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Introdução
• Basicamente, considera-se
o ESPAÇO como a dimensão
geral da existência humana:
o homem tem necessidade de
estabelecer relações vitais
com o meio ambiente em que
vive, de modo a conferir
sentido e ordem ao mundo
de ações e acontecimentos.
• Para Platão (427-347 a.C.), o ESPAÇO era mãe e receptáculo de todas as coisas criadas pelo homem: um nada que existia na NATUREZA, contendo (ou não) tudo que havia e pudesse ser percebido.
• Já para Aristóteles (384-322 a.C.), o espaço consistia em
um campo dinâmico com direções e propriedades
qualitativas, que estabelecia as dimensões
básicas do mundo (GEOMETRIA).
• No século XVII, o ESPAÇO passou
a ser entendido como um
sistema de coordenadas
cartesianas ou ortogonais (Eixos
x-y-z), surgidas a partir de René
Descartes (1595-1650).
• O conceito grego de espaço,
natural e unificado, acabou
sendo dividido em múltiplos
outros espaços: os espaços
físicos concretos e os espaços
matemáticos abstratos,
inventados para descrever
e simular os anteriores.
• Finalmente, em princípios do século passado, a TEORIA
DA RELATIVIDADE, proposta por Albert Einstein (1879-
1955), substituiu a idéia de “pedaços” de matéria
situados em um campo tridimensional por uma série
de “acontecimentos” em um espaço-tempo de
04 (quatro) dimensões.
Espaço Arquitetônico
• O ESPAÇO ARQUITETÔNICO é
o resultado da organização do
espaço e do tempo, a partir da
análise das relações entre seus
elementos e suas regras
subjacentes.
• Isto depende de valores e
normas dos diferentes grupos
sociais, as quais influenciam
expectativas, comportamentos
e significados.
• Contrapondo-se ao meio
ambiente ou espaço natural,
o espaço arquitetônico envolve
02 (duas) instâncias :
o ESPAÇO EDIFICADO
(fechado e privado,
relativo à arquitetura)
o ESPAÇO URBANO
(aberto e público,
relativo ao urbanismo).
• De modo diverso que na matemática e na geometria,
o ESPAÇO ARQUITETÔNICO não é um conceito
absoluto, mas sim relativo, pois varia conforme a
dimensão e a posição do usuário, modificando-se
de acordo com o movimento do observador.
• Assim, é possível se definir 02 (duas) categorias:
Espaço estático: determinado pelas superfícies
e suas qualidades plásticas (forma, dimensões,
textura, luz, cor, fechamentos e aberturas, etc.)
Espaço dinâmico: determinado pelo movimento,
ou seja, a variação na posição no tempo, o que
depende dos elementos de percepção ambiental
1 Com continuidade visual e espacial
2 Com continuidade visual e sem
continuidade espacial
3 Sem continuidade visual e espacial
• Segundo CHING (1999),
os principais elementos do
espaço arquitetônico são:
a) LINHAS: consistem em um elemento invisível que influi em todos os seres humanos, mesmo
aqueles indiferentes à cor, conforme seu sentido e direção.
Basicamente, pode ocupar 04 posições fundamentais:
vertical (sinal de alerta, força e dignidade); horizontal
(sensação de repouso, quietude e amplidão); oblíqua (linha de fuga,
vitalidade e movimento) e curva (alegria, animação e frivolidade).
b) PLANOS: correspondem à
abstração geométrica das
superfícies e constituem-se
no elemento de delimitação,
seja vertical como horizontal,
controlando a continuidade
visual e espacial; filtrando
os fluxos de ar, luz e som; e
proporcionando a sensação
de fechamento (tetos, pisos,
paredes, divisórias e muros).
c) SUPERFÍCIES: relacionam-se à
textura (qualidade das sensações
tácteis) e estão diretamente
ligadas aos materiais que se
utilizam no espaço, pois, conforme
a sua natureza, podem produzir
sensações diferentes
(polida/rugosa, dura/macia,
opaca/transparente, etc.).
Sua escolha e combinação
promovem impressões de limpeza,
frieza, frescor, opulência, etc.
d) VOLUMES ou CHEIOS: elementos que conferem
tridimensionalidade à arquitetura (massas), estabelecendo
suas dimensões espaciais, escala e proporção; podendo
ser contínuos ou não, simples ou compostos; por
justaposição, por articulação e por interpenetração.
e) ABERTURAS ou VAZIOS: promovem acessos e ligações espaciais, além de vistas e entradas de ar, luz e som. São elementos que podem ser isolados, em grupo ou contínuos; laterais, em arestas ou superiores (zenitais); verticais, horizontais ou oblíquos.
e) CORES: consistem em um
elemento de fundamental
importância na composição
de espaços arquitetônicos,
pois é carregado de
significados e pode criar
ilusões de tamanho e
profundidade.
-Efeitos físicos
-Efeitos fisiológicos
-Efeitos sinestésicos
-Efeitos psicológicos
Bibliografia APOSTILA – Capítulo 10.
BOLLNOW, O. F. O homem e o espaço. Curitiba: UFPR,
2008.
CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.
COUTINHO, E. O espaço da arquitetura. 2. ed. São
Paulo: Perspectiva, 1998.
HALL, E. T. A dimensão oculta. Trad. Sônia Coutinho.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
SILVA, E. Uma introdução ao projeto arquitetônico. 2. ed.
Porto Alegre: UFRGS, 1998.
SNYDER, J. C.; CATANESE, A. Introdução à arquitetura. Rio
de Janeiro: Campus, 1984.