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UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADEdesafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura àUNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
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José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade COIMBRA 2007UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura COIMBRA 2007
ALGUMAS BREVES NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA REABILITAÇÃO URBANA
José Aguiar (ICOMOS-Portugal)Com o apoio da Arq.ª Ana Pinho (LNEC)http://icomos.fa.utl.pt/ email: [email protected]
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade COIMBRA 2007
como nasce uma cultura de “conservação”?
DOS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
As tradições são postas em causa pela revolução industrial, mas, no momento em que se anuncia um mundo novo, (re)descobre-se o valor do que se perde. Dessa nova consciência histórica, nascerá a necessidade de estreitar os contactos com os testemunhos culturais do passado.
A luta pela salvaguarda patrimonial coexistiráintimamente com o advento da própria modernidade, surgindo, como esclareceu Choay, a «consagração»de um novo tipo de culto: o dos MONUMENTOS.
(F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine. Paris: Ed. Du Seuil, 1992)
Violet-le-Duc, Entretiens…Galerie des Machines, 1889
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como nasce uma cultura de “conservação”?
DOS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:«L´INDUSTRIE REPLACE L ´ART!»
« À quoi servent ces monuments ? disent-ils. Cela coûte des frais d’entretien, et voilà tout. Jetez-les à terre, et vendez les matériaux.C’est toujours cela de gagné.Depuis quand ose-t-on, en pleine civilisation, questionner l’art sur son utilité?Malheur à vous si vous ne savez pas à quoi l’art sert ! »
Victor Hugo: «Guerre au démolisseurs», em Revue de Paris, 1829 e 1832
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como nasce uma cultura de “conservação”?
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como nasce uma cultura de “conservação”?
DA AMPLIAÇÃO DO CONCEITO DE “MONUMENTO”: o vernacular como património!
William Morris, Manifesto da Society for theProtection of Ancient Buildings (SPAB), bases da noção de “património vernacular”: «If, for the rest, it be asked us to specify what kindof amount of art, style, or other interest in a building, makes it worth protecting, we ansewer, anythingwhich can be looked on as artistic, picturesque, historical, antique, or substantial: any work, in short, over which educated, artistic people would think itworth while to argue at all».
Cf. W. Morris, manifesto da Society for the Protection of Ancient Buildings, Londres, SPAB, 1877.
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da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
DO NOVO CONCEITO DE “PATRIMÓNIO URBANO”
Como nos esclareceu Choay, o conceito de“Património Urbano” surge quatro séculos depois do conceito de “património histórico” e é um contributo específico da cultura europeia! Ocorre em contra-corrente às transformações da revolução industrial, no confronto com o inevitável processo de urbanização moderna.Ao surgir o “urbanismo” como disciplina surge também, por contraste e diferença, um novo olhar sobre a arquitectura da cidade pré-industrial.Hoje acrescentamos à arquitectura (toda ela) e àcidade-património, a paisagem dos territórios humanizados e o património intangível (dos saberes), no conceito abrangente de PATRIMÓNIO CULTURAL!
F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine, Ed. Du Seuil, Paris, 1992.
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da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 1J. Ruskin: MOMENTO MEMORIAL
A cidade histórica como repositório das ligações “memoriais” com as gerações precedentes, com as quais Ruskin defende estreitas ligações de identificação cultural, não só no espaço como no tempo, contra as transformações radicais do momento histórico que vive.
Ruskin, foi pioneiro da militância pela preservação das cidades históricas europeias (Oxford, Lucerna, Ruão, Génova, Florença, Veneza, Siena); teoriza a inclusão, como património a preservar, de conjuntos urbanos históricos, da arquitectura anónima que, ao longo de inúmeras gerações construiu cidade, ampliando, de forma decisiva, o conteúdo tipológico do próprio conceito de monumento histórico.
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da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 2Camillo Sittte: A CIDADE HISTÓRICO-ARTÍSTICA
«Der Stadtbau nach seiner kunstlerischenGrundsatzen: Nem mesmo a moderna história da arte, que aborda toda e qualquer insignificância, dedicou um espaço à construção urbana (...)».
Sitte, consciente da inevitabilidade das mudanças provocadas pela técnica, deplora a «beleza urbana»que se perde, tanto quanto a que não se produz. Estudando cidades-museu e as Villes-d´Art procura determinar as bases de uma nova e mais qualificada estética urbana, apta a representar e satisfazer as necessidades da nova era industrial.
Camillo Sitte, A construção da cidade segundo seus princípios artísticos, Editora Ática, 1889 (tradução brasileira de 1992, com base na tradução francesa), p.95.
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da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 2
Sitte é primeiro dos «morfólogos urbanos»: estuda, in situ, dezenas de cidades antigas. Os espaços públicos são analisados fenomenologicamente através das suas configurações formais, articulação entre volumes e vazios, riqueza formal das diferenças ou continuidades, realçando a importância dos contextos.
Mas, para Sitte a cidade histórica era desadequada para os novos usos que a cidade moderna tinha de resolver; reserva-lhe o papel de museu, de contentor da cultura histórica e do prazer estético: a visão da cidade como facto artístico, induz, como escreve Choay o tema da “cidade-museu”, “cidade-morta” ou ainda a noção, ambivalente, de “ville d´art”».
F. Choay, ob. cit, (1992) p.6.
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PATRIMÓNIO URBANO 3A TEORIA INTEGRADORA DE GIOVANNONIG. Giovannoni, «Vecchie città, edilizie nuova», primeiraenunciação do conceito de “património urbano”.Para Giovannoni a arquitectura menor consistia, no seu conjunto, um novo tipo de «monumento» colectivo: a cidade histórica (definida pela sua estrutura, morfologia, paisagem e imagem urbanas, a qual deveria ser sujeita a leis de protecção e a critérios de restauro similares aos jáexistentes para os monumentos). Adivinhando o «desurbanismo», reclama para os antigos núcleos históricos valores de uso actualizados, inserindo-os nas novas teias de organização territorial. O papel da cidade histórica deveria ser compatível e complementar das novas estruturas e escalas do planeamento moderno. Uma nova concepção que transfere os valores do património urbano do espaço do museu para o espaço do quotidiano, atribuindo-lhes valor de uso.Veja-se em G. Giovannoni, Città vecchia ed edilizia nuova, em Nuova Antologia, Milão, 1913 (reeditado por Unione Tipografico-editrice, Turim, 1931).
