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#52 jun/jul.12 Ano 7 R$ 11,90 CONTRASTES DECORAÇÃO DO COLOR BLOCKING NA [ aquário ] JANELA MUNDO PARA OUTRO [ interiores ]

Alto Padrão - Ed. 52

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Produzida pela Mundi, a Alto Padrão é destinada aos profissionais de arquitetura, design, decoração e engenharia em todo o Sul do Brasil.

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#52

jun/jul.12Ano 7 R$ 11,90

CONTRASTESDECORAÇÃODO COLOR BLOCKING NA

[ aquário ]

JANELA

MUNDOPARA OUTRO

[ interiores ]

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Mais uma vez Eunice Mariano abriu as portas de sua loja Artezanalle Móveis, na noite de 30 de março, para o coquetel anual de lançamento da coleção 2012-2013, que foi especialmente ambientada por profissionais renomados de Balneário Camboriú e região.

O local contou com 11 ambientes montados com móveis da loja, todos assinados por profissionais locais: Arianne Saut e Flavia Saut; Juliana Petrati e Amanda Sales; Thyciane Bortolanza; Karem Morgana e Jean Bonissoni; Carla Feitosa e Camila Rosa; Luciene Medeiros; Eneida Miranda; Sálvio Moraes Jr. e Moacir Schmitt Jr.; Ernani Luiz e Marianne Clasen; Eliege Longen; e Silvia Pedrassani.

Os móveis apresentados são o resultado de uma extensa pesquisa de mercado e uma busca por produtos e marcas da mais alta qualidade e padrão, trazidos em primeira mão pela Artezanalle. Este ano, a loja agregou novas marcas, como a grife italiana de sofás, a Italsofa, com produtos mundialmente reconhecidos, além das marcas Sergio Fahrer, Paulo Alves e Sergio Berti, com vendas exclusivamente da Artezanalle para toda a região.

O mix de produtos da Artezanalle é planejado para garantir aos arquitetos e designers de interiores tudo o que imaginam e necessitam para realizar seus projetos.

Na oportunidade, Eunice Mariano e o sócio José Carlos Wilhans Junior aproveitaram para homenagear os profissionais da região que mais se destacaram nos últimos meses no programa de fidelidade, lançado no ano passado, o Club A. Os vencedores 2011 foram Moacir e Sálvio, da Casa Design Interiores e Felix Valle.

O Club A é mais uma vantagem que a Artezanalle oferece, convertendo em pontuação as vendas efetuadas pelos profissionais. As premiações vão desde viagens até um carro 0 Km. O programa Club A 2012-2013 começou a valer no dia 1º de abril, contabilizando as vendas até 3 de março de 2013.

No evento foi oferecido aos convidados um coquetel delicioso assinado pelo buffet Soul, de Balneário Camboriú, que deu um toque especial à noite. Um barman também esteve à disposição preparando drinks maravilhosos.

Artezanalle lança nova coleção em noite especial

A empresária atua no segmento há 15 anos e participa do Núcleo Catarinense de Decoração da Regional de Balneário Camboriú. A Artezanalle Móveis foi fundada em Itajaí em 1996, com revenda exclusiva Saccaro Móveis. Reposicionou-se em 2006, passando a oferecer diversos produtos de marcas renomadas, ampliando o mix de móveis e objetos de decoração.

:: Eunice Mariano ::

Ambiente desenvolvido pelos Arquitetos Ernani Luiz e Marianne Clasen

Ambiente desenvolvido pelas Arquitetas Carla Feitosa e Camila Rosa

Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Silvia Pedrassani

Ambiente desenvolvido pelas Arquitetas Arianne Saut e Flavia Saut

informe publicitário

Eunice Mariano e José Carlos Wilhans Junior

Ambiente desenvolvido pelas Arquitetas Juliana Petrati e Amanda Sales

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Mais uma vez Eunice Mariano abriu as portas de sua loja Artezanalle Móveis, na noite de 30 de março, para o coquetel anual de lançamento da coleção 2012-2013, que foi especialmente ambientada por profissionais renomados de Balneário Camboriú e região.

O local contou com 11 ambientes montados com móveis da loja, todos assinados por profissionais locais: Arianne Saut e Flavia Saut; Juliana Petrati e Amanda Sales; Thyciane Bortolanza; Karem Morgana e Jean Bonissoni; Carla Feitosa e Camila Rosa; Luciene Medeiros; Eneida Miranda; Sálvio Moraes Jr. e Moacir Schmitt Jr.; Ernani Luiz e Marianne Clasen; Eliege Longen; e Silvia Pedrassani.

Os móveis apresentados são o resultado de uma extensa pesquisa de mercado e uma busca por produtos e marcas da mais alta qualidade e padrão, trazidos em primeira mão pela Artezanalle. Este ano, a loja agregou novas marcas, como a grife italiana de sofás, a Italsofa, com produtos mundialmente reconhecidos, além das marcas Sergio Fahrer, Paulo Alves e Sergio Berti, com vendas exclusivamente da Artezanalle para toda a região.

O mix de produtos da Artezanalle é planejado para garantir aos arquitetos e designers de interiores tudo o que imaginam e necessitam para realizar seus projetos.

Na oportunidade, Eunice Mariano e o sócio José Carlos Wilhans Junior aproveitaram para homenagear os profissionais da região que mais se destacaram nos últimos meses no programa de fidelidade, lançado no ano passado, o Club A. Os vencedores 2011 foram Moacir e Sálvio, da Casa Design Interiores e Felix Valle.

O Club A é mais uma vantagem que a Artezanalle oferece, convertendo em pontuação as vendas efetuadas pelos profissionais. As premiações vão desde viagens até um carro 0 Km. O programa Club A 2012-2013 começou a valer no dia 1º de abril, contabilizando as vendas até 3 de março de 2013.

No evento foi oferecido aos convidados um coquetel delicioso assinado pelo buffet Soul, de Balneário Camboriú, que deu um toque especial à noite. Um barman também esteve à disposição preparando drinks maravilhosos.

Artezanalle lança nova coleção em noite especial

A empresária atua no segmento há 15 anos e participa do Núcleo Catarinense de Decoração da Regional de Balneário Camboriú. A Artezanalle Móveis foi fundada em Itajaí em 1996, com revenda exclusiva Saccaro Móveis. Reposicionou-se em 2006, passando a oferecer diversos produtos de marcas renomadas, ampliando o mix de móveis e objetos de decoração.

:: Eunice Mariano ::

Ambiente desenvolvido pelos Arquitetos Ernani Luiz e Marianne Clasen

Ambiente desenvolvido pelas Arquitetas Carla Feitosa e Camila Rosa

Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Silvia Pedrassani

Ambiente desenvolvido pelas Arquitetas Arianne Saut e Flavia Saut

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Eunice Mariano e José Carlos Wilhans Junior

Ambiente desenvolvido pelas Arquitetas Juliana Petrati e Amanda Sales

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Rodovia Osvaldo Reis, 2630 Itajaí - Santa Catarina(47) 3344-6974www.artezanallemoveis.com.br

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:: Artezanalle Móveis ::

Ambiente desenvolvido pelos Arquitetos Sálvio Moraes Jr e Moacir Schmit Jr

Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Thyciane Bortolanza

Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Luciene Medeiros

Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Eneida Miranda

Ambiente desenvolvido pelos Arquitetos Karen Morgana e Jean Bonissoni Ambiente desenvolvido pela

Arquiteta Eliege Longen

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Rodovia Osvaldo Reis, 2630 Itajaí - Santa Catarina(47) 3344-6974www.artezanallemoveis.com.br

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:: Artezanalle Móveis ::

Ambiente desenvolvido pelos Arquitetos Sálvio Moraes Jr e Moacir Schmit Jr

Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Thyciane Bortolanza

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Ambiente desenvolvido pela Arquiteta Eneida Miranda

Ambiente desenvolvido pelos Arquitetos Karen Morgana e Jean Bonissoni Ambiente desenvolvido pela

Arquiteta Eliege Longen

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[ editorial ]

Também no computador, smartphone e tablet

[ expediente ]

Esta edição, a de número 52 da revista Alto Padrão, chega com novidades. A partir de agora, você que já acompanha a publica-ção impressa da Mundi Editora, também poderá ler e compartilhar a revista no com-putador, smartphone e tablet. Você pode acessar e compartilhar as reportagens da revista no mundieditora.com.br/altopa-drao. Acompanhe também no facebook (revistaAltoPadrao).

Além do conteúdo impresso, a versão di-gital conta com mais fotografias, vídeos, curiosidades e acesso a mais informações. A publicação rompe a limitação física e pode ser acessada de qualquer lugar do mundo pela internet. Para isso, mais três etapas foram agregadas ao processo de produção da revista: produção multimí-dia, edição de vídeos e finalização – in-cluindo a trabalho de oito profissionais.

Álbuns de fotos e vídeos disponibilizados na versão digital, contam com a pro-dução, principalmente, do jornalista e fotógrafo Daniel Zimmermann, que já era o principal responsável pelas fotografias das revistas publicadas pela Mundi Editora.

Na edição 52, primeira disponibilizada na plataforma Digital+, o leitor pode con-ferir um álbum de fotos especiais da reportagem de capa. Ela mostra como o con-ceito de color blocking, uma tendência das passarelas, também ganha espaço na arquitetura e design de interiores.

A reforma de um casarão histórico em Brusque, cujo processo foi todo pensado e executado visando o pouco impacto ambiental e a sustentabilidade, também re-cebe o reforço de um álbum de fotos na versão digital. Assim como a reportagem que mostra o maior complexo de construções na técnica enxaimel de Santa Catari-na: a Pousada Rural Mundo Antigo, em Pomerode.

E, como o Inverno está aí, uma reportagem sobre diferentes tipos de café recebe o incremento de dois vídeos produzidos na Ice Café Company e na Sociedade do Café, ambas no Shopping Park Europeu. Os vídeos ensinam a preparar deliciosos drinks e permitem uma experiência a mais além da leitura habitual.

No sétimo ano de circulação, a revista Alto Padrão torna-se ainda mais acessível. Na versão impresso ou digital – através do computador, smartphone e tablet – des-frute do melhor conteúdo sobre arquitetura, design, paisagismo e gastronomia. E encaminhe sugestões de reportagens pelo [email protected].

Boa leitura!

Sidnei dos SantosEditor-Executivo

CONSELHO EDITORIAL

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ân-gela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestri-ni, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silva-na Silvestre e Valter Ros de Souza

/Editor-Executivo: Sidnei dos SantosPalavra Escrita Ltda. ME [email protected]/Reportagem: Daiani Caroline Coelho, Fernando Gonzaga, Francielle de Oliveira e Iuri Marcelo Kindler /Gerente de Arte e Desenvolvimento: Lucas [email protected]/Diagramação:Tiago de Jesus e Adriana Baier/Projeto Gráfico: Ferver Comunicaçãowww.ferver.com.br/Foto de Capa: Daniel Zimermann

/Editora-Chefe: Danielle FuchsFuchs Editorial Ltda. [email protected]/Gerente Comercial: Eduardo [email protected]/Gerente Geral Comercial: Cleomar [email protected]/Diretor-Executivo: Niclas [email protected]

/Circulação: [email protected]

/Sugestão de pauta: [email protected]

/TIRAGEM: 3.000 exemplares

/TIRAGEM VIRTUAL: 50.000 exemplares

Apoio:

facebook.com/mundieditora

mundieditora.com.br

twitter.com/mundieditora

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Page 15: Alto Padrão - Ed. 52

E-mail: [email protected]

Endereço: Rua 7 de setembro 1069, sl.3 - Centro, Blumenau-SC.

47.3322.1999 . 47.3326.0536

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CASA_FAVORITA_1PAG.pdf 1 11/22/2011 11:03:28

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[ sumário ]

24 [ infantil Clima lúdico no quarto das crianças

36 [ aquários Janelas abertas para outro mundo

40 [ projeto comercial Restaurante recupera antigo casarão

44 [ móveis O charme das mesas de mármore

46 [ banheiros Tecnologia pela sustentabilidade

48 [ artesanato O incrível capim-dourado

50 [ interiores Com base no crescimento da família

58 [ paisagismo Ter um lago é mais fácil que parece

62 [ jardinagem Cuidados necessários no Outono

32 [ hospedagemPousada reúne maior complexo enxaimel de Santa Catarina

54 [ monumentosConheça algumas das pontes mais impressionantes do mundo

28 [ arquitetura Transformação sustentável

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Daniel Zim

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anco de Imagens

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68 [ cafés Dicas para variar o sabor no dia a dia

72 [ gastronomia O português de Blumenau

76 [ vinhos Um arsenal para degustar melhor

82 [ cervejas Surge boa artesanal no Alto Vale

86 [ festival As novidades que passaram por aqui

88 [ design AP

90 [ clic AP Ponte Hercílio Luz

92 [ AP indica

96 [ agenda AP

18 [ capaTendência da moda influencia decoração de interiores

Daniel Zim

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ção

64 [ museusAcervo preserva história recente da marcenaria

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[ decoração ]D

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Paredes de cores únicas caracterizam o uso do color blocking na decoração de interiores

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para casa Tendência do color blocking na moda inspira a decoração de ambientes

Uma tendência muito presente nas passarelas está influenciando a de-coração: é o color blocking, que leva tons vibrantes para os ambientes da casa. A ideia é usar cores em bloco para alegrar os espaços, sem estam-pas ou padronagens.

Empresas tradicionalmente ligadas à moda, como Armani, Diesel, Moschino, Kenzo e Ralph Lauren, estão investin-do fortemente no mercado de decora-ção de interiores. A Gucci foi uma das principais responsáveis por divulgar este conceito, que não usa indiscrimi-nadamente as cores, mas cria blocos contrastantes com harmonias comple-mentares. O efeito é alcançado quando

se utiliza uma cor em conjunto com duas cores adjacentes ou dois pares de cores complementares entre si.

Na hora de decorar, pode-se optar por cores frias em contraste com cores quentes, utilizando, por exemplo, uma cor quente na parede e móveis de cores frias complementares. Algumas combi-nações ousadas, mas que podem dar muito certo, são amarelo e roxo, roxo e verde, azul e laranja, amarelo e laranja, violeta e rosa, entre outras.

Para revitalizar as salas de uma casa, o designer de interiores da Bugstudium Creative Design, Maurílio César Bug-mann, utilizou detalhes nas cores laran-

ja e azul em objetos, molduras, almofa-das, móveis soltos e na parede atrás do sofá. “Para renovar as salas, eu precisei trabalhar as cores, criando destaques. Para isso, fiz uso do color blocking so-bre uma base neutra em tons de cinza claro e escuro”, destaca. Apesar de a casa ter sido construída há alguns anos, o projeto de interio-res não estava concluído. Com grande potencial arquitetônico, as salas arti-culam-se perfeitamente com a área íntima e de serviços. A configuração forma um “L” com pé direito alto e tetos inclinados e proporciona a sen-sação de amplitude espacial com ilu-minação e ventilação naturais.

