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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE
RISCO DA PRODUÇÃO DE CULTURAS FRUTÍFERAS NO
MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN
Lucca Henrique Benigno Martins Alves
Macaíba / RN
Novembro de 2019
Lucca Henrique Benigno Martins Alves
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE
RISCO DA PRODUÇÃO DE CULTURAS FRUTÍFERAS NO
MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN
Monografia de Graduação em Engenharia
Agronômica apresentada a Unidade Acadêmica
em Ciências Agrárias da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como requisito para a
obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo.
Orientador: Profº. Drº. Sérgio Marques Júnior
Macaíba / RN
Novembro de 2019
Dedico esta monografia ao meu pai, Paulo Henrique Martins Alves, e a minha mãe, Luzenir Benigno Nunes Alves. Vocês são minha base e fonte de inspiração.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço à Deus pela oportunidade de vida, bênçãos,
além de todo o discernimento e fortaleza durante o período de graduação.
Aos meus pais, Paulo Henrique Martins Alves e Luzenir Benigno Nunes
Alves, por acreditarem em mim, darem todo o suporte e apoio ao longo da
graduação e para que eu realizasse este trabalho.
À minha namorada, Nathalya Beatriz Silva de Souza, pelo apoio e
confiança durante a realização deste trabalho.
Ao meu irmão, Luan Henrique B. Martins Alves, por sempre me ajudar.
Aos colegas de turma, ingressantes em 2014.1 ou não, que sempre
considerei como a melhor turma do curso de Engenharia Agronômica, por ser
bastante integrada, dedicada e, principalmente, unida.
Aos professores que passaram por minha vida durante a graduação,
possibilitando o acúmulo de conhecimentos que contribuíram para a minha
formação e realização do trabalho de conclusão de curso.
Ao Prof. Dr. Sérgio Marques Junior, meu orientador e amigo, por me
guiar na carreira acadêmica no curso, pela oportunidade, confiança e por todos
os ensinamentos, que servirão para toda vida e cujas dicas e orientações foram
imprescindíveis para o andamento de minha graduação e conclusão deste
trabalho.
Por fim, a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente ao
longo da minha graduação e na construção deste trabalho.
RESUMO
ALVES, Lucca Henrique Benigno Martins. Análise de Viabilidade Econômico-
Financeira e de Risco da Produção de Culturas Frutíferas no Município de
Macaíba/RN. 2019. 119 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Engenharia Agronômica) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Campus Macaíba, 2019.
O objetivo geral deste trabalho foi avaliar, do ponto de vista econômico-
financeiro, a viabilidade da produção de Acerola (Malpighia emarginata),
Goiaba (Psidium guajava) e Manga (Mangifera indica) em um hectare no
município de Macaíba/RN. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo e
exploratório, visando identificar os principais indicadores de viabilidade
financeira de projetos, que sejam o Valor Presente Líquido, Taxa Interna de
Retorno e Payback, além da análise de sensibilidade diante de cenários
associados às estimativas pessimista, provável e otimista do fluxo de caixa. As
análises dos dados econômico-financeiros foram realizadas seguindo os
mecanismos oriundos da matemática financeira e, para a análise de
sensibilidade e de cenários, foram utilizados os princípios da gestão de projetos
e economia rural. Resultados apontam as condições de viabilidade econômica
financeira das três culturas em estudo. O VPL retornou um valor positivo de R$
8.172,80, R$ 131.220,44 e R$ 55.776,05, para as culturas da Acerola, Goiaba
e Manga, respectivamente. A cultura da Goiaba e da Manga apresentaram TIR
(33,89% e 13,35%, respectivamente) superior a TMA (12%), o que sugere que
o investimento deve ser aceito. O Payback, para essas duas culturas foi entre
4-5 e 7-8 anos, respectivamente. A cultura da Acerola apresentou TIR (3,44%)
abaixo da TMA (12%) e Payback entre 13-14 anos.
Palavras-chave: Viabilidade Econômico-Financeira. Projeto. Fruticultura
Irrigada.
ABSTRACT
ALVES, Lucca Henrique Benigno Martins. ECONOMIC-FINANCIAL
FEASIBILITY ANALYSIS AND RISK OF FRUIT CROP PRODUCTION IN
MACAÍBA / RN. 2019. 118 f. Course Conclusion Paper (Bachelor of
Agricultural Engineering) - Federal University of Rio Grande do Norte. Macaíba
Campus, 2019.
The aim of this work was to evaluate, from the economic and financial point of
view, the production viability of Acerola (Malpighia emarginata), Guava (Psidium
guajava) and Manga (Mangifera indica) in 1 hectare in the municipality of
Macaíba / RN. To this end, a descriptive and exploratory study was carried out
to identify the main financial viability indicators of projects, such as Net Present
Value, Internal Rate of Return and Payback, as well as the sensitivity analysis
against scenarios associated with the pessimistic, probable and optimistic
estimates of the cash flow. The analysis of economic and financial data was
performed following the mechanisms derived from financial mathematics and,
for the sensitivity and scenario analysis, the principles of project management
and rural economy were used. Results indicate the conditions of financial
economic viability of the three cultures under study. The NPV returned a
positive value of R$ 8,172.80, R$ 131,220.44 and R$ 55,776.05, for Acerola,
Guava and Mango crops, respectively. Guava and Mango crops presented an
IRR (33.89% and 13.35%, respectively) higher than TMA (12%), suggesting
that the investment should be accepted. The payback for these two cultures
was between 4-5 and 7-8 years respectively. Acerola's crop showed IRR
(3.44%) below TMA (12%) and Payback between 13-14 years.
Keywords: Economic and Financial Viability. Project. Irrigated fruit growing.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Estrutura analítica do trabalho...........................................................19
Figura 2. Exportações de frutas no RN de Janeiro a Setembro de 2019.........21
Figura 3. Aceroleira (Malphigia emarginata D. C) com fruto.............................25
Figura 4. Acerola da espécie Malphigia emarginata D. C.................................26
Figura 5. Goiabeira (Psidium guajava L. cv. Paluma) com fruto.......................32
Figura 6. Goiaba da espécie Psidium guajava L. cv. Paluma...........................34
Figura 7. Mangueira (Mangifera indica L. cv. tommy atkins.) com fruto...........40
Figura 8. Manga da espécie Mangifera indica L. cv. tommy atkins..................42
Figura 9. Exemplo de Fluxo de Caixa...............................................................47
Figura 10. O conceito do valor presente líquido. .............................................50
Figura 11. O conceito da Taxa Interna de Retorno...........................................52
Figura 12. Localização do município de Macaíba no RN (em vermelho).........58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Produção Nacional e Municipal de Goiaba em 2017........................33
Tabela 2. Produção Nacional e Municipal de Manga em 2017.........................41
Tabela 3. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola..................................64
Tabela 4. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba..................................71
Tabela 5. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga...................................77
Tabela 6. Comparativo do VPL, TIR e Payback das três culturas....................81
Tabela 7. Análise de sensibilidade quanto ao VPL das três culturas
frutíferas.............................................................................................................84
Tabela 8. Análise de sensibilidade quanto à TIR das três culturas frutíferas.
...........................................................................................................................85
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola ao VPL..................67
Gráfico 2. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola à TIR.....................68
Gráfico 3. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba ao VPL...................73
Gráfico 4. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba à TIR......................74
Gráfico 5. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga ao VPL....................79
Gráfico 6. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga à TIR......................80
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Descrição dos métodos de análise econômico-financeira e de
risco...................................................................................................................50
Quadro 2. Elementos de custo para a produção de Acerola............................62
Quadro 3. Cenários construídos para os fatores de risco, ou seja, receitas e
custos. ...............................................................................................................66
Quadro 4. Elementos de custo para a produção de Goiaba.............................69
Quadro 5. Elementos de custo para a produção de Manga.............................75
ANEXOS
Anexo 1. Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Acerola
c/irrigação localizada, em Macaíba/RN......................................................... 96
Anexo 2. Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Goiaba c/irrigação
localizada, em Macaíba/RN........................................................................... 100
Anexo 3. Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Manga c/irrigação
localizada, em Macaíba/RN........................................................................... 104
Anexo 4. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 1.........108
Anexo 5. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 2..........109
Anexo 6. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 4..........110
Anexo 7. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 5 .........111
Anexo 8. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 1...........112
Anexo 9. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 2...........113
Anexo 10. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 4.........114
Anexo 11. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 5........115
Anexo 12. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 1..........116
Anexo 13. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 2. ........117
Anexo 14. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 4..........118
Anexo 15. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 5..........119
LISTA DE SIGLAS
COEX - Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte
FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
BNB - Banco do Nordeste do Brasil
BB - Banco do Brasil
EUA - Estados Unidos da América
H - Hora
KG - Quilograma
G - Grama
L - Litro
M - Metro
CM - Centímetro
TIR - Taxa interna de retorno
TMA - Taxa mínima de atratividade
VPL - Valor presente líquido
TON - Tonelada
UNID - Unidade
US$ - Dólares
Ha - Hectare
SEPLAN - Secretária de Planejamento
PIF - Programa integrado de frutas
APEX - Agência de Promoção de Exportações brasileira
IBRAF - Instituto Brasileiro de Frutas
NPK - Nitrogênio, Fósforo e Potássio
CV - Cavalos
cv. - Cultivar
FC - Fluxo de Caixa
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
Km² - Quilometro quadrado
RL - Receita Líquida
RLA - Receita Líquida Ajustada
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................15 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA......................15 1.2 OBJETIVOS.................................................................................................16 1.2.1 Objetivo geral............................................................................................16 1.2.2 Objetivos específicos................................................................................16 1.3 JUSTIFICATIVA...........................................................................................17 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO....................................................................17 2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................18 2.1 Fruticultura e Desempenho Econômico.......................................................20 2.2 Culturas........................................................................................................24 2.2.1 A cultura da Acerola..................................................................................24 2.2.2 A cultura da Goiaba..................................................................................31 2.2.2 A cultura da Manga...................................................................................39 2.3 Análise de Viabilidade Econômico-Financeira.............................................46 2.3.1 Fluxo de caixa em projetos de investimentos...........................................46 2.3.1.1 Critérios para tomada de decisão..........................................................47 2.3.1.2 Elementos do fluxo de caixa..................................................................48 2.3.2 Métodos utilizados para análise...............................................................49 2.3.2.1 Valor Presente Líquido (VPL)................................................................50 2.3.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)...............................................................52 2.3.2.3 Método do Payback...............................................................................53 2.3.3 Métodos utilizados para análise de risco..................................................54 3. METODOLOGIA............................................................................................56 3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA........................................................................56 3.2 ÁREA DE ESTUDO.....................................................................................57 3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS............................................59 3.3.1 Estimativa dos elementos de custo..........................................................59 3.3.2 Estimativa dos elementos de receita........................................................59 3.4 PROCEDIMENTO DE ANÁLISES..............................................................60 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................60 4.1 Análise de viabilidade econômico-financeira da Acerola............................61 4.2 Análise de viabilidade econômico-financeira da Goiaba.............................68 4.3 Análise de viabilidade econômico-financeira da Manga.............................74 4.4 Análise Comparativa entre as culturas.......................................................81 4.5 Análise de sensibilidade das culturas.........................................................82 5 CONCLUSÃO................................................................................................87 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................87 6.1 Limitações do Trabalho...............................................................................88 6.2 Sugestões de trabalhos futuros...................................................................89 7. REFERÊNCIAS.............................................................................................90 Anexos..............................................................................................................96
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização e Formulação do Problema
O Estado do Rio Grande do Norte apresenta condições ideais para o
desenvolvimento da fruticultura irrigada, envolvendo localização geográfica,
água, energia elétrica e sol praticamente o ano inteiro. O estado já é o segundo
maior produtor de frutas do país, ficando atrás apenas da Bahia, segundo
informações do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte
(Coex), chegando a produzir mais de 937 mil toneladas de frutas todo
ano (Coex, 2018).
No primeiro bimestre de 2019, o setor da economia que apresentou
maior peso na balança comercial do Rio Grande do Norte foi o da fruticultura,
que sozinha respondeu por US$ 57,3 milhões de um total de US$ 92,4 milhões
de produtos exportados, representando cerca de aproximadamente 62% do
total. Isso fez com que a balança comercial do estado começasse o ano com
um superávit de US$ 69,2 milhões em relação ao mesmo período de 2018
(Sebrae, 2019).
No Brasil, a introdução da Aceroleira ocorreu na década de 50, mas
somente nos anos 80, é que se difundiu o plantio (NONINO, 1997). A área
cultivada no Brasil é estimada em cerca de 10.000 ha. A cultura da acerola
(Malpighia emarginata D. C.) vem se constituindo numa boa perspectiva para
fruticultura do Rio Grande do Norte, o estado contribui com 8,13% da produção
nacional (IBGE, 2016).
A Goiaba (Psidium guajava) é explorada em escala comercial em quase
todas as regiões do país. É amplamente cultivada em áreas irrigadas do
Nordeste com uma produção de cerca de 40% do total, situando-se entre uma
das fruteiras de maior valor econômico para região (Freitas & Alves, 2008;
Choudhury et al., 2002).
Estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(Cepea/USP) mostram que a Manga (Mangifera indica) é a segunda fruta mais
exportada no país em termos de volume, e a primeira em termos de receita.
Entre as frutas exportadas pelo Brasil, a manga foi tricampeã na geração de
receita. No estado do RN, 44.253 toneladas foram produzidas (IBGE, 2017).
16
Apesar de todo este potencial para o Estado, ainda há pouca informação
sobre o desempenho econômico dessas culturas, principalmente no que se
refere à viabilidade de implantação de projetos de investimento. Existem
diversas técnicas que podem ser utilizadas para a determinação da viabilidade
dos projetos, principalmente quando o objetivo é determinar a viabilidade
econômico-financeira, um método de avaliação de investimentos baseado no
fluxo de caixa projetado do projeto.
Neste contexto de importância da fruticultura para o estado e
crescimento da produção, surge a seguinte questão de pesquisa: Qual a
viabilidade econômico-financeira, além do seu risco, da produção destas três
culturas frutíferas no município de Macaíba/RN?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
O objetivo geral deste trabalho é avaliar, do ponto de vista econômico-
financeiro, a viabilidade da produção de Acerola (Malpighia emarginata),
Goiaba (Psidium guajava) e Manga (Mangifera indica) no município de
Macaíba/RN.
1.2.2 Objetivos específicos
No sentido de detalhar o objetivo geral deste trabalho, tem-se como
objetivos específicos:
Analisar os indicadores da viabilidade econômico-financeira, com o
objetivo de atestar se o projeto é viável economicamente;
Fornecer, por meio das análises de sensibilidade, maiores informações
para tomada de decisão por parte dos produtores rurais do município de
Macaíba/RN.
17
1.3 JUSTIFICATIVA
Contemporaneamente, cada vez mais se vê uma expansão de áreas
produtivas com fruticultura irrigada no estado do Rio Grande do Norte e devido
às condições edafoclimáticas favoráveis, o município de Macaíba possui uma
grande potencialidade para a produção de frutas, assim havendo uma
perspectiva de novas áreas de produção no município.
A geração de lucro é o principal elemento que justifica a existência de
uma organização ou da realização de um projeto de investimento. Para os
investidores, porém, não basta que o projeto tenha um resultado positivo. Para
um projeto de investimento ser atrativo, é preciso que a quantidade de lucro
gerado, o retorno do projeto, seja melhor do que aquele que a empresa poderia
obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado financeiro.
Portanto, a essência da avaliação econômico-financeira é medir o retorno do
projeto de maneira comparável com outros investimentos (ROZENFELD et al.,
2006). Segundo Bischoff (2013), um projeto pode ser um conjunto de
informações reunidas e processadas a fim de que simulem uma alternativa de
investimento para testar se será viável para a empresa.
Para isso, propõe-se um estudo de caráter descritivo e exploratório.
Descritivo, pois visa descrever os métodos e os procedimentos que envolvem a
exploração de culturas frutíferas no município de Macaíba/RN. Considera-se
como exploratória, visto que não foi constatada a existência de estudos
anteriores que abordassem a exploração dessas culturas no mesmo município.
Ao final deste trabalho, espera-se um maior conhecimento do processo
produtivo a cerca das presentes culturas agrícolas, fornecendo um maior
embasamento para futuros investidores, havendo assim possibilidade de
crescimento e expansão dessa atividade econômica, que ocorre em algumas
regiões do território potiguar, com isso produzindo grande impacto sobre o
desenvolvimento regional e local.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
A partir dessa introdução e contextualização a cerca do tema abordado,
o presente trabalho tem sequência no tópico dois com um Referencial teórico a
18
cerca da fruticultura e o seu desempenho no estado, além de uma revisão
sobre as culturas frutíferas embasando o estudo proposto e um tópico a cerca
da análise de viabilidade econômico-financeira, a fim de compreender alguns
conceitos fundamentais para o pleno entendimento do trabalho, como Valor
Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Payback.
No tópico seguinte são tratados aspectos referentes à metodologia, em
busca de relatar e explicar como foi conduzida a pesquisa, demonstrando como
foram alcançados os objetivos gerais e específicos propostos e permitirá a
análise dos resultados pretendidos. Em seguida são mostrados os resultados
alcançados com o estudo, trazendo discussões pertinentes a cada variável
envolvida na pesquisa, além de um tópico tratando das limitações do trabalho e
outro tópico em que serão propostos temas de trabalhos futuros para serem
realizados utilizando este como fonte de dados.
E, por fim, a lista de referências bibliográficas utilizadas no estudo, em
que fundamentam o presente documento. A estrutura do trabalho pode ser
visualizada através da figura 1.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico tem por objetivo apresentar os estudos sobre o
tema, ou especificamente sobre o problema, já realizados por outros autores.
Faz-se uma revisão da literatura existente, que implica a seleção, leitura e
análise de textos relevantes ao tema de estudo, seguida de relatos por escrito.
(ZAMBERLAN, 2014).
O referencial teórico segundo com Vergara (2004) apresentam as
seguintes funções:
Permite que o autor tenha maior clareza na formulação do problema de
pesquisa;
Facilita a formulação de hipóteses e de suposições;
Sinaliza para o método mais adequado à solução de problemas;
Permite identificar qual o procedimento mais pertinente para a coleta e o
tratamento de dados, bem como o conteúdo do procedimento escolhido;
É de acordo com o referencial teórico que, durante o desenvolvimento
do projeto, são interpretados os dados que foram coletados e tratados.
19
Figura 1. Estrutura analítica do trabalho.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2019
20
2.1 Fruticultura e Desempenho Econômico
A fruticultura está presente em todos os estados brasileiros e, como
atividade econômica, envolve mais de seis milhões de empregos diretos, ou
27% do total gerado pela produção agrícola nacional, ocupando apenas 2,4
milhões de hectares. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas
segundo a FAO (2018), atrás apenas da China e da Índia, com colheita em
torno de 45 milhões de toneladas ao ano (ANUÁRIO BRASILEIRO DE
FRUTICULTURA, 2018).
Apresenta-se como uma atividade mais atrativa economicamente,
comparada a outra atividade como a produção de grãos. Em 2017, segundo o
IBGE, o valor da produção da produção frutífera no Brasil foi de R$38.921.429,
fato esse condicionado a diversidade climática e de novas tecnologias
possibilitando a produção durante todo o ano (ANUÁRIO BRASILEIRO DE
FRUTICULTURA, 2018)
Segundo o IBGE, a área plantada com culturas frutíferas no Brasil em
2017 foi de 2.627.808 ha, enquanto a área colhida foi de 2.591.240 ha. A área
plantada com plantas frutíferas no Brasil está distribuída em 1.397.52 ha com
frutas tropicais, 978.552 ha com frutas subtropicais e 251.732 ha com espécies
de clima temperado (IBGE, 2017). No Brasil, a região Nordeste é responsável
pela maior parte da produção das principais frutas tropicais desde o início do
século. (FACHINELLO et al. 2011).
A grande variedade de espécies plantadas pela fruticultura brasileira
permite ofertar frutas frescas durante o ano todo. Quanto aos polos
emergentes, são mencionados principalmente o Rio Grande do Norte, o Ceará,
e o Vale do São Francisco, todos inclusos no Nordeste Brasileiro. As razões
para crescimento nesses pontos estão relacionadas às condições de clima e
relevo, uso de tecnologias, valor da terra, incentivos e a própria expansão da
demanda (ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2018).
Segundo o BNB (2018), a região nordeste responde por 27% da
produção nacional de frutas, destacando-se em diversos cultivos como coco,
goiaba, mamão, manga, acerola, maracujá, abacaxi e melão. Segundo
Cardoso; Souza (2010) a região nordeste é a primeira produtora de caju
(96,5%), melão (93,1%), coco-da-baía (79,1%), cajá (73,4%), acerola (69,6%),
21
graviola (69,1%), mamão (52,4%), manga (49,8%), maracujá (44,1%), melancia
(39,4) e banana (37,4%). Além disso, ocupa o segundo lugar na produção de
abacaxi (30,1%), goiaba (21,1%), limão (11,4%) e laranja (6,1%).
Segundo a Secretária de Planejamento, no período de Janeiro a
Setembro do corrente ano, as exportações de frutas do Rio Grande do Norte
cresceram 61%. O Estado vendeu para o mercado externo cerca de 109,1
milhões de dólares, fazendo com que o estado assumisse a liderança nacional
como principal exportador de frutas do país, conforme mostrado na Figura 2.
(Seplan, 2019)
Figura 2. Exportações de frutas no RN de Janeiro a Setembro de 2019
Fonte: Seplan, 2019
O Anuário Brasileiro da Fruticultutra (2015) informa que o setor de
fruticultura no Brasil se encontra em um momento de expansão, fator esse
atribuído a diversidade de fatores climáticos e ao potencial de modernização
das técnicas utilizadas no plantio e colheita, além do fato da crescente
demanda por alimentação saudável no mundo, o que faz com que o Nordeste e
o RN produzam cada vez mais frutas e atenda cada vez mais mercados
consumidores diferentes.
Segundo o SEBRAE (2018), quando se trata de exportação, dentre os
principais produtos que compuseram a pauta exportadora potiguar em 2016, a
fruticultura está entre os primeiros colocados no ranking entre os 10 maiores
produtos exportados. Apesar das dificuldades enfrentadas em decorrência da
seca, houve crescimento da participação das frutas na pauta exportadora
potiguar. Elas representaram 35,7% dos valores totais exportados, em 2015, e
em 2016 tiveram crescimento de 21,4%%. (SEBRAE, 2018).
22
Os produtos potiguares da fruticultura são competitivos e buscam cada
vez mais a melhoria e a confiança no mercado internacional, pois esse
mercado é bastante exigente e impõe que a produção seja feita da melhor
maneira possível, para que esse produto seja bem aceito principalmente do
continente europeu, já que é o principal destino.
Em virtude dessas grandes exigências por parte do mercado e comércio
internacional, o governo brasileiro criou o PIF, que é o programa integrada de
frutas que tem como objetivo a elevação no padrão de qualidade, em que esse
sistema age no sistema de rastreamento das frutas, dando ao agricultor um
selo de qualidade e certificação da fruta, fazendo com que esse procedimento
agregue cada vez mais valor aos produtos nacionais e tenham confiança no
mercado, muito devido também em relação ao uso dos produtos fitossanitários
de maneira adequada, visando o bem estar do consumidor e do ambiente
(RAULINO & MEIRELES, 2009)
Com o objetivo de proporcionar a promoção da fruta brasileira no
mercado externo, a Agência de Promoção de Exportações brasileira (Apex),
com a colaboração do IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas) criou o Brazilian
Fruit, um programa tem por objetivo de promover a participação das frutas
brasileiras nas principais feiras internacionais (Alves, 2017). O Brazilian Fruit é
uma feira que mostra as suas frutas para o mercado internacional através de
distribuição de folhetos, e incluindo a participação em rodadas de negócios.
A fruticultura tem garantido alguns benefícios tanto para os brasileiros,
na geração de emprego, renda, desenvolvimento e qualidade de vida, como
também para os consumidores estrangeiros, ao se deliciarem com frutas
saborosas e nutritivas (Alves, 2017). O estado do RN gera muitos empregos na
área da agricultura, dando ênfase na área frutícola. Estima-se que só
trabalhando diretamente com a cultura do melão, o RN gerou no ano de 2017 o
equivalente de 16 mil empregos (SEBRAE, 2018).
O estado do Rio Grande do Norte possui cerca de 290 mil hectares
produtivos, em que neles se concentram as principais culturas frutícolas como
abacaxi, banana, coco, goiaba, castanha de caju, melão, mamão, maracujá,
manga e melancia. Os principais destinos dessas frutas são os países da
Holanda, Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal, França, Bélgica, Canadá,
Estados Unidos e México. A fruticultura no estado é tão forte que mais da
23
metade de suas exportações são da fruticultura, cerca de 62% do volume
potiguar são frutas e a exportação dessas frutas no estado chegam a
ultrapassar a marca de 227 mil toneladas no ano de 2017, com volume
comercializado em valores de 178 milhões de dólares (SEBRAE, 2018).