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PATRIMÓNIO URBANO: uma teoria “integradora”PATRIMÓNIO URBANO 3
Condições (Giovannoni) para que a reapropriação dos centros históricos sejapossível:
1. a renúncia a uma vocação de centralidade única dos CH no contexto territorial, ou, no mínimo, inclusão dos CH´s na lógica de um sistema urbanístico polinuclear;
2. a total COMPATIBILIDADE DOS USOS atribuídos aos CH com as características específicas da sua morfo-tipologia, escala e capacidades do seu parcelamento, propondo funções vocacionados à modicidade da escala dos C.H., à complexidade e riqueza morfológica dos seus tecidos (exp: lugares de utilização diversificada, convivial e de permanência, funções de proximidade e de encontro);
3. a supressão de edificações ou construções “parasitas” como OPORTUNIDADE para revitalizar os tecidos e o funcionamento da cidade histórica (DIRIDAMENTO);
4. na introdução de novas edificações, o RESPEITO ABSOLUTO PELA TIPOLOGIA CADASTRAL e pelos condicionamentos (volumetrias, escala, etc.) da morfologia preexistente!
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como nasce e se estabelece uma cultura de “conservação”?
TAXIONOMIAS: de ANTIQUALHAS a PATRIMÓNIO CULTURAL
Património Paisagístico e Intangível
Arquitectura e TerritórioXX (depois 2GG)
Património CulturalEra da GlobalizaçãoXXI
Património UrbanoEdificação e AmbienteXX (inter-guerras)
Cidade HistóricaArquitectura MenorXX (antes IGG)
Monumento HistóricoHistoricismo e Nacionalismo
XVIII-XIX
Antiguidades (antiqualhas)Renascimento/BarrocoXV-XVIII
Edifícios AntigosIdade MédiaVI-XV
TaxionomiasDescriçãoPeríodo (Séc.)
Adaptado de: Ana Roders, Re-architecture. Lifespan rehabilitation of built heritage. Eindhoven, TUe, 2007, p. 81. Com base em: Francoise Choay, The invention of the historic monument. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
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Documentos de referência: as primeira das CARTAS
CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931
Conclusões da Conferência Internacional de Atenas sobre a Restauração dos Monumentos, organizada pelo Conselho Internacional dos Museus (antecessor directo do actual International Council of Museums - ICOM, fundado em 1946). 20 países e Primeira Carta Internacional do Restauro ao ser adoptada pelo ComitéInternacional para a Cooperação Intelectual e aprovada pela Liga das Nações como Recomendação aos Estados-Membros (10 de Outubro de 1932).
Repercussões:
- uma nova praxis conservativa. O termo da fase de maior influência do restauro estilístico, evoluindo-se, a partir daqui, no sentido da conservação estrita;
- o modelo de conservação pressuposto pela Carta influencia o processo de reestruturação das políticas de conservação em diversos países europeus, como a Itália (Carta del Restauro de 1931), ou Espanha (Lei de 13 de Maio de 1933, de defesa e conservação do património histórico-artístico).
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CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931
CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931. Conclusões:- evitar as restituições integrais em favor da conservação estrita através da manutenção regulardos monumentos (art. II), e preservar os vestígios das diversas épocas históricas representadas (art. II, 2º parágrafo);
- os monumentos são considerados bens públicos, na sua gestão defende-se a primazia do interesse colectivo sobre o privado (art. III);
-recomenda-se uma utilização funcional (programa) adequada às características dos monumentos (art. II);
-nas acções de restauro, aceita-se a utilização judiciosa de técnicas e de materiais modernos (como o betão) (art. V);
-recomendam-se cuidados especiais com a envolvente dos monumentos, que deverão respeitar «(...) o carácter e a fisionomia da cidade, em especial nas proximidades dos monumentos antigos, onde o ambiente deve ser objecto de um cuidado especial. Igual respeito deve ter-se com determinadas perspectivas especialmente pitorescas.» (...) (art. VII);
- recomenda-se a realização, em cada Estado, de inventários, incluindo o registo fotográfico e de dados referentes a cada monumento, num arquivo central onde se proceda à compilação da documentação útil à conservação.
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CARTA DE ATENAS DO URBANISMO 1933
IV congresso do CIAM, Novembro de 1933:Redacção do Grupo CIAM-France em 1941. Paris, Annales Techniques, 1945 (tradução livre):
O património arquitectónico [i.e. os monumentos] deveria ser salvaguardado:- SE o seu valor arquitectónico correspondesse a um interesse geral;- SE a sua conservação não provocasse o sacrifício das populações mantidas em condições insalubres;- SE fosse possível remediar a sua presença prejudicial por medidas radicais: por exemplo o desvio de elementos vitais da circulação...)»Recomenda-se ainda: «(...) a destruição de acrescentos e construções de menor importância em torno dos monumentos o que permitiria [sic] criar superfícies verdes>>.
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Da aversão do MODERNO à cidade histórica
Le Corbusier, legenda: como lidar com o “problema” dos centros históricos!Em: Maneiras de Pensar o Urbanismo. Lisboa: Europa-América, 1977
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Wassily Luckardt: An die Freude, 1919
O MODERNO E SONHO DAS CIDADES-TORRES
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Mies Van der Rohe, Torre de cristal, 1919 e 1921
ARRANHA CÉUS DE CRISTAL
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A RENOVAÇÃO DEPOIS DA II GRANDE GUERRAA necessidade de recuperar rapidamente as cidades europeias, para realojar milhões de pessoas e permitir o relançamento da sua economia, obrigou a actuações de extrema urgência e à aplicação de métodos expeditos de reconstrução de monumentos (Montecassino), ou de cidades históricas destruídas pela guerra (Varsóvia, Génova, Colónia, Bruxelas, Nápoles, etc.). Abandonam-se os métodos de restauro anteriores à guerra e surge a primazia da RENOVAÇÃO URBANA.
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WelfareState e o Baby Bum!
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Richard Hamilton - Just what is it that makes today's homes so different, so appealing,Exhibition, ICA, London, 1956
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Da aversão do MODERNO à cidade histórica
A mão de Corbusier:Plan Voisan, e Unité´s!
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Red Road Flats, Glasgow, 1964-66
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Elgin Estate, Westminster, Londres, 1968 Royston Estate, 1969
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B. Fuller, “6000 pounds home”
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B. Fuller, “Buchy 2”
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Jungman, Dyoden, 1968: arquitecturas insufláveis!
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Frei Otto, et al, Pavilhão Alemão, Expo Montreal, 1965-67. Olimpíadas, Munique, anos 70.
