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AMBIENTES TOPOS E MICROCLIMÁTICOS URBANOS EM RONDONÓPOLIS (MT)
1-INTRODUÇÃO
O presente artigo tem o objetivo de descrever o clima local e o clima urbano
em Rondonópolis, considerando as unidades climáticas de topo e microclimas, e
suas variações conforme a altitude, o relevo e a demografia. O clima é composto por
atributos e fatores que devem ser analisados em conjuntos, com a temperatura, a
umidade e a pressão atmosférica, que são elementos fundamentais para definir o
tipo de clima de uma região.
Segundo Nunes (2002) “o clima vem sendo influenciado cada vez mais pela
ação antrópica principalmente nas escalas locais, como por exemplo, a ilha de calor
humano.” O ser humano altera o meio ambiente numa velocidade maior do que
qualquer outro processo natural, não existindo sincronia entre as escalas que
governam os fenômenos naturais e as atividades humanas.
O referido artigo está dividido em quatro momentos. No primeiro momento
serão comentadas as observações sensíveis do tempo meteorológico em
Rondonópolis, em seguida o experimento de campo: ambiente microclimático no
campus universitário de Rondonópolis. O terceiro discorre sobre a viagem de campo
realizada no dia treze de agosto ao município de Campo Verde, esse em escala
regional e por último a aula de observação noturna no perímetro urbano de
Rondonópolis, onde já se pode observar as mudanças no ritmo e as desigualdades
sociais.
1-Objetivos
O trabalho teve o objetivo de descrever as totalidades dos ritmos de cada
lugar, ou seja, o topo clima e o micro clima em Rondonópolis-MT. E também o
entendimento do clima por meio dos seus atributos e controles climáticos. Assim
sendo o topo clima refere-se aos fenômenos em escala local. O microclima se refere
a variações devidas à proximidade da superfície do solo.
1-2-Importância do Tema
2
A importância deste tipo de assunto serviu para nos ajudar a identificar os
ritmos, as variações temporais, e as regiões topos e microclimáticas.
1-3-Porque fiz? Para que fiz? Para quem?
As pesquisas foram realizadas conforme orientação e pedido do professor.
Para entender os critérios de clima local e regional, ampliando nossos horizontes em
relação à climatologia regional. E aprender a perceber as diferenças dos climas, nos
vales, nas chapadas e no meio urbano. Essas pesquisas foram realizadas conforme
orientação do professor José Roberto Tarifa, para obtenção de notas da disciplina
de climatologia levando em consideração que o maior ganho do aluno é o
conhecimento.
1-4-Conceito de Ambiente
Segundo Rapoport, o ambiente pode ser definido como “qualquer condição ou
influência situada fora do organismo, grupo ou sistema que se estuda” (RAPOPORT,
1978,25). Tuan o define como: “As condições sob as quais qualquer pessoa ou coisa
vive ou se desenvolve; a soma total de influências que modificam ou determinam o
desenvolvimento da vida ou do caráter” (TUAN, 1965,6).
O que pode se entender por conceito de ambiente segundo (Rapoport e
Tuan) é que o ambiente pode ser analisado pelas condições do clima e pelas ações
antropicas e principalmente pela maneira de como se usa e se modifica um
determinado ambiente.
2- Áreas de Estudo
Duas das áreas de estudo foram delimitadas na cidade de Rondonópolis
(MT), que está localizada entre as coordenadas de 15º25” e 16º30”S e 54º33’ e
54º39”W, distante aproximadamente a 1440 km (em linha reta) a oeste da costa do
Oceano Atlântico, com altitudes que variam de 200 a 300 metros. Dentro do
município de Rondonópolis foram estudadas áreas urbanas, e o campus
universitário.
