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ANDRESSA ALVES DA COSTA ASSOCIAÇÃO ENTRE A IDADE E A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES IDOSAS LONDRINA 2010

ANDRESSA ALVES DA COSTA ASSOCIAÇÃO ENTRE A IDADE E … · Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física, da Universidade ... em relativa alienação,

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ANDRESSA ALVES DA COSTA

ASSOCIAÇÃO ENTRE A IDADE E A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES

IDOSAS

LONDRINA

2010

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ANDRESSA ALVES DA COSTA

ASSOCIAÇÃO ENTRE A IDADE E A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES

IDOSAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Departamento de Educação Física, da Universidade

Estadual de Londrina, como requisito ao Título de

Bacharel em Educação Física.

Orientadora: Profª. Ms. Márcia Marques Dib

LONDRINA

2010

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ANDRESSA ALVES DA COSTA

ASSOCIAÇÃO ENTRE A IDADE E A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES

IDOSAS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

COMISSÃO EXAMINADORA

_________________________________________

Orientadora: Profª. Ms. Márcia Marques Dib

_________________________________________

Banca: Profª. Ms. Aline Mendes Gerage

_________________________________________

Banca: Prof. Dr. Denílson de Castro Teixeira

Londrina, 29 de Novembro de 2010.

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DEDICATÓRIA

A Deus, por nos proporcionar a vida;

À Virgem Maria, por nos abençoar, proteger e

orientar a cada dia de nossa vida;

À minha família, que me incentivou na

realização de um sonho.

Ao meu Anjo, pela paciência nos momentos de

stress.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, que me deu força, persistência, paciência e

sabedoria para cumprir essa etapa;

Aos meus pais, Adelaido Bezerra da Costa e Eunice Pequeno Alves da Costa que

me apoiaram e incentivaram, durante todos esses anos;

Ao meu irmão Andrey Alves da Costa;

Ao meu namorado Fernando Apº Alves dos Reis, pelo apoio e incentivo;

À minha professora e orientadora Márcia Marques Dib, pela paciência e auxílio;

Aos membros da banca examinadora, Aline Mendes Gerage e Denílson de Castro

Teixeira que aceitaram o convite e contribuíram muito para a realização desse

trabalho;

Ao Grupo Conviver pela colaboração na coleta dos dados.

Aos organizadores do “Projeto Esticada” da Rede Viscardi e alunos queridos que

fizeram parte dessa amostra.

Aos Professores Fabiano César Assis Bertochi e Daniela Garcia Tavares, pelo apoio

antes e durante as coletas.

A todos os amigos e companheiros que tive o prazer de conhecer nessa fase que

passei em Londrina que sempre estarão na lembrança e no coração, em especial:

Fabieli Cristini Stabellini, Janaína Souza Silva, Joyce Aparecida Martins e um

agradecimento duplo a Gabriela Blasquez, que me ajudou muito com as análises

estatísticas.

A Professora Maria Elizia Pena, pelas correções ortográficas do trabalho.

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COSTA, Andressa A. Associação entre a idade e a qualidade de vida de mulheres idosas. 49 folhas. Trabalho de conclusão do curso (Graduação em Educação Física) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.

RESUMO

Atualmente pessoas com mais de 60 anos exercem um papel ativo na sociedade e desenvolvem atividades que não eram comuns até pouco tempo. É necessário compreender melhor essa população idosa. O objetivo do presente estudo foi associar a idade com a qualidade de vida de mulheres e verificar se a prática de exercícios físicos exerce influências positivas sobre a qualidade de vida das idosas. Para tanto, 212 idosas da cidade de Londrina e Jaguapitã – Pr responderam o questionário WHOQOL-OLD. Os dados das variáveis categóricas foram descritos em freqüências absolutas e porcentuais. De acordo com os pontos de corte adotados, foram criadas tabelas de contingências (2X3), para associar as variáveis idade e qualidade de vida utilizando o teste qui-quadrado para tendência. A significância estatística adotada foi p< 0,05. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS 13.0. Os resultados concluíram que 75% das idosas pesquisadas estão com Médio a Alto nível de Qualidade de vida (QV). Destas, 47,16% pertencem ao grupo praticante de exercícios físicos, condizente ao que se encontra na literatura, um resultado inesperado foi que nesse grupo os > 70 anos obtiveram melhor desempenho que os < 70 anos na classificação Alto Nível de QV. Embora sejam necessárias mais pesquisas para associar a prática de exercícios aos resultados encontrados, este estudo é um dado relevante. Palavras-Chave: Qualidade de Vida, Idosos, WHOQOL OLD.

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COSTA, Andressa A. Association between age and quality of life of elderly women. 49 leaves. Work completion of the course (Undergraduate in Physical Education) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.

ABSTRACT

Currently people over 60 years play an active role in society and carry out activities that were not common until recently. You must understand this elderly population. The aim of this study was to associate the old with the quality of life of women and to check whether physical exercise exerts positive influences on the quality of life of elderly women. For this, 212 elderly in Londrina and Jaguapitã - Pr answered the WHOQOL-OLD. The data of categorical variables were described as absolute frequencies and percentages. According to the adopted cutoffs were created contingency tables (2X3) to associate the age and quality of life using the chi-square test for trend. The statistically significant at p <0.05. The data were analyzed with SPSS 13.0 statistical package. The results concluded that 75% of females surveyed are with the Middle High level of Quality of Life (QOL). Of these, 47.16% belong to the practitioner of physical exercises, relevant to what is found in the literature, an unexpected result was that in the group> 70 years had better results than those <70 years at the High-level classification of QOL. Although more research is needed to link the exercises to the findings, this study is an important finding. Keywords: Quality of Life, Seniors, WHOQOL OLD

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LISTA DE APÊNDICE

Apêndice A: Carta de Autorização para a coordenação do Projeto Esticada .......... 40

Apêndice B: Carta de Autorização para a coordenação do Projeto Conviver .......... 41

Apêndice C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...................................... 42

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A: Questionário WHOQOL OLD....................................................................... 44

Anexo B: Pontuação do Questionário...........................................................................48

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11

2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 12

3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 13

3.1 Objetivo Específico .................................................................................................. 13

4 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 14

4.1 Envelhecimento Populacional ................................................................................. 14 4.1.1 Classificação por idade. ...................................................................................................... 15 4.1.2 Envelhecimento e Consumo Energético ............................................................................. 16 4.1.3 Envelhecimento E Função Músculo-Esquelética: ............................................................... 16 4.1.4 Envelhecimento e Função Metabólica ................................................................................ 18

4.2 Qualidade de vida .................................................................................................... 19 4.2.1 Conceito de Qualidade de Vida ........................................................................................... 19 4.2.2 Qualidade de Vida: Começa com o quê? ............................................................................ 19 4.2.3 Qualidade de Vida na terceira Idade ................................................................................... 20

4.3 Atividade Física ........................................................................................................ 21 4.3.1 Atividade Física na Terceira Idade ...................................................................................... 21

4.4 Exercício Físico ........................................................................................................ 22 4.4.1 Envelhecimento e Performance Aeróbia ............................................................................. 23 4.4.2 Riscos do Exercício Físico .................................................................................................. 23

4.5 Projetos para terceira idade .................................................................................... 25

5. MATERIAIS E QUESTIONÁRIOS ........................................................................ 27

5.1 População e Amostra .............................................................................................. 27

5.2 Avaliação da Qualidade de Vida ............................................................................. 28

5.3 Análise Estatística ................................................................................................... 28

6 RESULTADOS .................................................................................................. 29

7 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 31

8 CONCLUSÃO .................................................................................................... 34

9 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 35

APÊNDICE ................................................................................................................ 39

ANEXOS ................................................................................................................... 43

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1 INTRODUÇÃO

A população de pessoas idosas, no Brasil no ano de 2000,

correspondia a 8,6% da geral. Nos próximos 20 anos, poderão ultrapassar os 30

milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste

período (IBGE, 2000). Tais dados ilustram a necessidade de um entendimento sobre

diferentes fatores relacionados ao processo de envelhecimento que podem ter

influência sobre a qualidade de vida de tal população.

