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IVÁN RICARDO GARCÍA MERINO
“Articulador virtual”
Precisão dos contatos oclusais observados em modelos virtuais
em comparação com modelos reais
São Paulo
2018
IVÁN RICARDO GARCÍA MERINO
“Articulador virtual” Precisão dos contatos oclusais observados em modelos
virtuais em comparação com modelos reais
Versão Original
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas para obter o título de Doutor em Ciências.
Área de concentração: Prótese Dentária
Orientador: Prof. Dr. Pedro Tortamano Neto
São Paulo
2018
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Catalogação-na-Publicação Serviço de Documentação Odontológica
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
García Merino, Iván Ricardo.
“Articulador virtual” Precisão dos contatos oclusais observados em modelos virtuais em comparação com modelos reais / Iván Ricardo García Merino; orientador Pedro Tortamano Neto -- São Paulo, 2018.
71 p. : fig., tab. ; 30 cm. Tese (Doutorado) -- Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas.
Área de Concentração: Prótese Dentária. -- Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
Versão original
1. Articulador virtual. 2. CAD/CAM. 3. Oclusão dentária. I. Tortamano Neto, Pedro. II. Título.
García Merino IR. “Articulador virtual” Precisão dos contatos oclusais observados em modelos virtuais em comparação com modelos reais.Tese apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências.
Aprovado em: / /2018
Banca Examinadora
Prof(a). Dr(a).______________________________________________________
Instituição: ________________________Julgamento: ______________________
Prof(a). Dr(a).______________________________________________________
Instituição: ________________________Julgamento: ______________________
Prof(a). Dr(a).______________________________________________________
Instituição: ________________________Julgamento: ______________________
Este trabalho está dedicado a meus pais Leopoldo e Leonor, á minha esposa Carol e
aos meus filhos Nicolás e Carol. Pela paciência, compreensão e apoio incondicional
nesta fase profissional que sem eles teria sido impossível concluir com sucesso.
AGRADECIMENTOS
A Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo pela oportunidade
em realizar o convênio de Doutorado Interinstitucional - DINTER com a Universidade
Central do Equador, dando todo suporte e aprendizado ao longo desta Pós-
Graduação.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES do
governo federal do Brasil, por aprovar este projeto DINTER, proporcionando
oportunidade única na história da Odontologia do nosso país.
A nossa Faculdade de Odontologia da Universidade Central do Equador pelo
apoio e incentivo a mim como docente e agora como aluno de pós-graduação da USP.
A meu orientador Prof. Dr. Pedro Tortamano Neto e sua equipe, Lauren, André,
Diego e Roberta por ter me orientado com excelência a realização desta pesquisa,
com dedicação, competência, amor e entrega na docência.
A quem se tornaram meus amigos, Michel, Gabriela e Claudio, que além de
possibilitar a minha participação neste doutorado, me ajudaram quando eu precisei,
obrigado por compartilhar comigo seus conhecimentos e ensinamentos.
Na professora Dalva Cruz Laganá por sua amizade e legal recebimento na
estadia em Sao Paulo.
Ao Rogeiro de Oliveira por brindarem sua amizade desinteressada, convites e
momentos legais com a sua família.
Ao Carlos Francci por compartilhar corridas e momentos inesquecíveis e abrir
as portas da sua casa para mim.
Ao Paulo Francisco Cesar por permitir disfrutar do arte do seu Pai.
Aos professores do pós-graduação da Universidade Nacional Autônoma de
México (UNAM) por seus ensinamentos e oportunidades dadas, as quais me fizeram
aproveitar ao máximo o período em que estive na Universidade.
Ao Dr. Raul Velasteguí por seus ensinos e me passar o caminho a ser seguido
no período de graduação na Universidade Central do Equador.
Á todos os professores que fizeram parte da minha graduação na Universidade
Central do Equador.
Assim como os funcionarios da pós-graduação da Universidade de São Paulo
Alessandra Moreira, Cátia Tiezzi e Carlos Augusto Bordignon,
As funcionarias do departamento de prótese dentária Coraçi Aparecida de
Morais e Marcia Santos que estavam sempre prontas para me ajudar.
À funcionária Glauci Damasio Fidelis da biblioteca, pelo auxílio e paciência na
formatação deste trabalho.
Ao funcionário da seção técnica de informática Alcimar Jorge Ambrosio, que
sempre esteve pronto para me ajudar com a programação e tudo relacionado para o
bom funcionamento da informática.
A tecnología não é nada. O importante é que você tenha fé nas pessoas, que elas
sejam basicamente boas e inteligentes e, se você lhes der ferramentas, elas
farão coisas maravilhosas com elas.
Steve Jobs
RESUMO
García Merino IR. “Articulador virtual” Precisão dos contatos oclusais observados em modelos virtuais em comparação com modelos reais [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia; 2018. Versão Original.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro a precisão dos contatos
oclusais obtidos em pacientes dentados por meio do articulador virtual. Materiais e
Métodos: Trinta e seis modelos foram obtidos de pacientes dentados e montados em
articulador semi ajustavel (ASA) A7 Plus (Bio-art). O registo intermaxilar foi realizado
utilizando silicone occlufast Rock (Zhermack). Após a montagem em articulador, os
contatos oclusais foram demarcados nos modelos de gesso com carbono de 20 μm
de espessura (AccuFilm), os quais foram utilizados como valores de referência. Com
o intuito de obter modelos virtuais, os modelos de gesso foram então digitalizados por
meio de um scanner laboratorial (Dental Wings 7, Straumann). Realizou-se a
calibração do articulador virtual de acordo com as recomendações do fabricante e os
contatos oclusais nos modelos digitais foram obtidos automaticamente por meio do
respectivo software. A análise quantitativa dos contatos oclusais foi realizada
independentemente por dois examinadores, de forma que cada examinador repetiu a
contagem duas vezes com um intervalo de 48h entre as medições. A concordância
intra e inter examinadores, assim como a correlação entre os contatos oclusais obtidos
em modelos virtuais e modelos de gesso foram avaliados estatisticamente por meio
do coeficiente Kappa com nível de significância = 5%. A concordância intra-
examinador foi de 0.93 a 0.98 (p < 0,001), enquanto que a concordância entre os
examinadores variou entre 0.61 a 0.67 (p < 0,001) para ambos modelos virtuais e de
gesso. Os contatos obtidos em modelos virtuais e modelos de gesso convencionais
apresentaram uma concordância entre 0.52 a 0.55 (p < 0,001). Conclusão: Dentre as
limitações apresentadas pelo presente estudo, foi possível concluir que o articulador
virtual apresentou uma precisão moderada para a determinação dos contatos oclusais
em pacientes dentados.
Palavras-chave: Articulador virtual. CAD-CAM.Oclusão.