3
2-1- A primeira área estudada foi no bairro Jardim Atlântico, na Rua Julio Ribeiro, Q7
num: 18, altitude de 285m, latitude 16º 28’10,39” S, longitude 54º 34’,35 87” O,
(dados tirados do Google Earth), próximo ao Campus Universitário que onde por 30
dias fiz as observações sensíveis. A próxima área se trata de um local institucional,
Campus Universitário de Rondonópolis. E ainda em Rondonópolis foi estudada a
área urbana passando pelo bairro Jardim Atlântico, shopping Center, vila aurora,
centro e distrito industrial.
2-2- A segunda área de estudo foi realizada no Campus da Universidade Federal de
Rondonópolis (UFMT), que se encontra localizada na Rodovia Rondonópolis-
Guiratinga, Km 06 (MT-270)- Bairro Sagrada Família.
2-3- A próxima área de estudo é no município de Campo Verde, localizado no
sudeste mato-grossense a 127 km de Cuiabá. Faz limites a leste com Primavera do
Leste, ao sul – Dom Aquino, Jaciara, Santo Antonio do Leveger, ao oeste Cuiabá e
Chapada dos Guimarães e ao norte – Nova Brasilândia. Possui 745 metros de
altitude, clima tropical, coordenadas geográficas 15º33’713” S e 55º09’919” W.
2-4- A última área de estudo foi na zona urbana de Rondonópolis, a cidade
localizada na região Centro-Oeste no estado do Mato Grosso, entre as coordenadas
16º25” e 16º30” S e 54º33’ e 54º39’ O, estando a uma altitude de 227 metros. Sua
população em 2011 é estimada em aproximadamente 200 mil habitantes. Possui
4
uma área de 4.165km². O município é cortado pelas rodovias federal BR 364, que
liga Rondonópolis a Cuiabá e BR -163, que liga o Centro Norte do Brasil ao centro
Oeste e Sul do Brasil. Na região urbana de Rondonópolis, estivemos em seis
diferentes pontos da cidade, onde podemos observar diferenças na altitude e no uso
do solo.
Mapa da Área Urbana de Rondonópolis
Sturza, José Adolfo Iriam (2005)
3- O sitio urbano
Rondonópolis encontra-se localizada, numa área de clima tropical continental,
com períodos secos de (maio a junho) e a estação chuvosa (outubro a abril). O sitio
urbano, com altitudes que variam de 200metros a 300metros, ocupa
topograficamente a maior parte do vale e baixas colinas do Rio Vermelho, o quadro
físico da cidade estende-se num sitio convergente, de topografia plana a levemente
ondulada da confluência dos Rios Arareau e Rio Vermelho. O entorno próximo é
constituído por um anfiteatro de terras altas (chapadas e serras) cujos topos variam
entre 700 a 800 metros. As mais importantes encontram-se a sudeste da Serra da
5
Petrovina, a noroeste a Serra de São Vicente, ao norte planalto de Campo Verde-
Primavera do Leste, e ao sul a Serra da Onça.
4-Área- População urbana e Rural
Rondonópolis possui pelos dados do IBGE de 2010 uma população de
195.476, densidade demográfica de 47.00 hab/km² e uma área de 4.195,122 km².
6- Vegetação
A vegetação é dividida em regiões de mata e cerrado, sendo que a área com
vegetação nativa corresponde a cerca de 30% do total do município, e a maior parte
da mata pertence a reserva indígena Tadarimana.
7-Metodologia
Para dar embasamento e consistência ao propósito deste artigo, foram
realizados levantamentos e dados em quatro locais diferentes no município de
Rondonópolis. MT. (1) Bairro Jardim Atlântico: Observações Sensíveis do Tempo
Meteorológico em Rondonópolis, durante o período de 23/03 a 23/04/11. O qual se
deu da seguinte maneira, durante os trinta dias observar nos períodos da manhã,
tarde e noite, a cobertura do céu, nuvens, vento, temperatura, umidade e chuva. As
técnicas usadas para o referido trabalho foram os órgãos sensoriais (órgão do
sentido) e a percepção, o que foi acompanhado por uma caderneta para as
anotações.
O segundo trabalho foi realizado no Campus Universitário de Rondonópolis
no período noturno, no dia 26/04/2011 foram estudados oito pontos, verificando
temperatura do solo, temperatura da água, o estacionamento, ambientes fechados.
