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Anatomia I Aparelho genital 1º Ano 2005/2006 Aparelho genital feminino 1- Órgãos genitais interiores: Ovários; Trompas ou tubas uterinas; Útero; Vagina; 2- Órgãos genitais exteriores: Monte púbico (saliência ovalar, à frente da sínfise púbica); Grandes lábios; Pequenos lábios; Clitóris; Glândulas vestibulares (de Bortolin); Bulbos vestibulares; Ovários Estruturas pares (homólogos dos testículos); Escavação pélvica (junto da parede lateral); De cada lado do útero; Maior eixo vertical; Tem a forma de uma amêndoa (forma ovóide); Aderentes à face posterior dos ligamentos largos (dependências do peritoneu); Meios de fixação (4) Ligamento suspensor do ovário ou lombo – ovárico: Vem da região do quadrado lombar; Tem na sua espessura as artérias/veias ováricas (ramos da aorta); Na parede posterior da cavidade abdominal; Estrutura fibrosa (tecido fibroso denso) que vai até à escavação pélvica na direcção do pólo ovárico; Ligamento útero – ovárico (próprio do ovário): Desde bordo lateral junto à porção posterior do útero até à extremidade inferior do ovário; Ligamento tubo – ovárico: Une a extremidade superior do ovário ao orifício abdominal da trompa Mesoovário (dependência do peritoneu): Fixa o ovário à parede posterior do ligamento largo; Contem na sua espessura vasos ováricos internos e externos. É formado por dois folhetos que se inserem no bordo aderente. Interrupções do peritoneu na mulher: o ovário não é revestido por peritoneu no orifício da trompa e no ovário (no ovário apenas o mesovário é revestido por peritoneu) senão o óvulo tinha dificuldade em ir para as trompas — tinha que romper peritoneu). 1

Aparelho Genital Feminino

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Anatomia IAparelho genital

1º Ano 2005/2006

Aparelho genital feminino

1- Órgãos genitais interiores: Ovários; Trompas ou tubas uterinas; Útero; Vagina;

2- Órgãos genitais exteriores: Monte púbico (saliência ovalar, à frente da sínfise púbica); Grandes lábios; Pequenos lábios; Clitóris; Glândulas vestibulares (de Bortolin); Bulbos vestibulares;

Ovários Estruturas pares (homólogos dos testículos); Escavação pélvica (junto da parede lateral); De cada lado do útero; Maior eixo vertical; Tem a forma de uma amêndoa (forma ovóide); Aderentes à face posterior dos ligamentos largos (dependências do

peritoneu);

Meios de fixação (4) Ligamento suspensor do ovário ou lombo – ovárico:

Vem da região do quadrado lombar; Tem na sua espessura as artérias/veias ováricas (ramos da aorta); Na parede posterior da cavidade abdominal; Estrutura fibrosa (tecido fibroso denso) que vai até à escavação pélvica

na direcção do pólo ovárico;

Ligamento útero – ovárico (próprio do ovário): Desde bordo lateral junto à porção posterior do útero até à

extremidade inferior do ovário;

Ligamento tubo – ovárico: Une a extremidade superior do ovário ao orifício abdominal da trompa

Mesoovário (dependência do peritoneu): Fixa o ovário à parede posterior do ligamento largo; Contem na sua espessura vasos ováricos internos e externos. É formado por dois folhetos que se inserem no bordo aderente.

Interrupções do peritoneu na mulher: o ovário não é revestido por peritoneu no orifício da trompa e no ovário (no ovário apenas o mesovário é revestido por peritoneu) senão o óvulo tinha dificuldade em ir para as trompas — tinha que romper peritoneu).

O peritoneu no homem é contínuo.

Conformação exterior e relações: 2 faces: Face externa (olha para a parede lateral da escavação pélvica) –relação

com vasos ilíacos e ureteres; Face interna/uterina:

Olha para o útero e relacionada com as ansas intestinais;À direita – apêndice íleo – cecal;

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NOTA: geralmente um meso une uma víscera à parede posterior o mesovário é uma excepção;Os mesos possuem na sua espessura vasos que vascularizam as vísceras.

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À esquerda – recto e cólon sigmóide;

2 bordos: Bordo anterior (hilo) – corresponde ao mesoovário; é fixo Bordo posterior – livre, convexo, relacionado com as ansas intestinais;

2 extremidades Extremidade superior (tubar) – relaciona-se com o infundíbulo das

trompas; ligamento tubo-ovárico e lombo-ovárico

Extremidade inferior: - relaciona-se com ligamento útero-ovárico Virado para o útero.

