Apontamentos P. Social (Halley)

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O que a influncia Social, e quando ocorre? Ocorre quando as aces de uma pessoa so condio para as aces de outra. Ou seja, podemos dizer que o comportamento de algum foi influenciado socialmente quando ele se modifica em presena de outrem. Esta presena de outrem no necessariamente real. Esse outrem pode ser apenas imaginado, pressuposto ou antecipado. Facilitao Social Triplett o Efeito da audincia: beneficia os resultados na presena de outrem Allport o Efeito da coaco: Quando vrias pessoas ao desempenharem a mesma tarefa, sentem-se coagidas a desempenh-la. O outro a desempenhar a mesma tarefa tem um efeito benfico no desempenho.

Definio de Normas As normas so facilitadores sociais, que so aprendidas e constituem um dos mais importantes mecanismos de controlo social do comportamento dos indivduos, no so apenas regras sobre o comportamento no grupo/meio mas tambm expectativas sobre os tipos de comportamento, as normas tanto podem ser formais, explcitas, como informais e inconscientes, s perceptveis quando so violadas.

Tipos de Normas Normas Descritivas (- especficas para determinados grupos/situao -): Descrevem como devemos nos comportar em determinados momentos. O que fazemos situao especfica. Ex: aniversrio, ento comprar prenda. Normas Obrigatrias (- regras para todos -): As normas que nos dizem o que devemos fazer. Ex: normas de trnsito. Normas Morais: So regras de convenincia social que tem carcter autoobrigatrio, universal e incondicional. Ex: os dez mandamentos Normas Culturais: So regras que so veiculadas atravs da cultura. Ex: poligamia/monogamia. Para que servem as normas?

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Para reduzir a incerteza ao nvel das opinies, dos sentimentos e dos comportamentos permitir uma maior previsibilidade do comportamento do outro; regular as trocas entre as pessoas nas interaces sociais. So fundamentais nas interaces sociais porque elas fornecem ordem, estabilidade e previsibilidade. Funcionam como um quadro de referncia que nos ajuda a interpretar a realidade social.

Mudana das Normas Devem-se a Kurt Lewin os primeiros estudos sistemticos e experimentais sobre os processos de mudana nos grupos e nas suas normas. importante reter que a mudana de comportamento de grupo pressupe a mudana de normas. Experincias de Musafer Sherif Quadro de Referncia Normas

Ao estudar a formao de quadros de referncia, Sherif pretendia aclarar o modo como as atitudes e crenas (quadros de referncia individuais) se inter-relacionam, desde a sua gnese, com as normas grupais e culturais (quadro de referncias sociais). As principais concluses de Sherif podem ser sintetizadas do seguinte modo: Confirmam-se a influncia dos outros na criao de quadros de referncia numa situao social incerta e ambgua; Essa tendncia para a auto-organizao baseia-se no prprio comportamento de um indivduo isolado ou no comportamento dos outros, quando tal possvel; Apesar de as fontes de auto-organizaes serem ambas importantes, a referncia ao comportamento dos outros parece mais decisiva; A importncia dos outros na criao de quadros de referncia individuais no implica que eles exeram qualquer coero implcita ou explcita. De facto, a influncia dos outros parece ser igual ou maior que se ausentam. A diferena de posies sociais/ estatutos afecta claramente a assimetria das convergncias individuais.

Influncia Social Conformismo A desejabilidade social um factor que aumenta o conformismo exponencialmente. Os grupos de pares so uma grande fora no que diz

respeito imposio de normas e tendncias implicitamente num sujeito. Em situaes em que as pessoas esto mais vulnerveis e menos segura, as pessoas tendem a adoptar mais o comportamento do outro.

Como se define a realidade? A realidade define-se com a experincia das nossas vidas, com base naquilo que comparamos com os outros, com o comportamento do outro. Que estratgias utilizamos quando no estamos de acordo com as pessoas do nosso grupo?

Festinger Teoria da Comparao Social A teoria da comparao social diz-nos que precisamos de avaliar as nossas opinies, crenas e fazemos atravs do outro, usamos o outro para nos compararmos, usamo-los como referentes sociais. Ao compararmos os nossos resultados com o de outras pessoas, podemos encontrar um efeito atenuador para a nossa realidade (conforto). Conformismo um processo que ocorre numa relao assimtrica em que o indivduo ou grupo submete-se ou adere norma de um outro indivduo ou grupo.

Asch foi o primeiro autor a estudar de forma sistemtica o conformismo. Ilustra este processo atravs de uma relao assimtrica. Antes Moore Explicaes (Teoria do Reforo): o Conformismo funciona como um reforo = recompensa. o No conformismo/ desvio = punio.

Teoria do Reforo: As pessoas so compensadas quando se conformam e punidas quando no se conformam. Asch contestou a explicao e props outra concluso: Para Asch existe uma reestruturao cognitiva consoante a informao recebida, enquanto para Moore a informao no implica uma diferena significativa.