As técnicas usadas nessa pesquisa foram o psicometro, o termômetro seco, o
termômetro úmido, a lanterna, a maquina fotográfica, caderno de anotações.
O terceiro trabalho, a viagem de campo ao município de campo verde,
realizado no dia 13/08/2011, foi direcionado para entender o clima local de cada um
dos municípios, com relação à altitude, relevo, vegetação, nuvens e espaço
ocupado. E entender o clima em escala regional. Para esse trabalho de campo além
da percepção, do companheirismo dos colegas foi utilizado o altímetro, termômetro
de solo, caderneta para as anotações e a maquina fotográfica para registrar.
6
O último trabalho foi no perímetro urbano de Rondonópolis, (avenida limítrofe
do centro aos bairros) começando pelo ponto de ônibus da UFMT, passando pelo
Jardim Atlântico, shopping, Vila Aurora, Praça dos Carreiros e Distrito Industrial.
Onde se podem perceber nitidamente as ações antrópica, e o uso do solo mudam a
qualidade do ar e do clima. Para esse trabalho foi usado, o termômetro seco,
termômetro úmido, lanterna e a caderneta para as anotações.
No final, os dados coletados foram quantificados em tabelas e gráficos. Os
gráficos foram comparados com os dados do IBGE.
Considerações finais
Esse trabalho foi um estudo que trouxe uma compreensão para a
determinação de um ritmo climático, uma vez que as coletas de dados deram-se de
forma natural, sendo o próprio aluno instrumento climatológico, que registrara a
temperatura do ar, a nebulosidade, a direção e a velocidade do vento, por meio de
suas sensações; ou seja, com a ajuda dos órgãos do sentido e a percepção.
Também destacamos o período de outono austral, estação climática que começa no
dia 21 de março, uma transição de uma estação quente para uma estação seca.
Assim as observações do tempo sensível em Rondonópolis buscam acompanhar a
evolução da sazonalidade, da passagem do verão para outono e do outono para o
inverno, registrando o fim da estação chuvosa para o início da estação seca.
Dentro dos objetivos propostos para o trabalho de observações sensíveis
realizados durante o período de trinta de dias, onde buscamos entender as
diferenças entre o tempo e o clima, sendo que o tempo é uma combinação
passageira dos elementos do clima. E o clima é a sucessão habitual dos tipos de
tempo. Dentro dos ritmos climáticos procuramos entender as interações entre os
fenômenos, TARIFA, diz que “O ritmo é um dos caminhos possíveis para
compreender a interação dialética entre os fenômenos físicos, biológicos, humanos
e sociais no espaço de um determinado lugar da superfície da Terra.” (TARIFA, J.R.
2001, pag.29), assim acreditamos que cada lugar tem um ritmo e que nos
modificamos esse ritmo conforme interagimos com ele.
Nesse trabalho também buscamos conhecer um pouco das nuvens, como se
formam e como diferenciá-las. As nuvens são constituídas por gotículas ou cristais
7
de gelo que se forma em torno de núcleos microscópicos na atmosfera. Há vários
processos de formação das nuvens e das suas conseqüentes formas e dimensões.
Todos os resultados obtidos contaram com dados meteorológicos e os estudos da
climatologia e estão contidos na tabela abaixo.
