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WORKSHOP DE ECOGRAFIA REPRODUTIVA NA FÊMEA BOVINA APLICAÇÕES REPRODUTIVAS DA ECOGRAFIA NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE J. Nestor Chagas e Silva FMV, 24 de Maio de 2015

Aplicações Reprodutivas Da Ecografia Na Fêmea Não Gestante

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WORKSHOP DE ECOGRAFIA REPRODUTIVA NA FÊMEA BOVINA

APLICAÇÕES REPRODUTIVAS DA ECOGRAFIA NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

J. Nestor Chagas e Silva

FMV, 24 de Maio de 2015

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A ecografia é uma técnica clínica que poderá ser de rotina, na avaliação fisiopatológica de estruturas do trato genital de animais domésticos, não domésticos e, de humanos.

Trata-se de uma técnica não invasiva que não implica alterações morfológicas e funcionais na avaliação directa de órgãos e tecidos reprodutivos.

Em suma, podemos ainda, considerar a ecografia como a arte de criar a imagem óptima, de forma a obter-se um diagnóstico correcto.

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ECOGRAFIA versus PALPAÇÃO TRANSRECTAL

1. Optimização da avaliação das estruturas ováricas;

2. Diagnóstico diferencial entre quistos foliculares e luteínicos;

3. Optimização do treinamento de inseminadores;

4. Diagnóstico de gestação mais precoce;

5. Avaliação da viabilidade embrionária;

6. Sexagem fetal.

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PALPAÇÃO TRANSRECTAL versus ECOGRAFIA

1. Rapidez de execução;

2. Custos;

3. Exigências do cenário do exame.

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

1. Estimativa da fase do ciclo éstrico # fêmeas em anestro # fêmeas cíclicas

2. Acompanhamento da dinâmica ovárica # fêmeas com 2 ondas de crescimento folicular (D3; D12) # fêmeas com 3 ondas de crescimento folicular (D3; D10; D16)

3. Acompanhamento e avaliação da resposta superovulatória # estatuto folicular dos ovários (antes do início da SOV) # avaliação da eficácia/ajuste da posologia (durante a SOV) # ajuste do número de doses seminais e da qualidade do touro (durante o cio SOV) # avaliação da resposta SOV e da eficiência da recolha (D6-7)

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

4. Selecção de receptoras # adequação do crescimento do CL em função do cio registado (D6-7) # detecção de conteúdo luminal não palpável (D6-7)

5. Diagnóstico de patologia útero-ovárica

6. Foliculocentese (“ovum pick up”) # aspiração oocitária ecoguiada

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

1. OVÁRIOS1.1 Folículos# parede fina e imagem a negro (anecogénica);forma esférica ou irregular# diâmetro mínimo: 2-3 mm (sonda 5MHz)# os folículos crescem 1,5 a 2,5 mm por dia# o folículo dominante tem cerca de 15 mm de diâmetro (algumas vezes, 20 mm)# ovulação: o folículo pré-ovulatório passa de oval a alongado, atingindo o seu diâmetro máximo 2 dias antes da ovulação; desaparecimento de um folículo previamente detectado (sequência de exames); fossa de ovulação e paredes do folículo colapsado distinguíveis do estroma

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Corpo Lúteo

Folículos

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OVÁRIO DIREITODE VACA SUPEROVULADA:imagens das 2 facesováricas

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CL cavitário

Folículos

OVÁRIOS ESQUERDOE DIREITO DE VACA NÃO ESTIMULADAFolículo

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OVÁRIO DIREITO DE VACA NÃO ESTIMULADA

FolículoCorpo Lúteo

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

1. OVÁRIOS1.2 Corpo lúteo# 2 morfologias: com ou sem cavidade; 79% dos CL com cav. central, de tamanhos variáveis (2-22 mm), que é anecogénica ou hipo-ecogénica# bordo distinguível a partir do D3; côr cinzenta e forma ovalada; aparência granular# os CL crescem cerca de 1 mm de largura e 2 mm de comprimento, por dia# atinge o tamanho máximo 8-10 dias após a ovulação# em fêmeas não gestantes, a regressão morfológica do CL detectada ecograficamente, inicia-se 2 dias depois da regressão funcional# a apertada relação entre o CL e o teor de P4 indica que a sua avaliação ecográfica é um complemento valioso do RIA para P4, como indicador de função lútea

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# superovulação: CL distinguíveis (contagem) a partir do D3-4

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Corpo Lúteomensurado

Fluido intra-luminal

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CL em contraste coma bexiga

CL mensurado

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CLCL

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CL cavitário

CL maciço

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

2. ÚTERO2.1 Fase lútea# cinzento homogéneo (sem edema intersticial) # espessura da parede do corpo do útero aumenta (D1 até ao D3)# fluido luminal (intra-uterino e intravaginal) aumenta do D1 até D3 e D6)# circunvoluções uterinas aumentam até D6, mantendo-se até D16-17; curvatura máxima dos cornos uterinos

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Fêmea nãogestante, 26dias após IA

CL

Útero em diestro

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

2.2 Fase folicular# ecotextura heterogénea (com edema intersticial);menos ecogénica (escura); surge 4-5 dias antes da ovulação e é máxima no dia do cio # ausência de circunvoluções uterinas (em contraste com elevado tónus uterino à palpação)

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Folículo pré-ovulatórioEcotextura uterina

durante o cio

VACA EM CIO NATURAL

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APLICAÇÕES NO EXAME DA FÊMEA NÃO GESTANTE

2.3 Involução uterina# com base na mensuração dos diâmetros dos cornos uterinos, pode dizer-se que a involução uterina termina cerca do D40 # estudo do diâmetro e forma do útero, sua ecotextura; avaliação da parede uterina; análise da acumulação de fluido intra-luminal; permitiu o estudo do progresso e término do processo de involução uterina