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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
Jaine Lima de Albuquerque
ANÁLISE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PSIQUIATRIA: UMA
ABORDAGEM SOBRE AS PRESCRIÇÕES DE PACIENTES INTERNADOS
Natal-RN
2020
Jaine Lima de Albuquerque
ANÁLISE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PSIQUIATRIA: UMA
ABORDAGEM SOBRE AS PRESCRIÇÕES DE PACIENTES INTERNADOS
ANALYSIS OF DRUG INTERACTIONS IN PSYCHIATRY: AN APPROACH
ON THE PRESCRIPTIONS OF INTERNAL PATIENTS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Graduação em Farmácia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, como requisito
para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
Orientador: Prof. Me. André Gustavo Gadelha
Mavignier de Noronha.
Natal-RN
2020
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro
Ciências da Saúde - CCS
Albuquerque, Jaine Lima de.
Análise das interações medicamentosas em psiquiatria: uma
abordagem sobre as prescrições de pacientes internados / Jaine
Lima de Albuquerque. - 2020.
34f.: il.
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Farmácia)
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de
Ciências da Saúde, Departamento de Farmácia. Natal, RN, 2020.
Orientador: André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha.
1. Medicamentos - Interação - TCC. 2. Medicamentos
psicotrópicos - TCC. 3. Psiquiatria - TCC. I. Noronha, André
Gustavo Gadelha Mavignier de. II. Título.
RN/UF/BS-CCS CDU 615.015.2
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263
Jaine Lima de Albuquerque
ANÁLISE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PSIQUIATRIA: UMA
ABORDAGEM SOBRE AS PRESCRIÇÕES DE PACIENTES INTERNADOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Graduação em Farmácia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, como requisito
para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
Orientador: Prof. Me. André Gustavo Gadelha
Mavignier de Noronha.
Presidente: Prof. André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, Me. DFAR/UFRN
Membro: Profª. Marcela Abbott Galvão Ururahy, Drª. DACT/UFRN
Membro: Prof. Júlio César Mendes e Silva, Me. DFAR/UFRN
Natal 2020
“Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios
que me tem feito?” Salmos 116:12
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar eu agradeço ao meu Deus e Pai por me permitir fazer a
graduação, por ter planejado tudo muito melhor e além do que eu pedi e pensei. Se não
fosse Deus, com certeza, eu não teria conseguido terminar a graduação, nem mesmo
ingressar nela. Ele foi meu suporte, quem me guardou e acreditou em mim quando
ninguém e nem eu mesma acreditei.
Agradeço a minha família, as minhas tias, a minha prima Jady que tanto me ajudou
na construção deste trabalho, por mais que não tivesse conhecimento sobre a área. E sem
dúvidas, agradeço a minha mãe, Dona Jailma, a mulher guerreira e de fé que sempre fez
de tudo por mim, me ensinando sobre a vida, a fé e me mostraram o caminho que devo
andar. Sou eternamente grata a Deus por ter me dado a senhora como mãe.
Agradeço aos amigos que fiz durante essa jornada. A Ingrid Valentim, minha fiel
escudeira, que esteve comigo durante a maior parte das aventuras que vivi na graduação
e fora dela, quem eu quero levar pra vida inteira. A Luan Alves, a pessoa com o humor
mais exótico, que eu conheci bem no começo do curso, e tenho um carinho e admiração
enorme. Não apenas eles, eu seria injusta se citasse cada um porque esqueceria alguém e
não caberia todos aqui.
Agradeço a todos vocês que passaram na minha vida durante essa jornada, todos
me ensinaram algo e me ajudaram a ser quem eu sou hoje.
Agradeço a equipe da farmácia do hospital em que fiz o trabalho, pessoas
maravilhosas que me acolheram muito bem e pude adquirir vários conhecimentos.
Agradeço aos professores da banca, por tiraram um pouco do seu tempo para estar aqui
avaliando este trabalho e a todos os outros professores e funcionários da faculdade de
farmácia da UFRN por terem ajudado na construção da minha vida pessoal e profissional.