Vascularização Artéria ovárica nasce na aorta abdominal, cruzam a face anterior da veia cava

inferior psoas e uréter, descem para fora do ureter Quando chega ao pólo superior do ovário divide-se em dois ramos

(bifurca-se): Artéria ovárica externa (dirige-se para o ovário, caminha no

mesoovário); Artéria tubária externa (dirige-se para a trompa);

Artéria uterina nasce da artéria ilíaca interna, descem na face lateral da

escavação pélvica, passam à frente do uréter e sobem no bordo lateral do útero. A artéria uterina termina no ligamento largo por bifurcação, dando

origem às artérias ovárica interna (dirige-se para o ovário) e tubária interna (dirige-se para as trompas);

As ováricas interna e externa unem-se; As tubárias interna e externa unem-se.

Drenagem venosa: Drenam para veias ováricas e tubárias; As veias ováricas esquerdas terminam na veia

renal; As veias ováricas direitas terminam na veia

cava inferior;

Drenagem linfática Vasos linfáticos que acompanham os vasos ováricos e terminam em

gânglios latero – cava e latero – aórticos; Há uma via acessória para a cadeia ilíaca interna;

Inervação Vegetativa – plexo ovárico e plexo celíaco que desce ao longo dos nervos

ováricos que acompanham os ligamentos lombo – ováricos.

Nota: Gravidez ectópica – quando o óvulo em vez de crescer no útero, cresce na trompa, as paredes da trompa podem romper;

Trompas:

Definição:

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2 Canais que vão do pólo/extremidade superior do ovário até aos cornos do útero;

10 cm de comprimento em média. Canal com uma abertura que recolhe o óvulo que se liberta à superfície do ovário. Tem

também além desta abertura ovárica, uma abertura uterina (susceptível de causar infecções intra-abdominais).

Função: recolhe o óvulo que se liberta mais ou menos mensalmente da superfície do ovário e com ajuda das fímbrias que tentam apanhar o óvulo. Daqui transporta-o para o útero. Local do encontro de gâmetas, fecundação – 1/3 externo da trompa. Quando o óvulo fica nas trompas diz-se que estamos perante uma gravidez ectópica.

Situação: na escavação pélvica, no bordo superior do ligamento largo; à frente do ovário e atrás do ligamento redondo.

Meios de fixação: Mesosalpinge – dependência de peritoneu

chamada / faz parte ligamento largo (tal como a denominação meso induz, possui vasos e fixa à parede exceptuando o mesovário.

Continuidade com o útero ao nível dos cornos; Ligamento tubo – ovárico (ligação com o ovário).

Direcção: transversal; desde o útero até às paredes laterais da escavação pélvica e mede em média 10/12 cm.

Divisões: Infundíbulo (antigamente pavilhão):

Estrutura afunilada com um bordo irregular – fímbrias (saliências em forma de dedo de luva)

As fímbrias servem para puxar o óvulo que se desprende do ovário.

Porção que vai desde o orifício do ovário até ao cruzamento com o ligamento lombo ovárico;

Ampola: Parte mais móvel e comprida da trompa, desde vasos ováricos /

cruzamento com o ligamento lombo – ovárico ao istmo, local onde ocorre fecundação. revestida por peritoneu desde o ligamento lombo – ovárico até à união do terço interno com o externo;

Istmo: 1/3 Medial da trompa; vai desde o 1/3 interno até ao pólo inferior do ovário É mais arredondado;

Intramural: Dentro do útero.

Conformação exterior: lisa e cilíndrica revestida por peritoneuEpoófero – conjunto de tubos que representam vestígios embrionário ao nível do

mesosalpinge..

Relações O infundíbulo e a ampola: relacionados com as ansas intestinais mesosalpinge

(dependência do ligamento largo com vasos que se destinam à trompa) Esquerda: cólon sigmóide; Direita: apêndice íleo – cecal e cego; À frente: bexiga quando cheia.

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O istmo À frente: ligamento redondo e bexiga; Atrás: ligamento útero – ovárico e ovário.

Conformação interna: Canal quase virtual, colapsada porque possui pregas longitudinais da

mucosa. (tubárias); Várias camadas: mucosa, submucosa, 2 camadas musculares, serosa,

excepto no infundíbulo ao nível do final do orifício onde capta o óvulo.