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Reorganizao Cognitiva do todo: uma mudana das partes (em que h um conhecimento prvio dos julgamentos da maioria) implica a reorganizao do todo.

Explicao de Lorge (Associao Automtica): O prestgio reconhecido do presidente associava-se automaticamente frase, tornando-a boa ou m, consoante o autor que a proferira. Asch no concorda com a explicao fornecida por Lorge e recomea a experincia: O significado que foi dado mesma informao era diferente. Justamente quando as pessoas tm uma informao vai mudar uma das partes (o nome de quem escreve a frase), e essa mudana da parte obrigar a reorganizao do todo. Pressuposto Terico de Asch: Asch partiu do princpio que os sujeitos ingnuos face a material no ambguo, muito estruturado e a uma maioria vo realizar um trabalho cognitivo que consiste em reorganizar as suas percepes em funo da maioria.

O sujeito ingnuo isolado numa posio minoritria, face a uma maioria unnime que contradiz consistentemente a evidncia perceptiva (que erram), conforma-se a essa maioria unnime. O Pressuposto de Asch Confirmado? O pressuposto terico de Asch foi confirmado mas por um pequeno grupo (conformistas a nvel perceptivo) de sujeitos que deformou a sua percepo, submetendo-se inconscientemente influncia da maioria reorganizando assim a informao cognitiva. Tipologia dos Sujeitos Sujeitos Conformistas Nvel de Julgamento: Os sujeitos conformistas a nvel de julgamento reconheciam que haviam dado respostas em desacordo com o que tinham visto, apenas o faziam para no interferirem com o desenrolar da experincia. Nvel Comportamental: Os conformistas a nvel comportamental eram aqueles que indicavam saber estarem certos e a maioria errada, justificando o seu comportamento com a vontade de no sobressair. Nvel Perceptivo: No reconheciam que algo de estranho se tinha passado na situao experimental.

Sujeitos Independentes Independentes Verdadeiros: Eram aqueles que se mostravam inabalveis na sua convico de estarem certos e de responderem de acordo com o que viam. Independentes Falsos: Eram aqueles sujeitos que admitiam estar errados e a maioria correcta, conformavam-se ao experimentador.

Motivos Para o Conformismo Deustch e Gerard (1955).Basicamente, estes autores defendem que o grau de influncia entre um emissor e um alvo mediado pela relao de dependncia que se estabelece entre o emissor e o alvo. Deustch e Gerard distinguem dois tipos de influncia social:

A dependncia informativa foi inspirada na teoria da comparao social de Festinger (1954), usamos o outro como referente social valida juzos funcionam como prova de verdade A dependncia normativa refere-se s situaes em que a susceptibilidade de um indivduo influncia de um grupo se explica pelo desejo de evitar a sua rejeio por esse grupo. Necessidade de pertena. Medo de excluso/rejeio. Presso e aprovao social. Shachter

Motivos Para o No-Conformismo Necessidade de manter a individualidade Existem pessoas que tm a necessidade de manterem a identidade social e no ceder s presses, estas pessoas esto pouco preocupadas com a aprovao social e normalmente tm nveis de autoconfiana elevados, a autoconfiana tem a ver quando as pessoas esto mais seguras. Culturas Individualizadas vs Culturas Colectivistas Efectivamente as culturas ocidentais so mais individualistas que as culturas ocidentais, a educao mostra-se como um factor importante para termos em conta.

O pressuposto do Asch diz-nos que vai haver uma reinterpretao cognitiva daquela informao percepcionada pelo sujeito de modo a alter-la em funo da presso do grupo, o sujeito activo ao reorganizar cognitivamente a informao percepcionada. Este pressuposto derruba a 5

tese do sonambulismo que afirma que o sujeito passivo, Asch demonstra que no, que o sujeito activo, reinterpreta e atribui significados ao que percepciona. As variaes das experincias do Asch so importantes porque reforam esta ideia, de que o sujeito um sujeito pensante, activo e interpretativo da sua realidade. Crticas a Asch: no havia uma base terica para os resultados que encontrou. Do ponto de vista terico, as suas justificaes so sempre a posteriori. Variaes do Paradigma de Asch tm como base o paradigma original mas ajudam a compreend-lo e a tirar novas concluses Importncia do objecto do Julgamento Numa das variaes da experincia original, Asch tentou perceber at que ponto os resultados obtidos se devia ao material utilizado e at que ponto ia se usassem objectos de julgamento muito diferentes. Resultados: Tambm aqui o nvel de conformismo foi muito semelhante ao da primeira experincia; Asch demonstrou que os seus resultados do paradigma experimental original no eram dependentes da utilizao dos objectos de julgamento originais; Desde que o estmulo seja objectivo no isso que vai provocar o conformismo.

Possibilidade de Avaliao Objectiva Asch verificou que nesta experincia o conflito foi ainda maior, a rgua deu mais objectividade maioria.

