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189 As aves da Caatinga - uma análise histórica do conhecimento As aves da Caatinga - uma análise histórica do conhecimento José Fernando Pacheco Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos José Fernando Pacheco Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos cap13.pmd 9/12/2003, 14:28 189

As aves da Caatinga · distribuição das aves na Caatinga. A experiência acumulada do autor sobre a avifauna da Caatinga, resultante da participação em diversas expedições científicas

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As aves da Caatinga -uma análise histórica

do conhecimento

As aves da Caatinga -uma análise histórica

do conhecimento José Fernando PachecoComitê Brasileiro de Registros Ornitológicos

José Fernando PachecoComitê Brasileiro de Registros Ornitológicos

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INTRODUÇÃO

“Examinando-se as cartasgeográficas do Brasil em queestejam assinaladas os roteirosdos principais naturalistas ecolecionadores de materialzoológico, verifica-se,desde logo, que o Nordeste foisistematicamente evitado....”

Manuscrito de Rodolpho von Ihering(1883-1939)

Existem diversas maneiras de avaliara avifauna de um bioma. As maiselementares podem procurar estabelecer oconjunto principal das espécies ocorrentes,as espécies endêmicas, as quase endêmicase as mais características, a distribuição geraldas espécies pelo bioma e a associaçãodestas com os principais hábitats existentes.Em etapas posteriores se pode buscar umrefinamento dessa avaliação, integrar dadosde outras áreas do conhecimento relativasao bioma ou às espécies componentes epor fim analisar aspectos biogeográficosdessa avifauna.

O mais elementar dos estudos deuma avifauna é aquele que busca determinarquais são as espécies que a constituem.Uma relação sumária e descritiva das aves

que ocorrem num bioma, numa província,enfim em qualquer região delimitada poralgum parâmetro geográfico, ecológico oupolítico. A partir desse conjunto inicial,outros aspectos acessórios, mas não menosinteressantes a uma análise biogeográfica,podem ser acrescentados. O regime depermanência das espécies componentes deuma avifauna (p.ex.: residentes o ano inteiro,visitantes sazonais ou ocasionais) exige aavaliação de dados levantados minima-mente por cerca de um ano.

O que aparentemente pode serinterpretado como elementar, primário oubásico pode encerrar complexidades nãoaparentes. Dificuldades de identificação,falhas, polêmicas e dissensões na inter-pretação dos dados primários podementremear o processo do conhecimentodessas informações. Bolsistas de iniciaçãocientífica, estudantes em geral daornitologia, podem, hoje, com orientaçãoadequada, acessar uma grande quantidadede fontes de informação (melhordepuradas) que permite traçar um quadrobastante abrangente da avifauna queocorre em várias regiões do Brasil. Essarelativa facilidade atual contrasta com asdificuldades de acesso à informação e aescassez de obras sintéticas do passado.

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Naturalmente, quanto mais recuar aopassado maior será esse contraste.

É verdadeiro que as análises decomposição da avifauna procedidasrecentemente esbarram na dificuldade decomparar seus resultados com acomposição original, entendendo estacomo aquela existente antes dos principaisprocessos de degradação ambiental. Nãoexistem trabalhos faunísticos repre-sentativos para muitas localidadesbrasileiras que tenham sido executados hámais de 100 anos. Quando existem, essesdados podem ser dificilmente comparáveisdevido à incompatibilidade dos métodosempregados.

Essas dificuldades aliadas aoprocesso dificultoso de resgate ereinterpretação das informações históricasimpediram algumas comparaçõesdesejáveis entre a composição do presentee do passado, embora em alguns casosessas fossem viáveis em certa medida.

No Brasil, a distribuição geográficadas aves começou a ser estabelecida como acúmulo de informações advindas dosinúmeros trabalhos faunísticos pioneiros.Os primeiros catálogos de distribuição dasaves brasileiras foram produzidos porBurmeister (1855-56), Pelzeln (1868-71),Goeldi (1894-1900), Ihering & Ihering(1907) e Snethlage (1914). O maisimportante autor da matéria na primeirametade do século XX, responsável pelodelineamento essencial da distribuição e dataxonomia das aves na região neotropical,foi incontestavelmente C. E. Hellmayr,através especialmente do seu monumentalCatalogue of Birds of the Americas,publicado em 15 volumes entre 1918-1949(Haffer 1974: 29). Foram marcosimportantíssimos da ornitologia brasileiraneste aspecto, os Catálogos de Aves doBrasil de Olivério Pinto (1938, 1944), utéisaté hoje. Utilizando-se de dadosprecipuamente levantados até a década de1950, destaca-se, como obra referencialsintética, a lista de espécies da América doSul, com ênfase na distribuição, de Meyerde Schauensee (1966).

Em compasso com a própria históriade ocupação e colonização, não ésurpreendente que a avifauna da MataAtlântica tenha sido a primeira a serexplorada no Brasil. Com a abertura dosportos às nações amigas, em janeiro de1808, diversas expedições de viajantes-naturalistas estrangeiros iniciaram suasinvestigações científicas, realizadas numprimeiro esforço justamente pelas regiõeslitorâneas (Pinto 1979). O Rio de Janeiro eSão Paulo foram, por toda a fase pioneira,os Estados mais trabalhados. Os estadosda Bahia e do Rio de Janeiro, mesmo antesdesse ciclo de expedições, contribuíramcomo principais centros exportadores dematerial de história natural da América doSul (Berlioz 1959).

O século XIX fora encerrado semdeixar bem delineado o que seria “umaavifauna própria da Caatinga”. A maiorparte do conhecimento das avesnordestinas estava concentrada na MataAtlântica, sobretudo nas numerosíssimasmenções “em aberto” (sem menção delocalidade específica) para a Bahia ou nosnotáveis resultados do Príncipe Maximilianode Wied-Neuwied para este mesmo Estado.Uma combinação de certos registrosresgatados do período do Brasil-Holandês,daqueles reunidos pelo naturalista britânicoWilliam Forbes (1881) e de materialtaxidermizado de origem comercialproveniente de Pernambuco e Ceará,divulgados especialmente no Catalogue ofbirds of British Museum (27 volumes,1874-1898), completava quase tudo o quese podia reunir da composição da avifaunanordestina.

Até a estruturação significativa dascoleções ornitológicas dos principaismuseus brasileiros no início do século XX,a grande maioria dos dados sobre aavifauna brasileira esteve dependente daatividade de naturalistas estrangeiros. Estascoleções aqui sediadas no Museu Nacionaldo Rio de Janeiro (MNRJ) e Museu Paulista(MZUSP) promoveram, através das muitasexpedições a diversos pontos do país,incluindo-se as primeiras investigaçõescientíficas brasileiras ao interior árido

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nordestino, um gradativo e melhorconhecimento da distribuição das avesbrasi leiras. Entretanto, apenas ascoleções seriadas do Museu Paulista, hojeMuseu de Zoologia da Universidade deSão Paulo (MZUSP), serviram efetiva-mente ao propósito de um melhorconhecimento da distribuição, devido àdivulgação, em seu tempo, das loca-lidades de coleta, através das obras e dosnumerosos artigos de Olivério Pinto(apud Pinto 1945, Nomura 1984).

Pretende-se neste estudo demons-trar que o desenvolvimento do conhe-cimento ‘elementar’ da avifauna daCaatinga tardou quando comparado aoutros biomas brasileiros, mas foicomplexo e repleto de personagens; queesteve muitas vezes à margem dos avançosexperimentados pela ornitologia brasileira,mesmo que de forma recorrente tenhadespertado o interesse de naturalistas e

colecionadores; mas, sobretudo, contribuirno reconhecimento das relevâncias eimportância relativa das várias iniciativas deestudo naturalístico no processo secular deinventário qualitativo da avifauna daCaatinga: dos primórdios da colonizaçãoao final da década de 1950.

É planejado aqui, em suma,aprofundar questões históricas deinteresse da ornitologia do bioma daCaatinga, em especial a discussão dostópicos que interferem no processocompilatório dos registros de ocorrênciae no estabelecimento das distribuiçõesgeográficas. E como objetivo secundário,discutir os contextos associados àsdiversas iniciativas pioneiras de exploraçãoe reconhecimento da avifauna, de maneiraa permitir a criação de uma base sólidaque fundamente as futuras análisesregionais de caráter biogeográfico,faunístico e conservacionista.

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Tornar o simples complicado é fácil;difícil mesmo é tornar simples ocomplicado...

Charles Mingus (1922-1979)

Tratando-se de um ensaio quepretende abordar o processo cumulativodo conhecimento qualitativo da avifaunavinculada ao bioma Caatinga, o métodoprimordial utilizado foi a abrangentepesquisa bibliográfica e seu estudo crítico.

Para este estudo, o bioma Caatingafoi delimitado a partir das informaçõesencontradas nas obras de Andrade-Lima(1982), EMBRAPA (1993), IBGE (1993) eSampaio (1995). A Caatinga, dessamaneira, compreende uma área apro-ximada de 734.478km2, incluindo partesdos estados do Piauí, Ceará, Rio Grandedo Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Assim, essebioma é dominado por um dos poucostipos de vegetação cuja distribuição estátotalmente restrita ao Brasil (Ferri 1980).

Adicionalmente, as áreas detransição entre a Caatinga e o Cerrado(apud IBGE 1993), presentes na drenagemdo rio São Francisco, no norte de MinasGerais (Pirapora como limite meridional),noroeste da Bahia, sul do Piauí e leste doMaranhão foram igualmente consideradasno presente estudo; conquanto, a avifaunada Caatinga (mesmo a endêmica) seextende até essas porções.

De forma detalhada, a fim de reunirsubsídios acerca das numerosas iniciativaspioneiras de inventário e seus impactos noavanço do conhecimento, foram utilizadosos seguintes procedimentos de pesquisabibliográfica:

a) Foram recuperadas, nas obras doscronistas e missionários (e respectivasfontes de apoio), as informaçõesacerca da avifauna que poderiam serassociadas ao bioma Caatinga;

b) Foram relacionados e descritos osprincipais resultados ornitológicos dasexpedições à Caatinga empreendidaspelos naturalistas durante o grandeciclo das expedições científicas;

c) Foram levantados e reunidos osprincipais resultados das iniciativas depesquisa fundamentadas, sobretudo,em coleta de exemplares, efetuadas até1958, que sucederam o ‘grande ciclo’e complementaram o conhecimentoda avifauna;

d) Foi avaliado o papel dessas trêsdiferentes etapas de reconhecimentono estabelecimento de uma avifaunaendêmica ou característica do biomaCaatinga.

O ano de 1958 foi estabelecido comodata limite para apreciação das iniciativasapresentadas neste estudo, porque encerrao período principal da atividade coletora deespécimes da avifauna no bioma.

Foi conferida especial atenção àdescrição de novos táxons realizada a partirde material ornitológico coletado na áreade influência da Caatinga.

Uma compilação suplementar dosregistros disponíveis na literatura, de 1958até dezembro de 2000, para espéciescoletadas ou observadas em algum setorda Caatinga, foi procedida com o propósitode subsidiar eventuais e futuras com-parações com o período aqui investigado.Registros das poucas espécies associadasexclusivamente aos enclaves de ambientesde exceção (brejo nordestino, camporupestre, cerrado) não foram consideradasna produção da lista geral de aves daCaatinga, mas encontram-se citados nocorpo do trabalho com a devida ressalvaquando julgados relevantes.

Uma lista geral (Anexo 1) foi con-cebida de maneira a fornecer os primeirosregistros estaduais de cada espécie; isto é,os primeiros registros de aves nessesestados em ambiente sob o domínio da

MATERIAL E MÉTODOS

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Caatinga. A Bahia foi o único estado a sersubdivido em três regiões distintas. Estasubdivisão (nordeste, região centro-ocidental e sudeste da Bahia) correspondeaos padrões gerais verificáveis dedistribuição das aves na Caatinga. Aexperiência acumulada do autor sobre aavifauna da Caatinga, resultante daparticipação em diversas expediçõescientíficas realizadas ao interior doNordeste, teve utilidade em eventuais juízosde valor e/ou considerações marginaisacerca de dados presentes na bibliografia.

A AVIFAUNA DA CAATINGA ANTESDA ABERTURA DOS PORTOS

Até o advento da “abertura dosportos às nações amigas”, medidacoincidente com a chegada de D. João VIe a corte portuguesa ao Brasil, em 1808, oBrasil era por vezes referido como terraignota, tal o grau de desconhecimento doseu território. A abertura dos portos, e apermissão para que viajantes estrangeirosaqui aportassem, possibilitou que oconhecimento científico de nossas riquezasnaturais experimentasse um crescimentofabuloso naquele século. Até aquelaocasião, o conhecimento de nossanatureza se baseava primordialmente nolivro Historia Naturalis Brasiliae, de 1648(Marcgrave 1942), derivado da experiênciados holandeses no Nordeste, onde oastrônomo Georg Marcgrave (1610-1644)foi figura de relevo. Antes da abertura dosportos, o conhecimento sobre nossas aves,com exceção daquelas descritas porLinnaeus e seguidores com base nosrelatos de Marcgrave, era pequeno, difusoe proveniente de material levado à Europacomo “peça exótica” por navegantes. Tudoque se sabia a respeito da proveniênciadessas peles era “Brasil”, quando não era“América” ou “Novo Mundo”.

Até a década de 1820, a associaçãode um grupo de aves com o bioma daCaatinga era impensada, pois mal seconheciam as aves que ocorriam no Brasil,

e todo o conhecimento reunido, era umamera amostragem dos pássaros “maisnotáveis por sua plumagem, canto ehábitos”, no dizer dos cronistas. No máximoé possível conjecturar, através de um penosoresgate de informações, sobre a avifauna doNordeste dos primeiros séculos decolonização. Mesmo que o registro maisrecuado da palavra tupi “caatinga” sejadatado de 1584 (Cunha 1978, 1982), porter sido utilizado em uma das narrativas domissionário Fernão Cardim (a rigorpublicado 263 longos anos após), apenasna segunda metade do século XIX umaaproximação biogeográfica foi iniciada.

Isso não impediu que algumas avestípicas da Caatinga fossem descritas aindano século XVIII (Rhea americana, Cariamacristata, Nystalus maculatus e Icterusjamacaii) e que algumas associações entrecertas aves e os sertões nordestinos fossemfeitas pelos cronistas pioneiros. Tambémconcorreu para isso, uma invasãoprematura do litoral por certos elementos(quiçá privativos) da avifauna do interiormais seco, motivados pela maior estreitezada faixa litorânea de Mata Atlântica úmidano Nordeste e o desmatamentogeneralizado provocado pelo ciclo da cana-de-açúcar, iniciado ainda no século XVI(Sick & Teixeira 1979, Coimbra-Filho &Câmara 1996). Não pode ser esquecido,ainda, o intenso comércio de aves paracativeiro e alimentação realizado entre osertão e o litoral.

No século XVI e começo do XVII, asinformações sobre uma fauna privativa dointerior do Brasil sequer haviam sidoesboçadas. As regiões brasileiras melhorconhecidas, inclusive do ponto de vistafaunístico, compreendiam a ilha de SãoLuiz e imediações, as faixas litorâneas entrea Paraíba e o Recôncavo Baiano e entre abaía de Guanabara e o litoral de Santos(Pinto 1979, Paiva 1986, 1995, Nomura1996a, 1996b).

O relato da avifauna autóctone porvários cronistas e missionários queresidiram no litoral oriental do Nordeste ouapenas o visitaram durante os trêsprimeiros séculos da colonização (p.ex.,

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Anchieta, Gandavo, Souza, Cardim eBrandão) teve impacto quase nulo sobre azoologia formal (Pinto 1979). Retrato dissoé que dentre todas as obras desse longoperíodo, apenas Marcgrave, e, em muitomenor escala, seu colega Piso, tiveram suasobras consultadas por Linnaeus eseguidores para a descrição formal dasespécies animais e vegetais (veja Tabelas1, 2 e 3). Este último publicou,possivelmente, o primeiro tratado demedicina tropical (Piso 1948), se ocupandotambém de animais e plantas.

