pontos, a serem avaliados e

modificados. Dando seqüência a nossa entrevista, a psicopedagoga, informa que a faixa etária

de se detectar os casos de TDA/H, é entre seis a sete anos, onde as crianças estão entrando no

processo de letramento, exigindo um maior nível de comprometimento e atenção.

Ela afirma já ter feito encaminhamentos de alguns casos para especialistas, e cita o

CAPS, como uma das instituições solicitadas e atuante; acrescentando que ocorreram,

melhoras significativas, nos históricos escolares das crianças, com acompanhamentos

seqüenciados, dependo de caso, dos usos de tratamentos farmacológicos.

Como educadora, diz ter tido vivencia, onde a inclusão é um desafio social, e a

informação deve ser vista como prioridade, mostrando-se bastante otimista e relatando

avanços significativos, dentre os quais, a quebra de preconceitos e a utilizações de rótulos,

como: esse menino é uma peste, não para nunca; isso é um capeta, não fica quieto um só

momento.

3.4.2 Psicóloga T. F. D.

Foi feito a entrevista, por intermédio de email, com a psicóloga T. F. D. da A.B.D.A.

Quem é portador de TDAH nasce com TDAH, este não é um transtorno que se adquira

ao longo da vida. Sendo assim, sintomas ou características do transtorno aparecem,

freqüentemente desde cedo, até mesmo antes da idade escolar, em brincadeiras, na interação

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com a família ou em qualquer outra situação no ambiente da vida de uma criança. No entanto,

a idade em que os sintomas de desatenção ficam mais evidentes é de fato na idade da

alfabetização, entre seis e sete anos, onde pela primeira vez a criança é submetida a tarefas

que demandam concentração e sustentação da atenção em tarefas formais. O DSM-IV, que é o

manual de diagnóstico internacional dos transtornos psiquiátricos é baseado nesse fato e

queixa de desatenção na idade de alfabetização pode considerado um critério por conta dessa

explicação.

Existem diferentes estudos, não brasileiros, que apontam a genética com a principal

causa do TDAH. Logo, a hipótese aceita atualmente no meio acadêmico e científico é que a

transmissão seja genética. No entanto, não podemos dizer que se o pai ou a mãe for portador

de TDAH, o filho certamente, com cem por cento de certeza também será. Obviamente pode-

se dizer que, as chances de ser portador são infinitamente maiores do que de uma criança, que

não tenha esse histórico familiar, e essa predisposição genética.

O diagnóstico de TDAH deve ser feito por um médico mesmo que a suspeita em um

primeiro momento tenha partido dos pais, professores ou psicólogos. Este diagnóstico é

prioritariamente clínico, ou seja, feito através do levantamento de informações da vida

pregressa do paciente, bem como do histórico familiar e principalmente pelo relato das

queixas e/ou dificuldades do portador. Escalas padronizadas ou entrevistas padronizadas, que

listam a freqüência e grau de comprometimento dos sintomas, são usadas freqüentemente

como ferramentas auxiliares no diagnóstico deste transtorno. Não existem exames de imagem,

sangue ou qualquer outro tipo de exame que possa identificar marcadores que fechem o

diagnóstico.

O papel da família é importantíssimo uma vez que é nela que o portador vai encontrar

uma forma de lidar melhor com os comprometimentos causados pelo TDAH. Uma vez que a

família compreenda os sintomas, a forma pela qual os sintomas podem comprometer a rotina

do portador e compreenda também a importância do tratamento sem preconceitos a respeito

de medicação e/ou terapia, essa família estará apta a acolher e ajudar o portador. A família

também pode ajudar bastante no contato com a escola da criança portadora. A abordagem

próxima e acolhedora da família, fazendo da escola uma parceira nas questões referentes ao

TDAH, certamente aumentará a qualidade de vida do portador.

A bióloga Tatiana Roman, que é doutora pela UFRGS e coordenadora da equipe de

genética do Programa de Déficit de Atenção/Hiperatividade (PRODAH) do Hospital das

Clínicas de Porto Alegre é a pesquisadora mais expoente nesse assunto no Brasil, ela tem

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vários artigos científicos publicados sobre o assunto que podem ser encontrados, através do

PubMEd ou Scielo.