◊ Inflamação da trompa: salpingite;

Vascularização artéria tubária interna – artéria uterina tubária externa – artéria ovárica ; Anastomosam-se e formam um arco ao longo da mesosalpinge

Drenagem venosa Tubária interna e externa;

Drenagem linfática Idêntica ao ovário; Ao longo dos vasos ováricos Drenam para linfáticos latero – cava e latero –

aórticos; Ao longo dos vasos uterinos drena para gânglios ilíacos internos e externos.

Inervação Vegetativo involuntário Nervos que descem do plexo celíaco – plexo ovárico – acompanham os vasos

ováricos. O istmo já recebe nervos do plexo uterino – hipogástrico inferior.

Útero

Nulípara- 6cm.O istmo está a meia altura do fundo e do vértice. Orifício do colo é pontiforme. Bordo superior da cavidade do corpo e convexa.Primípara- Orifício do colo é uma fenda.Multípara- 8 cm. O istmo está mais perto do vértice. Orifício do colo é uma fenda rasgada. Bordo superior da cavidade do corpo é achatada.

Situação: parte média da escavação pélvica, por dentro das trompas; à frente do recto, por cima da vagina; por cima e atrás da bexiga. Suporta o peso das ansas intestinais.

Função: receber um bebé

Forma: Forma e comprimento de cone troncado (com o bico cortado), vértice

inferior; Achatado da frente para trás; Órgão impar, mediano, ocupa a parte média da escavação pélvica;

por baixo das ansas do intestino delgado, suportando o peso destas por cima da vagina Face anterior e inferior – bexiga, fundo de saco vesico-uterino Face posterior e superior – recto, ansas intestinais, cólon sigmoide Bordo lateral – ligamento largo

Meios de fixação:

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Extremidade do colo do útero

Diferenças

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Sustentação Músculo elevador do ânus – fixam-se na vagina e indirectamente

fixam o útero; Núcleo fibroso central do períneo ou corpo perineal – sustenta a

vagina e consequentemente o útero; tecido muscular e fibroso no centro do períneo entre vagina e recto.

Vagina –faz um ângulo quase recto com maior eixo da vagina. O colo do útero está intimamente aderente (para separar tem que se cortar) à parte superior da parede anterior da vagina e não ao pólo superior desta para o exterior. Quando aumenta a pressão abdominal o útero é empurrado contra a parede posterior da vagina não descendo ao longo do

maior eixo desta e contra a bexiga.

Suspensão: Lâminas sacro – recto – génito – púbicas (funciona como a barra de

um ginasta em suspensão). Tecido fibroso que se estende do sacro ao púbis de um lado e de outro do útero e do

recto e que pode ser comparado a 2 barras paralelas em posição sub - peritoneal (por baixo do peritoneu);

O útero fixa-se nestas lâminas; São a soma de vários ligamentos entre os quais os ligamentos útero

sagrados (2 componentes das tais lâminas que fixam o istmo do útero à parede anterior do útero) e ligamentos pubo - vesicais (laterais e anteriores).

Orientação Ligamentos largos

Dependências do peritoneu que se estendem dos bordos laterais do útero até à parede lateral da escavação pélvica

Bordo superior: elevado pela trompa;Bordo inferior: ocupado pelos vasos uterinos;Bordo interno: útero;Bordo externo: parede lateral da escavação pélvica;

Na espessura do ligamento largo temos 3 mesos – o da trompa - mesosalpinge parte do ligamento largo que está

para baixo da trompa e tem os vasos tubários forma triangular –o do ovário - mesoovário (vasos ováricos) o mesométrio - no bordo inferior do ligamento largo e tem vasos

uterinos lá dentro). Face anterior: olha para a bexiga e é levantada (a face) pelo ligamento redondo (depois dirige-se para o trajecto inguinal);

Face posterior: olha para o recto e intestino delgado, para cima e para trás e é elevada pelo ovário;

Ligamentos redondos (não têm grande influência na fixação do útero) 2 Ligamentos que se estendem desde os cornos do útero até ao

tecido celular subcutâneo da região pré-púbica (base dos grandes lábios);

Pode suportar o peso de 1kg; tem 10 a 12 cm de comprimento Tem várias porções:

Pélvica (dentro da escavação pélvica, desde o útero até à abertura superior da bacia);

Ilíaca cruza os vasos ilíacos, até ao orifício inguinal profundo Inguinal – entram no orifício inguinal profundo e percorre o trajecto

inguinal. Vulvar – à frente do púbis na base dos grandes lábios.