RESUMO
As interações medicamentosas são caracterizadas pelas alterações dos efeitos
clínicos de um medicamento devido seu uso simultâneo com outras substâncias. Esses
efeitos podem ser desejáveis ou indesejáveis. Ao longo dos anos é notório a crescente no
número de pessoas que sofrem algum tipo de transtorno mental e por consequência o uso
de medicamentos que tratam as manifestações clínicas. O objetivo deste estudo foi fazer
uma análise dos medicamentos prescritos para paciente psiquiátricos internados em um
hospital psiquiátrico e confrontar com a literatura, buscando identificar interações
medicamentosas. Trata-se de um estudo de caso, prospectivo. Os dados para a pesquisa
foram coletados na própria farmácia central da instituição. A verificação das potenciais
interações medicamentosas foi feita através da base de dados Micromedex®. A classe de
medicamentos psicotrópicos orais mais prescrita foi de antipsicóticos. O haloperidol foi
o medicamento psicotrópico líquido mais prescrito. O complexo B e a prometazina
estiveram entre os medicamentos gerais mais prescritos. Foram contabilizadas um total
de 25 interações medicamentosas, com uma média de aproximadamente 1,78% de
interações por ficha de prescrição. Dentre elas foram contabilizadas 19 diferentes
interações medicamentosas. Cerca de 73,68% das interações foram consideradas de maior
gravidade, 21,05% de gravidade moderada e 5,26% das interações os medicamentos
tinham o uso concomitante contraindicado. O estudo identificou uma alta prevalência de
potenciais interações medicamentosas, sendo a maior parte delas interações de maior
gravidade. Também foi encontrada uma alta prevalência da prescrição de medicamentos
antipsicóticos e a maior parte deles estiveram envolvidos nas interações medicamentosas.
Palavras chave: Interações medicamentosas; medicamentos psicotrópicos; psiquiatria
ABSTRACT
Drug interactions are characterized by the alterations of the clinical effects of a
medication due to its simultaneous use with other substances. These effects can be
desirable or undesirable. Over the years, it's perceptible to increasing in the number of
people who suffer some kind of mental disorder and in consequence the use of
medications that treat clinical demonstrations. The objective of this study was to analyze
the prescribed medication for psychiatric patient admitted to a psychiatric hospital and
confront with literature, seeking to identify medication medicated interactions. It's a case
study, prospective. The data for the research was collected at the institution's own central
pharmacy. The verification of potential medicated interactions was done through the
Micromedex database. The most prescribed psychotropic medicines classes were
antipsychotic. The haloperidol was the most prescribed psychotropic medicine. Complex
B and the promethazine were among the most prescribed general medications. They've
accounted for a total of 25 medals, with an average of approximately 1.78% prescription
records. Among them were accounted for 19 different medicines interactions. About
73.68% of interactions were considered larger gravity, 21.05% moderate gravity and 5.26%
of interactions the medications had its concomitant use contraindicated. The study
identified a high prevalence of potential drug interactions, most of which are more serious
interactions. A high presence of prescription of antipsychotic drugs was also found, and
most of them were affected in drug interactions.
Keywords: Drug interactions; psychotropic drugs; psychiatry
1 INTRODUÇÃO
As interações medicamentosas são caracterizadas pelas alterações dos efeitos clínicos de
um medicamento devido seu uso simultâneo com alimento (interação medicamento-
alimento), associação a outro medicamento (interação medicamento- medicamento),
como também o uso concomitante de medicamentos com bebidas alcoólicas, fitoterápicos
ou agentes químicos ambientais (1).
As interações medicamentosas também podem ser classificadas em três grandes grupos:
Interações farmacêuticas (ou de incompatibilidade), ocorrem fora do organismo, durante
o preparo e administração podendo resultar na mudança da coloração do medicamento,
precipitação ou inativação do princípio ativo. Já as interações farmacocinéticas,
representam o tipo de interação que pode modificar a farmacocinética do fármaco,
interferindo em algumas etapas, como: absorção, distribuição, metabolização e excreção,
podendo também afetar a duração e ação dos fármacos, exacerbar ou diminuir seus efeitos.
Por fim, as interações farmacodinâmicas, podem provocar a alteração dos efeitos
bioquímicos ou fisiológico dos fármacos, na maioria das vezes ocorrem no sítio ativo ou
através da modulação de respostas bioquímicas gerando efeitos sinérgicos ou antagônicos
(2).
Quando os resultados dessas interações geram benefícios, necessários e úteis para o
tratamento farmacoterapêutico dos pacientes, elas são consideradas interações benéficas
que podem apresentar ações que levam à redução dos efeitos adversos, podem ocasionar
aumento do tempo de ação dos fármacos, aumento da eficácia dos medicamentos ou,
redução da dose, podendo contribuir para melhor adesão ao tratamento (3).
