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PORTFOLIO

Ana Gomes - Portfolio

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Selection of works in the area of Drawing and Illustration made between 2010 and 2013

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Page 1: Ana Gomes - Portfolio

PORTFOLIO

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I am the Lizard King

I can do anything

I can make the Earth stop in its tracks

I made the blue cars go away.

Jim Morrison

After naturally realizing that she wanted to work within the creative industries, Ana

Gomes decided do take a BA in Arts and Multimedia. She quickly discovered a love for

that place where the extraordinary meets the ordinary, so she is always working to achieve

that special place, no matter what area she is working under.

Things happened fluently in her life.

Eager to learn, she put her artistic knowledge to the test by taking a semester under

the Erasmus program in the year of 2012, attending one semester at the Art and Design

University in Cluj-Napoca, Romania. There, she developed her knowledge on Life Drawing,

Painting and Engraving, and also developed several projects with the other students outsider

the campus, which led to improve her organizational skills, as well as social skills, leading her

to easily adapt to new work environments.

But who is actually this creative individual…. Named Ana Filipa da Silva Gomes, she is

a product of the 90’s, from the good old times, born idealistic and a fighter by defini-

tion. With her 22 years, born and raised in the heart of Alentejo, apparently forgotten

by the Universe, with all its incomes… The great lowlands in the south of Portugal have

this effect on people; they push them on looking beyond their sight.

She works within the areas of Drawing, Illustration, Plastic Arts, Video and also Photog-

raphy, always with the same purpose: to give the viewer a new perspective about life, this

thing that is common to all.

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Literary projectCrónicas de uma Mente Surrealista;

CapaCharcoal and pastel on paper

42 cm x 59,4 cm

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E o mundo desabou na minha na cabeça e no meuCoração.E a gravidade faz sentir o seu poder cada vez mais,E o meu centro gravitacional está cada vez mais pesado.Ele expande-se e contrai-se, ora eu expiro ora eu inspiro.E quando inspiro a dor contrai-se, quase desaparece.Mas depois ao expirar sinto outra vez o peso da gravidade.Não é horrível, isso não. É simplesmente sublime.

A dor aliada à beleza?! Impossível. Na mente de um maníaco-depressivo talvez fizesse sentido.Mas eu não sou maníaco-depressiva. Eu sou feliz.Mas voltando um pouco atrás, sim, a dor aliada à beleza.Num instante, os sentimentos misturam-se como azeite e água;E por um lado temos o Amor, o mais belo dos sentimentos, e por outro a dor.Impossível sentir um sem o outro. Impossível concentrar-me na dor sem reparar que o Amor está lá.Aí, meu Amor. Aqui, no meu coração.Então pode dizer-se que estes dois sentimentos vivem eternamente ligados,Vivem em perfeita simbiose no meu coração, nestes dias.O Amor sobrepõe-se à dor; mas nunca a dor se irá sobrepor-se ao Amor.A felicidade instala-se e pontapeia a tristeza.Fora daqui, dos nossos corações!

A dor serve apenas para uma única coisa: para nos perguntemos “porque sofremos?”Sofremos por Amor.E o Amor é felicidade, Amor.

E o mundo desabou na minha cabeça e no meu Coração

in Crónicas de uma Mente Surrealista2013

E a gravidade faz sentir o seu poder cada vez maisCharcoal and pastel on paper

42 cm x 59,4 cm2013

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Já Pessoa dizia “Conheço-me e não sou eu”.

Mas ele era vários; eu posso ser duas. Ou melhor, aparento ser duas.

Mas na verdade sou só uma. Ou melhor, um.

Sou um verme rastejante, que se alimenta do lixo que vai encontrando pelo caminho.

Que merda de caminho…!

Sou a mais bela farsa de todas, a melhor farsa de todas - porque até me engano a

Mim própria.

Fico cega com os meus brilhantes e purpurinas,

Deixo-me levar pelas mentiras a bordo de navios e assim fico, a vê-los passar.

Mas que navios luxuosos, sim!

Porque eu não me deixo enganar por pouco.

É preciso o brilho ser muito para me conseguir cegar com o reflexo do sol.

É preciso eu achar que subi tão alto - ou melhor, querer acreditar!

Para depois ver que sempre andei aqui,

A cem metros abaixo do chão.

Sou o pior verme de todos, pois sei o que sou.

E sei que nunca hei-de entrar num casulo e transformar-me em borboleta,

Sei que nunca vou voar.