ABSTRACT
García Merino IR. "Virtual articulator" Accuracy of occlus contacts observed in virtual models compared to real models [thesis]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia; 2018. Versão Original.
Objective: The objective of the study was to evaluate in vitro the accuracy of occlusal
contacts obtained in patients through the virtual articulator. Materials and Methods:
Thirty-six models were obtained from patients and mounted on a semi-adjustable
articulator (ASA) A7 Plus (Bio-art). The intermaxillary registration was performed using
silicone occlufast rock (Zhermack). After mounting in the articulator, the occlusal
contacts were delimited in the 20 μm thick carbon film (AccuFilm), which were used as
reference values. In order to obtain virtual models, the gypsum models were scanned
with a laboratory scanner (Dental Wings 7, Straumann). The virtual articulator
calibration was performed according to the manufacturer's recommendations and the
occlusal contacts in the digital models were obtained automatically through the
corresponding software. Results: The quantitative analysis of the occlusal contacts
was performed independently by two examiners, so that each examiner repeated the
count twice with a 48h interval between measurements. The intra and inter-examiner
agreement, as well as the correlation between the occlusal contacts obtained in virtual
models and gypsum models were statistically evaluated using the Kappa coefficient
with significance level α=5%. The intra-examiner agreement was 0.93 to 0.98 (p
<0.001), whereas the agreement between the examiners ranged from 0.61 to 0.67 (p
<0.001) for both virtual and gyspsum models. The contacts obtained in virtual models
and conventional gypsum models showed an agreement between 0.52 and 0.55 (p
<0.001). Conclusion: Considering the limitations of the present study, it was possible
to conclude that the virtual articulator showed a moderate precision for the
determination of occlusal contacts in patients.
Keywords: Virtual Articulator. CAD-CAM. Occlusion.
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1 - A,B,C,D,E - Toma de registro com arco facial ...................................... 40 Figura 4.2 - A, B ,C, D Montagem en articulador ..................................................... 41 Figura 4.3 - A, B - Toma de registro de mordida em MIC ........................................ 41 Figura 4.4 - Marcando os pontos de contato com o carbono nos modelos reais .... 42 Figura 4.5 - Pontos de contato obtidos no modelo real ........................................... 42 Figura 4.6 - Scanner de bancada ............................................................................ 43 Figura 4.7 - Conjunto de placas e bolachas ............................................................ 43 Figura 4.8 - A, B - Bloco de gesso e bolachas prontas para se scanear ................. 44 Figura 4.9 - Asa pronto para a calibração ............................................................... 44 Figura 4.10 - A, B, C Reposicionamento digital das placas de interface ................... 45 Figura 4.11 - A, B, C Digitalização dos modelos montados no Articulador ................ 46 Figura 4.12 - A, B, C, D, E, F Fixação virtual dos modelos e pontos de contato virtuais
obtidos .................................................................................................. 46 Figura 4.13 - Áreas dos dentes para registro e nomenclatura das áreas dentais ..... 47
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1- Concordância intra-examinador para contatos reais e virtuais ............. 49
Tabela 5.2- Concordância inter-examinador para contatos reais e virtuais ............. 51
Tabela 5.3- Concordância entre contatos reais e virtuais ....................................... 52
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATM articulação temporomandibular
CAD computer aided design (desenho assistido por computador)
CAM computer aided manufacturing (fabricação assistida por computador)
CEREC ceramic reconstruction (reconstrução cerámica)
MIC máxima intercuspidação
MPa mega Pascal
RRM relação máximo mandibular
RPM rotações por minuto
ASA articulador semiajustável
µm micrômetros
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 23
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 25
3 PROPOSIÇÃO ......................................................................................................... 37
4 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 39
5 RESULTADOS ......................................................................................................... 49
6 DISCUSSÃO ............................................................................................................ 55
7 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 59
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 61
ANEXOS .................................................................................................................. 67
23
1 INTRODUÇÃO
A confecção de restaurações protéticas com o auxílio da tecnologia digital em
ambiente clínico e laboratorial, estão embasadas em uma literatura especializada, que
apresenta um número crescente de trabalhos voltados à avaliação dos reais
benefícios de montagens dessas restaurações em articuladores virtuais, com
destaque para a efetividade destes em relação aos seus contatos oclusais reais.
Sem dúvida, o uso dos sistemas CAD-CAM (CAD – desenho assistido por
computador e CAM – fabricação assistida por computador) constitui o presente e o
futuro na produção de restaurações protéticas. A complexidade e a versatilidade
desses sistemas aumentam a cada dia, o que os torna mais completos e adaptáveis
às necessidades clínicas e laboratoriais (1).
A tecnologia CAD-CAM evoluiu muito desde a década de 80 até o presente
com o objetivo de produzir restaurações de maior qualidade utilizando materiais
produzidos industrialmente e um processo de fabricação padronizado. (2), desde o
sistema PROCERA em 1983, muitas funções e melhorias foram adicionadas aos
diferentes sistemas CAD-CAM, começando com CEREC 1 (3), mas é até 2012 quando
o articulador virtual é incorporado com base em valores médios (4).
Para a confecção de diferentes restaurações protéticas ideais são
necessários estudos adicionais para avaliar a simulação de contatos oclusais reais
por modelos virtuais, obtidos a partir de impressões digitais intra orais (5).
Na odontologia, a tecnologia de realidade virtual será útil para proporcionar
uma melhor educação por meio de simulação e na melhora de procedimentos de
trabalho que são limitados convencionalmente, por exemplo, o articulador mecânico
que poderia ser substituído pelo articulador virtual (6).
Portanto, a identificação do número, da localização e do tamanho desses
contatos oclusais bem como das forças aplicadas são essenciais no estudo da
disfunção da mastigação, razão pela qual se faz necessário uma ferramenta que
24
identifique e quantifique os parâmetros oclusais sem a interferência causada pela
técnica de análise (7).
O estabelecimento do contato oclusal adequado é um dos principais fatores
para o sucesso da reabilitação oral. A fidedignidade do registro promove a integração
das restaurações indiretas no sistema mastigatório do paciente, e o articulador virtual
auxilia na precisão da oclusão estática e dinâmica, proporcionando a otimização do
resultado final de próteses dentárias desenhadas virtualmente (8).
Este estudo tem como objetivo a avaliação da precisão dos pontos de contatos
virtuais obtidos a partir de modelos de gesso escaneados e fixados em articulador
virtual, tomando como referência os pontos de contato obtidos no modelo de gesso
real previamente fixado em um articulador semiajustável (ASA).