Atualmente pessoas com mais de 60 anos exercem papel mais ativo

na sociedade, desenvolvem atividades que não eram tão comuns até tempos atrás,

como: a prática de exercícios físicos, melhores cuidados com a alimentação,

inserção em grupos voltados ao público idoso entre outros, muitas vezes devido ao

preconceito, estigmas e/ou visão de incapacidade desses sujeitos pela sociedade,

(SILVA JUNIOR; VELARDI, 2008). Percebe-se que nos dias atuais, torna-se maior o

número de idosos ativos e preocupados em ter uma boa qualidade de vida. Nota-se

também uma população mais exigente em busca de novas informações e de

profissionais mais bem preparados e consequentemente um melhor atendimento.

Segundo Nahas (2001), a qualidade de vida é a percepção de bem-

estar resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais ou

não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano.

Há a necessidade de mudanças na estrutura social para que essas

pessoas, ao terem suas vidas prolongadas, não fiquem distantes de um espaço

social, em relativa alienação, inatividade, incapacidade física, dependência,

consequentemente sem qualidade de vida (FRANCHI; JUNIOR 2005). Durante o

processo de envelhecimento, ocorre a gradual perda de alguns componentes da

aptidão física, como consumo máximo de oxigênio, flexibilidade e força (MATSUDO,

2000).

Por outro lado, Matsudo et al. (2001) constataram por meio de

evidências epidemiológicas que a prática de atividade física regular e a adoção de

um estilo de vida ativo são aspectos importantes durante o envelhecimento e

poderão influenciar na prevenção de diversas doenças e na qualidade do viver.

Entende-se que pessoas que praticam regularmente atividade física, têm uma

perspectiva de vida maior e envelhecem com mais qualidade, evitando muitas

doenças.

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2 JUSTIFICATIVA

Segundo Pereira et al (2006), o envelhecimento populacional está

acarretando mudanças significativas em todos os setores da sociedade. Mas é na

saúde que tem maior transcendência, tanto por sua repercussão nos diversos níveis

assistenciais como pela demanda por novos recursos e estruturas.

Uma das maneiras para melhorar a qualidade de vida da parcela da

população que está envelhecendo é incentivar a prática de exercícios físicos.

Somando-se também com o convívio social, que minimiza o isolamento,

possibilitando mudanças positivas, tanto em aspectos psicológicos e sociais quanto

físicos (PY, 2004).

O interesse pela análise da qualidade de vida de indivíduos em

idades mais avançadas justifica-se pelo fato de que a estimativa de vida das

pessoas tem aumentado de forma significativa e que o envelhecimento possui

múltiplas dimensões, as quais abrangem questões de ordem social, política, cultural

e econômica.

A qualidade de vida e a satisfação na velhice têm sido muitas vezes

associada a questões de dependência-autonomia, sendo importante distinguir os

efeitos da idade. Algumas pessoas apresentam declínio no estado de saúde e nas

competências cognitivas precocemente, enquanto outras vivem saudáveis até

idades muito avançadas, (JOIA et al, 2007)

Assim, destaca-se a relevância científica e social de se investigar os

níveis de qualidade de vida em que se encontram essa parcela idosa da população,

possibilitando a criação de alternativas de intervenção, propondo ações e políticas

públicas, para melhor atender às demandas dessa população.

Dessa maneira, acreditamos ser este um estudo que pode ajudar os

profissionais atuantes nessa área, a conhecer melhor tal população. E com isto

surge o seguinte questionamento: Como está a qualidade de vida das idosas? A

prática de exercícios físicos exerce uma influência positiva na qualidade de vida?

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3 OBJETIVO GERAL

O objetivo do presente estudo é associar a idade com a qualidade

de vida de mulheres idosa praticantes e não praticantes de exercício físico.

3.1 Objetivo Específico

Verificar se a prática de exercícios físicos exerce uma influência

positiva na qualidade de vida de mulheres idosas.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Envelhecimento Populacional

O aumento da população idosa é um fenômeno crescente e mundial

e tem em suas raízes as medidas sanitaristas que foram tomadas no século XIX,

resultando diretamente em melhorias sociais, nas áreas de saneamento básico,

trabalho, alimentação e habitação, melhorando a qualidade de vida dessa população

convergindo em condições mais adequadas ao envelhecer. No Brasil, as medidas

médico-sanitárias são responsáveis pela diminuição de mortalidade, permitindo que

uma parcela maior da população de idosos permaneça viva. Decorrentemente disso

houve uma gradual melhora na qualidade de vida dessa população (CHAIMOWICZ,

1997).

Em 1987 Kalache; Veras e Ramos, já apontavam o rápido

crescimento previsto para a população idosa em países como Brasil, indicando a

necessidade de estimular estudos voltados para a terceira idade. Esses autores

ainda indicam o aumento da expectativa de vida da população mundial, tanto para

homens quanto para mulheres, porém, este índice é mais significativo para o público

feminino.

A proporção de mulheres na população acima de 60 anos é de 55%

sendo que esta diferença se acentua com o aumento da idade. A esperança de vida

após os 60 anos também está ligada ao sexo sendo uma média de 19,3 anos para

mulheres e 16,8 para homens (IBGE, 2000).

Comparando os índices de envelhecimento de outros países, temos

a França, por exemplo, que necessitará de 115 anos para duplicar o número de

idosos, 85 anos na Suécia e 66 anos nos Estados Unidos. Calcula-se que o Brasil

leve somente 30 anos para tal, passando a ser o 6º colocado no mundo no número

de indivíduos com mais de 60 anos, sendo que ocupava a 16ª posição em 1960

(CHAIMOWICZ, 1997; PASCHOAL et al, 2006). Dados apontam o crescente

aumento da população idosa e a necessidade de se adequar a esse contexto.

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4.1.1 Classificação por idade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1982, dos 20-35 anos

de idade, tanto a função biológica quanto a performance física atingem o

máximo.

Durante a meia-idade (35-45 anos), a atividade física geralmente diminui,

havendo um aumento de 5-10 kg da massa de gordura corporal, porém uma

vida ativa pode estar presente mesmo com o crescimento familiar, contudo é

fato que torna-se menos importante impressionar o patrão ou pessoas do

sexo oposto através da aparência física e/ou performance.

Na maturidade (45-65 anos), as mulheres atingem a menopausa, e os

homens reduzem, também a produção dos hormônios sexuais. As carreiras

profissionais geralmente chegam ao auge. Há uma maior disponibilidade da

renda diminuir em muito, então os trabalhos domésticos passam a ser

delegados a empregados. O declínio, assim da condição física, aumenta e

pode acelerar.

Em idosos (65-75 anos), pode haver um modesto incremento da atividade

física, para preencher o tempo livre, resultante da aposentadoria.

No grupo de (75-85), anos muitos indivíduos têm adquirido alguma deficiência

física-motora.

Em idosos muito avançados (acima de 85 anos) há um aumento muito grande

da dependência de terceiros para a realização de atividades.

