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APOIO: REALIZAÇÃO:
Goiano
INSTITUTOFEDERAL
Goiás
INSTITUTOFEDERAL
I
Autor Trabalho
ANA CAROLINE RODRIGUES PROGRAMA DE INTERVENÇÃO E PREVENÇÃO DA OBESIDADE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ¿ PIPOCA
ANA KARYNE SANTA CRUZ RIBEIRO EARLY BIRD: A LÍNGUA INGLESA NOS PRIMEIROS PASSOS
ANDRESSA SERAFIM CORREA CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO HORIZONTAL NA LABEC ‐ LIGA ACADÊMICA DE BEM‐ESTAR E COMPORTAMENTO ANIMAL
BÁRBARA MEIRELES DA ROCHA SAPIENTIA NAS ESCOLAS PÚBLICAS: UMA PARCERIA FACILITADORA DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM EM HISTÓRIA.
BEATRIZ AQUINO SILVA AS CONTRIBUIÇÕES DA LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PARA A COMUNIDADE E O ENSINO
BRENDA SOUZA BENTO NÚCLEO DE PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS
CAMILA BATISTA SILVA PROJETO MÃOS LIMPAS: TRABALHANDO PARA INCENTIVAR A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
CAROLINA DA SILVA PEREIRA GRAVIDEZ INDESEJADA EM ADOLESCENTES
CLAUDIA FERREIRA GONÇALVES LIGA DE OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER DA FM‐UFG ‐ CONTRIBUIÇÕES PARA A COMUNIDADE E PARA O MEIO ACADÊMICO
DANNIELLY SILVA MORENO DANÇARELANDO: A DANÇA E O CINEMA INFANTIL COM CRIANÇAS PEQUENAS
DAYARA MACHADO BORGES LIGA DE TRANSPLANTES: ATUAÇÃO EM ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROGRAMA DE BOLSAS DE EXTENSÃO E CULTURA - PROBEC
II
DEBORA RODRIGUES DE SOUZA MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE RESULTADOS RELACIONADO A CIRURGIAS DE IMPLANTE DE PRÓTESES MAMÁRIAS
EDUARDO GONCALVES DO CARMO PRODUÇÃO E REPASSE DE CONHECIMENTO DESENVOLVIDOS NO AMBITO UNIVERSITÁRIO POR MEIO DA EQUIPE DE AERODESIGN AERODACTYL‐UFG
EDUARDO HENRIQUE DE OLIVEIRA TELLES O PROJETO DE EXTENSÃO FUTEBOL PARA A COMUNIDADE: SOBRE A OFERTA DE PRÁTICAS DE LAZER PARA HOMENS E MULHERES NA FEFD/UFG
FABRIZZIO HENRIQUE DE ALMEIDA MONTEIRO
HORTA PEDAGÓGICA: UM ESPAÇO DE FORMAÇÃO SOCIAL E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO NA GRADUAÇÃO
FERNANDA GONÇALVES DA SILVA PLANTÃO PSICOLÓGICO NO REFERENCIAL DO PSICODRAMA: ENCONTRO COM SUBJETIVIDADES DESVIANTES
GABRIELA GONÇALVES DE CASTRO CARTOGRAFIA DE PAISAGENS TURÍSTICAS DO CERRADO
GIOVANNCA FERREIRA DE MATOS AÇÕES PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES DIGITAIS ‐ @PED
GLEICY KELLE ALVES DAMAS PROJETO SALA DE ESPERA: AÇÕES EDUCATIVAS PARA DIABÉTICOS
GUSTAVO PAULO DE ALMEIDA PRÁTICAS DE SAÚDE EQUÂNIMES NO CUIDADO A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: ENFRENTANDO AS INIQUIDADES EM SAÚDE
IRISLENE SILVA DE OLIVEIRA ERA UMA VEZ UMA HISTÓRIA CONTADA OUTRA VEZ
ISABEL ASSUNÇÃO SILVA
AEE ‐ ALEGRIA DE ESTUDAR COM EQUIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM PROJETO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II NO CEPAE/UFG
ISABELLA LETYCIA MATOS MESSIAS
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.
III
ÍTALO HENRIQUE DO NASCIMENTO IARA CONSCIENTIZAÇÃO DE CRIANÇAS DOS ENSINOS INFANTIL E FUNDAMENTAL SOBRE ZOONOSES, HIGIENE E POSSE RESPONSÁVEL DE ANIMAIS DOMÉSTICOS
JACQUELINE GOMES RAVANGE A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA ‐ UMA TROCA DE SABERES E PRÁTICAS ENTRE UNIVERSIDADE E COMUNIDADE
JOÃO JORGE NASSARALLA NETO LIGA DE MEDICINA REPRODUTIVA E O PROGRAMA DE BOLSAS DE EXTENSÃO E CULTURA
JOÃO PAULO VILELA DE OLIVEIRA LIGA ACADÊMICA DE OFTALMOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE E COMUNIDADE ACADÊMICA
KAMYLLA DIVINA BRITO DO CARMO PARTICIPAÇÃO ACADÊMICA DE EXTENSÃO EM GRUPO DE GESTANTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
KARL WELL FRANCISCO LOUREIRO IDIOMAS SEM FRONTEIRAS NA UFG
LARISSA GARCIA TERRA INTERAÇÕES: PSICOLOGIA TECENDO REDES E SABERES
LAUANDA CAMPOS DIAS O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS NA FACULDADE DE LETRAS NA UFG
LAURA QUARESMA BARBOSA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA COMO MEIO PARA A REDUÇÃO DE DESIGUALDADES
LUCAS MARTINS DE AVELAR DESENVOLVIMENTO E UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS VIRTUAIS PARA O ESTUDO DA HISTOLOGIA
MARIA CLARA GUIMARÃES SOUZA VIOLÊNCIA DÓI E NÃO É DIREITO: A PSICOLOGIA NO ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA MULHERES
MARIANA ARAÚJO GUIMARÃES COMPREENSÃO DA EROSÃO DOS SOLOS COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
IV
MATEUS FRANCISCO CAETANO CERIMÔNIA DO JALECO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE EXTENSÃO DO PROJETO JALECO SEGURO
MATEUS SALOMAO ANDRADE COMPONENTES ANATÔMICOS APLICADOS AO RUGBY
MATHEUS LEONARDO MARTINS RIBEIRO RIOS
ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS
MEYRE CANDIDO BENTO DA SILVA UFG E ARPHOS: CAMINHOS PARA O REPENSAR DE IDENTIDADES EM VILA BOA DE GOIÁS ‐ GO
NAYARA PEREIRA DE ALMEIDA OLIVEIRA LIGA DE ONCOLOGIA: AÇÃO DE PREVENÇÃO E RASTREIO DE CÂNCER COLORRETAL EM POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
NEKSRAYNA MORAIS BUENO LAS ‐ LIGA ACADÊMICA DE SUÍNOS
PAULA MENESES MARTINS
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL: CONHECENDO E PROMOVENDO A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ADEQUADA PARA PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA
PAULO AUGUSTO GOMES KATAKI CAPACITAÇÕES EM TECNOLOGIA ABERTAS
POLIANA MARQUES SOUZA UM OLHAR PARA O ADOLESCENTE RURAL: ATIVIDADE DE EXTENSÃO
RAFAEL FRANCISCO CARDOSO SILVA EXPERIÊNCIAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2018, EM HIDROLÂNDIA‐GO
RAYSSA RODRIGUES DE SOUZA SEMEANDO JUVENTUDES: CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA POPULAR PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
SÉRGIO SOARES SIMÔA PROJETO GIRAU DE SABERES ‐ UMA AÇÃO EM COMUNIDADES TRADICIONAIS
V
THAIS SALCI CONSCIENTIZAÇÃO DE CRIANÇAS DOS ENSINOS INFANTIL E FUNDAMENTAL SOBRE ZOONOSES, HIGIENE E POSSE RESPONSÁVEL DE ANIMAIS DOMÉSTICOS*
THAYNARA LORRANE AMBULATÓRIO SEMPRE VIVA: AÇÕES DE PREVENÇÃO E CONTROLE PARA AS IST/HIV/AIDS E HEPATITES VIRAIS ENTRE UNIVERSITÁRIOS
WESLEY BORGES E SILVA O USO DE JOGOS ELETRÔNICOS NO PROCESSO DE ENSINO‐APRENDIZAGEM DOS ESPORTES PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
YARA PEREIRA SANTOS CARTOGRAFIA DE PAISAGENS TURÍSTICAS DO CERRADO
YASMIN ALVES PARREIRA O ENSINO DE EMERGÊNCIAS PARA A SOCIEDADE E ALUNOS: ATIVIDADES DO PROJETO LIGA ACADÊMICA DE EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO E PREVENÇÃO DA OBESIDADE PARA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES – PIPOCA
RODRIGUES, Ana Caroline; SILVA, Amanda; BENETTI, Beatriz; SAMPAIO,
Laryssa; RESENDE, Tamiris; HONÓRIO, Renata; HADLER, Maria Claret
Palavras-chaves: Obesidade; Obesidade infantil; Comportamento alimentar.
JUSTIFICATIVA
A obesidade é um aumento excessivo de massa gordurosa e tem fatores
de risco genéticos, fisiológicos e metabólicos, porém o fator mais significativo é
o estilo de vida e os hábitos alimentares É uma doença de difícil tratamento, pois
deve haver mudanças de comportamento individual e familiar. Além disso, existe
um conflito que diverge entre a ação das políticas públicas que visam a saúde
das pessoas e os interesses das indústrias alimentícias (ROSENBAUM; LEIBEL,
1998) (RINALDI et. al. 2008).
A relevância do problema mundial da obesidade é bem conhecida,
especialmente em crianças e adolescentes, cuja prevalência alcançou
proporções epidêmicas nas últimas três décadas (NG et al, 2014).
O comportamento alimentar é um determinante desta doença, e pode ser
influenciado por outros fatores que denominamos como fatores externos e
internos. Os fatores externos que são marcados pela unidade familiar e suas
características, (tais como atitudes de pais e amigos, valores sociais e culturais,
mídia, alimentos rápidos, conhecimentos de nutrição e manias alimentares), já e
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Índice | Capa 139
os fatores internos que são necessidades e características psicológicas (imagem
corporal, valores e experiências pessoais, autoestima, preferências alimentares,
saúde e desenvolvimento psicológico (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar – POF (2008- 2009),
um em cada cinco jovens de 10 a 19 anos apresenta excesso de peso e uma em
cada três crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos está com peso acima
do preconizado pela WHO e pelo Ministério da Saúde. Um quinto da população
infantil já está afetada, consequentemente seguirá para geração futura de
obesos, na maioria dos casos crianças obesas se tornam adolescentes obesos
e 80% destes chegam à vida adulta também com obesidade. Sendo assim essa
geração de pequenos obesos serão os futuros hipertensos, diabéticos, com
riscos renais, cardiovasculares e cerebrais aumentados. Esses dados reforçam
que a obesidade infantil é um importante problema de saúde pública (VERDE,
2014)
Deste modo é necessário o desenvolvimento de intervenções, que
reduzam a prevalência da obesidade infantil em fase escolar, como atividades
de educação nutricional e estímulo à atividade física.
OBJETIVOS
Objetivo geral
Prevenir, controlar e tratar do excesso de peso, bem como da promoção
da saúde de crianças e adolescentes através do Programa de Intervenção e
Prevenção da Obesidade para Crianças e Adolescentes - P. I. P. O. C. A.
Objetivos específicos
Promover atividades lúdicas de educação alimentar e nutricional;
Incentivar a prática de atividade física;
Proporcionar mudança do comportamento, orientando o público infantil e
seus familiares;
Realizar atendimento ambulatorial para tratamento do excesso de peso;
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Índice | Capa 140
Realizar busca ativa de crianças e adolescentes;
METODOLOGIA
A promoção da saúde, a prevenção e o controle do excesso de peso de
crianças e adolescentes foi por meio de educação continuada (atividades
educativas em grupo e acompanhamento ambulatorial individual), visando
promover a reeducação alimentar e a adoção de hábitos de vida saudáveis na
fase escolar, adolescência e no ambiente familiar. O acompanhamento individual
foi realizado por uma equipe multidisciplinar composto inicialmente por pediatra,
nutricionista, professora e estagiários do 5º ano de Nutrição da UFG.
As atividades educativas foram realizadas de forma direcionada, divididas
em dois grupos: um para crianças de 3 a 9 anos e outro para adolescentes de
10 a 19 anos, para que houvesse homogeneidade do grupo, no intercâmbio de
informações, com discussões de vivências e trocas de experiências. Ambos
tiveram a participação de pais e responsáveis. Os profissionais do CAIS
Amendoeiras, professora do curso e os estagiários do 5º ano de Nutrição
(FANUT/UFG) realizaram reuniões mensais com o grupo.
As reuniões ocorreram na segunda (3 a 9 anos) e quarta (10 a 19 anos)
semanas de cada mês, nas segundas-feiras, às 9:00 horas no auditório do CAIS
Parque das Amendoeiras. Dias antes da reunião foi realizada a busca ativa de
todos os pacientes inscritos no programa via telefone, como estratégia de
captação da demanda e pelos grupos whatsapp PIPOCA para crianças e
adolescentes.
Antes de cada reunião, planos de atividade educativa foram elaborados
pelos estagiários de Nutrição, sob supervisão da nutricionista do CAIS e pela
professora da FANUT, coordenadoras desse projeto. As dinâmicas foram
coordenadas pelos estagiários e coordenadores do programa e foram realizados
pré- e pós-testes para avaliação do conhecimento do grupo, com registro das
fortalezas e fraquezas da metodologia e do número de participantes.
Diversos temas foram abordados de forma criativa, que visavam o
conhecimento e a modificação comportamental para a prevenção e controle da
obesidade, por meio de atividades educativas interativas, prazerosas e lúdicas,
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adequadas à faixa etária para motivação dos participantes. Porém, o
planejamento foi formulado com base nas demandas do próprio grupo e das
observadas em consultório. Dessa forma possibilitou-se o movimento, o
envolvimento, a aproximação usuário-profissional, profissional-profissional e
usuário-usuário, compartilhando experiências, vivências e aprendizados na
busca de maior autonomia, autoestima, crescimento e cidadania (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006).
RESULTADOS
Neste ano foram realizadas 10 reuniões do PIPOCA com as crianças e
adolescentes. As atividades realizadas tiveram como tema: “Oficina culinária”,
“PIPOCA na horta”, “Especial dia das crianças”, “Boa saúde tem, quem se
alimente bem!”, “Movimenta-se”, “Bingo de frutas”, “Oficina de saladas” e “Arraiá
do PIPOCA”. Ao todo participaram das atividades em média 130 crianças 100
pais/responsáveis.
Além dessas atividades também foram elaborados materiais como
banner, folder, livro de receita, convites digitais, fizemos atendimentos
ambulatoriais e uma apresentação do PIPOCA na “Mostra Estadual de
Experiências Significativas de Promoção da Saúde” realizada em Goiás Velho.
CONCLUSÕES
As metas traçadas no início deste ciclo foram alcançadas, porém destaca-
se dificuldades na comunicação com os familiares dos pacientes para
atualização de dados e convite para as reuniões.
O PIPOCA trouxe para os alunos participantes uma grande oportunidade
de unir a teoria da graduação de nutrição à prática das atividades desenvolvidas,
mostrando assim as peculiaridades e a realidade da profissão, permitiu o
intercâmbio e a troca de novos conceitos e estratégias apreendidos pelo aluno
através da vivência diária. Proporcionou a aquisição de conhecimentos e
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atitudes relacionadas com a profissão, responsabilidade e disciplina diante as
diligências ou incumbências que foram atribuídas às estudantes.
Além dos aprendizados, foi possível conhecer a realidade do CAIS mais
afundo e a extrema importância do nutricionista no desenvolvimento de ações
de saúde pública para prevenção e reeducação alimentar, com a criação de
hábitos alimentares saudáveis de crianças e adolescentes com obesidade.
REFERÊNCIAS
NG, M; FLEMING, T.; ROBINSON, M.; THOMSON, B.; GRAETZ, N.;
MARGONO, C. et al. Global, regional, and national prevalence of overweight and
obesity in children and adults during 1980–2013: a systematic analysis for the
Global Burden of Disease Study 2013. Lancet, London, v. 384, n. 9945, p. 766–
781, 2014.
MELLO, E. D.; LUFT, V. C.; MEYER, F. Obesidade infantil: como podemos ser
eficazes? Jornal de Pediatria. Porto Alegre, v. 80, n. 3, p. 173-182, 2004.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Obesidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 108p. il.
(Cadernos de Atenção Básica; n. 12) (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
RINALDI, A. E. M.; PEREIRA, A. F.; MACEDO, C. S.; MOTA, J, F.; BURINI, R,
C. Contribuições das práticas alimentares e inatividade física para o excesso de
peso infantil. Revista Paulista de Pediatria. São Paulo, v. 26, n. 3, p. 271-277,
2008.
ROSENBAUM, M.; LEIBEL, R. B. The physiology of body weight regulation:
relevance to the etiology of obesity in children. Jornal de Pediatria, v. 101, n. 3,
p. 525-39, 1998.
VERDE, S. M. M.L. Obesidade infantil: o problema de saúde pública do século
21. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. Fortaleza, v. 27, n.1, p. 1-2,
2014.
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Resumo Revisado pela Coordenadora do Projeto de Extensão e Cultura (Professora Letícia de Souza Gonçalves) código PJ166-2017
EARLY BIRD: A LÍNGUA INGLESA NOS PRIMEIROS PASSOS
RIBEIRO, Ana Karyne S.C. (bolsista)i
GONÇALVES, Leticia de Souza (orientadora)ii
Palavras-chave: Língua Inglesa; Ensino; Imersão linguística; Early Bird.
Justificativa
Por meio das ações do projeto de extensão, as pessoas envolvidas interna e
externamente possam trocar experiências sociais, culturais e pedagógicas no sentido de
unir ensino e pesquisa e aproximar universidade e sociedade. Considerando que a
comunidade da Vila Itatiaia é composta, em sua maioria, de pessoas de baixa renda, este
projeto é uma oportunidade para as crianças do ensino fundamental da região terem o
primeiro contato com uma língua estrangeira fora do ambiente escolar, de maneira lúdica
e natural.
Acreditamos, também, que a comunidade externa, composta pelos pais e
responsáveis das crianças e pela comunidade em geral, exerce papel primordial na
execução deste projeto, contribuindo para a formação docente e pessoal não só da aluna
bolsista, como também dos docentes do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à
Educação – CEPAE/UFG.
Tal projeto contribui para a formação docente do departamento de língua inglesa
do CEPAE/UFG, uma vez que promove o levantamento de dados para a produção de
artigos científicos na área de ensino e aprendizagem de língua estrangeira, e para a
execução da pesquisa já em andamento intitulada “Adaptação e Complementação de
Materiais Didáticos em Língua Inglesa”. O projeto tem como finalidade o ensino da língua
inglesa às crianças a partir dos sete anos de idade, já alfabetizadas, estimulando o
aprendizado natural dos conhecimentos do idioma e dos aspectos culturais, por meio de
atividades lúdicas e temáticas. Prioriza-se, a imersão linguística e cultural com ênfase
nas habilidades do ouvir e do falar a língua estrangeira, evitando o uso da língua materna.
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Índice | Capa 144
Além disso, realizamos a imersão do aluno na língua inglesa também por meio de
leitura e escritura literária, utilizando, em especial, a obra do autor norte-americano Shel
Silvestein (1930 – 1999). Shel Silvestein foi um poeta, compositor, músico, cartunista e
autor de livros infantojuvenis. Sua obra tem sido utilizada nas aulas de inglês do período
regular com alunos do ensino fundamental e médio no CEPAE/UFG. Percebemos que a
leitura literária contribui não apenas para o desenvolvimento das quatro habilidades
linguísticas, como também para a formação pessoal do aluno, transformando-o em
verdadeiro “sujeito da experiência”, segundo concepção de Jorge Larrosa Bondía (2002,
p. 24).
Para tanto, utiliza-se o método Early Bird aplicado inicialmente na cidade de
Roterdã, na Holanda em 2003, cujo pressuposto é a troca de conhecimentos e o
aprendizado do idioma de forma natural, facilitando a imersão da criança no universo
linguístico e cultural estrangeiro. A expressão “early bird” refere-se a alguém que chega
mais cedo aos lugares/compromissos, iniciando atividades específicas antes do que é
comumente esperado.
A fundamentação teórica baseia-se em estudos sobre a prática da leitura literária
de Rildo Cosson (2015) e Regina Zilberman (1991), sobre aquisição de linguagem de
Stephen Krashen (2003), sobre ensino de línguas para crianças, de Lynne Cameron
(2001), sobre maneiras de se aprender uma segunda língua, de Pasty Lightbown e Nina
Spada (1996), entre outros. Nesse sentido, este projeto visa introduzir e observar o jovem
aprendiz de língua inglesa em seu processo inicial de imersão cultural e proporcionar a
troca de experiências sociais entre a Universidade Federal de Goiás e a comunidade da
Vila Itatiaia.
Objetivos
O objetivo geral deste projeto é articular ensino e pesquisa de modo a integrar
universidade e sociedade, por meio do ensino de língua inglesa às crianças pertencentes
à comunidade da Vila Itatiaia, em Goiânia/GO. Nesse sentido, tem-se como objetivos
específicos:
Oferecer oportunidades de desenvolvimento da linguagem oral em língua inglesa
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Índice | Capa 145
às crianças da comunidade;
Proporcionar condições de domínio das habilidades de escutar, compreender e
falar o idioma;
Estimular a leitura de obras literárias em língua estrangeira;
Desenvolver a criatividade e imaginação artísticas;
Promover a consciência ética, a cultura da paz, da cidadania, dos direitos
humanos e da democracia por meio dos estudos culturais;
Estimular a valorização familiar, a partir da inserção dos pais e/ou responsáveis
das crianças no processo de imersão.
Metodologia
Como o método Early Bird é baseado na aquisição da língua estrangeira por meio
do desenvolvimento das habilidades oral e auditiva, a metodologia utilizada consistirá de
recursos audiovisuais, tais como músicas e filmes em língua estrangeira, literatura
infanto-juvenil, contação de histórias, oficina de artes, jogos lúdicos envolvendo temas
transversais como educação ambiental e cidadania, confecção de materiais de apoio à
aprendizagem, tais como fantoches, cartazes, flashcards, caligramas, entre outros.
Para o desenvolvimento das compreensões escrita e de leitura, utiliza-se a obra
do autor norte-americano Shel Silverstein e de apostilas disponíveis na página do autor
na internet, na aba learning resources, disponível em
<http://www.shelsilverstein.com/learning/#lessons-and-activities>. Nessa aba,
encontram-se atividades lúdicas, cujo objetivo é o desenvolvimento de práticas de leitura
e escritura literária. Espera-se, portanto, que os alunos aprimorem suas habilidades em
língua estrangeira por meio da compreensão dos tipos de poema e de sua própria
produção criativa.
Resultados
O projeto tem alcançado resultados satisfatórios no decorrer de um ano de
aplicação de metodologia específica. Dentre eles, destacam-se a inclusão do aluno
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Índice | Capa 146
monitor que, geralmente, já possui algum conhecimento do idioma em relação aos
demais alunos da turma; a motivação dos alunos após lerem breves poemas em língua
inglesa, o que possibilita o desenvolvimento da habilidade oral ao estudarem a
sonoridade da linguagem poética; e a promoção da inclusão de alunos com necessidades
especiais, especificamente, um aluno autista, que, a partir da aplicação do método Early
Bird, sentiu-se parte da turma, socializando práticas orais. Os resultados do projeto
contemplam, ainda, publicações acadêmicas na área de ensino e aprendizagem de
línguas estrangeiras sobre a adaptação e complementação de materiais didáticos nas
aulas de língua inglesa e sobre o trabalho com literatura na sala de aula e a formação do
leitor; e a produção de um livro virtual ilustrado, utilizando plataformas digitais, como
"story bird", a partir da produção escrita dos alunos.
Considerações finais
O projeto surgiu em 2007 como uma ação educativa e cultural voltada para a
comunidade da Vila Itatiaia, em Goiânia/GO, especificamente para as crianças
pertencentes à paróquia Nossa Senhora da Assunção. A partir de 2017, o projeto sofreu
modificações quanto à metodologia utilizada e quanto aos produtos resultantes das aulas
práticas. Nesse sentido, este projeto, nos moldes atuais, tem mostrado, não somente a
importância do aprendizado da língua inglesa nos anos iniciais, bem como a experiência
com outras culturas e com a linguagem literária.
Referências bibliográficas
ASSIS-PETERSON, Ana Antônia de; GONÇALVES, Margarida de O. C. Qual é a melhor idade para aprender línguas? Mitos e fatos. Contexturas, n. 5, 2000/2001, p. 11 – 26.
CAMERON, Lynne. Teaching Languages to Young Learners. Cambridge (UK): Cambridge University Press, 2001.
COSSON, Rildo. A prática da leitura literária na escola: mediação ou ensino?. Nuances: estudos sobre educação. 2015, v. 26, n. 3, p. 161 – 173.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias. O Novo Ritmo da Informação. 2ª ed. Campinas: Ed. Papirus, 2007.
Anais do Congresso de Ensino Pesquisa e Extensão
Goiânia, 15 a 17 de Outubro de 2018
Índice | Capa 147
KRASHEN, Stephen. Explorations in Language Acquisition and Use. Portsmouth: Heinemann. 2003.
KRASHEN, Stephen. The Power of Reading: insights from the research. 2nd Edition. Portsmouth: Heinemann. 2004.
LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Tradução Cristina Antunes; João Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.
LIGHTBOWN, Pasty M. and SPADA, Nina. How Languages are learned. Oxford University Press, 1996.
PHILLIPS, Sarah. Young Learners. Oxford: OUP, 2003.
PINTER, Annamaria. Teaching Young Learners. Oxford: OUP, 2006.
SANTOS, Leandra Ines Seganfredo. Crenças acerca da inclusão de Língua Inglesa nas séries iniciais. Contexturas, n. 10, 2006, p. 119 – 134.
SILVERSTEIN, Shel. The Giving Tree. Illustrated by Shel Silverstein. Harper and Row, 1964.
SILVERSTEIN, Shel. The Missing Piece. Illustrated by Shel Silvestein. Harper and Row, 1976.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4.ed. São Paulo: Martins, Fontes, 1991.
ZILBERMAN, Regina. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Contexto, 1991.
Fonte financiadora: PROEC (Programa de Bolsas de Extensão e Cultura PROBEC e
PROVEC 2017/2018)
i RIBEIRO, Ana Karyne S.C. Escola de Agronomia. E-mail: [email protected]
ii GONÇALVES, Letícia de Souza. Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – CEPAE – UFG. E-mail: [email protected]
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Índice | Capa 148
Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Dr. Paulo Renato Simmons de Paula) - PJ167-2017
AS CONTRIBUIÇÕES DA LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS PARA A COMUNIDADE E O ENSINO
Autores: SILVA, Beatriz Aquino; GOERCK, Débora; SILVA, Bárbara Oliveira;
RABELO, Mariana Quintino; BORGES, Matheus de Moraes; LEAL, Danilo Marques;
NETO, João de Oliveira; MARTINS, Matheus Henrique Bastos, PAULA, Paulo
Renato Simmons de.
Palavras-chave: Cirurgia Plástica; Liga Acadêmica; Saúde; Comunidade.
Justificativa: A Liga de Cirurgia Plástica (LCP) se empenha em difundir e dilatar o
conhecimento sobre cirurgia plástica entre os acadêmicos participantes, o meio
acadêmico e a sociedade em que estamos inseridos. Todos os esforços em
educação, baseados sempre no tripé ensino-pesquisa-extensão, formam um
conjunto necessário e enriquecedor para a população e para os futuros profissionais
médicos, além de poder incentivar e exemplificar ações como essas em outros
tempos ou locais (ALVES, 2015).
Objetivos: Descrever e realizar considerações acerca das atividades realizadas
pela LCP, como a capacitação dos acadêmicos para o atendimento e orientação da
população fornecendo noções básicas sobre cirurgia plástica, e desta forma,
aumentando o interesse da comunidade acadêmica e científica acerca desses
temas. Além da realização de Seminários, Simpósios de atualização e de educação
continuada, para acadêmicos e profissionais da área de saúde sobre os principais
temas abordados; Relatar o ganho dos acadêmicos no âmbito de sua formação
científica, médica e social; Desenvolvimento da formação médica, através do auxílio
no atendimento nos Ambulatórios e Centros Cirúrgicos de Cirurgia Plástica do
Hospital das Clínicas da UFG (HCUFG), colocando em prática os princípios éticos
dentro da cirurgia plástica e ainda a análise dos dados provenientes das ações
promovidas, visando à posterior publicação em revistas científicas e em
apresentações em congressos; Detalhar os ganhos da comunidade em ações
realizadas pela LCP, estreitando a relação universidade/comunidade no que diz
respeito à promoção primária da saúde.
Anais do Congresso de Ensino Pesquisa e Extensão
Goiânia, 15 a 17 de Outubro de 2018
Índice | Capa 149
Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Dr. Paulo Renato Simmons de Paula) - PJ167-2017
Metodologia: Estudo descritivo elaborado pelos bolsistas a partir da participação na
organização e realização de atividades teóricas e práticas de agosto de 2017 a julho
de 2018, com orientação do coordenador da ação. As atividades teóricas expuseram
os principais temas de medicina em Cirurgia Plástica e incentivaram os acadêmicos
a realizarem pesquisas. Já as atividades práticas ocorreram junto à comunidade
com foco em prevenção e promoção da saúde, além da participação em
ambulatórios de cirurgia plástica e centro cirúrgico, do HCUFG.
Resultados: A extensão universitária possibilita a articulação do produto ensino e
pesquisa para aplicações úteis na sociedade, cujas principais vantagens são:
produzir conhecimento da realidade da comunidade, na qual a universidade
pertence; prestação de serviços e assistência; fornecer embasamento teórico-prático
para o aprimoramento da formação do aluno; apontar falhas na estrutura e diretrizes
da própria universidade e da problemática nacional; e facilitar a integração de
ensino, pesquisa e extensão, bem como a integração universidade-comunidade
(RODRIGUES, 2013). Durante o projeto foram realizadas campanhas, workshop e
participação em congresso. Na campanha sobre prevenção de queimaduras, em
apoio à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os acadêmicos distribuíram
informativos para a população e sanaram dúvidas sobre cuidados preventivos e
imediatos de queimaduras. Na campanha Outubro Rosa (para prevenção do câncer
de mama), ajudaram e orientaram sobre o papel das cirurgias reconstrutoras pós-
ressecção tumoral na restauração da qualidade de vida dos pacientes. A campanha
“Cirurgia Plástica, Anestesiologia e Hospitais Solidários” contou com mais de 7 mil
inscritos, em que médicos voluntários disponibilizaram seus honorários para atender
pacientes que necessitavam de cirurgias plásticas reparadoras e que não tinham
condições financeiras para arcar com os custos. A Liga também participou do Dia C
de Ciência da UFG, levando seus banners e informando a população quanto à
realização de procedimentos realizados pela especialidade. A Liga também
coordenou um workshop de suturas, no qual acadêmicos de medicina receberam
curso de residentes e cirurgiões plásticos, além de realizarem atividades práticas em
laboratório de técnica-operatória sob a supervisão dos preceptores. Organizaram,
ainda, o 1º Congresso Brasileiro das Ligas de Cirurgia Plástica, reunindo
acadêmicos de medicina de todo Brasil, no Conselho Regional de Medicina de Goiás
(CREMEGO).
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Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Dr. Paulo Renato Simmons de Paula) - PJ167-2017
Foram realizadas inúmeras atividades de ensino com exposição didática sobre
os principais temas em cirurgia plástica para os membros da LCP. As aulas teóricas
foram ministradas por residentes e médicos docentes do Serviço de Cirurgia Plástica
do HCUFG. Os principais temas abordados foram referentes às principais condições
médicas emergenciais, funcionais e estéticas dentro da especialidade: queimaduras
(cuidados imediatos e preventivos), biologia da cicatrização de tecidos, enxertos e
retalhos, expansores teciduais, reconstrução de membros no politrauma,
reconstrução mamária, mamoplastia redutora e de aumento, lipoaspiração,
abdominoplastia, rinoplastia, blefaroplastia, publicações científicas; ética em cirurgia
plástica e cirurgia segura. Durante a organização dessas atividades, os acadêmicos
bolsistas buscaram ofertar subsídios teóricos de conhecimentos básicos para que os
membros pudessem participar das atividades práticas (aula prática de suturas,
acompanhamento ambulatorial de pré e pós-operatório e de procedimentos
cirúrgicos). Além disso, incentivou-se a participação dos membros nos eventos:
Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, Jornada Acadêmica da Liga de Cirurgia
Plástica, do Espaço das Profissões e Encontro Científico dos Acadêmicos de
Medicina (ECAM).
A LCP oferece a todos os seus membros oportunidades de participação em
todas as etapas da elaboração de trabalhos científicos. O enfoque é dado a relatos e
série de casos que são apresentados em congressos locais, regionais e nacionais,
além da elaboração de artigos científicos publicados em revistas. Os membros têm
participação ativa na construção dos trabalhos, uma vez que acompanham a rotina
ambulatorial de pré e pós-operatório e muitos dos procedimentos cirúrgicos
realizados, tendo acesso também aos prontuários dos pacientes para coleta de
dados secundários. Houve participação no I Congresso Brasileiro das Ligas de
Cirurgia Plástica, em 09 de setembro de 2017, com apresentação de 9 trabalhos:
“Relato de caso: a desafiadora associação de técnicas para correção estética e
funcional de gigantomastia”, “Carcinoma basocelular esclerodermiforme em dorso:
um relato de caso”, “Reconstrução labial de retração cicatricial pós-mordedura
canina: um relato de caso”, “Relato de caso sobre reconstrução facial pós-tentativa
de autoextermínio”, “Relato de caso: correção de hipogenesia de esterno em
paciente com pentalogia de Cantrell”, “Cirurgia reconstrutora do períneo com uso de
retalho miocutâneo oblíquo superior do reto abdominal: um relato de caso”,
“Monoximetria como método preventivo pré-operatório de lipoabdominoplastia”,
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Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Dr. Paulo Renato Simmons de Paula) - PJ167-2017
“Miectomia dos músculos frontal, corrugador do supercílio e prócero: um relato de
caso”, “Cirurgia reconstrutora de sobrancelha esquerda com uso de retaho em ilha
de couro cabeludo da artéria temporal: um relato de caso”. No XXIX Encontro
Científico dos Acadêmicos de Medicina e VII Congresso Goiano de Ética Medica
(XXIX ECAM / VII COGEM), realizado em 21 de setembro de 2017, foram
apresentados 2 trabalhos, os quais também foram publicados na Revista de
Patologia Tropical: “Tratamento de gigantomastia com a associação de múltiplas
técnicas“ e “Reconstrução mamária: experiência do serviço de Cirurgia Plástica do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás entre 2015-2017”. Na IV
Jornada Acadêmica de Metodologia Científica, ocorrida em 07 de novembro de
2017, foi apresentado o trabalho “Reconstrução parcial de retração cicatricial em
lábios após mordedura canina: um relato de caso”.
Conclusão: A Liga de Cirurgia Plástica desempenhou um importante papel tanto na
formação médica generalista de seus membros quanto na conexão destes com a
comunidade. As atividades desenvolvidas pelos bolsistas da LCP contribuíram para
formação dos acadêmicos ao tratar de temas comuns e prevalentes na sociedade,
para o aumento da literatura científica no campo da cirurgia plástica - contribuindo
para a familiarização dos integrantes com a metodologia dos trabalhos científicos e
para o fortalecimento da produção científica regional – e, principalmente, para a
promoção e prevenção da saúde comunitária (CALIPO, 2009). As ações
desenvolvidas permitiram que os membros se envolvessem de forma ativa na
construção de metodologias de intervenção na comunidade. Unindo conhecimentos
científicos, técnicos e materiais, os membros da LCP puderam agir em uma
perspectiva voltada para o desenvolvimento de habilidades que serão necessárias
para uma prática médica futura. Ademais, mostrou-se importante, ao trabalhar com
os membros, a empatia e capacidade de comunicação o que, em tempos atuais, é
um grande diferencial do profissional de saúde. Assim, a LCP abarcou em suas
atividades inúmeras opções e possibilidades que puderam pôr em prática
conhecimentos antes restritos ao meio acadêmico, interagindo com a sociedade,
além de contribuir um pouco mais para o enriquecimento educacional e a ampliação
da literatura científica disponível.
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Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Dr. Paulo Renato Simmons de Paula) - PJ167-2017
Referências bibliográficas:
ALVES, S.; SILVA, D.; FLORES, O. Ligas Acadêmicas no Processo de Formação
dos Estudantes Academic Leagues in Student Training. v. 39, n. 3, p. 410–425,
2015.
CALIPO, Daniel. Projetos de extensão universitária crítica: Uma ação educativa
trans-formadora. Campinas, 2009. Base de dados do Scielo. Disponível em:
<http://www.itcp.unicamp.br/drupal/files/Projetos%20de%20extensao%20universitari
a_%20Daniel%20Bortolotti.pdf>. Acesso em: 20 jun 2018. RODRIGUES, Andréia
Lilian Lima et al Cadernos de Graduação: Ciências Humanas e Sociais, Aracaju,
v. 1, n.16, p. 141-148, mar. 2013.
Instituição:
SILVA, Beatriz Aquino. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]
GOERCK, Débora. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina.
SILVA, Bárbara Oliveira. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]
RABELO, Mariana Quintino. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]
BORGES, Matheus de Moraes. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]
LEAL, Danilo Marques. Universidade Federal de Goiás. Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]
NETO, João de Oliveira. Universidade Federal de Goiás. Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]
MARTINS, Matheus Henrique Bastos. Universidade Federal de Goiás (UFG),
Faculdade de Medicina. [email protected]
PAULA, Paulo Renato Simmons de. Universidade Federal de Goiás (UFG),
Faculdade de Medicna e Hospital das Clínicas da UFG (HCUFG). p-
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Índice | Capa 153
NÚCLEO DE PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS - NUPEC
BENTO, Brenda Souza 1
Palavras-chave: educação em ciências; formação de professores; pesquisa
em ensino de ciências;
Justificativa/Base teórica:
Desde sua criação o NUPEC/IQ/UFG que compreende, em suas ações, tanto
o caráter de pesquisa como de extensão, dedica-se ao estudo, discussão,
desenvolvimento e execução de projetos ligados ao ensino de ciências, intervindo
diretamente tanto na formação inicial quanto continuada de professores de ciências
por meio da pesquisa. Considerando que é entre saberes teóricos e práticos que se
constitui o saber profissional, o NUPEC procura uma ação de interação entre alunos
e professores de graduação e pós-graduação dos cursos de licenciatura em
Química, Biologia e Física e professores de Ciências (Química, Biologia, Física) do
Ensino Básico do Estado de Goiás num processo reflexivo que possa contribuir para
promover mudanças em concepções e práticas, atingindo ao mesmo tempo a
formação e a ação prática de sujeitos que nela participam coletivamente.
Entendemos que processos reflexivos supõem a mediação de outros pela
concorrência e embate de saberes e pontos de vista diversificados, no qual se inclui
a interlocução com pesquisadores e teorias disponibilizadas pela comunidade
científica ou por outras instancias de validação. Sem isso, tratar-se-ia de uma
reflexividade que corre o risco de ser pouco fértil em promover avanços formativos
nos sujeitos e em práticas pedagógicas. Quanto mais amplo for o embate, mais
amplas serão as possibilidades de transformação social das concepções e práticas.
Objetivos
São objetivos deste núcleo:
Resumo revisado por: Agustina Rosa Echeverría (Nupec; PJ120-2017) e Cláudio Roberto Machado Benite (Os
eventos científicos como espaço e tempo para a formação de professores de ciências; IQ-21)
1IQ/UFG – e-mail: [email protected]
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Índice | Capa 154
1) Aproximar o licenciado da realidade pedagógica do Estado de Goiás;
2) Promover a troca de experiências pedagógicas entre os diferentes níveis
de ensino;
3) Discutir coletivamente os problemas que afetam o ensino de ciências;
4) Promover reflexão crítica sobre a relação teoria-prática no processo de
ensino de ciências;
5) Estabelecer vínculos entre professores e licenciandos da universidade
com professores do ensino básico para a geração de conhecimentos
conjuntos na área de educação em ciências;
6) Contribuir para a formação continuada de professores;
7) Aproximar o professor do ensino básico dos conhecimentos produzidos
pela pesquisa em educação em ciências;
8) Envolver licenciandos, mestrandos, professores formadores e professores
das escolas do ensino básico na realização de pesquisas conjuntas em
educação;
9) Promover cursos sobre temas de interesse em educação em ciências e
assessorar os professores do Ensino Básico no desenvolvimento de
projetos e atividades pedagógicas.
Metodologia
O NUPEC é composto por cinco professores da área de Educação em
Química, sendo uma coordenadora. Como bolsista os trabalhos que realizei foram
vinculados aos projetos dos mesmos, no caso o Laboratório de Educação em
Química e Atividades Lúdicas (LEQUAL), o Laboratório de Pesquisas em Educação
Química e Inclusão (LPEQI), o Grupo de Estudos da Teoria histórico cultural e o
Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental.
O NUPEC promoveu no período de 01 de agosto de 2017 a 31 de julho de
2018 as seguintes ações:
1) Cursos de extensão para professores da Educação Básica;
2) Discussão e proposição de propostas pedagógicas (em forma de projetos)
em escolas do Município de Goiânia;
3) Discussão, com a participação de professores e alunos da UFG e
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Índice | Capa 155
professores da Educação Básica de propostas curriculares estaduais;
4) Realização de projetos de pesquisas em nível de pós-graduação
(mestrado/doutorado) na área de Educação em Ciências defendidas no âmbito do
Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemáticas da UFG;
5) Participação na elaboração de material didático e intervenções
pedagógicas de bolsistas do PIBID/Química.
