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Anais
3
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MATO GROSSO
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Anais
Cuiabá, MT - 2008
4
© 2008. Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso.
Todos os direitos reservados. Os textos citados são de responsabilidade dos autores.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda
ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
1ª Edição
Elaboração, Edição e Distribuição Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso
Superintendência de Vigilância em Saúde
Organização: Técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde
Produção: Técnicos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Superintendência de
Vigilância em Saúde
Endereço Centro Político Administrativo - CPA
S/Nº - Bloco 5 – 1º Andar
CEP. 78050-970 – Cuiabá/MT
E-mail: [email protected]
Endereço Eletrônico: www.saude.mt.gov.br
Produção Editorial dos Anais Coordenação Geral e Organização: Maria Conceição da Encarnação Villa
Projeto Gráfico: Oberdan Ferreira Coutinho Lira, Elton Chaves Torres
Diagramação; Elton Chaves Torres
Capa: Elton Chaves Torres
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte
Ficha Catalográfica elaborada por Renata B. Valeriano CRB-1 2.368
Títulos para indexação Em inglês: I EXPOVIGI: 1st Exhibition on Health Monitoring of Mato Grosso: annals
Em espanhol: EXPOVIGI I: 1 ª Exposición sobre vigilancia de la salud de Mato Grosso anales
M433p Mato Grosso. Secretaria de Estado de Saúde. Superintendência de
Vigilância em Saúde
Anais da I EXPOVIGI: 1ª Exposição de Vigilância em Saúde de Mato
Grosso / Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso.
Superintendência de Vigilância em Saúde. – Cuiabá: Secretaria de Estado
da Saúde, 2008.
97 f.
1. Vigilância em saúde. 2. Vigilância em saúde ambiental.
3. Vigilância epidemiológica. 4. Vigilância sanitária. 5. Vigilância em
saúde do trabalhador. 6. EXPOVIGI.
CDU 614.3(817.2)(063)
5
I EXPOVIGI – I EXPOSIÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE MATO GROSSO.
COORDENADOR (A) DA COMISSÃO ORGANIZADORA: Maria Conceição da Encarnação Villa – SVS/SES COORDENADOR (A) DA COMISSÃO AVALIADORA: Eloá de Carvalho Lourenço – Escola de Saúde Pública/ESP-SES
COMISSÃO AVALIADORA:
Elias Nasrala Neto – CEREST Eluani Vilarinhos – ESP Fábio José da Silva – COVSAN Giselle de Almeida Costa – ESP Lívia Victorio de Carvalho Almeida – CEREST Márcia de Campos – ESP Mirian Stela Souza Freire – COVEPI Moema Couto Blatt – SMS Cuiabá Nanci Akemi Missawa – COVSAM Nídia Fátima Ferreira – ESP Oberdan Ferreira Coutinho Lira – COVSAM Reni Aparecida Barsaglini – ESP Stella Maris Malpici Luna – ESP Vanessa Thais Bonfim Vilas Boas – ESP Vera Honório dos Anjos – ESP Vera Lúcia dias Lopes - COVSAM Vilma Rodrigues dos Santos – CEREST
COMISSÃO EDITORIAL:
Ângela Lúcia Piccini de Oliveira Elton Chaves Torres Selma Auxiliadora de O. Marques
Tereza Pompílio Bastos Ramos
6
SUMÁRIO
Apresentação
Mesas Temáticas
I – Saúde do Trabalhador no Contexto do SUS
Política Nacional de Saúde do Trabalhador
Elza Melo Gomes Machado – Pedagoga - CEREST/SES/MT
O Atendimento da Saúde do Trabalhador no SUS
Marina Azen – Médica do Trabalho – CEREST/SES/MT
Acidente de Transporte na BR 163: Impacto na Saúde, Risco e Percepção
Lívia Victorio de Carvalho Almeida – Nutricionista – CEREST/SES/MT
II – Vigilância Epidemiológica
Integração da Vigilância em Saúde e Atenção Básica
(Maria Conceição da Encarnação Villa – SUVSA/SES/MT)
Morbidade e Mortalidade por Acidentes e Violência na grande Cuiabá – MT
(Beatriz Alves de Castro Soares – Enfermeira – COVEPI/SUVSA/SES/MT)
Malária em Assentamento rural de Cuiabá – MT (Vânia Rodrigues dos Santos –
Bióloga – ERS de Barra do Garças/SES/MT)
III – Vigilância Ambiental e os novos desafios
Importância para a saúde pública de um exame laboratorial para diagnosticar
picada por aranhas peçonhentas (Carlos Chaves Olortegui – Médico Imunologista
– UFMG)
Impactos causados à saúde humana pelas mudanças climáticas e poluição do ar
(Luiz Carlos Correa Alves – Médico - Consultor do Ministério da Saúde
Cleide Moura Santos – Coordenação Geral de Vigilância Ambiental – CGVAM /
VIGIAR / MS)
Programa VIGIAR no estado de Mato Grosso
(Oberdan F. Coutinho Lira – SES/MT; Sérgio Batista de Figueiredo – SEMA/MT;
Major Hector Péricles – SEMA/MT)
IV – Vigilância Sanitária e pacto pela saúde
Vigilância Sanitária e o pacto pela saúde (Fábio José da Silva –
COVSAN/SUVSA/SES/MT)
A Integralidade nas práticas de controle de infecção na UTI de um serviço público
de saúde em Mato Grosso (Rosângela de Oliveira – Enfermeira MS. – COVSAN /
SES / MT)
7
Resumos
1. Vigilância em Saúde
Poster
Regionalização solidária para minimizar os problemas na assistência pré-natal em
DST/HIV/AIDS No Vale do Arinos - MT 15
Integração e acessibilidade do deficiente físico no Município de Juara 16
Idosos em ação: Envelhecimento ativo e saudável 17
Cobertura por programa saúde da família melhorando indicadores de atenção
básica na Região Vale do Teles Pires MT, período 2006, 2007 primeiro semestre
de 2008 18
Quebrando preconceitos e reinserindo na sociedade 19
Pai - Projeto Alcoólicos Indígenas 20
Programa de reabilitação do agressor em violência sexual 21
Avaliação nutricional de escolares da rede municipal de ensino da cidade de
Campinápolis/MT: Uma introdução ao problema 22
Implantação do sistema de vigilância alimentar e nutricional do DSEI Cuiabá –
MT 23
Educação em saúde no controle de endemias e zoonoses 24
Vigilância em saúde e atenção básica; integração fortalece e qualifica 25
Integração de informações em vigilância em saúde e modelos logísticos de
otimização para prevenção e combate a dengue 26
Possibilidades de estratégias pedagógico-metodológicas para a formação e
educação permanente a luz da PNH 27
Resultados do processo de capacitação em biossegurança laboratorial realizado
pela equipe de multiplicadores do MT Laboratório (Lacen MT) Entre 2000-2008 28
Ações de educação em saúde para prevenção e controle da dengue: Um estudo de
caso em Juara – MT 29
A importância da análise dos sistemas de informação para o desenvolvimento das
ações de prevenção pela vigilância em saúde municipal 30
Atuação da vigilância em saúde para o controle da hantavirose em Barra do
Bugres – MT no período de julho de 2007 a julho de 2008 31
Caracterização do serviço ambulatorial de nutrição do Hospital Universitário Júlio
Muller, Mato Grosso; 2006. 32
8
Projeto dia Z 33
Projeto piloto de redução de casos de diarréia no bairro Celidio Marques em
Colíder – MT 34
Projeto Vida longa 35
Sistema de informação do programa de saúde bucal no DSEI Cuiabá – FUNASA 36
Vigilância Epidemiológica Hospitalar: conquistas, desafios e propostas 37
Dengue, uma problemática a ser enfrentada intersetorialmente no Município de
Colíder – MT 38
Educação em saúde nas escolas do município de Várzea Grande: informação,
prevenção e participação 39
GM – Grupo de mães 40
Incidência de internação hospitalar no SUS por fratura de fêmur na população
idosa no Estado de Mato Grosso 41
Medidas adotadas para prevenção, eliminação de focos do mosquito transmissor
do vírus da dengue e bloqueio de casos da dengue no município de Ribeirãozinho
– MT 42
Vigilância de acidentes e violências em unidade sentinela no município de
Colider – MT 43
2. VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL
Apresentação Oral
Ações do programa VIGIAR no monitoramento da qualidade do ar no Município
de Cuiabá - MT 46
Casos positivos de raiva animal em quirópteros não hematófagos em área urbana
no Município de Cuiabá 47
Implantação de instrumentos para orientação, monitoração e avaliação
operacional na ação de nebulização Ultra Baixo Volume (UBV) Pesado no
controle da dengue 48
Estudo da Leishmaniose Tegumentar Americana nos anos de 2003 a 2006 na
Regional de Saúde de Juína 49
Poster
Série histórica de LTA no Vale do Arinos 2001 A 2007 50
A importância da intersetorialidade na melhoria dos serviços prestados pelo
sistema de abastecimento de água do Município de Santa Rita do Trivelato – MT,
no período de 2007 A 2008 51
Qualidade microbiológica da água para consumo humano distribuída nos
Municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis/MT, 2005 – 2007 52
9
Comparação preliminar de metodologias de análise parasitológica em
triatomíneos do Estado de Mato Grosso no Ano de 2008 53
Mortes de Macacos X Óbitos Febre Amarela na Aldeia Indígena 54
Levantamento entomológico para os vetores da malária no assentamento vale do
Juínão, Município de Juína – Mato Grosso 55
Óbito de Macacos X Febre Amarela no Município de Juara, MT ano De 2007 56
Diagnóstico do Vigiágua do Município de Cuiabá 57
Perfil Epidemiológico dos acidentes por escorpiões no Estado de Mato Grosso -
Brasil no período De 2005 A 2007 58
Atividades de controle da dengue na visão dos agentes ambientais do Município
de Juara – MT 59
Perfil epidemiológico dos acidentes por serpentes peçonhentas no Estado de Mato
Grosso - Brasil Em 2007 60
Boletim informativo VIGIAR – Instrumento de alerta da qualidade o ar no Estado
de Mato Grosso 61
A utilização do controle mecânico e tratamento com Temephós em 100% dos
depósitos não removíveis para o controle do Aedes aegypti, em Barra do Garças –
MT 62
Sorológica e citológica da leishmaniose visceral canina em bairros de ocorrência
da leishmaniose visceral humana, Cuiabá, 2008 63
Ocorrência de aranha armadeira (Phoneutria reidyi) no distrito sul do Município
de Cuiabá 64
Ocorrência de escorpião do Gênero Tityus SP no município de Cuiabá 65
Ocorrência de casos de malária no Município de Várzea Grande, Mato Grosso 66
3. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Apresentação Oral
“Xô Dengue‟‟: Estratégia de intervenção para o controle do mosquito Aedes
Aegypti e Interrupção da transmissão da dengue em Canarana 69
Impacto das ações em saúde na detecção de casos novos de Hanseníase 70
Situação da sífilis congênita no Estado de Mato Grosso, no período de 2000 –
2006 71
Poster
Prednisona e automedicação em pacientes com reações Hansênicas 72
Análise do número de hipertensos do Vale do Arinos, Ano 2007 73
10
A importância da análise dos sistemas de informação para o desenvolvimento das
ações de prevenção pela vigilância em saúde municipal 74
Cobertura vacinal e homogeneidade da campanha de vacinação da poliomielite
em Mato Grosso, no período de 2003 A 2007 75
Análise da qualidade da base de dados de AIDS adulto do sistema de informação
de agravos de notificação (SINAN) - Escritório Regional de Saúde da Baixada
Cuiabana – SES MT 76
Análise do banco de dados de sífilis congênita nas regionais de saúde de AB, BG
e PAN/MT Entre 2001 a 2006 77
Distribuição dos casos de hantavirose no município de Barra do Bugres – MT,
entre janeiro de 2007 a junho de 2008 78
Identificação microbiológica dos agentes etiológicos de surtos alimentares
ocorridos em Mato Grosso no período de 2004 – 2007 79
4. VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Apresentação Oral
Qualidade microbiológica das refeições servidas em restaurantes de Várzea
Grande/MT, Em 2007 82
Qualidade microscópica de refrigerantes analisados pelo MT Laboratório
procedentes de denúncia de consumidor, 2003-2007 83
Visa Municipal Em Ação Intersetoriais 84
Matupá multiplica 85
Poster
Qualidade Físico-Química e a adequação da rotulagem de palmitos em conserva
comercializados no Estado de Mato Grosso 86
Análise das ações de monitoramento laboratorial da qualidade sanitária dos
alimentos em MT, Entre 2003 e 2007 87
Avaliação da rotulagem de alimentos analisados no MT Laboratório – 2007 88
Padrão sanitário dos alimentos analisados pelo Lacen/MT Entre 2003 e 2007 89
Situação do abastecimento de água em comunidades rurais do município de
Colíder – Mato Grosso 90
Vigilância da qualidade da água em comunidades rurais no município de Colíder -
Mato Grosso 91
11
5. VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Apresentação Oral
Epidemiologia dos acidentes de trabalho com animais peçonhentos no Estado de
Mato Grosso - Brasil em 2007 94
Série histórica dos acidentes de trabalho no Município de Juara, 1999-2007 95
Saúde do Trabalhador X Asa 96
Pôster
Risco de exposição dos profissionais que trabalham com Mycobacterium
tuberculosis no LACEN/MT 97
12
7. PRÊMIOS
PAI - Projeto Alcoólicos Indígenas 20
Implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do DSEI Cuiabá/MT 23
Óbito de Macacos X Febre Amarela no Município de Juara – MT Ano de 2007 56
“Xô Dengue ‟‟: Estratégia de Intervenção para o Controle do Mosquito Aedes
Aegypti e Interrupção da Transmissão da Dengue em Canarana 69
Qualidade Microbiológica das Refeições Servidas em Restaurantes de Várzea
Grande/MT em 2007 82
Qualidade Microscópica de Refrigerantes Analisados pelo MT Laboratório
procedentes de denúncia de consumidor, 2003-2007 83
Qualidade Físico-Química e a Adequação da Rotulagem de Palmitos em Conserva
Comercializados no Estado de Mato Grosso 86
Epidemiologia dos acidentes de trabalho com animais peçonhentos no Estado de
Mato Grosso – Brasil em 2007 94
Série Histórica dos Acidentes de Trabalho no Município de Juara, 1999-2007 95
Risco de Exposição dos Profissionais que Trabalham com Mycobacterium
tuberculosis no LACEN/MT 97
13
APRESENTAÇÃO
A realização da I EXPOVIGI em Mato Grosso foi um marco para a Vigilância
em Saúde ao proporcionar a criação de um espaço para a apresentação, discussão e
divulgação das experiências desenvolvidas pela área, no Sistema Único de Saúde.
A partir desse espaço que passa a fazer parte do calendário de ações da
Superintendência de Vigilância em Saúde, esperamos que haja, cada vez mais,
motivação e interesse por parte dos profissionais de saúde e gestores para inovar e
desenvolver novas formas de atuação no enfrentamento das doenças e agravos à saúde,
com impacto na diminuição da morbimortalidade em nosso Estado.
Os trabalhos aqui apresentados reproduzem a qualidade das ações desenvolvidas
pela Vigilância em Saúde nos diversos setores do SUS nos três níveis de gestão e
superaram nossa expectativa. Foram divididos em cinco grandes áreas: Vigilância em
Saúde, Vigilância em Saúde Ambiental, Vigilância Epidemiológica, Vigilância
Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador.
Sendo assim, muito nos orgulhamos em apresentar essa publicação que registra
todo o empenho dos profissionais de saúde e gestores para o aprimoramento da
Vigilância em Saúde no Estado de Mato Grosso.
Maria Conceição da Encarnação Villa
Superintendência de Vigilância em Saúde
14
1
Vigilância em
Saúde
15
Poster
REGIONALIZAÇÃO SOLIDÁRIA PARA MINIMIZAR OS PROBLEMAS NA
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL EM DST/HIV/AIDS NO VALE DO ARINOS-MT.
Escritório Regional de Saúde de Juara
Silvia Regina Cremonez Sirena, Sirlei Franck Thies, Ariane Hidalgo Mansano Pletsch
O SUS acaba de completar duas décadas de existência. Nesses poucos anos foi
construído no Brasil, um sólido sistema de saúde e sendo um país de grandes dimensões
e de diferentes especificidades de se implementarem normas gerais, os gestores do SUS,
representados em suas três esferas governamentais, pactuaram em 2006, o Pacto pela
Saúde, facilitando processos de pactuação e regionalização de saúde, contribuindo no
avanço da capacidade gestora do SUS para superar os desafios da fragmentação das
políticas e programas de saúde. O Plano Diretor de Regionalização-PDR divide o
Estado de MT em 14 micro regiões, sendo uma delas o Vale do Arinos, do qual fazem
parte Juara, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos e Tabaporã. A regionalização
solidária preconizada por este Pacto foi a forma encontrada para os municípios que
compõe o Vale do Arinos, minimizar os problemas na Assistência Pré-Natal em
DST/HIV/AIDS. Os problemas foram levantados pela equipe técnica do Escritório
Regional de Saúde de Juara e apresentados em Reunião de Colegiado Regional. Após
amplas discussões em sucessivas reuniões, ficou acordado que se montaria um
laboratório municipal de referência regional para exames de rotina da assistência pré-
natal (Toxoplasmose, Hepatite B e C, VDRL e HIV) detectando-se que a morosidade
dos resultados pelo laboratório referência era um grande problema, chegando muitas
vezes, após o nascimento da criança. Os equipamentos necessários foram adquiridos em
forma de consórcio, utilizando-se da organização do Conselho Intermunicipal de Saúde
do Vale do Arinos, já existente. Cada município adquiriu os kits para a realização dos
exames segundo sua demanda. Os recursos humanos ficam a cargo do município de
Juara, pela presença do Serviço de Assistência Especializada- SAE/CTA. Os demais
municípios referenciam pela Programação Pactuada Integrada da Assistência – PPI - os
exames ao município de Juara, o qual assegura o recurso financeiro para ajudar na
manutenção do referido Laboratório. Analisando os dados dos três primeiros meses de
2008, com os três primeiros meses de 2007, a quantidade média de número de exames
realizados em gestantes aumentou em 50% para determinados agravos. Baseado nesses
resultados verificamos que houve melhora na assistência pré-natal com a implantação
do Laboratório de Referência Regional no Vale do Arinos, acreditamos que o mesmo
possa servir de modelo para outras regiões que possuem problemas semelhantes na
assistência pré-natal.
16
INTEGRAÇÃO E ACESSIBILIDADE DO DEFICIENTE FÍSICO NO
MUNICÍPIO DE JUARA
Secretaria Municipal de Saúde de Juara
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Fernanda Fernandes Gama
Diante da atuação no setor de reabilitação, pode-se verificar a falta de informação da
população sobre deficiência e cuidados com a mesma, assim como a realização de um
trabalho preventivo, onde segundo o estatuto de reabilitação, cabe aos profissionais
envolvidos “desenvolver ações de prevenção, tratamento e reabilitação aos usuários, de
forma integral,com trabalho transdisciplinar efetivo, mediante parcerias, pesquisas,
informação e divulgação, assegurando controle e convívio social”. Sendo assim, com
base neste, a Unidade Descentralizada de Reabilitação(UDR), no município de Juara-
MT, desenvolveu um projeto dispondo prevenção de deficiências físicas neste
município, assim como ações visando uma melhor qualidade de vida dos deficientes
físicos.O presente trabalho foi efetuado nas seguintes etapas: 1. Execução de ações
educativas através de palestras, meios de comunicação local e visitas domiciliares,
educação inclusiva com sensibilização e conscientização da população para os
deficientes; 2. Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde(ACS) 3. Realização de
reuniões mensais com entidades e órgãos para viabilizar soluções adequadas para
conscientização e adequação da acessibilidade no município; 4. Visitas domiciliares -
fisioterapeutas em parceria com os enfermeiros do PACS e PSF - de acordo com pré-
triagem apresentada pelos ACS e pela demanda espontânea. Houve como resultados o
aumento da demanda de pacientes, principalmente no setor de fisioterapia neurológica,
parceria com a Associação Pestalozzi e a Secretaria Municipal de Saúde, viabilizando
condução adaptada para transporte diário de pacientes cadeirantes até a Unidade de
Reabilitação. Obteve melhora na qualidade de vida dos pacientes, os quais até o
momento não possuíam orientações quanto suas AVD‟s(Atividade de Vida Diária),
locomoção e tratamento. Outra dificuldade encontrada pelas pessoas portadoras de
deficiências era o direito de ir e vir em vias públicas, sendo assim, com o projeto, pode-
se criar e fazer cumprir leis municipais que regulamentassem o livre acesso em
calçadas, rampas em setores públicos e estacionamentos privativos. Enfim, pode-se
afirmar que hoje o trabalho é realizado em rede, o que rege o SUS, tendo maior
envolvimento do CAPS, PSF‟s, PACS e Hospital Municipal de Juara. Conclui-se que
obteve melhoria na qualidade de vida dos deficientes juarenses elevando sua auto-
estima, independência,aperfeiçoando o trabalho oferecido pela equipe da UDR tendo o
projeto como base para as atividades de rotina tais como visitas domiciliares, triagem,
acesso do paciente à unidade e manutenção das parcerias.
17
IDOSOS EM AÇÃO: ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDAVEL
Secretaria Municipal de Saude de Poconé
Girceley Maria de Oliveira Strochinski
O projeto Idosos em ação: envelhecimento ativo e saudável esta sendo desenvolvido no
centro de convivência ´Aurilio Dias de Moura`, localizado na Av: dos trabalhadores,
bairro: Santa Tereza, 03(três) vezes por semana, 02(duas) horas por dia, no período
matutino e vespertino, com ações de promoção e recuperação da saúde, visando
aprendizagens sociais significativas, interativas, inclusivas e construtivas. Objetivo:
Atender a população do município de Poconé, maior ou igual a 60 anos, com praticas
corporais, atividades físicas, orientações quanto a alimentação saudável e prevenção e
controle do tabagismo. Publico alvo: População maior ou igual a 60 anos. Parceiros:
Ação Social, Secretaria de Educação, Programas de Saúde de Família, Assessória de
Imprensa, e Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana/SES/MT. Recursos
Utilizados: Estrutura Física: Centro de Convivência dos Idosos. Recursos Humanos
Contratados: 02 Profissional de educação física, sendo 01 cedido pela secretaria de
educação, 02 Fisioterapeutas, 01 Nutricionista, 02 Profissionais Serviços Gerais e 01
Técnico em Enfermagem, Equipamentos Utilizados : Piscina térmica, esteira, bicicleta
ergométrica, colchonetes, camas elástica, step emborrachado, rolos e blocos de
alongamento, tornozeleiras,macarrão, pranchas, hatter emborrachados, hatter triangular,
caneleiras, gynastic ball, adipômetro, balança antropométrica, estetoscópio, monitor
semi automático de pressão arterial, televisão, aparelho DVD, caixas de som,
etc...Acompanhamento e Avaliação: Nº. de idosos que aderiram as atividades físicas e
alimentação saudável x 100, Nº total de idosos que freqüenta o centro de convivência.
Resultados esperados: Participação de 220 idosos em atividades físicas, práticas
corporais e alimentação saudável.
