22

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial

Citation preview

SemiologiaBases para a Prática Assistencial

Andris_00.indd 1 4/29/11 2:47:17 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

O GEN | Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, LTC, Forense, Método e Forense Universitária, que publicam nas áreas cientí�ca, técnica e pro�ssional.

Essas empresas, respeitadas no mercado editorial, construíram catálogos inigualáveis, com obras que têm sido decisivas na formação acadêmica e no aperfeiçoamento de várias gerações de pro �ssionais e de estudantes de Administração, Direito, Enfermagem, Engenharia, Fisioterapia, Medicina, Odon-tologia, Educação Física e muitas outras ciências, tendo se tornado sinônimo de seriedade e respeito.

Nossa missão é prover o melhor conteúdo cientí�co e distribuí-lo de maneira �exível e conveniente, a preços justos, gerando benefícios e servindo a autores, docentes, livreiros, funcionários, colabora-dores e acionistas.

Nosso comportamento ético incondicional e nossa responsabilidade social e ambiental são refor-çados pela natureza educacional de nossa atividade, sem comprometer o crescimento contínuo e a rentabilidade do grupo.

Andris_00.indd 2 4/29/11 2:47:18 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

Semiologia

Revisão técnica

Isabel Cristina Fonseca da Cruz

Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo — USP.Professora Titular do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgicada Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense — UFF.

Bases para a Prática Assistencial

Traduzido por

Carlos Henrique CosendeyIvan Lourenço GomesMarco A. ValejoRoxane Gomes dos Santos Jacobson

Andris_00.indd 3 4/29/11 2:47:19 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

As autoras deste livro e a Editora Guanabara KooGan Ltda. empenharam seus melhores esforços para asse-gurar que as dosagens dos fármacos e os procedimentos apresentados no texto estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regula-mentares governamentais e o constante fluxo de novas informaçõessobre terapêutica medicamentosa e reações adversas a fármacos, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fidedignas, de modo a se certificarem de que as informações contidas neste livro estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas. Isso é particularmente importante quando se trata de fármacos novos ou de medicamentos utilizados com pouca freqüência. As autoras e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, inadvertida e involuntariamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida. Dada a natureza histórica da profissão, adotamos no texto a designação enfermeira, no feminino.

Traduzido deAssessment: a 2-in-1 Reference for NursesCopyright © 2005 by Lippincott, Williams & WilkinsAll rights reservedPublished by arrangement with Lippincott, Williams & Wilkins, Inc., USA

Direitos exclusivos para a língua portuguesaCopyright © 2006 byEditora Guanabara KooGan Ltda.Travessa do Ouvidor, 11Rio de Janeiro — RJ — CEP 20040-040Tels.: (21) 3543-0770/(11) 5080-0770 | Fax: (21) 3543-0896

Publicado pela Editora LAB, sociedade por cotas de participação e de parceria operacional da Editora Guanabara KooGan [email protected]

Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição pela Internet ou outros), sem permissão, por escrito, da Editora Guanabara KooGan Ltda.

Capa: BernardProjeto gráfico: EditoraLABEditoração eletrônica: Anthares

Ficha catalográfica

S474 Semiologia : bases para a prática assistencial / [Deborah A. Andris... et al.] ; traduzido por Carlos Henrique Cosen-

dey; revisão Isabel Cristina Fonseca da Cruz. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011.il. Tradução de: Assessment : a 2-in-1 reference for nursesApêndicesISBN 978-85-277-1161-6 1. Observação em enfermagem - Manuais, guias, etc. 2. Semiologia (Medicina)- Manuais, guias, etc. 3. Diagnóstico

físico - Manuais, guias, etc. 4. Enfermagem - Prática. I. Andris, Deborah A.

06-0104. CDD 616.072 CDU 616-07

Andris_00.indd 4 4/29/11 2:47:19 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

Colaboradores e Revisores

Deborah A. Andris, RN, CS, MSN, APNP

Nurse Practitioner, Bariatric Surgery Program

Medical College of Wisconsin

Milwaukee

Jemma Bailey-Kunte, RN, MS,APRN-BC, FNP

Clinical Lecturer

Binghamton (N.Y.) University

Nurse Practitioner

Lourdes Hospital

Binghamton, N.Y.

Cheryl A. Bean, RN, DSN, ANP, AOCN, APRN, BC

Associate Professor

Indiana University School of Nursing

Indianapolis

Natalie Burkhalter, RN, MSN, ACNP, CS, FNP

Associate Professor

Texas A&M International University

Laredo

Catherine B. Holland, RN, PhD, ANP, APRN, BC, CNS

Associate Professor

Southeastern Louisiana University

Baton Rouge

Julia Anne Isen, RN, MS, FNP-C

Nurse Practitioner — Internal Medicine

Veteran Administration Medical Center

San Francisco

Assistant Clinical Professor

University of California San Francisco School

of Nursing

Nancy Banfield Johnson, RN, MSN, ANP (inactive)

Nurse Manager

Kendal at Ithaca (N.Y.)

Gary R. Jones, RN, MSN, CNS, FNP

ARNP, Disease Management Program

Mercy Health Center

Fort Scott, Kans.

Vanessa C. Kramasz, RN, MSN, FNP-C

Nursing Faculty & Family Nurse Practitioner

Gateway Technical College

Kenosha, Wis.

Priscila A. Lee, RN, MN, FNP

Instructor in Nursing

Moorpark (Calif.) College

Ann S. McQueen, RNC, MSN, CRNP

Family Nurse Practitioner

Healthlink Medical Center

Southampton, Pa.

William J. Pawlyshyn, RN, MN, MS, APRN, BC

Nurse Practitioner Consultant

New England Geriatrics

West Springfield, Mass.

