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Divertículos Esofágicos
André Marussi MorsolettoArthur de Oliveira CurtarelliDaniel de Vergennes Junior
Gustavo H. dos Santos ZanettiRui Felipe de Pache Morais
A maioria dos divertículos são devidos a um distúrbio motor primário ou a uma anormalidade do EES ou do EEI
São classificados de acordo com sua localização
Os 3 mais comuns são: Faringoesofágico (de Zenker), parabrônquico (esôfago médio) e epifrênico (supra-diafragmático)
Visão Geral
Os divertículos verdadeiros (tração) envolvem todas as camadas da parede esofágica (mucosa, submucosa e muscular)
Os divertículos falsos (pulsão) não vão apresentar um envolvimento da muscular
Pulsão – Pressões intraluminais elevadas geradas por distúrbio de motilidade
Tração – Linfonodos mediastinais inflamados que aderem ao esôfago e repuxando-o ao longo do processo inflamatório
É o divertículo esofágico mais comum
Apresentando-se em pacientes Idosos (70anos)
Perda da elasticidade e do tônus muscular do tecido
Herniação do triângulo de Killian (fibras oblíquas do M. Tireofaríngeo e as fibras horizontais do M. Cricofaríngeo
Acalasia Cricofaríngea
Divertículo Faringoesofágico (de Zenker)
Divertículos pequenos são assintomáticos (podendo se queixar de obstrução na garganta)
Tosse, salivação excessiva, disfagia intermitente –Doença Progressiva
1. Regurgitação de material não digerido2. Halitose3. Alterações da voz4. Dor retroesternal5. Infecções respiratórias
Complicação mais séria é a pneumonia por aspiração ou abscesso pulmonar
Sintomas
O diagnóstico é feito por esofagograma com Bário (seriografia)
Rx com incidências laterais são importantes (estrutura posterior)
A manometria esofágica e a endoscopia não são necessárias para o diagnóstico de divertículo de Zenker
Diagnóstico
Pode ser feito por reparo cirúrgico ou endoscópico
Cirúrgico: Diverticulectomia (ressecção) Diverticulopexia (fixação)
Endoscópico: Procedimento endoscópico de Dohlman Divisão da parede comum entre o esôfago e o
divertículo usando laser ou grampeador Divertículos entre 2-5cm
Tratamento
Infecções por Tuberculose e Histoplasmose respondem pela maioria dos casos
A inflamação do linfonodo exerce tração na parede do esôfago e causa a formação de um divertículo verdadeiro (esôfago médio)
Pode ser causado também por distúrbio primário da motilidade (acalasia, espasmo esofágico difuso ou um distúrbio da motilidade não específico)
Divertículos de Esôfago Médio
A maioria dos pacientes com divertículo de esôfago médio é assintomática
1. Disfagia2. Dor torácica3. Regurgitação4. Tosse crônica (fístula broncoesofágica)5. Hemoptise (doença complicada)
Sintomas
O diagnóstico é feito por seriografia, sendo necessárias as incidências laterais para delimitação do divertículo
Apresentam uma incidência maior à direita TC – linfadenopatia mediastinal EDA – excluir anormalidades da mucosa e
câncer Manometria – Identificação do distúrbio
motor primário
Diagnóstico
É necessária a determinação da etiologia para orientar o tratamento
Nos pacientes assintomáticos, é indicado apenas o tto da causa (antituberculina, antifúngico)
Divertículos <2cm – Observação
Divertículos >2cm + sintomas = Diverticulopexia
Tratamento
Encontram-se adjacentes ao diafragma no terço distal do esôfago até 10cm da JGE
Estão relacionados ao espessamento da musculatura esofágica distal e aumento da pressão intraluminal
Divertículos falsos - associados a espasmo esofágico difuso, acalasia e mais comumente distúrbio da motilidade não específico
Divertículos Epifrênicos
A maioria dos pacientes vai apresentar algum sintoma
1. Disfagia 2. Dor torácica3. Dor epigástrica4. Anorexia5. Perda de peso6. Tosse crônica7. Halitose
Sintomas
A seriografia é a melhor ferramenta diagnostica (o tamanho, a posição e a proximidade do diafragma podem ser determinadas)
Manometria – Identificação do distúrbio de motilidade
EDA – Avaliar lesões de mucosa (esofagite, esôfago de Barret e câncer)
Diagnóstico
É semelhante ao tratamento de divertículo médio esofágico
Divertículos pequenos sem sintomas não necessitam ser excisados
Divertículos maiores e com sintomas são indicativos de diverticulectomia, esofagomiotomia extensa e correção da causa básica (toracotomia esquerda baixa)
Tratamento
Condição incomum – caracterizada por múltiplas dilatações na parede do esôfago
Pode ocorrer em todas as idades, sendo mais predominante na 6ª e 7ª décadas
Relação homem/mulher é de 1,4:1
A causa não é exatamente definida1. Congênita2. Adenose3. Metaplasia das glândulas submucosa
Pseudodiverticulose Intramural
O fator iniciante é uma inflamação crônica do esôfago por fungo (candidíase), bactéria ou química (DRGE)
Vão causar obstrução dos ductos das glândulas esofagianas submucosas, com posterior dilatação dos ductos (metade superior do esôfago)
A Disfagia é geralmente o único sintoma
O diagnóstico é feito por seriografia, mostrando múltiplas pequenas dilatações na parede do esôfago (1-3mm)
A Endoscopia e a TC são boas para excluir diagnósticos diferencias
O tratamento da pseudodiverticulose, é o tratamento da causa básica
Tratamento
Coelho JCU. Aparelho Digestivo. Clínica e Cirurgia. 2ª ed. Medsi, Rio de Janeiro, 1996, p.160-163.
Townsend, MC.; Sabiston -Tratado de Cirurgia. 18ª ed. São Paulo: Elsevier, 2008.
Referências Bibliográficas