Com relação a evacuação da produção potiguar, o porto de Natal é o
principal acesso para que essas mercadorias sejam exportadas. O estado leva
certa vantagem competitiva, tendo em vista que possui uma logística facilitada,
através de sua localização geográfica próxima aos países europeus, o que
facilita a sua comercialização. O porto fica localizado na capital, em que as
mercadorias que serão exportadas vêm de todos os lugares do estado por
meio das rodovias, veiculados por caminhões com contêineres, devidamente
climatizados. O porto é de suma importância para a exportação da produção
potiguar. (OLIVEIRA, 2018)
A produção frutícola do RN apresenta grandes avanços tecnológicos e
de pesquisa, os produtos que são produzidos através dessa ação
modernizadora vem evoluindo muito, enquanto atividade produtiva tem se
mostrado de uma qualidade muito alta, conquistando mercados internacionais
e se destacando na região. Entretanto, apesar nos investimentos em pesquisa
e tecnologia não mostra o suficiente para o crescimento de forma sustentável e
com maior velocidade, pelo fato desse investimento ser modelo de
investimentos privados, porém, investir na fruticultura potiguar tem sido
bastante atrativo para as empresas privadas, mesmo não tendo incentivos
suficientes para que pudesse expandir cada vez mais o agronegócio.
A acerola, a goiaba e a manga são frutas apreciadas não só por suas
características sensoriais, mas também pela sua qualidade nutricional e
potencial funcional. A acerola é reconhecidamente uma das maiores fontes
naturais de vitamina C até hoje descobertas, além de possuir concentrações
importantes de carotenoides e licopeno (MEZADRI et al., 2008). A goiaba é
fonte de vitaminas A e C, de fibras, pectina e de potássio (MARTÍNEZ et al.,
2012). A manga é umas das principais fontes de vitamina C e provitamina A
entre as frutas.
No Brasil, a goiaba é explorada em escala comercial em quase todas
suas regiões, e amplamente cultivada em áreas irrigadas do semiárido
24
nordestino, situando-se entre uma das fruteiras de maior valor econômico para
região Nordeste brasileira (Cavalcante et al., 2010; Freitas & Alves, 2008).
Em estudo realizado por (VITAL & SAMPAIO, 2007) no Nordeste, a
fruticultura irrigada tem sido beneficiada pela logística de transporte no
escoamento da produção, através de investimentos governamentais e por
tecnologias desenvolvidas ou adquiridas por grandes empresas vinculadas a
exportação de frutas.
Segundo o IBRAF (2013), 53% do total de frutas produzidas no Brasil
são comercializadas em sua forma fresca e 47% é destinado ao setor
agroindustrial para sua transformação em produtos industrializados.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de
Frutas e Derivados, as exportações devem atingir a cifra dos US$ 120 milhões
no estado do Rio Grande do Norte. (Abrafrutas, 2019)
2.2 Culturas
2.2.1 A cultura da Acerola
A acerola (Malphigia emarginata D. C.) é uma planta frutífera originada
das Antilhas, norte da América do Sul e América Central. Também conhecida
como “cereja tropical”, começou a ser cultivada em escala comercial a partir de
1946, através do Instituto de Bioquímica da Universidade de Porto Rico, onde
foram despertados o interesse e os estudos sobre suas potencialidades
econômicas, em que cientistas porto-riquenhos encontraram na porção
comestível da fruta altos teores de vitamina C e, por ser uma planta rústica e
resistente, propagou-se naturalmente e com facilidade por todo mundo (BERY
et al., 2014; ÉDER, 2007).
A aceroleira é uma árvore de dois a quatro metros de altura, com
ramificação compacta ou espalhada, conforme mostrada na Figura 3. Cresce e
produz satisfatoriamente em clima tropical e subtropical com temperaturas
próximas à 26ºC e quando as chuvas variam entre 1200 e 1600 milímetros
anuais bem distribuídos. Adapta-se a diferentes tipos de solo, entretanto, os
solos mais adequados ao seu cultivo são os de fertilidade mediana e os
argiloarenosos. (SEBRAE, 2016; EMBRAPA, 2012).
25
Figura 3. Aceroleira (Malphigia emarginata D. C) com fruto.
Fonte: Embrapa, 2012.
As propriedades nutricionais da acerola dependem da espécie, grau de
maturação e época de colheita. É composta por vitaminas e minerais como
fósforo, ferro, magnésio e cálcio, mas destaca-se por seu alto teor de vitamina
C, o qual chega a alcançar valores centenas de vezes maiores quando
comparado aos teores da laranja e outras frutas. Devido a presença da
vitamina C e das antocianinas, a acerola atua como antioxidante, neutralizando
a ação de radicais livres que contribuem para o desenvolvimento do câncer,
doenças do coração e do envelhecimento precoce. As propriedades da acerola
também previnem o fotoenvelhecimento da pele, auxilia na absorção de ferro
contido nos alimentos de origem vegetal e promove a melhora do sistema
imunológico, atribuindo resistência a infecções (DORAZIO, 2018).
O Brasil é um dos poucos países que cultivam comercialmente a
acerola, que foi, inicialmente, introduzida no estado de Pernambuco, pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em 1955, por meio de
sementes oriundas de Porto Rico, de onde se espalhou para o Nordeste e para
outras regiões do País. Atualmente é cultivada em todos os Estados brasileiros,
com limitações na Região Sul por suas temperaturas extremamente baixas no
inverno (RITZINGER; HELENA, 2011).
Os frutos são drupas compostas pelo epicarpo (casca externa)
constituído por fina película, mesocarpo que inclui a polpa propriamente dita e
endocarpo, que corresponde a três caroços unidos. (ESCOLÁSTICO, 2012). O
mesocarpo ou polpa representa 70 a 80% do peso total do fruto. A acerola
possui tamanhos que variam de 3 a 6 centímetros de diâmetro e massa entre
3g e 16g, e a forma do fruto pode ser redonda, oval ou achatada. Segundo
26
Moreira et al. (2006) apenas as sementes pesam em média de 0,01g a 0,06g.
A superfície do fruto pode ser lisa ou apresentar, entre os carpelos, sulcos
rasos ou profundos (RITZINGER; HELENA, 2011). A coloração externa do fruto
varia do alaranjado ao vermelho intenso quando maduro com polpa carnosa e
suculenta, conforme mostrado na Figura 4, levando 22 dias desde a floração
até a maturação. (EMBRAPA, 2012).
Figura 4. Acerola da espécie Malphigia emarginata D. C.
Fonte: Hortiescolha, 2017.
A acerola é uma das mais importantes fontes naturais de ácido
ascórbico, apresentando uma alta concentração de vitamina C (AMORIM,
2016). No mercado brasileiro, a acerola é comercializada na forma in natura
congelada e como sucos engarrafados e polpa congelada, processados
industrialmente. Porém, no mercado externo há uma maior demanda pela
polpa concentrada industrial e de diferentes produtos como o pó de acerola e
as capsulas de suplementação em vitamina C (IBRAF, 2013; AMORIM, 2016).
A comercialização dessa fruta no formato de polpa congelada permite seu
consumo na entressafra já que a acerola é muito perecível.
O Brasil é considerado o maior produtor, consumidor e exportador
mundial de acerola, possuindo uma produtividade média estimada de 150 mil
toneladas da fruta por ano, sendo aproximadamente 64% desse total produzido
na região Nordeste. Quanto ao destino da produção, cerca de 60%
permanecem no mercado interno e 40% vão para o mercado externo,
especialmente para o Japão, Europa e Estados Unidos (FREITAS et al., 2006).
27
Atualmente, 46% da comercialização de acerola no mercado interno destina-se
à indústria de processamento e 54% ao mercado de consumo da fruta fresca
(EMBRAPA, 2012).
A região nordeste é responsável pela maior parte da produção nacional
de acerola, com destaque para os estados de Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio
Grande do Norte. Para isso, essa região proporciona ótimas condições de solo
e clima para uma produção de frutos de excelente qualidade durante quase
todos 365 dias no ano, inclusive no período no qual o mercado externo está
desabastecido.
Sistema de Produção do Projeto
Dentro dos insumos necessários para a implantação da cultura da
Acerola está a aquisição de mudas, em que as mudas serão necessárias para
formar o estande do pomar. Faz-se importante o acréscimo de 10% o total de
mudas para realizar o replantio, caso necessário, visto que as plantas podem
não se adaptar ao novo local de cultivo.
A cultura da acerola se adapta a diferentes tipos de solos. Entretanto, os
solos mais adequados ao seu cultivo são os de fertilidade mediana. A faixa de
pH considerada como ótima para Aceroleira está entre 5,5 e 6,5, assim faz-se
importante a correção com calcário. (EMBRAPA, 2012)
A fertilização é uma das práticas mais importantes para o aumento da
produtividade. Com isso deve-se realizar a correção de solo com fertilizantes
como a Uréia, o Superfosfato Simples e o Cloreto de Potássio, em que os
níveis de NPK sejam os adequados para a cultura. Além disso, deve-se realizar
a aplicação de fertilizantes que ofereçam quantidades adequadas de
Micronutrientes. Em caso de adubações via solo, recomenda-se utilizar 50
g/cova de F.T.E. BR-12, juntamente com os outros adubos químicos.
(EMBRAPA, 2012)
A adubação orgânica dos pomares de Acerola também deve ser
realizada para elevar a qualidade da produção. Com isso, no sistema produtivo
adotado nesse projeto será utilizado o esterco bovino, aplicado uma vez por
ano. (EMBRAPA, 2012)
28
Ao se produzir a cultura da Acerola é necessário que os produtores
disponham de meios mínimos para controlar quimicamente as pragas que
ocorrem na cultura, mesmo para uso em último caso, visto que os insetos
podem comprometer a produção. Para que isso não aconteça, lança-se mão de
determinadas ferramentas que procuram manter a população de pragas abaixo
do nível de dano. Uma das pragas que atacam a cultura da Acerola são as
formigas. O Sulfuramida é um eficiente Formicida para o controle de formigas
cortadeiras, uma das principais pragas das culturas frutíferas. (EMBRAPA,
2012)
O monitoramento pela inspeção da lavoura pode detectar as épocas de
ocorrência de insetos-praga e avaliar a necessidade ou não de se tomar
medidas de controle. A poda e a destruição de galhos e ramos infectados por
cochonilhas e pulgões em alta infestação são medidas que reduzem as
populações dessas pragas. (EMBRAPA, 2012)
O uso adequado de adubação, a irrigação e o manejo das plantas
daninhas são muito úteis na manutenção do equilíbrio das populações de
inimigos naturais. A coleta e o enterrio de frutos atacados pela mosca-das-
frutas (Ceratis capitata) quebra o ciclo da praga, em caso de alta incidência
deve-se realizar o controle dessa praga através de inseticida registrado, em
que as plantas são pulverizadas. (EMBRAPA, 2012)
O Besouro-amarelo, Vaquinhas e Percevejos são outras pragas que
atacam a cultura da acerola, como medida de controle, devem ser feitas
pulverizações à base de óleo mineral. (EMBRAPA, 2012)
A Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) é a doença mais
difundida nos plantios de acerola no Brasil. O patógeno afeta folhas, hastes,
botões florais e frutos. O controle dessa doença pode ser realizado com o uso
de fungicidas a base de cobre, a exemplo do Oxicloreto de Cobre. A maioria
dos patógenos que infectam a Aceroleira podem ser controlados com esse
fungicida e/ou com a eliminação de ramos, como o causador da Mancha de
Cercosporidium, da Verrugose e da Podridão seca dos ramos. (EMBRAPA,
2012)
A utilização de espalhante adesivo é importante para uma melhor
eficiência de aplicação de produtos fitossanitários e fertilizantes líquidos.
29
As mudas após o plantio são tutoradas e amarradas com fitilho, com o
objetivo de aumentar a sustentação mecânica das plantas, em função da ação
danosa do vento. (EMBRAPA, 2012)
Segundo a Embrapa (2012), para o preparo do solo na implantação de
um pomar de Acerola, recomenda-se a realização de uma aração profunda
seguida de uma gradagem. A aração pode ser realizada com Trator de pneus,
do tipo 4X4, com potencia entre 50 e 70CV acoplado com um implemento
arado. A gradagem pode ser realizada com o mesmo trator utilizado para a
aração, porém utilizando como implemento uma grade intermediária.
Após o preparo do solo, executam-se a marcação e a abertura das
covas de plantio, seguindo as recomendações de espaçamento entre covas e
entre linhas, no caso da Aceroleira o espaçamento adotado será de 4,0 m x 4,0
m. As covas, quando feitas manualmente, devem adotar as dimensões de 40
cm x 40 cm x 40 cm. (EMBRAPA, 2012)
É importante considerar os custos de transporte interno de insumos e
outros materiais, visto que essa atividade é necessária e representa um custo
na operação de plantio. A adubação em fundação é uma atividade manual,
que deve ser realizada baseada na correção dos teores dos nutrientes, o
adubo mineral deverá ser aplicado ao lado da muda plantada, enquanto a
adubação orgânica é realizada com a mistura homogênea do solo oriundo do
coveamento na proporção de 1/3 do volume de terra extraído. (EMBRAPA,
2012)
Para a execução do plantio, a distribuição das mudas é realizada
manualmente, e cobre-se a cova com o volume de terra extraída, em caso de
falha no plantio e/ou na adaptação das mudas deve-se realizar o replantio. O
plantio é realizado preferencialmente, nas horas mais frescas do dia.
(EMBRAPA, 2012)
A poda de condução é um trato cultural importante para a Aceroleira,
após o “pegamento” da muda no local definitivo, são necessárias podas de
formação, conduzindo-a em haste única, até a altura de 50 cm a 60 cm do solo.
Em plantas adultas bem formadas e já em produção, as podas são feitas para
reduzir a altura da copa, que não deve ser superior a 3 m, pois dificulta e onera
a colheita. Cortam-se os galhos muito vigorosos e mal localizados, que
prejudicam tanto a operação de colheita como qualquer outra prática cultural.
30
Para a realização das podas é necessário a aquisição de tesouras de poda.
(EMBRAPA, 2012)
As plantas invasoras interferem no desenvolvimento das Aceroleiras,
sobretudo em pomares recém-instalados, pois competem por água, nutrientes,
espaço e luz. As plantas daninhas presentes na área dificultam o manejo,
especialmente as operações de irrigação, adubação, poda e colheita. Além
disso, as plantas invasoras podem ser hospedeiras de pragas, doenças e
nematoides. A Aceroleira é uma planta rústica, contudo, deve-se manter o
pomar livre da concorrência de plantas daninhas. Em áreas infestadas por
plantas daninhas, pode-se adotar o método mecânico de controle, seja o
manual (capina) ou o mecanizado (uso de equipamentos motorizados).
Recomenda-se fazer o coroamento manual das plantas com enxada. Deve-se
fazer o coroamento em um raio de 1 m ao redor da muda recém-plantada.
Quando a Aceroleira já está formada, deve-se fazer a capina até 1 m além da
projeção da copa. (EMBRAPA, 2012)
A análise de solo e a análise foliar são importantes visando o
desenvolvimento das mudas implantadas e a manutenção do pomar, visto que
analisar a fertilidade do solo onde será realizado o plantio tem o objetivo de
corrigir deficiências da fertilidade do solo, oferecendo nutrientes necessários ao
desenvolvimento das mudas, e a análise de folhas quando associada à análise
de solo, proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes.
Apesar de ser considerada uma planta que tolera a seca, a Aceroleira,
quando irrigada, apresenta aumento significativo da produtividade. A irrigação,
aliada a outras técnicas de manejo, proporciona a colheita de duas safras
anuais, sendo possível, também, ajustar a época da colheita de acordo com os
períodos de maior demanda de mercado. A prática da irrigação consiste no
fornecimento de água às culturas, de maneira adequada e em quantidade
suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, em suas
diferentes fases de desenvolvimento. De modo geral, a cultura da Acerola
adapta-se a diversos sistemas de irrigação, mas a irrigação localizada facilita o
manejo de água. É importante considerar os custos de depreciação do sistema
de irrigação, em que a cada ano a depreciação fica em torno de 5% do valor
dos equipamentos. (EMBRAPA, 2012)
31
Em período de produção plena, a colheita, que é manual, deve ser feita
de duas a três vezes por semana, podendo até ser diária, dependendo da
quantidade de frutos produzida. A realização de colheitas frequentes previne a
queda dos frutos, que ocorre naturalmente quando atingem determinado ponto
de maturação. (EMBRAPA, 2012)
Durante a colheita, o produtor pode utilizar caixas de PVC de tamanho
pequeno (como, por exemplo, caixas para transporte de sacos de leite
pasteurizado), que permitam até 15 cm de altura de frutos. Pelo fato de serem
bastante perecíveis, recomenda-se que os frutos sejam levados ao seu destino
logo após a colheita. (EMBRAPA, 2012)
Segundo dados obtidos pela EMBRAPA (2012), a produtividade média
do cultivo da acerola com irrigação no nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, no
segundo ano, 12 t/ha, no terceiro, 15 t/ha, no quarto ano e ano seguinte, 20 t/h
e com produtividade média de 25 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2012)
A maioria das unidades produtivas possui pelo menos um trabalhador
permanente, e todas as unidades contratam trabalhadores temporários para as
atividades que demandam muita mão de obra, como capina, poda, desbrota e
colheita. Com relação às atividades mecanizadas, todas são executadas pela
locação de máquinas e implementos. O projeto de investimento, por ser uma
atividade de risco, é necessário possuir assistência técnica através de um
Engenheiro Agrônomo para buscar a máxima eficiência produtiva. O Custo de
oportunidade do uso da terra deve ser considerado para fins de custo
operacional total.
2.2.2 A cultura da Goiaba
A goiabeira (Psidium guajava L.) é originária da América Tropical, e
cultivada em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. A goiaba é
uma das frutas de maior importância nas regiões subtropicais e tropicais, não
só devido ao seu elevado valor nutritivo, mas pela excelente aceitação do
consumo in natura, além de ser apreciada por suas características de sabor e
aroma (MAIA; FIGUEIREDO; SANTOS, 2002)
A goiabeira pertencente à família Myrtaceae é uma árvore de pequeno
porte, em pomares adultos conduzidos sem poda, pode atingir de 3 a 8 m de
32
altura. As folhas são opostas, grossas, coriáceas, de coloração verde-amarela,
conforme mostrado na Figura 5 (SAMPAIO, 2011). Seu sistema radicular
apresenta raízes adventícias primárias, concentrando a uma profundidade de
30 cm do solo. A planta de goiabeira propagada via semente apresenta raiz
pivotante, já as mudas propagadas através de estacas têm apenas raízes
secundárias e não atingem grandes profundidades (NETO, et al., 2001).
Suas flores são brancas, hermafroditas, e surgem em botões isolados ou
em grupos de dois ou três botões, sempre na axila das folhas, que brotam em
ramos maduros após a poda ou naturalmente. Seus frutos são bagos que têm
tamanho, forma e coloração de polpa variáveis, conforme a variedade. A
frutificação começa no 2º ou no 3º ano, em pomares propagados via semente.
Quando o pomar é implantado com mudas propagadas vegetativamente, por
estaca ou por enxerto, iniciam a floração de 7 a 8 meses de idade, após
implantação no local definitivo (NETO, et al., 2001)
A goiabeira é uma planta que, de acordo com Freitas (2007), beneficia-
se mais da polinização cruzada, pois esta incrementa sua produção em até
39,5%. A planta é um arbusto de árvore de pequeno porte, que pode atingir de
3 a 6 metros de altura, com casca lisa, delgada que se desprende em lâminas.
O fruto apresenta forma arredondada ou baga globosa, ovoide ou piriforme, de
4 até 12 cm de comprimento.
Figura 5. Goiabeira (Psidium guajava L. cv. Paluma) com fruto.
Fonte Youtube, 2016.
Do ponto de vista nutricional, a goiaba é considerada excelente fonte de
vitaminas, minerais e fibras; carotenoides e compostos fenólicos, muito embora
o consumo da goiaba in natura ainda seja baixo no Brasil (aproximadamente
300g/hab/ano). (TASCA, 2007).
33
Considera-se ainda uma fruta rica em zinco, niacina e vitamina E, e cada
um destes desempenha papel significativo na manutenção da saúde humana.
Além destes, elevados teores de selênio, cobre, fósforo, magnésio, cálcio,
ferro, ácido fólico e vitaminas A, B1, B2 e B6, também quantidades satisfatórias
de compostos fenólicos representados pelos taninos, quercitina, rutina,
miercitina, apigenina, ácido elágico e antocianinas como descreve Thomaz
(2014).
O Brasil é um dos principais produtores mundiais de goiaba. Em 2018,
foram produzidas cerca de 580 mil toneladas. A região Nordeste lidera a
produção com 50,74% deste total. Sendo assim a Goiaba situa-se entre uma
das frutíferas de maior valor econômico para região Nordeste. (IBGE, 2018)
De acordo com o Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produziu em torno de 458 mil toneladas
de goiaba neste mesmo ano. A Tabela 1 apresenta a produção de goiaba em
alguns estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte. Os estados de
São Paulo e Pernambuco são os maiores produtores nacionais, somando
juntos 65,4% de toda a produção do país. O Rio Grande do Norte aparece na
12ª posição com aproximadamente 5.237 toneladas produzidas. (SIDRA/IBGE,
2017)
Tabela 1. Produção Nacional e Municipal de Goiaba em 2017.
Posição Brasil e Unidade da Federação Quantidade produzida (Toneladas)
1º Brasil 458046
2º São Paulo 173926
3º Pernambuco 125640
4º Bahia 42073
5º Ceará 17698
13º Rio Grande do Norte 5237
Fonte: (Adaptado de IBGE, 2018)
No nordeste brasileiro principais variedades de goiabeira cultivadas são
a Paluma, a Pedro Sato e a Rica. A seleção de uma delas e a adoção do
sistema produtivo adequado depende, principalmente, da destinação da
produção ou do mercado que o produto irá atingir. Atualmente, na produção de
frutas para consumo in natura no Nordeste, usa-se a variedade Paluma. Já no
34
processamento industrial, indicam-se as variedades Paluma, Pedro Sato e
Rica. (Embrapa, 2011)
A cultivar Paluma apresenta entre suas características, dupla finalidade,
consumo in natura e industrialização, sendo esse um dos fatores marcantes de
sua exploração. Outro fator relevante é a capacidade para alcançar elevadas
produtividades (Pereira & Nachtigal, 2009)
A cv. Paluma (Figura 6) tem cor de polpa vermelho-intensa, sabor
agradável e pequena quantidade de sementes, além de rendimento de polpa
em torno de 94%. (BARSOSA; LIMA, 2010).
Figura 6. Goiaba da espécie Psidium guajava L. cv. Paluma
Fonte: Sementes Arbo Center, 2018.
A goiaba é uma fruta considerada muito importante dentro do contexto
da fruticultura brasileira, encontrando-se em expansão. Embora a sua produção
no Brasil represente aproximadamente 570 mil toneladas, concentradas nos
meses de fevereiro e março, a comercialização da fruta ocorre o ano todo
(ZANATTA; ZOTARELLI; CLEMENTE, 2017).
O aumento no consumo está associado à grande divulgação das
qualidades nutricionais da fruta. Por se tratar de uma fruta altamente perecível,
o conhecimento de sua fisiologia pós-colheita é fundamental para o emprego
adequado de tecnologias, visando aumentar o período de conservação. Após a
colheita de frutas e hortaliças inicia-se uma série de processos degradativos
que aceleram a senescência, causando perdas de grande parte da produção.
Diversas dessas perdas podem ser atribuídas à ação de enzimas durante a
pós-colheita (ZANATTA; ZOTARELLI; CLEMENTE, 2017).
35
Uma característica importante da goiabeira cultivada com irrigação e
com poda de frutificação no Nordeste é que, além da alta produtividade, produz
o ano inteiro (GONZAGA NETO, 2007).
Sistema de Produção do Projeto
Dentro dos insumos necessários para a implantação e/ou a manutenção
da cultura da Goiaba está a aquisição de mudas, as quais são necessárias
para formar o estande do pomar. Faz-se importante o acréscimo de 10% o total
de mudas para realizar o replantio, caso necessário, visto que as plantas
podem não se adaptar ao novo local de cultivo.
A goiabeira é uma planta pouco exigente em fertilidade do solo, podendo
desenvolver-se em solos com pH de 4,5 a 8,0, com faixa ótima de
desenvolvimento entre 5,0 e 6,5, assim faz-se importante a correção com
calcário. No entanto, para a obtenção e a manutenção de boas produtividades
em pomares comerciais, é necessário manter níveis adequados de fertilidade.
Com isso deve-se realizar a correção de solo com fertilizantes como Uréia,
Superfosfato simples e Cloreto de Potássio, em que os níveis de NPK sejam os
adequados para a cultura. Além disso, deve-se realizar a aplicação de
fertilizantes que ofereçam quantidades adequadas de Micronutrientes. Em
caso de adubações foliares, recomenda-se utilizar o fertilizante Fertamin.
