Apostila Com Series Novas

Embed Size (px)

Citation preview

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

LISTA DAS SRIES DE LMINAS DE ROCHAS METAMRFICASSrie de lminas 1B 1 a 18 Rocha Cianitito Andes Peruanos Procedncia

F. Cercadinho (SG Minas), Rodrigo Silva, Ouro Preto 1C 001 a 014 Filito 1C 015 a 030 Ortoanfiblio-cordierita-biotita xisto Grupo Nova Lima (SG Rio das Velhas), extremo oeste da Serra do Curral, QF, MG

1C 031 a 050 1C 051 a 067 1C 068 a 084 1C 85 a 100 1D - 001 a 019 1D - 020 a 038

Piemontita quartzito Biotita gnaisse Piroxnio-quartzo-grunerita xisto Andradita escarnito Prehnita granofels

Anaj, Bahia Barra Longa, MG Lagoa do Alegre, Ba Equador Regio de Timteo, MG. Distrito de Barra Longa, Mariana, MG Distrito de Monsenhor Horta, Mariana, MGForm. Cercadinho (SG Minas), Serra de Antnio Pereira, MG

Metakomatiito (serpentinito com tremo- Grupo Nova Lima (SG Rio das Velhas), Crrego do Quebra Osso, junto Serra do Caraa, MG lita)

1D - 039 a 058 Epidoto granofels 1D - 059 a 078 Quartzo-granada-cummingtonita xisto 1D - 079 a 098 Moscovita-quartzo xisto 1E - 001 a 017 1E - 018 a 037 1E - 038 a 051 1E - 052 a 069 1E - 070 a 089 Rodingito Filito Albitito Diopsdio-grossularita felsEstaurolita-biotita-moscovita-plagioclsioquartzo xisto

Ibar, Escudinho Riograndense, RS Ibar, Escudinho Riograndense, RS Ibar, Escudinho Riograndense, RS Minau, GOFormao Sabar (SG Minas), Serra do Curral, Ibirit, MG

1E - 090 a 107 Ardsia 1F - 001 a 019 Estaurolita-granada-biotita-quartzo xisto 1F - 020 a 037 Granada-clorita-quartzo-moscovita xisto

Eifel, Alemanha

Piranga, MG, sada para Catas Altas da Noruega Distrito de Ribeiro do Carmo (Bandeirantes), Mariana, MG 1F - 038 a 057 Moscovita-cloritide-clorita-quartzo xisto Form. Piracicaba (SG Minas), RFFSA, ao sul de Tripu, Ouro Preto, MG 1F - 058 a 074 Granito com incipiente miloniti- Granito Mamona (Complexo Bonfim), Serra da Moeda, rodovia ligando a BR-040 cidade de zao Moeda, MG 1F - 075 a 091 Protomilonito grantico filonitizado Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia 1F - 092 a 108 Milonito grantico filonitizado ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia 1G - 001 a 017 Filonito ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG

1G - 018 a 038 Andaluzita metarenito (a filito) 1G - 039 a 056 Mrmore com margarita 1G - 057 a 074 1G - 075 a 091 1G - 092 a 108 1H - 001 a 017 1H - 018 a 034 1H - 035 a 049 1H - 050 a 064 Greenstone (rocha verde) Xisto azul Milonito quartzo-micceo Biotita gnaisse Granulito mfico Veio de quartzo milonitizado Metacalcrio

Hodgkinson Formation, North Queensland, AustrliaForm. Gandarela (SG Minas), Distrito de Antnio Pereira, Ouro Preto, MG

Regio de Gouveia, Serra do Espinhao, MG Ilhas do Mar Egeu, Grcia Engeloch (Simplon -Itlia), Alpes Suos Regio de Manhumirim, MG Pima, ES Pedreira Cana, Sete Lagoas, MG

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1H - 065 a 080 1H - 081 a 095 1I - 001 a 015 1I - 016 a 030 1I 031 a 045 1I 046 a 060 1I 061 a 0751I 076 a 090 1I 091 a 105

Stilpnomelana-clorita xisto Pumpeliita metabasalto Ortopiroxnio-cordierita granulito Gnaisse com corndon Cianita filito Andaluzita hornfelsSillimanita-biotita-andaluzita hornfels Metadiamictito Flogopita-clorita mrmore

South Island, Antrtida Keewenah Peninsula, EUAComplexo Ipir,, Bahia Catingal, vizinhanas de Manoel Vitorino, Bahia Formao Fecho do Funil (SG Minas), Passagem de Mariana, MG Huallanca, Andes Peruanos Huascaran, Andes Peruanos Regio da Lagoa das Codornas, QF Form. Gandarela, Antnio Pereira, Ouro Preto

2C - 054 a 072 2C - 089 a 108 2G - 043 a 063 2G - 067 a 087 2G - 089 a 108 2H - 032 a 051 2H - 070 a 086

Cianitito (cianita granofels) Serpentinito PiribolitoFlogopita-talco-epidoto-carbonato xisto Carbonato-tremolita-diopsdio granofels

Quariltero Ferrfero

Dumortierita quartzito Quartzo-cloritide granofels

Regio central da Serra da Vereda, BA Formao Fecho do Funil, Supergrupo Minas, Quadriltero Ferrfero, MG

2H - 089 a 108 Quartzo-cloritide granofels 2J - 001 a 023 Biotita-quartzo-cordierita granofels 2J - 024 a 046 Rocha calciossilictica (grossularitaclinozoisita granofels) 2J - 047 a 063 Lazulita-cianita granofels Diamantina, prximo a Datas; Serra do Espinhao,MG 3E - 080 a 099 Escapolita diopsdio - epidoto Viosa, MG gnaisse (paragnaisse) 3F - 064 a 085 Plagioclsio-piemontita quartzito 3F - 086 a 106 Quartzo-cianita-sericita xisto 3G - 080 a 100 Glaucofana xisto Califrnia, E.U.A. 3H - 079 a 097 Plagioclsio-epidoto granofels Ponte Nova, MG, pedreira de gnaisse na sada do bairro Palmeiras Granada-plagioclsio-quartzo-mica xisto 3J - 030 a 049 4A - 001 a 022 Turmalina-granada-estaurolita xisto Xisto Nova Lima, Rodovia MG262, a 13,2 km dotrevo de Mariana em direo a Ponte Nova

4A - 023 a 043 Granada-sillimanita-quartzo xisto 4A - 044 a 059 Quartzo-clorita xisto 4A - 060 a 085 Eclogito 4A - 086 a 107 Safirina-piroxnio-plagioclsio granulito 4B - 001 a 022 Esteatito (antofilita-clorita-talco xisto) 4B - 023 a 040 Esteatito (clorita-talco xisto) 4B - 041 a 063 Granada-plagioclsiocummingtonita xisto 4B - 064 a 084 Granada-biotita-ortoanfiblioquartzo-plagioclsio xisto 4B - 085 a 107 Anfibolito 4C - 001 a 017 Andaluzita filito

Complexo Bao (Ferrovia do Ao, 3 km ao norte de Engenheiro Correia), MG Contato do Granito Mamona e Quartzito Moeda, na Serra da Moeda, MG Mnchberger Gneismasse, Weissenstein, Alemanha Finero, Itlia Rodovia MG 262 (Mariana - Ponte Nova), a 13 km do trevo de Mariana Municpio de Mariana, MG Complexo Bao (3 km ao norte de Engenheiro Correia, Ferrovia do Ao), MG Complexo Bao (Ferrovia do Ao, 3 km ao sul de Engenheiro Correia), MG Mina de Boliden, Sucia Setentrional

Petrologia Metamrfica 4C - 018 a 038 Diopsdio hornfels 4C - 039 a 062 Granulito 4C - 063 a 081 Quartzo-clinozoisita-actinolita granofels com granada 4C - 082 a 098 Plagiogranulito 4D - 001 a 022 4D - 023 a 044 4D - 045 a 068 4D - 069 a 090 4D - 091 a 108

Descrio das sries de lminas Lavra de Cachoeira, Taquaral, Itinga, MG Macio granultico da Saxnia, Alemanha Complexo Bao (2 km ao norte de Engenheiro Correia na Ferrovia do Ao), MG Acaiaca, MG

Granito com estgios progressivos Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia de sericitizao ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG Jadeta granofels Granada-wollastonita hornfels Grcia, Ilhas do Mar Egeu Macio de Itaoca, sul do estado de So Paulo, a 20 km SE de Apia

4E - 001 a 022 Turmalinito 4E - 023 a 043 Olivina mrmore 4E - 044 a 066 4E - 067 a 086 4E - 087 a 104 4F - 001 a 020 4F - 021 a 041 4F - 042 a 064 4F - 065 a 084 4F - 085 a 105 4G - 001 a 020 4G - 021 a 040 4G - 041 a 060 4G - 061 a 080 4G - 081 a 095 4H - 001 a 020 4H - 021 a 040 4H - 041 a 060 4H - 061 a 077 4H - 078 a 092 4H - 093 a 108 4I - 001 a 020 4I - 021 a 040 4I - 041 a 057 4I - 058 a 074 4I - 075 a 091

Grupo Dom Silvrio, nas proximidades de Dom Silvrio, MG Metabasalto Hneberg, Harz, Alemanha Serpentinito Escudinho Riograndense, regio PelotasCaapava, RS Ultramilonito a milonito de protlito Bacia de Potiguar, RN grantico Vesuvianita hornfels Pedreira de gabro, Bad Harzburg, Alemanha Metaquartzoarenito Mina da Mutuca, Belo-Horizonte, MG Sillimanita-biotita-cordierita xisto com Pedreira da CVRD em Aruaba, Municpio da quartzo, plagioclsio e lcali-feldspato Serra, ES Xisto verde Zermatt, Alpes Suos Pseudotaquilito Ascona, Alpes Suos Mrmore Furi, Zermatt, Alpes Suos Regio entre Moscio e Arcegno, Ascona, Sua Milonito Biotita-hornblenda gnaisse Arendal, Noruega Granada piribolito Regio entre Anzola e Loro, Itlia Granada peridotito Regio ao norte de Bellinzona, Alpes Suos Cloritide filito Metarenito Serra da Chapada, Ouro Preto, MG Glaucofana eclogito Zermatt, Alpes Suos Estaurolita-biotita-quartzo xisto com Finlndia andaluzita Andaluzita-moscovita-biotitaItinga, MG quartzo xisto com cordierita Granada-quartzo-biotitaUb, MG plagioclsio gnaisse com escapolita Sillimanita granulito protomilonitizado Regio de Cataguases, MG Mrmore com stilpnomelana Formao Gandarela (SG Minas), Pedreira da Bica, Sinclinal de Gandarela, QF, MG Grupo Sabar (SG Minas), regio de Ibirit, MG Metarenito arcoseanoMetarenito com intercalaes filticasPlagioclsio-andaluzita-moscovitaestaurolita-biotita-quartzo xisto com cianita

Grupo Sabar (Supergrupo Minas), Ibirit, MG

Grupo Sabar (Supergrupo Minas), regio de Ibirit, MG 4I - 092 a 108 Biotita-plagioclsio-cordierita-moscovita Grupo Sabar (Supergrupo Minas), regio de xisto com sillimanita, cianita e andaluzita Ibirit, MG 5A - 021 a 041 Metatufo basltico Ilha de Tobago (Oceano Pacfico) Crrego Quebra Osso, Regio do Caraa, MG 5H 067 a 086 Meta-komatiito

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

6D - 001 a 017 6E 001 a 018 6E 059 a 073 6E 74 a 108

Metadiabsio Peridotito Rocha berilfera Metagranito

Complexo Bao, Quadriltero Ferrfero, MG Jazida de gua-marinha do Tatu, Itabira, MG Alta Floresta, MT

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

GUIA DE ESTUDO DE ROCHAS METAMRFICAS EM LMINA DELGADA MINERAIS METAMRFICOSAndaluzita 1G 18 a 38; 1I 046 a 060; 1I 061 a 075, 4H 78 a 92; 4C 1 a 17

Anfiblios Clinoanfiblios Actinolita 6D 1 a 17; 4F 65 a 84 Cummingtonita-grunerita 1D 59 a 78; 4B 41 a 63, 1C 68 a 84 Glaucofana 1G 75 a 91; 4H 41 a 60 Hornblenda 4B 85 a 107 (verde oliva); 4G 41 a 60 (verde oliva); (castanha) Tremolita 4G 1 a 20; 2G 89 a 108 Ortoanfiblios 1C 15 a 30 (gedrita?); 4B 1 a 22 (antofilita); 4B 64 a 84 (gedrita?) Apatita 1H - 18 a 34; Berilo 6E 59 a 73 Carbonatos 4E 23 a 43; Cianita 2J 47 a 63; 2G 67 a 87 2H 89 a 108; 1I 31 a 45 1H 1 a 17, 1C 51 a 67, 6E-74 a 108