No livro “Princípios e Práticas em TDAH”, de Luis Augusto Rohde, Paulo Mattos &

cols -Artmed Editora, 2003, pode er encontrado, não só capítulos que abordem a questão da

genética para o TDAH, como também os sintomas em crianças, adolescentes e adultos,

tratamento farmacológico e psicoterápico, epidemiologia, intervenção escolar, aprendizado e

neuropsicologia de forma atual e extensa.

Por questões éticas e profissionais, que estão de acordo com os princípios do Conselho

Federal de Medicina e principalmente porque esse não é o foco do trabalho abordado pela

ABDA (que é uma associação de suporte a portadores), qualquer tipo de parecer sobre

tratamento medicamentoso seja ele sobre prescrição, resultados e/ou efeitos colaterais deve

ser emitido única e exclusivamente por médicos.

3.5 Constatações das pesquisas

Foram constatadas nas pesquisas de campos junto as psicopedagoga e a psicóloga, que

trabalham com alunos com TDA/H, diversos transtornos, cujos diagnósticos são clínicos,

sendo responsáveis por enormes frustrações, que pais e filhos, portadores desses distúrbios

experimentam.

Segundo essas especialistas, crianças, adolescentes, e adultos foram diagnosticados

com TDA/H, são rotulados de: problemáticos; desmotivados; avoados; malcriados;

indisciplinados; e com dificuldades de aprendizagem. Por esse motivo relatam as

profissionais, que fatos desses transtornos continuarem parcialmente desconhecidos, onde

educadores e profissionais da saúde, sentem dificuldades nos avanços nos portadores, dessas

patologias.

Entrevistas demonstraram preocupações exacerbadas com os diagnósticos diferenciais,

onde as patologias atingem cerca de três a seis porcento, na idade escolar, entre a faixa etária

de seis a sete anos, afirmam, que o papel da família é de suma importância, para os

portadores encontrarem formas de convivências com esse distúrbios, compreendendo os

sintomas e as rotinas desses indivíduos, sem preconceitos com relações aos medicamentos e

terapias.

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Estas afirmam que os professores são fundamentais no auxílio ao diagnóstico do

TDA/H, visto que, a hiperatividade fica evidente no período escolar, quando aumenta a

concentração para aprender, onde o orientador possa distinguir uma criança sem limite de

uma hiperativa.

Os portadores desses distúrbios precisam receber das escolas, acompanhamentos

especiais, pois, não conseguem conter seus instintos, tumultuando as salas de aulas, as vidas

dos colegas e professores. As especialistas sugeriram aplicações de ações didáticas /

pedagógicas, direcionadas para alunos, favorecendo sua auto-estima, criando atividades

diversificadas para que ajam comprometimentos, do processo ensino-aprendizagem.

Os professores são elos, entre as famílias e os especialistas, durante o tratamento do

TDA/H, não podendo fazer diagnósticos, mas esclarecer aos pais, que esta síndrome, quando

não tratada, pode gerar complicações para os alunos nos convívios sociais, levando-os as

depressões, busca de drogas, insatisfações e a infelicidades.

Com relação às condições dos trabalhos, a psicóloga comentou que no Rio de Janeiro

possuem várias instituições envolvidas com os tratamentos e assistências dessa síndrome;

Enquanto a psicopedagoga afirmou que: em Fortaleza existem instituições comprometidas,

que desenvolvem esse trabalho com eficácia, mas salienta que, poderia haver um

comprometimento maior, por parte dos governantes e conseqüentemente, trabalhos

direcionados da mídia, para que haja melhor divulgação dessa patologia.

Finalizaram com otimismo, dizendo acreditarem no avanço do tratamento desse

distúrbio, paradigmas foram quebrados acreditando que as mudanças ocorridas e os índices de

informações favoráveis venham a possibilitar novas conquistas na área da psicopedagogia.

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CONCLUSÃO

O TDA/H tem sido um transtorno que atinge alunos durante a infância e adolescência,

causando prejuízos nas áreas emocionais, sociais, escolares e familiares. Seu diagnóstico é

clinico, necessitando das interferências dos especialistas, tais como: professores,

psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, entre outros profissionais da área de saúde.