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Nils Lund Future of Architecture, 1979
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Chelmsley estate, near Solihull. Demolição em 1989
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Leon Krier, Echternach, 1970
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ARQUITECTURA ANTI-MODERNA?Quinlan Terry, The Howard Building,
Downing College, Cambridge; The Howard Building, Downing College,
Cambridge
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A (RE)INVENÇÃO DE VERSÓVIA
A reconstrução de Varsóvia foi uma necessidade política e psicológica, reinstituindo a cidade histórica como o monumento referencial de uma nação cuja cultura foi intencionalmente atingida. Manteve-se a morfologia urbana anterior, mas a correspondência das novasconstruções para com as antigas é apenas exterior, os interiores foram significativamente modernizados, alterando profundamente as tipologias arquitectónicas. O inventivo modelo de uma nova-cidade-cópia-da-antiga-cidade levantou interrogações incómodas tanto no campo da conservação urbana, como para a nova disciplina do urbanismo.
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CARTA DE VENEZA , Carta Internacional sobre a Conservação e o Restauro de Monumentos e Sítios (1964)
II Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos dos Monumentos Históricos. UNESCO, Conselho da Europa, ICCROM e ICOM, com 61 países da Europa, América, África, Ásia e Oceania. Na mesma reunião funda-se o ICOMOS.
Clara influência italiana: Piero Gazzola, dirigiu os trabalhos; Roberto Pane representa a Itália, propondo o modelo da Carta Italiana do Restauro de 1932 como a matriz. Influência de Cesare Brandi e do RESTAURO CRÍTICO.
Determina-se como objectivo essencial do restauro arquitectónico «(...) a preservação dos valores estéticos e históricos do monumento ... [e que] o restauro... deve terminar no ponto em que as conjecturas comecem»(art. 9).
RENOVAÇÃO DA DOUTRINA
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Avanço disciplinar na definição do conceito de património, englobando «(...) não só as criações arquitectónicas isoladamente, mas também os sítios, urbanos ou rurais (...)» (art. 1);
preocupação com a necessidade de qualificação e de preservação das envolventes (art. 6); considera-se que «(...) um monumento é inseparável da história de que é testemunho e do meio em que está inserido», pelo que se recusam as remoções do todo ou de parte do monumento excepto por exigências de conservação (art. 7) defendendo a reconhecibilidade e reversibilidade dos acrescentos;
no importante problema da reutilização funcional, opta-se claramente por adequar o programa ao monumento, recusando implicitamente o seu inverso, ou seja, a alteração do monumento para responder ao programa;
realça-se de novo a essencialidade da manutenção para a conservaçãodos monumentos (art. 4). O RESTAURO dos RESTAUROS!
CARTA DE VENEZA , Carta Internacional sobre a Conservação e o Restauro de Monumentos e Sítios (1964)
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CARTAS ESSENCIAS PARA A CONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO URBANO1877, SPAB, Manifesto1883, Boito Primeira Carta italiana do Restauro1931, ICOM, Carta de Atenas do Restauro1933, CIAM, Carta de Atenas do Urbanismo1932, I Carta Italiana do Restauro1964, ICOMOS Carta de Veneza1972, II Carta Italiana do Restauro1972, UNESCO/ICOMOS, Convenção para a Protecção do Património Cultural e Natural da Humanidade1975, COE, Carta Europeia do Património Arquitectónico e Declaração de Amsterdão para a Conservação Integrada1981, ICOMOS, Carta de Florença, ou dos Jardins Históricos1985, COE, Convenção para a Salvaguarda do Património Arquitectónico Europeu1987, ICOMOS, Carta Internacional para a Salvaguarda das Cidades Históricas1992, UNESCO, Convenção do Património Mundial1999, ICOMOS, Carta do Património Vernacular, México2000, ICOMOS, Carta de Kracóvia2000, COE, Convenção Europeia da Paisagem2003, ICOMOS, Recomendações para a Análise, Conservação e Restauro Estrutural2003, CEU, Nova Carta de Atenas (do Urbanismo)
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DA RENOVAÇÃO PARA A REABILITAÇÃO: A LEI MALRAUX DE 1962
“Secteurs Sauvegardés”, “Plan de sauvegarde et mise en valeur”, POS –Planos de Ocupação do Solo. Operações-modelo de preservação de espaços urbanos de grande valor, considerados como património nacional da França, intervindo com grande profundidade e vasto suporte financeiro, debaixo de um forte controlo por parte do Estado central. Política restritiva da reconstrução, da demolição e da alteração do existente.
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INGLATERRA: cerca 10 000 Conservation Areas!
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1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família” .....Autoridade!
Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!Paralelo entre a recuperação de valores histórico-
ideológicos e nacionalistas e os critérios de intervenção no património ...”na medida em que os
monumentos são o espelho vivo desses valores, influenciando a filosofia do restauro a utilizar”.
Sobre o tema: Maria João B. Neto, Memória Propaganda e Poder. O Restauro dos Monumentos Nacionais (1929-1960). Porto: Edições FAUP, 2001. p.143.
E A CONSERVAÇÂO DA CIDADE HISTÓRICA EM PORTUGAL?
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1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família” .....Autoridade!Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!
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E PORTUGAL?
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Fotos: O Castelo de São Jorge, antes e depois do restauro. Fonte: Boletim DGEMN 25-26.«O Castelo de S. Jorge, o mais antigo Monumento de Lisboa, verdadeira acrópole da Nação, talvez a peça de maior e melhor nobreza do nosso Património de glória, merece incontestavelmente que se dignifique, desafrontando-o de malefícios construtivos, isolando-o na sua solene beleza evocadora, reintegrando-o enfim, quanto possível, na sua rude e expressiva estrutura de fortaleza de outros tempos.»Cf: Portaria de 29 de Agosto de 1938, Diário do Governo nº 203-II Série de 1-09-1938
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Fotos: O Castelo de São Jorge, antes e depois antes e depois do restauro. Fonte: Boletim DGEMN 25-26.
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Fotos: Paço de Sousa, antes e depois do restauro. Fonte: Boletim DGEMN 17.
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Fotos: Guimarães, Paço do Duques de Guimarães entes e depois do restauro, Boletim DGEMN 20Fonte: Boletim DGEMN 20.
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E PORTUGAL?
Edição:
Intervenções de Restauro Estilístico:
São Tiago,Coimbra
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E PORTUGAL?
PÓS II GUERRA: RENOVAÇÃO!
Congresso Nacional de Arquitectura, 1948, e o apelo a uma renovação urbana “Moderna”.
Duarte Pacheco1934 – Planos Gerais de Urbanização(tutela: DGEMN)
Divulgação da Carta de Atenas (NTP, IST, 1941?)
1945 – Criam-se as “Zonas de protecção aos monumentos” (desde 1932 existia o “raio de 50m”).
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E PORTUGAL? ANOS 60
INQUÉRITO À ARQUITECTURA POPULAR
Ministro Arantes e Oliveira apoia a realização do Inquérito à Arquitectura Portuguesaproposto pelo Sindicado dos Arquitectos (realizado entre 1955-60).AAVV Arquitectura Popular em Portugal, Sindicato Nacional dos Arquitectos, Lisboa, 1961.
