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Proteínas Prof Karine P. Naidek Agosto/2016 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC BIOQUÍMICA BIO0001

Apresentação do PowerPoint - joinville.udesc.br · entre as cadeias laterais dos aminoácidos –modificações pós-traducionais –condições do meio em que elas estão inseridas

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Proteínas

Prof Karine P. Naidek

Agosto/2016

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC BIOQUÍMICA – BIO0001

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Proteínas

Entre os objetos de estudo dos cientistas no início do século XIX (...) Estava:

Albúmen – clara de ovo [albus = branco];

Tinha átomos de C, H, N, O e S;

Tinha estranha propriedade de coagular ao ser submetido a aquecimento;

Verificaram que outras substâncias presentes no leite e no sangue também coagulavam quando aquecidas;

Então decidiram chamar esses componentes de substâncias albuminoides [semelhantes ao albúmen].

Estudos mais tarde acabaram por concluir que essas substâncias estão presentes em todos os seres vivos.

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Proteínas

Origem grego (protos) primeira, mais importante

“A palavra proteína que eu proponho vem derivada de proteos, porque ela parece ser a substância primitiva ou principal da nutrição animal, as plantas preparam para os herbívoros que posteriormente a passam para os carnívoros” (Berzelius, 1838)

Em 1838, Gerardus Mulder chama essas substâncias de PROTEÍNAS [do grego Proteios = primeiro, primitivo].

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Proteínas

Grande variedade (tamanho e função)

• Pequenos peptídeos a grandes cadeias com MM alto

• Diversidade funcional (enzimas, estruturais, defesa, sinais, transportadores, hormônios, etc)

Macromolécula mais abundante nas células

• Produto final da informação genética

• Constituída por aminoácidos (dipeptídeo, tripeptídeo... oligopeptídeo, polipeptídeo)

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Qual a importância das proteínas?

• São fundamentais para qualquer ser vivo [e até vírus].

• Toda manifestação genética é dada por meio de proteínas.

• Grande parte dos processos orgânicos são mediados por proteínas [enzimas].

• Sem proteínas, não existiríamos e nenhum outro ser vivo existiria.

• *Coacervatos (primeiros compostos proteicos).

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Aminoácidos

Esquema da estrutura química básica de um aminoácido

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Ligação peptídica

Ligação feita entre aminoácidos (aa) para formar peptídeos (2 a 5 aa), polipeptídeos (+5 aa) e proteínas (+50 aa).

Ligação Péptica

Aminoácido 2 Aminoácido 1

Duplo Peptídeo

Água

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Ligação peptídica

Essa sequência de aminoácidos ligados através de ligações peptídicas constituem a estrutura primária das proteínas

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Ligação peptídica

Ligações simples com caráter de dupla ligação

O oxigênio da carbonila possui uma carga parcial negativa e o nitrogênio uma positiva, isso faz com que seja formado um pequeno dipolo elétrico que diminui a distância entre o átomo de C e N

Todos esses átomos estão em um mesmo plano, dando à ligação peptídica um caráter de dupla ligação

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As estruturas primárias das proteínas são conhecidas

• Para todos os genomas sequenciados, conhece-se a estrutura primária de todas as proteínas para este organismo

• As pontes dissulfeto podem se formar entre diferentes cadeias protéicas – E principalmente dentro da

mesma

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Sequenciamento de peptídeos

• Degradação de Edman – Marca e remove apenas o

resíduo N-terminal

• Método ineficiente, permite sequenciamento de pequenas porções das moléculas

• Sequenciamento do RNAm é muito mais simples e preciso; permite sequenciar proteínas enormes – como a titina

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Produção de peptídeos

• Purificação a partir de tecidos

• Engenharia genética

• Síntese química direta

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Alinhamento de sequências

• Os organismos possuem, em grande medida, as mesmas proteínas (ortólogas) – Derivam do ancestral

comum entre os organismos

• O alinhamento permite que identifiquemos as porções mais importantes (conservadas) da proteína

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Evolução molecular

• Quanto mais similares as sequências das proteínas dos organismos, mais próximos eles são evolutivamente

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Árvore molecular da vida

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Conclusões

• Diferentes características químicas das cadeias laterais dos aminoácidos definem características de peptídeos e proteínas

• Os resíduos de aminoácidos são ligados às centenas ou milhares para formar peptídeos e proteínas

• As proteínas podem ser modificadas pós-traducionalmente

• As proteínas podem ser separadas por carga, tamanho e afinidade e assim estudadas isoladamente – cromatografia e eletroforese

• As proteínas podem ser sequenciadas e sua estrutura primária (seq. de aminoácidos é conhecida)

• As sequências das proteínas são excelentes marcadores da evolução da vida na terra

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Níveis estruturais das proteínas

A conformação de uma proteína é fundamental para a função que ela exerce

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A conformação espacial das proteínas

• As proteínas não são traços rígidos porque suas ligações químicas podem realizar rotação