Encarando com seriedade esse transtorno que causam muitas frustrações nas famílias, sabe-se

que os portadores dessa síndrome são rotulados de: problemáticos, desmotivados, mal criados

ou irresponsáveis, por diversos educadores; e quanto antes for diagnosticado o distúrbio,

melhor as condições para tratá-los, preservando-os de situações constrangedoras e

assegurando-lhes, os seus direitos e deveres.

Existem informações distorcidas e empobrecidas a respeito desse assunto, que

remetem conotações negativas, justamente pelo conhecimento superficial da população, e

profissionais da educação e da saúde. O tratamento para os portadores de TDAH deve ser

visto com seriedade, levando em consideração, o grau desses distúrbios, e a administração de

medicamentos neuroestimulantes, para que haja um controle da síndrome, em casos mais

leves, contamos com uma terapia comportamental, tanto com alunos, quanto com a família.

Os alunos com o TDAH precisam ter acompanhamento especial na escola, por que não

conseguem conter impulsos, tumultuando a sala de aula, dificultando o processo ensino-

apredizagem; devendo professor incentivar a autoestima do aluno, para que não haja falta de

concentração, trabalhado com diversas atividades. O desafio deve ser todos, que tenham

compromissos com o processo educativo, desde o funcionário que recebe o aluno na unidade

escolar, até as autoridades competentes.

O papel do educador é fundamental para auxiliar no diagnóstico do TDAH, sendo que

a hiperatividade é mais evidente no período escolar, quando a criança aumenta seu nível de

concentração, e o professor deve estar ciente de sua responsabilidade como observador, e elo,

entre família e o especialista, proporcionando uma avaliação precisa, para distinguir uma

criança sem limites, de uma hiperativa, não tendo autonomia para fazer o diagnóstico,

podendo esclarecer aos pais sobre esses transtornos, que sendo tratado em tempo hábil pode

vir a evitar problemas para o aluno, tais como: depressão, o uso de drogas, conflitos sociais e

internos, infelicidades, insatisfações e a rejeições geradas pelos demais companheiros da

escola.

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Vendo pelo lado social, escola e a família podem trabalhar em parceria, para

minimizar os problemas apresentados por esse distúrbio, não devendo fazer imposição de

limites, contribuindo no tratamento do TDAH. Os alunos com esses transtornos devem ser

acolhidos dentro do contexto social da escola, não podendo se prevalecer dessa patologia,

para agredir ou complicar a vida de outros estudantes; avanços nas pesquisas nos últimos

anos, sobre os portadores do TDAH, vem amenizando os seus sintomas, proporcionando

melhoras em sua condição de vida.

Ao longo dessas duas décadas de magistério, foram vivenciadas situações complexas e

de difíceis aceitações, tanto por parte da família, quanto no sistema educacional, que com o

propósito de ajudar acabaram discriminando vidas, gerando traumas e frustrações.

O psicopedagogo atua com a parte emotiva do aluno, sensibilizando-o para a

construção do conhecimento, levando em consideração seus desejos, bem como, orientando

ao professor para que o mesmo, seja um elemento facilitador, levando o educando ao

desenvolvimento da auto-percepção, percepção do mundo e do outro.

Existem várias situações que dificultam o processo ensino aprendizagem, portanto a

responsabilidade do psicopedagogo é detectar formas de se trabalhar as dificuldades, dentro

de cada especialidade, seja sua atuação institucional ou clínica, exercendo trabalho de

reflexão e orientação familiar, possibilitando a elaboração das condutas, que favorecem a

adequação e integração do individuo com TDAH, trazendo perspectivas sob diretrizes da vida

e evolução.

Seu papel é de suma importância, cabendo-lhe intervir no método cognitivo, junto a

construção de condições, para que o aluno possa situar-se de forma adequada, e o

comportamento patológico, situar-se em segundo plano. Este pode focalizar dificuldades

especificas da criança, em termos sociais, criando um espaço para desenvolvê-las por meio da

interação do estudante, com que atividade lúdica adequada as suas limitações.