Das passarelas

A mistura de cores frias e quentes torna o ambiente alegre e agradável. O color blocking permite ousar nas combinações

Divulgação

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Divulgação

[ decoração ]

Plotter reproduz, de forma ampliada, a tela ‘Pintura de FAX de 30 dias’, do artista plástico austríaco Friedensreich Hundertwasser

No projeto de interiores da residência, além do color blocking, foi utilizada a história pessoal dos proprietários. “A personalidade deles ficou refletida no ambiente”, diz o designer. Para ele, isso é necessário para que os morado-res se sintam, realmente, em casa, ro-deados por coisas de admiração, que tragam boas sensações e lembranças que lhes façam bem.

Sendo assim, uma das diretrizes do projeto foi que a atmosfera final dos ambientes expressasse um pouco da história pessoal dos moradores, além dos aspectos funcionais em relação ao uso dos ambientes, definição dos ma-teriais e distribuição do mobiliário. Na troca de ideias, o designer conheceu um pouco mais da história, do dia a dia e alguns gostos e preferências do casal para utilizar nos ambientes. Por isso, foi tomado o cuidado de selecionar alguns itens dos quais eles gostavam e que pudessem ser usados de forma harmônica na am-bientação das salas. “Algo de gran-de valor para os proprietários foi o

período em que moraram na Europa, onde visitaram lugares marcantes e de grande significado emocional. Desse período, selecionamos algu-mas peças que pudessem relembrar bons momentos”, destaca Maurílio.

Na Europa, o casal conheceu a obra do arquiteto e artista plástico austríaco Friedensreich Regentag Dunkelbunt Hundertwasser (1928-2000) que projetou um dos mais importantes conjuntos de construções do patrimô-nio arquitetônico da Áustria. “Devido à admiração pelo trabalho desse artista, selecionamos gravuras de obras que emolduramos para utilizar em uma parede do home theater. Para sala de estar, mandamos plottar, atrás do sofá, uma reprodução ampliada da tela ‘Pin-tura de FAX de 30 dias’”, ressalta Bug-mann. Nesta obra, o artista trabalha cores vibrantes que contrastam com o tom azul da parede de fundo.

Outro item selecionado para com-por a ambientação exclusiva do projeto foram quatro fotos das fa-chadas da Capela de Ronchamp,

projeto do arquiteto franco-suíço Le Corbusier, um dos mais importantes do Modernismo, utilizadas em uma das paredes da sala de jantar.

Fotos originalmente coloridas foram impressas em preto e branco e amplia-das, compondo um painel confecciona-do com imagens de autoria dos pro-prietários. “Algo realmente exclusivo e original”, afirma Bugmann. Durante a estada na Europa, o casal morou por um tempo na cidade de Aulendorf, em Baden Württemberg, na Alemanha, onde acontece, anual-mente, uma festa em que as pessoas se fantasiam de bruxas, inspiradas em lendas da região.

Dessa cidade, os proprietários trou-xeram um conjunto de esculturas representando as bruxas. Apesar do valor sentimental, as peças estavam guardadas sem utilização. “Como lembrança desse período, emoldura-mos as peças, tendo como fundo o laranja, usado em outros pontos da decoração”, destaca.

Com a personalidade dos moradores

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Daniel Zim

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ann Segundo o proprietário e autor do projeto arquitetônico, arquite-to Mairo Volkmann, a concepção do projeto original previa a exe-cução de um mezanino que ser-viria como acesso à sala de som. Com a reforma das salas, foi exe-cutado o mezanino e a escada, com design exclusivo e estrutura metálica aparente. Devido ao aspecto industrial, a escada funciona como um con-traponto aos demais materiais de acabamento. Com design diferen-ciado, ela foi projetada por Volk-mann com degraus em leque, po-sicionados estrategicamente para que o usuário inicie sempre a su-bida com o pé direito.

A iluminação das salas foi pensa-da para valorizar o espaço como um todo, criando destaques para diferentes focos de interesse nos ambientes. Ao mesmo tempo, ela os integra e os individualiza.

Com mangueiras de LED na parte superior de prateleiras e trilhos com spots reguláveis com lâmpa-das tipo AR e Par20, a iluminação contribui para a atmosfera acon-chegante das salas.

Acesso ao mezanino

Iluminação

A iluminação foi pensada para criar áreas de interesse

“Devido à admiração pelo trabalho de Hundertwasser, selecionamos gravuras deobras que emolduramospara utilizar em uma parededo home theater”

Maurílio Bugmann

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O uso de peças consideradas clás-sicas do design internacional no projeto de interiores proporciona um charme vintage aos ambien-tes. Duas poltronas Tulipa (1965), com design do francês Pierre Pau-lin (1927), em couro marrom es-curo, foram usadas para compor o layout da sala de estar, além de uma réplica da famosa luminária de mesa retrô com cúpula de vidro e base cromada, modelo MT8, de 1923, de Wilhelm Wagenfeld, uma das mais famosas peças de design da Escola Bauhaus.

Peças de design

Réplica da luminária de mesa retrô com cúpula de vidro e base cromada, de Wilhelm Wagenfeld

Conceito da moda, com peças de cores únicas e sem estampas, ganha espaço na decoração de interiores

Maurílio César BugmannBugstudium Creative Design(47) 3340-3507/ [email protected]

Design de Interiores

Fotos Daniel Zim

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ivulgação

[ decoração ]

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De acordo com Maurílio, algo que os proprietários mostraram logo no início do projeto foram algumas peças de mobiliário que pertenciam aos antepassa-dos e que gostariam de preservar e utilizar na deco-ração. O conjunto de peças era constituído por uma cristaleira, mesa de centro, de canto, uma mesa de jantar com oito cadeiras, aparador tipo console e es-pelho com moldura entalhada.

“Os móveis eram feitos de madeira de lei envernizada, tinham belíssimos detalhes entalhados e estavam em bom estado de conservação. Estudei as peças, selecio-nando as que ficariam bem no layout, e decidi pintar a maioria com laqueado branco e algumas em cinza es-

Móveis de família têm releitura

A antiga cristaleira e fotos feitas pelo casal na Europa garantem o toque pessoal na decoração

Daniel Zim

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conteúdomultimídiaVeja mais fotos em mundieditora.com.br/altopadrao

curo brilhante, fazendo uma releitura das peças para que fazessem parte da composição do novo look das salas. A repaginação do conjunto de peças valorizou o projeto e preserva a memória da família”, afirma Maurílio.

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[ infantil ]

Personagens de desenhos animadosajudam a desenvolver a criatividadeda criança com jogos e brincadeiras

Planejar o quarto do bebê é, sem dúvida, uma das tarefas mais pra-zerosas das futuras mamães. As-sim como a compra da primeira roupinha, o primeiro presente e a emoção da ultrassonografia, a es-colha das cores e até a disposição dos móveis mexem com o emocio-nal e a criatividade das gestantes.

A sócia-proprietária da Schwanke Baby & Kids, Margit Schwanke Ruediger, conta que, assim que as mães descobrem o sexo do bebê, já começam a pesquisar na internet ou em revistas de decoração um tema que querem para o quarto do

filho. “Geralmente, quando a grávi-da chega à loja e busca pela deco-ração e itens, ela já tem em mente o que deseja”, conta.

Mesmo com os tempos modernos e novas tendências, o branco e os tons beges estão muito presentes, pois trazem um ar de leveza e ele-gância ao ambiente onde o bebê passará os primeiros meses.

Segundo Margit, o sexo também delimita algumas escolhas. “Quan-do é menina, a mãe prefere os tons claros, como rosê, verde-oliva claro e rosa claro. Para elas, as principais

opções são os temas românticos, com rendas e frufrus. No caso do casal esperar um menino, o pai já opina mais. Os quartos, geralmen-te, têm temas de times de futebol, Fórmula-1 e Navy, com tons pre-dominantes de azul, vermelho e bege”, afirma.

Um personagem adorado pelos pais e campeão na preferência é o ursinho, tanto para meninas, quan-to para meninos. Como o ursinho de pelúcia esteve presente na in-fância dos, agora papais e mamães, eles acabam transferindo esta pre-ferência para o quartinho do bebê.

os quartosO lúdico invade

Fotos Daniel Zim

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Mesmo com os temposmodernos e novas tendências,o branco e os tons beges estãomuito presentes, pois trazemum ar de leveza e elegânciaao ambiente onde o bebêpassará os primeiros meses

Cor azul, soldadinhos e ursinhossão constantes nos quartos debebês do sexo masculino

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Quando a criança tem por volta de dois anos, começa a expressar os pró-prios gostos. Nessa idade, os canais de TV e filmes têm grande influência sobre os pequeninos. Geralmente, os temas até os cinco anos são os lúdi-cos, com o objetivo de desenvolver a criatividade através de jogos e brin-cadeiras. “O quartinho precisa ser um lugar alegre e descontraído, que es-timule a imaginação dos pequeninos, a partir de cores alegres e cheios de brincadeiras”, destaca Margit.

Assim como para o bebê, a decora-

ção do quarto para os maiorzinhos inicia com a escolha do tema. Os de-senhos são os preferidos. Estão na lista Thomas e seus amigos e filmes da Disney, como Carros, com forte apelo para os meninos; e Princesas e Little Pony, para as meninas.

Além desses temas, também tem a Turma do Mickey, Ursinho Puff, Soldadinho de Chumbo, Meios de Transporte, Toy Store, Buzz, Piratas do Caribe, entre outros. A decoração com os temas vai desde enfeites, papéis de parede, quadros, tapetes,

persianas, colchas, brinquedos, até o formato da cama para criar a his-tória. “Os diversos tecidos em tons lisos, xadrez, listras e estampas dão um toque para a composição. O resultado é um quarto perfeito”, destaca Margit.

Atento a estes temas, o mercado lança diversos produtos. “É um processo de pesquisa constante em viagens para a Europa. Os pa-péis de parede são importados ex-clusivamente para a composição dos projetos”, finaliza.

Amadurecimento e escolhas próprias

[infantil ]

A partir dos dois anos, meninos e meninas já começam a opinar sobre a decoração do quarto e a expressar gostos e traços da personalidade

Fotos Daniel Zim

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[ arquitetura ]

Casa de 1890 é transformadaem show room em processoque respeita o meio ambiente

Um show room que traz o aconchego do lar. Assim é a Casa Atlântica, uma vitrine permanente que apresenta os produtos do Grupo Atlântica Cama e Banho. Inaugurado em março, em Brusque, o espaço também preserva um dos princípios básicos da empre-sa: o cuidado com o meio ambiente.

Para abrigar o show room, foi refor-mada uma antiga residência, pro-priedade da empresa, e que data do ano de 1890. Toda a restauração foi realizada utilizando materiais reapro-veitados, os chamados craft industry e eco produtos. Tudo com objetivo manter as principais características dos ambientes.

O projeto e acompanhamento da obra foram dos arquitetos André Sani e Rafaela Richter, do escritório Kubbo Arquitetos. Eles também contaram com a assessoria do consultor de materiais eco-eficientes, Erico Valter Neumitz, que auxiliou na escolha dos materiais utilizados na restauração.

Segundo os arquitetos, uma das prin-cipais dificuldades encontradas na elaboração do projeto foi o tempo. “Entraram em contato conosco no início de fevereiro e queriam inaugu-rar o espaço na primeira semana de março. Por isso, tivemos praticamen-te um mês para desenvolver o projeto e executar a obra”, destaca Rafaela.

Apesar do pouco tempo, os arquite-tos conseguiram atingir o objetivo da restauração: aliar a história à sus-tentabilidade. A parte estrutural da residência não foi modificada, pre-servando elementos originais, como o piso de madeira dos dormitórios, o piso cerâmico dos banheiros e os tacos de madeira existentes na copa. “Em alguns ambientes, optamos por descascar o reboco e deixar aparen-te a parede com o tijolo original da residência. Dá um contraste maior”, saliente Sani.

Os móveis escolhidos para compor os ambientes foram garimpados em antiquários e lojas de móveis usados.

sustentávelRestauração

Fotos Eduardo sofiati

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Recuperação da estruturaPara poder restaurar todos os elementos que formam a identidade da residência, Rafaela e Sani buscaram materiais que não tirassem as características e o as-pecto originais de cada local. “Como a empresa preza pela filosofia de sustentabilidade, desde o início, op-tamos por utilizar produtos sustentáveis e ecologica-mente corretos”, ressalta a arquiteta.

As paredes da fachada, por exemplo, passaram por um processo de hidro-jateamento – jato de água com alta pressão e uso de uma solução de água e hipoclorito de sódio. Essa solução eliminou a camada externa de pintura, fazendo com que as cores originais – tons de verde, azul e avermelho – surgissem novamente.

Em seguida, pra proteger a superfície, foi aplicada uma emulsão à base de silicato de potássio. O mes-mo produto foi utilizado em algumas paredes internas que tiveram o reboco removido. “Essa emulsão apre-senta grande durabilidade, retardando a necessidade de nova pintura. Além disso, oferece proteção contra fungos e é resistente ao fogo”, destaca Rafaela.

Assoalho, forro e madeiras de demolição que foram reaproveitadas também receberam proteção de óle-os naturais de oiticica e mamona. Além de garanti-rem mais beleza ao material tratado, esses produtos protegem a madeira contra a ação dos raios solares e umidade.

“Alguns desses móveis foram re-cuperados pelos próprios funcio-nários da empresa. Outros foram fabricados em madeira de demoli-ção por lojas especializadas nesse tipo de material, ou foram desen-volvidos com a madeira reapro-veitada da própria casa”, enfatiza Rafaela.

No total, foram projetados seis dor-mitórios, um banheiro, um lavabo e uma copa com cozinha integrada. Todos esses ambientes situam-se no pavimento térreo. Além deles, foi projetada uma área externa para ser utilizada pelo departamento co-mercial da empresa no atendimento aos clientes.

Para a área de atendimento, foi projetada uma ampliação que con-torna uma das laterais e os fundos da residência. “Para esse espaço,

Móveis reaproveitados e madeira de demolição caracterizam a decoração dos ambientes

conteúdomultimídia

Veja mais fotos em mundieditora.com.br/altopadrao

pensamos em um pergolado feito com toras de bambu e cobertura em policarbonato para manter a lu-minosidade natural. Os pilares que sustentam esta estrutura foram fei-tos com madeira de demolição e o fechamento foi feito com portas de correr em vidro temperado”, desta-ca Rafaela.