Resultados:
No período entre 01 de agosto de 2017 até 31 de julho de 2018, participei e
auxiliei na divulgação das atividades dos Laboratórios que compõe o Núcleo, que
por ter caráter de extensão e ser composto por cinco professores do Instituto de
Química que exercem atividades diferentes, são variadas. Sob a orientação da
professora Anna Benite, que é coordenadora do Coletivo CIATA- Grupo de Estudos
sobre a Descolonização do Currículo de Ciências, membro da Associação Brasileira
de Pesquisa em Ensino de Ciências e Presidente da Associação Brasileira de
Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), foram realizadas as seguintes atividades: 1)
Seminário Diálogos de Reexistência; 2) I e II Cartografando Resistências: Sobre
Saberes e Afetos em Goiás; 3) Investiga Menina!, realizado no Colégio Estadual
Solon Amaral; 4) Investiga Menina na Dandara do Cerrado; 4) 2° Seminário de
Mulheres de Matriz Africana e Afro Brasileira, realizado no Instituto Cultural Agô; 5)
Seminário de História da África e Suas Diásporas. Sob a orientação do professor
Cláudio Benite, que é coordenador do Núcleo de Tecnologia Assistiva para a
Experimentação no Ensino de Ciências do Laboratório de Pesquisas em Educação
Química e Inclusão (LPEQI) e coordenador do curso de Licenciatura em Química,
foram realizadas as seguintes atividades: 1) atividades de pesquisa e extensão no
Centro Brasileiro de Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual (Cebrav); 2) atividades
de pesquisa e extensão no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades Super
Dotação 9 (Naah/S – Go); 3) atividades de pesquisa e extensão no Centro Especial
Elysio Campos. Sob a orientação dos professores Márlon Soares e Nyuara
Mesquita, coordenadores do LEQUAL- Laboratório de Educação Química e
Atividades Lúdicas, e diretor e vice diretora, respectivamente da Divisão de Ensino
da Sociedade Brasileira de Química, foram realizadas as seguintes atividades: 1)
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Índice | Capa 156
Apresentação das atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas pelo
NUPEC para professores de Ciências em formação para alunos do Curso de
Licenciatura em Química da UFG; 2) Apresentação das atividades de ensino,
pesquisa e extensão realizadas pelo NUPEC para professores de Ciências em
formação para o IFG – Curso de Licenciatura em Química Itumbiara; 3) Oficina de
jogos para o ensino de Química desenvolvida no CIRCULA- MOSTRA DE
CIÊNCIAS, CULTURA E ARTE no CEPAE (Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à
Educação). Sob a orientação da professora Agustina Echeverría, que coordena o
NUPEC e é líder do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e orienta o Grupo
de Estudos da Teoria histórico cultural foram realizadas as seguintes atividades: 1)
Escola de Formação de pesquisadores das regiões Norte e Centro-Oeste,
instituições envolvidas UFG e Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em
Ciências (ABRAPEC); 2) Reuniões periódicas de discussão da problemática
ambiental; 3) Reunião de estudo e discussão da proposta pedagógica de Situação
de Estudo (SE), envolvendo a UFG, Unijuí, IFG (vários câmpus); 4) Participação na
mesa-redonda “Reforma do Ensino Médio e Formação de Professores: incertezas e
desafios da realidade atual”; 5) Palestra “A Reforma do Ensino Médio à luz da Teoria
da Relação com o Saber” no Dia do Químico do IFG; 6) Palestra “A Reforma do
Ensino Médio à luz da Sociologia da Relação com o Saber” no Ciclo de Palestras da
licenciatura em Música; 7) Participação na mesa-redonda “Reforma do Ensino
Médio” na XIV Semana de Licenciatura e V Seminário da Pós-Graduação em
Educação em Ciências e Matemática, envolvendo UFG e IFG / Câmpus Jataí; 8)
Palestra “Ensino Médio: que Relação com o Saber? ” no I Encontro Internacional de
Licenciaturas do Cerrado; 9) Discussão dos problemas ambientais vinculados ao
Bioma Cerrado na Escola Municipal de tempo integral profa. Silene de Andrade
(Projeto Geruma).
Conclusões
Como vem acontecendo desde a sua fundação, o NUPEC contribui para a
interação de estudantes do Instituto de Química, tanto da licenciatura quanto do
bacharelado. Com respeito à interação com a educação básica constante do
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planejamento anterior, esta está sendo reelaborada, vinculada a editais de órgãos
de fomento com execução planejada para 2019.
Referências
SACRISTÁN, J. G. O Currículo - uma Reflexão Sobre a Prática. Editora: Grupo
Artmed, 2000.
JANTSCH, A. P. e BIANCHETTI, L. Interdisciplinaridade - para Além da Filosofia
do Sujeito. Editora Vozes, 1995.
GALIAZZI, M. do C. et. al. Construção Curricular em Rede na Educação em
Ciências: Uma Aposta de Pesquisa na Sala de Aula. Editora Unijuí, 2007.
Coleção Situação de Estudo - Ciências na Educação Básica. Editora UNIJUÍ. Ijuí,
Rio Grande do Sul. 2002;
BARBOSA, R. L. L. Trajetórias e perspectivas da formação de educadores.
Editora Unesp, 2005.
SANTOS, W. L. P e SCHNETZLER, R. P. Educação em Química-compromisso com a cidadania. Editora UNIJUÍ, 1997. PIZZI, L. C. V e FUMES, N. L. F. Formação do pesquisador em educação: identidade, diversidade, inclusão e juventude. Editora UFAL, 2007.
Fonte financiadora FINANCIAMENTO INTERNO - PROEC (Programa de Bolsas de Extensão e Cultura PROBEC e PROVEC 2017/2018)
Data: 08/09/2018.
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PROJETO MÃOS LIMPAS: TRABALHANDO PARA INCENTIVAR A
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
SILVA, Camila Batista; MENDES, Daniel Ferreira de Aquino; MORAES, Juliana
Almeida; SILVA, Larissa Aires; BOFF, Isabela Marra de Queiroz; SEVERO,
Kerolayne Martins; PEREIRA, Luiz Antônio; SANTOS, Michelle Augusta; ALVES,
Ana Caroliny Faria; ALVES, Clery Mariano da Silva; SILVA, Luerce Nascimento;
AMARAL, Tauana de Souza; GOULART, Débora Moura Miranda; BOEIRA,
Elisângela Rodrigues; MENDONÇA, Katiane Martins; LUCIANO, Cristiana da Costa;
Neves, Zilah Cândida Pereira das; BOUWMAN, Berendina Elsina; TIPPLE, Anaclara
Ferreira Veiga
Palavras-chave: Higiene de mãos, educação em saúde, controle de infecções.
Justificativa: A pele é, de forma natural, colonizada por diversos micro-
organismos, de modo que as mãos são os seus principais disseminadores nos
ambientes de assistência à saúde. Para minimizar a transmissão destes e prevenir
infecções, a adesão à higiene das mãos em instituições de saúde e ensino é de
fundamental importância (OLIVEIRA; PINTO, 2018).
Apesar de ser considerada a medida de prevenção menos dispendiosa,
segura, eficaz, de rápida execução e recomendada por vários órgãos como a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2018) e a Organização Mundial de Saúde
(OMS, 2009) a adesão a está prática é considerada baixa (BRASIL, 2018). Algumas
justificativas têm sido apresentadas pelos profissionais da área da saúde (PAS) como
barreira de adesão à higiene de mãos entre elas a sobrecarga de trabalho, atuação
intensiva dos serviços e o ambiente organizacional das unidades (BELELA-
ANACLETO; PETERLINI; PEDREIRA; 2016). Neste sentido, campanhas educativas
são necessárias para fortalecer conceitos e a técnica recomendada
________________________
“Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura Anaclara Ferreira Veiga Tipple. Código
PROEC PJ151-2017”.
SILVA, Camila Batista. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected];
MENDES, Daniel Ferreira de Aquino. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem.
[email protected]; MORAES, Juliana Almeida. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de
enfermagem. [email protected]; SILVA, Larissa Aires. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de
enfermagem. [email protected]; BOFF, Isabela Marra de Queiroz. Universidade Federal de Goiás.
Faculdade de enfermagem. [email protected]; SEVERO, Kerolayne Martins. Universidade Federal
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de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; PEREIRA, Luiz Antônio. Universidade Federal
de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; SANTOS, Michelle Augusta. Universidade Federal de Goiás.
Faculdade de enfermagem. [email protected]; ALVES, Ana Caroliny Faria. Universidade
Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; ALVES, Clery Mariano da Silva.
Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; SILVA, Luerce Nascimento.
Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; AMARAL, Tauana de
Souza. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; GOULART,
Débora Moura Miranda. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected];
BOEIRA, Elisângela Rodrigues. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem.
[email protected]; MENDONÇA, Katiane Martins. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de
enfermagem. [email protected]; LUCIANO, Cristiana da Costa. Universidade Federal de Goiás.
Faculdade de enfermagem. [email protected]; Neves, Zilah Cândida Pereira das. Universidade Federal de
Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]; BOUWMAN, Berendina Elsina; Universidade
Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected]. TIPPLE, Anaclara Ferreira Veiga.
Universidade Federal de Goiás. Faculdade de enfermagem. [email protected].
Assim como nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) a
transmissão de micro-organismos infecciosos também pode ocorrer em locais que
oferecem assistência à criança em idade pré-escolar fora do domicílio, visto que são
ambientes com características epidemiológicas especiais, por abrigar população
infantil com perfil característico e aglomeradas recebendo cuidado de forma coletiva
(NESTI e GOLDBAUM, 2007; MAMUS et al, 2008).
A adesão à prática simples e eficaz da higiene de mãos por crianças e
trabalhadores de centros infantis muitas vezes não ocorre no modo correto de realizá-
la, e na frequência desejável (VICO, 2001), demonstrando a necessidade de ações
voltadas ao controle de infecções nessas instituições (TOSCANI et al, 2007).
Pautado nestas justificativas o Projeto Mão Limpas foi criado em 2006, sua
concepção se deu como oportunidade de otimizar recursos de incentivo à higienização
das mãos utilizados em um estudo que avaliou o impacto de estratégias de incentivo
à higienização das mãos na adesão de profissionais que atuavam em uma unidade
de Terapia Intensiva Neonatal (NEVES, et al, 2006).
Com o propósito, portanto, de ser uma ferramenta que busca empreender
ações visando a adesão à higienização das mãos e à técnica recomentada entre
profissionais, acadêmicos da área da saúde, usuários, familiares e acompanhantes.
Em 2009, em meio à epidemia mundial do vírus H1N1, suas ações foram estendidas
para o contexto dos Centros Municipais de Educação Infantil – CMEI, alcançando
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Índice | Capa 160
crianças, professores e pais. Além disso, promover e fortalecer a formação acadêmica
articulando diferentes níveis de formação, graduação e pós-graduação.
Objetivos: Aplicar estratégias de incentivo à higienização das mãos em EAS,
Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), instituições de ensino e eventos
científicos na área da saúde; estimular a adesão à higienização das mãos nos
estabelecimentos; contribuir para a diminuição dos índices de infecção relacionados
à assistência em saúde; auxiliar na redução dos índices de infecção comuns na
infância relacionadas à precariedade de hábitos higiênicos e favorecer a
conscientização e mudança de comportamento em relação à técnica de higienização
das mãos, desde a infância.
Metodologia: O Projeto está inserido no Núcleo de Estudos e Pesquisas de
Enfermagem em Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde – NEPIH, da Faculdade de Enfermagem – FEN, da Universidade Federal de
Goiás e desenvolve atividades de incentivo à HM desde 2006 em EAS, de Goiânia-
GO e cidades do entorno, das redes pública, privada e filantrópica, com profissionais,
pacientes e acompanhantes. Ainda, em Centros Municipais de Educação Infantil
(CMEI) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, e em outros da mesma
natureza, das redes privada e filantrópica, e pré-escolas da região metropolitana de
Goiânia-GO, com crianças e trabalhadores.
O projeto conta com a participação dos membros do NEPIH, professores da
FEN e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, enfermeiros Técnicos -
administrativos da UFG, alunos de graduação (entre eles um bolsista – PROBEC e
quatro voluntários – PROVEC) e Pós-graduação, níveis mestrado e doutorado.
São desenvolvidas ações de incentivo à HM seguindo agendamento e
planejamento prévio com a equipe executora que decide as estratégias a serem
utilizadas, considerando as particularidades e necessidades de cada público alvo. As
atividades de incentivo constituem banners informativos, folders educativos,
demonstração da técnica de higiene de mãos com o uso de tinta guache, encenação
de peças teatrais com fantoches, utilização da “caixa da verdade” (tem no seu interior
uma luz negra, tornando visível as regiões das mãos que são friccionadas com insumo
fluorescente adicionado a álcool gel, e as regiões que não foram alcançadas). Além
disso, o projeto promove eventos científicos e culturais sobre a temática no mês de
maio, levando em consideração o dia cinco de maio, eleito pela Organização Mundial
de Saúde (OMS, 2009) como o dia mundial de HM.
Anais do Congresso de Ensino Pesquisa e Extensão
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Resultados: Durante o período de agosto de 2017 a julho de 2018 foram
realizadas 11 ações em instituições de saúde, sendo sete de caráter público e quatro
privadas de diferentes níveis e especialidades tais como hospital geral universitário,
tratamento oncológico, oftalmologia, urologia e clínica de dependência química, tendo
como público alvo pacientes, acompanhantes, acadêmicos, profissionais da saúde e
demais trabalhadores, e 18 ações em instituições de ensino incluindo a Universidade
Federal de Goiás, CMEI, escolas de ensino técnico e eventos científicos, tendo como
público alvo crianças, estudantes da área da saúde, professores e servidores
obtendo. Presume-se que no total das ações, em média 2000 pessoas foram
alcançadas. Cada campanha foi executada em média por seis membros e utilizadas
no mínimo duas estratégias escolhidas a partir das características de cada público.
Em maio de 2018, o projeto realizou um festival de paródias denominado
“CANTAFEN”, um festival de paródias alusivas à higienização das mãos, que está em
sua XII edição, no qual foram apresentadas oito paródias e reuniu profissionais da
área da saúde, professores e acadêmicos, tanto da Universidade Federal de Goiás
(UFG) como de outras instituições de ensino.
Conclusões: O projeto tem grande aceitação e, portanto, muita facilidade de
desenvolver suas ações. Duas estratégias merecem destaque; a caixa da verdade
para o público adulto e o teatro de fantoche entre as crianças. A natureza do projeto
não permite estimar indicadores de resultados, entretanto, espera-se maior adesão à
higienização das mãos entre os participantes e, portanto, contribuir com a segurança
dos usuários dos serviços de saúde, bem como das crianças na fase pré-escolar.
Para os alunos e professores a participação no projeto tem contribuído para o
desenvolvimento de habilidades e competências para a aplicação de estratégias de
promoção da saúde com diferentes públicos. Além disso, requer dos participantes
permanente atualização acerca da temática, que tem sido objeto de reuniões
científicas para a discussão de publicações recentes sobre o tema.
Considera-se, portanto, o alcance dos objetivos propostos pelo projeto que
várias ações agendadas para o segundo semestre de 2018.
Referências Bibliográficas
BELELA-ANACLETO, Aline Santa Cruz; PETERLINI, Maria Angélica Sorgini;
PEDREIRA, Mavilde da Luz Gonçalves. Higienização das mãos como prática do
cuidar: reflexão acerca da responsabilidade profissional.Rev. Bras. Enferm., Brasília ,
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v. 70, n. 2, p. 442-445, Apr. 2017. Available from http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-
2016-0189, access on 11 Sept. 2018.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde. NOTA
TÉCNICA Nº01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA
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v. 71, n. 2, p. 259-264, Apr. 2018. Available from < http://dx.doi.org/10.1590/0034-
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GRAVIDEZ INDESEJADA EM ADOLESCENTES
PEREIRA, Carolina da Silva; JÚNIOR, Ronaldo Rodrigues de Oliveira; COELHO,
Lauren Dalat de Sousa; FREITAS, Ariel Silvestre; FEITOZA, Isadora Borges;
NASCIMENTO, Thays Noleto; ; DUARTE, Célia Scapin, LIMA, Juliana de Oliveira
Roque.
Autor: PEREIRA, Carolina da Silva. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade
de Farmácia. [email protected]
Coordenadora: DUARTE, Célia Scapin. Universidade Federal de Goiás (UFG),
Faculdade de Enfermagem. [email protected]
Coordenadora: LIMA, Juliana de Oliveira Roque. Universidade Federal de Goiás
(UFG), Faculdade de Enfermagem. [email protected]
Justificativa: As adolescentes se encontram em um mundo com ritmo acelerado,
muitas informações, desejos, sentimentos e vontades, que quando não vividas de
forma saudável levam a situações como uma gravidez não planejada. O início da
adolescência é marcado por muitas mudanças, constituídas pela puberdade. Que se
caracteriza pelo conjunto de modificações corporais responsavéis pelo crescimento e
desenvolvimento¹. No sexo feminino o início da puberdade é marcado pela menarca,
que é o amadurecimento sexual. Um evento que possibilita a gravidez indesejada
entre as adolescentes. A idade da ocorrência da menarca diminuiu durante os últimos
100 anos, até o final da década de 80, independente do grupo étnico ou de localização
geográfica². Ainda, a precocidade da atividade sexual e comportamento sexual de
risco são reconhecidos como preditores de maior ocorrência de doenças sexualmente
transmissíveis (DST) e gravidez não planejada³.
Metodologia: Estudo realizado por meio de artigos publicados em periódicos,
considerando as seguintes palavras: adolescentes, gravidez indesejada,
conhecimento sobre sexualidade, puberdade, gravidez e violência sexual. Descritores
que serviram de base para atividades com adolescentes no projeto “ Adolescência
Saudável”.
Resultados: O estudo demonstrou que a gravidez indesejada na adolescência leva a
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desajustes no curso da vida, 1 destruindo planos e adiando sonhos. Mexendo
significativamente na área social, familiar e no atraso escolar, acarretando a possíveis
crises físicas e mentais que dependendo do grau do desajuste pode levar a crises de
personalidade e isto possibilita a depressão, tentativa de aborto ou até mesmo o
suicídio. Por isso possibilitar autonomia para as adolescente é fundamental para seu
crescimento e desenvolvimento saudável.
Palavra chave: Amadurecimento sexual. Puberdade. Adolescência.
Referências:
Zerwes, Elizabeth Pereira; Puberdade Feminina. Rev. Med. UCPEL, Pelotas, 2(1):
43-47, Jan.-Jun. 2004
Tanner JM, Eveleth PB. Worldwide variation in human growth. 2. ed. Cambridge: Univ.,
1990
Centers for Disease Control and Prevention. Tracking the hidden epidemics, trends in
STDs in the United States 2000. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention;
2000.
Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura professora Célia Scapin Duarte Código PJ305-2018
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LIGA DE OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER DA FM-UFG – CONTRIBUIÇÕES
PARA A COMUNIDADE E PARA O MEIO ACADÊMICO
GONÇALVES, Claudia Ferreira1; BERIGO, João Alexandre da Costa2;
HELIODORO, Bárbara Êmily de Mello3; ALMEIDA, Julia Português4; BARBOSA,
Lucas de Figueiredo5; MONTES, Maria Luisa Alves6; STEFLI, Nathalia Ventura7;
CHAGAS, Pabline Pereira8; RIOS, Washington Luiz Ferreira9.
Palavras-chave: Ligas acadêmicas, obstetrícia, saúde da mulher.
JUSTIFICATIVA
As ligas acadêmicas (LA), inicialmente idealizadas em uma realidade sócio-
política de grande tumulto e tensão – Ditadura Militar –, encontram-se bastante
desenvolvidas no Brasil. Objetivam unir teoria à prática contando com área científica,
de extensão de ensino. Têm, portanto, um papel essencial no que diz respeito a suprir
uma falta curricular encontrada na maioria das universidades, propiciando novos
conhecimentos e experiências sociais relacionadas à humanização e a um olhar
holístico e multidisciplinar para com os pacientes (TORRES et al, 2008).
Apesar de uma carga horária extenuante, os discentes ainda encontram
ânimo para participarem de projetos extracurriculares como as LA. Elas mostram-se
eficientes, também, como válvula de escape a uma rotina repleta de cargas
emocionais. Cumprem, pois, uma ação social ampla e importante em vários âmbitos
de entendimento (RAMOS-CERQUEIRA, LIMA, 2002).
O foco da LA no que se refere à ação em campanhas é promover
orientações quanto à promoção de saúde e prevenção de doenças. Assim, são
abordados temas que envolvem desde a saúde da criança até a dos idosos, e os
alunos são capacitados para ensinarem e tirarem possíveis dúvidas da comunidade.
Por meio desse tipo de projeto desenvolvido pelas LAs, o discente
desenvolve habilidades de comunicação, sentimento de empatia e se capacita para
lidar com toda a burocracia que envolve a gestão de uma LA. Essas experiências
adquiridas serão fundamentais quando o discente iniciar a entrada no mercado de
trabalho e o tornarão apto para promover mudanças. (SILVA et al., 2015)
É nesse contexto que se insere a Liga Acadêmica de Obstetrícia e Saúde
da Mulher (LOBS), da Universidade Federal de Goiás (UFG), criada em 2007. Voltada
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para a área de Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da Mulher, envolve os membros nas
mais variadas atividades, integralizando o conhecimento e transmitindo-o para a
população que muitas vezes não têm o mínimo de orientação necessária acerca de
temas relevantes para a promoção da saúde individual e coletiva.
A LOBS almeja a otimização da formação acadêmica de alunos de áreas da
saúde em relação à temas concernentes à saúde da mulher. Essa otimização é baseada
no tripé do ensino, a partir de aulas expositivas com especialistas; pesquisa, com a
produção científica relacionada à epidemiologia, diagnóstico e tratamento de moléstias
desse grupo; e extensão, com campanhas de promoção e prevenção de saúde na
comunidade. Diante do exposto acima, é de suma importância descrever essas ações
para servir como exemplo ao resto da faculdade e para serem melhoradas no decorrer
do tempo e, dessa forma, tornar algo mais completo e indispensável à sociedade.
OBJETIVOS
Os objetivos deste trabalho são: descrever e analisar as atividades de
extensão e cultura realizadas; relatar o impacto na formação científica, médica e social
dos acadêmicos e ratificar a importância das ações de promoção e prevenção de saúde
realizadas pela LOBS para a população.
METODOLOGIA
Estudo descritivo elaborado a partir da análise dos registros do livro ATA da
LOBS, que consiste na revisão das aulas, campanhas e projetos desenvolvidos no
período entre agosto de 2017 a julho de 2018.
RESULTADOS
As atividades de extensão ocorreram de forma regular com a proposta de
conscientizar a população acerca da saúde da mulher, como assistência ao pré-natal,
intercorrências na gestação, amamentação, infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs), métodos contraceptivos e câncer de mama. Além disso, houve a preocupação
em atender às dúvidas da população. A promoção de saúde foi feita com stands,
banners, panfletos e atividades para integração do público com as ações realizadas.
Com exame físico e ultrassonografias ginecológicas feitas por médicos
convidados, realizou-se busca ativa e prevenção primária, visando o diagnóstico
precoce de doenças que acometem muitas mulheres, como câncer de mama e de colo
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de útero, além de ISTs e alterações na gestação. Além disso, foram feitas orientações
gerais, como mudanças no estilo de vida (dieta adequada e realização de exercícios
físicos), ressaltando a abordagem multidisciplinar e geral da saúde da mulher.
As ações foram realizadas com a participação de importantes parcerias,
como a ONG MASF, a Sociedade Brasileira de Mastologia, Odonto Seed, SESC
Centro e a Liga da Mama da UFG. Os lugares eram escolhidos para garantir maior
facilidade de acesso para a população, como o Parque Vaca Brava, Praça Cívica, a
escolas públicas, Praça da Vitória e o Espaço das Profissões da UFG. Houve o
Encontro das Ligas Acadêmicas (ELA), realizado na cidade de Inhumas - GO, em que
o público alvo foi a população local, que nem sempre tem acesso à informação e
exames. Mensalmente em todas as últimas quartas-feiras do mês, também ocorreu o
Clube do Mecônio na Maternidade Dona Íris, com a discussão de casos clínicos com
estudantes, internos, residentes e médicos ginecologistas e obstetras, podendo
orientar melhor os membros da liga sobre dúvidas frequentes da população.
O público-alvo das campanhas, em sua grande maioria, foi o feminino, com
cerca de 50 a 100 atendimentos por campanha, tendo no mínimo 3 membros da LOBS
por turno. A faixa etária atendida variou desde crianças e adolescentes a idosas, com
predomínio de mulheres em idade fértil e gestantes. Notou-se, em geral, que a
população possuía uma carência de informações, mas também foi percebido a falta
de assistência à educação, saúde e até mesmo condições dignas de moradia.
Dessa forma, sempre procurou-se oferecer ao público acesso à informação
de qualidade, respostas às dúvidas e exames gratuitos. Ao mesmo tempo, para os
estudantes, as ações foram uma oportunidade de colocar o que é visto na sala de aula
em prática, além de uma oportunidade de fazer uma promoção de saúde com maior
abrangência e maior impacto na vida dessas pessoas.
No âmbito do ensino, a LOBS abordou temas da área de saúde da mulher
que são importantes para o médico generalista e, portanto, essenciais para uma boa
formação médica. Em 2017, ocorreram aulas sobre ultrassonografia, rastreio do câncer
de colo uterino, ISTs na gestante e infertilidade. Em 2018, ciclo menstrual e sexualidade
na gestação. Os alunos tiveram a oportunidade de ir à 17ª Jornada de Reprodução
Humana realizada em Goiânia, que fez uma atualização do tema, abordando avaliação
de reserva ovariana, adenomiose na implantação do embrião, falhas do procedimento e
abortamento. Além disso, também foi dado um enfoque na área de pesquisa, com uma
aula sobre trabalho científico para auxiliar os membros na elaboração de artigos.
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A LOBS vê na pesquisa científica uma excelente oportunidade para os seus
membros aprendem sobre metodologia científica. Nos últimos anos, a liga vem
apresentando uma vasta produção científica, tendo sido pontuada, pelo Conselho das
Ligas Acadêmicas da FM-UFG, como uma das mais produtivas nessa categoria.
Proporcionamos aos nossos membros não apenas a participação em
todo o processo científico, desde a coleta de caso à pesquisa bibliográfica, mas
também a oportunidade de se inserirem em diversas categorias de trabalhos, incluindo
apresentação de pôsteres, elaboração de artigos e até a participação na produção de
livros. Para tanto, nos utilizamos do conhecimento teórico adquirido nas aulas da liga,
da ajuda de residentes, das discussões de casos clínicos na Maternidade Dona Íris, e
do apoio mútuo entre os membros. Participamos também do Grupo de Apoio à
Pesquisa (GAAP), visando ao aprimoramento da nossa leitura crítica.
Com esse aprendizado teórico, a liga participou, neste ciclo, da XXIV
Jornada Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética apresentando “Tumor
Embrionário de Testículo: relato de caso” e “Hérnia Incisional pós-Cirurgia Bariátrica”;
da 43ª Jornada Goiana de Ginecologia e Obstetrícia, apresentando “Grande
Hematoma Uterino Espontâneo pós-Parto normal com Regressão Completa”,
“Hiperplasia Fetal por Parvovirose com Regressão Espontânea”, “Morte Materna por
Hipertensão Gestacional”, “Shunt Nefro-Amniótico na Terapia de Hidronefrose Fetal
Progressiva”, “Síndrome de Morris Associado à Síndrome de Hiperplasia”, “Adrenal
Congênita - Diagnóstico Fetal: Relato de Caso”, “Terapia Fetal Cirúrgica com Glicose
Hipertônica em Gemelar com Feto Acárdico”; publicou artigo na Revista Brasileira de
Ultrassonografia, intitulado “Ultrassonografia Transvaginal com Preparo Intestinal em
Pacientes com Suspeita Clínica de Endometriose”.
CONCLUSÃO
As LAs favorecem a diversificação de cenários de prática, proporcionando
uma aproximação entre o estudante e as necessidades de saúde da comunidade
(SILVA, FLORES, 2015). Nesse ínterim, a LOBS cumpre sua proposta, proporcionando
aos seus integrantes atividades na extensão, ensino e pesquisa e dessa forma, abrange
aspectos teóricos e práticos, preparando os discentes para uma transformação das
práticas de saúde.
A Liga finaliza mais um projeto de Extensão e Cultura, ciente que agregou
conhecimento para os acadêmicos de maneira a integrar a Universidade com a
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sociedade. O caminho a ser percorrido é longo e construtivo para que a Liga cumpra
seus objetivos, se aprimore cada vez mais e dê um retorno para a sociedade que carece
dessas ações em saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RAMOS-CERQUEIRA, A.T.A.; LIMA, M.C.P. A formação da identidade do médico: implicações para o ensino de graduação em medicina. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.6, n.11, p.107-16, 2002.
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SILVA, Simone Alves da; FLORES, Oviromar. Ligas Acadêmicas no Processo de Formação dos Estudantes. Rev. bras. educ. méd, v. 39, n. 3, p. 410-417, 2015.
1 GONÇALVES, Claudia Ferreira. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]
2 BERIGO, João Alexandre da Costa. Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina. [email protected]
3 HELIODORO, Bárbara Êmily de Mello. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]
4 ALMEIDA, Julia Português. Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina. [email protected]
5 BARBOSA, Lucas de Figueiredo. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Medicina. [email protected]
6 MONTES, Maria Luisa Alves. Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina. [email protected]
7 STEFLI, Nathalia Ventura. Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina. [email protected]
8 CHAGAS, Pabline Pereira. Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina. [email protected]
9 RIOS, Washington Luiz Ferreira. Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina. [email protected]
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DANÇARELANDO: A DANÇA E O CINEMA INFANTIL COM CRIANÇAS
PEQUENAS
Moreno, Dannielly Silva1. ALMEIDA, Fernanda de Souza2
Palavras-chave: Dança/educação. Cinema Infantil
INTRODUÇÃO
Este artigo visa descrever as ações desenvolvidas pelo projeto de extensão
intitulado Dançarelando, elaborado e coordenado pela docente do curso de
Licenciatura em Dança da UFG, Ms. Fernanda de Souza Almeida. Tal projeto
atende, aproximadamente, três Centro Municipais de Educação Infantil (CMEI) por
ano, com atividades que envolvem a oferta de vivências em dança com as crianças
e a formação dos professores durantes as reuniões de estudo e planejamento,
nomeadas de Paradas Pedagógicas.
Compreendendo a dança como uma forma de expressão artística, que envolve um
processo para além da mera repetição de passos, gestos e movimentos aprendidos,
o Dançarelando aborda essa linguagem artística com a pequenada por meio do
lúdico, faz de conta, consciência corporal, criação, múltiplas linguagens, entre outras
metodologias. Essas estratégias favorecem que meninas e meninos pequenos
sintam-se convidados a experimentar, criar e recriar possibilidades dançadas a partir
da exploração dos seus corpos em movimento.
Nessa perspectiva Pereira (2001) afirma que,
a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, podem-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres [...]. Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade (p. 61).
Sob tal aspecto, Strazzacapa e Morandi (2006) complementa que,
* Resumo revisado pelo orientador do Projeto: Prof. Fernanda de Souza Almeida1 Bolsista do PROBEC (Programa de Bolsas de Extensão e Cultura) da Universidade Federal de
Goiás. Acadêmica do curso de licenciatura em Dança da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD). E-mail: [email protected] 2 Professora mestre do curso de licenciatura em Dança da Faculdade de Educação Física e Dança
(FEFD). Coordenadora da pesquisa e do projeto de extensão Dançarelando. E-mail: [email protected]
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a elaboração do conhecimento em dança na escola abrange mais do que a simples imitação de movimentos, em que se reconhece a exatidão e a totalidade dos gestos; ela permite uma apropriação reflexiva, consciente e transformadora do movimento. Então, o ensino da dança na escola não deve fixar-se na formação de futuros bailarinos, mas se relacionar imediatamente com a vida das crianças, como parte integrante da educação delas.
E, munidos de tais pressupostos, o Dançarelando vai para a escola. Todavia, como
um projeto de extensão vinculado à Universidade, ele possui a responsabilidade de
refletir perante o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, oferecendo aos graduandos a
oportunidade de exercer a docência acompanhada de professores mais experientes
que os orientam. Tal ação, contribui com a formação profissional inicial dos jovens,
uma vez que os coloca em contato com o mundo do trabalho e com as discussões
atuais sobre educação, arte e infância.
Nesse contexto, a primeira autora desse artigo, bolsista PROBEC (Programa de
Bolsas de Extensão e Cultura), atuou no primeiro semestre de 2018, no CMEI
Village Atalaia, em Goiânia, com crianças de 3 a 5 anos, elaborando seu sub-projeto
que relacionava a dança com o cinema infantil.
OBJETIVOS
Este relatório almeja revelar as experiências da bolsista como mediadora de
vivências em dança com crianças de 3 e 5 anos de idade em um CMEI goianiense,
tendo como fio condutor o tema: cinema infantil.
METODOLOGIA
Este trabalho teve uma abordagem qualitativa no formato de relato de experiência.
Tal método de investigação está centrado no caráter subjetivo do objeto analisado,
nesse caso, a atuação da bolsista, estudando as suas particularidades e
experiências.
Segundo Flick (2009, p.44)
a pesquisa qualitativa tem: a) o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento; b) os dados coletados são predominantemente descritivos; c) a preocupação com o processo é muito maior do que com o produto; d) o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial pelo pesquisador; e, e) a análise dos dados tende a seguir um processo indutivo.
Dentro dessa perspectiva, esse relato de experiência é fundamentado pela revisão
de literatura, bem como da participação no Grupo de Pesquisa em Dança: Arte,
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Educação e Infância (GPDAEI), liderado pela profa Fernanda; assumindo assim, o
posicionamento de sujeito da pesquisa.
Para tal, os dados sobre as observações, participações e atuações em campo foram
coletados por meio de diário de campo e dialogados com a produção bibliográfica da
área.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir das observações realizadas em campo e vendo os interesses das crianças,
elencamos o tema do subprojeto dessa intervenção: dança e cinema. Tal ação
objetivou favorecer a dança com as crianças por meio da criação, exploração e
brincadeiras, usando a imaginação, criando, recriando e reinventando movimentos,
personagens e histórias. Além disso, almejou-se possibilitar nas intervenções, a
troca de experiências e a ampliação dos conhecimentos do próprio corpo e do
colega, em especial das partes do corpo, trazendo o cinema infantil como fio
condutor do processo.
Na sequência, elaboramos, juntamente com os pequenos, os “combinados” - regras
coletivas de comportamento e atitudes para um bom andamento do projeto. E,
decidimos trabalhar as partes do corpo, iniciando debaixo para cima: pelos pés. Para
tal, levamos como referência um trecho do filme O Touro Ferdinando, no qual o
personagem principal dançava com foco em suas patas.
Assim, aproveitamos o ensejo para trabalhar os elementos da dança como pisar
com o calcanhar, na meia ponta, borda interna e externa, o andar devagar, rápido.
Em seguida, usamos esses elementos, dançando e se organizando no espaço.
Nas intervenções subsequentes, ampliamos as experimentações gestuais com os
braços e as mãos, inspiradas no filme O Rio; no qual utilizamos tecidos coloridos
para realizar movimentações como: ondular, torcer, abrir e fechar; como se
fossemos os pássaros do filme.
Após, trabalhamos o quadril, com o filme da Moana, em que levamos para as
crianças, várias saias coloridas para remexermos o quadril de diversas maneiras;
sempre incentivando-as a explorarem outras partes do corpo em conjunto.
Por fim, oportunizamos experiências a partir das percepções e movimentações do
pescoço e tronco, tendo o filme Trolls como mote. Nesses encontros dançantes,
usamos barbantes presos à tais partes do corpo, em que os pequenos nos imitavam,
ampliando suas possibilidades de movimentação. Na sequência, cada criança
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explorava a gestualidade do seu jeito; finalizando com uma dança “inventada” do
tronco e do pescoço.
É importante destacar que cada intervenção era fundamentada pela sistematização
dos elementos próprios da dança para essa gente miúda, realizada por Almeida
(2016). Ademais, tomávamos como base a educação (do) sensível de Duarte Jr
(2004), no qual aponta a importância de um trabalho em arte vinculada à experiência
estética e à uma vivência de mundo mais aprofundada e sensível por meio da
estimulação dos sentidos. Com isso, nossas intervenções eram inundadas de
práticas envolvendo o tato, paladar, audição, visão e olfato. Oferecíamos objetos
variados, texturas, hidratante, algodão, essências perfumadas, comemos melancia,
entre tantas outras ações.
E, ao notarmos como esse eixo metodológico de atuação em dança com as
crianças, estava contribuindo para os processos atencionais delas, decidimos
investir nessa prática. Desse modo, iniciamos a última etapa do projeto enfatizando
as estações do ano; na qual utilizávamos os personagens dos filmes vistos
anteriormente, criando uma história para cada estação: verão, outono, inverno e
verão; e uma última abrangendo por todas.
Nelas, por meio da contação de histórias, motivávamos os pequenos a pisarem em
folhas, cheirarem flores, sentirem a água e muito mais. Vale ressaltar que quem
criava e representava as histórias era a própria bolsista, em uma atitude de artista-
docente (STRAZACAPPA e MORANDI, 2006).
Ao longo de todo o processo, percebemos que as crianças dançaram, usaram a
imaginação, criatividade, imitação e sensibilidade; descobriram mais a respeito de
seus corpos e como podem explorar suas movimentações a partir da dança. Nesse
sentido, Vianna (1990) ressalta,
em geral, mantemos o corpo adormecido. Somos criados dentro de certos padrões e ficamos acomodados naquilo. Por isso digo que é preciso desestruturar o corpo; sem essa desestruturação não surge nada de novo. [...] Se o corpo não estiver acordado e impossível aprender seja o que for (p: 62).
Portanto, a abordagem da dança para crianças deve estabelecer uma relação de
sentido, entre forma e conteúdo, artístico e criativo que operam na qualidade e
expressividade do movimento de cada pequeno.
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Diante do que foi vivenciado nos encontros podemos relatar que a dança nos
espaços escolares, como componente lúdico, é capaz de oferecer à educação
infantil uma possibilidade de ampliação das perspectivas sobre, o outro e o mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a vivência docente relatada, a bolsista pôde compreender, de fato, o que
significa, na prática, trocar experiências com as crianças, ouvindo-as e assumindo-
as como sujeitos ativos/protagonistas, de sua educação. Isso ocorreu,
especialmente, ao reconhecer que, por vezes (na maioria delas), a pequenada não
cria, elabora e age como o adulto espera; frente às suas expectativas. Sob esse
aspecto, o professor, em cima do seu “pedestal”, assumi que sabe o que é melhor e
como deve ser a “resposta” para maior aproveitamento da proposta. O que não
corresponde com a realidade, gerando um desgaste na relação, uma vez que o
docente cobra comportamentos infantis que fogem das especificidades da infância.
Todavia, por muitos momentos, a estudante pensou em desistir do projeto, por
pensar não estar apta a assumir tal responsabilidade. Nesse contexto, as
orientações e acompanhamentos presenciais in loco, foram essenciais, favorecendo
com que ela conseguisse aprender e ensinar com os pequenos.
Em uma reflexão ao final, identificamos que a experiência foi engrandecedora, por
todas as partes - estudante, crianças e orientadora-, na qual a houve um
amadurecimento conceitual e profissional.
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Educação Infantil. São Paulo: Summus, 2016.
DUARTE JÚNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do)
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STRAZZACAPPA, Márcia; MORANDI, Carla. Entre a arte e à docência: a
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VIANNA, Klauss. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990.
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Índice | Capa 175
Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura Professor
Claudemiro Quireze Júnior, código FM-207.
LIGA DE TRANSPLANTES: ATUAÇÃO EM ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
BORGES, Dayara Machadoi; BARBOSA, Allana Francielly Marquesii; OLIVEIRA, Ana
Flávia Machadoiii; SILVA, Beatriz Romualdo eiv; SANTANA, Franciele Cristina Gontijo
dev; BRASIL, Larissa Crysthine Aguiarvi; NETO, João Garcia da Rochavii; XAVIER,
João Marcos Ribeiro Paivaviii; QUIREZE JÚNIOR, Claudemiroix.
Palavras-chave: transplantes; doação de órgãos; extensão.
