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CURSO TÉCNICO DE RADIOLOGIA
ALUNO: _PROFESSOR:
TECNICIS RIOllOBICIS CONVENCIONAIS
191 Técnicas Radiológicas Convencionais
~Técnicas,....~--,~==::-:
RadJológicasConvencionais
Técnico em Radiologia
3. Planos Anatômicos
TERMOS GERAIS
193 Técnicas Radiológicas Convencionais
INTRODUÇÃO
TERMINOLOGIA RADIOLÓGICA
Técnico em Radiologia
Uma posição ereta em pé ( ereta bípede ou ortostática) com-Os braços aduzidos ( abaixadoslateralmente ao corpo), sendo que as palmas das mãos, os dedos dos pés e o olhar esteja para ohorizonte.
Esta posição específica do corpo é usada como referência para outros termos deposicionamento.
2. Posição Anatômica
Os planos anatômicas são didaticamente subdivididos em: planos de Delimitação, Corte (Secção) e de Relação.
• Planos de delimitação: Delimitam o corpo e são análogos a inclusão do corpo dentrode uma caixa, com cada face representando uma plano. São eles: superior/inferior;anterior/posterior, lateral direito e esquerdo.
• Planos de Secção/Corte: Sagital ( divide o corpo em partes direita e esquerda);Corona1 Ou Frontal ( di vide o corpo em partes anteriores e posterior) e Transversalconsiste num plano imaginário que obedece ao princípio de construção corpóreaAntimeria e será detalhada em sala de aula.
• Planos de relação: são aqueles utilizados para relacionar estruturas anatômicas, logopelo menos 2, Ex.: medialllateral; proximal/médio/distal; superficial/profundo;externo/interno ...
Observação importante: Em sala de aula, detalharemos melhor com exemplos, pois existem termosanálogos como por exemplo: superior/cranial/cefálico ...4. Movimentos
1. FlexãolExtensão: movimento em que o ângulo da articulação é aumentado ou diminuído.2. Eversãollnversão : movimento de força para fora ou dentro do pé. Refere-se
exclusivamente à articulação do tornozelo.
E essencial que cada pessoa que planeja trabalhar como técnicoltecnólogo/radiologistaCompreenda claramente a terminologia comumente utilizada no posicionamento radiográficomédico. Esta parte relaciona, descreve e ilustra aqueles tennos comumente usados compatíveis coma terminologia de posicionamento e incidência adotada e publicada pelo The American Registry ofRadiologic Technologists em janeiro de 1990. *Estes termos geralmente são compatíveis comaqueles usados no Canadá, de acordo com a Canadian Association of Medicai RadiationTechnologias e com aqueles descritos pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e NomenclaturaAnatômica de São Paulo, 1997.
Uma radiografia consiste num filme ( Kodak, p.ex.) contendo uma imagem processada deuma parte anatômica de um paciente ( devido a interação físico-químia do feixe de raios X sobre ofilme), Radiografia é a Realização de Imagens Radiográficas.
Nota: Na prática, os termos radiografia de Raios X são freqüentemente utilizados comosinônimos. E fica mais "feio" quando o pedido está escrito: RX de .... O feixe de raios X refere-seespecificamente à radiação enquanto radiografia à imagem ou ao estudo radiológico.
POSICIONAMENTO RADILÓGICO
Posição Gerais do Corpo
194 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
1. Posição Lateral : Pode ser esquerda ou direita, lembrando que numa posição lateralverdadeira a parte estará a 90" ou perpendicular ( em ângulo reto) com uma incidênciaAP ou PA verdadeira.
2. Posição Oblíqua: Consiste numa posição inclinada de forma anterior ou posterior. Eainda, OAD ( nadador inversa/invertida), OAE, OPD e OPE ( posição do nadador).
3. As demais posições serão descritas em sala de aula.
1. Decúbito: A posição de decúbito (,;'deitado") pode ser subdividida em: Ventral, Dorsal eLateral ( direita/esquerda). Indicando cada uma delas qual plano anatõmico dedelimitação ser relaciona com a superfície em que o paciente se encontra.
2. Ereta: A posição ereta ( "reto, certo") pode Ser: sentado ou em pé. Podemos ainda falarem posição ortostática ou ereta bípede para a posição ereta em pé.
3. Plano inclinado-:-A posição de plano inclinado pode ser: Trendelemburg ou Fowler. Naposição de Trendelemburg a pessoa estará em decúbito dorsal com o plano do corpoinclinado de forma que a cabeça fique inferior aos pés. A posição de Fowler consiste noinverso.
4. Posição de Litotomia: Do latim "li tos" - pedra e "Iomein" = corte. Consiste numaposição muito utilizada até hoje para a remoção cirúrgica de cálculo renal, muitoparecida com a posição ginecológica. Consiste numa posição de decúbito dorsal comsemi flexão dos joelhos ( genicular ) e leve abdução das pernas ( entreabertas), podendose utilizar suportes e mesa especial.
Posições Específicas do Corpo
Utilizaremos para especificar uma das posições gerais.
3. Rotação MetdiLI ( Interna ) / Lateral ( Externa): rotação de uma parte do corpo,deslocando a face anterior da parte para dentro/fora em relação ao plano mediano.
4. Abdução/adução: Consiste no movimento de afastamento/aproximação de uma parte docorpo em relação ao plano mediano.
5. Supinação/Promoção: Consiste no movimento de rotáção interna/externa da mão.6. Circundução: Consiste num movimento amplo e que envolve seqüências de flexão,
abdução, extensão e adução, resultando em um movimento do tpo cone.
No decorrer do curso, veremos que falar "deitado" é um termo vulgar para a linguagemtécnica. É preciso dar preferência a termos técnicos e científicos quando se está em ambienteprofissional, a adequação da linguagem deve serfeita somente para o paciente e acompanhante.
O posicionamento radiológico/radiográfico refere-se a maneira ou ao modo de um pacienteem determinar ou descrever posições a fim de se demonstar radigraficamente partes especificas docorpo na radiografia ou em outros receptores de imagem.
Didaticamente dividiremos as posições em gerais e especiais (específicas), que ser referemao paciente e posteriormente estudaremos as posições das partes, assim denominado para o estudoespecífico em TRCE.
Incidências Gerais
PROJEÇÃO
195 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Observações importantes• Angular é termo utilizado para se determinar um ângulo no RC, podendo ser
angulação caudal ou cranial. Quando nos referimos ao paciente, utilizando otermo inclinar, posicionamento inclinado ou em plano inclinado;
• Existem incidências que são dadas em homenagem a quem descreveu a técnica.Estas estudaremos em cada técnica descrita. Ex.: Incidência de Bretton, Métodode Towne, Incidência de Hirtz, Incidência de Watters ...
Representa a imagem radiográfica observada do filme ou de outro receptor de imagematravés de uma tela f1uoroscópia ( negatoscópio), monitor de computador, televisão etc. A projeçãoé o inverso exato da incidência e, portanto, não deve ser confundir com incidência.
Atualmente, o termo projeção designa funções diferentes para os diferentes profissionais daárea de saúde. Para o técnico a projeção é fundamental para que este possa zelar pela boa Qualidade
Consiste nas incidências mais utilizadas em radiologia. E são elas:i. incidência Póstero-anterior ( P.A): RC indo de um plano posterior para um anterior,
sendo perpendicular ao plano coronal. Ex.: Radiograma do tórax.2. incidência Antero-posterior ( A.P.): RC indo de um plano anterior para um posterior,
sendo perpendicular ao plano coronal. Ex.: Radiograma do abdome.3. Incidência Perfil: A incidência perfil é utilizada de forma muito vaga e nós preferimos
os termos Látero-lateral, Látero-medial e Médio-lateral. Nestes casos, o RC podedeterminar estruturas que apresentam lados direito e esquerdo como também, estruturasque apresentam plano lateral e mediaI, fato que ocorrem em membros superiores einferiores.
Incidências EspeciaisO objeto desta parte, não é demonstrar todas incidêneias especiais/especificas, pois algumas
delas vamos estuda-Ias detalhadamene mais na frente.i. incidência Axial : Consiste numa incidência com angulação do RC. Caso o RC seja
caudal ( angulação caudal ou inferior) a incidência é dita súpero-inferior ou céfalo-caudal ou crânio-caudal. Caso o RC seja cefálico ( angulação cefálica ou superior) aincidência é ditaínfero-superior ou caudo-cefálico ou caudo-eranial.
2. incidência Apical: Incidência Axial Ínfero-superior.3. incidência Tangencial: Consiste numa incidência que se realiza em superfícies curvas.
Corno por exemplo no arco zigomático, crânio, patela ...4. Incidência Transtorácica: Consiste em qualquer que se relaciona com o tórax.