Regina Reed, RN, MSN, FNP

Associate Professor

Washington State Community College

Marrietta, Ohio

Andris_00.indd 5 4/29/11 2:47:20 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

Prefácio

A semiologia, base da prática clínica, requer não ape-

nas habilidade, mas também ações rápidas e precisas. A

preparação para o exame físico, a seleção de instrumentos

apropriados, a realização das avaliações, o registro dos

achados e a tomada de decisões têm papel fundamental

em todo o processo de assistência ao cliente.

A equipe de enfermagem deve utilizar todas as infor-

mações disponíveis para identificar as necessidades espe-

cíficas em um conjunto variado de clientes portadores de

diversas patologias. Além disso, as internações de longo

prazo, associadas à maior complexidade dos problemas

de saúde, resultam em fatores de estresse para a equipe

de enfermagem.

Cumprir todas essas etapas com resolutividade, man-

tendo o foco nas necessidades do cliente — objetivo prin-

cipal e fundamental — é realmente um desafio. Esses fa-

tores, a complexidade que cerca a semiologia e as muitas

decisões que precisam ser tomadas tornam necessário que

as enfermeiras tenham domínio de informações que em

geral precisam ser buscadas em fontes diversas e volumo-

sas — o que dificulta o acesso a esses dados.

Semiologia | Bases para a Prática Assistencial foi proje-

tado justamente para sanar essa dificuldade: contém um gran-

de cabedal de informações mas, ao mesmo tempo, constitui

uma fonte de consulta rápida e prática que fornece apoio à

tomada de decisões. Para isso, foi desenvolvido um original

formato “2-em-1” que destaca as informações e possibilita

que cada área da semiologia e cada sistema orgânico sejam

estudados em 30 minutos ou em 30 segundos.

Os assuntos são abordados em profundidade no texto

principal, e o resumo desses conteúdos é apresentado em

formato de fácil visualização nas margens do livro, pro-

porcionando grande rapidez de leitura e fácil acesso ás

informações. Os achados normais são abordados em cada

área da avaliação, da inspeção, da palpação, da percussão

e da ausculta.

Algumas informações que merecem destaque especial

estão assinaladas por ícones:

u Achados anormais: abordam avaliações específicas

de cada sistema.

u Considerações especiais: destacam-se as diferen-

ças de idade, de sexo e de etnia nos achados das

avaliações.

u Alertas clínicos: identificam situações de emergên-

cia encontradas durante as avaliações e mostram

como intervir nesses casos.

u Conhecimento prático: descreve técnicas especí-

ficas e sua aplicação no cotidiano, fundamentais

para o aprimoramento da avaliação.

A apresentação de dados subjetivos — um componen-

te essencial para todas as avaliações — também fundamenta

os achados. Os primeiros quatro capítulos são dedicados

à coleta detalhada de dados subjetivos e objetivos, in-

cluindo o histórico de saúde, as técnicas de avaliação, o

estado da saúde mental e a avaliação nutricional. Os ca-

pítulos que se seguem, cada qual abordando um sistema

orgânico, orienta o leitor nas informações que devem ser

obtidas antes da realização do exame físico, e incluem a

Andris_00.indd 7 4/29/11 2:47:21 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

queixa principal, os problemas relacionados, o histórico

da saúde atual e pregressa e a história familiar, psicosso-

cial e ocupacional.

Outra característica importante desta obra são as pran-

chas coloridas que ajudam na compreensão das técnicas

de avaliação, tais como a identificação dos principais

pontos de referência para a ausculta cardíaca no sistema

cardiovascular, a identificação de pontos de referência no

sistema respiratório e o reconhecimento de distúrbios da

pele, olhos e ouvidos. Há também várias ilustrações, qua-

dros, tabelas e algoritmos que constituem um excelente

roteiro quanto ao que deve ser investigado e realizado no

decorrer das avaliações. Os Apêndices são um comple-

mento perfeito para o conjunto desta obra valiosa.

Outra característica inovadora de Semiologia | Bases

para a Prática Assistencial é o fato de abordar a semiolo-

gia e a semiotécnica como subsídios para a prática clíni-

ca. Isso, além de preparar melhor as estudantes para suas

carreiras profissionais, possibilita que a obra não só seja

adotada como texto único na disciplina de semiologia

mas também como instrumento de consulta, uma referên-

cia rápida em qualquer situação da prática diária.

Essa consideração é reforçada pelo fato de que o vo-

lume de conhecimentos necessários para se prestar uma

assistência resolutiva à saúde cresce a uma velocidade

impressionante, e é um desafio tanto para a estudante de

enfermagem quanto para a profissional mais experiente

exercerem sua prática profissional em consonância com

as inovações tecnológicas. Com a tendência de assistir-

mos a um número cada vez maior de clientes portadores

de múltiplas patologias, Semiologia | Bases para a Práti-

ca Assistencial constitui um recurso importantíssimo que

certamente ajudará a enfermeira e sua equipe de enferma-

gem, nas mais variadas situações de atendimento, a alcan-

çarem o nível de competência desejável para avaliarem

e determinarem as ações necessárias para o atendimento

aos seus clientes.