Justificativa: O processo de doação de órgãos é complexo, envolvendo diversos
fatores como uma sociedade consciente sobre o assunto, profissionais qualificados e
uma gestão governamental comprometida. Para que se dê o transplante,
primeiramente é necessário que a morte encefálica ocorra; e, nesse sentido é
fundamental que a equipe de saúde envolvida com o caso seja qualificada em
diagnosticar e cumprir corretamente os trâmites envolvidos com o processo. Mas, a
doação só ocorrerá se a família do ente permitir; sendo a sociedade um dos principais
elos responsáveis pelo sucesso desse processo. Caso a doação seja autorizada, para
que o transplante seja efetivado é essencial que existam profissionais da área da
saúde engajados, e, médicos transplantadores dos diferentes órgãos e tecidos, como:
fígado, pâncreas, coração, pulmão, rim, córneas, intestino e ossos. Em 2018 foi
realizado o primeiro transplante de fígado em Goiás devido à estruturação de uma
equipe composta por médicos comprometidos com o tema, demonstrando a extrema
importância do fomento do interesse para formação de médicos captadores de órgãos
e transplantadores, sendo esta uma área de atuação da Liga de Transplantes. No ano
de 2017 a região Centro-Oeste apresentou maior número de transplantes de córneas
e coração, em comparação com as outras regiões brasileiras. No entanto, este
número está muito aquém do necessário a atender a demanda por órgãos. O Brasil é
o segundo país do mundo em número de transplantes, contando com um sistema bem
consolidado e regulado, no entanto, ainda enfrenta muitas dificuldades
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS, 2017). O
crescimento recente insuficiente nas doações, os elevados índices de recusa familiar
à doação, as importantes disparidades entre estados e regiões, e, o baixo índice de
notificação de morte encefálica estão entre as principais. De acordo com dados do
Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no ano de 2017, o número absoluto de
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notificações de potenciais doadores por ano na região Centro-Oeste foi de 856,
enquanto, destes, o número absoluto de doadores efetivos foi de 183, demonstrando
o quanto esse tema precisa ser trabalhado, principalmente através da educação e
conscientização da população e da comunidade acadêmica, para que o número de
indivíduos que tem como única alternativa de vida o transplante reduza e,
consequentemente, menos pessoas morram na fila de espera por órgão. Em Goiás,
durante o ano de 2017, a recusa familiar representou 62% das causas de não
concretização da doação de órgãos de potenciais doadores notificados, e apresentou
um percentual de quase 20% de efetivação de doadores em relação ao número de
notificações de potenciais doadores de órgãos. A alocação de órgãos é um processo
delicado que depende da confiança da população no sistema, e, a promoção da
educação e conscientização da sociedade, realizadas pelo presente projeto, faz-se
um passo fundamental para diminuir as recusas familiares.
Objetivos: Relatar a experiência dos acadêmicos de medicina, que fazem parte do
quadro de membros e diretores da Liga Acadêmica de Transplantes de Órgãos e
Tecidos, vinculada à Faculdade de Medicina, da Universidade Federal de Goiás, em
relação às atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária; ações essas
desenvolvidas e organizadas pelos membros, diretores discentes e coordenador
docente da Liga, durante o período de agosto de 2017 a julho de 2018.
Metodologia: Buscando contemplar o ensino, a produção científica e a extensão
como áreas de atuação no intuito de promover conhecimento, educação e
conscientização, a Liga de Transplantes:
Realizou a II Jornada de Cirurgia, Transplantes e Doação de Órgãos e IX Curso
Introdutório da Liga de Transplantes, realizados no dia 23 de março de 2018,
no Auditório da Faculdade de Medicina, oferecidos tanto para acadêmicos e
profissionais da área da saúde, como para os demais interessados;
Fez processo seletivo direcionado para os acadêmicos de medicina
interessados em participar como membros da Liga de Transplantes;
Proporcionou aulas teóricas para os membros, tendo por temas:
“Funcionamento e Organização das CNCDO’s e do Sistema Nacional de
Transplantes”, “Transplante cardíaco”, “Transplante pulmonar”, “Aula de
capacitação para o XVI Encontro das Ligas Acadêmicas”, “Ética e legislação
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Índice | Capa 177
dos transplantes”, “Diálogo de más notícias e dificuldades com o potencial
doador” e “Indicações e contraindicações do transplante renal”;
Os discentes membros, sob a coordenação docente, produziram oito trabalhos
científicos que foram apresentados sob a forma de pôster ou apresentação oral,
sendo: quatro apresentados no XXIX Encontro Científico dos Acadêmicos de
Medicina (ECAM) – VIII Congresso Goiano de Ética Médica (COGEM) 2017;
um apresentado no 14º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão
(CONPEEX) 2017; um no VIII Seminário Regional de Extensão Universitária da
Região Centro-Oeste (SEREX) 2017; um no VIII Congresso Brasileiro de
Cirurgia do Fígado, Pâncreas e Vias biliares 2017; e, um no Encontro Goiano
de Saúde Coletiva e Jornada Científica da Secretaria Estadual de Saúde de
Goiás 2018;
Com o apoio do Serviço de Hemodiálise do Hospital das Clínicas (HC-
UFG/Ebserh), os membros puderam acompanhar o funcionamento clínico do
serviço, no intuito de ampliar os conhecimentos sobre as doenças renais que
levam à necessidade de transplante renal e o cuidado com esses pacientes.
Nessa atividade foi inclusa a aplicação de questionário que avalia a qualidade
de vida, as indicações e contraindicações de transplante renal e as condições
clínicas de cada paciente; que, posteriormente, serão analisados e
transformados em produções científicas;
Possibilitou para seus membros o acompanhamento de cirurgias realizadas
pela Equipe do Fígado, que acontecem no Hospital das Clínicas (HC-
UFG/Ebserh) de Goiânia;
Continuou com as atividades do estágio extracurricular em parceria com a
CNCDO-GO;
Promoveu e participou de campanhas na comunidade: na Faculdade de
Enfermagem da UFG, com tema “Setembro Verde – mês de incentivo à doação
de órgãos”; no Centro de Convivência da Pontifícia Universidade Católica de
Goiás (PUC/GO), com tema “Exposição fotográfica – doar o melhor de si”; no
Setor Colina Azul em Aparecida de Goiânia, com tema “Na rua com a
comunidade”; no Shopping Passeio das Águas, participando do “Dia C da
Ciência”; no bairro Colina Azul em Aparecida de Goiânia, fazendo parte da
campanha de promoção à saúde “Atitude solidária para o dia das mães”; e, no
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Índice | Capa 178
Cine Ouro em Goiânia, com tema “Campanha do dia dos namorados pela
Central de Transplantes do Estado de Goiás”;
Participou do XVI Encontro das Ligas Acadêmicas da Faculdade de Medicina
da UFG, que aconteceu na cidade de Inhumas – Goiás, em 2017.
Resultados: Todo médico generalista egresso da graduação deve entender acerca
do diagnóstico de morte encefálica, o papel da CNCDO-GO, o funcionamento do
Sistema Nacional de Transplantes, dos processos patológicos que levam à
necessidade de transplante, dos caminhos para se tornar um profissional atuante
nesta área e quais condutas deverá tomar mediante uma situação relacionada a este
tema, com conhecimentos básicos da legislação e ética envolvendo o processo de
doação de órgãos. No entanto, esta é uma lacuna na matriz curricular do curso de
medicina. As discussões levantadas no meio acadêmico, e com o engajamento de
docentes, possibilitaram a inserção de uma aula sobre o tema na grade curricular,
atualmente ministrada pelo coordenador docente da Liga de Transplantes. No
entanto, esse assunto ainda é subestimado. Dessa forma, as aulas teóricas
ministradas pela Liga são de suma importância a suprir essas deficiências
apresentadas. Outra forma de fomentar um conhecimento mais aprofundado e
introduzir os discentes no meio científico se deu através dos trabalhos científicos
realizados pelos membros da Liga, juntamente com seu corpo docente, ao
proporcionar aos membros conhecimento e o desenvolvimento dessas habilidades, e,
com os resultados obtidos por esses trabalhos, contribuir tanto para a comunidade
acadêmica como para a sociedade. Ao acompanhar as cirurgias realizadas pela
Equipe do Fígado, os membros que tenham interesse em seguir uma especialidade
cirúrgica, podem, por meio dessa oportunidade, aumentar seus conhecimentos sobre
técnicas cirúrgicas e desenvolvimento de melhores noções anatômicas. Ao
acompanhar o Serviço de Hemodiálise, visando o aprendizado e contato direto com
pacientes com afecções renais que levam à necessidade de transplante, os membros
inteiram-se mais sobre esse assunto, já que o transplante de rim é um dos mais
realizados no Brasil. Em adição, o estágio extracurricular em parceria com a CNCDO-
GO foi uma das principais avanços da Liga de Transplante; pois, por meio dele o aluno
pode vivenciar e experimentar na prática como se dá todo o processo de doação de
órgãos, acompanhando as cirurgias de captação de órgãos que acontecem na capital
goiana, e, vivenciando as entrevistas familiares; o que permite ao acadêmico um
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cenário para desenvolver suas habilidades em dar más notícias. Por fim, ao participar
das campanhas, a liga cumpre com seu papel com a sociedade em levar
conhecimento, contribuindo com a conscientização da população, sanando as dúvidas
e mitos que muito interferem nesse processo, já que a recusa familiar se mostrou
como a principal causa de não doação de órgãos. Nessas atividades, o aluno tem o
desafio de preparar suas habilidades de comunicação e é imprescindível que também
saiba as minúcias da temática, o que contribui para o desenvolvimento do mesmo.
Conclusão: A Liga de Transplantes obteve bons resultados até aqui, por meio do
ensino e prática desse tema, que é ainda pouco trabalhado na matriz curricular do
curso de Medicina da UFG, e que faz parte da prática diária dessa profissão. No que
se refere à população, a liga tem cumprido bem com seu papel em propiciar
conscientização à comunidade, levando informações e quebrando paradigmas que
tanto interferem negativamente no crescimento do número de doação de órgãos no
Estado de Goiás e no Brasil, e que impacta muito a vida de inúmeras pessoas, com
destaque às que esperam por um órgão.
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTES DE ÓRGAOS.
Dimensionamento dos Transplantes no Brasil e em cada estado (2010-2017). São
Paulo: Registro Brasileiro de Transplantes, 2017.
MORAIS, T. R.; MORAIS, M. R. Doação de órgãos: é preciso educar para avançar.
Saúde em Debate, v. 36, n. 95, p. 633-639, 2012.
i BORGES, Dayara Machado. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
ii BARBOSA, Allana Francielly Marques. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
iii OLIVEIRA, Ana Flávia Machado. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
iv SILVA, Beatriz Romualdo e. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
v SANTANA, Franciele Cristina Gontijo de. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
vi BRASIL, Larissa Crysthine Aguiar. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
vii NETO, João Garcia da Rocha. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
viiiXAVIER, João Marcos Ribeiro Paiva. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina.
ix QUIREZE JÚNIOR, Claudemiro. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected].
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MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE PROCESSO A CIRURGIAS DE
IMPLANTE DE PRÓTESES MAMÁRIAS
SOUZA, Débora Rodrigues¹; SANTOS, Silvana de lima Vieira²; ALVES, Sergiane
Bisinoto³.
¹Acadêmica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás/UFG
²Docente da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás
³Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem/UFG
Introdução: Os indicadores de processo que mesuram a assistência de
Enfermagem são todas as atividades organizacionais desenvolvidas para o paciente,
sendo denominados processos-meio e processos-fim (SOBECC, 2017). Neste
contexto, a infecção de sítio cirúrgico (ISC) além de ser um indicador da qualidade
da assistência é uma das principais infecções relacionada á assistência á saúde
(IRAS). Ocupa a terceira posição dentre as infecções relacionadas a assistência à
saúde e atinge de 14% a 16% dos pacientes hospitalizados (ANVISA, 2017). Podem
ocorrem nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias se houver colocação de
prótese, e envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada
durante a cirurgia (ANVISA, 2017). Dentre as cirurgias, as estéticas consideradas
limpas têm apresentado taxa de infecção de 51,9%. Para redução dessas taxas são
necessárias medidas de prevenção e controle de infecções. Assim o monitoramento
dos processos relacionados às cirurgias estéticas é imprescindível. Objetivo:
Relatar a experiência vivenciada pela acadêmica de enfermagem sobre o
monitoramento de indicadores de processos de cirurgias estéticas no Serviço de
Controle de Infecções Relacionado à Assistência à Saúde (SCIRAS) em um hospital
de grande porte do Estado de Goiás. Metodologia: Relato de monitoramento de
indicadores por meio de busca ativa de pacientes que foram submetidos ao
procedimento implante mamários em um hospital de grande porte do Estado de
Goiás. Resultado: O monitoramento dos indicadores se realiza em duas etapas. 1ª
– Por meio do mapa cirúrgico deste hospital, localizo os pacientes que realizarão
cirurgia de implante, realizo a ligação ao Centro Cirúrgico (CC) para confirmar a
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cirurgia, se confirmado registro em uma planilha de busca de vigilância o nome da
paciente, data de nascimento, cirurgia realizada, data do procedimento, telefone
para contato, data da busca fonada e controle antimicrobiano. Assim, irei até a
clínica em que a paciente se encontra internada, para visita in loco e explico a
necessidade do telefone de contato para fazermos contato após trinta dias. Por fim,
ao final de cada mês são calculadas as taxas de ISC a partir dos dados da busca
ativa, busca fonada, consulta ao controle antimicrobiano e se necessária consulta ao
prontuário para confirmar ou não ISC. Dessa forma, são identificadas as infecções
cirúrgicas caracterizando ISC em superficial, profundo ou de órgão/cavidade e por
planilha de excel é feito a comparação dos dados e gerada a taxa de ISC. Ao final é
elaborado um relatório de notificação para ANVISA contendo as informações de
quantas cirurgias de implante mamário e a taxa ISC. Conclusão: Diante da
magnitude, da complexidade dos procedimentos cirúrgicos, da relação à gravidade
das ISC em cirurgias plásticas e da nossa participação em grupos de pesquisa
focados nas IRAS, torna-se necessária investigação sobre esta temática com o
intuito de gerar medidas estratégicas de prevenção e controle de infecções em
cirurgias plásticas em estabelecimento de saúde. Por fim, como futura profissional
de Enfermagem conseguirei identificar as inconformidades e me empenhar para
uma implementação de medidas de melhoria para a segurança do paciente,
resultando em uma assistência adequada ao paciente com redução de riscos para o
desenvolvimento de IRAS levando a mudança de paradigma em relação a
prevenção e controle de infecção.
Referências:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ministério da Saúde. Critérios
Diagnósticos de Infecção Relacionada á Assistência á Saúde. Série: Segurança
do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília (BRASIL): Ministério da
Saúde, 2017.
Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica
e Centro de Material e Esterilização (SOBECC), 7ªed. 2017
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº529 de 1º de Abril de 2013. Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). 2013. Avaible from:
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Índice | Capa 182
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
Palavras-chave: Enfermagem, Infecção de sitio cirúrgico, Próteses mamarias,
Monitoramento;
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Índice | Capa 183
1. Carmo, Eduardo G. do. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Engenharia Elétrica,Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
2. Mariano, Felipe Pamplona. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de EngenhariaElétrica, Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
Resumo revisado por: Felipe Pamplona Mariano (Asas cidadãs: voando para além da UFG – PJ100-2017)
PRODUÇÃO E REPASSE DE CONHECIMENTO DESENVOLVIDOS NO AMBITO
UNIVERSITÁRIO POR MEIO DA EQUIPE DE AERODESIGN AERODACTYL-UFG
¹DO CARMO, Eduardo Gonçalves (autor); MARIANO, Felipe Pamplona (orientador)
Palavras-chave: Aerodactyl, eventos, conhecimento
JUSTIFICATIVA
Dentro de uma universidade as engenharias, em geral, apresentam uma
produção cientifica considerável e de bastante interesse para sociedade. Seja
conhecimentos na área da construção civil e ambiental ou até mesmo em robótica,
as engenharias desempenham um importante papel na produção cientifica que
ocorre dentro da universidade.
Entretanto, mesmo tendo grande importância na produção científica e cultural
das universidades, as engenharias apresentam um déficit no quesito extensão.
Isso em um país que apresenta pouco espaço na pesquisa e extensão, faz com
que os conhecimentos produzidos no âmbito acadêmico tenham mais dificuldade
de atingir a população.
Olhando por esse aspecto, o projeto Asas Cidadãs foi criado para possibilitar
que os conhecimentos produzidos pela equipe Aerodactyl sejam levados para o
maior numero de pessoas. Para isso, o grupo de aerodesign participa de eventos
organizados pela própria Universidade, bem como eventos organizados por outras
entidades.
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Índice | Capa 184
1. Carmo, Eduardo G. do. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Engenharia Elétrica,Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
2. Mariano, Felipe Pamplona. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de EngenhariaElétrica, Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
Resumo revisado por: Felipe Pamplona Mariano (Asas cidadãs: voando para além da UFG – PJ100-2017)
OBJETIVOS
O projeto asas cidadãs tem como objetivo de levar os conhecimentos
desenvolvidos no grupo Aerodactyl de aerodesign para a comunidade de forma
em geral. Assim, para que isso ocorra a equipe participa de eventos com o mesmo
intuito ou parecidos com as características da equipe, organiza cursos e promove
a pesquisa e a extensão em âmbito universitário.
METODOLOGIA
O projeto Asas cidadãs pensa em incentivar a afinidade pela engenharia em
alunos do ensino médio das escolas presentes na comunidade onde a faculdade está
inserida. Sendo assim o trabalho se deu em três frentes separadas, porém
semelhantes. A primeira foi atuando no espaço das profissões. Este evento é
organizado pela própria Universidade Federal de Goiás (UFG) e tem como objetivo
mostrar para alunos de ensino médio de diversas escolas como são os cursos que a
faculdade oferece, assim como parte da pratica que envolve cada curso.
A segunda atuação da equipe com intuito de realizar o objetivo do projeto de
extensão foi o 3º sábado com ciência Evento esse que tem como intuito apresentar
os projetos científicos que são desenvolvidos na Universidade Federal de Goiás
(UFG). O evento é organizado pelos alunos da física, e o aerodactyl por ser um grupo
com foco em projetos e desenvolvimento de aeronaves não tripuladas, o que envolve
muitas áreas cientificas no processo, participou como convidado mostrando parte da
sua história e alguns projetos já desenvolvidos
A terceira etapa das atividades foi a visita e a participação dos alunos da equipe
no evento portões abertos que ocorre na base área de Anápolis. O evento, já
tradicional na região, tem como objetivo mostrar para o público visitante a base militar,
suas principais ações e sua importância para o país.
Sendo assim, a equipe Aerodactyl participou de todos esses eventos focando
sempre em atender o maior número de pessoas possível durante o dia, possibilitando
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Índice | Capa 185
1. Carmo, Eduardo G. do. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Engenharia Elétrica,Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
2. Mariano, Felipe Pamplona. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de EngenhariaElétrica, Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
Resumo revisado por: Felipe Pamplona Mariano (Asas cidadãs: voando para além da UFG – PJ100-2017)
assim uma maior interação com a população, o que culmina em uma troca de
informações mais acentuada entre os membros da equipe e as demais pessoas.
RESULTADOS
Durante o espaço das profissões, os alunos da equipe tiveram a oportunidade
de lidar com alunos de diferentes colégios do estado de Goiás, sem contar com as
demais pessoas que costumam participar do evento. Tendo em vista isso, os alunos
do projeto Aerodactyl participaram do evento mostrando um pouco do que envolve o
aerodesign. No evento a equipe apresentou o projeto para o público em geral, com
foco nos estudantes do ensino médio, levando componentes das aeronaves já
fabricadas inclusive um simulador de aeromodelo com controle para que os visitantes
pudessem sentir a dificuldade, e ao mesmo tempo, o prazer que é pilotar um
aeromodelo, mesmo que esse fosse virtual.
Já no terceiro sábado para ciência que é um evento organizado pela física que
tem o intuito de apresentar os projetos científicos que são desenvolvidos dentro da
universidade. Sendo assim o aerodactyl foi convidado para participar com um estande,
onde foi exposto o projeto desenvolvido no ano de 2018 para participar da competição
da SAE. O público alvo deste evento é a comunidade em geral, sendo assim a faixa
etária dos visitantes apresentou grande amplitude de variação, atendendo dede
criança ate pessoas de um pouco mais de idade.
Outro evento que a equipe teve o prazer de participar foi no Portões Abertos
que ocorre na base área de Anápolis. Dentre os ativos militares mostrados na
exposição o que mais chama atenção são as aeronaves de guerra. Sendo assim, com
a presença da equipe aerodactyl a população que frequentou o evento pode fazer um
contraponto entre o projeto da equipe e as aeronaves em tamanho real presente na
base aérea. Tal comparação permitiu que o público perceba que a engenharia está
em todos os lugares, já que o principio de funcionamento de ambas as aeronaves é o
mesmo.
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Índice | Capa 186
1. Carmo, Eduardo G. do. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Engenharia Elétrica,Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
2. Mariano, Felipe Pamplona. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de EngenhariaElétrica, Mecânica e Computação (EMC). [email protected]
Resumo revisado por: Felipe Pamplona Mariano (Asas cidadãs: voando para além da UFG – PJ100-2017)
CONCLUSÃO
O projeto Asas cidadãs: Voando para além da UFG vem com a difícil missão
de aplicar a extensão no meio das Engenharias. Apesar da complexidade desta tarefa,
o projeto tem apresentados bons resultados, mesmo sendo criado recentemente. A
participação em eventos da UFG e de fora da faculdade só mostra o quão grande a
equipe de aerodesign está ficando.
O crescimento da equipe faz com que mais produção de conhecimento ocorra
entre os membros da equipe, e esse tipo de atividade só enriquece a extensão e
possibilita um leque maior de opção para transmitir esse conhecimento para
população. Hoje a participação em eventos de engenharia enriquece muito os
membros da equipe, os quais aprendem muita coisa com os transeuntes do evento,
porém passam muitas informações para o público. Essa troca de informação
corresponde a uma extensão universitária em que ambos os lados aprendem algo
novo.
REFERÊNCIA
https://www.ufmg.br/proex/revistainterfaces/index.php/IREXT/article/view/5;
http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/888;
https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/viewFile/494/254;
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Índice | Capa 187
O PROJETO DE EXTENSÃO FUTEBOL PARA A COMUNIDADE: sobre a oferta de práticas de lazer para homens e mulheres na FEFD/UFG1
TELLESi, Eduardo Henrique; RODRIGUESii, Gustavo; SANTANAiii, Jomar; SOUSAiv, Wilson Luiz
Palavras-chave: Futebol; Lazer; Políticas Públicas; Comunidade.
Trata-se de um Relato de Experiência sobre o desenvolvimento, na Faculdade de
Educação Física e Dança, de um Projeto ofertado à comunidade acadêmica e do
entorno da Universidade Federal de Goiás - UFG – Campus Samambaia.
Compreende-se que futebol transcende sua característica esportiva, cria relações
sociais e de identidades, representa forte universo simbólico e permite a expressão
e vivências das mais variadas situações no cotidiano. A modalidade é, já a muito
tempo, a mais difundida no país, e no Estado de Goiás não poderia ser diferente.
Entretanto, o acesso a essa prática, por diferentes grupos sociais e etários, vem
sendo dificultada pela deficiência das Políticas Públicas de Esporte e Lazer,
evidenciando a incapacidade do setor público em atender essa demanda da
população. Tal diagnóstico levou o Centro de Práticas Corporais – CPC, da
FEFD/UFG, a assumir o compromisso político de ofertar o Programa: Futebol para a
Comunidade, e também o Futebol Feminino, possibilitando acesso a uma prática
orientada, de qualidade e visando qualificar as opções de lazer, bem como, a
formação dos acadêmicos envolvidos.
O trabalho teve início com a preparação da turma para o convívio harmonioso e
fraternal, o respeito à diversidade, a valorização das relações humanas, das
oportunidades para as práticas de lazer e da participação de todos em todas as
atividades realizadas, bem como, o respeito à integridade dos companheiros e a
ajuda coletiva, promovendo integração. O grupo foi formado, incialmente, por
homens e mulheres, de diferentes faixas etárias, condições socioeconômicas e
escolaridade. No primeiro momento a adesão feminina foi baixa, tendo apenas uma
aluna no segundo semestre do projeto. A partir da avaliação decidiu-se ampliar a
ação, garantindo um horário para a oferta e o desenvolvimento do Futebol Feminino.
Portanto, as atividades, atualmente, acontecem duas vezes por semana, com a
duração de uma hora: das 18h às 19h Futebol Feminino e das 19h às 20h, Futebol
1 Revisado pelo orientador (Prof° Dr. Wilson Luiz Lino de Sousa)
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Índice | Capa 188
para a Comunidade. Valorizou-se, desde o início, o desenvolvimento de
capacidades técnicas (passe, domínio, finalização, condução de bola) em conjunto
com as capacidades táticas (reconhecer os espaços do campo, entender as funções
em cada espaço, oferecer e movimentar). A estratégia predominante foi a
organização de pequenos jogos, e aplicação destes fundamentos durante a
realização dos jogos reduzidos e dos coletivos. Na processo de avaliação a principal
estratégia utilizadas foi a roda de conversa, visando identificar o entendimento dos
participantes sobre a proposta de trabalho e o nível de satisfação quanto as
atividades propostas.
Em todos os encontros procurou-se garantir a ampliação das capacidades
trabalhadas, tendo por referência a qualidade dos movimentos técnicos e o
entendimento das propostas táticas utilizadas. No processo de avaliação, em cada
encontro, buscava-se identificar dificuldades para a execução das tarefas e, a partir
destas, replanejar e qualificar atividades do encontro subsequente, mantendo a
alegria, contentamento, e a diversão na realização da prática esportiva. Também se
tem utilizado de rodas de conversa e pequenos relatórios como avaliação empírica
sobre o andamento do projeto e o envolvimento dos participantes. Identificou-se alto
nível de satisfação, compreensão e valorização da proposta pelo grupo. O projeto
enfrentou dificuldades tanto na adesão quanto na aderência dos participantes em
seu primeiro ano (2017/2 e 2018/1). Identificou-se que com início tardio primeiro
semestre, o grande número de feriados e a dificuldade na divulgação formam os
principais motivos para o fenômeno observado. O baixo número de praticantes
inviabilizava a realização das estratégias utilizadas e valorizadas pela comunidade,
incialmente. Identificou-se, também, um descontentamento com as condições de
oferta do programa e uma tendência ao abandono. Visando superar essa situação
optou-se pelo estabelecimento de uma nova estratégia de divulgação, aprovada
pelos praticantes, e que visou oportunizar, nas aulas, a realização de jogos coletivo
com a participação de convidados e convidadas dos participantes. A estratégia foi
bem sucedia e atualmente as turmas são formadas com número de participantes
suficiente para a operacionalização das estratégias e dos jogos coletivos, nosso
principal objetivo. Importante ressaltar que a reafirmação constante dos objetivos do
projeto torna o ambiente cada vez mais respeitoso e descontraído, mesmo que com
novos integrantes.
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Índice | Capa 189
Identificou-se alto nível de satisfação, compreensão e valorização do Projeto. O
‘clima’ descontraído das aulas, a participação com alegria nas atividades, o respeito
e o bom relacionamento dos participantes é visível em todos os encontros. Do ponto
de vista técnico-tático observa-se avanço de todos e todas. Os mais habilidosos e as
mais habilidosas são grandes incentivadores de todos e todas que fazem parte
desse projeto. Jogar bem tem significado estar feliz consigo e com os outros no
momento da prática do Futebol. Educação para e pelo Lazer!
REFERENCIAS
FREIRE, João Batista. Pedagogia do futebol. Londrina: Ney Pereira, 1998.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação, 4a.ed., Campinas, Papirus,
1998.
iTELLES, Eduardo Henrique. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Física e Dança.
RODRIGUES, Gustavo. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Física e Dança.
SANTANA, Jomar. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Física e Dança.
SOUSA, Wilson Luiz. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Física e Dança.
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HORTA PEDAGÓGICA: UM ESPAÇO DE FORMAÇÃO SOCIAL E DIFUSÃO DO
CONHECIMENTO ADQUIRIDO NA GRADUAÇÃO
i MONTEIRO, Fabrizzio Henrique de Almeida; ii REZIO, Marcus Danillo de Brito; iii
MITSUZONO, Suzy Taeko; iv NUNES, Rhewter; v RESENDE, Marcela Pedroso
Mendes
Palavras-chave: Extensão universitária; horta comunitária; horta orgânica; projeto
social;
RESUMO
A universidade é um ambiente que abre portas a diversosaprendizados,
sendo hoje a base para a formação de indivíduos que visam ampliar seus
conhecimentos, criatividade e revolucionar uma nação. Uma instituição de ensino é
sustentada por três pilares básicos: Ensino, Pesquisa e Extensão. De acordo com
Nogueira (2005), os primeiros registros de extensão universitária ocorreram em
meados do século XIX, e pode ser entendida como a aproximação e envolvimento
entre a universidade e comunidade.
A extensão universitária pode ser entendida como um processo
interdisciplinar educativo, cultural, científico e político, que, através da
indissociabilidade, promove uma relação recíproca entre a universidade e os
diferentes setores da sociedade (FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS
UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS, 2010).
Atualmente as universidades visam estabelecer uma importante relação entre
instituição e sociedade, e os atuais programas de extensão universitária tem
possibilitado o desenvolvimento de processos de ensino que colocam o aprendizado
teórico em confronto com o mundo real de necessidades. Segundo Saraiva (2007), a
extensão proporciona ao acadêmico a possibilidade de realizar experiências
significativas, e através de questões da atualidade, proporcionam reflexões e
experiência nos conhecimentos adquiridos, além de formar uma geração
compromissada com as necessidades nacionais, regionais e locais, considerando-se
a realidade brasileira.
A extensão deve ir além de uma simples ação assistencial ou de uma
atividade fora da academia, mas contribuir efetivamente para transformar a
sociedade (Carbonari e Pereira, 2007). Sendo assim, a extensão é uma via benéfica
não somente para a sociedade, mas também para a comunidade acadêmica, uma
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vez que está estabelece uma troca de conhecimento, experiências e principalmente
a participação efetiva da comunidade na atuação da universidade.
Com objetivo de estabelecer um diálogo entre a universidade e a
comunidade, alunos do curso de Graduação em Agronomia, Engenharia de
Alimentos e Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da
Universidade Federal de Goiás (UFG) realizaram a construção e manutenção de
uma horta orgânica no Centro de Educação Comunitária para Meninos e Meninas
(CECOM), localizado no Setor Santos Dumont no noroeste de Goiânia/GO.
Primeiramente, foi realizadacapina manual para a retirada das plantas
daninhas e nivelamento do terreno. Posteriormente, foram instalados seis canteiros
de 6m2 utilizando 230 blocos pré-moldados de tamanho 9cm x 19cm x 39cm (largura
x altura x comprimento).
Os blocos foram dispostos na área formando retângulos de 6m de
comprimento por 1m de largura, em sentido norte-sul, levemente cravados no
terreno. Para o preenchimento do canteiro, foi utilizado terra limpa e posteriormente,
adubação com esterco bovino e chorume (ambos adubos orgânicos).
As mudas foram produzidas na Escola de Agronomia da Universidade Federal
de Goiás (UFG), com o auxílio do Setor de Hortaliças. Para a produção, foram
utilizadas bandejas de isopor e copinhos plásticos, que foram preenchidos com
substrato rico em nutrientes.
De acordo com a necessidade do centro comunitário, foi realizado o plantio de
diversas hortaliças, obedecendo todas as recomendações propostas na literatura.
Após prontas, as mudas foram levadas ao CECOM para realização do transplantio.
Além disso, algumas mudas foram doadas e posteriormente foram tratadas e
cuidadas até o momento do transplantio para o centro comunitário.
Não houve necessidade de realizar o controle de pragas e doenças. Por outro
lado, foi realizado mensalmente a capina ao redor dos canteiros e entre as culturas
implantadas para a retirada das plantas invasoras.
A colheita foi realizada de acordo com as recomendações propostas na
literatura para cada cultura, manualmente, disponibilizando alimentos aos
funcionários da cozinha para o preparo das refeições diárias para as crianças.
Sendo assim, a implantação da horta promoveu o estabelecimento de uma
relação entre a Universidade Federal de Goiás e toda a comunidade relacionada ao
Centro Comunitário. Além de contribuir para a formação técnica, o projeto contribuiu
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para a construção de valores necessários para a formação moral dos alunos
presentes, que posteriormente serão agentes transformadores da sociedade
(Morgado & Santos, 2008; Ribeiro et al., 2015).
A ideia era despertar os alunos para questões sociais, e trazer para o meio
universitário a responsabilidade que cada um tem de contribuir para a sociedade
enquanto profissionais, independente da área de atuação. Logo, os alunos foram
capazes de promover ações educativas que atingiram as crianças e adolescentes do
CECOM.
Além disso, essas crianças foram incentivadas pelos alunos a cuidarem do
alimento que consomem no seu dia-a-dia, além do contato indireto com as culturas
implantadas, estabelecendo aspectos importantes como responsabilidade, cuidado e
dedicação à preservação da horta.
Marcado pela desigualdade social e violência, de fato o país necessita cada
vez mais da implantação de projetos sociais vinculados a educação. A fim de buscar
a reestruturação social, cultural e educacional, essa projeto foi capaz de melhorar a
qualidade de vida das crianças e da comunidade como um todo.
De acordo com o plano de trabalho apresentado, o projeto esteve dentro de
todos os parâmetros desejados para consolidar uma relação recíproca entre a
universidade e a comunidade externa.
Uma das principais dificuldades foi no sistema de irrigação, que infelizmente
ainda não foi implantado e consequentemente, se fez necessário a realização diária
de irrigação de forma manual. Entretanto, este detalhe não fez com que o projeto
deixasse de tomar vida. Além disso, com a falta de financiamento e questões
financeiras, a condução da horta apresentou problemas no estabelecimento das
culturas.
Tendo em vista que as sementes de qualidade de uma cultura do tipo
hortaliça são caras, as condições para adquirir tais sementes não eram possíveis,
sendo necessário comprar as que entravam dentro da verba disponível para o
projeto, voluntariamente. Logo, eram sementes de baixo vigor e poder germinativo, o
que atrapalhavam bastante o cronograma feito para a produção de mudas o tempo
todo para a instituição.
Entretanto, mesmo com todos os obstáculos presentes, foi possível auxiliar
quando necessário o suprimento das mudas na horta, através de doações e
engajamento nas sementes de baixa qualidade.
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Para os próximos meses, espera-se que os alunos da Universidade Federal
de Goiás do curso de Agronomia e Engenharia de Alimentos possam realizar
eventos e ações voluntárias no centro comunitário, a fim de promover um ensino das
atividades desenvolvidas em seus respectivos cursos para as crianças e os pais da
instituição. Além disso, espera-se realizar alguns cursos voltado para a construção,
manutenção e condução de uma horta orgânica em casa, para que os pais possam
usufruir dessa prática no seu dia-a-dia, seja como forma de renda ou como forma de
suprir um gasto com algum alimento.
REFERÊNCIAS
CARBONARI, M.; PEREIRA, A. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Revista de Educação, Itatiba, v. 10, n. 10, p. 23- 28, 2007
FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS – FORPROEX, 2010, Belo Horizonte. Extensão Universitária: organização e sistematização. Belo Horizonte: COOPMED, 2010.
MEC. Programa de Fomento à Extensão Universitária, 1995. In: NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
SARAIVA, J. L. Papel da Extensão Universitária na Formação de Estudantes e Professores. Brasília Médica, Brasília, v. 44, n. 3, p. 220-225, 2007.
SILVA MORGADO, F.; SANTOS, M.A.A. A horta escolar na educação ambiental e alimentar: experiência do Projeto Horta Viva nas escolas municipais de Florianópolis. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, v. 5, n. 6, p. 57-67, 2008.
RIBEIRO, L.C.M.P. et al. Horta escolar: um elo entre a escola e a família adotando práticas alimentares saudáveis e acessíveis na perspectiva de contribuir com o meio ambiente, relato de uma experiência. EXTIFAL, v. 1, n. 1, 2015.
i MONTEIRO, Fabrizzio Henrique de Almeida. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. [email protected]; ii REZIO, Marcus Danillo de Brito. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. [email protected]; iii MITSUZONO, Suzy Taeko. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. [email protected]; iv NUNES, Rhewter. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. [email protected]; v RESENDE, Marcela Pedroso Mendes. Universidade Federal de Goiás (UFG), Escola de Agronomia. [email protected].
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Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura, Professor Ivanilton José de Oliveira. Código: PJ135 – 2017.
CARTOGRAFIA DE PAISAGENS TURÍSTICAS DO CERRADO
CASTRO, Gabriela Gonçalves de1; OLIVEIRA, Ivanilton José de2.
Palavras-chave: Cerrado; turismo; planejamento; escolas.
Justificativa
A influência do turismo no mundo tem uma relevância precisamente enlaçada
com sua importância econômica, significando uma forma de difusão e contato entre
diversas culturas e modos de vida. O turismo é responsável por uma grande
movimentação de pessoas e é, para algumas localidades, uma fonte de crescimento
econômico, além de despertar interesses para pesquisas em diversas áreas, dados
os impactos (positivos e negativos) que essa atividade promove onde se instala.
Portanto, além das pesquisas no meio acadêmico, o turismo é do interesse do setor
privado (especialmente das empresas direta ou indiretamente relacionadas), do
poder público (interessado em seu planejamento e nas possibilidades de geração de
renda) e das sociedades (já que as comunidades afetadas podem tanto se
beneficiar, quanto sofrer as consequências da exploração turística do espaço
geográfico que ocupam).
Objetivos
O seguinte trabalho apresenta os resultados das atividades de extensão e
pesquisa na microrregião, que envolveram a realização de oficinas em escolas, com
o intuito de levar aos estudantes maneiras de reconhecer a potencialidade turística e
envolvê-los no processo de mapeamento, agregando o conhecimento da
comunidade na visualização do mapa, em sua confecção, além de expor o
reconhecimento das propriedades naturais que compõem a potencialidade turística,
como as fitofisionomias do Cerrado, compostas por uma rica diversidade de
espécies. Essa ação foi conjugada ao recolhimento de informações em campo,
complementando as atividades prévias, baseadas na produção de mapas a partir da
utilização de imagens de satélite e dados secundários.
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Metodologia
As ações de extensão enfatizaram o processo colaborativo no uso da
cartografia nas escolas, nas quais foram trabalhados elementos que contribuíram
ativamente para a explanação do processo de criação de um mapa turístico, assim
como as informações sobre a vegetação da região, que é composta por espécies
endêmicas e não endêmicas do Cerrado. Para sistematização desses fatores, houve
o recolhimento de informações no local de estudo, que envolveu a realização de
pesquisa documental, tratamento de dados, confecção de mapas, coleta de dados
primários e secundários e a análise dos dados.
A pesquisa documental e a coleta de dados secundários abrangeram a busca
de informações nas prefeituras de cada município, onde se buscou saber a presença
de atrativos turísticos e de entidades ligadas ao turismo, como os Centros de
Atendimento aos Turistas ou semelhantes. Com relação à coleta de dados
secundários, foram consultados websites relacionados a turismo, nos quais se pôde
encontrar relatos que explanavam sobre as experiências no local turístico, como o
TripAdvisor.
Concomitantemente, para a realização no trabalho nas escolas buscou-se a o
contato prévio com cada uma, por meio do telefone disponibilizado em websites,
para expor o projeto e garantir o interesse na promoção das oficinas. Para tanto, a
anuência e participação das diretoras de cada colégio foi fundamental, tanto na
definição dos horários e das turmas disponíveis, quanto no acesso aos espaços
escolares e suporte com equipamentos e materiais de consumo para os alunos que
manifestaram interesse pelas oficinas.
Os mapas e cartas-imagens utilizados nas oficinas foram construídos
previamente, em laboratório, com base em imagens do satélite Sentinel 2 e
informações vetoriais em shapefile, ofertadas no portal do Sistema de Informações
do Estado de Goiás (SIEG), manipuladas com o uso do programa Arcgis 10.1. Esses
produtos foram complementados com os dados coletados diretamente nos trabalhos
de campo, realizados por todos os municípios do Vão do Paranã e, em especial, no
munícipio de São Domingos, já que as oficinas exigiam mapas mais detalhados,
com escala cartográfica adequada para a visualização e reconhecimento das feições
locais pelos estudantes.
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Resultados
Os resultados das atividades de extensão e pesquisa na microrregião;
apresentados, envolveram a realização de oficinas em escolas, com o intuito de
levar aos estudantes maneiras de reconhecer a potencialidade turística e envolvê-
los no processo de mapeamento, agregando o conhecimento da comunidade na
visualização do mapa, em sua confecção, além de expor o reconhecimento das
propriedades naturais, como as fitofisionomias do Cerrado, compostas por uma rica
diversidade de espécies. Essa ação foi conjugada ao recolhimento de informações
em campo, complementando as atividades prévias, baseadas na produção de
mapas a partir da utilização de imagens de satélite e dados secundários. As ações
de extensão enfatizaram o processo colaborativo no uso da cartografia nas escolas,
nas quais foram trabalhados elementos que contribuíram ativamente para a
explanação do processo de criação de um mapa turístico, bem como as informações
sobre a vegetação da região, que é composta por espécies endêmicas e não
endêmicas do Cerrado. Os resultados das oficinas e do campo para São Domingos
(GO) foram satisfatórios, uma vez que a representação cartográfica dos locais
turísticos originou uma problematização acerca do turismo nas comunidades
escolares envolvidas no projeto, tendo em vista as informações muito bem
colocadas pelos alunos do ensino médio e fundamental.
No colégio Estadual João Honorato, após a explanação sobre o cerrado e as
características da cartografia, houve um momento de interação com as turmas, em
que os próprios estudantes foram convidados a auxiliar no reconhecimento de locais
turísticos já conhecidos e ainda não catalogados. Além disso, outra proposta foi para
a criação de legendas para identificação desses locais.
A outra escola visitada foi o colégio Municipal Padre Geraldo, onde, recebidos
na parte da manhã, trabalhamos com os alunos do ensino fundamental. Inserimos a
questão da cartografia de paisagens de forma dinâmica, onde a apresentação dessa
atividade foi responsável por permitir um maior reconhecimento da importância do
turismo, assim como o incentivo à conservação do bioma que é responsável pela
riqueza de paisagens e espécies, que, infelizmente, se encontram em menor número
ao passar do tempo.
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Segundo Leme (2016) “A linguagem cartográfica vem se reafirmando desde o
início da escolaridade como um instrumento de grande necessidade para o ensino
de geografia e demais áreas do conhecimento”. Dessa forma, instigados a participar
do processo de identificação do papel do turismo no município e da relação disso
com a preservação do Cerrado, os estudantes, até mesmo os mais jovens deles,
mostraram-se muito colaborativos, respondendo às indagações feitas e fornecendo
diversas informações importantes para a etapa do mapeamento colaborativo.