(EMBRAPA, 2010)
Adubação orgânica dos pomares de Goiabeira também deve ser
realizada para elevar a qualidade da produção. Com isso, no sistema produtivo
adotado nesse projeto será utilizado o esterco bovino, aplicado uma vez por
ano. (EMBRAPA, 2010)
Ao se produzir a cultura da goiaba é necessário que os produtores
disponham de meios mínimos para controlar quimicamente as pragas que
ocorrem na cultura, mesmo para uso em última estância. O Sulfuramida é um
eficiente Formicida para o controle de formigas cortadeiras, uma das principais
pragas das culturas frutíferas. A Mosca-das-Frutas (Anastrepha fraterculus) é
a principal praga que ataca a goiabeira, o controle químico utilizando o
inseticida Decis 25 CE (Deltamethrin) é uma boa alternativa para diminuir as
perdas de produção. Segundo a Embrapa, ao se controlar a Mosca-das-Frutas
36
pode-se utilizar também o mesmo produto para o controle do psilídeo-da-
goiabeira (Triozoida sp.). (EMBRAPA, 2010)
Atualmente, segundo a Embrapa (2010), a doença mais severa nas
regiões semiáridas é a meloidoginose da goiabeira, causada pelo Meloidogyne
enterolobii. Para o controle dessa doença recomenda-se a aplicação do
produto comercial NIMITZ EC em uma dosagem de 1000-2000 ml/ha. A
aplicação deve ser na superfície do solo em faixas de 100 cm de largura em
ambos os lados da planta. A época ideal para aplicação de NIMITZ EC é no
início da época chuvosa, quando as plantas estão emitindo raízes novas,
indica-se realizar uma aplicação por safra. (ADAMA, 2014)
A antracnose é uma doença que ataca os frutos da goiabeira, é causado
pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, para o controle dessa grave doença
é indicado a utilização do Cupravit Azul, fungicida a base de Oxicloreto de
cobre. É indicado não realizar aplicação em frutos com tamanho superior a 1,5
cm de diâmetro, além de se fazer no máximo 3 aplicações por ciclo. Outras
doenças que podem atacar a goiabeira são a Seca das Ponteiras (Erwinia
psidii), a Ferrugem (Puccinia psidii) e a Verrugose (Sphaceloma psidii). Para
realizar o controle podem-se utilizar os seguintes produtos: Dithane PM
(Mancozeb) e o Kocide (Hidróxido de cobre). A utilização de espalhante
adesivo é importante para uma melhor eficiência de aplicação de produtos
fitossanitários e fertilizantes líquidos. (EMBRAPA, 2010)
As mudas após o plantio são tutoradas e amarradas com fitilho, com o
objetivo de aumentar a sustentação mecânica das plantas, em função da ação
danosa do vento.
Segundo a Embrapa (2010), para o preparo do solo na implantação de
um pomar de goiabeira, recomenda-se a realização de uma aração profunda
seguida de uma a duas gradagens, cerca de dois meses antes do plantio. A
aração pode ser realizada com Trator de pneus, do tipo 4X4, com potencia
entre 50 e 70CV acoplado com um implemento arado. A gradagem pode ser
realizada com o mesmo trator utilizado para a aração, porém utilizando como
implemento uma grade intermediária. Após o preparo do solo, executam-se a
marcação e a abertura das covas de plantio, seguindo as recomendações de
espaçamento entre covas e entre linhas, no caso da Goiabeira o espaçamento
37
adotado será de 7,0 m x 7,0 m. As covas, quando feitas manualmente, devem
adotar as dimensões de 60 cm x 60 cm x 60 cm. (EMBRAPA, 2010)
É importante considerar os custos de transporte interno de insumos e
outros materiais, visto que essa atividade é necessária e representa um custo
na operação de plantio. A adubação em fundação é uma atividade manual,
que deve ser realizada baseada na correção dos teores dos nutrientes, o
adubo mineral deverá ser aplicado ao lado da muda plantada, enquanto a
adubação orgânica é realizada com a mistura homogênea do solo oriundo do
coveamento na proporção de 1/3 do volume de terra extraído. (EMBRAPA,
2010)
A análise de solo e a análise foliar são importantes visando o
desenvolvimento das mudas implantadas e a manutenção do pomar, visto que
analisar a fertilidade do solo onde será realizado o plantio tem o objetivo de
corrigir deficiências da fertilidade do solo, oferecendo nutrientes necessários ao
desenvolvimento das mudas, e a análise de folhas quando associada à análise
de solo, proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes.
Para a execução do plantio, a distribuição das mudas é realizada
manualmente, e fecha-se a cova com o volume de terra extraída, em caso de
falha no plantio e/ou na adaptação das mudas deve-se realizar o replantio. O
plantio é realizado preferencialmente, nas horas mais frescas do dia.
A poda de condução é um trato cultural importante para a goiabeira,
visto que essa atividade tem como objetivo orientar a planta de modo a se
obterem ramos bem distribuídos, permitindo, assim, uma maior penetração da
luz solar e favorecer a ventilação no interior da copa. Isso garantirá um controle
fitossanitário mais eficiente. Goiabeiras destinadas principalmente à produção
de frutas para consumo in natura devem ser podadas, visando ao
escalonamento da produção. Sabe-se que a goiabeira responde bem à poda
de frutificação, pois, independentemente da época do ano, as flores surgem
somente nas brotações oriundas dos ramos maduros. (EMBRAPA, 2010)
Nos primeiros meses depois do transplantio das mudas, quando as
plantas ainda estão em fase de “pegamento” e as raízes podem ser
danificadas, recomenda-se fazer um coroamento manual ao redor das plantas,
utilizando-se, para isso, de uma enxada. A capina mecanizada pode ser
realizada com trator nas entrelinhas da cultura, impedindo que as plantas
38
invasoras se desenvolvam e produzam sementes (COSTA; COSTA, 2003). A
utilização de herbicidas, também pode ser feita na cultura da goiaba.
(EMBRAPA, 2010)
A goiaba destinada ao consumo in natura deve apresentar uniformidade,
no que diz respeito ao tamanho, à coloração da casca, à firmeza, ao peso, etc.
Por essa razão, é aconselhável realizar o raleio de frutos quando ocorrer
frutificação excessiva. O número de frutos deixados por planta após o raleio
influi diretamente no tamanho e no peso final deles. Outra medida importante,
que também faz parte do raleio, é a eliminação dos frutos danificados
fisicamente ou que apresentem sinais de ataque de pragas e doenças.
Portanto, só devem permanecer na planta os frutos com boa aparência, sem
defeitos, capazes de assegurar o padrão de qualidade requerido pelo mercado
consumidor. (EMBRAPA, 2010)
Apesar de ser considerada uma planta que tolera a seca, a goiabeira,
quando irrigada, apresenta aumento significativo da produtividade. A irrigação,
aliada a outras técnicas de manejo, proporciona a colheita de duas safras
anuais, sendo possível, também, ajustar a época da colheita de acordo com os
períodos de maior demanda de mercado. A prática da irrigação consiste no
fornecimento de água às culturas, de maneira adequada e em quantidade
suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, em suas
diferentes fases de desenvolvimento. De modo geral, a cultura da goiaba
adapta-se a diversos sistemas de irrigação, mas a irrigação localizada facilita o
manejo de água. (EMBRAPA, 2010)
Os procedimentos adotados na colheita variam conforme o mercado de
destino. Para o mercado de fruta fresca, o manuseio durante a colheita deve
ser particularmente cuidadoso, para evitar danos aos frutos. As goiabas devem
ser acondicionadas em caixas de plástico de 20 kg ou em outro recipiente que
assegure proteção e sanidade, devendo ser mantidas à sombra até o momento
do transporte para o galpão de embalagem ou a empacotadora. Cuidados
também devem ser tomados durante o transporte, que deve ser feito em baixa
velocidade e por estradas bem pavimentadas. Os cuidados devem se estender
às operações realizadas no local de embalagem. (EMBRAPA, 2010)
A goiaba é uma fruta de alta perecibilidade, necessitando de um manejo
pós- colheita que possa atrasar os processos de senescência. Para conseguir
39
um alto rendimento nas operações de pós-colheita, o local onde a goiaba será
embalada deverá ser dimensionado conforme o volume de frutas colhido
diariamente, o número de funcionários envolvidos nas diferentes atividades e a
movimentação das frutas antes e depois do processamento. O Transporte
Interno da produção de Goiaba é realizado através de maquinários.
(EMBRAPA, 2010)
Segundo a EMBRAPA (2010), a média histórica de produção irrigada de
goiaba está acima de 120 kg/ planta/ano. A produtividade média da goiabeira
com irrigação no nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, é de 7 t/ha no segundo
ano, 12 t/ha no 3º ano, 20 t/ha no 4º ano e 26 t/ha no 5º ano e com
produtividade média de 30 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)
A maioria das unidades produtivas possui pelo menos um trabalhador
permanente, e todas as unidades contratam trabalhadores temporários para as
atividades que demandam muita mão de obra, como capina, poda, desbrota e
colheita. Com relação às atividades mecanizadas, todas são executadas pela
locação de máquinas e implementos. O projeto de investimento, por ser uma
atividade de risco, é necessário possuir assistência técnica através de um
Engenheiro Agrônomo para buscar a máxima eficiência produtiva. O Custo de
oportunidade do uso da terra deve ser considerado para fins de custo
operacional total.
2.2.3 A cultura da Manga
A mangueira é uma dicotiledônea pertencente à família Anacardiaceae,
gênero Mangifera, espécie Mangifera indica L., originária da Ásia Meridional e
do Arquipélago Indiano, onde é cultivada há mais de 4.000 anos. Sua
introdução no Brasil deveu-se aos portugueses, que no século XVI
transportaram da África as primeiras plantas dessa espécie e implantaram na
cidade do Rio de Janeiro, difundindo-se a partir daí por todo o país (SIMÃO,
1998).
O Brasil é um dos maiores produtores de frutas do mundo, sendo a
mangueira uma das frutíferas mais cultivadas (Anu. Bras. Frut., 2014). Em
2013, a manga foi a segunda fruta in natura mais exportada pelo Brasil e a que
40
gerou a maior receita, cerca de 147,5 milhões de dólares (Anu. Bras. Frut.,
2014).
É na região Nordeste do Brasil onde está a maioria dos pomares
comerciais de mangueira, com destaque para o Vale do São Francisco
(Pernambuco), Vale do Parnaiba (Piauí), Vale do Jaguaribe (Ceará) e o Polo
Açu-Mossoró (Rio Grande do Norte) (IBGE, 2014).
A manga possui grande aceitação no mercado, pois além de ser rica em
vitaminas A, B e C, possui quantidade significativa de sais minerais, como
cálcio, ferro, potássio, cobre e magnésio (BRAZILIAN FRUIT, 2015).
Atualmente é cultivado um grande número de variedades, no entanto, a
“Tommy Atkins” é mais produzida com maior participação no volume
comercializado, tanto no Brasil quanto no mundo, devido principalmente a sua
coloração intensa, produções elevadas e resistência ao transporte a longas
distâncias (EMBRAPA, 2008a), enquanto a “Haden” ocupa o 2º lugar na
produção interna (HARADA et al., 2008). A cultivar tommy Atkins pode ser
visualizada a seguir, através da figura 7.
Figura 7. Mangueira (Mangifera indica L. cv. tommy atkins.) com fruto.
Fonte Jardim exótico, 2015.
O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frutas
segundo a FAO (2013), a região nordeste é uma das responsáveis por grande
parte dessa produção, isso se deve às características de clima e irrigação,
além de sua localização, que favorece o transporte de frutos para a América do
Norte e Europa, deixando os custos de exportação menores (XAVIER et al.,
2009)
41
No tocante a produção de manga, especificamente, o Brasil ocupa um
lugar importante em âmbito mundial. A produção brasileira de manga em 2018
foi de 1.319.296 toneladas em uma área de plantio de 76.568 hectares (IBGE,
2018; FAO, 2015). A região Nordeste lidera a produção com 76,30% deste
total, com uma produção de 1.006.580 toneladas da fruta.
No Nordeste brasileiro, a manga é cultivada em todos os estados, em
particular nas áreas irrigadas da região semiárida, que apresentam excelentes
condições para o desenvolvimento da cultura e obtenção de elevada
produtividade e qualidade de frutos. (ANUÁRIO BRASILEIRO DE
FRUTICULTURA, 2013).
A Tabela 2 apresenta a produção de goiaba em alguns estados
brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte. Os estados de Pernambuco e
Bahia são os maiores produtores nacionais, somando juntos 66,3% de toda a
produção do país. O Rio Grande do Norte aparece na 5ª posição nacional e na
3ª posição do Nordeste com aproximadamente 44.066 toneladas produzidas.
(SIDRA/IBGE, 2017)
Tabela 2. Produção Nacional e Municipal de Manga em 2017.
Posição Brasil e Unidade da Federação Quantidade produzida (Toneladas)
1º Brasil 1319296
2º Pernambuco 496937
3º Bahia 378362
4º São Paulo 202328
5º Minas Gerais 83165
6º Rio Grande do Norte 44066
7º Ceará 42253
Fonte: (Adaptado de IBGE, 2018)
A variedade Tommy Atkins originou-se na Flórida, EUA, na década de
1920. Produz fruto com peso médio de 460 g, casca espessa e formato oval.
Apresenta coloração da polpa laranja-amarela e casca vermelho-púrpura
intensa. A polpa é firme, suculenta, com teor médio de fibra. A polpa é rica em
vitaminas A e C. Possuem, ainda, em sua composição niacina e 19 tiamina,
duas vitaminas do complexo B e sais minerais como fósforo segundo Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA, 2015).
42
Frutos de tamanho médio a grande (atingindo de 400 a 600 gramas),
apresentando uma casca grossa, lisa e coloração do fruto atraente (laranja-
amarela coberta com vermelho e purpura intensa), com teor de fibra médio,
atingindo 17 ºBrix (Figura 8). Resistente ao manuseio e antracnose, porém
muitos sensível ao colapso interno e malformação floral, apresenta alta
produtividade e boa vida de prateleira, muito apreciada pelo mercado
americano e asiático (FONSECA et al., 2006). A produção dessa variedade
ocorre entre os meses de agosto a outubro para exportação e leva em torno de
150 dias após a floração.
Figura 8. Manga da espécie Mangifera indica L. cv. tommy atkins.
Fonte: Frutos da Horta, 2018.
A Tommy Atkins é a variedade mais produzida e a que possui a maior
participação no volume comercializado no mundo, devido principalmente a sua
coloração intensa, produções elevadas e resistência ao transporte a longas
distâncias, assim esta variedade possui excelente rendimento industrial por
reduzir sensivelmente os custos de processamento durante o preparo, com
consequente redução nos custos de produção (COSTA e SANTOS, 2004;
BENEVIDES, et al., 2008).
Sistema de Produção do Projeto
Dentro dos insumos necessários para a implantação da cultura da
Acerola está a aquisição de mudas, em que as mudas serão necessárias para
formar o estande do pomar. Faz-se importante o acréscimo de 10% o total de
43
mudas para realizar o replantio, caso necessário, visto que as plantas podem
não se adaptar ao novo local de cultivo.
Embora essa espécie se desenvolva e produza bem numa considerável
amplitude de pH., as variedades melhoradas, como é o caso da cultivar
utilizada nesse projeto, requerem disponibilidade elevada de Ca (cálcio), para
aumentar a produção e melhorar a qualidade do fruto. Com isso é necessário a
realização de Calagem, utilizando Calcário Dolomitico Tipo B com um PRNT de
60-75%. Considerando a elevada exigência da mangueira em Ca, recomenda-
se associar a calagem à aplicação de gesso. O gesso agrícola é uma excelente
fonte de Ca para as plantas e essa recomendação visa melhorar a qualidade
dos frutos, reduzindo a incidência de colapso interno. A quantidade de gesso a
ser aplicada deve ser definida associada à quantidade de calcário, estimada
assim entre 0,5 t/ha e 2,5 t/ha. (EMBRAPA, 2006)
A fertilização é uma das práticas mais importantes para o aumento da
produtividade. Com isso deve-se realizar a correção de solo com fertilizantes
como a Uréia, o Superfosfato Simples e o Cloreto de Potássio, em que os
níveis de NPK sejam os adequados para a cultura. Além disso deve-se realizar
a aplicação de fertilizantes que ofereçam quantidades adequadas de
Micronutrientes. Em caso de adubações foliares, recomenda-se utilizar o
fertilizante fertamin e o Compact Zinco (EMBRAPA, 2006)
Adubação orgânica dos pomares de mangueira deve ser realizada para
elevar a qualidade da produção. Com isso, no sistema produtivo adotado nesse
projeto será utilizado o Esterco de Caprino.
Um dos principais problemas no cultivo da mangueira, para quase todas
as variedades, é a irregularidade na produção, com alternância (uma safra de
maior produção é seguida de uma safra de menor produção). A utilização de
reguladores (hormônios) vegetais na cultura permite o atendimento mais
racional da demanda, considerando-se épocas mais favoráveis do ponto de
vista comercial e fitossanitário, podendo também contribuir para controlar a
alternância de produção. (EMBRAPA, 2006) A indução floral é uma prática de
grande importância, pois propicia o aumento da produção e possibilita o
deslocamento de colheitas para períodos de entressafra, ocasionando maior
retorno econômico. O método convencional de indução do florescimento da
mangueira é mediante o uso do Paclobutrazol (PBZ) em regime de irrigação
44
constante da planta. O Cultar será o produto comercial a ser usado como fonte
de Paclobutrazol, que é o princípio ativo responsável pela regulação do
crescimento vegetativo da mangueira.
As pragas e doenças constituem fatores limitantes à cultura da
mangueira. Dentre as pragas, as moscas-das-frutas são o principal problema, o
controle deve ser realizado através do triclorfon. O Tripes, o Ácaro e a Broca-
da-mangueira são outras pragas que devem ser controladas caso ataquem a
cultura, através do uso do inseticida Deltamethrin. O Sulfuramida é um eficiente
Formicida para o controle de formigas cortadeiras, uma das principais pragas
das culturas frutíferas. As Cochonilhas podem ser controladas através do
inseticida e acaricida natural (Abamectin). (EMBRAPA, 2006)
A antracnose é uma doença que causa grandes prejuízos na produção e
comercialização da manga. O seu controle através de fungicida Mancozeb é
importante para garantir a produtividade e manter a qualidade dos frutos, a
aplicação pode ser foliar ou através da imersão dos frutos em pós-colheita. O
controle da Verrugose ocorre de forma semelhante. (EMBRAPA, 2006)
O Kumulus DF é um Fungicida a base de Enxofre utilizado para tratar
preventivamente ou no início do ataque, para controlar o Oídio (Oidium
mangiferae). (EMBRAPA, 2006) O controle da Seca-da-mangueira, Morte-
descendente, Mancha angular e de alternária, embonecamento, além das
Podridões-pedunculares podem ser controladas através do s fungicidas à base
de Oxicloreto de cobre e do Cercobin, visando garantir a produtividade e
manter a qualidade dos frutos.
A utilização de espalhante adesivo é importante para uma melhor
eficiência de aplicação de produtos fitossanitários e fertilizantes líquidos.
As mudas após o plantio são tutoradas e amarradas com fitilho, com o
objetivo de aumentar a sustentação mecânica das plantas, em função da ação
danosa do vento.
As práticas culturais, realizadas na cultura da mangueira, têm a
finalidade de fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas,
resultando em aumento de produtividade e melhor qualidade do fruto.
Constituem os principais tratos culturais: manejo de mato, irrigação, adubação
de manutenção, podas e indução floral. Durante a formação do pomar,
recomenda-se manter a faixa de plantio livre de mato. Para tanto, efetua-se o
45
coroamento das plantas e/ou as capinas nas faixas de plantio, que podem ser
manuais e mecânicas, além do uso de produtos químicos, uso de herbicida
Paraquat pode ser eficiente nesse controle. (EMBRAPA, 2006)
As podas são importantes para a formação da planta, como também
para proporcionar o equilíbrio entre as raízes e a parte aérea, regularizando
seu vigor, florescimento e produção. Também proporcionam a manutenção do
porte e do bom estado sanitário da planta, além de frutos de melhor qualidade.
Entre as podas mais importantes, estão as de formação e de produção
(limpeza, levantamento de copa, lateral, topo e abertura central). As podas de
formação consistem em aproximadamente 4 a 5 operações, para formar uma
planta estruturalmente bem conformada, capaz de sustentar boas cargas de
frutos. (EMBRAPA, 2006)
Na cultura da mangueira, vários métodos de irrigação podem ser
utilizados. A micro-aspersão e o gotejamento parecem ser os melhores, por
serem eficientes, permitirem a fertirrigação (isto é, fertilizantes incorporados à
água de irrigação) e não aumentarem o risco de ocorrência de doenças.
(EMBRAPA, 2006)
Os frutos são colhidos completamente desenvolvidos ou “de vez”, a fim
de chegar ao mercado consumidor em bom estado de conservação e de
maturação. A colheita deve ser feita à mão, cortando-se o pedúnculo com uma
tesoura de poda. No caso de plantas altas, usa-se uma vara, com uma sacola
presa em sua extremidade. (EMBRAPA, 2006)
A cultura da Manga apresenta produção à partir do terceiro ano.
Segundo a (EMBRAPA, 2006), em um pomar bem conduzido, obtêm-se, de
uma planta adulta, de 500 a 700 frutos/ hectare/ano. A produtividade média da
Mangueira com irrigação no Nordeste brasileiro, é de 0 t/ha no primeiro ano, 0
t/ha no segundo ano, 3 t/ha no 3º ano, 6 t/ha no 4º ano e 18 t/ha no 5º ano e
com produtividade média de 26 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2006)
A maioria das unidades produtivas possui pelo menos um trabalhador
permanente, e todas as unidades contratam trabalhadores temporários para as
atividades que demandam muita mão de obra, como capina, poda, desbrota e
colheita. Com relação às atividades mecanizadas, todas são executadas pela
locação de máquinas e implementos. O projeto de investimento, por ser uma
atividade de risco, é necessário possuir assistência técnica através de um
46
Engenheiro Agrônomo para buscar a máxima eficiência produtiva. O Custo de
oportunidade do uso da terra deve ser considerado para fins de custo
operacional total.
2.3 Análise de Viabilidade Econômico-Financeira
Analisar a viabilidade econômico-financeira de um projeto de
investimento agrícola significa estimar custos e receitas, e posteriormente
analisar as perspectivas de desempenho financeiro das culturas agrícolas
trabalhadas no projeto. Essa análise irá contribuir na escolha do projeto de
investimento a ser executado por parte dos stakeholders, pois se adota como
base para a tomada de decisão a análise da viabilidade econômico-financeira
do projeto. (Rodrigues, K. F. de C., & Rozenfeld, H., 2013)
O principal elemento que justifica a existência de uma organização é a
geração de lucro. Para os investidores, porém, não basta que o projeto tenha
um resultado positivo, para este ser atrativo é preciso que a quantidade de
lucro gerado, o retorno do projeto, seja melhor do que aquele que a empresa
poderia obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado
financeiro. Portanto, a essência da análise econômico-financeira é medir o
retorno do projeto de maneira comparável com outros investimentos.
A análise econômica requer a realização de estimativas dos valores que
serão aplicados na implantação, operação e manutenção dos materiais e
equipamentos, bem como as receitas produzidas em determinado período de
tempo para assim montar o fluxo de caixa em anos e após determinar
resultados alcançados pelo empreendimento, comparar com as demais
alternativas de investimento, que necessariamente deverão ser as de maior
segurança e liquidez, como os fundos de renda fixa, para finalmente se concluir
sobre a viabilidade do projeto.
2.3.1 Fluxo de caixa em projetos de investimentos
O primeiro passo para a realização da análise de viabilidade econômico-
financeira de projetos é a montagem do fluxo de caixa, isto é, a definição do
fluxo de entradas e saídas de dinheiro durante o ciclo de vida planejado para o
projeto. O fluxo de caixa utiliza de vários formatos de conhecimentos, e seus
47
resultados econômico-financeiros auxiliam na tomada de decisão. Esses
resultados podem ser obtidos por meio da utilização de métodos de avaliação
de investimentos, que por sua vez, necessitam da utilização de procedimentos
específicos para auxiliarem no processo de tomada de decisão. (Rodrigues, K.
F. de C., & Rozenfeld, H., 2013)
Frezatti (2008, p.73) define esse método como sendo o método que tem
como característica a identificação dos fluxos de caixa do projeto. Ou seja,
esse método decorre das entradas e saídas de caixa, ocorridas no fato de o
projeto ser executado. Uma representação de um fluxo de caixa pode ser visto
a seguir, através da figura 9.
Figura 9. Exemplo de Fluxo de Caixa.
Fonte: Portal de conhecimentos, 2013
2.3.1.1 Critérios para tomada de decisão
A análise econômico-financeira é importante para a tomada de decisão
em investimentos. O instrumento usado para essa tomada de decisão é
baseado na matemática financeira. Os métodos tradicionais para realizar a
análise de viabilidade econômico-financeira consistem em calcular indicadores,
baseados no fluxo de caixa descontado tradicional, como por exemplo, o
Payback, a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Índice de Lucratividade (IL) e o
Valor Presente Liquido (VPL).
É utilizada como referência a taxa mínima de atratividade (TMA), que
serve como parâmetro para a aceitação ou rejeição de um determinado projeto
de investimento, o mínimo a ser alcançado pelo investimento para que ele seja
economicamente viável (REBELATTO, 2004).
48
2.3.1.2 Elementos do fluxo de caixa
Os elementos que compõem o fluxo de caixa são os custos de produção
e as receitas obtidas. Inicialmente para estimar os custos de produção,
elencam-se todos os elementos de custo através de uma planilha.