Um exemplo de interação medicamentosa benéfica é o uso de antipsicóticos de primeira
geração de alta potência em associação a um anticolinérgico de ação central, no início do
tratamento. Seu uso concomitante seria necessário para a diminuição de efeitos
extrapiramidais gerados pelo uso do antipsicótico que ao bloquear os receptores da
dopamina causam uma exacerbação da ação colinérgica, resultando em um dos seus
principais efeitos adversos, os sintomas motores extrapiramidais, como distonia
(contrações involuntárias dos músculos causando repetição de movimentos e distorções),
acatisia (incapacidade de se manter parado), sintomas de parkinsonismo (rigidez
muscular e tremores). Assim, o fármaco com potente ação anticolinérgica agiria
bloqueando a atividade colinérgica exacerbada e estabelecendo novamente o equilíbrio
próximo ao normal, controlando os efeitos indesejáveis (4).
Outro exemplo de interação medicamentosa desejável é a associação de anti-histamínico
de primeira geração a um benzodiazepínico. Essa associação ao primeiro momento pode
parecer indesejável, pois os anti-histamínicos de primeira geração apresentam acentuado
potencial para produção de sedação, assim como os benzodiazepínicos que apresentam
ação similar, reduzindo a atividade do sistema nervoso central (SNC) causando sedação,
porém essa associação sinérgica é uma prática comum no âmbito da psiquiatria, visto que
em conjunto os seus efeitos promovem a diminuição da agitação de pacientes que se
encontram alterados (5).
As interações indesejáveis ou prejudiciais quando ocorrem podem desencadear a redução
da eficácia do tratamento farmacoterapêutico, aumentar os efeitos adversos dos fármacos,
gerar um novo efeito que não era esperado, causar toxicidade ao organismo do paciente,
acarretando em potenciais riscos para a saúde, podendo causar até mesmo danos
permanentes. Sendo assim, as interações potencialmente perigosas devem ser
cuidadosamente evitadas, ou quando necessárias, precisam ser rigorosamente
monitoradas (6).
Fármacos que são metabolizados pelas mesmas vias de biotransformação requerem uma
maior atenção, pois podem induzir ou inibir o sistema enzimático causando alteração dos
efeitos entre eles. Por exemplo, o uso de barbitúricos que são fármacos que apresentam
importante ação como indutores do metabolismo hepático quando coadministrados com
outros grupos de fármacos que são metabolizados pelas mesmas vias hepáticas podem
sofrer aumento da depuração deles, prejudicando suas ações. Um exemplo disso é o uso
simultâneo do fenobarbital e da carbamazepina, que sofre indução do seu metabolismo
hepático mediado pelo fenobarbital resultando em uma diminuição da sua exposição e
por consequência pode haver perda de eficácia (4).
Em outros casos as interações podem ser ainda mais graves e prejudiciais à saúde. Alguns
medicamentos psicotrópicos, como: antidepressivos e antipsicóticos, podem causar
alterações nas propriedades elétricas das células cardíacas e esses efeitos podem se
manifestar clinicamente causando bloqueios atrioventriculares gerando o prolongamento
no intervalo QT, que tem entre as suas consequências a predisposição a arritmias
cardíacas graves, como a torsades de points que é uma complicação cardíaca
potencialmente letal. (7,8).
Múltiplos fatores estão relacionados aos potenciais riscos de interações medicamentosas
e a ocorrência dessas reações adversas pode variar entre os estudos dependendo do tipo
de grupo estudado. Alguns pacientes apresentam potenciais riscos como: idosos, visto
que apresentam o organismo, o sistema hepático e renal mais fragilizado, assim como
pacientes imunodeprimidos, internados em unidades de terapias intensivas e pacientes
psiquiátricos visto que, fazem uso de vários medicamentos por tempo prolongado (9).
Sendo assim, algumas investigações mostram que a ocorrência de interações
medicamentosas aumenta exponencialmente de acordo com a quantidade de
medicamentos utilizados, portanto a prática da polifarmácia gera um potencial risco de
interações prejudiciais (10).
Contudo, a prática da polifarmácia psiquiátrica, que é o uso simultâneo de mais de um
medicamento psicotrópico em um mesmo paciente é muito comum. Na maioria das vezes,
eles são polimedicados devido às dificuldades para diagnóstico das patologias por eles
enfrentadas ou devido a carência de fármacos específicos para o tratamento, mas também
pode ser necessário devido os benefícios para o tratamento pela potencialização da ação
quando utilizado em conjunto com outros medicamentos psicotrópicos, seja da mesma
classe ou de classes com efeitos similares, ou até mesmo as associações podem prevenir
os efeitos prejudiciais. (11).