Conclusão
A sensibilização da comunidade a respeito de sua valorização cultural é
extremamente importante, uma vez que o turismo está intimamente ligado a isso,
como forma de promoção do desenvolvimento e o reconhecimento da identidade do
local. Todas as atividades trabalhadas permitiram a apresentação e o
reconhecimento de locais turísticos pelos estudantes, incluindo alguns ainda não
catalogados. Essa forma de reconhecimento do espaço permite que a abrangência
de ideias sobre o turismo e o reconhecimento de outros lugares se torne cada vez
mais frequente.
A cartografia aplicada ao planejamento turístico é essencial para que essa
atividade se desenvolva sustentavelmente, de forma que a representação do dado
possa oferecer uma boa interpretação por parte daqueles que se utilizam dessas
informações para diferentes fins, inclusive com relação ao ensino de vários temas
relacionados aos conhecimentos locais.
Os resultados das oficinas e do trabalho de campo para São Domingos (GO)
foram satisfatórios, uma vez que a representação cartográfica dos locais turísticos
originou uma problematização acerca do turismo nas comunidades escolares
envolvidas no projeto, tendo em vista as informações muito bem colocadas pelos
alunos do ensino médio e fundamental. Essa orientação proporcionada pela
cartografia temática deve enfatizar a orientação e o consciente aproveitamento dos
locais turísticos.
O reconhecimento e a valorização do patrimônio cultural e natural pelo
turismo deve fazer com que haja uma utilização sustentável e uma atenção à sua
conservação. Além disso, podemos pensar a atividade turística como integradora de
conhecimento e experiências, em que, ao levar a atividade para as escolas, pôde-se
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expandir o reconhecimento do local aos alunos e a interação consciente da
população para com a região turística.
Referências
LEME, Alexandre Magnum. Utilização de Cartografia e Geotecnologias para o
Ensino de Geografia: Experiências do Projeto GEOENCART. 2015. 64 f. TCC
(Graduação) - Curso de Geografia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2016. Disponível
em:<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/142947/000867586.pdf?seq
uence=1>. Acesso em: 14 set. 2018.
1 CASTRO, Gabriela Gonçalves de. Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Estudos Sócio
Ambientais (IESA). [email protected]
2 OLIVEIRA, Ivanilton José de. Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Estudos Sócio
Ambientais (IESA). [email protected]
Financiamento Interno – PROEC (programa de Bolsas e de Voluntários de Extensão e Cultura (PROBEC/PROVEC) 2017/2018).
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AÇÕES PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES DIGITAIS - @PED
MATOS, Giovannca F. dei; GODOY, João Pauloii; RAMPANELLI, Maríliaiii;
BARRETO, Maria de Fátima T.iv
Palavras-chave: Educação e tecnologia; Tecnologia e inclusão; Ensino de
matemática; Formação de professores
Justificativa e Objetivos
Vivemos em um mundo mediado por tecnologias digitais, palco de relações
culturais, sociais, políticas e também educativas. O @PED - Ações Pedagógicas em
Ambientes Digitais - se preocupa com a inserção destas tecnologias na escola,
considerando que muitos educandos e educadores não têm acesso, nem facilidade
com o seu uso. Tais tecnologias, para serem utilizadas na educação, precisam
atender a dois públicos distintos, os educadores e os estudantes, sendo esta
necessidade a motivação principal deste estudo.
Muitos estudiosos, ao refletir acerca das mídias digitais em ambientes de
estudo e aprendizagem, indicam que o professor precisa de uma formação que o
possibilite avaliar seu uso de forma crítica. É preciso que a mídia escolhida e a forma
como é utilizada possibilitem contemplar elementos do projeto pedagógico adotado,
considerando os objetivos e concepções de conhecimento e aprendizagem que
norteiam o trabalho (BARRETO et al, 2011). O professor é o sujeito que organiza e
intervém de forma contingente na atividade, de modo a contribuir para o
desenvolvimento do pensamento do estudante.
Com o objetivo de aprofundar a discussão acerca da inserção de tecnologias
digitais em ambientes de educação formal e informal, o @PED desenvolveu ações
articulando mídias digitais e o estudo de matemática, leitura e escrita em uma
abordagem reflexiva, conduzida pelo e para o pensar.
Metodologia e Discussão de Resultados
O @PED se deu em parceria com a ONG SETE - Sociedade Espírita Trabalho
e Esperança - situada no Setor Madre Germana II (Goiânia-GO), região pouco
atendida pelo poder público, e marcada por injustiças sociais. A ONG desenvolve
nesse contexto atividades de apoio à comunidade da região. Por meio deste projeto
foram realizadas três ações, conforme descritas a seguir:
Oficinas com Estudantes do Ensino Fundamental
Foram atendidos 100 estudantes do Ensino Fundamental, moradores do Setor
Madre Germana II, frequentadores da ONG no contraturno da escola, em oficinas
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pedagógicas semanais, entre os meses de agosto/2017 a julho/2018. As oficinas eram
organizadas em três momentos:
a. Roda de conversa: apresentação da rotina dos trabalhos, reflexões envolvendo
as relações entre os participantes e possibilidades de resolução de conflitos. Este
momento foi avaliado como “bom” e “muito bom” por 83% dos estudantes.
b. Momentos de leitura: acesso a obras literárias, gibis, revistas, livros de piadas,
etc., para o exercício da leitura e interpretação de textos. Este momento foi avaliado
como “bom” e “muito bom” por 71% dos estudantes.
c. Vivências com textos e ferramentas digitais (jogos, aplicativos de edição de
textos, imagens) em atividades pedagógicas com dois momentos distintos: o uso
propriamente dito dessas ferramentas e o estudo de número, operações,
leitura/escrita a partir delas (prints de jogo, vídeos gravados, etc.). Este momento foi
avaliado como “bom” e “muito bom” por 88,1% dos estudantes.
No momento C, os estudantes eram organizados em grupos de trabalho
considerando sua experiência matemática em contexto escolar e em seu cotidiano, e
os jogos escolhidos para a vivência. Assim, cada agrupamento realizou atividades que
correspondiam ao nível de compreensões matemáticas e as necessidades de
aprendizagem dos estudantes, valendo-se de seus conhecimentos prévios. Nestes
momentos, os estudantes eram orientados na leitura e interpretação de situações
problemas e estimulados a criarem e compartilharem modos de solução das situações
propostas.
As oficinas apresentam grande impacto social e de aprendizagem para os
estudantes. Quando interrogados sobre a importância do @PED para seu
desempenho na escola, somente 19% dos participantes consideraram que não houve
ou que teve pouca contribuição. Estes são, em sua maioria, estudantes que
frequentam o Ensino Fundamental II e que, portanto, são avaliados na escola em
conteúdos diferentes dos tratados nas oficinas. Estes mesmos estudantes
apresentaram dificuldades com relação às operações básicas e interpretação de
problemas e tiveram grande avanço neste conteúdo no decorrer das atividades,
conforme avaliação dos educadores. Entretanto, a avaliação realizada nos levou a
ampliar os estudos contemplando outros campos conceituais para aproximar-nos mais
do currículo da escola, além do resgate de ideias e conceitos não aprendidos no
campo conceitual da adição e multiplicação. Foi criado então, dentro das oficinas,
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Índice | Capa 201
atividades para estudo de expressões numéricas e geometria articulado a estes
campos.
Para melhor acompanhar a aprendizagem dos estudantes, e organizar os
grupos de trabalho, foi elaborada uma ficha de avaliação1 que evidencia o seu nível
de aprendizagem: desenvolve sozinho, com ajuda, ou nem mesmo com a ajuda. Tal
abordagem se deu sustentada pelos estudos de Vigostky que diz: “Ensinar uma
criança o que ela não é capaz de aprender é tão estéril quanto ensiná-la a fazer o que
ela já faz sozinha” (VIGOSTKY, 2009, p. 336-337). Procuramos organizar os grupos
de modo que os estudantes pudessem estar em parceria com companheiros com
níveis de dificuldade e compreensões próximas, e ao mesmo tempo singulares,
possibilitando um crescimento compartilhado: “em colaboração a criança sempre pode
fazer mais do que sozinha. [...]” (VIGOSTKY, 2009, p. 329.)
Curso para formação inicial e continuada de professores
A formação inicial e continuada se deu, no projeto, por meio da participação de
estudantes de graduação em atividade de estágio curricular, de prática como
componente curricular (PCC), de monitoria, e de iniciação à extensão, além da
realização do curso “Operações em Jogo”, para a formação continuada de
professores, aberto à comunidade. Nestas atividades, os estudantes e professores
puderam refletir acerca do campo conceitual da adição e multiplicação
(VERGNAUD,1994, apud MOREIRA, 2002), entendendo que o modo como
geralmente a escola tem conduzido este estudo impossibilita o estudante colocar-se
em processo de pensamento, levando-os muito mais à dependência que à autonomia
por meio da reflexão. A perspectiva defendida pelo autor e adotada pelo projeto
@PED, incentiva a criatividade e a diversidade de pensamentos, sustentado por
compreensões do sistema de numeração e pelas propriedades das operações, bem
como por exploração da diversidade de situações do campo aditivo (situação de
transformação positiva e negativa, situação de comparar, igualar e combinar valores)
e multiplicativo (multiplicação retangular, pensamento proporcional e combinação).
Além dos estudos teóricos, os professores/estudantes em formação participaram de
vivências pedagógicas com os estudantes da SETE, conduzindo reflexões acerca das
regularidades da escrita numérica e das situações do campo aditivo. Foram, ao todo,
104 participantes das ações de formação:
1 A ficha de avaliação pode ser conhecida na página do LabIN (https//labin.fe.ufg).
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Índice | Capa 202
Modalidade de formação Formação Orientador N° partic./público
Inicial: Estágio Pedagogia/Matemática Vanessa Gabassa; Janice
Lopes;
Elizabeth Faria
16 estudantes
Inicial: Monitoria Pedagogia Maria de F. T. Barreto 3 estudantes
Inicial: Bolsa de extensão Pedagogia/
Matemática
Maria de F.T. Barreto;
Elizabeth Faria
4 estudantes
Inicial: Ativ. compl. Pedagogia/
Matemática
Maria de F. T. Barreto 6 estudantes
Inicial: Prática como componente
curricular
Pedagogia Maria de F. T. Barreto 70 estudantes
Continuada Pedagogia/
Matemática
Maria de F. T. Barreto 5 Prof. da rede pública e
privada
TOTAL 104
Quadro 1: participantes da atividade de formação inicial e continuada
Em avaliação, os participantes consideraram inovadora e produtiva a
abordagem adotada, entretanto, apontaram dificuldades em replicá-las na escola,
considerando a estrutura vigente, indicando necessidades de mudanças neste
ambiente de modo a acolher os desejos e as necessidades dos estudantes e
professores em prol do efetivo desenvolvimento intelectual, cultural e social.
A elaboração e estudo de atividades
Semanalmente, a equipe @PED se reuniu para estudos do campo conceitual
da adição e multiplicação e para a elaboração de atividades a serem vivenciadas nas
oficinas com estudantes frequentadores da ONG SETE. Este estudo resultou em um
mapa conceitual orientado por estudos de Vergnaud, Lerner e Sadovsky. De Lerner e
Sadovsky (1996), a proposta elaborada traz a compreensão de que há uma
regularidade na escrita numérica que expressa a estrutura do sistema de numeração
decimal e que esta deve ser considerada na elaboração de atividades pedagógicas.
Identificamos, nos estudos das autoras a abertura para a criação de modos diversos
de operar e representar o compreendido, articulado aos estudos do campo da adição
e multiplicação de Vergnaud (apud MOREIRA, 2002), que define o campo conceitual
como constituído por situações, invariantes e representações.
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Índice | Capa 203
As atividades elaboradas em torno de 5 jogos - The Sims, Dream League,
Rising Chef, Plantas versus Zumbis e Soccer Star - indicados pelos estudantes, foram
organizadas em encartes com estudos e orientações pedagógicas e disponibilizadas
para a comunidade em geral por meio das páginas do LabIN/UFG
(https/labin.fe.ufg.br) e LEMAT/UFG (https://lemat.mat.ufg.br), visando não só atender
a demanda das oficinas, como também apoiar professores que desejem realizar
atividades desenvolvidas pelo projeto @PED.
Conclusão
O @PED teve grande relevância social ao contribuir para a formação básica de
estudantes do Ensino Fundamental em leitura, escrita, matemática e iniciação ao uso
de computadores e tablets, por meio da realização de oficinas pedagógicas. Teve
também relevância acadêmica ao realizar, de modo indissociável, ensino, pesquisa e
extensão por meio de atividades que contribuem tanto para a formação inicial quanto
continuada de professores. Contribuiu efetivamente para as discussões em torno da
inserção de tecnologias na escola, ao realizar estudo de conceitos do currículo escolar
em ambiente digital, indicando possibilidades pedagógicas.
Referências
BARRETO, M. F. T. TEIXEIRA, R. A. G. SOUZA, R. M. LOUREIRO, P. Y. Y. Software
para o estudo da geometria nos anos inicias: seus propósitos e fundamentos. In:
Seminário do Programa Bolsa de Licenciatura, 8., 2011, Goiânia. Anais eletrônicos.
Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2011b. p. 1- 6.
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PROJETO SALA DE ESPERA: AÇÕES EDUCATIVAS PARA DIABÉTICOS
DAMAS, Gleicy Kelle Alves1; BRANDÃO, Amanda dos Anjos2; SILVA, Ana Luiza
Araujo3; LOURENÇO, Danielly Resende4; PEREIRA, Maria Clara D’ Alcantara5;
PIRES, Thais Marielly de Souza6; CASTRO, Vivia Ribeiro7; STRINGHINI, Maria
Luiza Ferreira8
Palavras-chave: diabetes mellitus tipo 2, doenças crônicas, educação em saúde.
JUSTIFICATIVA: O Diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico caracterizado
pela hiperglicemia crônica, resultante de defeitos na ação e/ou na secreção da
insulina, ocasionando complicações em longo prazo. A manutenção crônica da
glicemia elevada poderá resultar em distúrbios micro e macrovasculares, aumento
de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade
(OLIVEIRA; MONTENEGRO JUNIOR; VENCIO, 2017). A Organização Mundial da
Saúde (OMS) estima que glicemia elevada é o terceiro fator, em importância, da
causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e
uso de tabaco (OLIVEIRA; MONTENEGRO JUNIOR; VENCIO, 2017).
Como resultado de uma combinação de fatores, o que inclui baixo
desempenho dos sistemas de saúde, pouca conscientização sobre o diabetes entre
a população geral e início insidioso dos sintomas ou progressão do diabetes tipo 2,
essa condição pode permanecer não detectada por vários anos, dando oportunidade
ao desenvolvimento de suas complicações (SBD, 2015-16).
_____________________
* Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Professora Maria LuizaFerreira Stringhini), código (PJ 170-2017).1 Bolsista da Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROBEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail [email protected]. 2 Voluntária da Pró-reitória de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROVEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail: [email protected]. 3 Voluntária da Pró-reitória de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROVEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail: [email protected]. 4 Voluntária da Pró-reitória de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROVEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail: [email protected]. 5 Voluntária da Pró-reitória de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROVEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail: [email protected]. 6 Voluntária da Pró-reitória de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROVEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail: [email protected]. 7 Voluntária da Pró-reitória de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (PROVEC/UFG).
Acadêmica da Faculdade de Nutrição – FANUT/UFG. E-mail: [email protected]. 8
Professora Doutora da FANUT/UFG. Coordenadora do projeto Sala de espera: Ações educativas para diabéticos. E-mail: [email protected].
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Sendo assim, o autocuidado se torna necessário para o controle do diabetes.
Informações aos pacientes e seus familiares sobre a doença, comorbidades e
cuidado nutricional são importantes para o maior controle da patologia. Desta forma,
tem-se demonstrado que o processo educativo que envolve pacientes e profissionais
capacitados, interfere não só na vida desses indivíduos e seus familiares, mas
também na sociedade (TORRES; PEREIRA; ALEXANDRE, 2011).
Portanto, é fundamental a promoção de ações em saúde, tanto individuais
quanto coletivas, com o objetivo de aumentar a efetividade do tratamento,
promovendo a melhora dos resultados clínicos e na qualidade de vida do paciente
(ORTIZ; ZANETTI, 2001). A educação em diabetes deve fazer parte do cuidado do
paciente diabético, sendo essenciais o trabalho da equipe multiprofissional e o
envolvimento dos pacientes nas tomadas de decisão para a obtenção de maior
adesão ao tratamento.
OBJETIVOS: O objetivo geral do projeto foi desenvolver ações educativas
relacionadas com nutrição no diabetes mellitus tipo 2, auxiliando o paciente e sua
família, usuários do SUS, nos cuidados exigidos pela doença. Também foram
objetivos do projeto possibilitar aos acadêmicos participar de atividades de extensão
universitária e aprofundar os conhecimentos sobre a temática em questão e
promover saúde por meio da discussão de conceitos importantes sobre a
alimentação e nutrição;
METODOLOGIA: As ações educativas foram realizadas no Hospital das Clínicas
(HC/UFG) de Goiás para pacientes com DM2 em espera de atendimento
ambulatorial médico e/ou nutricional. Após uma triagem da enfermagem os
pacientes foram convidados a participar da atividade que teve duração média de 30
minutos.
As atividades ocorreram semanalmente, às quintas-feiras, no período
vespertino. Os temas abordados foram preparados e apresentados por acadêmicos
da graduação com orientação da professora responsável e expressos de forma
lúdica, estimulando a participação dos indivíduos e a troca de experiências entre
pacientes e acompanhantes, acadêmicos e profissionais de saúde.
Cada atividade desenvolvida era aplicada durante um mês, com objetivo de
envolver a maioria dos pacientes e levar a informação para o maior número possível
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de indivíduos. Para avaliação da atividade do dia optou-se por aplicar um pré-teste
com objetivo de verificar o conhecimento prévio dos pacientes a respeito do tema
abordado. Após a realização da ação foi aplicado um pós-teste para verificar a
consolidação das informações e tirar as dúvidas que ainda permaneceram. Por fim
foi distribuído um teste em escala hedônica facial com cinco pontos, com objetivo de
avaliar o quanto a atividade foi proveitosa para os participantes.
Em comemoração ao dia internacional e nacional de combate ao diabetes
foram realizadas atividades extra-ambulatório, desenvolvidas no laboratório de
Técnica Dietética na Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás, no
qual os pacientes prepararam receitas salgadas e doces (sem adição de açúcar),
saborosas e saudáveis, sob a supervisão das discentes. Em seguida, apresentaram
as preparações, degustaram e foram dadas sugestões e críticas sobre as receitas.
Ao final da atividade receberam livrinho com as receitas elaboradas no dia.
Considerando-se que o celular pode ser uma ferramenta poderosa para
compartilhar conhecimento e enriquecê-lo, também foi realizada uma atividade de
envio de mensagens via celular, por meio de aplicativo de mensagem, utilizando-se
uma via de transmissão. Estas mensagens foram ilustrações e frases curtas,
relembrando o conteúdo discutido no encontro, reforçando e completando conceitos
de nutrição, aos pacientes ou familiares/cuidadores.
RESULTADOS: Ao final de um ano de atividades semanais foram atendidos 148
pacientes do ambulatório de Endocrinologia Geral e de Nutrição em Endocrinologia
e mais alguns acompanhantes não computados. As ações desenvolvidas e
executadas durante a sala de espera abordaram os seguintes temas: nutrientes
componentes dos alimentos; alimentação saudável; diferenças entre as
terminologias diet, light e zero; entendendo os rótulos dos alimentos industrializados;
interações entre medicamentos e alimentos; o que são hipoglicemias e
hiperglicemias e seus sintomas; o que são receitas saudáveis e trocas de receitas
entre os pacientes e discussão sobre as complicações do diabetes.
Os resultados obtidos nos pré e pós-teste mostraram que houve aumento do
nível de conhecimento sobre os temas abordados. Em média os pacientes
acertaram 78,3% das questões do pré-teste e, após discussão, acertaram 96,49%.
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Segundo avaliação da escala hedônica facial, 79% adoraram a atividade, 20%
gostaram e 1% foi indiferente, demonstrando que as atividades propostas foram bem
aceitas pelos pacientes.
Em comemoração ao Dia Internacional do Diabetes e Dia Nacional do
Diabetes, duas oficinas culinárias foram realizadas, onde os pacientes foram
convidados a desenvolver receitas saudáveis com orientação das extensionistas.
Em cada uma destas atividades foram elaboradas, 12 receitas nutricionalmente
importantes para os pacientes, como: arroz integral com brócolis, suco nutritivo,
salada de macarrão, bolo de aveia com banana, quibe de forno, sanduiche natural
de frango com cenoura, bolo integral de maçã, patê de cenoura e batata, patê de
berinjela, cookies diet de cacau e aveia, manjar de coco, pipoca com ervas
desidratadas, canjica diet, pamonha assada, arroz doce diet, macarrão integral com
frango, cuscuz de tapioca com coco, bollinho de arroz integral, curau de milho, suco
verde, bolo de milho sem açúcar, brigadeiro diet. Essas atividades foram realizadas
aos sábados pela manhã, no laboratório de Técnica Dietética na Faculdade de
Nutrição da Universidade Federal de Goiás. Durante as oficinas, os participantes
também foram orientados quanto às normas básicas de higiene, manuseio e
conservação dos alimentos.
Foram enviadas 46 mensagens de texto sobre alimentação saudável e
diabetes aos pacientes ou familiares/cuidadores, ao longo do ano para uma média
de 60 indivíduos, via celular, por meio de aplicativo de mensagem, por via de
transmissão. Além de reforçar e complementar os temas abordados no encontro
presencial, o envio das mensagens contribuiu para manter um vínculo importante
entre o paciente e a equipe até as consultas de retorno.
CONCLUSÃO: Diante de todo o processo de desenvolvimento das atividades
observou-se que todas atingiram seus objetivos, levando aos pacientes diabéticos
mais informação a respeito da doença e suas complicações bem como as melhores
formas de cuidado, promovendo vínculo e interação entre alunos, funcionários e
pacientes e maior desenvolvimento profissional dos extensionistas.
Faz se fundamental o desenvolvimento de outras atividades como esta, que
promovam o empoderamento do conhecimento dos pacientes e seus familiares
sobre a doença e seu cuidado. Estas ações humanizam o serviço de saúde,
proporcionando atenção integral à saúde dos pacientes, demonstrando a
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importância dos projetos de extensão desenvolvidos na universidade pela
comunidade acadêmica, que contribuem com a sociedade e com a formação de
futuros profissionais e cidadãos.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, J. E. P.; MONTENEGRO JUNIOR, R. M.; VENCIO, S (Org.). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017. 398p.
ORTIZ, M.C.A.; ZANETTI, M.L. Levantamento dos fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 em uma instituição de ensino superior. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.9, n.3, p.58-63, 2001.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Epidemiologia e Prevenção. Disponível em http://www.sbd.org.br/. Acesso em 31 de agosto de 2018.
TORRES, H.C.; PEREIRA, F.R.L; ALEXANDRE, L.R. Avaliação das ações educativas na promoção do autogerenciamento dos cuidados em diabetes mellitus tipo. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, n.45, v.5, p.1077-1082, 2011.
FONTE FINANCIADORA
PROGRAMA DE BOLSAS DE EXTENSÃO E CULTURA - PROBEC / PROVEC
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ERA UMA VEZ UMA HISTÓRIA CONTADA OUTRA VEZ1
OLIVEIRA, Irislene Silva2; MACHADO, Maria Ângela de Ambrosis Pinheiro3.
Palavras-chave: Educação, Arte, Formação de plateia.
“Era uma vez uma história contada outra vez" é um projeto de extensão da
Universidade Federal de Goiás - UFG que se vincula ao projeto de pesquisa
"Educação estética e arte na escola: fruição e apreciação estética no ambiente
educacional.” Por um lado, na perspectiva de extensão, o projeto prevê intervenções
artísticas em escolas da rede de ensino pública visando promover maior contato
entre estudantes e colaboradores das escolas para com essas ações. Por outro
lado, na perspectiva da pesquisa, investiga a importância e influência da arte no
ambiente escolar. O projeto de extensão “Era uma vez uma história contada outra
vez” se fundamenta na importância da apreciação estética na formação da criança e
do jovem e na importância de se trabalhar a arte dentro das unidades de ensino.
Esta formação implica em oferecer apresentações cênicas e vivências de forma a
aproximar o jovem e a criança da linguagem artística. Nesse sentido, além das
apresentações artísticas, o projeto tem como foco também o fazer e a apreciação
artística por meio de um trabalho de formação de plateia.
METODOLOGIA
Com o objetivo de proporcionar o contato entre a comunidade escolar e os
possíveis modos de fazer, fruir e pensar a arte, o projeto “Era uma vez uma história
contada outra vez” no ano de 2017 e 2018 viabilizou algumas atividades.
No segundo semestre de 2017, o foco do projeto estava em levar alguns
espetáculos artísticos para o ambiente escolar promovendo um contato entre a arte
e a comunidade escolar. Iniciamos as atividades entrando em contato com as
escolas em que se desenrolariam as ações verificando sua disponibilidade para
1 Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura, Profª Drª Maria Ângela De
Ambrosis Pinheiro Machado, código EMAC-194. 2 OLIVEIRA, Irislene Silva - Licenciatura em Dança – Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD)
– Universidade Federal de Goiás (UFG) – [email protected] MACHADO – Maria Ângela de Ambrosis Pinheiro - Docente no curso de teatro - Escola de Música e
Artes Cênicas (EMAC) – Universidade Federal de Goiás (UFG) – [email protected].
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participarem do projeto e buscando conhecer um pouco o espaço e as atividades
que ali são feitas no campo artístico. Em seguida foram realizadas reuniões
periódicas com os atores participantes dos espetáculos para preparação e ensaios.
Depois de delimitado os campos e os espetáculos, houve o agendamento nas
escolas possibilitando que fosse feito uma divulgação prévia dos espetáculos para
os alunos, professores e demais colaboradores das escolas.
Os espetáculos foram apresentados em duas escolas de Goiânia, a saber,
Colégio Estadual Professora Lousinha Carvalho, localizado a rua Joaquim Teófilo
Correia Viana, Setor Crimeia Oeste, Goiânia. Esta é uma escola de período integral,
recebendo crianças e jovens do ensino fundamental 1 e 2. A outra escola atendida
pelo projeto foi a Escola Municipal Professora Cleonice Monteiro Wolney, localizada
a rua Dona Carlota Joaquina Quadra HJ 16 - Sítio de Recreio M do Campus,
Goiânia – GO, que atende, crianças e jovens do ensino fundamental 1 e 2 além de
jovens e adultos no programa EJA no período noturno.
O projeto contou com três espetáculos para estas escolas: Um dia, uma
banana... da Profª Maria Ângela de Ambosis (EMAC); Pormenores, direção e criação
da Profª Marlini Dorneles de Lima (FEFD) e interpretada por ela e pela criança
Vinicius de Lima Vanin e Ilha Desconhecida, adaptação livre do conto homônimo de
José Saramago, direção da Prof. Maria Ângela De Ambrosis (EMAC) e interpretado
Nícolas Bernardo de Araújo aluno do curso de Artes Cênicas (EMAC).
Além das apresentações nas escolas os espetáculos contaram com
momentos reservados para ensaio em que os artistas se prepararam previamente
para as apresentações e os detalhes técnicos e necessidades diversas foram
detectados e atendidos para uma apresentação perfeita.
Um dia, uma banana... contou com três apresentações. A primeira na Escola
Municipal Professora Cleonice Monteiro Wolney, no dia 21 de setembro de 2017,
para crianças do turno matutino. Participaram cerca de 160 alunos. As demais
apresentações ocorreram no Colégio Estadual Professora Lousinha Carvalho, no dia
09 de outubro, em evento comemorativo ao Semana da Criança. Este espetáculo foi
apresentado no período matutino e vespertino, sendo que em cada apresentação
estavam presentes cerca de 120 crianças e adolescentes. O espetáculo apresenta o
jogo da palhaça Dra. Angelina com vários livros a partir da qual a linguagem poética
do palhaço se concretiza. Um espetáculo divertido e que possibilita a interação com
o público que o assiste.
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Pormenores é uma performance-palestra que relata de forma poética o
intercâmbio artístico realizado pela profª Marlini Dornelles e seu filho Vinícius de
Lima no ano de 2016, junto ao Grupo Dançando com a Diferença - Ilha da Madeira/
Funchal-Portugal. Contando com uma projeção de imagens e vídeo e duas pessoas
em cena, profª Marlini e seu filho Vinícius, o espetáculo é interativo e conta as
experiências vividas por ambos, com dança inclusiva, em Portugal. Esse espetáculo
contou com uma apresentação na Escola Municipal Professora Cleonice Monteiro
Wolney, no turno noturno, tendo como espectadores os alunos do EJA e
colaboradores da escola, tendo sido assistida por cerca de 40 pessoas entre jovens
e adultos.
Ilha desconhecida contou com uma apresentação na Escola Municipal
Professora Cleonice Monteiro Wolney e outra no Colégio Estadual Professora
Lousinha Carvalho, ambas no final da tarde contando com cerca de 120 alunos
presentes em cada apresentação.
No primeiro semestre de 2018, o projeto passou a trabalhar a apreciação
artística por meio da formação de plateia e a apresentação de espetáculos para
bebês. O projeto de formação de plateia para espetáculos artísticos teve como foco
o espetáculo performático “Não posso esqu cer” da Prof Maria Ângela de Ambrosis,
Prof. Kleber Damaso e Prof. Valéria Braga que contou com uma temporada de 20
apresentações na cidade de Goiânia entre os meses de maio à julho de 2018. Para
a efetivação desta atividade, elaboramos um projeto de formação de plateia que foi
aplicado em unidades de ensino públicas trabalhando aspectos sobre as artes que
se utilizam da representação (circo, teatro, ópera, dança, performance, tv, cinema),
por meio de exemplos e de uma palestra expositiva que estimulou o debate com os
indivíduos do espaço visitado, trazendo exemplos de trabalhos teatrais realizados na
cidade de Goiânia e trabalhos performáticos nacionais e internacionais. O projeto de
formação de plateia viabilizou também, em um segundo momento, uma vivência
corporal de exploração dos elementos utilizados para a criação do espetáculo
performático “Não posso esqu cer”. As unidades participantes foram o circo Laheto,
localizado na Av. H, esq. c/ 72 (Parque da Criança), no Jardim Goiás em Goiânia, no
dia 06 de junho de 2018 com 35 adolescentes de 11 a 13 anos de idade, em que foi
realizado uma vivência, durante o turno vespertino, que mesclou o debate teórico
com a experimentação corporal. A outra intervenção do projeto de formação de
plateia ocorreu no Colégio Estadual Colemar e Natal e Silva, localizado na rua 18-A,
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no setor Aeroporto em Goiânia, na manhã do dia 25 de junho de 2018, com uma
palestra seguida de debate com 30 alunos do primeiro ano do ensino médio.
A apresentação de espetáculos para bebês contou com um teatro voltado
para bebês de 6 meses a 3 anos de idade trabalhando essa arte de forma lúdica e
incentivando a interação para com a mesma. Para esta atividade foi contactado o
grupo de teatro para Bebês, projeto de extensão coordenado pela Prof. Joana Abreu
(EMAC) como também as unidades de educação infantil da região do Setor
Conjunto Itatiaia. A apresentação do teatro para bebês ocorreu no Centro de
Educação Infantil Assunção, localizado na Av. Bandeirantes, Residencial Morada do
Bosque em Goiânia, no dia 25 de junho de 2018, no período vespertino com a
apresentação do teatro para bebês de 06 meses a 03 anos tendo como atrizes a
Prof. Joana Abreu e Yasmim Lira.
RESULTADOS
As apresentações dos espetáculos no segundo semestre de 2017 tiveram
como finalidade criar uma maior proximidade entre os alunos, colaboradores das
unidades escolares visitadas para com os espetáculos artísticos apresentados,
criando este espaço de diálogo.
As intervenções realizadas em 2018 tiveram como finalidade proporcionar a
formação de plateia para apresentações artísticas, tendo como foco o espetáculo
performático “Não posso esqu cer” e também proporcionar o contato de crianças,
nos seus primeiros anos de vida e interação social, com a arte tendo como foco o
teatro para bebês.
Ambas as intervenções, de 2017 e 2018, propiciaram vivências que trouxeram
para o ambiente de ensino maior proximidade para com as artes possibilitando o
contato, o fazer e a apreciação para com esses espetáculos artísticos de forma
direta e indireta suscitando o interesse e a curiosidade pela arte e a cultura tendo um
olhar voltando também para os trabalhos artísticos regionais. Esta perspectiva visa
viabilizar a presença e permanência da arte na escola, revitalizando os espaços de
socialização, contribuindo para a formação estética dos alunos e dos colaboradores
dessas unidades e estimulando uma apreciação mais crítica da produção cultural e
de bens simbólicos da sociedade.
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CONCLUSÃO
A presença e a permanência da arte nas unidades escolares é uma busca
constante realizada por artistas e parceiros que entendem a real função da arte
como transformadora de realidades. Esse projeto objetivou trazer para mais perto
dos alunos e demais colaboradores das escolas e Centro de Ensino Infantil a arte
em suas diversas formas, tanto no trabalho de formação de plateia como na
apreciação de espetáculos artísticos. Estamos preocupados em incentivar a busca
pela arte, evidenciando seu potencial para se pensar, debater e vivenciar uma ou
mais expressão artística, valorizando a produção regional e o trabalho do artista.
Esse projeto promoveu, nas unidades em que esteve presente, o respeito pelo
trabalho artístico, a pesquisa como fonte que nutre o fazer artístico, a exploração
como mote criador, o debate, como fonte de compartilhamento de ideias e a
apreciação, como forma prazerosa de encontro com a arte tendo sido muito bem
aceito pelo público ao qual se destinou.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998
BENJAMIN, Walter. O narrador, in Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1989.
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Índice | Capa 214
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS.
MESSIAS, Isabella1; SILVA, Isabela2; SILVA, Thayanne3; JESUS, Ariadne4;
MARTINELLI, Lara5; SILVA, Claudio6; NAGHETTINI, Alessandra7; OLIVEIRA,
Kellen8.
Palavra-chave: Hospital, Terapia, Animais, Cães
Justificativa:
A Terapia assistida por animais (TAA) surgiu em 1792 em Londres, Inglaterra.
Inicialmente era utilizada para tratamento de doentes mentais em um asilo
psiquiátrico. A introdução dessa prática no Brasil ocorreu em meados da década de
1960 no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, onde a Dra. Nise de Silveira, médica
psiquiátrica referência no país, observou uma melhora dos pacientes que estavam
cuidando de uma cadela abandonada no hospital. Ela verificou melhora do paciente
que instituiu o animal como ponto de referência afetiva em sua vida.
Na década de 90 a psicóloga e veterinária, Dra. Hannelore Fuchs fundou a
Associação Brasileira de Zooterapia - Abrazo, e iniciou os trabalhos de TAA com o
Projeto Pet Smile que tem como objetivo a difusão do conceito de terapia assistida
por animais e o oferecimento de um serviço comunitário filantrópico.
A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma prática inovadora que vem
crescendo ao longo dos anos, principalmente nas últimas décadas em que a ciência
descobriu os benefícios da relação homem-animal. É realizada por profissionais da
saúde na qual o animal terapeuta é a parte principal do tratamento e possui grande
respaldo na promoção do bem-estar social, físico, cognitivo e emocional de pacientes
humanos. Ela parte do princípio de que o amor e a amizade que pode surgir entre
seres humanos e animais geram inúmeros benefícios.
As vantagens tanto para o paciente como para o animal são inúmeras, podendo
citar, nos humanos, a estimulação do raciocínio, concentração, controle da ansiedade
e agressividade, propriocepção, desenvolvimento psicomotor e sensorial e
vocalização. Estudos também revelam que a utilização deste método permite lidar
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com distúrbios físicos, mentais e emocionais em tratamentos destinados à melhora da
socialização, ou ainda na recuperação da autoestima.
Objetivos:
O objetivo principal deste projeto era implantar a Terapia Assistida por Animais
em pacientes aptos e em tratamento no Hospital das Clinicas da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Goiás, proporcionando aos mesmos todos os
benefícios que podem ser alcançados através da Terapia Assistida por Animais.
Metodologia:
As diretrizes para escolha dos animais, pacientes e coordenação do programa
seguiram as recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e
do Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). Os cães
inicialmente passavam por uma avaliação comportamental e sendo aprovado, o
animal era encaminhado para a avaliação clínica, pelo MV responsável com as
recomendações gerais, onde o mesmo verificava e atualizava a carteira sanitária do
paciente, realizava um hemograma e emitia o atestado sanitário. No dia da visita, o
cão deveria ter tomado banho com menos de 24h do horário da visita e a cópia da
documentação era entregue na comissão de infecção hospitalar da unidade. No dia
da visita a equipe médica e de enfermagem do hospital apresentava o projeto aos
responsáveis pela criança apta a receber a visita e solicitavam assinatura do Termo
de Livre Consentimento para que o cão pudesse entrar no quarto.
Os pacientes deviam concordar em receber a visita do animal, sendo de suma
importância não se apresentarem imunocomprometidos, esplenectomizados,
neutropênicos, ou apresentarem alergias e problemas respiratórios; logo após o
contato com os animais, era realizada a higiene das mãos, sendo que nas visitas era
recomendado aos voluntários evitar que os animais lambessem a pele, feridas dos
pacientes ou dispositivos além de evitar que os mesmos entrassem em contato com
saliva, urina e fezes dos animais. As visitas foram agendadas para as sextas-feiras à
tarde ou sábado pela manhã de acordo com a disponibilidade dos voluntários. Era
proposto cinco cachorros por cada visita, sendo que os mesmos deviam ir
acompanhados de seus donos.
Resultados:
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Foram avaliados cerca de 40 animais, e somente 20 passaram no teste
comportamental. Os animais com alguma restrição médica foram tratados e tiveram
novas avaliações clínicas para certificação da plena saúde. Por incompatibilidade
SCIRAS do HC, foi realizada apenas uma visita no pátio do HCFM/UFG, onde 12
crianças foram contempladas com o projeto. Houve um convite por parte de um
hospital privado (Hospital da Criança), onde foram realizadas seis visitas em sete
meses do projeto. No Hospital da Criança a média de pacientes atendidos era de 18
a cada visita, somando um total de 108 crianças aptas, os animais visitavam os
apartamentos e enfermarias e após todos os pacientes aptos juntamente com os cães
se juntavam ao pátio e faziam atividades livres. Alguns animais eram autorizados a
fazer visita nas unidades de terapias intensivas quando o quadro clínico do paciente
permitia. A percepção dos responsáveis pelos pacientes, equipe médica da unidade
(médicos, enfermeiros e demais colaboradores), equipe do projeto foi a mais positiva
possível, já que crianças em tratamentos para doenças crônicas tiveram reações
inesperadas (como andar, falar) ao receber a visita dos animais.
Conclusões:
As várias modalidades de Terapia Assistidas por Animais em ambiente
hospitalar podem ser realizadas, desde que siga as recomendações específicas do
CDC e HICPAC; tanto pacientes, como acompanhantes e equipe médica das
unidades visitadas aprovaram as visitas; foram observados benefícios a pacientes em
tratamento para doenças crônicas nas visitas. Conclui-se assim que apesar das
dificuldades enfrentadas para a implantação no Hospital das Clínicas, o projeto tem
mostrado êxito naquilo que foi proposto.
Referências Bibliográficas:
1. Thalmann O, Shapiro B, Cui P, Schuenemann VJ, Sawyer SK, Greenfield DL,
Germonpré MB, Sablin MV, López-Giráldez F, Domingo-Roura X, Napierala H,
Uerpmann HP, Loponte DM, Acosta AA, Giemsch L, Schmitz RW, Worthington B,
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2. Machado JAC, ROCHA JR, SANTOS LM, PICCININ A. Terapia Assistida por
Animais (TAA). Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária; 10; p.1-7; 2008.
3. Juliano RS, Fioravanti MCS, Paulo NM, Athayde IB. Terapia Assistida por
Animais (TAA): uma prática multidisciplinar para o benefício da saúde humana.
[citado 15 jun 2008]. Disponível em: URL: <www.vet.ufg.br/>
4. Dotti J. O que é A/TAA?. In: Dotti J. Terapia & animais: Atividade e Terapia
Assistida por Animais – A/TAA- Práticas para Organizações, Profissionais e
Voluntários. São Paulo: Noética; 2005: p. 29 - 37.
5. Oliva VNLS. A terapia assistida por animais: o papel do médico veterinário. Bol
Inform ANCLIVEPA-SP 2008; 35. [citado 15 jun 2008]. Disponível em: URL:
<www.anclivepa-sp.org.br/inicio.htm>
6. Martins MF. Zooterapia ou terapia assistida por animais (TAA). Rev Nosso
Clínico 2004; 40: p. 22-26.
7. Nagasawa M,Mitsui S, En S,Ohtani N,Ohta M,Sakuma Y,Onaka T,Mogi K,Kikusui
T. Social evolution. Oxytocin-gaze positive loop and the coevolution of human-
dog bonds. Science. 2015 Apr 17; 348(6232):333-6
8. Smith B. The pet effect: Health related aspects of companion animal
ownership. Austraulian Family Physician. 2012, 41(6): 439-442.
9. Vieira FR. Terapia Assistida Por Animais (TAA) Como Recurso Terapêutico na
Clínica da Terapia Ocupacional. [Monografia]. Brasília: Universidade de Brasília –
Faculdade de Ceilândia; 2013.