O paisagismo ao redor da residên-cia também foi valorizado. Traves-

sas feitas a partir da madeira de demolição sinalizam o caminho até a entrada principal. Foram reapro-veitadas algumas peças de bambu, transformadas em balizadores, e peças sucateadas da própria fábrica – como rolos de fios transformados em mesas para o jardim. “Futura-mente, a ideia é transformar a parte externa em um local para os funcio-nários da empresa descansarem en-tre os turnos de trabalho”, diz Sani.

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SustentabilidadeConstrução sustentável é aquela que promove intervenções sobre o meio ambiente, adaptando-o às necessidades de uso, produ-ção e consumo humano, mas sem esgotar os recursos naturais. Foi partindo desse princípio que o consultor de materiais Erico Valter Neumitz procurou produtos que minimizassem a agressão ao meio ambiente durante a restauração.

Para isso, foram utilizados pro-dutos de baixo ou médio impacto nos casos que não existem opções de eco-produtos; os produtos re-ciclados ou que mesclem matéria--prima ecológica com outras de baixo impacto; e os produtos reco-mendados, obtidos com o mínimo de dano ao meio ambiente, com matérias-primas naturais renová-veis ou reaproveitáveis e que tam-bém resultem em benefício para a saúde do consumidor.

A restauração da casa ainda não terminou.

Além da parte externa, que será transfor-

mada em um local para recreação dos fun-

cionários da Atlântica, o segundo andar da

residência vai receber uma nova decora-

ção: será um Hotel Boutique para hospedar

e receber amigos, clientes e representan-

tes da empresa.

Kubbo Arquitetos

André Sani – [email protected]

Rafaela Richter – [email protected]

(47) 3232-8806

www.kubboarquitetos.com.br

Consultor de Materiais Eco-eficientes

Erico Valter Neumitz

(47) 9119-0898

[email protected]

Projeto futuro

Mais informações

Toda a restauração da Casa Atlân-tica foi feita utilizando solventes, óleos, massas e tintas de origem natural, livres dos chamados Com-postos Orgânicos Voláteis (COVs). Os COVs, presentes em tintas e solventes convencionais, causam

sérios impactos ambientais e pre-judicam tanto a saúde dos traba-lhadores – na fase de construção –, quanto a saúde dos futuros usuários do ambiente em que eles são aplicados. Por isso, há a ten-dência em deixar de usá-los.

[ arquitetura ]

Fotos Eduardo sofiati

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[ hospedagem ]Fotos Daniel Zimmermann

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Volta no tempo

Preservar a história e a tradição dos colonizadores alemães não é tarefa fácil. Juntar isso a um lugar tranqui-lo, de natureza exuberante, é mais difícil ainda. Mas não é impossível. Em Pomerode, a cidade mais ale-mã do Brasil, é possível encontrar essa combinação na Pousada Rural Mundo Antigo, que alia beleza, tra-dição e tranquilidade. São mais de 750 mil m² de muito verde, cachoei-ras e jardins floridos.

No local, o que mais chama a atenção são as pequenas casas na técnica en-xaimel, onde os hóspedes ficam. Ao todo, são 11 casas distribuídas pela propriedade. Sendo que, dessas, oito estão disponíveis para hospedagem.

Cada uma é dividida em dois cômo-dos, onde cabem até cinco pessoas. Com decoração rústica, mas sem dei-xar o conforto de lado, elas remetem a tempos antigos, quando a simplici-dade e o contato com a natureza fa-ziam parte da rotina.

“Os chalés estão instalados em meio às paisagens, onde é possível ouvir até o som das cachoeiras. Cada um tem uma cama de casal, duas camas de solteiro, uma bi-cama, ar-condicio-nado, frigobar, televisão e internet”, destaca Adolar Fischer, proprietário da pousada.

A propriedade onde está localizada a Pousada Mundo Antigo pertence à

família Fischer desde 1924. A ideia de criar o negócio surgiu em 1997, depois de uma viagem que Adolar e a família fizerem para Gramado, no Rio Grande do Sul. Na ocasião, eles visitaram o Mini Mundo, um parque que traz cidades inteiras em minia-tura, inclusive cidades europeias, onde a técnica enxaimel predomina. “Em Pomerode, nós tínhamos casas assim em tamanho real. Então, por que não abrir para o público?”, sa-lienta Adolar.

Hoje, o local é considerado o maior complexo de construções na antiga técnica germânico de Santa Catarina. E será ampliado. Outras nove unida-des estão sendo construídas.

Pousada Rural Mundo Antigo é considerada o maior complexo no estilo germânico do Estado

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Gastronomia e lazerAlém de descansar em uma acon-chegante casa enxaimel, na Pousada Mundo Antigo também há um res-taurante com café colonial e pratos caseiros da culinária típica da região. Entre as especialidades, estão marre-co recheado, eisbein, chucrute e repo-lho roxo, entre outros. Quem não está hospedado também pode saborear os pratos, já que o estabelecimento abre para o público nos fins de semana e feriados.

Quem procura fugir da rotina também

pode aproveitar as diversas opções de lazer, como passeios de charrete, ca-valgadas, pedalinhos, pescaria, canoa-gem e trilha para caminhada. Também há piscina, quadras poliesportivas, playground e uma sala de jogos, com tênis de mesa, sinuca, cama elástica, entre outros.

A pousada é ideal para quem quer se afastar da correria do dia a dia e descansar. Aproveitar o ar puro para dar uma volta pela proprie-dade e ver as diversas constru-

ções, plantas e animais que circu-lam livremente. “Aqui, as pessoas têm privacidade. É realmente um lugar para se afastar de tudo”, sa-lienta Adolar.

Ele também conta que muitos utili-zam o local para eventos, ou como cenário para books de aniversários e casamentos. A pousada já foi, in-clusive, capa de CD de bandas típi-cas e é constantemente escolhida por grupos folclóricos para as fotos de divulgação.

[ hospedagem ]Fotos D

aniel Zimm

ermann

conteúdomultimídia

Veja mais fotos e assista ao vídeo em mundieditora.com.br/altopadrao

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O complexo de construções enxaimel está localizado em meio à natureza exuberante da zona rural de Pomerode. A decoração rústica das casinhas completa o clima bucólico

Rua Ribeirão Herdt, 1830, Ribeirão Herdt, Pomerode, SC

(47) 3387-3143

www.mundoantigo.com.br

Pousada Rural Mundo Antigo

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[ aquários ]

Aprenda como montar, cuidar e manter um aquário dentro de casa ou no escritório

outro mundoJanela para

Fotos Banco de Im

agens

Um aquário não é apenas uma caixa de vidro com peixinhos, plantinhas e decoração, mas uma excelente ativi-dade de lazer. Milhões de pessoas já descobriram o divertimento, a satisfa-ção e o relaxamento que se consegue mantendo aquários cheios de peixes coloridos dentro de casa, ou mesmo no escritório.

Não importa o espaço, sempre é pos-sível encontrar lugar para um aquário. Além disso, os peixes são ideais para as pessoas que não têm tempo de cui-dar de animais de estimação.

De acordo com o veterinário e pro-prietário da Atol Pet, Adriel Ghizoni Rohling, uma das vantagens de se ter um aquário em casa é que aju-da as crianças a desenvolverem a disciplina quando tornam-se res-ponsáveis por cuidar dos peixinhos. Também ajuda no conhecimento de Biologia, Física e Geografia.

Existem vários tamanhos de aquá-rios de água doce e marinha, que variam de meio litro até cerca de mil litros. Atualmente, já existe no mercado o sal sintético para aquá-

rio marinho – um quilo faz 30 litros de água marinha.

Adriel explica que o aquarismo é um hobby e que a pessoa precisa ler e entender como funciona. “Se a pessoa for montar um aquário no estilo amazônico, ela precisa ter produtos que simulem o ecossis-tema do Rio Amazonas. É como se estivesse tirando um pedacinho da Amazônia e trazendo para dentro de casa. Assim, os peixes vão viver mais, pois se sentirão no habitat natural”, ressalta.

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Para mostrar como é fácil e não dá trabalho ter um aquário em casa, Adriel ensina como montá-lo. Esse aquário completo, já com peixinhos, custa, em média, R$ 1.200,00.

1º passo: uma cuba de vidro temperado com sistema de filtragem. Prefira aqueles acima de 50 litros e retangulares, para ter uma maior estabilidade química e bioló-gica, praticidade e mais espaço para uma maior variedade de peixes e plantas.

2º passo: coloque o cascalho de rio lava-do, de preferência, as pedras miúdas, para uma melhor fixação das plantas. Coloque diretamente no vidro, com uma espessura de 3 a 5cm.

3º passo: para a decoração, pode-se usar tronco natural, pedras e folhas artificiais.

4º passo: colocar a água, que pode ser da torneira e depois adicionar um condiciona-dor de água. Testar o pH da água também é importante.

5º passo: colocar os peixes. Adriel optou por colocar cerca de 20 peixes do Rio Ama-zonas, como néon-cardinal, acara-bandei-ra e mato-grosso. Evite colocar mais de um centímetro de peixe para cada litro de água.

Adriel orienta nunca levar peixes para casa no mesmo dia em que comprou o aquário, pois um ambiente aquático leva cerca de seis meses para equilibrar-se por completo. No mesmo dia da montagem do aquário, ou poucos dias depois, o ambiente ainda é inadequado para qualquer tipo de peixe. A razão é que, o verdadeiro filtro de um aquário são bactérias que se reproduzem por todo o ambiente e processam elemen-tos perigosos e até fatais aos peixes, como a amônia e o nitrito. Por isso, espere, no mí-nimo, 15 dias para colocar os peixes.

Quando comprar um peixinho, deixe o saco flutuando no aquário por cerca de 10 mi-nutos. Depois, coloque água do aquário dentro do saco de cinco em cinco minutos, até que o pH esteja semelhante. Então, sol-te somente os peixes, sem a água.

Como montar um aquário

A manutenção de um aquário é bastante simples, mas não pode deixar de ser feita

- Alimentar os peixes todos os dias, com uma ração de qualidade- Efetuar testes básicos com a água a cada 15 dias- Limpar os vidros usando limpadores magnéticos (pela praticidade e eficiência), sem-pre que necessário- Aspirar a sujeira depositada no cascalho, usando um sifão próprio, e retirar entre 25% e 30% da água do aquário a cada 30 dias.- Após a retirada da água com a sujeira do cascalho, dose um condicionador de água no aquário de acordo com a quantidade de água retirada. Exemplo: em aquários de 120 litros são retirados 38 litros de água. Dose 5ml de condicionador de água direta-mente no aquário ou em um balde onde esteja a água da torneira que será posta para repor a que foi retirada.

Manutenção

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No mercado, há vários tipos e marcas de ração para peixes. O erro da maioria dos aquaristas iniciantes é alimentar os peixes em excesso. O segredo para evitar isso é criar uma rotina de alimentação. Peixes vivem para comer, portanto, é natural que, ao passar alguém na frente do aquário, eles fiquem alvoroça-dos, mesmo que estejam bem alimentados.

Adriel aconselha nunca jogar muita ração no aquário. “Quan-do a ração é jogada em grande quantidade, ela afunda e se es-palha por todo o aquário. Isso suja o ambiente e traz diversas doenças para os peixes”, ressalta.

A melhor maneira de alimentá-los é jogar entre três e cinco flocos de ração na água e esperar. Quando estiver acabando, repita a operação, até perceber que o ímpeto dos peixes em pegar mais alimentos diminui e, então, pare.

Os peixes podem ser alimentados entre duas e três vezes ao dia. Hoje, também existe no mercado um aparelho de alimen-tação automática e iluminação com timer, que facilita o dia a dia e até mesmo quando é preciso fazer uma viagem.

[ aquários ]

Alimentação

Peixe BettaO peixe Betta é um dos mais popu-lares do mundo, graças à beleza e à marcante característica de não ne-cessitar de equipamentos no aquá-rio para a sobrevivência. Isso torna a aquisição do aquário mais econômi-ca e a manutenção simples, pois eles vivem sozinhos.

Fotos Banco de Imagens

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1619_AF_AN_21x27,7cm_BLUMENAU_ALTO_PADRAO.indd 1 06/03/12 17:25

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[ projeto comercial ]

Casarão da família Lorenz, de Timbó, foi revitalizado e deu lugar ao restaurante Naoma

A arquitetura tipicamente alemã do tradicional casarão da família Lorenz sempre chamou a atenção de morado-res e visitantes de Timbó. Tombada pelo Patrimônio Histórico de Santa Catarina, a casa estava fechada há 12 anos. O charme e a elegância do local fizerem com que o casal de empresários Cleomir de Souza e Marcela Conaco alugassem a casa para montar o Restaurante Naoma.

A configuração da casa de três an-dares e amplos cômodos foi man-tida para receber o restaurante, inaugurado em 29 de fevereiro. Cleomir explica que, como a casa é tombada, não se pode modificar a estrutura e o visual externo. Assim, manteve as mesmas cores de jane-las e paredes, brancas e vermelhas, respectivamente.

A casa foi toda revitalizada e Cle-omir procurou manter ambientes distintos entre os andares. O térreo ficou dedicado ao happy hour e à cozinha internacional e o segundo andar às pizzas à la carte, assadas no forno à lenha.

A entrada até a recepção é feita com troncos de madeira no chão e

OmaA casa da

À noite, a iluminação destaca ainda mais o casarão que serviu de residência para a família Lorenz

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Tijolos à vista e o assoalho original da casa garantem o clima especial. Espécie de varanda com janelas deixa a luz externa entrar e servia de espaço para leitura leitura

Em dias especiais, a velha banheira

serve para gelar a bebida

um belo jardim. Uma banheira, re-tirada da suíte da casa, foi colocada na entrada do restaurante e serve, segundo Cleomir, para ocasiões es-peciais. “Encho a banheira com gelo e coloco vinhos e champanhes”.

Na recepção, foi tirado todo o rebo-co da parede, deixando os tijolos à mostra. A iluminação com lustres está em todos os cômodos. Uma máquina registradora antiga tam-bém foi comprada em uma loja de antiguidade para fazer parte da de-coração e combina com um velho aparelho de telefone.

Nos outros locais do térreo, a pin-tura branca nas paredes foi manti-da e o chão recuperado, pois 99% da madeira são originais da casa. “As madeiras foram apenas lixa-

das e envernizadas”, explica o pro-prietário do restaurante. A maioria dos móveis é feita com madeira de demolição.

O biombo da entrada para o banhei-ro masculino, que fica ao lado da recepção, foi feito com portas reti-radas da própria casa. Na estrutura do balcão do bar foram reutilizados tijolos e, para as prateleiras, tábuas da própria casa. Em outro espaço com mesas e cadeiras ficou a área da cozinha internacional.