18
COBERTURA POR PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA MELHORANDO
INDICADORES DE ATENÇÃO BÁSICA NA REGIÃO VALE DO TELES
PIRES – MT, PERÍODO 2006, 2007 E PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008
Escritório Regional de Saúde de Sinop
Sirlei Franck Thies, Maria Célia Braga, Marinês dos Passos Tibola, Márcia de Lara
Soriano
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua
organização, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. A estratégia
Saúde da Família visa substituir a rede de Atenção Básica tradicional, realizando
cadastramento domiciliar, ações dirigidas aos problemas de saúde da comunidade onde
atua, desenvolvendo atividades de acordo com o planejamento, baseado em diagnóstico
situacional na família e comunidade, buscando integração e organização social, sendo
espaço de construção e cidadania. O Escritório Regional de Saúde de Sinop (ERSS)
localiza-se na região do Vale Teles Pires, sendo composto por 14 municípios, todos com
cobertura pelo Programa Saúde da Família. Este trabalho objetiva demonstrar a
importância da implantação do Programa Saúde da Família nos municípios desta
Regional de Saúde. Utilizou-se como ferramenta para levantamento dos dados, os
programas SIAB - Sistema de Informação de Atenção Básica e SIA - Sistema de
Informação Ambulatorial do ERSS, avaliado para os anos de 2006, 2007 e primeiro
semestre de 2008. Avaliaram-se os seguintes indicadores: visitas domiciliares de ACS -
Agente Comunitário de Saúde; média de consultas médicas/habitante/ano; primeira
consulta odontológica programática e cobertura do Programa Saúde da Família. Como
resultados, observamos que a média de visitas domiciliares no ano de 2006 foi 0,38
passando para 0,50 em 2007 e 0,82 no primeiro semestre de 2008. Para média de
consulta médica/habitante/ano em 2006 tivemos 1,31 consultas/hab/ano em 2007 1,78
consultas/hab/ano e para o primeiro semestre 2008 os dados ainda não estão disponíveis
no SIA. Em relação à primeira consulta odontológica programática, a média em 2006
foi 12,10 consultas, em 2007 foram 19,21 consultas e no primeiro semestre de 2008,
7,81 consultas (parcial). Quanto à cobertura de Programa Saúde da Família, em 2006
79,71% da população foi coberta, em 2007 correspondeu a 82,1% e no primeiro
semestre de 2008 correspondeu a 86,23%. Baseado nesses indicadores fica claro que
quanto maior a cobertura por Equipe de Saúde da Família, melhores serão os resultados
em relação aos parâmetros avaliados, e, consequentemente, os serviços oferecidos à
população, conforme preconiza o SUS.
19
QUEBRANDO PRECONCEITOS E REINSERINDO NA SOCIEDADE
CAPS I - Poconé-MT
Élcia Angela Arruda Moraes e Santos
Regulamentada pela Lei 10216 de 06/04/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionar o modelo de atenção à
saúde mental, baseada não apenas na reinserção temporária de sintomas, mas na
assistência aberta, intensiva e continuada a pacientes que necessitam de tratamento
psiquiátrico, com condições de permanecer no convívio familiar mesmo durante o
período de tratamento. Objetivo: Propiciar aos pacientes condições para o
desenvolvimento de suas potencialidades; construção do ser social para inserção em
atividades laborais. Público alvo: Pessoas à partir de 18 anos que apresentam transtorno
mental e ou dependência química. Metodologia: A primeira fase é o acolhimento; a
segunda fase é o processo de triagem, realizada através de reunião em equipe, onde são
definidas a modalidade e o projeto terapêutico; a terceira fase é inserção do paciente nas
oficinas terapêuticas e geradoras de renda e a quarta fase é exposição dos produtos
confeccionados. As oficinas e atividades são realizadas de segunda à sexta-feira no
período das 07:00 às 11:00 da manhã e das 13:00 às 17:00 no período vespertino. São
atendidos 108 pacientes, sendo que cada oficina é formado por grupos de 08 a 12
participantes. Recursos humanos: No CAPS, atuam uma equipe multiprofissional
formada por: 01 arteterapeuta/coordenadora; 01 psiquiatra; 01 Assistente Social; 01
Psicóloga; 01 Enfermeira; 02 Téc. Enfermagem; 02 Artesões; 01 Téc. Alfabetização; 01
Operador Sistema; 01 Agente Administrativo; 01 Aux. Serv. Gerais e 02 Guardas.
Resultados: É um trabalho onde o/a paciente eleva sua auto-estima, obtendo maior
independência, construindo assim, sua própria história; além da relevância na
diminuição do alto índice de internações. Parceiros: SESC/CAP, Maçonaria,
Mineradores do Município, Polícia Militar, Promotoria, Fórum e AA (Alcoólicos
Anônimos).
20
PAI - PROJETO ALCOOLICOS INDÍGENAS
DSEI Cuiabá/ Fundação Uniselva
Jaime Aguiar, Amauri dos Santos Arruda, Danielle Hespanhol
Edemilson Canale, Maria Otavia Doriêlo
O alcoolismo é um problema mundial e traz consigo inúmeros os tipos de males físicos,
sociais e mentais. Nas aldeias indígenas esta realidade não é diferente. Em certas etnias,
como a Bororo, o problema é de tamanha gravidade que chega a abranger grande parte
da população. Temos conhecimento que a introdução da bebida alcoólica na etnia
Bororo foi reconhecida como a grande arma de pacificação, amansamento e alguns
motivos mais, para a conquista dos fazendeiros, militares, missões, etc.
Sentimos, diante de uma realidade tão dramática, a obrigação de, como integrantes do
serviço de saúde indígena e como cidadãos, iniciar um trabalho de prevenção e
intervenção em relação o alcoolismo. Somos cientes de que o alcoolismo não tem cura,
trata-se de uma doença crônica e uma vez adquirida pode se agravar na medida em que
o doente persiste no uso do álcool. Mas é importe frisar que o alcoolismo é passível de
controle e recuperação. Com esta intenção iniciamos o projeto PAI há 3 anos e a cada
dia ele vem se firmando e fortalecendo, apoiado na confiança manifestada pelos Bororo,
tanto para as pessoas que apresentam esta doença como para suas famílias. Este
programa visa a abordagem dos dependentes de drogas lícitas e ilícitas nas comunidades
indígenas, promovendo a redução de danos e buscando uma melhor qualidade de vida.
Ao longo de três anos, progressivamente, 35 pacientes aderiram ao tratamento. No
desenvolvimento deste trabalho, varias dificuldades foram encontradas, como a
influência histórica negativa do branco, a auto-estima baixa, dentre outros, mas
observamos que o Projeto PAI criou raízes sólidas e a cada dia aumenta a procura dos
Bororo, querendo participar desta experiência de recuperação do alcoolismo.
21
PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DO AGRESSOR EM VIOLÊNCIA SEXUAL
Prefeitura Municipal de Canarana
Josiane de Oliveira Machado Pörsch
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica e sexual
como um problema de saúde, atinge em sua maioria mulheres e crianças, afetando a
integridade física e a saúde mental dos vitimados. A preocupação com a violência
coloca-se hoje como uma situação central para muitas sociedades. Inúmeras causas são
apontadas como fatores que propiciam o aumento da violência, entre eles as imensas
desigualdades econômicas, sociais e culturais, a disseminação das drogas ou mesmo a
chamada cultura de massa. Uma face assustadora deste fenômeno é que a violência
passa a ser vista como natural, restando, aos que são afetados, aprender a conviver com
ela. Tudo isso age diretamente sobre a família como parte do cotidiano e, pior, leva à
reprodução de modelos de comportamento nas próprias relações familiares, e tem sido
responsável pelo alto índice de desajustamento social e familiar. Crianças que vivem
sob uma situação de violência aprendem a usá-la como forma de vida, tem grande
possibilidade de reproduzi-la nos seus relacionamentos, seja na condição de criança,
jovem ou adulto. Diante desta realidade, muito se tem falado sobre o atendimento às
vítimas, em contrapartida há uma escassez de programas de atendimento com ações
terapêuticas e investigativas centradas no agressor. Verifica-se que tal escassez é
sustentada assertivamente pelo fato de que este grupo apresenta resistências em falar
sobre a violência comparado às vítimas, entretanto, uma outra perspectiva seria a
possível falta de preparo dos profissionais da saúde mental em atender esta demanda
terapêutica. Diante do exposto, para o enriquecimento das investigações relativas ao
tema “violência sexual e doméstica” e para a formulação de efetivas intervenções
preventivas contra este fenômeno, é indispensável focar a atenção no estudo das causas
da violência a partir do agressor, considerando o contexto em que a violência acontece e
também o fato de que a atenção ao agressor não deve se limitar a ações punitivas e sim,
visar a sua ressocialização.
22
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE
ENSINO DA CIDADE DE CAMPINÁPOLIS/MT: UMA INTRODUÇÃO AO
PROBLEMA.
Prefeitura Municipal de Campinápolis
Rúbia de Sousa Lima Menardi
Avaliação Nutricional de escolares da rede Municipal de ensino da cidade de
Campinápolis/MT: uma introdução ao problema. Nos últimos anos tem sido muito
discutida aquestão da obesidade, em todo o Brasil e em diferentes classes sociais. Ao
mesmo tempo, no Brasil ainda se discute o problema da fome e desnutrição que atinge
milhares de brasileiros e é considerado um grande problema de saúde pública. Além de
viver um momento importante, ou seja, a ocorrência de mudanças nos padrões
alimentares de indivíduos em conseqüências de modificações em sua dieta decorrente
de mudanças sociais, econômicas e influência da mídia. Objetivo: avaliar o perfil
nutricional de escolares matriculadas em escolas públicas da rede municipal de ensino
da cidade de Campinápolis/MT. Metodologia: Foram analisadas 848 alunos, agrupados
em faixa etária, sexo e unidades escolares, sendo 03 escolas de ensino fundamental e 01
creche. Foram mensurados dados antropométricos(peso e altura) para avaliação de seu
estado nutricional e analisadas conformes padrões de referências do NCHS, 1977 e
NHANES, 1995. Resultados: Dos alunos avaliados 170 (20,0%) apresentaram baixo
peso e 60 alunos (7,0%) apresentaram obesidade. Os elevados índices de desnutrição
entre escolares da rede municipal de Campinápolis, pode ter sua origem atribuída
especialmente às condições sócio econômicas desfavoráveis, dificultando o acesso a
uma alimentação adequada e completa. Os maus hábitos alimentares, o sedentarismo e a
ausência de uma qualidade de vida adequada e saudável na infância perpassam todas as
camadas sociais e se faz presente também entre as crianças consideradas eutróficas para
o peso.
23
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL DO DSEI CUIABÁ/MT.
FUNASA/DSEI Cuiabá
Emiliana Honória Campos Ferro da Costa.
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN Indígena) é um
instrumento de informação-ação, especialmente de âmbito local, que visa: reorganizar a
rotina de atenção nutricional em saúde pública, oferecer subsídios para a formulação de
políticas e ações voltadas à melhoria das condições nutricionais e de saúde dos povos
indígenas, e, por meio da identificação de grupos/áreas prioritárias que se apresentam
em risco nutricional, facilitar a demonstração aos gestores das necessidades de recursos
humanos, técnicos, materiais e financeiros. A proposta do Sisvan está embasada no
processo de determinação do estado nutricional, do consumo alimentar e da
intersetorialidade. Desde o início de sua implantação no DSEI Cuiabá em meados de
novembro de 2006, o SISVAN Indígena tem obtido resultados, como o crescente
aumento da cobertura de acompanhamento do estado nutricional. Em 2006 o programa
obteve uma cobertura de 10,58% das crianças, com um índice de 17,4% de baixo peso.
Em 2007, uma cobertura de 36,41%, com um índice de 15,8% de baixo peso. De janeiro
a junho de 2008, uma cobertura de 61,62%, com um índice 10,75% de baixo peso.
Atividades realizadas em 2007: Chamada Nutricional, atividades na Semana da
Amamentação, Oficinas de Capacitação para Implantação do Sisvan Indígena para
profissionais de área, distribuição de equipamentos antropométricos. Atividades para
2008: Oficinas de Capacitação para profissionais de área, participação no inquérito
nacional nutricional para a população indígena, participação na promoção do I
Seminário em Segurança Alimentar e Nutricional Indígena do DSEI Cuiabá/MT
(buscando a intersetorialidade), participação com Sesi/Cozinha Brasil para realização de
oficinas de educação em saúde; implantação do programa Suplemento de Ferro em área
indígena, produção de suplemento alimentar artesanal. O Sisvan trabalha com a
focalização, ou seja, priorizando grupos de risco. Em 2007 foi implantado o
acompanhamento sistemático do estado nutricional de crianças menores de 07 anos e
em 2008 foi acrescentado o acompanhamento sistemático de gestantes e o levantamento
de perfil nutricional de idosos. Resultado esperado: as informações e ações contribuam
efetivamente para o controle dos problemas identificados, para a prevenção e promoção
da saúde e nutrição.
24
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONTROLE DE ENDEMIAS E ZOONOSES.
Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis-MT
Zélia Carneiro De Vasconcelos; Edgar Da Silva Prates
Diante do aumento da incidência de alguns agravos, a Vigilância Ambiental, fortaleceu
as ações com medidas educativas e preventivas através da implantação e capacitação de
uma equipe específica para trabalhar educação em saúde no controle de endemias e
zoonoses diretamente com população. Com o objetivo de realizar ações educativas
visando a redução da incidência de doenças endêmicas, através da mobilização da
Comunidade e Entidades de Classes; Divulgação na Mídia e palestras educativas em
segmentos diversos; Participação nos Mutirões Setorizados; Capacitação de
Profissionais da Saúde e Educação para atuarem como multiplicadores nas ações de
conscientização da população sobre a importância de manter na rotina doméstica o
controle mecânico e biológico de pragas e vetores, mantendo ambiente limpo e saudável
de forma individual e coletiva, para assegurar a saúde pública. A partir das ações
desenvolvidas houve uma significativa redução do número de agravos, melhor
integração entre agentes de saúde, comunidade e poder público. Foi
sugerido realizar treinamentos para atualizar informações sobre Educação em Saúde e
Mobilização Social, dinamizar novas metodologias, apoio e estrutura para realizar ações
educativas, efetivar equipe no organograma da SMS através de concurso público para
profissionais de nível superior, priorizar as ações no Programa de Governo.
25
VIGILÂNCIA EM SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA, INTEGRAÇÃO
FORTALECE E QUALIFICA
Escritorio Regional de Saúde de Peixoto de Azevedo
Guiomar Salete Geremia Bialas; Loredanea Menezes Coimbra; Maria José Oliveira Paz;
Maria de Lourdes Lopes Silva
A Vigilância em Saúde e Atenção Básica estão pautadas, em ações que visam à
prevenção, a promoção e recuperação da Saúde, e possuem como ponto de partida para
desencadear o processo de planejamento a territorialização, tendo como pressuposto
fundamental não apenas um espaço delimitado geograficamente, mas sim um espaço
onde as pessoas vivem, estabelecem suas relações sociais, trabalham, cultivam suas
crenças e culturas o que permite que as prioridades acerca de problemas e grupos sejam
definidas de acordo com as necessidades reais da população, refletindo no
estabelecimento de ações mais adequadas e, portanto, mais resolutivas. Planejar as
ações que deverão ser executadas em um determinado território, exige articulação de
gestão em saúde e incorpora os princípios fundamentais da Vigilância em Saúde e
Atenção Básica que têm como base a analise da situação de saúde. O Escritório
Regional de Saúde de Peixoto de Azevedo através de suas ações rotineiras, reunião com
gerentes de endemias e oficinas para monitoramento dos indicadores do SISPACTO
implantados desde 2005 e com advento do PACTO pela SAÚDE e a Unificação das
Pactuações por meio do SISPACTO 2007, percebeu a importância da associação de
conhecimento e ações sendo assim no intuito de fortalecer capacidade de execução das
ações propõe reuniões integradas entre os setores visando compartilhamento de
informação entre os profissionais de saúde e mobilizar esforços para que reconheçam a
realidade contribuindo para planejamento e programação mediantes aos problemas
detectados. Essa atitude de integrar produz um efeito potencializado das ações. As
reuniões são realizadas bimestralmente com discussões a partir de apresentação dos
relatórios das atividades desenvolvidas pelos municípios, dando ênfase para analise dos
sistemas de informação, troca de experiência, repasse e construção de cronogramas
visualizando a resolutividade das situações elencadas. Tais reuniões vêm produzindo
efeitos satisfatórios sendo rapidamente observada a fidedignidade dos dados do sistema
de informação. Estes encontros reconhecem a importância da integração na pratica e
constitui-se como espaço de articulação, de conhecimento e técnicas, sendo possível a
aplicação por outros setores da saúde com vistas a melhorar a qualidade de vida da
coletividade.
26
INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM VIGILANCIA EM SAÚDE E
MODELOS LOGÍSTICOS DE OTIMIZAÇÃO PARA PREVENÇÃO E
COMBATE À DENGUE.
Escritório Regional de Saúde Cáceres
Josdemar Muniz de Moraes; Nilza Nobre Malheiro Hayashi; Denis Almeida Ribeiro;
Helio Rangel Soares
A dengue, segundo a Organização Mundial de Saúde é um dos principais problemas de
saúde pública no mundo. A intrasetorialidade da Vigilância em Saúde nas três esferas de
governo é fundamental para a promoção a Saúde e o fortalecimento do SUS. Esse
trabalho realizou em conjunto com o Escritório Regional de Saúde Cáceres (ERSC) e as
doze Secretarias Municipais de Saúde (SMS) de abrangência, localizadas na região
sudoeste do estado. O objetivo é em consolidar informações da doença e do vetor por
semana epidemiológica (SE), sendo de vital importância para otimizarmos nossas ações
e subsidiando os gestores de combate a dengue nas tomadas de decisões de maneira
oportuna. O método foi através da instituição de uma Planilha Ecoepidemiológica de
fluxo semanal, onde a Vigilância Epidemiológica informa o número de casos
notificados e confirmados da doença e a Vigilância em Saúde Ambiental informa o
número de imóveis trabalhados e o índice de infestação predial do Aedes aegypti. Essas
informações semanalmente são alimentadas em gráficos itinerante no ERS (um para
cada município) e nas SMS e, ainda na SMS são espacializados num mapa municipal
(croqui) com alfinetes coloridos os imóveis que teve casos da doença e onde positivou
para o mosquito. Esses dados são mensalmente comparados com os sistemas de
informação em saúde (SINAN e SISFAD). Os resultados foram na agilização das
informações, especialmente ao ERSC, sobre a dinâmica espacial-temporal da doença e
do vetor, propiciando ao estado e ao município ações precoce e focalizadas na sua
precaução e no seu controle e, também, intrasetorializando os trabalhos entre Atenção
Básica e Vigilância em Saúde, principalmente entre os Agentes Comunitário, Ambiental
e Sanitário, alem de subsidiar ações continuas de mobilização social em educação em
saúde. Verificamos o pleno êxito dessas experiências pioneira, as quais vêm atendendo
às necessidades do gestor em tempo hábil, no planejamento e na designação dos
serviços de prevenção e de combate à dengue. Entretanto recomendamos sua
implantação e utilização em prol a Saúde Pública visando a Qualidade de Vida.
27
POSSIBILIDADES DE ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICO - METODOLÓGICAS
PARA A FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANTENTE À LUZ DA PNH
Escola Pública de Saúde de Mato grosso
Alaíde de Alencar Taques Siqueira, Eloá de Carvalho Lourenço, Jacqueline Fernandes
de Cintra Santos, Janil Oliveira, Joseane Regina Evangelista de França, Marivanda Inez
Rodrigues Pereira Eilert, Noíse Pina Maciel
Esta UP é composta por três instituições: A Escola Pública de saúde de Mato grosso, O
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade federal do Mato Grosso e a Secretaria
Municipal de Saúde de Cuiabá. Este estudo, denominado produto, busca
prioritariamente, traçar um caminho de fazer PNH em nível de formação e educação
permanente. Considerando que no eixo da Educação da Política Nacional da
Humanização (PNH) preconiza a inserção do conteúdo e das diretrizes e dispositivos
através do aprimoramento de disciplinas e da formação, considerando também que os
princípios e da política se baseiam em uma tríplice aliança de transversalidade,
inseparabilidade entre atenção e gestão nos processos de produção de saúde e
protagonismo de sujeitos e coletivos (Brasil, 2006), entendemos que esses preceitos
disparam movimentos nas políticas públicas de saúde que se traduzem em uma série de
possibilidades metodológicas. Entendemos como pedagogia e metodologia as seguintes
definições: Pedagogia: Ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a
sistematização e a crítica do processo educativo. Metodologia: Conjunto das etapas a
seguir num determinado processo, uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de
regras para ensino. Esta UP compreende que o conhecimento é o meio de transformação
da realidade e que, por conta desta peculiaridade, a questão da seleção e organização
dos conteúdos escolares ainda é tratada do ponto de vista exclusivamente técnico nos
cursos formadores do profissional de saúde e nas capacitações ao longo da vida
profissional. Com este trabalho visamos subsidiar possibilidades metodológicas
voltadas para formação e educação permanente a partir dos princípios e diretrizes da
PNH, no Estado do Mato Grosso. Incitar a formação de redes capazes de ampliar os
graus de transversalidade da inseparabilidade entre atenção e gestão proposta pela PNH.
-Estimular métodos e meios de capilarização dos princípios da PNH contribuindo com a
formação de multiplicadores. A PNH se constrói a partir de: princípios, métodos,
diretrizes, dispositivos ferramentas. Compreender os desafios inerentes ao processo
educativo é como escolher retalhos para uma colcha, ou mesmo fios para criar um
tecido. Hoje, vivemos a tarefa de costurar muitas informações, imensamente divulgadas
e disponibilizadas. Não se exclui desta roda a ampliação de atividades técnicas e
competências necessárias a manutenção de um sistema adequado para a produção da
saúde, o que se deseja vai além, se abre no leque de possibilidades de incluir esses
sujeitos/atores em sua realidade local com engajamento político e protagonista de ações
dinâmicas que produzam mudanças no sentido de melhoria contínua dos serviços
oferecidos aos usuários.
28
RESULTADOS DO PROCESSO DE CAPACITAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA
LABORATORIAL REALIZADO PELA EQUIPE DE MULTIPLICADORES DO
MT LABORATÓRIO (LACEN MT) ENTRE 2000-2008.
MT Laboratório
Clara Maria Borges de Figueiredo; Miriane Silva Marangon; Simone Auxiliadora de
Almeida Amorim; Vergínia Correa de Azevedo e Silva.
Visando a implantação de condutas de biossegurança em todos os laboratórios do país,
o Ministério da Saúde (MS) através da Coordenação Geral dos Laboratórios de Saúde
Pública (CGLAB), capacitou profissionais dos LACENs de todas as regiões para formar
equipes de multiplicadores. Tais equipes teriam como responsabilidade, capacitar
profissionais do SUS em cada estado da federação, objetivando sensibilizá-los para a
incorporação de novos conceitos capazes de transformar a realidade dos laboratórios de
saúde pública e melhorar as condições de segurança no trabalho e no ambiente. Durante
este período, a equipe de multiplicadores vem desenvolvendo diversas capacitações,
sendo parte delas subsidiadas por um convênio entre a Secretaria de Estado de Saúde e
o MS. Este trabalho tem como objetivo, apresentar alguns resultados das capacitações
realizadas pela equipe de multiplicadores do MT Laboratório entre 2000 e 2008. A
metodologia utilizada foi à pesquisa em documentos arquivados na Gerência da
Qualidade e Biossegurança do MT Laboratório. Como resultados, verificou-se que no
período foram realizados 25 cursos, nos quais foram capacitados 547 profissionais.