Custos de produção
Os custos de produção são os valores gastos diretamente e
indiretamente relacionados ao processo produtivo de um produto, incluindo a
sua comercialização. Os principais custos são os seguintes:
Insumos, Plantio, Mão-de-obra, Consumo de energia elétrica, Sistema
de irrigação, Colheita, Tratos Culturais e custos administrativos.
Na caracterização dos custos, consideraram-se os valores unitários, por
hectare, na implantação de um pomar, visando a venda de frutos in natura.
Para estimar a produtividade média, e consequentemente calcular a
rentabilidade do pomar, considerou-se os levantamentos técnicos de produção
média de frutos.
Receitas
A receita corresponde a estimativa de venda de produtos e subprodutos
gerados pela produção. Para o cálculo dessa estimativa, é preciso estimar o
valor da demanda dos produtos, em seguida, multiplicá-lo pelo preço final
estimado. Fatores como o preço final e demanda dos produtos influenciam
nessa estimativa.
Preço final do produto: Esse valor vai depender do mercado e do tipo
de competição existente nesse mercado, no qual se deseja vender o
produto, do produto produzido, e do lucro esperado pelo fabricante
(dependendo do produto o preço é totalmente determinado pelo
mercado).
Demanda dos produtos: Esse valor vai depender do produto, do
mercado e da fatia de mercado que esse produto almeja atingir, do
49
preço de venda, da análise locacional e de mercado. Existem métodos
qualitativos e quantitativos para previsão de demanda. Uma visão básica
desses métodos pode ser obtida nessa dissertação de mestrado, que
visa selecionar qual o método mais apropriado de previsão de demanda.
Taxa mínima de atratividade (TMA) e intervalo para o cálculo do
Fluxo de Caixa
O intervalo para o cálculo do Fluxo de Caixa depende da duração do
ciclo de vida do projeto. O horizonte de trabalho deste estudo foi de 20 anos,
considerando que, após esse tempo, haveria desgaste das lavouras.
A taxa mínima de atratividade que é representada em percentual deve
ser no mínimo equivalente ou superior à rentabilidade obtida em aplicações de
menor risco de investimento, aqui, por tanto aplicamos a (TMA) como 12% ao
ano. Atingida a taxa média de atratividade o investidor deverá observar que
quanto maior o VPL mais interessante é o projeto, pois significa que as
entradas são maiores que as saídas.
2.3.2 Métodos utilizados para análise
Neste trabalho, a análise será voltada para os critérios financeiros e de
risco como a rentabilidade do investimento. Nessa análise serão utilizados os
seguintes instrumentais: prazo de recuperação (payback), taxa interna de
retorno (TIR), valor presente líquido (VPL). Dependendo da situação os
métodos se complementarão, deixando a análise mais robusta
O quadro 1 apresenta a descrição, de forma resumida, dos métodos a
serem utilizados para análise econômico-financeira e de risco do estudo. Em
seguida, nos próximos tópicos, serão detalhados todos os métodos de análise
apresentados, embasando o estudo realizado.
50
Quadro 1. Descrição dos métodos de análise econômico-financeira e de risco
Método Descrição
Valor Presente Líquido
Reflete a riqueza em valores monetários do investimento, medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente
das saídas de caixa, a uma determinada taxa, frequentemente chamada de taxa de desconto, custo de oportunidade ou TMA (REBELATTO, 2004).
Payback
Corresponde ao período no qual os resultados líquidos acumulados da operação do empreendimento equivalem ao investimento. Período de recuperação descontado: período no qual os resultados líquidos da
operação do empreendimento, descontados a uma determinada taxa, equivalem financeiramente ao investimento
Taxa Interna de Retorno
Corresponde a taxa de desconto que iguala o valor presente líquido (VPL) de uma oportunidade de investimento a R$ 0,00 porque o valor presente das entradas de caixa se iguala ao investimento inicial (GITMAN, 2007).
Análise de Sensibilidade
Tem como objetivo utilizar diversos valores possíveis de uma variável (preço, volume de vendas, taxa de atratividade, dentre outros), como as
entradas de caixa, para avaliar o seu impacto sobre o retorno de um ativo, que pode ser medido pelo VPL ou outros indicadores (GITMAN, 2007).
Elaboração de Cenários
A construção de cenários é uma ferramenta utilizada para ordenar a percepção de alternativas para o ambiente futuro, já que as decisões de
hoje nela terão efeito. (Ribeiro, 2010)
Fonte: Elaboração Própria (2019)
2.3.2.1 Valor Presente Líquido (VPL)
O método do VPL consiste em trazer as entradas e saídas de capital
estimadas no fluxo de caixa do projeto para o tempo presente do investimento,
descontada a taxa de juros, denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA).
O VPL reflete a riqueza em valores monetários do investimento (figura 10),
medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor
presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto
(REBELATTO, 2004).
Através do VPL, é possível verificar se o projeto consegue recuperar o
valor investido, além de preservar a rentabilidade do capital através da TMA.
Figura 10. O conceito do valor presente líquido.
Fonte: Análise Financeira de Investimentos, 2010
51
O VPL é dado por:
(1)
Em que, FC é o fluxo de caixa por período; t, o período de tempo (anos
ou meses); n, o tempo total do projeto (anos ou meses); e i, a taxa mínima de
atratividade (TMA).
Critérios de Avaliação:
O Valor Presente Líquido de um projeto de investimento possui as
seguintes possibilidades de resultado:
Maior do que zero: Significa que o investimento é economicamente
atrativo, pois o valor presente das entradas de caixa é maior do que o
valor presente das saídas de caixa.
Igual a zero: O investimento é indiferente, pois o valor presente das
entradas de caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa.
Menor do que zero: indica que o investimento não é economicamente
atrativo porque o valor presente das entradas de caixa é menor do que o
valor presente das saídas de caixa.
Entre vários projetos, o mais atrativo é aquele que tem maior VPL. No
entanto, não se pode utilizar somente este indicador para se avaliar um projeto,
pois se o valor for positivo e baixo para um projeto de longa duração, pode
acontecer que durante muito tempo o fluxo de caixa fica negativo para se
recuperar o investimento. Além disso, em projetos com incertezas, não se sabe
se esses valores poderão ser garantidos ou não. Assim, sempre se utiliza uma
combinação de indicadores para se tomar uma decisão.
(RODRIGUES; ROZENFELD, 2013)
O VPL é um método que fornece uma boa noção do montante que será
obtido com o projeto, isto é, o valor que será captado, porém, ele não permite
52
uma comparação fácil com outros investimentos. (RODRIGUES; ROZENFELD,
2013)
2.3.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)
A TIR é calculada utilizando-se a mesma fórmula descrita
anteriormente, porém igualando-se o VPL a zero e utilizando a TIR como
incógnita de taxa de conversão. Pode ser definida como a taxa de desconto
que iguala o valor presente líquido (VPL) de uma oportunidade de investimento
a R$ 0,00 porque o valor presente das entradas de caixa se iguala ao
investimento inicial.
É a taxa composta de retorno anual que a empresa obteria se
concretizasse o projeto e recebesse as entradas de caixa previstas (GITMAN,
2007). A Figura 11 apresenta o conceito da TIR.
Figura 11. O conceito da Taxa Interna de Retorno.
Fonte: Scielo, 2012.
A TIR é dada por:
(2) Em que, TIR é a Taxa interna de retorno do projeto; FCj: Fluxo de caixa
no momento i, e; n, o tempo total do projeto (anos ou meses);
53
Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se
que o projeto é economicamente viável. Posteriormente a TIR é comparado
com a TMA da empresa para verificar o desempenho do projeto, podendo ser:
Maior do que a TMA: Significa que o investimento é economicamente
atrativo.
Igual à TMA: O investimento está economicamente numa situação de
indiferença.
Menor do que a TMA: O investimento não é economicamente atrativo,
pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento sem risco.
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior TIR.
Como a TIR é uma taxa a ser comparada com uma taxa existente, fica mais
fácil e é mais sensível para o usuário utilizar este indicador. A TIR apresenta
como desvantagem o fato de que não pode ser calculada para fluxos de caixa
não convencionais que apresentem mais de uma inversão de sinal. O método
da TIR nem sempre resulta em um único valor para a taxa. Para um fluxo de
caixa definido como convencional, em que existe somente uma inversão de
sinal, há somente uma taxa interna de retorno. Contudo, fluxos de caixa não
tradicionais, em que existem, por exemplo, mais de uma inversão do sinal,
podem apresentar múltiplas TIRs, ou até mesmo, há situações, em que esta
não pode ser calculada (NETO, 1996, p.6).
Esse aspecto é grande vantagem da informação obtida na TIR, que
fornece um valor facilmente comparável.
2.3.2.3 Método do Payback
Por meio da avaliação utilizando o método payback, a administração da
empresa, com base em seus padrões de tempo para recuperação do
investimento, no tempo de vida esperado do ativo, nos riscos associados e em
sua posição financeira, decide pela aceitação ou rejeição do projeto.
Corresponde ao prazo necessário para que o valor atual dos reembolsos
(retorno de capital) se iguale ao desembolso com o investimento efetuado,
visando à restituição do capital aplicado (REBELATTO, 2004). Ou seja, quanto
tempo um investimento demora a ser ressarcido. O cálculo do payback simples
ignora a taxa de desconto, ou seja, o valor do dinheiro no tempo, já o método
54
do payback descontado, considera a taxa de juros para realizar o cálculo do
período gasto (BRUNI; FAMÁ; SIQUEIRA, 1998; MARQUEZAN; BRONDONI,
2006).
O Período de Payback é calculado por:
(3)
Critérios de Avaliação:
Período de payback < período máximo aceitável de recuperação =
aceita o projeto
Período de payback > período máximo aceitável de recuperação =
rejeita o projeto
A forma mais fácil de calculá-lo é simplesmente acumulando as entradas
e saídas e determinando o período em que houve a transição de um valor
positivo para negativo, ou seja, o momento em que tudo o que foi investido é
recuperado. No entanto, este método não considera o valor do dinheiro no
tempo. Além disso, pode acontecer que o período de payback ocorra no final
do ciclo de vida do pro, não permitindo assim que se tenha um ganho maior
com o projeto. Do que adianta um projeto que recupera o investimento no final
do ciclo de vida, com todos os riscos inerentes a investir em desenvolvimento
de produtos?
2.3.3 Métodos utilizados para análise de risco
Análise de Sensibilidade
A análise de sensibilidade avalia o impacto da alteração de uma variável
nos resultados do projeto, sendo a forma mais simples de análise de risco
(RABECHINI, 2012). Na prática, esta análise deve ser feita para as variáveis
que apresentam maior impacto nos custos, prazos ou outros resultados do
projeto, ou seja, aquelas às quais o projeto é mais sensível.
Esta ferramenta permite uma análise mais realista do projeto,
evidenciando os intervalos de valores que as variáveis podem assumir e
55
mostrando a importância relativa de cada uma. Por outro lado, esta análise não
incorpora a probabilidade de ocorrência de cada valor dentro do intervalo5 e,
em geral, cada variável é analisada de forma individual, dificultando a
visualização de relações de interdependência. Dessa forma, é uma técnica
indicada para projetos simples, com poucas alternativas de implementação e
poucos fatores de risco não-relacionados.
Considerando uma taxa de juro variável. O risco associado com a
variabilidade do custo de capital pode ser analisada a partir de uma análise de
sensibilidade do valor do VPL, em função da receita e dos custos.
Elaboração de Cenários
A utilização de cenários permite analisar o movimento conjunto das
variáveis sob situações distintas, incorporando as probabilidades de ocorrência.
Na prática esta análise é normalmente utilizada para a avaliação dos projetos
nas condições esperadas (caso base) e em alguns cenários específicos sob os
quais se deseja estimar o impacto nos resultados (otimista, pessimista, pior
caso, etc.). A vantagem da utilização de cenários é que ela permite a análise
de combinações consistentes de variáveis, aproximando-se mais da realidade,
onde os analistas normalmente preferem definir valores esperados em uma
determinada situação a trabalharem com valores máximos e mínimos
absolutos. Em contrapartida, a análise fica geralmente limitada a alguns poucos
cenários plausíveis e, dessa forma, também é indicada para projetos simples,
com poucos fatores de risco relacionados.
É necessário considerar os riscos da atividade, principalmente os
relacionados à variação de preços nas variáveis de interesse e de maior
impacto sobre a estrutura de custo e sobre a receita do projeto, a fim de
determinar a alternativa que possui maior mérito, ou seja, em que o risco de
variação dessas variáveis não comprometa a rentabilidade do projeto.
Baseando-se neste referencial teórico, propôs-se a metodologia do
estudo, cujas características são apresentadas a seguir:
56
3. METODOLOGIA
3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA
Em função do tipo de pesquisa e considerando os diversos
procedimentos metodológicos utilizados, optou-se por realizar uma pesquisa de
acordo com a classificação apresentada por Vergara (2004), em que classifica
esta em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios:
Quanto aos fins, a pesquisa é do tipo exploratória e descritiva.
Exploratória uma vez que, embora a região seja propícia para fruticultura
irrigada, não foi verificada a existência de estudos que abordassem os critérios
de análise de viabilidade de projetos de investimento agrícolas, sob o ponto de
vista que a pesquisa tem a intenção de abordar.
A investigação exploratória é realizada em áreas na qual há pouco
conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não
comporta hipóteses que, todavia, não poderão surgir durante ou no final da
pesquisa (VERGARA, 2009). A pesquisa exploratória geralmente é composta
por um levantamento bibliográfico, entrevistas não padronizadas, análise de
documentos e estudos de caso.
A pesquisa será descritiva, no sentido de que visa descrever métodos e
procedimentos acerca da forma como é feita a análise de viabilidade de
projetos de investimentos em três culturas frutícolas que apresentam potencial
produtivo para a região em questão do estudo.
No que diz respeito aos meios de investigação, optamos pela pesquisa
de campo, que, também de acordo com Vergara, é: “investigação empírica
realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de
elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários,
testes e observação participante ou não” (Vergara 2009, p.43).
A pesquisa tem caráter bibliográfico, uma vez que utiliza livros, artigos
de jornais e revistas sobre o tema. “A pesquisa bibliográfica é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros,
revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em
geral”. (Vergara, 2005, p. 48).
57
De forma semelhante, Gil (1999) considera a pesquisa exploratória
aquela que habitualmente envolve levantamento bibliográfico e documental,
entrevistas não-padronizadas e estudos de caso. Neste contexto, quanto aos
meios, a pesquisa é bibliográfica, documental e estudo de caso. Bibliográfica,
pois foi feito uso de material acessível ao público em geral, como livros, artigos,
revistas e conteúdos da internet. Documental, porque foram usados
documentos obtidos de órgãos públicos e produtores da região.
Segundo Lakatos e Marconi:
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange
toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo,
desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios
de comunicação oral: rádio, gravações em fita magnética e
audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou
filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas
de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer
publicadas, quer gravadas. (LAKATOS e MARCONI, 2010, p. 166)
3.2 ÁREA DE ESTUDO
Buscando definir de forma clara a abrangência da pesquisa sobre a
análise da viabilidade econômico-financeira e de da produção de Acerola,
Goiaba e Manga no município de Macaíba/RN.
Evidenciamos que este trabalho acontece na cidade que detém a 5°
maior população do estado do Rio Grande do Norte-RN, com 79.743 mil
habitantes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2018), Macaíba é um município brasileiro, situado no Estado do Rio
Grande do Norte, localizado às margens do rio Jundiaí, a 27 quilômetros da
capital estadual, Natal, integrante da região metropolitana (Figura 12). Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município está
distribuído ao longo de uma área territorial de 512,487 Km² e apresenta IDH de
0,64. IBGE (2018)
58
Figura 12. Localização do município de Macaíba no RN (em vermelho)
Fonte: IBGE, 2018.
Segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
do Rio Grande do Norte (IDEMA), em Macaíba a vegetação predominante é a
Floresta Subcaducifólia, vegetação que se caracteriza pela queda das folhas
das árvores durante o período seco, mas na área urbana, nas margens do rio
Jundiaí, encontra-se a vegetação de manguezal, como sistema ecológico
costeiro tropical dominado por espécies vegetais de mangues e animais típicos,
aos quais se associam outras plantas e animais, adaptadas a um solo
periodicamente inundado pelas marés, com grande variação de salinidade.
(IDEMA, 2013).
O clima da região é classificado com Clima Tropical Chuvoso,
apresentando precipitação anual com média de 1070,7 mm, o período de
chuvas está concentrado entre os meses de março a Julho. A temperatura
média anual varia entre mínima de 21°C, média de 27,1°C e máxima de
32,0°C. A Umidade relativa do ar média anual é em torno de 76% e 2.700
horas de insolação média anual (IDEMA, 2013).
Os solos mais comuns da região são do tipo Podzólico-Vermelho-
Amarelo, com fertilidade natural baixa, textura média, relevo plano,
moderadamente drenados e profundos; e o Latossolo-vermelho-amarelo-
distrófico são de fertilidade natural baixa, textura média, relevo plano,
fortemente drenado, muito profundos e muito porosos. O seu uso está
relacionado com fruticultura, além de culturas como, milho, feijão e pastagens,
recomenda-se adubações parceladas e uso de irrigação. (IDEMA, 2013).
59
3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Como procedimentos de coleta de dados, para o estudo, além da
pesquisa bibliográfica, foram realizadas pesquisas de coleta de dados no local
de estudo, envolvendo publicações avulsas, consultas a profissionais que
atuam na área, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses,
material cartográfico e conteúdos publicados da internet.
3.3.1 Estimativa dos elementos de custo
Para a estimativa dos elementos de custos, foram feitas pesquisas de
mercado para identificação dos valores mínimos e máximos de cada insumo
encontrado na região, a consulta foi realizada diretamente em lojas do gênero,
sites e catálogos de preço. A pesquisa documental foi realizada com dados
obtidos através de técnicos em repartições públicas e produtores da região,
além de informações do Banco do Nordeste (BNB, 2019) e do Banco do Brasil
(2019). Assim, foram apresentadas estimativas de custos de implantação e o
custo operacional efetivo das culturas, assim como a receita estimada para as
culturas frutíferas. O custo de produção foi determinado considerando uma
área plantada de um hectare de área irrigada. Os principais dados estimar os
custos: coletados foram: preços dos insumos para o plantio da cultura; preço
das operações de preparo da área; Tratos culturais/fitossanitários; Colheita
(Colheita e transporte);
3.3.2 Estimativa dos elementos de receita
A respeito da receita estimada foram feitas pesquisas de mercado para
identificação dos valores de venda das frutas ao consumidor final e a partir
dessa informação, identificar o valor de venda dos produtores, além da cotação
de preços através de sites especializados na internet.
Os dados coletados para estimar a receita são o preço de vendas dos
produtos e a produtividade das culturas.
60
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISES
Os métodos de análise de investimentos surgem como uma forma de,
traduzido para uma mesma base monetária, poder analisar o potencial de
agregação de valor do projeto. (Frezatti, 2008) Com isso, avaliando a
rentabilidade do projeto é possível verificar se realmente um investimento é
atrativo, além do que verificar qual projeto agrega maior valor.
A avaliação da análise econômico-financeira deste projeto foi feita
criando-se o fluxo de caixa com as estimativas iniciais de investimento e
retorno financeiro de cada uma as culturas frutíferas mencionadas. Os métodos
tradicionais calculam indicadores, baseados no fluxo de caixa descontado
tradicional, como por exemplo, o Valor Presente Liquido (VPL), a Taxa Interna
de Retorno (TIR), o Retorno sobre o investimento (ROI), o Indice de
lucratividade (IL), a relação beneficio/custo (B/C) e o payback. Geralmente é
utilizada como referência a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que serve
como parâmetro para a aceitação ou não de um determinado projeto de
investimento, ou seja, o mínimo a ser alcançado pelo projeto para que ele seja
economicamente viável (REBELATTO, 2004). O horizonte temporal para o
cálculo do Fluxo de Caixa foi de 20 anos.
Para análise dos dados uma Análise de Sensibilidade determinou o grau
de variação dos resultados e dos indicadores de viabilidade do projeto, face às
mudanças comumente ocorridas nas variáveis mais relevantes para a
determinação da análise da viabilidade econômico-financeira e de risco. Desta
forma, faz se mudanças no preço dos elementos de custo e de receita, tendo
em vista que variações ocorrem ao longo do tempo, com isso pode-se realizar
inferências a cerca do quão sensível é o VPL, a TIR e, ou o Payback em
função dessas variações.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com os dados e as informações levantadas no presente
trabalho observou-se que é de grande importância a análise da viabilidade
econômica, no que diz respeito a produção de cultura frutíferas, como o caso
61
do estudo realizado, pois as informações levantadas contribuem para um
posicionamento diante de que tipo de investimento seria viável ou não realizar.
Para possibilitar a estimativa dos indicadores financeiros do projeto, foi
elaborado o fluxo de caixa do sistema produtivo das três culturas frutíferas. Os
quadros 2, 4 e 5 apresentam os pacotes de trabalho e os elementos de custo
considerados para a produção de Acerola, Goiaba e Manga. Tentou-se
elaborar a planilha de custeio o mais próximo do sistema de produção
adequado, tendo em vista que poucos são os dados relacionados a viabilidade
financeira, bem como sistema de produção para as culturas em questão no
município
4.1 Análise de viabilidade econômico-financeira da Acerola
Para a realização do fluxo de caixa do projeto é necessário a realização
da estimativa dos custos de produção, os elementos de custo foram divididos
em pacotes de trabalho, de forma a possibilitar a elaboração da planilha de
custeio. O quadro 2 apresenta os pacotes de trabalho e seus elementos de
custo considerados. A partir desses elementos, o coeficiente técnico deste e o
valor unitário de cada elemento é possível a elaboração dos custos de
produção que pode ser visto no anexo 1 deste trabalho.
62
Quadro 2. Elementos de custo para a produção de Acerola.
Insumos
. Mudas + 10%
. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%)
. Esterco Bovino (Adubo Orgânico)
. Uréia (45%N)
. Superfosfato simples (18% de P205)
. Cloreto de potássio (60% K2O)
. FTE-BR 12 – Micronutrientes
. Dipterex (Triclorfon) - Inseticida
. Fuguran (Oxicloreto de Cobre) – Fungicida
. Assist (Óleo Mineral) - Inseticida/Fungicida
. Sulfuramida – Formicida
. Extravon - Esp. Adesivo
. Tutor
. Fitilho plástico
. Tesouras de poda
Preparo do solo e plantio
. Aração (Trator pneus 50-70CV)
. Gradagem (Trator pneus 50-70CV)
. Calagem (Trator pneus 50-70CV)
. Marcação e coveamento
. Adubação em fundação
. Plantio e replantio
Tratos culturais/fitossanitários
. Roço mecanizado (Trator pneus 50-70CV)
. Coroamento
. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-70CV; Pulverizador cortina de ar 2000L)
. Irrigação/fertirrigação
. Poda de formação/limpeza
. Tutoramento
. Adubação em cobertura
Análises
. Análise de solo
. Análise foliar
Irrigação
. Equipamentos (Em dólares)
. Energia
Colheita e pós-colheita
. Colheita e Transporte interno da produção
. Caixa Plástica Agrícola – Hortifruti
Custo operacional efetivo (COE)
Custos administrativos
. 1 Funcionário fixo para 10 hectares
. Assistência técnica (Agrônomo)
. Encargos (Salário)
Depreciação
. Depreciação do sistema de irrigação
Outros
. Custo de Oportunidade do uso da terra
Custo Operacional total (COT)
COE + COT = Custo Total de Produção
Fonte: Elaboração Própria (2019)
À partir dos elementos de custo apresentados no quadro 2, o
detalhamento dos custos de produção anual de um hectare da cultura da
Acerola são apresentados no anexo 1 deste trabalho. Neste anexo são
apresentadas também as receitas estimadas para os seis primeiros anos de
produção.
O Custo Total da produção de Acerola com irrigação localizada no
primeiro ano foi de R$ R$ 21.033,68. Posteriormente, variou de R$ 18.895,63
(segundo ano) até R$ 26.592,18 (vigésimo ano). É importante ressaltar que o
63
elevado custo de produção a partir o segundo ano se deve aos custos de
colheita, em que a demanda por colheita é alta para a cultura da Acerola.
O item de maior peso na produção de Acerola são os gastos com mão-
de-obra no processo de colheita, essa atividade corresponde a 48,00% do
custo operacional efetivo. O que corrobora com a elevação dos custos de
produção, devido ao aumento da produtividade com o passar do tempo.
O segundo item de maior participação nos custos de produção são os
gastos com tratos culturais/fitossanitários, essa atividade corresponde a
22,99%do custo operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a
elevada necessidade da cultura por atividades como podas e controle de
plantas daninhas.
A maioria das atividades desses pacotes de trabalho é realizada por
mão-de-obra o que mostra que a cultura tem uma alta capacidade de
empregabilidade e fixação do homem no campo.