Há, entretanto, uma larga diferença inter-individual no estado

funcional em uma determinada idade. Em termos de consumo máximo de oxigênio,

força muscular e flexibilidade uma pessoa com 65 anos, em boa forma física, pode

obter desempenhos comparados a jovens de 25 anos sedentários. Então na

avaliação, por exemplo para se manter em determinada atividade (emprego), ou

para a prescrição de exercícios deve-se levar em conta a idade biológica antes que

a cronológica. Infelizmente, não há muitos questionários satisfatórios para a

determinação da idade biológica, porque os sistemas do organismo apresentam-se

em diferentes taxas de idades (envelhecimento). Tentativas sobre a combinação de

medidas, como a descoloração do cabelo, perda da elasticidade da pele, a

diminuição da capacidade vital e do tempo de reação, tomadas como um índice

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global parecem prover não mais que um complicado e impreciso questionário de

avaliar, a idade cronológica individual (VERAS; CALDAS, 2004).

4.1.2 Envelhecimento e Consumo Energético

O metabolismo basal (de repouso) é responsável por grande parte

do gasto calórico diário. Como o metabolismo neste estado diminui com a idade,

cerca de 10% da maioridade jovem, até a idade de aposentadoria, e mais 10%

subsequentemente, pode ocorrer num substancial aumento no peso. Uma das

razões é a perda de massa muscular ativa com o aumento, paralelo, nos depósitos

de gorduras. Em idosos, pode também haver uma redução global no metabolismo

celular. A ingestão de alimentos deve ser correspondentemente ajustada. A baixa

ingestão de alimentos pode não ser suficiente para satisfazer as necessidades de

proteínas e outros nutrientes essenciais, particularmente o cálcio. (CÉSAR, 2006)

Uma importante consequência da atividade física para os idosos é

que pode ocorrer o acréscimo na ingestão calórica (devido ao gasto pelo exercício)

aumentando assim as dosagens dos nutrientes essenciais sem que para isso sejam

adotados suplementos vitamínicos e/ou minerais.

4.1.3 Envelhecimento E Função Músculo-Esquelética:

Segundo Gallahue e Ozmun (2001), o envelhecimento conduz a

uma progressiva diminuição da força e flexibilidade muscular.

Músculos:

A força máxima do ser humano é atingida por volta dos 25 anos de

idade, e entra num platô até a faixa dos 35-40 anos , quando mostra um declínio

rápido, com 25% de perda de força muscular máxima, na idade de 65 anos. A

massa muscular diminui, aparentemente com a perda seletiva na secção transversa.

Não está claro se isto ocorre pela hipotrofia geral do músculo esquelético ou

acontece a hipoplasia seletiva e degeneração das fibras tipo II, associada com a

perda do broto terminal do nervo motor (GALLAHUE E OZMUN,2001).

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Outras causas da perda funcional incluem a deterioração das

estruturas terminais das placas motoras, as junções mioneurais; a piora do

mecanismo de excitação-contração, e a diminuição do recrutamento de fibras. Tanto

o tempo de contração e o do relaxamento estão prolongados e por isto, a velocidade

de contração máxima é diminuída. Mudanças são maiores nas pernas que nos

braços, possivelmente porque há uma maior diminuição no uso das pernas com a

idade (GALLAHUE E OZMUN, 2001).

A perda da força progressivamente impede ações normais do dia-a-

dia. Torna-se difícil transportar um pacote de 5kg de alimentos, abrir um frasco de

remédio, e até levantar o próprio corpo do assento do toalete. A relação de força

homem/mulher não é alterada (FLECK ; KRAEMER, 1999).

Flexibilidade:

A "elasticidade" dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares

diminuem devido a deficiências no colágeno. Durante a vida ativa, adultos perdem

em torno de 8-10 cm de flexibilidade na região lombar e no quadril, como medido no

teste do alcance máximo – sentar e alcançar ou "sit and reach". A restrição na

amplitude do movimento das maiores articulações torna-se maior durante o período

da aposentadoria, e eventualmente, a independência é ameaçada porque o

indivíduo não consegue utilizar um carro ou um banheiro normal, subir numa

pequena escada, ou combinar os movimentos de vestir-se e pentear os cabelos

(DANTAS et al, 2002).

Pensa-se que a flexibilidade possa ser conservada por suaves

movimentos levados em toda a amplitude das principais articulações. Se a fraqueza

muscular e artrite estão avançadas tais movimentos devem ser tentados em água

aquecida. A flutuabilidade gerada pelo empuxo da água, que sustenta o peso

corporal e o aquecimento da água incrementam a flexibilidade imediata das

articulações (DANTAS et al, 2002).

.

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Estrutura Óssea:

Há uma progressiva diminuição no conteúdo de cálcio com a

deterioração da matriz orgânica do osso com o envelhecimento. Todavia o limiar

entre normalidade e patologia não estão claros. Também é incerto como a

diminuição da atividade física habitual contribui para uma perda de cálcio ao avançar

da idade. Mudanças são maiores no sexo feminino que nos homens, devido em

parte, às diferenças no aspecto hormonal e, ainda, à baixa ingestão de cálcio e

proteína de alta qualidade pelas mulheres (NÓBREGA, 1999).

A perda de cálcio pode começar tão cedo como aos 30 anos, e nas

mulheres o processo acelera-se por volta do período da menopausa. Em idosos, os

ossos tornam-se tão fracos que uma pequena queda, um acesso de tosse ou ainda

uma contração muscular mais vigorosa podem causar uma fratura. Uma fratura do

quadril é um modo bastante comum de iniciar um mórbido período de acamação. A

deterioração das vértebras, também, contribui para a cifose senil. Uma regular e

orientada carga de exercício pode parar e algumas vezes reverter a perda mineral,

até a oitava década de vida. Semelhantemente as dietas são particularmente

efetivas quando acompanhadas por altos conteúdos de cálcio (1500 mg/dia). Para

as mulheres, os especialistas recomendam o uso de estrógenos, embora os riscos

de tal terapia, ainda requerem maiores investigações (NÓBREGA et al, 1999).

4.1.4 Envelhecimento e Função Metabólica

Muitos mecanismos hormonais diminuem sua eficiência em pessoas

idosas. Por exemplo, o pâncreas e a tiróide são afetadas por lesão e/ou, diminuição

no número de células secretoras e o miocárdio tem uma diminuição no número de

receptores para as catecolaminas. Consequências clínicas destas mudanças

incluem o desenvolvimento de diabetes e mixedema, resultando em obesidade,

diminuição da tolerância ao frio e à depressão (MATSUDO et al, 2001, NÓBREGA et

al, 1999).

A diabete mellitus apresenta um imediato risco de cetose, hiper e

hipoglicemia. Complicações crônicas, a longo prazo (infecções na pele, úlceras,

arteriosclerose, isquemia do miocárdio, neuropatia periférica, retinopatias e catarata)

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podem limitar a tolerância ao exercício físico. No entanto, o exercício moderado

associado à dieta de restrição energética é um tratamento efetivo para a diabete

iniciada no idoso; muitos pacientes são poupados de complicações a longo prazo da

terapia insulínica e controle rígido da ingestão alimentar. Os exercícios físicos

podem, também, corrigir tanto a obesidade e a depressão no paciente com

hipotireoidismo (MATSUDO et al, 2001, NÓBREGA et al, 1999).

4.2 Qualidade de vida

4.2.1 Conceito de Qualidade de Vida

A expressão qualidade de vida foi empregada pela primeira vez pelo

presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson em 1964 ao declarar que "os

objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem

ser mesurados por meio da qualidade de vida que proporcionam às pessoas." O

interesse em conceitos como "padrão de vida" e "qualidade de vida" foram

inicialmente partilhados por cientistas sociais, filósofos e políticos. O crescente

desenvolvimento tecnológico da Medicina e ciências afins trouxe como uma

consequência negativa a sua progressiva desumanização. Assim, a preocupação

com o conceito de "qualidade de vida" refere-se a um movimento dentro das ciências

humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o

controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de

vida (SEIDL e ZANNON, 2004).