INCIDÊ CIA RADIOLÓGICA
Incidência consiste na trajetória (trajeto) descrita pelo feixe de raios X (RC ), relacionandoplanos de entrada e saída. O termo incidência deve ser "restrito à discussão do trajeto do raiocentral", e não se pode confundir com o posicionamento, 10gb: "colocar o paciente em AP", conferebons risos para nós.
Didaticamente subdividimos as incidências em Gerais e Especiais.
Identificadores & Marcadores
REVISÃO
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196 Técnicas Radiológicas Convencionais
Nesta seção comentaremos sobre alguns conceitos vistos no primeiro período, como:I) Pico de Kilovoltagem;2) MAs;3) DfoFilFOF:4) Efeito Talão;5) Tamanhos de filme;
Técnico em Radiologia
Até os dias de hoje, existe um grande mistério em relação aos identificadores e marcadores.Não se consegue por que cada técnico acha que o seu jeito é certo(?). Nós seguiremos o propostopelo Colégio Brasileiro de Radiologia e esperamos que no futuro, todos sigam o estabelecimento,afinal é internacional o sistema de identificação e marcação de imagens radiográficas.
Em primeiro lugar, vamos esclarecer os conceitos dos termos que estamos empregando.Quando nos referimos a identificadores, estamos empregando um sistema de marcação da
imagem que permita a identificação do paciente ( evitando-se assim, trocas de radiografias). Porexemplo, nome ( iniciais), prontuário etc.
Já os marcadores servem para marcar a radiografia em qualquer aspecto, podendo atémesmo servir como identificação. Por exemplo, data, hora, ordem, plano anatômico, nome dotécnico, posicionamento, incidência, unidade de radiologia etc.
O sistema de marcação e identificação vem evoluindo muito, principalmente com o avançotecnológico dos aparelhos.
Para estes fatores nós denominaremos a partir de agora de fatores de exposição oufatores técnicos.
Existem ainda alguns fatores que podem interferir na qualidade da imagem, sem de fatoalterar ou modi ficar suas características. São 'eles: o posicionamento do paciente, a incidênciarealizada, o posicionamento do chassi em relação ao Sistema de Potter-Bucky ou a mesa e faremosum apêndice importante com relação aos identificadores e marcadores.
Embora os critérios de avaliação sejam bastantes subjetivos, a finalidade da imagem (diagnóstico radiológico) justifica a homogeneidade de "gostos". Costumo dizer: "Uma boafotografia está para um bom fotógrafo, assim como uma boa radiografia para um bom técnico". Émuito diferente a análise de uma imagem radiográfica em relação ao de uma fotografia. Cabe aotécnico reconhecer as qualidades da imagem independente de se saber que estrutura foiradiografada, assim como sabemos quando uma fotografia está ruim, mesmo que quem esteja nafotografia seja a capa da Playboy.
As qualidades das imagens que estudaremos são: Densidade, Contraste, Detalhe, Distorçãoe Efeito Anódio. Sendo que em alguns livros, a última qualidade nem sempre é considerada.
QUALIDADES DA IMAGEM
da Imagem ( nosso próximo capítulo). Ao passo que, para o médico o estudo radiológico da imageme conseqüentemente o diagnóstico radiológico são mais importantes, embora só é possível com umaboa imagem.
DENSIDADE ÓPTICA & CORPORAL
Regras de Mudanças da Densidade
197 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Regra 1 : "Regra dos 30%"
3) Normais quanto a densidade:
2) Superexpostas:
1) Subexpostas:
Entende-se por densidade o grau de enegrecimento da radiografia processada. Podendo serclassificada em densidade corporal e óptica. A densidade corporal é graduada de 1 a 4, ao passo quea densidade óptica é graduada de 1 a 10. Para melhor compreensão este conteúdo será bem ilustradoem sala de aula, de forma prática e objetiva.
Após termos visto a diferença entre as duas, passaremos para os fatores de controle que ésubdividido em primário e secundário.
O fator de controle primário da densidade é o mAs, que controla a densidade por meio decontrole direto da quantidade e intensidade de raios X emitida do tubo de raios X durante umaexposição, como também do tempo de.exposição:'" •
Além do mAs como fatoI..de contrÔ1e,ca.distância~ao tubo ae raios X ao filme, distânciafoco-filme ( DF o..Fl), ta.mbém tem efeito- sobre:a densidãile radiogi74fica, de acordo com a lei doquadrado inverso {, a ser visto na disciplina de equipamentos). Por exemplo, a duplicação dadistância reduzirá a intensidade em um quarto. A'lfistância;'portanto, possui um efeito siguificativosobre a densidade, mas corno geralmente é utilizada uma distância padrão (DfoFi = 102 cm), o mAstorna-se urna variável usada para aumentar ou reduzir a e densidade radiográfica.
Quanto a densidade as imagens podem ser classificar em :
REGRA GERAL: Toda imagem radiográfica deve ser identificada. Fato que é incomum e dedesconhecimento para muitos técnicos, daí o grande número de radiografias não marcadas ( o quepode levar a erros diagnósticos irreparáveis para o paciente).
A forma como a identificação é realizada varia muito em diversas unidades deimagenologia. Deve-se dar preferência para a identificação que venha servir corno marcação ( planoanatômico), as quais o identificador indique o plano lateral direito da estrutura, exceto paramembros superiores, inferiores e mamas. Nestes últimos casos, deve-se preferir a forma tradicionalque consiste na marcação verdadeira ( dupla), por exemplo: FT - D (para o Sr. Fulano de tal, ladodireito).
Com relação a região superior ou inferior é necessário se estabelecer um determinadoprotocolo, por exemplo, no hospital-escola, aprenderemos que na região superior seriam examesrealizados sem o uso da mesa com o sistema Potter-Bucky; e na região inferior para exames em queo paciente se relacionasse diretamente com o sistema.
CONSTRASTE
15% kVp ~ 2. mAs
198 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Regras de Mudanças do Contraste
DefiniçãoO contraste radiológico é definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes de
uma radiografia. Também pode ser definido como a variação na densidade. Quanto maior estavariação, maior o contraste. Quanto menor esta variação ou menor a diferença entre densidade deáreas adjacentes, menor o contraste.
Quanto ao contraste radiológico as imagens podem ser:I ) Imagem em curta escala
2 ) Imagem em longa escala:
Regra 3: "Regra dos 100%" ou "Regra de duplicação"
O contraste menor ou maior não é necessariamente bom ou mau por si só. Por exemplo, umcontraste menor com menor diferença entre densidades adjacentes ( contraste de longa escala) émais desejável em determinados exames, tais como radiografias do tórax onde são necessários osmuitos diferentes tons de cinza para se visualizarem as impressões pulmonares muito finas.
Pode ser desejável um maior contraste ( curta escala) para demonstrar determinadasestruturas ósseas, onde é necessária maior diferença em densidades adjacentes para visualizarclaramente contornos ou bordas, como para os membros superiores ou inferiores. Entretanto, emgeral, as radiografias com contraste muito grande ( escala curta) freqüentemente fornecem maisinformações insuficientes, e uma radiografia de menor contraste ou de escala longa demonstrandoum maior número de diferentes densidades pode fornecer mais informações di agnósticas e, assim,em geral, pode ser mais desejável.
O fator de controle para o contraste é o kVp. O kVp controla ( de forma indireta, pois indicatensão e não energia) a energia ou a capacidade de penetração do feixe primáro ...
Regra 2: "Regra dos 50%"
4) DOF
1) Movimento:
199 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
2) Ponto focal:
3) DfoFi
Fatores de ControleA radiogmfía ideal não necessariamente tem que ser aquela sem borramento, entretanto o
detalhe é fundamental na grande parte dos exames.EnunciamQs.JIqui os fatores de cOJltrole para o detalhe:
3) Imagem sem borramento:
2) Imagem com borramento generalizado:
DETALHEDefinição
Detalhe, detalhe registrado, nitidez ou definição, consiste na demonstração de contornos oubordas estruturas anatômicas. É a clareza de linhas estruturais finas de tecidos ou de outrasestruturas visíveis na imagem radiográfíca. A ausência de detalhes é conhecida como borramento.
Quanto ao detalhe as imagens podem ser:1) lmagem com borramento localizado
EFEITO ANÓDICO
2) DOF
4
•C
C
l
•1-
200 Técnicas Radiológicas Convencionais
f
Técnico em Radiologia
DISTORÇÃO
3) Alinhamento do Objeto-Filme
A divergência do feixe de raios X ocorre de forma inevitável, desde a origem na fonte dotubo. O tamanho deste feixe de raios X é limitado por colimadores ajustáveis, que absorvem osraios X periféricos dos quatros lados, controlando, assim,o tamanho do campo de colimação (quanto maior o campo de colimação e menor a DfoFi, maior é o ângulo de divergência nas margensexternas). Isso aumenta o potencial de distorção nestas margens externas.