Saundra L. Turner, RN, BA, MSN, EdD, CS, FNPInterim Chair of Advanced Practice Nursing

Acting Director of Faculty PracticeMedical College of Georgia

Augusta, EUA

Andris_00.indd 8 4/29/11 2:47:22 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

Sumário

Pranchas coloridas, PC 1 a PC16

1 História de Saúde, 1

2 Técnicas Fundamentais do Exame Físico, 19

3 Avaliação da Saúde Mental, 43

4 Estado Nutricional, 63

5 Sistema Cardiovascular, 87

6 Sistema Respiratório, 129

7 Aparelho Digestivo, 161

8 Sistema Neurológico, 187

9 Sistema Musculoesquelético, 223

10 Mamas e Axilas, 249

11 Sistema Geniturinário Feminino, 267

12 Sistema Geniturinário Masculino, 295

13 Sistema Tegumentar, 315

Andris_00.indd 9 4/29/11 2:47:22 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

14 Olhos, 343

15 Orelhas, Nariz e Garganta, 365

Apêndices Guia de consulta rápida a valores de exames laboratoriais, 393 Guia de consulta rápida para avaliação da cabeça aos pés, 403 Alterações dos resultados laboratoriais dos clientes idosos, 413

Índice Alfabético, 415

Andris_00.indd 10 4/29/11 2:47:23 PM

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

12

Sistema Geniturinário Masculino

�O sistema geniturinário masculino, 296

�Obtenção do histórico de saúde, 298

�Avaliação do sistema geniturinário masculino, 302

�Interpretação dos achados, 309

�Distúrbios do sistema geniturinário masculino, 309

Andris_12.indd 295Andris_12.indd 295 20/1/2006 12:10:2820/1/2006 12:10:28

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

297Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

TestículosOs testículos são estruturas ovais com consistência de borracha que se encon-

tram suspensas verticalmente e inclinadas um pouco para frente dentro do escroto. Eles produzem testosterona e esperma.

A testosterona estimula as alterações que ocorrem durante a puberdade, que começa em torno da idade de 9½ e 13½ anos. Os testículos crescem, os pêlos pu-bianos proliferam e o tamanho do pênis aumenta. Em seguida, surgem as carac-terísticas sexuais secundárias, como pêlos faciais e corporais, desenvolvimento muscular e alterações da voz.

Considerações especiais. Nos meninos, o primeiro sinal das alterações puberais é o crescimento dos testículos, junto com o aparecimento dos pêlos pubianos e o aumento do tamanho do pênis. Esses estágios de desenvolvimento estão documentados na classifi cação da sexua-

lidade de Tanner.

EpidídimoO epidídimo é um reservatório para a maturação do esperma. Está localizado

na superfície póstero-lateral de cada testículo, criando um abaulamento visível na superfície. Em pequena percentagem dos homens, o epidídimo está localizado an-teriormente.

Testículos

� Produzem testosterona e esperma� A testosterona estimula as alterações que

ocorrem na puberdade� Na puberdade, há crescimento dos

testículos, desenvolvimento dos pêlos pubianos e aumento do pênis

Epidídimo

� Funciona como reservatório para a maturação do esperma

� Produz um abaulamento visível na superfície de cada testículo

Sistema reprodutivo masculinoEsta ilustração mostra as estruturas importantes do sistema reprodutivo masculino.

Vesícula seminal

Ducto ejaculatório comum

Próstata

Bexiga

Sínfi se púbica

Canal deferente

Uretra

Corpo cavernoso

Pênis

Glande peniana

Coroa

Prepúcio

Meato uretral

Escroto

Testículo

Epidídimo

Andris_12.indd 297Andris_12.indd 297 20/1/2006 12:10:2920/1/2006 12:10:29

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

299Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

�Queixa principalPergunte ao cliente qual a sua queixa principal. Documente a resposta usando

as próprias palavras do cliente. Se ele conseguir identifi car uma única queixa, faça perguntas mais específi cas sobre seu estado de saúde pregresso e atual.

�Histórico atualFaça as seguintes perguntas ao cliente:

� Você percebeu alterações da cor da pele do seu pênis ou escroto?� Se não for circuncidado, você consegue retrair e recolocar facilmente o prepú-

cio?Achados anormais. A incapacidade de retrair o prepúcio é conhecida como fi mose; a incapacidade de recolocar o prepúcio na posição nor-mal é descrita como parafi mose. Se não forem tratados, esses distúr-bios podem comprometer a circulação local e causar edema ou até

mesmo gangrena. Você percebeu feridas, caroços ou úlceras em seu pênis?

Achados anormais. Feridas, caroços ou úlceras no pênis do cliente po-dem indicar uma doença sexualmente transmissível (DST).� Você nota secreção ou sangramento pelo orifício do pênis quando a urina sai?

� Você percebeu edema no seu escroto?Achados anormais. Secreção ou sangramento pela uretra, ou edema do es-croto, pode indicar hérnia inguinal, hematocele, epididimite ou tumor testicular.� Você sente dor no pênis, no testículo ou na bolsa escrotal? Em caso afi rmativo, onde? Há quanto tempo você está sentindo essa dor? A dor é

constante ou intermitente, e quanto tempo ela dura? A dor irradia para algum lugar? Em caso afi rmativo, para onde? Quais atividades agravam ou aliviam a dor? Quando isso ocorre?

� Você percebeu um caroço, uma ferida dolorosa ou hipersensibilidade na viri-lha?

� Você levanta durante a noite para urinar?

Como deixar o cliente à vontadeEis aqui algumas dicas para ajudar seu cliente a sentir-se mais confortável durante a obtenção do histórico de saúde:

CONHECIMENTO PRÁTICO

� Certifi que-se de que a sala tenha privacidade e que não haja interrupções.

� Expresse suas perguntas de maneira clara e deli-cada.

� Diga ao cliente que suas respostas são sigilosas e assim continuarão.

� Comece com as perguntas menos delicadas so-bre a função urinária e avance para as questões mais delicadas, como a função sexual.

� Não tenha pressa ou omita fatos porque o clien-te parece estar embaraçado.

� Seja sensível às respostas do cliente durante a entrevista. As reduções do desempenho sexual

como um sinal de declínio da saúde podem in-terferir com a entrevista.

� Quando fi zer perguntas ao cliente, tenha em mente que alguns homens consideram que os problemas sexuais são indícios de perda da masculinidade. Expresse suas perguntas cuida-dosamente e, quando for necessário, tranqüilize seu cliente.