Conformação exterior e relações

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Corpo do útero (a parte mais superior do corpo do útero é o fundo); Forma triangular, achatada. Extremidade superior é mais larga, convexa – fundo – que se continua

pelos cornos que se inserem nas trompas, o ligamento útero ovárico (próprio ovárico), e o ligamento redondo.

Extremidade inferior confunde-se com o colo. A face anterior está atrás da bexiga, e está separado dela pelo fundo

de saco vesico uterino que é a reflexão de peritoneu do itero para a bexiga.

A face posterior está separada do recto pelo fundo de saco recto vaginal. Que diz respeito à reflexão de peritoneu que depois de ultrapassar a parede posterior da vagina se reflecte para o recto.

Os bordos laterais espessos acompanhados pela artéria e veia uterinas; côncavos de cima para baixo correspondem aos bordos internos dos ligamentos largos.

Istmo (estrangulado) – estreitamento que na nulípara está a meia altura da base e do vértice; e na multípara está mais próximo do vértice.

Colo do útero Forma cilíndrica, com 2 orifícios um interno e outro externo

ligeiramente dilatado centralmente. A vagina insere-se intimamente em todo o contorno do colo do útero;

O colo tem 3 porções/segmentos: Supra-vaginal; Vaginal; Intra – vaginal – tem o orifício do colo e separado da vagina por

um fundo de saco anelar que é o fornix da vagina.

Estática do útero:Direcção e posição:Posição habitual em relação ao centro da pélvis: Anteflexão; Anteversão; Anteposição.

(2 eixos) Flexão – ângulo que formam entre si o eixo do corpo com o eixo do colo, quando está para diante – anteflexão - quando está para trás, para o sacro – retroflexão - quando olha lateralmente está em lateroflexão.

(1 eixo) Versão – posição que o fundo ocupa em relação ao colo quando o útero se desloca em bloco segundo o maior eixo de todo o comprimento. Anteversão – fundo para frente e colo para trás; Rectroflexão – fundo para trás e colo para frente; Lateroversão;

Anteposição – o ponto médio do útero está para a frente da linha que une o umbigo ao cóccix – eixo central da escavação pélvica; Rectroposição – o ponto médio do útero está para trás da linha…; Lateroposição – o ponto médio do útero está para os lados da linha…

Conformação interior – cavidade que se pode separar virtualmente em 2,

porque têm características internas distintas. Corpo

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Achatada; Triangular de vértice inferior e base superior; Nulípara – bordo superior da cavidade do corpo é convexa; Multípara – bordo superior da cavidade do corpo é achatada;

Colo É fusiforme

Alongada, achatada; Enchida por um rolhão de muco que lubrifica e infuencia o

movimento de material estranho na vagina; Tem saliências longitudinais e transversais e uma coluna principal onde

passam colunas acessórias (árvore da vida - porque esboça o tronco de uma árvore): Principais (anterior e posterior); Acessórios (transversais).

O orifício inferior do colo é:Nulípara – redondo, punctiformePrimípara – alongado transversalmenteMultípara – rasgado, aspecto de fenda

Constituição anatómica

Serosa – Reveste o fundo, parte da face anterior do corpo e reflecte-se para

a bexiga deixando o fundo de saco vesico-uterino. Reveste a face posterior, todo o útero e parte da face posterior da

vaginareflecte-se para o recto deixando o fundo de saco recto-vaginal

Miométrio – parte mais espessa do útero, formado por várias camadas de músculos longitudinais, uns circulares mas a maior parte de aspecto plexiforme (várias formas) isto é dispostas em variadíssimas posições para funcionar como um garrote às artérias e veias, para depois do parto estancar a hemorragia tem assim uma função d hemostase aquando da expulsão da placent.

Mucosa – endométrio camada secretora que sofre descamação periódica

Vascularização – 1 artéria principal e 2 acessórias Principal:

Artéria uterina – vem da ilíaca interna (sendo ramo intrapélvico visceral desta).

Depois da sua origem tem um trajecto para baixo (segmento parietal), na parede lateral da escavação pélvica, muda de direcção para a linha média e chega ao pavimento pélvico.

Torna-se transversal (segmento transversal) e alcança o bordo lateral do útero. No segmento transversal cruza ainda o úreter passando à sua frente.

Depois temos o segmento latero – uterino que tem um trajecto espiralado (em hélice). Vai do bordo lateral da escavação pélvica e sobe até aos cornos do útero, dando 2 ramos terminais - artéria tubária interna e a artéria ovárica interna.