25
2 REVISÃO DA LITERATURA
O articulador é instrumento mecânico que simula as articulações
temporomandibulares (ATM) dos maxilares superior e inferior para a reprodução de
alguns ou de todos os movimentos mandibulares (9):
a) Articulador classe I, articulador não ajustável ou charneira - instrumento
simples, capaz de aceitar um único registro estático e realiza apenas
movimentos verticais.(9)
b) Articulador classe II - instrumento que permite movimentos horizontais e
verticais, porém não relacionados a ATM (9).
c) Articulador classe III ou articulador semiajustável - instrumento que
simula os movimentos condilares por meio de equivalentes mecânicos para
o todo ou parte do movimento; permite a orientação dos modelos com
relação às articulações; pode ser do tipo arcon ou não arcon(9).
d) Articulador classe IV ou articulador totalmente ajustável - instrumento
que aceita registros dinâmicos tridimensionais; permite o registro das
relações intermaxilares e a reprodução de todas as características dos
movimentos mandibulares (9).
Atualmente existe outro tipo de articulador, denominado articulador virtual,
produzido por softwares específicos e desenvolvido para a obtenção de melhores
resultados clínicos. O articulador virtual pode ser completamente ajustável ou
matematicamente simulado (10).
A história do articulador como instrumento de reprodução dos movimentos
mandibulares teve início há mais de 100 anos. No transcorrer desse período, foram
propostos e desenvolvidos diferentes articuladores com objetivos de obtenção de
registros interoclusais adequados e reprodução mais fidedigna dos movimentos
mandibulares (11).
26
Nos tratamentos dentários protéticos, o articulador é utilizado para o
diagnóstico, o planejamento e o tratamento reabilitador. Nesse contexto, o articulador
semiajustável simplifica a rotina clínica diária e reduz o número de sessões, de
intervenções no paciente durante a consulta, possibilitando procedimentos mais
precisos e menos danosos ao sistema estomatognático (11).
O articulador semi-ajustável (ASA) desempenha um papel importante na
odontologia, pois permite um diagnóstico e planejamento adequado do tratamento
para promover a saúde bucal de nossos pacientes. O ASA reduz a intervenção dos
protodontistas, simplifica a rotina clínica diária, reduzindo o número de sessões, o
tempo da cadeira e a necessidade de intervenções na boca do paciente, além de
permitir procedimentos mais precisos, sem danificar o sistema estomatognático (12).
Para a montagem dos modelos dentais em um ASA deve-se usar um arco facial
para transferir a relação entre a maxila e o eixo horizontal e transversal (12). Este é
um arco de precisão e orientação dos modelos maxilares, embora os pontos de
referência anatômica variem entre indivíduos (13).
É possível obter a montagem adequada das arcadas quando duas relações são
estabelecidas:
1. A distância do arco maxilar a partir do eixo intercondilar, registrada
pelo posicionamento do eixo no articulador (14).
2. A relação tridimensional entre o plano oclusal maxilar e o crânio (15).
Por tanto pode-se estabelecer uma orientação correta do plano oclusal, fator
mais importante que ajuda a desenvolver uma oclusão que é compatível com o
movimento funcional do sistema estomatognático(16).
A maior parte dos cirurgiões-dentistas realiza apenas um exame clínico para o
diagnóstico em prótese, sem levar em conta que o uso do ASA poderia ajudar muito
no diagnóstico e no tratamento protéticos (11).
Ao longo do tempo, o ASA foi aprimorado e evoluiu, porém ainda apresenta
limitações por não possuir os elementos anatômicos, como músculos e ligamentos, o
27
que pode promover erros. Mas pode ser uma boa ferramenta auxiliar na reabilitação
bucal adequada, tanto estética quanto funcional, dos pacientes (17).
Como anteriormente mencionado, ao longo do tempo, diferentes articuladores
foram propostos para registrar os movimentos complexos da mandíbula. Dentre tais
instrumentos, destacam-se os articuladores totalmente ajustáveis e os ASAs. Os
articuladores totalmente ajustáveis simulam com exatidão os movimentos
mandibulares, com uso limitado ao ajuste (17).
Os ASA inicialmente foram criticados por não reproduzir a ATM do paciente
como nos movimentos extrusivos feitos para a frente e em cêntrica. (18). O movimento
de lateralidade se diferencia do que ocorre no paciente pelas distâncias do articulador
e movimentos internos da cavidade glenóide (19).
Assim sendo, e depois de muita pesquisa, foi proposto o ASA modificado,
instrumento mecânico que representa a ATM e as arcadas superior e inferior no qual
podem ser fixados modelos maxilares e mandibulares, para simular alguns ou todos
os movimentos mastigatórios (19). A técnica de programação de um ASA é manual, e
utiliza o registro interoclusalprotrusivo (16).
O ARTICULADOR VIRTUAL
O articulador virtual pode ser definido como uma ferramenta de software para
um melhor resultado clínico baseado na tecnologia da realidade virtual. Existem dois
tipos de articuladores virtuais, o completamente ajustável e o matematicamente
simulado (10).
Articulador virtual totalmente ajustável:
• Reproduz caminhos de movimento exatos da mandíbula usando um
sistema eletrônico de registro de mandíbula (10).
• Os arcos dentários digitalizados movem-se ao longo desses caminhos de
movimento que podem ser visualizados na tela do computador, consistindo
28
de três janelas principais que mostram o mesmo movimento dos arcos de
diferentes planos (10).
• Um articulador virtual 3D totalmente ajustável é capaz de reproduzir todos
os movimentos do articulador (10).
• Esses articuladores virtuais permitem configurações adicionais, como
movimentos curvos ou outros movimentos para ajustes nas configurações
ideais.
Articulador virtual matematicamente simulado:
• Reproduz movimentos do articulador com base na simulação matemática
de movimentos articulatórios (10).
• A principal desvantagem é que ele se comporta como um articulador de
valor médio e não é possível obter caminhos de movimento individualizados
de cada paciente (10).
O articulador virtual se destina a ser utilizado como ferramenta para a análise
das complexas relações oclusais estáticas e dinâmicas simulando o movimento
mandibular e proporcionando uma visualização dinâmica dos contatos oclusais (20).
Na odontologia, o fluxo de trabalho CAD/CAM compreende uma restauração
indireta desenhada por computador e fresada por um torno/impressora 3D. O primeiro
sistema CAD/CAM foi desenvolvido por Duret et al. (1971) mas não foi amplamente
utilizado em virtude da falta de precisão da digitalização, entre outros fatores. Na
década seguinte, Mormann e Brandestini desenvolveram o sistema denominado
ceramic reconstruction (CEREC) em Zurique (Suíça). O CEREC foi responsável pelo
aumento exponencial do emprego da tecnologia CAD/CAM em todo o mundo (21).