O cardápio, assinado pelo chef Ri-cardo Bernardini, foi organizado com pratos de diversos países, como Portugal, Inglaterra, Moçam-bique, França, Grécia, Malásia, Itália, Tailândia, Turquia, Estados Unidos e México, entre outros.

Saindo da área da cozinha interna-cional para a escada que dá acesso ao segundo andar, onde é a pizzaria, a parede é sem reboco, para mostrar que ali já começa outro espaço. No segundo andar, ficavam três quar-tos e, cada um possui um canto com abertura de vidro, pois, antigamente, era costume fazer um espaço para leitura que aproveitasse a luz do dia. Uma varanda com floreira também dá lugar para as mesas.

O espaço onde era o banheiro da casa foi modificado. A parede foi derrubada e deu lugar ao parapeito feito de madeira de demolição, pois, de lá, consegue-se ver a recepção. Nesse local, também há um banco de madeira feito de máquina de lavar antiga, da tradicional marca Wanke, de Indaial.

Fotos Daniel Zim

merm

ann

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Os apaixonados por futebol se encontram em dia de jogos na área temá-tica: um ambiente totalmente decorado com o esporte preferido dos bra-sileiros. O chão tem grama sintética e até uma trave decora o ambiente, imitando um campo de futebol.

O espaço tem mesas e cadeiras e aparelhos de televisão para os clientes assistirem aos jogos. As paredes têm quadros com camisetas autografa-das de vários clubes de futebol.

Um deck com mesinhas, bancos com almofadas brancas e guarda-sol é o espaço ideal para o happy hour, com drinks, cervejas especiais e chope. O deck não pertencia à casa, foi montado na lateral e na frente.

Happy hour

Em 26 de agosto de 1882, nasceu, em Blumenau, Fritz Lorenz, filho de Thusnelda Müller e Robert Lorenz. Do primeiro casamento, com Marie Sgholz, ele teve quatro filhos e, em 1920, a esposa faleceu.

Em 1921, Fritz Lorenz casou-se com Gertrud, popularmente conhecida como Oma Lorentz e, deste casamento, teve mais quatro filhos. Em 1924, construiu, na rua hoje nomeada Fritz Lorenz, a primeira casa com suíte de Timbó, onde morava com a esposa e os oito filhos. Em 22 de abril de 1959, Fritz Lorenz faleceu e a esposa permaneceu morando no casarão, mas alugou o segundo andar para jovens solteiros.

Em 21 de julho de 1999, Oma Lorentz faleceu e a casa ficou fechada até meados de 2011, quando, nesse mesmo ano, o casarão passou por uma grande restauração para dar lugar ao restaurante Naoma.

Curiosidade

Fotos Daniel Zim

merm

ann

[ projeto comercial ]

Rua Fritz Lorenz, Bairro Quintino, Timbó, SCTerça a quinta-feira, a partir das 19h;Sexta, sábado e domingo, a partir das 18h.www.naoma.com.br

Naoma Restaurante

conteúdomultimídiaVeja mais fotos em mundieditora.com.br/altopadrao

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Além de maior durabilidade, mesas de mármore trazem sofisticação aos ambientes

Conferindo elegância aos mais va-riados ambientes, o mármore está presente na construção de inúmeros móveis, famoso pela durabilidade. Com as mesas não é diferente. Hoje, existem muitas opções que vão des-de aquela mesa feita totalmente de mármore, ideal para jardins e outros espaços abertos, até aquela menor

e mais discreta, com pés feitos de outro material e que fica muito bem em pequenas cozinhas.

Por ser uma rocha formada por vá-rios componentes que, juntos, dão origem aos diferentes desenhos, o mármore oferece combinações de cores e texturas únicas. Cada mesa

é diferente. As cores, que podem ir do branco até o preto, também aparecem em tons que variam en-tre verde, amarelo e vermelho. En-tre os modelos disponíveis estão mesas retangulares com seis e oito lugares, redondas e quadradas. To-das vêm em tons sóbrios que tra-zem requinte ao ambiente.

durávelElegância

[ móveis ]Fotos: D

aniel Zimm

ermann

Tons sóbrios e requintados caracterizam as mesas de mármore, que podem ser usadas desde o jardim até em charmosas cozinhas

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Rua Sete de Setembro, 1829

Centro – Blumenau

(47) 3035-6789

www.dimys.com.br

Dimy’s Bath & Home

Por serem maiores, as retangula-res são ideais para salas de jantar ou espaços mais amplos. Os mo-delos redondos e quadrados são indicados para espaços menores, podendo ficar na própria cozinha, já que conferem um ar mais acon-chegante ao ambiente. “As mesas em mármore compõem ambien-tes desde os mais clássicos até os contemporâneos, trabalhando em perfeita harmonia com diver-sos estilos de cadeiras e poltro-nas”, salienta a gerente de vendas da Dimy’s Bath & Home, Mônica Dellagnolo.

O mármore costuma ser um pouco mais caro do que a madeira e o vi-dro, os materiais mais comuns na construção de mesas. Mas vale in-vestir no produto pela durabilida-de do mineral. Além de trazerem sofisticação, essas mesas ofere-cem vantagens na hora da limpe-za. Para mantê-las com aspecto de novas por mais tempo, deve-se utilizar apenas uma escova macia ou um pano úmido, água e sabo-nete neutro, pois o uso de outros produtos industrializados pode ocasionar manchas e fazer com que a peça perca o tom original.

Algumas mesas de mármore con-tam com a proteção da laca. Trata--se de uma resina produzida por certas árvores que protege a pedra e ajuda a mantê-la limpa. “A laca é uma tendência muito forte, que traz beleza e sofisticação desde a linha de móveis em geral até a linha de mármore. A grande vantagem dessa resina é a vitrificação da pe-dra, que proporciona um efeito es-pelhado, além de dar um belo aca-bamento à peça”, ressalta Mônica.

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[banheiros ]

A tecnologia está cada vez mais presen-te em todos os cômodos da casa. E o ba-nheiro, nos últimos tempos, tem recebido atenção especial. É o caso do modelo high tech do designer italiano Stefano Giovan-noni, desenvolvido para a Toto. O estilo é simples e moderno, com todos os avanços tecnológicos para um banheiro.

A promessa é de que não é o usuário que vai tomar conta do banheiro e, sim, o con-trário. Ele foi desenvolvido para mimar as pessoas, com assento aquecido, desodori-zante, funções no controle remoto, auto-limpeza, design inovador e revestimento único para mantê-lo limpo e higiênico.

Os fãs de design high tech também vão se interessar pela torneira digital criada por Min Kong. A Flat-Fold possui design ar-rojado e foi desenvolvida com um painel sensível ao toque. É possível personalizar como a água será liberada, bem como o sistema que será utilizado. Também exis-tem sistemas pré-estabelecidos, incluindo um para evitar o desperdício. Quem optar por uma torneira personalizada, a Flat--Fold permite selecionar a temperatura, pressão e como será a saída da água.

Outra torneira curiosa possibilita que você ajude na preservação do Planeta enquan-to lava as mãos. É a One Liter Limit. Se-gundo estudos, cada vez que lavamos as mãos usamos apenas um litro de água, mas mandamos seis pelo ralo. Com esta torneira, podemos usar exatamente um litro para a tarefa.

O design futurístico lembra um tubo de laboratório. É neste recipiente transpa-rente que a água fica reservada. Ao abrir a torneira, o tubo libera a água e trava, automaticamente, quando o recipiente estiver vazio. É preciso esperar até que o reservatório volte a ficar cheio para poder usar a torneira novamente.

Moderno esustentávelTecnologia permite maior conforto aos usuários e ajuda a evitar o desperdício de água

Já a torneira high tech permite personalizara quantidade de água que será liberada

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Torneira ecológica garante que usuário gastaráapenas um litro de água para lavar as mãos

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[ artesanato ]

Planta da família das sempre-vivas é matéria-prima para a produção de utensílios e ornamentos

O capim-dourado só brota nas veredas do Jalapão, região do Tocantins que atrai cada vez mais turistas que buscam na-tureza exuberante. A haste fina e de brilho metálico intenso é usada pelos artesãos do lugar, geralmente mulhe-res, para produção de uma diversidade de peças: bolsas, brincos, pulseiras, cha-péus, mandalas, cestas e diversos obje-tos de decoração. Peças de beleza única, que ultrapassaram os limites do Tocan-tins, conquistando mercado em todos os estados brasileiros e no Exterior.

A arte de trabalhar com o capim doura-do foi ensinada às mulheres do Jalapão por Dona Miúda, uma matriarca do po-voado de Mumbuca, Município de Ma-teiros. Antes, a técnica foi passada pelos índios que habitavam a região à avó de Dona Miúda e depois à mãe dela.

As técnicas do artesanato em capim dourado continuam sendo ensinadas no povoado de Mumbuca e também nas cidades de Mateiros, Ponte Alta, Novo Acordo, Santa Tereza, Lagoa do Tocan-tins e no Prata, um vilarejo do Município de São Felix do Jalapão.

JalapãoO ouro do

Na verdade, o que se chama de capim-dourado (syngonanthus ni-tens) é a haste de uma pequena flor branca da família das sempre--vivas. É na flor que se encontram as sementes que garantem a per-petuação da planta (endêmica do Jalapão) e a renda para centenas de famílias.

Depois de seco, o capim-dourado

está pronto para ser trabalhado pelas artesãs. O grande desafio é fazer extração controlada da plan-ta, que corre risco de desaparecer da região do Jalapão caso o manejo não seja correto.

Mumbuca é uma comunidade de ex-escravos, remanescentes de qui-lombos. Lá, a planta cresce abun-dantemente entre abril e junho e so-

mente pode ser colhida de setembro a novembro. Toda a região do Jala-pão trabalha com o capim-dourado fazendo deste artesanato a principal fonte de renda das famílias. A im-portância é tanta que a planta rece-beu o apelido de ‘ouro do Jalapão’.

Compras podem ser feitas pela internet, através de sites como www.capimdouradojalapao.com.

O capim

Agência B

rasil

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A chegada de um novo membro na família deu o norte para a reforma do apartamento

A praticidade seguida da necessidade de espaço para a boa circulação foram as bases para o projeto da designer de interiores Adriana Scartaris, em um apartamento de 220m². A obra para a nova residência contou com a troca de todos os revestimentos, além da instalação de ar condiciona-do, som ambiente, home theater in-tegrado, novo projeto luminotécnico e forros em gesso.

Para atender uma jovem família de pai

e mãe com menos de 40 anos, uma fi-lha de 17, outra de 15 e um bebê de 6 meses, a profissional percebeu que todas as escolhas giravam em torno das necessidades do mais novo mem-bro da família, que pedia praticidade, espaço para brincar e correr, móveis sem cantos vivos e materiais que pu-dessem facilitar a limpeza.

Usando cerâmica no living e no terra-ço, com apenas um tapete em couro no primeiro ambiente, Adriana pre-

zou pela futura liberdade do bebê, com os primeiros passos, e para que tudo ficasse bem prático na manu-tenção, com uma melhor fluidez nos espaços e cantos levemente arredon-dados em todos os móveis.

A principal tendência apresentada neste projeto foi o uso de cores bá-sicas com toques de tons vibrantes, além da mistura de materiais natu-rais. Para a cozinha, detalhes em vidro vermelho trazendo a cor de preferên-

primeiro lugarO bem-estar em

[ interiores ]Fotos D

ivulgação

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cia da dona da casa, enquanto os quartos das filhas foram coloridos com as tonalida-des que mais as agradavam.

A opção por vidros aplicados nas por-tas, tanto da cozinha, quanto dos quar-tos das meninas, abre caminho para fa-cilitar a troca da cor quando sentirem necessidade, sem grandes investimentos ou dificuldades.

Já para o living, terraço gourmet e demais ambientes, o pedido foi por aconchego para que os moradores estivessem sem-pre em um “ninho”, criado por conta da mistura de materiais naturais como al-godão, couro, pastilhas de coco, objetos em madeira e fibras.

Soluções básicas de automação foram suficientes para atender o cliente em suas necessidades, como som ambiente, home theater e iluminação integrada no living, que privilegia a luz aconchegan-te e quente, sem pontos que ofusquem a visão. Para os ambientes internos, a ilu-minação é feita com dimmer para cenas de estudo e repouso.

Para dar mais realce ao projeto, o uso de revestimento de alta qualidade ficou por conta do porcelanato espanhol padrão cre-ma marfil, com destaque para os inserts no hall de entrada, onde há um luxuoso papel de parede com grandes flores, igualmente utilizado no lavabo, ambos customizados com aplicação de pedras swarovski nas cores âmbar e prata. Ao todo, foram apli-cados 2,6 mil cristais nos dois ambientes.

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Há mais de 25 anos, a designer de interiores e artista plástica Adriana Scartaris, desenvolve projetos combinados ao estilo contemporâneo e ao universo particular de cada cliente. Sem-pre alinhados aos conhecimen-tos acadêmicos, seus trabalhos ganharam toques especiais e arrojados ao longo da carrei-ra, como técnicas de terapias complementares que lhe ren-deram publicações em diver-sas revistas especializadas, premiações e participação em mostras renomadas como as últimas três edições da Casa Cor São Paulo e, em 2010, da Equipotel e Beauty Fair.

Contemporaneidade

Fotos Divulgação

[ interiores ]

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[ monumentos ]Obras feitas para atravessar rios viram cartões-postais e monumentos históricos

Elas têm a função de permitir a pas-sagem, geralmente de veículos auto-motivos, sobre vãos de rios ou outras formações. Também podem servir unicamente a pedestres, mas sempre com o objetivo de ligar dois pontos. Contudo, as pontes não se resumem

a meras obras de engenharia. Muitas são construções carregadas de histó-ria e significados, representam a im-ponência de uma época. As novas exi-bem modernidade e muita tecnologia construtiva. Seja por isso, ou por uma série de outros fatores, muitas delas

despertam a curiosidade e a admi-ração, viram cartões postais e ícones de uma cidade ou região. Dessa for-ma, Alto Padrão traz uma lista com algumas das mais belas e curiosas pontes espalhadas pelo mundo. Vale a pena conferir.

