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No Brasil nos últimos anos houve um considerável crescimento de empreendedorismo, a criação de uma classe tributária diferenciada e ampliação das atividades comerciais abrangidas pelo Simples Nacional. Estes fatores resultaram em um aumento na regularização de micro e pequenas empresas, as quais atuam em vários setores da economia brasileira (comércio, serviços, indústria). Contudo, mesmo com diversos incentivos, as micro e pequenas empresas brasileiras possuem um alto índice de mortalidade e, em sua maioria, não chegam ao seu segundo aniversário. Tendo em vista a grande importância das micro e pequenas empresas à economia do estado e também do país, desenvolveu-se neste trabalho uma pesquisa que buscou identificar os principais fatores que influenciam na mortalidade destas empresas. INTRODUÇÃO O presente estudo objetivou identificar e analisar os motivos/fatores que provocam a mortalidade precoce das micro e pequenas empresas. OBJETIVO Na maioria das empresas estudadas, constatou-se que seus dirigentes não dão a devida importância para a função da boa administração e seu exercício no negócio que dirigem. Isto se dá tanto em questões relacionadas ao perfil do empreendedor, ao ambiente externo ou à construção do próprio negócio. De acordo com Gama et. al. (2013), empresas com maior taxa de sobrevivência geralmente adotam comportamentos específicos e praticam as funções básicas da administração a fim de acompanhar o desempenho do negócio, diferentemente daquelas que não conseguem sobreviver, podemos verificar no Gráfico 1. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foi reconhecido um fator limitante que é o tamanho da amostra. Pois a Região Sudeste é a mais populosa do Brasil, consequentemente tem o maior número de micro e pequenas empresas. Segundo IBGE (2016), esta região apresenta 1.134.052 micro e pequenas empresas, as quais empregam 4.066.775 pessoas, o equivalente a uma movimentação mensal de R$ 16.707.569 de salários, retiradas e outras remunerações, bem como uma receita operacional líquida de R$ 92.512.654. É necessário, portanto, cautela ao generalizar os resultados obtidos por meio de uma amostra de 20 empresas. Contudo, por este motivo, foi utilizada também séries de dados apresentadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas, o qual acompanha as principais problemáticas dessas organizações e promove estudos específicos quanto à questão da mortalidade e suas respectivas causas. Na pesquisa de campo realizada com empresas da RMC, foram constatadas inúmeras questões problemáticas no tocante à administração, ao desempenho do negócio e perfil do empreendedor. O contexto dessas questões apresenta a mesma direção apontada pelo SEBRAE como fatores de mortalidade. Contudo, é válido frisar que este estudo procurou discutir a importância da administração dentro de uma micro ou pequena empresa. A administração é uma ciência que estuda o meio organizacional e oferece inúmeras ferramentas para o bom desempenho das atividades do negócio, assegurando desde o planejamento, a organização da estrutura do negócio, a direção das atividades e os controles que contribuem para inúmeras análises de uma instituição. Por meio destas análises, as empresas podem continuamente rever seu posicionamento, criar novos diferenciais, desenvolver novas competências, agregar vantagem competitiva, ganhar mercado e traçar seu rumo à sobrevivência e ao sucesso. CONSIDERAÇÕES FINAIS MORTALIDADE DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Autora: Solândia Félix Rodrigues Contato: [email protected] Orientadora: Maria Fernanda Rios Cavalcanti Contato: [email protected] FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Pesquisa Aplicada Quantitativa e exploratória, realizada por meio da aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas. Amostra: 20 Empresas da Região Metropolitana de Campinas e cruzamento de dados com séries históricas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas empresas. METODOLOGIA Gráfico 1: Práticas comuns de empresas que sobrevivem X empresas encerradas IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.com.br/home/estatistica/economia/microempresa/default.shtm >. Acesso em: 02 de Outubro de 2016. GAMA, Heitor Cova; BEDÊ, Marco Aurélio; MOREIRA, Rafael de Farias. Coleção Estudos e Pesquisas: Taxa de Sobrevivência das empresas no Brasil: Brasília: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, 2013. GONÇALVES, Pedro João; AGUIAR, Letícia; FERREIRA, Carolina Fabris. Causa Mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gráfico 3: Causas Mortis 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% não levantaram a qualificação necessária de Mão de obra não identificaram o público alvo do negócio não sabiam o investimento necessário para o negócio não conheciam os aspectos legais do negócio não tinham informação de fornecedores não sabiam a melhor localização não sabiam o número de concorrentes que teriam não identificaram necessidades atendidas pelo mercado não sabiam o capital de giro necessário para abrir o negócio não calcularam o nível de vendas necessário para cobrir custos e gerar vendas não sabiam o n.º de clientes que teriam e os hábitos de consumo desses clientes não determinaram o valor do lucro pretendido não planejaram o funcionamento da empresa em sua ausência não elaboraram um plano de negócios não procuraram ajuda de pessoas/instituições p/ abertura do negócio CAUSAS MORTIS Para Aguiar et. al. (2014), há três grandes temas ligados à capacidade de sobrevivência de um negócio: Planejamento prévio, Gestão empresarial e Perfil do empreendedor. Contudo, o principal deles, é o planejamento. O Gráfico 2 mostra a falta de 50% 35% 5% 10% Empresas que Realizam Planejamento do Negócio Nunca Uma vez por ano Duas vezes por ano De 3 a 4 vezes por ano Gráfico 2: Planejamento prévio No Gráfico 3, detalhou-se os principais motivos relacionados com a gestão empresarial. Nesta etapa, foi identificado que as ferramentas administrativas são pouco conhecidas e praticadas pelos dirigentes das empresas pesquisadas. E no tocante ao perfil do administrador, quanto maior o nível de formação escolar e experiência no ramo de atividade da empresa, maior a possibilidade da empresa permanecer no mercado.