Os escritos quinhentistas ouseiscentistas do ciclo de “cronistas emissionários” que de alguma maneiratrataram da história natural do Nordestebrasileiro foram omitidos pelos naturalistaseuropeus, em verdade, porque não setornaram conhecidos em seu tempo ouporque não reuniam descrições capazes deserem aproveitadas. Melhor razãoapresenta Cascudo (1956) quando lembraque os naturalistas do conde de Nassauescreveram em latim, a língua culta daépoca, enquanto diversos dos cronistas dosprimeiros séculos o fizeram em português.Embora Mello-Leitão (1937) os defendarelatando que estes traziam “descrições deexatidão igual ou maior” aquelasencontradas em Marcgrave (Marcgrave1942), é preciso ceder aos argumentos dePinto (1979: 24) quando se manifesta sobreo pouco aproveitamento das contribuiçõeszoológicas de Gabriel Soares de Souza, quevia de regra correspondia ao quadroencontrado nos outros relatos similares deseu período. Os três argumentosenumerados por Pinto (1979) parademonstrar o quão inaproveitáveis eram asdescrições, que seriam em verdade “merasreferências, repletas de confusões e erros”foram: a) referência vaga ou incompletaque permite apenas uma aproximação, b)referência impregnada de imprecisões quepermite uma identificação problemática ec) é de todo impraticável qualquer tentativade identificação.

Paiva (1986) destacou “que não haviamuita distância entre os níveis deconhecimentos biológicos dos grandes

naturalistas do Renascimento e o doshomens cultos seus contemporâneos”.Considerando este contexto temporal, noqual esses cronistas pioneiros viveram, é fácilentender como suas observações podemparecer aos olhos do cientista moderno,pouco precisas, infantis, fantasiosas, cheiasde credulidade e impregnadas de erroselementares. Não se poderia esperar muitode homens sem uma formação denaturalista, que mesmo na Europa veio adesenvolver-se, em suas várias disciplinas,apenas no século XVII. Eram todos,rigorosamente, apenas observadoresesforçados, uns mais talentosos em seusdepoimentos que outros. Com efeito, aprópria disciplina zoológica dava seusprimeiros passos na Europa no século XVI,com Conrad Gesner, Pierre Belon e UlissesAldrovandi, esse último, “fundador” dotermo ornitologia (Stresemann 1975).

Essas fontes, em suma, sãorelevantes na medida em que, mantidas aslimitações e na ausência de registros demaior exatidão, fornecem indícios ouevidências de ocorrências pretéritas deanimais e plantas em nosso país. Logo,tornam-se mais importantes no Nordeste,considerando que essa é a região brasileiraque, secularmente, mais sofreu em termosde descaracterização ambiental (Coimbra-Filho & Câmara 1996).

PIONEIROSAs poucas citações sobre a avifauna

do célebre catequista Padre Joseph deAnchieta inseridas em sua Carta (cf. Leite1954-1960), preciosa sobre outrosaspectos, foram tidas por Pinto (1979),como essencialmente “perfunctórias”.Garcia (1922: 863) já afirmara que suaEpístola “carece de requisitos essenciaispara ser arrolada entre depoimentoscientíficos”. Em sua maioria, tais citaçõesparecem estar associadas com o litoral daantiga Capitania de São Vicente (= SãoPaulo), de onde a escreveu e datou (31 demaio de 1560), contudo, a menção decertos animais, como o peixe-boi marinho,atesta sua experiência anterior no litoral do

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Espírito Santo e Bahia. Curiosamente,menciona o “avestruz americano”, queseria a nossa ema, Rhea americana,própria dos campos do interior (portanto,Cerrado e Caatinga). É oportuno lembrarque naquela época os indígenas do litoraljá usavam penas de ema, segundo contara,em 1578, Jean de Léry (Léry 1941).Possivelmente as conseguiam por trocacom as tribos vizinhas do interior ou emincursões ao sertão. Portanto, isto nãoserviria como evidência de que as emasocorreriam no litoral percorrido porAnchieta ou mesmo que o Padre tenhapercorrido o sertão. Pinto (1979) lamentouque Anchieta tenha concedido às aves umlugar muito secundário dentre seusexemplos de citação da fauna (apenas dezmenções no total), assinalando que,algumas vezes, ele participara dacredulidade de seus contemporâneos, aoacreditar que os beija-flores “alimentam-se só de orvalho”.

O cronista português Pero deMagalhães Gandavo, autor do que seria aprimeira História do Brasil, publicada emLisboa em 1576, concedeu bastanteespaço aos assuntos de História Natural,mas foi breve com relação às aves (Pinto1979: 23). Apenas cerca de 15 “castas” deaves foram mencionadas em suas duasobras, sobretudo geográficas (Gandavo1980). Segundo consta, ele teriapercorrido, por não mais de cinco anos olitoral das capitanias de Itamaracá, Bahia,Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo, Riode Janeiro e São Vicente e, pelo menosnuma das suas descrições, mencionapapagaios de nome anapuru que “criam-se muito longe pelo sertão adentro”.Poderia estar se referindo apenas aospapagaios Amazona aestiva, por queafirmou que se tornariam mansos,domésticos e “se acomodariam àconversação da gente”. Mas há con-trovérsias sobre a identidade dospsitacídeos assim denominados, inclusiveuma, que defende ser o anapuru umaespécie extinta precocemente da MataAtlântica pela invasão européia (Dean1996: 67). Mencionam também as

“hemas”, que seriam aves de pernasgrandes, que pastariam ervas, senão emcampinas desimpedidas de matos earvoredos, e cujas penas seriamaproveitadas nos chapéus e gorros dosmilitares (já em 1570!). Gandavo, pareceser o primeiro a usar ema em lugar deavestruz ou nhandu (tupi) (Pinto 1979).

O autor da enciclopédica obraNotícia do Brasil ou Tratado Descriptivodo Brazil em 1587, o fazendeiro português,mais tarde Capitão-Mor e Governador,Gabriel Soares de Souza, radicado naBahia, foi o mais abrangente dos escritoresdo século XVI que se ocuparam com adescrição da natureza brasileira. Oferecidapelo autor ao rei Filipe II da Espanha, em1587, foi publicada de forma completa,porém sem autoria, em Lisboa, apenas em1825. A autoria de Souza foi estabelecidasomente em 1851 pelo famoso historiadorFrancisco Adolfo de Varnhagen e a partirdaí outras edições vieram a lume (p. ex.:Souza 1971). Diferentemente dos demaisautores de sua época, ele não se ocupouapenas dos animais de interesse imediatoaos índios e colonos, ou daqueles grandese notáveis, mas, também, das imundícias,assim consideradas as espécies de menorimportância, como insetos e anfíbios (Paiva1986, 1995). Proprietário de terras e senhorde engenhos durante dezessete anos noRecôncavo Baiano (chegara em 1567), eleinseriu em sua obra doze capítulosdedicados ao mundo alado, começandopor um intitulado “Sumário das aves quese criam na terra da Bahia de Todos osSantos”, quase todos acompanhados dosrespectivos nomes tupis. Para oornitologista, frisa Pinto (1979),“infelizmente, há bem pouca coisaaproveitável nessa contribuição”,parecendo que Souza, “melhor geógrafo ebotânico do que zoologista (...) se valeraapenas da lembrança”, cometendoflagrantes erros e confusões. Nesse sentido,é verificável que apenas cerca de 20% dasoitenta aves por ele mencionadas elaconicamente descritas puderam seridentificadas ao nível de espécie, muitas –quando possível – por analogia com os

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nomes vulgares fornecidos. Em suamaioria, fizeram parte deste grupo deidentificáveis, as aves de ampladistribuição ou privativas do litoralflorestado do Recôncavo Baiano. Deinteresse para a presente compilação doconhecimento sobre as aves da Caatinga,apenas a menção – mais uma vez – dasemas ou nhandus (Rhea americana),acompanhada da observação de que “osíndios aproveitavam suas penas para fazerrodas de penachos, usadas durante suasfestas”.

Neiva (1929) considerou o livro deSouza como “o marco inicial da zoologia ebotânica no Brasil”, por julgá-lo certamentea mais copiosa das resenhas de HistóriaNatural do século XVI.

Entretanto, o Padre Leornardo doValle preparara “a maior soma de nomesde animais e de produtos animais, antesdo magistral Gabriel Soares de Souza”,relacionando 351 nomes de vários gruposzoológicos, acompanhados de algumascaracterísticas que permitem identificar asespécies envolvidas (Papavero & Teixeira1999). Em termos numéricos, Souzasupera o Padre Leornardo do Valle empoucas espécies. A identificação dasespécies presentes no manuscrito datadode 1585 (do qual existem três cópias,incluindo uma na Biblioteca Nacional doRio de Janeiro) [ainda] será realizada emum prometido “Dicionário Histórico dosAnimais do Brasil” (Papavero & Teixeira1999).

O Padre Fernão Cardim, daCompanhia de Jesus, autor, dentre outrasobras, dos Tratados da Terra e Gente doBrasil, chegou à Bahia em 1584, residindoe percorrendo as mesmas capitanias queGandavo (Pinto 1979, Cardim 1980).O Tratado fora anonimamente publicadoem inglês por um famoso colecionadorlondrino em 1625, porque havia sidopilhado, em 1598, pelo pirata inglês FrancisCook. Pinto (1979: 15) ressalta elogiosa-mente que:

“as aves referidas por Cardim são emnúmero mais restrito do que as de GabrielSoares; em compensação, as descrições,

apesar dos defeitos e incorreçõesinevitáveis, mostraram-se ordinariamentemuito mais completas e pormenorizadas,a ponto de nos permitirem determinar-lhesgeralmente o sentido, ainda quando sehaja omitido o nome daquilo a que seaplicam.”

Ao todo, são descritas ou men-cionadas cerca de 35 espécies. O fato deque Cardim fora reitor do Colégio da Bahia,pelo menos de 1590 a 1595, sugere comoproveniente dessa capitania em particular– ou do Nordeste em geral – a maior partede suas observações naturalísticas (Pinto1979). Menções merecedoras de crédito aomacuco, araponga, mutum e quereiuá,Cotinga maculata, atestam um contatoestreito com a avifauna primeva da MataAtlântica baiana. São dignos de menção, apresença inquietante do guigrajuba(Guaruba guarouba) e a do anapuru,dentre o rol de aves tratadas por Cardim.Do primeiro, ele informa que “muitoestimados, por se trazerem de duzentas outrezentas léguas”, e do segundo “papagaio,formoso de cores variadas – vermelho,verde, amarelo, preto, azul, pardo, cor derosmaninho”. Sobre este último, veja osbreves comentários, cinco parágrafos atrás,onde está registrada a menção de Gandavoao intrigante (e mesmo?) anapuru.

Cardim é outro escritor a mencionara ema, com o nome de nhandugoaçu,destacando sua abundância e dando umaboa indicação de procedência para umlegítimo representante da Caatinga: “masnão andão senão pelo sertão dentro”.

Contudo, em se tratando de raridadeda Caatinga a mais instigante das avesdescritas por Cardim é a araruna,etimologicamente arara-preta:

“he todo preto espargido de verde, que lhedá muita graça, e quando lhe dá o sol ficatão resplandescente que he para folgar dever; os pés tem amarellos, e o bico e osolhos vermelhos; são de grande estima,por sua formosura, por serem raros, pornão criarem senão muito dentro pelosertão e de suas penas fazem seusdiademas, e esmaltes”

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Não se pode negar a grandepossibilidade de Cardim estar descrevendo(com alguns defeitos inevitáveis de quefalou Pinto) a arara-azul-de-lear, Ano-dorhynchus leari, uma das poucasespécies endêmicas da Caatinga. Esta seriaa mais antiga e desavisada das menções aessa arara. Cardim tem a seu favor aproximidade entre o médio curso do rioVaza Barris, Bahia, pátria verificada destasararas (Sick et al. 1987), e a cidade deSalvador, centro de suas observações. Aúnica outra possibilidade de associação(porém improvável) seria com a arara-azul-grande, Anodorhynchus hyacinthinus, queocorre bem mais distante de Salvador (nocerrado do oeste da Bahia) e que,diferentemente de A. leari, não possui aplumagem azul-esverdeada ou “espargidade verde”.

De interesse da ornitologia doNordeste são as notas naturalísticascontidas no Diálogo das Grandezas doBrasil, de um certo Ambrósio FernandesBrandão, dito português (Pinto 1979).Radicado desde sua chegada ao Brasil, em1583, na zona da mata de Pernambuco eParaíba, é deste último estado que escreve,em 1618, os seis “capítulos” que compõemos Diálogos (Paiva 1986, 1995). Entre1848, quando pela primeira vez foipublicada, até 1930, a obra havia sidoimpressa apenas em periódicos e, algumasvezes, de forma incompleta (Paiva 1986,1995). Depois disso registram-se quatroedições (p.ex., Brandão 1968). Dentre ascerca de 70 espécies mencionadas,especialmente as de maior porte e deinteresse para a caça, algumas poucas sãoda Caatinga, tais como, a ema, a seriemae as “hyendaya, que se criam no sertão”.No último caso, possivelmente emreferência a Aratinga jandaya.

Dos cinco cronistas alçados porPaiva (1986, 1995) à condição de maisimportantes pioneiros da zoologianordestina dos séculos XVI e XVII, afora osnaturalistas holandeses, três deixam de seraqui melhor tratados porque estãoassociados exclusivamente ao litoral do

Maranhão: Claude d’Abbeville, Yvesd’Evreaux e Frei Cristovão de Lisboa (Souzae Brandão, tratados anteriormente, foramos outros dois). Esses três missionários daordem dos capuchinhos, baseados na Ilhade São Luiz, a julgar por seus relatos e peloconjunto das aves mencionadas, nãochegaram a conhecer a Caatinga (Pinto1979, Oren 1990, Nomura 1996c).

Em se tratando de zoologia, a melhorcontribuição das três, a de Cristovão deLisboa, foi a única não publicada em seutempo, pois, depois de recuperada nos anos1930, após ficar por muito tempo perdida,veio a ser impressa pela primeira vez apenasem 1967, melhor dito 340 anos depois deescrita (Paiva 1986, 1995, Oren 1990). Afeitura desse códice de árvores e animais,entre 1624 e 1627, antecede em duasdécadas a publicação do célebre livro deMarcgrave, de 1648 (Marcgrave 1942), e seconstitui na primeira fonte brasileira deHistória Natural que se fez acompanhadapor desenhos. Esses três missionáriostiveram, mesmo que em São Luiz, aoportunidade de travar contato com umafauna “mais amazônica”, que presen-temente está confinada, dia após dia, cadavez mais ao oeste do Maranhão (Oren 1988).

A ORNITOLOGIA DO NORDESTENO PERÍODO HOLANDÊS

É fundamental, e inigualável em todoo período colonial, a contribuição dosnaturalistas que aqui trabalharam, durantea ocupação holandesa no Nordestebrasileiro, para o desenvolvimento dasciências naturais, Georg Marcgrave (1610-1644) e Wilhelm Pies (latinizado GuilhermePiso, 1611-1678). A convite do cultopríncipe Johann Moritz von Nassau-Siegen(Príncipe Maurício, Conde de Nassau),governador das possessões holandesas, oastrônomo Marcgrave e o médico Piso,foram os primeiros verdadeiros cientistasa entrar em contato direto com a naturezabrasileira.

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Marcgrave chegou ao Brasil emmarço de 1638 e regressou à Holanda, nacompanhia de Maurício de Nassau, em 23de maio de 1644. Nesse período, em trêsexpedições, palmilhou os atuais estados dePernambuco, Paraíba e Rio Grande doNorte, embora tenha permanecido maistempo na cidade de Mauritsstad, atualRecife (Gudger 1912 apud Teixeira 1992a).Contribuiu para o sucesso de Marcgrave,o declarado interesse de Nassau pelasciências, que antes mesmo de sua posse,ainda na Holanda, preparava as condiçõesnecessárias junto à Companhia das ÍndiasOcidentais, para a realização de “umaexpedição científica, destinada a exploraros domínios de além-mar” (Garcia 1922:863, Sick 1997). Esta produtiva associaçãoentre naturalistas e pintores, durante ostrinta anos de ocupação holandesa (1624-1654), foi inequívoca justamente no“período mauriciano” (1637-1644) (Teixeira1992a, 1995).

As fartas observações acumuladas,no campo da zoologia e da botânica, forammagistralmente reunidas na obra HistoriaRerum Naturalis Brasiliae, em oito livrosou partes, organizada por seu compatriotaJohannes de Laet e publicada emAmsterdã no ano de 1648. O sábio francêsCuvier haveria registrado (apud Sick 1997:48) que Marcgrave teria sido “o mais hábil,o mais exato de quantos tenham descritoa história natural dos países remotosdurante os séculos XVI e XVII”. Esta obrafoi por mais de 150 anos a “única fontefidedigna disponível sobre a faunabrasileira” (Teixeira 1992a).

