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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA

Apostila Do Curso de Armador CVT Mesquita

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA

UMA APOSTILA

O objetivo de elaboração de uma apostila está na maneira de pensar do educador, da

coordenação pedagógica e principalmente pela vontade da direção de querer facilitar e melhorar a percepção e aprendizado daqueles que irão fazer uso. Esta, não é e nem se aparta do currículo, como de tantas, que já foram elaboradas. Nós, Instrutores, Coordenadores e Diretores, juntamente com o pessoal de apoio, nos tornamos unânimes, quanto a unir forças para fazer desse projeto de capacitação uma referência nacional, no qual, tem favorecido a muitos que não tinham oportunidades para gerar e ser gerado como um agente da produtividade no âmbito profissional, levando efetivamente melhorias em padrão de grande escala para sociedade. Por isso e por todos sou grato, pela oportunidade que a mim foi dada na elaboração desta ferramenta de ensino. Encontro-me transbordante de honras, pela confiança e força, que me faz cada vez mais, atuante e lutador para levar adiante a bandeira deste projeto ímpar – Centro de Valorização Tecnológico (CVT). Professor Instrutor Admilson Brito Lira

Sumário

Perfil Profissional do Armador 3

Trabalhando com Segurança 4

Estudo das ferramentas 5

Transporte e Armazenamento 7

Armação ou Armadura? 8

Classificação dos Aços 11

Emenda dos Ferros 12

Amarrar Ferragem 13

Estribos 14

Tipos de Vigas de Concreto Armado 14

Lajes 16

Leitura e interpretação de Projetos 16

Ler e Interpretar Plantas 18

Atividade Prática 19

PERFIL PROFISSIONAL DO ARMADOR DE FERRO

ÁREA DE ATIVIDADE ���� Construção Civil e Obras Públicas OBJETIVO GERAL ���� Executar e montar armaduras de aço para a realização em concreto armado, com base no projeto com também de acordo com as medida de segurança e saúde no Trabalho. ATIVIDADES

1. Preparar e organizar o trabalho, de acordo com as orientações recebidas, com as especificações técnicas, e com as características das tarefas a serem executadas.

2. Colaborar na descarga e armazenamento dos materiais (separação e acondicionamento das barras de ferro).

3. Efetuar as medições, cortar os varões e as malhas amarradas ou eletro soldado (solda estática), de acordo

com o projeto.

4. Executar a moldagem dos varões de acordo com as dimensões especificadas no projeto.

5. Executar a armação através da armação dos diferentes componentes (arame recozido, estribos, barras medidas e dobradas e espaçadores, etc.).

6. Proceder à colocação das armaduras nas fôrmas (verificando a conformidade de cada armadura, de acordo

com o projeto das formas), proceder a limpeza das armaduras (remover graxa, óleo, óxido de ferro ou ferrugem comumente chamado), posicionar e fixar a armadura no local com espaçadores de acordo com o projeto de execução.

7. Proceder a limpeza e conservação das ferramentas e máquinas de uso, como também, o local de trabalho,

mantendo limpo e arrumado (canteiro de obra no seu setor).

8. O armador deverá ter noções de matemática, escala, sistema de unidades de medidas (kilograma e metro), para que possa identificar, interpretar e ler os projetos, como também, executar a armação dentro das conformidades

9. O armador deverá ter um bom relacionamento interpessoal, para que possa exercer suas atividades, dentro

de um padrão de ética moral e profissional, visando e demonstrando ter um caráter empreendedor.

10. Proceder de forma adequada às condições de segurança, higiene e saúde no trabalho, no exercício das atividades profissionais (uso dos EPI’s e Épicas, sinalizações dentro dos padrões de segurança).

11. Proceder de forma adequada na preservação do meio ambiente, recolhendo todo desperdício dos varões e

arames cortados, e colocá-los em local apropriado para posterior remoção.

12. Adaptar-se à evolução dos equipamentos, dos materiais e das novas tecnologias para que possa assim acompanhar o desenvolvimento da construção civil.