4G 61 a 80

2C 54 a 72;

Cloritas 1I 91 a 105, 4A 44 a 59 (rica em Mg); 1F 38 a 57 (rica em Fe); 5H 67 a 86 (rica em Fe); 1H 65 a 80 (rica em Fe) Cloritide 4H - 1 a 20; 2H 70 a 86; 1F 38 a 57

Condrodita (grupo da humita) Cordierita Corndon 1C 15 a 30; 1I 16 a 30

4E 23 a 43 4F 42 a 64; 4I 92 a 108; 2J 1 a 23

1I 01 a 15;

Dumortierita 2H 32 a 51 Epidoto (grupo do) Alanita 4H 93 a 108; 1H 01 a 17, 1C 51 a 67, Clinozoisita 4C 63 a 81; 1G 57 a 74 Epidoto s.s. 1D 39 a 58; 3H 79 a 97 ; 3E 80 a 99; Piemontita e thulita 3F 64 a 85, 1C - 031 a 050 Zoisita 4G 1 a 20 Escapolita 3E 80 a 99; Espinlio 6E 1 a 18; Estaurolita 4A 1 a 20; 4H 93 a 107 4F 42 a 64 4H 61 a 77; 1E 70 a 89 6E 74 a 108 4E 44 a 66

Feldspatos lcali-feldspato Microclina 1H1 a 17; Ortoclsio 4C 82 a 98;

1F 58 a 74, 4C 39 a 62;

1C 51 a 67 1I 01 a 15

Plagioclsio 3J 30 a 49 (poucas maclas, sericitizao fraca); 4H 93 a 107 (zonado e maclado); 3H - 79 a 97 (quase todo sem maclas); 6D 1 a 17 (saussuritizado); 1H 18 a 34 (antiperttico); 1H 65 a 80 (albita); 1I 01 a 15 (mirmequtico)

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

Granadas 1D 59 a 78 (almandina); 4E 44 a 66 (grossularita) Humita 4E 23 a 43 Lawsonita 1H 65 a 80 Lazulita 2J 47 a 63 4E 44 a 66

3J 30 a 49 (almandina);

1C 85 a 100 (andradita/grossularita)

Leucoxnio

Micas (grupo das) Biotita 1H 1 a 17; 1E 70 a 89; 3J 30 a 49, 1C 51 a 67 Flogopita 1I 91 a 105, 2G 67 a 87; 1G 39 a 56 Margarita 1G 39 a 56 Mica branca (moscovita, sericita) 1D 79 a 98; 3J 30 a 49; 1H 1 a 17; 4D 45 a 68; 1I 31 a 45 Olivina 4E 23 a 43; 4G 81 a 95; 6E 1 a 18

Piroxnios (grupo do) Clinopiroxnio Augita 4G 61 a 80 Diopsdio-hedenbergita 3E 80 a 99; 2G 89 a 108, 1C 68 a 84 Jadeta 4D 69 a 90 Onfacita 4A 60 a 85; 4H 41 a 60 Ortopiroxnio 1H 18 a 34; 1I 01 a 15; 4G 61 a 80; 4G 81 a 95 Prehnita 1D 1 a 19; 5A 21 a 41

Pumpelita 1H 81 a 95 Quartzo (na maioria das sries de lminas) Rutilo Safirina 4A 60 a 85; 4A 86 a 107 2C 89 a 108; 4E 67 a 86; 4F 42 a 64; 1D 20 a 38 4C 39 a 62; 4H 41 a 60 (com aurola de titanita)

Serpentina

Sillimanita 4I 1 a 20; Stilpnomelana Talco

4A 23 a 43

1H 65 a 80;

4I 21 a 40

4B 1 a 22;

4B 23 a 40 3H 79 a 97; 4A 1 a 22 4C 63 a 81; 4H 041 a 060 (associada a rutilo), 1C 51 a 67,

Titanita 1H 1 a 17; 6E 74 a 108 Turmalinas Vesuvianita

4E 1 a 22; 4F 1 a 20

Wollastonita 4D 91 a 108 Zirco 1H 1 a 17; 4H 93 a 108

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

MICROESTRUTURASRelcticas (herdadas do protlito) Blastopsamtica 4F 21 a 41 (meta-quartzo-arenito); Blastospinifex 5H 67 a 86 (metakomatiito)

Blastopseftica 1I 76 a 90 (metadiamictito)

Quanto ao desenvolvimento das faces cristalinas dos minerais Idioblstica 4A 1 a 22 (estaurolita); 3J 30 a 49 (granada) Subidioblstica 2H 70 a 86 (cloritide) Xenoblstica 2H 70 a 86 (quartzo poligonal); 1H 1 a 17 (quartzo, feldspato) Esqueletiforme (esqueletal) 4I 58 a 74 (biotita nas camadas ricas em quartzo); 1H 1 a 17 (mica) Quanto ao hbito dos minerais Acicular 4F 42 a 64 (sillimanita); 1H - 081 a 095 (pumpelita) Dodecadrico 3J 30 a 49 (granada) Fibroso 5H 67 a 86 Lamelar (micceo) 1H - 1 a 17 (biotita); 1D 79 a 98 (mica branca); Prismtico 1G 75 a 91 (glaucofana) Tabular/colunar 2J 47 a 63 ( cianita)

4B 1 a 22 (talco)

Quanto morfologia de cristais xenoblsticos Alongada/discide/ribbon 4C39 a 62 (quartzo discide); 1D79 a 98 (quartzo alongado); 4I1 a 20 (ribbons de quartzo) Lobada (cncavo-convexa a amebide) 1E 38 a 51 (quartzo) Poligonal 4D 1 a 22 (quartzo); 4E 25 a 43 (carbonato) Suturada ou serrilhada 2H 32 a 51 (quartzo); 1G 92 a 108 (quartzo) Quanto ao arranjo de cristais inequidimensionais (fibrosos, aciculares, prismticos, tabulares) Radial 1H - 081 a 095 (pumpelita) Decussada 2H 70 a 85 (cloritide); 2C 54 a 72 (cianita) Lepidoblstica 1E 18 a 37 (sericita e clorita em filito); 3J 30 a 49 (micas) Nematoblstica 1G 75 a 91 (glaucofana) Quanto ao tamanho relativo dos cristais da rocha Equigranular Granoblstica 4E 23 a 43 Inequigranular Augen 4F 65 a 84 (actinolita) Maculosa / mosqueada 4C 18 a 38 (diopsdio) Peneira 4H 78 a 92 (andaluzita); 2G 89 a 108 (diopsdio e tremolita) Poiquiloblstica 4H 78 a 92 (andaluzita); 2G 89 a 108 (diopsdio e tremolita) Porfiroblstica 1E 70 a 89 (biotita e estaurolita); 1G 18 a 38 (andaluzita); 4 A 1 a 22 (estaurolita e granada) Porfiroclstica 4E 87 a 104 ( lcali-feldspato); 4G 21 a 40 (feldspatos) Resultantes de mltiplas fases de deformao e recristalizao Cristalizao pr-cinemtica 2C 54 a 72 (cianita); 4H 61 a 77 (estaurolita) Cristalizao sin-cinemtica 1E 18 a 37 (clorita e mica branca); 4G 41 a 60 (hornblenda e biotita); 1F 1 a 19 (granada com trilhas de incluses em padro bicncavo) Bola-de-neve 1F 20 a 37 Cristalizao ps-cinemtica 4B 1 a 22 (antofilita); 4H 78 a 92 (andaluzita) Helictica 4I 92 a 108 (cordierita e outros minerais) Cristalizao intercinemtica 1E 70 a 89 (biotita e estaurolita); 1F 1 a 19 (estaurolita) Crenulao 1D 79 a 98; 4A 44 a 59 Resultantes do metamorfismo dinmico Cataclstica 4F 85 a 105 (pseudotaquilito) Caudas de recristalizao dinmica 4E 87 a 104 Dissoluo por presso 1E 90 a 107 (ardsia)

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

Extino ondulante 1H 35 a 49 Franjas de presso 1H 50 a 64 Kink bands 2C- 54 a 72 Milontica 4E 87 a 104 Ncleo-manto (mortar ou morteiro) 4E 87 a 104 (feldspatos); 1F 58 a 74 (quartzo) Porfiroclstica 4G 21 a 40 (feldspatos e moscovita); 4E 87 a 104 (feldspatos) Sombras de presso 1F 20 a 37; 4F 65 a 84 Subgros e novos gros 1H 35 a 49 Vtrea ou pseudo-vtrea 4F 85 a 105 (pseudotaquilito) Feies microestruturais planares Bandamento composicional 4I 58 a 74 (S0 em metarenito); 1C 1 a 14 (gnaisse) Clivagem anastomosada 4F 21 a 41 Clivagem ardosiana 1E 90 a 107 Clivagem de crenulao 1D 79 a 98 Foliao milontica 4E 87 a 104 Xistosidade 3J 30 a 49; 1D 79 a 98 De intercrescimento, substituio e alterao Antipertita 1H 18 a 34; 4C 82 a 98 Corona (aurola queliftica) 4G 81 a 95 Mirmequita 4C 82 a 98; 1I 01 a 15 Pertita 4C 82 a 98; 4G 21 a 40 Pseudomorfose 4E 67 a 86 Simplectita 4H 41 a 60; 1I 01 a 15 (cordierita, biotita) (filito); 4G 41 a 60

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

MICROESTRUTURAS (EM ORDEM ALFABTICA)Acicular 4F 42 a 64 (sillimanita); 1H - 081 a 095 (pumpelita) 1D 79 a 98 (quartzo alongado); 4I Alongada/discide/ribbon 4C 39 a 62 (quartzo discide); 1 a 20 (ribbons de quartzo) Antipertita 1H 18 a 34; 4C 82 a 98 Augen 4F 65 a 84 (actinolita) 4I 58 a 74 (S 0 em metarenito); 4G 41 a 60 (bandamento gnissico) Bandamento gnissico Blatopseftica Blastopsamtica Blastospinifex Bola-de-neve Cataclstica 4G 41 a 60 1I 76 a 90 (metadiamictito) 4F 21 a 41 (metaquartzoarenito) 5H 67 a 86 (metakomatiito) 1F 20 a 37 4F 85 a 105 (pseudotaquilito) 4E 87 a 104 4F 21 a 41 1D 79 a 98 4G 81 a 95 1E 70 a 89 (biotita e estaurolita); 4B 1 a 22 (antofilita); 2C 54 a 72 (cianita); 1F 1 a 19 (estaurolita) Bandamento composicional

Caudas de recristalizao dinmica Clivagem anastomosada Clivagem ardosiana Clivagem de crenulao Crenulao 1E 90 a 107

Corona (aurola queliftica) 1D 79 a 98 Cristalizao intercinemtica Cristalizao ps-cinemtica Cristalizao pr-cinemtica

4H 78 a 92 (andaluzita) 4H 61 a 77 (estaurolita)

Cristalizao sin-cinemtica 1E 18 a 37 (clorita e mica branca); 4G 41 a 60 (hornblenda e biotita); 1F 20 a 37 (granada rotacional); 1F 1 a 19 (granada com trilhas de incluses em padro bicncavo) Decussada 2H 70 a 85 (cloritide); 2C 54 a 72 (cianita) Discide 4C 39 a 62 (quartzo discide em granulito) 1E 90 a 107 (ardsia) 3J 30 a 49 (granada) 4E 23 a 43 4I 58 a 74 (biotita nas camadas ricas em quartzo); 1H 1 a 17 (mica Dissoluo por presso Dodecadrica Equigranular branca) Estrutura gnissica Fibrosa 4G 41 a 60 Extino ondulante 1H 35 a 49 5H 67 a 86 (anfiblio) 4E 87 a 104 1H 50 a 64 4F 42 a 64 (sillimanita) 3J 30 a 49 (granada) 1H - 1 a 17 (biotita); 1D 79 a 98 (mica branca); 4B 1 a 22 (talco) 5H 67 a 86 (anfiblio) Foliao milontica Franjas de presso Granoblstica Hbito acicular Hbito fibroso

Esqueletiforme (esqueletal)

4E 23 a 43

Hbito dodecadrico

Hbito lamelar (micceo)

Petrologia MetamrficaHbito prismtico Helictica Idioblstica Inequigranular Kink bands 1G 75 a 91 (glaucofana) 2J 47 a 63 ( cianita)