Os seres humanos vivem em meio a adversidades, e estão sujeitos a sofrerem algum tipo
de crise ou adoecimento psíquico, seja devido a fatores internos ou externos que têm
consequências psicológicas. Os indivíduos que apresentam dificuldade em adaptar-se a
essas adversidades estão sujeitos ao desenvolvimento de algum transtorno mental.
Segundo a Organização Mundial da saúde (OMS), em seu Plano de Ação para a Saúde
Mental 2013-2020, uma a cada dez pessoas no mundo sofre de algum tipo de transtorno
mental (12,13).
É considerado transtorno mental um grande espectro de manifestações psíquicas que em
conjunto com as perturbações genéticas, físicas, químicas e biológicas ocasionam uma
série de prejuízos entres eles na mente, no humor e na qualidade de vida do indivíduo
podendo gerar alterações no seu desempenho global no âmbito interior, fisiológico, social
e familiar. Os transtornos mentais mais comuns são: ansiedade, depressão, esquizofrenia,
transtorno obsessivo compulsivo e transtornos de humor. Inicialmente a maioria das
desordens mentais podem ser tratadas sem intervenções medicamentosas apenas com
tratamentos psicológicos e suas diversas abordagens que possibilitam o bom manejo dos
transtornos (14).
Em suas especificidades os transtornos mentais podem causar alterações psíquicas leves,
moderadas ou graves, dependendo de como ocorre o manejo e as intervenções
empregadas. Segundo o Ministério da saúde, estimava-se que no Brasil cerca de 3% da
população sofre de Transtornos mentais graves e persistentes, dentre eles 12% necessitam
de algum tipo de acompanhamento, seja ele eventual ou continuado (15).
Em casos graves ou nos casos leves e moderados que se isentam dos tratamentos
psicológicos ou passem por adversidades severas, as circunstâncias podem agravar o
quadro do transtorno mental e ser necessário as internações e intervenções
medicamentosas. Em alguns casos, para que possa minimizar os riscos à saúde dos
indivíduos em estado grave é necessário a internação em hospitais psiquiátricos, que
atualmente são locais onde eles recebem apoio, acompanhamento multiprofissional e
tratamento farmacoterapêutico para a amenização dos sintomas, melhora da qualidade de
vida e assim, haja a reinserção desses indivíduos na sociedade. Ao longo dos anos é
perceptível a crescente no número de pessoas que sofrem algum tipo de transtorno mental
e por consequência o uso de medicamentos que tratam as manifestações clínicas (16).
Os medicamentos psicotrópicos caracterizam-se por atuarem seletivamente no sistema
nervoso central, gerando alterações no seu desempenho, sendo uma das suas principais
indicações clínica o tratamento dos diversos transtornos mentais (17).
Esses fármacos são classificados pela Organização mundial da saúde (OMS) como:
ansiolíticos e sedativos; antipsicóticos (neurolépticos); antidepressivos; estimulantes
psicomotores; psicomiméticos e potencializadores da cognição (18).
As principais dificuldades encontradas na utilização desses medicamentos são os riscos
de dependência física ou psíquica por parte dos pacientes. Além disso, a maior parte
desses medicamentos psicotrópicos apresentam ações sinérgicas ou antagônicas, que em
conjunto podem desencadear efeitos benéficos, reações adversas que podem ser leves,
moderadas, graves ou até mesmo podem ter seu uso em conjunto contraindicado devido
aos potenciais risco de toxicidade e malefícios ao organismo do indivíduo (16, 19).
Além disso, pacientes psiquiátricos apresentam uma maior predisposição ao
desenvolvimento de síndrome metabólica (SM), que engloba uma série de doenças como
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus do tipo 2, dislipidemias, obesidade e
outros distúrbios metabólicos. Múltiplos fatores estão relacionados a essa predisposição,
seja devido aos próprios transtornos mentais que por si só resultam em alterações da
homeostase no organismo, aspectos hormonais, estilo de vida, genética e o uso de
medicamentos psicotrópicos também podem agravar esses sintomas. Os efeitos adversos
decorrentes do uso de medicamentos psicotrópicos, provavelmente, são uma das
principais causas que geram essa maior probabilidade. Isso porque, fármacos
antipsicóticos, alguns estabilizadores de humor e antidepressivos apresentam como
efeitos colaterais a tendência a essas manifestações (20).