Orlando Ribeiro, reedita nos anos 60 o fundamental Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, da Coimbra Editora, 1945.2ª e 3ª edições revistas e actualizadas em edição da Livraria Sá da Costa, Lisboa, 1963 e 1967.
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ANOS 50: PLANOS DE EMBELEZAMENTO E PLANOS DE MELHORAMENTO
O despontar de intervenções urbanas de requalificação em tecidos históricos: Anos 50. as iniciativas de Arantes e Oliveira (Ministro MOP)
1954: os “Planos de Embelezamento” e os “Planos de Melhoramento”1954, intervenções urbanas nos tecidos históricos de Guimarães, Bragança e Miranda do Douro. 1955: Lança-se o Plano de Melhoramentos de Valença do Minho. Depois iniciam-se intervenções em Monção, Almeida, Monsaraz, Marvão, Ourém e Porto de Moz.
Por embelezamento entendia-se (Paulino Montêz citado por M. Tomé) o: “...projecto de espaço público que visava a reorganização do enquadramento físico dos monumentos, a concretizar normalmente à custa de dispendiosas operações de expropriação”.Por melhoramento entendia-se (M. Tomé): “...a construção de infra-estruturas e a recuperação do espaço construído enquanto operações prioritárias e fundamentais para a qualidade das áreas urbanas. Operava-se a nível do ambiente físico, requalificação do espaço público, reailtação habitacional, restauro de monumentos e gestão/regulamentação da construção privada”.Tomé, Miguel, Património e restauro em Portugal (1920-1955). Porto: edições FAUP, 2002, p.169.
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E PORTUGAL?
“Planos de Embelezamento” e “Planos de Melhoramento”Anos 50: novas atitudes
Lisboa, Alfama, anos 40 e 50, intervenções do Arq.º Veloso Reis Carmelo, mais tarde forma-se (em 1954) uma “Comissão do Plano de Melhoramento de Alfama”, pretendia-se o desafogo perspectivo a eixo dos grandes Monumentos, acompanhadas de intervenções estruturais em redes e equipamentos, desenvolvendo-se um plano de saneamento.
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E PORTUGAL?
Anos 50 e o despontar de novas atitudesPaulino Montês (vogal da JNE), em 1954: Propõe a classificação da Baixa pombalina ..”como imóvel de interesse público”!
Desenvolve uma Proposta de Classificação como imóvel de interesse público do conjunto constituído pela Avenida da Liberdade e pelas praças dos Restauradores e do Marquês de Pombal. Propostas CONTESTADAS PELA CML argumentando com incapacidade do poder central de “gerir” a “dinâmica construtiva” da cidade, ressalvando a capacidade técnica da autarquia para lidar com, e assegurar, a “protecção” desse conjunto!
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Anos 50: novas atitudes?GUIMARÃESFrancisco Azeredo nomeado em 1955, por Arantes e Oliveira, responsável pelo “Arranjo da zona antiga de Guimarães”.Em 1957 propõe a classificação da zona antiga de Guimarães como imóvel de interesse público.
ÓBIDOSRestauro das fortificações iniciada em 1932, complementada em 1946, com o projecto da instalação de uma pousada na Álcaçova, prevendo-se outras intervenções urbanas: calcetamento de ruas e largos, reconstrução do alpendre do Largo do Pelourinho, numa acentuação do carácter “pitoresco e tradicional”, continuamente perseguida pelo Município (antes e hoje).
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E PORTUGAL?
CHAVESIntervenções da DGEMN desde 1961 a 1972! Demolições do Largo da Lapa, restauro da torre de menagem, execução de arruamentos e de ajardinamentos nos baluartes, início dos estudos de adaptação do Convento São Francisco (dentro do forte) a pousada.
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E PORTUGAL:? A OPOSIÇÃO DOS MODERNOS À CIDADE HISTÓRICA!
A OPOSIÇÃO DOS MODERNOS À CIDADE HISTÓRICA!PORTO:Planos de renovação urbana dos anos 50 e 60 propondo a DEMOLIÇÃO da Ribeira-Barredo, hoje inscrita na Lista do Património Mundial da Unesco.
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PORTUGAL: O DESPONTAR DE NOVAS ATITUDES
1968 –DGSU, Criação do Serviço de Defesa e Recuperação da Paisagem Urbana e dos Serviços de Ordenamento da Paisagem Rural
Anos 60: Contacto com influência exterior (Cullen; Lynch), estágios no estrangeiro de quadros técnicos da DGSU, realização em Portugal de eventos sobre Urbanismo com os melhores especialistas mundiais.
Destes serviços saíram alguns dos técnicos que, na Divisão de Estudos de Renovação Urbana da DGPU(sucedânea da DGSU), irão em 1985 criar o inovador Programa de Reabilitação Urbana, dos GTLs.
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PORTUGAL: O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE
DGSU - Estudo de Prospecção e Defesa da Paisagem Urbana do Algarve (1966-1970)Previstos 49 volumes, 31 são entregues em 1970; estudo verdadeiramente precursor pelo valor que é reconhecido aos tecidos urbanos e aos espaços públicos pré-existentes; visão integradora do património no ordenamento do território; estudo que nunca foi aprovado; e desapareceram TODOS os volumes da DGSU!
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A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: ANOS 70 FERNANDO TÁVORA
1969: Fernando Távora, Estudo de Renovação Urbana do Barredo, CM Porto (Direcção Serviços de Habitação)Integra pioneiramente os contributos das ciências sociais (apoia-se nos estudos de alunas do Instituto de Serviço Social e nos levantamentos feitos por alunos da ESBAP), propõe a salvaguarda e recuperação da zona da Ribeira com base no estudo de uma área piloto, o Barredo. O valor patrimonial atribuído ao Barredo não se restringe ao espaço físico, mas engloba a comunidade que o habita. Estudo percursor do conceito contemporâneo de uma Reabilitação Urbana Integrada!
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«Entre 557 famílias estudadas na zona, 112 (20,14%) são saudáveis, 339 (60,95%) têm pessoas doentes e sobre 106 (18,96%) não foi obtida qualquer indicação. Entre os doentes figuram 108 casos de tuberculose pulmonar».F, Távora, 1969, p.15
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A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: FERNANDO TÁVORATá
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«Quem me dera juntar dinheiro, cinco contos. Comprava cimento, cal e tijolo e começava a construir uma casa só para mim, com um jardim para ter flores, sempre admirei a natureza…, e depois ter um quarto meu, onde eu pudesse rir à vontade sem ninguém me ver, pensar, ler e sorrir de coisas…chorar é feio, mas num quarto assim se quisesse podia chorar, ninguém via, e fazer caretas e macacadas sozinho, Assim chamavam-me logo maluco, mas eu sei que não é ser maluco». Relatório Távora, citando estudo: As condições sociais do Barredo, p.19.
