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REVISTA INSEPE | Belo Horizonte | Volume 4 - Número 2 | 2º trimestre de 2019 |
http://insepe.org.br/revistainsepe
.......................................................................................................................................................
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: UM ESTUDO DE CASO
COMPARADO DAS EMPRESAS AMARAL LTDA., ALBERTINA LTDA. E VIANA
LTDA
AUTORES (AS): Fernanda Kely De Melo Amaral; Vander Lúcio Sanches
RESUMO
Este artigo possui como objetivo principal fazer uma comparação, apresentando os índices das
empresas Amaral Ltda., Albertina Ltda. e Viana Ltda. no período de 2016 a 2018. Além disso,
busca apresentar os conceitos e o contexto dos principais demonstrativos contábeis, dando
ênfase ao balanço patrimonial e à demonstração do resultado do exercício, bem como
caracterizar, apurar e identificar as evoluções dos índices das empresas citadas acima. Através
dos resultados levantados pela Análise das Demonstrações Contábeis, dar-se-á aos gestores
uma visão melhor sobre a situação e a evolução financeira da empresa, e até mesmo a sua
posição no mercado em relação aos seus concorrentes, quando comparados seus índices com
os de outras corporações. Com estas informações, os gestores possuem uma base mais
estruturada para tomar decisões a respeito do futuro da empresa, tornando-a mais eficaz.
Palavras-Chave: Análise das Demonstrações Contábeis, Balanço Patrimonial, Demonstração
do Resultado do Exercício, Índices.
1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a agilidade e a rapidez das informações precisam ser cada vez
mais eficazes, buscando-se o domínio de um todo acerca de organização e metodologia para
incrementar os resultados. Segundo Iudícibus (2013, p. 5), a análise de balanços é mais que
uma simples técnica a ser aplicada, é a “arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo
econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e
detalhamentos, se for o caso”. Assim, a análise das demonstrações contábeis objetiva extrair
informações financeiras para a tomada de decisão, conforme aponta Matarazzo (2003).
182
Através dos resultados levantados pela análise das demonstrações contábeis, dar-se-á
aos gestores uma visão melhor sobre a situação e a evolução financeira da empresa, e até
mesmo a sua posição no mercado em relação aos seus concorrentes, quando comparados seus
índices com os de outras empresas. Com essas informações, os gestores possuem uma base
mais estruturada para tomar decisões a respeito do futuro da empresa, tornando-a mais eficaz.
Diante deste contexto, esta pesquisa buscou responder à seguinte pergunta: quais
foram as evoluções das demonstrações contábeis das empresas Amaral Ltda., Albertina Ltda.
e Viana Ltda., no período de 2016 a 2018?
A finalidade desta pesquisa é analisar as demonstrações contábeis das empresas
Amaral Ltda., Albertina Ltda. e Viana Ltda., com base na análise contábil, certificando,
assim, de que maneira as informações podem auxiliar a sua gestão na tomada de decisão, por
meio da descrição dos índices financeiros e de suas aplicações, da análise das demonstrações
contábeis como objeto do estudo e da interpretação dos índices encontrados, pois,
segundo Braga (2006) o objetivo é alterar as regras contábeis, tornando padrão as estruturas
dos demonstrativos contábeis e disponibilizando essas informações para as partes
interessadas, a fim de prestar contas a elas.
Os dados foram coletados das demonstrações contábeis das empresas Amaral
Ltda., Albertina Ltda. e Viana Ltda.. A análise foi realizada com base nas informações
contidas nos balanços patrimoniais e Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE) das
empresas, através de índices econômico-financeiros, com o intuito de considerar a
importância dos indicadores financeiros na tomada de decisão dentro empresa, a fim de obter
informações a respeito da situação em que esta se encontra em relação ao mercado.
2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Para Iudícibus (1998), a necessidade de averiguar essas demonstrações é tão antiga
quanto à própria contabilidade, uma vez que “relatório contábil é a exposição resumida e
ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período”
(IUDÍCIBUS, 1998, p. 39). Completa ainda o mesmo autor que as demonstrações financeiras
(terminologia utilizada pela Lei das S.A.) ou demonstrações contábeis são os mais
importantes relatórios contábeis. As sociedades (S.A. e LTDA.) devem elaborar suas
demonstrações em cumprimento às disposições legais da Lei nº 11.638/07, que substituiu a
Lei 6.404/76 (ZANLUCA, 2015).
183
2.1 Análise Vertical (AV)
Segundo Neto (2015), a AV é a associação de cada conta em relação a um total
semelhante do demonstrativo financeiro. Por exemplo, quando se utiliza a receita líquida de
vendas no demonstrativo do resultado, a base 100% é o total do ativo. Neto (2015) ainda
aponta que a AV compara em porcentagem uma conta ou grupo de conta que se relaciona
com um valor afim ou relacionável, apontado no mesmo demonstrativo. Sendo assim,
desfrutam-se valores absolutos em forma vertical, podendo ser apurado facilmente cada item
contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultado, bem como a sua evolução no
tempo.
Corroborando com Neto (2015), Marion (2012) destaca que nossos olhos leem em
forma, ou seja, no sentido vertical, quando fazemos a divisão de uma grandeza por outra, daí
o nome análise vertical.
Esclarece Iudícibus (1998, p. 33) que a importância da AV é avaliar a estrutura de
composição de itens e a sua evolução de tempo.
AV = conta (ou grupo de contas) X 100%
total do grupo
2.2 Análise Horizontal (AH)
Neste contexto, Marion (2012) afirma que denominamos AH os parâmetros que se
relacionam a diversos períodos (semestres, anos), para analisarmos a propensão dos índices, já
que nossos olhos leem no sentido horizontal.
AH nada mais é do que a verificação em diferentes períodos dos valores de uma
mesma conta ou grupo de contas, analisando se houve crescimento ou queda em relação a um
período anterior, segundo o mesmo autor.
Esclarece Neto (2015, p. 67) que a AH nada mais é do que uma comparação, em
diferentes exercícios de valores, de uma mesma conta ou grupo de contas, através de números
184
e índices, tendo seus cálculos processados da seguinte forma:
Número – índice = Vd x 100
Vb
De acordo com Iudícibus (1998), através dos períodos, a fim de caracterizar
tendências, a AH tem como uma das suas principais finalidades a apresentação do
crescimento de itens dos balanços e das demonstrações de resultado. Considerando 100% das
contas de um mesmo período, fazendo uma relação em percentuais em cima dos dados deste
mesmo período, será apresentado o novo número que indicará se houve uma diferença maior
ou menor, em relação ao período anterior.
Segundo Padoveze e Benedicto (2011), a tendência de crescimento é indicada através
da variação sequencial e consecutiva, obtida por meio da utilização de vários períodos. De
acordo com Marion (2012, p. 12), “quando comparamos os indicadores de vários períodos
(vários semestres, anos...), analisamos a tendência dos índices. Nesse caso, chamamos de AH,
pois nossos olhos leem no sentido horizontal”, conforme exemplo abaixo:
ANO ANO ANO
contas a receber 2008 2009 2010
Índice → ──────────── = 1,35 1,15 1,09
contas a pagar
Observando essa análise, conseguimos identificar que a tendência é piorar com o
passar dos anos.
2.2.1 Análise Horizontal: fórmula, aplicações
A AH é realizada pela utilização de índices. O exercício de um determinado ano será
considerado o ano base e seu valor associado a 100. Para Padoveze e Benedicto (2011, p.
185
200), “há várias formas de apresentação da AH (...). A fórmula mais utilizada é apresentar a
variação de um ano em relação ao anterior, em termos percentuais, de aumento ou
diminuição”:
AH = ( Valor do Período Atual - 1 ) x 100
Valor do Período anterior
2.3 Índices de Liquidez
De acordo com Iudícibus (1998), índices de liquidez são as relações por meio de
contas do balanço que refletem uma ocorrência estática de posição de liquidez, isto é, o
convívio por meio de fontes distintas, de capital. Para que haja significado de importância, é
necessário serem analisados, em conjuntos com outros grupos, como todos os quocientes ou
grupos de quocientes, para que não percam a significação.
Os indicadores de liquidez buscam evidenciar a condição da empresa de quitar suas
dívidas. São indicadores extraídos apenas do balanço patrimonial e, por essa razão, são
considerados indicadores estáticos, ou seja, podem ser alterados no momento seguinte por
evento que modifique os elementos patrimoniais utilizados para medir a liquidez. Ao analisar
os índices de liquidez, deve- se ter em mente que esses indicadores se referem apenas a uma
data e, portanto, não podem ser avaliados como indicadores definitivos de capacidade de
pagamento, sendo esta avaliava em acordo com as seguintes especificações: longo prazo,
curto prazo ou prazo imediato (PADOVEZE, 2010).
2.3.1. Índices de Liquidez Corrente (LC)
De acordo com Marion (2012, p. 29), esses índices demonstram a capacidade de
pagamento da empresa em curto prazo, por meio da fórmula:
186
LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
Segundo Neto (2015, p. 177), “quanto maior a liquidez corrente, mais alta se apresenta
a capacidade de a empresa financiar suas necessidades de capital de giro”.