4.2.2 Qualidade de Vida: Começa com o quê?

O slogan do comercial de margarina serve aqui de pretexto para a

discussão em moda. De que qualidade de vida essa gente tanto fala?

Qualidade de vida é, digamos uma vida boa, não no sentido de “vida

mansa”, de férias eternas, mas de um cotidiano em que as responsabilidades e os

prazeres se equilibrem, garantidos por uma boa saúde, havendo realização pessoal

e facilidade no lidar com as atividades diárias.

Segundo Saba (2008), a qualidade de vida se mede por parâmetros

individuais, sócio – culturais e ambientais que caracterizam as condições em que

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vive o ser humano. Está relacionada ao mesmo tempo a referenciais externos e a

uma percepção individual do modo de vida.

4.2.3 Qualidade de Vida na terceira Idade

Um grande desafio dos novos tempos é o estudo da qualidade de

vida de indivíduos idosos. Isto envolve, não apenas, políticas de atenção ao idoso,

mas também o estudo científico do envelhecimento, partindo do esclarecimento de

algumas questões importantes: como o significado da qualidade de vida na terceira

idade, os aspectos da qualidade de vida que mais interessam aos indivíduos dessa

faixa etária, qual o papel das atividades físicas nesse contexto, o que o indivíduo

busca ao iniciar a prática de atividades físicas (PASCOAL et al, 2006). São

questionamentos que se tornam importantes para uma melhor compreensão dessa

população.

Segundo Jóia et al (2007), um dos parâmetros importantes para

avaliação da Qualidade de Vida (QV) seria a satisfação incluindo aspectos de

interação familiar e social, desempenho físico e exercício profissional.

Devemos sempre estar cientes de que, uma velhice tranquila é o

somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios

físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer, bom relacionamento familiar,

enfim, é preciso investir numa melhor qualidade de vida (SEIDL e ZANNON, 2004).

Nesta perspectiva estudos têm sido realizados com o intuito de

verificar a QV de diferentes populações e estágios de vida (QUADROS et al., 2006;

VILELA JÚNIOR et al., 2005). Através da análise da qualidade de vida desses

indivíduos poder-se-á desenvolver estratégias e políticas públicas na tentativa de

interferir no estilo de vida individual, transformando não apenas a qualidade de vida

do avaliado como também em toda a população. Com base nos resultados do

Questionário WHOQOL-OLD, onde verifica-se o nível da Qualidade de vida, através

de 24 questões objetivas, pode-se perceber sensações relacionadas com estresse e

depressão, resultando, desta forma, um indicador de saúde mental (OKUMA, 2003).

Verifica-se a necessidade de uma melhor política pública de atendimento às

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21

pessoas idosas, visto que esta população necessita de programas sociais que

atendam a suas necessidades.

Para que o idoso tenha uma qualidade de vida, é necessário em

primeiro lugar, que a terceira idade seja encarada, pelo próprio idoso e pelas

pessoas com quem ele convive, como uma nova chance de realização pessoal, pois

todas as fases da vida provocam mudanças e requerem adaptações, muitas vezes a

ansiedade e o medo das transformações são maiores as conseqüências das

mesmas. Se o envelhecimento do corpo é inevitável, a juventude mental e a saúde

podem e devem ser prolongadas de várias maneiras (SABA, 2008).

4.3 Atividade Física

É natural do homem, movimentar-se. Para realizar nossas tarefas do

dia-a-dia, andamos, subimos escadas, movemos os braços, agachamos, saltamos e

assim por diante. A atividade física é o corpo em movimento, em ação.

Assim como a saúde e a qualidade de vida, hoje em dia muito se

fala em atividade física e os benefícios relacionados a ela. Saba em 2008, define

atividade física como toda ação humana que envolva movimentação e acelere os

batimentos cardíacos acima da freqüência de repouso. Portanto, ao praticar muitas

das suas atividades cotidianas como ir a pé até o supermercado, jogar uma partida

de vôlei ou futebol, subir lances de escada, passear de bicicleta pelo bairro,

caminhar no lago, brincar de bola – queimada, entre outras, pratica-se atividade

física.

4.3.1 Atividade Física na Terceira Idade

Vários são os benefícios que a prática de atividades físicas têm

proporcionado à população idosa, como redução dos fatores de risco

cardiovasculares, retardo da perda de massa óssea e muscular, interação social

entre outros (MATSUDO, 2002). No entanto para se beneficiar dessas vantagens é

importante considerar o processo biológico de envelhecimento e a rotina de

exercícios praticados.

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Esses benefícios à saúde ocorrem mesmo que iniciados em uma

fase tardia de vida, por sujeitos sedentários e até pessoas portadoras de doenças

crônicas. Prevenindo principalmente as doenças associadas ao sedentarismo, como

coronariopatias, diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias, acidente vascular

cerebral, osteoporose, osteoartrite, câncer de próstata, mama e cólon intestinal

(MATSUDO, 2002).

Independente da idade as principais causas para se iniciar a prática

de atividades físicas regulares são a perda ou controle de peso, prevenção ou

controle de ocorrência de doenças, diminuição do stress ou depressão, socialização

e melhora da auto-estima (WEINBERG; GOULD, 1996). Muitos estudos têm

associado aos exercícios, melhoras no sono, aumento da capacidade motora,

redução da ansiedade entre idosos (FARINATTI, 2008; NERI, 2002).

4.4 Exercício Físico

Nem toda atividade física é exercício físico, agora que já

destacamos a importância da atividade física no cotidiano, vamos comentar sobre as

diferenças existentes entre a Atividade Física e o Exercício Físico e sua relação com

uma vida mais saudável e com qualidade.

Como já foi exposto a atividade física são praticamente todas as

atividades que realizamos no dia-a-dia, onde existe um dispêndio de energia, já o

exercício físico, se baseia em atividades, mais sistematizadas, com procedimentos

calculados que visam, uma melhora na aptidão, um gasto maior de energia e

objetivos, previamente avaliados.

Segundo o Conselho Federal de Educação Física, exercício físico é:

“Sequência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais,

executados de forma planejada, segundo um determinado objetivo a atingir. Uma

das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o

desenvolvimento da aptidão física, do condicionamento físico

Mesmo com a constatação dos benefícios que os exercícios físicos

proporcionam aos seus praticantes, há varias razões para justificar o seu abandono.

Shephard em 1991, aponta como os motivos mais comuns, a falta de tempo, pouca

informação sobre o assunto, instalações insuficientes e cansaço. Salienta-se ainda,

intensidade elevada (dificuldade de realizar as aulas) e falta de preparo do instrutor.

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Reafirmando a necessidade de profissionais mais bem qualificados para atender

esta população

4.4.1 Envelhecimento e Performance Aeróbia

O consumo máximo de oxigênio declina entre 5 ml/kg /min por

década a partir dos 25 anos, até os 65 anos de idade, com alguma possibilidade de

uma aceleração deste valor após os 65 anos (SHEPHARD, 1991). É difícil saber até

quanto esta perda é inevitável, e a importância da diminuição da atividade física

habitual para a mesma; normalmente as pessoas tornam-se mais sedentárias com a

idade e atletas mais velhos geralmente reduzem seus treinamentos. Há evidências,

ocasionais e indicativos que pessoas vigorosamente ativas, sustentam um mesmo

consumo máximo de oxigênio por muitos anos.

No entanto a revisão crítica dos dados sugere: uma vez que

semelhantes sujeitos iniciam um treinamento e percebem qualquer resposta

imediata, eles continuam numa relativamente normal taxa de envelhecimento.