Em geral, apenas o ponto central exato do feixe de raios X, o raio central ( RC - que corpo eincide no filme a exatamente 90°, ou perpendicular ao plano do filme de raios X. Isso resulta namenor distorção possível neste ponto. Todo o restante do feixe de raios X incide ao filme,demonstrando alguma distorção, exceto no ponto do RC.
Portanto, devido ao fato de o feixe de raios X é divergente, combinado a outros fatores deexposição ( DOF, DFoFi), a distorção do tamanho é inevitável, e seu efeito deve ser controlado.
O efeito anódico descreve um fenômeno no qual a intensidade da radiação emitida daextremidade do catodo do campo de raios X é maior do que aquela na extremidade do anodo. Isso édevido ao ângulo da face do anodo, de forma que há maior atenuação ou absorção dos raios X naextremidade do anodo. A razão disso é que aqueles raios X emitidos de pontos mais profundos doanodo devem atravessar maior quantidade de material do anodo antes de saírem na extremidade doanodo do que os emitidos na direção do catodo.
4) Alinhamento do Raio Central ( RC)
DefiniçãoA distorção pode ser definida como a representação errada do tratamento ou do formato do
objeto projetado em meio de registro radiográfico. Esta representação errada com certeza é nosentido de ampliação, daí o termo ampliação ( que deve ser evitado, veremos a diferença em sala deaula).
Entretanto, nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do corpo que está sendoradiografada ( o ideal seria). Isso é impossível porque há sempre alguma distorção devido à DfoFi aà divergência do feixe de raios X (que veremos juntamente com o Efeito Anódio).Portanto, a distorção deve ser minimizada e controlada.
Os quatro fatores de controle da distorção são (I) DfoFi, (2) DOF, (3) alinhamento doobjeto-filme e (4) alinhamento do RC (raio central).I) DFoFi
TÉCNICAS RADIOLÓGICAS CONVENCIONAIS
201 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
PROTOCOLO PARA PROCEDIMENTOS RADIOGRAFICOS GERAIS1. Ler e avaliar com letamente o edido de exame.2. Determinar ue combina ão filme-écran será necessária.3. Determinar o tamanho e o número do chassis necessários.4. Colocar na caixa de passagem/gabinete do chassi a quantidade e o tipo apropriados dechassis ( esta caixa de assa em associa-se ao está io em câmara clara/escura).5. Pre arar a sala de exames.6. Identificar corretamente. ( Verificar o pedido ou pedir ao paciente que repita o nomecom leto - referencial).7. Vestir o paciente corretamente. ( Algumas vezes realizado pelo enfermeiro ou ajudante,sendo ue nem sem re é necessário o uso de vestuário hos italar).8. Ex licar ao aciente todo o rocedimento ue será realizado e o ue se es era dele.9. AJUDAR o paciente a colocar-se na posição e lugar que você deseja para a primeiraincidência.10. Medir a arte a ser radio rafada (es essômetro).
Como exemplo, apenas ilustrativo, colocamos uma rotina desenvolvida na maioria dasunidades de radiologia.
1) Nome da incidência;2) Área de interesse;3) Posição do paciente e da parte;4) Fatores de exposição ou fatores técnicos;5) Projeção da imagem.
~Iniciaremos então, a descrição· das técnicas ra(ljológicas convencionais existentes em
imagenologia médica. Toda técnica deve 'Ser descrita segundo alguns critérios internacionais, sãoeles:
Estudos mostram que a diferença na intensidade do feixe de raios X entre as extremidadescatodo e anodo que pode variar de 30% a 50%. Dependendo do ângulo-alvo, utilizando-se um filmede 43cm com DFoFi de 102cm.
Em geral, quanto menor o ponto focal, maior o efeito anódico. Este efeito tambémé maisacentuado em menor DFoFi, porque, à medida que a DFoFi é reduzida, aumenta o ângulo ou adifusão do feixe que deve ser usado para cobrir um determinado tamanho de campo, comodemonstrado. Assim, o efeito anódico é mais acentuado com um filme maior utilizando menorponto focal.
Devemos portanto levar em consideração uma forma de se tirar proveito deste fatoinevitável. Adotamos então uma regra geral para o efeito anódio: a parte mais espessa do corpo ( demaior densidade corporal) deve estar voltada para a extremidade do catodo da mesa de raios X ( demaior intensidade de raios X - geralmente marcada na cúpula protetora).
O abdome, a coluna vertebral e as extremidades de ossos longos, como o fêmur etfbia/fíbula, são exemplos comuns de estruturas anatômicas que variam suficientemente emespessura ou densidade para que seja recomendado o uso correto do efeito de inclinação do anodoque seja recomendado o uso correto do efeito de inclinação do anodo para se obterem imagensradiográficas ótimas.Exceção: Deve-se notar que nem sempre é prático ou mesmo possfvel tirar vantagem do efeitoanódico ( dependendo da condição do paciente ou da disposição em uma sala do aparelho de raiosX).
TÉCNICAS RADIOLÓGICAS CONVENCfONAIS
L
202 Técnicas Radiológicas Convencionais
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Técnico em Radiologia
ESQUELETO AXIAL
Nesta parte iniciaremos as técnicas para o esqueleto axial. Importante relembrar que adivisão anatômica esqueleto axial é puramente didática e na verdade, em todas as técnicas a seguirdescritas faremos analogia aos tecidos adjacentes ( músculos, órgãos etc).
Além disso, para cada grupo de técnicas, faremos uma revisão anátomo-funcional, do queestá sendo visto.cRÂNIO
É importante se reconhecer algumas estruturas anatômicas no crânio, como por exemplo:
11. Colimar o feixe de forma ue a enas a área de interesse se' a incluída.12. Idencificar e marcar os lados direito e esquerdo do paciente com o marcador de chumboa ro riado.13. Utilizar métodos de conten ão do aciente se necessário.14. Usar rote ão onadal de chumbo em ual uer essoa de ual uer idade.15. Providenciar aventais e luvas de chumbo, se necessário, para TODOS os que auxiliaremcom a conten ão na sala.16. Realizar a exposição, enquanto observa o paciente através da janela plumbífera dobiombo.17. Re etir as eta as 8 a 18 ara cada incidência radio ráfica necessária.18. Explicar que você revelará e observará as radiografias para determinar se foram adequadas- verificando a necessidade de se re eti-las.19. Anotar data, hora, número do filmes, nome, número do quarto, técnica usada e história doaciente no edido de exame ( rotocolo).
20. Criticar apropriadamente as radiografias . Se não for necessário repetir a radiografia,colocar no local a ro riado ou enviar com o aciente se indicado.21. Auxiliar o aciente a assar da mesa ara a cadeira de rodas, ara a maca ou a ficar a é.22. Abrir a orta ara o aciente.23. Ex licar aos acientes ambulatoriais aonde devem ir a seguir.24. Arrumar a sala de radiografia, trocar os lençóis e limpar a mesa com álcool de forma queeste' a ronta ara o róxirno' acic:nte.25. Lavar suas mãos.
Técnico em Radiologia 203 Técnicas Radiológicas Convencionais
CrânioVista AnteJior
CrânioVista Lateral
2- Perfila direitoVista lateral do crânio.
1) Incidência AP (PA)Vista anterior do cramo, sendo muito importante a in.clusão de toda a calota, craniana,
priorizando então, o SNC, bem como os tecidos e estruturas anatômicas adjacentes.
204 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Posição do paciente e da partePaciente em posição de decúbito dorsal ( AP ) ou ventral (PA), elevando-se ligeiramente o
mesmo até que a LIOM esteja perpendicular ao pIa0 da mesa.Fatores de exposição
• Filme 18x24cm em sentido longitudinal.• RC localizado para um ponto no plano mediano, na glabela, com DFoFi mínima.• O exame deve ser realizado em apnéia total.
Qualidades da imagem• Uma boa imagem de crânio, nesta incidência demonstra os contornos de
praticamente todas estruturas anatômicas, como também, deve facilitar avisualização dos seios paranasais.
Fatores de exposição:• Filme 24x30 cm em sentido transversal.• RC localizado para um ponto no plano mediano, a ± 2,5 cm acima do pavilhão
auditivo ou orelha externa ( aproximadamente 5 cm do meato acústico), com DFoFimínima.
• O exame deve ser realizado em apnéia total.
Posição do paciente e da partesPaciente em posição OAD de ± 45°, conhecida como poslçao do nadador lllversa o
invertida. A linha interpupilar deve ser perpendicular ao plano da mesa.