Isoladamente, os índices de LC superiores a 1,0, de maneira geral, são positivos,
porém, conceituar o índice sem outros parâmetros é uma atitude arriscada (MARION, 2012).
2.3.2 Índices de Liquidez Geral (LG)
Demonstram a capacidade de pagamento da empresa em longo prazo, considerando
tudo o que ela converterá em dinheiro e relacionando tudo o que já assumiu como dívida,
como afirma Marion (2012), de acordo com a fórmula:
LG = Ativo circulante + Ativo realizável a Longo Prazo
Passivo circulante + Passivo não circulante
2.3.2.1 Liquidez Seca
De acordo com Iudícibus (1998, p. 41), Liquidez Seca serve para mensurar a liquidez
da empresa, qual a situação financeira para pagar suas dívidas de curto prazo. O mesmo autor
apresenta a seguinte fórmula:
LS= Ativo Circulante – estoque
Passivo Circulante
2.3.3 Índices de Liquidez Imediata (LI)
187
Demonstram o quanto a empresa dispõe imediatamente para saldar suas dívidas de
curto prazo. A fórmula de LI é, como mostra Iudícibus (1998, p. 43):
LI = Disponibilidades: (Caixa + Bancos + Aplicações de Curto Prazo)
Passivo circulante
Para efeito de análise, é um índice sem muito destaque, pois relacionamos dinheiro
disponível com valores que vencerão em datas as mais variadas possíveis, embora em curto
prazo. Nem sempre reduções sucessivas nesse índice significam situações ruins, podem
significar uma política mais rígida de disponível, afirma Marion (2012).
2.4 Índices de Rentabilidade
De acordo com Iudícibus (1998), dependendo da utilização que fizermos, o melhor
conceito de dimensão poderá ser volume de vendas, volume do ativo total, patrimônio liquido.
De modo geral, temos que relacionar um lucro de um projeto com algum valor que apresente
a dimensão referente, para analisar a situação da empresa em determinado período. Com
relação ao lucro, muitas variáveis podem ser empregadas, tais como lucro operacional, lucro
líquido, lucro antes ou após o imposto sobre a renda etc. É necessário que o numerador seja
compatível com o denominador empregado, quociente de retorno sobre o ativo operacional. É
necessário, preferencialmente, utilizar no numerador o lucro operacional, segundo o mesmo
autor.
Para iniciar suas atividades ou expandir o seu negócio, as empresas necessitam de
recursos e estes são provenientes de capital próprio ou de terceiros. Marion (2006, p. 45-47)
destaca que,
para que a empresa comece a operar de fato, ela precisa de capital (dinheiro, bens,
recursos). O capital próprio é os recursos dos próprios sócios ou acionistas (Fonte
Interna de Capital) e capital de terceiros, recursos de indivíduos ou entidades
emprestados à empresa (Fonte Externa de Capital).
Segundo Matarazzo (2003), os índices de rentabilidade mostram qual a rentabilidade
dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de
188
êxito econômico da empresa. Já Gitman (2004, p. 52) destaca que existem inúmeras medições
de rentabilidade, ele acredita que,
como grupo, essas medições permitem ao analista avaliar os lucros da empresa em
relação a certo nível de vendas, a certo nível de ativos ou ao volume de capital
investido pelos proprietários. Sem lucros uma empresa não poderia atrair capital
externo. Os proprietários, credores e administradores preocupam-se.
2.4.1 Margem de lucro sobre as vendas
Segundo Iudícibus (1998, p. 55) margem de lucro sobre as vendas compara o lucro
(bruto, operacional e líquido) com as vendas líquidas. A Margem Bruta mede a rentabilidade
das vendas:
Margem Bruta= Lucro Bruto x 100
Vendas Líquidas
Já a margem operacional mede a eficiência operacional da empresa:
Margem Operacional= Lucro Operacional x 100
Vendas Líquidas
A Margem Líquida mede a fração de cada real de vendas que resultou em lucro
liquido:
Margem Líquida = Lucro Líquido x 100
Vendas Líquidas
2.4.2 Giro do ativo
De acordo com Matarazzo (2003, p. 23), o giro do ativo tem como finalidade mensurar
189
o volume de vendas em relação ao investimento total da empresa, indicando o potencial de
venda em relação aos investimentos que foram destinados ao ativo total, como mostra a
fórmula abaixo:
Giro do Ativo = Vendas Líquidas
Ativo total
2.4.3 Rentabilidade do ativo
Ainda segundo Matarazzo (2003, p. 26), rentabilidade do ativo tem como finalidade
avaliar o quanto a empresa dispõe de lucro líquido ao ser avaliado em conjunto com o ativo
total de acordo com o quociente, ou seja, a cada R$ 100,00 de investimento total, qual foi o
lucro liquido obtido pela empresa, conforme a fórmula:
Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100
Ativo Total
2.4.4 Rentabilidade do patrimônio líquido
Para Matarazzo (2010, p. 31), rentabilidade do patrimônio líquido indica, para cada R$
100,00 reais de capital próprio investido pela empresa, qual foi a obtenção de lucro, ou seja,
quanto maior, melhor:
Rentabilidade do Patrimônio líquido = Lucro Líquido x 100/
Patrimônio Líquido Médio
2.5 Índices de Rotatividade
De acordo com Neto (2015), índice de rotatividade tem como finalidade medir o
190
tempo que a empresa gasta para comprar sua matéria prima, vender produtos, receber de seus
clientes e pagar os seus fornecedores, como demonstram as seguintes fórmulas, descritas nos
QUADROS 1, 2 e 3 abaixo:
Quadro 1 - PMRC: tempo médio que a empresa leva para receber de seus clientes
Prazo Médio de Recebimento de Clientes = Receita Líquida
Clientes (médio)
Fonte: Neto (2015, p. 183).
Quadro 2 – PMPF: tempo médio que a empresa leva para pagar seus fornecedores
Prazo Médio de Pagamento fornecedor = Compras Líquidas
fornecedor (médio)
Fonte: Neto (2015, p. 184).
Quadro 3 – RE: tempo médio de giro dos estoques
Rotatividade dos estoques = Custo das Vendas
estoque (médio)
Fonte: Neto (2015, p. 186).
2.6 Índices de endividamento
Segundo Iudícibus (1995, p. 55), índice de endividamento tem como finalidade
demonstrar o quão a empresa necessita do capital de terceiros, mostrando a proporção entre
capital próprio e de terceiros, tendo como base de cálculos valores extraídos do balanço
patrimonial, conforme as fórmulas abaixo:
Participação de Capital de Terceiros = PC + PNC x 100
PL
onde a PCT tem como objetivo fazer uma correlação entre o capital de terceiros e o capital
próprio.
191
Já a seguinte fórmula demonstra a proporção das obrigações de curto prazo em relação
às obrigações totais existentes.
Composição de Endividamento = PC x 100
PC+PNC
.
3 Metodologia
A pesquisa utilizou-se da abordagem qualitativa. Segundo Lakatos e Marconi (2011),
a pesquisa qualitativa se torna exploratória, uma vez que busca entender um fenômeno
específico em profundidade, desvendando seus significados. A leitura sobre assuntos da
pesquisa contribui para o conhecimento de relatos, experiências, avaliação e julgamento da
situação, com a finalidade de relatar detalhadamente o parecer de especialistas no assunto,
completa o autor.
Nesse contexto, o estudo que aqui se apresenta enquadra-se melhor como pesquisa
qualitativa, uma vez que o aprofundamento do estudo dos indicadores financeiros busca
mostrar os conceitos e o contexto dos principais demonstrativos contábeis, dando ênfase ao
balanço patrimonial e à demonstração do resultado do exercício, bem como caracterizar,
apurar e identificar as evoluções dos índices das empresas pesquisadas.
No que tange às análises foi utilizada a técnica quantitativa para sua realização, pois o
primeiro passo da pesquisa foi a coleta de dados numéricos dos grupos de contas disponíveis
nas demonstrações financeiras.
Quanto aos fins, a pesquisa tem caráter descritivo. Segundo Gil (2008), a pesquisa
descritiva apresenta características de determinada população ou determinado fenômeno.
Quanto a isso, a pesquisa descritiva permite a análise das demonstrações financeiras,
buscando descrever o ocorrido entre as relações entre duas ou mais variáveis.
Por fim, quanto aos meios, foi realizado um estudo de caso nas empresas Amaral
Ltda., Albertina Ltda. e Viana Ltda. Para Gil (2008), o estudo de caso tem como objetivo
examinar um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto na qual está sendo analisado,
dando caráter de profundidade e detalhamento. O mesmo autor ainda ressalta que o estudo de
192
caso se caracteriza pela coleta e aprofundamento de um ou de poucos objetos, porém, torna
seu conhecimento amplo e detalhado no que se refere à coleta. O estudo de caso foi indicado
para que todas as teorias fossem esclarecidas, absorvidas e assimiladas.
4 Apresentação e análise dos dados
4.1 Empresa Amaral Ltda.
O balanço patrimonial da empresa está descrito na TAB. 1 abaixo:
Tabela 1 - Balanço Patrimonial Empresa Amaral Ltda.