Já Pessoa diziain Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

Aparento ser duasCharcoal and pastel on paper

42 cm x 59,4 cm2013

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Esta dor que sinto

Começa no meu peito e alastra-se

A todos os músculos do meu

Corpo.

Tal como sinto a felicidade em todos os poros do meu corpo,

Assim sinto a dor. O meu Amor.

Que estranho sentimento, a saudade.

Arrasto o meu corpo pelo chão

Até te ver.

Já nem me reconheço quando me olho ao espelho

E tu não estás no reflexo comigo.

Sou um invólucro, nada mais.

Um invólucro de Amor saturado de saudade

E embrulhado com beijos infinitos,

E lágrimas de felicidade que descem pelo meu rosto sem avisar.

Esta dor que sintoin Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

Sou um invólucro, nada mais.Charcoal and pastel on paper

42 x 59,4 cm 2013

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Consegues viver assim para sempre?

Escolhe: olhos postos no mundo,

Ou o mundo a passar por ti.

Descobrir a sua beleza, ou

Viver com os olhos postos na calçada.

É simples, não é?

Quero fugir.

Vou fugir!

Para onde? Para lado nenhum.

Em lado nenhum me vai acontecer o que espero;

Em lado nenhum vou sentir paz,

A paz tão esperada!

Talvez haja um sítio...

Um sítio não. Uma pessoa...

Uma pessoa, sim!

Um olhar, um gesto, um abraço...

Um Amor.

Consegues viver assim para sempre? and Quero fugir.in Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

É simples, não é?Charcoal and pastel on paper

42 x 59,4 cm 2013

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Por seresE saberesQue és o Rei do meu coração,Apertas-mo assim, esmigalhas-mo assim,Para depois o libertares num segundo...Com apenas um sorriso!

Enfim.

De que me vale, a mim,Ficar assim?Incha o meu orgulho, cheiinho de veneno até à boca;Incha o teu veneno, cheio de orgulho até ao topo.Implode o peito do coração até à boca, que os sentimentos têm que sair por algum lado.E depois resto eu, só eu. Porque tu, só tu sabes.

Por seres e saberes que és o Rei do meu coraçãoin Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

De que me vale, a mim, ficar assim?Charcoal and pastel on paper

42x 59,4 cm2013

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Assim sim. A nossa energia de volta a mim.

Eu de volta a mim, tu de volta a mim.

Isto é nosso, o mundo - sabemos?

Vou decidir aqui e agora, e arrastar-te comigo.

Já está. O meu raio de Sol - quero-o aqui, já.

Vou apanhá-lo como se apanham as borboletas,

E guardá-lo num frasco de vidro bem transparente,

Para poder mostrar a minha fonte de luz a toda a gente.

E com o meu sorriso, hei-de conquistar multidões. E todos hão-de querer aquecer-se

No meu raio de Sol.

Mas toda a gente vai ficar desiludida, pois ele só luz para iluminar o meu sorriso.

E a minha pele de seda.

E os meus caracóis de mel.

E o meu sorriso. O sorriso que é teu.

Assim simin Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

Isto é nosso, o mundo - sabemos?Charcoal and pastel on paper

42 x 59,4 cm2013

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Page 18: Ana Gomes - Portfolio

As pessoas vivem numa bolha.Eu não quero. Eu NÃO vivo numa bolha.Eu já decidi, e já rompi a minha bolha.Eu tirei um alfinete do meu bolso e rebentei a minha bolha.Sendo assim, a minha bolha é o mundo.

As pessoas vivem numa bolha de falsidade. De falsidade, sim.Falsas virtudes que acreditam serem verdadeiras, mas não são.E as suas bolhas são feitas como um castelo de cartas, e as pessoas têm medo que, Ao tirar uma carta, o seu castelo caia. E cai mesmo.E depois já não têm bolha - coitados.

A vida não é uma bolha. Nem um castelo de cartas.A vida não é frágil.Eu não sou frágil.As minhas virtudes não são frágeis como um castelo de cartas. Consigo tirar dez cartas sem fazer o meu castelo ruir. Impressionante, não é?Não, não é. É a coisa mais natural do mundo.

Tirem-me o chão, e eu flutuo.

Tirem-me o chão, e eu flutuoCharcoal and pastel on paper

42 x 59,4 cm2013

As pessoas vivem numa bolhain Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

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Porque fui cega ao ponto de achar que aguentaria, que era de ferro?

Eu não sou de ferro.

Por muito que tente parecer, no final caiem todas as minhas máscaras.