As reabilitações orais protéticas podem ser realizadas com ou sem o auxílio
das tecnologias e são denominadas de acordo com a sua utilização. O método
convencional é quando se não utiliza tecnologias, através de moldagem e o trabalho
realizado em laboratório; já o método CAD/CAM utiliza um fluxo de trabalho digital
através de escaneamento e confecção do trabalho com máquinas. Devido a
29
desenvolvimentos mais recentes, o método do fluxo de trabalho digital prospectivo
vem sendo constantemente aperfeiçoado. Com respeito a isso, a questão chave é se
seria possível transferir os dados do paciente, as arcadas digitalizadas e sua posição
no crânio, diretamente ao computador usando o articulador virtual (1).
Além disso, a variabilidade inerente dos materiais e métodos para registro
interoclusal também podem causar distorções da oclusão do paciente. Dessa forma,
fazer uma impressão digital é mais seguro com o auxílio de um instrumento de
escaneamento intraoral, mais prático, rápido e possivelmente de qualidade superior,
os moldes dentários físicos neste caso são gerados software e são montados em MIC
(17).
O advento da tecnologia digital revolucionou o fluxo de trabalho protético.
Imagens dentais digitais obtidas por varredura intraoral podem ser mescladas com
imagens faciais tridimensionais (3D), como tomografia computadorizada de feixe
cônico (TCFC) ou estereofotogrametria (SP), para gerar um modelo de paciente virtual
(VPM). Para simular movimentos da mandíbula, foram desenvolvidos articuladores
virtuais. Ao identificar um número de pontos de referência faciais no VPM, a relação
entre a maxila e o THA pode ser transferida para o articulador virtual. No entanto, os
autores desconhecem um protocolo estabelecido para o registro do plano horizontal
do paciente no NHP para articuladores virtuais, descrito neste artigo.(17).
Vantagens do articulador virtual:
Proporciona melhor qualidade de comunicação entre o dentista e o técnico em
prótese dentária, dando uma simulação de dados específicos do paciente de forma
real e um análise tanto da oclusão estática quanto dinâmica, além de fornecer um
análise estomatognatica e condições articulares, funcionando como um navegador 3D
(22).
30
Limitações do articulador virtual
Custo elevado, pois requer escâneres digitais, sensores digitais, software e
diferentes tipos de modelos de articulador virtual que imitam a mecânica de acordo
com a necessidade de cada paciente (22). Conhecimento sobre a tecnologia CAD /
CAM,.e habilidades técnicas em relação à interpretação de dados gravados a partir
de escâneres, sensores, pequenos ajustes, incorporação de parâmetros de
movimento, etc. (22)
As relações funcionais entre os erros oclusais e os ajustes nos articuladores
têm sido objeto de numerosas investigações, porém, não se sabe com que frequência
ocorrem erros de tal magnitude na prática (23).
O número, localização e tamanho dos contatos oclusais, as forças aplicadas e
as medidas quantitativas são de vital importância no estudo das disfunções
mastigatórias, sendo necessário uma ferramenta que identifique e quantifique esses
parâmetros oclusais (7).
Dada a importância de identificar os pontos oclusais, D'Long, em 2002, realizou
um estudo laboratorial dos contatos oclusais construídos a partir de imagens
tridimensionais de modelos dentários e registros interoclusais com contatos obtidos
por meio do uso de métodos convencionais (7).
A criação de um paciente virtual a partir dos registros clínicos pode fornecer
informações quantitativas que ajudarão o dentista a avaliar a função mastigatória e no
planejamento de tratamentos mais adequados. As comparações computadorizadas
sequenciais ao longo do tempo de um mesmo paciente identificariam e mediriam o
desgaste oclusal e as mudanças nos tecidos duros e moles (7).
O dentista analisaria os resultados por meio de representações gráficas dos
arcos visualizadas em 3D, as relações entre os parâmetros de contato e as forças
oclusais estimadas a partir do desgaste oclusal poderiam proporcionar tomadas de
medidas quantitativas e não invasivas da função oclusal auxiliando no processo
restaurador (7) O que é crucial para a técnica proposta é a capacidade de alinhar com
31
precisão as imagens computadorizadas das arcadas dentárias para que elas
reproduzam a oclusão do paciente (7).
Tendo em conta os parâmetros articulares específicos para cada paciente, um
"articulador virtual" integrado a um software permitiria simular a oclusão dinâmica,
portanto, uma posição dos pontos de contato guiada por computador que interferem
no momento da preparação de uma restauração protética (24).
Os ASA comumente utilizados têm limitações importantes: o movimento da
mandíbula não é exatamente reproduzido e o tempo do movimento das relações
intermaxilares também não são fornecidos. Em 2004 Böröcz afirma que os problemas
podem ser resolvidos substituindo o articulador mecânico por uma simulação digital,
"articulador virtual", baseado em modelos de gesso digitalizados. Posteriormente, os
novos softwares poderiam realizar a geração de pontos de contato funcionais e
contatos proximais baseados em um modelo tridimensional virtual (25).
O surgimento dos sistemas CAD odontológicos nos permite projetar superfícies
oclusais dentárias funcionais que se harmonizam com a função estomatognática do
paciente. Os sistemas atualmente disponíveis usam tipicamente moldagens oclusais
funcionais do paciente para o desenho de pontos de contato oclusais. Estas regiões
podem ser determinadas a partir de dados das superfícies oclusais opostas, e seus
movimentos relativos podem ser simulados usando um articulador virtual. Para
confirmar a aplicabilidade clínica dos sistemas CAD, seriam necessários estudos
adicionais abrangendo uma ampla gama de superfícies oclusais e excursões
dentárias em estudos subsequentes (26).
Para entender a função da mandíbula e seus efeitos nos tecidos biológicos,
materiais dentários e reconstruções dentárias, é necessário conhecer como as forças
mastigatórias são distribuídas, o primeiro passo é a identificação quantitativa dos
contatos oclusais o que ajudaria a obter dados para o bom funcionamento dos
sistemas CAD (27).
Os articuladores virtuais podem ser úteis para complementar os articuladores
mecânicos, eles podem mostrar a relação medidas e perspectivas, como
apresentando imagens seccionadas, movimentos intrabordejantes e extrabordeantes
32
e pontos de contato, incluindo a visualização da força dos pontos de contato e das
superfícies segundo a cor obtida. (28).
O futuro da odontologia está basicamente relacionado ao uso da informática e
os estudos devem demonstrar sua eficácia até que um articulador mecânico possa
ser substituído por um virtual (29), melhorando o atendimento ao paciente (30).
Os articuladores virtuais tornam possível superar as limitações dos
articuladores mecânicos. As técnicas de visualização têm grandes vantagens, o
articulador virtual foi projetado para exibir as relações da mandíbula durante a
mastigação, para análise da intercuspidação. Desse modo, o sistema gera imagens
dinâmicas dos movimentos de fechamento e abertura na oclusão dinâmica e, assim,
as áreas de contato são destacadas (31).