ATIVO (CIRCULANTE)
ANO 2016 2017 2018
CAIXA R$ 1.700,00 R$ 1.900,00 R$ 2.200,00
BANCO R$ 1.070.380,00 R$ 2.180.560,00 R$ 3.000.000,00
ESTOQUE R$ 187.250,00 R$ 188.240,00 R$ 200.000,00
DUPLICATAS A RECEBER R$ 50.900,00 R$ 50.960,00 R$ 50.980,00
ADIANTAMENTO DE
SALÁRIO R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 R$ 8.000,00
ADIANTAMENTO A
FORNECED R$ 3.000,00 R$ 5.000,00 R$ 7.000,00
ATIVO (NÃO CIRCULANTE) – ARLP
INVESTIMENTO
APLICAÇÃO FINANCEIRA R$ 30.000,00 R$ 40.000,00 R$ 45.000,00
QUADRO (OBRA DE ARTE) R$ 1.300,00 R$ 1.500,00 R$ 1.900,00
IMOBILIZADO
MÓVEIS E EQUIPAMENTOS R$ 8.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00
MÁQUINAS R$ 60.000,00 R$ 80.000,00 R$ 89.000,00
TERRENO R$ 360.000,00 R$ 430.000,00 R$ 450.000,00
MESA R$ 2.500,00 R$ 5.000,00 R$ 7.000,00
193
DEPRECIAÇÃO DE MESA R$ 250,00 R$ 500,00 R$ 560,00
CASA R$ 380.000,00 R$ 450.000,00 R$ 490.000,00
DEPRECIAÇÃO DE CASA R$ 13.000,00 R$ 18.000,00 R$ 19.500,00
COMPUTADOR R$ 70.000,00 R$ 10.000,00 R$ 17.000,00
DEPRECIAÇÃO DE
COMPUTAD R$ 1.600,00 R$ 2.000,00 R$ 3.600,00
VEÍCULO R$ 100.000,00 R$ 130.000,00 R$ 180.000,00
DEPRECIAÇÃO DE VEÍCULO R$ 22.000,00 R$ 26.000,00 R$ 29.000,00
TOTAL R$ 2.293.180,00 R$ 3.543.660,00 R$ 4.510.420,00
PASSIVO (CIRCULANTE)
FORNECEDOR R$ 145.000,00 R$ 145.000,00 R$ 152.000,00
ADIANTAMENTO DE
CLIENTE R$ 1.023,70 R$ 1.000,00 R$ 1.500,00
TÍTULOS A PAGAR R$ 360.000,00 R$ 460.000,00 R$ 470.000,00
EMPRÉSTIMO A PAGAR R$ 40.000,00 R$ 80.000,00 R$ 92.000,00
FINANCIAMENTO A PAGAR R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 R$ 45.000,00
SALÁRIO A PAGAR R$ 4.000,00 R$ 9.000,00 R$ 9.800,00
13º SALÁRIO A PAGAR R$ 1.500,00 R$ 4.000,00 R$ 5.600,00
FÉRIAS A PAGAR R$ 13.000,00 R$ 18.000,00 R$ 23.000,00
PIS A PAGAR R$ 1.831,78 R$ 2.368,08 R$ 2.569,70
COFINS A PAGAR R$ 6.502,68 R$ 10.907,52 R$ 12.907,52
ICMS A PAGAR R$ 23.822,60 R$ 25.833,60 R$ 27.838,60
PATRIMÔNIO LIQUIDO
CAPITAL SOCIAL R$ 1.886.000,00 R$ 3.000.000,00 R$ 3.960.204,18
CAPITAL A INTEGRALIZAR -R$ 122.000,00 -R$ 150.000,00 -R$ 190.000,00
LUCRO/PREJUÍZO -R$ 87.500,76 -R$ 92.449,20 -R$ 102.000,00
TOTAL R$ 2.293.180,00 R$ 3.543.660,00 R$ 4.510.420,00
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
194
4.1.1 DRE Empresa Amaral Ltda.
O DRE da empresa está descrito na TAB. 2 abaixo:
Tabela 2 – DRE Empresa Amaral Ltda.
ANO REFERÊNCIA 2016 /2017
/2018
PREJUÍZO FISCAL DO ANO ANTERIOR FOI DE R$ 17.500,00
OBS.: TODAS AS CONTAS SÃO DE RESULTADO ANUAL
2016 2017 2018
+ RECEITA BRUTA DE MERCADORIA R$ 128.390,00 R$ 221.520,00 R$ 222.526,00
= RECEITA TOTAL R$ 128.390,00 R$ 221.520,00 R$ 222.526,00
(-) DEVOLUÇÃO DE VENDAS DE
MERCADORIAS R$ 79.000,00 R$ 78.000,00 R$ 79.000,00
(-) PIS (1,65%) R$ 1.831,78 R$ 2.368,08 R$ 2.569,70
(-) COFINS (7,6%) R$ 6.502,68 R$ 10.907,52 R$ 12.907,52
(-) ICMS (18%) R$ 23.822,60 R$ 25.833,60 R$ 27.838,60
= RECEITA BRUTA R$ 17.232,94 R$ 104.410,80 R$ 100.210,18
(-) CUSTO DE MERCADORIA VENDIDA R$ 39.870,00 R$ 71.760,00 R$ 40.619,00
= CUSTO TOTAL -R$ 22.637,06 R$ 32.650,80 R$ 59.591,18
DESPESAS DEDUTÍVEIS
(-) DESPESA COM MATERIAL DE ESCRITÓRIO R$ 300,00 R$ 400,00 R$ 700,00
(-) DESPESA COM LANCHE R$ 500,00 R$ 700,00 R$ 900,00
(-) DESPESA COM ÁGUA R$ 890,00 R$ 1.000,00 R$ 1.700,00
(-) DESPESA COM LUZ R$ 1.500,00 R$ 2.000,00 R$ 2.600,00
(-) DESPESA COM MANUTENÇÃO DE
MÁQUINAS R$ 1.100,00 R$ 1.500,00 R$ 1.600,00
(-) DESPESA COM IPTU R$ 30.000,00 R$ 40.000,00 R$ 42.000,00
(-) DESPESA COM IPVA R$ 1.600,00 R$ 2.000,00 R$ 2.280,00
(-) DESPESA COM SALÁRIOS R$ 4.000,00 R$ 9.000,00 R$ 9.800,00
(-) DESPESA COM FÉRIAS R$ 13.000,00 R$ 18.000,00 R$ 23.000,00
195
(-) DESPESA COM 13º R$ 1.500,00 R$ 4.000,00 R$ 5.600,00
(-) DESPESA COM DEPRECIAÇÃO DE MESAS R$ 250,00 R$ 500,00 R$ 560,00
(-) DESPESA COM DEPRECIAÇÃO DE CASAS R$ 13.000,00 R$ 18.000,00 R$ 19.500,00
(-) DESPESA COM DEPRECIAÇÃO DE
COMPUTADORES R$ 1.600,00 R$ 2.000,00 R$ 3.600,00
(-) DESPESA COM DEPRECIAÇÃO DE
VEÍCULOS R$ 22.000,00 R$ 26.000,00 R$ 29.000,00
= TOTAL DE DESPESAS DEDUTÍVEIS R$ 125.100,00 R$ 142.840,00
DESPESAS INDEDUTÍVEIS R$ -
R$
-
= TOTAL DE DESPESAS INDEDUTÍVEIS
R$
-
R$
-
R$
-
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
R$
-
= TOTAL DE OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
R$
-
R$
-
R$
-
= RESULTADO OPERACIONAL -R$ 22.637,06 -R$ 92.449,20 -R$ 83.248,82
+ OUTRAS RECEITAS (RECEITAS NÃO
OPERACIONAIS)
R$
-
(-) OUTRAS DESPESAS (DESPESAS NÃO
OPERACIONAIS)
R$
-
= RESULTADO NÃO OPERACIONAL
R$
-
R$
-
R$
-
= LAIR (LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA) -R$ 22.637,06 -R$ 92.449,20 -R$ 83.248,82
(-) CSLL R$ -
R$
- R$ -
(-) IRPJ R$ -
R$
- R$ -
= LUCRO LÍQUIDO -R$ 22.637,06 -R$ 92.449,20 -R$ 83.248,82
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
4.1.2 Análise Vertical
196
Tabela 3 – Análise Vertical Empresa Amaral Ltda.
Análise Vertical
Total do Ativo Total do Passivo
Conta 2016 2017 2018 Conta 2016 2017 2018
Banco
46,67
%
61,53
%
66,51
% Fornecedor 6,32% 4,09% 3,36%
Estoque 8,16% 5,31% 4,43% Títulos a pagar
15,69
%
12,98
%
10,42
%
Duplicata a receber 2,21% 1.43% 1,13% Financiamento a pagar 0,87% 0,84% 0,99%
Máquinas 2,61% 2,25% 1,97% Capital Social
82,24
%
84,65
%
87,80
%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao analisar os índices de AV (TAB. 3) da empresa Amaral Ltda. no ano de 2016,
encontramos os seguintes resultados do ativo: banco 46,67%, estoque 8,16%, duplicatas a
receber 2,21%, aplicação financeira 1,30%, máquinas 2,61%, terreno 15,69%, computador
3,05%, veículos 4,36% e casa 16,57%, com reajuste de 0,62% do banco (46,67% - 46,05%),
totalizando os 100% do ativo total, com destaque para as contas banco que representam
46,67%, casa 16,57% e terreno 15,67%, totalizando 78,93% da análise.