Desses, 144 são do MT Laboratório que apresenta um percentual de 93,5% profissionais
já capacitados, sendo que 67% são PNM e 33% são PNS. Outros serviços e municípios
do estado também tiveram profissionais capacitados. Conclusão: Verificou-se que
durante o período, a equipe conseguiu capacitar um número considerável de
profissionais, de diversas categorias e níveis de escolaridade, de diferentes instituições,
das três esferas de gestão e de várias regiões do Estado de Mato Grosso. Constatou-se
que foi fundamental para a implementação deste processo, a parceria com o MS, através
do convênio 2398/03, que possibilitou o aporte financeiro necessário para a realização
da maioria dos cursos ofertados. Destaca-se ainda, como essencial, o apoio contínuo da
direção do MT Laboratório, da SES e do MS para que este processo continue evoluindo
de forma a transformar e melhorar as condições de trabalho nos Laboratórios de Saúde
Pública do Estado de Mato Grosso.
29
AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA
DENGUE: UM ESTUDO DE CASO EM JUARA, MT.
Secretaria Municipal de Saúde de Juara
Arlete de Assunção Ramos, Rosana Soares Cangussu, Claudinei Lopes de Oliveira,
Norma Santana Rodrigues, Lairce Valério Pestana.
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Os casos de
notificados no estado de Mato Grosso vêm crescendo a cada ano. O controle da
progressão de enfermidades como a dengue, provocadas por um vetor que se
desenvolve a partir de hábitos e costumes sociais da população, facilita a reprodução e
infestação do Aedes aegypti, pressupõe um forte componente de educação popular
utilizando-se de estratégias que incluam comunicação de massa, para que a população
altere seus comportamentos e mantenha seus domicílios preservados da infestação do
mosquito transmissor. Tendo como objetivo reduzir a incidência de dengue clássico e
evitar a ocorrência de dengue hemorrágico assim como diminuir os criadouros nos
quintais a Vigilância Ambiental do Município de Juara-MT, formulou um plano para
trabalhar educação em saúde nas escolas do município, abordando o combate a Dengue.
A atividade teve início no ano de 2005, sendo aprimorado e obtendo melhor resultado
em 2008 com a utilização de vídeo educativo e teatro de fantoches. No primeiro
semestre deste foram atendidas 18 escolas do município englobando a zona urbana e
rural. Os teatros e palestras são agendados antecipadamente e passaram a ser realizadas
pelo agente da área em conjunto com o supervisor e a Bióloga da Vigilância Ambiental.
A atividade dura em média 30 minutos por turma. Após a implantação das palestras nas
escolas e incentivo a limpeza dos quintais pelos moradores com apoio da Secretaria de
obras que atua na coleta dos lixos, foi possível diminuir no ano de 2008 o número de
notificações de Dengue. No ano de 2006 o Município de Juara teve 272 notificações, em
2007 189 notificações e em 2008 até o mês de agosto teve 36 notificações e 4 casos
positivos. As estratégias de educação e mobilização popular devem se inserir, em
consonância com os anseios da população, alcançando assim mudança de práticas em
relação aos criadouros dos vetores da dengue. Conclui-se que Toda a ação esperada pela
Vigilância ambiental não é só a Prevenção em nosso lar, mas também a Educação
ambiental, da população em relação ao lixo que a mesma produz.
30
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO PELA VIGILÂNCIA
EM SAÚDE MUNICIPAL.
ERS Tangará da Serra
Buhler, Barbara Ferraz
O Sistema Único de Saúde (SUS) integra as ações de saúde da União, Estados e
Municípios; cada esfera de gestão possui funções específicas e articuladas entre si.
Segundo a Portaria 1172/GM de 15.06.2004, compete às secretarias estaduais de saúde
a execução das ações de vigilância de forma complementar a atuação dos municípios.
De acordo com esta diretriz, uma das atividades desenvolvidas pela Secretaria de Estado
de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), através do Escritório Regional de Tangará da
Serra (ERS/TS), consiste em supervisões “in loco” de todos os trabalhos promovidos
pelas secretarias de saúde dos municípios de sua área de abrangência. Entre estes
trabalhos estão o controle de endemias e a vigilância da qualidade da água, solo e ar. A
cada supervisão, são gerados relatórios que contém descrição das situações observadas e
análise do banco de dados da vigilância em saúde municipal. O presente trabalho tem o
objetivo de fazer uma reflexão acerca da importância da análise dos sistemas de
informação tanto na busca de conhecimentos sobre as condições de vida da população,
quanto na elaboração de propostas que visem à melhoria das ações de prevenção
desenvolvidas pelas secretarias municipais de saúde. Metodologia: Para tanto, foram
extraídos trechos dos relatórios técnicos elaborados pelo ERS/TS entre janeiro de 2007
e julho de 2008, que proporcionaram reflexões críticas sobre os dados. Resultados: Os
relatórios mostraram a necessidade de incentivar os técnicos das secretarias municipais
de saúde na análise de seu respectivo banco de dados, para que auxilie no
direcionamento das ações de prevenção de agravos.
31
ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE PARA O CONTROLE DA
HANTAVIROSE EMBARRA DO BUGRES - MT NO PERÍODO DE JULHO DE
2007 A JULHO DE 2008.
Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Bugres/MT
Luciana Lopes Castanha Souto, Maria Silva de Souza, Wemerson Paulino Moura,
Eduardo Ardaia do Prado, Marcio Dionísio Silva Vidrago, Moacir Borges.
Em Barra do Bugres nos anos de 2007 e 2008 ocorreram 7 casos de Hantaviose onde
evoluíram para óbito 4 destes, com uma letalidade de 57%. A ocorrência da Hantavirose
em Barra do Bugres se deu em propriedades rurais, com atividades econômicas ligadas
a agropecuária, se tornando uma grande preocupação para as autoridades sanitárias e um
problema de saúde pública. Objetivos: Conhecer a distribuição e a história natural da
doença em Barra do Bugres; Identificar as áreas de circulação do vírus e seus fatores de
risco; Recomendar e notificar medidas de prevenção e controle. Métodos: Após a
notificação do primeiro caso suspeito de Hantavirose, a equipe de Vigilância em Saúde
programou um trabalho de inspeção e educação em saúde nas propriedades rurais do
município, notificando as propriedades que necessitavam de adequações, com um prazo
para as alterações e um retorno da equipe para reavaliação. Resultados: No retorno as
propriedades notificadas foi possível constatar que as propriedades adequaram em
média 70% do solicitado, diminuindo os riscos de contado entre o roedor silvestre e as
edificações das propriedades. Conclusão: Os trabalhos educativos e notificação para
adequações nas propriedades rurais não devem ser esporádicos e sim em caráter
permanente.
32
CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO AMBULATORIAL DE NUTRIÇÃO DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER, MATO GROSSO, 2006
Hospital Júlio Muller
Keyla Aparecida Pontes Lopes Dias
A caracterização dos serviços de saúde ambulatorial constitui-se num instrumento
fundamental para nortear avaliação do serviço. O presente estudo se propôs caracterizar
o Serviço Ambulatorial de Nutrição do Hospital Universitário Júlio Muller quanto a
identificação dos ambulatórios de nutrição, o perfil dos pacientes atendidos no
ambulatório geral no que se refere ao sexo, idade, o diagnóstico clínico e nutricional e a
adesão dos pacientes ao tratamento. Método. Trata-se de um estudo descritivo com
dados secundários dos formulários de controle diário de consulta do ambulatório geral
do Serviço de Nutrição Clínica do HUJM, do relatório mensal de produção dos
ambulatórios de nutrição registrado na Gerência de Nutrição e Dietética (GND) e do
registro de faturamento mensal dos ambulatórios no Setor de Faturamento do HUJM, no
ano de 2006. As análises estatísticas foram através da distribuição das freqüências
absoluta e relativa (%). Resultados. O serviço de nutrição clínica ambulatorial contou
com 07 ambulatórios gerando um total de 2855 consultas, sendo o ambulatório geral
responsável por 47,60% (1360) dos atendimentos, seguido pelo ambulatório de
amamentação 13,69% (391) e o grupo de obesidade 12,53% (358), sendo que este
último ocorreu em somente 04 meses do ano estudado. A clientela atendida no
ambulatório geral de Nutrição é composta primordialmente por pacientes do sexo
feminino 68,30% (388). Quanto à faixa etária grande parte da amostra é adulta (19–59)
71,65%(407). Dos pacientes atendidos 56,50% (321) desistiram em algum momento do
tratamento. No que se refere ao diagnóstico clínico e nutricional observa-se 74,50%
(425) de pacientes com excesso de peso, em qualquer grau desde o sobrepeso até a
obesidade severa, enquanto que 34,3% (195) apresentam hipertensão arterial sistêmica e
18,1% (103) com dislipidemia, estas patologias estavam associadas ou não entre si. O
procedimento do atendimento ambulatorial da nutrição, observou-se uma diferença do
que a nutrição produz e o que é registrado para o Sistema de Informação, em todos os
meses do ano, perfazendo uma diferença de 50,34%, ou seja, 956 consultas não
registradas no serviço. Conclusão: Verifica-se a importância do atendimento em grupo
para a produção do ambulatório e também a necessidade de registrar adequadamente as
consultas realizadas para o Sistema de Informação Ambulatorial.
33
PROJETO DIA Z
Centro de Controle de Zoonoses - Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
Simone Cristina da Costa, Caroline Almeida Pereira Sena, Kelen R. Malhado de
Siqueira.
[email protected]/simoninha_costa5
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Cuiabá realiza ações efetivas, por meio de
diferentes profissionais, sobre a transmissão, sintomas e prevenção das doenças
transmitidas entre homens e animais (as zoonoses). Orienta a sociedade com
informações precisas, educa e promove a saúde, melhorando assim a qualidade de vida
da população.As zoonoses (como dengue, raiva, leishmaniose visceral e doença de
Chagas) são problemas de saúde pública que muito tem preocupado as autoridades
sanitárias do Brasil e de Cuiabá. Apesar do eficaz trabalho de controle dos vetores - cujo
resultado se reflete nos indicadores, a insuficiente adesão da população às práticas de
controle de vetores no ambiente domiciliar, tem se revelado um grande obstáculo a ser
enfrentado com determinação e competência, porque, seguramente, todas as medidas
implementadas pelo poder público serão insuficientes, se não contar com a participação
efetiva da população. Desta perspectiva decorreu a necessidade urgente de intensificar
as ações educativas de combate aos vetores.Em Julho de 2006, quando completou 18
anos de existência, o Centro de Controle de Zoonoses efetivou o projeto Dia Z,
primeiramente atingindo o público de duas praças da capital (Alencastro e Ana
Martinha/Pedra 90/CAIC) e o Programa Ganha-Tempo. Nas atividades, técnicos e
Agentes de Saúde Ambiental interagiram com a comunidade de maneira dinâmica e
extrovertida, através de animação com apresentação de paródias musicais e gincanas,
exposição de fauna sinantrópica, do ciclo evolutivo do mosquito da dengue e
distribuição de material informativo.A mídia em geral tem sido de grande relevância, na
divulgação das orientações realizadas durante o Projeto, e dessa forma facilitado o
interesse da população pelas problemáticas apresentadas. O sucesso das atividades
demonstra a viabilidade da implementação das ações de educação ambiental, associadas
à mobilização da população pela promoção de saúde.
34
PROJETO PILOTO DE REDUÇÃO DE CASOS DE DIARRÉIA NO BAIRRO
CELÍDIO MARQUES EM COLÍDER/MT
Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder
Denise Pontes Duarte, Daiana Araújo da Silva
A diarréia se caracteriza por grande perda de líquidos e eletrólitos corporais, causando
desidratação que, dependendo do grau, pode levar à perda de peso, podendo evoluir para
um choque hipovolêmico e até mesmo a morte da pessoa. As condições higiênico-
sanitárias precárias facilitam as diarréias de origem infecciosa, que, em geral, são
causadas por diferentes agentes. O bairro Celídio Marques, apresentou, em 2005, 20%
dos casos de diarréias notificados no município de Colíder-MT. A partir da situação
apresentada houve o desenvolvimento de um projeto piloto, iniciado em maio de 2006 e
desenvolvido em parceria com as vigilâncias do município de Colider-MT; bem com
ACS (agentes comunitários de saúde); Equipe do PSF local em parceria com equipe de
Educação em Saúde objetivando a redução dos casos de diarréia. Teve-se como escolha
de ação primária, o bairro supra citado por possuir uma equipe de PSF no local, a qual
poderia estar prestando melhor assistência e acompanhamento nos casos novos que
viessem a surgir no decorrer do desenvolvimento das ações planejadas. Tiveram-se
como metas e ações, a realização de reuniões com equipe do “PSF Celídio Marques”;
capacitação dos agentes comunitários de saúde e equipe de Educação em Saúde;
realização de palestras para a comunidade local; elaboração de folder informativo;
realização de visitas domiciliares, acompanhamento dos casos existentes e os novos
casos que viessem a surgir. Após o desenvolvimento destas ações avaliaram-se os
resultados alcançados através de gráficos estatísticos. Diante do apresentado buscou-se,
com o presente estudo, responder a seguinte questão: “o que levar a diminuição dos
casos de diarréia”? Portanto a proposta deste estudo foi compreender e desenvolver
atividades voltadas a orientação da comunidade e melhor capacitação dos profissionais
de saúde sobre aspectos relacionados à higiene domiciliar e a notificação das diarréias,
realizando, assim, um trabalho preventivo, implementando formas de ação sobre o
problema que havia desencadeado casos anteriores. Todo esse projeto foi desenvolvido
em parceria com as vigilâncias do município de Colíder-MT; bem como ACS (agentes
comunitários de saúde); Equipe do PSF local em parceria com a equipe de Educação em
Saúde. Pode-se observar uma considerável diminuição nos casos notificados no bairro
em questão tendo como fatores principais a melhoria da informação prestada aos
profissionais de saúde e a comunidade e a orientação continuada.
35
PROJETO VIDA LONGA
Secretaria Municipal de Saúde de Matupá
Jane Capistrano da Cunha Volcean, Meyre Aparecida Pereira de Assunção, Clarisse
Maria Sala Machado
O município de Matupá - MT, tem uma população de 14.243 habitantes (IBGE - 2007)
e com a cobertura de ESF de 77%. Temos cadastrados 1199 hipertensos e 355
diabéticos, representando alta incidência entre a população em relação a outras doenças.
Este projeto teve início em abril de 2007 em uma unidade de saúde, abrangendo
atualmente toda área urbana do município. Tem como objetivo demonstrar que, com
informação, assistência integral, através de uma equipe multidisciplinar, educação
quanto a hábitos de vida saudável, tais como, realização de exercícios físicos regulares e
boa alimentação, terão resultados positivos para normalização da pressão e controle da
diabetes com conseqüente retirada gradativa da terapia medicamentosa. Para as
atividades são utilizados os ginásios de esportes, quadras poliesportivas, pista de
caminhada do lago, avenidas asfaltadas e unidades básicas de saúde. Estão sendo
realizadas reuniões mensais com grupos em cada unidade básica para a introdução de
palestras educativas, entrega de medicamentos. Cozinha experimental: Oficinas de
alimentação para pequenos grupos uma vez por semana com nutricionista utilizando
produtos regionais, havendo participação da família quando necessário. Atividades
físicas: Os grupos são divididos por unidades básicas, são supervisionados por
fisioterapeuta com freqüência de três vezes por semana. Dentre essas atividades temos
alongamento, aquecimento, relaxamento e caminhadas de 40 a 50 minutos. Realização
de Mostra de Saúde com as escolas, buscando a conscientização, prevenção e mudanças
de hábitos de vida. Com este projeto pretendemos reduzir o índice de morbimortalidade
destas doenças; melhorar a sociabilidade e auto-estima, fatores que favorecem
alongevidade com qualidade; reduzir a compra de medicamentos, a realização de
exames complementares e internamentos de média e alta complexidade, tornando um
hábito do portador de hipertensão e diabetes a prática de uma alimentação saudável e de
exercícios físicos regulares; e que a população escolar se conscientize mudando hábitos
para prevenir a hipertensão e a diabetes.
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA DE SAÚDE BUCAL NO DSEI
CUIABÁ – FUNASA
FUNASA- DSEI/MT
Osmara Grecco Nogueira
Com o intuito de contribuir com a missão institucional da Fundação Nacional de Saúde
FUNASA, e imprimir qualidade de vida aos povos indígenas, o Departamento de Saúde
Indígena - âmbito federal da FUNASA, elaborou um novo modelo de organização de
serviços em saúde bucal através das “Diretrizes para Atenção à Saúde Bucal nos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas”, publicada em 2007 e implantada no Distrito
Sanitário Especial Indígena de Cuiabá nesse mesmo ano. Este modelo contempla a
realidade epidemiológica das comunidades assistidas, considerando o contexto cultural
das etnias indígenas e os princípios do Sistema Único de Saúde e preconiza a
simultaneidade de ações preventivas e curativas, coletivas e individuais, visando o
controle das infecções intra-bucais através da ação integrada com outras áreas da saúde
e da atuação de recursos humanos auxiliares. O maior desafio do novo modelo consiste
em mudar o enfoque assistencial do individual para o coletivo, exigindo a ruptura de
paradigmas tecnicistas presentes na formação acadêmica da Odontologia e valorizar
técnicas inovadoras coerentes com a infra-estrutura das aldeias indígenas, como
tratamento restaurador a traumático – ART - que viabiliza a assistência odontológica em
locais onde não consultórios. Esta técnica é consiste na curetagem manual do tecido
cariado e selamento com ionômero de vidro restaurador, cuja propriedade de
assimilação de floretos do meio bucal possibilita a remineralização dos tecidos dentais e
redução da microbiota residual (FRENCKEN et al, 1998). Com a implantação deste
modelo de atenção no Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá em 2007 a
vigilância em saúde bucal é realizada pela inserção dos dados coletados mensalmente
nas aldeias em um sistema informatizado que apresenta, através de fórmulas
programadas, os principais indicadores do Programa de Saúde Bucal, como cobertura da
distribuição do material de higiene bucal, média de participantes nas escovações
supervisionadas coletivas, cobertura de tratamentos básicos concluídos (ou controle da
infecção intra-bucal), bem como os indicadores de cobertura dos procedimentos
individuais realizados. O modelo de informação vigente no DSEI Cuiabá possibilita o
monitoramento e a vigilância da assistência à saúde bucal prestada às comunidades
indígenas (86 aldeias), viabilizando a produção de informações precisas em tempo real,
que subsidiam a avaliação da assistência prestada a essas comunidades e o planejamento
das ações futuras.
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR: CONQUISTAS, DESAFIOS
E PROPOSTAS.
Vigilância Epidemiológica/SES
Quéli Cristina de Oliveira
Com o intuito de melhorar o processo da Vigilância Epidemiológica em Âmbito
Hospitalar (VEH) quanto às constantes subnotificações hospitalares e sensibilização dos
profissionais da área de saúde quanto à importância desta vigilância no seu dia-a-dia,
bem como sua constante atualização, deu início em Setembro de 2006 a criação do
Projeto de Implantação da VEH. Este tem como objetivo a educação continuada da
comunidade hospitalar quanto ao fortalecimento da vigilância epidemiológica, através
de reuniões periódicas nos hospitais abordando temas de Doenças de Notificação
Compulsória (DNC), de acordo com o diagnóstico situacional de cada unidade. Este
estudo consiste em um relato de experiência onde descreve o processo de
Implementação da Vigilância Epidemiológica em âmbito hospitalar nos hospitais
públicos e privados do Município de Cuiabá e Várzea Grande, no período de setembro
de 2006 a julho de 2007, avaliando a importância de sua aplicabilidade. Neste período
foram realizadas 32 reuniões, dando uma média de 4 reuniões da Vigilância
Epidemiológica nos hospitais, com 3 horas de duração. Os temas mais abordados e
solicitados nas reuniões foram meningites, devido à relevância da mesma em âmbito
hospitalar. Do total de 385 participantes no período de janeiro de 2006 a julho de 2007,
43% (N=165) eram enfermeiros, 21% (N=82) técnicos de enfermagem e apenas 3,4%
(N=13) eram médicos. Este dado mostra a relevância do profissional enfermeiro frente
à vigilância epidemiológica hospitalar. Diversas dificuldades foram elencadas pelos
profissionais de saúde durante as reuniões como: Ausência de educação continuada
relacionada a VEH; Fichas de Notificação preenchidas incompletas e resistência médica
quanto a notificação de agravos. Nota-se que a falta de capacitação em vigilância
epidemiológica, observada durante a execução do projeto no ambiente hospitalar,
interfere na continuidade das ações de vigilância. Sendo assim, o presente estudo
requer a continuidade das ações dessa Vigilância em âmbito hospitalar, bem como o
estabelecimento de rotina dentro do próprio ambiente hospitalar quanto à discussão da
vigilância epidemiológica.
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DENGUE UMA PROBLEMÁTICA A SER ENFRENTADA
INTERSETORIALMENTE NO MUNICÍPIO DE COLIDER – MT
Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder
Daiana Araújo da Silva, Denise Pontes Duarte
Dentre as várias ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento
Básico do município de Colíder, pode-se citar o combate a Dengue. Nos últimos anos
vem observando-se uma mudança de perfil da etiologia, não somente em nosso
município, mas em todo o estado de Mato Grosso, fato pelo qual nos alerta para a
necessidade de intensificação das ações da Vigilância em Saúde em tempo hábil, de
forma articulada e organizada com outros setores da sociedade. A escolha da Dengue
para o presente estudo está fundamentada no aumento significativo de notificações e
casos positivos registrado no ano de 2007 comparado aos anos anteriores. O presente
trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva através de analise documental. Foram
utilizadas as bases de dados secundários do DATASUS, da Secretaria Municipal de
Saúde e Saneamento Básico, SINAN e do IBGE. Realizou-se análise dos casos
notificados e incidência de Dengue no município de Colíder – MT, nos últimos quatro
anos, bem como descrição das ações já realizadas e identificação dos potenciais
colaboradores na organização de ações para minimizar os atuais problemas no que diz
respeito à patologia. A investigação foi realizada junto a Secretaria Municipal de
Saúde. Foram usados dados estatísticos da Atenção Básica de Saúde dos anos 2004 a
2007. Na Coleta de dados foram realizadas entrevistas aos coordenadores e ao
Secretário Municipal de Saúde, referentes às competências formais de cada Vigilância,
serviços desempenhados atualmente e possíveis projetos para amenizar as problemáticas
enfrentadas e futuras, para o combate a Dengue. Buscou-se sistematizar e objetivar as
informações, permitindo analisar que o trabalho desenvolvido pelas vigilâncias ainda é
falho, tanto na comunicação intersetorial, planejamento conjunto e programação de
ações. Por outro lado destaca-se a melhora da investigação, notificação e orientação à
população e a implantação de mutirões de limpeza em parceria com a Secretaria
Municipal de Infra-estrutura. Deve-se em consideração que o município de Colíder está
situado no eixo entre Sinop e Alta Floresta, municípios estes que estão entre os que
tiveram maior número de casos notificados no ano de 2007 em Mato Grosso: Em
qualquer situação para tanto precisamos manter-nos alertas e buscar identificar
precocemente os casos de dengue, para que haja a possibilidade de tomarmos decisões,
implementações e medidas preventivas e principalmente evitar óbitos, o que em alguns
casos não é possível, devido a precários recursos que ainda disponibilizamos.