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Trabalhar com Segurança

Em qualquer setor de trabalho, o trabalhador deve ser treinado e capacitado para exercer suas atividades em segurança, usando os equipamentos de proteção (EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL e EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA), como também ter conhecimento de ato e condições que não ofereçam segurança (atos e condições inseguras). Esse treinamento tem por finalidade, criar em cada indivíduo um senso crítico, no sentido do mesmo ter uma consciência voltada para uma condição segura no trabalho. O trabalhador se prevenir é um bem para si próprio, pois os acidentes não acontecem por acaso: Em muitos casos o acidente é causado pelo próprio trabalhador, por não ter conhecimento das normas de segurança que estão inseridas nas NR’s – NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO.

Os instrutores, bem como, os outros professores que ministram o curso em suas determinadas áreas, devem esforçar-se para que exista união e confiança naquilo que está sendo passado aos alunos, pois os mesmos têm um papel de grande importância, sendo assim, também responsáveis pela segurança dos trabalhadores.

Exigência legal para Empresas e Empregados – NR 06 Obrigações do Empregador:

• Adquirir o tipo de EPI apropriado à atividade do empregado; • Fornecê-lo gratuitamente ao seu empregado; • Treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado; • Tornar obrigatório o seu uso; • Substituir imediatamente o danificado ou extraviado; • Responsabilizar-se pela manutenção e esterilização.

Obrigações do Empregado: • Usar obrigatoriamente apenas o EPI indicado para a finalidade a que se destina; • Responsabilizar-se pela guarda e conservação do que lhe foi confiado; • Comunicar qualquer alteração no que o torne parcial ou totalmente danificado; • Responsabilizar-se pela danificação do EPI pelo seu uso inadequado ou fora das atividades a que se

destina, bem como, pelo seu extravio. “Segurança no Trabalho é um direito de todos”

Fotos (AUTOR)

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Estudo das Ferramentas

1. 1. 1. 1. Ferramentas e Instrumentos O Armador, é o Profissional qualificado para construir armaduras através do processo de armação, respeitando determinadas medidas, termos e procedimentos estipulados em um projeto. Para isso, é necessário que saiba usar ferramentas, equipamentos e instrumentos como: Metro articulado e a trena, que são instrumentos de medição utilizados nos trabalhos de construção civil. 1.1. Metro Articulado.

É uma escala de madeira (bambu) ou de alumínio, tendo uma face graduada em centímetros e a outra em polegadas. (fig.1)

Fig.1 (autor) Fig.2

1.2. Trena.

É constituída de uma caixa metálica ou plástica e uma fita métrica de 1,2,3 ou mais metros, que é enrolada no interior da caixa. (fig.2)

. Fig.3 (autor)

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1.3. Chave para Dobrar Ferro. È uma barra de ferro com rebaixo semicircular na extremidade, e que serve para dobrar ferros.

Há uma medida de chave para cada diâmetro de ferro (O). (fig.3 e 4)

Fig.4 (autor) 1.4. Torquês.

É uma ferramenta de corte, fabricada com aço carbono, com arestas de corte das mandíbulas em aço temperado. Existem vários tipos de torquês empregados no meio profissional: Carpinteiro, Ladrilheiro, Armador de Ferro, etc. A torquês do Armador de Ferro é semelhante à torquês do Carpinteiro, porém, possui cabo mais longo, proporcionando uma força maior sobre os nós que fixam os ferros nas armações.(fig.5)

Fig.5 (autor) Fig.6

1.5. Marreta. Consiste em um cabo de madeira que leva em sua extremidade uma peça metálica de forma prismática

(batentes Iguais em seus lados). Podemos encontrar em diferentes tamanhos. (fig.5 e 6) Fig

Fig.7(autor) Fig.8

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1.6. Tesourão Manual para Cortes de Ferro. É uma ferramenta muito utilizada na construção civil para cortes de ferros (redondo) na construção de pequenas armaduras para concreto armado. É usada para corte de ferro até 5/16’ => 8 mm. (fig.6 e 7)

Fig.9(autor) Fig.10

1.7 Máquinas de Poli corte.

São máquinas elétricas movidas por motores elétricos,e um disco de rebolo carbono. È bastante usada em grande escala de corte de ferros,dando assim maior agilidade na produção das armações.(fig8 e 9)

Fig.11(autor) Fig.12 2. Transporte e Armazenamento do Aço.

