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Apresentação sobre o elemento químico estanho, com imagens e alguns processos utilizados.
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Estanho Aplicações
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ DIREÇÃO GERAL – CAMPUS BELÉM
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALURGIA
Curso: Engenharia de Materiais
Disciplina: Tecnologia dos Metais Não Ferrosos
Professor: Oscar Choque
Aluno: Fabricio Vinicius A. de Souza
Turma: C3027TL
Data: 21/08/2014
Introdução
• O estanho (do latim stannum) é um elemento químico cujo símbolo é Sn, classificado na categoria dos metálicos não-ferrosos, considerado relativamente escasso, e que ocorre raramente na forma pura (estanho nativo)
• Estima-se que, na relação de proporcionalidade em peso com os outros elementos químicos formadores da crosta da Terra, represente apenas 0,0001%, qual seja, uma tonelada, em média, de rochas contém 1 grama do elemento estanho.
• É maleável, prateado e sólido nas condições ambientes. É usado para produzir diversas ligas metálicas utilizadas para recobrir outros metais protegendo-os da corrosão
• É encontrado como óxido de estanho (IV) nos minérios como a cassiterita (SnO2) e é extraído por redução com carbono
Introdução
• O elemento natural tem 21 isótopos (o maior número encontrado para um só elemento). São conhecidos cinco isótopos radioativos
• O metal é usado em camadas de proteção em chapas de aço e constitui importante elemento de ligas, por exemplo: bronze fosforado (liga à base de cobre e estanho contendo até 1% de fósforo), liga metálica para armas de fogo, solda, metal de Babbitt e latas que são ligas geralmente com 63% de estanho, para embalagens de alimentos
• Quimicamente é reativo. Combina diretamente com cloro e oxigênio e desloca o hidrogênio de ácidos diluídos. Também se dissolve em álcalis para formar estanhatos
• Há duas séries de compostos de estanho, respectivamente nos estados de oxidação +2 e +4
Cassiterita (SnO2) redução por Carbono SnO2 + 2C -> 2CO + Sn
Aplicações
Usos industriais do Estanho (Sn) (DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral)
• As aplicações industriais do estanho abrangem o revestimento de placas metálicas (estanhagem) atribuindo aos produtos finais propriedades antioxidantes e a formação de ligas com outros metais, para diversos usos, principalmente a fabricação de soldas.
Estanhagem
Pode ser realizada pelos seguintes processos:
• Imersão à quente – consiste no mergulho de objetos metálicos, convenientemente preparados (laminados ou trabalhados), em um ‘banho de estanho’. Cabe destacar que, até a década de ‘40, a maior parte da produção de laminados de estanho era obtida através desse processo, que consumia cerca de 1,6% de estanho metálico, em peso;
Estanhagem
Pode ser realizada pelos seguintes processos:
• Deposição eletrolítica – envolve a eletro-deposição do metal em uma solução aquosa de seus sais. É o processo tecnológico mais moderno, que permitiu uma redução significativa no consumo específico de estanho. Geralmente é utilizado na fabricação de folha-de-flandres e de circuitos impressos para indústria eletrônica, como também no revestimento de ferramentas e utensílios domésticos, com fins anticorrosivos.
Estanhagem
• Neste contexto, os principais usos industriais do estanho são a fabricação de folha-de-flandres e de ligas metálicas
Folha-de-Flandres (tinplate)
• Principal campo de aplicação do estanho • Resulta do revestimento do aço laminado por uma fina película de estanho,
tendo o produto acabado uma espessura da ordem de ¼ de milímetro (0,0025 mm) de estanho puro high grade. O revestimento dá-se por imersão da chapa de aço em estanho fundido ou por eletrodeposição (90%) de Sn, conferindo ao produto propriedades anticorrosivas, maior afinidade à soldagem e boa aparência
• Estima-se que cerca 90% das folhas-de-flandres sejam destinadas às
indústrias de embalagens (latas de cerveja, refrigerantes, óleos comestíveis e tintas), sendo utilizados de 4 a 4,5 kg de Sn/t de folha-de-flandres, respondendo por 30-40% do consumo setorial de estanho
Folha-de-Flandres (tinplate)
• Compete registrar que, o elevado preço do estanho historicamente praticado no mercado internacional estimulou a substituição da folha-de-flandres na indústria de embalagens por materiais alternativos mais baratos, como o alumínio, vidro, plástico e papelão, favorecidos, também, pela evolução tecnológica dos produtos
• Esse fato, aliado à redução do consumo específico, implicou na retração da demanda mundial de estanho, o que foi minimizado, posteriormente, pelo aumento da produção de folhas-de-flandres para outros usos
Fonte: Catálago de laminados a frio e laminados a quente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
Folha-de-flandres Folha laminada de aço-carbono revestida em ambas as faces com estanho pelo processo de eletrodeposição.
Ligas de Estanho
• Soldas – Propriedades como o baixo ponto de fusão e a afinidade em formar ligas com outros metais, dão ao estanho grande aplicabilidade na fabricação das soldas, que são compostos geralmente binários de estanho e outro metal, predominantemente o chumbo, podendo ter outros elementos traços associados, com larga aplicação nas indústrias eletroeletrônica e automobilística.
• As soldas são a segunda maior aplicação do estanho, respondendo por cerca de 28% do consumo aparente brasileiro (DNPM, 1994). Contudo, a miniaturização e as inovações técnicas de soldagens automatizadas na indústria eletroeletrônica tem diminuído o consumo de Sn nesse campo de aplicação.
Ligas de Estanho
• Babbit ou white metal – A invenção de Isac Babbit (1839) destaca-se como inovação importante da indústria do estanho. Consiste em uma ‘liga branca’ utilizada na fabricação de soldas, mancais, ligas fusíveis, peças ornamentais etc. Posteriormente, surgiram o estanho eletrolítico e os compostos organoestanosos, que se tornaram insumos imprescindíveis para a indústria metalúrgica.
Ligas de Estanho
• Bronze são ligas de Cu-Sn, que guardam uma proporção da ordem de 9:1. Caracterizam-se por apresentarem boa resistência química e mecânica, sendo largamente empregados na construção de navios e indústria química.
Não obstante a liga Cu-Sn ser conhecida há vários séculos, ainda lhe é reservado um lugar de relativo destaque no consumo estanífero aparente mundial. No Brasil, esse segmento responde por cerca de 6% do total de Sn demandado.
Ligas de Estanho
• Ligas de Pewter são ligas compostas basicamente de estanho, antimônio e cobre, que têm sido tradicionalmente usadas desde o Império Romano, na confecção de artigos de usos doméstico e eclesiástico jarras, taças, castiçais etc.
A propósito, parte dos itens são produzidos de chapas laminadas, que sofrem processos de estiramento, alisamento, repuxamento e usinamento. As estatísticas do DNPM (1994), indicam que este segmento responde por cerca de 7% do consumo.
Produtos Químicos
• A indústria química aplica o estanho em compostos inorgânicos, orgânicos e triorganoestânicos, para a produção de tintas, plásticos e fungicidas, destacando-se a vantagem de ser degradável, portanto não contaminar o meio ambiente.
O consumo do metal na indústria química vem se expandido progressivamente, estimando-se que já represente cerca de 15% da demanda mundial.
Fontes
• DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral
Balanço Mineral Brasileiro 2001 - Antônio Fernando da Silva
Rodrigues (M.Sc.)
Obrigado!