Resultados: Como a maioria no tinha dvidas e no se levantaram para medir a linha isso fez com que a resposta dada pela maioria fosse reforada, a resposta parecia ter tido mais objectividade e certeza, e isto fez aumentar o conformismo. Asch justifica este aumento pelo facto de, ao avaliarmos objectivamente o objecto, no estamos a faz-lo apenas tendo em conta os nossos julgamentos, mas tambm em relao ao dos outros. Dimenso do Grupo

Asch quis saber se o conformismo era proporcional dimenso do grupo e quis saber at que ponto o conformismo poderia ir consoante a dimenso do grupo. Resultados: Quando o sujeito confrontado com um grupo de 1 comparsa, o conformismo nulo. O sujeito sente-se mais vontade para expor o seu ponto de vista e argumentar seu favor; Quando o grupo era de 2 comparsas, o sujeito ingnuo tende a conformar-se um pouco porm ainda aqui cede pouco presso dos dois comparsas; Quando o grupo era de 3 comparsas o conformismo era relativamente igual ao conformismo observado em grupos de dimenses superiores. O que leva Asch a concluir que efectivamente basta haver 3 sujeitos para que o conformismo exista. Desta experincia Asch concluiu que no o nmero que promove o conformismo.

Contexto de enunciao do julgamento pblico vs privado Asch quis ento ver se de facto realizar os julgamentos em pblico ou privado a influncia do grupo seria a mesma.

Resultados: A possibilidade de deciso sobre os julgamentos em privado deu mais liberdade aos sujeitos para expressarem a sua prpria opinio acerca do objecto que percepcionavam, Asch verificou que quando a resposta era dada num contexto privado o conformismo diminua.

Apoio Social 1. Numa primeira verso para testar o apoio social, Asch utilizou 2 sujeitos crticos em vez de 1 como no paradigma original. a quebra da unanimidade na maioria, seja qual for a dimenso da dissidncia (divergncia) decisiva para a manifestao do conformismo Resultado:

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Asch concluiu ento que o factor unanimidade central, se o grupo no for unnime e consistente sempre, o sujeito ingnuo tende a no ser conformista, se o grupo for consistente e unnime em todas as circunstncias ento isto ir favorecer o conformismo e o sujeito ingnuo ir conformar-se mais do que quando a unanimidade no constante.

Reduo do conformismo: Quebra da unanimidade ou submisso ao aliado? A quebra da unanimidade o factor decisivo para explicar a reduo do conformismo promovida pelo aliado. O efeito da consistncia do comportamento do aliado Asch, quis saber at que ponto necessria consistncia da parte do aliado para garantir a sua eficincia na reduo do conformismo. Ser que uma vez quebrada a unanimidade, o aliado se torna dispensvel?

Concluses das Variaes: Unanimidade do grupo maioritrio; Importncia do apoio social; Contexto pblico vs privado

Asch demonstra que o sonambulismo falso, porque nunca h interiorizao do conformismo,apenas no grupo perceptivo do qual confirma o pressuposto de Asch. Normalmente o conformismo no interiorizado, e a questo da unanimidade no faz parte da tese do sonambulismo. No sonambulismo, a unanimidade no tem qualquer fora indiferente.

Obedincia Autoridade A questo da obedincia autoridade tem uma funo de regulao social. Os grupos e as organizaes possuem regras e autoridades.

No caso da obedincia autoridade estamos a falar duma situao em que existe uma estrutura hierrquica, obedece-se quem est por cima na hierarquia. Exemplos de entidades socializadoras: igreja, escola, famlia, organizaes, etc. Normas de Obedincia autoridade As normas de precocemente obedincia s autoridades so interiorizadas

Smbolos de Autoridade

Porque que interiorizamos as normas de muito precocemente? Pelo simples facto de quando somos crianas somos recompensados pelo cumprimento de uma ordem, e esse processo estende-se ao longo da nossa vida. Experincias de Milgran Pretendeu compreender quando e porqu as pessoas obedecem autoridade (maioria qualitativa), mesmo quando o comportamento obediente pe em causa a vida de outra pessoa;

Segundo Milgran, a obedincia um fenmeno tanto comum como til das sociedades humanas. Fenmeno til porque garante o funcionamento rpido e eficaz das nossas complexas estruturas sociais. Mas a obedincia tambm representa um perigo para a democraticidade e humanidade da nossa civilizao. Quantos crimes, massacres, perseguies foram realizados por pessoas comuns que obedeciam a ordens? Milgran quis estudar em laboratrio at onde so capazes de ir pessoas normais que se limitam a obedecer. Temos que ter em conta que a obedincia uma manifestao da influncia social.