10. Adami, ER. Terapia Assistida por animais (TAA): Uma prática multidisciplinar
de humanização para o benefício da saúde humana. Disponível
em:<http://etologia-no-dia-adia.blogspot.com.br/2014/03/terapia-assistida-por-
animais-taa-uma.html>. Acesso em: 20 de abr. 2017.
11. Khan MA, Farrag N. Animal-Assisted Activity and Infection Control
implications in a Healthcare Setting. London: St Georges Hospital; 2000.
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A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA - UMA TROCA DE
SABERES E PRÁTICAS ENTRE UNIVERSIDADE E COMUNIDADE
RAVANGE, Jacqueline Gomes1; CARDOSO, Camila Monteiro²; CASTRO, Caroline
de Oliveira³; SILVÉRIO, Esther Macário⁴; RABELO, Izabella Fernandes⁵; LIMA,
Olívia Pinheiro⁶; SILVEIRA, Nusa de Almeida7
Palavras-chave: Educação em Saúde; Fases da Vida; Extensão
Introdução
Em 1948 a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu de forma ampla o
conceito de saúde, estendendo-o para além do corpo biológico, incluindo também
aspectos emocionais e sociais, que estando estes em equilíbrio, proporcionam um
completo bem-estar. Além disso ressalta a saúde como um direito social pertencente
aos cidadãos (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1948).
No Brasil desde 1988 com a promulgação da Constituição da República
Federativa do Brasil, a saúde é colocada como um direito social de todos devendo
ser garantida pelo Estado (BRASIL, 1988). Posteriormente, a lei orgânica 8080
estabeleceu em seu artigo 3 (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) os
determinantes e condicionantes da saúde, sendo estes a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade
física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais (BRASIL,
2013). Nessa mesma lei são estabelecidas as diretrizes do Sistema Único de Saúde
(SUS), sendo uma delas a Universalidade, que salienta que a saúde deve abranger
a todos, independente da classe econômica, gênero, orientação sexual e idade
(BRASIL, 1990).
1Acadêmica da Faculdade de Nutrição/FANUT/UFG – e-mail: [email protected]
² Acadêmica da Faculdade de Nutrição/FANUT/UFG – e-mail: [email protected]
³Acadêmica da Faculdade de Nutrição/FANUT/UFG – e-mail: [email protected] 4 Acadêmica da Faculdade de Nutrição/FANUT/UFG – e-mail: [email protected]
5 Acadêmica da Faculdade de Nutrição/FANUT/UFG – e-mail: [email protected]
₆ Acadêmica da Faculdade de Nutrição/FANUT/UFG – e-mail: [email protected]
7 Professora do Instituto de Ciências Biológicas/ICB/UFG – e-mail: [email protected]
Resumo revisado pela coordenadora do Projeto de Extensão e Cultura Profa. Dra. Nusa de Almeida Silveira, código PROEC - PJ134
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Em complemento a isso temos a Política Nacional de Promoção da Saúde
que entende a promoção da saúde como uma ferramenta transversal capaz de dar
perceptibilidade a esses determinantes e condicionantes, viabilizando estratégias
que reduzam essas vulnerabilidades de forma equigual (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2010). Sendo assim a humanização da saúde também se faz necessária, já que ela
possibilita a valorização e autonomia dos sujeitos dentro do processo de saúde e
doença, dando-lhes a oportunidade de modificar a sua realidade (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2003). Tendo em vista a complexidade da definição de saúde é
imprescindível a participação ativa de todos os atores envolvidos em sua construção,
resultando na troca coletiva de saberes e práticas entre os diversos setores
envolvidos, produzindo assim soluções inovadoras para a melhoria da qualidade de
vida da população (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
Justificativa
Dadas as estratégias de alcance e garantia da saúde utilizadas no Brasil, bem
como a importância da Universidade nesse processo e na formação de profissionais
de saúde, este resumo relata a importância na formação acadêmica da vivência de
uma experiência em um projeto de extensão que articula instituições de ensino,
sistema de saúde, comunidade e acadêmicos.
Objetivos
Apresentar a importância do projeto de extensão como elemento para o
fortalecimento da parceria da UFG com organizações da sociedade civil,
diversificando os cenários de prática do ensino e realizando ações de cunho social
em prol da promoção e humanização da saúde do público-alvo e ao mesmo tempo,
contribuindo para a consolidação da formação acadêmica dos participantes.
Metodologia
Intitulado “Promoção e Humanização da Saúde nos Ciclos de Vida -
Articulação da Universidade, Unidade de Saúde e Comunidade” o projeto de
extensão contou ao longo de 10 anos, com a participação de docentes e discentes
de diferentes departamentos e unidades acadêmicas. Desenvolveu ações com os
diferentes públicos alvos em fases distintas da vida circunscritos em diferentes
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instituições como CMEIS, escolas, abrigos, cooperativas, Unidades de saúde,
centros de convivência, todos em parceria com a UFG. O projeto incluiu também a
participação de alunos extensionistas de distintas áreas: pedagogia, biologia,
musicoterapia, odontologia e nutrição, sendo estes pertencentes ou não da UFG, os
quais planejavam, executavam e avaliavam as atividades juntamente com as
orientadoras.
A atuação dos alunos extensionistas era apoiada em um diagnóstico inicial
feito para avaliar a estrutura físico-funcional bem como as demandas relacionadas à
saúde de cada local. Após o levantamento dessas necessidades eram definidas as
temáticas a serem trabalhadas de acordo com a demanda. Essas temáticas eram
organizadas juntamente com a instituição em um cronograma de atividades,
distribuídas ao longo do semestre.
Para a realização das atividades os extensionistas do projeto eram motivados
a desenvolver material didático-pedagógico necessário ao desenvolvimento das
ações educativas tais como murais interativos, jogos educativos, cartilhas, folders,
mídias, modelos lúdicos, entre outros. Diversas estratégias foram utilizadas na
aplicação dos temas, como rodas de conversas, contação de estórias, apresentação
de vídeos e outras expressões artísticas em suas múltiplas manifestações como o
teatro, dança, pintura e a música, para promover o desenvolvimento de um
aprendizado ativo e participativo. Essa estratégias foram sempre adaptadas para o
público e o ambiente das ações, baseadas, em sua maioria, nos materiais
bibliográficos disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Resultados e Discussão
Os acadêmicos participantes tiveram a oportunidade de testemunhar e validar
a Extensão Universitária como processo acadêmico que considera as
condicionalidades da realidade e age de forma efetiva tornando-se fundamental na
formação do estudante, na qualificação do professor e na troca de saberes com a
sociedade, o que vem de encontro com os objetivos da Política Nacional de
Extensão Universitária (2002).
É notória a importância da extensão universitária, que favorece o vínculo
transformador entre a Universidade e a Coletividade social, por ser um mecanismo
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educativo que articula ensino, pesquisa e extensão de maneira indissociável,
segundo artigo nº 207 da Constituição Federal. Essas atividades são apoiadas pela
UFG pois culminam no desenvolvimento de alternativas que resultam com a
melhoria da qualidade de vida da sociedade (UFG, 2018).
Segundo o Ministério da Saúde (2002), a qualidade de vida é o maior aliado
para o desenvolvimento social, econômico e pessoal. A saúde pode ser favorecida e
até mesmo prejudicada por fatores políticos, econômicos, sociais, culturais,
ambientais, comportamentais e biológicos. Por esse motivo ela deve ser abordada
também no contexto cultural, histórico e antropológico, onde estão inseridos os
sujeitos.
Conclusões
O projeto de extensão proporcionou o fortalecimento do vínculo entre a
universidade e a comunidade, atuou nos diversos aspectos que compreende o
conceito de promoção e humanização da saúde, se apoiando em ações educativas
de caráter social, específicas para cada realidade.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção
da Saúde. As cartas da promoção da saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde;
2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Secretaria de
Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília; 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS.
Brasília; 2003.
BRASIL. Fórum de Pró-Reitores das Instituições. Públicas de Educação Superior
Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus; 2012.
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para
a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
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dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasil. Brasília, DF, 19 set.
1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm Acesso em:
22 set. 2018.
BRASIL. Lei nº 12.864, de 24 de Setembro de 2013. Altera o caput do art. 3o da Lei
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, incluindo a atividade física como fator
determinante e condicionante da saúde. Brasil. Brasília, DF, 24 set. 2013. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12864.htm.
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Documentos básicos. 26.ed. Ginebra:
OMS, 1976
SÃO PAULO. Constituição (1989). Constituição do Estado de São Paulo. Diário
Oficial do estado de São Paulo, São Paulo, 6 out. 1989.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Programa de Bolsas para Extensão e
Cultura. Disponível em:<https://www.ufg.br/n/104359-programa-de-bolsas-para-
extensao-e-cultura-abre-inscricoes>. Acesso em: 25 Agosto. 2018, 14:30.
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Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (Professor Waldemar Naves do Amaral) código PJ143-2017
LIGA DE MEDICINA REPRODUTIVA E O PROGRAMA DE BOLSAS DE
EXTENSÃO E CULTURA
iNASSARALLA-NETO, João Jorge; SALVIANO, Lívia Maria Oliveira; RAZIA, Paulo
Fellipe Silverio; JONAS, Gabriel Goulart Menezes; ROCHA, Giovana Caroline Silva;
AMARAL, Waldemar Naves do
Palavras-chave: reprodução humana; saúde pública; campanhas; educação médica
Justificativa e Base teórica
Cerca de 15% dos casais tem alguma dificuldade reprodutiva, sendo a
infertilidade definida como a ausência de gravidez após um ano de relações sexuais
regulares sem uso de contracepção. A angústia em ter o desejo de ter um filho e não
conseguir pode gerar vários sintomas emocionais e físicos, comprometendo
sobremaneira a qualidade de vida do casal. Assim, a infertilidade é um problema de
saúde púbica que merece ser trabalhado e divulgado no meio acadêmico e também
ser levado para a comunidade. Muitos problemas podem ter solução, e até mesmo
prevenção. Portanto, surge a necessidade de se trabalhem este tema, muitas vezes
negligenciado no meio acadêmico, e também do qual a população muitas vezes tem
desconhecimento. A Liga de Medicina Reprodutiva surge com a tarefa de falar dos
temas de saúde reprodutiva e promover a saúde e o bem-estar da população,
através de informação e atividades educativas. A liga surgiu com uma visão holística
fundamentada no olhar e cuidado humanizado aos pacientes. E ao longo do período
tentamos fundamentar este proposito.
Objetivos
Avaliar o impacto das atividades da LiRep sobre o ensino dos acadêmicos,
sobre a produção de conhecimento científico e sobre a promoção de saúde na
comunidade no período de agosto de 2017 a julho de 2018 (12 meses).
Metodologia
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O tripé no qual se fundamenta a Liga de Medicina Reprodutiva para exercer
suas atividades consiste na Pesquisa e envolvimento científicos, na Extensão, com o
extrapolar dos limites universitários à população, e no Ensino para a formação não
apenas específica acadêmica, mas também humana. O Ensino compreende a
realização de aulas teóricas sobre temas em saúde reprodutiva a fim de capacitar os
alunos a orientar a população, palestras informativas e integradoras, e distribuição
de material acadêmico didático para que haja uma busca ativa pelo conhecimento,
estimulando a curiosidade demonstrada pelo aluno ao adentrar o projeto. No campo
científico de Pesquisa, foram realizadas muitas apresentações em congressos,
como relatos de casos clínicos, estudos originais, estudos com coletas de dados e
revisões sistemáticas. Também, foram publicados artigos em importantes periódicos
regionais e nacionais, de forma que os participantes pudessem aprimorar o seu veio
científico, que muitas vezes pode ficar pouco desenvolvido nas atividades
curriculares. Como atividades de extensão, realizamos muitas campanhas em várias
regiões, tanto no município de Goiânia como fora dele, em cidades carentes de
atenção no estado de Goiás. Tais realizações foram, em sua grande maioria,
organizadas por iniciativa própria da liga, outras a convite de instituições e mais
algumas juntamente com outras ligas. Também, foram realizadas orientações em
mídias sociais alertando sobre temas de relevância em saúde reprodutiva.
Resultados e Discussão
Foram realizadas campanhas no Hospital e Maternidade Dona Íris,
conscientizando pacientes e seus acompanhantes sobre a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis. Outros locais em que foram organizadas atividades
educativas de conscientização e promoção de saúde foram: ESCOLA MUNICIPAL
PROFESSORA NARA DO CARMO REZENDE AMORIM , CEPI CECILIA MEIRELE,
parques de Goiânia (como no Parque Vaca Brava- Dia do Sorvete), escola municipal
da cidade de Inhumas, durante o evento ELA- Encontro das Ligas Acadêmicas; Na
praça São Judas Tadeu, em ação conjunta do DETRAN e TV Anhanguera, no
Espaço das Profissões da UFG e no Festival Internacional da Diversidade Sexual e
de Gênero de Goiás (DIGO). Todas as campanhas trabalharam o tema de saúde
reprodutiva, tanto em relação à infertilidade masculina e feminina, quando procurar
ajuda, dúvidas sobre legislação, orientação à respeito do SUS, prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis, planejamento familiar e etc. Foram realizadas
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aulas sobre infertilidade feminina, infertilidade masculina, pré- natal, legislação em
reprodução humana , métodos reprodutivos ultrassonografia, planejamento familiar,
anticoncepção, metodologia científica, ciclo menstrual, sexualidade na gestação,
fertilização in vitro, além da participação em aulas práticas sobre ultrassonografia no
serviço de ginecologia do HC. Outra importante atividade de ensino foi o curso
introdutório, que contou com apoio dos membros da liga e dos professores do
departamento. A liga participou também do I fórum de prevenção ao suicídio, evento
de âmbito nacional realizado na FM-UFG. Houve a realização da II jornada
acadêmica de obstetrícia e medicina reprodutiva, com participação de membros,
professores e alunos de outras unidades. No contexto de pesquisa, a liga teve seu
maior desempenho, sendo que mais de 22 apresentações em eventos científicos
foram realizadas com o apoio dos membros. Tivemos participações em congressos
Regionais, locais e nacionais como o CGGO- CONGRESSO GOIANO DE
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; JBU-JORNADA BRASILEIRA DE
ULTRASSONOGRAFIA MUSCULOESQUELÉTICA; CONGRESSO SBUS-
CONGRESSO BRASILEIRO DE ULTRASSONOGRAFIA; XXIV CONGRESSO
TEÓRICO- PRÁTICO DE ULTRASSONOGRAFIA DA FÉRTILE; 43a JORNADA
GOIANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRICIA. Nosso mérito em publicações em
periódicos também foi grande, com 6 artigos em revistas regionais como a Revista
Goiana de Medicina e também em nacionais como a Revista Brasileira de
Ultrassonografia. Conseguimos também 3 capítulos publicados em livros de
abrangência Nacional, no Tratado de Ultrassonografia da Sociedade Brasileira de
Ultrassonografia. Também, houve a possibilidade de participar das discussões do
GRUPO DE APOIO À PESQUISA- GAP, em que puderam presenciar discussões a
respeito de metodologia científica e interpretação de artigos.
Os acadêmicos cumpriram as atividades e alcançaram os objetivos propostos.
As aulas teóricas, palestras e o curso introdutório foram importantes na aquisição e
sedimentação do conteúdo, possibilitando a realização de campanhas de extensão
que não só levaram o conhecimento à população, mas também consolidaram o
conteúdo estudado e desenvolveram uma melhor relação médico-paciente dos
participantes. Quanto à produção científica, os acadêmicos apresentaram progresso
na realização de trabalhos, confecção e publicação de artigos científicos, e
apresentação de pesquisas em congressos. No decorrer do projeto, surgiram muitas
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oportunidades para o desenvolvimento de produção científica de relevância. Desta
maneira, houve uma grande contribuição na introdução e estímulo de alunos à
metodologia científica, importante tanto para a formação acadêmica quanto para o
exercício da profissão médica. As atividades da liga foram bem executadas, e houve
grande satisfação em obter uma produção científica tão extensa em reflexo às ações
exercidas no período.
Conclusões
A Liga agregou imensamente à formação acadêmica de seus membros, não
só profissional, mas também humanamente. Assim sendo, o tripé ensino-pesquisa-
extensão foi desenvolvido da melhor forma possível, sempre com o objetivo máximo
de levar benefícios para a sociedade. As atividades de ensino foram fundamentais
para a capacitação dos alunos na temática saúde reprodutiva. Já a pesquisa
possibilitou o contato com a produção científica, tão importante para a atualização
dos profissionais da saúde. Por fim, as atividades de extensão foram ampliadas, de
modo a atender um público maior nas campanhas ofertadas e levar um retorno
ainda mais significativo para a comunidade.
Referências Bibliográficas
1- KARA JOSÉ, Andrea Cotait et al. Ensino extracurricular em Oftalmologia:
grupos de estudos/ligas de alunos de graduação. Rev. Bras. Educ. Méd., 2007.
2- GROSS, J.L.; NEHME, M.. Detecção e tratamento das complicações
crônicas do diabetes melito: Consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes e
Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 45, n. 3,
p. 279-284, July 1999. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0104-42301999000300014&lng=en&nrm=iso>. Access on 29 July
2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42301999000300014.
3- LEITE, Tatiana Henriques; HENRIQUES, Rodrigo Arruda de Holanda.
Bioética em reprodução humana assistida: influência dos fatores
socioeconômicoculturais sobre a formulação das legislações e guias de referência
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Índice | Capa 227
no Brasil e em outras nações. Physis, Rio de Janeiro , v. 24, n. 1, p. 31-47, Mar.
2014 .
4- MACHIN, Rosana. Anonimato e segredo na reprodução humana com
participação de doador: mudanças em perspectivas. Saude soc., São Paulo , v. 25,
n. 1, p. 83-95, Mar. 2016
i NASSARALLA-NETO, João Jorge. Universidade Federal de Goiás (UFG).
Faculdade de Medicina. [email protected]
SALVIANO, Lívia Maria Oliveira. Universidade Federal de Goiás (UFG). Faculdade
de Medicina. [email protected]
RAZIA, Paulo Fellipe Silverio. Universidade Federal de Goiás (UFG). Faculdade de
Medicina. [email protected]
JONAS, Gabriel Goulart Menezes. Universidade Federal de Goiás (UFG). Faculdade
de Medicina. [email protected]
ROCHA, Giovana Caroline Silva Universidade Federal de Goiás (UFG). Faculdade
de Medicina. [email protected]
AMARAL, Waldemar Naves do. Universidade Federal de Goiás (UFG). Faculdade de
Medicina. [email protected]
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LIGA ACADÊMICA DE OFTALMOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A
SOCIEDADE E COMUNIDADE ACADÊMICA
OLIVEIRA, João Paulo Vilela de; IWAMOTO, Karime Ortiz Fugihara; TRENTIN, Caio
de Oliveira; RIBEIRO, Paula Fachetti Jubé; MORAIS, Walison José de; SANTANA,
Jholbert Cardoso; ZUPELLI, Arthur Sampaio; ISAAC, David Leonardo Cruvinel.
Palavras-chave: Oftalmologia; Liga Acadêmica; Ensino; Prevenção.
Justificativa: A atividade da Liga Acadêmica de Oftalmologia (LOFT) se
justifica pelas ações voltadas à sociedade envolvendo o planejamento e implantação
de programas permanentes de promoção de saúde ocular e prevenção da cegueira
com os objetivos de diminuir a prevalência de cegueira evitável e reduzir o índice
nacional de cegueira.
O papel do aluno contemplado é somar esforços, mobilizar as instituições
públicas, privadas, filantrópicas, comunidade médica, outros profissionais da área de
saúde, associações comunitárias, professores, assistentes sociais, psicólogos, entre
outros, para combater a cegueira que acomete a nossa população.
A cegueira constitui-se em um dos mais graves problemas de saúde pública.
Existem cerca de 50 milhões de cegos e 180 milhões de deficientes visuais no mundo.
No Brasil, estima-se que há 1 milhão e 200 mil pessoas cegas e cerca de quatro
milhões de deficientes visuais. Altamente incapacitante, pois restringe a qualidade de
vida sob o ponto de vista intelectual, ocupacional, econômico-social e psicológico, a
cegueira – acuidade visual menor que 0,05 e campo visual menor que 10 graus – é
uma condição que provoca muito sofrimento. A perda da produtividade profissional, a
dificuldade de inserção no mercado de trabalho, a perda da autoestima e a
desestruturação familiar são apenas alguns dos aspectos decorrentes da cegueira,
que representa ainda um relevante problema médico-social, uma vez que manutenção
e a reabilitação de um cego têm um alto custo econômico.
Esse quadro mostra que a abordagem à cegueira é de caráter multidisciplinar
e deve sempre primar pelo entendimento de que uma abordagem integral ao paciente
cego é fundamental para restituir-lhe a qualidade de vida. Esse aprendizado e a
prática da convivência e manejo desses pacientes são fundamentais na formação dos
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acadêmicos de medicina, evidenciando porque é tão importante a participação dos
alunos nessa ação.
Existe uma enorme demanda em Oftalmologia, em diversos segmentos
(refração, catarata, retinopatia diabética, baixa visão, glaucoma, entre outros), no
entanto a dificuldade de acesso, a cobertura insuficiente do sistema de saúde e a
incapacidade da população mais carente de completar o tratamento reprimem essa
demanda. Diante disso, tem-se de um lado o indivíduo que necessita de atendimento
em saúde e de outro o profissional de saúde já inserido no mercado de trabalho. O
bolsista, cumprindo as atividades previstas no projeto, deve formar um elo entre estes
dois polos, permitindo a interação academia-comunidade através de um processo
proativo de trabalho.
Objetivos: Relatar as atividades realizadas para promover a saúde da
população, no período de agosto de 2017 a julho de 2018. Aumentar o interesse da
comunidade acadêmica da UFG acerca do tema oftalmologia e dos métodos de
prevenção à cegueira bem como outros aspectos relacionados à saúde da visão.
Fomentar o conhecimento na temática proposta por meio de atividades teóricas
e práticas e com produção de conhecimento científico, através da participação
em campanhas de promoção de saúde e prevenção de oftalmopatias com
subsequente desenvolvimento de trabalhos científicos sobre as experiências lá
vividas e os conhecimentos adquiridos através da aplicação de questionários, relatos
de casos de doenças raras encontradas. Promover discussões, palestras e jornadas
como meio de divulgação científica das atividades da Liga de Oftalmologia na esfera
médico-acadêmico e em outras áreas da saúde de forma geral.
Metodologia: Um estudo descritivo elaborado pelos alunos do programa de
extensão e cultura, realizado no período de agosto de 2017 até julho de 2018,
relatando as experiências ao organizar e realizar as atividades teóricas e práticas.
Atividades como a organização de aulas para os alunos membros da liga acadêmica
envolvendo temas comuns da área de oftalmologia, realização de campanhas para a
comunidade promovendo a saúde da visão e a produção científica de trabalhos para
serem apresentados em congressos da área da saúde.
Resultados: Durante o período de realização do projeto foram apresentados
em congressos por membros da LOFT os determinados trabalhos nos congressos
especificados: XXVII ECAM e VI COGEM: Aspectos clínicos e radiológicos da
esclerose múltipla – relato de caso, apresentação oral; Catarata congênita – relato de
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caso pôster. XII CONPEEX: Perfil Epidemiológico de Conjuntivite nas principais
cidades de Goiás de 2008 a 2017, segundo gênero e faixa etária, pôster; Perfil
Epidemiológico dos Pacientes submetidos à Cirurgia de Catarata em Goiânia, Goiás
e Brasil, nos anos de 2008 a 2017, pôster; Internações Hospitalares por Glaucoma no
Estado de Goiás entre 2008 e 2017, pôster.
Foi realizado ainda a I Jornada Científica das Ligas Acadêmicas de
Oftalmologia de Goiás para mais de 100 alunos. Em parceria com a PUC e a
Unievangélica, com palestras de médicos renomados no cenário goiano, como o Dr.
Leonardo Reis, Dr. Francisco Wellington, Dr. Rodrigo Egídio, Dra. Juliane Paranhos e
Dra. Alessandra Rassi. Com o objetivo de unificar as diferentes faculdades e atrair
mais alunos para o tema da saúde da visão e a importância desse conhecimento na
prática médica.
Como parte das atividades teóricas da LOFT, foram realizadas aulas semanais
para os membros da liga e ministradas por médicos residentes do CEROF-HC UFG
(Centro de Referência em Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Univeridade
Federal de Goiás). Os exemplos de temas abordados nessas aulas são a semiologia
oftalmológica, erros de refração, doenças da córnea, conjuntiva, esclera e cristalino,
uveítes, glaucoma, neoplasias, estrabismo, traumatismos oculares e cirurgia plástica.
Foi realizado o curso introdutório da Liga Acadêmica de Oftalmologia, no dia 23 de
maio de 2018, para a admissão de novos membros e para dar continuidade aos
trabalhos realizados pela LOFT.
A LOFT realizou ainda campanhas voltadas para a assistência básica,
orientação da comunidade e promoção da saúda da população. Essas campanhas
ocorreram em praças públicas, em eventos sociais e no Encontro das Ligas
Acadêmicas da UFG. O que deu a oportunidade para os membros de por em prática
o conhecimento adquirido pelas aulas teóricas e ajudar na promoção da saúde visual
da população.
Conclusão: A Liga Acadêmica de Oftalmologia (LOFT) realiza uma importante
função na formação acadêmica de seus membros com aulas, realização de trabalhos
científicos e cursos em parceria com outras universidades. A LOFT auxilia também na
promoção da saúde da visão com campanhas voltadas para a população.
Os membros da LOFT tiveram uma formação teórica mais aprofundada na área
da oftalmologia, pelas aulas com temas mais comuns na prática dos oftalmologistas.
Os membros receberam instruções de como conduzirem exames de triagem para
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acuidade visual realizados nas campanhas, e ainda de como promoverem a saúde da
população com orientações úteis para o cotidiano das pessoas, como a importância
da atualização da receita de óculos, da triagem neonatal com fundoscopia, de não
coçar os olhos, da prevenção da cegueira, entre outras orientações.
A população dessa forma é beneficiada pelas atividades da LOFT ao
receberem o acesso aos conhecimentos básicos e essenciais para uma boa
promoção da saúde da visão e ao receberem exames de triagem para doenças
prevalentes na sociedade, com o objetivo de reduzir o aumento no número de casos
de cegueira por causas evitáveis, como glaucoma e diabetes mellitus.
Referências:
KANSKI, Jack J. Oftalmologia clínica: uma abordagem sistemática. 6. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008.
RIORDAN-EVA, Paul; WHITCHER, John P. (Org.). Oftalmologia geral de Vaughan
& Asbury. 17. ed. Porto Alegre: AMGH ed., 2011.
KANSKI, Jack J.; BOLTON, Anne. Atlas de oftalmologia clínica. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
Nota de fim de texto:
OLIVEIRA, João Paulo Vilela de. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] IWAMOTO, Karime Ortiz Fugihara. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] TRENTIN, Caio de Oliveira. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] RIBEIRO, Paula Fachetti Jubé. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] MORAIS, Walison José de. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] SANTANA, Jholbert Cardoso. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] ZUPELLI, Arthur Sampaio. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected] ISAAC, David Leonardo Cruvinel. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]
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O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS NA FACULDADE DE
LETRAS NA UFG1
DIAS, Lauanda Campos2; GOMES, Valdirene Maria de Araújo3.
Palavras-chave: Português para Estrangeiros; Centro de Línguas; Língua de
Acolhimento
Justificativa
Este trabalho apresenta as experiências e resultados obtidos durante o
curso de Português para Estrangeiros, um projeto de extensão e cultura
realizado com o apoio do Centro de Línguas da Faculdade de Letras (UFG) no
segundo semestre de 2017 e no primeiro semestre de 2018. O projeto teve
como bolsista a graduanda do curso de Letras - Inglês Lauanda Campos Dias
e, como voluntário, o graduando do mesmo curso Gabriel Gomes Ferreira
Moreira que, orientados pela professora Valdirene Maria de Araujo Gomes e
pelo professor Giuliano Pereira de Oliveira Castro, deveriam planejar e lecionar
aulas de Português para Estrangeiros durante o período de dois semestres e
produzir material didático de PLE (Português como Língua Estrangeira) em
formato de uma apostila.
O ensino de Português como Língua de Acolhimento orientou a prática
em sala de aula com o objetivo de receber os alunos estrangeiros de forma
acolhedora, trabalhando a língua portuguesa e a cultura local e brasileira de
modo a promover o convívio e a inserção dos aprendizes em novo ambiente e
sociedade. Além do conhecimento linguístico, o curso visava oferecer
informações sobre aspectos culturais da sociedade brasileira e goiana, bem
como o seu modo de se comunicar em diferentes contextos, fatores
fundamentais para a comunicação e convívio dos estrangeiros de forma plena.
Objetivos
1 Resumo revisado por Valdirene Maria de Araújo Gomes, coordenadora do projeto de extensão e
cultura Português para Imigrantes e Refugiados, código PJ154-2017. 2 DIAS, Lauanda Campos, Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Letras.
[email protected] 3 GOMES, Valdirene Maria de Araújo. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Letras.
val.letrasufg@gmail.
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O curso, ofertado gratuitamente, visava atender ao público interno,
formado por alunos de intercâmbio e ao público externo de imigrantes e
possíveis refugiados ou pessoas em situação de refúgio não pertencentes à
comunidade universitária. As aulas foram ministradas duas vezes por semana
no horário noturno para atender aos alunos que não tivessem a disponibilidade
de estudar em outros horários por razões laborais. Além de estudantes
estrangeiros e intercambistas, esperava-se receber imigrantes e refugiados ou
pessoas em situação de refúgio ou de necessidades específicas,
especialmente haitianos, que compõem uma comunidade de número
significativo na cidade de Goiânia. Os alunos que buscaram e frequentaram o
curso, entretanto, eram de origens diversas e vieram ao Brasil por diferentes
motivações; apenas um entre os alunos era de origem haitiana.
A abordagem utilizada nas aulas foi a Comunicativa que possibilita aos
alunos o desenvolvimento de suas competências comunicativas e confiança na
produção da segunda língua para as situações de interação em suas vidas fora
de sala de aula. Os conteúdos trabalhados nas aulas deveriam fornecer, além
de conhecimento estrutural da língua, vocabulário comum aos goianos e uso
real e contextualizado para as tarefas cotidianas dos alunos em ambientes
diversos na cidade.
Metodologia
A proposta do curso de aliar aquisição de língua à cultura orientou as
práticas, discussões e a escolha dos materiais trabalhados em sala de aula.
Nesta abordagem, a língua é vista e tratada não apenas como código, mas
como fato inseparável da cultura e dependente do conhecimento desta para a
realização satisfatória de sua função social. O indivíduo em solo estrangeiro
necessita de certo conhecimento além daquele que a gramática prescritiva
fornece para compreender as pessoas e o mundo ao seu redor e se relacionar
com estes. As aulas, portanto, além de abarcarem conteúdos essenciais como
vocabulário básico, tempos verbais do indicativo, artigos, preposições,
pronomes possessivos e demonstrativos, abrangiam também os regionalismos,
as gírias, a estrutura da linguagem coloquial falada nas ruas e o modo de se
comunicar em diferentes contextos.
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Índice | Capa 234
Para ajudar o estrangeiro a se sentir acolhido é necessária a
apresentação do lugar onde ele está vivendo, bem como dos traços culturais
deste lugar. Assim sendo, foram discutidos em sala de aula assuntos diversos
relacionados ao Brasil e à cidade de Goiânia e aos costumes desta região.
Tópicos como a culinária goiana, as opções de lazer preferidas pelos
goianienses, os bairros e lugares da cidade, as manifestações artísticas e os
hábitos do povo goiano foram abordados em sala de aula. Os momentos de
discussão sobre a cidade e sua cultura promoviam forte interação entre os
alunos que podiam expressar as suas impressões sobre o Brasil e sobre
Goiânia, além de trocar informações e dicas a respeito de lugares, serviços e
oportunidades. Nestes momentos também havia grande troca cultural entre os
alunos que falavam sobre as semelhanças e diferenças entre o Brasil e seus
países de origem.
Outros temas abordados pela professora envolviam o sustento e
permanência dos alunos no país como oportunidades de trabalho, que incluiu a
produção de um curriculum vitae, e o acesso aos serviços de saúde públicos.
Tais temas eram de interesse e até urgência para alguns alunos e menos
interessantes para outros que vinham ao Brasil em condições mais favoráveis,
pois as turmas eram de grande heterogeneidade não apenas com relação ao
país de origem, como também em relação à sua situação socio-econômica.
O material utilizado nas aulas foi de origens diversas: livros didáticos
como o Bem-Vindo, apostilas produzidas por cursos de PLE, material de PLE
encontrado em blogs na internet, textos autênticos retirados de fontes diversas
e alguns outros materiais que foram produzidos pela professora. A escolha do
material era feita levando em consideração as necessidades e limites dos
alunos e a sua aplicabilidade em sala de aula.
A produção oral e escrita eram os maiores focos da disciplina, que
também contemplava a compreensão leitora. Em grande parte das aulas,
novos conteúdos linguísticos eram introduzidos por meio de textos que
desenvolviam a compreensão leitora, discussões anteriores e posteriores à
leitura compreendiam a produção oral, e a escrita era produzida e avaliada em
forma de parágrafos e redações em sala de aula e em casa.
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Discussão e Resultados
Ambas as turmas tinham como característica grande heterogeneidade
de nacionalidades e línguas maternas. Na turma de 2017, havia alunos do Irã,
Estados Unidos, Itália, Sudão, México, Cuba e Líbia. Na turma de 2018, a
variedade foi menor, com alunos dos Estados Unidos, México, Colômbia e
Sudão. Alguns alunos haviam chegado ao Brasil há poucos dias, outros já
viviam aqui há algum tempo, outros estavam no Brasil há 3 ou 5 anos.
O nível de português entre os alunos era diverso, porém, a duração da
estadia dos alunos no Brasil não estava obrigatoriamente relacionada a este
fato, visto que alguns alunos que estavam aqui há anos tinham pouco contato
com brasileiros. Outros que estavam aqui há poucas semanas já haviam feito
cursos de português antes de virem para o Brasil.
As motivações que os levaram a frequentar o curso também eram
diversas: alguns alunos intercambistas desejavam aprender gramática e
aprimorar a escrita para fins acadêmicos, outros necessitavam da língua para
conseguir melhores empregos. Havia alunos que gostariam de se tornar
professores de português em seus países de origem. Outros dois alunos, por
terem pouco contato com brasileiros e com a língua portuguesa, procuraram o
curso para praticar conversação.
No início do curso de 2017, a discrepância entre o nível de português
dos alunos foi uma grande dificuldade para o andamento das aulas. Alguns
alunos precisavam que tudo fosse explicado em inglês, outros entendiam
quase tudo o que a professora falava em português. Decidiu-se dividir a turma
em duas: os que tivessem maior conhecimento ficariam em uma turma e os
que tivessem menor conhecimento teriam aulas com o professor voluntário do
projeto. Após a divisão da turma, as aulas fluíram sem grandes dificuldades.
Nos dois semestres as turmas tinham 15 alunos matriculados, porém
muitos deixavam de frequentar o curso ao longo do semestre por diversos
motivos alegados, como mudança de cidade ou de país e mudança de
emprego. Na primeira turma, 7 dos 15 alunos se formaram, e na segunda
turma, apenas 4 alunos concluíram o curso.
O progresso da maioria dos alunos foi notável, principalmente em
relação à fluência e confiança ao falar. Três dos alunos da primeira turma
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também frequentaram as aulas da segunda turma e com estes o progresso foi
ainda mais perceptível. Uma aluna do Sudão, por exemplo, que a princípio
falava muito pouco em sala de aula, se sentia confortável para falar sobre
temas diversos ao final do curso.
Conclusões
O curso de Português para Estrangeiros atingiu os seus objetivos
proporcionando conhecimento básico da língua portuguesa de forma gratuita e
em horários alternativos para os que trabalham durante o dia, atendendo a
estudantes intercambistas da UFG e pessoas da comunidade externa que
dependiam da língua por razões laborais, acadêmicas e para a melhor inserção
destes indivíduos na sociedade.
O convívio em sala de aula promoveu o desenvolvimento das
habilidades e confiança dos alunos por meio da prática em grupo. Com o
progresso das aulas tornou-se nítido que os objetos linguísticos são
indissociáveis do conjunto cultural, pois o entendimento do código acontece na
interação com o outro dentro de um plano sociocultural que precisa ser
compreendido para uma eficiente comunicação.
Referências bibliográficas
BIZON, Ana Cecília. Estação Brasil – Português para Estrangeiros. Campinas
(SP): Ed. Átomo, 2005.
LIMA, Emma Eberlein O. F. et al. Falar... Ler... Escrever... Português – Aluno;
Um Curso Para Estrangeiros. 2. ed. São Paulo: Ed EPU, 2005.
PONCE, M.H.; BURIM, S.A.; FLORISSI, S. Bem-Vindo! A língua portuguesa no
mundo da comunicação. 7. ed. São Paulo: Special Book Services Livraria,
2007.
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Índice | Capa 237
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA COMO MEIO PARA A REDUÇÃO DE
DESIGUALDADES1
BARBOSA, Laura Quaresmai
OLIVEIRA, Hugoii
MARTINS, Aline Regina Alvesiii
Palavras-chave: divulgação científica, desigualdade, Sociedade e Cultura.
Justificativa
É possível compreender a divulgação científica como a divulgação da ciência
e da tecnologia, de forma que a informação científica seja levada aos cidadãos,
quebrando as barreiras da universidade e estabelecendo proximidade entre quem
produz ciência e quem a recebe em sua comunidade. Assim, contribui-se para a
formação intelectual e crítica do público e populariza a ciência, difundindo
conhecimento e estabelecendo comunicação.
O projeto de extensão, que está ligado a Revista Sociedade e Cultura- uma
revista da Faculdade de Ciências Sociais da UFG- permite que a divulgação científica
se concretize, via mídias sociais e website, levando produções científicas e trabalhos
das mais diversas áreas das ciências sociais, a leitores nacionais e internacionais, a
fim de formar pessoas e transformar intelectos, para que a mudança das concepções
e da visão de mundo possa ocorrer. Isso permite que o leitor/ cidadão reconheça seu
lugar de fala e tenha autonomia e aprofundamento teórico em relação à ciência.
Em suma, a divulgação científica na Revista Sociedade e Cultura, é o diálogo
entre a sociedade e os cientistas, que garante a interação, o acesso a informação e a
comunicação, e consequentemente a valorização e entendimento das produções
científicas, tal como a universidade que os oferece. Essa divulgação é o marco para
que a sociedade seja cientificamente alfabetizada, pois possibilita o desenvolvimento
de consciência pública de que há necessidade se existir preocupação com a ciência,
e assim mensurar o seu valor.
1 Resumo revisado pela Coordenadora do Projeto de Extensão e Cultura (Aline Regina Alves Martins)
código: PJ104-2017
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Objetivos:
O projeto, ligado à Revista Sociedade e Cultura, tem por objetivo a divulgação
científica de produções relacionadas às Ciências Sociais. A revista é editada
semestralmente, e conta com a contribuição de autores dedicados às áreas:
Sociologia, Antropologia e Ciência Política, sendo os mesmos de âmbito nacional e
internacional. A divulgação de seu conteúdo via mídias sociais – um importante meio
facilitador de informações- permite acompanhar o acesso dos leitores, e assim, tornar
possível levar ciência para além da universidade.
Metodologia:
Para a divulgação da Revista Sociedade e Cultura - da Faculdade de Ciências
Sociais da UFG - é feito o uso de redes sociais e artes criadas de acordo com cada
artigo/ dossiê, a fim de destacar as temáticas de cada edição e seus conteúdos. Sendo
redes de grande acesso e praticidade, se fez possível a análise de aumento de
seguidores, interações nas publicações, público atingido e compartilhamentos. No
web site da revista, que tem por sistema de editoração o Open Journal Systems,
permite mensurar os acessos por meio de estatísticas que vão de downloads a
visualizações, no período desejado. Além disso, é possível perceber que a revista
recebe acessos de outros países, e oferece rankings dos mais acessados. Com esse
método, aumenta-se a visibilidade da revista, dos autores e da universidade.
Resultados e Discussão:
Para cumprir a função de aluna bolsista, durante a vigência da bolsa e do
projeto de extensão, algumas atividades foram executadas sob supervisão da editora
chefe da revista. Uma sala foi disponibilizada no prédio da Faculdade de Ciências
Sociais, equipada com os recursos suficientes para a execução do trabalho, que por
edital, exigia o cumprimento de 20 horas semanais.
A atenção ao e-mail da revista foi um destaque entre as funções, já que pelo
mesmo, os autores e editores puderam receber atendimento acerca das submissões
e designações, além da possibilidade de sanar dúvidas referente aos trabalhos
encaminhados e o recebimento de divulgações.
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Índice | Capa 239
O trabalho também consistiu em uma primeira avaliação de cada artigo, quanto
ao número de palavras, resumo nas três línguas e coesão com o tema, organizando
os dados em tabela, de acordo com as normas da revista, para que a designação
fosse agilizada. Além disso, atualizei as notícias no web site, para a divulgação de
chamadas de dossiês, sendo publicadas em inglês, português e espanhol, para
contemplar os escritores e leitores de outros países.
A divulgação científica via facebook apresentou resultados positivos para o
acesso das produções científicas. Com a ferramenta “Informações” presente na
página da Revista Sociedade e Cultura, foi possível mensurar as ações e o alcance
da página desde que a mesma foi criada. Considerando o mês agosto do ano de 2017
até o presente momento, o número de seguidores da página do facebook subiu
consideravelmente. Todos os seguidores da página são orgânicos, ou seja, não
pagos. Atualmente a página conta com a interação de 1.715 (um mil setecentos e
quinze) pessoas, que acompanham as divulgações.