Esta obra impressionante, com 125 me-tros de comprimento, serve somente a pedestres. Ela fica no topo do Gunung Mat Chinchang, em Pulau Langkawi, na Malásia, a 700 metros do nível do mar. Construída para servir de ponto de ob-servação das belezas da região, a ponte chama atenção pela estrutura. Ela é sus-tentada apenas por um pilar, que a man-tém fixa por cabos como uma espécie de guindaste. Muitos turistas têm medo de encarar a travessia, mas os construtores garantem que é segura.

uma ponte?Tem certeza que é apenas

Langkawi Sky Bridge Fotos Divulgação

A bela ponte sobre o Rio Gardon, na França, foi construída no pri-meiro século a.C. e é típica do Im-pério Romano. A construção serviu para levar água entre as cidades de Uzès e Nîmes, no Sul da Fran-ça, além de pedestres. Na lista de patrimônio histórico da Unesco, a ponte é um dos cinco pontos tu-rísticos mais visitados da França, devido à arquitetura tão antiga quanto fascinante.

Pont du Gard

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Um dos belos cartões postais da cidade mais conhecida da Austrália completa 80 anos em 2012. Os primeiros veícu-los atravessaram a estrutura de 1.149 metros em 19 de março de 1932, sobre a Baía de Sydney. A ponte figura no Guiness Book como a mais larga e elevada ponte de arco em aço do mundo. Mas o que impressiona mesmo é a bele-za e modernidade.

Vinte e três arcos de pedras e tijolos formam uma das mais bonitas pontes do mundo. Localizada na cidade de Is-fahan, no Irã, a construção acumula as funções de servir como ligação de uma margem à outra do Rio Zayandeh e de ser um dique para regular o fluxo do rio por meio de um sistema de com-portas. Ela encanta os turistas desde o Século 17, quando foi construída a pedido do rei persa Shah Abbas 2º.

Cenários de vários filmes norte--americanos, a grandiosa estru-tura de metal avermelhado liga a cidade de São Francisco a Sausali-to. Foi inaugurada em 27 de maio de 1937 e surpreende com 1.966 metros de extensão. A estrutura está suspensa por 27.572 cabos, formando uma estrutura impres-sionante e inovadora para a época em que foi construída.

Sydney Harbour

Khaju Bridge

Golden Gate

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Inaugurada em 1894, a cons-trução é a mais famosa ponte basculante do mundo, e um dos principais pontos turís-ticos de Londres. Com torres no estilo dos fortes escoce-ses e suas básculas que se erguem como pontes levadi-ças de castelos medievais, a ponte é parte importante do sistema de transporte da ca-pital inglesa, sendo uma das principais ligações entre os dois lados do Rio Tamisa.

Vem da Roma Antiga os primeiros regis-tros dessa ponte sobre o Rio Arno, em Florença. Cheias destruíram a original e, em 1345, foi reinaugurada com o forma-to original, formada por três arcos. Mas o que mais chama a atenção é o emaranha-do de lojas, sendo a maioria ourivesarias e joalherias, situadas sobre o tabuleiro. A quantidade de cadeados presos à ponte é uma das curiosidades. Tudo graças a uma crença de que os namorados que os prenderem à ponte e jogarem a chave no rio têm garantia de amor eterno. Mas o ato pode resultar em multa de 50 euros.

Tower Bridge

Ponte Vecchio

Dedicada à travessia de pedestres e ciclistas, essa ponte, construída em 2001, sobre o Rio Tyn, em Newcas-tle, na Inglaterra, é, geralmente, re-ferida como a “ponte do piscar de olhos”, devido à estrutura curva que lembra um grande olho. De tempos em tempos, os “olhos” se fecham: a estrutura é erguida para que navios e barcos passem por baixo dela.

Gateshead Millennium Bridge

[ monumentos ]Fotos D

ivulgação

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A Ponte da Chuva e do Ven-to é um exemplo do nível de detalhamento da arquitetu-ra tradicional chinesa. É com-pletamente coberta e con-tém duas plataformas, três cais, quatro vãos, cinco pa-vilhões, 19 varandas e três andares. A estrutura é toda em madeira, com pilares de pedra e telhas na cobertu-ra. Construída em 1916, é a mais bonita das 180 pontes de Sanjiang Chengyang.

Quando o primeiro pedestre cruzou, no dia 1º de dezembro de 1866, a ponte sobre o Rio Ohio, de Cincin-nati, em Ohio, até Covington, no Kentucky (Estados Unidos), a ponte que leva o nome do engenheiro que a projetou era considerada a maior ponte suspensa do mundo, com 322 metros de comprimento. Hoje, diversas pontes já a superaram em tamanho, mas a base de pedra ain-da garante charme e muita beleza.

Ponte Chengyang

Ponte John A. Roebling

Pontes também chamam atenção em todo o Brasil. Para representá-las, escolhemos a Ponte Juscelino Ku-bitschek, ou Ponte JK. Está situada em Brasília, ligando o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião à parte central do Plano Piloto, atravessando o Lago Paranoá. Inaugura-da em 15 de dezembro de 2002, tem comprimento de travessia total de 1,2 mil metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas de rolamen-to, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e pedestres com 1,5 metros de largura e comprimento total dos vãos de 720 metros.

Ponte JK

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Nota da redação: leia sobre a Ponte Hercílio Luz, a mais famosa de Santa Catarina, na seção clic AP, na página 90.

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[ paisagismo ]

Oferta de equipamentos no mercado torna fácil ter um lago ou cascata no jardim e até dentro de casa

Cada vez mais pessoas procuram ter um pouco mais de natureza em casa: são espaços de contemplação, tranquilidade e meditação. Um lago, envolto por um jardim, proporciona mais do que isso, pois só quem tem um consegue definir as sensações que proporciona: paz, harmonia, sensibilidade, encanto e beleza.

Porém, a falsa ideia do custo alto e da difícil manutenção faz com que as pessoas desistam desse desejo. O paisagista Júlio Bomfim, da Alame-da Paisagismo, mostra que dá para montar um lago em qualquer espaço e investindo pouco.

Segundo ele, os principais problemas foram solucionados devido à facili-dade de encontrar no mercado equi-pamentos necessários e com preços acessíveis, garantindo o equilíbrio do lago com a utilização de filtros biológicos, lâmpadas UV e bombas. “Para cada tamanho de lago é uti-lizada uma potência diferente em cada equipamento”, salienta.

Ele explica que no paisagismo é pos-sível fazer lagos grandes e peque-nos, espelho d’água, fontes, casca-tas, chafarizes, entre outras opções. “Vem crescendo a procura por pe-quenos lagos ou fontes d’água, mui-

miniaturaEcossistema em

to utilizados em escritórios, aparta-mentos, varandas e, inclusive, para aproveitar os espaços vazios debai-xo de escadas”, afirma.

Os lagos ornamentais podem ser projetados com cascatas, chafarizes, iluminação interna e externa, rodas d’água e muitos outros acessórios. “Dependendo do estilo da pessoa, a decoração pode ser tropical, orien-tal, contemporânea etc. A escolha das plantas a serem utilizadas é um fator importante, pois facilita a integração do lago com as demais áreas”, ressalta.

Bomfim destaca que é preciso cui-dado com a escolha das plantas pró-ximas ao lago ou na decoração em torno dele, pois algumas espécies de arbustos são de raízes agressivas, podendo, depois, comprometer a es-trutura do lago. Há também espécies de folhas pequenas que podem cair no lago, comprometendo o funcio-namento das bombas.

“No paisagismo próximo ao lago, sugiro o plantio de palmeiras de pequeno a médio porte. Elas dimi-nuem a incidência de luz solar sobre o lago, ajudando a inibir o cresci-mento de algas e o aquecimento da água. No Inverno, servem de co-bertura natural nas baixas tempe-raturas e geada, protegendo todo o biossistema”, destaca.

O lago pode ter diversos formatos e tamanhos e pode ser construído com diferentes materiais, como alvenaria e mantas (lonas).

Divulgação

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“No paisagismo próximo ao lago, sugiro o plantio de palmeiras de pequeno a médio porte. Elas diminuem a incidência de luz solar sobre o lago, ajudando a inibir o crescimento de algas e o aquecimento da água. No Inverno, servem de cobertura natural nas baixas temperaturas e geada, protegendo todoo biossistema”

Júlio Bomfim, paisagista

1-Escolha o local, preferencialmente, longe de árvores de

enraizamento agressivo, evitando comprometer a estru-

tura do lago.

2-Desenhe no solo o formato que mais lhe agrada, de prefe-

rência, com curvas, tornando-o mais natural.

3-Cave o buraco demarcado (de 60cm a 80cm de profundi-

dade), pois, com a concretagem do piso, facilmente perderá

de 10cm a 15cm. Essa profundidade facilita a visualização

dos peixes e a decoração interna do lago. Pode-se optar por

um lago com duas ou três medidas de profundidade.

4-Quando o buraco estiver pronto, é preciso forrá-lo por

completo com lona e preparar as ferragens para o piso. Para

as paredes internas, são necessárias ferragens para sapatas

e vigas, amarrando as mesmas à ferragem do piso. Após

essa fase, vem a instalação das tubulações, entrada e saída

de água, tubulação para filtragem e para o retorno da água

filtrada. Concluída essa fase, deve-se levantar a parede de

blocos de cimento, preferencialmente, consertando o piso e

preenchendo os blocos com cimento em uma só etapa, po-

dendo ser rebocado em outra fase.

5-Após a cura do reboco, o lago necessita de impermeabili-

zação. O mais indicado, porém, de maior custo, é a utilização

de manta asfáltica. Opção mais econômica e também eficaz é

aplicar asfalto líquido.

6-Na parede do lago podem ser colocadas pedras ou lascas.

No fundo, pode-se colocar seixos (lavados) com pedras de rio,

utilizando nas laterais as mesmas pedras de rio, empilhando-

-as até completar toda a parede interna e a borda.

7-A próxima fase é o preenchimento com água. A sugestão

é de três a cinco dias antes de iniciar a colocação de peixes

(utilizar produtos anti-cloro e outros necessários).

8- A fase do paisagismo é a final. Ela é responsável pelo em-

belezamento e envolvimento do lago. A magia inicia após a

chegada das carpas japonesas, admiradas pelas cores res-

plandecentes e elegância no movimento. São conhecidas

como joias dos rios e lagos e simbolizam prosperidade, lon-

gevidade e fertilidade.

Etapas básicas para construir um lago de alvenaria

Ter um lago em casa é como manter um recanto de

traquilidade e contemplação para a família e amigos

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Filtro biológico: funciona para filtrar a água do lago e

armazenar os materiais orgânicos, tornando muito fácil

a manutenção.

Bombas: as atuais são muito eficazes e silencio-

sas, com baixo consumo de energia. Servem para

puncionar a água até a lâmpada UV e, consequen-

temente, para o filtro biológico. São equipamen-

tos necessários para a circulação da água dentro

dos elementos filtrantes.

Bomba d’água secundária: responsável pela circula-

ção de água para melhorar a oxigenação para os peixes

e animais aquáticos.

Lâmpadas UV: são responsáveis pela eliminação

das algas e materiais orgânicos através do contato

dos raios ultravioletas, tornando a água transparente

e com qualidade.

(47) 3336-6006

www.alamedapaisagismo.nafoto.net

Facebook: alamedapaisagismo

Equipamentos necessários

Alameda Paisagismo

A colocação dos peixes é a parte final e traz visa ao lago

[ paisagismo ]

Divulgação

Daniel Zim

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É tempo de cuidar e preparar asplantas para a chegada do Inverno

No Outono, começa a temporada de cuidados especiais nos jardins. É o início de um novo período, quando as plantas que sofreram com o ca-lor do Verão precisam de cuidados para se recuperarem e aguentarem as baixas temperaturas do Inverno que está por vir.

O Outono remete àquele pensa-mento de jardins pouco floridos e de árvores que vão, aos poucos, perdendo as folhas amareladas. Em muitos países europeus, essa ima-gem pode ser comum, mas é difícil de ser presenciada aqui no Brasil. O clima tropical, predominante no País, faz com que as estações inte-rajam e não sejam bem definidas.

Justamente por isso, essa passou a ser considerada a estação ideal para recuperar as plantas cansadas do calor, fazer podas e enxertos e prepará-las para o Inverno, quan-do as plantas entram em estado de dormência. “Essa também é a época recomendada para preparar o solo onde serão plantadas as novas se-mentes e mudas que irão florescer na Primavera”, destaca Jennifer Ronchi, da Floricultura Paraíso.

Algumas plantas com flores meno-res, como pinheiro, azaleia, pepe-romia, entre outras, são espécies que vão florescer durante o Inver-no e no começo da Primavera. Por isso, são mais indicadas para se-rem plantadas durante o Outono. “Além dessas, o bico-de-papagaio, amor-agarradinho, begônia, dama--da-noite e ipomeia também flo-rescem bem no clima ameno da estação”, destaca Jennifer.

no OutonoOs jardins

[ jardinagem ]

Fotos Divulgação

Plantas que florescem no Inverno e início da Primavera,como a azaleia (abaixo), são ideais para serem plantadas no Outono

Fotos Banco de Im

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O Outono é perfeito para deixar o jardim em ordem. Cuidados como limpeza e adubação devem ser rotineiros durante a estação. Re-volver a terra do jardim, eliminar insetos, plantas mortas e ervas da-ninhas, deve ser o primeiro passo. “Essa é a época propícia para reali-zar a poda e a limpeza das plantas e, assim, garantir a extração de ga-lhos danificados, aqueles que não recebem a iluminação adequada e, por isso, produzem menos flores e frutos”, recomenda Jennifer.

No Outono, o correto é realizar apenas uma poda de limpeza para retirar galhos secos e favorecer a penetração de raios solares. “Para evitar transtornos, é importante realizar a manutenção da área ver-de, retirando as eventuais ervas daninhas que podem aparecer e afetar a saúde do jardim, pois um jardim saudável está menos susce-

tível a ataques de pragas. Mas não é recomendado podar plantas que vão florir no Inverno ou início da Primavera, pois a floração pode ser prejudicada”, ressalta Jennifer.

Ela também destaca a importân-cia de manter a terra úmida, pois, nessa época, as plantas preci-sam de água para potencializar o aproveitamento dos nutrien-tes. No Outono, o calor diminui e a evaporação da água é menor. Por isso, as regas devem ser di-minuídas, mas sempre cuidando para o solo não ficar ressecado. “É recomendado incorporar à terra materiais que tenham ação hidrorretentora, que absorvem e mantêm a umidade da terra na quantidade ideal. O mais comum é o húmus de minhoca que, além de manter a terra úmida, também contém nutrientes importantes para as plantas”, destaca.

Cuidados no jardim

- Realize uma boa limpeza, tirando insetos e ervas daninhas. Folhas e galhos secos também devem ser eliminados.- É preciso limpar as pragas das folhas. Para isso, pegue um pano umedecido com água limpa ou álcool e remova todos os vestígios de insetos.- Faça uma poda de limpeza retirando folhas amareladas e galhos que impedem a penetração do sol entre as plantas. Utilize tesouras de pontas finas para alcançar áreas de acesso mais difícil.- Aproveite a estação para fazer a manutenção dos canteiros já formados, escarificando (amaciando, afofando) o solo para favorecer a oxigenação das raízes.