Descrio das sries de lminas

Hbito tabular/colunar 4I 92 a 108

4A 1 a 22 (estaurolita); 1E 70 a 89; 2C- 54 a 72 1H - 1 a 17 (biotita);

3J 30 a 49 (granada)

4E 87 a 104 1D 79 a 98 (mica branca); 4B 1 a 22 (talco) 3J 30 a 49

Lamelar (micceo) Lepidoblstica (micas)

1H - 1 a 17 (biotita);

1E 18 a 37 (sericita e clorita em filito); 1E 38 a 51 (quartzo)

Lobada (cncavo-convexa a amebide) Maculosa / mosqueada Milontica 4E 87 a 104

4C 18 a 38 (diopsdio) 1I 01 a 15

Mirmequita 4C 82 a 98; Nematoblstica Novos gros Ncleo-manto Peneira 1H 35 a 49

1G 75 a 91 (glaucofana) 4E 87 a 104 (feldspatos); 4G 21 a 40 2G 89 a 108 (diopsdio e tremolita) 1G 18 a 38 (andaluzita); 4E 87 a 104 (feldspatos) 4 A 1 a 22 4E 23 a 43 (carbonato) 1F 58 a 74 (quartzo)

4H 78 a 92 (andaluzita);

2G 89 a 108 (diopsdio e tremolita)

Pertita 4C 82 a 98; Poiquiloblstica Poligonal

4H 78 a 92 (andaluzita);

4D 1 a 22 (quartzo);

Porfiroblstica 1E 70 a 88 (biotita e estaurolita); (estaurolita e granada) Porfiroclstica 4G 21 a 40 (feldspatos e moscovita); Pseudomorfose Radial Ribbon 4E 67 a 86 1H - 081 a 095 (pumpelita) 4I 1 a 20 (quartzo) 4H 41 a 60; 1I 01 a 15 4F 65 a 84 1F 20 a 37;

Simplecttica Subgros

Sombras de presso Subidioblstica Tabular/colunar Xenoblstica Xistosidade

1H 35 a 49 2H 70 a 86 (cloritide) 2H 32 a 51 (quartzo); 1G 92 a 108 (quartzo) 2J 47 a 63 ( cianita) 4F 85 a 105 (pseudotaquilito) 1H 1 a 17 (quartzo, feldspato) 1I 31 a 45 2H 70 a 86 (quartzo poligonal); 3J 30 a 49;

Suturada ou serrilhada Vtrea (pseudo-vtrea?)

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

ROCHAS METAMRFICASAnfibolito Ardsia Cianitito Eclogito Esteatito Filito Filonito Gnaisse Granulito Greenstone Hornfels Mrmore 4B 85 a 107 1E 90 a 107 2J 24 a 46; 2G 89 a 108 2C 54 a 72 4A 60 a 85; 4B 1 a 22; 1G 1 a 17 1C 51 a 67, 1I 01 a 15; 1G 57 a 74 1I 046 a 060; 4E 44 a 66; 1H 50 a 64 6D 1 a 17 1F 58 a 74 5H 67 a 86 6E 1 a 18 4H 21 a 40; 1H 35 a 49; 4I 41 a 57; 4I 58 a 74 4G 21 a 40 4E 87 a 104; 4F 21 a 41; 1G 92 a 108; 4B 23 a 40 4I 1 a 20 4G 81 a 95; 1I 061 a 075, 5A 21 a 41 4C 18 a 38; 4D 91 a 108; 4F 1 a 20 1G 39 a 56; 1I 91 a 105; 4E 23 a 43; 4G 1 a 20; 4I 21 a 40 1H - 1 a 17; 4C 39 a 62; 3E 80 a 99; 4G 41 a 60; 4H 93 a 108 4I 1 a 20 4H 41 a 60 4B 23 a 40 1I 31 a 45; 1E 18 a 37

Calciossilictica

1C 001 a 013;

Granofels 1D 39 a 58; 2C 54 a 72; 2G 89 a 108; 2H 70 a 86; 2J 1 a 23; 3H 79 a 97; 4D 69 a 90 4A 86 a 107; 4C 82 a 98, Granulito mfico 1H 18 a 34, 2G 43 a 63; 4G 61 a 80

Metabasalto Metacalcrio Metadiabsio Metagranito

Metadiamictito 1I 76 a 90 Metakomatiito 1D 20 a 38; Metaperidotito Metarenito Milonito Pedra sabo Protomilonito Pseudotaquilito Rocha verde Rodingito Serpentinito Turmalinito Ultramilonito Xisto 1G 18 a 38; 1F 92 a 108; 4B 1 a 22;

1F 75 a 91; 4F 85 a 105

Quartzito 3F 64 a 85 1G 57 a 74 1E 1 a 17 4E 67 a 86; 4E 1 a 22 4E 87 a 104 2C 89 a 108

1D 59 a 78; 1D 79 a 98 ; 1E 70 a 89; 1F 38 a 57; 2G 67 a 87; 1G 75 a 91; 4A 23 a 43; 4A 44 a 59; 4B 1 a 22; 4F 42 a 64; 4H 61 a 77; 4H 78 a 92; 4I 75 a 91; 4I 92 a 108 Xisto azul 1G 75 a 91 Xisto verde 4F 65 a 84

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

DESCRIO DAS SRIES DE LMINAS DE ROCHAS METAMRFICAS DO ACERVO DO DEGEO/EM/UFOP(SEGUINDO A ORDEM DO ARQUIVO) 1C - 1 a 14 Filito PROCEDNCIA: Formao Cercadinho do Supergrupo Minas, regio de Rodrigo Silva, Ouro Preto MICROESTRUTURA O filito apresenta trs foliaes, S0, S1 e S2. A mais antiga o bandamento sedimentar S0, constitudo por alternncia de bandas mais ricas em quartzo e outras mais ricas em sericita e opacos. A xistosidade S1, mais antiga, caracterizada orientao planar da mica branca, subparalela a S0 e est crenulada. A clivagem de crenulao gerada devido ao dobramento de S1 constitui a S2, que faz ngulo variando entre 30 e 50 com S0. MINERALOGIA Sericita (variedade da granulao muito fina de mica branca) o principal mineral, constituindo diminutas palhetas cuja orientao planar, decorrente do crescimento orientado devido atuao de presso dirigida durante o metamorfismo, constitui a xistosidade S1. Um segundo evento deformacional foi responsvel pela crenulao de S1 e pela reorientao parcial das palhetas segundo S2, que uma clivagem de crenulao espaada. Quartzo granoblstico fino, a sua distribuio na rocha no homognea. H camadas de espessura milmetrica a centimtrica com maior quantidade deste mineral, intercaladas com camadas pobres ou isentas de quartzo. Esse bandamento primrio, isto , sedimentar S0. Minerais opacos so tabulares, devido ao hbito trata-se, provavelmente, de hematita. INTERPRETAO PETROGENTICA: a granulao muito fina da mica branca sugere metamorfismo de grau baixo. O protlito sedimentar, com pores quartzo-arenosas intercaladas com pores argilosas (pelticas).

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1C 15 a 30

Ortoanfiblio-cordierita-biotita xistoPROCEDNCIA: Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas), extremo oeste da Serra do Curral, Quadriltero Ferrfero, MG MICROESTRUTURA: porfiroblstica com matriz granolepidoblstica e bandamento mineralgico. MINERALOGIA Biotita o mineral mais abundante. As palhetas tm forte orientao planar, constituindo a xistosidade da rocha. castanha e possui abundantes halos pleocricos em torno de incluses de zirco. Junto com quartzo e plagioclsio constitui a matriz fina dos porfiroblastos de cordierita e anfiblio. Cordierita porfiroblstica e poiquiloblstica, com abundantes incluses dos demais minerais da rocha. Os gros so relativamente grandes, atingindo alguns centmetros de comprimento, e esto alongados segundo a foliao da rocha. Pode ser identificada por ser incolor, com relevo relativamente baixo, como de quartzo, possui cores de polarizao do incio da primeira ordem, cinza a branco, como de quartzo. No apresenta maclas e apenas raramente se observam os diagnsticos halos pleocricos amarelados em torno de incluses de zirco. Tem incluses de poeira opaca, o que uma caracterstica da cordierita de muitas rochas. Nas bordas pode estar alterada em material istropo. Ortoanfiblio porfiroblstico, constituindo prismas com at 5mm de comprimento. ps-tectnico, pois os prismas esto orientados de maneira desordenada, sem orientao preferencial, e podem constituir agregados subradiais. As sees basais dos prismas so losangulares, o que, aliado s duas direes de clivagem cortandose em ngulos de 124 nestas sees, constitui uma feio diagnstica dos anfiblios. A extino paralela clivagem, nas sees prismticas, permite caracterizar o anfiblio como do sistema ortorrmbico (ortoanfiblio). Como a rocha possui diversos minerais ricos em alumnio, como a cordierita, este ortoanfiblio deve ser uma gedrita, que tambm contm alumnio (o ortoanfiblio antofilita, que no contm Al, mais comum em rochas magnesianas mais pobres neste elemento). Quartzo granoblstico e, junto com biotita e plagioclsio, constitui a matriz dos porfiroblastos de cordierita e anfiblio. Plagioclsio tem hbito semelhante ao quartzo, distinguindo-se facilmente deste pela alterao em material turvo parecendo sujeira, que deve ser produto de intemperismo. S raramente exibe maclas polissintticas. Zonamento comum. Clorita constitui palhetas incolores a esverdeadas. A maioria orienta-se segundo a foliao da rocha, mas observam-se palhetas discordantes. Tem cores de polarizao normais, cinza a branco, tratando-se, portanto, de uma clorita rica em magnsio (Mg-clorita). Minerais acessrios so zirco (bastante isotropizado), apatita, minerais opacos e mineral do grupo das turmalinas, que castanho e, por isso, pode confundir-se com biotita (as diminutas sees basais das turmalinas tendem tpica forma triangular de faces curvas). COMPOSIO MODAL (em % volumtrica; h variao de lmina para lmina da srie) Biotita 40 Cordierita 20 Ortoanfiblio 15 Quartzo 10 Plagioclsio 10 Mg-clorita 5

METAMORFISMO: cordierita um mineral tpico de presses baixas e temperaturas acima de cerca de 500C, isto , de fcies anfibolito at granulito. Ocorre tanto em rochas de metamorfismo de contato como de metamorfismo dinamotermal (regional) de P baixa, do tipo Abukuma. Como a rocha foliada e a cordierita est alongada segundo essa foliao (sugerindo um crescimento sintectnico), a rocha metamrfica deve ter sido formada num evento de metamorfismo regional de, no mnimo, fcies anfibolito. PROTLITO: o bandamento pode ter sido herdado do protlito, uma rocha vulcanossedimentar rica em magnsio, provavelmente ultramfica. A possvel contribuio vulcnica ultramfica foi corroborada pelo alto teor de Cr e Ni determinados na anlise qumica da rocha (Cr=869 ppm, Ni = 493ppm) (Castro, C.P - 2005Aspectos Estratigrficos e Estruturais do Extremo Oeste do Homoclinal da Serra do Curral Quadriltero Ferrfero, MG: Ortofoto 42-03-17. Monografia no 379, DEGEO/UFOP).