Sendo assim, além dos medicamentos psicotrópicos utilizados para a minimização dos
transtornos, alguns pacientes podem necessitar o uso de fármacos para o tratamento de
outras comorbidades (21).
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi fazer uma análise dos medicamentos
prescritos para paciente psiquiátricos internados em um hospital psiquiátrico e confrontar
com a literatura, buscando identificar interações medicamentosas.
2 MATERIAL E MÉTODOS
O tipo de estudo utilizado na pesquisa foi um estudo de caso, prospectivo. A pesquisa foi
realizada em um hospital especializado em psiquiatria, sendo pioneiro no ramo, no estado
do Rio Grande do Norte, no município de Natal. Atualmente é uma instituição filantrópica,
sem fins lucrativos, que apresenta um complexo sistema de assistência em saúde mental,
disponibilizando internação em tempo integral, semi-internamento em hospital-dia,
pronto socorro psiquiátrico e atendimento ambulatorial em psiquiatria.
A instituição conta apenas com uma farmácia central, que funciona durante seis dias da
semana, sendo de segunda a sexta-feira no período da manhã e à tarde e aos sábados
apenas pela manhã. A farmácia é responsável pelo armazenamento, separação e
distribuição dos medicamentos para todos os setores, leitos e pacientes da instituição. A
equipe é formada por um farmacêutico responsável, que conta com o auxílio de quatro
funcionários devidamente treinados para as atividades desenvolvidas na farmácia.
O sistema de distribuição de medicamentos em farmácia hospitalar adotado pelo hospital
em questão, é o sistema de dose individualizado, sendo assim, os medicamentos são
distribuídos para os pacientes de forma individual. Os medicamentos são separados
segundo os horários de administração no período de 24 horas. A distribuição dos
medicamentos é feita em embalagens plásticas que além dos compartimentos contendo
os medicamentos separados por horários, possuem uma etiqueta contendo os dados do
paciente. As separações são feitas manualmente através de termo-soldas, pelos
funcionários auxiliares da farmácia.
Os dados para a pesquisa foram coletados na própria farmácia da instituição, a partir da
análise documental da última ficha de prescrição, na primeira semana de fevereiro de
2020. As prescrições eram feitas semanalmente e manualmente pelos médicos
responsáveis. Foram avaliadas o total de 14 prescrições de pacientes que estavam
internados em uma enfermaria masculina com pacientes exclusivos de planos de saúde.
Da amostra censitária, os dados utilizados para a pesquisa foram todos os medicamentos
que constavam na terapêutica medicamentosa utilizados no período de 24h em cada
prescrição. Sendo excluídos, apenas, os medicamentos utilizados em casos de urgência.
A verificação das potenciais interações medicamentosas foi feita a partir da consulta da
base de dados Micromedex®, que possui um sistema interativo para checar a ocorrência
das interações medicamentosas contando com uma atualização trimestral. A plataforma
também classifica a potencialidade da gravidade das interações medicamentosas como:
contraindicado: a interação gera riscos elevados que superam os benefícios e a
combinação desses medicamentos devem ser evitadas. maior risco- a interação pode ser
de risco de vida e/ou exigir intervenção médica para minimizar ou prevenir graves efeitos
adversos- risco moderado: a interação pode resultar na exacerbação da condição do
doente e/ou requer uma alteração em terapia e menor risco: a interação teria limitado os
efeitos clínicos. As manifestações podem incluir um aumento na frequência ou severidade
dos efeitos secundários, mas geralmente não requer uma alteração maior na terapia (22).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através da análise do gráfico 1 é possível observar que a classe de medicamentos
psicotrópicos orais sólidos mais prescritos é a dos antipsicóticos, correspondendo a
aproximadamente 55%. Os medicamentos antipsicóticos são indicados para o tratamento
de diversos distúrbios psicóticos, que incluem o transtorno bipolar, psicose induzida por
substâncias e principalmente para o tratamento da esquizofrenia (17). Os resultados
encontrados assemelham-se com uma pesquisa realizada em dois hospitais psiquiátricos
regionais no norte da Nigéria, África, que constatou que os antipsicóticos era a classe de
medicamentos psicotrópicos mais prescrito, correspondendo a 68% do total de
medicamentos prescritos (23).