Os animais foram descritos, segundoos nomes indígenas coligidos, acom-panhados de notas biológicas e infor-mações sobre a utilização dos mesmospelos nativos. A parte referente às aves(Livro V) é composta de 113 descrições e54 figuras (Marcgrave 1942). Algumasdessas descrições e ilustrações serviram debase, um século mais tarde, integral ouparcialmente, a vários batismos formais deLinnaeus (1758) e seus seguidores, com oadvento da nomenclatura binominal por elepróprio estabelecida.

Desde 1815, o acervo ornitológico(texto e iconografia) deixado por Marcgravee artistas da corte de Nassau foi examinadopor diversos especialistas (Lichtenstein1961, Schneider 1938, Pinto 1942). Faziamparte desse conjunto, além da obraimpressa, pinturas a óleo sobre papel, alémde poucos guaches, desenhos em nanquime crayons atribuídos a Albert Eckhout,Zacharias Wagener e ao próprio Marcgrave(Albertin 1985, Teixeira 1992a, 1995,Whitehead & Boeseman 1989). Foramexatamente as ilustrações presentes na obrade Marcgrave (ou elaboradas em paralelo àmesma) que fizeram o grande diferencialentre a sua obra e a grande maioria dasobras nos três primeiros séculos de colo-nização brasileira. Até hoje, como acontececom as evidências materiais preservadas(pele, fotografia, etc.) de qualquer registro,o acervo iconográfico legado pelos artistasholandeses torna possível a verificaçãoindependente da identidade.

Um estudo mais recente, melhorelaborado e mais abrangente, teve apossibilidade de comparar as várias fontesiconográficas relacionadas ao acervoornitológico, e foi capaz de retificar algumasfalhas históricas e revelar um certo númerode novidades ainda não devidamentedivulgadas (Teixeira 1992a). Analisandotodo o acervo, foi determinado que havia adescrição (ou indicação) de 174 aves,incluindo 25 indeterminadas, quatrodomésticas, três marinhas e oito exóticas(Teixeira 1992a: 111). Do conjunto de 134espécies autóctones (subtraídas asindeterminadas, marinhas, domésticas eexóticas) foram discriminadas (Teixeira1992a: 111-12) 66 espécies (44%) de“paisagens antrópicas”, 34 de “aquáticas”,13 de hábitos “florestais”, 11 “cujapresença parece ter sido registrada a partirde espécimes cativos” e, finalmente, quatro“escassas” espécies da Caatinga (Rheaamericana, Cariama cristata,Sericossypha loricata e Crypturellusnoctivagus zabele).

As indicações geográficas na obra deMarcgrave (1942) são bastante raras,contando-se apenas cinco casos dentre as

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113 descrições. No que concerne àCaatinga, interessa a menção de que a emaocorreria em grande número nos “camposde Sergipe e Rio Grande [do Norte], masnão em Pernambuco” (!), de que a‘curicaca’ (Theristicus caudatus) e o ‘aiaia’(Ajaia ajaja) seriam abundantes oufreqüentes junto ao rio São Francisco e queo ‘urubu’ (Cathartes burrovianus, sensuTeixeira 1992a) voaria em grandes bandosem Sergipe e no rio São Francisco. Nesseúltimo caso, reconhece Teixeira (1992a: 38)que estes autores podem não ter

distinguido entre si alguns dos diversosCathartidae da região.

Considerando a impossibilidade dedeterminar a origem precisa das espécies, seprovenientes da região da Mata ou daCaatinga, foi resolvido considerar todas asespécies ocorrentes na Caatinga na indicaçãode aproveitamento nomenclatural das fontesmarcgravianas (texto ou ilustração) pelosdescritores do século XVIII e XIX.

Diversas das fontes presentes naHistoria Naturalis de Marcgrave (1942)

Tabela 1 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritasprecipuamente a partir de Marcgrave ou Piso.

Struthio americanus Linnaeus, 1758 = Rhea americanaStruthio rhea Linnaeus, 1766 = Rhea americanaProcellaria brasiliana Gmelin, 1789 = Phalacrocorax brasilianusMycteria americana Linnaeus, 1758 = Mycteria americanaIbis nandapoa Vieillot, 1816 = Mycteria americanaCiconia mycteria Lichtenstein, 1819 = Jabiru mycteriaArdea maguari Ardea maguari Ardea maguari Ardea maguari Ardea maguari Gmelin, 1789 = Ciconia maguariAnas brasiliensis Gmelin, 1789 = Amazonetta brasiliensisAnas mareca Bonnaterre, 1790 = Amazonetta brasiliensisFFFFFalco uralco uralco uralco uralco urubitingaubitingaubitingaubitingaubitinga Gmelin, 1788 = Buteogallus urubitingaParra viridis Gmelin, 1789 = Porphyrula mar tinicaParra brasiliensis Gmelin, 1789 = Jacana jacanaParra nigra Gmelin, 1789 = Jacana jacanaPalamedea cristata Linnaeus, 1766 = Cariama cristataMicrodactylus marcgravii Geoffroy, 1809 = Cariama cristataPsittacus aracanga Gmelin, 1788 = Ara chloropteraCuculus cornutus Gmelin, 1788 = Piaya cayana pallescensCrotophaga ani Linnaeus, 1758 = Crotophaga aniCuculus guira Gmelin, 1788 = Guira guiraStrix brasiliana Gmelin, 1788 = Glaucidium brasilianumCaprimulgus torquatus Gmelin, 1789 = Hydropsalis torquataTrochilus thaumantias Linnaeus, 1766 = Polytmus guainumbi thaumantiasAlcedo maculata Gmelin, 1788 = Nystalus maculatusLanius pitangua Linnaeus, 1766 = Megarynchus pitanguaOriolus japacani Gmelin, 1788 = Donacobius atricapillusOriolus jamacaii Gmelin, 1788 = Icterus jamacaiiTanagra flava Gmelin, 1789 = Tangara cayana flavaTanagra loricata Lichtenstein, 1819 = Sericossypha loricata

Em negritonegritonegritonegritonegrito estão indicadas as descrições válidas.

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foram aproveitadas como fundamentodescritivo das milhares de espécies quepassaram a ser “minimamente” carac-terizadas pelos seguidores do sistemalineano. Cabe mencionar que, às vezes,algumas das descrições de Marcgraveforam tratadas em obras “buffonianas”antes de serem batizadas pelos autores daescola lineana (veja Pacheco 1997a). Umprimeiro grupo (n = 28) (Tabela 1) é formadopelas espécies que foram descritasprimordialmente com base em Marcgravee cujas indicações originais se apóiam

exclusivamente nessa fonte. Num outrocaso, os autores lineanos combinaramduas ou mais fontes (p.ex. Marcgrave, doBrasil, com Sloane, da Jamaica) paradescrever espécies que consideraram, emsuas análises, como as mesmas, o quenem sempre se manteve como correto.Estas combinações se dividem entreaquelas que privilegiaram as informações(incluindo as de natureza geográfica) deMarcgrave (n = 12) (Tabela 2) e outras queapenas a usaram de maneira secundária(n = 9) (Tabela 3).

Plotus anhinga Linnaeus, 1766* = Anhinga anhingaPlatalea ajaja Linnaeus, 1758 = Ajaia ajajaPalamedea cornuta Linnaeus, 1766 = Anhima cornutaAnas carunculata Lichtenstein, 1819* = Sarkidiornis melanotos sylvicolaPsittacus ararauna Linnaeus, 1758 = Ara araraunaStrix tuidaraStrix tuidaraStrix tuidaraStrix tuidaraStrix tuidara J. E. Gray, 1829 = Tyto alba tuidaraTrogon curucui Linnaeus, 1766 = Trogon curucuiLanius nengeta Linnaeus, 1766* = Fluvicola nengetaHirundo tapera Linnaeus, 1766* = Progne taperaTanagra sayaca Linnaeus, 1766* = Thraupis sayacaTTTTTanagra jacarina anagra jacarina anagra jacarina anagra jacarina anagra jacarina Linnaeus, 1766 = Volatinia jacarinaEmberiza brasiliensis Gmelin, 1789 = Sicalis flaveola brasiliensis

Tabela 2 - Espécies ocorrentes na Caatinga, descritas com base em Marcgrave e outras fontesestranhas ao Brasil, mas cuja localidade-tipo foi restringida no Nordeste do Brasil.

* Fonte adicional da descrição não indicada por Teixeira (1992).Em negrito estão indicadas as descrições válidas.

Ardea cocoi Linnaeus, 1766 = Ardea cocoiArdea soco Vieillot, 1817* = Ardea cocoiArdea chalybea Stephens, 1819* = Butorides striatusArdea brasiliensis Linnaeus, 1766* = Tigrisoma lineatumCancroma cancrophaga Linnaeus, 1766 = Cochlearius cochleariusIbis alba Lesson, 1831 = Theristicus caudatusScolopax guarauna Linnaeus, 1766 = Aramus guaraunaParra jacana Linnaeus, 1766 = Jacana jacanaTrochilus elatus Linnaeus, 1766 = Chrysolampis mosquitus

Tabela 3 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritas com base em fontes estranhas ao Brasil,mas secundariamente baseadas em Marcgrave.

* Binômio não indicado em Teixeira (1992).Em negrito estão indicadas as descrições vál idas.

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A obra de Guilherme Piso, incontes-tável em sua importância como tratadopioneiro de medicina tropical (Piso 1948),é, quanto ao aspecto da História Natural,bastante inferior aquela de Marcgrave,conjuntamente publicada por J. de Laet em1648 (Pinto 1979). Na maioria dos casos,os escritos de Piso nessa área forambaseados naqueles de Marcgrave, do qualfoi chefe, e carecem de originalidade.Embora haja uma preocupação maior pelohábitat e a biologia das pouco menos de50 espécies tratadas, o autor se mostrou“mal preparado” para esse mister (Pinto1979). A única das aves descritas por Pisoque deixou de ser tratada por Marcgravefoi o “maiagué”, base precípua deProcellaria brasiliana Gmelin, 1789 (hoje,Phalacrocorax brasilianus).

Outros autores do ciclo holandês(1624-1654) que se ocuparam da HistóriaNatural, notadamente Zacharias Wagener,Joan Nieuhof e Gaspar von Baerle (Garcia1922, Pinto 1979, Boeseman 1994, Paiva1995, Nomura 1997), deixam de ter seusdados tratados aqui pela quase completafalta de conexão com os temas de interesseda avifauna da Caatinga.

SÉCULO XVIII:À MARGEM DOS PROGRESSOSDA ORNITOLOGIA

Após a expulsão dos holandeses, oBrasil retorna à condição de terra ignotaaos olhos da comunidade científica, umavez que não havia interesse da Metrópoleem favorecer qualquer divulgação dariqueza dos três reinos aqui existentes (Pinto1979). A principal iniciativa portuguesa doséculo, a célebre Viagem Filosófica pelasCapitanias do Grão-Pará, Rio Negro, MatoGrosso e Cuiabá, entre 1783 e 1792,capitaneada pelo baiano AlexandreRodrigues Ferreira, doutor em filosofia pelaUniversidade de Coimbra, passou ao largodo Nordeste (Cunha 1991, Nomura 1998).

Do escasso conjunto de novenaturalistas, viajantes estrangeiros esertanistas que escreveram sobre História

Natural através de informações colhidas,diretamente por eles, em território brasi-leiro, apenas Francisco Antônio deSampaio o fez com base na naturezanordestina (Nomura 1998). Sampaio,médico português radicado na Bahia nametade do século XVIII, deixou doismanuscritos: o primeiro tomo, dedicado aoreino vegetal, é de 1782 e o segundo,dedicado ao reino animal, é datado de1789. Tal material foi reunido e publicadoem conjunto apenas neste século (Sampaio1971). Suas observações sobre a avifaunaforam sediadas na Vila de Cachoeira,atualmente cidade do mesmo nome, noRecôncavo Baiano, a 116km de Salvador.Um exercício de identificação foi feito porJ. F. Pacheco (Nomura 1998: 107) combase nos referidos escritos e ilustrações.A maioria das 44 espécies descritas efiguradas é de capoeiras, roças e ambientesaquáticos. Poucas, como o jaó (Cryp-turellus noctivagus), o tucano (Ram-phastos vitellinus) e o japu (Psarocoliusdecumanus), exemplificam a avifauna daMata Atlântica de sua região. O autor nãofaz menção ao sertão e à Caatinga em seusrelatos da avifauna, se bem que as poucasespécies típicas do semi-árido (Cyanocoraxcyanopogon, Icterus jamacaii e Paroariadominicana) notadas por ele em Cachoei-ra, comprovam a prematura colonizaçãodas áreas do litoral, abertas pelo homemdesde o início do processo de ocupação.

Embora o Brasil tenha se mantido “àmargem dos progressos que a ornitologiaextra-européia ia realizando a passos largos”durante todo o século XVIII, como registrouPinto (1979), o profícuo período descritivodas aves do Novo Mundo, iniciado comLinnaeus, Brisson e Buffon, utilizando-se dediferentes conceitos e métodos de“descrever o mundo natural” (Stresemann1975), não foi completamente nulo paraa ornitologia brasileira (Tabela 4). Da mesmaforma, que nos séculos precedentes,animais do Novo Mundo continuavam sendolevados para a Europa, por navegantes(comerciantes ou aventureiros), sem aindicação precisa de procedência. Essecomércio de produtos naturais, melhor dito“tráfico de curiosidades”, sem a anuência

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das autoridades portuguesas, jamais foiinterrompido e era estimulado por“colecionadores de raridades”, que deviamrecompensar financeiramente muito bemos seus agentes. De uma maneira ou outra,araras, maracanãs, papagaios, beija-florese pássaros coloridos, como o tiê-sangue(Ramphocelus bresilius), chegaram àEuropa ainda nos primeiros anos de 1500(Stresemann 1975: 27, Sick 1981a). Como progresso das técnicas de preservaçãode aves coletadas, iniciado de formaincipiente na metade do século XVII edesenvolvido durante o final do século XVIII,os gabinetes de souvernirs e museus deHistória Natural se disseminaram. Nessafase foi criado, em 1784 no Rio de Janeiro,um pequeno museu histórico-natural,oficialmente Casa de História Natural, maistarde cognominada pelo povo de “Casa dosPássaros”, que tinha em seu diretor,Francisco Xavier Cardoso Caldeira, umexímio taxidermista de aves (Pinto 1979).

SÉCULO XIX: O INÍCIO DOGRANDE CICLO DASEXPEDIÇÕES CIENTÍFICASESTRANGEIRAS

O início da etapa mais importante nadireção da revolução descritiva das aves doBrasil derivou diretamente de umacontecimento cotingencial da mais altasignificância para a História do país,conforme descreve Lisboa (1997: 29):

“Com a vinda da corte portuguesa aoBrasil, em 1808, não só os portos se abrirampara as “nações amigas”, mas também asportas para a entrada de estrangeiros. Acolônia vive então o fim do exclusivismoportuguês. Comerciantes, especialmenteingleses, artistas franceses e imigrantes,além de viajantes naturalistas de váriasregiões do Velho Mundo, têm a permissãode estudar o que o país desconhecidoparecia prometer em novidades.”

* nome pré-ocupado; ** suprimido pela Comissão Internacional de NomenclaturaEm negrito estão indicadas as descrições válidas.

Tabela 4 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritas no século XVIII.