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1C 31 a 50 Piemontita quartzito PROCEDNCIA: Anaj, Bahia. MICROESTRUTURA: granoblstica fina, com bandamento mineralgico irregular, s vezes dobrado, alm de veios e lentes de granulao mdia, discordantes da foliao metamrfica. MINERALOGIA Quartzo inequigranular. Nos agregados monominerlicos de granulao mais grossa (gros com at 1,5mm) tem extino ondulante e os contatos so do tipo suturado. Estes agregados ocorrem em lentes e veios discordantes da foliao dada pela orientao da mica. Epidoto aparece em tanto em delgadas bandas concordantes com a foliao quanto em lentes e veios discordantes da foliao. Os gros prismticos maiores medem em torno de 0,5mm. A distribuio da cor nos cristais heterognea, varia de quase incolor at rosa, com pleocrosmo para amarelo. Este pleocrosmo rosa-amarelo caracterstico do epidoto de mangans piemontita. Portanto, o epidoto desta rocha quimicamente zonado, apresentado pores mais ou menos manganesferas. Mica branca fina (variedade sericita) delineia a xistosidade da rocha. Concentra-se em delgadas bandas. Minerais opacos so escassos. COMPOSIO MODAL (em % volumtrica) Quartzo 75 - 80 Epidoto/piemontita 15 - 20 Mica branca 7 Minerais opacos 3 INTERPRETAO PETROGENTICA Trata-se de rocha metamrfica derivada de protlito sedimentar quartzoso. O epidoto/piemontita mineral tpico do grau baixo (embora epidoto seja estvel at temperaturas do grau mdio). A fina granulao da mica branca tambm indica metamorfismo de grau baixo.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1C 051 a 67 Biotita gnaisse

PROCEDNCIA: regio de Barra Longa, MG MICROESTRUTURA: granolepidoblstica fina, granulao em torno de 0,5 a 1 mm. Em algumas lminas da srie h augen (gros lenticulares) de feldspatos que atingem quase 1 cm. MINERALOGIA Quartzo granoblstico, disperso entre os gros dos feldspatos. Raramente, constitui lentes alongadas segundo a foliao. Microclina granoblstica e possui as diagnsticas maclas em grade (tartan). Em algumas lminas constitui porfiroclastos lenticulares de porte grande (at 1 cm), pertticos. Provavelmente, trata-se de gros herdados do protlito magmtico, pois alguns exibem sees tendendo a retangulares (habitus tabular), que so uma caracterstica textural gnea. Esses cristais maiores esto recristalizados na borda em gros menores (microestrutura ncleo-manto). Plagioclsio granoblstico e s raramente apresenta maclas polissintticas. Pode apresentar leve alterao (aspecto sujo, turvo) ou zonamento, o que facilita a sua distino do quartzo. Em algumas lminas ocorre em gros lenticulares, de tamanho maior (at 0,5 cm), bem maclados, que, tal como a microclina, podem ser remanescentes do protlito magmtico. Biotita castanha, lamelar delgada e tem orientao preferencial planar (microestrutura lepidoblstica), responsvel pela xistosidade da rocha. Pode apresentar alterao em clorita. Em algumas lminas aparece hornblenda verde-garrafa escura, andrica. Os minerais acessrios so allanita com moldura de epidoto s.s., titanita, apatita, zirco e mineral opaco. Os trs primeiros so de fcil identificao por serem relativamente abundantes e de tamanho no muito pequeno. Allanita est bastante isotropizada e alterada em massa acastanhada ou amarelada. Quando em contato com biotita, gera halos pleocricos nesta. Os gros tm moldura de epidoto com cores de interferncia elevadas. Alguns gros chegam a 3 mm. Titanita lenticular e pode constituir gros de tamanho que chega a ser igual ao dos minerais principais (1,5 mm). levemente pleocrica em tons castanhos e pode apresentar maclas lamelares. Apatita de fcil identificao pelo tamanho, no muito pequeno. Zirco causa halos pleocricos em biotita. Ocorre em gros ovides e geralmente pequenos. Minerais de alterao retrometamrfica so Fe-Mg clorita, escassa, com cores de interferncia anmalas, castanho-arroxeadas (alterao de biotita), carbonatos e mica branca, que no ocorrem em todas as lminas da srie e se formaram custa de plagioclsio. COMPOSIO MODAL (% volumtrica, estimativa visual) Quartzo 30 Microclina 30 Plagioclsio 25 Biotita 10 Resto (allanita/epidoto + titanita + apatita + zirco + hornblenda + minerais secundrios + opacos) 5 INTERPRETAO PETROGENTICA: trata-se de rocha metamrfica cujo protlito deve ter sido um granito, conforme sugerem a composio mineralgica (teores aproximadamente iguais de quartzo, feldspato alcalino e plagioclsio) e os porfiroclastos de microclina encontrados em algumas lminas, que mostram tendncia a um habitus tabular magmtico (so provveis remanescentes do protlito). Durante o metamorfismo houve a gnaissificao, com recristalizao de quartzo e da maior parte dos feldspatos e a gerao da foliao metamrfica dada pela orientao preferencial de biotita. A recristalizao metamrfica deu-se em condies da fcies anfibolito, conforme indica a presena de microclina, que o feldspato alcalino comum em gnaisses desta fcies. A hornblenda, encontrada em algumas lminas, corrobora a fcies anfibolito. Finalmente, houve incipiente alterao retrometamrfica de grau baixo, com gerao de clorita, mica branca, carbonato e, provavelmente, das aurolas de epidoto em torno da allanita.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1C 68 A 84 Piroxnio-quartzo-grunerita xisto PROCEDNCIA: Lagoa do Alegre, Bahia MICROESTRUTURA: granoblstica e nematoblstica, fina a mdia. H um bandamento mineralgico, no muito ntido. MINERALOGIA Quartzo inequigranular, em algumas lminas h veios com gros de at 4mm. A maioria fica em torno de 0,5mm. Clinoanfiblio amarelado a acinzentado e possui abundantes maclas polissintticas, o que permite identific-lo como pertencente srie isomorfa ferro-magnesiana cummingtonitagrunerita. Os cristais so prismticos at granulares andricos e apresentam uma incipiente orientao preferencial segundo uma direo. Anlises de microssonda mostram que se trata de grunerita (membro rico em ferro da srie), com cerca de 40% (em peso) de FeO e 7% de MgO (alm de 50% de SiO2 e 3% de CaO + MnO). Clinopiroxnio distingue-se da grunerita pelo relevo mais alto e pela parcial alterao intemprica em material castanho-avermelhado. Os cristais so granulares andricos e medem at cerca de 1,5mm. Por ser a rocha rica em ferro, possvel que se trate de hedenbergita (piroxnio rico em Ca e Fe e pobre em Mg). O mineral opaco , provavelmente, magnetita, devido ao habitus granular. COMPOSIO MODAL (% volumtrica, estimativa visual) Grunerita 35 Quartzo 25 Mineral opaco 25 Piroxnio 15 INTERPRETAO PETROGENTICA: rocha metamrfica do tipo formao ferrfera anfiboltica, derivada de protlito sedimentar rico em ferro e silcio e com participao de algum Ca (o que permitiu a gerao do piroxnio). Piroxnios de Ca-Mg-Fe da srie diopsdio-hedenbergita so estveis nas fcies anfibolito e granulito. Como grunerita um anfiblio que pode formar-se do meio da fcies xisto verde at o meio da fcies anfibolito, as condies metamrficas desta rocha devem ter sido, ento, de fcies anfibolito.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1C 85 a 100

Escarnito (andradita/grossularita granofels)PROCEDNCIA: Equador MICROESTRUTURA: bandada (algumas lminas no mostram o bandamento, por terem sido cortadas numa poro homognea da rocha), com pores inequigranulares poiquiloblsticas e pores granoblsticas. MINERALOGIA Granada constitui agregados monominerlicos com cristais multifacetados que se caracterizam pelo relevo elevado e cor amarelada. Em vrias lminas constitui a quase totalidade dos minerais.O tamanho varia de cerca de 0,5 a 1,5mm. Com luz polarizada cruzada ela anistropa, com cores de polarizao cinza a branco de 1 ordem, zonada concentricamente, alm de apresentar macla cclica em setores, que so compostas por 6 pirmides cujos vrtices se encontram no centro do cristal. Esta anisotropia, anmala para um mineral do sistema cbico, e as maclas em setores, so caractersticas para as granadas clcicas da srie da ugrandita, principalmente para a andradita (granada clcica rica em Fe3+ ao invs de Al). Anlises qumicas por MEV/EDS mostram que a granada zonada, com variao na proporo dos principais componentes andradita (And) e grossularita (Gr) e pequena participao do componente manganesfero espessartita (Sp). Composio qumica (%peso) e frmulas estruturais da andradita/grossularita SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MnO TiO2 Frmula estrutural 38,8 8,3 19,2 33,7 Ca3Fe3+2Si3O12 (=And60Gr40) 38,3 14,2 9,8 33,9 2,3 1,5 Ca2,9Mn0,1Fe3+1,9Ti0,1 (=And30Gr65Sp5) Quartzo ocorre em veios que preenchem fraturas ou constitui cristais relativamente grandes (tamanho centimtrico), poiquiloblsticos, s vezes chegando a esqueletiformes, que envolvem os demais minerais como uma matriz. Carbonatos ocorrem preenchendo interstcios, em veios ou como incluses em quartzo poiquiloblstico. Pode ser poiquiloblstico at esqueletiforme, envolvendo gros de grossularita. Plagioclsio no encontrado em todas as lminas da srie, pois a amostra bandada. Ele facilmente identificado pelas maclas polissintticas e aparece comumente como incluses em quartzo. Minerais que ocorrem somente em algumas lminas e em pequeno volume so: mineral opaco, apatita e clorita, esta em finas massas de cor verde-clara e com cor de polarizao cinza-azulada anmala, que preenchem interstcios entre as granadas. COMPOSIO MODAL (em % volumtrica) A % dos minerais varia de lmina para lmina, pois a amostra tem bandamento mineralgico. Na maioria, andradita predomina, mas pode ser quantitativamente subordinada, portanto fica entre 10 e 90%. Quartzo o segundo mineral mais abundante (5 a 30%), seguido por carbonato (5 a 20%) e depois plagioclsio, que est ausente em diversas lminas (0 a 15%). INTERPRETAO PETROGENTICA A amostra vem da zona de contato entre uma rocha gnea grantica e sua encaixante carbontica. Foi formada por processo metassomtico (reaes decorrentes da infiltrao de componentes qumicos da intruso grantica, como a slica, na rocha rica em carbonatos). Este tipo de gnese d origem a rochas classificadas como escarnitos. O escarnito minerado no local para ouro.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1D - 001 a 019 Prehnita fels PROCEDNCIA: Veios encaixados no Granito Borrachudos, regio de Timteo, MG. PROTLITO: Como se trata de uma rocha monominerlica de veio, no faz sentido interpretar-se o protlito, pois certamente o metamorfismo no foi isoqumico. Os elementos necessrios para a formao do veio de prehnita [Ca2(Al,Fe3+)(AlSi3O10)(OH)2] podem ter sido derivados da alterao hidrotermal dos minerais do prprio Granito Borrachudos encaixante. Tambm possvel que elementos mais mveis (o Ca, por exemplo) tenham sido trazidos por fluidos ricos em H2O que percolaram a fratura onde se cristalizou o veio. MICROESTRUTURA: A prehnita aparece em agregados lamelares, constituindo mosaicos (tipo parquete) e s vezes subradiais, cujo aspecto muito caracterstico para este mineral. MINERALOGIA Prehnita o nico mineral desta rocha. Ela incolor, o seu relevo moderado e, nas lminas com espessura padro, as cores de polarizao chegam, no mximo, ao meio da segunda ordem e so muito vivas. O sinal ptico biaxial (+), com um ngulo 2V moderado (~65 o). Muitas lminas da srie esto espessas demais e, consequentemente, as cores de polarizao chegam terceira ordem. METAMORFISMO: A prehnita um mineral tpico da fcies sub-xisto verde. A sua ocorrncia em veios est comumente ligada a hidrotermalismo.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1D - 020 a 038

Metakomatiito (serpentinito com tremolita) PROCEDNCIA: Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio da Velhas), Crrego do Quebra Osso, junto Serra do Caraa, MG MICROESTRUTURA: A rocha possui um textura spinifex relctica, caracterizada por um bandamento mineralgico. As camadas so compostas por serpentina fibrosa, com concentrao marginal de opacos, e por anfiblio esqueletiforme. provvel que estas bandas de serpentina sejam pseudomorfoses sobre cristais longos ou tabulares de olivina e que os anfiblios podem estar substituindo algum mineral magmtico esqueletiforme (texturas spinifex). MINERALOGIA Serpentina fibrosa, verde clara e tem cor de polarizao baixa, cinza azulada. Anfiblio incolor e com cores de polarizao at 2a.segunda ordem, ocorre em cristais em geral esqueletiformes, cujos interstcios esto preenchidos por serpentina. provvel, que o hbito esqueletiforme tenha sido herdado de um mineral primrio (magmtico), por exemplo um piroxnio com textura spinifex. Opacos tm granulao muito fina e concentram-se particularmente nas bordas das bandas compostas por serpentina. provvel que seja um mineral de ferro gerado como subproduto da serpentinizao da olivina primria (serpentina um mineral pobre em Fe, logo o Fe contido na olivina sobra e forma um outro mineral, tal como magnetita). Carbonato s aparece em algumas lminas, por exemplo, na 025. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Serpentina 50-60 Anfiblio 40-45 Opacos ~ 5

METAMORFISMO: A rocha komatitica original sofreu um metamorfismo de grau baixo, em que as texturas gneas do tipo spinifex ficaram preservadas como pseudomorfoses. PROTLITO: Komatiito, (lava ultramfica).