Quais as razes para o grau de obedincia autoridade na experincia de Milgran? desresponsabilizao de quem obedece Norma de Obedincia Esta norma leva-nos a obedecer a autoridades que so percepcionadas como legtimas e competentes e que essas autoridades aceitem a responsabilidade da ordem que esto a impor. Difuso da Responsabilidade Quanto maior for a responsabilidade pessoal, maior a tendncia para evitar aces que condicionem a vida do outro. E por consequente quanto maior a desresponsabilizao pessoal (responsabilizando o experimentador, ou o aluno que dava mais erros) maior a tendncia para a obedincia. Apoio Social O apoio social aqui, tem mais eficcia na desobedincia do que na obedincia.

Variaes das Experincias de Milgran 9

A partir da situao de base, Milgran realizou diversas replicaes e variaes experimentais da qual iremos ver algumas: 1. A proximidade da vtima A obedincia decresceu substancialmente medida que a proximidade aumentava. 2. A proximidade da autoridade Se a proximidade da vtima fez diminuir a obedincia, a proximidade da autoridade talvez devesse faz-la aumentar. E foi isso mesmo que Milgran verificou numa nova variao experimental. Resultados: Os resultados mostraram existir uma fortssima relao positiva entre proximidade da autoridade e os nveis de obedincia alcanados 3. O prestgio da autoridade no demonstraram nenhuma reduo aprecivel do grau de obedincia. E, no entanto, muitos sujeitos revelaram, nas entrevistas, ter grandes dvidas sobre a credibilidade da tal organizao desconhecida. 4. A influncia dos outros e o peso do apoio social para a desobedincia Resultados: A influncia dos outros foi mais eficaz na facilitao da desobedincia do que na promoo da obedincia. O apoio social aqui tem mais uma vez um impacto libertador. 5. A consistncia da autoridade o nvel de obedincia baixou consideravelmente devido pelo facto de os experimentadores no serem unnimes.

Resultados da Experincia Original de Milgran Difuso da responsabilidade o A responsabilidade do professor foi transferida para o experimentador.

Entrevistas que verificaram que:

Quanto maior a desresponsabilizao pessoal (responsabilidade transferida para o experimentador ou ao aluno que dava muitos erros) maior a tendncia para a obedincia.

Explicaes de nvel personalstico situacionais e ideolgicas (contexto)

(pessoa)

vs

Explicaes

Milgran explica o fenmeno da obedincia autoridade atravs de mecanismos psicossociais em vez de explicaes personalsticas (Adorno, 1950). Milgran verificou que a personalidade conta apenas 8% para o fenmeno da obedincia autoridade.

Factores que Contribuem para a Obedincia Autoridade As normas de obedincia levam a que se obedea a autoridades que so percepcionadas como legtimas e competentes ou que aceitem a responsabilidade.

Modelo Funcionalista O modelo funcionalista diz-nos que a influncia social exercida de forma unilateral o poder pertence s maiorias. A funo da influncia social a de manter e reforar o controlo social = processo de adaptao.O modelo funcionalista era visto como um processo de adaptao em que os grupos maioritrios construam as normas e os outros seguiam-nas. Sendo o funcionalismo um processo de adaptao, um facto que os fenmenos de influncia pressupem que alcanar os objectivos de um grupo s possvel se existir unanimidade ou pelo menos grande consenso nesse grupo. o Festinger (1950) Teoria Comunicao Social Informal uniformidade necessidade de reduzir as divergncias entre os membros de um grupo bom funcionamento do grupo excluso dos desviados (experincia de Schachter). O bom funcionamento do grupo aquele que uniforme e coeso. No modelo funcionalista a mudana considerada indesejvel. De acordo com o modelo funcionalista, as normas da maioria fornece certeza e objectividade realidade social (excepto na experincia de Sheriff em que todos encontraram a norma grupal em conjunto e influenciaram-se), portanto o funcionalismo explica-nos que a necessidade de reduzir a incerteza contribui para que aceitemos em grande peso as normas grupais.

Como que o sistema muda?

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Moscovici desenvolveu um programa de investigao sobre um aspecto negligenciado na rea da influncia social: a inovao, quer dizer, a mudana das normas de um grupo promovidas por uma minoria.

Modelo Gentico Desenvolvida por Moscovici e colegas, a teoria do modelo gentico, pe em causa os pressupostos do modelo funcionalista ao defender uma nova perspectiva, a inovao por parte dos grupos minoritrios desprovidos de poder. Os grupos minoritrios rompem com o status quo (estado actual das coisas) e geram a mudana, a aco das minorias desprovidas de poder. Existem dois tipos de minorias: 1) minorias activas que tm o propsito de propor novas normas e 2) minorias que no desenvolvem uma aco constante e explcita para transformar as normas. Para que a aco dessas minorias desprovidas de poder sejam eficazes e geradoras de inovao, a minoria tem que ser activa de forma a propor contra-normas de uma forma activa e consistente, as minorias que no desenvolvem uma aco constante e explcita no tm poder de inovao. Trata-se de dois tipos de minorias: uma que contesta apenas (passiva) e outra que inova (activa). O modelo gentico diz-nos que a influncia social no se resume apenas ao controlo social, a influncia aqui um processo de mudana social. a maioria que fica em conflito por terem as suas normas postas em causa face uma minoria inovadora. Estilo de Comportamento Consistente A auto-confiana faz o grupo ser consistente, porm a unanimidade uma questo importante para o sucesso da minoria. Negociao o flexvel/conciliatrio vs rgido Uma minoria flexvel na discusso consegue promover mudanas de atitudes e crenas, enquanto que uma minoria rgida no consegue. Percepo da minoria como auto-confiante = credibilidade O impacto de uma minoria determinado conjuntamente pela consistncia percebida do seu comportamento e pela auto-confiana percebida nas suas propostas. A minoria at pode ser percepcionada como incompetente, mas se forem muito auto-confiantes podem influenciar a maioria porque a autoconfiana d credibilidade. Consenso entre os elementos do grupo