Anas moschata Linnaeus, 1758 “India” Cairina moschataPsittacus araracina Linnaeus, 1776 Sem localidade Ara araraunaAra araraunaAra araraunaAra araraunaAra araraunaPsittacus caeruleus Gmelin, 1788 Sem localidade Ara araraunaAra araraunaAra araraunaAra araraunaAra araraunaPsittacus aureus Gmelin, 1789 supostamente Brasil Aratinga aureaPsittacus brasiliensis Latham 1790* Brasil Aratinga aureaPsittacus aestivusPsittacus aestivusPsittacus aestivusPsittacus aestivusPsittacus aestivus Linnaeus, 1758 America Amazona aestivaTTTTTurdus atricapillaurdus atricapillaurdus atricapillaurdus atricapillaurdus atricapilla Linnaeus, 1766 “Cabo da Boa Esperança” Donacobius atricapillusTurdus cyaneus P. L. S. Müller, 1776 “Cabo da Boa Esperança” Donacobius atricapillusLoxia dominicana Linnaeus, 1758 Brasil Paroaria dominicanaLoxia dominica Linnaeus, 1776 Brasil Paroaria dominicanaFringilla larvata Boddaert, 1783 Brasil Paroaria dominicanaFringilla flava P.L.S. Muller, 1776 Brasil ? Sicalis flaveolaLoxia crispa P.L.S. Müller, 1776* Brasil Sporophila lineolaSporophila lineolaSporophila lineolaSporophila lineolaSporophila lineolaLoxia fusca Hermann, 1783* Brasil Sporophila lineolaLoxia bouvreuil P.L.S. Müller, 1776 “I’île de Bourbon” Sporophila bouvreuilLoxia nigroaurantia Boddaer t, 1783 “I’île de Bourbon” Sporophila bouvreuilLoxia aurantia Gmelin, 1789 “I’île de Bourbon” Sporophila bouvreuilLoxia angolensis Linnaeus, 1766 “Angola Oryzoborus angolensisLoxia caerulea var. β Gmelin, 1789:863 Brasil Passerina brissoniiLoxia cyanea Linnaeus, 1758:174 ** “Angola” Passerina brissonii

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Nem todos os naturalistas, pilares daornitologia, que fizeram parte do “GrandeCiclo das Expedições”, travaram contatocom a Caatinga. Neste sentido, é de selamentar que o austríaco Johann Natterer,“o príncipe dos coletores” e o maior nomede nossa ornitologia desse período (Straube2000), tenha desistido de recolher materialno Nordeste. Muito embora pretendesse,após sua longa permanência pelo interiordo Brasil Central e Amazônia, atravessar osestados mais setentrioniais do Brasil –Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande doNorte, Paraíba e Pernambuco – seu desejofoi abortado pelo temor imposto pelosrevoltosos da Cabanagem, movimentopopular contra as autoridades provinciaisque irrompera exatamente quando de suachegada a Belém (Vanzolini 1993, Azevedo1997, Straube 2000). Se Natterer, “exímiodescobridor de miudezas”, houvesse tidoa chance de coletar no Nordeste, épraticamente certo que novidades einformações sobre a distribuição de várioselementos da avifauna – levantados apenasnesse início de século por seu conterrâneoOtmar Reiser – teriam sido antecipadas.

Nesta rica etapa de investigaçãoornitológica, o príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied foi o primeiro naturalista – na acepçãomais ampla deste vocábulo cuja única paixãoera desvendar os segredos da natureza (Pinto1979: 74) – a contatar diretamente umaavifauna com elementos da Caatinga. Quandodecidiu investigar os nossos sertões, estandona então Vila de Ilhéus, no litoral da Bahia, em21 de dezembro de 1815, o Príncipe teve apossibilidade de encontrar na região planálticade Vitória da Conquista, uma área de tensãoecológica, onde elementos ornitológicos doCerrado, Caatinga e Mata Atlântica sealternavam em mosaicos de vegetação.Seguiu em direção a Salvador, cruzandotrechos de Mata Atlântica mais interiorana(floresta semidecidual), e algumas pontas detransição desse bioma com a Caatinga.

Tendo sido o Príncipe Wied, homemde larga cultura e muito bem preparadonas várias disciplinas da História Natural,suas observações sobre a avifauna, tantona Reise (= Narrativas de viagem) como

nas Beiträge (= Contribuições), estãoentremeadas de considerações biogeo-gráficas, das mais surpreendentes, para oseu período, em parte por influência de seucontemporâneo e amigo, o célebre e genialAlexander von Humboldt (Pinto 1979, Roth1995, Pijning 1995).

Wied denominou essa regiãoplanáltica e descampada do sudeste baianode Campos-Gerais e a situara, grossomodo, entre o limite ocidental das florestaslitorâneas e os limites da província de MinasGerais, sem contudo, rigorosamente,jamais ter chegado a palmilhar estaprovíncia (Bokermann 1957).

Em sua primeira obra, em formatode narrativa (Wied 1820-1821) é possívelresgatar, antecipadamente, algumas dasespécies encontradas por ele nessa regiãode contato com a Caatinga. O resultadofinal foi apresentado em duas partessucessivas das Beiträge, publicadas dezanos depois, sendo dois volumes (Wied1830-1833) dedicados às aves recolhidasem sua expedição empreendida entre o Riode Janeiro e Salvador (17 de julho de 1815- 10 de maio de 1817).

O príncipe Wied, no segundo volumede sua Reise, assinala (conforme se podepinçar de suas edições vertidas para oportuguês, comentadas e anotadas porOlivério Pinto, cf. Wied 1940, 1958), a partirdo terceiro capítulo, quando se dirigia aosertão, as suas primeiras impressões sobrea mata que “aqui se chama catinga” (a qualPinto anota, em pé de página, referir-se àcaatinga, grafia legítima). Logo a seguir(Wied 1958: 367) destaca que “Essasmatas secas apresentam também muitasárvores de espécies peculiares” e, emseguida que “Neste local (a apenas cercade 35km oeste de Itabuna!) o solo semostra coberto de touceiras de bromélias”.

Bokermann (1957) estava correto aoafirmar que essa área se constitui emtransição entre a zona das matas e a zonados carrascos secos do interior, pois Wiedno seu caminho rumo ao interior, estavamesmo percorrendo trechos ora secos eora úmidos, como se depreende da leiturado capítulo terceiro. Prova melhor dessas

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interpenetrações é a menção de coleta(com respectivo batismo científico) namesma mata da “quem-quem” ou cancã(Cyanocorax cyanopogon) e do mico-leão-de-cara-dourada (Hapale chrysomelas)(Wied 1958: 373). De maneira interessante,Wied ratificava a presença da cancã tambémna região de florestas, como FranciscoSampaio antecipara – sem se dar conta –no século anterior, para os arredores deCachoeira, na região do Recôncavo.Interessante testemunho de Wied (1958:366) nessas matas mais interioranas dizrespeito ao zabelê:

“O canto do juó (Crypturellus noctiva-gus), chamado aqui “zabelê” fez-se de novoouvir, após longo intervalo de tempo. Essaave, com efeito, é encontrada em toda partedesde o Rio de Janeiro até o rio Belmonte,mas parece não freqüentar as vizinhançasda costa deste rio até o Ilhéus”.

O paralelo distribucional nos temposde Wied, entre a cancã e o zabelê, esteúltimo representado no Nordeste por umaraça desbotada descrita do sertão (C.n.zabele. v. Pinto 1964, Sick 1997), ofereceum interessante paralelo prematuro depenetração (talvez secundária) deelementos do interior na direção do litoral,como percebido atualmente no Sudestepara vários elementos (p.ex. Alvarenga1990, Willis 1991, Pacheco 1993).

Após longa jornada, ao alcançarfinalmente o planalto campestre em Barrada Vereda (atual Inhobim, vide Paynter &Traylor 1991: 292), Wied toma contato,pela primeira vez, com as aves de áreasabertas do interior do país: “na planíciecoberta de ervas altas, onde várias aves,inteiramente novas para nós”, ou maisadiante, “Passei aqui algum tempo (...)para [melhor] conhecer as curiosidadeshistórico-naturais dessas regiões altas”.

Na Reise (Wied 1820-1821) épossível reunir menções a 41 espécies queocorrem na Caatinga e que foram coletadasou observadas nessa região de mosaicosdo sudeste baiano. No total, considerandoas informações consolidadas nas Beiträge(Wied 1830-1833 e/ou retificadas em Wied1850), chega-se a 73 espécies para o

bioma (veja Anexo 1).

É oportuno destacar que pela primeiravez um especialista estava relacionando umconjunto de aves ao ambiente semi-áridodo Nordeste. É igualmente importanteressaltar que nessa região de caatingas dosudeste da Bahia, nenhum outrocolecionador ou ornitólogo no século XIXsuperou Wied em montante de dados. Emcerto momento, nesta mesma região dealternância de ambientes pertencentes abiomas distintos (Mata Atlântica, Cerrado eCaatinga), das mais desconcertantes, valeresgatar a seguinte passagem da narrativade Wied (1958: 405):

“Imagina-se, às vezes, ter diante desi uma planície contínua, e inopina-damente a gente se encontra nos bordosde um vale estreito, profundamenteescarpado, ouvindo-se um rio murmurarno fundo, onde o olhar mergulha nos cimosduma floresta cujas árvores variadamentefloridas lhe guarnecem as margens”

Em paralelo, com a citação edescrição formal de aves da Caatinga, Wieddescreve ineditamente ou assinala algunsrepresentantes do cerrado provenientes dosudeste da Bahia. Isolados de sua áreaprincipal de ocorrência (cerrados a oestedo rio São Francisco), esses representantes,i.e. Geobates poecilopterus, Melanopareiatorquata, Neothraupis fasciata, Chari-tospiza eucosma e Porphyrospizacaerulescens, foram apenas muitorecentemente encontrados no meio-lesteda Bahia, mais precisamente noscontrafortes da Serra do Sincorá (Parrini etal. 1999). Ele também foi o primeiro atravar contato com a “mata-de-cipó”, cujoreconhecimento e melhor estudo datam denossos dias, ao descrever o gravatazeiro,Rhopornis ardesiaca (Wied 1831),endêmico dessa fisionomia vegetal (Maack1963, Willis & Oniki 1981, Teixeira 1987,Gonzaga et al. 1995).

Apesar de ter percorrido extensãorelativamente pequena da Caatinga, Wiedfoi hábil em antecipar a ocorrência e adescrição dos seus elementos avifaunísticosmais conspícuos e disseminados (Aratingacactorum, Chrysolampis mosquitus,

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Phacellodomus rufifrons, Euscarthmusmeloryphus, Cyanocorax cyanopogon eCoryphospingus pileatus), bem comodaqueles mais furtivos ou poucorepresentados em coleções até bemrecentemente (Sakesphorus cristatus eHylopezus ochroleucus) (Whitney et al.1995) (Tabela 5).

Em fins de 1816, chega a Pernam-buco o naturalista inglês William Swainsonque pretendia empreender expedição decoleta pelo interior, mas foi obrigado arenunciar ao seu desejo imediato em vistado movimento revolucionário que seinstalara (Garcia 1922, Mello-Leitão, 1941,Pinto 1979). Até junho de 1817,circunscreve aos arredores de Recife suaatividade naturalística esperando pelo fimdo estado de perturbação, e em seguidainicia sua viagem ao sertão, rumo ao rioSão Francisco, na qual ao cabo de dois

meses, vencendo as dificuldades de umagrande seca, atinge a cidade alagoana dePenedo. Dessa cidade, dirige-se à capitalda Bahia, onde explora com afinco osarredores do Recôncavo (Swainson é odescobridor de Pyriglena atra) e seencontra com os naturalistas Sellow eFreyress, que haviam feito, por terra, ocaminho desde o Rio de Janeiroacompanhando, em parte (até Vitória), oPríncipe Wied. Depois da zona doRecôncavo, ele se encaminha ao interior,onde, até março de 1818, explora a regiãosemi-árida da então província da Bahia. Emabril de 1818 embarca para o Rio deJaneiro, onde se encontra com váriosnaturalistas estrangeiros, excursiona à Serrados Órgãos e amplia suas coleçõescalcadas sobretudo em aves, insetos eplantas (Carvalho 1918). Em agosto de1818, está de volta à Inglaterra acom-

Falco rufifrons Wied, 1830 “Rio Mucuri, BA” = Gampsonyx swainsoniPsittacus cactorum Kuhl, 1820 Brasilia = Aratinga cactorumCaprimulgus diurnus Wied, 1821 Vereda, BA = Podager nacundaTrochilus campestris Wied 1832 Campos Gerais = Calliphlox amethystinaThamnophilus cristatus Wied 1831 Campos Gerais = Sakesphorus cristatusThamnophilus scalaris Wied, 1831 Brasilia = Thamnophilus torquatusMyiothera strigilata Wied 1831 Bahia = Myrmorchilus strigilatusMyiothera superciliaris* Wied 1831 Sertão da Bahia = Formicivora melanogasterMyioturdus ochroleucus Wied 1831 Conquista = Hylopezus ochroleucusOpetiorhynchus ruficaudus Wied 1831 “Minas Gerais” = Furnarius rufusAnabates rufifrons Wied 1821 Ressaca, BA = Phacellodomus rufifronsDendrocolaptes rufus Wied 1831 Campos Gerais = Lepidocolaptes angustirostrisMuscipeta incanescens Wied, 1831 Bahia = Phyllomyias fasciatus fasciatusEuscarthmus meloryphus Wied 1831 Minas Gerais e Bahia = Euscar thmus meloryphusMuscipeta splendens Wied, 1831 Brasilia = Pachyramphus polychopterusSylvia amaurocephala Nordmann 1835 Brazil = Hylophilus amaurocephalusSylvia leucogastra* Wied 1831 Sertão da Bahia = Polioptila plumbeaHirundo pascuum Wied 1830 Campos da Bahia = Progne taperaCorvus cyanopogon Wied 1821 Rio Cachoeira, BA = Cyanocorax cyanopogonHylophilus caeruleus Wied, 1831 Bahia = Nemosia pileata caeruleaFringilla pileata Wied 1821 Barra da Vereda, BA = Coryphospingus pileatus

* nome pré-ocupado.Em negrito estão indicadas as descrições válidas.

Tabela 5 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritas por Wied com base em materialcolhido nos sertões do sudeste da Bahia e sua correlação atual.

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panhado de uma coleção composta, dentreoutros itens, de 760 espécimes de aves.

Swainson foi um dos mais ativos edestacados zoólogos de seu tempo,batizando um grande número de espéciesde variadas proveniências (dos cincocontinentes), além de definir e nomearmuitos gêneros (p.ex.: Phaethornis,Fluvicola e Pitangus) e famílias (56 de aves,Bock 1994). Foi proponente de polêmicosmodelos de classificação, os quais defendiacom o “fanatismo de um profeta” e, dentreoutras idiossincrasias, fora ainda defensordo “purismo” na nomenclatura. Discordavada nomeação das espécies feitas com baseem línguas não clássicas, como fazia, porexemplo, Spix ao utilizar-se do tupi.Dedicou muitas vezes sua energia narenomeação de espécies dessa formabatizadas. Assim, propusera chamar onosso mutum-cavalo Mitu mitu de Ouraxerythrorhynchus Swainson, 1837 (Newton1893-1896, Stresemann 1975, Farber1982, Mearns & Mearns 1988).

A contribuição de Swainson àornitologia da Caatinga é qualitativamentebem inferior aquelas de Wied e de Spix. Elepreparou um roteiro suscinto (Pinto 1979)de suas excursões pelo Brasil (Swainson1819), mas se descuidara, como registrouPinto (1979), de “nos fornecer o roteiro desuas peregrinações, e bem assim de etiquetarconvenientemente” seus espécimes. Emverdade, ele não produziu uma obra denarrativa como fizera Wied, Spix e váriosoutros viajantes-naturalistas. O problemamaior está na forma fragmentária dedivulgação, dispersa em inúmeras fontesentre os anos de 1819 e 1838. Suacontribuição à ornitologia brasileira, e aoNordeste, em particular, somente poderá sermelhor dimensionada após a reunião dasinformações dispersas na literatura, associadaa uma consulta de sua coleção, depositada,em sua maioria, no Museu de Cambridge,na Inglaterra. Embora, suas coleções tenhampermitido a descrição de alguns táxons daregião de interesse, ainda hoje consideradosválidos (duas espécies, três subespécies), amaioria de suas propostas foram relegadasà sinonímia (Tabela 6).

Seus escritos não podem contribuirpara o delineamento da distribuição dasaves na Caatinga, pois além da menção aestados e poucos pontos de coleta noRecôncavo (p.ex.: Pitangua, Humildes,Urupê), não há indicação de qualquerlocalidade do sertão para alguma ave.

O ponto alto das investigações(pioneiras) naturalísticas no Brasil,parafraseando Pinto (1979: 95), foialcançado – especialmente – por JohannBaptist von Spix e Karl Friedrich Phillipp vonMartius, em sua memorável jornada porgrande parte do país. Justifica-se OlivérioPinto, afirmando que embora os anos de1815 e 1816 (com Langsdorff, Wied, Saint-Hilaire, Delalande, Swainson, Sellow eFreyress) tenham sido muito importantes,“em nada lhe fica a dever” o ano de 1817.

O casamento, em 1817, daarquiduquesa Maria Leopoldina (filha deFrancisco I, imperador da Áustria) comDom Pedro I, precipitou a vinda para oBrasil de um séquito de artistas e homensde ciência (Oberacker 1963). Na condiçãode cientistas, fizeram parte dessa comitivaJohann E. Pohl, Johann Christian Mikan,Giuseppe Raddi, Martius e Spix, além donotável Johann Natterer (Garcia 1922,Ramirez 1968, Pinto 1979, Straube 2000).Destes, apenas Spix e Martius atingiram oNordeste em suas peregrinações.