TABELA 01: O TEMPO METEOROLÓGICO EM RONDONÓPOLIS NO OUTONO DE
2011
Dia Hora Temp. Umid Ventos Direção
Do Vento
Chuva Nuvens
23/03
06:40 Amena 80% Fracos SO/NE Ausente Cúmulus
14:30 Agradável 75% Leves SO/NE Pancadas
pesadas
Cumulosnim
bus
20:55 Agradável 80% Leves SO/NE Continua Sem
visibilidade
24/03
07:00 Fresquinha 80% Fracos SO/NE Garoa Carregadas
13:45 Agradável 60% Moderados SO/NE Forte Carregadas
21:05 Fresquinha 80% Fracos SO/NE Impertinent
es
Nuvens
baixas
25/03
07:00 Amena 75% Sem
ventos
Ausente Finas e
trans
parentes
14:00 Quente 60% Leves SO/NE Ausente Cúmulus
21:05 Agradável 80% Brisa
suave
SO/NE Ausente Sem
visibilidade
26/03
06/50 Fresquinha 80/% Suaves SO/NE Garoa fina Cúmulus
14:05 Calor 68% Suaves SO/NE Ausente Cúmulus
21:05 Agradável 75% Fracos SO/NE Chuva forte Sem
visibilidade
27/03
07:00 Fresquinha 75% Ausente Ausente Transpa-
parentes
14:10 Calor 65% Moderados SO/NE Ausente Cúmulus
21:00 Agradável 50% Suaves SO/NE Chuva forte
e
persistente
Nuvens
baixas
06:45 Calor 60% Ausente Ausente Nuvens
claras
8
28/03 14:05 Calor 58% Ausente Ausente Cúmulos
21/05 Agradável 75% Moderados SO/NE Chuva forte Cumulosnim
bus
29/03
07:00 Fresquinha 80% Fracos SO/NE Ausente Cumulus
14:05 Calor 50% Fracos SO/NE Ausente Cumulus
21:05 Suave 75% Calmo SO/NE Névoa fina Nuvens
altas
30/03
07:00 Abafado 70% Moderados SO/NE Ausente Cumulus
14:30 Calor 60% Leves SO/NE Ausente Cumulus
21:05 Fresquinho 60% Calmos SO/NE Névoa fina Nuvens
altas
31/03
07:00 Calor 80% Suaves SO/NE Ausente Cumulus
14: 30 Calor 70% Leve SO/NE Ausente Alto
Cumulus
21:05 Calor 60% Calmos SO/NE Ausente Nuvens
altas
01/04
07:00 Agradável 70% Brisa
suave
SO/NE Ausente Cumulus de
bom tempo
14:30 Calor 70% Fraco SO/NE Ausente Céu
encarneirad
o
21:15 Calor 60% Moderados SO/NE Ausente Nuvens
altas
O2/04
07/15 Agradável 70% Brisa Ausente Nuvens
baixas
14/15 Calor 58% Moderados SO/NE Ausente Nuvens
escuras
21/15 Agradável 80% Brisa SO/NE Nevoeiro Sem
visibilidade
03/04
08/00 Abafado 80% Moderados SO/NE Ausente Cumulus
14/12 Abafado 80% Fracos SO/NE Leves e
continua
Cumulus
9
21/38 Fresca 80% Fracos SO/NE Ausente Nuvens
altas
04/04
06/45 Fresquinha 80% Fracos SO/NE Neblina Baixas
14/30 Calor 60% Ausente Ausente Dispersa
21/05 Fresquinha 75% Calmos SO/NE Ausente Nuvens
Brancas
05/04
07/00 Fresquinha 80% Leve Cumulus
14/04 Calor 58% Suaves Ausente Cumulus
21/00 Agradável 58% Fracos Ausente Sem
visibilidades
06/04
07/00
Fresquinha 65% Calmo SO/NE Ausente Cumulus
21/45 Calor Seco Fracos SO/NE Ausente Sem
visibilidade
07/04
07/15 Agradável 58% Brisa SO/NE Ausente Cumulus
14/05 Pesado 58% Leves Ausente Muitos
Cumulus
21/15 Fresquinho 75% Suaves SO/NE Ausente Sem
visibilidade
08/04
05/45 Fresquinha 80% Muito leve Nevoa fina
14/10 Calor 70% Ausente Ausente Cumulus
21/05 Fresquinha 75% Fracos Ausente Céu limpo
09/0408:00 Calor 80% Leves SO/NE Ausente Cumulus
14/35 Calor 60% Ausente Ausente Cumulus
21/15 Calor 58% Moderados Ausente Cumulus
05/00 Fresquinha 75% Suaves Ausente Nuvens
10
10/04
escuras
14/00 Abafado 70% Chuvas
fracas
Nuvens
médias
21/00 Fresquinho 70% Fracos SO/NE Ausente Sem
visibilidades
11/04
05/00 Fresquinha 75% Suave SO/NE Ausente Cumulus
14/00 Calor 58% Ausente Ausente Céu limpo
21/05 Fresquinho 65% Suave Ausente Presença de
cumulus
12/04
05/10 Fresquinha 80% Brisa Ausente Nuvens
baixas
14/05 Calor 60% Ausente Ausente Cumulus de
bom tempo
21/15 Fresquinha 75% Leves Ausente Céu limpo
13/04
05/30 Fresquinha 80% Brisa Ausente Céu com
nevoeiro
Como podem ser observadas na tabela as manhãs possuem características
por serem fresquinhas nas primeiras horas do dia, depois vão aquecendo e
normalmente as tardes são quentes e abafadas com pouca umidade no ar. À noite o
solo começa a resfriar e o calor é facilmente liberado, tornando as noites com
temperaturas agradáveis.