o Manter o consenso durante algum tempo Uma minoria consensual e consistente entre os elementos de um grupo favorece o conflito da maioria, e propiciam a mudana de normas da maioria. Nmero de Elementos o 3 ou 4 elementos influenciam mais do que apenas um (Moscovici & Lage, 1976)

Aceitao Pblica vs Aceitao Privada o o Influncia Maioritria Produz maior aceitao pblica; Influncia Minoritria Produz maior aceitao privada;

A aceitao pblica da influencia maior no conformismo do que na inovao, porm a aceitao privada da influencia maior na inovao do que no conformismo !!!!!!

Paradigma Experimental de Moscovici Moscovici tentou comparar directamente a influncia maioritria e minoritria em termos tanto de aceitao pblica como de aceitao privada dessa influncia a partir do paradigma experimental. Resultados: Os resultados foram muito interessantes, indicando que s a minoria consistente produziu aceitao privada da sua influncia. Em suma, segundo os resultados, uma minoria consistente, embora percebida como incompetente (mas auto-confiante), capaz no s de produzir uma aceitao pblica da sua influncia mas tambm uma aceitao privada. Pelo contrrio, uma maioria, embora tenha muito maior impacto nas respostas pblicas dos sujeitos crticos, no produz aceitao privada (como nas experincias de Asch, em que na experincia de resposta pblica e privado (escrita) os sujeitos escreviam as suas respostas sem serem influenciados pela maioria como no caso das respostas dadas em pblico. Portanto esta a grande diferena entre as experincia do Moscovici em relao s experincias do Asch, no Asch os sujeitos eram influenciados porm no interiorizavam essas normas do grupo, enquanto que aqui, no Moscovici, os sujeitos tinham uma aceitao pblica e privada que derivam da forma como os outros percepcionam que influencia, se algum consistente, unnime, auto-confiante e coerente. 13

Validao e Converso A minoria vai obrigar a maioria a ouvir, tentar perceber e reflectir o que a minoria est a defender e isto o processo de validao daquilo que a minoria est a defender, que deriva do conflito, portanto, o conflito ir forar a maioria a repensar as questes que esto a ser postas em causa pela minoria, e esse repensar implica a validao. A partir da validao daquilo que a minoria est a defender a maioria ir reflectir e ento d-se a converso aps a reflexo. Diferenas entre o Conformismo e a Inovao Processo psico-social subjacente o Conformismo: comparao- os alvos de influncia esto centrados no comportamento da maioria quem diz?; o Inovao: validao os alvos de influncia esto centrados no objecto de julgamento contedos o que diz; Caractersticas o Conformismo: Processo de submisso ou complacncia; o Inovao: Processo de converso; o Conformismo: Processo mais rpido conformamo-nos de uma forma rpida; o Inovao: Processo mais lento a inovao um processo mais lento; Tipo de Influncia o Conformismo: Pblica e Muitas vezes No Privada Conformamonos para sermos aceites mas no interiorizamos; o Inovao: Pblica e Privada A influncia da inovao a nvel pblico e privado; Tipos de Comportamentos de Quem Influncia o Conformismo: Consistente e Sincrnico o Inovao: Diacrnico e Sincrnico

Construo Social do Self. O self na perspectiva de Linville.

- A identidade uma entidade dinmica e no esttica; As pessoas so um produto do biolgico e do social, e resulta desta interaco entre os contextos. Ao sabermos quem somos conseguimos identificar as nossas atitudes/crenas e comportamentos, melhor prevemos o nosso comportamento e melhor conhecemos os outros e o mundo social em que nos inserimos. SELF Mead (1934) Interaccionismo Simblico O self o produto de um processo social Socialmente regulado e regulador da vida social;

Somos regulados, mas tambm somos reguladores, atravs das nossas crenas e atitudes dentro dos grupos sociais. A identidade social no tem a ver com Mead e sim com o Tajfel (a saber para o teste);

Mead afirma que o me no existe quando a criana nasce, e portanto quando nasce a criana s tem o eu e no o mim. A criana adquire o mim atravs das relaes com os outros, dessas interaces e da interiorizao de gestos e significados que vai tendo com os outros. Assumir o papel dos outros e interiorizar as suas atitudes um requisito necessrio para a formao do self; Relao: Primria e Secundria