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA
GRANDE: INFORMAÇÃO, PREVENÇÃO E PARTICIPAÇÃO.
Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande/CCZ,
Vilma Juscineide de Souza, Kamila Karolyne Silva Barros, Fernanda Cristina Campos
Santana, Vanessa da Silva e Helenir Nunes Vieira.
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de
socialização. O que nela se faz e se diz, representa um exemplo daquilo que a sociedade
deseja e aprova. Tudo o que acontece na escola as crianças partilham com os pais em
casa. Assim, além de formar novas gerações, a escola tem esta função importante de ser
agente formadora de opinião. Baseado nisso, o CCZ-VG realiza atividades educativas
voltadas para a sensibilização dos alunos, com o objetivo de transformá-los em agentes
multiplicadores no trabalho de prevenção e controle dos mais diversos fatores de riscos
ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. Esse trabalho é realizado
através de apresentações teatrais e de fantoches como forma de educar, uma vez que
estes desempenham papel chave para o trabalho participativo, pois utilizam o impacto
emocional para levar à reflexão sobre determinado assunto e sua linguagem popular
permite trabalhar com os mais diversos níveis culturais conseguindo assim, reunir dois
propósitos: informação e participação. A referida atividade tem como público alvo
alunos da rede pública de ensino estadual e municipal, bem como da rede privada do
município de Várzea Grande. Esta ação prioriza as escolas que se localizam em bairros
que apresentam índices de infestação mais elevados e/ou em áreas “silenciosas”, ou
seja, que apresentam índice de infestação do Aedes aegypti igual a 0%. Após análise de
infestação no período de janeiro de 2007 a junho de 2008, verifica-se que em alguns dos
bairros onde foram desenvolvidos os trabalhos de Educação em Saúde nas escolas
houve uma queda no índice de infestação para o vetor da Dengue. Sabemos que essas
ações se tratam de um processo contínuo e seus resultados dependem da mobilização
dos alunos junto à comunidade mediante realizações de medidas preventivas. Para isso,
se faz necessário à implantação de políticas públicas voltadas a educação ambiental
envolvendo alunos, educadores e comunidade, colaborando assim, na formação de
cidadãos socialmente responsáveis. Em torno disso, o CCZ-VG estabelece parcerias
com a Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria de Educação e Serviços Públicos
priorizando a melhoria da qualidade de vida das populações, em especial das gerações
futuras.
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GM “GRUPO DE MÃES”
UDR – Unidade Descentralizada de Reabilitação “Cessen Ribeiro e Silva”
Regina Auxiliadora Moreira Uriel, Rodrigo S. Ribeiro, Tahiana M. Iglesias, Silvania E.
A. Nogueira,
Ana Paula E. Fernandes, Ilidiana M. De Andrade
O Período gestacional, para Brasil (2001), revela grandes mudanças fisiológicas,
anatômicas e emocionais, nessa dinâmica é comum surgirem dúvidas, medos, desejos,
expectativas. Muitas vezes essas dúvidas são esclarecidas com conhecimentos
empíricos ou ora não são respondidas e provavelmente pode oferecer um risco a saúde
do binômio. A equipe multiprofissional de saúde que tem sua prática envolvida com
educação em saúde também precisa reconhecer seu papel na execução de orientações a
essas mudanças, incentivo ao parto normal e ao aleitamento materno. Justificativa:
Frente ao anseio das gestantes pela ausência de um grupo em nosso município, então foi
criado o grupo de mães/gestantes. Objetivos: Orientar e esclarecer dúvidas, medos e
prepará-las para a chegada de seu filho, além de acompanhar e identificar sinais e
sintomas que comprometam a saúde do binômio. Apoio ao parto normal e aleitamento
materno. Metodologia: São realizados encontros semanais com palestras
multiprofissionais voltadas para prática preventiva através de orientações e troca de
experiências; e são oferecidas atividades esclarecidas tranqüilas e seguras para o
enfretamento dessa nova etapa de vida. Esperamos ter como resultado futuro o aumento
do índice de parto normal. Conclusão: Acreditamos que as informações bem como as
praticas realizadas proporcionarão uma segurança na gestação, parto, pós-parto e
puerpério. Recomendações: que as unidades de saúde: Hospitais, Laboratórios, ESFs,
UDRs... se mobilizem de forma interdisciplinar construindo assim uma prática
preventiva eficaz seguindo as diretrizes do SUS.
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INCIDÊNCIA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR NO SUS POR FRATURA DE
FÊMUR NA POPULAÇÃO IDOSA NO ESTADO DE MATO GROSSO
Secretaria de Estado de Saúde
Eliane Maria Esperandio
A população idosa é mais vulnerável a sofrer lesões, a mais comum é a fratura de fêmur,
levando a perda significativa da capacidade funcional dos mesmos e às vezes até
ocasionando óbito. Evidenciar a incidência de internação hospitalar no SUS por fratura
de fêmur em pessoas idosas. Metodologia: O trabalho caracteriza-se como estudo
descritivo e quantitativo, onde se realizou levantamento das internações por fratura de
fêmur em pessoas de 60 anos e mais, no SUS, Estado de Mato Grosso, utilizou-se da
base de dados SIH/SUS (2007) da Secretaria de Estado de Saúde/MT. Foram
trabalhadas as internações de pessoas com 60 anos e mais no período de 01/01 a
31/12/2007, voltando-se as especificações quanto às internações por fratura de fêmur, as
variáveis analisadas referem-se ao sexo, idade e motivo principal da internação.
Resultados: O estudo possibilitou observar que a incidência de internações por fratura
de fêmur no SUS em pessoas idosas com 60 anos e mais foi de 22,68/10.000 habitantes
nesta faixa etária, predominando na faixa etária de 70 a 80 anos e mais (77,18%) e,
verificou-se que 56,25% dessas internações ocorreram no sexo feminino. Conclusão: Os
principais achados mostraram que a incidência de internações por fratura de fêmur em
pessoas idosas no SUS em Mato Grosso (2007), é alta, com maior ocorrência nas faixas
etárias de 70 a 80 anos e mais e em mulheres, que pode ser explicada pela maior
prevalência de doenças crônicas, maior exposição aos acidentes domésticos, partir dessa
faixa etária podem apresentar sarcopenia e geralmente maior expectativa de vida,
comparando-se ao sexo masculino da mesma idade. Considera-se importante a essa
população o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção, tendo em vista a
manutenção da capacidade funcional e envelhecimento saudável.
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MEDIDAS ADOTADAS PARA PREVENÇÃO, ELIMINAÇÃO DE FOCOS DO
MOSQUITO TRANSMISSOR DO VÍRUS DA DENGUE E BLOQUEIO DE
CASOS DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃOZINHO-MT.
Secretaria Municipal de Saúde de Ribeiraõzinho/MT.
Coordenadoria de Vigilância em Saúde
Rafaela Ferreira Ribeiro, Fernanda Natália Cordeiro Faccioni, Alcilene Maria Carneiro
A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a
população de todos os estados independentemente da classe social. A identificação
precoce dos casos de dengue é de vital importância para a tomada de decisões e a
implementação de medidas de maneira oportuna, visando principalmente o controle da
doença. O objetivo deste trabalho foi de identificar os casos de pacientes com dengue,
através da ficha de investigação do SINAN, eliminar focos e realizar o bloqueio de
casos notificados de dengue, visando contribuir para a eliminação de vetores
transmissores do vírus da dengue (Aedes aegypti), bem como a diminuição e/ou
erradicação da doença no município. Após o surgimento dos primeiros casos
diagnosticados foi organizado um mutirão de limpeza, envolvendo agentes de vigilância
em saúde e, parcerias com demais setores da prefeitura municipal. Esse mutirão foi
dividido em três grupos, onde cada um dos grupos era composto de um agente
ambiental que é treinado para realizar coleta e o tratamento de reservatórios que
contenham larvas do mosquito, com o inseticida temephós.O mutirão de limpeza se
estendeu por três semanas, para que pudéssemos atingir todos os bairros do município.
Em paralelo à ação do mutirão de limpeza, foi realizado o bloqueio do mosquito nos
pontos onde havia focos de dengue, ou seja, nas localidades onde havia pacientes com
dengue e no hospital municipal, onde ocorreu o atendimento primário. O bloqueio foi
realizado com bomba motorizada, utilizando cauda com óleo vegetal e cipermetrina
30%.Também foram realizados trabalhos de educação em saúde, com palestras em duas
escolas, uma estadual e outra municipal, onde tinham como público alvo, crianças,
adolescentes e adultos, e também no PAIF (Programa de Apoio Integral a Família). As
palestras foram ministradas pela bióloga da Vigilância em saúde Ambiental, enfermeira
e médico do PSF (Unidade de Saúde da Família). As palestras tiveram como conteúdos
o esclarecimento da população sobre o ciclo de vida do mosquito, assim como os quatro
estágios de vida do mesmo, os sinais e sintomas característicos da doença, e entrega de
folder explicativo, bem como a informação do quantitativo de casos. O conhecimento
sobre o vetor transmissor do vírus da dengue e sinais e sintomas da doença é primordial
para o conhecimento da população, tornando-os multiplicadores dos conhecimentos de
prevenção da dengue.
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VIGILÂNCIA DE ACIDENTES E VIOLÊNCIAS EM UNIDADE SENTINELA
NO MUNICÍPIO DE COLIDER-MT
Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder
Daiana Araújo da Silva; Denise Pontes Duarte; Renata Cizauri dos Santos; Anderson
Pereira Martins.
[email protected] ; [email protected]
As causas externas – acidentes e violências – vêm-se apresentando, principalmente nos
anos mais recentes, entre os principais problemas de Saúde Pública em nosso País, seja
por sua magnitude, pelos custos que representam para a sociedade e pelos impactos
sociais e psicológicos nas vidas dos indivíduos e das famílias”. (Pimenta Junior 2007).
A Agenda Nacional de Vigilância, Prevenção e Controle dos Acidentes e Violências,
aprovada em 2005, contempla ações de aprimoramento e expansão da vigilância e do
sistema de informação de violências e acidentes, com treinamento e capacitação de
profissionais para gerenciamento e avaliação das intervenções propostas, a partir das
informações coletadas. Os indicadores epidemiológicos apontam Mato Grosso com uma
proporcionalidade de mortes por causas externas superiores ao índice nacional. Em
2005, o percentual de mortes por causas externas no país foi de 12,67%, enquanto em
Mato Grosso, este percentual foi de 19,98% no mesmo ano. Em relação a violência
homicida, houve um aumento de 55,9%, sendo o maior incremento no pais. Em Colíder
nos anos de 2004 e 2005 as causas externas configuraram a terceira e quarta causas
respectivamente da mortalidade. No Estado de Mato Grosso, foram contemplados, além
da capital, os municípios que possuíam unidades sentinelas para recebem incentivo
financeiro para implantação da Vigilância de Acidentes e Violências. A Secretaria
Municipal de Saúde e Saneamento Básico de Colíder foi executora dos inquéritos
realizados em 2007 e 2008 junto ao Hospital Regional de Colíder que possibilitou, a
partir do levantamento real dos casos de acidentes e violências ocorridos, conhecer o
Perfil epidemiológico e identificar os principais tipos de violência e acidentes por
causas externas. Foi utilizado Plano Operacional de Amostragem, através da coleta de
dados in loco distribuídos em plantões de 12 h em turnos alternados. A população de
estudo foi escolhida através de amostra de conveniência. Os dados consolidados de
2007 geraram um total de cento e noventa e sete notificações, sendo cento e setenta e
oito acidentes e dezenove violências, das quais cento e quarenta e quatro foram
notificações do sexo masculino e cinqüenta e três do sexo feminino, contabilizando um
total de cento e sessenta e seis casos do município de Colíder e trinta e um de outros
municípios. Houve três perdas e não se registrou nenhum caso de óbito. Tivemos a
constatação de que muitos acidentes e violências estão ocorrendo nas escolas, entre os
próprios alunos. A ficha de investigação apesar de ser extensa e por vezes complexa
conseguiu atender o objetivo de informar os dados o mais completo possível. Quanto
aos resultados de 2008 e o comparativo entre os dois momentos do inquérito,
encontram-se em fase de consolidação. O resultado final dos inquéritos visa o
planejamento em saúde e a adoção de políticas públicas integradas, incorporando-se na
rotina dos serviços de saúde.
44
2
Vigilância em
Saúde Ambiental
45
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APRESENTAÇÃO ORAL
AÇÕES DO PROGRAMA VIGIAR NO MONITORAMENTO DA QUALIDADE
DO AR NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ-MT.
Coordenadoria de Vigilância Sanitária e Ambiental
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Barros,V.C.S., Okada, K. R. B.
O município de Cuiabá possui 526.839 habitantes (IBGE, 2007) sujeitos às condições
adversas no período de estiagem que se estende entre os meses de abril a setembro,
devido à baixa umidade do ar e queimadas urbanas. A Diretoria de Vigilância à Saúde e
Ambiente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio da Vigilância em Saúde
Ambiental, está implementando as ações do Programa de Vigilância da Qualidade do Ar
– VIGIAR, com o Projeto “Respire vida, Evite queimada” e o Boletim Informativo de
Vigilância da Qualidade do Ar”, com o objetivo de sensibilizar a população na prática
de novos hábitos evitando atear fogo às folhas secas, lixo e terrenos baldios e
desenvolver parcerias com instituições públicas a fim de reunir esforços para minimizar
os impactos à saúde e ao meio ambiente. Foram identificados os locais e situações
predisponentes às queimadas como terrenos baldios, praças, áreas verdes e bolsões de
lixo. As instituições parceiras – Ministério Público Estadual, Secretaria de Meio
Ambiente, Defesa Civil, Secretaria de Infra-Estrutura Municipal – em ação conjunta
procederam à limpeza ou notificação dos responsáveis por essas áreas para a realização
de aceiros e eliminação de qualquer material passível de combustão. Paralelamente, a
Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Cuiabá afixou outdoors e
promoveu palestras em Unidades de Saúde, Escolas e Creches do Município com
atividades lúdicas, distribuição de folder e exibição de vídeo. As palestras foram
realizadas em 28 instituições com distribuição de 26.000 folders em 36 bairros com
histórico de queimadas urbanas. Foi implantado o Boletim Informativo de Vigilância da
Qualidade do Ar em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso,
atualmente mantido e disponibilizado pela SMS no site: www.cuiaba.mt.gov.br, que
contém informações sobre os níveis de material particulado e monóxido de carbono,
índice de radiação ultravioleta, previsão do tempo e dicas de promoção à saúde. As
ações do Programa VIGIAR têm caráter permanente e irão colaborar a médio e longo
prazo para uma melhor qualidade de vida na capital de Mato Grosso. Há percepção
técnica de uma melhoria na qualidade do ar em relação aos anos anteriores, porem tal
avaliação com base em dados é precoce devido a recente implantação das ações
programáticas.
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CASOS POSITIVOS DE RAIVA ANIMAL EM QUIRÓPTEROS NÃO
HEMATÓFAGOS EM ÁREA URBANA NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ
Franco, F.C.S.L.;Mestre,G.L.C.;Sena, C.A.P.;Silva,C.P.A.;Siqueira,K.R.M.
Alterações no ecossistema como alta densidade de área verde, variedades de abrigos e
diversidades de alimentos têm contribuído para o aumento da população de morcegos
não hematófagos em área urbana. Os morcegos não hematófagos são grandes
controladores de insetos, responsáveis pela formação de plantas, transportadores de
pólen, devendo ser preservados conforme a Lei Federal n°9605/98. O objetivo deste
trabalho é descrever casos de raiva em morcegos não hematófagos no Município de
Cuiabá - MT, no período de janeiro de 2006 a julho de 2008. Foram examinados 137
morcegos não hematófagos, sendo que 119 eram insetívoros e 18 frugívoros. Cada
exemplar coletado foi encaminhado ao laboratório de referência (Laboratório de Apoio
a Saúde Animal - LASA), e submetidas às provas de imunofluorescência direta (IFD) e
prova biológica (inoculação em camundongos), para pesquisa do vírus rábico. De todas
as amostras pesquisadas 6 deram positivas para o vírus rábico totalizando 4,37 %, sendo
5 de morcegos insetívoros e 1 de frugívoro. Entre os casos citados, registra-se uma
agressão com vítima humana na cidade de Cuiabá. A distribuição dos morcegos
coletados segundo os distritos do Município no perímetro urbano e Peri-urbano,
conforme solicitações feitas pela população ao Centro de Controle de Zoonoses foram
de 5,1% no Norte, 19,7% no Sul, 40,9% no Leste e 34,3% no Oeste. As amostras
positivadas pelo laboratório de referência desencadearam a realização de investigações
epidemiológicas com bloqueio vacinal de 100% da população canina e felina, e o
encaminhamento da(s) vítima(s) a Unidade de Saúde. É importante ressaltar que mesmo
com o controle da raiva canina, há circulação do vírus rábico em diferentes espécies de
morcegos na área urbana. A informação da população, a sistematização dos trabalhos e
a integração dos serviços de atendimento médico e médico veterinário atuante
contribuem para a prevenção e profilaxia da raiva. É importante ressaltar que Cuiabá é
considerada cidade verde, devido à riqueza do seu ecossistema, devendo ficar em alerta
a possibilidade de aparecimento de novos casos de raiva animal.
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IMPLANTAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA ORIENTAÇÃO,
MONITORAÇÃO E AVALIAÇÃO OPERACIONAL NA AÇÃO DE
NEBULIZAÇÃO ULTRA BAIXO VOLUME (UBV) PESADO NO CONTROLE
DA DENGUE.
Escritório Regional de Saúde Cáceres
Josdemar Muniz de Moraes, Denis Almeida Ribeiro, Helio Rangel Soares
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Conforme o
Programa Nacional de Controle da Dengue em situações epidêmicas ou emergenciais de
surto devemos intensificar ações integradas de controle, inclusive o controle químico
com aplicações de inseticida em tratamentos espaciais tipo nebulização UBV (Fumacê)
para reduzir a população do vetor Aedes aegypti. Nas ações operacionais do Fumacê
atualmente não existem instrumentos precisos para orientação técnica, que coloca em
risco toda a qualidade e efetividade, podendo prejudicar a saúde humana, o meio
ambiente e também favorecer a resistência do vetor ao inseticida. Este trabalho
objetivou melhorar os procedimentos operacionais e técnicos de Fumacê com a
implantação de instrumentos para orientação, monitoração e avaliação, com
informações altamente fidedignas. O trabalho foi desenvolvido no município de
Araputanga, através da implantação de um microprocessador e de um horímetro na
cabine do veículo. O microprocessador registra e memoriza a distância percorrida e a
velocidade média (odômetro e velocímetro digital), que orienta a velocidade
recomendada de 10 Km/h que quando desacertada emite um alarme visual e sonoro. O
horímetro registra o tempo de aplicação do inseticida. Essas informações somente são
registradas por meio da ativação da bomba de inseticida FMI (Fluid Metering Inc.), que
diferencia do atual sistema. Foram realizados 5 ciclos de Fumacê: o 1º e o 2º ciclo
executados tradicionalmente e o 3º, 4º e 5º com a utilização dos instrumentos. No 2º
ciclo foram 98.611 metros de distância em 533 minutos e utilizado de 110,9 litros de
inseticida. No 5º ciclo foram 98.482 metros de distância em 583 minutos e utilizado de
121,6 litros de inseticida. Diante desses resultados a velocidade média no 5º ciclo foi de
10,14km/h, enquanto no 2º ciclo foi de 11,1km/h, sendo 11% a mais do recomendado,
ocasionalmente 50 minutos a menos do desejável e em conseqüência 10,7 litros de
inseticida não nebulizado, que desconsidera as preconizações técnicas, principalmente
na dose de inseticida por hectare. Os resultados com a implantação desses instrumentos
mostraram eficiências técnicas e operacionais, quando comparados com os trabalhos de
rotina. O valor financeiro dos instrumentos é insignificante diante do custo dos
equipamentos e da ação de nebulização e aos benefícios sócio-ambientais. Entretanto
recomendamos sua implantação e utilização em prol a Vigilância em Saúde e a
Qualidade de Vida.
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ESTUDO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NOS ANOS DE
2003 A 2006 NA REGIONAL DE SAÚDE DE JUINA.
Escritório Regional de Saúde de Juina
Alessandro César Prudente Domingues, Nara Denise Anéas Mattioni,
HumbertoNogueira de Moraes, Marinete de Fátima Perusso Camilo
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença primariamente zoonótica, não-
contagiosa. As leishmanioses acometem mundialmente cerca de 1,5 milhões de pessoas por ano,
atualmente, 12 milhões apresentam alguma forma da doença e 350 milhões estão expostos a ela
(DESJEUX, 2001). Sendo encontrada atualmente em todos os estados brasileiros, sob diferentes
perfis epidemiológicos. Neste estudo analisamos as variáveis: faixa etária, sexo, raça, ano, mês,
município, com a finalidade de verificar a maior incidência, proporção, prevalência e padrão
epidemiológico da LTA na Regional de Saúde de Juína, nos anos de 2003 a 2006 e co-relação
de dados dos casos notificados de LTA no sistema de informação SINANW/ERS/JUINA, no
período de 2003 a 2006. O cálculo realizado por 1000 habitantes, no período de 2003 a
2006 revela que em 2005 o município com maior coeficiente foi Juruena, com 15,92. Do total
de casos novos notificados (2311 casos) tem-se um percentual de 88,23% para o sexo masculino
e 11,77% para o sexo feminino. Na variável raça temos a predominância de casos em pessoas
pardas com um percentual de 49,84%, seguida de branca com 37,12%. Na forma clínica,
observamos que dos 2311 casos novos notificados, 97,36% correspondem à forma clínica
cutânea e 2,64% corresponde à forma clínica mucosa. Na variável faixa etária, do total de 2311
casos novos notificados, 2253 casos estão concentrados na faixa etária > de 10 anos,
ocorrendo maior prevalência entre 20 a 24 anos (17,97% casos) e 25 a 29 anos (15,49 %), o que
se justifica por serem as faixas etárias em mão-de-obra ativa dos trabalhadores. Na variável ano,
do total de 2311 casos novos notificados no período, a maior proporção ocorreu em 2005, com
28,30% dos casos. A maior incidência da doença, foi nos meses de agosto a dezembro,
concentrando 60,62% dos casos, que coincide com a ocorrência de chuvas em maior
intensidade e de temperaturas elevadas, fatores propícios à reprodução do vetor nessa época. A
prevalência de casos (casos novos e casos antigos) entre os anos de 2003 a 2006 se deu nos
municípios de Colniza com 24,20%, e Juína com 23,30%. A maior incidência de LTA no
período avaliado, na Regional de Saúde de Juína, ocorreu em Homens, da cor parda que se
encontravam em pleno exercício de atividade profissional. Estes declararam nas notificações a
presença de cães no peridomicílio. A forma clínica prevalente foi cutânea. O período de maior
notificação foi nos meses de chuvas intensas e temperaturas elevadas, entre agosto e novembro,
e o ano com maior número de casos registrados foi 2005, ano que apresentou desmatamento na
região, principalmente no município de Colniza, que no período avaliado registrou a maior
incidência e prevalência de casos. Co-relacionando os dados, os padrões epidemiológicos
característicos foram Silvestre, Ocupacional e Rural e periurbano em áreas de colonização. A
equipe após análise do banco de dados recomenda a intensificação da busca ativa de casos
novos; a melhoria na qualidade das notificações; a análise constante das informações que
oportunizam a tomada de decisões em tempo hábil; e a intensificação das ações de educação em
saúde trabalhando a prevenção da doença.