Foi possível notar que as ações na página do facebook, pelos administradores,
quando frequentemente, impulsionaram o alcance da mesma em 97%, sem a
necessidade de parceria paga a rede social. Analisando o website da revista, nos
dados estatísticos, nota-se que o desempenho do facebook andou lado a lado com o
website. Assim, nos meses em que a interação foi positiva em um, no outro também.
O volume 20, n°1 de 2017, ocupou o topo do hanking dos mais visualizados,
apresentando um resultado de 2890 visualizações. Ao todo, no ano de 2018, o website
recebeu 33977 visualizações e 21393 downloads de arquivos. Esse resultado inclui
leitores de diversos países, como Argentina, Uruguai, França e Bolívia.
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A divulgação por essa via, facilita o acesso dos cidadãos às produções
científicas de forma mais fácil e democrática, além de estabelecer interação entre
universidade e sociedade. Isso contribui para que os artigos cheguem até outros
países, possibilitando a internacionalização da Revista Sociedade e Cultura e a
visibilidade da Faculdade de Ciências Sociais. Dessa forma, a divulgação científica se
torna um importante meio, para que haja redução das desigualdades e formação de
pensamento crítico.
Referências Bibliográficas
Divulgação científica: um grande desafio para este século. Ciência e Cultura. São Paulo, vol.57, n.2, Abril/Jun de 2005. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005000200013> acesso em 25 de julho de 2018.
Fórum Periódicos Científicos: Estratégias para Expandir e Melhorar a Comunicação com a Sociedade. SIBI USP. São Paulo, agosto de 2015. Disponível em: <http://www.sibi.usp.br/noticias/forum-periodicos-cientificos-2015/> acesso em 20 de julho de 2018.
Divulgação científica e cultura científica: Conceito e aplicabilidade. Ciência em Extensão. São Paulo, v. 8, n. 1 de 2012. Disponível em: <
http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/515> acesso em 25 de julho de 2018.
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Índice | Capa 241
A divulgação científica como estratégia para aumentar o impacto de sua pesquisa. Fundação Oswaldo Cruz. Disponível em: < http://observatorio.fiocruz.br/em-foco/noticias/divulgacao-cientifica-como-estrategia-para-aumentar-o-impacto-de-sua-pesquisa> acesso em 25 de julho de 2018.
Divulgação científica e relações de poder. Informação & Informação. Londrina, v. 15, n. 1esp de 2010. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/5583/6763 acesso em 20 de julho de 2018.
O conceito de divulgação científica. Núcleo de divulgação científica. UFMG, 2012. Disponível em https://www.ufmg.br/online/ndc/publicacoes/sobre-divulgacao-cientifica/o-conceito-de-divulgacao-cientifica/ acesso em 25 de julho de 2018.
Divulgação científica: informação científica para a cidadania? Núcleo de divulgação científica. UFMG, 2012. Disponível em https://www.ufmg.br/online/ndc/publicacoes/sobre-divulgacao-cientifica/divulgacao-cientifica-informacao-cientifica-para-a-cidadania/ acesso em 27 de julho de 2018.
i BARBOSA, Laura Quaresma. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Ciências Sociais. [email protected]
ii OLIVEIRA, Hugo. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Ciências Sociais. [email protected]
iii MARTINS, Aline Regina Alves. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Ciências Sociais. [email protected]
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Índice | Capa 242
DESENVOLVIMENTO E UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS VIRTUAIS PARA O
ESTUDO DA HISTOLOGIA1
AVELAR, Lucas Martins dei; SILVA, Tiago Batista Damascenaii.; POLONSKI,
Daniella Cristina Silvaiii; GUIMARÃES, Lucas Nunesiv; SILVA, Victória Costa dav;
MASCIOLI, Cristina da Costa Krewer.vi
Palavras-chave: Ferramentas virtuais. Mediação. Ensino de Histologia
JUSTIFICATIVA
Compreendendo a educação enquanto um elemento ontológico da natureza
humana e produto do trabalho não-material que não se separa de quem a produziu,
constituída por um acumulado de constructos histórico- sociais, que reflete
intencionalidades e por elas é determinada, visualizamos que os saberes se
produzem á medida em que se dão as relações entre os sujeitos, no íntimo das
práticas sociais. As funções psicológicas superiores têm seu desenvolvimento no
interior das práticas sociais, sendo as atividades, as ferramentas e os desafios,
mediadores do processo de aprendizagem. Nesse sentido, o desenvolvimento e
utilização de instrumentos mediadores como as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC’s) no transcurso do ensino de ciências estabelece uma nova
forma de se relacionar com o conhecimento científico.
O volumoso desenvolvimento de tecnologias voltadas para as áreas da
informação e comunicação tem impactado o processo de ensino-aprendizagem com
uma nova caracterização das formas de aprender. No tocante ao papel das
tecnologias como ferramentas na mediação do conhecimento pode- se dizer que a
criação de uma realidade virtual, materializada nas chamadas interfaces proporciona
ao educando uma experiência de aprendizagem imersiva, intensiva, interativa,
ilustrativa e informativa. Uma vez que esse ambiente virtual replica elementos da
realidade, permitindo uma ampliação das possibilidades de aprendizagem, uma vez
que há o estimulo das vias sensoriais e de controle.
1 Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura “Desenvolvimento e utilização
de ferramentas virtuais para o estudo da Histologia” Código: PJ173-2017 (Cristina da Costa Krewer
Mascioli).
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Goiânia, 15 a 17 de Outubro de 2018
Índice | Capa 243
O Ensino de Ciências, em especial a Biologia, dispõe de uma quantidade de
abstrações conceituais singulares em relação às outras áreas, que tornam o ensino-
aprendizagem mais complexos e altamente dependentes do desenvolvimento de um
pensamento conceitual, que implica na apropriação pelo indivíduo dos elementos
fundamentais do conceito, que são então abstraídos e generalizados, para formar
relações sistemáticas com outros conceitos. Com relação à Biologia, alguns estudos
que tem a formação conceitual como escopo, trazem à baila a problemática do revés
na edificação do conhecimento biológico pelos discentes dos anos finais da
educação básica. Uma das causas para esse obstáculo na aprendizagem dos
conhecimentos científicos está na falta de contextualização dos conteúdos e
aproximação destes com a realidade dos discentes, o que aponta a necessidade de
um ensino de biologia que adeque conteúdo e forma de modo que o ensino dos
conceitos científicos parta da prática social e que tenha nela seu fim.
Nessa perspectiva, é papel da extensão universitária desenvolver projetos que
mitiguem as lacunas relacionadas à deficiência estrutural do ensino básico público.
A Histologia, que se apresenta como uma das áreas da Biologia com maior
necessidade de abstração conceitual, em virtude de seu cerne constituir-se na
compreensão da estrutura de células, tecidos, e sua interação para compor órgãos e
sistemas corporais, carece desses projetos, em especial aqueles que qualifiquem os
discentes para o estudo interativo na realidade virtual tão presente em seus
cotidianos. Para tanto, este projeto justifica-se pela necessidade de criar espaços
para atividades de extensão voltadas a utilização da tecnologia como ferramenta
facilitadora na compreensão da Histologia, tanto no ensino básico como no superior.
OBJETIVOS
Esse projeto visa o desenvolvimento de ferramentas virtuais de estudos que facilitem
a compreensão da histologia por discentes do ensino básico e superior, além da
criação e implantação de uma página na internet e um aplicativo para dispositivos
móveis, com uma coleção de imagens de cortes histológicos de órgãos e tecidos
animais; a disponibilização de uma interface interativa nas ferramentas virtuais para
que o usuário se torne um sujeito ativo na aprendizagem dos conteúdos; otimização
do estudo da histologia pelos alunos do ensino básico e superior, inicialmente de
Goiânia, com possibilidade de expansão inclusive em nível nacional; e a realização
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Índice | Capa 244
de oficinas interativas sobre Histologia em escolas da educação básica para o
público do Ensino médio e EJA.
METODOLOGIA
A) Obtenção das imagens histológicas
Foram utilizadas imagens de cortes histológicos obtidas em aulas práticas das
disciplinas de Histologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal
de Goiás (ICB-UFG). Essas imagens são fotografadas pelos alunos durante as
atividades didáticas, com o uso de seus próprios aparelhos celulares ou câmeras
fotográficas. As imagens foram solicitadas aos alunos em aula e coletadas pelo e-
mail especificamente criado para este fim. A partir da disponibilização das
fotografias, por meio do preenchimento de um termo que autoriza a utilização das
imagens neste projeto, as mesmas foram avaliadas quanto à sua qualidade e
características técnicas. Então, receberam tratamento utilizando o Instagram para
garantia de sua qualidade.
B) Criação da página da internet (HistoColeção – histocolecao.com.br)
Este projeto propõe a criação de uma página na internet onde estarão reunidas
as imagens dos diversos objetos de estudo da histologia, que abrangem desde os
tecidos fundamentais (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso), até os órgãos dos
sistemas que compõem os organismos humano e animal. Nessas imagens há a
indicação de todos os componentes histológicos que podem ser observados,
visando facilitar o aprendizado dos usuários da plataforma. Esta página é interativa e
permite ao usuário, após o seu estudo e entendimento dos tópicos abordados, a
fixação dos conhecimentos por meio de imagens não identificadas. Nestas
atividades o próprio estudante pode testar seus conhecimentos respondendo a
questões teórico-práticas, as quais são após, corrigidas pela plataforma.
C) Apresentação da página para a comunidade escolar
Após a veiculação da página na internet, a mesma foi apresentada inicialmente,
em uma escola da rede pública de Goiânia, onde foi fornecido um treinamento para
que os docentes da disciplina de Ciências Biológicas fossem informados sobre o seu
funcionamento e utilização, além de uma oficina sobre Tecidos Fundamentais para
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Índice | Capa 245
os discentes do ensino médio. Simultaneamente, a ferramenta foi apresentada para
os estudantes do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, os quais podem também
utilizá-las para auxiliar seu estudo.
D) Criação do aplicativo para dispositivos móveis
Paralelamente à criação da página a ser disponibilizada na internet, este projeto
pretende disponibilizar um aplicativo a ser utilizado em dispositivos móveis, como
aparelhos celulares e tablets. Este aplicativo, ainda em desenvolvimento, tem
formato semelhante ao da supracitada página, com a facilidade de ser acessado de
maneira mais prática pelos usuários, dispensando a necessidade do computador.
Assim, os estudantes poderão utilizar o aplicativo, por exemplo no ônibus,
aproveitando o tempo de transporte até a escola, também para aprender.
RESULTADOS
A página da internet já está disponível para acesso no endereço
http://histocolecao.com.br, e o aplicativo em desenvolvimento deve ser
disponibilizado até o final do mês de outubro de 2018. Em ambos, além das imagens
de fotomicrografias com identificação das estruturas, há uma contextualização
teórica dos assuntos e uma sessão de atividades para consolidação dos
conhecimentos aprendidos.
Foi realizado no Colégio Estadual Ismael de Jesus Silva, zona noroeste de
Goiânia, a primeira atividade de treinamento com a professora de Biologia da
instituição, com vista a fomentar o uso da página da internet como ferramenta para a
atividade pedagógica do ensino de histologia para o ensino médio. Além disso,
houve a realização de uma oficina sobre Tecidos Fundamentais para os discentes
dos 1º anos do Ensino Médio, na qual foram trabalhados o conceito de célula e
tecido, bem como atividades práticas de visualização das estruturas celulares e
teciduais no microscópio, confecção de lâminas e utilização da página da internet
como ferramenta de estudo.
CONCLUSÃO
Estas ferramentas tem a tônica de proporcionar a seus usuários, a capacidade
de produzir um processo de objetivação, com o qual os sujeitos consigam realizar
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Índice | Capa 246
uma prática social final, conforme que melhore o seu aprendizado da histologia.
Nesse sentido, o uso dessas ferramentas virtuais facilita e auxilia o estudo da
Histologia no ensino básico e também no nível superior. Uma vez que os
dispositivos possuem uma interface interativa, possibilitam otimizar aos seus
usuários a fixação dos conteúdos por meio da participação ativa do sujeito na sua
aprendizagem. A posterior análise dos itens de avaliação das plataformas servirá
como meio para a implementação de indicadores dos resultados e aperfeiçoamento
das atividades e produtos desse projeto.
REFERÊNCIAS
ANTÃO, M. et al. A Nova Reforma e a Formação de Professores: A Internet como
Factor de Aprendizagem e Inovação no Ensino Secundário. Actas do 3º simpósio
internacional de informática educativa. Universidade do Minho, Braga, 2001.
CORAZZA-NUNES, M. J. et al. Implicações da mediação docente nos processos de
ensino e aprendizagem de biologia no ensino médio. Revista Electrónica de
Enseñanza de las Ciencias, v. 5, n.3, 2006, p. 522-533.
LATTA, J. N.; OBERG, D. J. A conceptual virtual reality model. IEEE Computer
Graphics Applications, v. 14, n. 1, p. 23-29, Jan. 1994.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11 ed. rev.
Campinas, SP: Autores Associados, 2013.
i AVELAR, Lucas Martins de.; Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Ciências Biológicas.
ii SILVA, Tiago Batista Damascena.; Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Informática.
iiiPOLONSKI, Daniella Cristina Silva.; Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Ciências
Biológicas. [email protected]
iv GUIMARÃES, Lucas Nunes.; Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Ciências Biológicas.
v SILVA, Victória Costa da.; Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Ciências Biológicas.
vi MASCIOLI, Cristina da Costa Krewer. Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Ciências
Biológicas. [email protected]
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VIOLÊNCIA DÓI E NÃO É DIREITO: A PSICOLOGIA NO ENFRENTAMENTO ÀS
VIOLÊNCIAS CONTRA MULHERES
SOUZA, Maria Clara Guimarães1;
NUNES, Erlaine Faria2; ROCHA, Izabela Assis3;
FRANCO, Mariana Neves4; CARVALHO, Nilva Menezes5;
MAMEDE, Renata De Mello6; SILVA, Sueide Sousa7; VILELA, Vida Clara
SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo8
Palavras-chave: Psicologia, Violência contra a mulher; Formação.
JUSTIFICATIVA
O presente projeto parte da concepção de gênero como categoria social e de
análise, formado por uma história e cultura, que legitima determinadas formas de ser
homem e ser mulher (SCOTT, 1989). Diante disso, o patriarcado estruturou-se
socialmente e politicamente nas relações sociais validando a dominação-exploração
masculina para subjugar e oprimir as mulheres. Dessa forma, os relacionamentos
entre os gêneros, historicamente, se estruturam de modo hierárquico sendo
atribuído ao homem poder, privilégios e o controle sobre os corpos das mulheres
(SAFFIOTI, 2015).
Diante da desigualdade entre os gêneros, constituiu-se a violência contra
mulheres (VCM). O conceito de violência pode ser compreendido “como ruptura de
qualquer forma de integridade da vítima: integridade física, integridade psíquica,
integridade sexual, integridade moral” (SAFFIOTI, 2015, p.18). A VCM trata-se de
problema social e de saúde pública, definida pela Convenção Belém do Pará como
sendo “(...) qualquer ação ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou
sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como
privado” (CONVENÇÃO DO BELÉM DO PARÁ, 1994). Embora se expresse em
todos as esferas sociais, é na vida privada e familiar que a VCM mais se incide.
1 Bolsista PROBEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 2 Bolsista PROVEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 3 Bolsista PROVEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 4Bolsista PROVEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 5 Bolsista PROVEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 6Bolsista PROVEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 7 Bolsista PROVEC. Estudante do curso de Psicologia (UFG/Rej). [email protected] 1 Orientadora do projeto. Professora do curso de Psicologia (UFG/Catalão) e do Programa de pós-graduação em Psicologia (UFG/Goiânia). [email protected]. Resumo revisado pela coordenadora do Projeto de Extensão e Cultura Profª Dr. Tatiana Machiavelli Carmo Souza, Código PJ163-2017. Projeto financiado pelo Programa de Bolsas de Extensão e Cultura – PROBEC/PROVEC.
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Logo, as agressões são desferidas principalmente pelos (ex)companheiros com
quem as mulheres tiveram qualquer relação afetiva (SAFFIOTI, 2015; SCHRAIBER
et al., 2005).
A luta dos movimentos feministas, desde 1970, tem possibilitado a
compreensão da violência de gênero como fenômeno não natural, fomentando
discussões, tratados e pactos e promovendo a elaboração de políticas públicas
específicas para o enfrentamento da VCM (IPEA, 2015). Apesar dos avanços frente
ao enfrentamento da VCM, estudos apontam que ainda são incipientes os serviços
especializados de atendimento às mulheres nas regiões interioranas do Brasil, há
falta de capacitação e formação profissional e precariedade de recursos humanos e
institucionais (SOUZA, SOUSA, 2015; IPEA, 2015).
Diante desta realidade, foi criado o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, em 2016, no município de Jataí/GO. A implementação do juizado,
em parceria com a Universidade Federal de Goiás/Regional Jataí e o Projeto de
Extensão “Violência dói e não é direito: a psicologia no enfrentamento às violências
contra mulheres”, oportunizou a oferta de atendimentos jurídicos e psicológicos a
homens e mulheres em situação de violência doméstica. Além disso, a presente
iniciativa promoveu espaço fecundo para a construção de recursos teóricos e
metodológicos à formação profissional em psicologia das extensionistas frente aos
desafios no enfrentamento à VCM.
OBETIVOS
O projeto objetivou desenvolver ações de prevenção e enfrentamento da
violência contra mulheres no sudoeste goiano. Como objetivos específicos, buscou-
se a) conscientizar as mulheres acerca de seus direitos; b) problematizar as
desigualdades de gênero nos diversos espaços sociais; c) fomentar o processo de
formação profissional de estudantes de psicologia sobre as temáticas de gênero,
violência contra mulheres e direitos humanos.
METODOLOGIA
Foram desenvolvidas duas frentes de trabalho: 1. Realização de
atendimentos psicossociais individuais e grupais a mulheres em situação de
violência doméstica e/ou intrafamiliar e homens autores de agressão no Juizado de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do município de Jataí/GO; 2.
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Índice | Capa 249
Efetivação de palestras e intervenções psicossociais junto a crianças, adolescentes
e adultos em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de
Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), Unidades Básicas de
Saúde (UBS), Organizações Não-Governamentais (ONG) e escolas proporcionando
discussões e reflexões a fim de prevenir as violências de gênero e conscientizar
esses grupos sobre seus direitos. Todas as atividades foram supervisionadas em
encontros semanais a partir das perspectivas teóricas da Psicologia Sócio-histórica
e das Teorias Feministas. Cada eixo de trabalho desenvolvido foi avaliado pelos
participantes/usuários dos serviços, pelos estudantes extensionistas e pela
coordenadora do projeto a partir de instrumental adequado à faixa etária, público e
nível de instrução.
RESULTADOS
Os atendimentos psicossociais realizados no Juizado de Violência Doméstica
e Familiar contra a Mulher proporcionaram um espaço de escuta e acolhimento sem
julgamentos ou recriminações para homens e mulheres, a fim de ampará-los diante
das emoções emergidas a partir das violências sofridas e perpetradas. Por meio
dessas práticas profissionais foram elucidados os tipos de violência descritos na lei
Maria da Penha, de modo que eles/elas pudessem perceber quais violências
estiveram presentes no relacionamento conjugal. Outro fator relevante foi a oferta de
orientações sobre a rede intersetorial de atendimento à mulher presente no
município.
Com base nos relatos das mulheres e homens, foi possível perceber que a
maioria identificava as agressões apenas em suas formas física e verbal, não
(re)conhecendo outras modalidades de violência. Sendo assim, no decorrer dos
atendimentos, as extensionistas interviram no sentido de descontruir os papéis
tradicionais ocupados por homens e mulheres historicamente, o que possibilitou a
identificação das violências que eles e elas tem sofrido e/ou praticado e que
anteriormente eram naturalizadas e se tornavam imperceptíveis. Essa experiência
potencializou a autonomia das mulheres frente as suas escolhas e percepções sobre
seus relacionamentos afetivos.
Desnaturalizar as inúmeras agressões sofridas pelas mulheres e possibilitar
formas de enfrentamento contribuiu para a conscientização e prevenção da VCM,
bem como proporcionou novo modo de lidar com o sofrimento e minimizar a
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Índice | Capa 250
culpabilização que, geralmente, são recorrentes quando sofrem algum tipo de
violência (GROSSI et al., 2015).
A experiência com os grupos socioeducativos junto a homens mostrou que
embora haja abertura para a discussão de temas relacionados ao machismo e
violência doméstica, ainda há resistências e dificuldades por parte deles em se
responsabilizarem pelas violências desferidas contra as mulheres. Os grupos
proporcionaram espaço de escuta, reflexão e diálogo para que os homens
pudessem versar sobre o contexto que culminou nas agressões contra suas
(ex)companheiras. Logo, no processo de desconstrução dos estereótipos atribuídos
aos papéis do feminino e do masculino, os homens reconheceram os prejuízos que
a violência doméstica e familiar causava na vida das pessoas. No entanto, eles
demonstraram ter dificuldade em questionar masculinidades machistas, por não
compreenderem a desigualdade entre os gêneros e não reconhecerem que eles têm
privilégios em detrimentos das mulheres.
O primeiro grupo foi encerrado com 10 participantes assíduos, com idade
entre 23 a 70 anos, cuja maior parte se autodeclarou parda, solteira, com baixa
escolaridade, renda entre 1 a 3 salários mínimos e cristãos. O segundo grupo contou
com apenas 03 participantes assíduos, as idades informadas variaram entre 33 a 34
anos (uma pessoa não informou a idade). Os participantes se autodeclararam
branco, negro e pardo respectivamente; quanto ao estado civil variou entre solteiro,
casado e divorciado; tinham escolaridade diversificada; renda entre R$1.500,00 a
R$6.000,00; e apenas um participante afirmou ter religião.
Quanto às palestras, foi possível a realização de trocas de experiências entre
participantes e extensionistas. Vislumbrou-se na fala das pessoas percepções
machistas e preconceituosas referente à violência de gênero que reforçavam a
noção do patriarcado como sistema dominante, em que o papel da mulher é
condicionado, de forma inferior, ao papel do homem. Diante disso, as discussões
possibilitaram espaço de reflexão e desconstrução de conceitos que legitimam a
VCM.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em seus dois eixos, o projeto cumpriu com os objetivos, pois, com as
mulheres no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, o
acolhimento, o esclarecimento e o suporte foram efetuados de maneira integral, de
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modo a promover potência para que elas rompessem com o ciclo de agressões.
Com os homens, os temas propostos nos grupos proporcionaram reflexões
significativas sobre a VCM e machismo, de forma a questionarem os papéis,
tradicionalmente, atribuídos ao feminino e ao masculino, apesar de os homens
apresentarem resistência em reconhecer a sua responsabilidade face a situação de
violência vivenciada. No segundo eixo, as palestras mostraram-se enriquecedoras,
pois, as discussões que surgiram proporcionam transformação sobre os valores
culturais, históricos e sociais que legitimam relações violentas entres homens e
mulheres estruturadas pelo sistema patriarcal na sociedade brasileira.
O projeto promoveu a utilização dos conhecimentos teóricos e metodológicos
às práticas realizadas pela psicologia em contexto de VCM, o que corroborou com o
crescimento profissional e pessoal das extensionistas. Desse modo, auxiliou na
construção de espaço fecundo à reflexão e aprendizado, para as extensionistas,
sobre os aspectos sociais que envolvem as relações de gênero, fomentando o
processo de formação profissional, já que há baixo quantitativo de disciplinas
ofertadas pelo curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás/Regional Jataí
frente a temática.
REFERÊNCIAS
CONVENÇÃO DE BELÉM DO PARÁ. Convenção interamericana para prevenir, punir e
erradicar a violência contra a mulher. Convenção de Belém do Pará. 1994.
GROSSI, P. K; BITTENCOURT, J. V; COUTINHO, A. R. Desafios do Atendimento à Mulher
em Situação de Violência no âmbito dos CREAS. Anais do Seminário Nacional de
Serviço Social, Trabalho e Políticas Sociais. Brasil., 2015.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEA. A institucionalização das
políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres (versão Preliminar).
Brasília, Edição: nº 13. 2015.
SAFFIOTI, H. Gênero, patriarcado, violência. ed. 2. São Paulo: Expressão Popular:
Fundação Perseu Abramo, 2015. 160 p.
SCOTT. J. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Tradução: Christine Rufino
Dabat e Maria Betânia Ávila. New York. Columbia University Press. 1989. 35 p.
SCHRAIBER. L. B. et al. Violência dói e não é direito: a violência contra a mulher, a saúde
e os direitos humanos. Editora UNESP, São Paulo – Saúde e Cidadania. 2005.
SOUZA, T. M. C.; SOUSA, Y. L. R. S. Políticas Públicas e Violência Contra a Mulher: A
Realidade do Sudoeste Goiano. Revista SPAGESP, Ribeirão Preto. 59-74 p. 2015.
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Índice | Capa 252
COMPREENSÃO DA EROSÃO DOS SOLOS COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
¹GUIMARÃES, Mariana Araújo; ²MASCARENHA, Márcia Maria dos Anjos; 3JESUS, Andrelisa Santos de
Palavras-chave: Erosão, Solos, Educação, Ocupação do solo.
O processo erosivo é causado por uma união de fatores ambientais, pedológicos,
geotécnicos e climáticos, sendo um fenômeno comum em regiões de clima
tropical. As erosões acarretam sérios problemas ambientais como perda de solo
agricultável e edificável, alterações ecossistêmicas do ambiente pedológico e da
paisagem. Os processos erosivos muitas vezes são acelerados devido a ação
antropológica, através de atividades como o desmatamento e ocupação indevida
do solo. Deste modo, considerando o homem um agente importante no
desenvolvimento das erosões, o conhecimento das causas e consequências dos
processos erosivos pela comunidade, bem como das suas técnicas de
prevenção e controle, mostra-se um instrumento importante de educação
ambiental como uma forma de mitigar e prevenir erosões. Neste contexto, a
educação ambiental da comunidade torna-se fundamental para um projeto
efetivo de controle e mitigação dos processos erosivos, remediando o problema
de uma forma mais ampla e eficaz. Uma das formas de iniciar esse processo é
intervindo na educação básica, a partir da formação de educandos e professores
em torno dessa temática. O projeto possui como objetivo utilizar o conhecimento
em erosões como instrumento de educação ambiental, a fim de prevenir esse
tipo de processo, uma vez que soluções técnicas isoladas não são suficientes
para a mitigação dos processos erosivos, e são mais caras e trabalhosas que a
prevenção. A execução da ação foi composta por três etapas. A primeira referiu-
se à seleção de educandos de diversos cursos de graduação a serem
capacitados como multiplicadores do conhecimento. Na segunda etapa esse
grupo de educandos passou por um curso de formação sobre os assuntos
relacionados a solos, erosão e didática e em seguida desenvolveram materiais
didáticos sobre esses temas. A terceira etapa consistiu de intervenções
realizadas em eventos técnico-científicos regionais e em escolas de ensino
fundamental e médio em Goiânia. As intervenções permitiram uma maior
intimidade dos participantes com o solo, com sua cidade e a ampliação da
consciência quanto aos riscos de ocupação em áreas do meio físico mais
sensível ambientalmente.
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Índice | Capa 253
CERIMÔNIA DO JALECO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE
EXTENSÃO DO PROJETO JALECO SEGURO
CAETANO, Mateus Francisco1; ALVES, JULIANA MORAES2, SILVA, Júlia Alves Corrêa3; MENDONÇA, Katiane Martins4; LUCIANO, Cristiana da Costa4, MORAES, Zilah Cândida5, SILVA, Jaciara Fonseca6, MEIRA, Adalberto Silva6
NEVES, Heliny Carneiro Cunha7
Palavras-chave: Roupa de proteção; Enfermagem; Prevenção de Infecção
JUSTIFICATIVA
O jaleco é uma vestimenta utilizada pelos acadêmicos durante as atividades
práticas. Comportamentos inadequadas em relação ao uso e manuseio dessa
vestimenta favorecem a sua contaminação (NEVES et al., 2018).
Incentivar a maneira correta quanto ao uso e manuseio do jaleco desde a
academia é uma das formas mais precisas para a garantia da perpetuação das boas
práticas, uma vez que os estudantes da área da saúde estão em contato com a
assistência desde os primeiros anos de graduação. A equipe de enfermagem, por
estar em contato direto com o paciente, apresenta maior risco de contaminação de
seu jaleco (OLIVEIRA, SILVA 2013).
Outro fator que contribui para a contaminação do jaleco é o uso deste em
locais públicos como lanchonetes, restaurantes, ônibus, bares e arredores das
“Resumo revisado pela coordenadora do projeto de extensão e cultura (Profª. Drª. Heliny Carneiro Cunha Neves, título, Ações educativas sobre o uso e manuseio do jaleco com profissionais e estudantes da área da saúde) código PJ132-2017”. ¹ CAETANO, Mateus Francisco. Acadêmico da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG). Bolsista PROBEC. E-mail: mateus.vipi@hotmail 2
ALVES, Juliana Moraes. Acadêmica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. Bolsista PROVEC. [email protected] 3 SILVA, Júlia Alves Corrêa. Acadêmica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. Membro da equipe executora do projeto. E-mail: [email protected] 4
MENDONÇA, Katiane Martins. LUCIANO, Cristiana da Costa
. Professoras Drª da FEN/UFG.
Membros da equipe executora do projeto. [email protected] 5 MORAES, Zilah Cândida. Professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Coordenadora
externa do projeto. E-mail: [email protected] 6
SILVA, Jaciara Fonseca, MEIRA, Adalberto Silva. Acadêmicos de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, membros da equipe executora do projeto. E-mail: [email protected], [email protected] 7NEVES, Heliny Carneiro Cunha. Professora Drª da FEN/UFG e orientadora. E-mail:
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Índice | Capa 254
instituições de saúde (OLIVEIRA, DAMASCENO, RIBEIRO, 2009; UNEKE, IJEOMA,
2010).
Por isso, se torna indispensável realizar ações de extensão nessa perspectiva
com os acadêmicos que estão no início da usa vida profissional. A inserção do tema
no ensino possibilita ao acadêmico, e futuro profissional, o desenvolvimento de
competências para atuar de forma segura durante a sua práxis (USHER et al, 2017).
OBJETIVO
Relatar a experiência de uma atividade de extensão realizada com os
acadêmicos de Enfermagem do primeiro período do curso da Universidade Federal
de Goiás.
METODOLOGIA
O presente estudo é um relato de experiência sobre a Cerimônia do Jaleco
realizada pelos bolsistas de extensão pertencentes ao Núcleo de Estudos e
Pesquisa de Enfermagem em Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde (NEPIH), acadêmicos da Pontifícia Universidade Federal de
Goiás e alunos do Centro Acadêmico Andréa Ribeiro dos Santos. No núcleo existem
dois projetos de extensões sendo um deles o Projeto “Jaleco Seguro” e como
estratégia de ação foi realizada a primeira Cerimônia do Jaleco para os discentes do
primeiro período do curso de enfermagem da Universidade Federal de Goiás.
A Cerimônia do Jaleco ocorreu no dia 04 de abril de 2018 e teve o intuito de
discutir a temática sobre o uso e manuseio correto do jaleco e de integrar os
acadêmicos e seus familiares à Universidade
Foi um momento de integração, além de ter proporcionado conhecimento
sobre o uso e manuseio adequado do jaleco.
.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Participaram da Cerimônia 145 pessoas, sendo acadêmicos de enfermagem,
familiares, professores, direção e coordenação da FEN e representante do Conselho
Regional de Enfermagem – GO (Tabela 1).
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Índice | Capa 255
Tabela1: Distribuição do público quanto à participação na Cerimônia do Jaleco. Goiânia,
2018.
Público atendido N %
Acadêmicos do 1º período 37 25,5
Familiares e convidados 84 57,9
Professores da FEN/UFG 4 2,75
Representante do COREN- GO 1 0,68
Acadêmicos de Enfermagem dos demais períodos 15 10,3
Direção e Vice- Coordenação do Curso de Enfermagem 3 2,0
Representantes do Centro Acadêmico 1 0,68
A mesa de abertura foi composta pela representante do centro acadêmico,
professores convidados, representante do conselho regional de enfermagem,
Direção e Coordenação de Curso da Faculdade de Enfermagem da Universidade
Federal de Goiás. Em seguida os componentes da mesa compartilharam
orientações sobre a responsabilidade, a ética e a postura profissional que o mercado
exige. Além de esclarecer como deve ser feito o uso de um dos principais
instrumentos de trabalho dos profissionais da saúde, o jaleco.
Em seguida a Professora e coordenadora do Projeto Dr° Heliny Carneiro
Cunha Neves, realizou uma palestra sobre, a importância do uso e manuseio
adequado do jaleco. Ao final, os familiares dos alunos entregaram o jaleco aos
acadêmicos e em seguida os ingressantes realizaram um juramento, expressando a
ética à profissão e à consciência sobre o uso e manuseio adequado do jaleco.
A Cerimônia do Jaleco representou um marco na história da FEN/UFG dos
acadêmicos e dos familiares, além de ter contribuído para fortalecer o compromisso
com a profissão e também com as práticas seguras em relação uso e manuseio do
jaleco.
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Figura 1: Fotos da Cerimônia do Jaleco realizada com os acadêmicos de enfermagem da
Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2018.
CONCLUSÃO
Esse evento possibilitou a intersecção do ensino, pesquisa e extensão, além
de promover atividades de educação em saúde, promoção à saúde, segurança e
qualidade do cuidado prestado.
REFERENCIAS
NEVES, et al. Factors associated with inadequate white coat handling practices by
health care workers. IOSR Journal of Nursing and Health Science, v. 7, n.2, p.64-
70, 2018.
OLIVEIRA, A.C; DAMASCENO, Q.S; RIBEIRO, S.M.C.P. Infecções relacionadas à
assistência em saúde: desafios para prevenção e controle. Revista Min Enferm, v.
13, n. 3, p. 445-450, 2009.
OLIVEIRA, A.C; SILVA, M.D.M. Caracterização epidemiológica dos microrganismos
presentes em jalecos dos profissionais de saúde. Rev. Eletr. Enf, v. 15, n.1, p. 80-87, 2013.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i1.17207
UNEKE, C.J; IJEOMA, P.A. The potencial for nosocomial infection transmission by
white coat used by physicians in Nigeria: Implications for improved patient-safety
initiatives. World Health Popul, v. 11, n.3, p. 44-54, 2010. Disponível em:
http://www.longwoods.com/content/21664
USHER, et al. Self-reported confidence in patient safety knowledge among
Australian undergraduate nursing students: A multi-site cross-sectional survey study.
International Journal of Nursing Studies, v. 71, p. 89–96, 2017.
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Índice | Capa 257
COMPONENTES ANATÔMICOS APLICADOS AO RUGBY
ANDRADE, Mateus Salomão1; TAVARES, Omar Borges2; GODOI, Igor Giorgi3; LUIZA, Cintia4; SILVA, Carolina Ribeiro5; REBELO, Ana Cristina Silva6; FIUZA,
Tatiana de Sousa 7i
Justificativa:O Rugby consiste num esporte coletivo, criado na Inglaterra por volta de 1923. A prática do Rugby consiste de duas equipes que disputam fisicamente a posse da bola, seguindo as leis do jogo quanto às técnicas (principalmente de contato) e de acordo com o espírito de Fair play.O Rugby possui diferentes modalidades, sendo o Rugby Sevens a mais conhecida popularmente, a qual se tornou um jogo Olímpico em 2016.Objetivo: o presente trabalho teve como objetivo proporcionar um melhor entendimento sobre a técnica e os movimentos do Rugby, bem como melhorar o nível de condicionamento físico e compreensão do movimento durante a realização da técnica, com análise das articulações e músculos envolvidos. Metodologia: Para isso, foi realizada uma oficina de Rugby no campo da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Resultados: Os participantes da oficina foram jovens, com idade entre 13 e 23 anos, dentre eles, estudantes do colégio Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação(CEPAE) e pessoas praticantes de Rugby. Na oficina de Rugby foram trabalhados os movimentos técnicos de chute, freekicke passe. Foi feita a análise de cada um desses movimentos, observando os músculos, as articulações e o ângulo do movimento. Com a realização deste trabalho, observou-se a importância de divulgar o Rugby, que é tão pouco conhecido e praticado na região de Goiânia. Observou-se também, com as análises anatômicas dos movimentos realizados,que o Rugby trabalha diferentes grupos musculares em relação a outros esportes como futebol, vôlei, basquete, etc. Conclusão: Observamos que a partir do estudo anatômico dos movimentos do Rugby é possível aprimorar os exercícios propostos, tendo consciência do que é necessário para um bom rendimento dos praticantes deste esporte, a partir do entendimento dos músculos agonistas que fazem parte da realização dos movimentos. O Rugby trabalha princípios de grande relevância para a vida, tanto social quanto físico, do indivíduo que venha a praticar esta modalidade.
Referências
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3ª ed. São Paulo: Ed. Atheneu, 2007.
NETTER, F. H., Anatomia para Colorir / John T. Hansen; ilustrações de Frank H. Netter, Carlos A. G. Machado - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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Índice | Capa 258
GUIA PARA INICIANTES DO RUGBY UNION. Disponível em:< https://www.worldrugby.org/ >. Acesso em: 02 jul. 2018.
Palavras chaves: Rugby, Anatomia, músculos.
*Resumo revisado pela Profa. Dra. Ana Cristina Silva Rebelo (coordenadora do projeto “Componentesmotores, psicomotores e anátomo-funcionais aplicados às práticas artísticas, esportivas e culturais”),cadastrado sob o código PJ212-2017.1ANDRADE, Mateus Salomão. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Físicae Dança.2TAVARES, Omar Borges. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Física eDança.3 GODOI, Igor Giorgi. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Educação Física deDança.4 LUIZA, Cintia. Universidade Federal de Goiás(UFG). Instituto de Ciências Bioló[email protected], Carolina Ribeiro. Universidade Federal de Goiás (UFG). Instituto de Ciências Bioló[email protected], Ana Cristina Silva. Universidade Federal de Goiás (UFG). Instituto de Ciências Bioló[email protected], Tatiana de Sousa. Universidade Federal de Goiás (UFG). Instituto de Ciências Bioló[email protected]
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Índice | Capa 259
ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) NA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS
RIOS, Matheus Leonardo Martins Ribeiro; PAULA, Vitor Nicomedes de; SEVERINO,
Maico Roris.
Palavras-chave: Agricultura Familiar, Políticas Públicas, Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle, Programa Nacional de Alimentação Escolar
Justificativa
Dentro do contexto socioeconômico brasileiro existem desigualdades que devem ser
tratadas com estratégias adequadas, direcionando o acesso às políticas públicas
para indivíduos ou segmentos em situação de vulnerabilidade e risco social. Dentre
os que se encontram nesta situação, existem muitas os indivíduos atuantes na
agricultura familiar. Para contribuir com estas famílias, o governo federal criou duas
políticas de compras governamentais de produtos da agricultura familiar, o Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE), sendo o principal intuito destes dar prioridade em processos licitatórios aos
agricultores familiares.
O PNAE, de acordo com a Lei nº 11.947/09, determina que no mínimo 30% do total
dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios
diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural, nos quais
priorizam os assentados da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas
e comunidades quilombolas. Tendo isso, surgem várias questões que dificultam o
acesso destes agricultores nos programas referidos, como: adequações à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), distribuição dos alimentos produzidos,
acesso à informação, dentre outros. Diante disto, faz-se necessário o auxílio aos
agricultores no que se trata de sanidade e segurança alimentar, propiciando aos
mesmos a chance de concorrer aos editais dos referidos programas.
Quando se trata de segurança alimentar, uma das principais ferramentas é a Análise
de Perigo e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que busca identificar e controlar
todos os riscos de contaminação dos alimentos ao longo do processo produtivo
(refer). Ao analisar a atual situação produtiva da comunidade, verificou-se que o
método mais conveniente a ser aplicado e que traria resultados mais concretos,
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seria a utilização desta ferramenta no produto com a maior demanda e que grande
parte dos agricultores o fizessem, no caso, as polpas de frutas.
Objetivos
Assim, este trabalho tem como objetivo desenvolver projetos de APPCC na
produção de alimentos de pequenos produtores rurais vinculados à movimentos
sociais. De modo específico, este trabalho focou em realizar o APPCC em conjunto
com estes produtores a fim de adequar o processo produtivo de polpas de frutas
proporcionando sua participação nestas políticas públicas.
Metodologia
O processo metodológico utilizado neste projeto de extensão foi a Pesquisa
Participativa ou Pesquisa Participante. Segundo Paiva e Alexandre (1998), este tipo
de metodologia permite a participação e uma forma de ação planejada de caráter
educacional, social e técnico. A Pesquisa Participativa oferece aos grupos
participantes e extensionistas meios de responder com maior eficiência os
problemas da situação em que vivem, em particular sob a forma de diretrizes de
ação transformadora. A principal característica deste tipo de pesquisa é a
valorização cultural e o modo de vida dos atores receptores das informações.
Para Thiollent (1998), esta metodologia deve ser planejada em quatro fases: a) Fase
Exploratória: onde os extensionistas juntamente com os membros da comunidade
rural definem os objetivos das ações, para este trabalho, os objetivos foram
implementar o APPCC na produção de polpas de frutas, sendo estas das seguintes
frutas: tamarindo, caju, acerola e manga; b) Pesquisa Aprofundada: são
desenvolvidos estudos aprofundados sobre os temas relevantes ao projeto de
extensão, como o APPCC, sanidade alimentar, boas práticas de fabricação, de
modo específico, relacionado a produção de polpas de frutas e, assim, podendo ser
aplicados na fase da ação; c) Fase da Ação: ocorre o contato com o público alvo da
extensão e acompanhamento das implementações na rotina de trabalho. Estas
implementações ocorreram através de oficinas e cursos de capacitação relacionados
a sanidade alimentar, qualidade dos alimentos produzidos e, principalmente anular
os pontos críticos da produção; d) Fase da Avaliação: houve a verificação da
efetividade das ações desenvolvidas. As avaliações se deram por meio da
observação das rotinas de trabalho realizadas após a realização das oficinas e
cursos de capacitação.