A maior parte dos antipsicóticos encontrados nas prescrições, dos pacientes no hospital
do presente estudo, eram antipsicóticos típicos (cerca de 39%): haloperidol,
clorpromazina e levomepromazina. Apesar de apresentarem maiores riscos de indução
dos sintomas extrapiramidais eles são medicamentos que apresentam um menor custo,
além disso, são medicamentos padronizados pelo SUS no hospital em questão e estão
presentes na lista de relação de medicamentos essenciais (RENAME) (24). Cerca de 16%
dos antipsicóticos eram atípicos (clorpromazina, olanzapina, clozapina, quetiapina e
risperidona) que apesar de apresentarem eficácia semelhante aos antipsicóticos típicos
apresentam uma menor incidência de indução dos sintomas extrapiramidais (25).
Dentre os medicamentos psicotrópicos sólidos orais o mais prescrito foi o biperideno,
estando em cerca de 14,3% das prescrições analisadas.
O biperideno tem como sua principal indicação clínica o tratamento da síndrome
parkinsoniana, isso porque a sua ação ocorre através do bloqueio da transmissão
colinérgica central da acetilcolina, que em resposta, diminui os níveis de acetilcolina,
restaurando o equilíbrio entre a acetilcolina e a dopamina. O balanço desses dois
neurotransmissores contribui para a redução do agravamento da doença de Parkinson,
assim como também contribuem para a diminuição dos efeitos extrapiramidais induzidos
por medicamentos antipsicóticos típicos (26).
Gráfico 1 – Distribuição de frequência de prescrição de psicotrópicos sólidos orais Fonte:
Dados primários (2020)
Muitos estudos analisam a real eficácia dessa relação, visto que, os efeitos extrapiramidais
não acometem todos os pacientes que fazem uso de medicamentos antipsicóticos.
Contudo, a maioria dos autores aconselham o uso desse anticolinérgico no início do
tratamento, considerando que a melhora na adesão dos pacientes e a redução dos efeitos
extrapiramidais induzidos por antipsicóticos superam os riscos dos efeitos colaterais do
anticolinérgico (26). Um estudo realizado em um centro de atenção psicossocial (CAPS)
que atende pacientes psiquiátricos, mostrou que 68,7% dos seus pacientes que fizeram
uso do biperideno em associação a medicamentos antipsicóticos, apresentam eficácia
comprovada em relação a melhora dos efeitos extrapiramidais (26).
A prescrição de diazepam corresponde a 11,7% dos medicamentos psicotrópicos sólidos
orais prescritos, ele pertence à classe dos medicamentos benzodiazepínicos. Os
benzodiazepínicos apresentam uma série de ações e são indicados para o tratamento da
ansiedade severa, insônia, epilepsia, espasmos musculares, síndrome de abstinência
alcoólica e como adjuvante no tratamento da esquizofrenia e de outros transtornos
mentais (27).
Os benzodiazepínicos são considerados o maior grupo de medicamentos sedativos e os
mais consumidos mundialmente. Provavelmente, sua elevada eficácia terapêutica e os
baixos riscos de intoxicação fizeram com que os médicos aderissem sua indicação (28).
Por fim, a imipramina esteve entre os medicamentos psicotrópicos sólido orais menos
prescrito, presente em apenas 2,6%. A imipramina faz parte dos antidepressivos
tricíclicos, que foi a primeira classe de medicamentos desenvolvidos para tratar a
depressão Devido aos seus efeitos colaterais graves, os antidepressivos tricíclicos vêm
deixando de ser usados como fármacos de primeira escolha para o tratamento da
depressão. Atualmente, tem sido utilizado para casos de dor neuropática, enxaqueca,
transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (4).
Gráfico 2 – Distribuição de frequência de prescrição de psicotrópicos líquidos orais e
injetável.
Fonte: Dados primários (2020)
Já o gráfico 2, mostra os medicamentos psicotrópicos líquidos e injetáveis encontrados
nas prescrições dos pacientes internados. O haloperidol foi o medicamento psicotrópico
líquido mais prescrito, estando em aproximadamente 83,9% das prescrições o haloperidol
em gotas e 1,5% o haloperidol injetável. A clorpromazina gotas estava presente em
aproximadamente 14,6% das prescrições.
Portanto, a maior parte dos medicamentos psicotrópicos líquidos prescritos são em gotas,
provavelmente isso ocorre porque segundo as diretrizes propostas pelo National Institute
for Mental Health and Clinical Excellence (NICE) a intervenção farmacológica via
parenteral deve ser a última opção, isso para manter sempre o objetivo de induzir a
tranquilização dos pacientes, evitando a indução à sedação ou sono profundo (29).