Já para passivo total encontramos os seguintes resultados: fornecedor 6,32%, títulos a
pagar 15,69%, financiamento a pagar 0,87% e capital social 82,24%, com reajuste de 5,12%
do capital social (82,24% - 77,12%), totalizando os 100% do passivo total, com destaque para
a conta capital social 82,24% da AV realizada. Em relação ao ano de 2017, encontramos os
seguintes resultados do ativo: banco 61,53%, estoque 5,31%, duplicatas a receber 1,43%,
aplicação financeira 1,12%, máquinas 2,25%, terreno 12,13%, computador 0,28%, veículos
3,66% e casa 12,69%, com reajuste de 0,4% do banco (61,53% - 61,13%), totalizando os
100% do ativo total, destacando-se as contas banco, que representam 61,53%%, casa 12,69%
e terreno 12,13%, em um total de 86,35% da análise.
No que se refere ao passivo total, os resultados encontrados foram: fornecedor 4,09%,
títulos a pagar 12,98%, financiamento a pagar 0,84% e capital social 84,65%, com reajuste de
2,56% do capital social (84,65% - 82,09%), totalizando os 100% do passivo total, em que se
destaca a conta capital social 84,65% da AV realizada. Em 2018, encontramos os seguintes
resultados do ativo: banco 66,51%, estoque 4,43%, duplicatas a receber 1,13%, aplicação
197
financeira 0,99%, máquinas 1,97%, terreno 9,97%, computador 0,37%, veículos 3,99% e casa
10,86%, com reajuste de 0,22% do banco (66,51% - 62,29%), totalizando os 100% do ativo
total, destacando-se as contas banco, que representam 66,51%, casa 10,86% e terreno 9,97%,
em um total de 87,34% da análise.
Para o passivo total encontramos os seguintes resultados: fornecedor 3,36%, títulos a
pagar 10,42%, financiamento a pagar 0,99% e capital social 87,80%, com reajuste de 2,57%
do capital social (87,80% - 85,23%), totalizando os 100% do passivo total, com destaque para
a conta capital social 87,80% da AV realizada.
4.1.3 Análise Horizontal
Tabela 4 – Análise Horizontal Empresa Amaral Ltda.
Análise Horizontal
Conta 2016 - 2018 2017 - 2018 Conta 2016 – 2018 2017 - 2018
Banco 180,27% 37,57% Fornecedor 4,82% 4,82%
Estoque 6,80% 6,24% Títulos a pagar 30,55% 2,17%
Máquinas 48,33% 11,25% Financiamento a pagar 125,00% 50,00%
Terreno 25,00% 4,65% Capital Social 109,97% 32,00%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao comparar os índices de AH (TAB. 4) da empresa Amaral Comércio Ltda.,
percebemos os seguintes resultados do ativo no ano de 2016 para 2018: conta banco, uma
evolução de 106,89%, comparada com o ano de 2017, na qual a mesma conta atingiu seus
37,57% da análise realizada. Na conta estoque, no ano de 2016 para 2018, houve um
acréscimo de 6,80%, referentes à compra de estoque, comparada com o ano de 2017, no qual
a mesma conta atingiu seus 6,24%. No que tange à conta aplicação financeira, no ano de 2018
para 2016, vale enfatizar que houve uma significativa evolução de 50%, comparada com o
ano de 2017, na qual a mesma conta alcançou seus 12,50%. Na conta máquina, no de 2016
para 2018, o acréscimo foi de 48,33%, referente à compra dos equipamentos, comparada com
o ano de 2017, em que a mesma conta atingiu seus 11,25%. Na conta terreno, no ano de 2016
para 2018, houve um acréscimo de 25%, referente à compra de terrenos, comparada com o
198
ano de 2017, no qual a mesma conta teve um decréscimo de 4,65%, proveniente de
depreciação. No que concerne à conta veículo, no ano de 2016 para 2018, cabe ressaltar que
houve uma significativa evolução de 80%, referente à compra de veículos, comparada com o
ano de 2017, em que a mesma conta teve um decréscimo de 38,46%, proveniente de
depreciação. Essa foi a AH do ano base 2018, comparada com o ano de 2016 e 2017, do ativo
da empresa Amaral Ltda..
Com relação às contas do passivo no ano de 2016 para 2018, encontramos os seguintes
resultados: fornecedor atingiu 4,82% e não houve entrada nem saída, o mesmo valor
permaneceu, quando comparado com o ano de 2017, em que a conta se estabeleceu em
4,82%. A conta títulos a pagar, no ano de 2016 para 2018, teve uma significativa evolução de
30,55%, comparada com o ano de 2017, no qual a mesma conta teve um decréscimo
significante de 2,17%, proveniente do pagamento dos títulos. A conta financiamento a pagar,
no ano de 2016 para 2018, teve uma significativa evolução de 125%, referente ao
financiamento de veiculo, se comparada com o ano de 2017, em que a mesma conta atingiu
50%. Já a conta capital social, no ano de 2016 para 2018, teve um acréscimo significativo de
109,97%, proveniente do dinheiro disponível da empresa, quando comparada com o ano de
2017, em que a mesma conta teve um decréscimo relevante de 32%, proveniente do
pagamento das contas contraídas pela empresa neste mesmo ano. Essa foi a AH do ano base
2018, comparada com os anos de 2013 e 2014, do passivo da empresa Amaral Ltda.
4.1.4 Índice de Liquidez
Tabela 5 – Índices de Liquidez Empresa Amaral Ltda.
Índices de Liquidez
Tipos de liquidez 2016 2017 2018
Liquidez Imediata 1,79% 2,83% 3,62%
Liquidez Corrente 2,14% 3,10% 3,88%
Liquidez Seca 1,83% 2,86% 3,64%
Liquidez Geral 2,14% 3,10% 3,88%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
199
No que tange à liquidez imediata (TAB. 5) das contas (caixa, saldos bancários e
aplicações financeiras) da empresa Amaral Ltda., observamos que ela salda suas dívidas
de curto prazo com folga, sendo que, basicamente, para cada R$ 1,00 de dívida, possui
R$ 2,83 para cumprir suas obrigações, em relação ao ano base analisado (2017). A
Liquidez Corrente faz frente às suas obrigações de curto prazo, apresentando situação
favorável à liquidação. No ano de 2016, apresentou um declínio, se comparado aos anos
de 2017 e 2018, permanecendo alto o índice financeiro do ano base (2017), ou seja, a
empresa Amaral Ltda. possui R$ 3,10 para cada R$ 1,00 de dívida favorável à sua
liquidação. Quanto à Liquidez Seca, mesmo sem depender da venda de seus estoques, a
empresa Amaral Ltda. paga suas dívidas de curto prazo com folga, sendo que,
basicamente, para cada R$ 1,00 de dívida, possui R$ 2,86 para cumprir suas obrigações,
em relação ao ano base analisado (2017). Em relação à Liquidez Geral a capacidade
financeira da empresa Amaral Ltda. em liquidar suas obrigações de curto e longo prazos
está satisfatória, pois, a cada ano, o quociente está maior que 1. Entretanto, em relação
ao ano de 2016, vem apresentando uma pequena redução frente aos anos subsequentes.
Em 2017, ano base analisado, para cada R$ 1,00 devedor, a empresa possuía
aproximadamente R$ 3,10 para liquidá-lo. De acordo com esse índice, a empresa
Amaral Ltda. tem capacidade de pagar suas dívidas de curto prazo e ainda financiar
suas atividades com recursos próprios. Em 2017, ano base analisado, para cada R$ 1,00
devedor, a empresa possuía aproximadamente R$ 1.647.550,80 para liquidá-lo,
mostrando a existência de capital circulante líquido, o que gera uma folga financeira em
curto prazo.
4.1.5 Índice de Rentabilidade
Os índices de rentabilidade estão descritos na TAB. 6 abaixo:
200
Tabela 6 – Índices de Rentabilidade Empresa Amaral Ltda.
Índices de Rentabilidade
Tipos de Margem 2016 2017 2018
Margem Bruta 0,47% 0,31% 0,87%
Margem Operacional 0,81% 0,89% 0,35%
Margem Líquida 0,81% 0,89% 0,35%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao interpretar a ML, em 2016, para cada R$ 1,00 vendido, a empresa teve um lucro
líquido de R$ 0,14, enquanto em 2017 o lucro líquido foi menor, R$ 0,31. Já em 2018, houve
uma pequena evolução de R$ 0,87 situação desfavorável. Perante essa análise, é possível
concluir que os quocientes estão abaixo de 1,00, indicando que a situação não é suficiente
para cobrir os custos e despesas, muito altos, e ainda alcançar uma margem de lucratividade.