Apresentação do PowerPoint - Portal PUC-Campinas · No Brasil nos últimos anos houve um considerável crescimento de empreendedorismo, a criação de uma classe tributária diferenciada

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Page 1: Apresentação do PowerPoint - Portal PUC-Campinas · No Brasil nos últimos anos houve um considerável crescimento de empreendedorismo, a criação de uma classe tributária diferenciada

No Brasil nos últimos anos houve um considerável crescimento deempreendedorismo, a criação de uma classe tributária diferenciada e ampliação dasatividades comerciais abrangidas pelo Simples Nacional. Estes fatores resultaram emum aumento na regularização de micro e pequenas empresas, as quais atuam emvários setores da economia brasileira (comércio, serviços, indústria). Contudo, mesmocom diversos incentivos, as micro e pequenas empresas brasileiras possuem um altoíndice de mortalidade e, em sua maioria, não chegam ao seu segundo aniversário.Tendo em vista a grande importância das micro e pequenas empresas à economia doestado e também do país, desenvolveu-se neste trabalho uma pesquisa que buscouidentificar os principais fatores que influenciam na mortalidade destas empresas.

INTRODUÇÃO

O presente estudo objetivou identificar e analisar os motivos/fatores queprovocam a mortalidade precoce das micro e pequenas empresas.

OBJETIVO

Na maioria das empresas estudadas, constatou-se que seus dirigentes não dão a devidaimportância para a função da boa administração e seu exercício no negócio que dirigem.Isto se dá tanto em questões relacionadas ao perfil do empreendedor, ao ambiente externoou à construção do próprio negócio. De acordo com Gama et. al. (2013), empresas commaior taxa de sobrevivência geralmente adotam comportamentos específicos e praticam asfunções básicas da administração a fim de acompanhar o desempenho do negócio,diferentemente daquelas que não conseguem sobreviver, podemos verificar no Gráfico 1.