Durante o Outono

Rua Bahia, 1020 – Bairro do Salto

Blumenau – SC

www.floriculturaparaiso.com.br

(47) 3323-4710

Floricultura Paraíso

Ipomoea (acima) e amor-agarradinho (ao lado) são espécies que florescem no clima ameno do Outono

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[ museus ]

O Museu do Marceneiro conta a his-tória dos Móveis Behling, empre-sa familiar que atua em Pomerode desde a década de 1950. O museu contrasta passado e presente, com a exibição de uma roda d’água e equi-pamentos utilizados desde a época em que a indústria era apenas serra-ria e marcenaria.

Fundada em 1945 por Alex Behling, a marcenaria iniciou as atividades nas proximidades do Clube de Caça e Tiro Pomerode. Devido aos inúme-ros problemas no fornecimento de energia elétrica na década de 1950, Alex resolveu mudar de endereço e aproveitar a força da água para mo-

vimentar o maquinário da empresa e honrar os compromissos comerciais.

O local escolhido na época abriga, hoje, o Museu do Marceneiro e a Loja Behling Estilo Fazenda, resgatando parte da história de Pomerode com antigas máquinas e equipamentos de marcenaria e uma roda d’água com mais de seis metros de altura. Na parte superior da loja ficam os produtos e alguns maquinários. Na parte inferior, podem ser vistas a roda d´água, correias e engrenagens que movimentam toda a estrutura.

O Museu do Marceneiro, inaugura-do em 2004, nasceu da vontade da

família Behling em criar um cenário de trabalho e dedicação a partir do agrupamento de antigas máqui-nas, ferramentas gastas pelo uso, arrojo nas técnicas de fabricação e, principalmente, empreendedoris-mo. Assim, o Museu do Marceneiro preserva a antiga estrutura criada por Alex Behling.

De acordo com o neto de Alex Behling, Franz Richard Behling, to-das as máquinas (serra-fita, fresa, serra, plaina, torno, galopa) ainda funcionam e tudo está como o avô deixou, até mesmo os instrumentos (formões) em cima da bancada de marceneiro. Como Alex colecionava

em madeiraTradição e arte

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O Museu do Marceneiro preserva história deste ofício, com a exposição de uma roda d’água e equipamentos utilizados desde 1945

peças de metal diversas, devido aos altos valores cobrados na época para este tipo de material, ele montava objetos com sucatas, como uma bici-cleta que está exposta no museu.

Alex Behling trabalhou até 1994 ser-rando madeira e até 2000 benefi-ciando as madeiras serradas. A maio-ria dos maquinários do museu é de madeira e são originais. A empresa Behling também funcionou por mui-to tempo como escola para aprendi-zes de marceneiros.

A Móveis Behling começaram em 1972, com o pai de Franz, Veno Behling, e Alex fazendo móveis sob

medida para o mercado interno e ex-terno. No final da década de 1980, com a retração da economia, a em-presa voltou-se somente para o mer-cado interno e precisou fazer uma readaptação. Assim, começaram a fabricar utensílios domésticos para todo o Brasil.

Com 50 colaboradores, a Móveis Behling está em um galpão ao lado do Museu do Marceneiro. O design dos produtos é sintonizado com as necessidades e demandas do público consumidor, com matéria-prima eco-logicamente correta com madeiras de reflorestamento (Eucalipto e Pin-nus), além de chapas de MDF.

Na loja, anexa ao Museu do Mar-ceneiro, os visitantes também têm a opção de adquirir os produtos Behling, como utensílios domésticos, objetos de decoração e brinquedos educativos, todos feitos de madeira de reflorestamento.

Franz é engenheiro florestal e, há 10 anos, maneja os reflorestamentos para suprir a produção da empresa Behling. “Ainda não usamos dessa madeira porque é preciso esperar mais uns cinco anos para colher o fru-to do reflorestamento”, explica. São 50 hectares plantados com eucaliptos e pinnus que vão garantir a produção com baixo impacto no ambiente.

Fotos Daniel Zim

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[ museus ]

Rua Alfredo Hoge, 525, Centro, Pomerode

Telefone: (47) 3387-2073

www.behling.ind.br

[email protected]

Horário: de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Aos sábados, das 9h às 13h.

Entrada gratuita.

Serra-fita

Máquina de corte, ideal para cortar peças lon-

gas. Tem o objetivo de cortes transversais com

bom acabamento. É uma serra mecânica cons-

tituída por uma cinta de aço flexível dentada

sobre uma ou duas bordas em torno angulares

de dois ou três volantes, utilizada para cortar

curvas, executar cortes angulares ou serrar

madeira com casca.

Fresa

Ferramenta constituída por arestas de cor-

tes dispostos em torno de um eixo giratório

que serve para cortar ou desbastar metais e

outras peças.

Torno

É um aparelho rotativo, com o qual se dá forma

arredondada à madeira.

Serra

Instrumento cortante de lâmina dentada de aço.

Apresenta a forma de um disco dentado de es-

pessura fina e animado por movimento circular.

Plaina

Instrumento de carpintaria para alisar a madeira.

Roda d’água

Mecanismo utilizado para gerar energia mecâ-

nica através da água. É o principal maquinário

do museu. A roda d’água recebe manutenção

periodicamente. Ela fica girando 24 horas, mas

apenas para demonstração.

Museu do Marceneiro

O acervo

Velhas ferramentas usadas por Alex Behling e até uma bicicleta

montada por ele com sucata estão expostas no Museu do Marceneiro

Fotos Daniel Zim

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[ gastronomia ]

Incremente o café do dia a dia

Para festejar o Dia Nacional do Café, comemorado em24 de maio, dê um upno cafezinho com as receitas selecionadas

O café, tradicional bebida de aro-ma e sabor inconfundíveis, é con-sumido diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo, nas mais variadas formas de preparo: puro, espresso, gelado, com cre-me, adoçado ou não.

Para homenagear essa bebida tão tradicional, desde 2005, a As-sociação Brasileira da Indústria de Café (Abic) escolheu o 24 de maio como Dia Nacional do Café. A comemoração ganhou dimen-são, passando a ser festejada por produtores, exportadores, varejis-tas, cafeterias e por todos que são apaixonados pela bebida.

Essa data marca o início da colhei-ta na maioria das regiões produ-toras de café do País. O objetivo é promover, valorizar e manter viva a importância histórica, so-cial e econômica do produto, que é cultivado há 284 anos em terras brasileiras, desde que as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo Palheta, em 1727.

Dê uma nova cara ao cafezinho com as receitas da Ice Café Com-pany e da Sociedade do Café, as cafeterias instaladas do Shopping Park Europeu, em Blumenau.

Banco de Im

agens

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Sociedade do Café

Ingredientes:

30ml de café espresso70ml de leite quente5g de chocolate em pó

Modo de preparo:

Em uma xícara de 150ml, coloque o café e depois o leite. Para finali-zar, polvilhe com chocolate em pó.

Ice Café Company

Ingredientes:

20ml de calda de chocolateLeite vaporizado 1 dose longa de café espresso

Modo de preparo:

Coloque a calda de chocolate no fundo de uma taça de 300ml. Depois, comple-te com o leite vaporizado, só deixando espaço para a dose de café espresso. Finalize com raspas de chocolate meio amargo por cima. Para fazer o leite va-porizado em casa, coloque 100ml de leite bem quente em uma garrafa com tampa, chacoalhe bem e abra com cuidado.

Capuccino

Mocha

Sociedade do Café

Ingredientes:30ml de café espresso10ml de leite quente

Modo de preparo:Em uma xícara de 150 ml, coloque o café espresso e o leite bem quente com a espuma.

Machiatto

Fotos Daniel Zim

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Ice Café Company

Ingredientes:1 dose curta de café espresso20ml de leite condensado

Modo de preparo:Coloque o leite condensando em um copo de 30ml e acrescente o café espresso.

Café Bombom

[ gastronomia ]

Ice Café Company

Ingredientes:

3 bolas grandes de sorvete de creme1 dose de café espresso50ml de leite frio

Modo de preparo:

Bata todos os ingredientes no liquidificador. Coloque a calda de chocolate em uma taça de 300ml e despeje o conteúdo batido. Sirva imediatamente.

Frapuccino

Sociedade do Café

Ingredientes:

30ml de café espresso70ml de leite quente5g de chocolate em pó

Modo de preparo:

Em uma xícara de 150ml, coloque o café e depois o leite. Para finalizar, polvilhe com chocolate em pó.

Capuccino

Fotos Daniel Zim

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conteúdomultimídia

Assista ao vídeo em mundieditora.com.br/altopadrao

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Assista ao vídeo em mundieditora.com.br/altopadrao

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[ gastronomia ]

Único restaurante português de Blumenau serve um bacalhau de dar água na boca

Em terras que imperam tradições alemãs e italianas, algo de dife-rente apareceu. O local é modesto, ao gosto familiar, porém, cheio de charme, pelos adereços que trans-mitem um clima típico na deco-ração. Já o sotaque dos principais anfitriões, que não é nada carrega-do como o germânico e ou italiano, entrega a origem.

É alí que muita gente tem redesco-berto os prazeres da cozinha portu-guesa. O Portugália foi inaugurado

há seis meses e está ganhando cada vez mais adeptos. Sinal de que da cozinha para as mesas, comida como aquela, por aqui, não tem igual.

Na verdade, não tem mesmo. É o único restaurante tradicionalmente português em Blumenau e, diga-se de passagem, com o melhor em ba-calhau. Quem afirma isso é Samuel Luis Cardoso Teixeirinha Santos.

Vindo do outro lado do Atlântico há cinco anos, Santos resolveu apostar

na culinária que sua esposa trou-xe consigo. De dona de casa à cozi-nheira profissional, todas as técnicas aprendidas com a mãe e as outras mulheres da família, agora preen-chem o menu do Portugália.

Zulmira Maria Gomes dos Santos Tei-xerinha logo afirma: “Preparo tudo com muito carinho e sempre procuro deixar nos pratos o jeito mais caseiro possível, mesmo fazendo para mais pessoas, diferente de quando é para o marido e meus dois filhos”.

com certeza!Portuguesa,

Daniel Zim

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Bacalhau à Gomez de Sá

INGREDIENTES

• 300 gramas de bacalhau desfiado

• 500 gramas de batata palha

• 1 ½ xícara de azeite extra-virgem

• 1 cebola picada em pedaços finos

• 1 dente de alho moído

• 6 ovos

• 4 colheres de sopa de creme de leite

• Salsa a gosto

• Azeitonas pretas a gosto

MODO DE PREPARO

• Refogue no azeite a cebola e o alho, logo depois acrescente o bacalhau, mexendo sempre. Logo após misturar bem estes primeiros ingredientes, acrescente a batata palha e os ovos (já mexidos). Na sequência, inclua o creme de leite.

• Em menos de 10 minutos, tudo deve estar bem misturado e deve ir para um recipiente para ser servido. Decore com a salsa e as azeitonas prestas a gosto.

• Detalhe: não há sal na receita, pois o bacalhau, depois de ter ficado de molho para retirar o sal, ainda mantém-se salgado o suficiente.

• O bacalhau fica de molho durante três dias com duas trocas de água a cada dia.

• Para acompanhar, a dica é um vinho português Príncipe do Dão Tinto Douro.

O bacalhau é o mais procurado, mes-mo ao meio dia, quando o método de serviço é bufê; ou a noite, quando são servidos os empratados. O famoso peixe, sempre tão ligado aos portu-gueses, vem direto da Noruega.

E para quem tem curiosidade a respeito disso, Santos explica: “Em Portugal não existe bacalhau. Eles sempre vieram de outros lugares, mas, principalmente, da Noruega. E é de lá que vem o peixe utilizado na cozinha do Portugália”.

Trabalhando de domingo a domin-go, o casal está sempre atento ao gosto dos clientes. Servem também opções de carnes e peixes grelha-dos e mais saudáveis.

Muitas das receitas Zulmira não conta pra ninguém. Porém, para dar água na boca de todos, preparou para a Alto Padrão um prato saboroso e fácil de fazer: o tradicional Bacalhau à Gomez de Sá, um ícone da cozinha lusitana.

Este tradicional prato da culinária portuguesa leva o nome do seu criador, José Luís Gomes de Sá,

falecido em 1926. Quando criou a receita original, era cozinheiro do Restaurante Lisbonense, no

Porto. Sua receita tradicional propõe que o bacalhau seja cortado em pequenas lascas marinadas

no leite por mais de uma hora. Assado no forno, com azeite, alho, cebola, acompanhando azeitonas

pretas, salsa e ovos cozidos.

Este é um prato típico da região Norte de Portugal. É de preparação simples e relativamente rápida.

O criador

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[ gastronomia ]

No ‘Cantinho do Fado’, imagens remetem os visitantes a Portugal

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[ vinhos ]

Os acessórios certos são fundamentais para apreciar um bom vinhoenófilo

Arsenal do

Saber apreciar um bom vinho é uma arte. Um bom apreciador faz uso de al-guns pequenos rituais. Levantar a taça à altura dos olhos e sentir o aroma da bebida, por exemplo, para só então dar o primeiro gole, é um deles. Mas, para que o vinho seja degustado da melhor maneira possível, é necessário utilizar alguns produtos.

“Os acessórios são fundamentais. A taça correta, o saca-rolha, o corta-go-tas – para o vinho não derramar – e o corta-cápsula são alguns deles. Além disso, colocar o vinho na temperatura adequada e escolher o melhor local e momento fazem a diferença”, ressal-ta o especialista José Carlos Grando, da Companhia do Vinho.

Um dos itens que proporcionam praticidade na hora de abrir um vi-nho é o corta-cápsula, acessório que abraça o gargalo da garrafa e, ao girá-lo, corta a cápsula que envolve a parte superior da garrafa.

Depois de aberta, é hora de servir a bebida. É normal ver respingos ou gotas que deslizam pela superfície da garrafa. O corta-gotas é feito exatamente para evitar o escorri-mento do vinho. Prático e muito uti-lizado por enófilos em todo o mun-do, trata-se de uma fina lâmina, de aparência metálica, que é enrolada e encaixada internamente no gargalo.