Durante os períodos de março a abril podemos perceber mudanças no
comportamento meteorológico, durante os períodos da manhã, tarde e noite, devido
à entrada da estiagem, o clima se tornou mais seco com o final da estação das
chuvas.
No segundo trabalho realizado no Campus da UFMT no período noturno, foi
avaliada a temperatura seca, úmida, temperatura do solo, da água e a umidade do
ar em oitos pontos dos diferentes microclimas, como podemos observar na tabela.
11
Tabela: 02 OS AMBIENTES MICROCLIMÁTICOS NO CAMPUS (UFMT)
Pontos Hora Temp.
Seca
Temp.Ùmida Umidade
Relativa
Temp.
Solo
Temp.Àgua
01 19h15min 28.8º 24.8º 71%
02 21; 09 26.0º 23.4º 79%
03 21h18min 23.8º 21.8º 67%
04 21h20min 23.2º 21.2º 82% 24.4º
05 21h30min 24.2º 21.6º 79%
06 21h35min 27.2º 22.6º 66%
07 21h41min 23.8º 21.4º 80% 25.7º
08 21h50min 24.0º 21.6º 80% 28.0º
26.2º
25.7º
Média 25.1º 22.3º 75% 25.9º 25.7º
Max 28.0º 24.0º 80% 28.0º 25.7º
Min. 23.2º 21.2 66% 24.4º
Como podemos observar na tabela as temperaturas tiradas no laboratório de
climatologia, (ponto 01 e 02) com as janelas e portas fechadas ficaram mais
elevadas do que as tiradas com portas e janelas aberta. Isso por que o ar contido na
sala ficou mais quente. No ponto (03) na grama, um oitavo do céu limpo com
estrelas, podemos observar que as temperaturas tanto a seca como a úmida caíram
bastante por que a noite temos o resfriamento noturno.No ponto (04) a mensuração
da temperatura foi feita em cima de um morrinho de cascalhos, no qual pode-se
avaliar que solo havia absorvido mais calor e ainda emitia radiação.No ponto (05)
devido o estacionamento ser de asfalto e por causa dos carros o solo deveria estar
com temperaturas mais elevadas, mas como a área tem bastante árvores que
servem como isolantes , fazem sombra e reduzem a emissão dos raios solares no
local as temperaturas úmidas e secas não tiveram muita diferença dos outros
12
pontos. No ponto (06) podemos observar que uma das maiores temperaturas seca
foi na sala de aula, devido o ambiente estar fechado e as paredes da sala terem
recebido durante o dia muita emissão de calor, custa o resfriamento. Já no ponto
(07) um local de grama e arvores podemos sentir até uma brisa suave e os
termômetros obtiveram resultados satisfatórios. No ultimo ponto analisado a piscina
do Neat, a temperatura da água estava mais elevada pelo fato da condutibilidade
térmica da água, ser menor do que a do ar. A água pela sua transparência a
radiação solar aquece devagar de cima para baixo e também esfria devagar. No
mesmo local em um ponto onde não havia grama, podemos observar que o solo nu
reteve mais temperatura do que o solo com grama que fica mais protegido da
radiação.