O articulador virtual foi desenvolvido para a análise exaustiva da oclusão
estática e dinâmica, a fim de substituir os articuladores mecânicos e evitar erros. O
articulador virtual pode simular o movimento mastigatório específico do paciente (22).
Durante o movimento mandibular, o programa calcula os locais onde os dentes
antagonistas entram em contato, os estudos realizados para avaliar a confiabilidade
do articulador virtual mostram uma boa correspondência entre a visualização
quantitativa e a posição dos contatos dinâmicos (22).
Entre outros autores, um dos primeiros a criar métodos de programação e
ajuste do articulador virtual foi descrito por Kordass e Gärtner, em 1999 para o qual
se utiliza um escâner a laser tridimensional. Também existem outros sistemas para
detecção de movimentos mandibulares com base em outras tecnologias, como
dispositivos optoeletrônicos que usam câmeras CCD para registrar emissões de
diodos emissores de luz (LED) localizadas sobre a cabeça do paciente e gerar uma
imagem a partir desses sinais. Fang e Kuo, usaram este sistema, apresentaram um
modelo para avaliar a dinâmica mandibular e começaram a utilizar outros métodos,
como o escaneamento de modelos (22).
33
Por isso, é importante detectar pontos de contato, para identificar limitações de
movimento. Nestes casos, pode ser interessante deixar uma distância correspondente
à espessura do carbono usado nos articuladores mecânicos, para calcular os pontos
de oclusão com base nessa distância (22).
Por exemplo, o software do articulador virtual Dent-CAM® (Comp.
KaVoDLeutkirch) usa três janelas principais, sendo uma delas denominada janela de
oclusão: exibe os pontos de contato que aparecem nas superfícies oclusais dos
dentes superiores e inferiores em função do tempo (22).
A tendência atual em odontologia estética é reduzir o uso de ferramentas
manuais e aumentar o uso de sistemas com tecnologia CAD/CAM, tomando-se como
importantes complementos digitais ferramentas como as impressões digitais, torna-se
de fundamental importância a simulação dos pontos de contato das superfícies
oclusais tanto das restaurações definitivas como do antagonista. O que dá maior
relevância à precisão e metodologia de tomada do registro de detalhes e sua posterior
transferência ao articulador virtual em MIC sugerindo estudos futuros que avaliem
imagens orais com contatos reais (32).
Mas a literatura atual dispõe de informações limitadas sobre a precisão dos
contatos oclusais calculados pelo software CAD em modelos virtuais ou restaurações
CAD / CAM (5).
O conforto do paciente também foi aumentado com métodos de transferência
de articuladores virtuais. No entanto, estão sendo realizadas pesquisas sobre
articuladores virtuais e alguns sistemas CAD / CAM não possuem um software de
articulador virtual para simular os movimentos da mandíbula. Por outro lado, ainda é
questionável se o uso de um articulador virtual é necessário para pequenas
restaurações (5).
Apesar de todos os avanços no campo virtual, ainda são necessários mais
estudos para avaliar a simulação de contatos reais através de modelos virtuais obtidos
a partir de impressões digitais intraorais para diferentes exigências restauradoras da
dentição (5).
Apesar da maior precisão e economia de tempo na produção de registros
digitalizados, a fabricação de peças fundidas e as técnicas de montagem, muitos
34
laboratórios dentários ainda trabalham com dispositivos mecânicos, tais como
modelos convencionais, registros oclusais e articuladores mecânicos, embora
algumas empresas já tenham incorporado o articulador virtual (CAD / CAM).sendo
substituídos também nos consultórios pela tecnologia virtual para posicionar os
modelos no articulador virtual (33).
O estabelecimento de um contato oclusal adequado é um critério para uma
reabilitação oral bem-sucedida porque a sua localização e intensidade são
determinantes da estabilidade das próteses dentárias e o registro é essencial para
determinar a integração das restaurações indiretas no sistema mastigatório do
paciente (34).
As vantagens da tecnologia CAD / CAM estão dentro de três protocolos
principais, incluindo impressões digitais, modelos digitais, articuladores virtuais e arco
facial. Os sistemas CAD / CAM são compostos por três partes principais:
1) uma unidade de aquisição dados que recolhe os dados da área de preparo,
estruturas adjacentes e estruturas opostas e, em seguida, converte-os em impressões
virtuais através de escâneres intraorais CAD / CAM nos sistemas de consultório ou
CAD nos laboratórios. O sistema de aquisição de ou imagem ou indiretamente através
um modelo de gesso gerado através de uma moldagem convencional.
2) software para projetar restaurações virtuais em um modelo de trabalho virtual
e em seguida, calcular parâmetros de fresagem
3) um aparelho fresador computadorizado para o fabrico de restaurações a
partir de um bloco sólido de material restaurador ou da fabricação de partes. (35). As
próteses digitais só podem ser realizadas com impressões digitais e montagem virtual,
é mais preciso digitalizar diretamente da boca do que de uma impressão ou modelo
laboratorial (34).
A história da evolução dos articuladores dentais é um relato das complexidades
do sistema crânio mandibular, no entanto, os movimentos mandibulares em diferentes
tipos de articuladores muitas vezes mostram resultados inconsistentes e a
metodologia tem sido questionada, e até os dispositivos mais sofisticados (mecânicos
ou virtuais) para reproduzir o movimento mandibular tem deficiências. No entanto, o
35
articulador virtual pode ser mais vantajoso, porque eles podem obter maior exatidão e
precisão. Os articuladores virtuais também permitem o estudo do movimento
mandibular em momentos específicos, conseguindo melhorar o diagnóstico,
tratamento e confiança no resultado do tratamento. (34)
Também é possível combinar o articulador físico, no qual se insere modelos
maxilares e mandibulares montados nos escâneres laboratoriais ou modelos
maxilares e mandibulares transferidos a partir do articulador físico através de uma
placa ou kit de transferência o qual é inserido no escâner de laboratório. Os modelos
maxilares e mandibulares são inseridos no escâner laboratorial sem um registro
interoclusal e são então escaneados com a montagem virtual dos modelos no
articulador virtual. Este método é o mais utilizado e está indicado para restaurações
monolíticas. (35).
Atualmente, é possível adotar um fluxo de trabalho completamente digital
utilizando um escâner intraoral para escanear preparos dentários, registrar a relação
maxilomandibular (RMM) para articular os modelos virtuais em um articulador virtual
e conceber a prótese definitiva digitalmente, além disso, os fabricantes permitem ao
usuário articular os modelos virtualmente com o uso de um registro interoclusal ou
digitalizando modelos montados em articulador ou sistema de transferência
específico. Várias empresas também desenvolveram um articulador virtual
personalizado para seu sistema CAD / CAM de modo a facilitar esse fluxo de trabalho
(36).