50
Poster
SÉRIE HISTÓRICA DE LTA NO VALE DO ARINOS 2001 A 2007
Escritório Regional de Saúde de Juara
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Silvia Regina Cremonez Sirena
Sirlei Franck Thies, Veronice Maria Barbosa
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, causada por
diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania. É uma infecção zoonótica,
afetando o ser humano secundariamente. A doença provoca aparecimento de feridas na
pele e pode destruir a cartilagem do nariz e o interior da boca e garganta (1). A
organização Mundial de Saúde considera a Leishmaniose uma das mais importantes
zoonoses, que acometem 88 países dos quatro continentes (2) o qual tem sido
documentada desde o período colonial(3) e no Brasil desde 1895(1) com prevalência em
áreas tropicais e subtropicais(1). Este estudo justifica-se por analisar este agravo para
verificar o acréscimo ou decréscimo no Vale do Arinos e propor ações da Vigilância em
Saúde. Este estudo objetiva analisar o número de notificações de LTA dos municípios
do Vale do Arinos de 2001 a 2007. Foi realizado levantamento dos dados utilizando as
fichas de notificações do sistema SINAN NET do ERS-Juara e confeccionado uma série
histórica. Em relação aos resultados o município de Juara nos anos 2001-2002 houve
aumento no número de notificações em 17,5%, de 2002 para 2003 o acréscimo foi de
12,6%, de 2003-2004 reduziram-se os casos em 17%, já de 2004-2005 novamente
aumentou o número de casos em 16%, porém de 2005-2006 não houve acréscimo
significativo e no ano de 2006-2007 ocorreu um decréscimo de 34%, por ação das ações
de fiscalização do IBAMA e SEMA, acredita-se que inviabilizaram as atividades de
desmatamento e extrativismo vegetal com redução da exposição do homem ao vetor.
Nos municípios de Novo Horizonte do Norte e Porto dos Gaúchos não houve o
acréscimo nem decréscimo significativos no transcorrer dos anos de 2001 a 2007. No
município de Tabaporã de 2001-2003 houve aumento pouco significativo no número de
casos, porém de 2003 -2004 houve redução de 200%, aumentando novamente de 2004-
2005 e mantendo-se estável de 2005 para 2007. De acordo com os resultados
evidenciaram-se oscilações anuais do número de casos notificados dos municípios de
Juara e Tabaporã decorrente de sua economia no extrativismo vegetal. Propõe-se
Vigilância, monitoramento deste agravo, ações que estejam voltadas para o diagnóstico
precoce, tratamento adequado dos casos detectados e estratégias de controle.
51
A IMPORTÂNCIA DA INTERSETORIALIDADE NA MELHORIA DOS
SERVIÇOS PRESTADOS PELO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
DO MUNICÍPIO DE SANTA RITA DO TRIVELATO – MT, NO PERÍODO DE
2007 A 2008
Escritório Regional de Saúde de Sinop
Bruno de Oliveira Pereira, Sirlei Franck Thies, Airton Lima
O programa de vigilância ambiental em saúde, relacionado à qualidade da água para
consumo humano (VIGIAGUA) é parte integrante da vigilância em saúde ambiental e
consiste no conjunto de ações adotadas para garantir que a água fornecida para a
população atenda ao padrão estabelecido na legislação vigente, avaliando os riscos que
seu consumo representa para a saúde humana. Os Sistemas de Abastecimento de Água
(SAA) apresentam combinações de unidades que se integram com o propósito de
abastecer a população fornecendo água encanada, no entanto, não existe um arranjo
físico específico e fixo que caracterize um SAA. De acordo com o Ministério da Saúde,
toda inspeção sanitária é considerada um registro e, portanto, deve ser bem
documentada, além de requerer a elaboração e a padronização de roteiros de inspeção,
documentação fotográfica e, quando necessário, a realização de análises laboratoriais da
água. O município de Santa Rita do Trivelato – MT se localiza a aproximadamente 330
Km de Sinop, sede do Escritório Regional de Saúde de Sinop (ERSS), sua população
estimada é de 2.478 habitantes. Este trabalho objetivou verificar se houveram melhorias
na prestação de serviços em água no município de Santa Rita do Trivelato – MT,
utilizando como ferramenta o relatório técnico de inspeção sanitária 2007 e 2008. O
SAA, intitulado DAE (Divisão de Água e Esgoto), presta serviços de captação,
tratamento e distribuição de água de forma convencional, antes vinculado a Secretaria
Municipal de Saúde (SMS), hoje administrativamente ligado a Prefeitura, na forma de
administração pública direta, conta com captação de 03 mananciais subterrâneos: 02
com 100 mts de profundidade e 01 com 60 mts, além de um reservatório com
capacidade para 30.000 lts. Foram observadas as atividades desenvolvidas em
concordância com o programa VIGIAGUA, através da operacionalização do tratamento,
armazenamento e fornecimento da água. Durante a inspeção de 2008, identificamos
modificações no âmbito administrativo, assim como, na parte estrutural, algumas
aplicadas voluntariamente pela instituição, e outras que atribuímos ao atendimento da
inspeção realizada no ano de 2007, ambas devidamente registradas com fotografias e
relatórios. Concluímos que, para haver boas práticas e atendimento as solicitações da
Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo Humano, a parceria entre ERSS,
SMS e prestadores é imprescindível e funciona, pois visualizamos resultados precisos
quanto a resolutividade das incorreções observadas nas inspeções, servindo de modelo
para futuras inspeções.
52
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
DISTRIBUÍDA NOS MUNICÍPIOS DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E
RONDONÓPOLIS/MT, 2005 – 2007.
MT Laboratório
Sauria Cristina de Oliveira Varanda, Leila Maria Galvão da Silva
Visando garantir à população acesso à água de qualidade e dentro dos padrões de
potabilidade estabelecidos em legislação, o Ministério da Saúde instituiu em 2002 a
Vigilância da Qualidade da Água para o consumo humano (Vigiágua), ficando sob
responsabilidade dos municípios monitorar sistematicamente a qualidade da água
consumida através de análises laboratoriais. Este trabalho teve por objetivo apresentar
resultados dos ensaios microbiológicos das amostras analisadas para os três maiores
municípios do Estado de Mato Grosso entre 2005 e 2007. Foram analisadas pelo
LACEN-MT, 1598 amostras, sendo 453 de Cuiabá, 528 de Várzea Grande e 617 de
Rondonópolis. Foram realizadas pesquisas de coliformes Totais e Escherichia coli pelos
métodos Presença/Ausência e cromogênico, conforme metodologia oficial. Os
resultados obtidos apresentaram os seguintes percentuais em relação a amostras
insatisfatórias para o grupo coliforme nos anos de 2005 a 2007, respectivamente: 8,4% -
5,8% - 19% para Cuiabá; 27,4% - 11,3% - 8,7% para Várzea Grande; 4,95% - 3,66% -
4,34% para Rondonópolis. Em 2007 devido a dificuldades no processo de aquisição de
insumos houve uma queda substancial no total de amostras analisadas (259). Observou-
se que houve um avanço em relação à qualidade microbiológica da água para o
consumo humano, para o município de Várzea Grande no período analisado, o mesmo
não foi observado para os municípios de Cuiabá e Rondonópolis, que apresentaram
aumento percentual de amostras insatisfatórias para o grupo coliforme. O estudo mostra
a necessidade dos setores envolvidos analisarem os fatores que contribuíram para estes
resultados, para que medidas corretivas sejam tomadas para garantia da qualidade da
água para o consumo humano.
53
COMPARAÇÃO PRELIMINAR DE METODOLOGIAS DE ANÁLISE
PARASITOLÓGICA EM TRIATOMÍNEOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
NO ANO DE 2008
Secretaria de Estado de Saúde
Aécio Moraes de Paula, Maria Ignez Castrillon, Shirley Rodrigues Ramos
Veruska Nogueira de Brito
A reduzida infectividade natural encontrada em triatomíneos sempre foi evidenciada nas
diferentes espécies nativas e exóticas. O ciclo biológico do Trypanossoma cruzi ocorre
no intestino posterior do inseto após se multiplicar encaminha-se para a porção retal
onde será eliminado com as fezes durante a atividade hematofágica do barbeiro. Em
experimentos laboratoriais visando avaliar a evolução do parasita em triatomíneos,
evidenciou a superioridade do processo de dissecção do intestino posterior sobre o
simples exame de material fecal, quanto à precocidade e proporção de Tripanossoma
cruzi. Desta forma a metodologia de rotina utilizada na análise parasitológica dos
exemplares coletados nas operações de campo, que consiste no exame das fezes através
da compressão abdominal do inseto, pode ser questionável quanto a efetividade na
obtenção do parasita. O surgimento de resultados com elevado percentual de
infectividade em triatomíneos analisados nos municípios de Mato Grosso, apresentando
discordância com o laboratório de Entomologia da Secretaria de Estado de Saúde, nos
levou a buscar a hegemonia da rotina de analise parasitológico em triatomíneos. Desde
março de 2008 são realizados exames parasitológicos das fezes, conteúdo intestinal e
glândulas salivares de exemplares com o objetivo de verificar se há diferença quanto a
presença do T. cruzi nestas porções analisadas, que permitirá verificar o grau de
eficiência da metodologia utilizada atualmente (somente exame das fezes do inseto).
Foram analisados 211 triatomíneos, sendo 203 Triatoma sordida e 08 Triatoma
pseudomaculata, não sendo encontradas formas tripomastigotas nas porções analisadas
(fezes, intestino e glândulas salivares). Ressalta-se que no ano de 2007 foram
examinados fezes de 1.865 triatomíneos, sendo encontrado somente 08 com formas
tripomastigotas ou seja 0,004% de infectividade. Torna-se necessário dar continuidade
ao estudo visando aumentar a proporção de triatomíneos examinados, bem como
encontrar os barbeiros infectados permitindo subsidiar resultados mais conclusivos. As
técnicas de dissecação do intestino e retirada das glândulas salivares exigem
conhecimento quanto a morfologia interna, bem como a atenção no manuseio, desta
forma o aprimoramento e a simplificação da técnica permitirá futuramente a integração
na rotina do diagnóstico parasitológico nos vetores da Doença de Chagas, aumentando a
efetividade na vigilância do referido agravo.
54
MORTES DE MACACOS X ÓBITOS FEBRE AMARELA NA ALDEIA
INDÍGENA
Escritório Regional de Saúde - Juara
Paula Rieko Taniuchi, Silvia Cremonez Sirena
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de natureza viral. Na sua
apresentação clínica mais grave caracteriza-se por manifestações de insuficiência
hepática e renal, que podem levar à morte. O agente causal da FA é um arbovírus da
família Flaviviridae. A doença possui dois ciclos epidemiologicamente distintos: a febre
amarela silvestre, com a presença natural do vírus nas matas entre os vetores silvestres
(mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes) e alguns hospedeiros vertebrados
como os macacos tornam a sua erradicação impossível; e a febre amarela urbana, cujo
homem único hospedeiro vertebrado de importância epidemiológica e mosquito Aedes
aegypti o vetor, foi registrada pela última vez, no município de Sena Madureira, no
Acre em 1942. No entanto, no dia 09/02/2008, o Ministério da Saúde recebeu a
notificação do óbito da índia de 15 anos por febre amarela, residente no município de
Juara, localizada no norte do Estado de Mato Grosso, região endêmica para FA, com
relato de mortes de macacos em 2007 . Formou-se um grupo técnico composto por
profissionais do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde, FUNASA, ERS-
Juara e outras instituições para investigação do caso, com os objetivos de verificar a
existência do surto de FA, identificar outros possíveis casos, recomendar medidas de
prevenção e controle e verificar soro conversão à vacina contra FA. Na busca de dados,
analisou-se os prontuários de janeiro a dezembro de 2007 nos serviços de saúde local,
foi aplicado questionários padronizados à população indígena e local, utilizou-se de
informações complementares dos sistemas de informações, SIM, SIH e SINAN, além
da coleta de sorologia para FA nas 341 pessoas das aldeias indígenas. Deste
trabalho,conclui-se até o momento a ocorrência de um caso de FA confirmado, a da
índia, caso índice, com relato de que esteve na mata para coleta de castanhas alguns dias
antes dos primeiros sintomas. Uma ocorrência dessa magnitude, merece alerta e busca
de estratégias resolutivas por parte das autoridades sobre dois aspectos: primeiro a de
evitar a reintrodução da FA urbana, garantindo ações simples e efetivas como manejo
ambiental/limpeza urbana, destinação adequada ao lixo urbano, intensificação no
controle vetorial do Aedes aegypti, e vigilância para casos de óbitos em primatas não-
humanos, e segundo a de consolidar uma cobertura de vacinação total para FA, uma vez
que a doença é imunoprevenível.
55
LEVANTAMENTO ENTOMOLÓGICO PARA OS VETORES DA MALÁRIA
NO ASSENTAMENTO VALE DO JUINÃO, MUNICÍPIO DE JUINA – MATO
GROSSO.
Escritório Regional de Saúde de Juina
Suzi Monte da Cruz, Adão Lourenço da Silva Lopes, Luiz Carlos Dezembro.
A malária é uma doença que apresenta características epidemiológicas próprias de
acordo com o local de ocorrência. O Assentamento Vale do Juinão, localizado a 22 Km
do município de Juina (região noroeste de Mato Grosso), é a localidade com maior
número de casos da doença em todo o município. O Sistema de informação SIVEP-
MALÁRIA informa que neste assentamento foram confirmados, no ano de 2007, 14% e
em 2008, até o mês de maio, 25% dos casos de malária no município. Objetivo:
Realizar o levantamento entomológico para vetores da malária no assentamento Vale do
Juinão. Metodologia: A captura de mosquitos adultos foi realizada através dos métodos
“Isca humana” e “Barraca de Shannon”, anotamos as variáveis ambientais: temperatura,
umidade relativa do ar, condições do céu e a velocidade do vento. 04 criadouros foram
selecionados para coleta de larvas. Utilizaremos na identificação dos mosquitos a chave
dicotômica de Consoli e Lourenço de Oliveira (1994) e para as larvas, literatura
específica. Resultado: Foram capturados, entre os dias 09 e 13/06/2008, 126 mosquitos,
predominando a espécie Anopheles darlingi. No Laboratório de Entomologia – SES/MT
foram identificadas 40 larvas, sendo 33 Anopheles e 07 Culex. Conclusão: A presença
do vetor, associado ao destemor da população em relação à doença e aos fatores
ambientais, favorece a ocorrência da malária nessa região. Recomendação: Manter a
continuidade dos trabalhos de busca ativa, tratando precocemente os casos sintomáticos
e assintomáticos, das ações de Educação em Saúde e avaliar o controle químico frente à
densidade do vetor.
56
ÓBITO DE MACACOS X FEBRE AMARELA NO MUNICÍPIO DE JUARA –
MT ANO DE 2007
Escritório Regional de Saúde de Juara
Sirlei Franck Thies1, Silvia Regina Cremonez Sirena1, Hilda Rodrigues
Shirley Rodrigues Ramos
A febre amarela é uma arbovirose se apresentando sob duas formas: silvestre e urbana.
No ciclo urbano o vírus é transmitido ao homem pela picada do mosquito Aedes
aegypti. No ciclo silvestre a transmissão a transmissão ocorre entre primatas não
humanos e mosquitos silvestres, os quais habitam no alto das árvores, normalmente
mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes. A definição de uma caso suspeito de
febre amarela considera a presença de qualquer espécie de macaco encontrado morto
(inclusive ossada) ou doente, animais que movimentam-se com dificuldade, sem
manifestações de instinto de fuga ou segregados do grupo em qualquer local do Brasil.
O município de Juara localiza-se ao norte do estado de Mato Grosso e no mês de ____
de 2007 recebeu informação de óbito de macacos na localidade do Jaú, zona rural do
município. O presente trabalho objetivou descobrir se na localidade do Jaú e redondezas
existiam os mosquitos vetores da febre amarela silvestre. Para realização do
levantamento entomológico, foram priorizados dois locais na localidade do Jaú:
Fazenda Santa Isabel e Fazenda Boi Guará. A pesquisa foi realizada no período de 27 a
31 de março de 2007 no período matutino (8:00 as 12:00 horas) e vespertino (14:00 as
18:00 horas), com auxílio de capturador de castro, atrativo humano e puçá para coleta
dos que estavam sobrevoando o local, a pesquisa foi realizada por duas técnicas. Os
insetos coletados foram montados em triângulo de papel e acondicionados para
identificação no Laboratório de Entomologia da Secretaria Estadual de Saúde e Mato
Grosso. Foram capturados 100 exemplares adultos de Culicídeos pertencentes aos
gêneros: Coquillettidia, Psorophora, Aedes, Mansonia, Culex, Haemagogus, Limatus,
Orthopodomyia e Wyeomyia. Na fazenda Boi Guará foram coletados 21 exemplares das
seguintes espécies: Aedes sp, Coquillettidia sp, Mansonia sp Psorophora sp, Anopheles
mediopunctatus, na fazenda Santa Isabel foram coletados 79 exemplares sendo:
Coquillettidia sp, Culex sp, Haemagogus janthinomys, Mansonia sp, Psorophora sp,
Wyeomyia sp, Orthopodomyia sp,Limatus sp, Aedes fluviatilis, Aedeomyia sp,Anopheles
triannulatus sp. A fazenda Santa Isabel positivou para uma espécie vetora da febre
amarela, porém não fora realizada a análise para diagnóstico viral nos exemplares
coletados. Baseado nesses resultados, a equipe de Vigilância em Saúde recomendou o
bloqueio vacinal.
57
DIAGNÓSTICO DO VIGIÁGUA DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ
Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Amujacy Irinéia Ferreira de Morais, Telma Luzia Monteiro, Vagner César Souza Barros
O reconhecimento das ameaças globais em relação ao comprometimento da saúde
ambiental e das pessoas cresceu dramaticamente. Já não se discute se os negócios e
organizações devem mudar para atender aos desafios ecológicos global, e sim de que
forma deverão mudar. Nesse contexto o Brasil apresentou o Programa Nacional de
Vigilância em Saúde Ambiental que dentre outros visa a detecção e a prevenção de
qualquer fator determinante e condicionante do meio ambiente que interferem na saúde
humana. Seguindo as premissas do Sistema Único de Saúde (SUS) a Vigilância da
Qualidade da Água para o Consumo Humano-Vigiágua ainda apresenta desafios, pois
requer mudança de paradigmas na busca das melhorias e conservação da saúde. Nesse
sentido, o objetivo desse diagnóstico é conhecer a situação atual do Vigiágua e com
base no eixo econômico, social e ecológico possibilitar o melhor entendimento e
atendimento aos requisitos legais e técnicos normativos. O levantamento dos dados
ocorreu no período de março a agosto de 2008, nas reuniões entre equipes de
Fiscalização da VISA, Vigilância Ambiental e Técnicos da SANECAP. Em inspeções
nas Estações de Tratamento de Água e Soluções Alternativas de Abastecimento. Em
reunião de Auditoria com o Ministério da Saúde-MS e em bibliografias especializadas.
Uma Histórica evolução do Vigiágua de Cuiabá evidenciou avanços, pontos positivos e
a melhorar destacando a necessidade da disseminação e interpretação da Portaria 518 de
2004-MS e normas técnicas pertinentes e o uso e compreensão dos marcos conceituais,
legal e institucional para a sinergia da sistematização e operacionalização dos dados
gerados pelas Vigilâncias Sanitárias, Epidemiológicas, Ambiental e demais órgãos
gestores de recursos hídricos e relacionados. O diagnóstico do Vigiágua constitui
apenas o primeiro item para um modelo de gestão com a aplicação do PDCA, para o
subsídio local de tomadas de decisões, elaboração de projetos e ações de melhoria
ambiental e a prática efetiva da ecologia humana. Intensificar as ações multisetoriais, as
parcerias, as capacitações dos diversos atores e a adoção da abordagem sistêmica, de
processos e produtos, ou seja, o agir localmente pensando globalmente.
58
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ESCORPIÕES NO
ESTADO DE MATO GROSSO-BRASIL NO PERÍODO DE 2005 A 2007
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso
Angela Lúcia Piccini Oliveira; Elton Chaves Torres; Luiz Eduardo Saragiotto; Marlene
da Costa Barros; Thiago Nunes Rondon
Na América do Sul, o Brasil é o país que apresenta, anualmente, o maior número de
acidentes causados por animais peçonhentos de interesse da saúde pública, entre os
quais os causados por escorpiões. Pelo fato de causar óbitos em determinadas faixas
etárias, crianças e idosos além de sequelas que impossibilitam temporariamente os
acidentados ao trabalho formal e doméstico, o escorpionismo deve ser alvo constante de
campanhas públicas de controle e esclarecimento da população a respeito dos riscos que
representa. Objetivos: Analisar as notificações dos acidentes por escorpiões no Sistema
de Informação de Agravo de Notificação - SINAN, período 2005 a 2007, para subsidiar
a elaboração de estratégias para resolução dos problemas apontados. Metodologia: Os
dados dos acidentes escorpionicos foram obtidos dos dados disponíveis no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação – SINAN, e foram consideradas as seguintes
variáveis: sexo, faixa etária, local do acidente, parte do corpo picado, atividade durante
o acidente e evolução do caso. Resultados: No período de 2005 a 2007 foram
registrados 1571 casos de acidentes escorpiônicos no estado de Mato Grosso. Deste
total, 78% ocorreram com o sexo masculino, 70% dos acidentados estavam na faixa
etária entre 19 e 49 anos, o local do corpo mais atingido com 44,2% dos casos foi a
região da mão, seguido da região do pé com 29% incluindo os dedos, 71% estavam na
zona rural e 61% estavam no trabalho na hora do acidente. Do total de casos
notificados 95% evoluiram para cura, 1% para óbito e 0,5% obtiveram cura com
sequelas. Conclusão: Com base nos dados apresentados, verificamos que a maioria dos
acidentes envolveram trabalhadores da zona rural e do sexo masculino, sendo a mão
incluindo os dedos a região do corpo mais atingida. Talvez, estas pessoas estivessem
exercendo suas atividades laborais em locais com maior probabilidade de entrarem em
contato com os escorpiões como madeireiras, agricultura, desmatamento e trabalhos
domésticos. Quanto à evolução dos acidentes a maioria obteve cura e 8 (oito) pessoas
foram à óbito, possivelmente por tratamento inadequado ou tardio. Mesmo havendo
informações a respeito do escorpionismo, se faz necessário mais esclarecimentos à
população, por parte dos órgãos de saúde, no sentido de alertar sobre os riscos destes
acidentes, principalmente aos trabalhadores rurais.