O psicopedagogo em parceria com outros profissionais tais como: professores,

coordenadores e especialistas da área médica, podem favorecer uma avaliação mais eficaz

com a finalidade de atender e entender com competência do aluno portador do TDAH. No

entanto, não é raro escola ou família receber o diagnóstico e não saber o que fazer com ele,

não basta termos o diagnóstico em mãos é necessário avaliarmos sobre o ponto de vista

biológico, social e acadêmico. Se pensarmos em termos objetivos, a avaliação nada mais é do

que, localizar necessidades e se comprometer com sua superação.

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Na escola, cabe ao psicopedagogo reunir professores e coordenadores para

conversarem sobre o aluno e a família atendida, traçando para cada caso, uma linha de ação

em termos de responsabilidade da escola, da família e dos profissionais que lidam com a

criança e suas dificuldades no processo ensino aprendizagem. A escola assume o papel

pedagógico do processo, no entanto, ressaltada pelos profissionais, que atendem o aluno, e

validado pelos pais.

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9. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA. (2008)

PROJETO DE LEI Nº 292, DE 2008. CRIA O “PROGRAMA DE

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49

ANEXO I

PRINCIPAIS LEIS QUE PROTEJEM OS ALUNOS COM O TDAH

1. LEI Nº 9.394, de 20 DE Dezembro de 1996, (LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA

EDUCAÇÃO )

Os alunos com TDAH contam com a LEI Nº 9.394, de 20 DE Dezembro de 1996,

(LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO ), no TITULO V - DOS NÍVEIS E

DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO, CÁPITULO V – DA EDUCAÇÃO

ESPECIAL, nos Art. 58 a 60. A seguir, foi feito um levantamento de alguns projetos de leis,

que ainda estavam para serem votados.

2. PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS) nº 402, de 2008, de autoria do Senador

Gerson Camata, com as seguintes emendas:

“ Art. 1º O Poder Público deve manter programa de diagnóstico e tratamento de

estudantes da educação básica com Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção com

Hiperatividade (TDAH).

Art. 2º O diagnóstico e o tratamento de que trata o art. 1º devem ocorrer por meio de

equipe multidisciplinar, da qual participarão, entre outros, educadores, psicólogos,

psicopedagogos, médicos e fonoaudiólogos.

Art. 3º As escolas de educação básica devem assegurar às crianças e aos adolescentes

com dislexia e TDAH o acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua

aprendizagem.

Art. 4º Os sistemas de ensino devem garantir aos professores da educação básica

cursos sobre o diagnóstico e o tratamento da dislexia e do TDAH, de forma a facilitar o

trabalho da equipe multidisciplinar de que trata o art. 2º.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da sua

publicação.

Sala da Comissão, em 02 de março de 2010.

Senador Flávio Arns, Presidente Eventual

Senadora Marisa Serrano, Relatora

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3 PROJETO DE LEI N.º 7.081, DE 2010, SENADO FEDERAL: PROJETO PREVÊ

TRATAMENTO DE DISLEXIA E TDAH PARA ESTUDANTES DO ENSINO

BASICO:

“ Proposta também prevê oferta de cursos específicos para professores sobre o

diagnóstico e o tratamento dessas disfunções.

Tramita na CÂMARA O PROJETO DE LEI 7081/10, do senador GERSON

CAMATA (PMDB-ES), que obriga o poder público a manter programa de diagnóstico e

tratamento de dislexia e de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) para

estudantes do ensino básico. “

4. PROJETO DE LEI Nº 292, DE 2008: cria o “programa de diagnóstico de TDAH “ na

rede de escolas públicas do estado de São Paulo e dá outras providências.

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO – Nº 77 – DOE DE 25/04/08

– P.11

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:

Artigo 1º - Fica instituído o Programa de Diagnóstico de TDAH, (Transtorno do

Déficit de Atenção e Hiperatividade), nas Escolas Públicas de São Paulo.

Artigo 2º - A Secretaria Estadual de Educação, treinará diretores, professores da rede

pública, que atuam com as crianças cuja idade escolar, esteja dentro do parâmetro de

Hiperatividade, através de parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, que fornecerá

profissionais especializados na área, tais como psicólogos, fonoaudiólogos, psiquiatras, etc.