� Leve em consideração o nível educacional e a formação cultural do cliente. Se ele usar gírias ou eufemismos para falar sobre seus órgãos sexuais ou seu desempenho sexual, certifi que-se de que vocês estão falando do mesmo assunto.

Queixa principal

� Anote as respostas do cliente� Faça perguntas específi cas sobre saúde

atual e pregressa

Histórico atual

� Identifi que alterações na cor da pele do pênis ou escroto

� Se o cliente não for circuncidado, avalie se é possível retrair e recolocar o prepúcio

Achados anormais� Fimose (incapacidade de retrair o

prepúcio) e parafi mose (incapacidade de recolocar o prepúcio na posição normal); reduzem a circulação local e causam edema, podendo chegar à gangrena

� Feridas, caroços ou úlceras (DST)� Secreção ou sangramento pela uretra

ou edema do escroto (hérnia inguinal, hematocele, epididimite, tumor testicular)

Achados anormais: sistema urinário� Nictúria (distúrbios dos rins ou do trato

urinário inferior, câncer da próstata ou HPB)

� Aumento da freqüência urinária (ITU, HPB, estenose uretral, tumor da próstata)

� Tenesmo urinário (crescimento da próstata)

� Incontinência urinária (HPB, infecção ou câncer da próstata)

� Sangramento ao fi nal da micção (distúrbios do colo vesical, da uretra ou da próstata)

Como deixar o cliente à vontade

� Assegure que a sala de exame seja privada

� Garanta o sigilo� Mostre-se sensível às respostas do cliente� Leve em consideração o nível educacional

e a formação cultural do cliente

Andris_12.indd 299Andris_12.indd 299 20/1/2006 12:10:3020/1/2006 12:10:30

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

301Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

�História de saúde pregressaAs informações relativas às doenças pregressas do cliente são importantes;

problemas pregressos do sistema reprodutivo ou disfunções de outros sistemas do corpo podem afetar a função reprodutiva. As perguntas importantes são:� Você já teve fi lhos? Em caso afi rmativo, quantos e quais são suas idades? Você

teve problema de infertilidade? Há alguma preocupação atualmente? Você já teve o diagnóstico de contagem baixa de espermatozóides? Em caso afi rma-tivo, banhos quentes, andar de bicicleta freqüentemente e usar roupas íntimas apertadas ou suportes atléticos podem elevar a temperatura escrotal e reduzir temporariamente a contagem dos espermatozóides.

� Você já fez cirurgia no trato geniturinário? Em caso afi rmativo, onde, quando e por quê? Você teve alguma complicação pós-operatória?

� Você sofreu algum traumatismo no trato geniturinário? Em caso afi rmativo, o que houve, quando isso ocorreu e quais sintomas (se existirem) apareceram por causa disso?

� Você tem sangue na urina, difi culdade de urinar, urgência excessiva para uri-nar, gotejamento ou difi culdade em manter o jato urinário?

� Você teve o diagnóstico de DST ou outra infecção do trato geniturinário? Em caso afi rmativo, qual foi o problema específi co? Quanto tempo isso durou? Que tipo de tratamento você fez? Houve alguma complicação associada? Você fez teste para o vírus da imunodefi ciência humana (HIV), o vírus causador da síndrome da imunodefi ciência adquirida (AIDS)?

� Você teve diabete melito, doença cardiovascular, distúrbio neurológico ou cân-cer do trato geniturinário?

� Você tem história de testículos que não desceram ou distúrbio endócrino? Você teve caxumba? Em caso afi rmativo, a doença afetou seus testículos?

� Você examina seus testículos periodicamente? Você sabe como fazer o exame?Nesse ponto, forneça informações sobre auto-exame dos testículos e, durante

o exame físico (se for realizado), peça ao cliente para demonstrar o que aprendeu. (Veja O auto-exame dos testículos, p. 302.)

�História familiarAs perguntas relativas à história de saúde familiar podem fornecer indícios de

distúrbios com predisposição familiar comprovada. Pergunte ao cliente se algum membro da sua família teve problemas de infertilidade ou hérnias. Pergunte tam-bém se alguém da sua família teve câncer do trato reprodutivo.

�História psicossocialObtenha informações sobre o estilo de vida do cliente e seu relacionamento

com outras pessoas. Faça as seguintes perguntas:� Se sexualmente ativo, você tem mais de um parceiro? Quantos parceiros você

teve no último mês?Parceiros múltiplos podem aumentar as incidências de DST, hepatite e AIDS.

Considerações especiais. Os adultos idosos sexualmente ativos com vários parceiros têm riscos tão altos de contrair DST quanto os adultos mais jovens. Entretanto, tendo em vista a redução da imunidade, a higiene precária, a notifi cação inadequada dos sintomas e os possíveis distúr-

bios coexistentes, eles podem buscar tratamento porque apresentam sintomas di-ferentes.� Seu comportamento sexual é homossexual, bissexual ou heterossexual?� Você toma precauções para evitar contrair DST ou AIDS? Em caso afi rmativo,

o que você faz?� Você trabalha em quê?� Recentemente ou em algum momento você foi exposto a radiação ou substân-

cias químicas tóxicas?� Você pratica esportes ou outras atividades que exija levantamento de pesos ou

esforços excessivos? Em caso afi rmativo, você usa dispositivos de proteção ou suportes, como tiras de jóquei, concha protetora ou cintas?