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Vários ramos colaterais Para o uréter (uretrais); Para a vagina (vaginais); Para o ligamento largo Para o colo do útero e para todo o útero;

Acessórias: A artéria ovárica que desce e se bifurca no ovário em ovárica externa e a

artéria do ligamento redondo que é ramo da epigástrica inferior.

Drenagem venosa Veias uterinas que drenam para a veia uterina e depois para a ilíaca interna.

Veias ováricas drenam para a veia renal esquerda (à esquerda) e para a veia cava inferior (à direita).

Drenagem linfática Do corpo – Drenam para gânglios ilíacos internos (que estão ao longo das artérias uterinas).

Ao longo do ligamento lombo – ovárico drenam para gânglios latero – cava e latero – aórticos. E gânglios que acompanham os vasos ováricos.

Do colo – Gânglios ilíacos internos para os ilíacos externos para gânglios pré-sagrados e gânglios do promontório através do ligamento útero sagrado.

Inervação Plexo hipogástrico inferior.

Vagina

Definição e situação: Canal musculo – membranoso, que se estende do colo do útero até à vulva; Órgão ímpar e mediano com cerca de 8cm; Abre-se no triângulo interior (ou urogenital) do períneo. Tem um maior eixo oblíquo para baixo e para diante.

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Ocupa 2 regiões sendo o elevados do ânus a divisão. Parte superior – escavação pélvica; Parte inferior – períneo;

Está entre a uretra à frente e o recto atrás.

Meios de fixação Parte superior – aderência ao colo do útero; Tecido conjuntivo denso e o muscular que se relacionam com o elevador do ânus,

diafragma urogenital e corpo perineal.

Relações Face anterior – trígono da bexiga e uretra; Face posterior – recto separado da vagina pelo septo recto - vaginal (ou

fáscia peritoneo - perineal) em cima com ansas intestinais /recto separado pelo fundo de saco recto vaginal.

Bordos laterais – base dos ligamentos largos, músculos elevadores do ânus, bulbos vestibulares, diafragma urogenital.

Extremidade superior – intimamente aderente ao útero Extremidade inferior -abre para a fenda vulvar e pode estar mais ou

menos ocupado por uma prega membranosa – hímen.

Configuração interior: Mucosa -Pregas transversais e colunas longitudinais.SubmucosaCamada muscularTúnica adventícia – tecido conjuntivo

Vulva

Definição: conjunto de órgãos genitais exteriores. Saliência ovóide de maior eixo antero - posterior. Apresenta 4 tipos de estruturas:

1. Formações labiais;2. Espaço interlabial;

3. Órgãos erécteis;4. Glândulas anexas.

1- 1.1-Monte púbico

Saliência arredondada adiante da sínfise púbica, proeminente limite sub-hipogástrico e lig. inguinal.

1.2-Grandes lábios

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Duas pregas cutâneas com maior eixo Antero-posterior(alongadas de diante para trás) achatadas lateralmente

Face interna – que se continua à frente com a face interna e com o lábio oposto e atrás a comissura posterior que se une aos pequenos lábios homolaterais.

face externa relacionada com a raiz da coxa, separada desta pelo sulco génito femural.

Bordo superior (base) – presa ao ramo ísqueo – púbico. Bordo inferior – delimita com o oposto a chamada fenda vulvar.

As extremidades anterior e posterior são as comissuras anterior e posterior.

1.3-Pequenos lábios Duas pregas cutâneas longitudinais situadas para dentro dos grandes lábios

alongadas Antero-posteriormente. face externa separada do grande lábio homolateral pelo sulco interlabial. A face interna (vestibular) limita a fenda vulvar. A extremidade posterior une-se aos grandes lábios formando a comissura

posterior. A extremidade anterior divide-se em duas pregas: uma anterior que passa à

frente do clitóris unindo-se com a outra e formando o - prepúcio do clitóris e uma posterior que passa atrás e condiciona o freio do clitóris (une-se ao pequeno lábio do outro lado).

2- 2.1- Vestíbulo

Espaço entre os pequenos lábios; cavidade que contém o orifício inferior da vagina e o meato urinário. Apresenta ainda os orifícios de abertura das glândulas vestibulares.

2.2- Meato urinário Está a cerca de 2,5 cm atrás do clitóris.

2.3- Orifício inferior da vagina (vulvo - vaginal) Está ocupado pelo hímen.