2.1. A descarga do aço deve ser feita, dentro do possível, próximo do local de estocagem. Quando não for possível, e o local for longe , devemos usar o seguinte procedimento:

A. Interromper, isolar e sinalizar a passagem de transeuntes no fluxo de descarga; B. O transporte dos feixes ao local de estocagem deve ser feito somente após o término de descarga; C. Os feixes de ferro devem ser transportados por no mínimo 2 (duas) pessoas.

Obs.: O local de estocagem deve ficar distante de instalações elétricas em geral, de locais de circulação, entrada

e saída da obra. Deve ainda estar, próximo da bancada de armação, como também, deve ser acondicionados sobre ponta leves, separados por bitolas (O). 2.2. Estocagem das Barras. 2.2.1. Procedimento: Estocar as barras de aço sobre estrado de madeira. 2.2.2 Recomendações: Separar por bitolas (O), para facilitar a retirada e evitar erros. 3. Bancada de Dobragem. 3.1. Procedimento: Fabricar gabarito com chapa e pinos de ferro, para dobragem de barras de aço fixada sobre bancada de madeira. 3.2. Recomendações: Dobrar a ferragem em lotes (estribos, barras de negativos, separar e identificar, para posterior montagem. positivos), separar e identificar, para posterior montagem.

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4. Armação ou Armadura?

→ Armação: Conjunto de atividades relativas à preparação e posicionamento do aço na estrutura. → Armadura: Associação das diversas peças de aço, formando um conjunto para um determinado

componente estrutural. → Vergalhão: barras ou fios de aço. → Aço beneficiado: Barras de aço cortado e dobrado. → Pré-montagem: É a etapa de processamento das peças em armadura. → Montagem: Processo de posicionamento da armadura em local definitivo, na estrutura. → Peça: Parcela separável da armadura, com as características geométricas definidas no projeto estrutural. A

associação de diversas peças gera a armadura. → Peça: Parcela separável da armadura, com as características geométricas definidas no projeto estrutural. A

associação de diversas peças gera a armadura.

4.1. Execução.

� Na dobra do aço, atenção na montagem da bancada, para que o diâmetro do pino de dobramento seja compatível com o aço a ser dobrado.

� A falta de cuidado nesse item pode fazer com que as barras de aço, quando dobradas, sofram um esforço demasiado, ocorrendo a sua ruptura.

Fig.13(autor)

4.2. Pré-Montagem

Fig.14(autor)

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4.3. Montagem.

� Durante o planejamento, definir as peças que serão montadas na central de armação e aquelas que serão montadas na própria fôrma.

Considere: dimensões das peças, sistema de transporte e facilidade de execução. � Colocar espaçadores em quantidade suficiente, para garantir o posicionamento da armadura no elemento

final a ser concretado. � Verificar a escolha e o uso do espaçador, para que a estrutura tenha o cobrimento adequado às condições

de exposição da estrutura, protegendo a armadura contra a corrosão.

� Estar atento para que a armadura esteja na posição especificada no espaçamento correto. Se for

necessário, coloque mais espaçadores, de modo a garantir o cobrimento da armadura.

Fig.15(autor)

� Respeitar o comprimento de ancoragem especificado no projeto, para que não haja escorregamento da armadura e, conseqüentemente, patologias na estrutura.

Fig.16(autor)

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4.4. Fixação das Armaduras.