Rotina~
Parede Lateral do Nariz - Estmtura Óssea
1) Incidência Axial Céfalo-Caudal- Incidência de RreUon ( Método de Towne)
205 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Qualidades de imagem• É fundamental a visualização na imagem dos processo clinóides.
Qualidades da imagem• Para conseguir-se um perfil verdadeiro, pode-se utilizar u suporte radiotransparente
ou o próprio punho do paciente, para elevar o queixo;• Deve-se atentar para a sombra do pavilhão auricular, como também para o grau de
sobreposição de estruturas importantes como o osso es[enóide, suturas ocipital,mandíbula a ATM ( articulação têmporo-mandibular).
Consiste numa incidência especial e que identifica em particular, a sela túrcica ( espaço noqual encontramos a hipófise), como também as demais estruturas anatômicas adjacentes.Conseqüentemente o espaço selar deve projetar-se no centro da circunferência detenninada pelocolimador ( cone ou cilindro).
Entretanto, existe ainda o perfil direito de seja túrcica, onde realizaremos um perfil direitodo crânio, usando um cone ou cilindro. Esta incidência magnífica a região da sela túnica e édenominada de sport.Posição do paciente e da parte
Paciente na mesma posição para um;d incidência,AP.Fatores técnicos
• Film 18x24 cm em sentido longitudinal.• RC angulado causalmente de 30° a 40° em relação a LIOM, localizando-se num
ponto nO'plano mediano a ± 6 cm superiormente a glabela.• O exame deve ser realizado em apnéia total.
Rotinas especiaisNesta parte, veremos as principais incidências que ainda são realizadas com mais freqüência.
É importantes ressaltar que as técnicas para bucomaxilar e seios de face serão vistas na disciplina deodontologia radiológica.
Na figura a seguir serão demonstrados a região da sela túrcica e o do nariz, para melhorcompreensão das incidências a seguir.
Sacfo(S1-S}
V@rtebr-ilstorácicas
CÓCCill
}Vo"o."slomb~r4!'s
V1St!.posterior
206 Técnicas Radiológicas Convencionais
V1St!.bteralesquerda
Cóooi~
Sac,o(Sl·5)
Coluna Vertebral
V1St!.aJlterior
C7
T1
TI2
LI
L5
Cóccilt
Áxis (C2)
Atlas (C1)
SaeJo(S1-5)
Técnico em Radiologia
Fatores técnicos• Filme 13x18 cmou 18x24cmem sentido longitudinal.• RC para aproximadamente 2 cm inferior ao násio.• O exame deve ser realizado em apnéia total.
COLUNA VERTEBRALA coluna vertebral apresenta-se dividida nas seguintes partes: coluna cervical, coluna
torácica, coluna lombar e coluna sacra!.
Posição técnico• Deve-se tomar cuidado com os fatores de exposição, uma vez que o ar apresenta
densidade I e torna difícil se realizar a radiografia da região anterior.
3) Perfil - narizVista lateral dos ossos nasais.
Posição do paciente e da partePaciente numa posição para o perfil direito do crânio.
2) Incidência PA de Caldwell ( 0-15°)Vista posterior da sela túrcica ou do dorso do espaço selar. É visualizado a região anterior da
face ( principalmente os seios da face). Logo, esta incidência é muito utilizada para vizualizaçãodos seios de face, assim como a incidência de Waaters.
Fatores técnicos
Rotinas Especiais
207 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Rotinas Básicas
Qualidades de imagem• Deve-se visualizar todas as vértebras cervicais, principalmente C7, caso contrário
teremos em mãos um erro de posicionamento radiológico
• Filme 18x24cm em sentido longitudinal.• RC orientado para C4 e C5, correspondente á margem superior da cartilagem tiróide.• O exame deve ser realizado em apnéia expiratória, quando possível, pois promoverá
depressão dos ombros.
Nós apenas ilustraremos aqui, a título de revisão, o objeto de estudo ( P, Tk).
2) Perfil esquerdoVisualizaçâo de todas as vértebras cervicais (CI-C7), numa vista lateral, como também dos
tecidos adjacentes.
Fatores técnicos• A mandíbula e a base do crânio deverão estar superpostas ás duas primeiras vértebras
cervicais.• Deve-se tomar muito cuidado na angulação do RC, pois muitas vezes ocorre
superposição com o osso occipital, quando a angulação é exagerada.
1) AP - AxialVisualização de toda a coluna cervical, sendo que geralmente as 3 primeiras vértebras
estarão superpostas à mandíbula. Serão melhor visualizadas então C3 e T2, com inclusão dostecidos adjacentes.Posição do paciente e da parte
Paciente em posição ortostática (preferencial) ou de decúbito dorsal, elevando-se o mentoaté que a LIOM esteja perpendicular ao filme. Garantir que no momento da exposição não existarotação do paciente.
• Nas rotinas especiais deverão ser vistas em sala de aula, as seguintes incidências:I) Incidências para Cl e C2;2) Incidências para Processo Odontóide;
__ o
Posição do paciente e da partePaciente em posição ortostática late~al esquerdo, elevando-se o'mento com a LlP esteja
perpendicular ao filme, certificando-se.qu~ os ombrose.stejam relaxados, pendentes sobre o corpo ealinhados ( gararltindo que não exista rotação do ~aciente). - _
~, ~
COIPO do ut,!",no
208 Técnicas Radiológicas Convencionais
Vértebras CervicaisAtlas e A.xis
Co~t~lu.•.•rdi,Jelfu
Visualização de toda a coluna toraco-Iombar, sendo que geralmente as 3 últimas vértebraslombares não estarão inclusas na radiografia ( tamanho do filme), sendo melhor visualizadas naradiografia da coluna lombar, com inclusão dos tecidos adjacentes.
Arcabouço Ósseo do TóraxCl1~lcl.lb Vista Anterior
Rotinas básicasl)AP
Técnico em Radiologia
Coluna TorácicaRadiologicamente, é comum a divisão em coluna dorsal, coluna tóraco-lombar ou ainda
coluna torácica para representar o segmento da coluna vertebral que segue a T I ás primeirasvértebras lombares ( Ll-L2).
Neste segmento, veremos então as técnicasexístentes para este protQ~oIO-(rotina).
Coluna Lombar
Qualidades de imagem• Idem incidência anterior.
209 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
A coluna lombar corresponde ao segmento da coluna vertebral que vai de L! a L5. Nestesegmento da coluna vertebral é muito comum a ocorrência de variação anatômica, fato nãoobservado na coluna cervical e torácica.
Não muito freqüente, encontramos a presença de um 6'. Vértebra lombar a qual se denominade vértebra lombar acessória. É bom lembrar que nem sempre uma variação apresentam este tipo devariação refere algum tipo de sintoma/sinal na coluna vertebral (lombalgias, por exemplo).
Posição do paciente e da partePaciente em decúbito lateral esquerdo ou ortostática lateral, com o braço esquerdo apoiado
abaixo da cabeça ( caso não se tenba travesseiro) e o braço esquerdo segurando na lateral da mesa,conferindo estabilidade para o paciente. Deve-se evitar a rotação tero-posterior através dasmanobras anteriores como também realizando uma leve flexão genicular, certificando-se que osombros estejam alinhados.
2) Perfil esquerdoVisualização lateral das vértebras torácicas ( TI-L!), como também dos tecidos adjacentes.
Qualidades de imagem• Num bom posicionamento a coluna vertebral (C7-Ll) do paciente em condições
fisiologicamente normais, deverá dividir o filme ao meio;• Numa boa imagem, também a sombra mamária (no sexo feminino) deverá aparecer.
Fatores técnicos• Filme 35x43 em em sentido longitudinal,ou 30x40 em dividido longitudinalmente.
No momento do posicionamento deve-se palpar a incisura jugular e a vértebraproeminente, traçando-se uma linha da qual o filme deverá esta acima.
• RC orientado para o centro do filme supondo posicionamento correto (aproximadamente a ± 3cm do ângulo estemal - T7 ), com DFoFi mínima.
• O exame deve ser realizado em apnéia expiratória.
Posição do paciente e da partePaciente em posição ortostática ou de decúbito dorsal, alinhado com a linha mediana da
mesa. Garantir que no momento da exposição não exista rotação do paciente ( pelo alinhamento dosombros como também palpação das ElAS).
Fatores técnicos• Filme 35x43cm em sentido longitudinal, ou 30x40 cm dividido longitudinalmente.
No momento do posicionamento deve-se palpar a incisura jugular e a vértebraproeminente, traçando-se uma linha da qual o filme deverá estar acima.