De modo operacional, foram realizadas as seguintes atividades:
• Identificação juntamente aos agricultores dos perigos e quais as medidas
preventivas;
• Determinação em conjunto com a comunidade dos pontos críticos de controle
dos produtos analisados;
• Determinar com os agricultores os limites críticos do processo;
• Identificar e estabelecer com a comunidade um efetivo sistema de
monitoramento para o APPCC;
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Índice | Capa 261
• Executar juntamente com as famílias agrícolas as ações corretivas no
processo;
• Estabelecer uma rotina de registros do APPCC em execução;
• Verificar conjuntamente aos agricultores o funcionamento do APPCC
implantado;
• Avaliação do método utilizado com os agricultores;
• Estudo das mudanças (o que melhorou e o que não funcionou);
• Reunião com a comunidade para levantamento de todos os produtos e
processos produtivos utilizados.
Resultados
A partir da metodologia e das atividades apresentadas, obteve-se os seguintes
resultados na aplicação do APPCC na produção de polpas de frutas dos agricultores
familiares.
Em termos de etapas da produção, estas foram ordenadas do seguinte modo:
colheita da fruta, separação das frutas (controle de qualidade manual), esterilização
(utilizando cloro), lavagem (água corrente), secagem natural, processamento
(através de um liquidificador industrial), separação dos resíduos da fruta com o caldo
(por meio de uma peneira), embalagem e congelamento. Feito o sequenciamento
das etapas e as devidas análises, chegou-se aos Pontos Críticos de Controle (PCC).
Com isso, constatou-se que por se tratarem de produtos orgânicos, a fase inicial,
que foi a colheita não ofereceu riscos químicos, porém, pôde-se afirmar que nesta
etapa há um PCC 1, o risco biológico, relacionado a possível presença de micro-
organismos patogênicos, uma vez que uma falha nessa etapa pode comprometer a
segurança microbiológica do produto final, observando que no processo estudado
não se utilizou a pasteurização como etapa adicional para conservação e eliminação
de perigos biológicos. Outro PCC 2, está relacionado a etapa de congelamento das
poupas, este também se caracteriza como um perigo biológico, pois ao processar as
poupas, caso não haja o congelamento rápido das mesmas, micro-organismos
deterioradores podem causar modificações no produto, como alterações na cor,
sabor, aroma e etc. Outro fator, está relacionado ao local de produção, este mesmo
local é utilizado para a produção de produtos farmacêuticos, o que oferece como
PCC 3 com uma severidade muito alta, podendo haver a contaminação por parte
dos produtos químicos.
A Figura 1 ilustra todos os processos envolvidos na fabricação deste produto
juntamente com seus pontos críticos:
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Índice | Capa 262
Figura 1: Fluxograma das etapas produtivas e seus respectivos PCC’s
Fonte: Autores
Após a identificação dos pontos críticos, foi possível definir as ações a serem
tomadas, para o caso do primeiro PCC, sugeriu-se realizar a implementação da
pasteurização a frio, sanando os problemas biológicos desta etapa; o segundo PCC,
pode ser sanado apenas com melhores práticas de fabricação, uma delas é
cronometrar o tempo máximo que o produto pode ficar exposto sem o devido
condicionamento; para a última, sugeriu-se manter apenas um tipo de produção no
local, e remanejar de lugar o outro tipo de produção.
Conclusão
O estudo permitiu verificar como era a feita a produção de produção de polpas de
frutas em uma comunidade rural, e assim buscar o melhor método para adequar
essa produção, ainda mais no que se diz a sanidade alimentar. Assim, ao analisar
os fatos pertinentes, ficou evidente que a melhor opção seria a aplicação da
metodologia APPCC, pois esta permite a identificação de pontos específicos dentro
da produção que possam comprometer a sanidade alimentar. Assim, ao aplicar a
ferramenta e corrigir os PCC’s, obtém-se uma produção com mais qualidade e que
se enquadre nas especificações da Anvisa, permitindo assim, a participação nos
programas governamentais, como PNAE e PAA.
Foram encontradas dificuldades para aplicar a APPCC, destacando a questão
cultural da produção, visto que a comunidade sempre produziu os produtos da
mesma forma, gerando uma visão míope do processo, dificultando a abertura para
mudanças e melhorias nos processos; dentro de todo processo foram identificados
improvisos, como a utilização de recipientes inapropriados para a produção
alimentícia; outra questão a se destacar foi a dificuldade de viabilizar os testes em
laboratório, sendo necessário encontrar em trabalhos relacionados ao tema, os
padrões físicos, químicos e biológicos da polpa de frutas. Identificou-se 3 PCC,
sendo apenas o PCC 3 com a severidade máxima, pois há o risco de contaminação
química elevada, o que deve ser estudado para que haja uma correção, visto que é
um problema relacionado à utilização de espaço físico, o que o torna ainda mais
complexo.
Diante disto, a clareza no tema APPCC, é vista como indispensável para que os
agricultores consigam alcançar seus objetivos. Por meio destas formações, espera-
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Índice | Capa 263
se que tais agricultores possam acessar a totalidade do fornecimento do que é
proposto pelos programas governamentais (PAA e PNAE) para melhoria na renda
destas famílias. Um programa de extensão desta natureza contribui para o
desenvolvimento da comunidade local, também permite a formação ampliada dos
estudantes de graduação que participam do programa, permite o exercício da prática
profissional em situações reais, e no desenvolvimento de soluções à problemas de
investigação.
Referências Bibliográficas
CUNHA, Wellington Alvim da; FREITAS, Alan Ferreira de; SALGADO, Rafael Junior
dos Santos Figueiredo. Efeitos dos Programas Governamentais de Aquisição de
Alimentos para a Agricultura Familiar em Espera Feliz, MG. Revista de Economia
e Sociologia Rural, v. 55, n. 3, p. 427-444, 2017;
PAIVA, D.W. e ALEXANDRE, M.L. Pesquisa participativa e ação comunitária. In :
Extensão Universitária e Metodologia Participativa – II Seminário de Extensão
Universitária, 1998, Rio de Janeiro;
SILVA, Marcio Gomes et al. Mudanças Organizacionais em Empreendimentos de
Agricultura Familiar a partir do Acesso ao Programa Nacional de Alimentação
Escolar. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 53, n. 2, p. 289-304, 2015;
THIOLLENT, M. & SOARES, V. M. S. The subject of interdisciplinarity in the
Production Engineering. International Conference on Education Engineering. Rio
de Janeiro, CD-ROM, agosto 1998.
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LIGA DE ONCOLOGIA: AÇÃO DE PREVENÇÃO E RASTREIO DE CÂNCER
COLORRETAL EM POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
OLIVEIRA, Nayara Pereira de Almeida; MACEDO, Vitória Nóbrega; PELEJA,
Marina Berquó; LOPES, Jonatha Fonseca; CUSTÓDIO, Samuel de Sousa; BRAGA,
Wêdylla Vieira; SANTOS, Michael Douglas Alves dos; PECEGO, Ricardo
Guimarães.i
JUSTIFICATIVA: O câncer colorretal é o terceiro mais frequente em homens e o
segundo entre as mulheres. Portanto, a prevenção e o diagnóstico precoce da
doença são fundamentais no âmbito da saúde pública. A Liga de Oncologia
(LONCO) da UFG desempenhou uma função crucial ao participar da campanha do
Bem-estar Global, oferecendo informações, orientações e testes de rastreio para a
população.
OBJETIVOS: Relatar a atuação da Liga de Oncologia, evidenciando a repercussão
dessas ações para os estudantes e para a população assistida.
METODOLOGIA: Estudo descritivo sobre a ação realizada pela LONCO ao
participar da campanha do Bem-estar Global, em maio de 2017.
RESULTADOS: A campanha do Bem-estar Global foi assistida pelos alunos da Liga
de Oncologia, junto às mencionadas instituições. Cerca de 300 pessoas foram
atendidas e, dentre estas, 120 receberam o teste de sangue oculto nas fezes. Para
testes com resultados positivos, o HC-UFG oferecerá, posteriormente, exames de
colonoscopia e tratamento para os casos necessários.
CONCLUSÃO: O movimento na tenda demonstrou o interesse da população em
saber como fazer a prevenção para o câncer colorretal. É possível, através de
campanhas como essa, levarmos à população informação de qualidade, além de
propiciar conhecimento e vivência a todo corpo acadêmico que a compõe.
REFERÊNCIAS:
MONTEIRO, Elisângela Plazas et al. Neoplasia colorretal até 40 anos: experiência
em cinco anos. Rev bras. colo-proctol., Rio de Janeiro , v. 26, n. 2, p. 156-
161, June 2006. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
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98802006000200006&lng=en&nrm=iso>. access
on 13 Sept. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-98802006000200006.
FANG CHIA, BIN. Rastreamento para câncer colorretal. Rev. Assoc. Med. Bras.,
São Paulo , v. 48, n. 4, p. 286, Dec. 2002. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
42302002000400020&lng=en&nrm=iso>. access
on 13 Sept. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302002000400020.
PALAVRAS-CHAVE: Liga de Oncologia; Câncer Colorretal; Extensão Universitária.
i OLIVEIRA, Nayara Pereira de Almeida. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de
Medicina. [email protected]; MACEDO, Vitória Nóbrega. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]; PELEJA, Marina Berquó. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]; LOPES, Jonatha Fonseca. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]; CUSTÓDIO, Samuel de Sousa. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]; BRAGA, Wêdylla Vieira. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]; SANTOS, Michael Douglas Alves dos. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina. [email protected]; PECEGO, Ricardo Guimarães, Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Medicina.
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LAS - LIGA ACADÊMICA DE SUÍNOS
BUENO, Neksrayna Morais; VIEIRA, Letícia Quintino Dos Reis; SILVA, Haílla
Martins da; RODRIGUES, Gabriela Zelo Patrício; FILHO, Adauri Alves Pinto;
CAMPOS, Melissa Selaysim di
Palavras- chave: suinocultura, Liga acadêmica, ações
Justificativa
A extensão universitária é um processo educativo, cultural e científico que articula o
ensino e a pesquisa de forma indissociável, viabilizando a relação transformadora
entre universidade e sociedade. Esse tipo de ação configura ferramenta importante
para a formação de profissionais mais humanizados, visto que, aproxima o
conhecimento científico de múltiplas realidades, interagindo com a sociedade civil,
enriquecendo os futuros profissionais de valores humanísticos e éticos (Viviurka e
Porto Alegre, 2013). Dessa forma, diversas vertentes de projetos de extensão foram
formadas na tentativa de democratização do conhecimento acadêmico e
participação efetiva da comunidade na atuação da universidade, e assim, sugiram os
primeiros modelos de Ligas Acadêmicas no Brasil. Para tanto, as atividades das
ligas acadêmicas se orientam segundo os princípios do tripé universitário ensino,
pesquisa e extensão. Partindo do pressuposto que esse tipo de ação social é
modelo de sucesso na disseminação do conhecimento científico, a criação e
implementação de ligas acadêmicas em outras áreas do conhecimento, como as
ciências agrárias, é de fundamental relevância. As ciências agrárias compõem uma
área multidisciplinar de estudos, envolvendo campos como Agronomia, Engenharia
Florestal, Medicina Veterinária, Zootecnia, entre outros cursos. No tocante, abrange
um campo de atuação que vai desde as condições de plantio ou implantação de um
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sistema de produção, até a chegada do produto final para serem consumidos. Com
a demanda de uma população cada vez maior e mais urbana, o anseio e
qualificação por esse tipo de profissional tornou-se ainda mais relevante. Reflexo
disso é a representatividade do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro, que em 2016 somaram 23% de toda riqueza gerada (CEPEA, 2016). Isso
levou o país a destaque, entre os maiores produtores de proteína animal do mundo,
com custos de produção reduzidos e empresas altamente competitivas. O
pioneirismo na criação da Liga Acadêmica de Suínos da Universidade Federal de
Goiás (LAS-UFG), na grande área do conhecimento das Ciências Agrárias,
enobrece o corpo docente e discente da Universidade Federal de Goiás, na tentativa
de difundir o conhecimento científico com a sociedade.
Objetivos
A Liga Acadêmica de Suínos (LAS) visa complementar a formação acadêmica na
área das Ciências Agrárias, por meio de atividades que atendam os princípios do
tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão. Objetiva proporcionar ao aluno
participante uma ampla visão sobre temas que envolvam a suinocultura além de
colocar em prática os conhecimentos técnicos e recursos das Ciências Agrárias.
Metodologia
A Liga Acadêmica de Suínos (LAS) é uma associação civil e científica livre, com
sede e foro na Escola de Veterinária e Zootecnia, na Universidade Federal de Goiás,
no município de Goiânia-GO. A LAS exerceu modalidades clássicas de aprendizado:
Ensino, Pesquisa e Extensão. Na área de Ensino, foram realizadas reuniões
semanais, do Grupo de Estudos de Suínos (GES), sobre assuntos pré-estabelecido
nas áreas de produção e sanidade suinícola. Na Pesquisa, os alunos que possuíram
interesse participaram da execução e tabulação de dados de uma tese de
doutoramento, sob a coordenação dos professores responsáveis pela liga. E por fim,
na Área da Extensão, os acadêmicos realizaram visitas técnicas, eventos, cursos
direcionados para a capacitação do discente e de membros da sociedade civil.
Resultados
1. Grupo de Estudos em Suínos (GES)
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Índice | Capa 268
O objetivo principal do GES foi proporcionar aos alunos (da UFG e de outras
instituições), produtores e técnicos a oportunidade de trocar e aprofundar
conhecimentos para a discussão semanal e criar novas ideias para a resolução de
problemas reais da suinocultura. De agosto de 2017 a agosto de 2018 participaram
cerca de 50 a 60 alunos de instituições de ensino (UFG, PUC e Objetivo), produtores
regionais e técnicos. Foram realizadas 17 reuniões semanais às terças-feiras às 12h
e 40 min (com duração de 1h), no Departamento de Zootecnia da Escola de
Veterinária e Zootecnia da UFG.
2. Pesquisa
Acompanhamento e auxílio à tabulação dos dados da tese de doutoramento da
acadêmica Marta Moi, intitulada: “Consequências da renovação do ar no ambiente
térmico, características comportamentais e fisiológicas de suínos”, o que possibilitou
a vivência prática de como planejar e aperfeiçoar a escrita científica.
3. Pork Meat Day
Foi realizado com o objetivo de divulgar a importância das várias alternativas de
consumo da carne suína. No ano de 2018, a III edição foi realizada para traçar o
perfil da comunidade (discentes, docentes e colaboradores) da Universidade
Estadual de Goiás (UEG), Campus São Luis dos Montes Belos. Contamos com 89
participantes. Foi realizada uma palestra intitulada "Mitos e verdades sobre a carne
suína", ministrada pela Profa. Dra. Melissa Selaysim Di Campos e Prof. MSc.
Guilherme Brunno de Medeiros Leal e posteriormente servidos quatro tipos de
receita com carne suína para a degustação dos participantes.
4. Feira Gastronômica de Pratos
Durante a Expopec de Porangatu-GO, foi montado um restaurante pela Associação
Goiana dos Suinocultores (AGS) e por 3 dias, de 22 a 25 de março, ações para
divulgação da carne suína foram realizadas com os participantes da LAS. O
restaurante servia pratos exclusivamente feitos à base de carne suína.
Paralelamente foram realizadas oficinas de corte e treinamento para merendeiras do
município. Foram treinadas 35 merendeiras do município para aprenderem a fazer
pratos a base de carne suína.
5. Suinocultura Kids
De agosto de 2017 a agosto de 2018 foram realizados dois projetos de Suinocultura
Kids em parceria com a Associação Goiana de Suinocultura (AGS). Um no Parque
de Exposição Agropecuária do Estado de Goiás, e o outro no Parque de Exposição
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Índice | Capa 269
de Porangatu. O objetivo foi receber estudantes de escolas públicas e privadas no
município realizado e entornos. As crianças entravam no galpão do Parque e tinham
contato com uma mini granja de suínos, os acadêmicos da LAS eram responsáveis
pelas explicações acerca das diferentes fases de produção de suínos. Após
passarem em toda mini granja, as crianças se sentavam para ver um teatro sobre a
importância da carne suína. Na edição de Goiânia participaram 10.000 crianças e na
de Porangatu, 2500.
6. Curso de Atualização em Produção de Suínos
Os cursos de atualização na Produção de suínos foram feitos em parceria com a
Associação Goiana de Suinocultura (AGS) e a Associação Brasileira dos Criadores
de Suínos (ABCS), durante a 21ª. Rodada Goiana de Tecnologia e Manejo de
Suínos. Os cursos foram divididos em três partes: "Toda a Granja", "Transporte" e
"Frigorífico" com acompanhamento de cartilhas de Bem-Estar Animal referentes aos
temas. Os cursos foram ministrados pelo médico veterinário MSc. Iuri Pinheiro
Machado, com duração de 11 horas. Ao final, foi realizado um debate teórico-
reflexivo entre os participantes sobre o panorama do mercado suinícola no Brasil e
no mundo e pontos fortes e fracos da cadeia suinícola.
7. Programa de Treinamento de Discentes
O discente durante o treinamento teve contato direto na prática com a rotina das
granjas de produção, os manejadores, a tecnologia e os manejos envolvidos nos
processos, além dos produtores da suinocultura. O objetivo principal dessa ação foi
proporcionar experiência prática aos discentes da LAS. Foi possível vivenciar na
prática realidades distintas da suinocultura (granjas com diferentes níveis de
tecnologia, integrados ou independentes). Foram realizados treinamentos em
diferentes granjas, situadas em Ipameri e Rio Verde - GO e duraram em média 30
dias durante o período de recesso acadêmico. Foram treinados seis discentes dos
cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia de agosto de 2017 a agosto de 2018.
8. Visitas Técnicas
A atividade de visita técnica em empresas ou granjas visou o encontro do acadêmico
com o universo profissional, proporcionando aos participantes uma formação mais
ampla. Foram realizadas visitas técnicas com diferentes turmas em dois locais:
Frigorifico Suíno Sol Nascente localizado em Goiânia- GO (nos dias 29 de janeiro de
2018 e 16 de maio de 2018) e na Granja do Grupo Grão Dourado, localizada no
município de Ipameri – GO (nos dias 27 de janeiro de 2018 e 16 de maio de 2018).
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Em cada visita estiveram presentes 41 alunos de diferentes cursos (Agronomia,
Medicina Veterinária e Zootecnia).
Conclusão
A criação da LAS em nível acadêmico/científico destacou-se na formação de
recursos humanos, com participação de discentes de graduação de diferentes
Universidades e a comunidade, que ao final do projeto, tornaram-se mais
capacitados sobre os assuntos que tangem a suinocultura no Estado de Goiás, no
Brasil e no mundo. A criação da LAS-EVZ/UFG e a execução do projeto foi essencial
para se identificar possíveis lacunas de conhecimento da produção de suínos. No
tocante às ações, foi possível a intersecção dos participantes para a realização dos
eventos, cursos, viagens técnicas e pesquisa, contribuindo para o avanço da
atividade suinícola e da preparação dos futuros técnicos formados na Escola de
Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Para o cumprimento das
atividades propostas atendendo o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão parcerias foram
feitas proporcionando não só aos participantes, mas a comunidade circundante
maior acessa a informação sobre assuntos relacionados à suinocultura em
diferentes níveis e aspectos.
Referências
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). PIB do
agronegócio: Brasil. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade
de São Paulo. Piracicaba – SP. Disponível em:<https://goo.gl/YfyTSB >.
VIVIURKA AB, Porto Alegre LM. O retrato da extensão universitária pelos
docentes. Rev. Conexão UEPG, 2013:9;1(58-69. Disponível em:
<http://www.revista2.uepg.br/index.php/conexao>.
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Índice | Capa 271
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL: CONHECENDO E PROMOVENDO A
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ADEQUADA PARA PORTADORES DE DOENÇA
RENAL CRÔNICA
MARTINS, Paula Meneses1; AZEVEDO, Morganna Mayra Batista de2; STRINGHINI,
Maria Luiza Ferreira3; BATISTA, Camila Moura4; FREITAS, Ana Tereza Vaz de
Souza5
Palavras chaves: Doença Renal Crônica, Educação alimentar e nutricional,
Tratamento Conservador.
JUSTIFICATIVA
A Doença Renal Crônica (DRC) caracteriza-se pelo dano renal que acomete a
filtração glomerular, ocasionando a perda progressiva e irreversível das funções
renais. A doença é diagnosticada de acordo com a Kidney Disease Improving Global
Outcomes (KDIGO) por meio da identificação de anormalidades estruturais e
funcionais nos rins que permanecem por mais de 3 meses e trazem implicações
para a saúde. A classificação é baseada na causa, na taxa de filtração glomerular
(TFG) e pela presença e categoria de albuminúria. O paciente com TFG reduzida,
porém ainda acima de 15mL/min, é submetido ao tratamento conservador. Quando a
TFG apresenta-se menor que 15mL/min, o paciente atinge a fase final da doença,
em que é necessária terapia renal substitutiva (KDIGO, 2013). O tratamento
conservador consiste em todas as medidas clínicas, como medicação, modificações
na dieta e mudanças no estilo de vida que vão contribuir para reduzir a velocidade
da progressão ou estabilizar a doença, diminuir os sintomas e prevenir complicações
relacionadas à DRC. Dessa forma quanto mais precoce iniciar esse tratamento,
maiores as chances de preservar as funções renais remanescentes por mais tempo,
com impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes (NKF-KDOQI, 2002). Desta
maneira, a modificação na dieta é de extrema importância durante o tratamento
conservador, pois é essencial realizar orientações específicas em relação a
quantidade e qualidade da proteína, alguns nutrientes como sódio, potássio e
fósforo, entre outras recomendações para recuperação, melhora e manutenção do
quadro nutricional (NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2009; MS, 2011). Portanto,
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Índice | Capa 272
para se obter um resultado satisfatório é necessário que o paciente e a família seja
motivada no intuito de compreender a importância dessas alterações dietéticas, para
isto é necessário ações de Educação alimentar e Nutricional associada às condições
socioeconômicas e culturais, promovendo métodos que busquem melhorar o
entendimento desses indivíduos portadores de DRC (CIANCIARUSO et al., 2009).
Diante desse contexto, propôs a realização desse projeto de extensão, com o
objetivo de desenvolver atividades de promoção da alimentação saudável e
adequada para portadores de DRC em tratamento conservador, visando melhorar a
conscientização e assim, a adesão ao tratamento dietoterápico contribuindo na
redução da progressão da doença e na prevenção, manutenção ou recuperação do
estado nutricional e com isso, melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
OBJETIVOS
- Realizar diagnóstico das maiores dificuldades de compreensão e
realização do tratamento dietoterápico;
- Esclarecer a respeito da etiologia e fatores de risco associados à DRC;
- Informar aspectos relacionados entre alimentação e DRC;
- Estimular, por meio de atividades lúdicas e interativas de EAN, a
adoção de práticas alimentares mais saudáveis e adequadas.
- Contribuir para obtenção de um estilo de mais vida saudável.
METODOLOGIA
As atividades foram realizadas no ambulatório de Nutrição em Nefrologia do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), abordando
intervenções por meio da Educação Alimentar e Nutricional (EAN), com o intuito de
reverter os problemas encontrados no diagnóstico e observados durante a consulta
dos pacientes com nutricionista, por meio de metodologias ativas e participativas, no
qual o paciente é colocado como protagonista no processo de aprendizagem.
Recursos como fotos de porções de alimentos, murais, infográfico e informativo
sobre quantidade de sal e sódio nos alimentos foram utilizados para envolver os
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Índice | Capa 273
pacientes, de forma descontraída para garantir a adesão. Inicialmente foi necessário
o estabelecimento de um vínculo afetivo e de confiança entre as estudantes e os
pacientes, no qual desenvolveu por meio da entrega de um flyer de acolhimento,
conversas informais na sala de espera e explicação sobre a realização do projeto de
extensão. Em seguida, as alunas aplicaram um questionário (pré-teste) abordando
questões simples sobre alimentação e adesão às orientações dietéticas na DRC
para o diagnóstico do nível de conhecimento e as principais dificuldades com o
tratamento dietoterápico (pré-teste). O primeiro momento ocorreu durante a sala de
espera, onde os pacientes aguardam muito tempo para serem atendidos no
ambulatório de nutrição, assim foram explanados temas relacionados à DRC.
Durante o mês, o mesmo tema foi abordado semanalmente de acordo com a
rotatividade dos pacientes. No consultório, as alunas participaram do atendimento de
forma a contribuir sempre que necessário. Os materiais visuais elaborados foram
usados na sala de espera e ao decorrer da consulta, de modo a facilitar o
entendimento dos pacientes. A avaliação da atividade, foi realizada por meio da
aplicação dos pré e pós-teste com questões a respeito da DRC em estágio
conservador trabalhadas na ação. O pré-teste era realizado primeiramente, em
seguida eram realizadas as ações e a consulta. Posteriormente, ao final da consulta
os pacientes respondiam ao pós-teste.
RESULTADOS
Durante o período do projeto foram atendidos 46 pacientes, sendo 34 do sexo
feminino e 12 do sexo masculino, no qual a maioria possuía doenças de base tais
como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e lúpus, que foram relevantes para
o desenvolvimento da DRC. O hábito alimentar dos pacientes era composto em
grande parte por alimentos não saudáveis, como ultraprocessados, alimentos fritos e
doces. Como a maioria não realizava acompanhamento nutricional prévio, muitos
pacientes relataram realizar restrições alimentares por conta própria, como redução
de carboidratos e substituição de grandes refeições por lanches. Em relação ao pré-
teste, 36 pacientes acertaram por completo as 10 questões e 10 pacientes erraram
algumas questões. As afirmativas com maior índice de erros eram “A Doença Renal
Crônica pode ser curada e o paciente pode voltar a ter os rins saudáveis”; “O
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Índice | Capa 274
paciente portador de Doença Renal Crônica pode ingerir alimentos fonte de proteína
animal tais como carne, leite, ovos, entre outros livremente, desde que retire as
partes gordurosas” e “Os pacientes portadores de Doença Renal Crônica tem que
diminuir o consumo de sal em sua alimentação”. O pós-teste obteve resultado
satisfatório, pois houve 100% de acertos, demonstrando que as explicações das
alunas extensionistas, nutricionista e dúvidas respondidas durante a sala de espera
e consultório, foram eficazes para o aprendizado destes pacientes. Sobre os
recursos utilizados, os pacientes ao se depararem com as fotos das porções reais de
carnes, ficavam fascinados pois relataram que visualizando a porção era muito mais
fácil aplicar na rotina. Outro ponto é em relação às imagens de produtos
industrializados que possuem alta quantidade de sal e sódio, onde eles
impressionados com a grande quantidade de sal, discutiam que não tinham noção
da quantidade real desses aditivos e que logo iriam evitar esses tipos de produtos.
Os murais eram outro tipo de recurso bastante deslumbrante, pois ao entrar no
consultório, estavam localizados no campo de visão dos pacientes, de forma que
todos liam e observavam as informações contidas. Na maioria das vezes
questionavam as alunas e a nutricionista a respeito do assunto, demonstrando
bastante interesse.
CONCLUSÃO
Ao final do projeto, as alunas concluíram que ações de Educação Alimentar e
Nutricional para pacientes portadores de DRC são de extrema importância. Isso
porque a alimentação está diretamente associada ao desenvolvimento e progressão
da doença, bem como ao seu controle se feita de forma adequada. Além disso,
pôde-se identificar quais as principais dificuldades e falhas encontradas por parte
dos pacientes no tratamento dietoterápico. Foi notório que muitos pacientes sabiam
da necessidade de se ter uma dieta adequada, porém não tinham noção da
importância e da dimensão da nutrição no tratamento geral da doença. Havia
diversas dúvidas que puderam ser sanadas por meio das atividades do projeto, de
forma que os pacientes tiveram uma visão mais clara em relação a alimentação e a
DRC, melhorando assim a adesão à dieta. As atividades realizadas proporcionaram
um entendimento mais claro, mais visual e mais didático, o que levou aos pacientes
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Índice | Capa 275
um maior conhecimento sobre a doença em si e ao tratamento dietético como em
relação às quantidades de sódio em alimentos ultraprocessados e tamanhos de
porções proteicas.
REFERÊNCIAS
CIANCIARUSO, B.; CAPUANO, A.; D’ AMARO, E.; FERRARA, N.; NASTASI, A.; CONTE, G.; BELLIZZI, V.; ANDREUCCI, V. E. Dietary compliance to a low protein and phosphate diet in patients with chronic failure. Kidney Int., v. 27, p. 173 – 176, 2009.
KDIGO. KDIGO 2012 clinical practice guideline for the evaluation and management of chronic kidney disease. v. 3, n. 1, 2013.
MS - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Especializada e Temática Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade. Diretrizes Clínicas Para O Cuidado Ao Paciente Com Doença Renal Crônica – DRC No Sistema Único De Saúde. Brasília- DF, 2011. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_paciente_renal.pdf>
NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. KDOQI Clinical Practice Guideline for Nutrition in Children with CKD: 2008 Update. American Journal of Kidney Diseases, v. 53, n 3, p.1 – 124, 2009.
NKF-KDOQI. National Kidney Foundation - Kidney Disease Outcomes Quality Initiative. Clinical practice guidelines for chronic disease: evaluation, classification and stratification. American Journal of Kidney Diseases, New York, v.39, supl.2, p.S1-266, 2002.
i
1MARTINS, Paula Meneses. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Nutrição. [email protected] 2AZEVEDO, Morganna Mayra Batista de. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Nutrição. [email protected] 3STRINGHINI, Maria Luiza Ferreira. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Nutrição. [email protected] 4BATISTA, Camila Moura. Universidade Federal de Goiás (UFG), Hospital das Clínicas. [email protected] 5FREITAS, Ana Tereza Vaz de Souza. Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Nutrição. [email protected]
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Índice | Capa 276
CAPACITAÇÕES EM TECNOLOGIAS ABERTAS
1 2KATAKI, Paulo Augusto Gomes ; INUZUKA, Marcelo Akira
Palavras-chave: MOOC, Acessibilidade, Ambiente Virtual de Aprendizagem,
legendas.
Justificativa
Desde 2006, a Universidade Federal Goiás empreende ações para combater a
pirataria de software e adotar padrões abertos de formatos de documentos na
instituição. Para tal, em 2014, o projeto “Capacitações em Tecnologias Abertas”
iniciou suas atividades oferecendo cursos à distância sobre software livre
empregando a metodologia de Massive Online Open Courses (MOOCs). Esses
cursos são abertos para toda a comunidade (interna e externa), o que caracteriza a
ação como um projeto de extensão. Uma plataforma Web utilizada para o projeto
“Capacitações em Tecnologias Abertas ” possibilita a interação entre os usuários e o
acesso permanente aos materiais didáticos, mesmo após a conclusão dos cursos,
como uma forma de estender seus benefícios. O primeiro curso ofertado pelo projeto
foi o de Ubuntu Básico, ministrado na forma de aulas transmitidas ao vivo. No ano de
2016, se iniciou a oferta de outros dois outros cursos, LibreOffice Acadêmico e
GNU/Linux Essencial, com uma turma de entrada contínua para cada curso e com
encerramento apenas em julho de 2017.
Os MOOCs (Massive open online courses), são, assim como diz o próprio nome,
cursos online gratuitos direcionados à todas as pessoas. Esse conceito se originou
em 2008, porém só em 2012 que teve uma abrangência significante. Na Universidade
Federal de Goiás há a iniciação desse projeto com duas disciplinas de núcleo livre da
graduação: LibreOffice Acadêmico e GNU/Linux Essencial, abertas no período de
inverno.[2]
1 Instituto de Informática/UFG – e-mail:[email protected]; 2 Instituto de Informática/UFG – e-mail: [email protected];
Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura Marcelo Akira Inuzuka código PJ118-2017
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Índice | Capa 277
Assim como descrito em [0], existe uma carência em acessibilidade, principalmente
por pessoas com deficiências auditiva e vocal, no que tange às ferramentas digitais
atuais, determinando dessa forma o prejuízo do acesso à informação. Com isso, esse
trabalho tem por finalidade criar um processo de semi-automatização de transcrições
de vídeos da plataforma YouTube, podendo vir a atender um público-alvo de, pelo
menos, 10 milhões de pessoas deficientes auditivas no Brasil. Facilitando assim, a
aquisição e compreensão do conteúdo advindo das mídias digitais.
Objetivos e metodologia
Neste projeto de extensão, várias vídeoaulas foram criadas e no sentido de
melhorar a acessibilidade do conteúdo, resolveu-se neste ano fazer a transcrição dos
vídeos por meio de legendas. Com esse objetivo, foram testadas várias ferramentas
para transcrição automatizada de aúdio, uma técnica computacional chamada
voz-em-texto (ou em inglês, speech-to-text). Além do objetivo da acessibilidade,
outras questões foram levantadas para serem respondidas através da experiência:
1) Quais são as ferramentas de voz-em-texto disponíveis no mercado mais
adequados para a transcrição de vídeoaulas?
2) Na ferramenta utilizada, qual é a quantidade média de erros por quantidade
palavras?
3) Quanto tempo médio se gasta corrigindo as transcrições e qual seria o
impacto positivo se as transcrições tivessem menos erros?
Ações e Resultados
Foram ouvidas cerca de 5 horas de vídeoaulas, 21 vídeos, e gastos cerca de
21 horas para correção manual por meio de digitação das legendas. A diferença de
tempo entre a correção e a escuta dos áudios correspondeu a 4 vezes. Isso ocorreu
devido ao fato de que a cada erro gramatical ou ortográfico, era necessário pausar o
vídeo, corrigir as palavras, reouvir a fala (algumas por várias vezes) e por fim
prosseguir com a correção.
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Índice | Capa 278
A transcrição dos vídeos é instantânea, porém o processo de correção exige
tempo e habilidade humana. Até o presente momento foram transcritos e corrigidos
63,63 % dos vídeos do curso “LibreOffice Acadêmico”. O tempo de correção das
legendas oscila de acordo com o vídeo, entre 50 minutos a 2 horas, por vídeo,
totalizando aproximadamente 85 minutos por vídeo. Vídeoaulas com expressões e
palavras em outro idioma promove uma taxa maior de erros, quando comparadas às
vídeoaulas com exclusivas em português.
As ferramentas analisadas para a transcrição dos vídeos foram:
Youtube-dl : Utilizamos o recurso de captura de legendas do mesmo para
gerar um arquivo em .srt com as informações das legendas de um determinado vídeo.
Youtube Studio : Ferramenta nativa do Youtube que possibilita edição e
criação de legendas de vídeos hospedados nessa plataforma.
Softwares de reconhecimento de voz para geração de legendas foram
pesquisados, porém, nenhum com eficácia satisfatória para o idioma em português foi
encontrado.
A comparação entre o Youtube-dl e o Youtube Studio foi feita em relação à
grau de dificuldade de edição de legendas geradas pelos mesmo. O Youtube-dl gerou
um arquivo de difícil manipulação. Já o Youtube Studio possibilitou uma geração
automática de legendas e após isso foram feitas correções, de forma manual, das
palavras.
Com isso nosso método semiautomático para transcrição de vídeos era
dividido em: geração de legendas automáticas pela ferramenta do Youtube, e uma
correção tanto sintática quanto semântica das palavras e frases presentes nas
legendas.
Os resultados em relação às correções estão descritos com mais detalhes na
tabela abaixo. No campo “Nome do Vídeo”, cada um foi referenciado da seguinte
forma: [Vídeo] [numeração de acordo com a ordem das aulas]. Por exemplo: Vídeo 1
faz referência a 1 - Introdução ao LibreOffice Acadêmico, que pode ser encontrado no
curso “LibreOffice Acadêmico” no MOOCs da UFG em [1] e também no canal do
YouTube “Cursos de Extensão do INF-UFG”.
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Nome do Vídeo Palavras erradas Total de palavras
Porcentagem
de erros Duração
Vídeo 1 147 2566 5,73 0:18:50
Vídeo 1.1 46 1152 3.99 0:12:07
Vídeo 2 27 1167 2,31 0:11:02
Vídeo 2.1 42 664 6,32 0:08:39
Vídeo 2.2 22 653 3,37 0:08:23
Vídeo 3 47 1032 4,55 0:09:22
Vídeo 3.1 93 2276 4,09 0:17:23
Vídeo 3.2 21 400 5,25 0:03:50
Vídeo 3.3 (Parte 1) 70 1621 4,31 0:11:54
Vídeo 3.3 (Parte 2) 49 1140 4,3 0:08:57
Vídeo 3.3 (Parte 3) 48 1324 3,62 0:10:45
Vídeo 3.3 (Parte 4) 26 646 4,05 0:05:03
Vídeo 4 6 107 4,02 0:01:47
Vídeo 4.1 (Parte 1) 105 2160 4,86 0:21:44
Vídeo 4.1 (Parte 2) 97 1933 5,02 0:24:00
Vídeo 4.2 (Parte 1) 103 1738 5,92 0:20:43
Vídeo 4.2 (Parte 2) 155 2412 6,42 0:28:47
Vídeo 4.2 (Parte 3) 48 612 7,84 0:12:26
Vídeo 4.2 (Parte 4) 74 1603 4,61 0:14:49
Vídeo 4.3 (Parte 1) 126 2314 5,44 0:28:31
Vídeo 5.1 (Parte 1) 92 1897 4,84 0:16:21
Total 1444 29417 4,885263158 4:55:23
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Índice | Capa 280
Conclusões
Como analisado nas seções anteriores, o tempo gasto de correção é alto em
relação ao tempo de escuta e transcrição. Não foi encontrado nenhum algoritmo que
reduzisse esse tempo ao tempo de escuta, o que poderia ser feito com alguma
abordagem utilizando inteligência artificial. Com um auxílio de alguma ferramenta
como essa poderíamos reduzir esse tempo.
Uma sugestão bem interessante para trabalho futuro seria a utilização de
aprendizado de máquina para automatizar ainda mais essa correção de legendas de
vídeos. Podem ser empregadas algumas redes neurais para que a exclua o esforço
humano deixando assim a tarefa de correções além de mais automatizada, mais
rápida também.
Referências
[0] INIESTO, Francisco; RODRIGO, Covadonga. Strategies for improving the level of
accessibility in the design of MOOC-based learning services. In: Computers in
Education (SIIE), 2016 International Symposium on . IEEE, 2016. p. 1-6.
Abertos. Disponível em: [1] UFG - Recursos Educacionais
<http://moocs.rea.ufg.br/> . Acesso em: 14 set. 2018.
[2] BORGES, Tadeu; BORGES, Ricardo; NASCIMENTO, Hugo; INUZUKA, Marcelo.
Metodologia de implantação de plataformas para MOOCs.
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Índice | Capa 281
UM OLHAR PARA O ADOLESCENTE RURAL: ATIVIDADE DE EXTENSÃO
SOUZA, Poliana Marques; OLIVEIRA, Kamyla Costa; MATOS, Marcos André de;
SOUZA, Márcia Maria de.
PALAVRAS CHAVES: ADOLESCENTE; ESCOLA RURAL; IST’S.
1- JUSTIFICATIVA
A adolescência constitui etapa singular no ciclo vital do desenvolvimento
humano, pois é marcada por transformações no âmbito social, cognitivo, emocional
e corporal. Ainda, é intensificada pelos comportamentos de risco para o
desenvolvimento da doença como: inicio precoce nas relações sexuais, relações
sexuais sem proteção, múltiplos parceiros, uso abusivo de álcool, exposição a
drogas ilícitas e cobertura vacinal incompleta (BRANCO, et al. 2017). De acordo com
as transformações fisiológicas e psicológicas, adicionado aos aspectos culturais o
adolescente desenvolve sua sexualidade por meio das construções sociais e rede
de amizade. No Brasil, dentre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) a
sífilis vem ganhando destaque nos últimos anos, de acordo com os dados do
Boletim Epidemiológico de Sífilis 2017, as notificações de indivíduos nas faixas de
13 a 19 anos vêm apresentando tendência de aumento desde 2010.
________________________________________________________________
SOUZA, Poliana Marques. Universidade Federal De Goiás (UFG). Faculdade de
Enfermagem. [email protected]
OLIVEIRA, Kamyla Costa. Universidade Federal De Goiás (UFG). Faculdade de
Enfermagem. [email protected]
MATOS, Marcos André de. Universidade Federal De Goiás (UFG). Faculdade de
Enfermagem. [email protected]
SOUZA, Márcia Maria de. Universidade Federal De Goiás (UFG). Faculdade de
Enfermagem. [email protected]
Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura Márcia Maria
de Souza, código PJ153-2017.
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Índice | Capa 282
Entre 2010 e 2016, o incremento no percentual da faixa etária de 13 a 19
anos foi de 39,9%. Outra IST importante também é a hepatite B, doença que merece
muita atenção. Em 2016, a soroprevalência de anti-HCV era de 0,7%, o que
corresponde a cerca de 657.000. (BRASIL, 2017). De acordo com o ultimo boletim
Epidemiológico de Hepatites 2018 relata que a taxa de detecção da doença entre os
indivíduos com menos de 20 anos foi inferior em todo período, em relação às demais
faixas etárias, e a partir de 2011 apresento uma leve tendência de queda, chegando
a 0,8 casos para cada 100 mil habitantes em 2017. (BRASIL, 2018)
Desse modo, a presente intervenção extensionista representa um importante
avanço para um maior entendimento deste grupo social marcado pelas lutas sociais
e históricas de moradia precária e instituições de ensino com dificuldades estruturais
e didático-pedagógicas. Isso os torna vulneráveis aos agravos infecciosos, em
especial as doenças transmitidas pela via sexual e aquisição de comportamentos
inseguros resultando em gravidez precoce e drogadição. Acreditamos que este
estudo contribuirá para a produção de conhecimentos que irá favorecer informações
para o aperfeiçoamento técnico-científico dos profissionais (professores) e
enfermeiros da Estratégia Saúde da Família, que dão suporte às instituições de
ensino rural. Esse trabalho poderá ser facilitado, sobretudo pelo uso de materiais
educativos doados à escola.