Além desses, ainda está faltando o acessório principal e mais lembra-do na hora de apreciar um vinho: o saca-rolha. Hoje, esse acessório

está disponível em vários mode-los, sendo que os mais baratos e tradicionais são aqueles que têm o formato em “T” e que exigem certo esforço para abrir a garrafa. “É fundamental a escolha de um saca-rolha que exija pouco esfor-ço do usuário e seja eficiente na sua função essencial, que é tirar a rolha sem danificá-la. A abertura da garrafa de vinho é uma opera-ção óbvia e simples, mas pode-se transformar em verdadeira tortu-ra se não se dispõe de um saca-ro-lha adequado”, ressalta Grando.

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Mais funcionais, os modelos de alavan-ca única, que vêm com uma peça para se colocar na boca do gargalo como apoio, e os de alavanca dupla, com dois braços laterais para alavancar a saída da rolha, facilitam muito a abertura da garrafa. “Em minha opinião, o mais adequado é o saca-rolha de alavanca única de dois estágios, que facilita ain-da mais o processo de extração da ro-lha”, enfatiza o especialista.

Para escolher o saca-rolha ideal, Grando traz algumas dicas. Segun-do ele, a haste é o item fundamen-tal para o bom funcionamento do utensílio. “Ela deve ter um passo amplo, isto é, as voltas da espiral devem ser largas. Quando o passo é curto, a haste não abraça firme-mente a cortiça e, ao ser puxada, esfarela a rolha e não a retira. Além disso, também deve ser revestida de teflon, material que permite um perfeito deslizamento no interior da cortiça”, recomenda.

Outras opções, mas um pouco mais difíceis de encontrar, são os saca--rolhas de lâminas. Esse modelo é útil para retirar a rolha quando ela ameaça cair dentro do vinho. Tam-bém existe o saca-rolha de injeção a gás, que, através de uma agulha, insere o gás que expulsa a rolha. Ao utilizá-lo, porém, deve haver cuida-do, pois a garrafa pode estourar se o ar for injetado em excesso.

Os vários segredos dos vinhos não se resumem apenas aos acessórios. Os cuidados devem começar muito antes de servi-lo. Entre esses cui-dados, a forma de armazenamen-to e a temperatura do ambiente são os mais importantes. “O vinho deve ser armazenado na posição horizontal para o líquido ter con-tato com a rolha e não deixar en-trar oxigênio. A entrada de ar pode ocasionar a continuidade do pro-cesso de fermentação e a oxidação do produto”, explica Grando.

Para quem não tem uma adega construída para o armazenamento

ideal, existe a alternativa de adqui-rir uma adega climatizada, muito prática para ter dentro de casa ou apartamentos. Ela pode ser encon-trada em vários modelos, preços e tamanhos, e funciona através de um sistema de refrigeração eletrô-nica de baixo consumo de energia. Assim, as garrafas de vinho ficam protegidas das oscilações de tem-peratura e mantêm as característi-cas fundamentais da bebida.

“O vinho deve estar longe da luz e do calor, pois estes dois fatores aceleram o envelhecimento preco-ce. O local deve ser isento de umi-

dade e ter temperatura média de 16 graus. Para quem não tem uma adega nestas condições, a adega climatizada é a mais adequada e pode ser comprada normalmente em lojas de eletrodomésticos”, recomenda o especialista.

Outra opção para manter o sa-bor do vinho na hora de bebê-lo é usar um decantador. Esse utensílio permite ao vinho ‘respirar’. A ope-ração de decantação consiste em transferir o vinho para uma jarra de vidro fino com a base larga – decantador –, onde a bebida sofre maior aeração em menos tempo.

Antes de beber

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Depois de aberto, o melhor aces-sório para conservar o vinho é a bomba de vácuo. Esse aparelho é semelhante a uma seringa e pos-sui um sistema que retira o ar da garrafa. Assim, pode ser conser-vado na adega por muito tempo. Mas, não é possível chegar a um vácuo absoluto e, mesmo utilizan-do-se a bomba, o indicado é con-sumir a bebida em até dois dias.

Outro equipamento de conserva-ção de vinhos é a Le Verre de Vin, máquina de origem inglesa que re-tira todo o oxigênio da garrafa de-pois de aberta, fazendo com que as propriedades e sabor do vinho

sejam preservados. A Le Verre de Vin é utilizada por restaurantes, possibilitando o consumo do vinho em taças, sem a necessidade de o cliente adquirir toda a garrafa.

Grando ressalta, porém, que não é possível fazer com que um vinho mantenha as mesmas propriedades por muito tempo. “Esta máquina foi concebida para vinhos e espumantes e conserva o sabor por algum tempo, mas não para sempre. É mais utilizada em restaurantes que vendem o vinho e o espumante em taças, onde o giro é grande. O melhor mesmo é abrir a gar-rafa e tomar o vinho; e não guardá-lo depois de aberto”, recomenda.

Preservando o sabor

A bomba de vácuo retira o ar da garrafa permitindo que o vinho possa ser guardado na adega depois

de aberto. Mas, como não dá para chegar ao vácuo absoluto, o melhor é consumir em até dois dias

[ vinhos ]

O decantador ajuda o vinho a ‘respirar’ e é indicado, principalmente, para as bebidas mais complexas

“Quanto melhor o vinho, quanto maior a estrutura e complexidade de aromas, maior será o tempo que ele deve ficar aerando. Os vinhos que mais lucram com esse processo são os tintos de qualidade, maduros, já sufi-cientemente envelhecidos, que devem ‘respirar’, no mínimo, por um período de uma a três horas”, explica Grando.

Esse processo é necessário porque no interior dos vinhos mais envelhecidos ocorre a sedimentação de várias subs-tâncias que, ao longo dos anos, aca-bam depositadas no fundo da garrafa. Ao ficar em repouso no decantador, o vinho fica mais saboroso, pois esses sedimentos irão se separar da bebida em si, ficando no fundo do recipiente.

“Em geral, um bom vinho não enve-lhecido em demasia, quando exposto ao oxigênio do ar, sofre alterações be-néficas, liberando mais intensamente os aromas e aprimorando os aspectos gustativos. Portanto, a decantação é aconselhável por razões estéticas na degustação do vinho: melhor visua-lização e melhor sensação gustativa”, enfatiza o especialista.

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Enófilo e consultor de vinhos José Carlos Grando

www.ciadovinho.com.br

[email protected]

Rua Eng. Paul Werner, 218 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

(47) 3222-2040

Mais informações

[ vinhos ]

As taçasAssim como existem várias op-ções de vinhos, também existem várias opções de taças. No mer-cado, são inúmeros os modelos, séries, preços e formatos dispo-níveis. Essa grande variedade ocorre pelo fato de que cada taça é feita para determinado tipo de vinho, cada uma foi desenvolvida

para realçar os sabores, cores e aromas de cada bebida.

A recomendação é de que todos os apreciadores de vinho tenham uma taça coringa, aquela que ser-ve para degustar qualquer opção da bebida. De forma geral, as ta-ças devem ser feitas de cristal ou

vidro fino e ter um volume em torno de 350ml.

Outro fator importante em relação às taças é o manuseio delas pela haste. Além de evitar que o bojo fique com marcas de dedos, minimiza o aqueci-mento do líquido, que ocorre quando entra em contato com as mãos.

Bordeaux As taças Bordeaux foram feitas para vinhos mais encorpados. Elas possuem o bojo grande, mas têm a borda mais fechada para evitar a dispersão de aromas.

Borgonhesa Os vinhos da Borgonha são mais complexos e concentrados. Para eles, as taças são em formato balão – com o bojo maior do que as Bordeaux – para que haja mais contato com o ar.

Vinhos brancos As taças têm corpo menor do que as para vinho tinto. Isso ocorre porque o vinho branco precisa ser consu-mido em temperaturas mais baixas e, em um recipiente menor, há menos troca de calor com o ambiente.

Espumantes A taça ideal para espumante é em formato flauta. Além de proporcionar a apreciação das borbulhas da bebida, essa taça direciona a efervescência e os aromas para o nariz. Quanto mais bojo tiver a taça, me-lhor, pois, se tiver um formato reto demais não irá realçar os aromas.

Tipos de taças

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[ cervejas ]

Num ambiente aconchegante e familiar é servido um dos mais saborosos e tradicionais chopes artesanais do Alto Vale

Mais do que uma opção de gas-tronomia, a Cervejaria Handwerk representa, para a cidade de Ibira-ma, um importante ponto turístico, visitado por degustadores de chope de toda a região. A cidade de mais de 17 mil habitantes, situada a 67 quilômetros de Blumenau e a 217 quilômetros de Florianópolis, tem como atrativos esportes radicais, como rafting, rappel e vôo livre, além de caminhadas ecológicas e

belas cachoeiras. A partir de junho, o Município terá a maior tirolesa urbana do Brasil, com cerca de 1,5 quilômetro de extensão.

Insatisfeitos com a cerveja habitual, que com o passar dos anos foi dei-xando a desejar em termos de qua-lidade e sabor, um grupo de amigos resolveu assumir o desafio de pro-duzir uma cerveja que saciasse o gosto dos apreciadores.

Luis Alexandre Muller, Jerson Jae-ger, Dácio Krause e Duílio Gehrke, que tinham por hábito se reunir às segundas-feiras para confraterni-zar na Confraria Rikli, idealizaram o projeto de fabricar a própria cer-veja. A ideia prosperou e o grupo, além de estabelecer a cervejaria, re-solveu proporcionar para a pequena cidade do Alto Vale uma nova opção de lazer e gastronomia. O sucesso não demorou a chegar.

Feitoà mão

Fotos Daniel Zim

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A estrutura da cervejaria foi erguida num ponto considerado berço das primeiras empresas da cidade, que foram iluminadas com energia elétri-ca produzida por um gerador e uma roda d’água, movida por um desvio do Ribeirão Taquaras. Posteriormente, o local abrigou uma fecularia, antes de passar anos desocupado.

Depois de meses de reestruturação e adaptação até acertar o ponto ideal do chope, o projeto, enfim, saiu do papel em julho de 2010. Foram man-tidas as características da construção original e preservados os detalhes rústicos que são peculiares do am-biente, como a roda d’água, que foi conservada e hoje é mais um atra-tivo para os visitantes. O ambiente tem capacidade para acomodar 230 pessoas e o estacionamento abriga até 120 carros.

Desde o local escolhido à mobília, tudo foi minuciosamente planejado para o conforto dos clientes. A ideia sempre foi dispor de um ambiente agradável, com boa cerveja e pra-tos saborosos, que cativassem a população. Em uma ala separada, a Handwerk atende a eventos e fes-tas em geral.

Preservando as origens

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A área de degustação/restaurante denomi-na-se Choperia Handwerk Bier e está anexa à fábrica, batizada de Cervejaria Taqua-ras. Além de apreciar uma boa cerveja, os clientes têm o privilégio de acompanhar a produção da mesma. O funcionamento da cervejaria é de quarta aos domingos, com atendimento após as 17h. O diferencial ocorre às quintas-feiras, quando a casa recebe música ao vivo, batizada de a ‘Noi-te do Jovem’. Este é o dia em que a Han-dwerk chega ao ápice de público e tam-bém no consumo do chope e dos pratos. O restaurante é terceirizado.

A Handwerk tem capacidade de produção de 23 mil litros de chope por mês. O pro-duto pode ser considerado artesanal pelo simples fato de não haver nenhum tipo de conservante. A composição leva água, malte, lúpulo e fermento, produzidos pelo cervejeiro da casa em 10 tanques e sob a gerência de Léoneu Félix da Silva.

A empresa administrada por cinco dire-tores e por um quadro de 46 sócios tem como produto mais consumido a cerveja tipo Pilsen. Segundo Dácio Krause, 40% do consumo desse chope correspondem às mulheres. Ainda há as opções do cho-pe escuro, que contém um maior teor alcoólico e de sabor mais forte, além do chope de vinho. A novidade fica por conta do chope Premium, que está em fase de testes e em breve estará pronto para ser degustado.

Nestes dois anos de cervejaria, dá para se afirmar que o primeiro ano foi de aprendizado e adaptação. O di-retor avalia que o sucesso do empre-endimento se deve ao visual do lugar, à beleza das instalações rústicas, à qualidade do produto e também pela quantidade de sócios. A empresa de capital próprio almeja crescer, mas sempre mantendo os pés no chão.

Atendimento

Rua Duque de Caxias, 239, Centro, Ibirama, SC

(47) 3357-33431/ (47) 3357-3343

www.handwerk.ind.br

Cervejaria Taquaras

[ cervejas ]

Fotos Daniel Zim

merm

ann

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[festival]

4° Festival Brasileiro da Cerveja atrai mais de 22 mil pessoas e consolida a vocação cervejeira do Vale

Em março, blumenauenses e turistas puderam experimentar o que há de melhor quando o assunto são cerve-jas. Durante quatro dias, mais de 22 mil pessoas estiveram no 4° Festival Brasileiro da Cerveja. De acordo com o presidente da Vila Germânica e da comissão organizadora do festival, Norberto Mette, o total de visitantes estava dentro da expectativa, que era de 22 mil a 25 mil pessoas.

O festival reuniu, no Setor 2 do Parque Vila Germânica, os melhores do ramo

e trouxe ao público amante de boas cervejas diversas opções de sabores, texturas e aromas. Estiveram à dispo-sição cerca de 500 rótulos da bebida, apresentados por mais de 80 exposi-tores, entre fornecedores, cervejarias artesanais e cervejeiros caseiros.

Ao contrário das primeiras edições, além da bebida, este ano o festi-val deu destaque também para a gastronomia local. Ao todo, seis pontos de alimentação foram dis-tribuídos pelo Setor 2.

Outro ponto forte dessa edição do Festival Nacional da Cerjeva foi a música. Grupos regionais e nacio-nais trouxeram um repertório com-posto por muito rock, pop, samba, jazz e MPB, além de clássicos que marcaram os anos 1960, 1970 e 1980. Estiveram presentes, por exemplo, Renato Carlini, de São Paulo, considerado o melhor cover de Elvis Presley do Brasil, e Dave Maclean, que fez muito suces-so nos anos 1970 ao gravar hits internacionais.

da cervejaBlumenau: a capital nacional

Banco de Im

agens

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Opções não faltaram para quem pro-curava sabores originais. Os cerca de 500 rótulos até tornavam difícil a escolha. Na dúvida, muitas pessoas resolveram experimentar aquela que é sucesso nos desenhos animados. Uma das cervejas mais vendidas du-rante o festival foi a Duff, famosa por ser a bebida preferida de Homer Simpson, no seriado ‘The Simpsons’.

Estilo pilsen, a cerveja é direcionada ao público jovem. A Duff foi lançada em 2006, na Espanha, e chegou ao Brasil no final de 2011, quando um

grupo de empresários fez um con-trato de distribuição exclusiva. Cada país decide qual será o segmento da bebida. Aqui, é produzida artesanal-mente pela cervejaria catarinense Saint Bier, de Forquilhinha. Com sa-bor e aroma suaves, a Duff é fácil de beber e é ideal para os dias de calor.