• RC orientado para o centro do filme supondo posicionamento correto (aproximadamente a ± 3cm do ângulo esternal em TI, na linha axilar média), comDFoFi mínima.
• O exame deve ser realizado em apnéia expiratória.
Idem incidência anterior.
Coluna Lombo-Sacral
210 Técnicas Radiológicas Convencionais
É muito comum se seguir esta divisão radiológica. A coluna lombo-sacral ou lombo-sacra,consiste num segmento da coluna vertebral que segue de LI às vértebras coccígenas.Diferenciando-se da coluna lombar portanto.
Fatores técnicos• Filme 24x30 cm em sentido longitudinal,ou 30x40 cm dividido longitudinalmente.• RC orientado para um ponto mediu em flanco direito situado a aproximadamente 3-4
cm superiormente à crista ilíaca, com DFoFi mínima.• O exame deve ser realizado em apnéia expirat6ria.
Posição do paciene e da parteIdêntica a posição para o perfil esquerdo de coluna torácica.
Fatores técnicos• Filme 24x30 cm em sentido longitudinal, ou 30x40 cm dividido longitudinalmente.• RC orientado para um ponto no plano médio-saginal situado a aproximadamente 3-4
cm superiormente à crista ilíaca, com DFoFi mínima.• O exame deve ser realizado em apnéia expiratória.
Qualidades de imagem
Qualidades de imagem• Numa boa imagem, cada corpo vertebral deverá dar limItes bem definidos ( detalhe),
com boa demonstração de espaços articulares, sem superexposição do músculo psoasmaior e/ou compressão.
Posição do paciente e da partePaciente em posição ortostática ou de decúbito dorsal, alinhado com a linha mediana da
mesa. Pode-se pedir para que o paciente realize uma semiflexão genicular a fim de se diminuir aDOF, como também retificar a coluna vertebral e demonstra os espaços articulares. Garantir que nomomento da exposição exista rotação do paciente ( pelo alinhamento dos ombros como tambémpalpação das ElAS).
l)AP
Técnico em Radiologia
Rotinas básicas
Visualização de toda a coluna lombar, sendo que geralmente ocorre a inclusão das vértebrasTl2 e SI (tamanho do filme), como também dos tecidos adjacentes. Em alguns casos também pode-ser realizar uma incidência PA, como incidência alternativa ( Revisar incidência alternativa &especial & geral).
Rotinas Especiais
Posição do pacicnte e da parteIdem incidência AP de coluna lombar.
211 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Fatores Técnicos• Filme 24x30 em em sentido transversal;
I) Incidência APConsiste numa incidência para visualização de toda a região da pelve incluindo na imagem
as duas articulações sacro-ilíacas e estruturas adjacentes.
Posição do paciente e da partaPaciente em decúbito dorsal ou em posição ortostática ( sendo mais desconfortável para o
paciente nestes casos) sem rotação da articulação coxo-femural ( movimento dos pés e epicôndilos)e do quadril ( ElAS).
Fatores técnicos• Filme 30x40 em dividido longitudinalmente.• RC orientado para um ponto médio em flanco direito situado a aproximadamente 3-4
cm superiormente à crista-ilíaca, com DFoFimínima.• O exame deve ser realizado em apEéia expiratória.
Posição do paciente e da parteIdêntica a posição para o perfI.! esquerdo de co una torácica.
2) Perfil esqucrdoVista lateral da coluna lombosacral.
Qualidades de imagem• Além das recomendações para a coluna lombar visto anteriormente, deve-se ter
também uma equisdistância das articulações sacro-ilíacas ( simetria).
Fatorcs técnicos• Filme 30x40 cm dividido longitudinalmente.• RC orientado para um ponto no plano médio-sagital situado no nível de uma linha
imaginária que liga as ElAS, com DFoFi mínima.• O exame deve ser realizado em apnéia expiratória.
Visualização da coluna lombar, sacral e coccígena, bem como dos tecidos adjacentes.Atentando-se também para as articulações vertebrais e sacro-ilíaca.
l)AP
Articulação Sacro-ilíacaEm um pedido de exame para articulação sacro-ilíaca, é importante que o técnico tenha
conhecimento de no mínimo duas incidências para uma rotina básica da unidade de imagenologia.Outra observação importantes, é que mesmo o pedido sendo para uma das articulações,
deve-se incluir em caráter obrigatório, na rotina, uma incidência panorâmica ( AP ou Axial)incluindo-se as articulações além da específica ( AP em OPD/OPE).
MEMBROS SUPERIORES
Posição do paciente e da partePaciente em posição oblíqua posterior direita ou esquerda (posição do nadador) com
aproximadamente 45" de inclinação em relação ao tampo da mesa.
212 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Rotina para Desvios de Coluna Vertebral
Fatores técnicos• Filme 18x24 cm em sentido transversal;• RC perpendicular ao plano da mesa, orientado para um ponto situado a ± 2,5 inferior
e medialmente à ElAS, podendo ter um angulação cefálica mínima(±300);• Deve-se interromper a respiração durante o exame;
• RC perpendicular ao plano da meãs, orientado para um ponto médio da margem superior damticulação da sínfise pública; entretanto, também pode-se realizar neste mesmoposicionamento uma incidência Axial, com RC angulado cefalicamente de ± 30" orientadopara a mesma região;
• Deve-se interromper a respiração durante o exame.
Considerações gerais sobre posicionamentoNa maioria dos exames de membros superiores o paciente descreve um posicionamento que
a partir de agora chamaremos de posição geral: "paciente em posição ereta sentada na em uma dasextremidades da mesa, com o cúbito em flexão de 90°, com a mão repousando sobre a mesa" demaneira confortável e não forçada. Neste casos, mantém-se o corpo do paciente o mais afastado
2) Incidência AO em OPD ou OPEIndicada para a visualização de uma das articulações sacro-ilíacas, com melhor qualidade de
Imagem.
A coluna vertebral numa vista lateral, as seguintes curvaturas fisiológicas: cervical, torácica,lombar e sacral. Estas são classificadas.em primárias ( torácica e sacral) e secundárias ( cervical elombar). Uma alteração dessas curvaturas-no sentido de acentuação ou de restrição pode levar acasos de cifose e lordose.
Para uma vista frontal a coluna vertebràl é retilínea e não apresenta praticamente nenhumdesvio no eixo axial ou longitudinal. Uma alteração deste eixo, à esquerda ou à direita determina oque chamamos de escoliose.
Algumas posições podem simular alterações da coluna vertebral sem que o fato o pacientetenha. Como por exemplo, a posição de decúbito. Ao passo que a posição ortostática tende aretificar a coluna vertebral em situações fisiologicamente normais, por isso é a posição obrigatóriaem todo protocolo de investigação nestes casos.
É necessário que se deixe bem claro, que os termos cifose, lordose e escoliose sãodiagnósticos e competências de um médico.
Apresentaremos aqui algumas incidências utilizadas sendo que estas serão descritas eestudadas em sala de aula, de forma mais aprofundada.
I) Incidência AP - ortostática2) Incidência AP - flexão lateral d/e3) Incidência AP - hiperflexão e hiperextensão
possível do feixe de raios X e atentar para que o ombro do paciente fique próximo do plano damesa.
É importante relembrar também: utilizar o eixo longitudinal da parte paralelo ao eixolongitudinal do filme.
Uma observação deve ser feita para pacientes traumatizados: estes podem ser radiografadossobre a mesa ou diretamente sobre a maca.
Considerações gerais sobre os fatores técnicosA DFoFi utilizada comumente é de aproximadamente 1 metro ( 102 cm, mais precisamente)
com exceção para as articulações AC ( acrômio-claviculares) que se utiliza DFoFi de 180 cm. Devese lembrar que ao ser realizar exames sobre o tampo da mesa deve se aumentar a altura do tubo,devido a distância entre o tampo e a bandeja de Bucky (± 8-10 cm).
Deve ser seguida a regra geral de colimação: as bordas de colimação devem ser vista emtodos os 4 lados do fllme sem cortar a anatomia essencial. Em regra geral, deve-se usar o menorfilme possível para a parte específica a ser radiografada, sendo possível a colimação dos 4 lados.
A utilização de identificadores e marcadores deve ser feita em ângulo de menorprobabilidade de se superpor à anatomia essencial.
A centralização e o alinhamento precisos da parte do corpo em relação ao fllme e ao raiocentral ( RC ) é muito importantes nos exames de membros superiores, a fim de evitar: a distorçãodas estruturas e espaço articulares estreitos. Para isso, faz-se necessários alguns princípios deposicionamento.
a. A parte a ser radiografada deve estar paralela ao plano do filme.b. O RC deve estar a 90" ou perpendicular à parte e ao filme.c. O RC deve ser direcionado para o ponto de centralização correto.Nestes exames, utilizaremos KVp baixo e médio na faixa de 50-80 KV, com tempo de
exposição curto ( mAs adequado para a densidade) e pequeno ponto focal. Estas radiografias devempermitir a visualização das partes moles adjacentes.