A precisão de um escâner de modelo é determinada por dois fatores:
fidedignidade e precisão. A fidedignidade é definida como o grau de concordância do
objeto digitalizado com a referência real, enquanto precisão refere-se ao grau de
concordância entre lituras repetitivas até a finalização. Muitos autores mencionam que
faltam estudos que investiguem a precisão tridimensional da articulação virtual de
modelos de gesso parcialmente dentados por meio de diferentes sistemas de escâner
CAD (37).
Ao minimizar os ajustes oclusais, o tempo gasto na cadeira para adaptação das
restaurações protéticas é reduzido. Além disso, a morfologia dentária restaurada com
precisão assegura movimentos mandibulares funcionais sem interferência durante a
mastigação, o que é essencial para evitar forças de cisalhamento potencialmente
36
prejudiciais. O software de desenho auxiliado por computador (CAD) usado com
articuladores virtuais permite o controle dos contornos dimensionais dessas
restaurações(38). Tal como acontece com os articuladores mecânicos, os parâmetros
intra-articulares para os quais o ajuste oclusal é feito, são obtidos a partir de registros
de mordida ou usando valores predeterminados (médias) para os determinantes do
movimento mandibular (39).
Portanto, o presente estudo com tais limitações existentes, focou em validar a
precisão dos pontos de contato obtidos em modelos de gesso fixados em articulador
virtual, tomando como referência os pontos de contato obtidos no modelo de gesso
previamente determinados em um articulador semi-ajustável, uma vez que estes
dentes ajudam a parar o fechamento da mandíbula evitando movimentos excêntricos
dos dentes posteriores e estão localizados nas superfícies oclusais dos dentes
superiores e inferiores das próteses no momento do fechamento mandibular.
37
3 PROPOSIÇÃO
Medir a acurácia dos contatos oclusais observados em modelos virtuais em
comparação com modelos reais.
39
4 MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais:
Materiais:
Gesso, tipo IV Ultirock (Whip Mix)
Alginato, Tropicalgin (Zhermack).
Silicona para registro de mordida, oclufast Rock (Zhermack).
Carbono Accu Film 20μm.
Instrumental:
Grau de borracha para gesso.
Grau de borracha para alginato.
Espátula para mixturar gesso.
Espátula para mixturar alginato.
Equipamento:
Espatulador a vácuo da Whip Mix – modelo Vacum Power Mixer Plus 425
RPM.
Arco facial Elite (Bio-Art)
Articulador A7 Plus (Bio-Art)
Bolachas (Bio-Art).
Scaner de Bancada (Dental Wings,7 Series, Strauman)
Foram obtidos 36 modelos de pacientes entre 20 e 25 anos de idade, com boa
saúde bucal, sem espaços edéntulos e que não possuíam hábitos para-funcionais,
(anexo A, B). Para obtenção dos modelos foram utilizados uma moldeira tipo Venner
e as moldagens foram executadas com alginato Tropicalgin (Zhermack). A
manipulação foi realizada segundo a recomendação do fabricante.
40
Os modelos foram vazados em gesso tipo IV Ultirock (Whip Mix) utilizando
espatulador a vácuo da Whip Mix – modelo Vacum Power Mixer Plus 425 RPM. Esse
tipo de gesso, por ter uma superfície não reflexiva, facilita a digitalização pelo scanner
utilizado neste trabalho.
Critérios de inclusão.
Para este estudo, foram utilizados modelos que não apresentavam perda de
dentes, que não apresentavam bolhas ou defeitos de esvaziamento, os pacientes não
apresentavam facetas de desgaste ou atrição dental.
Posteriormente, usando o arco facial Elite (Bio-Art) (Figura 4.1 A,B,C,D,E) os
modelos foram fixados em articulador A7 Plus (Bio-Art) para todos os pacientes,
seguindo o manual do fabricante (Figura 4.2) Após isso, o modelo inferior foi fixado,
na posição em (MIC), por meio de um registro de mordida tomado com oclufast Rock
(Zhermack) (Figura 4.3) tendo o pino incisal em zero.
Figura 4.1 - A,B,C,D,E – Tomada de registro com arco facial
Fonte: O autor
41
Figura 4.2 - A, B ,C, D Montagem en articulador
Fonte: O autor
Figura 4.3 - A, B - Toma de registro de mordida em MIC
Fonte: O autor
42
Para o registro dos contatos oclusais, o articulador semiajustável foi ocluído
com carbono Accu Film 20μm sem realizar pressão, até que os modelos superiores
entrassem em contato com os inferiores (Figura 4.4). Esses pontos de contatos foram
usados como referências para comparação com os pontos oclusais obtidos nos
modelos virtuais (Figura 4.5).
Figura 4.4 - Marcando os pontos de contato com o carbono nos modelos reais
Fonte: O autor
Figura 4.5 - Pontos de contato obtidos no modelo real
Fonte: O autor
43
A calibração do articulador virtual, é um processo necessário para coincidir as
suas dimensões com as do articulador real (Figura 4.6). Para este processo, o
fabricante fornece um conjunto de 2 placas metálicas e 2 plásticas conforme ilustra a
(Figura 4.7).
Figura 4.6 - Scanner de bancada
Fonte: O autor
Figura 4.7 - Conjunto de placas e bolachas
Fonte: O autor
44
Para calibrar o articulador virtual, os quatro dispositivos fornecidos pelo
fabricante do scanner foram inicialmente fixados ao articulador físico (Figura 4.8), da
seguinte forma: A guia condilar do articulador físico foi regulada em 30 ° e o pino
incisal em zero, as placas plásticas foram fixas com gesso ao ramo superior e inferior
do articulador, em uma posição aleatória, tendo a placa metálica interposta entre elas
(Figura 4.9).
Figura 4.8 - A, B - Bloco de gesso e bolachas prontas para se scanear
Fonte: O autor
Figura 4.9 - Asa pronto para a calibração
Fonte: O autor
45
A placa de montagem inferior posicionada na placa de interface do escâner. Na
parte superior do conjunto, foi colocada a placa de calibração, tomando o cuidado de
posicionar o lado com os entalhes voltados para cima. Em seguida foi realizada a
digitalização da posição.
Uma vez concluída a digitalização, a imagem digital adquirida do
escaneamento da placa de calibração física foi relacionada com a imagem virtual da
placa de calibração presente no programa. Para tal foi selecionado três pontos
semelhantes da imagem digitalizada e a imagem virtual (Figura 4.10A). O mesmo foi
realizado com a placa de montagem superior. Baseando-se na relação entre a placa
de montagem superior versos placa de calibração e a placa de calibração versos a
montagem inferior o programa identifica a relação tridimensional entre as placas de
montagem, sendo assim o programa finaliza o calibração (Figura 4.10B,C).