O que podemos perceber nesse estudo, foi que as temperaturas variam
conforme as superfícies são atingidas pela radiação solar, que absorvem e refletem
radiações diferentes, e que em lugares fechados o ar aquece e fica sem umidade.
Assim pode-se analisar a variação dos atributos climáticos, conforme cada ponto
percorrido.
No terceiro trabalho a viagem de campo a Campo Verde, foi feita a descrição
dos ambientes topos e micro climáticos, começando pelo ponto de ônibus da UFMT,
que se trata de um lugar plano, solo coberto por asfalto, alta pressão no inverno
tropical. O ponto (02) Inversão térmica, típica das manhas de Rondonópolis, quanto
mais baixa for à inversão pior fica a qualidade do ar. Ponto (03) Sítio urbano de
Rondonópolis, clima local é uma área onde a rarefação, e o ar têm propriedades
homogêneas por que o vale do Rio acumula frio e névoa úmida, no chão pressão
baixa devido ao aquecimento do sol.
No ponto (04), nuvens finas no céu, vento leve. Inversão superior (2000- 3000
metros). Ponto (05), parada para observar a temperatura do chão com a temperatura
do ar, como se pode ver existe bastantes diferenças entre as áreas de plantação
com as outras áreas observadas. No ponto (06) no vale do Rio São Lourenço o solo
fica mais úmido na sombra. Ponto (07) Bosque homogêneo, as seringueiras
plantadas simetricamente para extração da borracha, solo coberto por folhas secas,
latossolo vermelho- amarelo. Ponto (08) na encosta do chapadão a nebulosidade é
maior, baixa pressão devido à altitude ser maior. Ponto (09) área urbano de Campo
13
Verde, ventilação maior, temperatura mais agradável. No ponto (10) Recanto do Sol
a unidade típica de paisagem é de serrado com mata ciliar. A região é margeada por
bairros e está dentro da unidade urbana, sendo utilizada como atrativo para área de
recreativa e banhista. Dessa forma é muito influente a antropização. A cachoeira da
Martinha, serrado fino rio que forma a represa do manso. Ultimo ponto o que será
mostrado na tabela e nos gráficos, comparando as anotações com os dados do
INMET.
Tabela: 03 O ENQUADRAMENTO REGIONAL RONDONÓPOLIS: CAMPO VERDE
13/08/1
1
Hora Lat Long Alt T.seca T.úmid
a
Solo Água Umidade
P: 01 07:03 16º29’ 54º36’ 280 23,2 18,1 59%
P: 02 O7:20 16º26’ 240 22,0 18,8 72%
P: 03 07:57 16º26’ 54º39’ 340 25,2 18,2 48%
P: 04 08:28 16º22’ 54º54’ 390 27,8 19,6 43%
P: 05 09:23 16º51’ 54º54’ 300 28,6 19,6 30,0 40%
P: 06 9:48 16º57’ 54º55’ 270 29,2 21,2 19,2 23º 46%
P: 07 10:07 16º56’ 54º55’ 330 32,2 20,4 28,0 30%
P: 08 10:45 15º36’ 54º50’ 490 32,2 24,2 49%
P: 09 11:30 15º32’ 55º10’ 760 28,4 19,0 23º 37%
P: 10 12:40 15º33’ 55º09’ 720 31,4 19,2 21º 27%
P: 11 14:08 15º30’ 55º24’ 650 32,2 21,2 34%
454 28,4 19,9 44%
Como se pode observar na tabela a menor temperatura seca se deu próximo
a MT: 270 ocorrência de inversão térmica. E as mais altas ocorreram entre os
pontos (07,08, 10, 11) devido a estarem relacionados com o entorno da área urbana.