Os chassis utilizados geralmente apresentam écram intensificador de detalhe para adultos,sendo que as grades não são usadas para membros superiores, exceto se a parte medir mais de 10,cm como o ombro.
Em última análise, para pacientes imobilizados deve-se aumentar o tempo de exposição naseguinte faixa de valores:Tabela de conversão para imobilizaçãoTipo de imobilização Aumento de exposiçãoGesso seco ( pequeno a médio) Aumentar 5-7 KVpGesso grande ou úmido Duplicar o mAs ou aumentar 8-10 KVpFibra de vidro Aumentar 3-4 KVpConsiderações gerais sobre proteção radiológica
O principal mecanismo de proteção radiológica consiste na proteção gonadal. Isto se deve aquantidade de radiação dispersa que existe durante uma incidência. Para tanto se usa uma proteçãode chumbo ( 0,5 mm geralmente) sobre o colo do paciente cobrindo a área gonadal. Esta proteçãodeve ser feita em todos pacientes, mesmo se estes não estão em idade reprodutiva.
A realização de radiografias da região do ombro pode administrar doses potencialmentesignificadas para as regiões da tireóide e pulmão, como também para as mamas femininas que sãoórgãos radiosensíveis e que apresentam risco relativo de se tornarem cancerosos em comparaçãocom doses efetivas para o restante do corpo. Portanto, a colimação rigorosa da área de interesse émuito importante, além da colocação de escudos de contato sobre aquela porção das regiões dospulmões, mamas e tireóide que não encobrem a área de interesse.Considerações finais
213 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Ossos do Punho e da JViãoVista Posterior [Dorsal]
11II
Corf'(l' d ••ftol~sdi>' .••,
O:;so UNlóloH
214 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Posição do paciente e da parte:• Pacienta na posição geral com os dedos levemente afastados, fazendo com que a
mão esteja em uma posição de "leque".
2) Incidência PA - "mão-em-Iegue"Visualização de falanges separadas, metacarpianos e ossos do carpo levemente superpostos,
efises distais dos ossos rádio e ulna; como também dos tecidos adjacentes.
eu. d. v.r.olang<' di'l'"
T....,.,o.ld~ dI v· r.••M>9"-'di ••.••
C.oMç. d. ""1"'''''90' di"."
Posição do paciente e da parte:• Pacientes ficará na posição geral com pronação total da mão (superfície palmar em contato
com o chassi), deve-se afastar ligeiramente os dedos ( contrastes). Alinha-se o antebraçocom a mão ao longo do eixo longitudinal da parte do filme exposta, centralizando a 3'articulação MF da mão em relação ao RC.
Bu+.ju f~'""9" Plo"m•••
Corpos du IMMt9+Sp'0lbm'"
Fatores técnicos• Filme 18x24 cm longitudinalmente ou 24x30 cm dividido ao meio em sentido transversal.• RC direcionado para a 3' articulação MF cf DFoFi mínima.
Cob<tç.d. V'I~."9. ploro",,"
eu.d. li't~ ~d1.
c~. d.11'I~~ mf.di~
Rotinas básicas, _:::::.===:::==;;;;;'---'-~----,<-I) Incidência PA ~,' -
Visualização de falanges, metac ianos,pssos do c!!l1'0, todas as articulações da mão eepífise distai dos ossos rádio e ulna; como também o~ tecidos adjacentes ( importância?).Resultando em uma incidência PA - oblíqua para o-polegar..Alternativament;.ppde-se realizar aincidência AP, principalmente em casos de imobilizações e em radiologia pediátrica.
Os membros superiores são divididos, segundo a Nomenclatura Anatômica em: (1) punhos,mãos e dedos, (2) antebraço e cúbito, ( 3 ) braço, ( 4) ombro e cintura escapular. Iremos agora fazeruma revisão da parte anatômica, completando-se o que falta nas estruturas abaixo.:Punhos, mãos e dedosMãos
Punhos
,
Ossotrapelóide
1
./
Proco?$SO iIl'$lilóidEo do rádio
Tubéorculo do rádio
215 Técnicas Radiológicas Convencionais
;4; i_______ 3V
OS50S moi'tic,Í,rpicos
Osso so?miluo<or
Osso pisiformol!'
Osso capl\<o(o
Rotina básica
Proc!'sso 'l'stilõide da ulna
1) Incidência PA ( AP)Visualização de região média e proximal dos metacarpianos, ossos do carpo, região distaI do
rádio e da ulna bem como as articulações associadas e parte moles pertinentes.Posição do paciente e da parte:
• O paciente ficará na mesma posição anterior, sendo que a parte ( punho e mão)deverá estar em posição lateral verdadeira ( palpação do processo estilóide), comdedos fletidos confortavelmente. Se possível colocar bloco ou suporte de apoio.
Posição do paciente e da parte:• O paciente ficará na posição geral, com a mão em pronação, até ma posição oblíqua
de aproximadamente 45° afastando-se ligeiramente os dedos. Deve-se apoiar a mãocom bloco cuneiforme ou em escala radiotransparente de modo que os dedos estejamseparados e paralelos ao filme ( daí a pouca realização da técnica).
• Alternativamente pode-se realizar o mesmo processo sem o uso do bloco de apóio,sendo que nessa rotina os dedos da mão estarão paralelos.
Fatores técnicos:• Idem incidência PA.
Fatores técnicos:• Idem incidência PA.
Técnico em Radiologia
3) Incidência PA-ObíguaVisualização de falanges, metecarpianos, osso do carpo e todas as articulações em posição
oblíqua. Deve-se atentar para a demonstração dos espaços articulares.
~.
UII\.t
216 Técnicas Radiológicas Convencionais
Rádio
Rotinas Especiais
OssolUl'l~O
OiSOCI~p9lóid.
OSSOllapfZIO
Qssos lTle'I..IIcáfptoos
-
•••••••••LM& d,
Posição do paciente e da parte:• O paciente em posição ereta sentada em uma das extremidades da mesa com o cúbito
em extensão total e dosiflexão ao máximo possível. P.ara isso, pode-se puxar osdedos com a outra mão até que o eixo dos metacarpianos e dos dedos esteja o maisvertical possível sem levantar o punho, antebraço ou chassi.
Fatores técnicos:• Idem anterior.
Posicão do paciente e da parte:• O paciente ficará na mesma posição anterior e a parte será levemente supinada até
adquirir uma posição oblíqua de aproximadamente 45°. Se possível colocar o suporteradiotransparente sob o lado radial.
1) Incidência axial ínfero-superior I tangenciall para o túnel do carpo I Método de Gavnor-Hart
Utilizada para visualização da região do túnel ( canal) do carpa - muito útil no diagnósticoradiológico da Síndrome do túnel do carpo ( Explicação em sala de aula). Não deve ser utilizada sehouver suspeita de traumatismo nesta região e adjacências.
3) Incidência PA - OblíquaVisualização da região média e proximal dos metacarpianos, ossos do carpo ( foco para
trapézio e escafóide), rcgião distai do rádio e da ulna bem como as articulações associadas tecidospertinentes.
Técnico em Radiologia
Fatores técnicos:• Idem PA.
217 Técnicas Radiológicas Convencionais
Colo lJorWIo
Tubflosl4a<l. do rádio
Ol,krano
ANTEBRAÇO E CÚBITORádio e Ulna Direitos em Supinaçilo
Vista Antetior
-1*19_111§Jll
mr
Rotinas básicas
Técnico em Radiologia
1) Incidência APVisualização de todo os ossos rádio e ulna, fileira proximal dos ossos do carpo, cúbito e
extremidade distaI do úmero. Este consiste no primeiro grupo de ossos longos que estamosestudando. Por regra geral, para todo osso longo, é obrigatório a inclusão das duas articulações (distai e proximal).
Fatores técnicos:• Filme 18x24cm longitudinalmente.• Angular o RC em 25-30° com o eixo longitudinal da mão. Orientando-se para um
ponto ± 3 cm distai ã base do 3° metacarpiano ( correspondente ao túnel do carpo)com DFoFi núnima.
2) Incidência PA - flexão radial e nInarA incidência mais realizada é a incidência PA com flexão ulnar, uma vez que é muito
conhecida como incidência para escafóide. Isto se explica pelo fato de que o carpiano que maissofre fraturas consiste no osso escafóide, uma vez que serve de apoio para a mão e esta, de apoiopara o corpo em acidentes por exemplo.