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A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO, ANOS 70: O CRUARB
A REVOLUÇÃO DE ABRIL E A REBILITAÇÃO URBANADespacho conjunto dos Ministros da Administração Interna e do Equipamento Social e do Ambiente, de 7 de Outubro de 1974. Criação do CRUARB, objectivo:
«(...) conduzir eficazmente o processo de renovação [SIC!] urbana da zona da Ribeira (...), por forma a assegurar que a população trabalhadora que há muito habita essa zona nas piores condições de alojamento e exploração não venha a ser deslocada por força da valorização da propriedade e da zona decorrentes da própria operação em tempo planeada.
Esta operação implicava «…a conjugação de recursos de diferentes entidades nomeadamente a Câmara Municipal do Porto, do Fundo de Fomento daHabitação, da Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização e dos Serviços Sociais e ainda da própria população organizada para o efeito.»
É designado como Comissário o Arq. Guimarães Gigante, que «(...) embora naturalmente articulado à entidade camarária, é directamente responsável perante os Ministros que subscrevem este despacho (...).»
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A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: O CRUARB
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A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: O CRUARB E O PORTO
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A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: O CRUARB
DEPOIS DE 1974: A GRADUAL DESCENTRALIZAÇÃO E O NOVO PODER DOS MUNICÍPIOSA maior relevância dos poderes e políticas locais reforçando a democracia e aproximando as decisões do cidadão.
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A procura da integração e dos processos de PARTICIPAÇÃO POPULAR.
A importância das propostas de Nuno Portas (Movimento SAAL) para relançar a construção habitacional e a produção de novos pedaços, mais justos e democráticos, de cidade.
PORTUGAL, FINAL DOS ANOS 70 e 80: OS PROCESSOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR (do SAAL aos GTL´s)
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PORTUGAL: “PAZ, PÃO HABITAÇÃO”. O PROCESSO SAALSurgimento de nomes de referência da nova arquitectura portuguesa: Álvaro Siza Vieira, Vítor Figueiredo, Eduardo Souto de Moura, Gonçalo Byrne, José Gigante, Sérgio Fernandez, Manuel Tainha, Nuno Portas. A procura de «formas alternativas que desbloqueassem a produção de habitação social, substituindo formas estatizadas ou estatizantes» (Portas, 1986). Sobre o tema: J. Bandeirinha, O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974. Coimbra. DARQ. 2001
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da invenção do conceito de REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADA
1975, COE, Carta Europeia do Património Arquitectónico, e Declaração de Amsterdão para a Conservação Integrada
Surgimento do conceito de “conservação integrada”, ainda hoje central para a reabilitação urbana, resultando de um processo de alargamento do conceito de património (abrangendo já, não só, os monumentos isolados mas também o património urbano e as construções vernaculares que «tenham adquirido significado cultural com o passar do tempo»); e da constatação do seu gradual desaparecimento ou da ocorrência de dramáticas alterações havidas na cidade histórica.
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da invenção do conceito de REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADA
1975, COE, Carta Europeia do Património Arquitectónico, e Declaração de Amsterdão para a Conservação Integrada
A Conservação Integrada visa: defender o património urbano, através: «(...) da acção conjugada de técnicas de restauro e da procura das funções apropriadas...). A conservação integrada deve ser, por conseguinte, um dos pressupostos importantes do planeamento urbano e regional. (…) a conservação integrada não exclui a introdução de arquitectura contemporânea em áreas que contenham edifícios antigos, desde que o contexto existente, as proporções, as formas, a disposição dos volumes, e a escala sejam integralmente respeitados e sejam utilizados materiais tradicionais.» Carta Europeia do Património Arquitectónico, Art. 7º.
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da invenção do conceito de REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADA
1976, Resolução 28 do Comité de Ministros do Conselho da Europa
A primeira definição de “reabilitação”, tomada como o processo pelo qual se procede àintegração dos monumentos e edifícios antigos (em especial os habitacionais) no ambiente físico da sociedade actual, «(...) através da renovação e adaptação da sua estrutura interna às necessidades da vida contemporânea, preservando ao mesmo tempo, cuidadosamente, os elementos de interesse cultural». A reabilitação deveria ser realizada segundo os princípios da conservação integrada e constituir um dos aspectos fundamentais a ter em conta no planeamento regional e urbano.
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EUROPA ANOS 70 e 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
PARIS: LE MARAIS
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ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA, AS OPHA´s, FRANÇA
PARIS: OPHA GOUTTE D´OR
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ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA, OPHA´s, FRANÇAA
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BERLIM: IBA 1987; LONDRES: DOCKLANDS; PARIS: LE MARAIS e etc.; BARCELONA, as Olimpíadas e depois!
O regresso ao centro da cidade como lugar privilegiado para residir (e não já sótrabalhar, ou para diversão).
O REGRESSO À CIDADE(consolidada)
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IBA, Berlim, o regresso à cidade!
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IBA, Berlim, o regresso à cidade!
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LONDRES: CONVENT GARDEN
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LONDRES: CONVENT GARDEN
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LONDRES: NORTH AND SOUTH BANK
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ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
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ANOS 80 E 90: A REABILITAÇÃO URBANA NA EUROPA
REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADANo último quartel do século XX, na Europa constata-se que a Reabilitação Urbana se tornou a mais corrente taxionomia da cultura dos “r´s”, afirmando-se como:- um instrumento-chave para a competitividade das cidades;- representa já mais de 1/3 da actividade da indústria da construção civil.Assume-se a crescente importância cultural e económica da conservação do património arquitectónico e urbano, assim como da reabilitação do parque habitacional. Pressupõe-se uma actuação integrada articulando as políticas físicas com a melhoria dos processos sócio-económicos de revitalização e regeneração urbanas.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
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PORTUGAL E A REABILITAÇÃO URBANA
PORTUGAL ANOS 80 E 90:DUAS DÉCADAS DE GTL´SO Programa de Reabilitação Urbana – PRU e PRAUD, 1985 – (2007?)
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29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura àUNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
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PORTUGAL INÍCIO DOS ANOS 80:
A REABILITAÇÃO COMO UM FACTOR DE COESÃO SOCIAL: UMA POLÍTICA ANTI-GENTRIFICATION
A reabilitação entendida como contributo essencial para a coesão social através da preservação dos valores sociais e culturais das comunidades locais. A manutenção do tecido edificado não implica a segregação dos mais pobres ou dos mais fracos, respeitando e compreendendo as diferentes culturas e comunidades.Procura-se a adopção de medidas legais e financeiras (o PRID) com o intuito de proteger a função residencial, garantindo a não expulsão dos residentes em consequência do aumento dos preços gerado pelo próprio processo da reabilitação. O modelo de acção local do CRUARB dará origem aos GTL´s(PRU e PRAUD).