2- OBJETIVOS
Desenvolver atividades de educação em saúde com a população de
adolescentes em uma escola municipal da zona rural, região metropolitana da
capital do Estado de Goiás, com vistas à minimizar suas vulnerabilidade às IST,
gravidez precoce e drogadição.
3- METODOLOGIA
A população foi composta por 40 participantes, 22 meninos (55%) e 18
meninas (45%), com idades entre 10 e 16 anos, dos quais 21 cursavam duas turmas
F e G (6º ano e 7ª ano) e 19 cursavam a turma H e I (8º ano e 9º ano) do Ensino
Fundamental de uma escola rural, próximo a capital. Para selecionar a amostra
utilizou-se a técnica aleatória por conglomerados em duas etapas, selecionando-se
primeiro a escola e em seguida o ano escolar.
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Goiânia, 15 a 17 de Outubro de 2018
Índice | Capa 283
A coleta de dados foi realizada no período setembro de 2017 a junho de 2018.
Foi realizado entrevistas na própria escola, no horário escolar, nos turnos manhã, na
sexta-feira, com duração aproximada de 1h/aula (50 minutos), em grupos de 2 a 3
alunos, separados por turmas (F,G ou H,I).
Durante o andamento do projeto foram realizadas, intervenções educativas
individuais e grupais fundamentadas no modelo pedagógico de educação
consciente-problematizada, sustentada pela metodologia participativa e dialogal, que
favorece uma relação crítica e transformadora, defendida por Paulo Freire.
4- RESULTADOS
Entrevistamos o total de 40 alunos, sendo dezoito do sexo feminino e vinte
dois do sexo masculino. Todos relataram já terem feito uso de álcool e treze alunos
relataram já terem experimentado cigarro e outras drogas, e cinco são sexualmente
ativos.
A adolescência é uma etapa da vida entre a infância e a idade adulta
caracterizada pela ocorrência de muitos conflitos e pelas várias modificações
corporais e comportamentais Na adolescência, condições familiares de pobreza e
exclusão social, e situações cotidianas que envolvem: separação dos pais, doença,
conflitos familiares constantes, discussões com autoridade, disputas com amigos,
relações com o sexo oposto, exigências escolares, entre outros, podem ser
considerados eventos estressores. (ABREU et al, 2016).
Em decorrência das particularidades desta etapa da vida, existe uma maior
vulnerabilidade dos adolescentes à exposição de riscos, tais como o uso abusivo de
álcool, fumo e outras drogas; a contaminação pelo vírus da Imunodeficiência
Adquirida (Aids) e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST); gravidez na
adolescência; dentre outros (OLIVEIRA et al, 2009).
De acordo com o Ministério da Saúde (MS) considera que investir na saúde
da população adolescente e jovem é um custo efetivo, pois garantem também
energia e espírito criativo, inovador e construtivo dessas pessoas, as quais devem
ser consideradas detentoras de um rico potencial, capaz de influenciar positivamente
o desenvolvimento do país (MS, 2011). Conseguinte, o ambiente escolar representa
um espaço adequado para a realização de práticas educativas destinadas a crianças
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Goiânia, 15 a 17 de Outubro de 2018
Índice | Capa 284
e adolescentes por congregar diariamente a maioria destes sujeitos, A estratégia
interministerial adotada pelo Programa Saúde na Escola (PSE) consegue realizar
grandes transformações dentro da escola, por reduzir a visão compartimentada da
realidade, fortalecendo a possibilidade de aplicação de conhecimentos escolares na
vida extraescolar, no entendimento de que a escola não existe apenas como espaço
de reprodução de conhecimento, mas também de transformação deste.
5- CONCLUSÃO
Na adolescência surgem diversas particularidades, tais como a atuação de
novos papéis sociais, as mudanças na relação de dependência da família para o
grupo de pares, além da escolha de um projeto de vida e dúvidas sobre as
transformações biológicas ocorridas durante o crescimento. O estudo possibilitou
evidenciar a importância da atenção do profissional da saúde para esta etapa da
vida em que muitos são influenciados pelo meio.
As ações de educação permanente são de fundamental importância para a
consolidação da integridade do saber. Acredita-se que atuação conjunta da
Universidade Federal de Goiás (UFG) com os outros níveis de ensino como cursos
técnico e as escolas da educação fundamental tanto na capital como no interior e na
zona rural é de extrema importância para devolver para a população ações que
buscam orientar e educar, visando aumentar o acesso a informações relacionadas o
cuidado com a saúde e prevenção de agravos. Muitas crianças, jovens e adultos
carecem de maior apoio das instituições de ensino superior para que além de
formarem futuros profissionais mais humanos, elas possam informar levar maiores
benefícios para a população. É essencial a manutenção e o apoio da UFG de
projetos semelhantes ao executado, que envolvam a população jovem da zona rural,
visto que, muitos irão ocupar as cadeiras discentes da universidade dentro dos
próximos anos.
Como uma aluna do no último ano da graduação de enfermagem, o projeto
me proporcionou a oportunidade de entrar em contato com uma população tão
renegada muitas vezes na saúde e em projetos sociais. População esta, que
necessita de atenção, apoio e orientação, devido viverem uma fase tão instável e
confusa da formação do ser humano. Acredito que tenha sido uma experiência única
e de grande aprendizado. Como futura profissional, me ensinou a ter um olhar
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Índice | Capa 285
crítico-refletivo para os indivíduos que estão passando por mudanças tão incertas e
que necessitam de acompanhamento e orientações constantes.
É clara a necessidade de ações continuadas em educação e saúde com
jovens, uma vez que essa população, muitas vezes, não dispõe de informações
suficientes. A escola é um eixo de formação de hábitos, um local apropriado para a
implantação de políticas preventivas e educativas relacionadas à saúde dos jovens.
É um ambiente capaz de proporcionar um diálogo entre alunos, professores e
demais profissionais da área da educação e saúde, com o propósito de orientar,
educar e informar sobre os riscos que o jovem está exposto.
Visto a importância da atividade realizada para o crescimento e
desenvolvimento dos adolescentes, acredita-se que os dados encontrados são de
extrema importância para chamar a atenção para a necessidade de maiores estudos
que abranjam esse grupo, e que todos os dados obtidos nesse estudo, sirvam como
subsídio para a elaboração de estratégia educativa a fim de melhorar a qualidade da
assistência a esse grupo.
6- REFERÊNCIAS
BRANCO TB et al. Prevalência de vulnerabilidades e situação vacinal para hepatite
b em adolescentes escolares. ReonFacema. Nº 3, volume 3, p. 561-568. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais,
Boletim Epidemiológico Sífilis. 48 (36). 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais,
Boletim Epidemiológico Hepatites Virais. 49(31). 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais,
Boletim Epidemiológico HIV AIDS. 20. 2017.
7- FINANCIAMENTO
FINANCIAMENTO INTERNO - PROEC (Programa de Bolsas e de Voluntários de
Extensão e Cultura (PROBEC/PROVEC) 2017/2018).
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Índice | Capa 286
SEMEANDO JUVENTUDES: CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA POPULAR PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO
ASSISTENTE SOCIAL
SOUZA, Rayssa Rodrigues de1; CARVALHO, Rhaiza Moreira de2; SANTOS, Wélida Pires dos3; SOUSA, Andresa Rodrigues4; FILHO, Joaquim Edson de Sousa5; SILVA, Adão Aparecido Brito6; BATISTA, Maiara7;
Palavras Chave: Extensão Universitária, Serviço Social, juventude do campo,
Escola Família Agrícola de Goiás;
Justificativa
A Cidade de Goiás destaca-se no cenário nacional pelos seus 24
assentamentos da Reforma Agrária (INCRA, 2017), fato que modificou as relações
sociais, culturais e econômicas da região. Desta forma, a constituição da cidade, nos
últimos trinta anos, é permeada pela luta e resistência dos sujeitos do campo que
dão visibilidade para demandas que vão além do acesso à terra, como direito
também o acesso à educação do campo,saúde, dentre outros. Cabe ao Estado,
desta forma, a criação de instrumentos e alternativas para a garantia de tais direitos.
A discussão da Questão Agrária é imprescindível no interior da universidade,
mas diante da realidade local e da escassez desse debate no interior do curso de
Serviço Social, da Universidade Federal de Goiás, localizado na Cidade de Goiás,
surge a proposta do projeto de Extensão e Pesquisa “Semeando Juventudes:
Serviço Social, Pedagogia da Alternância e organização social juvenil” como uma
forma de promover Extensão Universitária Popular juntamente aos estudantes do
Resumo revisado pela Coordenadora do Projeto de Extensão e Cultura (Docente Maiara Batista) -Código: PJ125-2017: “Semeando Juventudes: Pedagogia da Alternância, Serviço Social eorganização social juvenil”.1 SOUZA, Rayssa Rodrigues de. Bolsista PROBEC/UFG. Unidade Acadêmica Especial de Ciências
Sociais Aplicadas/UFG. E -mail: [email protected] 2
CARVALHO, Rhaiza Moreira de. Voluntária PROVEC/ UFG. Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas/UFG – Email:[email protected] 3SANTOS, Wélida Pires dos. Voluntária PROVEC/ UFG. Unidade Acadêmica Especial de Ciências
Sociais Aplicadas/UFG – E-mail: [email protected] 4 SOUSA,Andresa Rodrigues. Voluntária PROVEC/ UFG. Unidade Acadêmica Especial de Ciências
Sociais Aplicadas/UFG – Email:[email protected] 5FILHO, Joaquim Edson de Sousa. Voluntário PROVEC/ UFG Unidade Acadêmica Especial de
Ciências Sociais Aplicadas/UFG – E-mail: [email protected] 6 SILVA, Adão Aparecido Brito. Participante Externo. Escola Família Agrícola de Goiás/EFAGO E-
mail: [email protected] 7 BATISTA, Maiara. Orientadora e coordenadora Projeto de Extensão “Semeando Juventudes: Pedagogia da Alternância, Serviço Social e organização social juvenil”. Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas/UFG. E-mail: [email protected]
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Índice | Capa 287
primeiro ano da Escola Família Agrícola de Goiás (EFAGO), escola do campo
oriunda da luta de acampados e assentados pelo direito à educação que utiliza
como metodologia da Pedagogia da Alternância.
Objetivos
Este resumo objetiva a socialização das experiências e conhecimentos
construídos, coletivamente, durante o período de desenvolvimento das atividades do
referido projeto, de junho de 2017 a julho de 2018, destacando a importância do
mesmo para a formação profissional no Serviço Social. Assim, é necessário
evidenciar a importância da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
popular na universidade pública e relatar a relevância da extensão, na visão dos
extensionistas do curso de Serviço Social, para a ampliação do horizonte de
possibilidades quanto aos espaços sócio-ocupacionais e produção acadêmica.
Metodologia
Para a construção de tal resumo utilizamos de pesquisa bibliográfica e
documental, no que se refere ao uso de relatórios das atividades realizadas,
oficinas, metodologias utilizadas, registro fotográfico, artigos produzidos que foram
reunidos na Memória do Projeto, acervo documental para uso de futuros
pesquisadores e extensionistas.
É de suma importância destacar que a universidade pública e de qualidade
está diretamente associada a uma formação para além de seus muros, conforme
Saleh & Guizani (2015, p. 2) evidenciam ao afirmar que o princípio da
indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão é pedra fundamental para a
excelência na qualidade de ensino superior.
Em razão da importância do referido tripé na formação universitária, o
investimento e o fomento a projetos de extensão e pesquisa é imprescindível.
Historicamente no Brasil, os projetos de extensão foram desenvolvidos pela luta dos
estudantes, conforme Saleh & Guinzani (2015, p.7) afirmam,
O movimento estudantil, liderado pela UNE, foi pioneiro no
desenvolvimento de projetos de extensão marginais ao ensino acadêmico
das universidades. Eram projetos de educação popular de adultos e de
cultura popular, sob a influência dos ensinamentos de Paulo Freire e Álvaro
Vieira Pinto.
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Partindo da perspectiva da socialização do saber e o processo de
ensino/aprendizagem, os estudantes lutaram, historicamente, e lutam até os dias
atuais para a concretização desse tripé, contribuindo para que a universidade
cumpra sua função social de aproximação da sociedade.
Considerando o público alvo dessa iniciativa, jovens estudantes da Escola
Família Agrícola de Goiás, do primeiro ano do ensino médio fez-se necessário
pensar metodologias participativas que dialogassem com o cotidiano da juventude.
Assim, foram utilizadas rodas de conversas e debates, confecção de cartazes e
murais, confecção de desenhos, utilização de filmes e músicas, além do incentivo
para que os estudantes também facilitassem oficinas e sugerissem temas para
discussão.
Resultados
A partir do projeto, foram realizadas 16 oficinas sócioeducativas envolvendo a
acolhida, dois seminários de avaliação e o trabalho das seguintes temáticas:
identidade da juventude do campo; agroecologia e agronegócio; questão agrária e
negritude; democratização da comunicação; cultura camponesa: vivência do jongo;
juventude e mídias alternativas; CineEfago; participação popular e identidade
juvenil; realidade brasileira; gênero e mulheres do campo; saúde no campo.
Também foi organizado o evento intitulado “EFAGO em Movimento” que reuniu pais,
estudantes, parceiros da escola, artistas locais e escolas pólos.
O desenvolvimento das atividades junto a EFAGO suscitou debates, dúvidas
e a necessidade de publicizar as ações e reflexões realizadas a partir da Extensão.
A partir desta perspectiva, os extensionistas apresentaram resumos no CONPEEX
2017, na modalidade PROBEC e PROVEC, elaboraram artigo para a Semana
Nacional de Educação do campo na Cidade de Goiás-Go, cuja temática foi: A
resistência da escola do campo no qual o projeto “Semeando Juventudes”. E por
último, tivemos aprovação de artigos no “XVI Encontro Nacional de Pesquisadores
em Serviço Social” (ENPESS), acerca da assessoria do Serviço Social aos
trabalhadores e movimentos sociais do campo. Importante ressaltar que o interesse
por tal temática surgiu a partir da vivência extensionista e da percepção dos desafios
da profissão para debater as políticas sociais do, no e para o campo.
Também em razão do projeto Semeando Juventudes, extensionistas
participaram de alguns eventos cujo a temática central foi a questão agrária, tais
como o “VIII Simpósio de Questão Agrária do Núcleo Agrário Terra e Raiz”(NATRA),
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o “Congresso Interinstitucional Brasileiro de Educação Popular e do Campo e
Encontro Goiano da Escola da Terra”, ambos no ano de 2017.
Os envolvidos na extensão organizaram alguns eventos com temáticas
voltadas para o campo, como: a “I Mostra de Extensão Popular do Serviço Social”, o
Seminário temático proposto por discentes da disciplina de Política Social IV do 6ª
período, que trabalhou as políticas sociais para o campo e o “XL Encontro Regional
de Estudantes de Serviço Social da Região IV” cuja temática foi “Campo presente é
campo resistente.
A proposição de se discutir sobre o campo na universidade a partir de um
projeto de extensão trouxe impactos significativos como a criação do núcleo livre
“Questão Agrária, Urbana e Serviço Social” objetivando a construção dos projetos
de extensão no curso de Serviço Social e o debate da indissociabilidade do campo e
da cidade. Houve também incentivou a problematização da temática da questão
agrária e direitos sociais do, no e para o campo pelos extensionistas durante as
disciplinas do curso e suscitou o Interesse pelo debate das políticas sociais do, no e
para o campo resultando na escolha de campos de estágio, projetos de intervenção
e temas de monografia.
Conclusão
A experiência que o projeto de extensão Semeando Juventudes nos
proporcionou foi de grande relevância. É possível a compreensão acerca da
importância de um projeto de extensão depois que se participa de um, e tamanha a
relevância da extensão que a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em
Serviço Social (ABEPSS) afirma, em suas diretrizes gerais para o curso de Serviço
Social, que o ensino, a pesquisa e a extensão, favorece uma nova forma de
realização das mediações - aqui entendidas como a relação teoria-prática - que deve
permear toda a formação profissional, articulando ensino-pesquisa-extensão.
(ABEPSS, 1996, p.9)
Portanto, a extensão propiciou o fomento da dimensão investigativa ao
despertar o interesse de compreender a realidade dos estudantes da EFAGO, mas
também a dimensão técnico-operativa ao contribuir na qualificação do processo de
planejamento das oficinas, desde a idealização, organização de material, execução
e avaliação das oficinas; a mediação de grupos educativos; formulação de novas
metodologias de trabalho de acordo com público-alvo; fomento a sistematização do
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trabalho: realização de relatórios, registro fotográfico, uso do diário de campo;
incentivo ao trabalho em equipe; estímulo à consolidação de parcerias (UFG –
EFAGO).
Além disso, foi possível a partir do projeto Semeando Juventudes a
compreensão do campo como um espaço sócio-ocupacional de trabalho do
assistente social, além de fortalecer a dimensão ético-político de compromisso com
a classe trabalhadora e com suas lutas, e se colocando também enquanto classe
trabalhadora, de assessoria aos movimentos sociais dentre outros.
O resgate histórico da EFAGO realizado pelo projeto evidenciou a resistência
da juventude, destacando a importância do protagonismo juvenil, permitindo a
democratização da informação ao debater temáticas referentes ao cotidiano da
juventude, de modo a promover a compreensão das especificidades da juventude do
campo no acesso às políticas sociais, nas opressões e lutas que sofrem.
Como contribuição significativa é possível destacar a criação do vínculo entre
extensionistas e estudantes que proporcionou que houvesse um conhecimento
mútuo entre a juventude universitária e do campo, colaborando para que as oficinas
fossem realizadas de forma mais participativas. Portanto o projeto Semeando
Juventudes procurou reforçar a importância do tripé ensino, pesquisa e extensão
para que a universidade estreite relações com a sociedade, cumprindo sua função
social e para, além disso, forme seres pensantes e comprometidos com a
transformação da sociedade.
Referências bibliográficas
Diretrizes Gerais Para o Curso De Serviço Social- Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social(ABEPSS). Disponível em:
>http://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf
< Acesso em 11 de setembro de 2018.
Números da Reforma Agrária em Goiás. Blog do Incra. Disponível em:
>https://incragoias.wordpress.com/distribuicao-dos-assentamentos-no-estado-de-
goias/reforma-agraria-em-goias/< Acesso em: 04 set 2018.
GUINZANI, Fabrizio; SALEH, Sheila Martignago. A Educação Superior e a Extensão
Popular Como Forma de Uma Educação Universitária Transformadora. In: XII
Seminário Internacional de Demandas Sociais e Políticas Públicas na Sociedade
Contemporânea, CEPEJUR, 2015.
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Índice | Capa 291
PROJETO GIRAU DE SABERES - UMA AÇÃO EM COMUNIDADES
TRADICIONAIS*
SIMÔA, Sergio Soares1
SILVA, Maria Tereza Gomes da2
Palavras-chave: Patrimônio imaterial, comunidades tradicionais, artesanato,
plantas medicinais, quilombolas Kalunga.
Justificativa/Base teórica
O Estado de Goiás se destaca no cenário nacional por inúmeras realizações
na área cultural porém, o intercâmbio com a Cultura Popular não tem sido
satisfatório devido ao distanciamento desta produção dos grandes centros
dificultando maior inserção nos circuitos culturais e mercadológicos.
Neste aspecto o Projeto Girau de Saberes busca ações específicas que visam
minimizar essa distorção, estabelecendo o intercâmbio entre profissionais de
diversas áreas (professores da UFG, alunos, técnicos) e os Mestres da cultura local,
elaborando em conjunto estratégias em áreas específicas que proporcionem o
resgate dos processos cooperativos e de uso consciente dos recursos naturais.
Buscando soluções e incentivando a utilização de novas ferramentas com baixo
impacto ambiental na manufatura dos produtos como proposta e diferencial
mercadológico, de autonomia e qualidade de vida destas comunidades.
Proporcionando a pesquisa popular, encontros e formação de grupos de trabalhos, a
capacitação, qualificação profissional e o desenvolvimento de propostas em
diferentes áreas de saberes. Buscando valorizar a experiência local, incentivando a
construção e preservação do patrimônio cultural e ambiental e as ações já
desenvolvidas por estas comunidades.
As comunidades tradicionais possuem um considerável acervo de
conhecimentos em diferentes áreas, principalmente na cultura popular, no
* Resumo revisado pela Coordenadora da Ação de Extensão e Cultura, código PJ 103-2017,
Professora Maria Tereza Gomes da Silva.
1 Universidade Federal de Goiás- UFG - Discente do Curso de Artes Visuais - Bacharelado da
Faculdade de Artes Visuais - e-mail: [email protected]
2 Universidade Federal de Goiás - UFG - Professora da Faculdade de Artes Visuais - e-mail:
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artesanato e na medicina popular, saberes tradicionalmente repassados, que
integram um modelo mais amplo de percepção da natureza balizado pela cultura
local que dá significado aos recursos, aos homens e aos instrumentos, todos eles
indo além da materialidade e da instrumentalidade prática do trabalho. São
consideradas como detentoras de grande conhecimento específicos comparadas
com as populações urbanas. O conhecimento tradicional, segundo o antropólogo
Darrell Addison Posey pode ser apontado como:
"Um sistema de crenças e práticas características de grupos culturais diferentes. Além de informação geral, existe o conhecimento especializado sobre solos, agricultura, animais, remédios e rituais. Esse conhecimento, freqüentemente lida com elevados níveis de abstração, tais como noções de espírito e seres ou forças mitológicas. (POSEY, 1996, p. 150).
A UNESCO define como Patrimônio Cultural e Imaterial 'as práticas,
representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos,
objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades,
os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de
seu patrimônio cultural.' O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em
geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu
ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um
sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o
respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
Este importante acervo de conhecimentos tradicionais e saberes encontram-
se em risco por diversas ameaças, sendo que uma das principais deve ser atribuída
a fatores socioculturais que influenciam às novas gerações a deixarem sua
comunidade provocando por consequência à descontinuidade na transmissão
desses saberes.
O Projeto Girau de Saberes desenvolve desde 2008, o mapeamento das
diversidades das expressões artesanais e conhecimentos medicinais das
comunidades quilombolas Kalunga, no sentido de reafirmar esta identidade cultural
assegurando sua valorização, tanto na descentralização de informações através de
palestras, cursos oficinas de escuta, roda de prosa quanto nas mostras em feiras e
espaços para expressões artísticas, além de registros fotográficos e audiovisuais no
sentido da proteção e promoção da diversidade cultural das comunidades
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tradicionais, sempre no incentivo dos diálogos interculturais em busca de uma nova
cultura de paz.
Objetivos
Promover propostas e ações em áreas específicas que venham a colaborar
com a preservação e valorização da cultura saberes e ofícios das comunidades
tradicionais, mais especificamente das comunidades Kalunga. Fomentando a
organização de grupos de trabalhos e espaços de produção em torno de uma
produção cultural coletiva no Território Kalunga, que venha interagir com estudantes,
professores da UFG, Mestres da cultura local, raizeiros, artesãos, músicos, parteiras
e comunidade em geral, elaborando reflexão sobre identidade cultural, patrimônio
cultural e ambiental, biopirataria, saúde, sustentabilidade, design e artesanato em
busca de uma organização participativa de fomento a autogestão e auto
sustentabilidade destas comunidades através da cultura local.
Metodologia
A metodologia desenvolvida não é intervencionista mas, participativa. Neste
sentido, a metodologia de pesquisa-ação, parece mais apropriada pois, trata de uma
linha de pesquisa associada a ações coletivas. Segundo o professor e sociólogo
Michael Jean Marie Thiollent,
[...] a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.(THIOLLENT, 2011, p. 14).
Participação nas reuniões de planejamento das ações do projeto com
coordenação geral, coordenadores de área e integrantes da comunidade Kalunga.
Foram levantadas as demandas gerais e especificas, sendo que designadas
as seguintes atribuições:
a) Com a Coordenação Geral: Auxiliar na elaboração e execução de
relatórios; Auxiliar na elaboração de materiais de comunicação; Auxiliar
na produção e participação em eventos acadêmicos e técnicos; Auxiliar
na Pesquisa de Referencial Teórico.
b) Coordenação de área de Agronomia: Auxiliar na elaboração de materiais
didáticos; Organizar banco de imagens fotográficas e vídeos.
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c) Coordenação de área de Artes Visuais: Auxiliar na elaboração de
catálogo de produtos; Auxiliar na elaboração de embalagens; Organizar
banco de imagens fotográficas e vídeos.
d) Coordenação de área de Botânica: Auxiliar nas atividades em campo;
Auxiliar na coleta de plantas medicinais com registro fotográfico;
Organizar banco de imagens fotográficas e vídeos.
e) Coordenação de área de Farmácia: Auxiliar na elaboração de materiais
didáticos; Organizar banco de imagens fotográficas e vídeos.
Resultados/Discussão
Foram realizadas reuniões setoriais e em conjunto visando a fomentar a
manutenção de grupos de trabalhos e espaços de produção cultural e coletiva no
Território Kalunga, Mestres da cultura local, raizeiros, artesãos, lideranças e
comunidade em geral, juntamente com professores e estudantes da UFG, através
de um planejamento participativo com abordagens sobre identidade cultural,
patrimônio cultural e ambiental, biopirataria, saúde, sustentabilidade, design e
artesanato em busca de uma organização participativa de fomento a autogestão e
auto sustentabilidade destas comunidades através da cultura local.
Foi realizado o plano de trabalho em áreas especificas de atuação com
propostas de produção visual e comunicação com as seguintes metas: Organização
de banco de imagens fotográficas e vídeos; Auxilio na elaboração e execução de
relatórios; Auxilio na Pesquisa de Referencial Teórico; Auxilio na elaboração de
materiais didáticos das diversas áreas; Auxilio nas atividades em campo; Elaboração
e produção de registros de documentação fotográfica e visual como, auxilio na
coleta de plantas medicinais com registro fotográfico; produção fotográfica de peças
artesanais; Elaboração de materiais de comunicação; Elaboração de catálogo de
produtos; Elaboração de embalagens e materiais gráficos; Atualização de
informações em sites do Projeto; Auxilio na produção e participação em eventos
acadêmicos e técnicos; Realização de relatório parcial e final das atividades.
Ao integrar docentes, alunos da UFG e Mestres da cultura local em diferentes
áreas de atuação, os saberes e fazeres encontraram mecanismos neste processo
que proporcionaram a realização ações dentro de uma metodologia não
intervencionista, mas interativa proporcionando troca entre Saberes Eruditos e
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Índice | Capa 295
Populares. Estimulando práticas que envolvam conceitos de memória, identidade
cultural, preservação, conservação de patrimônio cultural e ambiental, saúde,
geração de renda, auto-sustentabilidade e equidade social destas comunidades
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses grupos.
As ações planejadas ocorreram dentro do cronograma estabelecido
cumprindo as metas dentro dos objetivos do Projeto. Como este projeto já se
desenvolve desde 2008, sendo construído juntos com as comunidades envolvidas, a
experiência adquirida contribuiu positivamente para a superação de diversos
problemas, principalmente o qual vivenciamos atualmente, que reflete no baixo
orçamento para realização das ações. Por sempre acreditarem na parceria, todos
contribuíram com o que foi iniciado e construído juntos fortalecendo ainda mais as
relações de confiança.
Conclusões
A realização de tal iniciativa significa propiciar condições para a continuidade
desses saberes e técnicas tradicionais, como por exemplo o conhecimento das
ervas e feitura de medicamentos, a fabricação de adobes, talha de madeira ou
pedra, a tecelagem, as ferramentas e utilitários de cerâmica; e se estabelece em um
contexto regional no qual prevalece a ausência de processos que estimulem a
qualificação de profissionais ligados a comunidades tradicionais, principalmente
junto a grupos que trabalham com cultura popular e formação de público, aspecto
que tem dificultado a inserção destas comunidades no mercado cultural, e assim cada
vez mais se sentem desmotivadas para produzir e repassar seus conhecimentos.
Referências
POSEY, Darrell Addison. “Os povos tradicionais e a conservação da
biodiversidade”. Em: Uma estratégia latino-americana para a Amazônia, Volume 1.
PAVAN, Crodowaldo. Coord. São Paulo: Ed. Memorial da América Latina, 1996. pp.
149-157.
THIOLLENT, Michel Jean Marie, Metodologia da Pesquisa-ação. 18ª ed. São
Paulo: Cortez, 2011. 132p.
Fonte financiadora: Bolsa PROBEC - Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da
Universidade Federal de Goiás – UFG.
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O USO DE JOGOS ELETRÔNICOS NO PROCESSO DE
ENSINO- APRENDIZAGEM DOS ESPORTES PARA
ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
SILVA, W. B; CARDOSO, G. C; SILVA, A. P S
RESUMO
Este trabalho apresenta um recorte das experiências extensionistas vividas
durante o Projeto de Extensão de “Jogos Eletrônicos de Movimento, Práticas
Corporais e Jovens com Deficiência Intelectual”, da Faculdade de Educação Física e
Dança da Universidade Federal de Goiás, realizada numa Associação de Educação
Especial de Goiânia. Esta pesquisa teve como objetivo geral averiguar a
potencialidade do uso dos Jogos Eletrônicos de Movimento (JEM) como ferramenta
pedagógica para o ensino de esportes para estudantes com deficiência intelectual nas
aulas de Educação Física escolar. Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratório.
A mostra foi composta por 06 jovens/adultos com Deficiência Intelectual, que
frequentavam as atividades proposta no projeto de Extensão. A coleta de dados
refere-se a 4 intervenções de 90 minutos cada, com o JEM “Chute a Gol” do Software
Kinect Sports e com atividades de chute a gol realizadas num campo de areia. A partir
dos dados encontrados é possível dizer que o jogo favorece os menos habilidosos, o
que tornou a experiência mais estimulante, ainda que inicialmente, porque mais
positiva para a autoestima dos estudantes com deficiência intelectual que estão
sempre sendo lembrados, na escola e na sociedade, da sua falta de eficiência. O
limite identificado diz respeito à qualidade do movimento técnico, pois no jogo não há
em nenhum momento uma exigência com o mesmo, não sendo útil como instrumento
para aprimorar a técnica esportiva. Concluindo a experiência foi bastante positiva,
para os estagiários que tiveram a oportunidade refletirem sobre uso das tecnologias
no processo de ensino-aprendizagem de esportes para pessoas com deficiência
intelectual e para os alunos com deficiência intelectual que passam a encontrar nos
JEM uma possibilidade de lazer e entretenimento como potencial formativo.
Palavras-chave: Jogo Eletrônico, Deficiência Intelectual, Educação Física, Escola.
REFERÊNCIAS
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Índice | Capa 297
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VIEIRA, K. L. et al. Características comportamentais de escolares e sua
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Goiânia, 15 a 17 de Outubro de 2018
Índice | Capa 298
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Cinergis. v. 15 n. 2, p. 65-69, abr./jun., 2014.
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Índice | Capa 299
*Resumo revisado pelo Coordenador do Projeto de Extensão e Cultura (ProfessorIvanilton José de Oliveira) código (PJ135-2017)1 SANTOS, Yara Pereira. Universidade Federal de Goás (UFG), Instituto de Estudos Socioambientais. Orientanda – [email protected] 2 OLIVEIRA, Ivanilton José de. Universidade Federal de Goiás (UFG),
Instituto de Estudos Socioambientais. Orientador -
Cartografia de Paisagens Turísticas do Cerrado*
SANTOS, Yara Pereira1; OLIVEIRA, Ivanilton José de2
As paisagens do Cerrado ainda são pouco expressivas nas estatísticas referentes à demanda turística no Brasil. Faltam instrumentos de divulgação, como mapas interpretativos, além de pessoal qualificado para o trabalho com o turismo. Foi em função do reconhecimento dessa realidade que o objetivo do trabalho visa realizar um mapeamento turístico colaborativo em municípios da microrregião Vão do Paranã, no nordeste de Goiás, que ainda apresenta extensas áreas preservadas de Cerrado e cujas paisagens compõem cenários de interesse turístico. Foi realizado previamente um longo trabalho de recolhimento de informações sobre o local de estudo, que envolveu a realização de pesquisa documental, tratamento de dados, confecção de mapas, coleta de dados primários e secundários. Para a realização das oficinas de mapeamento colaborativo, foram selecionadas duas escolas no município de São Domingos – principal acesso ao Parque Estadual de Terra Ronca, e conhecido pelos praticantes de ecoturismo e turismo cárstico (em cavernas). Os mapas utilizados nas oficinas foram elaborados em laboratório, utilizando imagens do satélite Sentinel 2 e informações vetoriais em shapefile, ofertadas no portal do Sistema de Informações do Estado de Goiás (SIEG), utilizando o programa Arcgis 10.1. A metodologia adotada nas oficinas foi conduzida por conversas com os alunos sobre Cerrado e sobre turismo, seguidas da divisão em grupos, para que os alunos utilizassem os mapas para identificar lugares turísticos em São Domingos e criar simbologias para esses lugares. Embora o trabalho não esteja finalizado, pois ainda falta sistematizar o material produzido, considera-se que as atividades de extensão desenvolvidas seguiram o que havia sido estipulado no plano de trabalho e foram realizadas de forma satisfatória. Os alunos entenderam a proposta de mapeamento colaborativo e contribuíram indicando lugares novos que na pesquisa documental não haviam sido identificados. Colaborando também para a construção de legendas que servirão para os mapas turísticos da região.
Palavras-chave: Cerrado, Mapeamento Colaborativo, Vão do Paranã.
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O ENSINO DE EMERGÊNCIAS PARA A SOCIEDADE E ALUNOS:
ATIVIDADES DO PROJETO LIGA ACADÊMICA DE EMERGÊNCIAS
CLÍNICAS
PARREIRA, Yasmin Alves1; DIAS, Lara Araújo2; ALVES, Daniella Rodrigues3;
GOMIDE, Luciana Vilela4, SEVERO, Virlana Marques5; MOTA, Fabio José Vaz
da6.
Palavras-chave: Emergências clínicas, Promoção de Saúde, Educação Médica.
JUSTIFICATIVA
Colaborar com a promoção à saúde das populações atendidas
buscando estimular a prevenção das principais emergências clínicas e de
lesões por causas externas como afogamentos, queimaduras e intoxicações,
por exemplo. Afinal, definida como um processo educativo, cultural e científico,
a extensão universitária procura articular o ensino com a pesquisa de forma
indissociável, promovendo uma interação entre universidade e sociedade
(FORPROEX, 2013).
Além disso, procurou-se educar a população em geral para intervir
sobre os principais fatores de riscos modificáveis e a adoção de medidas de
prevenção de lesões para diminuir o impacto destas condições sobre a saúde
pública e capacitar acadêmicos dos cursos de graduação em medicina para
atender condições emergenciais pré-hospitalares e intra-hospitalares,
(GOLDMAN, 2008). Afinal, a promoção das atividades da liga garante amplo
conhecimento de uma área não muito abordada durante a graduação mas que
se torna essencial para a prática médica diária.
Dessa forma, os ligantes adquiriram conhecimento extra e consolidaram
informações que, muitas vezes são perdidas durante a graduação.
Resumo revisado e orientado pela Doutora Denise Milioli Ferreira, coordenadora da ação Liga Acadêmica de Emergências Clínicas (código da ação: FM 240)
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Índice | Capa 301
Ao receber a formação adequada, assume o papel de difusor de
conhecimento, atuando em atividades de educação voltadas à população e
destinadas à prevenção de acidentes e de emergências clínicas, bem como à
capacitação para ações efetivas de primeiros socorro.
Além de contribuir para a formação profissional, as atividades
específicas do aluno assumem destacado papel no contexto da ação de
extensão devido ao fato de que os acadêmicos serão agentes multiplicadores
na transmissão de conhecimentos para a comunidade proposta pela ação de
extensão, ampliando o alcance do projeto e facilitando a execução de seus
objetivos. A população se torna mais ciente e informada do que pode fazer até
o socorro médico chegar e isso é muito importante, pois pode também salvar
vidas. Afinal, informações errôneas são disseminadas a todo momento em
diversas mídias e entre a própria comunidade (MITRE, 2008).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo qualitativo das atividades
desenvolvidas, que incluem campanhas de ampla participação popular, com
distribuição de panfletos, uso de cartazes, além das aulas teóricas e práticas,
ambulatórios e fichas de acompanhamento hospitalar no período de agosto de
2017 a junho de 2018.
RESULTADOS
As atividades didáticas, iniciadas em agosto de 2017, contou com 11
encontros presenciais, nos quais foram abordados os temas: os temas de: TEP,
queimaduras, emergências oftalmológicas, abdome agudo, choque (com
professores convidados), pancreatite aguda, intubação oro-traquel (com
materiais para demonstração), distúrbios eletrolíticos, dor torácica na
emergência, infarto agudo do miocardio (continuação da aula de dor torácica) e
trauma (classificação e primeiros procedimentos). E por fim, cinco discussões
de casos clínicos preparados pelos alunos com casos vistos em enfermaria ou
ambulatórios pelos mesmos e preparados em power point para os ligantes em
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Índice | Capa 302
aula. Em 2018, essas atividades foram retomadas no mês de março e
concluídas no mês de junho.
Em relação a atividades promovidas fora a sala houveram: campanha
promovida pela prefeitura em conjunto com o CORA para abordar o outubro
rosa com realização de oficina de RCP com bonecos e informações aceca de
prevenção de acidentes em geral através de panfletos; campanha em 5
escolas municipais (com nove visitas ao total ao longo do ano) sobre parada
cardiorrespiratória (com ajuda dos bonecos fornecidos pela FM-UFG) e como
proceder em primeiros socorros em casos de engasgos em crianças, bebês e
adultos (com demonstração prática e teórica); campanha em Santa Barbara de
Goiás com tema de como proceder em situações emergenciais com idosos
(contou com aula de capacitação antes da campanha); e por fim duas visitas
ao CAIS VILA NOVA para palestras educativas para os funcionários locais
abordando RCP.
Durante a realização das campanhas foi possível ensinar às pessoas o
modo correto de realizar uma ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e, com isso,
tornar menores as chances de agravos à saúde do paciente. Além disso, foi
possível levar conhecimentos sobre como agir em caso de envenenamentos,
intoxicações e queimaduras e também como preveni-los. Inclusive, ações como
aferir a pressão arterial (que muitas vezes não era o foco da campanha)
também ocorreram em diversas ocasiões. Vale ressaltar também a importância
para a população, pois as atividades práticas tem contato direto com a
população e representam uma forma de propagação de conhecimento fora dos
espaços da universidade
Foi realizado também a publicação de trabalhos científicos. Tais
atividades são de extrema importância ao aluno, visto que contribuem em
diversos aspectos de seu conhecimento através da atualização de literatura
científica para o emprego da atuação médica baseada em evidencias e
produção acadêmica.
Organização e realização de palestras, exposições dialogadas e cursos
práticos propostos na metodologia do projeto de extensão. Sob orientação do
coordenador da ação, o aluno atua diretamente junto à comunidade como
difusor de conhecimentos sobre prevenção de emergências clínicas e
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acidentes de trabalho, primeiros socorros, suporte básico de vida e
atendimento emergencial no Sistema Único de Saúde. Participação, ainda, de
aulas expositivas sobre os principais temas de Medicina de Emergências, de
oficinas práticas destinadas à aquisição de habilidades técnicas consideradas
necessárias para o atendimento emergencial, de estudos de casos clínicos e
discussões de artigos científicos e de cursos de atualização científica em
Medicina de Emergência. Também integra grupos de pesquisa, que buscarão
integrar as realidades observadas nas atividades de extensão com a produção
acadêmica.
CONCLUSÃO
A atuação da liga é de grande valia tanto para os ligantes como para
população abordada, a fim de contribuir com temas de grande relevância com
informações de caráter científico e confiável. Além disso, o contato com
diferentes realidades e a troca de saberes com as comunidades atendidas
poderão estimular o desenvolvimento de uma visão de mundo ampliada,
contribuindo para a qualificação da formação dos bolsistas tanto num aspecto
acadêmico como social.
REFERÊNCIAS
1.
2.
FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES
PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRAS. Avaliação
da Extensão Universitária: práticas e discussões da Comissão
Permanente de Avaliação da Extensão. Organização: Maria das
Dores Pimentel Nogueira. Belo Horizonte: FORPROEX/CPAE;
PROEX/UFMG, 2013 (Coleção Extensão Universitária; v.8).
GOLDMAN, Lee et al. (Ed.). Cecil medicine. Philadelphia:
Saunders Elsevier, 2008.
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3. MITRE, Sandra Minardi et al. Metodologias ativas de ensino-
aprendizagem na formação profissional em saúde: debates
atuais. Ciência & saúde coletiva, v. 13, p. 2133-2144, 2008.DE EMERGÊNCIAS CLÍNICAS (código da ação: FM 240)
1 PARREIRA, Yasmin Alves. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO,
Brasil - [email protected] 2; DIAS, Lara Araújo. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil –
[email protected] 3 ALVES, Daniella Rodrigues. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO,
Brasil – [email protected] 4 GOMIDE, Luciana Vilela. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
– [email protected] SEVERO, Virlana Marques. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO,
Brasil – [email protected] MOTA, Fabio José Vaz da. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO,
Brasil – [email protected]
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