A incidência PA com flexão radial, seria importante para demonstrar estruturas anatômicasdo carpo que se relacionam com o processo estilóide ( mas, que já faz parte do antebraço - ossoulna).
Posição do paciente e da parte:• Filme 18x24 cm longitudinalmente ou 24x30 em dividido transversalmente.• RC no meio do carpo ( ou orientado diretamente para o escafóide, que se encontra na
base do l°. Metacarpiano) com DFoFi mínima.
Cúbito
218 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Rotinas básicas1) Incidência AP
Visualização do 1/3 distaI do osso úmero, espaço articular do cúbito e 1/3 proximais dosossos rádio e ulna; bem como dos tecidos adjacentes.Posição do paciente e da parte
• O paciente ao se sentar na mesa poderá descrever uma desta técnica deposicionamento:
• Extensão total: cúbito em extensão total com supinação da mão, evitando-se rotaçãolateral ( palpação dos epicôndilos - linha interepicondilar paralela ao plano dofilme);
Fatores técnicos:• Filme 24x30cm ou 30x40cm dividido em sentido longitudinal.• RC pe endicular ao filme direcionado para a parte média do antebraço ( centro do
filme) combFoFi mínima.
Posiçãu do paciente e da parte:• O paciente em posição ereta sentado em uma das extremidades da mesa, com o
cúbito em extensão total, sendo que a mão fique em supinação total ( até oalinhamento do epicôndilos).
Fatores técnicos:• Filme 24x30 cmm ou 30x40cm em dividido em sentido longitudinal.• RC perpendicular ao filme direcionado para a parte média do antebraço ( centro do
filme) com DFoFi mínima.2) Incidência Láteromedial
Vista lateral do antebraço.Posição do paciente e da parte:
• Paciente na posição geral, sendo que o antebraço deve assumir uma posição lateralvideira ( palpação do processo estilóide e epicôndilos), assegurando que asarticulações do punho e do cúbito sejam incluídas. Esta posição já foi vista e consistena mesma para a incidência látero-medial do punho.
•
T~osldade d<ll ••.• "
Procuso cOfonóidt'IncISIJ<il trocloi-al
Ol~f.no
-•••
219 Técnicas Radiológicas Convencionais
Epicôndilo latEolal
-
Ineisuu radial da ulnaProcf'sso c(lfonóiM
Incisula troclurOI~laoo
Técnico em Radiologia
Fatores técnicos:• Filme 18x24 cm longitudinalmente ou 24x.30 cm dividido em sentido transversal.• RC perpendicular ao filme para o meio da articulação cubital e aproximadamente 4
cm medial a superfície posterior do olecrânio facilmente-palpada com DFoFimínima.
Posição do paciente e da parte:• O paciente em posição ereta sentada, com o cúbito totalmente estendido, com:• Rotação lateral: Supinar a mão e rodar lateralmente todo o braço, de forma que a
parte distal do úmero e a superfície anterior da articulação do cúbito forme ± 45° como chassi - é bom nestes casos, que se palpe os epicôndilos para determinar umarotação mais precisa.
2) Incidência LáteromedialVista lateral da parte distaI do úmero e partes proximais do rádio e ulna. Visualiza-se
claramente a fossa do olecrano com epicôndilos superpostos além de partes moles adjacentes.Posição do paciente e da parte:
• Paciente na posição geral, com o cúbito, a mão e o punho numa posição lateralverdadeira ( palpação do processo estil6ide e epicôndilos) e o polegarsuperiormente.
1) Incidência AP Oblíqua - rotação lateral ( externa) e rotação mediai ( interna)Vista obliqua da parte distaI do úmero e partes proximais do rádio e ulna. Para obliqua
externa: cabeça e colo do rádio, são as estruturas mais importantes.
• Flexão parcial: o paciente s6 descreverá esta posição caso não puder realizar oanterior, uma vez que são necessários duas incidências AP e conseqüentementemaior tempo de exposição à radiação; a Ia, incidência será com os ossos rádio e ulnaparalelos ao filme e a outra com úlmero paralelo ao filme.
Fatores técnicos:• Filme 18x24 cm longitudinalmente ou 24x3O-cm dividido ao meio em sentido
transversal.• RC perpendicular ao filme orientado para o meio da articulação cubital que está
aproximadamente 2cm distaI ao ponto médio de uma linha entre epicôndilos comDFoFi mínima.
Fatores técnicos:
3) Incidência Axiais (Rotina para Traumatismo) - Método de Covle:Visualização da cabeça colo e tuberosidade do rádio e margem articular do capítulo,
processo coronóide e margem articular da tróclea, como também os tecidos adjacentes.
220 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Posição do paciente e da parte:• Pacientes em posição ereta sentada em uma das extremidades da mesa.• Cabeca do rádio: fletir o cúbito a 90° se possível, mão em pronação.• Processo Coronóide: Cúbito fletido em apenas 800 em relação à posição estendida (
mais de 800 encobrirão o processo coronóide), mão em pronação.
Fatores técnicos:• Filme 18x24cm longitudinalmente ou 24x30 cm dividido transversalmente.• Cabeça do rádio: RC com ângulo de 45° em direção ao ombro, centralizado na
cabeça do rádio com DFoFi mínima.• Processo coronóide: RC com ângulo de 45° afastando-se do ombro, em direção ao
meio da articulação cubital com DFoFi mínima.
• Rotação mediaI: Pronar a mão em uma posição natural, com a palma para baixo, erodar o braço, conforme a necessidade, até que a parte distai do úmero e a faceanterior do cúbito sejam rodadas 45° ( paIpar os epicôndilos para determinar arotação).
2) Incidência em Flexão Aguda - Método de JonesVisualização do olecrano em perfil e contornos superpostos dos ossos rádio e ulna e do
úmero, bem como os tecidos pertinentes.
• Filme 18x24 em em sentido ~ongitudinal ou 24x30 em dividido ao meio em sentidotransversal para duas incidências.
• Parte distaI do Úrnero: R perpendicular ao filme, e úmero orientado para um pontoa meio caminho entre os epicôndilos com DFoFi mínima.
• Parte proximal do antebraço: RC perpendicular ao antebraço ( angular o RC quandonecessário ), orientado para um ponto cerca de 5 cm proximal ou superior aoolecrano com DFoFi mínima.
Posição do pacientes e da parte:• O paciente em posição ereta sentado em das extremidades da mesa, com o braço em
flexão aguda. Deve-se alinhar o úmero com o eixo longitudinal, sendo que oantebraço permanece em flexão aguda e as pontas dos dedos apoiadas no ombro.Pai par os epicôndilos para assegura que estejam eqüidistantes do chassi, para nãohaver rotação.
Fatores técnicos:• Filme 18x24cm longitudinalmente ou 24x30 cm dividido em sentido transversal.• RC perpendicular ao filme para o meio da articulação cubital e aproximadamente
2cm distaI ao ponto médio da linha que une os epicôndilos com DFoFi mínima.
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221 Técnicas Radiológicas Convencionais
ÚmeroÚmero e Escápula
Vista Anterior
Técnico em Radiologia
2) Incidências Láteromedial elou MediolateralVista lateral de todo o úmero ( no caso de incidência Látero-medial -t 1/3 médio e distai do
úmero).
Posição do paciente e da parte:• O paciente pode estar em decúbito dorsal ou em posição ortostática.
--Co. Incidência Médio-Lateral: Paciente em posição ortostática oblíqua anterior para olado afetado, até que o úmero fique em contato íntimo como chassi, rodando o braçointernamente, se necessário, para um posição lateral verdadeira, sendo que osepicôndilos deverão estar perpendicular ao filme.
~. Incidência Látero-Medial: Paciente em posição ortostática ou em decúbito dorsal,como cúbito em extensão total; deve-se rodar internamente o braço até a posiçãolateral verdadeira. Os epicôndilos devem estar diretamente superpostos.
Posição do paciente e da parte:• Filme 30x40 cm ou 3Sx43 cm em sentido longitudinal (suficientemente grande para
incluir todo o úmero e as duas articulações -t se preciso, usar a diagonal do filme).• RC perpendicular ao filme, direcionado para o ponto médio do úmero ( centro do
filme) com DFoFi mínima.• Exame realizada em apnéia.
Rotinas básicas
~Incidência APVista frontal de todo O úmero ( osso longo -t inclusão das duas articulações - ombro e
cúbito).
Posição do paciente e da parte:
Fatores técnicos:• Idem a incidência AP.
e@--
222 Técnicas Radiológicas Convencionais
• Observação importante: esta incidência pode ser realizada também com o feixe deraios X horizontal, neste caso, deve-se preferir esta técnica quando for impossível serealizar a rotação ( em casos de fraturas por exemplo) --7 em sala de aula este casoparticular será melhor estudado.