Nosso último trabalho foi na área urbana de Rondonópolis, onde podemos
visivelmente perceber as ocorrências causadas pelas ações do homem, onde o
ritmo não é dado pela natureza, estações do ano, nem pelo clima. A vida é
normatizada pelo uso do relógio e as atividades na e da cidade se desenvolvem no
14
período de 24 horas, independente do clima, das condições físicas ou mesmo
biológicas: As cenas se sucedem em ritmo intenso e desumano. (CARLOS, 1994).
Assim para conhecer e entender os ritmos das áreas urbanas começamos
nossa pesquisa no campus (UFMT), local plano, com uma sensação térmica fresca,
logo a seguir entramos no bairro Jardim Atlântico, onde já sentimos a diferença, ruas
estreitas, pessoas andando e muitos carros em movimentos, tudo isso altera a
emissão de calor e por conseqüência altera as condições do ar, quanto mais
pessoas mais o calor aumenta, o calor latente se transforma em calor sensível.
Na Avenida Lions, no estacionamento do shopping, podemos notar que os
veículos e o asfalto influenciam na temperatura, o ritmo é acelerado. Os prédios
altos formam ilhas de calor que reduzem a velocidade dos ventos, e deixam o lugar
mais quente. Maior concentração de pessoas, de atividades de calor antropogênico,
os postos de gasolina são fontes de poluição do ar.
Na vila Aurora já se percebe a presença de prédios bem amplos e planejados,
casa de classe média alta, com grandes jardins gramados e quintais, áreas
arborizadas o que faz a temperatura no local ser fresquinha. Na praça do carreiros
as arvores impedem a entrada livre do sol, o que faz as manhãs serem fresquinhas.
Observa-se na Dom.Pedro a presença de nevoa seca, por causa da poluição dos
carros, a rua inclinada, o local é mais quente, trecho transversal da rua concentra
poluição, liberação de calor, e as veze acaba influenciando nas chuvas, por que
funciona como uma serra, verdadeiro Quênio urbano.
O ultimo ponto a ser visitado foi no Distrito Industrial, onde nos deparamos com
outra realidade, as indústrias e o grande movimento de caminhões pesados, as ruas
não possuem nenhuma infra estrutura cheias de buracos e a noite a emissão dos
gases poluentes a tendência é que partículas dessa poluição se espalhem pela
cidade durante a noite, provocando nuvens de gases poluentes e nuvens de
fumaças. O que provoca muitas doenças respiratórias em pessoas idosas e
crianças.
Tabela: 04 OS AMBIENTES TOPOS E MICROCIMÁTICOS
15
Hora Alt Temp. seca Temp. úmida
P: 01 19:20 300m 23,6 26,3
P: 02 19:40 265m 23,6 26,6
P: 03 27,6 24
P: 04 20:35 27,7 23,6
P: 05 20:55 250m 28,6 23,8
P: 06 21:00 300m 26,2 24,2
Como podemos perceber na tabela as diferenças de temperaturas e umidade entre
as áreas urbanas são determinadas pelo próprio microclimas. O intenso fluxo de
pessoas e veículos, assim como do concreto dos prédios , do asfalto entre outros
materiais de construção, esse calor é liberado durante a noite.
CONCLUSÃO
Como podemos perceber o clima é um fator importante, e está presente no cotidiano
da sociedade, influenciando na vida dos seres humanos. Portanto cada ambiente
funciona de uma maneira diferente, como podemos observar devido às construções,
o asfalto e o uso do solo o clima urbano se torna quente, enquanto que nos locais
arborizados o clima é agradável.
16
REFERÊNCIAS
NUNES, L. H. Discussão acerca de mudanças climáticas (notas). Terra Livre, São Paulo, n. 18, p.179-184.2002.http://www.revistaterritorio.com.br/pdf/03_6_holzer.pdf Acesso em 16/11/2011.
CARLOS, Ana Fani A. A Cidade. 2. Ed. São Paulo: contexto, 1994.
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REFERÊNCIAS
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