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1D - 039 a 058 Epidoto fels PROCEDNCIA: Distrito de Barra Longa, Mariana, MG MICROESTRUTURA: Granoblstica MINERALOGIA O epidoto do tipo pobre em ferro, pois as cores de polarizao chegam, no mximo, ao final da primeira ordem (nas lminas em que a birrefringncia mais alta porque a lmina est espessa). O anfiblio xenoblstico a subidioblstico, com um pleocrosmo em tons de verde azulado verde oliva - amarelado. O ngulo extino situa-se em torno de 19. Possivelmente trata-se de uma hornblenda. Quartzo ocorre em cristais granoblsticos, em geral poligonais, concentrando-se principalmente em veios ou em ndulos. Plagioclsio aparece em cristais intensamente alterados por intemperismo. Esta alterao manifesta-se atravs da isotropizao dos cristais, que a sua transformao em alofana, e pelo aspecto sujo, acastanhado. Em algumas lminas ainda se vm restos no alterados do plagioclsio, que biaxial (+). Minerais acessrios so a titanita e o zirco. A Fe-Mg-clorita, verde e com cor de polarizao acastanhada, escassa e secundria. Apatita ocorre em algumas lminas em cristais relativamente grandes (maiores do que os de epidoto), com hbito granular, relevo maior do que o quartzo e quase istropa. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Epidoto ~ 90-95 Quartzo ~ 5 Anfiblio ~ 3

METAMORFISMO: Na transio da fcies xisto-verde para a fcies anfibolito, o anfiblio actinolita transforma-se em hornblenda. Algumas caractersticas pticas do anfiblio desta rocha, tal como o pleocrosmo forte, caracterizam a hornblenda, logo a rocha foi metamorfizada na fcies anfibolito. O epidoto, por sua vez, indica que a fcies foi anfibolito baixo, pois este mineral tende a desaparecer na fcies anfibolito alto. PROTLITO: Provavelmente sedimento calciossilictico impuro, rico em Si, Al, Ca e com um pouco de Fe.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1D - 059 a 078

Quartzo-granada-cummingtonita xisto PROCEDNCIA: Distrito de Monsenhor Horta, Mariana, MG MICROESTRUTURA: A rocha porfiroblstica, com matriz granonematoblstica. Nveis de quartzo mostram dobras apertadas, com ntido espessamento na zona de charneira e flancos adelgaados. A foliao dominante de transposio de uma foliao mais antiga, o que atestado por estas dobras. MINERALOGIA H dois tipos de anfiblio: 1 - O tipo quantitativamente dominante quase incolor, ou s vezes, se tornou acastanhado, sujo, devido alterao (intemperismo). Ele possui maclas lamelares do tipo polissintticas e suas cores de polarizao so de segunda ordem. O ngulo 2V muito elevado, tornando-se difcil a identificao do sinal ptico. As maclas polissintticas e a paragnese mineral da rocha levam a supor, que se trata de um anfiblio da srie cummingtonita-grunerita. 2 - Mais escasso, ou mesmo ausente em algumas lminas, o segundo tipo de anfiblio, fortemente pleocrico em tons de verde azulado, verde acastanhado e amarelado. A birrefringncia menor do que do tipo 1 (as cores de polarizao chegam no mximo ao meio da primeira ordem), altera-se em massa terrosa acastanhada (intemperismo) e biaxial (-). Provavelmente trata-se de uma hornblenda. A granada aparece em porfiroblastos poiquiloblsticos, com incluses de quartzo e anfiblio. O quartzo granoblstico, comumente poligonal. s vezes ocorre em veios. Minerais acessrios so os opacos. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Cummingtonita-grunerita 45 Granada 25 Quartzo 25 Opacos 2-5 Hornblenda 0-3

METAMORFISMO: A presena de cummingtonita-grunerita mais comum no grau mdio, o que corroborado pela presena de hornblenda. Alm disso, verifica-se no campo que esta rocha est encaixada em gnaisses da fcies anfibolito. PROTLITO: A mineralogia indica um quimismo bastante particular, em que predominam Fe, Mg, Si e Al, enquanto que o Ca muito deficiente (no caso de teores mais altos de Ca formar-se-ia mais hornblenda, que aqui um mineral subordinado). O teor de Mn no pode ser inferido somente pela mineralogia, mas tanto a granada quanto a cummingtonita-grunerita so minerais que podem conter quantidades relativamente elevadas de Mn. Este tipo de composio qumica no usual em magmatitos, logo supe-se que o protlito seja uma rocha sedimentar.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

Foto 1 (srie 1D 79 a 98) Quartzo-moscovita xisto com clivagem de crenulao espaada. Pol. X, altura da foto = 4mm.

Foto 2 (srie 1F 1 a 19) Xisto com porfiroblasto de granada, cujas incluses de quartzo constituem uma Si com padro bicncavo, que indica crescimento sintectnico sem rotao. Pol. X, altura da foto = 4mm.

Foto 3 (srie 1F 20 a 37) Xisto com granada: as incluses sigmoidais (em bola-de-neve) na granada indicam que ela foi sendo rotacionada durante o seu crescimento sintectnico. Pol. //, altura da foto = 4mm.

Foto 4 (srie 1E 70 a 89) Estaurolita em xisto. Em torno de resto de biotita e quartzo (centro), a estaurolita, que ocupa todo o campo da foto, lmpida (sem incluses). Esta rea tem o hbito da biotita e uma evidncia do crescimento da estaurolita s custas da biotita. Pol. //, altura da foto = 1mm.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1D - 079 a 098 Moscovita-quartzo xisto

PROCEDNCIA: Formao Cercadinho (Supergrupo Minas), Serra de Antnio Pereira, Mariana, MG MICROESTRUTURA: A rocha apresenta evidncias de ter sido submetida a trs fases de deformao. Em D1 foi gerada S1, que a foliao principal, predominante que, na foto 1, sub-horizontal. Ela definida pelo arranjo preferencial planar de palhetas de mica e pelo alongamento do quartzo. Num segundo evento, D2, formou-se S2, que uma clivagem de crenulao espaada que, na foto 1, sub-vertical. Em D 2 a rocha foi crenulada e localmente as micas foram reorientadas, possivelmente atravs da sua rotao relativa auxiliada pela dissoluo do quartzo, que no aparece nesta foliao S2. Interessante que as microdobras associadas a esta clivagem de crenulao S2 so muito suaves, enquanto que os planos da clivagem so ntidos e abruptos. Localmente verifica-se que S2 est crenulada suavemente, indicando um terceiro episdio deformacional, D3, que no chegou a gerar uma nova foliao. MINERALOGIA Quartzo granoblstico, alongado segundo S1. Mica branca constitui finas palhetas que, na sua maioria, orientam-se segundo S1 (vide tambm o item microestrutura). Os minerais acessrios so zirco, rutilo, turmalina (zonada, verde claro no centro e incolor nas bordas) e opacos. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 60 Mica branca 40

METAMORFISMO: A paragnese quartzo + mica branca estvel na fcies xisto verde e tambm na fcies anfibolito, enquanto que na fcies granulito a mica branca tende a se decompor gerando K-feldspato e um polimorfo de Al2SiO5. Na regio, outras rochas indicam metamorfismo na fcies anfibolito baixo. PROTLITO: A mineralogia indica que a rocha rica em Si, Al e K, elementos estes que so abundantes em sedimentos quartzo-argilosos (pelitos).

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1E - 001 a 017 Rodingito (Definio de rodingito: gabro alterado por metassomatismo, com dialgio (um tipo de piroxnio) e hidrogrossularita, e que se associa a peridotitos serpentinizados. Pode conter tambm prehnita, epidoto e vesuvianita; alguns autores citam tambm clorita e nefrita (=anfiblio fibroso). uma rocha enriquecida em Ca e Mg, sendo formada em decorrncia dos elementos liberados durante a serpentinizao dos peridotitos). PROCEDNCIA: Ibar, Escudinho Riograndense, RS MICROESTRUTURA: A rocha apresenta um bandamento mineralgico irregular e dobrado. A granulao excessivamente fina e a textura predominantemente granoblstica, exceto nas lminas com elevadas quantidades de anfiblio, que se apresentam em agregados feltrosos. MINERALOGIA Os seguintes minerais puderam ser identificados: A albita aparece inequigranular, com raras maclas polissintticas, extinguindo-se irregularmente, em manchas. A identificao do clinopiroxnio no fcil, porque ele tem uma granulao muito fina e por isso, s muito raramente, se consegue determinar o sinal ptico biaxial (+). Concentra-se, em algumas lminas, em massas granulares de relevo alto, cor amarelo esverdeado plido e com cores de polarizao que chegam segunda ordem. O epidoto/ clinozoisita tambm granoblstico fino, tem relevo um pouco maior do que o piroxnio e pode ser distinguido deste pelas cores de polarizao anmalas que, nas sees perpendiculares aos eixos pticos, so azul-de-Berlim. Anfiblio ocorre em cristais prismticos, diminutos, de cor verde-amarelada clara (muito raramente verde mais escuro) e suas cores de polarizao chegam segunda ordem. Pode ocorrer constituindo densos feltros (variedade denominada nefrita). Granada s aparece em algumas reas, podendo inclusive estar ausente em algumas lminas. Ela pequena, arredondada, tem relevo alto e suja, acastanhada. Observa-se tambm titanita e opacos. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): A avaliao da moda dificultada pela fina granulao e pela distribuio heterognea dos minerais de lmina para lmina. Albita 30-40 Clinopiroxnio 10-50 Anfiblio 0-40 Epidoto/clinozoisita 0-10 METAMORFISMO e PROTLITO: Vide definio de rodingito acima.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1E - 018 a 037 Filito

PROCEDNCIA: Ibar, Escudinho Riograndense, RS MICROESTRUTURA: A feio marcante desta rocha so os augen de quartzo e de feldspato, que tm uma forma lenticular, sendo contornados pela matriz lepidoblstica. A granulao excessivamente fina dificulta a avaliao modal. MINERALOGIA O quartzo aparece em gros arredondados ou lenticulares, em geral com extino ondulante forte. Nas reas de sombra de presso junto aos porfiroblastos opacos, o quartzo aparece em agregados de granulao mais grossa. Na matriz muito fino. O plagioclsio inequigranular, sendo a forma dos cristais maiores lenticular ou arredondada. Encontra-se bastante sericitizado; as maclas polissintticas so raras. Microclina aparece em raros porfiroclastos com macla difusa; est bem menos alterada do que o plagioclsio. escassa. O opaco porfiroblstico e o seu tamanho muito maior do que os maiores cristais de feldspato e quartzo. Exibe sees em geral quadradas e retangulares (pirita?). Epidoto apresenta cores de polarizao de primeira ordem, indicando que o seu teor de ferro bastante baixo. Na matriz, que bem foliada, distinguem-se, alm de quartzo, feldspato e epidoto, os seguintes minerais: Sericita aparece em finas palhetas lepidoblsticas; Fe-Mg-clorita verde, muito fina e lepidoblstica como a sericita, e tem cores de polarizao baixas, anmalas, acastanhadas; o carbonato distribui-se heterogeneamente pela rocha, s vezes em agregados arredondados, elpticos ou em bandas; leucoxnio constitui agregados acastanhados, de aspecto sujo e de relevo alto; zirco, raro, no se encontra em todas as lminas. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 30 (?) Plagioclsio 30 (?) Clorita 15-20 Carbonato 5-10 Sericita 15-20 Resto < 5

METAMORFISMO: Com base em dados de campo e geoqumicos, pesquisadores que trabalham na regio interpretaram o protlito desta rocha como sendo um tufo. O tufo teria sido composto originalmente por quartzo, feldspato e minerais mficos (composio dactica). Os dois primeiros minerais ainda so encontrados em parte na forma de relictos lenticulares. A matriz xistosa indica grau baixo do metamorfismo (fcies xisto verde), atestado pela presena de sericita + clorita + epidoto. PROTLITO: Provavelmente um tufo dactico (vide discusso do metamorfismo).