Texto e foto: Ana Pinho
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PORTUGAL - Programa de Reabilitação Urbana – PRU 1985
OUTRA FORMA DE LIDAR COM A CIDADE EXISTENTE: OS GTL´SVontade política para abordar a temática da reabilitação urbana, consagrando-a a nível nacional.Um novo tipo de actuação concertada da Administração Central com a Administração Local, na base do respeito da autonomia e das DISTINTAS competências.
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PORTUGAL - PRU 1985 e PRAUD 1987
Programa de Reabilitação Urbana (PRU 1985) e Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas (PRAUD 1987), OS GTL´S:Possibilitaram às autarquias contarem com um apoio técnico multidisciplinar e especializado, essencial para a concretização de políticas locais de salvaguarda e reabilitação.É gerado um processo de reabilitação em que, através dos Gabinetes Técnicos Locais, são chamados a participar vários níveis de intervenção: a Administração Central, as Câmaras Municipais, os técnicos especializados e a população residente.
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PRID e PRAUD: RESULTADOS POSITIVOS
O PRU e posteriormente o PRAUD deram origem a uma progressiva responsabilização das autarquias pela reabilitação urbana e pela conservação do próprio património URBANO, encarado como efectivo factor de desenvolvimento sócio-económico e como valor cultural.
Os GTL´s lançaram e geriram os primeiros processos de reabilitação urbana, desenvolvidos numa nova perspectiva integrada, desenvolvendo uma intensa actividade quer na elaboração de estudos e projectos de obras, quer no apoio às câmaras, quer ainda na sensibilização e no APOIO DIRECTO às populações.
Texto e foto: Ana Pinho
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CONCLUSÕES DO PROCESSO (MAS FALTA A SUA ANÁLISE)
Aprendemos, em duas décadas de reabilitação, algo que hoje parecemos alienar (nos processos SRU´s):Que a reabilitação urbana só é bem sucedida quando é realizada com a população e para a população!
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA EM PORTUGAL
O GTL de GUIMARÃES: acção social versus conservação do património urbano.(i) uma reabilitação para e pelas pessoas, contra a segregação; (ii) a conservação estrita dos valores identitários e de autenticidade patrimonial, preservando as qualidades referenciais existentes na arquitectura da cidade histórica, prolongando-as para o território; (iii) a garantia da continuidade das permanências essenciais de longo prazo (a cidade enquanto monumento, na estrutura da sua morfologia e tipologia fundiária), conservando as qualidades formais já sedimentadas (a arquitectura erudita e vernácula que construiu, no tempo, este “Centro Histórico”).
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:Conservar a cidade histórica é trabalhar com (e para) a sua população
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:Conservar a cidade histórica é trabalhar com (e para) a sua população
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães: Albergue de São Crispim.
Conservar é projectar com a realidade!
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:A requalificação dos espaços públicos como motor do (re)interesse privado
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:A requalificação dos espaços públicos como motor do (re)interesse privado
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:Intervenções modelares de responsabilidade municipal e a solidariedade institucional
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:Apoio e controlo técnico das intervenções particulares
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:Recusa do fachadismo e preferência de intervenções de impacto mínimo.
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:O exemplo vem de cima (ESTADO e AUTARQUIA), as obras públicas deveriam garantir a máxima exemplaridade!
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GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães: programa de formação PAGUS 2006«Dieu est dans le détail»
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BENS INSCRITOS NA LISTA DO PATRIMÓNIO MUNDIAL
PATRIMÓNIO MUNDIALMONUMENTOSConvento de Cristo em TomarMosteiro da BatalhaMosteiro de AlcobaçaMosteiro do Jerónimos e Torre de BelémSÍTIOSSítios Arqueológicos no Vale do CôaCIDADES HISTÓRICASCentro Histórico de ÉvoraCH Angra do Heroísmo, AçoresCH GuimarãesCH PortoPAISAGENS NATURAIS E CULTURAIS:Alto Douro VinhateiroFloresta Laurissilva da MadeiraPaisagem Cultural de SintraPaisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
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Évora (um planeamento operacional, PDM e GTL)
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Évora: PDM e Gabinete de Centro Histórico
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-E HOJE?-O DESINVESTIMENTO DO ESTADO-O DESMANTELAMENTO (DGEMN e IPPAR) DE UMA PRAXIS DE CONSERVAÇÃO BASEADA EM EXPERIÊNCIAS DE DÉCADAS (AINDA SEM ALTERNATIVA CREDÍVEL), COM O SABER ADQUIRIDO EM RISCO DE SE PERDER (levar-nos-á 20 anos para formar a geração que hoje alienamos). -AS INCÓGNITAS E AS NECESSIDADES DE REVISÃO URGENTE DOS PROCESSOS SRU´s.
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A REABILITAÇÃO URBANA E O PORTUGAL DE HOJEfluxos migratórios tardios e dramáticas alterações na estrutura económica e social;
transformações rápidas e profundas na estrutura de ocupação do território nas últimas décadas;
crescimento explosivo das áreas metropolitanas e dos seus subúrbios;
cidade construída sem desenho ou no desenho deformado dos intervalos entre infra-estruturas;
proliferação de áreas urbanas simbólica e fisicamente desqualificadas.rodoviárias;
expulsão da população para os “não-lugares”das periferias.Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
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E PORTUGAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS?
Investimos em cidades de periferia feitas sem desenho, ou no apressado traçado dos todo poderosos engenheiros de tráfego, nem sempre, como em outros países, com suficiente sensibilidade urbana ou estética. E, depois de destruídas as periferias, descobrimos um tardio e rápido apetite pelo centro histórico.
Foto: Portugal visto do céu, Filipe LopesFoto: Holanda, auto-estrada Amesterdão – Eindhoven.
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PORTUGAL ANOS 90: NOVAS LUTAS SOCIAIS
AVENIDA SIM!VIADUTO NÃO!
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Algumas Contradições
Segmento da reabilitação no sector da construção em 2002. Enquadramento internacional. Fonte: Euroconstruct, 2003.Ana Pinho, José Aguiar, Reabilitação em Portugal. A mentira denunciada pela verdade dos números! Em Jornal Arquitecturas, nº 5, Outubro. Lisboa: jornal Arquitecturas, 2005.
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Algumas Contradições
Percentagem de alojamentos por época de construção do edifício. Fonte: Housing StatisticsEU 2002; INE, Censos 2001. idem, Ibidem.