História de saúde pregressa

� Doenças pregressas, problemas do sistema reprodutivo ou disfunções de outros sistemas do corpo

� Cirurgia ou lesão traumática do trato geniturinário

� Exposição às DST� Diabete melito, doença cardiovascular,

distúrbio neurológico, câncer do trato geniturinário

História familiar

� Infertilidade� Hérnia� Câncer do trato reprodutivo

História psicossocial

� Obtenha informações sobre o estilo de vida do cliente e suas relações com outras pessoas

Considerações especiais� Os adultos idosos com vários parceiros

sexuais têm risco de desenvolver DST

Andris_12.indd 301Andris_12.indd 301 20/1/2006 12:10:3020/1/2006 12:10:30

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

303Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

InspeçãoPrimeiramente, inspecione o abdome do cliente. Quando ele estiver deitado,

o abdome deve ser liso, plano ou côncavo e simétrico. A pele não deve ter lesões, equimoses, manchas ou veias proeminentes.

Verifi que se há distensão abdominal com pele tensa e brilhante e estrias — fai-xas prateadas observadas quando a pele é submetida rapidamente a uma tensão exagerada.

Achados anormais. Distensão abdominal com pele tensa e brilhante e es-trias indicam ascite, que pode acompanhar a síndrome nefrótica. Essa síndrome caracteriza-se por edema, níveis elevados de proteína na urina e concentrações baixas de albumina sérica.

Percussão e palpaçãoPrimeiramente, diga ao cliente o que você irá fazer; caso contrário, ele poderá

fi car assustado e você poderá confundir esta reação com uma sensação de hiper-sensibilidade aguda. Em seguida, faça a percussão dos rins, para verifi car se há dor ou hipersensibilidade, e da bexiga, para detectar timpanismo ou macicez.

Achados anormais. Se o cliente sentir dor ou hipersensibilidade à percus-são e palpação dos rins, isto pode sugerir uma infecção renal. (Veja Pu-nho-percussão.)

Lembre-se de percutir os dois lados do corpo para avaliar os dois rins.Achados anormais. Se você ouvir um som grave em vez do timpanismo nor-mal, isso pode indicar retenção de urina na bexiga, causada por disfun-ção ou infecção vesical.

Você também pode palpar a bexiga para verifi car se há distensão. Como os rins em geral não são palpáveis, a detecção de um rim aumentado pode ser importante.

Achados anormais. O crescimento do rim pode estar associado à hidrone-frose, a um cisto ou a um tumor.

AuscultaAusculte as artérias renais para detectar sopros, os quais indicam estenose da

artéria renal. Você pode realizar essa manobra nesse ponto ou durante a avaliação do abdome.

Punho-percussãoCONHECIMENTO PRÁTICO

Para avaliar os rins pela punho-per-cussão indireta, peça para o cliente fi car de pé com as costas voltadas para você. Diga-lhe que ele sentirá uma “pancada nos rins”. Coloque uma mão no ângulo costovertebral e gol-peie esta mão com a superfície ulnar da outra mão, conforme está ilustra-do ao lado.

Ângulo costovertebral

Inspeção

� O abdome deve ser liso, plano ou côncavo, simétrico e sem lesões, equimoses e veias proeminentes

Achados anormais� Pele tensa e brilhante e estrias (ascite)� Edema, níveis aumentados de proteína na

urina e concentrações séricas reduzidas de albumina (síndrome nefrótica)

Percussão e palpação

� Faça a percussão dos rins para detectar dor ou hipersensibilidade; os rins em geral não podem ser palpados

� Faça a percussão da bexiga para detectar timpanismo ou macicez; palpe a bexiga para verifi car se ela está distendida

Achados anormais� Dor ou hipersensibilidade (infecção renal)� Som grave (disfunção ou infecção da

bexiga)� Crescimento do rim (hidronefrose, cisto,

tumor)

Ausculta

� Faça a ausculta sobre as artérias renais para excluir a existência de sopros, que podem indicar estenose desses vasos

Andris_12.indd 303Andris_12.indd 303 20/1/2006 12:10:3120/1/2006 12:10:31

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

305Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

Achados anormais. Ao examinar seu cliente, você pode encontrar as seguin-tes anormalidades:� infl amação da glande (balanite); infl amação da glande e do prepú-cio (balanopostite).

� lesões do pênis — as lesões do pênis podem ter aspecto variável. Um nódulo duro e indolor, especialmente na glande ou na superfície interna do prepúcio, pode indicar câncer peniano. (Veja Lesões genitais masculinas.)

Lesões genitais masculinasVários tipos de lesões podem acometer a genitália masculina. Algumas das lesões mais comuns estão des-critas adiante.

Câncer do pênis

O câncer do pênis causa uma lesão ulcerativa indolor na glan-de ou no prepúcio, possivelmente acompanhada de secreção. Em geral, essa doença está associada às infecções genitais pelo vírus herpes simples. O câncer apresenta-se como uma massa ou úlce-ra sangrante localizada e produz metástases precocemente.

Herpes genital

O herpes genital é responsável por um grupo de pequenas ve-sículas ou bolhas avermelhadas e dolorosas no prepúcio, no cor-po do pênis ou na glande. Por fi m, as lesões desaparecem, mas tendem a recidivar. As vesículas estão associadas a prurido ou dor. Como o vírus pode permanecer latente nos tecidos nervosos, o estresse pode produzir uma recidiva.

Verrugas genitais

As verrugas genitais são evidenciadas como pequenas prolife-rações papilares elevadas, rosadas ou vermelhas e úmidas, que podem ser indolores e apresentar-se em grumos semelhantes à couve-fl or. Essas verrugas são causadas pelo papilomavírus hu-mano e são transmitidas sexualmente. As verrugas atípicas po-dem estar relacionadas com o carcinoma.