Como se fossem dois irmãosinseparáveis, os bávaros Spix e Martius, oprimeiro zoólogo e o outro botânico,empreenderam “a mais rápida das maislongas” expedições científicas que se temnotícia no Brasil. Partindo do Rio (passandopor São Paulo) com destino às fronteirasbrasileiro-peruanas do rio Solimões, edepois descendo todo o rio Amazonas(com digressão no rio Negro, onde Spixsem a companhia de Martius navega atéBarcelos) até Belém, de onde embarcampara a Europa, a dupla de viajantes gastam(apenas) 2 anos e onze meses (Papavero1971). Natterer, em sua expedição deextensão equiparável, realizada entre o Riode Janeiro e a fronteira venezuelana, mastomando o rumo do Brasil Central, teriagasto profícuos 17 anos (Vanzolini 1993).

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Houve por parte deles, uma delibe-rada intenção em percorrer trechos atéentão pouco explorados do territóriobrasileiro e, por isso, o interior nordestinofoi escolhido dentre as regiões a seremcruzadas (Lisboa 1995).

Spix e Martius também foram osnaturalistas do século XIX (ao menos com

Tabela 6 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritas oucoletadas por Swainson e sua correlação atual.

* nome pré-ocupado.Em negrito estão indicadas as descrições válidas.

Crypturellus lepidotus Swainson, 1837 interior da Bahia = = = = = Crypturellus tataupa lepidotusGampsonyx swainsonii Vigors, 1825 perto Salvador, BA = Gampsonyx swainsoniiFalco gracilis* Swainson, 1837 Bahia = Falco sparverius cearaeFalco cucullatus Swainson, 1837 “Brazil” = Falco rufigularisGallinula albifrons Swainson, 1837 “Brazil” = Laterallus melanophaiusScolopax braziliensis Swainson 1832 “equinoctial Brazil”= Gallinago paraguaiaePicus braziliensis Swainson, 1821 Bahia = Piculus chrysochlorusPicus chrysosternus Swainson, 1821 Inland of Bahia = Colaptes campestrisTrogon purpuratus Swainson, 1837 “Brazil” = Trogon curucuiCrotophaga rugirostra Swainson, 1837 Brazil = Crotophaga aniCrotophaga laevirostra Swainson, 1837 Brazil = Crotophaga aniFurnarius melanotis Swainson, 1837 Bahia = Furnarius figulusMalurus garrulus Swainson, 1822 Bahia = Phacellodomus rufifronsLepturus ruficeps Swainson, 1838 No locality = Euscarthmus meloryphusTyrannula ferruginea Swainson, 1837 Brazil = Myiophobus fasciatusFluvicola cursoria Swainson, 1831 Pernambuco = Fluvicola nengetaTyrannus ambulans Swainson, 1826 Pernambuco = Machetornis rixosusTyrannus crudelis Swainson, 1826 Northern Brazil = Tyrannus melancholicus despostesTyrannus leucotis Swainson, 1826 Northern Brazil = Empidonomus variusMegastoma flaviceps Swainson, 1838 Northern Brazil = Megarynchus pitanguaMegastoma atriceps Swainson, 1838 Brazil = Megarynchus pitanguaSaurophagus pusillus Swainson, 1838 Brazil = Philohydor lictorPsaris cuvierii Swainson, 1821 Brazil = Pachyramphus viridisPachyrynchus megacephalus Swainson, 1837 Brazil = Pachyramphus validusPsaris strigatus Swainson, 1837 Brazil = Pachyramphus validusVireo bar tramii Swainson 1832 Brazil = Vireo olivaceus agilisDonacobius vociferans Swainson, 1831 Pernambuco = Donacobius atricapillusTroglodytes aequinoctialis Swainson, 1834 No locality = Troglodytes aedonCulicivora atricapilla Swainson, 1823 No locality = Polioptila plumbea atricapillaCarduelis yarrellii Audubon, 1839 “Upper California” = Carduelis yarrelliiSylvia plumbea Swainson, 1823 Brazil = Parula pitiayumiTanagra swainsoni G. R. Gray, 1844 Brazil = Thraupis sayacaTachyphonus fringilloides Swainson, 1825 Tableland of Bahia = Coryphospingus pileatusCoccoborus magnirostris Swainson, 1837 Brazil = Oryzoborus angolensisIcterus tibialis Swainson, 1837 Brazil = Icterus cayanensis tibialisAgelaius ruficollis Swainson, 1837 Pernambuco = Agelaius ruficapillus frontalisMolothrus brevirostris Swainson, 1837 Brazil = Molothrus bonariensis

palpáveis resultados para a ornitologia) quecruzaram a maior extensão do semi-áridonordestino em uma única travessia. Nemmesmo a expedição austríaca de OtmarReiser no início do século seguinte ésuperior (Vanzolini 1992a). Utilizando-sedas informações de Spix e Martius (1938),Papavero (1971), Paynter & Traylor (1991)

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e Vanzolini (1992b), é possível estabelecer,de modo geral, o itinerário dos naturalistasbávaros no Nordeste e áreas de caatinga:a) em Minas Gerais, Contendas, 19 julho-15 agosto de 1818 (atual Brasília de Minas),Brejo do Salgado, 16 agosto-1º setembro(atual Januária); b) partem no rumonoroeste, onde se demoram explorando ocerrado baiano, na ocasião desabitado, porcerca de três semanas; c) na Bahia,Carinhanha, partida em 24 de setembro,Malhada, permanência entre 24-29 desetembro, cruzam o sertão na direçãonordeste com passagens em Caetité em 5de outubro, Rio das Contas, em 17 deoutubro, Maracás, final de outubro; d) nodomínio da Mata Atlântica passam porCachoeira (chegada em 4 de novembro) eSalvador, e depois seguem rumo sul nadireção de Ilhéus (de onde retornam àcapital baiana em 17 de fevereiro de 1819);e) depois de conseguirem autorização deviagem seguem na direção do Maranhão,saindo de Cachoeira no dia 27 de fevereirode 1819, passando pelas localidadesbaianas de Feira de Santana (1º de março),Conceição de Coité (4 de março),Queimadas (8 de março), Bonfim (11 demarço), desvio para visitar o meteoritoBendegó em Monte Santo (19 de março),Bonfim novamente (25 de março), Joazeiro(final de março até a partida em 21 de abril);f) após cruzarem o estado de Pernambuco,demoram-se nas localidades piauienses deOeiras (3 de maio) e Amarante (15 de maiode 1819).

Ao todo, foram gastos por Spix eMartius cerca de 10 meses na exploraçãodo trecho entre o norte de Minas Gerais eo rio Parnaíba, limite aproximado do biomaCaatinga. Descontando-se os quase trêsmeses e meio passados no domínio daMata Atlântica, o tempo dispendido nossertões foi de apenas 6 meses e meio, ouseja, 18% do tempo dispendido em toda ajornada expedicionária pelo Brasil.Wied, anos antes, dispensara um poucomenos da metade de tempo de Spix paraexplorar a região mista de caatingas,cerrados e florestas do sudeste da Bahia,conforme já relatado.

O segundo volume da Reise de Spixe Martius, que contempla a travessia pelaCaatinga, diferentemente daquela de Wied,traz pouquíssima informação sobre aavifauna (Spix & Martius 1828). Depois delançado o primeiro volume em 1823, aredação a quatro mãos do segundo volumefica comprometida com a morte prematurade Spix em 15 de maio de 1826, aos 45anos de idade (Lisboa 1997). Por ocasiãoda morte de Spix, apenas o segundo capítulodo quinto livro (início do volume 2)encontrava-se delineado e, por isso, foipreciso que Martius finalizasse sozinho todoo segundo e terceiro volumes da obraplanejada. Martius jamais questionou a duplaautoria da obra e assim manteve-se comoco-autor mesmo que Spix, ao cabo de trêsvolumes com 1.388 páginas de texto, tenhaparticipado da escrita de apenas um terço(Lisboa 1997: 55). Desta forma, a partir dotrecho em que narram sua permanência noDistrito Diamantino, as menções à faunatornam-se mais escassas.

Os resultados ornitológicos derivadosda célebre jornada de Spix foramapresentados em dois volumes (Spix 1824-1825) belamente ilustrados, apenas trêsanos após o seu retorno à Europa (dezembrode 1820). Nessa obra, são descritas comonovas, ou indicadas sob nova denominação,220 espécies, das quais, cerca de umacentena se mantém como denominaçãoválida (Hellmayr 1906, Pinto 1979), ou maisprecisamente 67 espécies plenas (Sick1983). Considerando o contexto da época,a rapidez com que foi produzida a obra podeexplicar um certo número de omissões (n= 39) e falhas (n = 21) na indicação delocalidades de coleta. Citam-se comoexemplo desse problema a coleta (!) no rioAmazonas do bacurau Caprimulgushirundinaceus, típico dos lajedos daCaatinga ou da indicação de rio Solimõespara o tangará, Chiroxiphia caudata, doleste-meridional brasileiro.

Vários espécimes da coleção brasileirade Spix em Munique se perderam (Hellmayr1906) e, lamentavelmente, não puderam serreavaliados quanto à identificação.É oportuno mencionar que cerca de 130

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espécies “não novas” (há registro de que acoleta total era representada por 350espécies, veja Garcia 1922) deixaram de sertratadas ou terem seus registros regionaisdivulgado em tempo. Neste sentido, acontribuição de Spix à distribuição regionalda avifauna da Caatinga é pequena. Aspublicações de Spix (1824-1825, Spix &Martius 1828) citam localidades específicasda Caatinga para apenas 32 espécies, contra75 espécies indicadas por Wied. Outrasdezesseis espécies (Crypturellus tataupa,Phimosus infuscatus, Leptodon caya-nensis, Herpetotheres cachinnans,Micrastur semitorquatus, Phaetusasimplex, Ara ararauna, Propyrrhuramaracana, Forpus xanthopterygius,Rhinoptynx clamator, Campephilusmelanoleucus, Taraba major, Synallaxisfrontalis, Xiphorhynchus picus, Anthuslutescens e Molothrus bonariensis) foramindicadas como existentes na região“campestre” da Bahia ou “St. Francisci” (=rio São Francisco) e desta forma,considerando o itinerário da expedição,foram indiretamente “registradas” pelaprimeira vez para o bioma. Mençõesimprecisas de Spix para os “campos” doPiauí ou de Minas Gerais, incluem asseguintes formas (também) da Caatinga:Minas Gerais (Gnorimopsar chopi sulci-rostris e Molothrus badius fringillarius),Piauí (Ictinia plumbea, Columbina picuistrepitans, Aratinga cactorum e Lepi-docolaptes angustirostris). As subespécies,nas quais as denominações de Spix foramaproveitadas, são aqui mencionadaspropositalmente. São errôneas ouproblemáticas as menções de “campos” ou“interior” da Bahia ou Piauí para as seguintesespécies estranhas ao bioma: Uropeliacampestris, Monasa morphoeus,Thripophaga macroura, Philydor rufus eAmmodramus aurifrons. A indicaçãoespecífica de Malhada, BA, para Nonnularubecula, bem como de “Piauhy” para cincooutras espécies remete à avifauna própriadas matas secas ou de cerrado dessasregiões (veja Silva 1995). Não é possíveldescobrir o que Martius (Spix & Martius1938: 116) observou em Malhada e chamoude Tangara brasiliensis Lath., considerando

que essa denominação refere-se à formaatlântico-brasileira de Tangara mexicana.

Tendo apresentado os seus resultadoscientíficos rapidamente, Spix teve a chancede nomear algumas espécies de porteconsiderável, como mutuns, jacus e araras.Na Caatinga, ele manteve a primazia nadescrição de nove espécies e 12 subespécies(Tabela 7) incluindo a jacucaca (Penelopejacucaca), o grande Furnariidae casaca-de-couro (Pseudoseisura cristata) e o dissemi-nado brejal (Sporophila albogularis).

Várias das outras iniciativas do séculoXIX que incluíram a coleta de aves na regiãoda Caatinga, em alguns casos associada àdescrição de novos táxons, são muito maldocumentadas. O material comercial deorigem “Bahia” enviado às coleções estran-geiras era quase todo composto porelementos ocorrentes no litoral, especial-mente do Recôncavo, entretanto, figuramcasos que comprovam a procedênciainteriorana de alguns exemplares (Tabela 8).Prova disso, é a descrição de Ornismyalumachella (= Augastes lumachellus) porRené P. Lesson, já em 1838, com base emmaterial cuja origem é dada apenas como“Bahia” e que se sabe hoje ocorrer apenasnos campos rupestres da região da ChapadaDiamantina no centro do Estado, justamenteonde Kaempfer o redescobriu em 1928(Ruschi 1963). O tipo de Anodorhynchusleari Bonaparte (1856) teve procedênciaainda mais obscura, sendo deixada em abertona descrição original, tendo as referênciasposteriores mantido como “Brasil”, apenascomo uma origem especulativa até a metadedo atual século (Pinto 1950, Sick et al. 1987).

Em geral, essas remessas anônimasde origem ignorada (“trade-skins”) forammaiores para grupos de aves de maiorinteresse dos colecionadores, como avescoloridas, psitacídeos ou beija-flores (Jouanin1948, Berlioz 1959), que, invariavelmente,chegavam às mãos dos descritores(Stresemann 1975: 162, Mearns & Mearns1998: 71-103). A exportação dessas espécies(incluindo amostras vivas para os zoológicos)antecipou, muitas vezes, a sua descriçãoainda no século XVIII e início do século XIX.Durante a segunda metade do século XIX, a

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Pezus zabele Spix, 1825 “in Catingha” = Crypturellus noctivagus zabeleTinamus boraquira Spix, 1825 “Distrito diamantino” = Nothura boraquiraTantalus plumicollis Spix, 1825 rio S. Francisco = Mycteria americanaIbis nudifrons Spix, 1825 rio S. Francisco, BA = Phimosus infuscatus nudifronsAnas paturi Spix, 1825 rio S. Francisco, BA = Amazonetta brasiliensisCathartes ruficollis Spix, 1824 Bahia e Piauí = Cathartes aura ruficollisPolyborus caracara Spix, 1824 “Brasilia” = Caracara plancusPenelope jacucaca Spix, 1825 Poções encima, BA = Penelope jacucacaColumbina strepitans Spix, 1825 Piauí = Columbina picui strepitansRallus ardeoides Spix, 1825 Contendas, MG = Aramus guaraunaGallinula gigas Spix, 1825 Contendas, MG = Aramides ypecahaGallinula caesia Spix, 1825 Contendas, MG = Rallus nigricansSittace spixii Wagler, 1832 “flumem Amazonum” = Cyanopsitta spixiiArara purpureo-dorsalis Spix, 1824 In campis Bahiae = Propyrrhura maracanaAratinga haemorrhous Spix, 1824 Campo Alegre, BA = Aratinga acuticaudata haemorrhousAratinga flaviventer Spix, 1824 MG, BA, “PI” = Aratinga cactorum cactorumAratinga caixana Spix, 1824 “Brasilia” = Aratinga cactorum caixanaStrix longirostris Spix, 1824 Bahia = Rhynoptynx clamatorCaprimulgus hirundinaceus Spix, 1825 “flumem Solimões” = Caprimulgus hirundinaceusTrochilus brevicauda Spix, 1824 “Brasilia” = Calliphlox amethystinaPicus macrocephalus Spix, 1824 “sylvis Amazonum” = Piculus chrysochlorosTrogon variegatus Spix, 1824 “Brasilia” = Trogon curucuiThamnophilus albiventer Spix, 1825 fl. St. Francisci = Taraba major stagurusParulus ruficeps* Spix, 1824 rio S. Francisco = Synallaxis frontalisAnabates cristatus Spix, 1824 Malhada, BA = Pseudoseisura cristataDendrocolaptes falcirostris Spix, 1824 “Brasilia” = Xiphocolaptes falcirostrisPicolaptes coronatus Lesson, 1830 Piauí = Lepidocolaptes angustirostris coronatusPlatyrhynchus murinus Spix, 1825 “Brasilia” = Phaeomyias murinaPlatyrhynchus chrysoceps Spix, 1825 “Brasilia” = Myiophobus fasciatusPlatyrhynchus hirundinaceus Spix, 1825 Interior Brasilia = Hirundinea ferrugineaMuscicapa nivea Spix, 1825 Juazeiro, BA = Xolmis irupero niveaMuscicapa albiventer Spix, 1825 In campis Brasilia = Fluvicola albiventerMuscicapa mystacea Spix, 1825 Provincia Bahiae = Fluvicola nengetaMuscicapa joazeiro Spix, 1825 Juazeiro = Machetornis rixosusPachyrhynchus cinerascens Spix, 1825 “Brasilia” = Pachyramphus validusTanagra rubricollis Spix, 1825 “Bahia inter et Rio” = Sericossypha loricataTanagra saira Spix, 1825 “Brasilia” = Piranga flava sairaTanagra cristatella Spix, 1825 “Rio de Janeiro” = Coryphospingus pileatusLoxia albogularis Spix, 1825 “Brasilia” = Sporophila albogularisTanagra superciliaris Spix, 1825 Juazeiro, BA = Saltator coerulescens superciliarisIcterus sulcirostris Spix, 1824 “in campis MG” = Gnorimopsar chopi sulcirostrisIcterus fringillarius Spix, 1824 “in campis MG” = Molothrus badius fringillarius

Tabela 7 - Espécies ocorrentes na caatinga descritas por Spix e sua correlação atual.