• O paciente pode estar em decúbito dorsal ou em posição ortostática (preferencial).Sendo que o paciente mudará para uma posição oblíqua ( girando-se o corpolevemente para o lado afetado, a fim se de colocar o ombro em contato com o chassiou com o tampo da mesa).
-!>. AP - Rotação externa: Cúbito em extensão total com leve abdução do braço, logo emseguida, deve-se proceder com a rotação externa realizando o movimento desupinação da mão até que os epicôndilos da porção distaI do úmero estejam paralelosao ftime.
~. AP - Rotação interna: Cúbito em extensão total com leve abdução do braço, a seguirdeve-se proceder çom a rotação interna realizando o movimento de pronação da mão,até que os epicôndilos da porção distaI do úmero estejam perpendiculares ao filme.
Técnico em Radiologia
Úmero e EscápulaVista Poslerior
Rotinas básicas
'Mi i3# $S"
Vista frontal da porção proximal do úmero e dois terços laterais da clavícula e porçãosuperior de escápula, incluindo a relação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide. Tambémdemonstra possíveis depósitos de cálcio nos músculos, tendões ou estruturas da bursa do ombro.
----D 1) Incidência AP - rotação externa e interna
Fatores técnicos:
Rotinas especiais
223 Técnicas Radiológicas Convencionais
• Filme 18x24 cm ou 24x30 cm em sentido transversal.• RC direcionado para a cabeça do úmero com angulação caudal ( em direção ao
cotovelo) de 5 a 10°.• Interromper a respiração durante o exame.
• Paciente em posição ereta sentada, com o cúbito em flexão de 90° e pronação total damão. Faz-se uma abdução de modo que a região axilar forme um triângulo sendo abase o chassi. Deve-se afastar o corpo e a cabeça do paciente ao máximo do feixe deraios X.
1) Incidência Axial Súpero-inferior ( Método de Lawrence)
• Filme 18x24cm lonigitudinalmente ou 24x30 cm em sentido transversal ( ou emsentido longitudinal para mostra melhor o úmero se a lesão envolver a metadeproximal do úmero).
• RC perpendicular ao filme, orientado para a articulação escapuloumeral média, quese situa := 2cm inferior e ligeiramente lateral ao processo coracóide com DFoFimínima.
• Deve-se realizar o exame em apnéia.
Posição do paciente c da partc:
Técnico em Radiologia
Esta incidência tambéin écónhecida'vulgarmente como "AP axilar", termo que deve serevitado.
.-Defeito de Hill-Sachs.
Esta incidência é muito realizada na suspeita de fratura ou luxação, não devendo se realizarportanto a rotação nestes casos. Teremos uma vista lateral da epífise proximal do úmero e suarelação com a cavidade glenóide. Com rotação exagerada, é demonstrado o
Fatores técnicos:
Clavícula
Rotinas básicas
Fatores técnicos:
Pacientes em posição ortostática oblí ua .em decúbito dorsal ( menos freqüent~ }'ostenor bde35~~ 45° para o lado afetado ouestando este em rotação neutra. . seguIr a duz-se o braço hgetramente
•
224 Técnicas Radiológicas Convencionais
2) Incidência AP Oblíqua - Método de Grashey
1) Incidência AP e Axial AP
osição do paciente e da parte:
3) Incidência PA Oblíqua ou Incidênciãtateral Y Escapúlar - Método de Necr-+
• Filme 18x24cm, em sentido transversal.• RC perpendicular ao filme, centralizado na articulação escailulo-aumeral ( ou g,leno-
umeral), que se situa aproximadamente a 5 cm inferior a mediaI à borda súpero-lateral do ombro.
• Interromper a respiração durante o exame.
• Filme 24x30 cm, em sentido longitudinal.• RC perpendicular ao filme, orientado para a articulação escapuloumeral (± de 5 a 6
cm abaixo do topo do ombro) com DFoFi mínima.• Interromper a respiração durante o exame.
Visualização da clavícula, incluindo as articulações acromioclavicular e estemoclavicular.As rotinas de departamento incluem mais freqüentemente as incidências AP 0° e axial AP.
Consiste numa incidência tangencial da saída do supra-espinhoso. Muito utilizada nainvestigação de traumas nesta região juntamente com as incidências AP Oblíqua e Axial súpreo-inferior, logo não se deve tentar rodar o braço se houver suspeita de fratura ou luxação.
São bem visualizados porção proximal do úmero ( cabeça do úmero e sua relação com acavidade glenóide) superposta a uma vista lateral da escápula. Este fato faz com que esta incidênciaseja conhecida vulgarmente como "perfil escapular", termo que deve ser evitado também.
Técnico em Radiologia
Visualização de toda a cavidade glenoide num .articular escapulomeral aberto. Esta incidência usu' a Vlst~ lateral como também do espaçoombro, fato que é incontestável _ qu _ almente e conheCIda como incidência AP do
e com rolaçao neutra.
Posição do paciente e da parte:
Rotinas básicas
Clavícula
224 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
Visualização da clavícula, incluindo as articulações acromioclavicular e estemoclavicular.As rotinas de departamento incluem mais freqüentemente as incidências AP 00 e axial AP.
1) Incidência AP e Axial AP
• Filme 24x30 cm, em sentido longitudinal.• RC perpendicular ao filme, orientado para a articulação escapuloumeral ( ± de 5 a 6
cm abaixo do topo do ombro) com DFoFi mínima.• Interromper a respiração durante o exame.
• Filme 18x24cm, em sentido transversal.• RC perpendicular ao filme, centralizado na articulação escapulo-aumeral ( ou gleno-
umeral), que se situa aproximadamente a 5 cm inferior a mediaI à borda súpero-lateral do ombro.
• Interromper a respiração durante o exame.
2) Incidência AP Oblíqua - Método de Grashey
3) Incidência PA Oblíqua ou IncidênciâLateral Y Escapular - Método de Neer-+
Fatores técnicos:
• Pacientes em posição ortostática oblíqua posterior de 350 a 450 para o lado afetado ouem decúbito dorsal (menos freqüente). A seguir abduz-se"o braço ligeiramenteestando este em rotação neutra.
osição do paciente e da parte:
Consiste numa incidência tangencial da saída do supra-espinhoso. Muito utilizada nainvestigação de traumas nesta região juntamente com as incidências AP Oblíqua e Axial súpreo-inferior, logo não se deve tentar rodar o braço se houver suspeita de fratura ou luxação.
São bem visualizados porção proximal do úmero ( cabeça do úmero e sua relação com acavidade glenóide) superposta a uma vista lateral da escápula. Este fato faz com que esta incidênciaseja conhecida vulgarmente como "perfil escapular", termo que deve ser evitado também.
Posição do paciente e da parte:
Visualização de toda a cavidade glenoide numa vista lateral como também do espaçoarticular escapulomeral aberto. Esta incidência usualmente é conhecida como incidência AP doombro, fato que é incontestável - que com rotação neutra.
Rotinas básicas
Fatores técnicos:
225 Técnicas Radiológicas ConvencionaisTécnico em Radiologia
• Filme 18x24 cm transversalmente para cada articulação.• RC perpendicular em no terço médio da clavícula com DFoFi de 180cm (em
algumas unidades se realiza e o exame com DFoFi de 102 cm e em outras comDFoFi de 150 cm -t revisar a diferença provocada na imagem em cada um doscasos).
• Podem ser realizadas as duas incidências com e sem "stress" cOlTespondendo a pesode 4,5 a 7 Kg, para tanto deve-se usar marcadores com ou sem peso.
• Interromper a respiração durante o exame.
1) Incidência AP - Bilateral sem ou sob "stress"
Posição do paciente e da parte:
• Filme 18x24cm ou 24x30 cm em sentido transversal.• RC perpendicular no meio da clavícula para a incidência AP e/ou RC angulado de
15° a 30° cefálico para AP axial, no terço médio da clavícula com DFoFi mínima.• Interromper a respiração durante o exame.
• O paciente pode estar em decúbito dorsal ou em posição ortostática com os braçosaduzidos ao corpo, mento ( queixo) elevado, olhando para frente. A face posteriordo ombro deve estar em contato com o chassi ou o tampo da mesa, sem rotação docorpo.
Articulação Acromioclaviculares
Posição do paciente e da parte:
Devem ser realizadas posteriormente as incidêndás do ombro elou clavícula para se excluirfraturas, nesta região.
Visualização de ambos espaços articulares AC para comparação com e sem estresse (diferença se encontra na demonstração de possível separação dos espaços articulares). Oalargamento de um espaço articular em comparação com o outro, durante uma incidência comsustentação de peso geralmente indica uma separação da articulação AC.