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Alojamentos clássicos, ocupados como residência habitual, construídos antes de 1919. Fonte: INE, Censos 1979, 1981, 1991 e 2001. Idem, Ibidem.
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DEMOGRAFIA 2005:
1,46 filhos por cada família portuguesa!
José Aguiar -
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OS NOVOS DESAFIOS: A SUSTENTABILIDADE
The “Case” of Lisbon Adrian Atkinson - Local Agenda 21 and Future Reality in Europe, in: http://mestrado-reabilitacao.fa.utl.pt/
Uma ARQUITECTURA ecologicamente inconsciente e uma extrema dependência de transportes particulares, num país que importa mais de 4/5 da energia que consome.
O nosso planeamento urbano não está a conseguir atingir a redução dos tempos e distâncias na translação casa-trabalho, que as novas realidades ecológicas exigem!
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E PORTUGAL HOJE? A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS NOSSOS PROBLEMAS
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OS NOVOS DESAFIOS
Ana Pereira Roders – Re-Architecture, TU/eindhoven
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OS NOVOS DESAFIOS
Ana Pereira Roders – Re-Architecture, TU/eindhoven
http://www.re-architecture.eu
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UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade COIMBRA 2007A sensibilização técnica
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PORTUGAL: A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS PROBLEMAS
TERRITÓRIOS E PAISAGENS CULTURAIS: Da necessidade de evoluirmos da apreciação e salvaguarda exclusiva da
“Paisagem Urbana” como auge de um projecto abstracto da construção humana…para um novo e mais amplo sistema que também integre o suporte natural e as mais amplas relações e condições biofísicas no cultural.
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O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE: PAISAGENS CULTURAIS
Foto: Versalhes
1992 – UNESCO, WORLD HERITAGE CONVENTION
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CONCEITO DE PAISAGENS CULTURAIS E NOVOS CRITÉRIOS PARA A SUA INSCRIÇÃO NA LISTA DO PATRIMÓNIO MUNDIAL
Novos critérios e três categorias (parágrafos 35 a 39):
1. Paisagens desenhadas e criadas intencionalmente pelo Homem
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O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE: PAISAGENS CULTURAIS
Fotos: IPA/DGEM; e Arq. Nuno Lopes
1992 – UNESCO, WORLD HERITAGE CONVENTION2. Paisagens que evoluíram organicamente
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O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE
Fotos: Uluru Kata Tjuta, Austrália; Tongariro, Nova Zelândia; Sukur, Nigéria
1992 – UNESCO, WORLD HERITAGE CONVENTIONTipologias: 3. Paisagem cultural associativa
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UM NOVO INSTRUMENTO EUROPEU!
2000, a Convenção Europeia da Paisagem(Aprovada por Portugal em 2005, Decreto nº 4 de 14 de Fevereiro)
-Procura responder à degradação e perda de paisagens culturais na Europa.
-Propõe uma definição de paisagem centrada no social, tomando-a como «(…)uma área tal como é percebida pelas pessoas e cujo carácter é o resultado da interacção entre factores naturais e/ou humanos».
- As necessidades sociais e um desenvolvimento sustentável são entendidos como fulcrais para a gestão das paisagens, assim como elementos fundamentais das políticas nacionais e para uma democracia participativa.
- A implementação da Convenção focaliza-se e propõe políticas para a paisagem de escala nacional, ao nível dos sistemas de protecção, gestão e planeamento.
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PORTUGAL: TERRITORIAL dimension of the problems
POLÍTICAS ECONÓMICAS DESADEQUADAS À GESTÃO DE PAISAGENS CULTURAIS
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PORTUGAL: A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS PROBLEMAS
TERRITÓRIOS E PAISAGENS CULTURAIS:
Como sempre diz Nuno Portas: os problemas também podem ser oportunidades!
A candidatura em série de Elvas e das cidades fortificadas da RAIA PORTUGUESA E ESPANHOLA a Património Mundial, suas possíveis relações com os espaços culturais de influência Luso-espanhola.
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PORTUGAL HOJE? A FUNDAMENTAL DIMENSÃO ECONÓMICA DOS PROBLEMAS
Fotografias de António Pedro Ferreira Expresso
PODE HAVER MORALIDADE DE GEOMETRIA VARIÁVEL NA CONSERVAÇÃO?Um (de já demasiados) exemplo(s), a Quinta da Bacalhoa e alguns títulos de jornais: Publico 2001: «Como Se Transforma Um Laranjal em Vinha»«Ippar Dá Mais "Um Mês" para Remediar Atentado ao Património na Quinta da Bacalhoa» (isto em 2001)Expresso 2003: «O jardim de Berardo»
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PORTUGAL: PATRIMÓNIO VS. EXPANSÃO URBANA
PAISAGENS CULTURAIS: A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS PROBLEMAS
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PORTUGAL HOJE: RENOVAÇÃO EM VEZ DE REABILITAÇÃO
As grandes controvérsias resumem-se a Ghery or not Ghery?
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E A ARQUITECTURA?
Crise disciplinar na arquitectura: a crítica e os lobbies predominantes da nossa cultura arquitectónica privilegiam um pluralismo consumista, o hedonismo, a (pseudo)ruptura e a deconstrução ...quando se constrói no (ou com o) construído!
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E A ARQUITECTURA?
A crítica de arquitectura exalta o que a crítica da conservação
condena: os lobbies da cultura arquitectónica descuram a
conservação, preferem o “fazer património de hoje” de acordo
com um pluralismo consumista, hedonista, ou a (pseudo)ruptura
da deconstrução!
EM PLENA CRISE ... PROJECTAR NA CIDADE HISTÓRICA E CONSTRUIR NO CONSTRUÍDO SURGE COMO UMA OPORTUNIDADE MILAGREIRA!
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O FACHADISMO COMO O “EXEMPLO” A SEGUIR
EM VEZ DE CONSERVAÇÃO URBANA: A RENOVAÇÃO E O FACHADISMO INSTAURARAM-SE COMO O PARADIGMA A SEGUIR!O património urbano tornou-se um campo florescente de rápidos oportunismos políticos e disciplinares!
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PORTUGAL: a CIDADE HISTÓRICA É PROBLEMA OU OPORTUNIDADE?
Transfomou-se a cidade histórica num bem de consumo, onde explode a vulgata do kitsch, dos «fast food´s», das lojas do atroz produto “típico”; a extrema
banalização do que era único e essencial! Como o criador do Frankenstein perguntamos: Meu Deus, o que fizemos?
NO SUCESSO DOS (mal “ditos”) CENTROS HISTÓRICOS O GERMEN DA SUA DESTRUIÇÃO IDENTITÁRIA!