* nome pré-ocupado.Em negritonegritonegritonegritonegrito estão indicadas as descrições válidas.

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busca dos exportadores regionais por avesmenos chamativas e, portanto, com chancesmaiores de se constituirem em novidades,permitiu a remessa e conseqüente descriçãode ainda outras espécies (Tabela 8).

Uma louvável iniciativa brasileira deinvestigar cientificamente o Nordestebrasileiro, poderia ter produzido muitomaior impacto em seu tempo. A “ComissãoCientífica de Exploração” foi a primeira dasiniciativas genuinamente brasileiras queobjetivou explorar as riquezas naturais denosso país (Braga 1962, Paiva 1995) ereuniu um impressionante acervoornitológico de cerca de 4.000 peles, naocasião depositadas no Museu Nacional doRio de Janeiro, em cerca de dois anos emeio (1859-1861) de coletas, efetuadasexclusivamente no Ceará (Lagos 1862,Pacheco 1995d). Se tal magnífico acervo,que continha, na ocasião de seutombamento, “2/3 de espécies nãorepresentadas na coleção do MuseuNacional” (Lagos 1862) ou o mesmonúmero de exemplares de toda a coleção(Pacheco 1995d), fosse estudado edivulgado em seu tempo, garantiria aprimazia do conhecimento da avifaunadesta região em vários de seus aspectos(Pacheco 1995a, 1995d).

Durante muito tempo houve umaatribuição errônea de autoria da taxidermiadas aves reunidas pela Comissão. Mello-Leitão (1937: 239) atribuiu as preparaçõesdas milhares de peles, realizadas commestria e capricho, ao zoólogo responsável,Manoel Ferreira Lagos (1816-1871)(Pacheco 1995c), enquanto MirandaRibeiro (1928: 4), anteriormente, elogiandoa esplêndida técnica, teria designado opreparador Manoel Francisco Bordallocomo responsável. Ambos se equivocaram,pois os verdadeiros ajudantes de Lagos,responsáveis pelo belíssimo estilo depreparação, foram os irmãos João PedroVila-Real e Lucas (Luiz) Antônio Vila-Real,segundo documentação original daComissão examinada por Pacheco (1995a,1995d). Não é conhecido o montanteremanescente dessa numerosa coleçãoornitológica (a maior, com folgas, feita noNordeste no século XIX), que foi divulgadoapenas muito parcialmente (p.ex.: MirandaRibeiro 1926, 1928, 1938a) e que se perdeupor conservação inadequada e permutaexcessiva (Pacheco 1995d). A verdade é queoitenta anos depois, durante o inventáriogeral de 1940 da coleção de aves do MuseuNacional, quando foi reorganizada por AdolfSchneider (veja Pacheco & Bauer 1995),

Anodorhynchus leari Bonaparte, 1856 sem localidade = = = = = Anodorhynchus leariChloronerpes taenionotus Reichenbach, 1854 Inneres Brazil = = = = = Veniliornis passerinus taenionotusLanius poecilurus Pucheran, 1855 Brésil = Sakesphorus cristatusTamnophilus capistratus Lesson, 1840 Brésil = Thamnophilus doliatus capistratusLanius ruficeps Pucheran, 1855 Brésil = Thamnophilus doliatus capistratusXiphocolaptes cinnamomeus Ridgway, 1890 “Bahia” (=Ceará) = Xiphocolaptes falcirostris falcirostrisDendrocolaptes intermedius Berlepsch, 1883 Bahia = Dendrocolaptes platyrostris intermediusEuscarthmus wuchereri Sclater e Salvin, 1873 Bahia = Hemitriccus margaritaceiventer wuchereriEmpidagra bahiae Berlepsch, 1893 Bahia = Suiriri suiriri bahiaeElaenia viridicata delicata Berlepsch, 1907 Bahia = Myiopagis viridicata viridicataMimus arenaceus Chapman, 1890 Bahia = Mimus saturninus arenaceusCyclarhis cearensis Baird, 1866 Ceará = Cyclarhis gujanensis cearensisDolichonys fuscipennis Cassin, 1866 Ceará = Molothrus badius fringillarius

Tabela 8 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritas a partir de material coletado no século XIX.

Em negrito estão indicadas as descrições válidas.

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cerca de 3/4 do acervo da Comissão nãomais existiam. Parece que a única formadescrita a partir de material procedente daComissão foi Cyclarhis gujanensiscearensis Baird (1866), recebida em 1865pelo U.S. National Museum através depermuta com o Museu Nacional (Deignan1961, Pacheco 1997b).

Importante como “marco fundamen-tal” do conhecimento específico da avifaunade Pernambuco, foi a visita do ornitologistalondrino William A. Forbes (homenageadoem Curaeus forbesi) a esse Estado e àParaíba, a então “Parahyba do Norte”, emmeados de 1880 (Pinto 1940). Em onzesemanas de investigação, concentradas emlocalidades da Zona da Mata de Pernambuco(Recife, Cabo, Estância, Macuca, Quipapá,etc.), e arredores de João Pessoa, Forbespode contatar marginalmente a avifauna dos“Sertões”, na zona de Garanhuns (12-19setembro), ainda em pleno agreste.Os resultados de sua expedição, acom-panhados de minucioso itinerário e deinteressantes observações gerais foramapresentados prontamente (Forbes 1881).Além das aves relacionadas em seu artigo,sabe-se que Forbes colecionou algumasoutras (possivelmente porque haviaencaminhado a outros ornitólogos paradeterminação) e que as depositou no MuseuBritânico, como se depreende da consultaaos célebres Catalogue of Birds of BritishMuseum (27 vols. 1870-1898).

Como última iniciativa de coleta nointerior nordestino no século XIX, destaca-se a atividade do coleopterologista EdmondGounelle, que nas últimas duas décadascoletou “peu sérieusement” beija-flores emcaatingas do estados de Pernambuco eBahia (Gounelle 1909). As datas precisasnão são conhecidas, mas o fato de Gounelle(1909) informar que toda a sua atividadeentomológica, em diversos pontos do Brasil(incluindo Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiroe São Paulo) se prolongou entre 1884 e1903, associado ao fato de que a descobertade Phaethornis gounellei, o mais relevantede seus resultados, ter se dado em dataanterior a 1891, ano de descrição daespécie, sugere que a etapa pernambucana

e baiana tenha antecedido suas atividadesno sudeste. Gounelle recolheu exemplaresde beija-flores em localidades próximas deArcoverde e Águas Belas, interior dePernambuco e nos contrafortes orientais daCadeia do Espinhaço, próximos aCondeúba, sudeste da Bahia, bem próximoà fronteira de Minas Gerais (Gounelle 1909,Paynter & Traylor 1991).

O século XIX se encerra sem deixarbem delineada uma avifauna própria daCaatinga. A maior parte do conhecimentodas aves nordestinas estava concentrada naMata Atlântica, sobretudo nas numero-síssimas menções “em aberto” (sem men-ção de localidade específica) para a Bahiaou nos notáveis resultados de Wied para estemesmo Estado. Uma combinação de certosregistros resgatados do período holandês,de Forbes (1881) e de material comercialproveniente de Pernambuco e Ceará,divulgados especialmente nos já men-cionados Catálogos do Museu Britânico,completava quase tudo o que se podia reunirda composição da avifauna nordestina.

A PRIMEIRA DÉCADADO SÉCULO XX

Otmar Reiser e a primeira grande coleçãode aves da Caatinga

O grande passo na direção doconhecimento mais refinado sobre aavifauna do semi-árido foi dado pelaexpedição austríaca ao Nordeste do Brasil,em 1903 (com início em Recife, em 16 defevereiro, e término na costa do Piauí, em19 de setembro), cuja liderança foi doictiologista Franz Steindachner, tendo comoornitólogo Otmar Reiser (Hellmayr 1929:237). Vanzolini (1992a) elaborou umarevisão do itinerário que essa expediçãopercorreu na Bahia: fez o trajeto de Salvadora Juazeiro, subiu o rio São Francisco atéBarra, ascendeu os rios Grande e Preto atéo divisor d’águas com o Piauí, atingiu o rioParnaíba, passando pelo sertão de Parnaguáe Gilbués, e se aproveitou dessa via fluvial

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para chegar ao litoral. Do total de 212 diasdesta expedição, 45 dias (21%) forampassados em ambiente exclusivo deCaatinga e 152 dias (71%) em locais ondepredominavam o Cerrado ou uma transiçãoentre esse bioma e a Caatinga.

Os resultados ornitológicos dessaexpedição foram apresentados pelo próprioReiser (1905, 1910) e compreendiam umtotal de 1.341 peles. Algumas observaçõesadicionais sem a coleta de material foramapresentadas por Reiser (1925). Algumasformas descritas a partir do materialreunido por Reiser (válidas ou não)procedem de outros ambientes, comop.ex.: Ramphastus theresae Reiser (1905),Phacellodomus rufifrons specularisHellmayr (1925), Phyllomyias reiseriHellmayr (1905) e Thryophilus albipectuspiauhyensis Hellmayr (1921) (Tabela 9).

Em 1904, o Museu Paulista adquiriu,de Adolf Hempel, poucos exemplares deaves colecionados entre maio e agosto de1903 nos cerrados e caatingas do sul doPiauí. De Parnaguá procedem os exemplaresde Nothura boraquira e Sericossyphaloricata, elementos da Caatinga, querepresentam os primeiros registros para oEstado (Ihering & Ihering 1907, Pinto 1938,1944). O norte-americano Hempel foiadmitido em 1897 (chegara ao Brasil nesteano) no cargo de entomologista do MuseuPaulista e em fins de 1900 se transferiu parao Instituto Agronômico de Campinas, comofitopatologista nomeado (Pinto 1945,Nomura 1992). Embora, durante toda sua

longa atividade profissional (faleceu em1949 na capital paulista), tenha se dedicadosobretudo ao estudo aplicado dos insetos,seu interesse pela ornitologia foi duradouro.Consta que colecionou muitas peles de avesdo interior de São Paulo (“Victoria e SaltoGrande”) e as remeteu ao Museu Paulista ea várias instituições, incluindo o únicoexemplar paulista do ameaçado Mergusoctosetaceus deste século (Pinto 1938,Pinto 1945, Collar et al. 1992).Ao final de sua vida publicou um clássicotrabalho sobre alimentação das aves(Hempel 1949).

O coletor profissional francês AlphonseRobert esteve coletando na localidade baianade Lamarão, a 140km a noroeste de Salvador,entre maio e junho de 1903. Essa etapa foiparte integrante de uma expedição maiordenominada “Percy Sladen Expedition toCentral Brazil”, que coletou insetos, répteis,aves e mamíferos em oito estados, durantetrês anos, a partir de 1901. A parteornitológica foi integrada à coleção do BarãoRosthschild, sediada no Museu Tring,Inglaterra. Em 1932, a coleção de Tring foicomprada pelo American Museum ofNatural History e transferida para NovaIorque (Murphy 1932). A lista completa deaves coletadas em Lamarão (bem como emtodas as outras localidades brasileiras) jamaisfoi objeto de trabalho, entretanto informaçõesa respeito foram divulgadas parcialmente emHellmayr (1906, 1908). Lamarão é alocalidade-tipo de Formicivora melanogasterbahiae Hellmayr (1909a).

Tabela 9 - Formas de aves da Caatinga descritas ou coletadas por Otmar Reiser.

Rhynchotus rufescens catingae Reiser, 1905 PPPPPalmeirinhas, PIalmeirinhas, PIalmeirinhas, PIalmeirinhas, PIalmeirinhas, PI = = = = = Rhynchotus rRhynchotus rRhynchotus rRhynchotus rRhynchotus rufescens catingaeufescens catingaeufescens catingaeufescens catingaeufescens catingaePenelope superciliaris ochromitra Neumann, 1933a Parnaguá, PI = Penelope superciliaris jacupembaBubo magellanicus deserti Reiser, 1905 Salitre, BA = Bubo virginianus desertiSiptornis vulpina reiseri Reichenberger, 1922 Riacho da Raiz, PI = Cranioleuca vulpina reiseriSynallaxis griseiventris* Reiser, 1905 Fazenda da Serra, BA = Gyalophylax hellmayriMegaxenops parnaguae Reiser, 1905 Parnaguá a Olho d’água, PI = Megaxenops parnaguaeSittasomus griseicapillus reiseri Hellmayr, 1917 Pedrinha, PI = Sittasomus griseicapillus reiseri

* nome pré-ocupado

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Ernst Garbe, naturalista-viajante doMuseu Paulista, recolheu materialornitológico (incluindo ninhos e ovos) naCaatinga e florestas estacionais da Bahia,em Juazeiro, em novembro e dezembro de1907, na Barra (na boca do rio Grande), emjaneiro e fevereiro de 1908 e em Bonfim (naocasião Vila Nova da Rainha), especialmenteem novembro de 1907 e entre fevereiro ejulho de 1908 (Ihering 1914, Pinto 1945). Arelação integral de peles coletadas nessaexcursão pode ser compilada através deIhering (1914) e Pinto (1935, 1938, 1944).As coletas de Garbe em Bonfim foramespecialmente importantes para demonstrara presença de representantes florestais daMata Atlântica na parte setentrional daCadeia do Espinhaço (i.e. Baryphthengusruficapillus e Procnias nudicollis).Propiciaram também a descrição de novostáxons, com natural destaque paraFormicivora iheringi Hellmayr (1909b),endêmico das matas semidecíduas daCadeia do Espinhaço e planaltos do sudesteda Bahia (Collar et al. 1992, Sick 1997).Uma pele procedente de Juazeiro, enviadaao Americam Museum, permitiu aChapman (1926) descrever Stigmaturabudytoides bahiae (hoje S. napensisbahiae), forma privativa da Caatinga(Zimmer 1955b, Ridgely & Tudor 1994). Emnível subespecífico, foram descritos, deBonfim, os arapaçus Xiphocolaptesalbicollis villanovae Lima (1920),Lepidocolaptes fuscus brevirostris Pinto

(1938) e Campylorhamphus trochilirostrisomissus Pinto (1932), todos conhecidosapenas da localidade-tipo (Pinto 1978). Aforma Tachyphonus rufus subulirostris Pinto(1935) é a única descrita a partir de materialoriundo desta expedição que foisinonimizada (Pinto 1944: 511).

A DÉCADA DE 1910

A descrição maciça detáxons novos do Nordeste

Em maio e junho de 1910, aornitóloga alemã Emilie Snethlage, aserviço do Museu Goeldi, auxiliada pelotécnico Oscar Martins, explorou a regiãooeste do Ceará, coletando aves, sobretudonas localidades de Camocim, Ipu e SãoPaulo, todas no domínio da Serra deIbiapaba. Em 1915, Francisco de QueirozLima, assistente de Snethlage, coletou umapequena amostra de aves em LadeiraGrande, na Serra do Castelo, Ceará. Estalocalidade fica no norte do Ceará (Teixeira1990) e não no sul como indicou Hellmayr(1929). Algumas formas propostas combase nesse material foram descritas emSnethlage (1924, 1925) (Tabela 10).A lista integral de espécies dessas duasexpedições ao Ceará foi divulgada,sem menção das localidades, porSnethlage (1926).

π Picumnus limae Snethlage, 1924 Serra do Castelo, CE = Picumnus limaeFormicivora grisea pallescens Snethlage, 1925 Serra de Ibiapaba, CE = Formicivora melanogaster bahiaeGrallaria martinsi Snethlage, 1924 Serra de Ibiapaba, CE = Hylopezus ochroleucusSynallaxis martinsi Snethlage, 1925 Mondubim, CE = Certhiaxis cinnamomea cearensisπ Sclerurus caudacutus cearensis Snethlage, 1924 Serra de Ibiapaba, CE = Sclerurus scansor cearensisπ Todirostrum mirandae Snethlage, 1925 Serra de Ibiapaba, CE = Hemitriccus mirandaePachysylvia amaurocephala cearensis Snethlage, 1925 Serra de Ibiapaba, CE = Hylophilus amaurocephalusπ Thryothorus genibarbis harterti Snethlage, 1925 Serra de Ibiapaba, CE = Thryothorus genibarbis genibarbis

Tabela 10 - Formas da Caatinga e florestas cearenses descritas por Emilie Snethlage.