Ao interpretar a MB, em 2016, para cada R$ 1,00 vendido, a empresa teve um lucro bruto de
R$ 0,81, enquanto em 2017 o lucro bruto foi maior, R$ 0,89. Em 2018 apresentou uma queda,
se comparada aos anos anteriores, de R$ 0,35, situação desfavorável.
A interpretação da MO, em 2016, revela que, para cada R$ 1,00 vendido, a empresa
teve um lucro operacional de R$ 0,81, enquanto em 2017 o lucro operacional foi maior, R$
0,89. Em 2018, apresentou uma queda, quando comparada aos anos anteriores, de R$ 0,35,
situação desfavorável.
Diante disso, é possível observar que os quocientes estão abaixo de 1,00, indicando
que a situação não é suficiente para cobrir os custos e despesas muito altos e ainda alcançar
uma margem de lucratividade, ou seja, após a dedução dos custos e das despesas operacionais,
a empresa apresenta um lucro operacional desfavorável.
4.1.6 Índice de Rotatividade
Os índices de rotatividade estão descritos na TAB. 7 abaixo:
201
Tabela 7 – Índices de Rentabilidade Empresa Amaral Ltda.
Índice de Rotatividade
Tipos de Rotatividade 2016 2017 2018
Prazo Médio de Renovação de estoque 116 100 180
Prazo Médio para Pagamentos de Contas 143 83 83
Prazo Médio para Recebimento de Vendas 27 87 100
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Concernente ao Prazo Médio de Renovação dos Estoques, a empresa vem
apresentando um aumento no seu tempo médio necessário para a renovação desses estoques.
Em 2016, com 116 dias, houve uma queda em relação ao seu ano base (2017), com 100 dias,
seguido de acréscimo em 2018, com 180 dias: estes foram os prazos em que seus produtos
permaneceram no estoque.
O Prazo Médio de Pagamento das Compras tem apresentado um decréscimo ao longo
dos anos. Em 2016 foram 143 dias, seguidos de 83 dias no ano base (2017), permanecendo
em 83 dias no ano de 2018. Essa redução significa que a empresa possui um prazo menor para
o pagamento de seus fornecedores.
Por fim, o Prazo Médio de Recebimento de Vendas vem apresentando um aumento
com o passar dos anos: 27 dias em 2016, 87 dias no ano base (2017), seguido de 100 dias em
2018. A empresa sofreu um aumento em relação ao ano base para recebimento de suas vendas
a prazo, porém, faz parte de sua política oferecer facilidades e prazos amplos para os clientes.
4.2 Empresa Albertina Ltda.
O balanço patrimonial da empresa está descrito no QUADRO 4 abaixo:
.
202
Quadro 4 – Balanço Patrimonial Empresa Albertina Ltda.
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
4.2.1 DRE Empresa Albertina Ltda.
A DRE da empresa está descrito no QUADRO 5 abaixo:
203
Quadro 5 – DRE Empresa Albertina Ltda.
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
204
4.2.2 Análise Vertical
Tabela 8 – Análise Vertical Empresa Albertina Ltda.
Análise Vertical
Total do Ativo Total do Passivo
Conta 2016 2017 2018 Conta 2016 2017 2018
Banco
46,75
%
63,94
%
65,04
% Fornecedor
4,58
% 4,42% 6,98%
Estoque
36,25
% 4,69% 5,90% Títulos a pagar
8,77
%
13,86
%
15,07
%
Adiantamento a fornecedor 0,15% 0,24% 0,30% Empréstimos a p
5,24
% 4,78% 7,53%
Máquinas 1,96% 2,39% 2,76% Financiamento a p
0,46
% 0,60% 0,75%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
A partir da AV (TAB. 8) da empresa Albertina Ltda., atinente aos anos de 2016, 2017
e 2018, foram analisadas cinco contas referentes à entrada e à saída do ativo e do passivo. Ao
começar pelo ativo, a conta banco representava, em 2016, 46,75% do total do ativo, com um
aumento para 63,94% em 2017 e 65,04% em 2018, aumento este que se explica por
pagamento à vista de clientes e menor fluxo de caixa. A conta estoque representava 36,25%
do total do ativo em 2016, com uma queda relevante para 4,69% em 2017 e um pequeno
aumento para 5,90% em 2018, que ocorreu devido à diminuição de compras para esgotar o
excesso de estoque e, logo após, compras de produtos mais baratos. A conta adiantamento a
fornecedor teve pequenos aumentos, sendo que, no ano de 2016, representava 0,15% do total
do ativo; 0,24% em 2017 e, em 2018, foi para 0,30%, fato da não exigência dos fornecedores.
Já a conta máquinas, em 2016, representava 1,96% do total do ativo, em 2017 e em 2018
representavam 2,39% e 2,76%, respectivamente, devido à compra de algumas máquinas com
novas tecnologias. A conta casa, em 2016, representava 8,51% do total do ativo e teve um
aumento significativo nos anos posteriores: em 2017 representava 15,06% e, em 2018,
17,58%, relativos à compra de novos imóveis.
Ao analisar o total do passivo, algumas contas tiveram os seguintes resultados: a conta
fornecedor representava, em 2016, 4,58% do total do passivo, com uma diminuição para
205
4,42% em 2017 e um aumento para 6,98% em 2018, cujo crescimento se deu por compras de
produtos de menor custo para complementar o estoque. A conta títulos a pagar, em 2016,
representava 8,77% do total do passivo e, nos anos seguintes, teve um crescimento
importante: 13,86% em 2017 e 15,07% em 2018, devido a compras de móveis para a empresa.
Já a conta empréstimos a pagar, em 2016 representava 5,24% do total do passivo, em 2017
teve uma queda para 4,78% e, no ano de 2018, um aumento para 7,53%, devido a melhores
taxas e condições de pagamento oferecidas pelo banco. A conta financiamentos a pagar teve
pequenas variações: em 2016 era de 0,46%, em 2017, de 0,60% e, em 2018 ,de 0,75%, devido
à permanência da mesma frota de carros e compra de um carro por ano. Na conta salários a
pagar também houve pequenas variações, por causa da contratação e/ou demissão de poucos
funcionários, sendo que, em 2016, representava 0,13% do passivo; em 2017, 0,19% e, em
2018, 0,18%.
4.2.3 Análise Horizontal
Tabela 9 – Análise Horizontal Empresa Albertina Ltda.
Análise Horizontal
Conta
2016 -
2018
2017 –
2018 Conta
2016 –
2018
2017 –
2018
Banco -3,18% -27,45% Fornecedor -20,57% 50,27%
Estoque -91,51% 19,78% Títulos a pagar -10,45% 3,45%
Adiantamento a fornecedor 5,26% 20,00% Empréstimos a pagar -25,00% 50,00%
Máquinas -26,67% 10,00% Financiamento a pagar -14,29% 20,00%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao avaliar a AH do ativo da empresa Albertina LTDA. (TAB. 9), utilizando o ano de
2018 como referência, obtivemos os seguintes resultados: o banco teve um decréscimo muito
significativo, sendo este de 27,45% entre 2016 e 2018, e um decréscimo menor, de 3,18% de
2017 para 2018, devido à utilização da forma de pagamento a prazo. A conta estoque teve um
decréscimo muito expressivo: de 2016 para 2018 foi de 91,51%, devido à venda de
mercadorias em excesso, já entre 2017 e 2018 houve um aumento de 19,78%, relativo à
205
compra de novas mercadorias. A conta Adiantamento a fornecedor teve um pequeno aumento
de 5,26% do ano de 2016 para 2018 e de 20% do ano de 2017 para 2018. A conta máquina, de
2016 para 2018, teve um decréscimo de 26,67% devido à inutilização de algumas máquinas e,
entre 2017 e 2018, um aumento de 10%, em virtude da compra de novas peças. Na conta casa
houve um aumento significativo de 7,69% de 2010 para 2018 e de 11,11% de 2017 para 2018,
referente à aquisição de novos imóveis.
Conforme os dados da AH do passivo, a conta fornecedores, de 2016 para 2018, teve
um decréscimo de 20,57%, devido a uma diminuição de pedidos e, entre 2017 e 2018,
apresentou um aumento significativo de 50,27%, devido a compras de mercadorias mais
baratas. A conta títulos a pagar teve um decréscimo, de 2016 para 2018, de 20,57% devido à
maior quantidade de compras à vista e, de 2017 para 2018, houve um pequeno aumento de
3,45%. A conta Empréstimos a pagar, de 2016 para 2018, teve uma queda de -25% e, de 2017
para 2018, um aumento de 50%, sendo que essa diferença se deu pelo fato de o banco ter
oferecido melhores taxas e melhores prazos para pagamento. Na conta Financiamentos a
pagar houve um decréscimo de 14,29% de 2016 para 2018 e, de 2017 para 2018, um aumento
de 20%, por causa da depreciação de veículos e da compra de novos, respectivamente. Já a
conta salários a pagar teve decréscimo de 30% de 2016 para 2018 e decréscimo de 12,50% de
2016 para 2018, relativos à dispensa de funcionários e à redução de salários dos novos
contratados.
4.2.4 Índice de Liquidez
Tabela 10 – Índices de Liquidez Empresa Albertina Ltda.