� Amarração com arame recosido nº 16 (O = 1mm) ou 18 (O = 0,75mm) a cada 35 cm (máximo) (NBR6118). � Para não alterar o posicionamento de uma barra em relação à outra no transporte. � Laçada simples, laçada dupla (para barras grossas. É a mais indicada) � Arame 18 � a laçada deve ser dupla

4.5. Cuidados.

• Disposição de estribos no encontro de vigas e pilares (não pode ser negligenciado pois ocorrem trincas verticais. Amarrar bem para não se movimentar na concretagem).

• Disposições de estribos na base de pilares (quando os estribos coincidem com as esperas do pilar inferior: elevar os estribos, posicionar a armadura, retornar os estribos e amarrar nas esperas).

• Evitar choques entre armadura e fôrmas. • Verificar: O espaçamento posicionamento, amarração

Fig.17(autor) Fig.18(autor)

4.6. Cuidados – Segurança. • Telas protetoras entorno de todo o pavimento. • Pontas das armaduras devem ser protegidas (NR18 – item 18.8.5)

3 4.7. Convenção das Medidas dos Ferros de Polegadas para Milímetro e Peso por (Kg/m)

Diâmetro do Aço CA 25

CA 60 CA50

Bitolas/mm 3,2 4 5 6,3 8 10 12,5 16 20 25

Bitola/pol. 1/8' 5/32' 3/16' 1/4' 5/16' 3/8' 1/2' 5/8' 3/4' 1'

/ / / / / / / / / / /

/ / / / / / / / / / / Peso(kg/m)³ O,O63 O,1OO O,16O O,25O O,4OO O,63O 1,OOO 1,6OO 2,5OO 4,OOO

Ilustraçao(autor) 10

5. Classificação dos Aços 5.1. Para fins práticos, classificam-se os aços pela resistência à ruptura. Estas características mecânicas se verificam, experimentalmente, em laboratórios. A resistência à ruptura é medida em quilogramas por milímetro quadrado (Kg/mm². Quando se diz, por exemplo, que um aço tem a resistência de 25 kg/mm², isto significa que o fio deste aço, com a seção de 1mm, rompe-se, quando o esforço aplicado nos extremos for de 25kg. Em ordem crescente, os aços para concreto armado assim se classificam, quanto à resistência à ruptura CA25, CA50,CA60 (onde CA = concreto armado). Normalmente, o aço é classificado em tipo A e B. Aço do tipo A é aquele laminado a quente. Possui saliência externa em número elevado, proporcionando maior aderência ao concreto. Aço do tipo B, normalmente são aços de categoria inferior, deformados a frio para aumentar sua resistência. Podem ser lisos, com mossa ou saliências helicoidais. Existem também os aços para concreto protendido (aço super resistentes) empregados em pontes e viadutos, etc. O aço deve ser homogêneo, não apresentando defeitos como bolhas, fissuras, esfoliações, etc. As barras devem estar isentas de óleo, pó ou argila, bem como da ferrugem que não seja bastante aderente ao metal. Para identificar uma barra de ferro quanto a resistência, alguns fabricantes pintam a extremidade da barra de acordo com o quadro abaixo; DUREZA COR

CA 25 Não é pintada

CA50 Branca

CA60 azul

5.1.1. Tipos de Ferro.

Com o fim de aumentar a aderência entre a armadura e o concreto, foram idealizados, sobretudo na América do Norte, ferros especiais com superfícies porosas, outras dentadas ou estranguladas, e outras ainda, farpadas.

Os ferros foram classificados em diferentes tipos. Os três três mais conhecidos são: liso, morsa e estrela.

• Liso � É o ferro comum (fig.1)

• Morsa � É o ferro que tem alguns frisos em seu relevo (fig.2)

• Estrela � Ferro formado em sua parte extrema por pequenas cavidades que lhe dão grande ligação

ao concreto (fig.

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6.3. A tarefa deste cálculo cabe ao engenheiro calculista. Alguns cuidados devem ser tomados, por exemplo: as barras sujeitas a tração, sempre que possível não serão emendadas. 6.4. Não pode haver mais de uma emenda na mesma seção transversal da peça, para cada grupo de cinco barras ou fração. Já as barras comprimidas podem ser todas emendadas na mesma seção. Observe a figura abaixo:

7. Amarrar ferragem 7.1. Amarrar ferragem é uma operação que consiste em unir peças de ferro com auxílio das torqês e do arame, dando forma às estruturas, conforme projeto de armação. 7.2. Sua finalidade principal é fixar a ferragem da armadura e evitar seu deslocamento durante o lançamento do concreto. 7.3. Processo de execução:

• 1º passo – Trance o arame. a. Corte uma ponta de arame com + 2cm de comprimento. b. Dobre o arame e iguale as pontas. c. Prenda a ponta dobrada. d. Torça os arames, girando-os com a mão até trançá-los

• 2º passo – amarre os ferros. a. Dobre a ponta do arame. b. Da direita para esquerda passe o arame, lançando os ferros.

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8. Estribos 8.1. Os estribos são ferros dobrados, usados nas vigas e pilares, cuja função é impedir os esforços prematuros nas barras longitudinais. Usa-se, em geral, o aço doce de pequeno diâmetro. Podem ser redondos, quadrados, retangulares, etc., conforme o formato da viga ou pilar. Os mais comuns são: o retangular e o redondo conforme as figuras abaixo.

Obs.: O estribo retangular, conforme se vê na figura, tem dois ganchos de 45°. 8.2. Cálculo da barra de ferro para os estribos. 8.2.1. O comprimento do ferro para um estribo retangular será assim calculado:

a) Somam-se as medidas dos quatro lados; b) Calcula-se o comprimento do ferro para os dois ganchos; c) Somam-se as medidas dos lados com a medida dos ganchos; d) Calcula-se o total dos três descontos (90°); e) Subtrai-se a medida dos três descontos da soma das medidas dos lados com medida dos ganchos.

9. Tipos de Vigas de Concreto Armado. 9.1. As vigas de concreto armado têm, geralmente, a forma retangular com predomínio de altura, podendo ser isoladas ou ligadas às Lajes, conforme mostra a ilustração abaixo:

ALTURA ALTURA LARGURA LARGURA 9.2. As vigas podem abraçar um ou mais vãos: daí sua divisão em simples e contínua. Os seus extremos podem estar apoiados e esse é o caso mais comum: engastados parcial ou totalmente. As vigas podem, também, estar em balanço, formando consolo.

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9.3. As vigas estão sujeitas à flexão e a sua armadura deve atender aos esforços de tração e cisalhamento. Os esforços de tração são suportados por uma armadura longitudinal, disposta na zona distendida e constituída por barras retas e com negativas (barras com bitolas maiores). Estas últimas desatinam-se a atender também aos momentos negativos que formam no apoio.

Os esforços de cisalhamento são suportados pelos ferros negativos e estribos. Peça estrutural disposta horizontalmente destinada a receber cargas de Lages, paredes, etc. Para cada situação existe um determinado tipo de viga, Os tipos mais conhecidos são vigas biapoiadas,

viga em balanço, viga contínua, viga baldrame, viga alavanca e viga de transição.

1) Viga biapoiada Também chamada de viga simples, são apoiadas em seus extremos.

2) Viga em balanço

Viga em que seu apoio não se encontra em seu extremo.

3) Viga contínua

Viga que se apóia em três ou mais apoios, sem sofrer interrupções.

4) Viga baldrame

São vigas situadas junto à fundação (geralmente ao nível do piso), servindo de alicerce para as paredes e interligando blocos, sapatas e pilares.

5) Viga alavanca Também chamada de viga de equilíbrio, São vigas que interligam dois blocos e têm por finalidade deslocar as cargas do pilar descentralizando mais o centro do bloco que recebe este pilar.

6) Viga de transição Vigas que servem para deslocamento e apoio do pilar recebendo toda a carga do mesmo.

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10. Lajes 10.1. As lajes podem ser simples ou contínuas. 10.2. A espessura mínima das lajes é de 5 cm nas coberturas e de 7 cm nos pisos, alcançando até 12 cm, quando servem para passagem de veículos. 10.3. A espessura máxima usada na construção civil não excede, geralmente, de 10 cm, pois além desta não há conveniência econômica no emprego das Lajes simples. 10.4. A armadura das lajes, em geral, é composta de uma rede de malhas retangulares, formando suas ordens de vergalhões, uma no sentido de menor dimensão e outra, no sentido do maior vão.

Obs.: As barras colocadas no sentido do maior vão cruzam sobre as outras, e são normalmente, de menor bitola (diâmetro) 10.5. A ferragem é armada nos pontos de cruzamento com arame de ferro recozido, obedecendo exatamente o que está no projeto de execução. 11. Ler e Interpretar Projetos 11.1. Identificando Cortes Como podemos observar no corte AA e BB, identificamos facilmente lajes, vigas e pilares; além dos detalhes que queremos mostrar, como por exemplo, rebaixo na laje, espessura da laje, altura do fundo da viga para o piso e a altura das vigas. LAGE . L2 – H = 10 0.10

0.40 V20 V23 V15 2.20 P13 P7 ESC: 1:50

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11.2. Identificando Detalhes

Detalhe dos ferros positivos e negativos usados, na execução da armadura da laje L1 e L2 do nosso projeto. Vemos claramente a posição dos ferros positivos longitudinais e transversais que formam uma malha. Para a armadura negativa observamos os ferros elevados em relação ao assoalho da laje e os calços (pequenos cavaletes), cuja finalidade é manter esses ferros suspensos e bem firmes durante a concretagem.

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12. Leitura e Interpretação de Plantas 12.1. Para executar uma armação perfeita se faz necessário observar as plantas, interpretá-las e saber quais os primeiros ferros a serem colocados, quando se deve amarrá-los, e quais os últimos a serem introduzidos, de maneira que sejam dispostos de acordo com o projeto estrutural conforme detalhe da viga V1.

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13. Atividade Prática 13.1. Montagem de um pilar quadrado. Conforme as especificações do projeto estrutural, interprete a planta abaixo indicada, executando em seguida a sua montagem.

Coloque os vergalhões sobre os cavaletes, em seguida comece a montagem côa a distribuição dos estribos ao longo dos vergalhões. Os vergalhões devem ficar nos cantos dos estribos.

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13.2.1. Montagem de viga 1 (12 X 45) Conforme as especificações do projeto estrutural, interprete a planta abaixo indicada, executando em seguida a sua montagem.

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13.2.2. Montagem de viga 2 (12 X 45) Conforme as especificações do projeto estrutural, interprete a planta abaixo indicada, executando em seguida a sua montagem.

Coloque os vergalhões sobre os cavaletes, em seguida comece a montagem com a distribuição dos estribos

ao longo dos vergalhões. Os vergalhões devem ficar nos cantos dos estribos. Faça a marcação dos espaçamentos determinados no projeto dos estribos, em seguida amarre os mesmos.

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13.2.3. Montagem de viga 3 (12 X 45) Conforme as especificações do projeto estrutural, interprete a planta abaixo indicada executando em seguida a sua montagem.

Coloque os vergalhões sobre o cavalete, em seguida comece a montagem com a distribuição dos ferros ao longo dos vergalhões, Os vergalhões devem ficar nos cantos dos estribos. Faça a marcação dos espaçamentos determinados no projeto dos estribos, em seguida amarre os mesmos.

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13.2.4. Montagem de um pilar retangular P1. (15 X 45) Conforme as especificações do projeto estrutural, interprete a planta abaixo indicada executando em seguida a sua montagem.

Meça e marque nos vergalhões os espaçamentos dos estribos, amarre os estribos nos vergalhões, obedecendo às marcas. Observe o quadro abaixo:

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13.2. Montagem de sapata

Conforme as especificações do projeto estrutural, interprete a planta abaixo indicada, executando em seguida a sua montagem.

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Bibliografia