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1E - 038 a 051 Albitito PROCEDNCIA: Ibar, Escudinho Riograndense, RS MICROESTRUTURA: Rocha no-foliada, inequigranular granoblstica. MINERALOGIA A rocha composta predominantemente por feldspato, o qual consiste de um intercrescimento de plagioclsio (provavelmente albita) e lcali-feldspato (possivelmente potssico). Algumas possibilidades que poderiam explicar a formao deste ntimo intercrescimento so: a) processos de substituio metassomtica alcalina; b) transformao metamrfica de cristais relativamente grandes de um lcali-feldspato homogneo, rico em Na e K, em agregados de cristais menores, dos quais alguns concentrariam o Na e os outros, o K; c) mesopertita gerada por exsoluo. Raramente encontram-se maclas polissintticas no plagioclsio. O lcali-feldspato tem relevo e birrefringncia menores do que o plagioclsio, sendo distinguido deste ltimo por esta propriedade. s vezes o feldspato foi substitudo por clinozoisita, esqueletiforme. O quartzo inequigranular. Os cristais grandes, que s vezes se concentram em ndulos, podem conter incluses aciculares to finas, que no possvel identific-las. Eles tm um hbito xenoblstico, do tipo amebide, que lembra o hbito dos fenocristais de quartzo vulcnico. Granada aparece em pequenos cristais, na maioria das vezes xenoblticos e meio sujos. Muito raramente subidioblstica. A clinozoisita inequigranular e xenoblstica. Suas cores de polarizao so baixas e anmalas (azul-de-Berlim ou amareladas). Os cristais maiores so poiquiloblsticos, s vezes chegam a esqueletiformes. Carbonato xenoblstico. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Feldspato 60 Granada 5-8 Carbonato 5 Quartzo 20 Epidoto/clinozoisita 5-8

METAMORFISMO: Albititos so rochas freqentemente geradas por um processo de metamorfismo metassomtico. A temperatura em que se formou a paragnese albita + clinozoisita corresponde ao grau baixo. Se a temperatura tivesse sido maior (grau mdio), teria se formado um plagioclsio mais clcio s custas desta paragnese. PROTLITO: O hbito do quartzo lembra o de fenocristais de algumas rochas vulcnicas. Portanto, possvel que a rocha original tenha sido um vulcanito cido.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1E - 052 a 069 Diopsdio-grossularita fels

PROCEDNCIA: Minau, GO MICROESTRUTURA: Rocha granoblstica, localmente com forte cataclase. MINERALOGIA Grossularita aparece em cristais que podem ser anormalmente birrefringentes, com zonas e faixas lamelares de cor de polarizao cinza. Em algumas lminas a grossularita est fortemente cataclasada e em parte alterada ao longo das fraturas. Como a espessura da maioria das lminas maior do que o normal, as cores de polarizao do diopsdio so muito altas, chegando terceira e quarta ordens. Pode ocorrer em cristais prismticos curtos ou em agregados granulares de pequenos cristais. Apatita aparece em cristais de tamanho comparvel ao diopsdio. incolor, mas apresenta incluses de fina poeira opaca. Outros minerais, de difcil identificao devido espessura excessiva da maioria das lminas, ocorrem em fraturas na grossularita e parecem ser secundrios. H pelo menos dois minerais secundrios: o primeiro um filossilicato (talco?, mica?), caracterizado pela extino olho-depssaro, meio acastanhado, sujo, acicular radial; o segundo incolor, tambm radial, sem extino olho-de-pssaro (anfiblio?, wollastonita?). COMPOSIO MODAL: A moda das lminas varia bastante de uma para outra, devido granulao grossa da granada. H lminas com quase s granada e outras em que o diopsdio chega a 20%. METAMORFISMO: Conforme comum em rochas calciossilicticas, a quantificao das condies de PT difcil, porque no se conhece a composio da fase fluida, em termos dos teores de CO2 e H2O, durante o metamorfismo. O diopsdio indica pelo menos grau mdio. PROTLITO: Rocha sedimentar de composio calciossilictica, rica em Ca, Mg, Si e Al.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1E - 070 a 089Estaurolita-biotita-moscovita-plagioclsio-quartzo xisto PROCEDNCIA: Formao Sabar (Supergrupo Minas), Serra do Curral, Ibirit, MG. MICROESTRUTURA: A rocha porfiroblstica, com matriz xistosa e fracamente crenulada. Os porfiroblastos de biotita e de estaurolita tm incluses de cristais elpticos de quartzo e opacos, que esto orientados, constituindo uma foliao interna (Si = foliao interna) planar. Portanto, eles cresceram depois que a rocha j possua uma foliao. No entanto, verifica-se que a foliao externa aos porfiroblastos (Se) tem uma crenulao incipiente (no observvel na Si) e, localmente, ela discordante da Si, contornando os porfiroblastos. Estas observaes texturais significam que: 1. Formou-se uma rocha xistosa num primeiro evento de metamorfismo/deformao. 2. Os porfiroblastos cresceram devido a um aumento de temperatura, na ausncia de deformao, isto , eles so ps-tectnicos em relao ao primeiro evento deformacional. 3. Depois que os porfiroblastos cresceram, a rocha sofreu um novo evento de deformao/metamorfismo, e a matriz tornou-se crenulada e discordante da foliao preservada de modo relctico nos porfiroblastos. possvel que esta ltima fase seja responsvel pela cloritizao das biotitas (metamorfismo regressivo). Em resumo, os porfiroblastos cresceram entre duas fases de deformao, isto , eles so intercinemticos. MINERALOGIA Os seguintes minerais so os porfiroblastos da rocha: A estaurolita constitui porfiroblastos idioblsticos, poiquiloblsticos (textura peneira), com incluses elpticas de quartzo e opacos, e, s vezes, tem maclas em cruz. Interessante observar que, em torno de algumas incluses de restos xenoblsticos de biotita, h uma rea em que a estaurolita quase no tem incluses, rea esta que tem o hbito da biotita. Esses fantasmas de biotita indicam, que, pelo menos em parte, a estaurolita formou-se s custas deste mineral. Os porfiroblastos de biotita so subidioblsticos e tambm poiquiloblsticos. No tm orientao preferencial e alguns possuem uma extino ondulante. A cianita, idioblstica, tem um porte bem menor. Tambm cheia de incluses. Os opacos so xenoblsticos a subidioblsticos e inequigranulares. Andaluzita rara, ocorrendo somente em algumas lminas, por exemplo, na 074. Os componentes da matriz so moscovita fina e lepidoblstica; quartzo granoblstico e em algumas lminas constituindo lentes monominerlicas de cristais maiores; plagioclsio tambm granoblstico, s raramente apresentando maclas (confundindo-se com quartzo), mas, s vezes, um pouco sericitizado. Os minerais acessrios so granada, s encontrada em poucas lminas, turmalina, zirco e apatita. De origem retrometamfica aparece a Mg-clorita, verde clara, formada s custas da biotita, e algum epidoto. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 20-25 Plagioclsio 20-25 Moscovita 15-20 Biotita 15 Estaurolita 10 Opacos 5 Resto < 5

METAMORFISMO: A presena de estaurolita diagnstica da fcies anfibolito. A ocorrncia de dois polimorfos de Al2SiO5 (cianita e andaluzita) indica que a presso foi menor do que 4 kbar, que a presso do ponto trplice, isto , do equilbrio invariante dos trs polimorfos (vide maiores detalhes sobre o metamorfismo desta rocha em Jordt-Evangelista et al., 1992). PROTLITO: Minerais como estaurolita, cianita e mica branca indicam protlito sedimentar aluminoso, tal como pelitos.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1E - 090 a 107Ardsia

PROCEDNCIA: Eifel, Alemanha MICROESTRUTURA: Rocha de granulao muito fina, com um incipiente bandamento granulomtrico, que provavelmente o acamamento sedimentar primrio S o. H tambm uma foliao metamrfica fraca S1 (clivagem ardosiana), que faz um pequeno ngulo (10-15o) com So. MINERALOGIA Os minerais opacos constituem cristais irregulares ou ocorrem na forma de fina poeira opaca, que se concentra nos planos da clivagem ardosiana. Esta concentrao de finos opacos segundo os planos da foliao deve-se comumente soluo por presso de, por exemplo, quartzo, nestas superfcies, o que leva a uma concentrao residual de opacos, que no sofrem soluo por presso. A mica branca tem granulao varivel. A maioria dos cristais orienta-se segundo S1 , sendo caracterizados como uma sericita extremamente fina, que possui um tnue pleocrosmo (fengita?). As palhetas um pouco maiores parecem ser de origem detrtica, pois esto deformadas apresentando extino ondulante. Alm desses dois tipos, h ainda a mica branca que est intercrescida com a clorita, e em cujos agregados tambm apresentam extino ondulante. A fengita uma mica branca de granulao extremamente fina. Pode confundir-se com a clorita pela cor e relevo, porm apresenta birrefringncia muito maior. O quartzo aparece em pequenos cristais elpticos, relictos, contornados pela foliao, cujo eixo maior orienta-se segundo S1. Tambm ocorrem, em algumas lminas, veios ou lentes sintectnicas muito longas, com quartzo de granulao maior e carbonato, por exemplo, na 097. Mg-Fe-clorita tem cor de polarizao anmala azulada, o que indica que o seu teor de Fe maior do que o de Mg. Os cristais ou agregados de cristais de clorita constituem lentes e sigmides, cujo tamanho maior do que o dos demais constituintes e que so ladeadas por incipientes sombras de presso. Os cristais esto orientados obliquamente em relao S 1, podem apresentar-se deformados com kink bands, ladeados por sombras de presso e contornados por S1. Estas feies indicam, que a clorita anterior a S1. Ela est intercrescida com mica branca. Em alguns casos, h restos de biotita, acastanhada, no interior das palhetas. provvel que a clorita seja ento o produto do metamorfismo, em condies de grau baixo, de biotitas detrticas (sedimentares), o que explica o seu carter pr-cinemtico em relao S 1 e o seu intercrescimento com mica branca (este mineral tambm pode formar-se a partir de biotita). Carbonato escasso, ocorrendo em pequenas lentes onde pode estar associado a quartzo. Minerais opacos de finssima granulao concentram-se principalmente ao longo dos planos de foliao, constituindo pelculas que conferem rocha uma cor escura. Em rochas de grau baixo, como as ardsias, atribui-se a formao destas pelculas de opacos paralelas clivagem a uma concentrao residual deste mineral em conseqncia da soluo por presso de quartzo. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): A moda difcil de estimar, devido granulao excessivamente fina. A estimativa abaixo , portanto, muito grosseira: Mica branca 50 Opaco 20-30 Quartzo 10 Clorita 5-10 Carbonato < 5 METAMORFISMO: Esta rocha sofreu um metamorfismo na fcies sub-xisto verde. As baixas temperaturas do metamorfismo (200 - 300oC?) produziram uma granulao muito fina. Certamente durante o metamorfismo houve soluo por presso (de quartzo e carbonato?), o que indicado pela concentrao residual de finos opacos ao longo da clivagem, e pelos veios onde quartzo e carbonato dissolvidos se precipitaram.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

PROTLITO: Rocha sedimentar peltica.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1F - 001 a 019

Estaurolita-granada-biotita-quartzo xisto PRODEDNCIA: Piranga, MG, sada para Catas Altas da Noruega. MICROESTRUTURA: A rocha porfiroblstica com matriz granolepidoblstica. H evidncias de duas fases de deformao. Na primeira formou-se a foliao principal. Na segunda fase de deformao a rocha foi crenulada. MINERALOGIA A estaurolita aparece em porfiroblastos com incluses de pequenos cristais de quartzo, alinhados, constituindo uma foliao planar interna Si, que paralela foliao principal externa aos porfiroblastos. Certamente esta estaurolita cresceu aps a fase de deformao que gerou esta foliao. Alm disso, ela anterior crenulao, pois a sua S i no est crenulada. Este mineral, portanto, cresceu entre as duas fases de deformao (crescimento intercinemtico). A granada (foto 2) tambm porfiroblstica e rica em incluses de quartzo. O alinhamento destas incluses constitui uma foliao interna Si, que, na maioria das sees, no planar como na estaurolita, mas sim arqueada, constituindo um padro bicncavo (foto 2). Em algumas sees, porm, a Si pode ser levemente sigmoidal. Interpreta-se a Si em padro bicncavo como resultante de um crescimento sincinemtico da granada durante o primeiro evento deformacional, sem rotao (isto , a deformao foi do tipo cisalhamento puro durante o metamorfismo); medida que o porfiroblasto crescia ia englobando paulatinamente a foliao externa, que contornava o cristal. Por outro lado, os cristais em que S i levemente sigmoidal devem ser tambm sincinemticos, mas foram rotacionados, ainda que de modo incipiente, durante o seu crescimento. A biotita constitui palhetas cujo arranjo preferencial planar define a foliao principal da rocha e est parcialmente cloritizada. Alguns raros cristais so discordantes e portanto pscinemticos em relao ao evento gerador daquela foliao. Freqentemente porta halos pleocricos. O quartzo granoblstico. Aparece majoritariamente na matriz, junto com a biotita, onde pode ser poligonal. Tambm ocorre como incluses nos porfiroblastos de granada e de estaurolita. A mica branca no se encontra em todas as lminas. As suas escamas tambm tm arranjo preferencial planar. A cianita s foi encontrada em uma nica lmina da srie. A sua escassez possivelmente resulta de uma insuficincia de Al na rocha. O plagioclsio, biaxial (+), um mineral escasso. Confunde-se com quartzo, embora alguns cristais possuam uma incipiente alterao, como uma sujeira, no observvel no quartzo. Os minerais acessrios so zirco, opacos e turmalina. A clorita secundria (retrometamfica) e deve ter-se formado aps a segunda fase de deformao, pois no tem orientao preferencial e nem est deformada. Tem cor de polarizao cinza acastanhada e l (-), tratando-se, portanto, de uma Fe-Mg clorita (Mg predomina). COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 40-45 Biotita 30-35 Estaurolita 5 Mica branca 0-15 Granada 10 Plagioclsio 5 (?)