Sífi lis

A sífi lis causa uma pápula dura e redonda — em geral na glande do pênis. Ao ser palpado, o cancro sifi lítico pode assemelhar-se a um botão. Por fi m, a pápula sofre erosão e transforma-se numa úlcera. Você também pode encontrar linfonodos aumentados na região inguinal. A sífi lis tem três estágios: o estágio primário pro-duz uma úlcera que não sangra, conhecida como cancro e que contém os espiroquetas. Essa lesão cicatriza espontaneamente dentro de 10 a 40 dias e pode não incomodar o cliente; os está-gios secundário e terciário acometem outros sistemas do corpo e tornam-se mais debilitantes à medida que a doença progride.

Inspeção do pênis (continuação)

Achados anormais: pênis� Infl amação da glande� Infl amação da glande e do prepúcio� Lesões

Lesões genitais masculinas

� Câncer de pênis — lesão ulcerativa indolor

� Herpes genital — grupo de pequenas vesículas ou bolhas dolorosas e eritematosas

� Verrugas genitais — crescimentos papilares pequenos, macios, úmidos, rosados ou vermelhos e infl amados

� Sífi lis — pápula dura e redonda

Andris_12.indd 305Andris_12.indd 305 20/1/2006 12:10:3220/1/2006 12:10:32

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

307Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

bra aumenta a pressão intra-abdominal, que empurra qualquer herniação para bai-xo e a torna mais visível. Além disso, verifi que se há linfonodos aumentados.

Achados anormais. Linfonodos aumentados podem ser um sinal de infec-ção.

PalpaçãoPalpe o pênis, os testículos, os epidídimos, os cordões espermáticos, as regiões

inguinais e femorais e a próstata.

� PênisUse seu polegar e dedo indicador para palpar todo o corpo do pênis, que deve

ser um pouco fi rme e com pele lisa e móvel. Verifi que se há edema, nódulos ou endurações.

� TestículosPalpe suavemente os dois testículos entre o polegar e seus dois primeiros de-

dos. Avalie seu tamanho, formato e resposta à compressão. Dor visceral profunda é uma resposta normal. Os testículos devem ter o mesmo tamanho, mover-se livre-mente dentro da bolsa escrotal e ter consistência de borracha.

Se você encontrar áreas endurecidas e irregulares ou nódulos, faça a transilu-minação, escurecendo a sala e pressionando a ponta de uma lanterna de bolso con-tra o escroto, por trás do nódulo. O testículo e quaisquer nódulos, massas, verrugas ou lesões preenchidas por sangue aparecem como sombras opacas.

Transilumine o outro testículo para comparar os resultados obtidos. Este tam-bém é um bom momento para reforçar os métodos e a importância de realizar um auto-exame mensal dos testículos.

Achados anormais. O edema escrotal ocorre quando um distúrbio que envolve os testículos, os epidídimos ou a pele do escroto acarreta o acúmulo de edema ou uma massa; o pênis pode não ser afetado. O edema escrotal pode ocorrer em qualquer idade. O processo pode ser

unilateral ou bilateral e doloroso ou indolor, e pode ser causado por uma hérnia inguinal, hidrocele ou traumatismo do escroto.

Alerta clínico. O início súbito de edema escrotal doloroso sugere torção dos testículos ou dos apêndices testiculares, principalmente nos meninos pré-púberes. Essa emergência exige cirurgia imediata para distorcer e estabilizar o cordão espermático ou remover o apêndice afetado.Considerações especiais. Nas crianças de até 1 ano de vida, uma hérnia ou hidrocele do cordão espermático pode ser devida ao desenvolvimento fetal anormal. Nos lactentes, o edema escrotal pode ser causado pela dermatite associada à amônia, caso as fraldas não sejam trocadas com

a freqüência necessária.Outros distúrbios que podem causar edema escrotal nas crianças são epididi-

mite (rara antes dos 10 anos), orquite causada por esportes de contato e caxumba, que em geral ocorre depois da puberdade.

Achados anormais. Um nódulo escrotal indolor que não possa ser transilu-minado pode ser um tumor testicular. Esse distúrbio é mais comum nos homens com idades entre 20 e 35 anos. O tumor pode crescer, aumentan-do o tamanho dos testículos.

Nos clientes com aumento volumétrico do escroto, isto pode ser um sinal de hidrocele, um acúmulo de líquido dentro dos testículos. A hidrocele está associada aos distúrbios que difi cultam a reabsorção dos líquidos, incluindo cirrose, insufi -ciência cardíaca e tumor testicular. A hidrocele pode ser transiluminada.

A ausência de um dos testículos pode ser causada por sua migração temporá-ria. O músculo cremáster que circunda os testículos contrai em resposta a estímu-los como ar frio, água fria ou estimulação tátil da face interna da coxa. Essa contra-ção puxa o conteúdo do escroto para dentro do canal inguinal. Quando o músculo relaxa, o conteúdo escrotal volta à sua posição normal. Essa migração temporária é normal e pode ocorrer em qualquer fase durante a avaliação física.

Palpação

� Pênis, testículos, epidídimos, cordões espermáticos, regiões inguinais e femorais e próstata

Palpação do pênis

� Verifi que se há edema, nódulos ou endurações

Inspeção das regiões inguinais e femorais

(continuação)

Achados anormais� Linfonodos aumentados (infecção)

Palpação dos testículos

� Avalie o tamanho, a forma e a resposta à compressão

� Se você encontrar áreas duras e irregulares, transilumine e compare os resultados

Achados anormais� Edema escrotal (hérnia inguinal, hidrocele,

traumatismo)� Nódulos escrotais indolores, que não

podem ser transiluminados (tumor)Considerações especiais� Nas crianças de até 1 ano de vida, o

desenvolvimento fetal anormal pode causar hérnia ou hidrocele do cordão espermático

� Nos lactentes, a dermatite amoniacal pode causar edema do escroto

� Epididimite, orquite e caxumba causam edema escrotal

Alerta!� O início súbito de edema escrotal doloroso

sugere torção dos testículos ou dos apêndices testiculares

� O cliente deve ser operado imediatamente para estabilização do cordão espermático ou remoção do apêndice

Andris_12.indd 307Andris_12.indd 307 20/1/2006 12:10:3320/1/2006 12:10:33

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

309Capítulo 12 / Sistema Geniturinário Masculino

ser liso. O cliente não deve ter dor, apenas ligeiro desconforto durante o exame. A próstata está localizada na parede anterior, um pouco depois do anel anorretal. A glândula deve ser lisa, com consistência de borracha e tamanho aproximada-mente igual ao de uma castanha. Nesse momento, pode ser conveniente coletar uma amostra de fezes para pesquisa de sangue oculto. (Veja Palpação da próstata, p. 310.)