– A maioria das ligações químicas não são planares

• Cada proteína tem uma estrutura específica que depende de

– sua estrutura primária

– interações químicas resultantes entre as cadeias laterais dos aminoácidos

– modificações pós-traducionais

– condições do meio em que elas estão inseridas

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Pontos Importantes

1. A conformação tridimensional (3D) depende da seqüência de aminoácidos

2. A função depende da estrutura

3. Cada proteína existe em um ou em pequeno número de formas estruturalmente estáveis

4. As principais forças para a estabilização de estruturas são forças não-covalentes

5. Existem padrões estruturais comuns que ajudam a organizar o entendimento

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Interações importantes para a manutenção da estrutura das proteínas

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Conformação nativa

• Proteína dobrada em conformação funcional

• Dobramento espacial se dá principalmente por interações fracas – principalmente hidrofóbicas – Ligações de H e iônicas são otimizadas em

estruturas termodinamente mais favoráveis

• Estabilidade estrutural – Tendência a manter a conformação nativa – Ligações dissulfeto são incomuns, mas

estabilizam proteínas de organismos termófilos

• Camada de solvatação: formada pela água envolvendo uma molécula hidrofóbica

Estrutura de uma treptavidina, proteína modificada a partir da estreptavidina humana que funciona biotecnologicamente para ligar outras moléculas, como a biotina. Formada apenas por folhas beta e loops (2Y3E)

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Ligações de Hidrogênio

Aminoácidos que podem formar ligações de hidrogênio

AA polares com OH ou NH2 na sua cadeia lateral

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Interações Iônicas

AA encontrados geralmente na superfície das proteínas junto com aminoácidos polares

Cadeias longas e flexíveis Importantes para a solubilidade das proteínas

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Ligações (Pontes) dissulfeto

Dois resíduos de cisteína na mesma cadeia ou cadeias separadas

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Ligações peptídicas e o ângulo ômega

Trans: ω = 180º

• Ligações peptídicas tem geometria rígida e planar

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Ângulos torcionais, phi (ɸ) e psi(ψ)

• Responsáveis pela curvatura na estrutura da proteína

• Entre o C-α e o N (do NH2) e o C (do COOH)

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Estruturas secundárias

• Descreve o arranjo espacial dos átomos na cadeia principal

• Ocorre quando os ângulos diedros (phi e psi) permanecem quase iguais durante todo um segmento da proteína

• Tipos – Hélices α – Conformações β – Voltas β – Indefinida (loops, coils, turns)

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Alfa-hélices

• O arranjo mais simples que as proteínas podem assumir é um arranjo helicoidal

• Esqueleto polipeptídico fica enrolado em torno de um eixo imaginário

– Cada volta contém 3,6 resíduos

– Φ = -57º; ψ = -47º

• Grupos R se voltam para fora do eixo

• Em média, 25% dos aminoácidos de qualquer proteína estão em hélices α

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All-alpha proteins

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Estabilidade da alfa hélice

• A hélice é comum porque nesse modelo as posições das ligações de hidrogênio estão otimizadas – Entre um H ligado ao NH2 e um

O do COOH – Cada ligação peptídica participa

de ligação de hidrogênio, conferindo estabilidade

• Para isso, todos os aminoácidos precisam ter o mesmo tipo de isomeria óptica (L ou D)

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Tendência dos aa’s em formar hélices

• O grupo lateral interfere na capacidade do aminoácido em formar hélices – Volume e forma de Asp, Ser, Thr e Cys

desestabilizam se estiverem muito próximos

– Pro e Gly dificultam a formação de hélices

• Relações com o vizinho também são importantes

• Componentes amino a carbonil formam dipolo elétrico

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Restrições para a formação de hélice-α

1. Tendência do resíduo em formar hélice

2. Interações entre os grupos R espaçados 3-4 aa

3. Volumes dos grupos R adjacentes

4. Ocorrência de Pro e Gly 5. Interações entre resíduos

das extremidades com o dipolo

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Conformação β (beta)

• Esqueleto estendido em forma de zigue-zague

• Folhas β paralelas e anti-paralelas – Paralela: Φ = -119º; ψ = 113º – Anti-par: Φ = -139º; ψ = 135º

• Quanto as folhas são próximas, os grupos R devem ser pequenos – Teias e queratinas... Gly e Ala

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Conformação β-pregueada

Cadeia polipeptídica estende-se em zigzag e podem estar arrumadas lado a lado formando um estrutura

chamada folhas β pregueada

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Folhas β pregueada

Ligações de H são formadas entre as cadeias adjacentes (C=O e o N-H da ligação peptídica)

Existem dois tipos de folhas β pregueada

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Folhas β pregueada

Paralelas – mesma orientação das cadeias (terminal amino e carboxílico)

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Folhas β pregueada

Anti-Paralelas –orientação oposta das cadeias (terminal amino e carboxílico)

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Dobras

Proteínas globulares podem apresentar essas duas estruturas, entretanto para ficar compacta a cadeia deve apresentar dobras