O gráfico 3 mostra a quantidade de medicamentos gerais utilizados, ou seja,
medicamentos que não são psicotrópicos.
Entre os medicamentos gerais, o complexo B foi o medicamento mais prescrito, estando
em cerca de 38,5% das prescrições. Há vários estudos que investigam a relação entre as
diversas vitaminas do complexo B e a melhora da qualidade de vida e saúde mental. Há
relatos na literatura que indicam que os baixos níveis de Cobalamina (Vitamina B12),
estão relacionados com quadros de sintomas depressivos e com a suplementação dessa
vitamina é possível a reversão da sintomatologia (30).
Gráfico 3 – Distribuição de frequência de prescrição de medicamentos gerais
Fonte: Dados primários (2020)
Alguns estudos mostram, ainda, que baixos índices de Piridoxina (Vitamina B6) pode ser
um fator de risco ao desenvolvimento de vários transtornos mentais e condições
relacionadas, como: autismo, Alzheimer, transtorno de ansiedade e depressão. Além disso,
há relatos que sugerem há redução de sintomas psicóticos após a suplementação com a
Vitamina B6 (31).
O segundo medicamento mais prescrito entre os medicamentos gerais foi a prometazina
estando em cerca de 30,8% das prescrições. A prometazina é um anti-histamínico de
primeira geração, que apresenta efeitos sedativos e hipnóticos. Isoladamente ela é muito
utilizada na prática clínica psiquiátrica em associação a outros medicamentos, geralmente
a antipsicóticos para o manejo da agitação psicomotora de pacientes psiquiátricos
agitados ou assim como os anticolinérgicos para o tratamento dos sintomas
extrapiramidais, causados pelos antipsicóticos típicos (32, 33).
A losartana potássica esteve presente em 15,4% das prescrições. Estudos apontam que
pacientes com hipertensão arterial sistêmica apresentam uma maior frequência de
distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão e que a melhora da qualidade de vida
e o controle dos transtornos mentais auxiliam em uma melhor adesão ao tratamento anti-
hipertensivo (34, 35).
A nicotina foi um dos medicamentos encontrados nas prescrições dos medicamentos
gerais, estando em cerca de 7,7% das prescrições. Muitos estudos têm debatido sobre a
restrição do uso de cigarros durante a internação psiquiátrica e os prejuízos na qualidade
de vida desses pacientes. Pesquisas apontam que a restrição do uso de cigarros sem
acompanhamento e sem a reposição da nicotina durante as internações psiquiátricas é
entendida como punição pelos portadores de transtorno mental o que acaba afetando a
terapêutica e diminuindo o tempo de internação desses indivíduos, além disso, podem
causar uma maior probabilidade de sintomas de abstinência (tensão, irritabilidade,
dificuldade de concentração) (36).
O pantoprazol foi encontrado em cerca de 7,7% das prescrições. Ele pertence à classe de
medicamentos inibidores da bomba de prótons (IBP) apresentando ação de proteção
gástrica. Na prática clínica, muitos pacientes que fazem uso de polifarmácia, como os
idosos e pacientes psiquiátricos são prescritos os IBP como forma de prevenção às lesões
gastrointestinais (37).
O quadro 1 mostra as potenciais interações medicamentosas encontradas nas prescrições.
Vale ressaltar que, na plataforma consultada não foram encontrados os dados das
possíveis interações medicamentosas do medicamento psicotrópico levomepromazina e
do complexo B.
Quadro 1- Interações medicamentosas entre os medicamentos prescritos no hospital
psiquiátrico estudado.