No final só resta a merda, a podridão interna, a alma como uma latrina!

A alma como uma latrina... Mas um banho por dentro não chega.

É preciso muito mais para me salvar neste momento.

É preciso arcos-íris, fadas, merdas brilhantes com luzinhas e purpurinas.

É preciso mentiras, falsidades luzentes o suficiente para me voltar a cegar.

Não é suposto este “eu” vir à tona;

Não estou habituada a mostrá-lo, a passeá-lo, a fazer as suas expressões faciais.

Não estou nem quero estar! Mas enfim...

Que fazer? Apodrecer?

Parece-me uma boa ideia...

Apodrecer? Parece-me uma boa ideia...Charcoal and pastel on paper

42 x 59,4 cm2013

Porque fui cegain Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

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Page 22: Ana Gomes - Portfolio

Concretizou-se, por fim, o teu desejo.

(já nem para escrever sirvo...)

Estou à beira do abismo mas não quero saltar.Ou melhor, tenho o coração à beira do abismo, e teimo em não morder as veias.Teimo em continuar aqui, teimo em querer-te para mim e que me queiras para ti...Teimo em pensar que a vida é mesmo simples.Teimo em pensar que loucos são os outros.

Mas louca sou eu, e só um louco é que não vê!Louca sou eu, Por me ter aventurado nestes mares bravos que são o nosso amor, Por achar que o meu espírito cavalgante passaria a galope e te levaria na minha cela.

Louca sou eu, que tenho a sabedoria na palma da mão E não hesito em cuspir-lhe em cima.

Louca sou eu, que me faço passar por uma pessoa normal. Mas eu não sou normal; tu sabias. Eu já sabia.

Concretizou-se, por fim, o teu desejoin Crónicas de uma Mente Surrealista

2013

Teimo em não morder as veiasCharcoal and pastel on paper

42 x 59,4 cm2013

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Self-potrait Charcoal on paper 25 x 30 cm2011

Self-portraitCharcoal on paper 6 panels of 29,7 x 42 cm2012

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Auto-representaçãoCharcoal on paper

130 x 100 cm2011

Desenho de modelo ICharcoal on paper118,9 x 84,1 cm2012

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Self-potraitsCharcoal on pa-

per 29,7 x 42 cm

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MedusaPen on paper

10,5 x 14,8 cm 2011

Self-potraitPen on paper15 x 10 cm2011

Page 29: Ana Gomes - Portfolio

Cronos devorando seu filhoPen on paper14,8 x 21 cm 2011

Page 30: Ana Gomes - Portfolio

Hmm... Pencil on paper18 cm x 15 cm

2011

Self-potrait azulPencil on paper29,7 x 21 cm2011

Page 31: Ana Gomes - Portfolio

Do it, do itPen on paper 29,7 x 42 cm2011

Page 32: Ana Gomes - Portfolio

Estudos de anatomia: mãoPencil on paper

29 x 12 cm2013

Page 33: Ana Gomes - Portfolio

Estudo anatomia:. mãoPencil on paper29 x 20 cm2013

Estudo para ilustração O mundo é nosso - sabemos?

Pencil on paper29 x 20 cm

2013

Page 34: Ana Gomes - Portfolio

Watching heaven Pen on paper

14,8 x 10,5 cm2013

Ena tantas..!Mix media

29,7 x 42 cm2011

Self-potrait Pencil on paper29,7 x 21 cm2011

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Self-potrait digitalMix Media

1024 x 768 px2011

Self-portraitDigital illustration

1024x768 px2011

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Estudo para a pintura Screw you guys...Mix media21 x 14,8 cm2012

Screw you guys, I’m goin’ home!Acrílico s/papel

118,9 x 84,1 cm2012

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Study for the illustrationTirem-me o chão, e eu flutuo

Pencil on paper29 x 20 cm

2013

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Anatomy studies: footPen on paper 29,7 x 42 cm2011

Page 42: Ana Gomes - Portfolio

I want my vagina back.Mix media35 x 59 cm2012

VertigoMix Media

29 x 20 cm2013

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Study for the paintigIf I was in WW2...Mix Media21 x 14,8 cm2012

If I was in WW2, they’d call me spit-fire!Acrylic on paper

118, 84,1 cm2012

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Page 47: Ana Gomes - Portfolio

Study for the paintingAlala, Alala...Mix Media21 x 14,8 cm2012

Alala, Alala: give me three wishesAcrylic on paper

118,9 x 84,1 cm2012

Page 48: Ana Gomes - Portfolio

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