METAMORFISMO: Fcies anfibolito, conforme indicado pela estaurolita, que diagnstica desta fcies em metapelitos. A cianita indica um metamorfismo de presso mdia (tipo Barrowiano). PROTLITO: Rocha sedimentar peltica.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1F - 020 a 037 Granada-clorita-quartzo-moscovita xisto PROCEDNCIA: Distrito de Ribeiro do Carmo (Bandeirantes), Mariana, MG. MICROESTRUTURA: Rocha porfiroblstica com matriz lepidoblstica. A xistosidade principal pode estar crenulada de modo incipiente em algumas lminas. Incluses com arranjo sigmoidal na granada (foto 3) indicam que ela foi rotacionada durante o seu crescimento. MINERALOGIA A granada constitui porfiroblastos poiquiloblsticos (foto 3). Contm incluses de pequenos cristais alongados de quartzo e, s vezes ripas de cloritide e alguns cristais opacos. Estas incluses alinham-se segundo trilhas com um padro sigmoidal (em forma de S), o que indica que a granada foi sendo rotacionada durante o seu crescimento, isto , ela um mineral sintectnico que cresceu durante um episdio deformacional do tipo cisalhamento simples. Estas incluses com arranjo sigmoidal constituem a estrutura em bola-de-neve (foto 3). O ngulo de rotao, conforme indicado pelos sigmides, foi cerca de 100o e a rotao foi no sentido horrio nestas lminas. Aps o trmino do crescimento da granada parece que a deformao continuou, pois comumente observa-se uma ntida discordncia (no-paralelismo) entre a Si (foliao interna) na borda dos cristais, e a Se (foliao externa). Esta discordncia poderia ser o resultado da continuao da rotao da granada sem crescimento. Mica branca e Fe-Mg clorita definem a foliao da rocha atravs do arranjo planar das suas palhetas. H tambm escamas de mica branca decussadas e, portanto, ps-cinemticas. Em algumas pores da lmina, a mica branca apresenta-se turva (aspecto sujo). A clorita verde clara e tem cores de polarizao anmalas acastanhadas, o que indica um teor de Mg maior do que o de Fe, e tambm podem ocorrer associadas s palhetas de mica branca decussadas. Porta halos pleocricos ao redor de incluses de mineral radioativo (zirco?) Muitas vezes observado um enriquecimento em clorita ao redor dos cristais de estaurolita e granada (retrometamorfismo). Quartzo concentra-se nas reas de sombra de presso adjacentes aos porfiroblastos de granada ou ento em algumas camadas, onde aparece, s vezes, alongado segundo a foliao da rocha. Pode apresentar extino ondulante. A estaurolita muito escassa e no aparece em algumas lminas. Nos cristais de porte maior, nota-se uma Si planar, constituda por trilhas de pequenos cristais de quartzo. Esta Si planar indica que a estaurolita ps-cinemtica em relao ao evento deformacional que gerou a foliao. Cloritide s aparece dentro da granada, constituindo diminutos cristais tabulares, verde azulados e com cores de polarizao baixas. Por estar incluso na granada que ficou preservado na rocha, pois na matriz no h cloritide, tendo sido provavelmente convertido em estaurolita. Opacos ocorrem geralmente em finas palhetas, muitas vezes alongadas segundo a foliao da rocha. Limonita apresenta-se freqentemente preenchendo fraturas, principalmente na granada, sendo um produto de alterao. Turmalina verde, muito escassa, s aparece em algumas lminas. COMPOSIO MODAL (% volumtrica):Mica branca 50 Quartzo 20 Clorita 20 Granada 10

METAMORFISMO: A estaurolita indica fcies anfibolito. Como ainda h cloritide (mineral tpico da fcies xisto verde) relctico na granada, deduz-se que a fcies foi anfibolito baixo, o que reforado pela presena da clorita (este mineral tende a desaparecer no meio da fcies anfibolito). PROTLITO: Rocha sedimentar peltica.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1F - 038 a 057

Moscovita-cloritide-clorita-quartzo xisto PROCEDNCIA: RFFSA, Tripu, Ouro Preto, MG MICROESTRUTURA: Porfiroblstica com matriz granolepidoblstica. A rocha tem um par de foliaes, sendo que uma tem forma sigmoidal (de um S) e a outra planar. Este par de foliaes constitui uma estrutura S-C, normalmente encontrada em zonas de cisalhamento. O cloritide tem incluses de opacos com arranjo sigmoidal (foto 5), com a mesma orientao da S-C, ou, s vezes, ele prprio tem uma forma sigmoidal. Portanto, o cloritide sincinemtico em relao ao episdio deformacional responsvel pela formao da foliao SC (ele no poderia ser ps-cinemtico em relao a este episdio deformacional porque a foliao C contorna os porfiroblastos). MINERALOGIA: O cloritide constitui porfiroblastos parcialmente substitudos por palhetas decussadas de mica branca (alterao retrometamfica). Possui abundantes incluses de opacos, que esto alinhados constituindo uma Si (foliao interna) sigmoidal (foto 5). Os prprios porfiroblastos podem ter a forma de um S. Tem relevo mais alto do que o da clorita, maclas do tipo polissintticas e cores de polarizao baixas, cinza e branco de 1a. ordem, mascaradas pela cor prpria (verde azulado acinzentado, ver foto 4). Quartzo granoblstico e, nas pores clorticas, tende a ser alongado segundo a xistosidade. Nas superfcies da foliao C o quartzo est ausente (h somente clorita e opacos), logo ele deve ter sofrido soluo por presso. Nas reas de sombra de presso adjacentes ao cloritide e nas camadas onde o quartzo muito abundante, os cristais so maiores e granoblsticos poligonais. A Mg-Fe clorita verde e tem cores de polarizao anmalas, arroxeadas, o que indica que o seu teor de Fe maior do que o de Mg. As foliaes S e C so geradas pela orientao das palhetas de clorita Os minerais opacos constituem cristais tabulares (hbito tpico da hematita) orientados segundo as foliaes S e C. A biotita castanha e intensamente pleocrica. escassa, ocorrendo intercrescida com clorita. Em algumas lminas da srie pode estar ausente. O zirco produz halos pleocricos na clorita. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 40 Cloritide 10 Opacos 3-5 Clorita 35-40 Mica branca 5-10

METAMORFISMO: O cloritide um mineral diagnstico da fcies xisto verde. Este xisto destaca-se por apresentar microestruturas milonticas (estrutura S-C) e h evidncias de que os seus minerais cresceram durante este episdio deformacional. Portanto, o xisto no um milonito stricto sensu, pois milonitos so rochas em que a deformao normalmente causa a recristalizao dinmica dos minerais j existentes, j que no h aumento de temperatura que possibilite reaes minerais progressivas (uma exceo so as zonas de cisalhamento com infiltrao de fluidos aquosos, que podem levar a transformaes regressivas, como a sericitizao de feldspatos). A rocha foi ento gerada num evento de metamorfismo regional (dinamotermal) com deformao do tipo cisalhamento simples. PROTLITO: Rocha sedimentar peltica rica em Fe (o cloritide requer altos teores de Fe, alm do Al, para formar-se).

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

Foto 5 (srie 1F 038 a 057): Xisto com porfiroblasto de cloritide (verde azulado) portador de incluses de opacos com arranjo sigmoidal, o qual envolvido por foliao composta por palhetas de clorita (verde) e opacos. Pol. //, altura da foto = 4mm.

Foto 6 (srie 1F 58 a 74) lcali-feldspato com pertita e fratura preenchida por quartzo em metagranito. Pol. X, altura da foto = 4mm.

Foto 7 (srie 1F 58 a 74) Quartzo com estrutura ncleo-manto em metagranito. Pol. X, altura da foto=4mm.

Foto 8 (srie 1G 1 a 17) Filonito rico em quartzo e mica branca, gerado a partir de granito submetido a milonitizao acompanhada da percolao de fluidos aquosos. O pequeno cristal de microclina ( direita da foto) relctico. Pol. X, altura da foto = 4mm.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1F - 058 a 074Granito com incipiente milonitizao

PROCEDNCIA: Granito Mamona (Complexo Bonfim), Serra da Moeda, rodovia ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG. MICROESTRUTURA: Esta rocha corresponde s pores menos milonitizadas de um corpo grantico recortado por zonas de cisalhamento. As sries 1F-075 a 091, 1F-092 a 108 e 1G-001 a 017 correspondem a amostras progressivamente mais milonitizadas e sericitizadas deste mesmo corpo (ver discusso sobre a variao qumica que acompanhou a milonitizao/ sericitizao progressiva deste corpo grantico em Jordt-Evangelista et al., 1993a e 1993b). Esta rocha apresenta feies texturais primrias (por exemplo, plagioclsio tabular e eudrico em relao a quartzo ou microclina) que so tpicas de uma cristalizao magmtica. Ela sofreu uma deformao no muito intensa, que ocasionou o fraturamento de feldspatos (foto 6) e uma recristalizao dinmica parcial de quartzo por rotao de subgros, gerando uma estrutura ncleo-manto (foto 7). MINERALOGIA A microclina ocorre em cristais com at alguns centmetros de tamanho, que apresentam abundante pertita em manchas (tipo patch perthite, foto 6), maclas em grade e, ocasionalmente, maclas de Carlsbad. Tambm exibe fraturas freqentes (foto 6). A albita da pertita tem maclas polissintticas e pode estar um pouco sericitizada. A microclina no apresenta alterao. O quartzo inequigranular. Os cristais maiores atingem 5mm de tamanho e, com freqncia, portam extino ondulante, subgros ou uma recristalizao marginal, constituindo uma estrutura ncleomanto (foto 7). O manto composto por cristais granoblsticos, freqentemente poligonais, com dimetro mdio em torno de 0,2 mm. Os subgros dos ncleos tm um tamanho mdio e um hbito granoblstico poligonal semelhantes aos dos cristais do manto. Estas feies texturais (subgros e novos gros de tamanho e hbito semelhantes) levam a interpretar-se que o processo de recristalizao dinmica do quartzo foi atravs de rotao de subgros. Um outro tipo de quartzo, remobilizado, encontra-se preenchendo fraturas nos feldspatos (foto 6). O plagioclsio ocorre em cristais que podem ser tabulares e eudricos em relao ao quartzo e microclina (hbito magmtico), apresenta maclas polissintticas, fraturas preenchidas por quartzo e, s vezes, biotita fina. Carbonatao, saussuritizao e sericitizao aparecem com intensidade varivel. Esta substituio foi mais eficaz ao longo das fraturas, que possibilitaram o acesso dos fluidos aquosos, essenciais no processo de sericitizao. A biotita tem uma granulao muito fina, provavelmente resultante de recristalizao dinmica de cristais originalmente maiores. As palhetas, de cor castanha esverdeada, concentram-se em ndulos ou em pelculas intersticiais, associando-se a diminutos cristais de titanita e de epidoto (alanita), o qual produz halos pleocricos na biotita. Pode estar cloritizada. Minerais acessrios so opacos (com coronas compostas por titanita, sendo que este mineral tambm se associa biotita), alanita (muito isotropizada), zirco (cristais eudricos, acastanhados, zonados e s vezes fraturados), apatita e fluorita. Os minerais secundrios so clorita, clinozoisita/epidoto, carbonato e sericita. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 35 Microclina 30 Biotita 10 Resto 5 Plagioclsio 20