π forma privativa dos “brejos”

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O diligente Ernst Garbe, a serviçodo Museu Paulista, colecionou espécimesde aves e de outros grupos zoológicosem Pirapora, médio rio São Francisco,Minas Gerais, entre abril e outubro de1912 e entre maio e agosto de 1913(Pinto 1945: 283). Dentre os exemplarescoletados nessa ocasião provém oholótipo de Schoeniophylax phrygano-phila petersi Pinto (1949), forma privativadas vargens do médio curso do rio SãoFrancisco (Pinto 1978: 309). Em seguida,explorou pela segunda vez, entresetembro de 1913 e janeiro de 1914, aslocalidades baianas de Barra e Juazeiro,ambas às margens do rio São Francisco(Pinto 1945).

Também em 1912, foram con-duzidas, através do semi-árido nor-destino, duas expedições simultâneas,por cientistas do Instituto Oswaldo Cruz,atendendo requisição oficial da Inspetoriadas Obras contra a Seca. Os resultadostiveram maior relevância no que dizrespeito ao levantamento das condiçõessanitárias das regiões percorridas,embora as informações de interessemédico e parasitológico relatadas,tenham permitido conhecer o inventáriozoológico procedido nesse mister. Aprimeira, liderada por Artur Neiva eBelisario Penna, iniciou os trabalhos emJuazeiro, norte da Bahia, em 28 demarço. Em 14 de abril, passando porPetrolina, tomaram o rumo de SãoRaimundo Nonato, no sul do Piauí, ondechegaram em 5 de maio. Demoraram-seem terras piauienses até 2 de julho,quando partiram na direção das terrasgoianas (hoje Tocantins) através donoroeste da Bahia, com passagens porFormosa do Rio Preto (dia 9) e SãoMarcelo (dia 12) (Neiva & Penna 1916,Paiva 1995, Fiuza 1999). A segunda,integrada por Adolpho Lutz e AstrogildoMachado, percorreu o trecho médio dorio São Francisco entre a cidade mineirade Pirapora e a cidade de Juazeiro, nosertão baiano, entre 17 de abril e 1o dejulho, e prosseguiu até Salvador por

ferrovia, onde se demoraram emexcursões no Recôncavo (Lutz &Machado 1915). Essa fonte disponibilizouos registros mais antigos que se temnotícia para nove espécies da caatingano norte de Minas Gerais e sete dacaatinga centro-ocidental da Bahia.Contudo, o registro ornitológico de maiorimportância desta segunda expediçãoficou com a dupla menção da “bastanterara Sittace spixii”, encontrada emcativeiro em Remanso e em “bandovoando” nos arredores de Sento Sé(Pacheco 1995b, Fiuza 1999).

Robert H. Becker, a serviço do FieldMuseum de Chicago, visitou o Ceará em1913, mais precisamente de 10 de junhoa 5 de setembro (Paynter & Traylor 1991),coletando aves na Serra de Baturité,Quixadá e em Juá, perto de Iguatu(Hellmayr 1929). Em seguida, entre osmeses de outubro e novembro do mesmoano, Becker coletou espécimes naslocalidades de Macaco Seco, perto deAndaraí, e rio do Peixe, perto deQueimadas, ambas na Bahia. A primeiraestá situada nos contrafortes orientais daChapada Diamantina e a segunda, no eixoentre Salvador e Juazeiro, já tendo sidovisitada, brevemente, por Spix e Reiser(Paynter & Traylor 1991). Antes dacampanha no Ceará, Becker esteve nonoroeste da Bahia, mais precisamente emSão Marcelo, no rio Preto, nos meses demarço e abril (Paynter & Traylor 1991). Omaterial de Becker, com a respectivadeterminação, foi divulgado de formafragmentária nos artigos de Cory (1915a,1915b, 1916, 1917, 1918, 1919a, 1919b,1919c, 1920, 1921) e nos catálogos deCory, Hellmayr e Conover (Cory &Hellmayr 1924, 1925, 1927, Hellmayr1934, 1935, 1936, 1938, Hellmayr &Conover 1942, 1948, 1949). Com basenesse material e por intermédio dasdescrições de Charles B. Cory e CharlesE. Hellmayr, entre 1915 e 1929, forampropostos quarenta táxons, dos quaisdezesseis permanecem como subespéciesválidas (Tabelas 11 e 12).

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Cerchneis sparverius cearae Cory, 1915b# Quixadá, CE = Falco sparverius cearaeScardafella squammata cearae Cory, 1917 Quixadá, CE = Columbina squammata squammataLeptotila ochroptera approximans Cory, 1917# Baturité, CE = Leptotila verreauxi approximansPiaya cayana cearae Cory, 1915b Juá, CE = Piaya cayana pallescensAratinga cactorum perpallida Cory, 1918 Juá, CE = Aratinga cactorum caixanaSpeotyto cunicularia beckeri Cory, 1915a São Marcelo, BA = Speotyto cunicularia grallariaNyctipolus hirundinaceus crissalis Cory, 1915a Rio do Peixe, BA = Caprimulgus hirundinaceus hirundinaceusNyctipolus hirundinaceus cearae Cory, 1917# Quixadá, CE = Caprimulgus hirundinaceus cearaeThrenetes longicauda Cory, 1915a Juá, CE = Phaethornis gounelleiEupetomena macroura simoni Hellmayr, 1929# Rio do Peixe, BA = Eupetomena macroura simoniNystalus maculatus nuchalis Cory, 1919c Juá, CE = Nystalus maculatusSoroplex campestris cearae Cory, 1919c Quixadá, CE = Colaptes campestris campestrisChrysoptilus melanochlorus juae Cory, 1919c Juá, CE = Colaptes melanochlorus nattereriVeniliornis taenionotus cearae Cory, 1915b Baturité, CE = Veniliornis passerinus taenionotusVeniliornis passerinus transfluvialis Hellmayr, 1929 Macaco Seco, BA= Veniliornis passerinus taenionotusScapaneus melanoleucus cearae Cory, 1915b# Juá, CE = Campephilus melanoleucus cearaeTaraba major approximans Cory, 1919a Baturité, CE = Taraba major stagurusFurnarius leucopus cearae Cory, 1916 Quixadá, CE = Furnarius leucopus assimilisSynallaxis frontalis juae Cory, 1919b Juá, CE = Synallaxis frontalisSynallaxis cinamomea cearensis Cory, 1916# Juá, CE = Certhiaxis cinnamomea cearensisSynallaxis scutata neglecta Cory, 1919b Juá, CE = Poecilurus scutatus scutatusSynallaxis semicinerea pallidiceps Cory, 1919b Baturité, CE = Cranioleuca semicinereaSittasomus cearensis Cory, 1921 Juá, CE = Sittasomus griseicapillus reiseriXiphocolaptes promeropirhycnhus iguatensis Cory, 1916 Juá, CE = Xiphocolaptes falcirostris falcirostrisDendrocolaptes picumnus cearensis Cory, 1919d Juá, CE = Dendrocolaptes platyrostris intermediusPhyllomyias fasciatus cearae Hellmayr, 1927# Baturité, CE = Phyllomyias fasciatus cearaeEuscarthmus impiger cearae Cory, 1920 Juá, CE = Hemitriccus margaritaceiventer wuchereriTodirostrum cinereum cearae Cory, 1916# Baturité, CE = Todirostrum cinereum cearaeMyarchus tyrannulus pallescens Cory, 1916 Juá, CE = Myiarchus tyrannulus bahiaeTroglodytes musculus beckeri Cory, 1916 Baturité, CE = Troglodytes aedon musculusPlanesticus rufiventris juensis Cory, 1916# Juá, CE = Turdus rufiventris juensisPolioptila livida cearensis Cory, 1916 Juá, CE = Polioptila plumbea atricapilla

Tabela 11 - Espécies ocorrentes na Caatinga descritas a partir de coleta de Robert H. Becker.

Odontophorus plumbeicollis Cory, 1915a # Baturité, CE = Odontophorus capueira plumbeicollisErionotus cearensis Cory, 1919a # Baturité, CE = Thamnophilus caerulescens cearensisConopophaga lineata cearae Cory, 1916 # Baturité, CE = Conopophaga lineata cearaeXiphocolaptes albicollis bahiae Cory, 1919d # Macaco Seco, BA = Xiphocolaptes albicollis bahiaePicolaptes fuscus atlanticus Cory, 1916 # Serra de Baturité, CE = Lepidocolaptes fuscus atlanticusMyiochanes cinereus pallescens Hellmayr, 1927 # São Marcelo, BA = Contopus cinereus pallescensTaenioptera cinerea obscura Cory, 1916 São Marcelo, BA = Xolmis cinerea cinereaTangara cyanocephala cearensis Cory, 1916 # Serra de Baturité, CE = Tangara cyanocephala cearensis

Tabela 12 - Espécies do cerrado ou dos enclaves florestais naCaatinga descritas a partir de coleta de Robert H. Becker.

# Subespécie válida, baseada em material de R. H. Becker

# Subespécie válida, baseada em material de R. H. Becker

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Segundo documentos da Seção deOrnitologia do Museu Nacional do Rio deJaneiro, examinados pelo autor, em 1981,consta que, em 19 de julho de 1919, ainstituição adquiriu um lote de 430 pelesde aves do Sr. [Rudolf] Pfrimer (ho-menageado em Pyrrhura pfrimeri)provenientes do noroeste de Minas Gerais,Bom Jesus da Lapa (Bahia), e Goiás (partedeste hoje referentes ao Tocantins). Esselote e um outro de 655 peles, de mesmaprocedência, adquirido junto ao mesmocoletor, em 1924, tiveram suas etiquetasoriginais retiradas e, inadvertidamente,trocadas por outras confeccionadas pelozoólogo Alípio de Miranda Ribeiro. Seumaterial, de modo geral, não traz data,tampouco o sexo (Gonzaga 1989). Estatroca de etiquetas gerou algumas falhasna procedência indicada do material dePfrimer e, em alguns casos, com nítidamistura deste lote com material de MatoGrosso e Rondônia, remanescente daComissão Rondon guardados na mesmainstituição (Silva 1989: 23, Pacheco apudSick 1997: 477, Silva & Oren 1997). Oextenso material de Pfrimer jamais foiobjeto de divulgação completa e, notocante a Minas Gerais, apenas muitoraramente esse material foi referido emfontes publicadas (Miranda Ribeiro 1926,1938b). Uma intrigante menção de“Cyanopsittacus spixii de Januária ecircunvizinhanças.... especie topomorphae rarissima” foi feita por Miranda Ribeiro(1937: 54). Considerando que oinformante habitual de Miranda Ribeiropara essa região era Pfrimer, especula-seque talvez tenha recebido essa informaçãodesse último. Trata-se de uma proposiçãobastante atraente como complementaràquela apresentada por Juniper &Yamashita (1991), de que a ararinha,Cyanopsitta spixii, tenha ocorridooriginalmente em toda a extensão domédio rio São Francisco, até começodeste século, e não apenas no trechodesse rio situado ao norte da Bahia. Nãose pode, contudo, afastar a hipótese deque Miranda Ribeiro tenha apenasconfundido Januária com Juazeiro,localidade-tipo da espécie.

OS ANOS 1920

As valiosas coleções deHeinrich Snethlage e Emil Kaempfer

Em julho de 1923, Heinrich E.Snethlage (sobrinho de Emilie Snethlage)inicia no litoral do Maranhão uma das maisimportantes expedições ornitológicasrealizadas no Nordeste, que se estendeu, pordois anos e meio, pelo interior do Maranhão,Piauí, Ceará e norte extremo do presenteestado do Tocantins (Hellmayr 1929).A expedição de Snethlage resultou nacoleção de cerca de 2.000 peles e dispendeucerca de 84% do tempo em territóriomaranhense, entre os ambientes de mataseca, várzea litorânea, manguezal, zona doscocais, transição (incluindo com a caatinga)e cerrado. O tempo restante (cerca de 5meses, de dezembro de 1924 a 15 de abrilde 1925) foi passado nas regiõescircunvizinhas da Serra de Ibiapaba, nosestados do Piauí (Arara, Ibiapaba, Deserto)e Ceará (Várzea Formosa) (Snethlage 1927,Hellmayr 1929). A relação integral domaterial obtido e incorporado às coleçõesdo Field Museum de Chicago foiapresentada por Hellmayr (1929). HenrichSnethlage (Snethlage 1928a, 1928b)tabulou as 449 espécies de aves por eleencontradas em 13 ambientes identificadosna sua ampla área de estudo e apresentoudados de biologia reprodutiva para umconjunto expressivo dessas espécies.Interessa a esta compilação as espéciesdestacadas por Snethlage, numa análisebiogeográfica, como características para as“Höhenwald” (= matas elevadas) dosconfins do Ceará e Piauí (Phaethornisgounellei, Gyalophylax hellmayri,Megaxenops parnaguae, Sakesphoruscristatus, Myrmorchilus strigilatus eHylopezus ochroleucus) e para a Caatinga,na região maranhense do médio Parnaíba(Nothura boraquira, Columba picazuro,Aratinga cactorum, Hepsilochmusatricapillus, Lepidocolaptes angustirostris,Pseudoseisura cristata, Furnarius figulus,Machetornis rixosus, Sicalis flaveola,Paroaria dominicana, Turdus rufiventris eTurdus amaurochalinus). Uma análise mais

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avançada das relações biogeográficas dasaves do Maranhão, Piauí e Ceará foidesenvolvida por Hellmayr (1929) tendocomo elemento principal os resultadosconsolidados da expedição de H. Snethlage.

Entre 1926 e 1931, o alemão EmilKaempfer e sua esposa estiveram coletandoaves por 11 estados brasileiros (além doParaguai) e foram capazes de reunir umasignificativa coleção de 10.000 peles(Naumburg 1935, Camargo 1962).Kaempfer realizou toda essa expedição sobos auspícios da ornitóloga Elsie Naumburgque, após sua morte, deixou em doação essenumeroso e valioso acervo ornitológico aoAmerican Museum of Natural History, deNova Iorque (Zimmer 1955a). Em vida, ElsieNaumburg pôde ainda, a partir dessematerial, descrever três subespéciesjustamente do Nordeste (das quais Nothuramaculosa cearensis e Columba picazuromarginalis permanecem válidas, Naumburg1932) e realizar alguns trabalhos taxonômicos(Naumburg 1933, 1937, 1939). O roteirodetalhado dessa viagem, com relato dageografia física dos pontos percorridos, foiapresentado por Naumburg (1935) com basenas muitas correspondências trocadas entreela e o seu contratado. Na região de interessedessa compilação, Kaempfer estevecoletando entre fevereiro de 1926 e julho de1928, em muitos pontos do médio rioParnaíba (Maranhão/ Piauí), sudeste do Ceará,sul do Piauí, interior de Pernambuco e Bahia(noroeste da Bahia, Cadeia do Espinhaço eregião de Jequié e Boa Nova). Muitasmenções aos registros provenientes dessacoleção constam na literatura ornitológicadesde Naumburg (1928), sobretudo emmuitos dos 66 artigos da série Studies ofPeruvian Birds de John T. Zimmer(publicados entre 1931 e 1955). É justamentedo Nordeste que provém dois dos achadosmais realçados da campanha de Kaempfer(e celebrados por sua mentora): Rhopornisardesiaca (Naumburg 1934) e Megaxenopsparnaguae (Naumburg 1928). Em ambos oscasos, esses achados representaram osprimeiros exemplares coletados após adescrição original desses táxons. Algunstáxons foram descritos tardiamente com baseno material de Kaempfer, oriundo da

Caatinga: Stigmatura budytoides gracilis,Zimmer (1955b), Picumnus fulvescens,Stager (1961) e Chordeiles pusillusxerophilus, Dickerman (1988). Não se sabequal a percentagem do material brasileiro deKaempfer já divulgado, mas de qualquermaneira, um estudo do conjunto desseacervo seria de grande interesse para adistribuição das aves brasileiras. Nessesentido, cabe mencionar que as pelesoriundas dessa expedição pertinentes aosestados do Maranhão (cerca de 1.200exemplares, Oren 1991: 5) e Rio Grande doSul (3.780 exemplares, Belton 1984: 395)foram examinadas integralmente na intençãode subsidiar as respectivas listas regionaispreparadas para os estados em questão.