Conforme se pode observar no anexo 1 deste trabalho, a respeito dos
valores de produtividade e suas respectivas receitas em cada ciclo produtivo, a
cultura da acerola apresenta produção à partir do segundo ano. Segundo
dados obtidos pela EMBRAPA (2010), a produtividade média do cultivo da
acerola com irrigação no nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, no segundo ano,
12 t/ha, no terceiro, 15 t/ha, no quarto ano e ano seguinte, 20 t/h e com
produtividade média de 25 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)
Dessa forma, tem-se uma produção crescente do ano 1 ao ano 5 e
posterior produção constante do ano 6 ao ano 20, contribuindo para o retorno
do investimento e geração de lucro do projeto.
Análise de Viabilidade Financeira do Projeto
A análise de viabilidade deste projeto parte-se do fluxo de caixa para
obter os resultados perante os índices do VPL, TIR e Payback. A tabela 3
apresenta os valores estimados do fluxo de caixa e o resultado do VPL, TIR e
Payback, utilizando-se uma TMA de 12% a.a..
64
Tabela 3. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola.
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 21033,680 R$ ,0 -R$ 21033,680 -R$ 19121,527 -R$ 19121,53
2 -R$ 18895,630 R$ 15600,0 -R$ 3295,630 -R$ 2723,661 -R$ 21845,19
3 -R$ 20431,830 R$ 19500,0 -R$ 931,830 -R$ 700,097 -R$ 22545,28
4 -R$ 23692,180 R$ 26000,0 R$ 2307,820 R$ 1576,272 -R$ 20969,01
5 -R$ 24002,180 R$ 26000,0 R$ 1997,820 R$ 1240,489 -R$ 19728,52
6 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 3334,811 -R$ 16393,71
7 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 3031,646 -R$ 13362,07
8 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2756,042 -R$ 10606,02
9 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2505,493 -R$ 8100,53
10 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2277,721 -R$ 5822,81
11 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2070,655 -R$ 3752,16
12 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1882,414 -R$ 1869,74
13 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1711,285 -R$ 158,46
14 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1555,714 R$ 1397,26
15 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1414,285 R$ 2811,54
16 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1285,714 R$ 4097,26
17 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1168,831 R$ 5266,09
18 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1062,573 R$ 6328,66
19 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 965,976 R$ 7294,64
20 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 878,160 R$ 8172,8
Total Total Total Total
-R$ 506938,190
R$ 574600,0
R$ 67661,81 R$ 8172,8
VPL R$ 8172,8
TIR 3,44%
Payback 14
TMA 12,00%
Fonte: Elaboração Própria (2019)
O fluxo de caixa permite uma visualização do desembolso anual e
previsão das receitas (tabela 3). Considerando a necessidade de desembolso,
o agricultor teria que dispor de aproximadamente R$ 21.033,680 por ha
plantado, que seria a soma dos gastos até o segundo ano, a partir do segundo
ano, inicia o período produtivo da cultura e o pomar começa a ter receita.
Na Tabela 3 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e
Payback do projeto analisado. Os indicadores mostram que, dentro do
horizonte temporal pesquisado (20 anos) o Valor Presente Líquido VPL a uma
taxa de desconto de 12% a.a. no estudo foi de R$ 8172,8. A análise do projeto
por esse método apresenta como principal vantagem considerar o efeito tempo,
admite o reinvestimento dos fluxos líquidos intermediários à taxa que
representa o custo de oportunidade do capital investido. Dessa forma, esse
65
valor indica que dentro do horizonte do projeto, o investimento foi totalmente
recuperado e ainda foi acrescido R$ 8172,8 ao patrimônio do empreendedor.
Gitman (2010) ressalta que quando se utiliza o VPL para tomar decisões de
aceitação ou rejeição de um projeto, caso o VPL seja maior que zero, aceita-se
o projeto, uma vez que um VPL positivo indica um retorno financeiro maior do
que o custo de seu capital. Nesse caso, o projeto desenvolvido seria aceito,
nas condições de custos e receitas utilizadas.
A Taxa Interna de Retorno TIR foi de 3,44%. Sua análise apresenta
como vantagem permitir comparar a rentabilidade das alternativas
apresentadas no projeto, ou até mesmo com de outras atividades, que sejam
elas produtivas, que ligadas ao mercado financeiro. Para Bischoff (2013), o
momento em que o saldo do projeto se torna maior ou igual a zero significa que
todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela TMA.
Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se que o
projeto é economicamente viável. Nesse caso, analisando a TIR e
comparando-a com a TMA, o projeto seria inviável, devido ao fato que o
investidor poderia escolher outro projeto de investimento que ultrapasse a taxa
mínima requerida. Dessa forma, cabe aos stakeholders do projeto, executar ou
não o projeto, sendo estes responsáveis pelo seu risco.
O Payback do projeto de investimento do cultivo da Acerola só ocorre ao
longo do 13º ciclo, quando o fluxo de caixa acumulado descontado torna-se
positivo. O que demonstra a lentidão do retorno do investimento, fazendo com
que o projeto tenha tendência à inviabilidade econômico-financeira, para
projetos de investimento na área da fruticultura irrigada.
Elaboração de Cenários e Análise de Sensibilidade
Para este trabalho, foram construídos cinco cenários (1 a 5), onde o
Cenário 1 significa muito otimista, o Cenário 2 - Pouco Otimista, o Cenário 3 –
Realista, o Cenário 4 - Pouco Pessimista e o Cenário 5 - Muito Pessimista. As
variáveis e seus significados podem ser vistas no Quadro 3.
66
Quadro 3. Cenários construídos para os fatores de risco, ou seja, receitas e
custos.
Cenário Variáveis e seus significados
Cenário 1 - Muito Otimista
Previsão de receita maior em 20% e previsão de custo menor em 20%
Cenário 2 - Pouco Otimista
Previsão de receita maior em 10% e previsão de custo menor em 10%
Cenário 3 - Realista Previsão de receita habitual e previsão de custo habitual
Cenário 4 - Pouco Pessimista
Previsão de receita menor em 10% e previsão de custo maior em 10%
Cenário 5 - Muito Pessimista
Previsão de receita menor em 20% e previsão de custo maior em 20%
Fonte: Elaboração Própria (2019)
A utilização desses cenários permite analisar o movimento conjunto das
variáveis sob situações distintas, incorporando as probabilidades de ocorrência.
Tendo em vista que é necessário considerar os riscos da atividade,
principalmente os relacionados à variação de preços nas variáveis de interesse
e de maior impacto sobre a estrutura de custo e sobre a receita do projeto, a
fim de determinar a alternativa que possui maior mérito, ou seja, em que o risco
de variação dessas variáveis não comprometa a rentabilidade do projeto.
Assim é possível analisar de combinações consistentes de variáveis,
aproximando-se mais da realidade, onde os analistas normalmente preferem
definir valores esperados em uma determinada situação a trabalharem com
valores máximos e mínimos absolutos.
A seguir (gráfico 1) pode-se analisar a variação do VPL do projeto de
investimento da cultura da Acerola, em função dos 5 cenários elaborados.
67
Gráfico 1. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola ao VPL.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações em dois
indicadores de viabilidade do projeto (VPL e TIR), sob condições de riscos
inerentes à atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a
produção, além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos
frutos são fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por
excesso de produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de
outros fatores determinantes como a participação no mercado e tamanho,
enquanto que os custos são alterados em função do valor do real Brasileiro,
custo de mão de obra, dentre outras.
Com os dados apresentados no gráfico 1, verificou-se que para o
cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e
aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$
92.512,54, para a Acerola.
Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Acerola, segundo esse
estudo apresenta uma razoável opção de investimento agrícola, tendo
viabilidade nos cenários realistas e otimistas.
No gráfico 2 pode-se analisar a variação da Taxa Interna de Retorno do
projeto de investimento da cultura da acerola, em função dos cinco cenários
elaborados.
R$ 92512.54
R$ 50342.67
R$ 8172.80
-R$ 33997.08
-R$ 76166.95-R$ 90000.
-R$ 60000.
-R$ 30000.
R$ .
R$ 30000.
R$ 60000.
R$ 90000.
R$ 120000.
0 1 2 3 4 5 6
Val
or
Pre
sen
te L
íqu
ido
Cenário
Análise de Sensibilidade ao VPL
68
Gráfico 2. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola à TIR.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Avaliando esses cenários, a cultura da Acerola se mostrou muito
sensível as variáveis, tendo em vista que apresentou grande variação da taxa
Interna de Retorno à medida que houve mudança de cenário. O que se pode
atribuir a exacerbada variação do preço de venda dos frutos, que ocorre em
função da sazonalidade da produção, além da elevada variação dos custos de
manutenção, principalmente em função dos custos com mão-de-obra
necessário para realizar atividades como colheita.
4.2 Análise de viabilidade econômico-financeira da Goiaba
Para a realização do fluxo de caixa do projeto é necessário a realização
da estimativa dos custos de produção, os elementos de custo foram divididos
em pacotes de trabalho, de forma a possibilitar a elaboração da planilha de
custeio. O quadro 4 apresenta os pacotes de trabalho e seus elementos de
custo considerados. A partir desses elementos, o coeficiente técnico deste e o
valor unitário de cada elemento é possível a elaboração dos custos de
produção que pode ser visto no anexo 2 deste trabalho.
39.59%
20.40%
3.44%
-11.06%
-23.40%
-40.00%
-30.00%
-20.00%
-10.00%
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
0 1 2 3 4 5
Taxa
Inte
rna
de
Re
torn
o
Cenário
Análise de Sensibilidade a TIR
69
Quadro 4. Elementos de custo para a produção de Goiaba
Insumos
. Mudas + 10%
. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%)
. Esterco Bovino (Adubo Orgânico)
. Uréia
. Superfosfato simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a 12% de enxofre
. Cloreto de potássio (KCl): 60 % de K20
. Fertamin – Micronutrientes
. Sulfuramida - Formicida
. Decis 25 CE (Deltamethrin) – Inseticida
. Cupravit Azul (Oxicloreto de cobre) – Fungicida
. Dithane PM (Mancozeb) – Fungicida
. Kocide (Hidróxido de cobre) – Fungicida
. Gramoxone 200 SC (Paraquat) – Herbicida
. Nimitz EC (Fluensulfona) – Nematicida
. Extravon - Esp. Adesivo
. Tutor
. Fitilho plástico
. Tesouras de poda
Preparo do solo e plantio
. Aração (Trator pneus 50-70CV)
. Gradagem (Trator pneus 50-70CV)
. Marcação e coveamento
. Transporte interno de insumos
. Adubação em fundação
. Plantio e replantio
Tratos culturais/fitossanitários
. Capinas mecanizadas (Trator pneus 50-70CV)
. Coroamento
. Poda de condução/produção
. Desbaste/Raleio
. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-70CV; Pulverizador cortina de ar
2000L)
. Tutoramento
. Irrigação/fertirrigação
. Adubação em cobertura
Análises
. Análise de solo
. Análise foliar
Irrigação
. Equipamentos (Em dolares)
. Energia
Colheita e pós colheita
. Colheita manual
. Caixa Plástica Agrícola – Hortifruti
. Transporte interno
Custo operacional efetivo (COE)
Custos administrativos
. 1 Funcionário fixo para 10 hectares
. Assistência técnica (Agrônomo)
. Encargos (Sálario)
Depreciação
. Depreciação do sistema de irrigação
Outros
. Custo de Oportunidade do uso da terra Custo Operacional total (COT)
COE + COT = Custo Total de produção
Fonte: Elaboração Própria (2019)
À partir dos elementos de custo apresentados no quadro 4, o
detalhamento dos custos de produção anual de um hectare da cultura da
Goiaba são apresentados no anexo 2 deste trabalho. Neste anexo são
apresentadas também as receitas estimadas para os seis primeiros anos de
produção.
70
O Custo Total da produção de Goiaba com irrigação localizada no
primeiro ano foi de R$ 22206,43, posteriormente variou de R$ 15848,38
(segundo ano) até R$ 19900,58 (vigésimo ano). Vale a pena salientar que
apesar de existir custos com a colheita, esses são menores que os da Acerola,
por exemplo, o que faz com que o custo anual de produção seja menor, porém
os custos com insumos e controle cultural/fitossanitário. É importante ressaltar
que o elevado custo de produção a partir o segundo ano se deve aos custos de
colheita, em que a demanda por colheita é alta para a cultura da Acerola.
O item de maior peso na produção de Goiaba são os gastos com Tratos
culturais/fitossanitários, essa atividade corresponde a 42,31% do custo
operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a elevada
necessidade da cultura por atividades como capinas, podas, raleio de frutos e
pulverizações.
O segundo item de maior participação nos custos de produção são os
gastos com Insumos, essa atividade corresponde a 24,34% do custo
operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a elevada
necessidade da cultura por insumos para controle de pragas e doenças, além
da demanda da cultura por nutrientes, o que eleva esses custos.
Conforme se pode observar no anexo 2 deste trabalho, a respeito dos
valores de produtividade e suas respectivas receitas em cada ciclo produtivo, a
cultura da Goiaba apresenta produção à partir do segundo ano. Segundo a
EMBRAPA (2010), a média histórica de produção irrigada de goiaba está acima
de 120 kg/ planta/ano. A produtividade média da goiabeira com irrigação no
nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, é de 7 t/ha no segundo ano, 12 t/ha no 3º
ano, 20 t/ha no 4º ano e 26 t/ha no 5º ano e com produtividade média de 30
t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)
Dessa forma, tem-se uma produção crescente do ano 1 ao ano 5 e
posterior produção constante do ano 6 ao ano 20, contribuindo para o retorno
do investimento e geração de lucro do projeto.
ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA DO PROJETO
A análise de viabilidade deste projeto parte-se do fluxo de caixa para
obter os resultados perante os índices do VPL, TIR e Payback. A tabela 4
71
apresenta os valores estimados do fluxo de caixa e o resultado do VPL, TIR e
Payback, utilizando-se uma TMA de 12% a.a..
Tabela 4. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba.
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida
RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ 0,0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
1 -R$ 22207,93 R$ 0,00 -R$ 22207,930 -R$ 19828,509 -R$ 19828,51
2 -R$ 15849,88 R$ 12250,0 -R$ 3599,880 -R$ 2869,802 -R$ 22698,31
3 -R$ 17069,98 R$ 21000,0 R$ 3930,020 R$ 2797,311 -R$ 19901,
4 -R$ 18652,08 R$ 35000,0 R$ 16347,920 R$ 10389,399 -R$ 9511,6
5 -R$ 19502,08 R$ 45500,0 R$ 25997,920 R$ 14751,918 R$ 5240,32
6 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 16515,121 R$ 21755,44
7 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 14745,644 R$ 36501,08
8 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 13165,753 R$ 49666,84
9 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 11755,137 R$ 61421,97
10 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 10495,658 R$ 71917,63
11 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 9371,123 R$ 81288,75
12 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 8367,074 R$ 89655,83
13 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 7470,602 R$ 97126,43
14 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 6670,180 R$ 103796,61
15 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 5955,518 R$ 109752,13
16 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 5317,427 R$ 115069,56
17 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 4747,703 R$ 119817,26
18 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 4239,020 R$ 124056,28
19 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 3784,839 R$ 127841,12
20 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 3379,321 R$ 131220,44
Total Total Total Total
-R$
391813,140 R$
901250,0 R$ 509436,86 R$ 131220,44
VPL R$
131220,439
TIR 33,89%
Payback 6
TMA 12,00%
Fonte: Elaboração do autor (2019)
O fluxo de caixa permite uma visualização do desembolso anual e
previsão das receitas (tabela 4). Considerando a necessidade de desembolso,
o agricultor teria que dispor de aproximadamente R$ 23.000 por ha plantado,
que seria a soma dos gastos até o segundo ano, a partir do segundo ano, inicia
o período produtivo da cultura e o pomar começa a ter receita.
Na Tabela 4 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e
Payback do projeto analisado. Os indicadores mostram que, dentro do
72
horizonte temporal pesquisado (20 anos) o Valor Presente Líquido VPL a uma
taxa de desconto de 12% a.a. no estudo foi de R$ 131220,44. A análise do
projeto por esse método apresenta como principal vantagem considerar o efeito
tempo, admite o reinvestimento dos fluxos líquidos intermediários à taxa que
representa o custo de oportunidade do capital investido. Dessa forma, esse
valor indica que dentro do horizonte do projeto, o investimento foi totalmente
recuperado e ainda foi acrescido R$ 131220,44 ao patrimônio do
empreendedor. Gitman (2010) ressalta que quando se utiliza o VPL para tomar
decisões de aceitação ou rejeição de um projeto, caso o VPL seja maior que
zero, aceita-se o projeto, uma vez que um VPL positivo indica um retorno
financeiro maior do que o custo de seu capital. Nesse caso, o projeto
desenvolvido seria aceito, nas condições de custos e receitas utilizadas.
A Taxa Interna de Retorno TIR foi de 33,89%. Sua análise apresenta
como vantagem permitir comparar a rentabilidade das alternativas
apresentadas no projeto, ou até mesmo com de outras atividades, que sejam
elas produtivas, que ligadas ao mercado financeiro. Para Bischoff (2013), o
momento em que o saldo do projeto se torna maior ou igual a zero significa que
todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela TMA.
Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se que o
projeto é economicamente viável. Nesse caso, analisando a TIR e
comparando-a com a TMA, o projeto seria totalmente viável, devido ao fato que
o investidor teria um retorno muito superior a taxa mínima requerida. Dessa
forma, é indicado aos stakeholders do projeto, executar o projeto para essas
condições.
O Payback do projeto de investimento do cultivo da Goiaba ocorre ao
longo do 5º ciclo, quando o fluxo de caixa acumulado descontado torna-se
positivo. O que demonstra a rapidez do retorno do investimento, para projetos
de investimento na área da fruticultura irrigada.
Análise de Sensibilidade
Para a análise de sensibilidade do projeto de investimento da cultura da
Goiaba foram utilizados os cinco cenários construídos anteriormente. As
variáveis e os significados dos cenários podem ser vistos no Quadro 3.
73
Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações em dois
indicadores de viabilidade do projeto (VPL e TIR), sob condições de riscos
inerentes à atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a
produção, além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos
frutos são fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por
excesso de produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de
outros fatores determinantes como a participação no mercado e tamanho,
enquanto que os custos são alterados em função do valor do real Brasileiro,
custo de mão de obra, dentre outras.
No gráfico 3 pode-se analisar a variação do Valor presente líquido do
projeto de investimento da cultura da acerola, em função dos cinco cenários
elaborados.
Gráfico 3. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba ao VPL.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Com os dados apresentados no gráfico anterior, verificou-se que para o
cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e
aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$ R$
215243,99, para a Goiaba. Também foi verificado que para o cenário 5, em
uma situação muito pessimista, de aumento dos custos em 20% e redução das
receitas em 20%, ainda sim encontrou-se um VPL positivo, da ordem de R$
47196,89, o que demonstra que o investimento na cultura da Goiaba é viável
mesmo em cenários pessimistas.
R$ 215243.99
R$ 173232.22
R$ 131220.44
R$ 89208.66
R$ 47196.89
R$ .
R$ 30000.
R$ 60000.
R$ 90000.
R$ 120000.
R$ 150000.
R$ 180000.
R$ 210000.
R$ 240000.
0 1 2 3 4 5 6
Val
or
Pre
sen
te L
íqu
ido
Cenários
Análise de Sensibilidade ao VPL
74
Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Goiaba, segundo esse
estudo, apresenta uma ótima opção de investimento agrícola para todos os
cenários elaborados.
No gráfico 4 pode-se analisar a variação da Taxa Interna de Retorno do
projeto de investimento da cultura da acerola, em função dos cinco cenários
elaborados.
Gráfico 4. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba à TIR.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Avaliando esses cenários, a cultura da Goiaba se mostrou pouco
sensível as variáveis, pois apresentou pouca elevação e redução da TIR a
medida que teve mudança de cenário. O que se pode atribuir a facilidade de
comercialização dos frutos. Dessa forma, a cultura da Goiaba apresentou TIR
acima da TMA em todos os cenários estudados, com isso apresenta viabilidade
suficiente para justificar o investimento, visto que em qualquer cenário o
investidor supera a taxa de retorno esperada.
4.3 Análise de viabilidade econômico-financeira da Manga
Para a realização do fluxo de caixa do projeto é necessário a realização
da estimativa dos custos de produção, os elementos de custo foram divididos
em pacotes de trabalho, de forma a possibilitar a elaboração da planilha de
62.76%
47.09%
33.89%
22.35%
12,80%
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%
80.00%
0 1 2 3 4 5
Taxa
Inte
rna
de
Re
torn
o
Cenário
Análise de Sensibilidade a TIR
75
custeio. O quadro 5 apresenta os pacotes de trabalho e seus elementos de
custo considerados. A partir desses elementos, o coeficiente técnico deste e o
valor unitário de cada elemento é possível a elaboração dos custos de
produção que pode ser visto no anexo 3 deste trabalho.
Quadro 5. Elementos de custo para a produção de Manga.
Insumos
. Mudas + 10%
. Esterco de Caprino (Adubo Orgânico)
. Uréia (44% de N)
. Superfosfato simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a 12% de enxofre
. Cloreto de potássio (KCl): 60 % de K20
. Fertamin - Micronutrientes
. Compact Zinco - Micronutrientes
. Gesso Agrícola
. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%)
. Cultar 250 SC (Paclobutrazol 25%) - Inibidor de Cresc.
. Gramoxone 200 SC (Paraquat) - Herbicida
. Formicida - Sulfuramida
. Decis 25 CE (Deltamethrin) - Inseticida
. Reconil (Oxicloreto de cobre) - Fungicida
. Dipterex 500 (triclorfon) - Inseticida
. Dithane PM (Mancozeb) - Fungicida
. Cercobin (Thiophanate Methyl) - Fungicida
. Kumulus DF (Enxofre 800 g/kg ) - Fungicida
. Vertimec 18 CE (Abamectin) - Ins.acar. Natural
. Extravon - Espalhante Adesivo
. Tutor para Manga
Preparo do solo e plantio
. Aração
. Gradagem
. Marcação e coveamento
. Adubação em fundação
. Plantio e replantio
Tratos culturais/fitossanitários
. Capinas mecanizadas
. Poda formação/produção
. Pulverização costal
. Pulverização tratorizada
. Indução da floração
. Irrigação/fertirrigação
. Tutoramento
. Coroamento
. Adubação em cobertura
Análises
. Análise de solo
. Análise foliar
Irrigação
. Equipamentos (Em dolares)
. Energia
Colheita e pós colheita
. Colheita/classificação/embalagem
. Caixa Plástica Agrícola - Hortifruti
. Transporte interno
Custo operacional efetivo (COE)
Custos administrativos
. Funcionário fixo
. Assistência técnica (Agrônomo)
. Encargos (Sálario)
Depreciação
. Depreciação do sistema de irrigação
Outros
. Custo de Oportunidade do uso da terra Custo Operacional total (COT)
COE + COT = Custo Total de produção
76
Fonte: Elaboração Própria (2019)
À partir dos elementos de custo apresentados no quadro 5, o
detalhamento dos custos de produção anual de um hectare da cultura da
Manga são apresentados no anexo 3 deste trabalho. Neste anexo são
apresentadas também as receitas estimadas para os seis primeiros anos de
produção.
O Custo Total da produção de Manga com irrigação localizada no
primeiro ano foi de R$ 18924,7, posteriormente variou de -R$ 9909,65
(segundo ano) até -R$ 17507,05 (vigésimo ano). Vale a pena salientar que o
segundo ano teve um custo muito abaixo do restante em função de não haver
produção nesse ano, não havendo gastos com colheita e pós-colheita. A
elevação dos custos ocorre a partir o terceiro ano, em que os gastos se deve
aos custos com colheita e pós-colheita, além da demanda crescente por
nutrientes e tratos culturais com o passar dos ciclos.
O item de maior peso na produção de Manga são os gastos com
Insumos, essa atividade corresponde a 38,34% do custo operacional efetivo.
Esses custos estão relacionados com o ataque de pragas e doenças na
cultura, o que eleva a necessidade da cultura por insumos para controle, além
da elevada demanda da cultura por nutrientes e hormônios, o que eleva esses
custos.
O segundo item de maior participação nos custos de produção são os
gastos com tratos culturais, essa atividade corresponde a 33,83%do custo
operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a elevada
necessidade da cultura por atividades como indução da floração,
pulverizações, podas de formação e condução, capinas e mão-de-obra para
irrigação.
Conforme se pode observar no anexo 3 deste trabalho, a respeito dos
valores de produtividade e suas respectivas receitas em cada ciclo produtivo, a
cultura da Manga apresenta produção à partir do terceiro ano. Segundo a
EMBRAPA (2010), em um pomar bem conduzido, obtêm-se, de uma planta
adulta, de 500 a 700 frutos/ hectare/ano. A produtividade média da Mangueira
com irrigação no Nordeste brasileiro, é de 0 t/ha no primeiro ano, 0 t/ha no
segundo ano, 3 t/ha no 3º ano, 6 t/ha no 4º ano e 18 t/ha no 5º ano e com
produtividade média de 26 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)
77
Dessa forma, tem-se uma produção crescente do ano 1 ao ano 5 e
posterior produção constante do ano 6 ao ano 20, contribuindo para o retorno
do investimento e geração de lucro do projeto.