59
ATIVIDADES DE CONTROLE DO DENGUE NA VISÃO DOS AGENTES
AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO DE JUARA-MT.
Secretaria Municipal de Saúde de Juara
Arlete de Assunção Ramos; Norma Santana Rodrigues; Lairce Valério Pestana
O número de casos de dengue e dengue hemorrágico tem apresentado tendência
ascendente nos últimos anos, sendo vários os desafios colocados ao controle desta
endemia. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi o de identificar, no contexto da
atuação dos agentes responsáveis pelo controle do dengue as dificuldades e facilidades
vivenciadas no e rotina de campo e discutir, a partir daí, novas formas de atuação no
Município de Juara-MT. Metodologia: Para coleta das informações foi utilizado
questionário aberto, para possibilitar ao agente a descrição de suas ansiedades. Os
agentes de foram abordados sobre as informações referentes às dificuldades e as
facilidades presentes nas atividades de rotina (atividades de controle e prevenção da
dengue), relação morador x agente (participação do morador nas atividades de campo) e
realização profissional (condições de trabalho). Resultados: No âmbito da rotina de
trabalho as principais dificuldades foram com 30% para falta de colaboração do
morador, 20% excesso de terrenos baldio, 16.66% cachorros soltos e 10% excesso de
lixo nos quintais, no âmbito relação morador x agente as principais dificuldades foram
45 % para recusa do morador em acompanhar na atividade, 20% falta de compreensão
da função do agente, 10% quintais sujos, recusa em receber o agente e crianças tomando
conta das casas e para o item realização profissional 41.9% falta de capacitação, 18.18%
excesso de cobrança dos supervisores, 13.63 para falta de EPI (filtro solar e calça
comprida), 13.63% longo percurso para entrega do boletim. As principais facilidades
relatadas no âmbito da rotina de trabalho e relação morador x agente estão relacionadas
ao morador ser receptivo e participativo nas atividades de campo, no item realização
profissional destacou-se a resposta relacionada ao companheirismo da equipe.
Conclusão: Verifica-se por parte dos agentes o desejo em obter subsídios para aprimorar
seus conhecimentos e de trabalhar em conjunto com a comunidade, parceria esta que
será enfatizada com novas atividades de divulgação das funções da vigilância ambiental
e estimulação da comunidade à ser parceira nesta luta.
60
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR SERPENTES
PEÇONHENTAS NO ESTADO DE MATO GROSSO-BRASIL EM 2007
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso
Angela Lúcia Piccini Oliveira; Luiz Eduardo Saragiotto; Thiago Nunes Rondon
Introdução: Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua grande
freqüência e gravidade. O aumento populacional de animais peçonhentos em áreas
urbanizadas e as atividades de exploração de áreas naturais favorecem os acidentes. Os
acidentes ofídicos em humanos são um sério problema de saúde pública pela morbi-
mortalidade que ocasionam. Realizou-se um perfil dos acidentes ofídicos que ocorreram
em Mato Grosso em 2007, a fim de subsidiar ações voltadas à alertar a população sobre
os riscos que representa. Objetivos: Analisar as notificações dos acidentes por serpentes
peçonhentas no Sistema de Informação de Agravo de Notificação - SINAN, no ano de
2007, para definir estratégias voltadas para a resolução dos problemas apontados.
Metodologia: Foram analisados os dados das notificações do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação - SINAN, quanto ao gênero causador, região anatômica da
picada, sexo do acidentado, a faixa etária, local do acidente e evolução do caso.
Resultados: Dos 969 acidentes notificados, 89,3% foram causados pelo gênero
Bothrops, seguidos de 6,5% por Crotalus, 3,7% por Lachesis e 0,5% por Micrurus. A
maioria dos acidentes 83% ocorreram na zona rural e a área corporal mais atingida foi o
pé incluindo os dedos com 54,8% e a perna com 22,8%. O sexo masculino foi o mais
acometido com 79,8% e a faixa etária foi entre 15 e 44 anos com 54,6% dos casos. Do
total de notificações 93% evoluiram para cura e 0,4% para óbito. Conclusão: As faixas
etárias mais atingidas são as mais produtivas do ser humano e a zona rural o local de
maior número de acidentes, demonstrando que os trabalhadores estão mais expostos ao
risco. Quanto à evolução dos casos a maioria obteve cura e os óbitos podem estar
relacionados à demora no tratamento ou mesmo soroterapia inadequada. Faz necessário
promover ações educativas junto a população e principalmente aos trabalhadores sobre
medidas preventivas para evitá-los.
61
BOLETIM INFORMATIVO VIGIAR – INSTRUMENTO DE ALERTA DA
QUALIDADE DO AR NO ESTADO DE MATO GROSSO.
Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso.
Oberdan Ferreira Coutinho Lira; Noraney Nascimento Almeida; Wagner Luiz Peres;
Junior Infantino Martins; Lediane Léslie Campos Ramos e Willdeyne Sodré dos Santos.
A idéia de elaboração de um instrumento que informasse os municípios quanto a
qualidade do ar e sua influência na saúde surgiu em decorrência de alguns eventos
ambientais ocorridos no Estado de Mato Grosso, onde se notou um fluxo anormal de
entrada de pacientes nas unidades de saúde com problemas que poderiam estar
relacionados com a qualidade do ar, principalmente nos meses de ocorrência de
inversão térmica e nos meses coincidentes com o período de queimadas. Não obstante
a formatação do Programa de Vigilância da Qualidade do Ar por parte do Ministério da
Saúde, e não ocorrida a sua efetiva implantação nos municípios do Estado de Mato
Grosso, o BOLETIM INFORMATIVO VIGIAR elaborado pela Secretaria Estadual de
Saúde e encaminhados a estes tem contribuído para o despertar quanto aos problemas de
saúde e ambiental decorrente da má qualidade do ar. Portanto, instrumentos desta
natureza são importantes para que os municípios criem segundo suas especificidades,
mecanismos de alerta à população e os subsidie para as tomadas de decisões juntamente
com o setor ambiental local nas ações preventivas e corretivas. Nessa premissa, o
boletim é uma nova leitura a fim de acirrar nos municípios um modelo de vigilância
voltado a três períodos distintos: anterior à situação de emergência, durante ao episódio
de emergência e posterior à situação de emergência.
62
A UTILIZAÇÃO DO CONTROLE MECÂNICO E TRATAMENTO COM
TEMEPHOS EM 100% DOS DEPÓSITOS NÃO REMOVÍVEIS PARA O
CONTROLE AO AEDES AEGYPTI EM BARRA DO BUGRES – MT
Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Bugres
Luciana Lopes Castanha Souto
Barra do Bugres tem enfrentado alguns picos epidêmicos desde 1990, com índices de
infestação predial para Aedes aegypti, variando entre 5 a 6%, encontrando- se registros
do crescimento das notificações de Dengue desde então. No ano de 2006 foram 86
casos, no mês de janeiro de 2007 foram notificados mais de 100 casos. Objetivos:
Reduzir as notificações de Dengue e índices de infestação predial. Metodologia:
Utilizou-se como estratégia o controle integrado, iniciando no mês de fevereiro de 2007
o cadastramento de sete ciclos de trabalho, cinco de Levantamento de Índice mais
Tratamento com duração de oito semanas cada ciclo e dois para a Tratamento e
Controle Mecânico com duração de 4 semanas, juntamente com a eliminação de
criadouros nos imóveis trabalhados, houve a utilização do larvicida temephos em 100%
dos criadouros não removíveis. Foram priorizados os bairros com índices de infestação
acima de 5% e grande número de notificações de Dengue. Constatou-se no Bairro
Pronav com 20,31% de cada 100 imóveis estavam infestados com Aedes aegypti.
Resultados: Ao iniciar os trabalhos com o ciclo de controle mecânico no mês de
fevereiro as notificações diminuíram de 45 para 23 por semana. No primeiro, segundo,
terceiro, quarto, quinto e sexto ciclo, foi possível observar uma redução do índice de
Infestação Predial do município, de 6,43%, 2,33%, 1,01%, 0,82%, 0,85%, 3,75%
respectivamente. O sétimo ciclo Dezembro de 2007 com duração de quatro semanas
foi realizado somente Tratamento e Controle Mecânico dando continuidade no primeiro
ciclo em janeiro de 2008. E no segundo, terceiro e quarto ciclo de 2008 os índices
foram, 1,90%, 1,15% e 0,57 % respectivamente. Conclusão: Por ser muito recente o
início desta metodologia é necessário um acompanhamento por mais anos, porem foi
possível observar que a utilização de estratégias de controle integrado e controle focal
em 100% dos criadouros não removíveis em parte do ano, surtiu um resultado
importante pra Barra do Bugres, reduziu-se não só os índices de infestação, mas
também os casos de Dengue.
63
SOROLÓGICA E CITOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
EM BAIRROS DE OCORRÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL
HUMANA, CUIABÁ, 2008
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ
Gustavo Leandro da Cruz Mestre, Caroline A. P. Sena, Rosina Djunko Miyazaki, Ana
Lúcia Maria Ribeiro, Valéria Régio F. Sousa, Arleana B. P. F.
Nas Américas, a Leishmaniose chagasi é o agente etiológico da LV humana e canina.
A transmissão ocorre pela picada das fêmeas dos dípteros das espécies Lutzomyia
longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira ocorrência de LV humana em Cuiabá foi em
2005, com registro de cinco casos autóctones durante o ano, sendo dois óbitos. Nas
doenças endêmicas, o conhecimento de sua epidemiologia promove uma melhor
definição das áreas de transmissão ou de risco, o que torna o controle mais eficaz.
Nesse sentido, este trabalho visa explicitar a atual magnitude epidemiológica da LV na
área urbana do município de Cuiabá, através do levantamento entomológico e das
pesquisas sorológica e citológica canina dos bairros de ocorrência de LV humana. Os
bairros Barreiro Branco, Novo Milênio, Jardim União, Jardim Itapuã, Jardim Três
Poderes, situados no Distrito Norte de Cuiabá e o bairro São Roque, no Distrito Leste
foram selecionados para o estudo. A escolha se baseou na ocorrência de casos humanos
da doença, obtidos no SINAN/MT. Armadilhas luminosas do tipo CDC foram
instaladas em duas residências de cada bairro, escolhidas aleatoriamente. As coletas
vem sendo realizadas durante três noites consecutivas por mês, sempre na primeira
semana, no ambiente perdomiciliar, expostas entre 17:00h e 7:00h do dia seguinte. As
coletas iniciaram em janeiro de 2008 e serão estendidas até abril de 2009. A população
canina estimada pelo censo animal realizado nos bairros selecionados pelo CCZ/Cuiabá
é de 1290 cães. Para estabelecer diferenças significativas (p≤0,05), incluíram-se 298
cães no estudo, pertencentes a ambos os sexos e idade igual ou acima de seis meses.
Para cada cão selecionado realizou-se a coleta de sangue para sorologia e, em 10%
destes, colhidas amostras da medula óssea e linfonodos para a confecção de esfregaços
para o exame citológico, que inclui pesquisa parasitológica direta e a técnica de
imunocitoquímica. A coleta do material biológico dos cães iniciou no mês de agosto,
com previsão de conclusão no mês de novembro do corrente. Os resultados
preliminares do levantamento entomológico demonstraram presença abundante das
espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi nos bairros Novo Milênio e Barreiro
Branco. Um amplo espectro de sinais clínicos foi observado nos cães dos bairros onde
as coletas já iniciaram, e varia desde animais aparentemente saudáveis até estágios
graves da doença. A estratégia do levantamento entomológico e a prática do
diagnóstico citológico da LV canina pelo CCZ/Cuiabá constituem um avanço do serviço
municipal de saúde pública para vigilância e controle da LV na capital mato-grossense.
64
OCORRÊNCIA DE ARANHA ARMADEIRA (Phoneutria reidyi) NO DISTRITO
SUL DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ
Deise Cristina Macanham, Paula de Campos Silva, Elyerson Alexandre Perreira
Boaventura, Léa Rodrigues Lamas
Animais Peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunica
com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. As
aranhas do gênero Phoneutria são espécies bastante agressivas. São aranhas que medem
cerca de 3,5 cm de comprimento com pernas que podem medir até 5 cm. Sua atividade
é maior ao entardecer e à noite. Esta espécie não tece teia e é comumente encontrada
em árvores, principalmente bananeiras e folhagens. É comum serem encontradas em
ambiente intradomiciliar e peridomiciliar, onde encontram alimento, abrigo e proteção.
Os acidentes ocorrem frequentemente dentro das residências e nas suas proximidades,
ao manusear material de construção, entulhos, lenha ou calçando sapatos. A picada
resulta em dor violenta no local que se irradia pela região atingida. Os acidentes por
Phoneutria correspondem a uma das mais importantes formas de araneísmo no Brasil,
pois são responsáveis pela maioria dos casos registrados. No município de Cuiabá
foram registrados de Janeiro a Julho de 2008 pelo Centro de Controle de Zoonoses 16
solicitações de serviço para a orientação e vistorias relacionadas a aranhas. Dados do
SINAN de janeiro a julho de 2008 foram registrados 90 notificações de acidentes por
aranha em residentes no município. Durante o evento “Prefeitura em Movimento”
realizado pela Prefeitura Municipal de Cuiabá no Bairro Residencial Coxipó, localizado
no Distrito Sul. Um exemplar vivo de aranha foi entregue por uma moradora do bairro
Getulio Vargas II, e enviado ao NORMAT (Núcleo de Ofiologia de Mato Grosso) o
exemplar foi identificado como Phoneutria reidyi. Em vistoria realizada in loco na pela
supervisora distrital, foi constatado que o local é habitat propício para criação e
proliferação desses animais. Segundo a moradora a ocorrência desta espécie é comum
no local. A mesma não tinha conhecimento de que se tratava de uma espécie
peçonhenta. A falta de informação e conhecimento por parte da população em relação a
algumas espécies peçonhentas ainda são causas de muitos acidentes. O presente
trabalho tem como objetivo enfatizar a importância da realização de eventos como
acima citado junto à população, a fim de esclarecer e informar a importância e
conhecimento da fauna sinantrópica, dos serviços oferecidos pela Secretaria Municipal
de Saúde.
65
OCORRÊNCIA DE ESCORPIÃO DO GÊNERO Tityus sp NO MUNICÍPIO DE
CUIABÁ
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/CCZ
Ana Paula de Campos Silva, Paula de C. Silva, Elyerson Alexandre P. Boaventura,
Léa Rodrigues Lamas, Alessandra da C. Carvalho, Rodrigo C.
Os escorpiões têm ampla distribuição geográfica. São encontrados em quase todos os
continentes. Predominam em zonas tropicais e subtropicais, mas também ocorrem em
zonas temperadas. São animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos,
como grilos e baratas. Apresentam hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob
pedras, troncos dormentes de linha de trem, em entulhos, telhas ou tijolos. Muitas
espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas,
bem como alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem
alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil. Os escorpiões de
importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, que é o mais rico em
espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical. Durante o ano
de 2007 foram encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses 45 exemplares de
escorpiões coletados nos quatro distritos sanitários de Cuiabá. O distrito sanitário oeste
apresentou maior número com 24 exemplares, seguido do distrito leste com 16
exemplares, distrito norte 4 exemplares e distrito sul 1 exemplar. Todos os exemplares
foram identificados em nível de gênero, sendo que o gênero predominante foi Tityus
com 96%. O gênero Ananteris apresentou apenas 4%. Estes números poderiam ser
maiores, mas grande pare da população após matar se desfaz do animal o que
impossibilita a identificação e contabilização. Segundo dados do SINAN no ano de
2007 foram registrados 35 notificações de acidentes por escorpiões em residentes no
município. O presente trabalho tem como objetivo informar a ocorrência dos gêneros
encontrados no município.
66
OCORRÊNCIA DE CASOS DE MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE VÁRZEA
GRANDE, MATO GROSSO.
Centro de Controle de Zoonoses/Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande / MT
e Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana.
Vilma Juscineide de Souza; Helenir Nunes Vieira; Kamila Karolyne Silva Barros;
Shirley Rodrigues Ramos.
A intervenção imediata diante da ocorrência de um agravo de saúde, permite a
profilaxia do mesmo, podendo desta forma, evitar a ocorrência de um surto em uma
determinada localidade. O município de Várzea Grande é endêmico para agravos como
Dengue, Leishmaniose e doença de Chagas. Além destes, no mês de março de 2008,
registrou-se a ocorrência de 2 casos de malária em uma localidade denominada Princesa
do Sol. Foi realizada investigação e busca ativa na vizinhança do local da ocorrência
dos casos, sendo identificado mais um caso positivo em outro morador da mesma
residência. O tratamento destes pacientes foi acompanhado pelos supervisores do
programa de controle da Dengue, e após o tratamento foi feita a Lâmina de Verificação
de Cura (LVC) de todos os infectados. Simultaneamente realizamos borrifação intra e
peridomiciliar. Foram realizadas também reuniões com as equipes de enfermagem do
município, e agentes comunitários de saúde no intuito de alertá-los quanto à vigilância
de casos suspeitos, enfocando temas como: biologia do vetor e principais sintomas da
doença. Após investigações concluímos que os casos ocorreram devido à presença de
um indivíduo infectado proveniente do município de Peixoto de Azevedo que esteve
hospedado no domicílio do casal que contraiu a doença.
67
3
Vigilância
Epidemiológica
68
69
APRESENTAÇÃO ORAL
“XÔ DENGUE ’’: ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO PARA O CONTROLE
DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI E INTERRUPÇÃO DA TRANSMISSÃO DA
DENGUE EM CANARANA
Secretaria Municipal de Saúde de Canarana-MT
Susana Sandim Borges, Maria Andrade De Jesus
A Secretaria Municipal de Saúde de Canarana elegeu o controle do mosquito Aedes
aegypti e a interrupção da transmissão da Dengue como uma de suas prioridades,
mobilizando recursos institucionais e comunitários para o enfrentamento e a resolução
deste problema de saúde e de seus determinantes. Nos anos de 2004 e 2005, a Dengue
era a doença transmissível de maior impacto no serviço público municipal. Representou
40% de todas as notificações compulsórias e 90 % das internações nos meses de
Novembro e Dezembro (2004). A sociedade cobrou uma posição dos gestores e em
2006, iniciou-se uma reestruturação de toda equipe de Vigilância em Saúde e a
Vigilâncias ganharam destaque no desenvolvimento de suas ações. Além das atividades
obrigatórias, a equipe incluiu no seu trabalho informação, educação e comunicação
massiva e de qualidade. O tema “Xô Dengue” passou a ser rotina em todas as atividades
envolvendo o setor saúde. Apresentações de peças de teatro tornou-se fundamental na
sensibilização da comunidade. Outras estratégias utilizadas foram: reuniões
multiprofissionais com estudo de casos, apresentação dos índices e monitoramento dos
casos suspeitos, reuniões bimestrais interinstitucionais, borrifações, mutirões de
limpeza, panfletos, paradas em dias „D‟, distribuição de sacolas de lixo, jingle sobre a
dengue nas rádios e gincanas entre as escolas municipais. O impacto dessas ações
demonstram que as estratégias utilizadas foram efetivas. Em relação ao vetor, hoje,
2008/terceiro ciclo, o índice de infestação predial é menor que 1% ( chegou a 5,44%).
As notificações diminuíram 70% e a coleta pública do lixo funciona regularmente. A
defesa da causa pelo Gestor, o envolvimento da comunidade, capacitação e
integralidade da equipe de saúde e a interinstitucionalidade (Secretarias de Saúde,
Educação, Obras, Administração; ONG‟s; conselhos de saúde e meio ambiente;
associações de bairros; igrejas; vereadores, dentre outros) foram e são fundamentais no
processo de interrupção da transmissão da Dengue e no controle do mosquito Aedes
aegypti.
70
IMPACTO DAS AÇÕES EM SAÚDE NA DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE
HANSENÍASE.
Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis
Neusa Maria Broch Coelho, Elaine Cristina Pereira
Patrícia Sammarco Rosa, Andréia de F. F. Beloni, Cássio César Guidella
O Município de Rondonópolis, localizado na Região Sul do Estado de Mato Grosso
apresenta historicamente altos coeficientes de detecção de hanseníase na população em
geral e em menores de 15 (quinze) anos, isso nos mostra a necessidade de
intensificarmos as ações educativas e de busca ativa visando o diagnóstico precoce e o
controle da endemia. Objetivos: Sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde do
município para o problema da hanseníase. Divulgar na comunidade sinais e sintomas da
hanseníase. Realizar diagnóstico precoce através da busca ativa. Metodologia: Iniciou-
se as atividades através de reuniões com o coordenador do Departamento de Atenção à
Saúde e Supervisores das Unidades de Saúde da Família (PSF's), para planejamento e
organização das ações. Num segundo momento, agosto de 2007, realizou-se uma
sensibilização e treinamento para todas as categorias profissionais da saúde. Na semana
que antecedeu o dia do mutirão (15/09/2007), foram intensificadas as atividades
educativas na comunidade com divulgação de sinais e sintomas da hanseníase, nas salas
de espera, Igrejas, Associações de Moradores, Escolas (concurso de redação), Clubes de
Serviço, Visitas Domiciliares com distribuição de panfletos pelos Agentes Comunitários
de Saúde, entrevistas e reportagens no rádio e na televisão. Resultados: Como resultado
do trabalho educativo e de divulgação foram examinadas 520 pessoas (0,3% da
população). Encaminhados 70 com suspeita de hanseníase, (destes 19 não
compareceram a consulta). Dos 51 examinados foram diagnosticados clinicamente 22
casos. Na semana pós-campanha, além dos 22 diagnósticos recebidos como
encaminhamento da campanha, houve mais 16 diagnósticos de Rondonópolis e mais 04
casos de municípios da região por demanda espontânea, como conseqüência da
divulgação e do trabalho educativo. Totalizando 38 casos de Rondonópolis e 04 casos
da região. De janeiro a julho a média mensal foi de 15 casos novos. Em agosto (mês da
sensibilização e treinamento) houve um aumento de 67%, em setembro (mês do
mutirão) houve um aumento de 153%. Conclusões e Recomendações: O treinamento, a
sensibilização dos profissionais de saúde, as campanhas educativas na comunidade e os
mutirões de busca ativa, mostraram serem ferramentas importantes para o controle da
hanseníase.
71
SITUAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE MATO GROSSO, NO
PERÍODO DE 2000-2006
Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica -SES/MT
Joelma Leite S. Duarte, Solanyara Maria da Silva,
Mara Andréia P. Fagundes da Silva, Anderson C. de Souza
A sífilis é um grande desafio para a saúde pública mundial. A taxa de transmissão
vertical da sífilis em gestantes não tratadas varia de 30 a 100%, podendo levar a graves
desfechos como: aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal, entre outras seqüelas,
mesmo nascendo a criança aparentemente saudável. A Sífilis Congênita (SC) é
totalmente evitável, com tratamento adequado da gestante e parceiro. Sua ocorrência
representa falha da assistência pré-natal e grave erro do sistema de saúde, pois seu
diagnóstico é de baixo custo e atinge cura de 100%. A SC é doença de notificação
compulsória, porém de uma forma geral é bastante subnotificada. Foi Analisado a
situação da Sífilis Congênita no Estado, no período de 2000 a 2006. Notificados no
Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Como metodologia foi reaizado um
Estudo transversal. Amostra: 214 casos de SC notificados no período estudado.