Índices de Liquidez
Tipos de liquidez 2016 2017 2018
Liquidez Imediata 2,37% 2,56% 1,98%
Liquidez Corrente 4,18% 2,80% 2,22%
Liquidez Seca 2,40% 2,61% 2,04%
Liquidez Geral 4,92% 3,92% 2,98%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
205
Os índices de liquidez (TAB. 10) da empresa Albertina demonstraram, ao longo dos
anos, que, em se tratando de liquidez imediata, a empresa, em 2016, dispunha de R$ 2,37 para
cada R$ 1,00 em dívidas imediatas, passando para R$ 2,56 em 2017 e R$ 1,98 no ano de
2018, o que se torna um fator negativo para a empresa. A Liquidez Corrente apresentou uma
queda ao longo dos anos, sendo que, em 2016, a empresa dispunha de R$ 4,18 para cada R$
1,00 em dívidas correntes, caindo para R$ 2,80 em 2017 e R$ 2,22 em 2018. Esses valores
requerem muita atenção dos gestores, pois a empresa apresenta queda em vários setores. A
Liquidez Secada empresa apresentou variação ao longo dos anos, sendo que ela dispunha,
para cada R$ 1,00 em dívidas secas, de R$ 2,40 em 2016, passando para R$ 2,61 em 2017 e
R$ 2,04 no ano de 2018 o qual, mesmo assim, apresenta uma situação superavitária. A
Liquidez Geral da empresa é uma das mais importantes, porém apresentou um decréscimo
muito expressivo ao longo dos anos: em 2016, para cada R$ 1,00 de dívidas gerais, a empresa
apresentava R$ 4,92; em 2017, R$ 3,92 e, em 2018, R$ 2,98 o que mostra que, além de
grande diminuição, em se tratando de liquidez geral, a empresa ainda tem lucros acumulados
ao longo dos anos. O capital circulante líquido em 2016 registrava R$ 4.937.138,75, passando
para R$ 1.920.929,00 em 2017 e R$ 1.626.112,50 em 2018, mostrando que a empresa se
encontra em uma situação de emergência e requer muitos cuidados e estratégias com relação
esse capital.
4.2.5 Índice de Rentabilidade
Tabela 11 – Índices de Rentabilidade Empresa Albertina Ltda.
Índices de Rentabilidade
Tipos de Margem 2016 2017 2018
Margem Bruta 38,38% 31,27% 31,34%
Margem Operacional 26,68% -18,45% 25,65%
Margem Líquida -43,99% -36,36% -48,38%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
205
Os índices de rentabilidade da Empresa Albertina (TAB. 11) apresentaram os
seguintes resultados: a Margem Bruta, que diz respeito à margem de lucro antes das deduções,
apontou que, em 2016, a empresa tinha uma margem de 38,38%, já em 2017 registrou-se
31,27% e, em 2018, 31,34%, demonstrando que, apesar da pequena queda, mostra-se positivo,
uma vez que o aumento do porte da empresa foi, de certa forma, maior que a diminuição das
margens. Em se tratando de Margem Operacional, a empresa registrou, em 2016, uma
porcentagem de 26,68% de lucro operacional, caindo para -18,45% em 2017, ficando,
inclusive, negativo e, em 2018, subiu para 25,65%, o que se deve à queda, também no caso
da Margem Bruta, ao aumento do volume de vendas, o qual se é positivo, pois, embora o
lucro seja um pouco menor, a empresa apresenta um volume de vendas maior, compensando,
assim, os menores lucros. Por último e mais importante, a Margem Líquida apresentou
números decrescentes e muito relevantes, porque, em 2016, sofreram uma queda de -43,99%;
em 2017, de -36,36% e, em 2018, de -48,38%, o que se mostra preocupante, pois empresa não
gerou lucro e regrediu em seu crescimento.
4.2.6 Índice de Rotatividade
Tabela 12 – Índices de Rotatividade Empresa Albertina Ltda.
Índices de Rotatividade
Tipos de Rotatividade 2016 2017 2018
Prazo Médio de Renovação de Estoque 9000 5142,86 720
Prazo Médio para Pagamentos de Contas 155,84 122,03 140,08
Prazo Médio para Recebimento de Vendas 1565,22 26,99 679,25
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Os índices de rotatividade da empresa Albertina (TAB. 12) apresentaram os seguintes
resultados: Em se tratando de Prazo Médio de Renovação de Estoque, a empresa, em 2016,
demorava cerca de 9.000 dias para a renovação de seus estoques, diminuindo para 5.142,86
205
dias em 2017 e, relevantemente, em 2018, 720 dias, o que ocorreu devido à diminuição do
excesso do estoque. O prazo médio para pagamento de contas apresentou, em 2016, 155,84
dias; em 2017; 122,03 e; em 2018; 140,08 dias, o que relata que a empresa teve uma
diminuição no prazo para pagamento de seus fornecedores. Essa diminuição foi pequena,
porém, o prazo deveria ser maior. O prazo médio para recebimento das vendas em 2016 era
de 1.565,22 dias, o que representava um péssimo índice para a empresa; em 2017, o prazo
médio era de 26,99 dias, porém não permaneceu para o próximo ano, pois foi para 679,25
dias, representando resultado ruim, que prejudica a empresa tanto nos pagamentos de suas
dívidas quanto no seu crescimento.
4.3 Empresa Viana Ltda.
O balanço patrimonial da empresa está descrito na TAB. 13 abaixo:
Tabela 13 – Balanço Patrimonial Empresa Viana Ltda.
BALANÇO PATRIMONIAL
Exercícios 2016 2017 2018
Ativo Circulante R$ 1.950.753,30 R$ 2.034.571,90 R$ 2.545.700,00
Caixa R$ 2.500,00 R$ 3.550,00 R$ 4.500,00
Banco R$ 1.559.288,40 R$ 1.766.043,20 R$ 2.165.200,00
Estoque R$ 120.964,90 R$ 148.587,50 R$ 110.000,00
Duplicatas a Receber R$ 255.000,00 R$ 103.891,20 R$ 250.000,00
Adiantamento de salário R$ 5.000,00 R$ 2.500,00 R$ 3.000,00
Adiantamento a fornecedor R$ 8.000,00 R$ 10.000,00 R$ 13.000,00
Ativo não circulante R$ 815.500,00 R$ 1.258.900,00 R$ 1.432.700,00
Investimento R$ 35.000,00 R$ 45.000,00 R$ 60.000,00
Aplicação financeira R$ 25.000,00 R$ 30.000,00 R$ 40.000,00
Obra de Arte R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 20.000,00
205
Imobilizado R$ 780.500,00 R$ 1.213.900,00 R$ 1.372.700,00
Terreno R$ 400.000,00 R$ 700.000,00 R$ 800.000,00
Mesas R$ 2.000,00 R$ 3.000,00 R$ 5.000,00
Deprec. Acumulada de
Mesas R$ (200,00) R$ (300,00)
R$ (500,00)
Casas R$ 350.000,00 R$ 445.000,00 R$ 500.000,00
Deprec. Acumulada de casas R$ (15.300,00) R$ (17.800,00) R$ (19.800,00)
Computadores R$ 5.000,00 R$ 9.000,00 R$ 10.000,00
Deprec. Acumul.
Computador R$ (1.000,00) R$ (1.800,00)
R$ (2.000,00)
Veículos R$ 50.000,00 R$ 96.000,00 R$ 100.000,00
Deprec. Acumulada de
Veículo R$ (10.000,00) R$ (19.200,00)
R$ (20.000,00)
Total do Ativo R$ 2.766.253,30 R$ 3.293.471,90 R$ 3.978.400,00
Passivo circulante R$ 825.601,88 R$ 967.771,83 R$ 1.118.400,00
Fornecedor R$ 12.000,00
R$
4.666,00
R$ 10.000,00
Adiantamento a cliente R$ 8.000,00
R$
5.000,00
R$ 20.000,00
Títulos a pagar R$ 575.000,00
R$
685.000,00
R$ 830.000,00
Empréstimo a pagar R$ 130.000,00
R$
150.000,00
R$ 108.000,00
Financiamento a pagar R$ 35.000,00
R$
46.000,00
R$ 68.000,00
Salário a pagar R$ 6.000,00
R$
8.000,00
R$ 8.500,00
13º salário a pagar R$ 6.000,00
R$
8.000,00
R$ 8.500,00
Férias a pagar R$ 2.500,00
R$
3.000,00
R$ 3.500,00
205
PIS a pagar R$ 2.530,44
R$
3.530,44
R$ 4.530,44
COFINS a pagar R$ 15.261,44
R$
16.261,44
R$ 18.055,61
ICMS a pagar R$ 33.310,00
R$
38.313,95
R$ 39.313,95
Patrimônio líquido R$ 1.940.651,42 R$ 2.325.700,07 R$ 2.860.000,00
Capital social R$ 2.001.651,42
R$
2.400.000,00
R$ 2.900.000,00
Capital a integralizar R$ (40.000,00) R$ (50.000,00) R$ (55.000,00)