Análise de Viabilidade Financeira do Projeto
A análise de viabilidade deste projeto parte-se do fluxo de caixa para
obter os resultados perante os índices do VPL, TIR e Payback. A tabela 5
apresenta os valores estimados do fluxo de caixa e o resultado do VPL, TIR e
Payback, utilizando-se uma TMA de 12% a.a..
Tabela 5. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga.
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida
RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 18924,7 R$ ,0 -R$
18924,703 -R$ 16897,056 -R$ 16897,06
2 -R$ 9909,65 R$ ,0 -R$ 9909,653 -R$ 7899,915 -R$ 24796,97
3 -R$ 12958,8 R$ 4500,0 -R$ 8458,803 -R$ 6020,809 -R$ 30817,78
4 -R$ 13561,85 R$ 9000,0 -R$ 4561,853 -R$ 2899,140 -R$ 33716,92
5 -R$ 15668,35 R$ 27000,0 R$ 11331,647 R$ 6429,881 -R$ 27287,04
6 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 10888,996 -R$ 16398,04
7 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 9722,318 -R$ 6675,73
8 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 8680,641 R$ 2004,92
9 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 7750,572 R$ 9755,49
10 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 6920,154 R$ 16675,64
11 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 6178,709 R$ 22854,35
12 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 5516,704 R$ 28371,05
13 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 4925,629 R$ 33296,68
14 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 4397,883 R$ 37694,57
15 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 3926,681 R$ 41621,25
16 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 3505,965 R$ 45127,21
17 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 3130,326 R$ 48257,54
18 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 2794,934 R$ 51052,47
19 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 2495,477 R$ 53547,95
20 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 2228,104 R$ 55776,05
Total Total Total Total
-R$ 333629,159
R$ 625500,0
R$ 291870,84 R$ 55776,05
VPL R$ 55776,05
TIR 13,35%
Payback 8
TMA 12,00%
Fonte: Elaboração do autor (2019)
78
O fluxo de caixa permite uma visualização do desembolso anual e
previsão das receitas (tabela 5). Considerando a necessidade de desembolso,
o agricultor teria que dispor de aproximadamente R$ 30.000 por ha plantado,
que seria a soma dos gastos até o terceiro ano, a partir do terceiro ano, inicia o
período produtivo da cultura e o pomar começa a ter receita.
Na Tabela 5 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e
Payback do projeto analisado. Os indicadores mostram que, dentro do
horizonte temporal pesquisado (20 anos) o Valor Presente Líquido VPL a uma
taxa de desconto de 12% a.a. no estudo foi de R$ R$ 55776,05. A análise do
projeto por esse método apresenta como principal vantagem considerar o efeito
tempo, admite o reinvestimento dos fluxos líquidos intermediários à taxa que
representa o custo de oportunidade do capital investido. Dessa forma, esse
valor indica que dentro do horizonte do projeto, o investimento foi totalmente
recuperado e ainda foi acrescido R$ 55776,05 ao patrimônio do empreendedor.
Gitman (2010) ressalta que quando se utiliza o VPL para tomar decisões de
aceitação ou rejeição de um projeto, caso o VPL seja maior que zero, aceita-se
o projeto, uma vez que um VPL positivo indica um retorno financeiro maior do
que o custo de seu capital. Nesse caso, o projeto desenvolvido seria aceito,
nas condições de custos e receitas utilizadas.
A Taxa Interna de Retorno TIR foi de 13,35%. Sua análise apresenta
como vantagem permitir comparar a rentabilidade das alternativas
apresentadas no projeto, ou até mesmo com de outras atividades, que sejam
elas produtivas, que ligadas ao mercado financeiro. Para Bischoff (2013), o
momento em que o saldo do projeto se torna maior ou igual a zero significa que
todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela TMA.
Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se que o
projeto é economicamente viável. Nesse caso, analisando a TIR e
comparando-a com a TMA, o projeto seria totalmente viável, devido ao fato que
o investidor teria um retorno superior a taxa mínima requerida. Dessa forma, é
indicado aos stakeholders do projeto, executar o projeto para essas condições.
O Payback do projeto de investimento do cultivo da Goiaba ocorre ao
longo do 7º ciclo, quando o fluxo de caixa acumulado descontado torna-se
positivo. O que demonstra uma rapidez satisfatória do retorno do investimento,
para projetos de investimento na área da fruticultura irrigada.
79
Análise de Sensibilidade
Para a análise de sensibilidade do projeto de investimento da cultura da
Manga foram utilizados os cinco cenários construídos anteriormente. As
variáveis e os significados dos cenários podem ser vistos no Quadro 3.
Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações em dois
indicadores de viabilidade do projeto (VPL e TIR), sob condições de riscos
inerentes à atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a
produção, além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos
frutos são fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por
excesso de produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de
outros fatores determinantes como a participação no mercado e tamanho,
enquanto que os custos são alterados em função do valor do real Brasileiro,
custo de mão de obra, dentre outras.
No Gráfico 5 pode-se analisar a variação do Valor Presente Líquido do
Projeto de investimento da cultura da Manga, em função dos cinco cenários
elaborados.
Gráfico 5. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga ao VPL.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
R$ 114606.93
R$ 85191.49
R$ 55776.05
R$ 26360.61
-R$ 3054.83
-R$ 30000.
R$ .
R$ 30000.
R$ 60000.
R$ 90000.
R$ 120000.
R$ 150000.
0 1 2 3 4 5 6
Val
or
Pre
sen
te L
íqu
ido
Cenário
Análise de Sensibilidade ao VPL
80
Com os dados apresentados no gráfico anterior, verificou-se que para o
cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e
aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$ R$
114.606,93, para a Manga. Foi verificado que para o cenário 5, em uma
situação muito pessimista, de aumento dos custos em 20% e redução das
receitas em 20%, foi o único cenário que a cultura apresentou um VPL
negativo, da ordem de R$ -3.054,83, o que demonstra que o investimento na
cultura da Goiaba é viável em 80% dos casos, porém em um cenário
extremamente pessimista, o projeto não tem viabilidade.
Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Manga, segundo esse
estudo, apresenta uma boa opção de investimento agrícola, possuindo
viabilidade em 4 dos 5 cenários elaborados.
No gráfico 6 pode-se analisar a variação da Taxa Interna de Retorno do
projeto de investimento da cultura da Manga, em função dos cinco cenários
elaborados.
Gráfico 6. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga à TIR.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Avaliando esses cenários, a cultura da Manga se mostrou pouco
sensível as variáveis, pois apresentou pouca elevação e redução da TIR a
medida que teve mudança de cenário. O que se pode atribuir a facilidade de
comercialização dos frutos, através da exportação, por exemplo. Dessa forma,
27.47%
20.22%
13.35%
6.52%
-0.81%
-10.00%
-5.00%
0.00%
5.00%
10.00%
15.00%
20.00%
25.00%
30.00%
35.00%
0 1 2 3 4 5
Taxa
Inte
rna
de
Ret
orn
o
Cenário
Análise de Sensibilidade a TIR
81
a cultura da Manga apresentou TIR acima da TMA na maioria dos cenários
estudados, com isso apresenta viabilidade suficiente para justificar o
investimento, visto que 3 dos 5 cenários o investidor supera a taxa de retorno
esperada, tendo variação de aproximadamente ±7% de TIR a cada mudança
de cenário.
4.4 Análise Comparativa entre as culturas
Na tabela 6 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e Payback
dos projetos analisados.
Tabela 6. Comparativo do VPL, TIR e Payback das três Culturas.
Ano Receita Líquida Ajustada
Acerola Goiaba Manga
0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
1 -R$ 19.121,53 -R$ 19.828,51 -R$ 16.897,06
2 -R$ 2.723,66 -R$ 2.869,80 -R$ 7.899,91
3 -R$ 700,10 R$ 2.797,31 -R$ 6.020,81
4 R$ 1.576,27 R$ 10.389,40 -R$ 2.899,14
5 R$ 1.240,49 R$ 14.751,92 R$ 6.429,88
6 R$ 3.334,81 R$ 16.515,12 R$ 10.889,00
7 R$ 3.031,65 R$ 14.745,64 R$ 9.722,32
8 R$ 2.756,04 R$ 13.165,75 R$ 8.680,64
9 R$ 2.505,49 R$ 11.755,14 R$ 7.750,57
10 R$ 2.277,72 R$ 10.495,66 R$ 6.920,15
11 R$ 2.070,66 R$ 9.371,12 R$ 6.178,71
12 R$ 1.882,41 R$ 8.367,07 R$ 5.516,70
13 R$ 1.711,29 R$ 7.470,60 R$ 4.925,63
14 R$ 1.555,71 R$ 6.670,18 R$ 4.397,88
15 R$ 1.414,29 R$ 5.955,52 R$ 3.926,68
16 R$ 1.285,71 R$ 5.317,43 R$ 3.505,97
17 R$ 1.168,83 R$ 4.747,70 R$ 3.130,33
18 R$ 1.062,57 R$ 4.239,02 R$ 2.794,93
19 R$ 965,98 R$ 3.784,84 R$ 2.495,48
20 R$ 878,16 R$ 3.379,32 R$ 2.228,10
VPL R$ 8.172,80 R$ 131.220,44 R$ 55.776,05
TIR 3,44% 33,89% 13,35%
Payback descontado (anos) 13-14 4-5 7-8
Fonte: Elaboração do autor (2019)
82
À partir dos indicadores econômico-financeiros do quadro 01, referentes
aos indicadores de custos e receitas, e dentro do horizonte temporal
pesquisado, com base na receita líquida ajustada as três culturas analisadas
são economicamente viáveis, uma vez que todas apresentaram Valor Presente
Líquido positivo. Segundo os dados analisados, verifica-se que a cultura da
Goiaba foi a que apresentou maior rentabilidade, ou seja, teve VPL
correspondendo ao valor de R$ 131.220,44. A Cultura da manga apresentou
VPL de R$ 55.776,05, também se mostrando um bom projeto de investimento.
A cultura da Acerola apresentou um VPL de R$ 8.172,80, sendo a cultura
menos rentável na comparação entre as três frutíferas do estudo.
Em relação à Taxa Interna de Retorno (TIR), duas das três culturas
apresentaram taxa de retorno superior a esperada pelo investidor, que neste
estudo, corresponde a uma taxa mínima de atratividade de 12% a.a.,
demonstrando assim, a oportunidade de negócio que representam essas
culturas como fonte de renda para produtores e/ou novos investidores.
Observa-se que a menor TIR foi a da cultura da Acerola (3,44%), enquanto que
a maior foi a da cultura do Goiaba (33,89%). Ou seja, a cultura da Goiaba
apresenta maior rentabilidade do que a cultura da Acerola e da Manga, dentro
do horizonte temporal utilizado, assim como para os indicadores de custo e
receita empregados.
Quanto ao Período de Retorno do Investimento (Payback), a cultura da
Goiaba é a cultura com menor tempo de retorno, o resultado apresentado
confirma que esta cultura tem retorno do investimento ao longo do ano quatro.
Isso se deve a obtenção rápida de receita, se comparado com outras frutíferas,
ou seja, já no segundo ano, o que contribuí para o retorno mais rápido do
investimento. A cultura da Manga retorna o investimento feito ao longo do ano
sete, isso se deve a obtenção de receitas por essa cultura perene apenas ao
longo do ano três, o que faz com que se tenha um maior tempo de receita
liquida negativa.
4.5 Análise de sensibilidade das culturas
A análise de sensibilidade avalia o impacto da alteração de uma variável
nos resultados do projeto, sendo a forma mais simples de análise de risco
83
(RABECHINI, 2012). Na prática, esta análise deve ser feita para as variáveis
que apresentam maior impacto nos custos e receitas, ou seja, aquelas às quais
o projeto é mais sensível.
Esta ferramenta permite uma análise mais realista do projeto,
evidenciando os intervalos de valores que as variáveis podem assumir e
mostrando a importância relativa de cada uma. Por outro lado, esta análise não
incorpora a probabilidade de ocorrência de cada valor dentro do intervalo5 e,
em geral, cada variável é analisada de forma individual, dificultando a
visualização de relações de interdependência. Dessa forma, é uma técnica
indicada para projetos simples, com poucas alternativas de implementação e
poucos fatores de risco não-relacionados.
Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações no
indicador de viabilidade do projeto VPL, sob condições de riscos inerentes à
atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a produção,
além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos frutos são
fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por excesso de
produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de outros fatores
determinantes como a participação no mercado e tamanho, enquanto que os
custos são alterados em função do valor do real Brasileiro, custo de mão de
obra, dentre outras.
Com os dados apresentados nas tabelas 7 e 8, verificou-se que para o
cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e
aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$
92.512,54, para a Acerola, um VPL correspondente à R$ 215.243,99 para a
Goiaba e, para a manga, um VPL correspondente à R$ R$ 114.606,93, sendo
assim a cultura a Goiaba continua sendo a cultura mais viável economicamente
ao longo do horizonte temporal estudado.
Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Goiaba, segundo esse
estudo apresenta uma ótima opção de investimento agrícola, sendo uma das
culturas irrigadas mais rentáveis, porém devido a problemas de ordem
fitossanitária, principalmente por ataque de nematoides, isso pode ser um fator
limitante à produção da cultura no estado e consequentemente no Município de
Macaíba/RN.
84
Com base no cenário 2, ou seja, uma situação pouco otimista, em que
tem-se a redução dos custos na ordem de 10% e aumento na receita em 10%,
encontrou-se um VPL de R$ 50.342,67, de R$ 173.232,22 e de R$ 85.191,49
paras as culturas da Acerola, Goiaba e Manga, respectivamente. A cultura da
Acerola, com base nesse cenário ultrapassa o valor presente liquido se
comparado com a Manga, porém a cultura da Goiaba continua sendo a cultura
mais viável nesse cenário.
Avaliando essas duas situações otimistas, a cultura da Acerola foi a que
se mostrou mais sensível, pois apresentou maior ganho quanto a variação
percentual do VPL em relação aos cenários 1 e 2, o que se pode atribuir a
variação do preço de venda dos frutos, a lei da oferta-demanda e a variação
dos custos em função da mão-de-obra necessária para realizar atividades.
Tabela 7. Análise de sensibilidade quanto ao VPL das três culturas frutíferas.
Cenário Variáveis Valor Presente Líquido (R$)
Variação (%) do VPL em relação aos cenários
Acerola Goiaba Manga Acerola Goiaba Manga
Cenário 1 -
Muito Otimista
(-20%C ;
+20%R) R$ 92.512,54 R$ 215.243,99 R$ 114.606,93 1031,96% 64,03% 105,48%
Cenário 2 -
Pouco Otimista
(-10%C ; +10%R)
R$ 50.342,67 R$ 173.232,22 R$ 85.191,49 515,98% 32,02% 52,74%
Cenário 3 - Realista
Sem variação
R$ 8.172,80 R$ 131.220,44 R$ 55.776,05 0,00% 0,00% 0,00%
Cenário 4 -
Pouco Pessimista
(+10%C ; -10%R)
-R$ 33.997,08 R$ 89.208,66 R$ 26.360,61 -515,98% -32,02% -52,74%
Cenário 5 - Muito
Pessimista
(+20%C ; -20%R)
-R$ 76.166,95 R$ 47.196,89 -R$ 3.054,83 -1031,96% -64,03% -105,48%
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Diante do exposto, de acordo com os dados apresentados na Análise
de Sensibilidade do VPL, em relação às variações dos custos e das receitas, a
cultura da Goiaba apresentou VPL positivo em todos os cenários, com isso
apresenta viabilidade suficiente para justificar o investimento no Município de
Macaíba-RN, sendo a cultura com menos risco de investimento. A cultura da
Manga, apesar de apresentar VPL negativo no cenário muito pessimista, é
rentável nos demais cenários, o que demonstra que essa cultura apresenta boa
rentabilidade, sendo indicada para produção no Município do estudo, porém
85
apresenta uma situação de risco negativo, caso os custos elevem bastante e a
receita despenque.
A cultura da Acerola, apesar de apresentar VPL positivo em 3 dos 5
cenários elaborados, é a cultura que apresenta maior risco de investimento,
pois uma mínima variação do cenário realista para o cenário pessimista, esse
investimento se torna inviável economicamente.
Ainda com dados da tabela 7, verifica-se que a Goiaba e a cultura com
menor risco, tanto positivo, quanto negativo, visto que esta é a cultura com a
menor variação do VPL em relação aos cenários construídos. Assim,
demonstra uma boa opção para aqueles investidores que não desejam correr
muito risco em seus investimentos. Para aqueles investidores que buscam um
investimento com maior risco, tanto positivo, quanto negativo, a cultura da
Acerola é a cultura que possui maior variação do VPL em função aos cenários
construídos, assim o investidor pode ter muito sucesso, como pode ter muito
fracasso no projeto de investimento, isso dependerá do cenário efetivamente
seguido. A cultura da manga apresenta uma variação média entre as duas
culturas anteriores, o que demonstra um risco médio de produção.
Tabela 8. Análise de sensibilidade quanto à TIR das três culturas frutíferas.
Cenário Variáveis Taxa interna de Retorno (%)
Variação (%) da TIR em relação aos cenários
Acerola Goiaba Manga Acerola Goiaba Manga
Cenário 1 - Muito
Otimista
1 (-20%C ; +20%R)
39,59% 62,76% 27,47% 1051,91% 85,15% 105,81%
Cenário 2 - Pouco
Otimista
2 (-10%C ; +10%R)
20,40% 47,09% 20,22% 493,71% 38,95% 51,49%
Cenário 3 – Realista
3 (Normal) 3,44% 33,89% 13,35% 0,00% 0,00% 0,00%
Cenário 4 - Pouco
Pessimista
4 (+10%C ; -10%R)
-11,00% 22,35% 6,52% -420,08% -34,05% -51,18%
Cenário 5 - Muito
Pessimista
5 (+20%C ; -20%R)
-23,00% 12,80% -0,81% -769,26% -65,17% -106,08%
Fonte: Elaboração Própria (2019)
De acordo com os dados apresentados na Análise de Sensibilidade da
TIR, em relação às variações dos custos e das receitas, a cultura da Goiaba
apresentou TIR acima da TMA em todos os cenários estudados, com isso
86
apresenta viabilidade suficiente para justificar o investimento no Município de
Macaíba-RN, sendo a cultura que em qualquer cenário o investidor supera a
taxa de retorno esperada.
A cultura da Manga apresenta TIR superior a TMA nos cenários
otimistas e no realista, o que garante o retorno esperado pelo investidor na
maioria dos casos, sendo ainda uma boa indicação para investimento agrícola
no Município do estudo.
A cultura da Acerola, analisando a TIR, é a cultura que apresenta maior
risco de investimento, pois caso os custos se elevem e a receita não se
mantenha o esperado, o investidor não atinge a taxa de retorno esperada, com
isso cabe ao produtor a execução ou não do projeto, assumindo este o risco do
empreendimento.
A análise de sensibilidade é de fundamental importância, principalmente
para aqueles projetos em que a taxa de rentabilidade não é muito grande
podendo, assim, os investidores conhecerem melhor os riscos do projeto. Além
disso, ao comparar a rentabilidade do projeto em si, com as alternativas dadas
pela análise de sensibilidade, nesse caso as receitas, pode-se determinar se o
projeto, em estudo, representa uma decisão acertada para o investimento
permitindo, assim, implementá-lo, pois se conhecem os pontos fracos e fortes
que definirão o seu sucesso.
O sucesso ou fracasso de um investimento depende da maneira como o
produto resultante do investimento é aceito pelo mercado consumidor.
Contudo, dependerá também do tipo de organização do mercado para o
produto considerado. O mercado consumidor muda ao sabor da alteração dos
gostos e das necessidades de cada consumidor individual. É assim que muitos
produtos de grande aceitação, em um dado momento, declinam e, até mesmo,
desaparecem, enquanto outros podem apresentar um crescimento muito
rápido. Em geral, pode-se constatar que a incerteza das receitas é tanto maior
quanto mais inovador é o produto.
87
5 CONCLUSÃO
De acordo com os dados analisados é possível inferir que a análise de
viabilidade econômico-financeira e de risco, indica que:
1) Baseando-se no cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), a cultura da
Goiaba é a mais rentável, seguida das culturas da Manga e da Acerola;
2) A Taxa Interna de Retorno (TIR) é mais atrativa também para a cultura
da Goiaba;
3) De acordo com a análise do Payback, o capital investido retorna mais
rápido para a cultura da Goiaba, ao longo do ano quatro, a Manga ao
longo do ano 7 e a Acerola ao longo do ano 13;
4) Baseando-se na análise de sensibilidade, a cultura que se mostrou mais
sensível ao VPL e à TIR, quando da variação dos custos e receitas foi a
da Acerola, apresentando esta o maior risco, enquanto que o menor
risco está na cultura da Goiaba, por essa ser menos sensível aos
cenários construídos.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O referido trabalho objetivou avaliar, do ponto de vista econômico-
financeiro, a viabilidade da produção de Acerola (Malpighia emarginata),
Goiaba (Psidium guajava) e Manga (Mangifera indica) no município de
Macaíba/RN. Com o presente trabalho, foi possível analisar a viabilidade dos
projetos ponto de vista econômico-financeiro, além de medir o seu risco através
das Análises de Sensibilidade e de Cenários.
Neste sentido, entende-se que a principal contribuição deste estudo foi
aliar o conhecimento acadêmico sobre Economia Rural e Gestão de Projetos,
demonstrando, de forma aplicada a importância da análise de viabilidade
econômico-financeira e de risco de projetos agrícolas. O estudo do projeto de
investimento, bem como dos índices da viabilidade econômico-financeira e de
risco é imprescindível para o sucesso de um empreendimento da nossa área.
A pesquisa e o conhecimento a cerca dos custos de produção, e dos
coeficientes produtivos foi essencial para a elaboração do trabalho, pois serviu
88
para a elaboração detalhada de todos os custos necessários para a
implantação e a manutenção das referidas culturas frutícolas e suas receitas
obtidas. O estudo da fruticultura irrigada foi útil para a realização dos cálculos
dos índices da viabilidade econômico-financeira como o TIR, VPL e o Payback,
além dos índices de risco como elaboração de cenários e análise de
sensibilidade.
Finalizando, conclui-se que para a execução de um projeto de
investimento agrícola, seja qual for o seu porte, torna-se imprescindível, para o
seu sucesso, o conhecimento e elaboração de uma análise de viabilidade, bem
como o cálculo dos índices que atestam a viabilidade ou não do
empreendimento, além de seu risco. O conhecimento da Economia Rural e da
Gestão de Projetos é imprescindível para a viabilidade de qualquer projeto.
6.1 Limitações do Trabalho
Algumas dificuldades foram encontradas na elaboração desse estudo,
um deles foi encontrar embasamento teórico das culturas no âmbito do
município de Macaíba e do estado potiguar, sendo essa uma das partes mais
difícil do trabalho. Com relação aos aspectos de desempenho econômico e
financeiro se encontra poucas informações mais aprofundadas em relação às
culturas estudadas, em que o desejável seria encontrar trabalhos abordando de
forma mais abrangente e esclarecedora esses aspectos. Outro fator limitante
ao trabalho foi a ausência de outros trabalhos para o estado com relação a
essas culturas frutíferas, de modo a realizar comparações entre um trabalho e
outro, contribuindo assim para se fizesse melhorias no estudo. No que
concerne a mais limitações, estas de ordem técnica, cabe mencionar o fato da
imensa dificuldade para estimar os custos de produção das culturas frutíferas
trabalhadas, tendo em vista que poucos trabalhos abordam os elementos de
custo e os coeficientes técnicos dessas culturas, fazendo com que a montagem
do fluxo de caixa tenha sido um trabalho bastante complexo e árduo, porém,
sabe-se que ao final esse é o mais próximo da realidade de um
empreendimento agrícola.
89
6.2 Sugestões de trabalhos futuros
De acordo com os objetivos atingidos na realização desse estudo, este
contribui para o surgimento de novas pesquisas e estudos, tendo em vista que
é de suma importância analisar a viabilidade econômico-financeira das mais
diversas culturas de interesse agrícola. Ao se realizar um estudo desse porte,
tem-se um maior conhecimento e aprofundamento de projetos de investimento
agrícola no estado do RN. Com isso é esperado que as pessoas utilizem este
estudo como base para novas pesquisas, assim como base para escolha de
culturas em projetos de investimento.
90
7. REFERÊNCIAS
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do Melão Potiguar e Cearense (1993 – 2013): Uma Aplicação Do Método
Constant Market Share / Junho, 2017. Acesso em: Agosto/2019
ALVES, J. E.; FREITAS, B. M. Requerimentos de polinização da goiabeira
(Psidium guajava). Ciência Rural, v. 37, n. 05,p.1281-1286, 2008.
AMORIM, Q. S. Resíduos da indústria processadora de polpas de frutas:
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Dissertação (Mestrado) – Curso de Ciência Ambientais. Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia. Itapetinga. 2016.
ASSIS, J. S, LIMA, M.A.C. Produção Integrada de Manga: Manejo Pós-
Colheita e Rastreabilidade. EMBRAPA - Circular Técnica 12/2008 – Petrolina
– PE. 2008.
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ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. 180 p.
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BB. Banco do Brasil. Disponível em: https://www.bb.gov.br/ Acesso em 10 de
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BERY, C. C. S.; VIEIRA, A. C. A.; GUALBERTO, N. C.; CASTRO, A. A.; SILVA,
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Congresso Brasileiro de Engenharia Química. Florianópolis - /SC, 2014.