Achados anormais. Se a próstata do cliente projetar-se para dentro da luz do reto, ela provavelmente estará aumentada. O crescimento é classifi -cado em graus 1 (protrusão de menos de 1 cm dentro da luz retal) a 4 (protrusão de mais de 3 cm dentro da luz do reto). Verifi que também se há hipersensibilidade ou nódulos.

O crescimento liso, fi rme e simétrico da próstata indica HPB, que em geral co-meça depois da idade de 50 anos. Essa alteração pode estar associada a nictúria, tenesmo e aumento da freqüência urinária e ITU recidivantes.

�Interpretação dos achadosDepois de avaliar seu cliente, um conjunto de alterações pode levá-la a suspei-

tar de um distúrbio em especial. (Veja Sistema geniturinário masculino: interpre-tação dos achados, p. 311 e 312.)

�Distúrbios do sistema geniturinário masculino

�Hiperplasia prostática benignaNa HPB, também conhecida como hipertrofi a prostática benigna, a próstata

cresce a ponto de comprimir a uretra e causar manifestações inequívocas de obs-

Palpação da próstata(continuação)

Achados anormais� Próstata projetando-se para dentro da luz

do reto (aumentada)� Crescimento liso, fi rme e simétrico da

próstata (HPB, nictúria, tenesmo e aumento da freqüência miccional e ITU repetidas)

Palpação de uma hérnia inguinal indiretaPara palpar uma hérnia inguinal indireta, após enluvada a mão, coloque o dedo indicador na base do escro-to e introduza-o dentro do canal inguinal, conforme está ilustrado abaixo. Em seguida, peça ao cliente para fazer força para baixo. Se o cliente tiver uma hérnia, você sentirá uma massa macia empurrando a ponta do seu dedo.

CONHECIMENTO PRÁTICO

Ligamento inguinal

Anel interno

Canal inguinal

Anel externo

Distúrbios do sistema geniturinário masculino

Fatos relativos à HPB

� A próstata cresce a ponto de comprimir a uretra, causando obstrução urinária

� Pode ser tratada sintomática ou cirurgicamente

� Causa reduções do calibre e da força do jato urinário, tenesmo urinário e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga

Andris_12.indd 309Andris_12.indd 309 20/1/2006 12:10:3320/1/2006 12:10:33

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

310 Semiologia | Bases para a Prática Assistencial

trução urinária. Dependendo do tamanho da próstata aumentada, da idade e das condições de saúde do cliente e do grau de obstrução, a HPB é tratada sintomática ou cirurgicamente.

Por ocasião da apresentação, os sinais e sintomas da HPB são:� reduções do calibre e da força do jato urinário� tenesmo urinário� sensação de micção incompleta e interrupção do jato miccional À medida que a obstrução aumenta, as alterações podem ser:� micções freqüentes com nictúria� sensação de urgência para urinar� retenção, gotejamento e incontinência� hematúria em alguns casos.

�EpididimiteA infecção do epidídimo, um ducto excretor semelhante a um cordão, é uma

das infecções mais comuns do trato reprodutivo masculino. Em geral, os micror-ganismos que causam essa infecção provêm de uma ITU ou prostatite preexistente e chegam ao epidídimo pela luz do canal deferente. Em casos raros, a epididimite é secundária a uma infecção distante (p. ex., faringite ou tuberculose) que se dis-semina pelo sistema linfático ou, menos comumente, pela corrente sanguínea. Ela em geral ocorre nos adultos e é rara antes da puberdade. A epididimite pode disse-minar-se para o próprio testículo.

Em geral, a epididimite é causada por bactérias piogênicas, como estafi loco-cos, Escherichia coli, Chlamydia trachomatis e estreptococos. Outras causas são gonorréia, traumatismo (que pode reativar uma infecção latente ou iniciar um ou-tro processo infeccioso), prostatectomia e irritação química resultante do extrava-samento da urina pelos canais deferentes.

Os sinais e sintomas principais são dor unilateral, hipersensibilidade extrema e edema da virilha e do escroto. Outros efeitos clínicos são febre alta, mal-estar e deambulação antálgica (na tentativa de proteger a virilha e o escroto quando o in-divíduo está andando).

Palpação da próstataPara palpar a próstata, com a mão enluvada, introduza o dedo indicador no reto. Em seguida, palpe a prósta-ta na parede retal anterior, um pouco além do anel anorretal, conforme ilustrado abaixo.

CONHECIMENTO PRÁTICO

Próstata

Fatos relativos à epididimite

� Infecção do ducto excretor dos testículos� É causada por estafi lococos, Escherichia

coli, Chlamydia trachomatis e estreptococos� Dor unilateral, hipersensibilidade extrema

e edema na virilha e no escroto

Andris_12.indd 310Andris_12.indd 310 20/1/2006 12:10:3420/1/2006 12:10:34

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

312 Semiologia | Bases para a Prática Assistencial

�ImpotênciaTambém conhecida como disfunção erétil, a impotência impede que um ho-

mem consiga ou mantenha a ereção peniana por tempo sufi ciente para concluir a relação sexual. O termo impotência primária signifi ca que o cliente nunca teve ere-ções satisfatórias; nos casos de impotência secundária, que é mais comum e menos grave, apesar da incapacidade atual de manter a ereção do pênis durante a relação sexual, o cliente já foi capaz de ter ereções no passado.