Utilizaram-se os aplicativos Tabwin e Excel. Os resultados obtidos foram: Média de
30,6 casos de SC/ano. A incidência variou entre 0,1/1000 nascidos vivos em 2001 a
1,4/1000 em 2006. 68,7% dos casos tiveram acesso ao serviço de pré-natal, o
diagnóstico de sífilis foi realizado no pré-natal em 42,5%; 42,1% dos parceiros foram
tratados. As informações ignoradas/em branco foram acima de 20% em todas as
categorias. Foi observado subnotificação acima de 50% em todos os anos. A taxa
acumulada no período foi de 81,1%. Os resultados apontam para a necessidade de
melhoria na qualidade da assistência prestada no pré-natal, assim como nas ações de
vigilância epidemiológica e dos dados fornecidos pelo SINAN. Embora a incidência
esteja dentro da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, isto está relacionado com a
alta taxa de subnotificação do que propriamente com o controle da doença.
72
Poster
PREDNISONA E AUTOMEDICAÇÃO EM PACIENTES COM REAÇÕES
HANSÊNICAS
Secretaria Estadual de Saúde e CERMAC
Luciane Cegati de Souza, Marisa B. B. Göbel
A Hanseníase é uma doença crônica, cuja evolução pode ocorrer episódios reacionais.
Esses episódios muitas vezes ocasionam quadros dolorosos muito intensos localizados
ou sistêmicos, necessitando tratamento rápido e adequado. Essas reações duram às
vezes muito tempo, até anos, dando oportunidade de ocorrerem complicações,
dependência e uso inadequado desses medicamentos. Este estudo é do tipo qualitativo
descritivo, e tem como objetivo apresentar os efeitos colaterais da prednisona em
hansenianos que fazem uso de automedicação por tempo indeterminado. O estudo foi
realizado em um Ambulatório de Dermatologia referência para Hanseníase no Estado de
Mato Grosso/MT. Os dados foram coletados através da análise nos prontuários de dez
hansenianos que estiveram presentes no ambulatório entre os anos de 1994 a 2004,
sendo categorizados quanto ao sexo e faixa etária, efeitos colaterais, formas clínicas,
tipo de reação, período de tratamento com prednisona e condutas para retirada do
corticóide. Dentre os pacientes que se automedicaram durante as reações, verificou-se
que a maioria era do sexo masculino. Os efeitos colaterais encontrados foram: cushing,
depressão, irritabilidade, tremor, cansaço, gastrite, erupção acneiforme, estrias, infecção
urinária, obesidade, hipertensão arterial, exoftalmo, glaucoma, diabetes e algias. As
reações ocorreram nos pacientes com forma clínica Virchoviana e Dimorfa, sendo que
os virchovianos apresentam a maioria. Os achados evidenciaram o uso freqüente de
corticosteróides sistêmicos e a ausência de Talidomida como medicação isolada no
tratamento do Eritema Nodoso Hansênico – ENH. Esses dados apontam para a
gravidade dos quadros clínicos de ENH e para a freqüente associação com neurite. O
presente estudo alerta para a necessidade de padronização das intervenções de acordo
com a classificação do ENH, bem como para o monitoramento adequado para a
prevenção de incapacidades. Oito pacientes tiveram necessidade de encaminhamento à
clínica de dor para retirada do corticóide, desses somente três não conseguiram e
continuam sob o acompanhamento do ambulatório até os dias atuais.
73
ANÁLISE DO NÚMERO DE HIPERTENSOS DO VALE DO ARINOS, ANO
2007.
Escritório Regional de Juara
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch, Marcly Sshelles de Lima
Silvia Regina Cremonez Sirena
A hipertensão é um dos principais agravos á saúde no Brasil. Eleva o custo médico-
social, principalmente pela suas complicações, como as doenças cérebro-vascular,
arterial coronariana e vascular de extremidades, além da insuficiência cardíaca e renal
crônica(1).No Brasil, estima-se que aproximadamente 15% da população sofrem de
Hipertensão, sendo que a maioria desconhece ser portadora da doença. Nesta
contextualização, verifica-se a necessidade de informações sobre este agravo, visto que
o mesmo é uma doença grave e freqüente e que pode levar a sérias complicações. Sendo
assim, este estudo, objetiva-se analisar a quantidade de hipertensos existentes no Vale
do Arinos no ano de 2007, bem como propor medidas preventivas / promocionais para a
saúde.Foi realizado um levantamento de pacientes hipertensos do Vale do Arinos
notificados no HIPERDIA(2) (Sistema de Cadastramento de Hipertensão e Diabetes)
sistema oficial do Ministério da Saúde do ano de 2007, após elaborado o percentual de
notificações correlacionando com os dados estimativos da população
brasileira.Analisando a proporção de hipertensos X população estimada de cada
município que compõe o Vale do Arinos, verifica-se que: Dos 2.150 hipertensos
corresponde a 6,7% da população no município de Juara, no município de Novo
Horizonte do Norte apresenta 289 hipertensos um percentual 7,6 % da população,
quanto ao município de Porto dos Gaúchos totaliza-se 458 hipertensos sendo 7,5% da
população, enquanto o município de Tabaporã apresenta 554 hipertensos com
percentual 5,3% da população municipal. Conclui-se que nos municípios que compõe o
Vale do Arinos em 2007 os resultados estão abaixo da estimativa brasileira de
hipertensão arterial (15%), porém as medidas de promoção e prevenção a saúde devem
ser monitoradas para que não venham aumentar o numero de pacientes hipertensos,
minimizando assim, um problema que agrava-se quando não aplicados medidas
preventivas.
74
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO PELA VIGILÂNCIA
EM SAÚDE MUNICIPAL.
Escritório Regional de Tangará da Serra
Bárbara Ferraz Buhler
Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) integra as ações de saúde da União,
Estados e Municípios; cada esfera de gestão possui funções específicas e articuladas
entre si. Segundo a Portaria 1172/GM de 15.06.2004, compete às secretarias estaduais
de saúde a execução das ações de vigilância de forma complementar a atuação dos
municípios. De acordo com esta diretriz, uma das atividades desenvolvidas pela
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), através do Escritório
Regional de Tangará da Serra (ERS/TS), consiste em supervisões “in loco” de todos os
trabalhos promovidos pelas secretarias de saúde dos municípios de sua área de
abrangência. Entre estes trabalhos estão o controle de endemias e a vigilância da
qualidade da água, solo e ar. A cada supervisão, são gerados relatórios que contém
descrição das situações observadas e análise do banco de dados da vigilância em saúde
municipal. Objetivo: O presente trabalho tem o objetivo de fazer uma reflexão acerca
da importância da análise dos sistemas de informação tanto na busca de conhecimentos
sobre as condições de vida da população, quanto na elaboração de propostas que visem
à melhoria das ações de prevenção desenvolvidas pelas secretarias municipais de saúde.
Metodologia: Para tanto, foram extraídos trechos dos relatórios técnicos elaborados
pelo ERS/TS entre janeiro de 2007 e julho de 2008, que proporcionaram reflexões
críticas sobre os dados. Resultados: Os relatórios mostraram a necessidade de
incentivar os técnicos das secretarias municipais de saúde na análise de seu respectivo
banco de dados, para que auxilie no direcionamento das ações de prevenção de agravos.
75
COBERTURA VACINAL E HOMOGENEIDADE DA CAMPANHA DE
VACINAÇÃO DA POLIOMIELITE EM MATO GROSSO, NO PERÍODO DE
2003 A 2007.
Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Imunopreveníveis e Gerência de Vig. em
Doenças e Agravos Endêmicos / SUVSA/SES
Anderson C de Souza, Joelma Leite S Duarte
Há 25 anos o Brasil realiza com sucesso as campanhas de vacinação contra a
poliomielite. Sem registro de casos da doença desde 1989, o país participa do grande
empreendimento mundial em busca da erradicação da doença, ainda endêmica na
África, Mediterrâneo e Sudeste da Ásia. A manutenção de altas coberturas com
homogeneidade em crianças menores de 5 é importante para impedir a reintrodução do
póliovirus selvagem e ocorrência de novos casos da doença, hoje considerada erradicada
no Brasil. Apresentar a cobertura vacinal e a homogeneidade atingidas nas campanhas
de vacinação contra a Poliomielite nas 1ª e 2ª etapas no Estado; e avaliar o número de
municípios por Escritório Regional com cobertura vacinal < 95% no período estudado.
Será realizada análise dos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunização – SIS/PNI, utilizando para fazer a tabulação o aplicativo Excel. Os
resultados subsidiarão o planejamento, assim como formulação de novas estratégias e
ações para os municípios com baixa cobertura vacinal e homogeneidade abaixo de 70%
nos Escritório Regional de Saúde. Será baseada nos resultados do Sistema do Programa
Nacional de Imunização/SIS-PNI.
76
ANÁLISE DA QUALIDADE DA BASE DE DADOS DE AIDS ADULTO DO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) -
ESCRITÓRIO REGIONAL DE SAÚDE DA BAIXADA CUIABANA-SES/MT
Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana
Elinalda Silva do Nascimento Lopes
O SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) é o sistema oficial
nacional para notificação dos casos diagnosticados de aids.Trata-se de um estudo
descritivo, com levantamento das duplicidades de registro, completitude dos campos e
inconsistências existentes entre dados na base de dados do Sinanw aids adulto do
Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana. Os resultados apresentados
demonstraram a existência de uma base de dados que requer correções para validação
de informações primordiais para a epidemiologia da aids. Isto se faz necessário para
efetivamente implementar a vigilância epidemiológica como instrumento de
planejamento nas ações de controle das doenças que atingem a população brasileira, em
foco os cidadãos da Baixada Cuiabana, contribuindo para que o Sistema Único de
Saúde seja plenamente implementado.
77
ANÁLISE DO BANCO DE DADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NAS
REGIONAIS DE SAÚDE DE AB, BG E PAN/MT ENTRE 2001 A 2006.
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso/COVEPI/SUVSA
Andréia Barreira Abreu, Auxiliadora Dantas, Camila Trentin Zandoná, Marlene Josefa
de Oliveira
Objetivo: Analisar o banco de dados de Sífilis Congênita das Regionais de Saúde de
Água Boa, Barra do Garças e Porto Alegre do Norte, no período de 2001 a 2006.
Método: Os dados foram analisados, quanto à ocorrência e a incidência, descrevendo a
estrutura de saúde das regionais, bem como as características do agravo. Resultado:
Constatou-se que nas regionais de Água Boa e Barra do Garças há subnotificação do
agravo, enquanto que na Regional de Porto Alegre do Norte existe um número
expressivo do mesmo.Conclusão: A sífilis congênita constitui grave problema de saúde
publica, sendo que a análise dos dados deve ser feita com parcimônia; As ações voltadas
para sífilis congênita são limitadas a notificação de poucos casos, indicando uma
subnotificação; A Sífilis Congênita ainda é um agravo subestimado; Recomendações:
Desenvolver estratégias para envolvimento efetivo dos profissionais da atenção básica;
Estabelecer fluxo entre as unidades de saúde e os laboratórios para realização de VDRL
em gestantes durante o pré natal; Supervisionar os hospitais quanto a efetiva realização
do VDRL no parto; Capacitar profissionais de saúde para as ações de vigilância em
saúde e assistência a saúde.
78
DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE HANTAVIROSE NO MUNICÍPIO DE
BARRA DO BUGRES - MT, ENTRE JANEIRO DE 2007 A JUNHO DE 2008.
Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Bugres
Luciana Lopes Castanha Souto, Maria Silva de Souza, Wemerson Paulino Moura,
Eduardo Ardaia do Prado, Márcio Dionísio Silva Vidrago, Moacir Borges.
O município de Barra do Bugres registrou seu primeiro caso de Hantavirose em 2002,
com a organização da Vigilância Epidemiológica, nos anos de 2007 e 2008 foram
notificados 22 casos, foram confirmados 7 casos, destes, 4 evoluíram para óbito, com
uma letalidade de 57%. A ocorrência da Hantavirose em Barra do Bugres se deu em
propriedades rurais, com atividades econômicas ligadas a agropecuária, se tornando
uma grande preocupação para as autoridades sanitárias e um problema de saúde pública.
Objetivos: Conhecer a distribuição e a história Natural da doença em Barra do Bugres;
Identificar as áreas de circulação do vírus e seus fatores de risco; Recomendar e
executar medidas de prevenção e controle. Métodos: Através da notificação de caso
suspeito de Hantavirose, a equipe de Vigilância em Saúde levantou informações com a
equipe de saúde e por meio da ficha de notificação teve acesso aos dados do paciente e
de seus possíveis contatos. Resultados: A maioria dos casos ocorreu entre os meses de
novembro a abril. Através da investigação foi possível observar que todos os casos
confirmados tiveram contato com o roedor silvestre ou com suas excretas. Houve a
predominância quanto à característica econômica de fazendas ligadas à pecuária, com
vegetação predominante de Braquiaria brizanta em cinco casos confirmados e somente
duas fazenda com plantação de cana. Conclusão: Apesar dos trabalhos estarem em seu
início, é possível visualizar que os casos de Hantavirose em Barra do Bugres, difere de
outras regiões como no Rio Grande do Sul, por exemplo, que tem sua predominância de
maio a dezembro, coincidindo com períodos de inverno e primavera. Outra
característica é a predominância de casos em fazendas com vegetação predominante de
capim braquiária, mostrando que os trabalhos educativos nas propriedades rurais não
devem ser esporádicos e sim em caráter permanente.
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IDENTIFICAÇÃO MICROBIOLÓGICA DOS AGENTES ETIOLÓGICOS DE
SURTOS ALIMENTARES OCORRIDOS EM MATO GROSSO NO PERÍODO
DE 2004 – 2007
MT Laboratório
Simone Curvo Bett, Andréa Regina Netto,Eliana Villen Rebelo
As doenças transmitidas por alimentos são causadas por agentes biológicos, químicos
ou físicos, os quais penetram no organismo humano pela ingestão de água ou alimentos
contaminados. Este trabalho teve como objetivo identificar os agentes etiológicos e
alimentos envolvidos em surtos em Mato Grosso. Foi realizado um levantamento
retrospectivo dos laudos disponíveis no Lacen/MT sobre surtos de origem alimentar
ocorridos em Mato Grosso no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2007, cujas
análises seguiram normas oficiais da Resolução RDC Nº 12 de 02/01/2001, ICMSF e
APHA. O perfil epidemiológico das DTA‟s ainda é pouco conhecida, somente alguns
estados e/ou municípios dispõe de dados estatísticos sobre os agentes etiológicos mais
comuns, alimentos mais envolvidos e fatores contribuintes. Dados obtidos pelo
Lacen/MT confirmaram que das 101 amostras de alimentos encaminhadas para analise
no laboratório pelos 31 municípios, em 33 (32.6%) destas foram detectadas presença de
Enterotoxina Estafilocócica e 14 amostras (13,8%) confirmaram presença de Salmonella
enteritidis. Verifica-se que os alimentos mais freqüentemente associados aos surtos são
os que apresentam maior manipulação e após o preparo não são armazenados em
temperatura adequada, destes destacam-se os queijos, maionese e bolos confeitados. De
acordo com o levantamento, os locais de maior incidência de DTA‟s são as creches,
restaurantes e eventos festivos. O número de notificação de surtos de DTA‟s cresce a
cada ano, mas grande parte da população desconhece os requisitos necessários para uma
correta manipulação de alimentos, incluindo o armazenamento (locais, temperatura,
tempo de armazenamento) e principalmente os perigos que podem estar associados aos
alimentos contaminados.
80
4
Vigilância
Sanitária
81
82
APRESENTAÇÃO ORAL
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS REFEIÇÕES SERVIDAS EM
RESTAURANTES DE VÁRZEA GRANDE/MT EM 2007.
MT Laboratório
Miriane Silva Marangon
Considerando que as ações de vigilância e monitoramento da qualidade sanitária de
alimentos sejam ações de promoção e proteção à saúde e, portanto, intrínsecas às suas
ações cotidianas, a Vigilância Sanitária de Várzea Grande tem executado desde 2006, o
monitoramento, através de análises fiscais, da qualidade de refeições servidas nos
restaurantes do município, em parceria com o LACEN (MT Laboratório). Objetivo:
Analisar a qualidade sanitária das refeições produzidas e consumidas em restaurantes de
Várzea Grande no ano de 2007 e descrever as principais ações corretivas implementadas
pela Visa. Metodologia: estudo exploratório, com base na análise de documentos.
Resultados: Foram analisadas 77 amostras, sendo 43 pratos quentes (tipo marmitex) e
34 saladas cruas e/ou cozidas. Dos pratos quentes 79,1% apresentaram resultado
satisfatório e 20,9% resultado insatisfatório, sendo que destes últimos, 88,9%
apresentaram contaminação por coliformes fecais e 11,1% Estafilococos coagulase
positiva (ECP). Dos pratos frios, 44,1% apresentaram resultado satisfatório e 55,9%
insatisfatório, com 100% de contaminação por coliformes fecais e 5,3% por ECP. Os
estabelecimentos foram orientados a modificar sua forma de higienização, controlar a
procedência e qualidade da matéria-prima; promover o controle de saúde e estimular a
boa conduta dos manipuladores. Conclusão: Verificou-se um percentual expressivo de
contaminação nas refeições servidas em Várzea Grande, principalmente nas saladas, o
que enseja medidas de intervenção freqüentes por parte da Visa, na vigilância e
monitoramento da qualidade sanitária sobre os estabelecimentos produtores e sobre as
refeições consumidas pela população várzea-grandense.
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QUALIDADE MICROSCÓPICA DE REFRIGERANTES ANALISADOS PELO
MT LABORATÓRIO PROCEDENTES DE DENÚNCIA DE CONSUMIDOR,
2003-2007
MT Laboratório
Leila Maria Galvão da Silva, Loiva Lide Wendpap
Os refrigerantes são amplamente consumidos no estado de Mato Grosso e tem sido alvo
de freqüentes denúncias de consumidores por presença de sujidades. Denúncias de
consumidores são notificadas aos órgãos de defesa do consumidor ou vigilâncias
sanitárias municipais, estas realizam a coleta dos produtos para análise de orientação ou
fiscal e encaminham ao MT Laboratório, que é referência no estado de Mato Grosso
para realização de análises de alimentos. Dentre as análises realizadas em refrigerantes,
a microscopia é o método analítico que mais facilmente permite o reconhecimento de
matérias estranhas, podendo detectar adulteração, alteração e deterioração do produto.
Objetivo: apresentar os resultados de análises microscópicas de refrigerantes que foram
alvo de denúncias de consumidores e analisadas no MT Laboratório durante no período
de 2003 a 2007. Metodologia: estudo exploratório com base em análise de documentos
da Gerência de Vigilância Ambiental e Sanitária do MT Laboratório. Resultados: foram
analisadas 35 amostras de refrigerante de diferentes marcas comerciais e tipos de
embalagens (pet, vidro e lata). Do total de amostras, 15 (43%) apresentaram resultado
insatisfatório, sendo que destas, 10 apresentaram filamentos micelianos (fungos); 02
apresentaram fragmentos de insetos e fungos; 01 apresentou presença de embalagem de
bala comestível, 01 presença de fungos e amido zea mays (milho) e 01 amostra
apresentou odor alterado e precipitado amorfo não identificado. Conclusão: os
resultados demonstram que há necessidade de um controle de qualidade mais rigoroso
dos refrigerantes produzidos em Mato Grosso, tanto na linha de produção quanto no
armazenamento, cabendo aos órgãos competentes exercerem seu papel na vigilância da
qualidade deste produto. Percebe-se também, a participação ativa dos consumidores na
busca pela melhoria da qualidade dos produtos.
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VISA MUNICIPAL EM AÇÃO INTERSETORIAS
Secretaria Municipal de Saúde de Nortelândia
Aliane Piovezan Gomes, Andréia Daiane Borges Dourado Gomes, Eliene Santos Silva
A Vigilância Sanitária tem como missão, a proteção e promoção á saúde da população e
defesa da vida, para cumpri-la, deve ter uma inserção muito grande na sociedade. Por
esse motivo, a VISA deve procurar uma participação efetiva na rede de Controle Social
do SUS, buscando a importante colaboração do Conselho de Saúde, das equipes de
Saúde, Ministério Público entre outros parceiros. Sendo assim, as ações estratégicas
desenvolvidas junto com as equipes de PSF‟s e outros setores fortaleceram a
participação da população na busca pelo serviço da VISA Municipal. Objetivos: Visar à
integralidade entre as equipes, unindo conhecimento para elaborar projeto e apresentar
os resultados que a VISA municipal obtém com a parceria entre as equipes de saúde da
família no município de Nortelândia, buscando melhor resolutividade em desenvolver
suas ações. Metodologia: Visando unir forças com as equipes de PSF‟s, a VISA
municipal de Nortelândia encontrou nessa parceria uma alternativa de trabalho. Sendo
deste modo, os ACS recebem uma ficha criada pela VISA para anotações dos problemas
encontrados na área de abrangência, a mesma depois de preenchida e devolvida, onde
são tomadas as devidas providências cabíveis. Existem também ações em que os ACS,
coordenadores de PSF‟s, Vigilância Ambiental, setor de Transporte e secretaria de
Educação participam com a VISA para obter melhores resultados e aceitação no
atendimento da sociedade. Resultados: A união da VISA municipal com as equipes de
PSF‟s junto com outros setores, fortaleceu as ações básicas e o atendimento das
demandas da sociedade, melhorando a qualidade e a agilidade do trabalho desenvolvido
com a população, fortaleceu também o processo da participação social e a divulgação do
trabalho de educação em saúde que a VISA realiza no município. Conclusão: Esse apoio
vem assegurando o acesso da população conforme suas necessidades, buscando a
satisfação do cidadão, viabilizando e estimulando o processo de melhoria da qualidade
de vida, tornando a VISA um agente de mudança social e de promoção de saúde pública
e da consciência sanitária. Recomendação: Trabalhar em equipe resulta em melhoria no
desempenho das atividades, bem como agilidade e resolutividade das ações
desenvolvidas.