Igualmente em atletas que mantiveram seu volume de treino diário, a taxa de

diminuição do consumo de oxigênio é somente um pouco menor que na população

em geral. Causas potenciais da perda de potência aeróbia, relacionada à idade,

incluem uma diminuição da freqüência cardíaca máxima, do volume de ejeção e da

diferença artério-venosa, todos sendo determinantes do consumo máximo de

oxigênio (consumo de oxigênio máximo = freqüência cardíaca máxima x volume de

ejeção cardíaco máximo x diferença artério-venosa máxima) (KASCH; WALLACE,

1988).

4.4.2 Riscos do Exercício Físico

O risco de uma emergência cardíaca está substancialmente

incrementada durante a prática de exercícios. Alguns médicos argumentam, assim,

que pessoas idosas que tenham intenção de exercitar-se devem submeter-se a uma

exaustiva rotina de avaliações, incluindo o teste de esforço. Isto pode ser desejável

se o indivíduo vai engajar-se num treinamento competitivo e vigoroso, porém não

torna-se desejável se o idoso deseja, meramente, um pequeno incremento no seu

nível diário de atividade física (MATSUDO, 2000).

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É difícil estimular pessoas idosas para o exercício regular. A

insistência para longas avaliações médicas sugere que a atividade física seja

perigosa, e cria barreiras adicionais de custo e tempo, os quais reduzem a

probabilidade de através de exercícios físicos, os idosos adquirem um

comportamento fisicamente ativo. De fato, a interpretação de escalas de esforço é

muito difícil em vários idosos, e há pequena evidência que alguma avaliação clínica

ou em teste de esforço possa detectar aqueles que têm respostas adversas ao

exercício. Além disso, a pessoa que inicia um programa de exercícios tem menor

risco de morte súbita que um semelhante sedentário , e talvez por uma atitude

menos ambiciosa para o exercício, o risco relativo da atividade física (mortes quando

exercitando-se versus mortes quando sedentário) diminui numa proporção maior que

o aumento esperado em indivíduos envelhecendo. Finalmente, se na prática do

exercício físico em que o idoso sinta-se bem e confortável, provocar uma morte

súbita em alguém de 80 anos, este será uma forma mais agradável de morrer que

outros (doenças, por exemplo) (MATSUDO, 2000).

Todavia, certas precauções podem incrementar a segurança do

exercício para o sujeito idoso. A dose recomendada de exercícios deve deixar, o

praticante levemente cansado, e não mais que isso, no dia seguinte. O processo de

recuperação ocorre lentamente, e treinamentos mais vigorosos devem ser, assim

realizados em dias alternados. Uma rápida caminhada é melhor que uma corrida,

pois além de oferecer o estímulo de treinamento, diminui o risco de deslizamentos,

escorregões, reduz o impacto sobre os membros inferiores. Atividades em meio

aquático são particularmente úteis para aqueles com problemas articulares. A visão,

audição e o equilíbrio estão mais prejudicados. O senior deve, assim, evitar esportes

onde haja riscos de colisões com oponentes ou obstáculos estacionários. Se há um

histórico de quedas, cuidados especiais são necessários para a realização de

atividades que requerem um bom senso de equilíbrio (escaladas, ciclismo, corridas,

ou meramente caminhar, principalmente ao redor de piscinas). Em idosos com

medicação hipotensiva, há o perigo de uma repentina perda de consciência quando

em pé no final de uma série de exercícios, particularmente se o local está quente, ou

as veias estão com o tônus diminuído, relaxadas, por período numa piscina

(MATSUDO, 2000).

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Condições ambientais extremas são fracamente toleradas, e se o

clima é extremamente quente ou frio, a atividade deve levar as possibilidades

técnicas do local em conta (no calor é necessário o ar-condicionado numa sala

preparada, por exemplo, para caminhada indoor, caso não haja um local assim o

shopping center passa a ser um bom local). Para aqueles extremamente fracos,

alguma condição física pode ser atingida praticando exercícios em na posição

sentada(MATSUDO, 2002).

O treinamento físico não resulta na restauração de tecidos que já

foram destruídos, porém pode proteger o praticante contra um número de doenças

crônicas relacionadas ao envelhecimento. Mais importante é maximizar as funções

fisiológicas do organismo que ainda estão conservadas (MATSUDO, 2002).

Em alguns casos, a idade biológica é reduzida até em mais de 20

anos. A expectativa de vida é incrementada, as condições debilitantes são adiadas,

e ocorrem muitos ganhos na qualidade de vida (MATSUDO, 2000).

O exercício físico, aliado à alimentação balanceada, pode ser o

componente de extrema importância para uma vida saudável em cidadãos idosos.

4.5 Projetos para terceira idade

Acredita-se que as atividades realizadas em grupos facilitem a

permanência do aluno, pelo compromisso com os demais membros, apoio social,

investimento em novas relações pessoais e diversão constatada (WEINBERG;

GOULD, 1996). Quando se faz parte de um grupo a aula torna-se mais interessante,

empolgante e prazerosa, o fato de ter outras pessoas realizando as mesmas

atividades, estimula o aluno tanto na permanência quanto na realização das aulas.

O acompanhamento através de instrução de um profissional

especializado e exercícios bem planejados, assim como avaliações clínicas

preliminares, incentivam o envolvimento do idoso em programas de exercícios

enquanto que o medo de queda e lesão em programas não supervisados atua como

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causa de abandono (SHEPHARD, 1993a, 1993b). Devido às limitações que alguns

idosos adquirem, a realização de determinadas tarefas vão se tornando mais

complexas, o acompanhamento de profissionais bem qualificados auxiliam em um

melhor andamento das aulas e proporciona ao aluno maior confiança ao realizar as

atividades propostas.

São vários os projetos sociais desenvolvidos mundialmente que

colaboram para a inclusão social ao prestar serviços e oferecer atividades físicas

regulares e sistematizadas, para a população idosa (WEINBERG; GOULD, 1996). A

exemplo da cidade de Londrina – Pr, onde redes de supermercados, farmácias,

Universidades e Faculdades, projetos vinculados a Prefeitura, como centros de

convivência, entre outros, possibilitam a muitos idosos, iniciarem a prática de

atividades físicas e com isso ter uma melhor qualidade de vida. Sendo assim há a

necessidade de incentivar a criação de novos grupos e dessa maneira conscientizar

empresas e órgãos públicos sobre a importância desses projetos voltados para tal

população.

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5. MATERIAIS E QUESTIONÁRIOS

5.1 População e Amostra

Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa em que foram

analisados três grupos: Grupo do Projeto Esticada, praticantes de exercício físico,

Grupo do Projeto Conviver, participantes de um grupo de convivência, porém sem

praticar exercícios físicos, Grupo Controle, idosos que não participam de nenhum

projeto e não realizam exercícios físicos.

O Projeto Esticada Viscardi é composto por 700 alunos, realizado

nas cidades de: Cambé, Ibiporã e Londrina, porém a amostra utilizada foi somente

de Londrina, desses 112 idosas participaram do estudo, foram selecionados

aleatoriamente, na faixa etária superior a 60 anos de idade. O Projeto Esticada

Viscardi, foi escolhido, por ser um dos pioneiros na cidade de Londrina, prática de

atividades físicas de caráter social, voltados para a terceira idade, que atende por

mais de 12 anos e conta com três professores graduados em Educação Física e três

estagiários.

O Projeto Conviver realizado na cidade de Jaguapitã – Pr, cerca de

60 km da cidade de Londrina é composto por 120 idosos, do grupo 50 idosas, que

foram escolhidas aleatoriamente e responderam o questionário, o Projeto está há

cerca de 20 anos presta atendimento a idosos da comunidade.

O terceiro grupo foi formado por 50 idosas não participantes de

nenhum Projeto social e que não realizavam nenhum tipo de exercício físico,

selecionadas aleatoriamente, na cidade de Londrina e Jaguapitã.