BISCHOFF, Lissandra. Analise de Projetos de investimentos/ teorias e
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Anexo 1
Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Acerola c/irrigação localizada, em Macaíba/RN
Espaçamento:
4,0 m x 4,0 m Depreciação do sistema de irrigação 5% a.a.
Plantas por
hectare: 625
Preço do Dólar R$ 3,75
Discriminação Unid. Vr. Unit. ANO - I ANO - II ANO -
III ANO - IV ANO - V ANO - VI Total Geral
Participaç
ão (%)
R$ Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total
Insumos
4.380,40
2.822,35 2.788,55 2.798,90 2.798,90
2.798,90 R$ 18388, 17,14
%
. Mudas + 10% Unid. 3,00 680,0
0 2040,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 R$ 2040,00 1,90
%
. Calcário
dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%) Ton. 175,00 0,32 R$ 56,00
0,00
0,00
0,00
0,00 0,00 R$ 56,00
0,05%
. Esterco Bovino (Adubo Orgânico) Ton.
115,00 5,00
575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 R$ 3450,00
3,22%
. Uréia (45%N) Ton. 1980,00
0,13 257,40 0,26 514,80 0,26 514,80 0,30 594,00 0,30 594,00 0,30
594,00 R$ 3069,00
2,86
%
. Superfosfato simples (18% de
P205) Ton.
1480,00
0,35
518,00 0,40 592,00 0,40 592,00 0,40 592,00 0,40 592,00 0,40
592,00 R$ 3478,00
3,24
%
. Cloreto de potássio (60%
K2O) Ton.
1880,00
0,30
564,00 0,25 470,00 0,25 470,00 0,25 470,00 0,25 470,00 0,25
470,00 R$ 2914,00
2,72
%
. FTE-BR 12 - Micronutrientes
25 KG
73,50 1,60
117,60 1,60
117,60 1,6 117,60 1,6 117,60 1,6 117,60 1,6 117,60 R$ 705,600
0,66%
. Dipterex (Triclorfon) -
Inseticida
Lit. 38,00
2,00
76,00 2,00 76,00 3,00 114,00 3,00 114,00 3,00 114,00 3,00
114,00 R$ 608,00
0,57
%
. Fuguran (Oxicloreto de
Cobre) - Fungicida
Kg. 25,00
0,00
0,00 10,00 250,00 10,00 250,00 10,00 250,00 10,00 250,00 10,00
250,00 R$ 1250,00
1,16
%
. Assist (Óleo Mineral) -
Inseticida/Fungicida
Lt. 18,05
1,00
18,05 1,00 18,05 1,00 18,05 1,00 18,05 1,00 18,05 1,00
18,05 R$ 108,300
0,10
%
. Sulfuramida - Formicida
Kg. 12,00 5,00
60,00 3,00 36,00 2,00 24,00 2,00 24,00 2,00 24,00 2,00 24,00 R$ 192,00
0,18%
97
. Extravon - Esp.
Adesivo Lit. 14,75 1,00 14,75 2,00 29,50 2,00 29,50 3,00 44,25 3,00 44,25 3,00
44,25 R$ 206,500
0,19
%
. Tutor Milh. 100,00 0,68 68,00
1,2 120,00
0,7 68,00
0,00
0,00
0,00 R$ 256,00
0,24
%
. Fitilho plástico Kg. 7,80
2,00 15,60 3,00 23,40 2,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 R$ 54,600 0,05
%
. Tesouras de poda Unid. R$ 20,00 4,00 R$ 80,00 R$ 80,00
1,11%
Preparo do solo e
plantio
R$ 2090,00
R$ 2090,00
1,95
%
. Aração (Trator
pneus 50-70CV) H/tr. 120,00
3,5 420,00
R$ 420,00
0,39
%
. Gradagem (Trator pneus 50-70CV)
H/tr. 120,00 1,5
180,00 R$ 180,00
0,17%
. Calagem (Trator pneus 50-70CV)
H/tr. 120,00 2,0
240,00 R$ 240,00
0,22%
. Marcação e
coveamento D/h. 50,00 12,00 600,00
R$ 600,00
0,56
%
. Adubação em fundação
D/h. 50,00 8,00 400,00 R$ 400,00
0,37%
. Plantio e replantio D/h. 50,00 5,00 250,00
R$ 250,00 0,23
%
Tratos culturais/fitossanit
ários 2.440,00
3.430,00 4.250,00 4.750,00 4.900,00
4.900,00 R$ 24670,00
22,99%
. Roço mecanizado (Trator pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 6,0
720,00 4,0
480,00 4,0 480,00 4,0 480,00 4,0 480,00 4,0
480,00 R$ 3120,00
2,91%
. Coroamento D/h. 50,00 10,0 500,00 12,0
600,00 15,0 750,00 20,0 1.000,00 20,0 1.000,00 20,0
1.000,00 R$ 4850,00
4,52%
. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-70CV;
Pulverizador cortina de ar 2000L) H/tr. 120,00 1,0
120,00 5,0
600,00 6,0 720,00 6,0 720,00 6,0 720,00 6,0
720,00 R$ 3600,00
3,36%
.
Irrigação/fertirrigação D/h. 50,00 10,0
500,00 12,0
600,00 15,0 750,00 15,0 750,00 18,0 900,00 18,0
900,00 R$ 4400,00
4,10%
. Poda de
formação/limpeza D/h. 50,00 3,0
150,00 10,0
500,00 15,0 750,00 20,0 1.000,00 20,0 1.000,00 20,0
1.000,00 R$ 4400,00
4,10
%
. Tutoramento D/h. 50,00 5,00
250,00
5,00 250,00
8,00 400,00
8,00 400,00
8,00 400,00 8,00
400,00 R$ 2100,00
1,96%
. Adubação em cobertura D/h. 50,00 4,0 R$ 200,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 R$ 2200,00
18,33%
98
Análises R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 160,00 R$ ,00 R$ 210,00
0,20
%
. Análise de solo Unid. 50,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 50,00
R$ ,00 R$ 100,00
0,09
%
. Análise foliar Unid. 110,00 0,0 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 110,00
R$ ,00 R$ 110,00 0,10
%
Irrigação R$ 7515,00 R$ 585,00 585,00 585,00 585,00 585,00 R$ 10440,00
9,73%
. Equipamentos
(Em dolares)
Unid.
/ 1ha $ 1900, 1,0 R$ 7125,00 0,0 0,0 -
- -
- -
-
- R$ 7125,00
6,64
%
. Energia Kw/h 0,39
1000,
0 R$ 390,00 1500,0 R$ 585,00
1500,
0 585,00
1500,
0 585,00
1500,
0 585,00
1500,
0
585,00 R$ 3315,00
3,09
%
Colheita e pós-colheita -
7.500,00 8.250,00 11.000,00 11.000,00
13.750,00 R$ 51500,00
48,00%
. Colheita e Transporte interno da produção D/h. 50,00 0,0 - 132,0
6.600,00 165,0 8.250,00 220,0 11.000,00 220,0 11.000,00 275,0
13.750,00 R$ 50600,00
47,16%
. Caixa Plástica Agrícola - Hortifruti
100 Unid. 1500,00 0,0 R$ ,00 0,6 R$ 900,00 R$ 900,00
25,00%
R$ ,00
0,00
%
Custo operacional
efetivo (COE) R$ 16475,40
R$
14337,350
R$
15873,550 R$ 19133,90 R$ 19443,90 R$ 22033,90
R$
107298,00
100,0
0%
Custos
administrativos R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$
21612,18, 79,02
%
. 1 Funcionário fixo
p/ 10 hectares Salário 998,00 12,00 R$ 1197,600 12,00 R$ 1197,60 12,00 1.197,60 12,00 1.197,60 12,00 1.197,60 12,00
1.197,60 R$ 7185,60,
26,27
%
. Assistência técnica (Agrônomo)
5% salário 400,00 5,00 R$ 2000,00 5,00 R$ 2000,0 5,00 2.000,00 5,00 2.000,00 5,00 2.000,00 5,00
2.000,00
R$ 12000,00,
43,88%
. Encargos (Sálario) 33,77% 337,02 12,00 R$ 404,43 12,00 R$ 404,430 12,00 404,43 12,00 404,43 12,00 404,43 12,00 404,43 R$ 2426,58,
8,87%
Depreciação R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 2137,50, 7,82
%
. Depreciação do
sistema de irrigação
5% a. a. 356,25 1,0 R$ 356,25 1,0 R$ 356,250 1,0 356,25 1,0 356,25 1,0 356,25 1,0
356,25 R$ 2137,50,
7,82%
Outros R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 3600,00,
13,16
%
. Custo de Oportunidade do
uso da terra há/ano 600,00 1,0 R$ 600,0 1,0 R$ 600,0 1,0 600,00 1,0 600,00 1,0 600,00 1,0
600,00 R$ 3600,00,
13,16
%
99
Custo Operacional total (COT) R$ 4558,280
R$
4558,280
R$ 4558,280 R$ 4558,280 R$ 4558,280 R$ 4558,280 R$ 27349,68, 100,00%
Custo Total R$ 21033,68
R$ 1889
5,63
R$
20431,83 R$ 23692,18 R$ 24002,18 R$ 26592,18 R$ 134647,68, 100,00%
Produtividades Unid. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI
Acerola Ton. 0,00 12,00 15,00 20,00 20,00 25,00
Receita Preço de venda da Acerola (Kg) R$ R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30
Receita Bruta R$ R$ ,00 R$ 15600,00 R$ 19500,00 R$ 26000,00 R$ 26000,00 R$ 32500,00
Receita Liquida R$ -R$ 21033,68 -R$ 3295,63 -R$ 931,83 R$ 2307,82 R$ 1997,82 R$ 5907,82
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Anexo 2
Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Goiaba c/irrigação localizada, em Macaíba/RN
Variedade: Paluma
Depreciação do sistema de irrigação 5% a.a.
Espaçamento: 7,0 m. x 7,0 m.
Plantas por hectare:
204 Preço do Dólar
R$ 3,75
Discriminação Unid. Vr. Unit. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI
Total Geral
Participação (%)
R$ Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total
Insumos R$ 3693,15 R$ 3390,1 R$ 3120,2
R$
3172,3 R$ 3172,3
R$
3172,3 R$ 19720,35 24,34%
. Mudas + 10% Unid. 5,00 225,0 R$ 1125,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 1125,00 1,39%
. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%) Ton. 175,00 0,4 R$ 70,00
R$ 70,00 0,09%
. Esterco Bovino (Adubo Orgânico) Ton. 115,00 8,0 R$ 920,00 8,0 R$ 920,00 8,0 R$ 920,00 8,0
R$ 920,00 8,0 R$ 920,00 8,0
R$ 920,00
R$ 5520,00 6,81%
. Uréia Ton. 1980,00 0,25 R$ 495,00 0,30 R$ 594,00 0,30 R$ 594,00 0,30 R$
594,00 0,30 R$ 594,00 0,30 R$
594,00 R$ 3465,00 4,28%
. Superfosfato
simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a
12% de enxofre Ton. 1480,00 0,3 R$ 444,00 0,35 R$ 518,00 0,35 R$ 518,00 0,35
R$
518,00 0,35 R$ 518,00 0,35
R$
518,00
R$ 3034,00 3,74%
. Cloreto de potássio (KCl): 60
% de K20 Ton. 1880,00 0,15 R$ 282,00 0,20 R$ 376,00 0,20 R$ 376,00 0,20
R$
376,00 0,20 R$ 376,00 0,20
R$
376,00
R$ 2162,00 2,67%
. Fertamin -
Micronutrientes Lit. 18,70 3,0 R$ 56,100 6,0 R$ 112,200 6,0 R$ 112,200 8,0
R$
149,600 8,0 R$ 149,600 8,0
R$
149,600 R$ 729,300 0,90%
. Sulfuramida - Formicida Kg. 12,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00
R$ 216,00 0,27%
. Decis 25 CE (Deltamethrin) - Inseticida Lit. 75,30 1,0 R$ 75,3 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2
R$ 1581,300 1,95%
. Cupravit Azul (Oxicloreto de cobre) -
Fungicida Lit. 20,25 4,0 R$ 81,00 8,0 R$ 162,00 8,0 R$ 162,00 8,0
R$
162,00 8,0 R$ 162,00 8,0
R$
162,00
R$ 891,00 1,10%
. Dithane PM (Mancozeb) -
Fungicida Kg. 38,75 0,0
- 3,00 R$ 116,25 0,0
- 0,0
- 0,0
- 0,0
-
R$ 116,2500 0,14%
101
. Kocide
(Hidróxido de cobre) - Fungicida Kg. 65,50
- 2,00 R$ 131,00
-
R$ 131,00 0,16%
. Gramoxone 200 SC (Paraquat) - Herbicida Lit. 35,70 2,0 R$ 71,400 2,0 R$ 71,400 2,0 R$ 71,400 2,0
R$ 71,400 2,0 R$ 71,400 2,0
R$ 71,400
R$ 428,400 0,53%
. Nimitz EC (Fluensulfona) -
Nematicida Lit. 20,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00
R$ 180,00 0,22%
. Extravon - Esp. Adesivo Lit. 14,70 0,5 R$ 7,3500 1,5 R$ 22,0500 2,0 R$ 29,400 3,0
R$ 44,100 3,0 R$ 44,100 3,0
R$ 44,100
R$ 191,100 0,24%
. Tutor Milh. 100,00 0,30 R$ 30,00 0,3 R$ 30,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 191,100 0,24%
. Fitilho plástico Kg. 7,80 1,0 7,80 3,00 23,40 3,00 23,40 3,00 R$ 23,40 2,00 R$ 15,60 2,00 R$ 15,60 R$ 60,00 0,07%
. Tesouras de poda Unid. R$ 20,00 3,00 R$ 60,00
R$ 60,00 0,07%
Preparo do solo e plantio R$ 2060,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 2060,00 2,54%
. Aração (Trator
pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 3,5 R$ 420,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 420,00 0,52%
. Gradagem (Trator pneus 50-
70CV) H/tr. 120,00 1,5 R$ 180,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 180,00 0,22%
. Marcação e coveamento D/h. 50,00 12,0 R$ 600,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 600,00 0,74%
. Transporte interno de
insumos H/tr. 120,00 0,5 R$ 60,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 60,00 0,07%
. Adubação em fundação D/h. 50,00 10,0 R$ 500,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 500,00 0,62%
. Plantio e replantio D/h. 50,00 6,0 R$ 300,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 300,00 0,37%
Tratos
culturais/fitossanitários R$ 3580,00 R$ 4930,00 R$ 6130,00
R$ 6380,00 R$ 6630,00
R$ 6630,00
R$ 34280,00 42,31%
. Capinas mecanizadas (Trator pneus 50-
70CV) H/tr. 120,00 4,0 R$ 480,00 4,0 R$ 480,00 4,0 R$ 480,00 4,0
R$
480,00 4,0 R$ 480,00 4,0
R$
480,00
R$ 2880,00 3,55%
. Coroamento D/h. 50,00 10,0 R$ 500,00 10,0 R$ 500,00 15,0 R$ 750,00 15,0 R$
750,00 15,0 R$ 750,00 15,0 R$
750,00 R$ 4000,00 4,94%
. Poda de condução/produç D/h. 50,00 11,0 R$ 550,00 13,0 R$ 650,00 16,0 R$ 800,00 16,0
R$ 800,00 16,0 R$ 800,00 16,0
R$ 800,00
R$ 4400,00 5,43%
102
ão
. Desbaste/Raleio D/h. 50,00 0,0 R$ ,00 3,0 R$ 150,00 10,0 R$ 500,00 15,0 R$
750,00 20,0 R$ 1000,00 20,0 R$
1000,00 R$ 3400,00 4,20%
. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-
70CV; Pulverizador cortina de ar
2000L) H/tr. 120,00 5,0 R$ 600,00 10,0 R$ 1200,00 15,0 R$ 1800,00 15,0
R$
1800,00 15,0 R$ 1800,00 15,0
R$
1800,00
R$ 9000,00 11,11%
. Tutoramento D/h. 50,00 7,0 R$ 350,00 3,0 R$ 150,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 500,00 0,62%
. Irrigação/fertirrigação D/h. 50,00 15,0 R$ 750,00 20,0 R$ 1000,00 20,0 R$ 1000,00 20,0
R$ 1000,00 20,0 R$ 1000,00 20,0
R$ 1000,00
R$ 5750,00 7,10%
. Adubação em cobertura D/h. 50,00 7,0 R$ 350,00 16,0 R$ 800,00 16,0 R$ 800,00 16,0
R$ 800,00 16,0 R$ 800,00 16,0
R$ 800,00
R$ 4350,00 5,37%
Análises R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 160,00 R$ ,00 R$ 210,00 0,26%
. Análise de solo Unid. 50,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 100,00 0,12%
. Análise foliar Unid. 110,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 110,00 R$ ,00 R$ ,00
R$ 110,00 0,14%
Irrigação R$ 7515,00 R$ 780,00
780,00
780,00
780,00
780,00 R$ 11415,00 14,09%
. Equipamentos
(Em dolares)
Unid.
/ 1ha em
dolar
es
$
1900, 1,0 R$ 7125,00
R$ 7125,00 8,79%
. Energia Kw/h 0,39 1000,
0 R$ 390,00 2000,
0 R$ 780,00 2000,
0
780,00 2000,
0
780,00 2000,
0
780,00 2000,
0
780,00 R$ 4290,00 5,29%
Colheita e pós colheita 1670,00 R$ ,00 R$ 1390,00 R$ 1680,00
R$ 2960,00 R$ 3560,00
R$ 3960,00
R$ 13550,00 16,72%
. Colheita manual D/h. 50,00 R$ ,00 14,0 R$ 700,00 24,0 R$ 1200,00 40,0 R$
2000,00 52,0 R$ 2600,00 60,0 R$
3000,00 R$ 9500,00 11,72%
. Caixa Plástica
Agrícola - Hortifruti
100 Unid. 1500,00 R$ ,00 0,3 R$ 450,00
R$ 450,00 0,56%
. Transporte
interno H/tr. 120,00 R$ ,00 2,0 R$ 240,00 4,0 R$ 480,00 8,0
R$
960,00 8,0 R$ 960,00 8,0
R$
960,00 R$ 3600,00 4,44%
Custo operacional
efetivo (COE) R$
16848,150 R$
10490,10 R$
11710,20 R$
13292,30 R$
14142,30 R$
14542,30
R$ 81025,3500
100,00%
103
Produtividades Unid. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI
Goiaba Ton. 0,00 7,00 12,00 20,00 26,00
30,00
Receita
Preço de venda da goiaba (Kg) R$ R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75
Receita bruta R$ R$ 0,00 R$ 12250,00 R$ 21000,00 R$ 35000,00 R$ 45500,00 R$ 52500,00
Receita Liquida R$ -R$ 22206,43 -R$ 3598,38 R$ 3931,52 R$ 16349,42 R$ 25999,42 R$ 32599,42
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Total geral
Participaç
ão (%)
Custos
administrativos
R$
4402,030
R$
4402,030
R$
4402,030
R$
4402,030
R$
4402,030
R$
4402,030 R$ 26412,18, 82,15%
. 1 Funcionário fixo p/ 10 ha
Salário 998,00 12,00
R$ 1197,600 12,00 R$ 1197,60 12,00
1.197,60 12,00
1.197,60 12,00
1.197,60 12,00
1.197,60
R$ 7185,60, 22,35%
. Assistência técnica (Agrônomo)
5% salário / há 400,00 7,00 R$ 2800,00 7,00 R$ 2800,0 7,00
2.800,00 7,00
2.800,00 7,00
2.800,00 7,00
2.800,00
R$ 16800,00, 52,26%
. Encargos (Sálario)
33,77% 337,02 12,00 R$ 404,43 12,00 R$ 404,430 12,00
404,43 12,00
404,43 12,00
404,43 12,00
404,43
R$ 2426,58, 7,55%
Depreciação R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$
356,25 R$ 356,25 R$
356,25 R$ 2137,50, 6,65%
. Depreciação do
sistema de irrigação
5% a. a. 356,25 1,0 R$ 356,25 1,0 R$ 356,250 1,0
356,25 1,0
356,25 1,0
356,25 1,0
356,25
R$ 2137,50, 6,65%
Outros R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00
R$
600,00 R$ 600,00
R$
600,00 R$ 3600,00, 11,20%
. Custo de Oportunidade do
uso da terra
há/an
o 600,00 1,0 R$ 600,0 1,0 R$ 600,0 1,0
600,00 1,0
600,00 1,0
600,00 1,0
600,00
R$ 3600,00, 11,20%
Custo Operacional total (COT)
R$ 5358,280
R$ 5358,280
R$ 5358,280
R$ 5358,280
R$ 5358,280
R$ 5358,280
R$ 32149,68, 100,00%
Custo Total R$
22206,43 R$
15848,38 R$
17068,48 R$
18650,58 R$
19500,58 R$
19900,58
Anexo 3
Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Manga c/irrigação localizada, em Macaíba/RN
Variedade: Tommy Atkins Depreciação do sistema de irrigação 5% a.a.
Espaçamento: 8,0 m. x 5,0 m.
Plantas por
hectare: 250
Preço do Dólar R$ 3,75
Discriminação Unid. Vr. Unit. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI Total Geral
Participação (%)
R$ Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total
Insumos
4.723,25
3.943,20
4.642,35
5.225,40
5.671,90
6.250,60 R$ 30456,7 38,34%
. Mudas + 10% Unid. 6,00 275,0 1.650,00
-
- -
- R$ 1650,00 2,08%
. Esterco de Caprino (Adubo Orgânico) Ton. 165,00 5,0
825,00 5,0
825,00 5,0
825,00 5,0
825,00 5,0
825,00 5,0
825,00 R$ 4950,00 6,23%
. Uréia Ton. 1980,00
0,30 594,00 0,35
693,00 0,35
693,00 0,35
693,00 0,35
693,00 0,35
693,00 R$ 4059,00 5,11%
. Superfosfato
simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a 12%
de enxofre Ton.
1480,00
0,45
666,00 0,50
740,00 0,50
740,00 0,50
740,00 0,50
740,00 0,50
740,00 R$ 4366,00 5,50%
. Cloreto de potássio (KCl): 60
% de K20 Ton.