A Cervejaria Colorado foi outra muito procurada durante o festival. Além dos quatro rótulos já tradicionais da marca – Caium, Appia, Indica e Demoiselle –, a cervejaria também trouxe uma novidade: a Ithaca.

O novo rótulo é representante do estilo Imperial Stout. Com 10,5% de teor alcoólico, ela é elaborada artesanalmente e possui um gran-de diferencial em relação a outras marcas: um leve toque de rapadu-ra queimada. Ao contrário da Duff, a bebida é encorpada e recomen-dada para ser consumida em dias frios. Além disso, também é de guarda – assim como alguns bons vinhos, apresenta uma interessan-te evolução dos sabores e comple-xidade quando guardada por al-gum tempo.

As cervejarias de Blumenau e re-gião fizeram bonito na competi-ção realizada durante o festival. O Great Beer Cup teve a participa-ção de 220 cervejas de 20 estilos do Brasil, Argentina, Chile e Uru-guai e premiou as cervejas exem-plares com medalhas de ouro, prata e bronze.

Bierland, Eisenbahn, Das Bier e Zehn Bier estiveram entre as cer-vejas especiais premiadas no con-curso, realizado pela primeira vez

no Brasil. Entre elas, a Bierland foi a que mais se destacou. Ganhou bronze com a cerveja Vienna, prata com a Pale Ale e a Bock e menção honrosa com a Strong Golden Ale.

As cervejas foram avaliadas por um júri composto por sommeliers, produtores e membros do Beer Judge Certification Program (BJCP) – programa para formação e certi-ficação de juízes de concursos cer-vejeiros – do Brasil, Estados Uni-dos, Chile e Argentina.

As cervejas

Blumenau em destaque

No Great Beer Cup, a cervejaria Wäls, de

Belo Horizonte, foi eleita a melhor do ano.

A mineira conquistou três medalhas de

ouro: nas categorias Pilsen, Imperial Stout

e Special – com a cerveja Brut.

Cervejaria do ano

Fotos Divulgação

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[ design AP ]

Banco Cubo Ripa Design

Gatos, conto de fadas e

livro de dormir

Peças produzidas a partir de placas abandonadas de ipê e vinhático, com pontos em caxeta e cabureí-ba – madeiras nobres e brasileiras –, que permitiu um resultado esté-tico monocromático. A abstração, intrínseca ao cubo, tanto na forma e na imagem quanto na função, possibilita vários usos a este obje-to. O Banco Cubo pode ser criado--mudo, mesa de centro, descanso de pés, escultura e mesa de canto.

Buffett Fifty

Saccaro

Seguindo a linguagem marcante dos produtos da década de 1950, dos móveis e eletrodomésticos arredondados e peças bem trabalhadas, sur-ge o Buffet Fifty. A peça tem portas de madeira maciça revestidas com trançado em fibra natural. Um produto de design vintage moderno, per-feito para enriquecer qualquer ambiente.

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Livro-cama Yusuke Suzuki

Um enorme livro aberto em que as páginas funcionam como edredons e travesseiros viram marcadores e brinque-dos e são usados para contar histórias. Essa é a proposta do livro-cama, que é assinado por Yusuke Suzuki. Uma boa ideia para o quarto das crianças.

Soninho aconchegante Andre Scariot

Olha que fofura essa casinha de design 100% nacional produzida pela Guisapet. O designer da mar-ca, Andre Scariot, conta que os cães e gatos são animais de toca, ou seja, eles preferem dormir e relaxar em pequenos ambientes mais fechados e confortáveis.

Conto de fadas Vincent Leman

Por meio de formas e curvas inusi-tadas, a Dust Furniture cria mobílias nada convencionais, decretando guerra contra as linhas retas. O de-sign dessas incríveis peças parece ter saído direto de um livro de con-to de fadas, enchendo os olhos com formas e cores imprevisíveis. Todo o acabamento é feito artesanal-mente. Todas as mobílias começam de um conceito, seguido de muitos esboços. O conceito pode ser ape-nas uma curva, uma ideia, como em Acrobats, que parecem estar se equilibrando em cima do outro. As peças revelam cores e formas completamente singulares den-tro do que podemos encontrar em uma loja de móveis. Sem perder a ideia de um móvel clássico, conse-gue transmitir a sensação de que o fantástico se transforma em real dentro de qualquer cômodo da casa.

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[ clic Alto Padrão ]

Maior cartão-postal do Estado sofre com a ação do tempo, falta de manutenção e demora dos governos

Burocracia impede a passagem

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A maior ponte pênsil do Brasil é co-nhecida internacionalmente por ser cartão-postal de Santa Catarina e ter a estrutura, que liga o continente à Ilha de Santa Catarina, com o maior vão central do mundo entre todos os suspensos por barra de olhal.

Há muito manezinho dizendo por aí que, se a Ilha não é o paraíso, seria impossível que o paraíso verdadei-ro tivesse um horizonte tão privile-giado sem uma Ponte Hercílio Luz, como Floripa tem.

Moradores e turistas elogiam o que ontem foi a solução de tráfego e hoje é um monumento histórico. Mas passam dias, semanas e meses e os elogios se calam ficando à frente os problemas es-truturais causados pela ação climática incisiva e pela falta de ação eficiente de conservação, motivada pela burocracia.

Inaugurada em 13 de maio de 1926, com cinco mil toneladas, a Ponte Hercí-lio Luz corre o risco, afirmado por enge-nheiros que atuam no tardio trabalho de reforma, iniciado em 2006, de parar no fundo do mar.

Ao completar 86 anos, a comemoração não teve a festa por vários motivos. Um deles é o atraso das obras iniciadas há seis anos. Deveriam ser concluídas pelo Departamento Estadual de Infraestru-tura (Deinfra) e pelo Consórcio Florianó-

polis Monumento (CFM) em maio deste ano, mas foram adiadas para 2014.

Outro entrave é a restauração orçada acima de R$ 170 milhões, mas com cai-xa relativamente baixo em comparação ao montante desejado. É prevista a in-jeção de R$ 64,5 milhões na obra, vin-dos da captação de recursos através da Lei Rouanet, mas, até o momento, não foram iniciadas as apresentações para possíveis interessados.

Empresas que declaram pelo lucro real podem doar até 4% do Imposto de Renda devido à projetos pela Lei Rou-anet. Pessoas físicas podem colaborar com até 6% do imposto devido. Este é o projeto com maior valor levantado para esta lei até hoje pelo Ministério da Cultura, porém, três vezes menor que a pretensão inicial.

Há questionamentos entre políticos so-bre o investimento, mas os fãs da bela estrutura, que sempre arranca suspiros, querem apenas a certeza de que, ali, a ponte irá continuar e no futuro próximo voltará a ser aberta ao tráfego.

O comprimento total é de 819,471 me-

tros, com 259 metros de viaduto insular,

339,471 metros de vão central e 221 me-

tros de viaduto continental.

A estrutura de aço tem o peso aproxima-

do de 5 mil toneladas e os alicerces e pi-

lares consumiram 14.250m³ de concreto.

As duas torres medem 75 metros, a par-

tir do nível do mar, e o vão central tem

altura de 43 metros.

Dados técnicos

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Fotos Arquivo M

undi Editora

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[ AP indica ]

.CAIXA DECORATIVA E CASTIÇAIS

Laqueada em azul turquesa, com divisórias, tampa de espelho com acabamento bisotê e pegador cromado. E castiçais em madeira torneada, com vela

R$ 119 (caixa) R$ 65 (castiçal menor) R$ 69 (maior)

.PORTA-RETRATO

Para foto 15x21cm, de alumínio, com temas gravados manualmente e

envernizado

R$ 59

.GARRAFAS DE ALUMÍNIO

Revestidas em tecido ou madeira, em várias cores

R$ 69 (pequena) R$ 79 (média)

R$ 89 (grande)

. Aluminarte Atelier – www.aluminarte.com.br – (47) 3041-1492

.QUADROS COM DESENHOS

Martelados manualmente sobre chapa de alumínio escovado

R$ 269

.APOIO PARA NOTEBOOK

Bandeja com almofada para apoio do notebook no colo, feita em MDF laqueado branco, com imagem impressa e almofada lavável. Várias estampas

R$ 99

Arte, cozinha e

decoração

.CAFÉ DA MANHÃ

Bandeja para café da manhã com pés retráteis, feita em MDF laqueado branco e impressão sobre a tampa

R$ 145

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.PARA SALADAS

Misturador de molho para saladas, de plástico, em várias cores

R$ 68

.FACA DO CHEF

Com revestimento antiaderente, lâmina com fio superior e capa protetora na cor azul

R$ 53

.CORTADOR DE PIZZA

Com lâmina inox em formato sorriso

R$ 32

.Art Cozinha – artcozinhautilidades.blogspot.com – (47) 3324-1515

.PANELAS DE CERÂMICA

Resistentes ao choque térmico, 100% atóxicas, em várias cores. Jogo com cinco peças

R$ 618

.JOGO DE TAÇAS

Seis taças com jarra bico de jaca

R$ 353

.RALADOR MANUAL

Fatia em três tipos de espessura (fina, média e grossa)

R$ 60

.POTINHOS

Para guardar o restante da cebola e tomate para que fiquem frescos e sem odor

R$ 20 cada

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[ AP indica ]

.CADEIRA

Estilo Luís 15, em tecido de fibra de bambu

R$ 1.534

.ABAJUR

Com base de madeira laqueada azul e cúpula de tecido estampado

R$ 1.364

.POLTRONA LOU

Estilo Berger, de chenile cinza

R$ 2.149

.Boze Ambientes – www.boze.com.br – (47) 3035-1316

.APARADOR

Com 70cm de largura, laqueada, na cor laranja

R$ 1.738

.MARILYN MONROE

Banco com tecido Marilyn Monroe, laqueado na cor vermelha

R$ 1.510

.MESA LATERAL DREY

Em laca azul turquesa, design de Jader Almeida

R$ 1.370

.POLTRONA GIRATÓRIA

Vermelha, em fibra de bambu-rubi

R$ 2.851

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[ agenda AP ]

Cursose eventosPatchwork Design 2012 O Patchwork Design reúne trabalhos feitos

com a técnica do patchwork contemporânea. Consagrado pelo público, o evento, realizado nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, che-ga a 11ª edição. A mostra vai reunir as obras dos melhores artistas nacionais e estrangeiros do gênero e contará com uma feira de produ-tos com vários fornecedores, além de palestras e workshops com convidados internacionais.

+ informaçõesO quê: 11º Rio Patchwork DesignQuando: 31 de maio a 02 de junho (RJ) e 14 a 16 de junho (SP) Onde: Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) Telefone: (21) 2256-1091Site: www.bializ.com

Expo Rio Móbile

A 2ª edição do Expo Rio Móbile trará as novidades em decoração e da indústria moveleira. Na feira, haverá projetos assinados por profissionais conceituados e que trazem um alto padrão de qualidade e também de sustentabilidade aos trabalhos.

+ informaçõesO quê: Expo Rio MóbileQuando: 19 a 23 de junhoOnde: Rio de Janeiro (RJ) Telefone: (21) 2178-4243Site: www.exporiomobile.com.br

Fabricon 2012A Fabricon é uma feira direcionada ao ramo de negócios da in-dústria da construção civil. A feira tem como público principal empresários do ramo técnico, lojista e empresarial. São vários os setores que participarão da Fabricon, entre os quais estão produtos e equipamentos para a construção, iluminação, pisos e revestimentos, louças, cerâmicas, entre outros. Com entrada gratuita, a expectativa é de que, durante os cinco dias de feira, mais de 30 mil pessoas passem pelo Parque Vila Germânica.

+ informaçõesO quê: Fabricon 2012Quando: 13 a 17 de junhoOnde: Parque Vila Germânica, Blumenau (SC)Telefone: (47) 3336-3314Site: www.feirafabricon.com.br

Cinema Infantil

A Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis é um dos eventos cinematográficos mais tradicionais de todo o Brasil, em que são apresentados filmes de até 20 minutos de duração com temática infan-til. A mostra incentiva a produção desse gênero de filme, além de também divulgar a diversidade cultural.

+ informaçõesO quê: Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis 2012Quando: 29 de junho a 15 de julhoOnde: Florianópolis (SC) Telefone: (48) 3232-5996Site: www.mostradecinemainfantil.com.br

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[ agenda AP ]

Fenearte

A Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) é a maior feira do gênero realizada na América Latina. O evento conta com a presença de artesãos do Brasil e de outros pa-íses e, anualmente, recebe um público de aproximadamente 250 mil pessoas. A Fenearte oferece oficinas de xilogravura, atividades infantis, desfiles de moda, além de diversas outras atrações, como o Espaço Indígena, Alameda dos Mestres, Salão de Arte e Roda de Negócios.

+ informaçõesO quê: 13ª FenearteQuando: 6 a 15 de julhoOnde: Olinda (PE) Telefone: (81) 3426-4775Site: www.fenearte2012.com

Rota Gastronômica

Além de belas praias, o turismo gastronômico tam-bém é muito apreciado no Litoral Catarinense. Para explorar esse potencial, surgiu a Semana Internacional de Gastronomia da Costa Esmeralda. Durante uma se-mana, dezenas de restaurantes e chefs conceituados dos municípios de Bombinhas, Itapema e Porto Belo oferecem pratos especiais e preços diferenciados.

+ informaçõesO quê: 5ª Semana Internacional de Gastronomia da Costa EsmeraldaQuando: 24 a 31 de julhoOnde: Restaurantes de Bombinhas, Itapema e Porto Belo (SC)Telefone: (47) 3369-8904 Site: www.semanadegastronomia.com.br

Enflor e Garden Fair

O 21º Encontro Nacional de Floristas (Enflor) e a 9º Garden Fair ocorrem, novamente, em conjunto. Jun-tos, vão apresentar novas tecnologias e produtos na área de floricultura e paisagismo em geral.

+ informaçõesO quê: 21º Enflor e 9º Garden FairQuando: 15 a 17 de julhoOnde: Holambra (SP)Telefone: (19) 3802-4196Site: www.rbbeventos.com.br

ForMóbile

A 5ª Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Madeira e Móveis (ForMóbile) reu-nirá representantes da indústria moveleira do Brasil e do Exterior. A feira é direcionada para empresas e fornecedores de matérias--primas, ferragens e acessórios e serviços interessados em conhecer um pouco mais sobre o mercado de construção.

+ informaçõesO quê: 5ª ForMóbile Quando: 24 a 27 de julhoOnde: Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, São Paulo (SP) Telefone: (11) 3017-6807 Site: www.feiraformobile.com.br

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