RESULTADOS E DISCUSSÕESFoi reconhecido um fator limitante que é o tamanho da amostra. Pois a Região Sudeste é amais populosa do Brasil, consequentemente tem o maior número de micro e pequenasempresas. Segundo IBGE (2016), esta região apresenta 1.134.052 micro e pequenasempresas, as quais empregam 4.066.775 pessoas, o equivalente a uma movimentaçãomensal de R$ 16.707.569 de salários, retiradas e outras remunerações, bem como umareceita operacional líquida de R$ 92.512.654. É necessário, portanto, cautela ao generalizaros resultados obtidos por meio de uma amostra de 20 empresas. Contudo, por estemotivo, foi utilizada também séries de dados apresentadas pelo Serviço Brasileiro de Apoioàs Micro e Pequenas empresas, o qual acompanha as principais problemáticas dessasorganizações e promove estudos específicos quanto à questão da mortalidade e suasrespectivas causas.Na pesquisa de campo realizada com empresas da RMC, foram constatadas inúmerasquestões problemáticas no tocante à administração, ao desempenho do negócio e perfil doempreendedor. O contexto dessas questões apresenta a mesma direção apontada peloSEBRAE como fatores de mortalidade.Contudo, é válido frisar que este estudo procurou discutir a importância da administraçãodentro de uma micro ou pequena empresa. A administração é uma ciência que estuda omeio organizacional e oferece inúmeras ferramentas para o bom desempenho dasatividades do negócio, assegurando desde o planejamento, a organização da estrutura donegócio, a direção das atividades e os controles que contribuem para inúmeras análises deuma instituição. Por meio destas análises, as empresas podem continuamente rever seuposicionamento, criar novos diferenciais, desenvolver novas competências, agregarvantagem competitiva, ganhar mercado e traçar seu rumo à sobrevivência e ao sucesso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

MORTALIDADE DE MICRO E PEQUENAS EMPRESASAutora: Solândia Félix Rodrigues

Contato: [email protected]

Orientadora: Maria Fernanda Rios CavalcantiContato: [email protected]

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃOCURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Pesquisa Aplicada Quantitativa e exploratória, realizada por meio da aplicaçãode questionários com perguntas abertas e fechadas.

Amostra: 20 Empresas da Região Metropolitana de Campinas e cruzamento dedados com séries históricas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenasempresas.

METODOLOGIA

Gráfico 1: Práticas comuns de empresas que sobrevivem X empresas encerradas IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.com.br/home/estatistica/economia/microempresa/default.shtm>. Acesso em: 02 de Outubro de 2016.GAMA, Heitor Cova; BEDÊ, Marco Aurélio; MOREIRA, Rafael de Farias. Coleção Estudos e Pesquisas: Taxa de Sobrevivência das empresas no Brasil: Brasília: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, 2013.GONÇALVES, Pedro João; AGUIAR, Letícia; FERREIRA, Carolina Fabris. Causa Mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gráfico 3: Causas Mortis

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

não levantaram a qualificação necessária de Mão de obra

não identificaram o público alvo do negócio

não sabiam o investimento necessário para o negócio

não conheciam os aspectos legais do negócio

não tinham informação de fornecedores

não sabiam a melhor localização

não sabiam o número de concorrentes que teriam

não identificaram necessidades atendidas pelo mercado

não sabiam o capital de giro necessário para abrir o negócio

não calcularam o nível de vendas necessário para cobrir custos e gerar vendas

não sabiam o n.º de clientes que teriam e os hábitos de consumo desses clientes

não determinaram o valor do lucro pretendido

não planejaram o funcionamento da empresa em sua ausência

não elaboraram um plano de negócios

não procuraram ajuda de pessoas/instituições p/ abertura do negócio

CAUSAS MORTIS

Para Aguiar et. al. (2014), há três grandes temas ligados à capacidade de sobrevivênciade um negócio: Planejamento prévio, Gestão empresarial e Perfil do empreendedor.Contudo, o principal deles, é o planejamento. O Gráfico 2 mostra a falta de

50%

35%

5%10%

Empresas que Realizam Planejamento do Negócio

Nunca

Uma vezpor ano

Duasvezes porano

De 3 a 4vezes porano

Gráfico 2: Planejamento prévio

No Gráfico 3, detalhou-se os principais motivos relacionados com a gestãoempresarial. Nesta etapa, foi identificado que as ferramentas administrativas são poucoconhecidas e praticadas pelos dirigentes das empresas pesquisadas. E no tocante aoperfil do administrador, quanto maior o nível de formação escolar e experiência noramo de atividade da empresa, maior a possibilidade da empresa permanecer nomercado.