Figura 4.10 - A, B, CReposicionamento digital das placas de interface
Fonte: O autor
Foi realizada a importação do articulador real, em seguida o mesmo foi
utilizado para escanear um caso (Figura 4.11 A,B;C).
46
Figura 4.11 - A, B, C Digitalização dos modelos montados no Articulador
Os contatos oclusais detectados pelo articulador virtual, eram apresentados
graficamente sobre a imagem de cada modelo, automaticamente após o término do
escaneamento (Figura 4.12 A,B,C,D,E,F).
Figura 4.12 - A, B, C, D, E, F Fixação virtual dos modelos e pontos de contato virtuais obtidos
Fonte: O autor
47
Análise Estatística
Os pontos de contato foram registrados em uma planilha fazendo duas
observações com uma diferença de 48 horas entre a primeira e a segunda
observação, onde 0, não há ponto de contato e 1 caso haja contato oclusal. Além
disso, os contatos foram tabulados segundo a área em que ocorreram em cada dente,
conforme o gráfico apresentado (Figura 4.13), proposto por DeLong em 2002.
Figura 4.13 - Áreas dos dentes para registro e nomenclatura das áreas dentais
Fonte: O autor
Dois examinadores (DS e PG) participaram do estudo, e o coeficiente Kappa
foi calculado para verificar a concordância entre as duas observações de cada
examinador, e também a concordância inter-examinador. Foi adotado um nível de
significância = 5% para os testes utilizados.
48
No caso de rejeição da hipótese (Kappa=0) temos a indicação de que a medida
de concordância é significantemente maior do que zero, o que indicaria que existe
alguma concordância. Isto não significa necessariamente que a concordância seja
alta, cabe ao pesquisador avaliar se a medida obtida é satisfatória ou não, isto
baseado, por exemplo, em dados de literatura ou pesquisas anteriores. Landis e Koch
(40) sugerem a seguinte interpretação:
Quadro 4.1 – Valores do coeficiente Kappa
Values of
Kappa Interpretação
<0 Nenhuma concordância
0-0.19 Concordância pobre
0.20-0.39 Concordância justa
0.40-0.59 Concordância moderada
0.60-0.79 Concordância considerável
0.80-1.00 Concordância quase perfeita
Fonte: Landis e Koch (40)
49
5 RESULTADOS
Foi realizada a concordância intra-examinador, inter-examinador e
concordância entre contatos reais e virtuais para o qual foi usado o coeficiente de
Kappa como mostrado nas tabelas 5.1, 5.2 e 5.3.
Tabela 5.1 - Concordância intra-examinador para contatos reais e virtuais
PV contatos virtuais – 2o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos
virtuais 1º exame
Ausente 1449 4 1453
Presente 11 467 478
1460 471 1931
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.98
PV contatos reais – 2o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos
reais 1º exame
Ausente 1616 04 1620
Presente 2 318 320
1618 322 1940
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.97
PV contatos virtuais – 2o exame
Total
Ausente Presente
DS Contatos
virtuais 1º exame
Ausente 1664 1 1665
Presente 28 237 265
1692 238 1930
50
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.93
PV contatos reais – 2o exame
Total
Ausente Presente
DS Contatos
reais 1º exame
Ausente 1466 1 1467
Presente 30 450 480
1496 451 1947
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.95
* significante ao nível alfa de 5%
Fonte: O autor
A concordância intra-examinador foi quase perfeita em todas as medidas
(0,93 a 0,98) (p < 0,001).
51
Tabela 5.2 - Concordância inter-examinador para contatos reais e virtuais
DS contatos virtuais – 1o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos
virtuais 1º exame
Ausente 1557 55 1612
Presente 108 210 318
1665 265 1930
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.67
DS contatos virtuais – 2o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos
virtuais 2º exame
Ausente 1563 50 1613
Presente 132 186 318
1695 236 1931
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.61
DS contatos reais – 1o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos
reais 1º exame
Ausente 1323 134 1457
Presente 140 339 479
1463 473 1936
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.61
DS contatos reais – 2o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos
reais 2º exame
Ausente 1325 134 1459
Presente 161 309 470
1486 443 1929
p-valor (Kappa)
< 0,001*
Kappa 0.57
* significante ao nível alfa de 5%
52
A concordância entre os examinadores variou de moderada (0.57) a
considerável (0.61 a 0.67) (p < 0,001).
Tabela 5.3 – Concordância entre contatos reais e virtuais
PV contatos reais – 1o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos virtuais 1º exame
Ausente 1388 228 1616
Presente 65 250 315
1453 478 1931
Kappa (p-valor) 0.54 (p < 0,001)*
Concordância (%) 84%
Sensibilidade (95% IC)
0,52 (0,47-0,56)
Especificidade (95% IC)
0,95 (0,94-0,96)
PV contatos reais – 2o exame
Total
Ausente Presente
PV Contatos virtuais 2º exame
Ausente 1393 217 1610
Presente 67 249 316
1460 466 1926
Kappa (p-valor) 0.54 (p < 0,001)*
Concordância (%) 82,5%
Sensibilidade 0,53 (0,48-0,58)
Especificidade 0,95 (0,94-0,96)
DS contatos reais – 1o exame
Total
Ausente Presente
DS Contatos virtuais 1º exame
Ausente 1432 236 1668
Presente 33 233 266
1465 469 1934
Kappa (p-valor) 0.55 (p < 0,001)*
Concordância (%) 86,1%
Sensibilidade 0,49 (0,45-0,54)
Especificidade 0,97 (0,96-0,98)
53
DS contatos reais – 2o exame
Total
Ausente Presente
DS Contatos virtuais 2º exame
Ausente 1457 237 1694
Presente 33 205 238
1490 442 1932
Kappa (p-valor) 0.52 (p < 0,001)*
Concordância (%) 86%
Sensibilidade 0,46 (0,41-0,51)
Especificidade 0,97 (0,96-0,98)
* significante ao nível alfa de 5%
Fonte: O autor
A concordância entre os contatos reais e virtuais foi moderada, e variou de
0,52 a 0,55 (p < 0,001).
55
6 DISCUSSÃO
Neste trabalho elimina-se as variáveis relacionadas a moldagem e expansão
do gesso de modelos já que as medidas de referências foram tomadas dos modelos
de gesso. Dessa forma, qualquer diferença de medidas encontradas foi em
decorrência do processo exclusivamente.
Os resultados desse trabalho são válidos apenas para o escâner de bancada
(dental wings 7 series), não devendo ser estendidos para outros tipos de escâner.