METAMORFISMO: A sericitizao parcial do plagioclsio foi a principal transformao metamrfica que acompanhou a deformao a que esta rocha foi submetida. Esta deformao foi rptil para os feldspatos e dctil para o quartzo e a biotita. A infiltrao de fluidos aquosos durante a deformao que propiciou as reaes de sericitizao e a remobilizao do quartzo que preenche veios. PROTLITO: As texturas originais preservadas (por exemplo plagioclsio tabular e eudrico em relao a quartzo ou microclina) so tpicas de uma cristalizao magmtica. Portanto, a rocha original um granito. O metamorfismo e a deformao foram to incipientes, que ainda se justifica chamar a rocha de granito.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1F - 075 a 091 Protomilonito grantico filonitizado PROCEDNCIA: Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG. MICROESTRUTURA: Esta rocha corresponde s pores protomilonitizadas at milonitizadas do Granito Mamona, que neste local recortado por zonas de cisalhamento. A srie 1F-058 a 074 da poro do granito com menos deformao, enquanto que as sries 1F092 a 108 e 1G-001 a 017 correspondem a amostras progressivamente mais milonitizadas e sericitizadas do que esta srie (ver discusso sobre a variao qumica que acompanhou a milonitizao/sericitizao progressiva deste corpo grantico em Jordt-Evangelista et al., 1993a e 1993b). As lminas desta srie possuem reas com apenas sericita + quartzo e reas com feldspatos ainda bem preservados, que so uma evidncia da irregular infiltrao de fluidos aquosos. MINERALOGIA O plagioclsio aparece em porfiroclastos elpticos, bastante fraturados, com freqente deslocamento dos segmentos. s vezes, mostra evidncias de deformao como subgros, kink bands ou recristalizao dinmica em gros menores, que podem gerar caudas de recristalizao. Pode ter alteraes tais como sericitizao, saussuritizao ou carbonatao. A microclina, com abundante pertita em manchas, tambm aparece em porfiroclastos elpticos, bastante fraturados. As albitas das incluses pertticas podem ter maclas polissintticas ou sericitizao. O quartzo, muito abundante, est quase todo recristalizado e quase no h porfiroclastos remanescentes. Pode ocorrer em lentes monominerlicas compostas de cristais poligonais ou associar-se sericita em camadas descontnuas, onde os cristais tm um tamanho muito menor do que nas lentes monominerlicas. A biotita, castanha esverdeada, aparece em lentes e filmes delgados, s vezes associada sericita. A sericita, que um produto da alterao dos feldspatos (principalmente plagioclsio, mas tambm microclina), tem uma forte orientao preferencial. Em geral constitui filmes, que rodeiam os porfiroclastos de feldspato, ou camadas descontnuas associando-se a quartzo muito fino. Os principais minerais acessrios so epidoto/clinozoisita, apatita, titanita (formada s custas de um opaco, que no mais ocorre nesta rocha), zirco (bem acastanhado) e carbonato. COMPOSIO MODAL (% volumtrica):Quartzo 40 Plagioclsio 15 Resto 5 Microclina 25 Sericita 15

METAMORFISMO: O granito sofreu um processo de sericitizao acompanhando a sua milonitizao. A reao metamrfica simplificada foi do tipo: feldspato + H2O = sericita + quartzo Verifica-se que a infiltrao de fluidos aquosos na zona de cisalhamento que viabilizou a reao acima. O quartzo desta rocha foi em parte derivado da recristalizao dinmica do quartzo original do granito (agregados lenticulares monominerlicos) e em parte foi derivado da reao acima (quartzo mais fino associado sericita). A comparao da moda desta rocha com a do granito da srie anterior mostra a diminuio no teor de feldspatos e o aumento nos teores de sericita e quartzo, o que est de acordo com a reao acima. PROTLITO: Granito.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1F - 092 a 108 Milonito grantico filonitizado

PROCEDNCIA: Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG. MICROESTRUTURA: Esta rocha corresponde s pores milonitizadas do Granito Mamona, que no local recortado por zonas de cisalhamento. As sries 1F-058 a 074 e 1F-075 a 091 so de pores do granito com menos deformao, enquanto que a srie 1G-001 a 017 corresponde a pores ainda mais milonitizadas e sericitizadas do que a rocha desta srie (ver discusso sobre a variao qumica que acompanhou a milonitizao/sericitizao progressiva deste corpo grantico em Jordt-Evangelista et al., 1993a e 1993b). As lminas desta srie possuem uma textura porfiroclstica com matriz granolepidoblstica. MINERALOGIA O quartzo aparece principalmente em finos cristais associados sericita. Mais raramente observam-se porfiroclastos com estrutura ncleo-manto, que so remanescentes do granito original, e lentes monominerlicas com agregados poligonais, que representam o estgio de completa recristalizao dinmica dos cristais originais do protlito. Os porfiroclastos remanescentes de microclina so bem menores do que os da srie de lminas anterior. As maclas em grade tpicas deste mineral so bem mais raras. Dentro dos porfiroclastos h manchas de agregados de sericita, que representam as incluses pertticas j inteiramente sericitizadas. Nesta rocha o plagioclsio no mais existe, j tendo sido totalmente convertido em sericita e quartzo. A biotita, castanho esverdeada, concentra-se em delgadas camadas, geralmente associada sericita. Sericita muito abundante, podendo constituir lentes ou camadas monominerlicas. A foliao milontica da rocha definida pelo arranjo preferencial das palhetas de mica branca. Os minerais acessrios so zirco (castanho, parcialmente isotropizado), titanita e epidoto/clinozoisita (raro, podendo no aparecer em todas as lminas). COMPOSIO MODAL (% volumtrica) Quartzo 40 Sericita 35 lcali-feldspato 20 Resto 5

METAMORFISMO: Em relao srie de lminas anterior, verifica-se que esta amostra no tem mais plagioclsio, o qual j foi totalmente sericitizado (ver tambm discusso do metamorfismo da srie anterior). PROTLITO: Granito.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1G - 001 a 017 Filonito PROCEDNCIA: Complexo Bonfim, Serra da Moeda, rodovia ligando a BR-040 cidade de Moeda, MG. MICROESTRUTURA: Esta rocha corresponde s pores milonitizadas e quase totalmente filonitizadas do Granito Mamona, que no local todo recortado por zonas de cisalhamento. As sries 1F-058 a 074, 1F-075 a 091 e 1F-092 a 108 so das pores do granito com menos deformao (ver discusso sobre a variao qumica que acompanhou a milonitizao/sericitizao progressiva deste corpo grantico em Jordt-Evangelista et al., 1993a e 1993b). As lminas desta srie possuem uma textura muito fina, porfiroclstica, com matriz granolepidoblstica. MINERALOGIA O quartzo majoritariamente granoblstico fino. Alguns raros cristais maiores, com forte deformao, so porfiroclastos remanescentes do protlito grantico. A sericita lepidoblstica, constituindo agregados concentrados em camadas ou lentes muito alongadas. A orientao planar das palhetas define a foliao milontica da rocha. Microclina constitui pequenos porfiroclastos que sobreviveram milonitizao e sericitizao. Os minerais acessrios so biotita e zirco (castanho, isotropizado). COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Quartzo 50 Sericita 45 lcali-feldspato 5

METAMORFISMO: Esta rocha corresponde s pores mais milonitizadas e sericitizadas (= filonitizadas) do granito original. Verifica-se que o plagioclsio no sobreviveu e s uma pequena parte da microclina resistiu sericitizao. O quartzo do granito foi quase todo recristalizado dinamicamente, convertendo-se em pequenos cristais granoblsticos, freqentemente poligonais. A este quartzo recristalizado ainda somou-se o quartzo produzido pela sericitizao dos feldspatos, segundo a reao simplificada: feldspato + H2O = sericita + quartzo Estas transformaes mineralgicas s se tornaram possveis porque houve percolao de fluidos aquosos nas zonas de cisalhamento, as quais costumam funcionar como verdadeiras calhas coletoras da gua das circunvizinhanas. A identificao de uma rocha com esta textura e mineralogia como um filonito produzido de um granito seria muito difcil se no se tivesse o controle de campo. Em geral filonitos deste tipo podem ser confundidos com mica-quartzo xistos de protlito peltico. Nas lminas, algumas indicaes sobre a origem mlontica desta rocha so os raros porfiroclastos de quartzo, muito deformados, e de microclina. PROTLITO: Granito.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

Foto 9 (srie 1G 18 a 38) Porfiroblasto de andaluzita com incluses opacas orientadas em cruz (variedade chiastolita). Pol. X, altura da foto = 4mm.

Foto 10 (srie 1G-57 a 74) Rocha verde (greenstone) com actinolita (cores de pol. amarela e laranja) contendo incluses tabulares de plagioclsio saussuritizado, o que caracteriza uma textura magmtica relctica do tipo oftica. Pol. X, altura da foto=2mm.

Foto 11 (srie 1G 92 a 108) Mica fish em milonito com estrutura S-C. A foliao C horizontal e a S, oblqua, ressaltada pelos mica fish. Pol. X, altura da foto = 4mm.

Foto 12 (srie 1H 18 a 34) Opdalito com ortopiroxnio (cor de polarizao baixa, cinza at laranja) e plagioclsio (cor de polarizao cinza e branco, maclas polissintticas escassas). Pol. X, altura da foto = 2mm.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas 1G - 018 a 038 Andaluzita metarenito (a filito)

PROCEDNCIA: Austrlia MICROESTRUTURA: A rocha porfiroblstica, com matriz muito fina, granolepidoblstica e com relictos arredondados de fragmentos de rocha. MINERALOGIA A andaluzita porfiroblstica, eudrica, com sees quadradas ou retangulares (foto 9). incolor, porm pode ter escassas manchas de cor rosa claro. O relevo positivo em relao ao quartzo e apresenta clivagens somente em algumas sees. Possui incluses de material opaco fino (grafita?), que pode estar distribudo em forma de cruz dentro dos cristais, o que caracteriza a variedade de andaluzita conhecida por chiastolita (foto 9). A foliao contorna os porfiroblastos, logo o mineral poderia ser pr-cinemtico ou sincinemtico em relao fase de deformao que gerou esta foliao. Nas bordas h freqente transformao num filossilicato incolor, que pode ser uma mica branca ou uma pirofilita. Na matriz, os finos opacos concentram-se em camadas. A sericita lepidoblstica, o quartzo granular fino e a biotita est cloritizada de modo incipiente. O quartzo tambm ocorre em lentes, ndulos ou bandas monominerlicas, tratando-se provavelmente de mobilizados do tipo veio. Os fragmentos de rochas sedimentares (arenitos) so arredondados ou elpticos. So pobres em opacos e enriquecidos em quartzo. Alguns tm tambm feldspato. COMPOSIO MODAL (% volumtrica): Como a matriz extremamente fina, a avaliao visual da moda de seus constituintes bastante dificultada. Andaluzita ~ 40 Fragmentos de rocha 30-40 Matriz 20-30 METAMORFISMO: A andaluzita o polimorfo de Al2SiO5 de presso baixa, formando-se em temperaturas variando do grau baixo ao mdio (no grau alto a sillimanita o polimorfo estvel). Nesta rocha, a preservao de fragmentos detrticos de rocha e a fina granulao da matriz levam a supor-se um grau metamrfico baixo para a formao desta rocha. A chiastolita uma variedade de andaluzita mais comum em metamorfitos de contato. Caso tenha se formado num metamorfismo deste tipo, aps o seu crescimento deve ter havido um episdio metamrfico do tipo dinamotermal, responsvel pela gerao da foliao que contorna os porfiroblastos. Neste caso, a chiastolita seria pr-cinemtica. possvel que a sua alterao marginal tenha ocorrido durante este metamorfismo dinamotermal posterior, que seria regressivo em relao ao primeiro evento termal. PROTLITO: Rocha sedimentar composta por material peltico rico em matria orgnica (transformada em grafita) e gros detrticos de arenitos.

Petrologia Metamrfica

Descrio das sries de lminas

1G - 039 a 056 Mrmore com margarita PROCEDNCIA: Formao Gandarela (Supergrupo Minas), Antnio Pereira, Municpio de Ouro Preto, MG. MICROESTRUTURA: Porfiroblstica com matriz granoblstica. Uma foliao incipiente definida pelo alongamento de carbonato e pelo arranjo preferencial planar de palhetas de micas. MINERALOGIA: A mica clcica margarita constitui porfiroblastos, que nestas lminas, as quais foram cortadas perpendicularmente foliao, so muito delgados, e esto orientados preferencialmente segundo uma direo (na amostra de mo verifica-se que os cristais so escamas com orientao planar, cuja seo basal equidimensional). O comprimento mdio das escamas de 3 mm. O relevo positivo em relao ao quartzo, incolor com cores de polarizao mximas at o amarelo de primeira ordem, biaxial (-), com ngulo 2Vx moderado. A clivagem perfeita acarreta o aparecimento da extino olho-de-pssaro em algumas sees. A margarita um mineral que pode confundir-se com Mg-clorita, mas esta tem birrefringncia menor. Uma interessante feio microestrutural a ocorrncia de franjas compostas de carbonato e quartzo, ladeando muitos porfiroblastos de margarita. As franjas so constitudas de cristais alongados de carbonato e de quartzo, orientados perpendicularm