Quem so os outros ou o contexto que so importantes? Depende do contexto Mltiplas Formas do Conhecimento do Self O auto-conhecimento organiza-se em todo dos mltiplos papis, actividades e relaes que se desempenham;

Todos ns temos mltiplas formas do conhecimento do self, as pessoas vem-se a si prprias em inmeras situaes e papis As pessoas assumem diferentes papis consoante os contextos Linville (1985; 1987) Alta complexidade do self = So as pessoas que atravs dos vrios papis e actividades, salientam as suas diferentes facetas do seu self vrios aspectos do self com diferentes atributos. Baixa complexidade do self = Pessoas que tm menos aspectos do self (papis e h atributos que se repetem, no so diferenciadores. 15

Implicaes da Alta ou Baixa Complexidade do Self Bem Estar fsico e psicolgico;

Quem tem uma baixa complexidade do self vive os sucessos e xitos mais intensamente; Sucesso vs Fracasso Baixa Complexidade: Estados de nimo mais positivos face ao xito e estados de nimos mais negativos face ao insucesso = Mais mudanas na auto-estima face experincia em causa do que indivduos com alta complexidade do self;

H uma maior instabilidade nas pessoas que tm uma baixa complexidade do self. Essas pessoas esto muito dependentes das contingncias da vida e deprimem-se mais do que as que tm alta complexidade do self. Porque que a alta complexidade do self protege a auto-estima? Os outros selfs atenuam na parte do self que est abalada, fazendo com que seja menor a predisposio para a depresso. Como promover a complexidade do self? Uma maior diversidade de experincias e papis, isto , diferentes papis e actividades sociais promovem a complexidade do self.

Teoria da Comparao Social (Festinger, 1954) A Teoria da Comparao Social muito importante nas questes do self porque no decorrer da construo da nossa identidade vamos nos comparar. As comparaes sociais na perspectiva de Festinger esto a um nvel interpessoal dado que nos comparamos com os outros. Referentes comparativos;

Precisamos de referentes comparativos para nos auto-avaliarmos. Escolhemos outros indivduos similares como referentes comparativos para potencializarmo-nos e estimularmos, e raramente escolhemos quem est abaixo de ns, o referente comparativo vai depender da importncia que estamos a dar referncia. Procura de atributos distintivos sentimentos de unicidade;

Tesser (1988) Modelo de Manuteno de Auto-Avaliao

O modelo de manuteno de auto-avaliao de Tesser diz-nos que aquando das comparaes sociais os nossos referentes comparativos tendem a ser prximos e a importncia do atributo ou da dimenso comparada condicionam a comparao Processo de Categorizao Social (Tajfel & Bruner) Categorizao Social = Tajfel Categorizao: processo mediante o qual a recebemos do exterior organizada e ordenada; informao que

Ordenao do meio acontecimentos, etc.)

em

categorias

(objectos,

pessoas,

Funo: Economia dos esforos do sistema cognitivo facilitando o processamento da informao proveniente do meio atravs da reordenao do meio em categorias; Segundo Tajfel, a categorizao social constitui um poderoso processo organizador e simplificador da realidade social. A categorizao social constitui um processo cognitivo necessrio para a organizao e seleco da informao complexa.

Efeitos da Categorizao Social

Efeito de assimilao ou estereotipia cognitiva tendncia que temos em negligenciar as dimenses especficas dos constituintes de categorias sociais de uma forma generalizada e estereotipada que deriva da categorizao social; Efeito de contraste ou diferenciao cognitiva tendncia para acentuarmos as diferenas entre as dimenses sociais provenientes da categorizao social; o conceito de identidade social refere-se, segundo o modelo de Bristol, a um envolvimento emocional e cognitivo dos indivduos no seu grupo de pertena e s consequentes expresses comportamentais desse envolvimento no quadro das relaes inter-grupais.

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Segundo Tajfel (1972) a identidade social est associada ao conhecimento de pertena aos grupos sociais e ao significado emocional e avaliativo dessa pertena. O modelo da identidade social da escola de Bristol foi o primeiro a colocar a identidade no centro da anlise das relaes intergrupais A categorizao social promove uma diferenciao entre categorias sociais; A organizao das categorias sociais e a seleco de critrios que permitem classificar as categorias feita atravs dos valores sociais e culturais Originando a estereotipia e o resultado ltimo do seu comportamento, ou seja: a discriminao

Esteretipos Discriminao

Quando atribumos esteretipos ao nosso grupo so sempre esteretipos mais positivos, e quando atribumos esteretipos aos outros grupo so sempre mais negativos.

Teoria dos Conflitos Realistas de Sheriff a representao ou imagem que temos dos grupos depende da relao que se estabelece com esses grupos. Isto , se uma relao de cooperao ou de competio. Sheriff introduz a competio e a cooperao como modalidades de interaco entre os grupos;

Segundo Sheriff, a competio entre os grupos sociais seria uma condio necessria para o aparecimento de comportamentos de diferenciao entre os grupos.