2.4-Hímen Pode ser anelar, septado e (?).

3- 3.1- Clitóris

Estrutura homóloga, eréctil do pénis, está atrás da comissura anterior e tem 2 corpos cavernosos, cada um fixo ao ramo ísqueo – púbico pela sua raiz. Tem um ligamento suspensor do clítoris e ligamento fundiforme que constituem meios de fixação. e músculos ísqueo – cavernosos. Tem 3 partes: glande, corpo e 2 raízes.

3.2- Bulbos vestibulares Homologas do corpo esponjoso do pénis. Aderem ao diafragma uro-genital.

Formações erécteis (azuladas): são estruturas venosas que enchem de sangue. Estruturas de tipo cavernoso (eréctil) que se encontram de cada lado da transição vulvo – vaginal.

A extremidade anterior está entre o clítoris e o meato urinário. une-se com o bulbo vestibular do lado oposto.

Extremidade posterior – relaciona-se com as glândulas vestibulares Face externa – ramos isquio-pubicos Face interna – orifício inferior da vagina e uretra Bordo superior – fixo ao folheto inferior do diafragma uro-genital Bordo inferior – corresponde ao musculo bulbo-esponjoso e está tapado pelos pequenos lábios.

4- 4.1- Glândulas para – uretrais

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Junto da uretra, ao longo do comprimento da uretra feminina. Há umas mais importantes que são as glândulas de Skene (*)

4.2- Glândulas vestibulares Situadas mais perto do centro do períneo, que segregam um muco durante o

coito para lubrificar. Está na metade posterior do orifício vaginal. E está dentro do sulco ninfo – himenial que se

contrai para expulsar o muco. Extremidade posterior dos bulbos vestibulares.

Batolimite – quando o canal destas glândulas está obstruído

Vascularização Monte púbico, grandes e pequenos lábios pelas artérias pudendas

internas /externas Clitóris vascularizado pela artéria dorsal do clitóris e pela artéria

profunda do clitóris. Vagina vascularizada pelas artérias vaginais que vêm umas da uterina e

outras da ilíaca interna. Glândulas vestibulares – pudenda interna –iliaca interna

Drenagem venosa Vagina

Veias vaginais que drenam para as ilíacas internas Monte púbico, para a safena interna. grandes e pequenos lábios drenam para as pudendas internas Clitóris

Veias dorsal e profunda do clitóris que drenam para as pudendas internas.

Drenagem linfática – gânglios inguinais Vagina: tem 3 tipos de contingentes de drenagem linfática:

Parte inferior e média – para os gânglios ilíacos internos e externos. Parte superior – gânglios do promontório através dos ligamentos útero – sagrados.

Inervação Nervos do plexo lombar

iliohipogástrico –monte púbico; ilioinguinal e genito-femural – grandes lábios ;

O clitóris é inervado pelas pudendas internas, gânglios perineais, dorsal e profundo do clitóris.

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A vagina é inervada pelo plexo hipogástrico inferior.

Períneo feminino

Triângulo posterior anal Igual ao do homem - elevador do ânus, esfíncteres externos, etc.…

Triângulo anterior urogenital (diferente no homem e na mulher) 2 Planos musculares:

Superficial Músculo transverso perineal – do corpo perineal até á tuberosidade

isquiática. Músculo isqueo – púbico – que acompanha o ramo isqueo – púbico

cavernoso, relaciona-se com as raízes do clitóris. Vai desde a tuberosidade isquiática até às faces superior e lateral do clitóris.

Função: mantém a erecção do clítoris. Músculo bulbo esponjoso – cobre a parte dos bulbos vestibulares e

glândula vestibular insere-se no dorso do clítoris e musculo suspensor.

Função: é constrictor do orifício vaginal quando se contrai esvazia a glândula vestibular e mantém a erecção do clítoris.

Profundo Músculo transverso profundo do períneo (no diafragma urogenital - vai

desde o corpo perineal até ao ramo isqueo - púbico. Esfíncter estriado da uretra (externo) - que acompanha o comprimento

da uretra até ao colo da bexiga. Fixa-se lateralmente nos ramos isqueo - púbicos.

Aponevroses (fáscias) do triângulo urogenital (anterior) na mulher: Fáscia superficial. Fáscia profunda – envolve os músculos bulbo esponjoso e isqueo – cavernoso

(m. superficiais). 2 Fáscias que envolvem o diafragma urogenital:

Fáscia superior; Fáscia inferior.

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