Dessa forma os responsáveis pelo Projeto Esticada Viscardi e

Projeto Conviver foram previamente informado sobre os objetivos e procedimentos

do estudo, autorizando a realização do mesmo (APÊNDICE A e B).

Os critérios de inclusão que foram adotados para os participantes

dos projetos são: estar na faixa etária preestabelecida; ser participante do projeto há

pelo menos seis meses; frequentar regularmente o projeto. Para o grupo controle, as

normas adotadas foram: idade igual ou superior a 60 anos e não participar de

nenhum projeto social e nem realizar nenhum exercício físico.

Todos os sujeitos foram convidados a participar do estudo e

previamente informados sobre a proposta do mesmo, assim como os procedimentos

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aos quais seriam submetidos e assinaram um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido –TCLE (APÊNDICE C).

5.2 Avaliação da Qualidade de Vida

Para a avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o questionário

fechado, WHOQOL-OLD com 24 questões, (ANEXO A). O mesmo foi entregue aos

sujeitos para preencherem em casa e entregaram em um segundo momento. Para

uma maior fidedignidade do estudo, os participantes receberam as devidas

instruções a fim de um preenchimento correto e aqueles que tiveram dúvidas foram

atendidos separadamente pelo aplicador.

O WHOQOL – OLD consiste em 24 itens da escala de Likert

atribuídos a seis facetas: “Funcionamento do Sensório” (FS), “Autonomia” (AUT),

“Atividades Passadas, Presentes e Futuras” (PPF), “Participação Social” (PSO),

“Morte e Morrer” (MEM) e “Intimidade” (INT). A faceta “Funcionamento do Sensório”

avalia o funcionamento sensorial e o impacto da perda das habilidades sensoriais na

qualidade vida. A faceta “Autonomia” refere-se à independência na velhice e,

portanto, descreve até que ponto se é capaz de viver de forma autônoma e tomar

suas próprias decisões. A faceta “Atividades Passadas, Presentes e Futuras”

descreve a satisfação sobre conquistas na vida e coisas a que se anseia. A faceta

“Participação Social” delineia a participação em atividades do cotidiano,

especialmente na comunidade. A faceta “Morte e Morrer” relaciona-se a

preocupações, inquietações e temores sobre a morte e morrer, ao passo que a

faceta “Intimidade” avalia a capacidade de se ter relações pessoais e íntimas.

5.3 Análise Estatística

Os dados das variáveis categóricas estão descritos em freqüências

absolutas e porcentuais. De acordo com os pontos de corte adotados, foram criadas

tabelas de contingências (2X3), para associar as variáveis idade e qualidade de vida

foi utilizado o teste qui-quadrado para tendência. A significância estatística adotada

foi P< 0,05. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS 13.0.

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6 RESULTADOS

Tabela 1: Associação entre idade versus qualidade de vida dos grupos em análise.

Qualidade de Vida

_________________________________________________________

Grupo Baixa % Média % Alta % Total

Total > 70 22 10,4 63 29,7 27 12,7 112

Total =< 70 31 14,6 40 18,9 29 13,7 100

Total 53 25 103 48,6 56 26,4 212

Controle > 70 9 39 9 39 5 22 23

Controle =< 70 16 59 7 26 4 15 27

Controle 25 50 16 32 9 18 50

Conviver > 70 6 23 14 54 6 23 26

Conviver =< 70 10 42 8 33 6 25 24

Conviver 16 32 22 44 12 24 50

Esticada > 70 7 11 40 64 16 25 23

Esticada =< 70 5 10 25 51 19 39 49

Esticada 12 10,8 65 58 35 31,2 112

_________________________________________________________

Dentre a totalidade de indivíduos pesquisados (n=212),

aproximadamente 25% (n=53) foram classificados com baixa qualidade de vida,

48,6% (n=103) com média qualidade de vida e 26,4% (n=56) com alta qualidade de

vida.

Na parcela referente aos indivíduos com idade menor que 70 anos

(n=112) foi verificado que 10,4% (n=22) apresentaram baixa qualidade de vida,

29,7% (n=63) correspondem a média qualidade de vida e 12,7% (n=27).

Enquanto que na faixa etária com 70 anos ou mais 14,6% (n=31)

demonstraram baixa qualidade de vida, 18,9% (n=40) tem média qualidade de vida e

13,7% (n=29) com alta qualidade de vida.

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Na análise do “Grupo Controle” das 50 idosas pesquisadas cerca de

50% (n=25) enquadra-se com baixa qualidade de vida, 32% (n=16) alcançaram

média qualidade de vida e apenas 18% (n=9) obtiveram alta qualidade de vida.

Quando separados por faixa etária os indivíduos menores de 70 idade obtêm

39%(n=9) baixa qualidade de vida, 39% (n=9) com média qualidade de vida e 22%

(n=5) tem alta qualidade de vida. Nos pesquisados com idade igual ou superior a 70

anos os percentuais encontrados foram 59%(16), 26%(n=7) e 15%(n=4) para baixa,

média e alta qualidade de vida respectivamente.

Verificou-se em meio às 50 pesquisadas do “Grupo Conviver” que

32% (n=16) possuem baixa qualidade de vida, 44% (n=22) detém média qualidade

de vida e 24% (n=12) possuem alta qualidade de vida. Após analise distinta das

faixa etárias apurou-se que dos indivíduos com idade inferior a 70 anos, 23% (n=6)

encontram-se com baixa qualidade de vida, 54% (n=14) com média qualidade de

vida e 23% (n=6) apresentam alta qualidade de vida. Enquanto as idosas com idade

igual ou superior a 70 anos apresentam 42% (n=10) com baixa qualidade de vida,

33% (n=8) estão com média qualidade de vida e 25% (n=6) classificaram-se com

alta qualidade de vida.

O “Grupo Esticada” demonstrou os melhores resultados, das 112

idosas que responderam o questionário 11% (n=12), alcançaram baixa qualidade de

vida, 58% (n=65) estão com média qualidade de vida e 31% (n=35) demonstraram

uma alta qualidade de vida. Em um segundo momento as idosas foram separadas

em indivíduos abaixo de 70 anos onde, 11% (n=7) apresentaram baixa qualidade de

vida, 64% (n=40) encontram-se com média qualidade de vida e 25% (n=16) com

baixa qualidade de vida. As com idade igual ou superior a 70 anos obtiveram os

seguintes resultados, 10% (n=5) baixa qualidade de vida, 51% (n=25) enquadram-se

com média qualidade de vida e 39% (n=19) pertencem ao grupo com alta qualidade

de vida.

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7 DISCUSSÃO

Na década de 40, dificilmente um brasileiro passaria dos 50 anos. A

esperança de vida ao nascer naquela época era de 45,5 anos. Quase 70 anos

depois, os avanços da medicina e as melhores condições de vida para quem vive no

Brasil, fizeram o índice saltar mais de 27 anos. A população hoje vive em média

72,68 anos, pelo (IBGE, 2000). Somente nos últimos dez anos, a avanço foi de 32

anos, considerando que em 1998, o brasileiro vivia em média 69,66 anos e em

2008,as mulheres viviam 76,71 e os homens 69,11 anos.

O país está envelhecendo rapidamente e a projeção é de que até

2050 a população brasileira chegue aos 81,29 anos (IBGE,2000). A idade mediana

da população também está aumentando. Em 1980, era de 20,20 anos. Em 2050,

alcançará os 46,20 anos. Nos próximos anos os idosos devem alcançar uma

participação na sociedade maior à participação dos jovens. As crianças (0 a 14

anos) passaram de 38,24% da população em 1980, para 26,04% agora. Enquanto

os idosos (65 anos ou mais) pularam de 4,01% para 6,67% no mesmo período. Em

2050, os jovens serão 13,15% e os mais velhos, 22,71% da população total (IBGE,

2000).