Lucro/ prejuízo R$ (21.000,00) R$ (24.299,93) R$ 15.000,00
Total do Passivo R$ 2.766.253,30 R$ 3.293.471,90 R$ 3.978.400,00
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
4.3.1 DRE Empresa Viana Ltda.
A DRE da empresa está descrito na TAB. 14 abaixo:
Tabela 14 – DRE Empresa Viana Ltda.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Exercícios 2016 2017 2018
+ Receita Bruta de Mercadoria R$ 300.726,50 R$ 306.726,40 R$ 350.000,00
= Receita Bruta Total R$ 300.726,50 R$ 306.726,40 R$ 350.000,00
(-) Devolução de vendas de Mercadorias R$ (86.760,00) R$ (92.760,00) R$ (95.000,00)
(-) PIS (1,65%) R$ (2.530,44) R$ (3.530,44) R$ (4.530,44)
(-) COFINS (7,6%) R$ (15.261,44) R$ (16.261,44) R$ (18.055,61)
(-) ICMS (18%) R$ (33.310,00) R$ (38.313,95) R$ (39.313,95)
= Receita Líquida R$ 62.864,62) R$ 155.860,57 R$ 193.100,00
(-) Custo de Mercadoria Vendida R$ (72.610,00) R$(78.610,50) R$ (80.000,00)
205
= LUCRO BRUTO R$ 90.254,62 R$ 77.250,07 R$ 113.100,00
Despesas Dedutíveis R$(111.254,62) R$ (101.550,00) R$ (89.100,00)
(-) Despesa com Material de Escritório R$ (4.000,00) R$(950,00) R$ (500,00)
(-) Despesa com Lanche R$ (2.500,00) R$ (500,00) R$ (500,00)
(-) Despesa com Água R$ (12.750,62) R$ (3.000,00) R$ (2.900,00)
(-) Despesa com Luz R$ (10.004,00) R$ (4.000,00) R$ (2.900,00)
(-) Despesa com Manutenção de
máquinas
R$ (4.000,00)
R$ (2.000,00)
R$ (2.900,00)
(-) Despesa com IPTU R$ (35.000,00) R$ (30.000,00) R$ (15.000,00)
(-) Despesa com IPVA R$ (3.000,00) R$ (3.000,00) R$ (2.500,00)
(-) Despesa com salários R$ (6.000,00) R$ (8.000,00) R$ (8.500,00)
(-) Despesa com Férias R$ (2.500,00) R$ (3.000,00) R$ (3.500,00)
(-) Despesa com 13º R$ (6.000,00) R$ (8.000,00) R$ (8.500,00)
(-) Despesa com Depreciação de Mesas R$ (200,00) R$ (300,00) R$ (500,00)
(-) Despesa com Depreciação de casas R$ (15.300,00) R$ (17.800,00) R$ (19.800,00)
(-) Despesa com Depreciação de
computadores
R$ (1.000,00)
R$ (1.800,00)
R$ (2.000,00)
(-) Despesa com Depreciação de
veículos
R$ (10.000,00)
R$ (19.200,00)
R$ (20.000,00)
= LAIR R$ (21.000,00) R$ (101.550,00) R$ 24.800,00
(-) CSLL R$
-
R$
-
R$ (2.232,00)
(-) IRPJ R$
-
R$
-
R$ (7.568,00)
= Lucro / Prejuízo R$ (21.000,00) R$ (24.999,93) R$ 24.800,00
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
4.3.2 Análise Vertical
Tabela 15 – Análise Vertical Empresa Viana Ltda.
Análise Vertical
Total do Ativo Total do Passivo
Conta 2016 2017 2018 Conta 2016 2017 2018
205
Banco
56,36
%
53,62
%
54,42
% Fornecedor 0,43% 0,14% 0,25%
Estoque 4,37% 4,51% 2,76% Títulos a pagar
20,78
%
20,79
%
20,86
%
Duplicata a receber 9,21% 6,28% 6,28% Financiamento a pagar 1,26% 1,39% 1,70%
Veículos 1,80% 2,91% 2,51% Salário a pagar 0,21% 0,24% 0,21%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao realizar a AV da empresa Viana Ltda. (TAB. 15), referente aos anos de 2016,2017
e 2018 as principais contas ativo a conta banco representava em 2016 56,36% do total do
ativo caindo para 53,62% em 2017 e evoluindo para 54,42% em 2018. A conta estoque
representava 4,37% em 2016, aumentou para 4,51% em 2017 e caiu para 2,76% em 2018,
essa queda deve-se à venda das mercadorias em estoque. Já a conta duplicatas a receber
representava 9,21% do total do ativo em 2016, caindo para 6,28% em 2017 e permanecendo
com o mesmo valor em 2018 o que demonstra que a empresa esta diminuindo as formas de
pagamentos a prazo para seus clientes. A conta aplicação financeira representava em 2016
0,90% do total do ativo e esse percentual subiu para 0,91% em 2017 e evoluiu para 1% em
2018, a evolução é explicada pela importância de fazer investimentos pela empresa. A conta
veículos representava 1,80% em 2016, subiu para 2,91% em 2017 e caiu para 2,51% em 2018,
essa queda é referente a venda de um veículo. As contas referentes ao total do passivo após a
análise apresentaram os seguintes resultados: a conta fornecedor representava em 2016 0,43%
do total do passivo caindo para 0,14% em 2017 e evoluindo para 0,25% em 2018 o
crescimento é referente à necessidade da empresa de fazer compras a prazo. A conta títulos a
pagar representava 20,78% em 2016, aumentou para 20,79% em 2017, depois para 20,86%
em 2018, essa evolução é devido a compra de imóveis. Na análise da conta financiamento a
pagar notamos que em 2016 representava 1,26%, subiu para 1,39% em 2017 e evoluiu para
1,70% em 2018, esse aumento é referente a compra de veículo financiado. A conta salário a
pagar representava 0,21% em 2016, passou para 0,24% em 2017 e voltou para 0,21% em
2018, essa pequena oscilação é referente a contratação e demissão de funcionários. A conta
férias a pagar esteve estável nos períodos analisados, apresentando 0,09% em 2016, 0,09% em
2017 e 0,08% em 2018.
4.3.3 Análise Horizontal
205
Tabela 16 – Análise Horizontal Empresa Viana Ltda.
Análise Horizontal
Conta 2016 - 2018 2017 - 2018 Conta 2016 – 2018 2017 - 2018
Banco 38,85% 22,60% Fornecedor -16,66% 114,31%
Estoque 9,06% -25,96% Títulos a pagar 21,16% 44,34%
Aplicação 60,00% 33,33% Financiamento a pagar 47,82% 94,28%
Veículo 100,00% 4,16% Salário a pagar 41,66% 6,25%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao analisar os índices de AH da Empresa Viana Ltda. (TAB. 16), notamos que, das
contas do Ativo, a conta banco teve uma evolução, do ano de 2016 para o de 2018, de 38,85%
e, comparando 2017 e 2018, percebe-se que evoluiu 22,60%. Analisando a conta estoque,
percebemos que houve um acréscimo de 9,06% entre 2016 e 2018 e um decréscimo de
25,96% de 2017 para 2018, o que não é um dado ruim, pois significa que grande parte do
estoque foi vendida. Na análise da conta duplicatas a receber, observamos que houve um
decréscimo de 1,96% entre 2016 e 2018 e um acréscimo de 140,63% de 2017 para 2018. Já a
conta aplicação financeira sofreu um acréscimo de 60% de 2016 para 2018 e evoluiu 33,33%
entre 2017 e 2018. A conta veículos obteve uma evolução de 100% de 2016 para 2018, por
causa da compra de um veículo e evoluiu em 4,16% de 2017 para 2018. Nas contas do
Passivo, a conta fornecedor sofreu um decréscimo de 16,66% de 2016 para 2018 e um
acréscimo de 114,31% entre 2017 e 2018. A conta títulos a pagar teve um acréscimo de
21,16% entre e 2018 e de 44,34% de 2017 para 2018. Na análise da conta financiamento a
pagar, notamos que houve acréscimo de 47,82% de 2016 para 2018 e uma evolução de
94,28% entre 2017 e 2018. Já a conta Salário a pagar evoluiu 41,66% de 2016 para 2018 e
6,25% de 2017 para 2018. Finalizando as contas do Passivo, a conta Férias a pagar evoluiu
40% entre 2016 e 2018 e 16,66% de 2017 para 2018. Nas contas da DRE, a conta Devolução
de venda de mercadorias apresentou uma evolução de 2,41% de 2016 para 2018 e de 2,41%
de 2017 para 2018. Já a conta CMV mostrou uma evolução de 10,17% entre 2016 e 2018 e de
1,76% de 2017 para 2018. A conta despesa com água apresentou um decréscimo de 72,25%
de 2016 para 2018 e de 3,33% de 2017 para 2018. Na análise da conta despesa com
manutenção de máquinas, foi possível perceber que a despesa diminuiu em 27,50% de 2016
para 2018 e evoluiu em 45% entre 2017 e 2018. Na conta despesa com décimo terceiro salário
205
houve aumento de 41,66% entre 2016 e 2018 e de 6,25% de 2017 para 2018. A evolução das
contas da DRE analisadas corresponde a um resultado negativo, pois se tratam de despesas e
custos.