1880,00
0,20
376,00 0,25
470,00 0,25
470,00 0,25
470,00 0,25
470,00 0,25
470,00 R$ 2726,00 3,43%
. Fertamin -
Micronutrientes Lit. 18,70 4,0 R$ 74,800 8,0
149,60 16,0
R$
299,200 16,0
R$
299,200 16,0 R$ 299,200 16,0
R$
299,200
R$
1421,200 1,79%
. Compact zinco - Micronutrientes Lit. 14,75 2,0 R$ 29,500 3,0
44,25 4,0 R$ 59,00 4,0 R$ 59,00 4,0 R$ 59,00 4,0 R$ 59,00
R$ 309,7500 0,39%
. Gesso Ton. 150,00 0,2 R$ 30,00 0,0 - 0,0
- 0,0
- 0,0 - 0,0
- R$ 30,00 0,04%
. Calcário
dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%) Ton. 175,00 0,4 R$ 70,00 R$ 70,00 2,43%
. Cultar 250 SC (Paclobutrazol 25%) - Inibidor de
Cresc. Lt. 335,00 0,0
- 0,0
- 2,0
670,00 3,0
1.005,00 4,0
1.340,00 5,0
1.675,00 R$ 4690,00 5,90%
. Gramoxone 200 SC (Paraquat) - Lit. 35,70 6,0
214,20 6,0
214,20 6,0
214,20 6,0
214,20 6,0
214,20 6,0
214,20
R$ 1285,200 1,62%
105
Herbicida
. Formicida - Sulfuramida Kg. 12,00 3,0
36,00 3,0
36,00 3,0
36,00 3,0
36,00 3,0
36,00 3,0
36,00 R$ 216,00 0,27%
. Decis 25 CE (Deltamethrin) - Inseticida Lit. 75,30 1,0
75,30 1,0
75,30 1,0
75,30 1,0
75,30 1,0
75,30 1,0
75,30 R$ 451,800 0,57%
. Reconil (Oxicloreto de
cobre) - Fungicida Kg. 37,75 1,0
37,75 1,0
37,75 2,0
75,50 4,0
151,00 4,0
151,00 4,0
151,00 R$ 604,00 0,76%
. Dipterex 500 (triclorfon) -
Inseticida Lit. 55,75 0,0
- 2,0
111,50 4,0
223,00 6,0
334,50 8,0
446,00 10,0
557,50
R$
1672,500 2,11%
. Dithane PM (Mancozeb) -
Fungicida Kg. 38,75 0,0
- 6,0
232,50 0,0
- 0,0
- 0,0 - 0,0
- R$ 232,500 0,29%
. Cercobin (Thiophanate
Methyl) - Fungicida Kg. 39,50 0,0
- 0,0
- 2,0
79,00 2,0
79,00 2,0
79,00 3,0
118,50 R$ 355,500 0,45%
. Kumulus DF (Enxofre 800 g/kg )
- Fungicida Kg. 8,10 0,0
- 20,0
162,00 0,0
- 0,0
- 0,0 - 0,0
- R$ 162,00 0,20%
. Vertimec 18 CE
(Abamectin) - Ins.acar. Natural Lit. 92,70 0,0
- 1,0
92,70 1,5
139,05 2,0
185,40 2,0
185,40 3,0
278,10
R$ 880,6500 1,11%
. Extravon -
Espalhante Adesivo Lit. 14,70 1,0
14,70 2,0
29,40 3,0
44,10 4,0
58,80 4,0
58,80 4,0
58,80 R$ 264,600 0,33%
. Tutor Milh. 100,00 0,3 30,00 0,3
30,00
-
- -
- R$ 60,00 0,08%
Preparo do solo e plantio
1.600,00 R$ 1600,00 2,01%
. Aração (Trator pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 3,0
360,00 R$ 360,00 0,45%
. Gradagem (Trator
pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 2,0
240,00 R$ 240,00 0,30%
. Marcação e coveamento D/h. 50,00 10,0
500,00 R$ 500,00 0,63%
. Adubação em fundação D/h. 50,00 6,0
300,00 R$ 300,00 0,38%
. Plantio e replantio D/h. 50,00 4,0 200,00 R$ 200,00 0,25%
Tratos
culturais/fitossanitários
3.570,00
3.670,00
4.530,00
4.560,00
4.780,00
5.760,00
R$ 26870,00 33,83%
106
. Capinas
mecanizadas (Trator pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 6,0
720,00 6,0
720,00 6,0
720,00 3,0
360,00 2,0
240,00 2,0
240,00 R$ 3000,00 3,78%
. Poda formação/produção D/h. 50,00 8,0
400,00 8,0
400,00 8,0
400,00 8,0
400,00 10,0
500,00 20,0
1.000,00 R$ 3100,00 3,90%
. Pulverização costal D/h. 50,00 12,0
600,00 12,0
600,00 0,0
- 0,0
- 0,0 - 0,0
- R$ 1200,00 1,51%
. Pulverização
tratorizada (Trator pneus 50-70CV; Pulverizador cortina
de ar 2000L) H/tr. 120,00 0,0
- 0,0
- 4,0
480,00 6,0
720,00 8,0
960,00 10,0
1.200,00 R$ 3360,00 4,23%
. Indução da floração H/tr. 120,00 0,0
- 0,0
- 4,0
480,00 4,0
480,00 4,0
480,00 6,0
720,00 R$ 2160,00 2,72%
. Irrigação/fertirrigação H/tr. 50,00 15,0
750,00 15,0
750,00 18,0
900,00 18,0
900,00 18,0
900,00 18,0
900,00 R$ 5100,00 6,42%
. Tutoramento D/h. 50,00 2,0 100,00 2,0
100,00 4,0
200,00 4,0
200,00 4,0
200,00 4,0
200,00 R$ 1000,00 1,26%
. Coroamento D/h. 50,00 10,0 500,00 10,0
500,00 15,0
750,00 18,0
900,00 18,0
900,00 18,0
900,00 R$ 4450,00 5,60%
. Adubação em
cobertura D/h. 50,00 10,0
500,00 12,0
600,00 12,0
600,00 12,0
600,00 12,0
600,00 12,0
600,00 R$ 3500,00 4,41%
Análises - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R R$ 160,00 $ R$ ,00 R$ 160,00 0,20%
. Análise de solo Unid. 50,00 1,0 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ 100,00 0,13%
. Análise foliar Unid. 110,00 - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 110,00 R$ ,00 R$ 110,00 0,14%
Irrigação R$ 7515,00
R$
780,00
780,00
780,00
780,00
780,00
R$
11415,00 14,37%
. Equipamentos (Em dólares)
Unid. / 1ha $ 1900, 1,0 R$ 7125,00 R$ 7125,00 8,97%
. Energia Kw/h 0,39 1000,
0 R$ 390,00 2000,
0 R$
780,00 2000,
0 780,00
2000,0
780,00
2000,0
780,00
2000,0
780,00 R$ 4290,00 5,40%
Colheita e pós colheita
-
-
-
1.490,00
1.480,00
2.760,00
3.200,00 R$ 8930,00 11,24%
.
Colheita/classificação/embalagem D/h. 50,00 0,0
- 0,0
- 10,0
500,00 20,0
1.000,00 36,0
1.800,00 40,0
2.000,00 R$ 5300,00 6,67%
. Caixa Plástica
Agrícola - Hortifruti 100 Unid. 1500,00 0,0 R$ ,00 R$ ,00 0,5
750,00
- -
- R$ 750,00 17,48%
. Transporte interno H/tr. 120,00 0,0 - 0,0
- 2,0
240,00 4,0
480,00 8,0
960,00 10,0
1.200,00 R$ 2880,00 3,63%
107
R$ ,00 0,00%
Custo operacional
efetivo (COE)
R$
17408,250
R$
8393,20
R$ 11442,35
0
R$
12045,40
R$
14151,90
R$
15990,60
R$
79431,700 100,00%
Total geral Participação
(%)
Custos
administrativos R$ 560,203
R$
560,203
R$
560,203
R$
560,203 R$ 560,203
R$
560,203
R$
3361,22, 36,94%
. Funcionário fixo Salário 998,00 12,00
R$
1197,600 12
R$
1197,60 12
1.197,60 12
1.197,60 12
1.197,60 12
1.197,60
R$
7185,60, 78,97%
. Assistência técnica (Agrônomo)
5% salário 400,00 10,00 R$ 4000,00 10
R$ 4000,0 10
4.000,00 10
4.000,00 10
4.000,00 10
4.000,00
R$ 24000,00, 263,77%
. Encargos (Sálario) 33,77% 337,02 12,00 R$ 404,43 12 R$
404,430 12 404,43 12
404,43 12
404,43 12
404,43
R$ 2426,58, 26,67%
Depreciação R$ 356,25
R$
356,25
R$
356,25
R$
356,25 R$ 356,25
R$
356,25
R$
2137,50, 23,49%
. Depreciação do sistema de
irrigação
5% a. a.
356,25 1,0 R$ 356,25 1,0
R$
356,250 1,0
356,25 1,0
356,25 1,0
356,25 1,0
356,25
R$
2137,50, 23,49%
Outros R$ 600,00
R$
600,00
R$
600,00
R$
600,00 R$ 600,00
R$
600,00
R$
3600,00, 39,57%
. Custo de Oportunidade do
uso da terra há/ano 600,00 1,0 R$ 600,0 1,0 R$ 600,0 1,0
600,00 1,0
600,00 1,0
600,00 1,0
600,00
R$
3600,00, 39,57%
0,00%
Custo Operacional total (COT)
R$ 1516,453
R$ 1516,453
R$ 1516,453
R$ 1516,453
R$ 1516,453
R$ 1516,453
R$ 9098,72, 100,00%
Custo Total R$ 18924,7
R$
9909,65
R$
12958,8
R$
13561,85
R$
15668,35
R$
17507,05
Produtividades Unid. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI
Manga Ton. 0,00 0,00 3,00 6,00 18,00 26,00
Receita Preço de venda da Manga (Kg) R$ R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50
Receita bruta R$ R$ ,00 R$ ,00 R$ 4500,00 R$ 9000,00 R$ 27000,00 R$ 39000,00
Receita Liquida R$ -R$ 18924,70 -R$ 9909,65 -R$ 8458,80 -R$ 4561,85 R$ 11331,65 R$ 21492,95
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Anexo 4
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 1.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 16826,944 R$ ,0 -R$ 16826,944 -R$ 15297,221 -R$ 15297,221
2 -R$ 15116,504 R$ 18720,0 R$ 3603,496 R$ 2978,096 -R$ 12319,125
3 -R$ 16345,464 R$ 23400,0 R$ 7054,536 R$ 5300,178 -R$ 7018,948
4 -R$ 18953,744 R$ 31200,0 R$ 12246,256 R$ 8364,358 R$ 1345,410
5 -R$ 19201,744 R$ 31200,0 R$ 11998,256 R$ 7449,973 R$ 8795,383
6 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 10006,010 R$ 18801,393
7 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 9096,372 R$ 27897,765
8 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 8269,429 R$ 36167,195
9 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 7517,663 R$ 43684,858
10 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 6834,239 R$ 50519,097
11 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 6212,945 R$ 56732,042
12 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 5648,132 R$ 62380,173
13 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 5134,665 R$ 67514,838
14 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 4667,877 R$ 72182,716
15 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 4243,525 R$ 76426,241
16 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 3857,750 R$ 80283,991
17 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 3507,045 R$ 83791,036
18 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 3188,223 R$ 86979,259
19 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 2898,385 R$ 89877,643
20 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 2634,895 R$ 92512,538
Total Total Total Total
-R$ 405550,55
R$ 689520,0
R$ 283969,448 R$ 92512,538
VPL R$ 92512,538
TIR 39,59%
Payback 3-4
TMA 12,00%
109
Anexo 5
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 2.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida
RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 18930,312 R$ ,0 -R$
18930,312 -R$ 17209,374 -R$ 17209,374
2 -R$ 17006,067 R$ 17160,0 R$ 153,933 R$ 127,218 -R$ 17082,156
3 -R$ 18388,647 R$ 21450,0 R$ 3061,353 R$ 2300,040 -R$ 14782,116
4 -R$ 21322,962 R$ 28600,0 R$ 7277,038 R$ 4970,315 -R$ 9811,801
5 -R$ 21601,962 R$ 28600,0 R$ 6998,038 R$ 4345,231 -R$ 5466,570
6 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 6670,410 R$ 1203,840
7 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 6064,009 R$ 7267,849
8 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 5512,736 R$ 12780,585
9 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 5011,578 R$ 17792,163
10 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 4555,980 R$ 22348,143
11 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 4141,80 R$ 26489,943
12 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 3765,273 R$ 30255,215
13 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 3422,975 R$ 33678,190
14 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 3111,796 R$ 36789,986
15 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2828,905 R$ 39618,891
16 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2571,732 R$ 42190,623
17 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2337,938 R$ 44528,561
18 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2125,398 R$ 46653,959
19 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 1932,180 R$ 48586,139
20 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 1756,527 R$ 50342,667
Total Total Total Total
-R$ 456244,371
R$ 632060,0
R$ 175815,63 R$ 50342,67
VPL R$ 50342,67
TIR 20,40%
Payback 5-6
TMA 12,00%
110
Anexo 6
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 4.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida
RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 23137,047 R$ ,0 -R$
23137,047 -R$ 21033,680 -R$ 21033,680
2 -R$ 20785,192 R$ 14040,0 -R$ 6745,192 -R$ 5574,539 -R$ 26608,219
3 -R$ 22475,012 R$ 17550,0 -R$ 4925,012 -R$ 3700,235 -R$ 30308,454
4 -R$ 26061,397 R$ 23400,0 -R$ 2661,397 -R$ 1817,770 -R$ 32126,224
5 -R$ 26402,397 R$ 23400,0 -R$ 3002,397 -R$ 1864,253 -R$ 33990,476
6 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,789 -R$ 33991,265
7 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,717 -R$ 33991,982
8 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,652 -R$ 33992,634
9 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,593 -R$ 33993,227
10 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,539 -R$ 33993,766
11 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,490 -R$ 33994,256
12 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,445 -R$ 33994,701
13 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,405 -R$ 33995,106
14 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,368 -R$ 33995,474
15 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,335 -R$ 33995,808
16 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,304 -R$ 33996,112
17 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,276 -R$ 33996,389
18 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,251 -R$ 33996,640
19 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,228 -R$ 33996,869
20 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,208 -R$ 33997,076
Total Total Total Total
-R$ 557632,009
R$ 517140,0
-R$ 40492,01 -R$ 33997,08
VPL -R$ 33997,08
TIR -11,06%
Payback 0
TMA 12,00%
111
Anexo 7
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 5.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida
RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ , R$ , R$ , R$ , R$ , 1 -R$ 25240,42 R$ ,00 -R$ 25240,42 -R$ 22945,83 -R$ 22945,83 2 -R$ 22674,76 R$ 12480,00 -R$ 10194,76 -R$ 8425,42 -R$ 31371,25 3 -R$ 24518,2 R$ 15600,00 -R$ 8918,2 -R$ 6700,37 -R$ 38071,62 4 -R$ 28430,62 R$ 20800,00 -R$ 7630,62 -R$ 5211,81 -R$ 43283,44 5 -R$ 28802,62 R$ 20800,00 -R$ 8002,62 -R$ 4968,99 -R$ 48252,43 6 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 3336,39 -R$ 51588,82 7 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 3033,08 -R$ 54621,9 8 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2757,35 -R$ 57379,24 9 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2506,68 -R$ 59885,92 10 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2278,8 -R$ 62164,72 11 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2071,63 -R$ 64236,35 12 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1883,3 -R$ 66119,66 13 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1712,09 -R$ 67831,75 14 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1556,45 -R$ 69388,2 15 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1414,95 -R$ 70803,16 16 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1286,32 -R$ 72089,48 17 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1169,38 -R$ 73258,86 18 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1063,08 -R$ 74321,94 19 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 966,43 -R$ 75288,37 20 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 878,58 -R$ 76166,95
Total Total Total Total
-R$ 608325,83 R$ 459680,0
-R$ 148645,828
-R$ 76166,948
VPL -R$ 76166,948
TIR -23,40%
Payback 0
TMA 12,00%
112
Anexo 8
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 1.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 17765,144 R$ ,0 -R$ 17765,144 -R$ 15861,735 -R$ 15861,735
2 -R$ 12678,704 R$ 14700,0 R$ 2021,296 R$ 1611,365 -R$ 14250,370
3 -R$ 13654,784 R$ 25200,0 R$ 11545,216 R$ 8217,657 -R$ 6032,713
4 -R$ 14920,464 R$ 42000,0 R$ 27079,536 R$ 17209,535 R$ 11176,822
5 -R$ 15600,464 R$ 54600,0 R$ 38999,536 R$ 22129,384 R$ 33306,206
6 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 23851,958 R$ 57158,164
7 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 21296,391 R$ 78454,556
8 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 19014,635 R$ 97469,191
9 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 16977,353 R$ 114446,544
10 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 15158,351 R$ 129604,894
11 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 13534,242 R$ 143139,136
12 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 12084,144 R$ 155223,280
13 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 10789,415 R$ 166012,695
14 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 9633,406 R$ 175646,101
15 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 8601,255 R$ 184247,356
16 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 7679,692 R$ 191927,048
17 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 6856,868 R$ 198783,916
18 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 6122,204 R$ 204906,120
19 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 5466,253 R$ 210372,373
20 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 4880,583 R$ 215252,956
Total Total Total Total
-R$ 313426,51 R$ 1081500,0 R$ 768073,488 R$ 215252,956
VPL R$ 215252,956
TIR 62,76%
Payback 3-4
TMA 12,00%
113
Anexo 9
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 2.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 19985,787 R$ ,0 -R$ 19985,787 -R$ 17844,452 -R$ 17844,452
2 -R$ 14263,542 R$ 13475,0 -R$ 788,542 -R$ 628,621 -R$ 18473,073
3 -R$ 15361,632 R$ 23100,0 R$ 7738,368 R$ 5508,018 -R$ 12965,055
4 -R$ 16785,522 R$ 38500,0 R$ 21714,478 R$ 13799,944 R$ 834,889
5 -R$ 17550,522 R$ 50050,0 R$ 32499,478 R$ 18441,077 R$ 19275,965
6 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 20183,920 R$ 39459,885
7 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 18021,357 R$ 57481,242
8 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 16090,497 R$ 73571,739
9 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 14366,515 R$ 87938,254
10 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 12827,246 R$ 100765,50
11 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 11452,898 R$ 112218,398
12 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 10225,802 R$ 122444,20
13 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 9130,180 R$ 131574,380
14 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 8151,947 R$ 139726,327
15 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 7278,524 R$ 147004,851
16 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 6498,682 R$ 153503,533
17 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 5802,395 R$ 159305,927
18 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 5180,709 R$ 164486,637
19 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 4625,633 R$ 169112,270
20 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 4130,030 R$ 173242,30
Total Total Total Total
-R$ 352604,826 R$ 991375,0 R$ 638770,17 R$ 173242,30
VPL R$ 173242,30
TIR 47,10%
Payback 3-4
TMA 12,00%
114
Anexo 10
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 4.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 24427,072 R$ ,0 -R$ 24427,072 -R$ 21809,886 -R$ 21809,886
2 -R$ 17433,217 R$ 11025,0 -R$ 6408,217 -R$ 5108,592 -R$ 26918,478
3 -R$ 18775,327 R$ 18900,0 R$ 124,673 R$ 88,739 -R$ 26829,738
4 -R$ 20515,637 R$ 31500,0 R$ 10984,363 R$ 6980,761 -R$ 19848,977
5 -R$ 21450,637 R$ 40950,0 R$ 19499,363 R$ 11064,462 -R$ 8784,515
6 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 12847,842 R$ 4063,327
7 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 11471,288 R$ 15534,615
8 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 10242,221 R$ 25776,836
9 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 9144,840 R$ 34921,676
10 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 8165,036 R$ 43086,712
11 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 7290,211 R$ 50376,923
12 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 6509,117 R$ 56886,040
13 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 5811,711 R$ 62697,751
14 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 5189,028 R$ 67886,779
15 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 4633,061 R$ 72519,840
16 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 4136,661 R$ 76656,501
17 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 3693,448 R$ 80349,949
18 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 3297,721 R$ 83647,670
19 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 2944,394 R$ 86592,064
20 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 2628,923 R$ 89220,987
Total Total Total Total
-R$ 430961,454 R$ 811125,0 R$ 380163,55 R$ 89220,99
VPL R$ 89220,99
TIR 22,36%
Payback 5-6
TMA 12,00%
115
Anexo 11
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 5.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ , R$ , R$ , R$ , R$ , 1 -R$ 26647,72 R$ , -R$ 26647,72 -R$ 23792,6 -R$ 23792,6 2 -R$ 19018,06 R$ 9800, -R$ 9218,06 -R$ 7348,58 -R$ 31141,18 3 -R$ 20482,18 R$ 16800, -R$ 3682,18 -R$ 2620,9 -R$ 33762,08 4 -R$ 22380,7 R$ 28000, R$ 5619,3 R$ 3571,17 -R$ 30190,91 5 -R$ 23400,7 R$ 36400, R$ 12999,3 R$ 7376,15 -R$ 22814,76 6 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 9179,8 -R$ 13634,95 7 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 8196,25 -R$ 5438,7 8 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 7318,08 R$ 1879,38 9 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 6534, R$ 8413,39 10 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 5833,93 R$ 14247,32 11 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 5208,87 R$ 19456,19 12 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 4650,77 R$ 24106,96 13 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 4152,48 R$ 28259,44 14 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 3707,57 R$ 31967, 15 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 3310,33 R$ 35277,33 16 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2955,65 R$ 38232,99 17 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2638,97 R$ 40871,96 18 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2356,23 R$ 43228,19 19 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2103,77 R$ 45331,96 20 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 1878,37 R$ 47210,33
Total Total Total Total
-R$ 470139,77 R$ 721000,0 R$ 250860,232 R$ 47210,330
VPL R$ 47210,33
TIR 12,80%
Payback 0
TMA 12,00%
116
Anexo 12
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 1.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 15139,762 R$ ,0 -R$ 15139,762 -R$ 13517,645 -R$ 13517,645
2 -R$ 7927,722 R$ ,0 -R$ 7927,722 -R$ 6319,932 -R$ 19837,577
3 -R$ 10367,042 R$ 5400,0 -R$ 4967,042 -R$ 3535,443 -R$ 23373,019
4 -R$ 10849,482 R$ 10800,0 -R$ 49,482 -R$ 31,447 -R$ 23404,466
5 -R$ 12534,682 R$ 32400,0 R$ 19865,318 R$ 11272,115 -R$ 12132,352
6 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 16614,642 R$ 4482,291
7 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 14834,502 R$ 19316,793
8 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 13245,091 R$ 32561,884
9 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 11825,974 R$ 44387,858
10 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 10558,905 R$ 54946,763
11 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 9427,594 R$ 64374,357
12 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 8417,495 R$ 72791,852
13 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 7515,620 R$ 80307,473
14 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 6710,375 R$ 87017,848
15 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 5991,407 R$ 93009,254
16 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 5349,470 R$ 98358,724
17 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 4776,313 R$ 103135,037
18 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 4264,565 R$ 107399,602
19 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 3807,647 R$ 111207,249
20 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 3399,685 R$ 114606,934
Total Total Total Total
-R$ 266903,33 R$ 750600,0 R$ 483696,673 R$ 114606,934
VPL R$ 114606,934
TIR 27,47%
Payback 5-6
TMA 12,00%
117
Anexo 13
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 2.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 17032,233 R$ ,0 -R$ 17032,233 -R$ 15207,351 -R$ 15207,351
2 -R$ 8918,688 R$ ,0 -R$ 8918,688 -R$ 7109,923 -R$ 22317,274
3 -R$ 11662,923 R$ 4950,0 -R$ 6712,923 -R$ 4778,126 -R$ 27095,40
4 -R$ 12205,668 R$ 9900,0 -R$ 2305,668 -R$ 1465,293 -R$ 28560,693
5 -R$ 14101,518 R$ 29700,0 R$ 15598,482 R$ 8850,998 -R$ 19709,695
6 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 13751,819 -R$ 5957,876
7 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 12278,410 R$ 6320,534
8 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 10962,866 R$ 17283,40
9 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 9788,273 R$ 27071,673
10 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 8739,530 R$ 35811,202
11 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 7803,151 R$ 43614,354
12 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 6967,099 R$ 50581,453
13 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 6220,625 R$ 56802,078
14 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 5554,129 R$ 62356,207
15 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 4959,044 R$ 67315,251
16 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 4427,718 R$ 71742,968
17 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 3953,319 R$ 75696,288
18 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 3529,749 R$ 79226,037
19 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 3151,562 R$ 82377,599
20 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 2813,895 R$ 85191,494
Total Total Total Total
-R$ 300266,243 R$ 688050,0 R$ 387783,76 R$ 85191,49
VPL R$ 85191,49
TIR 20,22%
Payback 6-7
TMA 12,00%
118
Anexo 14
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 4.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0
1 -R$ 20817,173 R$ ,0 -R$ 20817,173 -R$ 18586,762 -R$ 18586,762
2 -R$ 10900,618 R$ ,0 -R$ 10900,618 -R$ 8689,906 -R$ 27276,668
3 -R$ 14254,683 R$ 4050,0 -R$ 10204,683 -R$ 7263,492 -R$ 34540,160
4 -R$ 14918,038 R$ 8100,0 -R$ 6818,038 -R$ 4332,987 -R$ 38873,146
5 -R$ 17235,188 R$ 24300,0 R$ 7064,812 R$ 4008,764 -R$ 34864,383
6 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 8026,173 -R$ 26838,210
7 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 7166,226 -R$ 19671,984
8 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 6398,416 -R$ 13273,569
9 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 5712,871 -R$ 7560,697
10 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 5100,778 -R$ 2459,919
11 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 4554,266 R$ 2094,346
12 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 4066,309 R$ 6160,655
13 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 3630,633 R$ 9791,288
14 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 3241,637 R$ 13032,925
15 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2894,318 R$ 15927,243
16 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2584,213 R$ 18511,456
17 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2307,333 R$ 20818,789
18 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2060,119 R$ 22878,907
19 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 1839,392 R$ 24718,299
20 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 1642,314 R$ 26360,613
Total Total Total Total
-R$ 366992,075 R$ 562950,0 R$ 195957,93 R$ 26360,61
VPL R$ 26360,61
TIR 6,52%
Payback 10-11
TMA 12,00%
119
Anexo 15
Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 5.
Fonte: Elaboração Própria (2019)
Períodos (anos)
Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa
cumulativo
0 R$ , R$ , R$ , R$ , R$ , 1 -R$ 22709,64 R$ , -R$ 22709,64 -R$ 20276,47 -R$ 20276,47 2 -R$ 11891,58 R$ , -R$ 11891,58 -R$ 9479,9 -R$ 29756,37 3 -R$ 15550,56 R$ 3600, -R$ 11950,56 -R$ 8506,18 -R$ 38262,54 4 -R$ 16274,22 R$ 7200, -R$ 9074,22 -R$ 5766,83 -R$ 44029,37 5 -R$ 18802,02 R$ 21600, R$ 2797,98 R$ 1587,65 -R$ 42441,73 6 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 5163,35 -R$ 37278,38 7 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 4610,13 -R$ 32668,24 8 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 4116,19 -R$ 28552,05 9 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 3675,17 -R$ 24876,88 10 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 3281,4 -R$ 21595,48 11 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2929,82 -R$ 18665,66 12 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2615,91 -R$ 16049,74 13 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2335,64 -R$ 13714,11 14 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2085,39 -R$ 11628,72 15 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1861,96 -R$ 9766,76 16 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1662,46 -R$ 8104,3 17 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1484,34 -R$ 6619,96 18 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1325,3 -R$ 5294,66 19 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1183,31 -R$ 4111,35 20 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1056,52 -R$ 3054,83
Total Total Total Total
-R$ 400354,99 R$ 500400,0 R$ 100045,009 -R$ 3054,827
VPL R$ 47210,33
TIR -0,81%
Payback 0
TMA 12,00%