Os períodos transitórios de impotência não são considerados anormais e pro-vavelmente ocorrem em 50% dos homens adultos. O prognóstico depende da gra-vidade e duração da impotência e da causa subjacente.

Considerações especiais. A disfunção erétil acomete homens de todas as ida-des, porém é mais freqüente nos indivíduos idosos.

Os fatores psicológicos causam 50 a 60% dos casos de disfunção eré-til; os fatores orgânicos são responsáveis pelos demais casos. Em alguns

clientes, coexistem fatores psicológicos e orgânicos, difi cultando o isolamento da causa primária.

As causas psicogênicas podem ser intrapessoais (refl etindo ansiedades sexuais pessoais) ou interpessoais (refl etindo uma relação sexual difícil). Em geral, os fa-tores intrapessoais envolvem culpa, medo, depressão ou sensações de inadequação resultantes de experiências sexuais traumáticas no passado, rejeição dos pais ou companheiros, ortodoxia religiosa exagerada, intimidade anormal entre mãe e fi -lho ou experiências homossexuais. Os fatores interpessoais podem ser devidos às diferenças de preferência sexual entre os parceiros, à falta de comunicação, ao co-nhecimento insufi ciente sobre a função sexual ou a confl itos pessoais não-relacio-

Sistema geniturinário masculino: interpretação dos achados (continuação)

Sinal ou sintoma e resultados Causa provável

Tenesmo urinário

� Redução do calibre e da força do jato urinário � Hiperplasia � Dor perineal prostática benigna � Sensação de esvaziamento parcial da bexiga� Incapacidade de interromper o jato de urina� Freqüência urinária aumentada� Incontinência urinária� Distensão da bexiga

� Freqüência urinária aumentada e gotejamento � Câncer da próstata� Nictúria� Disúria� Distensão da bexiga� Dor perineal� Constipação intestinal� Próstata dura e nodular à palpação pelo toque retal

� Disúria � Infecção do trato � Freqüência aumentada e urgência urinária urinário� Hematúria� Urina turva� Espasmos da bexiga� Hipersensibilidade no ângulo costovertebral� Dor suprapúbica, lombar baixa, pélvica ou no fl anco� Secreção uretral

Fatos relativos à impotência

� Incapacidade de ter ou manter a ereção do pênis

Considerações especiais� Afeta homens de todas as faixas etárias,

porém é mais comum nos indivíduos idosos

Andris_12.indd 312Andris_12.indd 312 20/1/2006 12:10:3520/1/2006 12:10:35

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.

314 Semiologia | Bases para a Prática Assistencial

O prognóstico varia com o tipo celular e o estágio do câncer. Quando tratado com cirurgia e radioterapia — contanto que o tumor não tenha produzido metás-tases além dos linfonodos regionais —, todos os clientes com seminomas e 90% dos indivíduos com tumores não-seminomas sobrevivem por mais de 5 anos. O prognóstico não é bom se o câncer tiver avançado além dos linfonodos regionais por ocasião do diagnóstico.

Indivíduos da raça branca e clientes com história de criptorquidia (mesmo de-pois da correção cirúrgica) têm riscos maiores de desenvolver câncer testicular, mas a causa disto é desconhecida.

Entre os sinais e sintomas do câncer testicular estão uma massa testicular fi r-me, indolor e lisa, sensação de peso no testículo e ginecomastia com hipersensibi-lidade nos mamilos. Nos estágios mais avançados, pode haver obstrução ureteral, massa abdominal, tosse, hemoptise, falta de ar, emagrecimento, fadiga, palidez e letargia com crescimento dos linfonodos e metástases à distância.

�A torção dos testículosA torção dos testículos é um entrelaçamento anormal do cordão espermático

que resulta da rotação de um ou dos dois testículos ou do mesórquio (uma prega na região entre o testículo e o epidídimo) e causa estrangulamento; se não for tra-tada, a torção pode levar ao infarto do testículo afetado. A torção quase sempre é unilateral. O prognóstico é bom quando o problema é detectado precocemente e o tratamento é imediato.

Considerações especiais. Mais comum entre as idades de 12 e 18 anos, a tor-ção dos testículos pode ocorrer em qualquer idade.

Normalmente, a túnica vaginal circunda o testículo e tem sua inser-ção no epidídimo e no cordão espermático. Com a torção intravaginal

(tipo mais comum de torção testicular nos adolescentes), a torção pode ser de-vida a uma anormalidade da túnica vaginal, na qual o testículo está em posição anormal, ou a um estreitamento do suporte mesentérico. Com a torção extrava-ginal (mais comum nos recém-nascidos), a inserção frouxa da túnica vaginal no revestimento escrotal causa rotação do cordão espermático acima dos testículos. A contração vigorosa e repentina do músculo cremastérico pode desencadear essa condição.

A torção causa dor lancinante no testículo afetado ou na fossa ilíaca.

Fatos relativos à torção dos testículos

� Torção anormal do cordão espermático, resultante da rotação dos testículos ou do mesórquio

� O prognóstico é bom quando a torção é detectada e tratada precocemente

Considerações especiais� Na maioria dos casos, a torção ocorre entre

os 12 e os 18 anos de idade, mas pode ocorrer em todas as faixas etárias

Andris_12.indd 314Andris_12.indd 314 20/1/2006 12:10:3520/1/2006 12:10:35

Andris | Semiologia - Bases para a Prática Assistencial. Amostras de páginas não sequenciais e em baixa resolução. Copyright © 2006 Editora Guanabara Koogan Ltda.