4.3.4 Índice de Liquidez
Tabela 17 – Índices de Liquidez Empresa Viana Ltda.
Índices de liquidez
Tipos de liquidez 2016 2017 2018
Liquidez Imediata 1,92% 1,85% 1,97%
Liquidez Corrente 2,36% 2,10% 2,27%
Liquidez Seca 2,21% 1,94% 2,17%
Liquidez Geral 2,36% 2,10% 2,27%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Os índices de liquidez da empresa Viana Ltda. (TAB. 17) apresentaram os seguintes
dados: em termos de LI, a empresa, em 2016, dispunha de R$ 1,92 para cada R$ 1,00 em
dívidas imediatas, passando para R$ 1,85 em 2017 e R$ 1,97 no ano de 2018, representando
uma situação positiva para a empresa. A LC apresentou uma pequena queda ao longo dos
anos, sendo que, em 2016, a empresa dispunha de R$ 2,36 para cada R$ 1,00 em dívidas,
caindo para R$ 2,10 em 2017 e R $2,27 em 2018. A LS apresentou queda ao longo dos anos,
uma vez que a empresa dispunha, para cada R$ 1,00 em dívidas, R$ 2,21 em 2016, passando
para R$ 1,94 em 2017 e R $2,17 em 2018, apresentando uma situação superavitária. A LG da
205
empresa, que é uma das mais importantes, mostrou números satisfatórios no período
analisado: em 2016, para cada R$ 1,00 de dívidas, a empresa apresentava R$ 2,36 para
pagamento das obrigações, passando para R$ 2,10 em 2017 e R$ 2,27 em 2018. O capital
circulante líquido em 2016 registrava R$ 1.125.151,42, passando para R$ 1.066.800,07 em
2017 e R$ 1.427.300,00 em 2018, demonstrando que a empresa está em uma situação positiva
com relação à capacidade de pagamento de suas dívidas.
4.3.5 Índice de Rentabilidade
Tabela 18– Índices de Rentabilidade Empresa Viana Ltda.
Índices de Rentabilidade
Tipos de Margem 2016 2017 2018
Margem Bruta 55,41% 49,46% 58,57%
Margem Operacional -12,89% -15,59% 12,84%
Margem Líquida -12,89% -15,59% 7,76%
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Ao analisar os índices de rentabilidade da Empresa Viana Ltda. (TAB. 18), obtivemos
os seguintes resultados: a Margem Bruta, que diz respeito à margem de lucro antes das
deduções, demonstrou que, em 2016, a empresa apresentava um margem de 55,41%,
passando, em 2017, para 49,56% e, em 2018, apontou uma margem de 58,57%. Na análise da
Margem Operacional, a empresa registrou, em 2016, uma porcentagem de -12,89% de lucro
operacional, caindo para -15,59% em 2017 e evoluindo para 12,84% em 2018, Essa queda
refere-se ao aumento do volume de vendas e, logo em seguida, à sua diminuição. Para
finalizar, a Margem Líquida apresentou, em 2016, uma margem de -12,89%, passando para -
15,59% em 2017 e evoluindo para 7,76% em 2018, o que mostra que houve queda nos dois
primeiros anos analisados, mas, no último ano, apresentou-se um resultado satisfatório, que
gerou rendimentos para a empresa e seus sócios.
205
4.3.6 Índice de Rotatividade
Tabela 19– Índices de Rentabilidade Empresa Viana Ltda.
Índice de Rotatividade
Tipos de Rotatividade 2016 2017 2018
Prazo Médio de Renovação de Estoque 631,57 620,68 590,16
Prazo Médio para Pagamentos de Contas 302,52 211,76 367,34
Prazo Médio para Recebimento de Vendas 76,59 48,58 63,82
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Na análise dos índices de rotatividade da empresa Viana Ltda. (TAB. 19), obtivemos
os seguintes resultados: com relação ao Prazo Médio de Renovação de Estoque, a empresa,
em 2016, demorava cerca de 631,57 dias para renovar seus estoques, diminuindo para 620,68
dias em 2017 e 590,16 dias em 2018. Essa queda de prazo é boa para a empresa, pois, quanto
menor o prazo de renovação de estoques, melhor, indicando que a empresa está vendendo seu
estoque mais rápido. O prazo médio para pagamento de contas apresentou, em 2016, 302,52
dias para efetuar o pagamento total de suas contas, caindo para 211,76 dias em 2017 e 367,34
dias em 2018, justificado peça perda de prazo para pagamento a fornecedores. O prazo médio
para recebimento de vendas da empresa, em 2016, registrou 76, 59 dias para se receber seus
direitos e esses números diminuíram para 48,58 dias em 2017, aumentando para 63,82 dias
em 2018. O ano de 2017 foi o que apresentou o melhor prazo, pois, quanto mais rápido a
empresa receber, melhor.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho realizado teve o intuito ressaltar a importância da utilização dos índices
econômico-financeiros como suporte para a administração das empresas, de modo a
demonstrar a importância de se obter informações a respeito da situação em que a empresa se
205
encontra com relação aos mercados interno e externo.
Com o presente trabalho, podemos concluir que os resultados obtidos apresentam,
através da Análise das Demonstrações Contábeis, que é possível mensurar relevantes
indicadores econômico-financeiros e, dessa forma, extrair informações seguras e concretas,
proporcionando uma visão geral do desempenho e da situação financeira da instituição, de
modo a contribuir para a tomada de decisões dentro de uma entidade.
No que diz respeito à AV, a comparação entre as demonstra que a instituição na qual
houve uma melhor evolução de composição de itens e sua evolução no tempo com relação as
contas do ativo foi a empresa Albertina Ltda., seguida pela empresa Viana Ltda., ficando em
última posição a empresa Amaral Ltda. Já nas contas do passivos, em primeiro lugar temos a
empresa Amaral Ltda., seguida da Albertina Ltda., sobrando a última posição para empresa
Viana Ltda..
Concernente à AH, a empresa que apresentou uma evolução nas suas contas do ativo
mostrando crescimento de itens do balanço foi a Amaral Ltda., seguida da Viana Ltda. E, por
último, a Albertina. As contas do passivo seguem na mesma sequência: Amaral Ltda., Viana
Ltda. e Albertina Ltda.
Quanto à liquidez imediata, a empresa que dispõe de condições para imediatamente
saldar suas dívidas de Curto Prazo é a empresa Amaral Ltda., que sempre se manteve em
crescimento nos anos subsequentes, seguida da Viana Ltda. Já a empresa Albertina Ltda. teve
um decréscimo com o passar dos anos.
No que tange à Liquidez Corrente, a empresa que apresenta maior liquidez, que
consegue financiar suas necessidades de capital de giro, é a empresa Amaral Ltda. a qual, com
o passar dos anos, aumenta sua liquidez. As empresas Albertina Ltda. e Viana Ltda., por sua
vez, em 2017, apresentam bons valores, porém, com o passar dos anos, esses valores vêm
caindo.
Em relação à Liquidez Seca, a empresa que dispõe de estoque para liquidar suas
obrigações é a Amaral Ltda., que vem crescendo com o passar dos anos. Em seguida, devido a
oscilações, estão as empresas Albertina Ltda. e Viana Ltda.
Para liquidez geral, observamos que a empresa que tem capacidade de pagamento em
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Longo Prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro, foi a Albertina Ltda., a
qual bem o ano de 2016, seguida da empresa Viana Ltda. e, por último, a empresa Amaral
Ltda. Em 2017, também a Albertina Ltda. ficou em primeiro lugar, seguida da Amaral Ltda.,
ficando na última posição a Viana Ltda. Finalmente, em 2018, a empresa Amaral Ltda. ocupa
primeiro lugar, seguida da Albertina Ltda. e, por último, a empresa Viana Ltda.
No que se refere ao Índice de rentabilidade, a empresa que tem capacidade de
pagamento em Longo Prazo - considerando tudo o que ela converterá em dinheiro -, com
relação à Margem Bruta, a que apresentou melhor resultado foi a empresa Viana Ltda.,
seguida da Amaral Ltda. e, em último lugar, a Albertina Ltda. Com relação à Margem
Operacional e à Margem Líquida, as três empresas oscilaram bastante.
Quanto ao Índice de rotatividade, a empresa que mostra a velocidade com que diversas
contas se convertem em vendas ou caixa – entradas ou saídas em dias -, foi a Amaral Ltda.,
seguida da Viana Ltda. e, em última colocação, a Albertina Ltda..
Com base neste relatório analítico, pode-se obter uma visão geral da saúde e da solidez
da empresa. Esse acompanhamento é, no máximo, anual, limitando-se a semanal, quinzenal,
mensal ou semestral, de acordo com a necessidade de gerenciamento. O intuito das
informações é que estas cheguem de forma clara ao profissional da contabilidade, para que ele
possa transformá-las em Demonstrações Contábeis confiáveis. Somente com o resultado é
possível tomar decisões que favoreçam a administração, com uma margem de segurança
mesmo que estejam inconsistentes ou relatadas em tempo inoportuno, pois, ainda assim,
apresentam uma vantagem segura, próxima à realidade da empresa.
REFERÊNCIAS
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