MEDICAMENTOS GRAVIDADE
RESULTADO DAS
INTERAÇÕES
Biperideno+Potássio Contraindicado Risco de lesões gastrointestinais
Carbamazepina+Clorpromazina Maior
Resulta na formação de precipitado
(na forma injetável)
Carbamazepina+Fenobarbital Moderado
Diminuição da exposição à
carbamazepina
Carbamazepina+Haloperidol Moderado
Aumento da concentração de
haloperidol
Carbamazepina+Olanzapina Maior
Eficácia reduzida da olanzapina e
aumento da exposição à
carbamazepina
Carbamazepina+Quetiapina Maior Menor eficácia da quetiapina
Clorpromazina+Haloperidol Maior
Riscos de cardiotoxicidade e
aumento do prolongamento QT
Clorpromazina+Prometazina Maior
Maior risco de cardiotoxicidade e
aumento do prolongamento QT
Clorpromazina+Quetiapina Maior
Risco de prolongamento no
intervalo QT
Clorpromazina+Risperidona Maior
Maior risco de cardiotoxicidade e
aumento do prolongamento QT
Clozapina+Haloperidol Maior
Aumento do risco de
prolongamento no intervalo QT
Diazepam+Olanzapina Maior
Efeitos sedativos e depressão
cardiorespiratória
Clorpromazina+Fenobarbital Moderado
Diminuição da eficácia da
clorpromazina
Haloperidol+Imipramina Maior
Aumento dos riscos de
cardiotoxicidade
Haloperidol+Olanzapina Moderado Risco aumentado de parkinsonismo
Haloperidol+Prometazina Maior
Aumento do risco de
prolongamento do intervalo QT
Olanzapina+Quetiapina Maior
Maior risco de cardiotoxicidade e
aumento do prolongamento QT
Prometazina+Quetiapina Maior
Aumento dos riscos de
prolongamento no intervalo QT
Quetiapina+Risperidona Maior
Risco de prolongamento no
intervalo QT
Fonte: Dados primários (2020)
Foram contabilizadas o total de 25 interações medicamentosas, com uma média de
aproximadamente 1,78% de interações por ficha de prescrição. Dentre elas foram
encontradas 19 diferentes interações medicamentosas, que estão representadas no quadro
1. Cerca de 73,68% das interações foram consideradas de maior gravidade, 21,05% de
gravidade moderada e 5,26% das interações os medicamentos tinham uso concomitante
contraindicado.
Entre as prescrições que apresentaram interações de gravidade maior, aproximadamente
71,42% tem como resultado efeitos de cardiotoxicidade e/ou prolongamento do intervalo
QT, estando relacionadas com os medicamentos antipsicóticos. Em um estudo foram
comparados os efeitos cardíacos entre o haloperidol, olanzapina, quetiapina, risperidona,
tioridazina e ziprasidona. Os resultados mostraram que a tioridazina teve o
prolongamento mais longo do intervalo QT, seguida por ziprasidona, quetiapina,
risperidona, olanzapina e haloperidol. Contudo, nem todos os medicamentos com
intervalo QT mais longo apresentam maiores riscos de torsades de pointes (38). Por
exemplo, a risperidona tem um intervalo QT mais alto em comparação ao haloperidol
mas sabe-se que o haloperidol pode causar Torsades de Point e morte súbita mais que a
risperidona (38).
Cerca de 26,31% das potenciais interações medicamentosas detectadas foram interações
do tipo farmacocinética, estando a carbamazepina envolvida em 80% delas. Por ser um
potente indutor das enzimas hepáticas, a carbamazepina reduz a concentração plasmática
de vários fármacos, diminuindo seu efeito, como também pode ocorrer o contrário e
outros medicamentos podem inibir o metabolismo da carbamazepina podendo elevar o
risco de toxicidade ou afetar a eficácia do tratamento farmacoterapêutico (39).
Apenas 5,26% das interações os medicamentos tinham uso concomitante contraindicado.
Essa ação foi encontrada entre o potássio e o biperideno (22), embora não foi encontrado
o potássio de forma isolada entre os medicamentos, a composição farmacêutica da
losartana contém o potássio gerando assim um potencial risco de lesões gastrointestinais
graves com o uso concomitante desses medicamentos.
4 CONCLUSÃO
O presente estudo identificou uma alta prevalência de potenciais interações
medicamentosas, sendo a maior parte delas interações de maior gravidade. Também foi
encontrada uma alta prevalência da prescrição de medicamentos antipsicóticos e a maior
parte deles estiveram envolvidos nas interações medicamentosas.
Além de apresentarem um risco a saúde e qualidade de vida dos pacientes essas interações
medicamentosas prejudiciais podem aumentar os custos do tratamento, aumentar a
quantidade de medicamentos a serem utilizados, para tratar os danos das interações e
aumentar o tempo de internação, gerando, assim, uma maior necessidade de exames e
testes laboratoriais para monitorar os resultados dessas interações.
Apesar disso, sabe-se que algumas dessas interações medicamentosas e associações são
realmente necessárias para o tratamento de alguns pacientes e com isso, é importante que
haja um acompanhamento sistemático com monitoramento e controle dos efeitos gerados
por essas interações.
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ANEXO 1:
Este artigo foi enquadrado segundo as regras da revista INFARMA- Ciências
Farmacêuticas. ISSN - 2318-9312 (Versão eletrônica); ISSN - 0104-0219 (Versão
impressa), conforme anexado abaixo: