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•Autor: Marguerite Duras
•Editora: Difel
•Ano da edição: 1984
•Narrador:Marguerite Duras
Marguerite Donnadieu, nasceu em 1914 em Vietnam, onde passou a sua infância e adolescência.
Aos 17 anos, estudou Direito e Ciência Política no Sorbonne, em França.
Nessa altura, decide mudar o seu apelido Donnadieu por Duras, nome de uma vila francesa, terra natal do seu pai.
Marguerite Duras morreu no dia 3 de Março de 1996, em Paris devido a um cancro na garganta.
“Quando esse pequeno pedaço de gente com grandes
óculos e voz de final de comício participa da resistência
ou faz política, quando acredita no comunismo e depois o
execra, ela o faz com as suas entranhas, sem moderação
nem prudência.”
A escritora relata-nos uma história de uma menina de quinze anos e meio que fez a travessia do rio Sadec até Saigão, para o pensionato, onde esta estudava. Apanhou o carro que saíra da praça do mercado de Sadec, e sua mãe recomendou-a ao motorista, para caso houvesse algum acidente, este sentou-a atrás de si.
Chegou ao barco no qual iria para Saigão e é ai que se apaixona por um homem Chinês que chega de limusina e se aproxima dela perguntando se deseja fumar, esta limita-se a responder as suas perguntas e recusa fumar.
Quando chegaram a Saigão o homem Chinês pergunta-lhe se aceita que a acompanhe até ao pensionato, ela sem maneira de dizer que não acaba por aceitar.
No final das aulas o homem Chinês não acabava com o ritual, todos os dias ia buscá-la ao pensionato levando-a para sua casa, onde este viera-lhe a ensinar o significado do prazer, sendo doze anos mais velho que ela, que se torna seu amante.
A escritora relata-nos uma história de uma menina de quinze anos e meio que fez a travessia do rio Sadec até Saigão, para o pensionato, onde esta estudava. Apanhou o carro que saíra da praça do mercado de Sadec, e sua mãe recomendou-a ao motorista, para caso houvesse algum acidente, este sentou-a atrás de si.
Chegou ao barco no qual iria para Saigão e é ai que se apaixona por um homem Chinês que chega de limusina e se aproxima dela perguntando se deseja fumar, esta limita-se a responder as suas perguntas e recusa fumar.
Quando chegaram a Saigão o homem Chinês pergunta-lhe se aceita que a acompanhe até ao pensionato, ela sem maneira de dizer que não acaba por aceitar.
No final das aulas o homem Chinês não acabava com o ritual, todos os dias ia buscá-la ao pensionato levando-a para sua casa, onde este viera-lhe a ensinar o significado do prazer, sendo doze anos mais velho que ela, que se torna seu amante.
Tem como história central a relação com o amante, mas porém, há uma descrição da vida colonial, da pobreza e da relação com a família, não sendo uma vida estável principalmente a figura da mãe com o seu irmão mais velho. Esta vida instável é devido à sua situação financeira não ser a mais acessível uma vez que vivem apenas das aparências, mantendo o estatuto até ai usufruído, e também devido à situação do irmão mais velho que entra por caminhos de ópio e chega a uma ponto que se vê sem dinheiro para o seu “investimento”, é quando este vai para França, supostamente para tirar um curso e acaba por enganar a mãe.
Com o seu namoro com o homem mais velho, extremamente rico, sendo filho de um empresário chinês e sendo dependente e de constituição física delicada. Todas estas características fazem com que a família da jovem lhe proporcione desprezo aquando um jantar num restaurante chiquíssimo, tendo sido um jantar de apresentação à família da jovem, mas esta dizia à família que eram apenas amigos, um amigo que a levou a casa.
As mulheres são, em geral, vistas como seres solitários, dependentes e emocionalmente frágeis. E é essa fragilidade, essa solidão, que conduz a jovem até à relação intensa mas passageira com o amante. Havendo porém uma fragilidade vindo do homem rico, que não possui nome, uma vez que este não consegue assumir qualquer compromisso devido a uma cultura diferente e classes sociais diferentes.
Devido a estas razões, ela não se entrega por amor nem sequer por atracção, mas sim por revolta e solidão. Pelo contrário, é a sua paixão pela amiga do colégio, Hélène, que a realiza mesmo não passando de uma paixão platónica.
O seu envolvimento com o homem rico acaba por finalizar uma vez que este é obrigado a casar e esta parte novamente para Sadec. Não havendo uma despedida como teria ficado combinado que após o seu casamento, ele voltaria a casa para terem o último momento juntos, isso não aconteceu, a jovem esperou e acabou por partir, vendo no regresso a Sadec, a limusina preta escondida para que esta não o visse.
Com o regresso desta a Sadec o irmão mais novo dela, Paul, o único que tinha nome, acabara de falecer, sendo uma dor insuportável e sentido ela cada vez mais falta daquele homem rico que o deixara partir.
“Qual é a idade do desejo?”
“Quem são os amantes?”
“São os que amam incessantemente e fazem deste amor tão importante quanto o ar que respiram.”
“Aos dezoito anos envelheci. (…) Em vez de me assustar, vi operar-se este envelhecimento do meu rosto com o interesse que teria, por exemplo, pelo desenrolar de uma leitura. (… ) Conservei esse novo rosto. Foi o meu rosto.”
“Aos dezoito anos envelheci. (…) Em vez de me assustar, vi operar-se este envelhecimento do meu rosto com o interesse que teria, por exemplo, pelo desenrolar de uma leitura. (… ) Conservei esse novo rosto. Foi o meu rosto.”
“A pele é duma sumptuosa suavidade. (…) Não o olha.Toca-o. Toca a doçura da pele, acaricia a cor dourada, a desconhecida novidade.(…). Está num estado de amor abominável.”
“A pele é duma sumptuosa suavidade. (…) Não o olha.Toca-o. Toca a doçura da pele, acaricia a cor dourada, a desconhecida novidade.(…). Está num estado de amor abominável.”
“(...)E depois dissera-lho. Dissera-lhe que era como dantes, que ainda a amava, que nunca puderia deixar de a amar, que a amaria até à morte.”
“(...)E depois dissera-lho. Dissera-lhe que era como dantes, que ainda a amava, que nunca puderia deixar de a amar, que a amaria até à morte.”
CAPAS DOS LIVROS Á VOLTA DO MUNDO