Surge aqui uma questo: O que temos que fazer para no haver esta hostilidade/conflito entre os grupos? os grupos tm que partilhar objectivos supraordenados. Sheriff tentou responder a esta pergunta, e organizou uma 4 fase do estudo: Colaborao de todos para ultrapassar dificuldades sobrevivncia do grupo = a hostilidade entre os grupos foi atenuada e a imagem do outro grupo tornou-se mais favorvel;

podemos definir o conceito de objectivos supraordenados como sendo a envolvncia dos grupos nas tarefas de cariz colaborativo em que necessria a colaborao dos grupos para assegura a sua sobrevivncia. Resultados: A introduo de tarefas com objectivos supraordenados na quarta fase da experincia foi suficiente para atenuar a hostilidade entre os grupos e tornar a imagem que os grupos tinham um do outro mais favorvel. Relaes de Cooperao Imagens Intergrupais Positivas; Relaes de Competio Imagens Intergrupais Negativas. Projectos Supraordenados Interdependncia Positiva entre os Grupos.

Escola de Bristol (Tajfel e Turner) Ser que necessrio existir uma situao de conflito social para desencadear fenmenos de discriminao social, tnica, etc..?

A escola de Bristol criou o paradigma experimental dos grupos mnimos para responder a esta pergunta. Klee and Kandinsky Ser que a categorizao traduz-se tambm em discriminao, num comportamento de favoritismo pelo ingroup em detrimento do outgroup?

Resultados: Tajfel demonstrou que h uma tendncia universal em ns para favorecermos o nosso grupo e no o outro grupo. Verificou-se um autofavoritismo relativo que favorecia a diferenciao positiva entre os grupos; As pessoas preferem ainda favorecer o seu grupo relativamente em vez de absoluto, isto , at preferem beneficiar menos o grupo de pertena em relao ao outro grupo para que seja garantida a diferenciao positiva entre os grupos, ou seja, os grupos procuram diferenciar positivamente dos outros grupos.

Explicao para os resultados do paradigma experimental dos grupos mnimos: Duas explicaes: 1. A Explicao Inicial de Tajfel diz que as pessoas favoreciam o seu grupo porque accionavam a norma do etnocentrismo; 19

2. Na segunda explicao proposta, Tajfel vai estabelecer a ligao entre a categorizao social e a identidade social. Uma vez que estaria associado categorizao social um significado emocional e avaliativo que resulta dessa pertena (categorizao) que exprimir-se ia no favoritismo pelo endogrupo em detrimento do exogrupo. Identidade Social A identidade social aquela parcela do auto-conceito dum indivduo que deriva do conhecimento da sua pertena a um grupo social (proveniente do processo da categorizao social), do significado emocional e do valor associado a essa pertena.

para Tajfel o mais importante vai ser a Identidade Social quando comparada com a Identidade Pessoal, isto porque, a Identidade Social exerce mais peso na forma como olhamos para ns prprios. A Identidade Social Constri-se atravs das comparaes sociais entre o grupo de pertena e os outros grupos considerados relevantes ao nvel das dimenses, atributos e caractersticas grupais que permitem a diferenciao positiva do grupo de pertena;

Perspectiva Motivacional de Tajfel e Turner (1979) Segundo a perspectiva motivacional, os sujeitos sentem necessidade de alcanar uma identidade social distinta e positivamente valorizada, ou seja, os sujeitos procuram uma distintividade positiva.

A perspectiva motivacional inclui-se nas dimenses da Identidade Social, e diz-nos que preciso estarmos motivados para favorecermos o nosso grupo em detrimento do outro grupo. Diferenciao Positiva do Ingroup relativamente ao Outgroup O que acontece quando o ingroup (nosso grupo) no nos possibilita uma Identidade Social Positiva? Quando o nosso grupo de pertena no nos permite a obteno de uma identidade distinta e positiva, vamos recorrer a estratgias para que seja possvel alcanar uma identidade social positiva, so elas: Mobilidade Social Assimilao do Outgroup; Mudana Social Reinterpretao Cognitiva das Caractersticas do Ingroup.

A Mobilidade Social ocorre quando quer o grupo em que pertencemos, quer o outro grupo tem as suas fronteiras permeveis essa mobilidade,

permitindo que mudemos do nosso grupo para o outro grupo para que possamos encontrar uma nova Identidade Social que seja positiva e distinta. No caso da mobilidade social, esta uma estratgia meramente individual A Mudana Social uma outra estratgia que pode ser utilizada para que a pessoa tenha uma Identidade Social positiva e distinta quando o grupo actual no permite. uma estratgia colectiva e no individual, em que h uma mudana do grupo como um todo. Essa mudana do grupo implica que, quando o grupo no consegue obter uma Identidade Social positiva e distinta, o grupo tenha que olhar para si prprio e fazer uma reinterpretao das suas caractersticas negativas e transform-las em algo positivo para que da consigam obter uma Identidade Social positiva e distinta.