IBGE, 2000:

Mantidas as tendências dos parâmetros demográficos implícitas na

projeção da população do Brasil, o País percorrerá velozmente um

caminho rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido,

fenômeno que, sem sombra de dúvidas, implicará em adequações nas

políticas sociais, particularmente aquelas voltadas para atender as

crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e assistência

social.

O estudo ao relacionar grupos de diferentes características

praticantes e não praticantes de exercício físico, reafirmou resultados encontrados

desde 1983 pelas autoras Berger e McInman, mostrando que idosos praticantes de

exercício físico têm uma melhor qualidade de vida do que idosos não praticantes. As

pessoas que sempre fizeram exercício físico mostram-se mais confiantes e

emocionalmente mais seguras.

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Para estas autoras, idosos fisicamente ativos tendem a ter melhor

saúde e mais facilidade para lidar com situações de estresse e tensão e atitudes

mais positivas para o trabalho, reforçando a correlação forte que existe entre

satisfação na vida e atividade física, resultando em uma melhor qualidade de vida.

Nota-se que é cada vez mais crescente a criação de Projetos

voltados para a terceira idade, que buscam não só a prática de atividades físicas

mas também a socialização, como demonstra Cagigal (1981) apud Vilela Junior em

2005, uma pessoa que realiza atividade física em grupo e se perceba integrada ao

mesmo, dificilmente se sentira só. O homem é incontestavelmente um ser social,

pois é feito para a relação com outros homens.

Confirmando os estudos já realizados pelos autores já citados,

averiguou-se que na pesquisa deste estudo o “Grupo Controle” que não praticava

nenhum exercício físico e nem participava de projetos sociais, demonstrou os piores

resultados, tendo 82% dos indivíduos das 50 idosas, entre Baixa a Média qualidade

de vida, sendo que 50% estão no grupo com Baixa qualidade de vida.

Associando a idade com a qualidade de vida verificou-se que de

todos os indivíduos do grupo menor de 70 anos, demonstrou melhor qualidade de

vida, condizente ao que se encontra na literatura, porém, um ponto curioso é que ao

analisar os grupos separadamente nota-se que os indivíduos do grupo “Esticada

Viscardi”, que praticam exercícios, maiores de 70 anos demonstraram melhores

resultados no nível de alta qualidade de vida, sobressaindo o grupo menor 70 anos,

com um único estudo realizado, uma pequena abrangência da população e as

limitações da pesquisa ainda é prematuro afirmar, que esse diferencial, está

associado a pratica sistematizada de atividades físicas, porém, demonstra que faz

necessários novas pesquisas nesta área.

Ao concluir esse trabalho, pode-se conhecer o nível da qualidade de

vida de uma pequena parcela da população idosa, entretanto, servindo de fonte de

pesquisa para os Profissionais que atuam com essa população e/ou demonstram

interesse sobre o assunto.

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Ao realizar essa pesquisa encontrei algumas limitações: referente ao

questionário restrições do próprio instrumento, visto que não foram realizadas

entrevistas individuais, outro ponto falho dentro do próprio questionário é a falta de

padrão para a classificação da qualidade de vida, que não está muito claro no

protocolo do mesmo, dificultando a obtenção dos resultados.

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8 CONCLUSÃO

Conclui-se que cerca de 75% das 212 idosas pesquisadas estão

com Médio a Alto nível de qualidade de vida, destas 47,16% pertencem ao grupo

“Esticada Viscardi” correspondendo às expectativas, pois se tratando de um grupo

ativo, praticante de atividades físicas regulares, se demonstrou preocupado com

uma busca para melhor qualidade de vida, condizente com o que se encontra na

literatura.

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APÊNDICE

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Londrina, 12 de novembro de 2010.

Prezado Senhor(a), Solicito a este departamento, do qual V.Sª. é responsável, que me permita utilizar os dados coletados no “Projeto Esticada” - Questionário sobre Qualidade de vida, que utilizarei para meu Trabalho de Conclusão de Curso. Antecipo-lhe meus agradecimentos, certo de que serei prontamente atendido, dada a eficiência desta seção. Subscrevo-me.

____________________

Responsável pelo Projeto

Cordialmente.

Andressa Alves da Costa

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Londrina, 12 de novembro de 2010.

Prezado Senhor(a), Solicito a este departamento, do qual V.Sª. é responsável, que me permita utilizar os dados coletados no “Projeto Conviver” - Questionário sobre Qualidade de vida, que utilizarei para meu Trabalho de Conclusão de Curso. Antecipo-lhe meus agradecimentos, certo de que serei prontamente atendido, dada a eficiência desta seção. Subscrevo-me.

____________________

Responsável pelo Projeto

Cordialmente.

Andressa Alves da Costa

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO PARA PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA

“Avaliação da Qualidade de Vida em Idosos através do questionário WHOQOL

ODL”

(de acordo com a Resolução 196 de 10/10/1996 do Conselho Nacional de Saúde)

Eu,______________________________________________R.G.____________declaro que estou ciente e concordo em participar livremente da pesquisa “Avaliação da Qualidade de Vida em Idosos através do questionário WHOQOL OLD” que será desenvolvida no Projeto Esticada da Rede Viscardi durante o ano de 2010. A pesquisa será desenvolvida sob a responsabilidade de Andressa Alves da Costa , orientada pela Prof. Ms. Márcia Marques Dib. • Objetivo da pesquisa: Associar a idade com a qualidade de vida de idosos participantes do Projeto Esticada Viscardi na cidade de Londrina – PR.•. • Procedimentos: O avaliado leva o questionário para casa, onde responde todas as questões e caso haja alguma dúvida, tem livre acesso à pesquisadora. A coleta será realizada mediante a autorização da direção da entidade. • Riscos: não haverá riscos para a integridade física, mental ou moral do idoso. • Benefícios: as informações obtidas nessa pesquisa poderão proporcionar ações de saúde que possam melhorar a atenção à saúde e a qualidade de vida dos idosos, além de serem úteis cientificamente e de ajuda para todos. • Privacidade: as informações coletadas somente serão divulgadas no meio científico, ou qualquer outro meio, sem qualquer identificação pessoal. • Contato com os pesquisadores: terei acesso à pesquisadora, para esclarecimento de dúvidas ou reclamações. • Desistência: poderei desistir, a qualquer momento, de minha participação, sem qualquer penalização e sem prejuízo para minha pessoa. Atenciosamente Londrina, ______/_____/2010. ______________________________________________________________ Participante Responsável ______________________________________________________________ Pesquisador: Andressa Alves da Costa Telefone para contato: (043) 9953-0042 ou (043) 8827 - 9927(celular)

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ANEXOS

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WHOQOL-OLD Instruções Este questionário pergunta a respeito dos seus pensamentos, sentimentos e sobre certos aspectos de sua qualidade de vida, e aborda questões que podem ser importantes para você como membro mais velho da sociedade. Por favor, responda todas as perguntas. Se você não está seguro a respeito de que resposta dar a uma pergunta, por favor escolha a que lhe parece mais apropriada. Esta pode ser muitas vezes a sua primeira resposta. Por favor tenha em mente os seus valores, esperanças, prazeres e preocupações. Pedimos que pense na sua vida nas duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas duas últimas semanas, uma pergunta poderia ser : O quanto você se preocupa com o que o futuro poderá trazer? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) Você deve circular o número que melhor reflete o quanto você se preocupou com o seu futuro durante as duas últimas semanas. Então você circularia o número 4 se você se preocupou com o futuro “Bastante”, ou circularia o número 1 se não tivesse se preocupado “Nada” com o futuro. Por favor leia cada questão, pense no que sente e circule o número na escala que seja a melhor resposta para você para cada questão. Muito obrigado(a) pela sua colaboração! As seguintes questões perguntam sobre o quanto você tem tido certos sentimentos nas últimas duas semanas. old_01 Até que ponto as perdas nos seus sentidos (por exemplo, audição, visão,

paladar, olfato, tato), afetam a sua vida diária?

Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_02 Até que ponto a perda de, por exemplo, audição, visão, paladar, olfato, tato,

afeta a sua capacidade de participar em atividades?

Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_03 Quanta liberdade você tem de tomar as suas próprias decisões? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_04 Até que ponto você sente que controla o seu futuro? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5)

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old_05 O quanto você sente que as pessoas ao seu redor respeitam a sua liberdade? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_06 Quão preocupado você está com a maneira pela qual irá morrer? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_07 O quanto você tem medo de não poder controlar a sua morte? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_08 O quanto você tem medo de morrer? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_09 O quanto você teme sofrer dor antes de morrer? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) As seguintes questões perguntam sobre quão completamente você fez ou se sentiu apto a fazer algumas coisas nas duas últimas semanas. old_10 Até que ponto o funcionamento dos seus sentidos (por exemplo, audição,

visão, paladar, olfato, tato) afeta a sua capacidade de interagir com outras pessoas?

Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5) old_11 Até que ponto você consegue fazer as coisas que gostaria de fazer? Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5) old_12 Até que ponto você está satisfeito com as suas oportunidades para continuar

alcançando outras realizações na sua vida?

Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5) old_13 O quanto você sente que recebeu o reconhecimento que merece na sua

vida?

Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5) old_14 Até que ponto você sente que tem o suficiente para fazer em cada dia? Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5)

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As seguintes questões pedem a você que diga o quanto você se sentiu satisfeito,

feliz ou bem sobre vários aspectos de sua vida nas duas últimas semanas.

old_15 Quão satisfeito você está com aquilo que alcançou na sua vida? Muito insatisfeito (1) Insatisfeito (2) Nem satisfeito nem insatisfeito (3) Satisfeito (4)

Muito satisfeito (5)

old_16 Quão satisfeito você está com a maneira com a qual você usa o seu tempo? Muito insatisfeito (1) Insatisfeito (2) Nem satisfeito nem insatisfeito (3) Satisfeito (4)

Muito satisfeito (5)

old_17 Quão satisfeito você está com o seu nível de atividade? Muito insatisfeito (1) Insatisfeito (2) Nem satisfeito nem insatisfeito (3) Satisfeito (4)

Muito satisfeito (5)

old_18 Quão satisfeito você está com as oportunidades que você tem para participar

de atividades da comunidade?

Muito insatisfeito (1) Insatisfeito (2) Nem satisfeito nem insatisfeito (3) Satisfeito (4)

Muito satisfeito (5)

old_19 Quão feliz você está com as coisas que você pode esperar daqui para

frente?

Muito Infeliz (1) Infeliz (2) Nem Infeliz nem feliz (3) Feliz (4) Muito feliz (5) old_20 Como você avaliaria o funcionamento dos seus sentidos (por exemplo,

audição, visão, paladar, olfato, tato)?

Muito ruim (1) Ruim (2) Nem ruim nem boa (3) Boa (4) Muito boa (5) As seguintes questões se referem a qualquer relacionamento íntimo que você

possa ter. Por favor, considere estas questões em relação a um companheiro ou

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uma pessoa próxima com a qual você pode compartilhar (dividir) sua intimidade mais

do que com qualquer outra pessoa em sua vida.

old_21 Até que ponto você tem um sentimento de companheirismo em sua vida?

Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_22 Até que ponto você sente amor em sua vida? Nada (1) Muito pouco (2) Mais ou menos (3) Bastante (4) Extremamente (5) old_23 Até que ponto você tem oportunidades para amar? Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5) old_24 Até que ponto você tem oportunidades para ser amado? Nada (1) Muito pouco (2) Médio (3) Muito (4) Completamente (5)

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PONTUAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

(a) Basicamente, escores altos representam uma alta qualidade de vida, escores

baixos representam uma baixa qualidade de vida;

(b) Categorização dos itens nas escalas apropriadas. Para itens expressos

positivamente, pode se aplicar a classificação acima, na qual valores mais elevados

representam uma melhor qualidade de vida. Para itens expressos negativamente, o

escore tem de ser recodificado;

(c) Recodificação dos itens expressos negativamente, as questões a serem

recodificadas são: Questão 01, 02, 06, 07, 08, 09 e 10 os valores numéricos

atribuídos devem ser invertidos: 1 = 5, 2 = 4, 3 = 3, 4 = 2, 5 =1. Ao fazer a

recodificação, os escores altos em itens expressos positivamente refletirão uma

qualidade de vida mais elevada. Os valores unidirecionais podem ser

subsequentemente adicionados para produzir os escores somados de acordo com a

lista de pontuação do módulo WHOQOL-OLD;

(d) A utilização da lista de pontuação também é necessária para se identificar quais

itens pertencem a uma faceta. Os itens a serem recodificados são marcados com

um asterisco;

(e) A soma dos itens que pertencem a uma faceta produz o escore bruto da faceta

(EBF). Sua amplitude situa-se entre o mais baixo valor possível (número de itens (n)

x 1) e o mais alto valor possível (número de itens (n) x 5) da respectiva faceta. Para

o módulo WHOQOLOLD, cada uma das seis facetas inclui 4 itens, assim os valores

dos escores brutos mais baixos o possível e mais altos o possível são iguais em

todas as facetas (amplitude de 4 a 20);

(f) A comparação dos escores entre as facetas é possibilitada ao se comparar

diretamente os escores brutos das facetas. Visto que todas as facetas incluem 4

itens com o mesmo formato de pontuação e classificação, não é necessária a

transformação dos escores brutos (desde que todos os itens por faceta tenham sido

respondidos);

(g) Caso o escore bruto da faceta seja dividido pelo número de itens na faceta, o

escore (médio) padronizado da faceta (EPF) pode ter qualquer valor decimal entre 1

e 5. O valor 1 representa uma avaliação da qualidade de vida a mais baixa possível

e o valor 5 uma avaliação da qualidade de vida a mais alta possível para o indivíduo;

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(h) A transformação de um escore bruto para um escore transformado da escala

(ETE) entre 0 e 100 possibilita expressar o escore da escala em percentagem entre

o valor mais baixo possível (0) e o mais alto possível (100). Para se obter o escore

transformado da faceta (ETF) (0-100), pode-se aplicar a seguinte regra de

transformação: ETF = 6,25 x (EBF – 4).

(i) A produção do escore total do WHOQOL-OLD envolve a adição dos escores das

facetas de uma pessoa usando todos os itens (ao invés dos itens da faceta

somente) do questionário (mais uma vez prestando atenção ao procedimento de

recodificação – veja os passos “b” e “c”).

(j) A acumulação dos valores de mais de uma pessoa – p.ex., uma faixa etária

especial – pode ser realizada simplesmente se somando os escores das facetas

e/ou os escores totais de cada indivíduo naquela amostra (a nível de escore bruto,

médio/padronizado ou transformado) e dividindo o resultado respectivo através do

número de participantes para produzir o escore médio do grupo correspondente.

k) A classificação da qualidade de vida foi realizada através de percentil, sendo que

o Percentil < 25 foi classificado como baixa qualidade de vida; entre 25 < Percentil <

75 média qualidade de vida e Percentil > 75 alta qualidade de vida.

l) A variável idade foi dicotomizada em menor que 70 anos de idade e maior que 70

anos de idade após calcular a média de idade.