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PORTUGAL: TURISMO OU RESIDENTES?
Os centros históricos não são (só) museus ……and we are not typical!NO SUCESSO DOS (mal ditos) CENTROS HISTÓRICOS O GERMEN DA SUA
DESTRUIÇÃO IDENTITÁRIA!
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PORTUGAL: A HISTÓRIA É UM PROBLEMA OU UMA OPORTUNIDADE?
A HISTÓRIA: PROBLEMA OU OPORTUNIDADE?
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UMA DEFINIÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA PARA O SÉCULO XXI
Conselho da Europa, Guidanceon Urban RehabilitationEstrasburgo: COE, 2004.
definição: Reabilitação Urbana é um «(...) processo de Revitalização e/ou Regeneração urbana de longo prazo. Éacima de tudo um acto político com o objectivo de melhorar componentes do espaço urbano e o bem-estar e qualidade de vida da população em geral. Os seus desafios espaciais e humanos requerem a implementação de políticas locais (por exemplo política de conservação integrada do património, política de coesão e ordenamento territorial, política ambiental e de desenvolvimento sustentável). A reabilitação é assim parte de um projecto/plano de desenvolvimento urbano, exigindo uma abordagem integrada que envolva todas as políticas urbanas.»Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
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O “CEU” TEM UMA NOVA CARTA!
NOVA CARTA DE ATENAS 2003Contradição estrutural: a cidade de amanhã já existe hoje!
A Nova Carta de Atenas 2003, A visão do C.E.U. sobre as Cidades do séc. XXI. Lisboa, 20 de Novembro de 2003. Tradução portuguesa: Professor Paulo Correia (coordenador do Grupo de Trabalho da Carta); e Dr.ª Isabel Costa Lobo.
O C.E.U. apresentou para o novo Milénio, e cito: «(…) uma Visão de uma rede de cidades em que estas: Conservarão a sua riqueza cultural e a sua diversidade, resultantes da sua longa história; (…) Contribuirão de maneira decisive para o bem-estar dos seus habitantes e, num sentido mais lato, de todos os que as utilizam»; (Introdução – 2 dos 4 pontos -, p. 5). «O planeamento estratégico do território e do urbanismo são indispensáveis para garantir um Desenvolvimento Sustentável hoje entendido como a gestão prudente do espaço comum, que é um recurso crítico, de oferta limitada e com procura crescente nos locais onde se concentra a civilização.» (Introdução, p.6).A visão futura: uma cidade coerente no tempo! «A cidade de amanhã já existe hoje».
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29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura àUNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
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OS NOVOS DESAFIOS: AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Contributos possíveis da reabilitação urbana para os novos paradigmas urbanísticos:
. redução do consumo de energia e de matérias-primas;
. aproveitamento das infra-estruturas e dos recursos existentes;
. redução dos movimentos pendulares da população;
. controlo da expansão urbana;
. melhoria do ambiente urbano;
. minimização do impacte do desenvolvimento urbano no meio ambiente;
. melhor aproveitamento da rede de transportes públicos;
. diminuição da produção de resíduos.
Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
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OS NOVOS DESAFIOS: COESÃO TERRITORIAL
Contributos possíveis da reabilitação urbana:. distribuição territorial equilibrada de recursos, funções e pessoas;. formulação de estratégias adaptadas ao contexto local;. aproveitamento do capital fixo e da capacidade instalada na cidade existente;. aumento da atractividade e da competitividade;. fixação das actividades económicas e captação de novas actividades;. redução da saída de habitantes dos centros para as periferias e atracção de novos habitantes;. desenvolvimento do turismo cultural.Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
A CULTURA como mais um dos recursos!
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PATRIMÓNIO INTANGÍVEL: A CULTURA COMO MAIS UM DOS RECURSOS!
AS CULTURAS E OS SABERES COMO PATRIMÓNIO
CONVENÇÕES DA UNESCO1972, World Heritage2003, Intangible Cultural Heritage2005, Cultural Diversity
J. Jokilehto, Brandi in the World of Today. Lisboa, LNEC, Maio de 2006
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PATRIMÓNIO DOS SABERES
CM ALBUFEIRA: MITR, PADERNE, 2006Aperfeiçoamento em Técnicas de Construção Tradicional
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PATRIMÓNIO DOS SABERES
CM ALBUFEIRA, PADERNE, 2006:Aperfeiçoamento em Técnicas de Construção Tradicional
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PATRIMÓNIO DOS SABERES
GUIMARÃES, PAGUS, 2006:Prática reflectida de reabilitação urbana
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PATRIMÓNIO DE SABERES
CM BEJA, 2007: Oficina Técnicas Tradicionais Revestimento
Intangible Cultural Heritage
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PATRIMÓNIO DE SABERES
A EXCELÊNCIA DA CANDIDATURA DA UNIVER(SC)IDADE DE COIMBRA A PATRIMÓNIO DA HUMANIDADEAdequação dos planos e das metodologias adoptadas.Rigor na execução.Qualidade irrepreensível dos processos de análise, diagnóstico, planeamento e projecto!Excelência nos processos de diálogo, comunicação e informação!
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A EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE CANDIDATURA DA UNIVER(Sc)IDADE DE COIMBRA A PATRIMÓNIO DA HUMANIDADEAdequação dos planos de diversa escala.
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PATRIMÓNIO DE SABERES
A EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE COIMBRA:Qualidade irrepreensível dos projectos (G. Byrne)!
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PATRIMÓNIO DE SABERES
A EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE CANDIDATURA DA UNIVER(Sc)IDADE DE COIMBRA A PATRIMÓNIO DA HUMANIDADEQualidade irrepreensível dos processos de projecto (J. Mendes Ribeiro)!
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PATRIMÓNIO DE SABERES
SOBRE A EXEMPLARIDADE E EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE COIMBRA:Notável qualidade dos estudos científicos, assim como da investigação e análises prévias ao rigor dos diagnósticos avançados!E FICA AQUI UMA NOTA DE ENCORAJAMENTO, DE ADMIRAÇÃO E DE EXALTAÇÃO PELO TRABALHO JÁ REALIZADO ASSIM COMO A EXPRESSÃO PUBLICA DO COMPROMISSO DE APOIO INCONDICIONAL DO ICOMOS-PORTUGAL AO PROCESSO DE CANDIDATURA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA!
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PORTUGAL: A DIMENSÃO GEOGRÁFICA DOS PROBLEMAS
CONCLUINDO:
“Afigura-se-me que há duas formas de olhar para as rápidas transformações por que o mundo passa. Muitos vêem sobretudo o que muda, outros procuram surpreender o que, a despeito delas permanece”.
Orlando Ribeiro, 1945