85
MATUPÁ MULTIPLICA
Secretaria Municipal de Saúde de Matupá
Cristina Machado Romeiro, Renato Fernandes de Souza, Meyre Aparecida Pereira de
Assunção, Clarisse Maria Sala Machado
Saúde, ciência e tecnologia são reconhecidas como fatores chave no desenvolvimento
econômico e social das nações. O conhecimento que comanda a ação coloca ênfase em
um contínuo processo de novação, criação e re-criação de conhecimento que se dá pela
aprendizagem e pelo agir, pela prática. Devido a complexidade dos problemas da
sociedade, do setor de saúde e educação percebe-se a necessidade de conjugar esforços
para bem usar as possibilidades tecnológicas da informática e da intercomunicação
disponíveis, para dar maior alcance aos trabalhos. Em 2006, a vigilância em saúde criou
um blog (www.visamatupa.blogspot.com) com o intuito de informar a população em
geral das atividades, eventos e informes referentes à saúde de Matupá e como forma de
arquivo, visto que, acredita-se que todos os setores devem se atualizar trazendo
inovações visando, neste caso, divulgação da importância da educação em saúde. Desde
então, estão sendo publicadas todos os tipos de informações da saúde, havendo
promoção, prevenção e tratamento de doenças da nossa região, e outras informações
referentes à vigilância sanitária e demais setores. Foram realizados trabalhos nas
escolas, colocando em prática o blog “O Vigilante” sendo uma ramificação do blog
anterior, onde foram publicados trabalhos dos alunos, havendo interesse e dinamismo
nas aulas. Tendo em vista que o blog teve impacto social, através do acesso da
população comprovado pelo próprio blog, onde atualmente temos 5043 visitas,
podemos comprovar que o blog esta sendo de grande serventia como fonte de
informação e que os alunos se sentiram motivados ao verem suas atividades publicadas
no blog. A curiosidade do funcionamento dos blogs, a utilização como fonte de
pesquisa, o aumento gradativo das visitas e a preocupação com a saúde estão entre os
resultados obtidos. Como nossas crianças são os futuros cidadãos e os possíveis
multiplicadores de saúde, a SMS através da Vigilância em Saúde contribuir á
possibilitando o ensino do acesso ágil e irrestrito à conscientização e informação através
da implantação de blogs educativos, em cada escola, aproximando os diversos atores
que atuam na educação em saúde, facilitando os contatos entre instituições,
pesquisadores, professores e alunos. Objetivando contribuir ao melhoramento da
educação em saúde através da promoção do uso intensivo de informação atualizada e
relevante nas atividades e processos de educação continuada. Os principais resultados
esperados com a implantação do projeto são: aumento da capacidade no uso de
tecnologias de informação; estimulo do uso da internet para fins produtivos;
conscientização sobre a prevenção, multiplicação e importância dos agravos;
proporcionar a prática de hábitos saudáveis através de orientações.
86
Poster
QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E A ADEQUAÇÃO DA ROTULAGEM DE
PALMITOS EM CONSERVA COMERCIALIZADOS NO ESTADO DE MATO
GROSSO
MT Laboratório
Elisângela de Arruda Oliveira, Soraia Pesarini
As operações industriais do palmito em conserva devem agregar adequados processos
de tratamento térmico, acidificação, de Boas Práticas de Fabricação e Comercialização,
assegurando a eliminação do risco sanitário à saúde humana pelo Botulismo Alimentar.
Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência da acidificação, tratamento térmico e
a adequação da rotulagem do palmito em conserva comercializado em Mato Grosso.
Foram analisadas 100% (40) das amostras que ingressaram no Lacen-MT no período de
01/2007 a 05/2008. Em relação aos parâmetros físico-químicos determinou-se o pH
inicial, a sua variação após incubação à 35oC e 55
oC, e as características sensoriais,
conforme métodos oficiais Adolfo Lutz/FIOCRUZ. A rotulagem foi avaliada segundo
atendimento aos regulamentos oficiais da ANVISA/MS (RDC no 18/1999, RDC n
o
81/2003, RDC no 259/2002, Lei n
o 10.674/2003, Port. INMETRO n
o 157/2003, RDC n
o
359/2003, RDC no 360/2003 e RDC n
o 278/2005). Verificou-se que 62,5% das marcas
analisadas são produzidas em Mato Grosso, e que 97,5% das amostras apresentaram
características sensoriais dentro dos padrões estabelecidos. O pH inicial do palmito
apresentou valor médio de 4,05 (± 0,19) e a sua variação máxima após incubação à
35oC e 55
oC foi de 0,07 (±0,06) e 0,06 (±0,06), respectivamente. Observou-se 01
amostra em desacordo (pH inicial de 4,66). A análise de rotulagem apontou que 82,5%
das amostras estão em desacordo com as legislações referentes à informação nutricional
(93,94%), porcionamento (75,76%) e rotulagem para alimentos embalados (66,67%). A
legislação considera que o pH de uma conserva de palmito deve ser igual ou abaixo de
4,5, independente do tempo de consumo dentro do período de validade. Este estudo
mostrou a eficiência no processo de acidificação do palmito, projetando o pH e a
estabilização da acidez dentro dos limites preconizados, permitindo a conservação das
características sensoriais através do adequado tratamento térmico e minimizando o risco
de produção da toxina botulínica. Em contraste, a rotulagem evidenciou resultados
insatisfatórios no atendimento à legislação para comercialização do produto, mostrando
a insuficiência do setor produtivo no fornecimento das informações relevantes e
confiáveis, ao consumidor, sobre a composição e procedência do produto.
87
ANÁLISE DAS AÇÕES DE MONITORAMENTO LABORATORIAL DA
QUALIDADE SANITÁRIA DOS ALIMENTOS EM MT, ENTRE 2003 E 2007.
MT Laboratório
Miriane Silva Marangon
As ações de promoção e proteção à saúde incluem a intervenção sobre problemas
sanitários decorrentes da produção ao consumo de produtos, do que se conclui que a
vigilância e o monitoramento da qualidade dos alimentos sejam atividades intrínsecas às
ações cotidianas da Vigilância Sanitária e dos Laboratórios de Saúde Pública
(Lacens).Objetivo: Descrever as ações de monitoramento da qualidade dos alimentos
realizadas pelas Visas em parceria com o Lacen MT, entre 2003 e 2007 no Estado de
MT. Metodologia: estudo exploratório, com base na análise de documentos. Resultados:
As vigilâncias sanitárias realizaram o monitoramento de alimentos no período estudado,
através de análises laboratoriais realizadas pelo Lacen MT (MT Laboratório), sob três
formas: 1) PNMQSA (Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade Sanitária de
Alimentos)-ação definida e coordenada pelo nível federal e executada pela Visa
estadual; 2) Vigilância sobre a qualidade de produtos e 3) Análises de surtos veiculados
por alimentos; sendo estas últimas executadas predominantemente pelos municípios e
esporadicamente pelo nível estadual. Dos 141 municípios, poucos têm executado o
monitoramento laboratorial de alimentos: 12 em 2003, 13 em 2004, 21 em 2005, 20 em
2006 e 23 em 2007. Conclusão: Durante o período estudado, observou-se que a
atividade de monitoramento de alimentos, teve papel bastante incipiente como
componente das ações das Visas no Estado. O Estado de Mato Grosso tem tido um
grande desenvolvimento populacional, com incremento substancial na produção de leite
e derivados, carne, congelados, gelados comestíveis, etc, e não é perceptível a mesma
evolução na vigilância e monitoramento da qualidade sanitária destes produtos
altamente consumidos pela população mato-grossense. Quanto à Visa/SES, no período
estudado, percebeu-se que o monitoramento existente, apenas cumpriu com o
cronograma nacional, não havendo nenhuma iniciativa no estabelecimento de
programas que visassem o monitoramento dos produtos regionais.
88
AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE ALIMENTOS ANALISADOS NO MT
LABORATÓRIO - 2007
MT - Laboratório
Soraia Pesarini, Elisángela de Arruda Oliveira
O rótulo, assim como suas informações, representa o primeiro contato do consumidor
com o produto que está sendo adquirido, existindo uma relação de consumo, de compra
e venda, de expectativas e de conseqüências, não podendo existir ilusões e falsas
imagens construídas em função das informações oferecidas. Para os consumidores, a
rotulagem é um instrumento de acesso a informações para uma escolha consciente,
enquanto que para os órgãos de fiscalização, é uma ferramenta de gestão de riscos e
rastreabilidade. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo verificar a conformidade da
rotulagem de alimentos com as legislações vigentes. Metodologia: Foram analisados no
MT Laboratório 100% (112) dos rótulos de amostras de diferentes categorias de
alimentos comercializados em Mato Grosso e coletados pelas Vigilâncias Sanitárias,
durante o período de janeiro a dezembro de 2007. A análise de rotulagem utilizou como
critério o atendimento às legislações específicas para cada tipo de alimento, bem como
ás legislações oficiais da ANVISA (RDC Nº 259/02, RDC Nº 359 e 360/03, RDC Nº
278/05), MAPA (Instrução Informativa Nº 22/05), Lei Nº 10.674/02 e Portaria
INMETRO Nº 157/03. Resultados: Os resultados mostram que 76,8% dos rótulos estão
em desacordo com pelo menos 01 legislação analisada, onde 15,2% destes não atendiam
suas respectivas legislações específicas; 27,1% á RDC Nº 259/02; 59,3% à Instrução
Normativa Nº 22/05; 52,7% à RDC Nº 360/03. Conclusão: A análise de rotulagem
aponta elevado percentual de amostras em desacordo com os regulamentos oficiais
referente à rotulagem para alimentos embalados e a informação nutricional, mostrando a
necessidade da implementação das ações de Boas Práticas na comercialização e das
ações reguladoras e fiscalizatórias no âmbito da Vigilância Sanitária.
89
PADRÃO SANITÁRIO DOS ALIMENTOS ANALISADOS PELO LACEN/MT
ENTRE 2003 E 2007
MT Laboratório
Miriane Silva Marangon, Andréa Maria Gonzaga
O MT Laboratório (LACEN) é referência e análises de alimentos no Estado de Mato
Grosso, e as análises fiscais têm sido importante ferramenta de apoio às Visas, uma vez
que os resultados laboratoriais subsidiam ações e intervenções de forma a promover e
proteger a saúde, alertando para os possíveis riscos decorrentes de alimentos fora dos
padrões sanitários. Objetivo: Descrever o padrão sanitário dos alimentos analisados pelo
LACEN MT, por programa, entre 2003 e 2007, considerando parâmetros
microbiológicos e físico-químicos preconizados em legislação. Metodologia: estudo
exploratório, com base na análise de documentos. Resultados: Considerando o
PNMQSA (Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade Sanitária de
Alimentos), executado pela Visa/SES, dos 525 alimentos analisados, 10,3 % das
amostras apresentaram-se em desacordo. Quanto ao programa Vigilância da Qualidade
de produtos, realizado predominantemente pelos municípios, de 842 amostras
analisadas, 26 % apresentaram-se em desacordo com os padrões sanitários exigidos pela
legislação.Conclusão: Percebe-se que os alimentos selecionados pelo PNMQSA, em sua
maioria industrializados, apresentaram um percentual de desacordo bem inferior aos
produtos selecionados pelos municípios. Tal resultado evidencia a necessidade da
priorização na seleção de produtos regionais e municipais, que têm apresentado maior
percentual de inadequação, ensejando medidas permanentes de vigilância e
monitoramento desde sua produção até o consumo.
90
SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM COMUNIDADES RURAIS
NO MUNICÍPIO DE COLÍDER-MT
Departamento de Vigilância Sanitária de Colíder
Denise Pontes Duarte, Kelli C. Calzolari, Dejaime da Silva, Celso A. Simon, Anderson
A. dos Santos, Maria Sueli C. da Silva, Maria Eva F. Simon
A água em influência direta sobre a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento do
ser humano e “todas as pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições
sócio-econômicas têm o direito de ter acesso a um suprimento adequado de água
potável e segura” (HELLER 1997). Colíder, com uma população em torno de trinta mil
habitantes, apresenta um sistema publico de abastecimento e distribuição de água na
área urbana e sistemas alternativos distribuídos na área rural do município, que atendem
em torno de 200 ligações. Embora em 2002 o sistema público de água e esgoto tenha
sido objeto de concessão, a administração destes sistemas, constituídos de poço tubular
profundo, reservatório elevado e rede de distribuição, ficaram esquecidos e vem sendo
mantida e operada de forma bastante precária pela própria comunidade. A preocupação
apresentada neste trabalho refere-se a vigilância da qualidade da água para consumo
humano conforme estabelece a Portaria 518/04 e sua efetiva implantação em
comunidades rurais com suas dificuldades e com sua fragilidade no atendimento às
questões sanitárias. O trabalho foi realizado durante o ano de 2005 e reavaliado em
2008 e compreendeu inspeções locais, determinação de profundidade e vazão de
exploração dos poços, analise da água e entrevistas. Verificou-se que não há um
controle sistemático dos poços, bem como a administração dos mesmos é realizada por
uma pessoa definida pela própria comunidade e, em dois casos, pessoas com extrema
boa vontade, sensatas mas que precisam serem capacitadas para a função exercida. Os
valores das tarifas são definidos pelos próprios usuários e há muitas queixas quanto ao
abandono dos poços e sentimento de impotência quanto aos problemas detectados e a
forma adequada de corrigi-los. Como resultados práticos já foram efetuadas adequações
das condições de alguns dos poços que apresentavam problemas estruturais mais graves
de atividades educativas capazes de esclarecer a comunidade sobre o resultado das
amostras coletadas e as medidas que poderiam ser adotadas pelos próprios moradores
para a melhoria da qualidade de água local. Mas a falta de controle permanente e
sistemático da qualidade da água, a ausência de registro das situações de
inconformidades, o atendimento às necessidades básicas de saneamento das
comunidades rurais e ausência de um monitoramento da qualidade da água são fatores
que influenciam consideravelmente na garantia da cidadania em relação ao consumo de
uma água potável.
91
VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA EM COMUNIDADES RURAIS NO
MUNICÍPIO DE COLÍDER/MT
Departamento de Vigilância Epidemiológica de Colíder
Kelli Caroline Calzolari, Pontes Duarte, Dejaine da Silva, Celso A. Simon, Anderson A.
dos Santos, Maria Sueli C. da Silva, Maria Eva F. Simon
No Brasil, de maneira geral, os serviços de abastecimento de água nas áreas rurais são
ainda muito precários se comparados aos das sedes municipais. Nessas áreas, os
sistemas de abastecimento de água são pouco freqüentes e predominam as soluções
alternativas de abastecimento de água para o consumo humano, as quis incluem fontes,
poço comunitários, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais
entre outros. Em 2004, o Ministério da Saúde implantou a Portaria 518, sendo esta uma
diretriz para o controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano,
incluindo os sistemas alternativos. A preocupação, neste momento, transparece na
viabilização desta Portaria quando se fala em comunidades rurais, com suas
dificuldades, com sua fragilidade no atendimento às questões sanitárias e da forma
adequada para implantar esta nova norma, mais restritiva e exigente. Colíder, com uma
população em torno de trinta mil habitantes, apresenta diversas comunidades rurais
pequenas e bastante dispersas, com distâncias significativas entre si e da sede municipal,
para justificarem uma solução convencional equiparada às soluções empregadas para os
sistemas urbanos. Os três maiores distritos apresentam sistema público de
abastecimento de água que atendem em torno de 200 ligações. As demais comunidades
estudadas apresentam poço comunitário que em sua maioria, atendem a escola, posto de
saúde e igreja. Está fundamentado na inspeção sanitária realizada, durante o ano de
2006 e 2007, nas escolas públicas rurais que tem seu consumo a partir de soluções
alternativas de abastecimento de água e nos três sistemas de abastecimento de água que
atendem em torno de 200 ligações. O trabalho compreendeu inspeções locais,
determinação de profundidade e vazão de exploração dos poços, coleta e análise
laboratorial da água, entrevistas e orientações a comunidade quanto a limpeza e
desinfecção de poços. Durante a inspeção nas escolas são analisados parâmetros como
a higiene e salubridade do local, destinação de esgotos e lixo qualidade da água. Os
dados produzidos atestam baixa qualidade da água de consumo em 47% das amostras
analisadas e condições precárias em 30% dos poços. Como resultados práticos já foram
efetuadas adequações das condições de alguns dos poços que apresentavam problemas
estruturais mais graves, a elaboração de folder educativo sobre limpeza e desinfecção de
poços foi utilizado para a sensibilização de professores municipais e da comunidade, o
encaminhamento dos Relatórios Técnicos à Secretaria Municipal de Educação e a
Secretaria Municipal de Gestão Pública.
92
5
Vigilância em Saúde do
Trabalhador
93
94
Apresentação Oral
EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS NO ESTADO DE MATO GROSSO-BRASIL EM 2007
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso
Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental
Gerência de Núcleos de Apoio em Vigilância em Saúde Ambiental
Ângela Lúcia Piccini Oliveira, Marlene da Costa Barros, Thiago Nunes Rondon
No estado de Mato Grosso em 2007 foram notificados 1722 casos de acidentes com
animais peçonhentos, sendo que 550 (31,6%) deles envolveram trabalhadores em seu
ambiente de trabalho. Este diagnóstico serve para subsidiar ações voltadas
principalmente para os trabalhadores rurais que são os mais atingidos. Foram analisados
os dados notificados no Sistema de Informação de Agravo de Notificação-SINAN de
2007, levando em consideração as seguintes variáveis: local de ocorrência, município
com maior índice de acidente no local de trabalho, tipo de animal envolvido no
acidente, ocupação do trabalhador e evolução dos casos. Entre os dez municípios mais
atingidos, Cotriguaçu foi o que apresentou o maior número de casos, com 52 (9,4%).
Em 375 dos acidentes (68,2%), o animal envolvido foi a serpente, seguido pelos
escorpiões 134 (24,4%). Os trabalhadores rurais ou atividades ligadas ao campo foram
os mais afetados com 51,4% do total de casos; 96% obteve cura, 3,6% a evolução
clínica é ignorado e 0,4% foi a óbito. Levando em consideração os municípios mais
afetados e a ocupação do trabalhador, conclui-se que as regiões onde o forte da
economia é o extrativismo vegetal e a agropecuária contribuíram com maior número de
casos. A partir do estudo da situação apresentada, e, estabelecido a relação do agravo
com o trabalho, mais políticas públicas devem ser adotadas para a saúde do trabalhador
e a preservação do ambiente.
95
SÉRIE HISTÓRICA DOS ACIDENTES DE TRABALHO NO MUNICÍPIO DE
JUARA, 1999-2007.
Escritório Regional de Saúde de Juara
Ariane H. Mansano Pletsch, Silvia Regina C. Sirena, Sirlei F. Thies.
Saúde do Trabalhador é um conjunto de ações de vigilância, que promove e protege a
saúde, assim como, visa a recuperação e reabilitação da mesma nos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. A importância do
presente estudo se origina da vivenciada cotidiana de homens e mulheres que laboram
em diferentes campos do município de Juara. Uma morte a cada 15 segundos; 6.000 por
dia; anualmente quase 270 milhões de acidentes, 350 mil dos quais são mortais. A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem indicado uma taxa anual de 1,3
milhões de acidentes de trabalho (AT) no Brasil por descumprimento de normas
básicas. O Estado de Mato Grosso apresenta uma economia voltada a indústria
madeireira e agropecuária de soja e gado, do Sul para o Norte do Estado. O município
de Juara está situado ao norte do estado, possui como base econômica a agropecuária e
o extrativismo vegetal (59 indústrias madeireiras) possuindo um rebanho bovino de
aproximadamente 894.000 cabeças. Nessa contextualização foi realizado um estudo
quantitativo das notificações de acidente de trabalho do município de Juara, propondo
medidas de prevenção e promoção à saúde do trabalhador. Este estudo objetiva-se em
analisar o número de acidentes de trabalho de Juara no período de 1999 a 2007. Os
dados foram coletados das fichas de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT),
encaminhados para o Escritório Regional de Saúde de Juara e confeccionado uma série
histórica. Em relação aos resultados, ocorreu oscilações no quantitativo de notificações
de acidente de trabalho no município no período em estudo. Na maioria dos anos,
obtivemos um aumento no número de notificações de acidentes de trabalho, chegando
de um ano para outro acréscimo de mais de 200%. Que este trabalho possa contribuir
para o desenvolvimento de ações de políticas públicas, voltadas para prevenção,
promoção de saúde e do controle dos agravos. Os profissionais de saúde também podem
contribuir como autores na promoção da saúde do trabalhador, na organização
humanizada do trabalho, permitindo segurança na execução das atividades, obtendo
assim, a efetivação de um modelo eficaz, capaz de identificar qual o melhor caminho a
seguir.
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SAÚDE DO TRABALHADOR X ASA
Secretaria de Saúde e Saneamento de Sorriso
Valmiro Darci Felipsen, Silvia Falleiros Fleming, Elaine Cristina Siqueira
A saúde como direito universal foi conquistada pelo cidadão brasileiro na Constituição
Federal e regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde, mas somente após 2003 algumas
diretrizes políticas nacionais começaram a ser implantadas inclusive a Atenção à Saúde
do Trabalhador. A Portaria GM/MS nº 1.956 de 14 de agosto de 2007, publicada no
Diário Oficial da União autorizou que a gestão e a coordenação das ações relativas à
Saúde do Trabalhador no âmbito do Ministério da Saúde sejam exercidas pela Secretaria
de Vigilância em Saúde. Conforme dispõe a Lei Orgânica da Saúde, em seu artigo 6º,
parágrafo 3º, a saúde do trabalhador. Com o objetivo de oferecer segurança e qualidade
de vida aos trabalhadores e garantir periodicidade no acompanhamento da saúde dos
ASA‟s de Sorriso, montamos arquivo individual para acompanhamento destes
trabalhadores, elaborando cronograma para coleta de exames, vacinação, consulta e
dispor também do profissional Enfermeiro para acompanhar, avaliar e dar os devidos
encaminhamentos quando necessário. Como resultado obteve atendimento e
acompanhamento de todos os trabalhadores da Vigilância Ambiental inclusive com
encaminhamento imediato para atendimentos quando se depararam com problemas que
venham a interferir em sua saúde. A prevenção foi o norteador de todo o trabalho,
portanto não ficou restrito somente na vacinação, realizou-se a prevenção do Câncer de
Colo Uterino, de Câncer de Próstata.
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Poster
RISCO DE EXPOSIÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM
mycobacterium tuberculosis NO LACEN/MT
MT Laboratório
Clara Maria Borges de Figueiredo
A Tuberculose – TB, doença crônica causada pelo bacilo Mycobacterium. tuberculosis
é um dos casos de doença declarada, recentemente, pela OMS como uma emergência
mundial de saúde. O MT Laboratório é referência para o Estado de MT no diagnóstico
de TB. A manipulação diária de amostras suspeitas de conter o bacilo M. tuberculosis
como lavado gástrico, lesões, vários tecidos e principalmente escarro, pode levar os
trabalhadores a desenvolver a doença pela exposição caso itens considerados na
literatura como condições ideais, sob o enfoque da Biossegurança, não sejam
cumpridos. Este trabalho tem como objetivo descrever e analisar as características
estruturais, profissionais e as circunstâncias em que as atividades de pesquisa e
diagnóstico de tuberculose são realizadas no setor de micobacteriologia do LACEN/MT
(MT Laboratório). A metodologia usada foi o estudo realizado através de levantamento
bibliográfico, análise documental e observações “in loco” obedecendo a um roteiro pré-
estabelecido. A grande maioria de amostras recebidas no Setor de Micobacteriologia é
de pacientes sintomáticos respiratórios e com falência de tratamento, isto significa uma
grande quantidade de amostra de escarro o que aumenta consideravelmente o risco de
exposição a esse agente. Verificou-se que as condições estruturais e de boas práticas
laboratoriais ainda não são adequadas e alguns funcionários ainda não seguem
totalmente as normas de biossegurança. Os resultados deixam evidente que o
laboratório reúne condições favoráveis ao risco de contaminação e que os profissionais
que trabalham no setor já foram expostos ao risco e possuem uma maior possibilidade
de desenvolver a doença, dependendo do estado imunológico de cada um deles.
Observou-se a necessidade de implantação de programas de prevenção de acidentes,
PPRA (Programa de Prevenção a Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional) e de um programa de vigilância e monitoramento da
saúde dos trabalhadores.
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