Artigo 3º - Cada Delegacia de Ensino deverá oferecer pelo menos, uma sala, em cada

escola, onde o professor tenha condições de acompanhar a criança diagnosticada com TDAH.

Artigo 4º - No início do ano letivo, os professores, deverão observar os alunos, e

encaminhá-los a classe com professores especializados.

Artigo 5º - No ato da matrícula, os pais deverão avisar a escola, no caso do aluno já ter

o diagnóstico de TDAH.

Artigo 6º - As despesas orçamentárias correrão por dotação própria.

Artigo 7º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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51

ANEXO II

I Entrevista com a Associação Brasileira De Déficit de Atenção – ABDA

1- Qual a idade de maior facilidade para a identificação do TDAH?

2- Têm alguns estudos que indiquem que o TDAH seja hereditário?

3- Existem sintomas do TDAH que possam ser identificados antes da idade escolar?

4– Como seria feito o diagnóstico no TDAH?

5– Qual papel da família no tratamento do TDAH?

6 – Qual a sua opinião medica sobre medicamentos disponíveis hoje para o TDAH? Quais

os medicamentos que têm maiores índices de resultados positivos? Tem algum que seja um

medicamento com resultados não comprovados? Tem algum que você considera que os

efeitos colaterais sejam maiores que os benefícios?

7- Uma pessoa que tenha o TDAH, e seja medicado, por exemplo, com RITALINA, este

paciente poderia suspender sem comunicar ao medico a sua utilização? Como deve ser o

acompanhamento médico? Com que periodicidade o paciente deve fazer essas consultas? Tem

algum marcador que deva ser controlado em algum tipo de exame?

8– Existem trabalhos científicos realizados onde a ocorrência de influencia genética do

TDAH, no Projeto Genoma Humano, que existem genes de suscetibilidade ao TDAH: DRD1,

DRD2, DRD3, DAP, MAOA, SLC6A2, TPH-2, SLC6A4, CHRNA4, GRIN2A?

9- Aqui no Brasil tem alguns centros de estudos neste campo?

10- Como se encontra o campo da genética aqui no Brasil nessa área?

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II Entrevista com Psicopedagoga da Escola Pública

1 - Como psicopedagoga desta unidade escolar, você possui conhecimento com relação ao

TDAH? Quais os prejuízos que causados ao ensino aprendizagem?

2 - Existe uma consciência, por parte do corpo docente deste estabelecimento de ensino,

com relação ao seu papel de observador e interventor de crianças portadoras de TDAH? De que

maneira eles atuam em sala com essa problemática?

3 - Em sua opinião, os professores têm embasamentos teóricos para orientarem as crianças

portadoras de TDAH, em sala de aula? Eles têm condições atualmente de reconhecer um aluno

com esse distúrbio?

4 - Qual a faixa etária de idade dos alunos que são assistidos nesta unidade escolar, e quais

as queixas mais freqüentes desses educadores, no processo ensino aprendizagem?

5 - Na sua visão de psicopedagoga, o que poderia ser feito para que este e outros transtornos

fossem de conhecimento coletivo, no nível de escola pública municipal?

6 - Com relação à capacitação dos educadores, você considera satisfatório, e como vem sido

feito esse processo? Quais os que já possuem formações acadêmicas para trabalharem com

crianças consideradas especiais?

7 - Você é favorável ao processo de inclusão de crianças especiais nas escolas públicas? O

mesmo acontece de forma satisfatória? O que está faltando de relevante para que esse direito seja

respeitado com o máximo de êxito?

8 - O TDAH é uma síndrome que atinge as crianças no início de sua vida escolar. Sendo

assim, você acredita que a informação, seria o começo para a mudança de postura e

comprometimento de muitos educadores desinformados? Como esse trabalho seria ofertado,

envolvendo todos os segmentos?

9 - Com relação à estrutura física das escolas públicas, em sua opinião, houve um

considerável avanço para receber esses alunos, ditos especiais?

10 - Qual a proposta educacional dessa instituição, no que diz respeito à inclusão? E diante

dessa síndrome do TDAH, o que acrescentaria de positivo, nessa visão pedagógica?