Turner critica o paradigma dos grupos mnimos atravs da Teoria da Auto-Categorizao. Turner diz que o que se passou na teoria dos grupos mnimos, foi porque as pessoas no tiveram outra opo, e portanto tudo funcionava em termos de categorizao social, e se as pessoas tivessem a possibilidade de se favorecerem a si prprias e no ao grupo de pertena, as pessoas iam se favorecer. Maior tendncia para o auto-favoritismo do que para o favoritismo endogrupal Distintividade positiva entre o eu e os outros; Tendncia para uma diferenciao intergrupal. Principal crtica escola de Bristol Tajfel construiu a sua teoria no vazio social, era desprovida de significado social, ou seja, quando falamos de categorizao social falamos necessariamente de grupos. A escola de Bristol no teve em conta que, tal como as pessoas, tambm os grupos tm hierarquias sociais.

Representaes Sociais

As representaes sociais remetem para dois termos: - Representao enquanto representao mental de um objecto individual e remete para os atributos de um determinado objecto, que pode ser um fenmeno (Sida), casa, etc. - Representao Social

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Esta diferencia-se da representao mental. Quando inclumos o social falamos de partilha social sobre os atributos do objecto representacional. Esta varia de contexto e de classe social, i.e. a representao que temos de casa diferente em vrias zonas de Portugal. Moscovici surge com o conceito de representaes sociais. Ele pretendeu perceber como que as pessoas em geral (senso-comum) apreendiam a teoria cientfica - Psicanlise. Representaes Colectivas As representaes colectivas so formas estveis de conhecimento social e mudam muito lentamente a nvel quer da estrutura quer do contedo. Possuem um carcter homogneo dos conhecimentos que pressupunha uma representao uniformemente partilhada por toda a sociedade (ao contrrio das R.S que no possuem este carcter pois variam de grupo social para grupo social). E.g. Memrias colectivas de uma sociedade. A nvel de instrumento heurstico, no so muito adequadas uma vez que estamos em constante mudana, onde a evoluo das transformaes sociais ocorre de uma maneira rpida. Representaes Sociais A representao social de um determinado objecto constituda e partilhada por um grupo social. So construdas no locus do grupo social. Representaes Sociais: Tratam-se de entidades dinmicas So recriadas e transformadas no decorrer das comunicaes e das interaces no interior de um grupo social.

Moscovici foi ento perceber como que diferentes tipos de comunicao (Jornais) falavam sobre a Psicanlise.

Comunicao Transitiva vs. Comunicao Direccional Transitiva a forma como transmitimos as representaes sociais atravs da integrao com os outros Direccional diz respeito aos meios de comunicao e de como estes passam a informao e fornecem modelos sociais

Tipologia das Representaes Sociais (Moscovici) R.S. Hegemnicas Semelhantes s representaes colectivas de Durkeim Temas sem controvrsia social. No suscitam grande discusso, so consensuais em todos os grupos. e.g.: Direitos humanos na cultura ocidental R.S. Emancipadas apresentam alguma autonomia em relao aos grupos sociais. Vo-se transformando quando ainda nem todas as pessoas do grupo tm a mesmo R.S. sobre determinado objecto, ainda no h uma partilha do grupo. Por isso o consenso entre os grupos sociais e entre as pessoas do prprio grupo no existe. e.g.: Inato vs. Adquirido? R.S Polmicas como o prprio nome indica, so representaes que decorrem de processos de conflitualidade entre os grupos sociais sobre temas controversos e polmicos. A representao social partilhada pelos elementos de um grupo de forma consciente. Existe um consenso grupal em torno das mesmas posies partilha de crenas e valores. e.g.: Questo da Eutansia/Aborto

Processos cognitivos que regulam os contedos representaes sociais

na formao das

Objectivao passagem de elementos abstractos e tericos a imagens concretas e naturais. Algo que nos estranho, associado a um conjunto de elementos concretos (e.g: Morte -preto, caveira, etc.) Encontra-se dividida em 3 etapas: Construo Selectiva deixamos de fora outros. seleccionamos determinados elementos e

Esquematizao as noes bsicas que constituem uma representao, se se encontrarem organizadas de forma a constiturem uma padro de relaes estruturadas. Naturalizao transforma o que abstracto em imagens concretas e naturais Ancoragem significa ancorar ou assimilar objectos novos em categorias sociais, culturais, ou prticas j existentes; as representaes no emergem de uma tbua rasa, ancoram em categorias j pr-estabelecidas.

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No trabalho de Moscovici percebeu-se, relativamente ancoragem, que os franceses associavam a prtica de psicanlise a outras prticas: medicina, confisso religiosa, hipnotismo. As representaes sociais tm a funo de transformar o desconhecido em algo familiar.