α-hélice

Conformação β α-hélice + Conformação β

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Dobras β

Elemento de conexão entre as regiões com estrutura secundária diferentes ou não

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Dobras β

Compreende uma estrutura que causa uma volta de 180º

• envolvendo 4 aminoácidos

• forma ligação de Hidrogênio entre oxigênio da carboxila do primeiro resíduo com o H do grupo amina do quarto resíduo

Resíduos 2 e 3 não participam de nenhuma

interação

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Estrutura terciária e quaternária das proteínas

Estrutura terciária - arranjo tridimensional da cadeia peptídica estabilizado por interações entre grupos de aminoácidos distantes

Estrutura quaternária - arranjo entre cadeias polipeptídicas (subunidades) que constituem um proteína ativa

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Mantida por interações fracas

(ligações de H, ligações iônicas e

interações hidrofóbicas) e /ou ligações dissulfeto

entre resíduos distantes na

própria molécula

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Estrutura terciária (3D)

• Arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína

• Alcance mais longo e dimensão total, quando comparado com 2D

• Segmentos distantes na estrutura 1D podem ser atraídos por interações fracas

• Algumas proteínas são formadas por mais de um complexo polipeptídico (quaternária)

• Proteínas fibrosas e globulares

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Proteínas fibrosas

• Queratina, colágeno, fibroína – Proteínas estruturais: força e

elasticidade

• Insolúveis em água: aa’s hidrofóbicos (Ala, Val, Leu, Ile, Met e Phe)

• Alfa queratina: cabelo, pelo, unhas, garras, penas, chifres, cascos e parte externa da pele

• Pontes dissulfeto estabilizam e dão mais resistências às cadeias

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Colágeno

• Tecidos conectivos: tendões, cartilagens – Garante resistência

• Hélice específica (phi = -51º; psi = 153º)

• Existem mais de 30 variantes do colágeno dependendo do tecido e da função

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Fibroínas de seda

• Folhas beta

• Rica em A e G

– Alto empacotamento

• Ligações de H entre as cadeias B

• Não é elástica, mas é flexível

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Proteínas globulares

• Diversidade estrutural reflete diversidade funcional

– Dobramento gera estrutura compacta

• Tem partes em hélices-α e partes em folhas-β

• Motivos estruturais – Padrão identificável

– Envolve elementos 2D e conexões entre eles

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Proteínas fibrosas e globulares

Fibrosas

• Cadeias longas e folhas

• Tipo simples de estrutura secundária

• Função – estrutural, suporte e proteção

• Caracterizadas por proporcionar resistência e flexibilidades às estruturas onde ocorrem

• São insolúveis em água

Globulares

• Cadeias esféricas ou globulares

• Diversos tipos de estrutura secundária

• Função – enzimas, reguladoras e de defesa

• Cadeia polipeptídica se dobra formando uma estrutura compacta - diversas estruturas e funções

• Grupos hidrofóbicos interior e hidrofílicos exterior – pontes H com a água - solúveis

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Estrutura Quaternária

Tanto as proteínas fibrosas como as globulares podem se associar para desempenhar uma função biológica (estrutura

quaternária)

Multímero - proteína formada por várias subunidades proteicas

Oligômeros – poucas subunidades

Unidades de repetição - protômeros

Quanto ao número de subunidades as proteínas podem ser:

Dímeros, trímeros, tetrâmeros ...

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Estrutura Quaternária

Hemoglobina – tetrâmero (duas cadeias α e duas

cadeias β

Pode ser considerada um dímero de dois

protômeros αβ (unidade repetitiva)

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Desnaturação de proteínas

• Condições diferentes das celulares levam as proteínas à desnaturação

• Perda da estrutura leva também à perda da função

• Calor, pHs extremos, temperatura (?), solventes orgânicos, detergentes

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Renaturação de proteínas

• A sequência terciária é determinada pela sequência primária, certo?

• As proteínas desnaturadas, portanto, podem voltar aos estados nativos através de renaturação, quando o estímulo é retirado

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Enovelamento protéico

• Lento e gradual

• Diminuição da entropia até alcançar um estado estável

• Algumas proteínas se dobram de forma assistida pelas proteínas chaperonas

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Vaca louca

• A doença de Creutzfeldt-Jakob, é causada por uma falha no enovelamento de proteínas

• Mecanismo não muito entendido, mas parece que as proteínas em forma priônica transformam as outras também em proteínas com esse formato

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Conclusões

• Estrutura da proteína é estabilizada principalmente por interações fracas

• Estrutura secundária consiste no arranjo espacial de átomos de trechos de proteínas, definidas por ângulos phi e psi específicos

• A estrutura 3D das proteínas tem dois tipos básicos: proteínas fibrosas e globulares

• A estrutura quaternária vem da junção de várias subunidades terciárias oriundas de genes

• A estrutura das proteínas pode ser destruída pela desnaturação, o que mostra que a função depende da estrutura

• Enovelamento de proteínas envolve múltiplos mecanismos