De 2033 superfícies observadasa concordância intra-examinadores foi
praticamente perfeita em todas as medidas, já a inter-examinadores foi considerada
entre moderada e considerável,mostrando a grande precisão da metodologia das
análises feitas nesse estudo.
Bohner et al. (8) realizou uma revisão bibliográfica, concluindo que as
evidências científicas indicam que os métodos digitais são precisos para registrar os
contatos oclusais de próteses dentárias; que obtem ate 78% de precisão na
localização dos pontos de contato concordando com os resultados obtidos na
presente pesquisa. No entanto, o autor conclui que são necessários mais estudos
clínicos em relação à precisão do tratamento reabilitador, feito apartir dos
articuladores digitais, para estabelecer uma oclusão precisa, fato este justifica a
realização deste trabalho.
Delong et al. (7) mencionou que número, localização e tamanho dos contatos
oclusais e as intensidade destes contatos são de vital importância na analise oclusal
e confecção das próteses.
A análise de medidas quantitativas de contatos oclusais é de suma importância
para diagnosticar disfunções mastigatórias, como interferência e pontos de contato
prematuros, sendo necessária uma ferramenta que possa identificar e quantificar
pontos de contato sem interferir, independentemente da técnica.
56
Em seu estudo, fez comparações dos pontos de contato obtidos virtualmente,
utilizando uma metodologia semelhante ao utilizado no presente estudo. Houveram
diferenças estatisticamente significativas enquanto no presente estudo a
concordância foi moderada entre pontos reais e pontos virtuais, a sensibilidade e a
especificidade dos contatos virtuais atenderam ou excederam os requisitos clínicos
para aceitação como teste de diagnóstico (sensibilidade 0,7 e especificidade 0,95).
Contatos virtuais calculados diretamente de modelos virtuais dos registros
interoclusais não foram tão bons tendo em nosso estudo uma sensibilidade de 0,46 e
uma especificidade de 0,97 resultados muito parecido aos obtidos em nosso trabalho.
A sensibilidade é a proporção de verdadeiros positivos. Em outras palavras , a
sensibilidade de um método reflete o quanto este é eficaz em identificar corretamente,
dentre todos os indivíduos avaliados, aqueles que realmente apresentam a
característica de interesse. Neste trabalho, seria a capacidade do método virtual de
reproduzir os contatos que de fato existem no modelo real, na mesma posição.
A especificidade e a proporção de verdadeiros negativos. A especificidade de
um método reflete o quanto ele é eficaz em identificar corretamente os indivíduos que
não apresentam a condição de interesse. Neste trabalho seria a capacidade de revelar
o que não pertence a cararacterística original observada nos modelos reais.
Alghazzawi (35) menciona em sua revisão sistemática que recentemente,
vários aspectos dos sistemas de CAD / CAM tem avanços tecnológicos significativos,
tais como o desenvolvimento e aplicação de novos materiais, a introdução dos
softwares de articulador virtual e desenvolvimento de escâneres, a disponibilidade de
máquinas de usinagem e máquinas de impressão 3D mais eficientes e a transferência
de modelos digitalizados para o articulador virtual, sugerindo, em caso de utilização
de um escâner de bancada de 5 eixos, o que dá validade ao nosso estudo no qual
utilizou-se um escâner de bancada Dental Wings series 7 (Straumann) de 5 eixos e
um software (DOWS software) com articulador virtual.
57
Nemli et al (38) em sua pesquisa, compara a precisão de dois softwares In Lab
(verção 3.83) e Cerec (verção 3.83) Connect na reprodução de pontos de contato
oclusais, mostrando que o software pode dar uma precisão entre 31,9% a 41,6% no
que diz respeito aos modelos de gesso físicos fixados no articulador semi-ajustável,
contrariamente aos nosso resultados, onde obtivemos uma correlação de 84% na
comparação de pontos de contato dos modelos de referência e os modelos virtuais.
Uma possível explicação para esta diferença de resultados, pode ser que neste
trabalho foi realizado o scaneamento de hemiarcadas, enquanto no nosso trabalho fez
se o escaneamento de arco completo
Arslam et al (5), compara sobrepondo as imagens os pontos de contato virtuais
com os pontos de contato reais dos modelos de gesso montados em ASA, obtendo
uma média e um desvio padrão com uma alta porcentagem de coincidências entre os
pontos de contato virtuais e os pontos de contato reais, o objetivo de comparar a
precisão do registro dos pontos de contato virtual é semelhante ao do nosso trabalho,
mas a diferença é que ao obter os resultados eles viram o número de pontos de
contatos que coincidiu entre os modelos reais e os modelos virtuais de cada dente,
em nosso estudo, vimos cada superfície das peças dentárias e foi comparada, usando
um coeficiente Kappa para encontrar coincidências, apresentando em nossos
resultados sensibilidade, especificidade pelo que não foi possível fazer uma
comparação dos resultados.
Os articuladores virtuais são um dos vários aspectos da tecnologia digital
odontológica que recentemente tem demonstrado uma melhora significativa. Em
relação ao trabalho em um ambiente virtual, melhora-se o diagnóstico, já em relação
ao tratamento clínico, também diminui-se o tempo necessário para o procedimento.
Estudos comparando a mudança dos métodos convencionais para os virtuais
revelaram resultados promissores sobre a precisão dos articuladores virtuais para
colocar os modelos virtuais na posição exata como a real.
Além disso, estão sendo conduzidas pesquisas sobre os articuladores virtuais
e alguns sistemas CAD / CAM. Desse modo, apesar da comparação dos contatos
virtuais com os dos modelos de gesso, a equivalência dos modelos é moderada e
deveriam ser realizadas mais pesquisas para verificar se os modelos virtuais são tão
precisos quanto os modelos de gesso montados em articulador semi-ajustável.
58
Para obter mais dados sobre a precisão dos pontos de contato dos modelos
digitais obtidos a partir de modelos de gesso montados no articulador semi-ajustável,
seria aconselhável conduzir mais pesquisas que também considerem os movimentos
mandibulares, uma vez que, atualmente, cada vez mais são lançados no mercado,
softwares que permitem reproduzir os diferentes movimentos mandibulares.
59
7 CONCLUSÃO
Dentre as limitações apresentadas pelo presente estudo, foi possível concluir
que o articulador virtual apresentou uma precisão moderada para a determinação dos
contatos oclusais em pacientes dentados. Desta forma, o articulador virtual ainda não
pode substituir o articulador mecânico no que se refere a localização dos contatos
oclusais.
61
REFERÊNCIAS1
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1De acordo com o Estilo Vancouver.
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ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa
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ANEXO B– Autorização do Faculdade de Odontologia do Universidade Cental do Equador