Após o licenciamento de EmilieSnethlage dos quadros do Museu Goeldi esua contratação como naturalista-viajante,em 1922, pelo Museu Nacional do Rio deJaneiro, a pesquisadora iniciou uma sérieplanejada de excursões por várias regiões dopaís (Rio de Janeiro, Maranhão, EspíritoSanto, Goiás, Paraná, Santa Catarina, RioGrande do Sul, Mato Grosso e Rondônia) queperduraram até sua morte, em 27 denovembro de 1929, em Porto Velho (Cunha1989, Gonzaga 1989). De interesse dessacompilação, consta que em junho e julho de1926, a célebre ornitóloga esteve no nortede Minas Gerais (Pirapora, Januária) e nointerior da Bahia (Bom Jesus da Lapa),explorando a avifauna do curso médio do SãoFrancisco (Ruschi 1951, Pinto 1952, Gonzaga1989). Resultou dessa excursão a descriçãode três táxons: Xiphocolaptes franciscanus,Snethlage (1927) e Phylloscartes roquetteiSnethlage (1928c) de Januária, e Knipolegusaterrimus franciscanus, Snethlage (1928c),de Bom Jesus da Lapa. As três formaspermanecem como endêmicas das matassecas do médio São Francisco, Minas Geraise Bahia (Silva 1989), contudo P. roquettei,muito menos conhecido, é ainda restrito aoterritório de Minas (Willis & Oniki 1991, Collaret al. 1992, Sick 1997). O grande X.franciscanus tem sido tratado como raça deX. falcirostris (Teixeira 1990, Sick 1993, Silva& Oren 1997), enquanto K. franciscanus foialçado à condição de espécie plena (Silva &Oren 1992, Sick 1997).

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OS ANOS 1930

O início da era “Olivério Pinto”Datam de novembro de 1931 a

fevereiro de 1932, os poucos espécimescoletados por José Blaser no rio Pandeiro,margem esquerda do rio São Francisco,quase defronte à cidade de Januária, nonoroeste de Minas Gerais (Pinto 1945,Pinto 1952). Estes seriam os primeirosexemplares (adquiridos do coletor em1934) da Caatinga a serem tombados noMuseu Paulista, desde que Olivério Máriode Oliveira Pinto (Nestor da OrnitologiaBrasileira, no justo reconhecimento deSick 1985: 116) assumiu, em janeiro de1929, os encargos da coleção ornitológicada instituição (Pinto 1945). As espéciesconstantes desse lote de material estãoindicadas nos trabalhos de Pinto (1938,1944, 1952). Consta que Blaser, coletorprofissional, vendeu lotes de aves, nosanos 1930, ao Field Museum of NaturalHistory, Chicago, Museum of Compa-rative Zoology, Cambridge, Mass., e pos-sivelmente a outras instituições (Silva1989: 24, Paynter & Traylor 1991: 516).

Duas iniciativas encabeçadas porOlivério Pinto, no Nordeste, na década de1930, tiveram como alvo a avifauna daregião florestada dos estados da Bahia, em1932 (Pinto 1935) e de Pernambuco, em1938-39 (Pinto 1940). As poucas mençõesa avifauna interiorana desses estadosderivaram das informações publicadas ourecebidas de terceiros ou, no caso daBahia, das antigas coletas de E. Garbe nosertão baiano do São Francisco.

Entre os anos 1930, a partir dolançamento de seu Catálogo (Pinto 1938),e os anos 1970, os trabalhos de OlivérioPinto eram referência obrigatória nocenário ornitológico brasileiro para quembuscasse informação sobre a distribuiçãodas aves brasileiras (Alvarenga 1990).

Um quase desconhecido artigopublicado nessa década sobre as aves dePernambuco, por um professor de alemão

do Gymnasio Pernambucano (Kadletz1933), tem pouca utilidade. O autor declaratextualmente que confeccionou uma listade aves do Estado a partir de obras gerais(não fez menção ao clássico Forbes 1881)e acrescentou algumas que ele próprio teriaobservado. Mesclando espécies deimprovável ocorrência, mesmo noNordeste (Cistothorus platensis, Amazonaochrocephala, etc), ao lado de outras denotória existência, a lista não serve comotestemunho de registros para Pernambuco,porque ele sequer indicou as que elepróprio teria encontrado.

Da mesma forma, apenas uma partedas aves mencionadas por Aguirre (1936)para a localidade mineira de Pirapora, cursomédio do rio São Francisco, possivelmentelevantadas no decurso de 1934, pode serefetivamente considerada. Do total de 55espécies listadas e nomeadas cien-tificamente “por meio de observações einformações colhidas”, algumas estão emdesacordo (n = 7) com o padrão admitidode ocorrência na região, representando,outrossim, espécies da Mata Atlântica.

Consta que o naturalista JoãoMoojen [de Oliveira] esteve igualmente emPirapora na década em questão (Moojen1940, 1943, Pinto 1952: 13). Conformeverificado pelo autor, em 1981, existempeles coletadas por Moojen, no MuseuNacional do Rio de Janeiro, datadas dointervalo de 8-22 de janeiro de 1937.Algumas localidades específicas dosarredores de Pirapora foram indicadas nasetiquetas, tais como “Cerrado dePernambuco”, “Cerrado de Nova Estância”,“Córrego Coatis”, “Lagoa do M. Três”.Inicialmente tombadas na coleção seriadada Escola Superior de Agricultura deViçosa, uma parte da coleção foi,posteriormente, encaminhada ao MuseuNacional e teve suas identificaçõeschecadas por Alípio de Miranda Ribeiro. Asespécies coletadas ou observadas porMoojen foram parcialmente divulgadas emdois artigos por ele próprio elaborados(Moojen 1940, 1943).

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OS ANOS 1940

As contribuições deDias da Rocha e Lamm

No início dos anos 1940, uma equipede pesquisadores liderados pelo americanoErnst G. Holt, a serviço da FundaçãoRockefeller, estiveram coletando aves noCeará, sobretudo na Serra de Baturité, como intuito de subsidiar as pesquisas da febreamarela (Friedmann 1942, Paynter &Traylor 1991). O Serviço de Estudos ePesquisas da Febre Amarela (SEPFA),estrutura do governo brasileiro (InstitutoOswaldo Cruz) conveniado com asupracitada instituição americana, coletouaves, dentre outros animais (sobretudomamíferos), além do Ceará, nos estadosda Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Riode Janeiro, Goiás e Mato Grosso do Sul(Pinto 1945: 315, Ruschi 1951, Pinto 1952:13, Silva 1989, J.F. Pacheco, obs. pess.).Os exemplares reunidos entre 1936 e 1945foram encaminhados ao AmericanMuseum, de Nova Iorque, Field Museum,de Chicago, Los Angeles County Museum,Museu Nacional do Rio de Janeiro e Museude Zoologia de São Paulo. Os técnicospreparadores Herbert Berla, Gentil Dutra,Leoberto C. Ferreira, Carlos Lako, Pedro deM. Britto, Galdino Pereira, D. Costa, D.E.Davis, R.M. Gilmore e H W. Laemmerttrabalharam em várias fases dessa tarefacomo coletores (Friedmann 1942, Pinto1945, Silva 1989, Paynter & Traylor 1991,Pacheco & Parrini 1999, J. F. Pacheco, obs.pess.). A subespécie Xiphorhynchus eytonigracilirostris Pinto & Camargo (1957) (hojeX. guttatus gracilirostris), depositado nainstituição paulista, é a única formanomeada a partir de material dessaexpedição à Serra de Baturité. Cabemencionar, como curiosidade, que oholótipo (único exemplar conhecido) deTijuca condita, coletado em 24 de outubrode 1942 por Pedro de M. Britto na FazendaGuinle, Teresópolis, RJ, justamente aserviço do SEPFA, ficou nas gavetas doMuseu de Zoologia de São Paulo por 38anos até ser descrito (Snow 1980).

De 7 de fevereiro a 4 de maio de1942, o chefe da Divisão de Zoologia doMuseu Nacional do Rio de Janeiro, JoãoMoojen de Oliveira, esteve coletandomaterial zoológico nos rios São Franciscoe Grande (Nomura 1993). Nesse período,Moojen coletou aves nas localidadesbaianas de Bom Jesus da Lapa e Barreiras,e em Pirapora, Minas Gerais (Fiuza 1999,J. F. Pacheco, obs. pess.). A sua perma-nência em Pirapora, local em que já estiveraem janeiro de 1937, durou apenas algunspoucos dias, possivelmente uma semanaapós sua chegada em 7 de fevereiro.Em Bom Jesus da Lapa, onde estivera E.Snethlage em 1926, ele permaneceuexplorando os arredores durante a segundaquinzena do mês de fevereiro e o início demarço, pois já no dia 12 desse mêscolecionava em Barreiras, no médio rioGrande, região de cerrado do oeste baiano(J. F. Pacheco, obs. pess.). É justamentedessa excursão, em 1942, o exemplar deButeo albonotatus coletado em Bom Jesusda Lapa por Moojen, mencionado porTeixeira et al. (1987).

São interessantes e informativas asobservações de Donald W. Lamm, da forçaaérea norte-americana, reunidas durante otranscurso de quatro anos (1943-1947), ecerca de 450 horas no campo, espe-cialmente na zona da mata de Pernambucoe Paraíba, divulgadas por ele próprio numformato de lista comentada (Lamm 1948).Nesse período ele visitou em “occasionaltrips” algumas localidades do sertão áridode Pernambuco, Paraíba e mesmo do RioGrande do Norte, especificamente, Equador,em 13 de fevereiro de 1944. As pelescoletadas foram enviadas ao U. S. NationalMuseum, aos cuidados do curador HerbertFriedmann. Advindos de sua temporadabrasileira, são o holótipo de Picumnus exilispernambucensis e o holótipo de Automolusleucophthalmus lammi, descritos de pelescoletadas em Recife (Zimmer 1947a).

Consta que Herbert F. Berla,naturalista do Museu Nacional do Rio deJaneiro, bem como, às vezes, seu filhoRicardo Medeiros Berla e sua esposa IniahM. Berla, coletaram exemplares de aves emPirapora, MG (1946), Janaúba, MG (1949,

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1956, 1958) e os enviaram para instituiçõesnorte-americanas, especialmente FieldMuseum, de Chicago e Los Angeles CountyMuseum (Paynter & Traylor 1991, Pacheco& Parrini 1999). Um dos exemplarescoletados em julho de 1949 por RicardoBerla, em Janaúba, depositado no FieldMuseum, tornou-se o holótipo de Otuscholiba caatingensis, Hekstra (1982). Cabelembrar que suas mais conhecidas coleçõesempreendidas em Pernambuco (1944-1945) limitaram-se à Zona da Mata (Berla1946), embora tenha colecionado ouobservado em algumas áreas campestresdos municípios de Limoeiro e Igaraçu,alguns elementos mais típicos do sertão,notadamente Nothura boraquira, Zenaidaauriculata, Polioptila plumbea eCoryphospingus pileatus, que já haviam láse estabelecido.

No final desta década é publicadauma lista de espécies animais (Rocha 1948),incluindo aves, que representaria aconsolidação das atividades colecionadorasdo Prof. Francisco Dias da Rocha (1869-1960), no âmbito do Ceará. Esse naturalistadirigiu o Muzeu Rocha, de sua propriedade,em Fortaleza, de 1884 até 1959, quando“quase todo o acervo” foi vendido aogoverno do estado do Ceará (Nomura 1964,Paiva 1995). Ele manteve, ao longo de suacarreira como “acumulador de coleções”zoológicas, botânicas, etnográficas earqueológicas, contato amistoso com umasérie de especialistas, notadamenteestrangeiros, das mais diferentes áreas doconhecimento (Nomura 1964). Sua antigacorrespondência com Hermann von Ihering,primeiro diretor do Museu Paulista, deveresponder por algumas amostras suasdoadas àquela instituição (p.ex.:Eupetomena macroura simoni eChrysolampis mosquitus, de Fortaleza,ofertados em dezembro de 1916) (Pinto1938: 255, 276). É verdade que, muitoantes, o Grande Naturalista Cearense,parafraseando Nomura, havia publicado suarelação de aves representadas em seumuseu particular (Rocha 1908, 1911).Entretanto, tal título teve impacto quase nulona ornitologia e está hoje entre as mais raraspublicações de zoologia do Nordeste.

OS ANOS 1950

As Expedições ao Nordeste doDepartamento de Zoologia de São Paulo

A década de 1950 se inicia com duasimportantes “Viagens científicas ao estadode Alagoas”, do Departamento de Zoologia,da então Secretaria de Agricultura de SãoPaulo, sob a inspiração e coordenação deOlivério Pinto. A primeira viagem transcor-rida de meados de setembro a começo deoutubro de 1951, e a segunda de 20 deoutubro a 19 de novembro de 1952.Interessa a esta compilação apenas aprimeira delas, que visitou duas localidadesno sertão alagoano, Palmeira dos Índios eQuebrângulo, onde O. Pinto e E. Dentecoletaram 173 espécies distintas (Pinto1954). Antes dessa iniciativa, Alagoas eraum dos menos conhecidos estados dafederação em termos ornitológicos (Pinto &Camargo 1961: 193). Como resultado diretodessa expedição de 1951-52 computa-se adescrição de sete subespécies novas,endêmicas da Mata Atlântica nordestina, dasquais seis delas permanecem válidas atéhoje (Pinto 1978, Traylor 1979, Snow 1979).

É desta década, o livro intitulado “Avesda Paraíba” (Zenaide 1954), que se constituinuma das boas fontes da presença de váriasespécies (algumas pretéritas) no poucoestudado estado da Paraíba. Nele, HeretianoZenaide, político, fazendeiro e naturalistaamador, descreveu, correlacionou com anomenclatura popular ou tentativamenteidentificou cientificamente, 174 espécies(38% dessas, incorretas segundo Pacheco& Rajão (1993)). Tal título foi aproveitadoapenas na década de 1970, quandoNogueira-Neto (1973) inseriu-o em suabibliografia consultada (Pacheco 1995b) e,em seguida, serviu como base importanteda compilação elaborada por Dekeyser(1979), Pacheco & Whitney (1995) e SchulzNeto (1995), para as aves paraibanas. Suasobservações zoológicas e botânicas sederam, sobretudo, nos municípiossertanejos de Alagoa Grande e Soledade,além das localidades litorâneas de Gramamee Cabo Branco. Entre 1926 e 1951, Zenaide

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foi proprietáro da Usina Tanques, emAlagoa Grande, tantas vezes mencionadaem seu livro como palco de suasexplorações (Pacheco & Rajão 1995).

Em 1957-58 foram empreendidas,pelo Departamento de Zoologia, daSecretaria de Agricultura de São Paulo,quatro produtivas expedições no sentido demelhor conhecer a avifauna do Nordestebrasileiro. Mais uma vez capitaneadas porOlivério Pinto (embora já estivesseoficialmente aposentado desde 1956)(Nomura 1984), sob os auspícios doDepartamento de Zoologia, ConselhoNacional de Pesquisas e Los AngelesCounty Museum, as expedições alcan-çaram importantes resultados, divulgadosem conjunto por Pinto & Camargo (1961).Entre fins de março e meados de abril de1957, a equipe composta por CamargoAndrade (chefe) e Emílio Dente(taxidermista) retornou aos arredores deQuebrângulo, AL, onde buscava, atravésde exploração mais direcionada,suplementar os resultados obtidos naexpedição anterior. Em seguida, comoparte da segunda etapa, os técnicosrumaram para o interior da Paraíba, ondenos arredores de Curema, não longe dePiancó, as coletas se estenderam de abrila junho e, posteriormente, exploraram olitoral do mesmo Estado. As coleções deaves reunidas naquela oportunidaderepresentaram as primeiras da Paraíba aserem integradas às coleções do Depar-tamento de Zoologia.

A terceira expedição da série se deuentre 8 de março e 4 de maio de 1958, nonoroeste da Bahia, em exploraçõesdirigidas nas localidades de Buritirama,Santa Rita de Cássia (hoje Ibipetuba),Maracujá e Barra, resultando numaamostragem de 143 espécies. Essa regiãojá havia sido explorada ornitologicamentepela Expedição Austríaca de 1903 e, emparte, por E. Garbe em 1908 e 1913. Pinto& Camargo (1961: 194) declararam que amotivação principal dessa etapa eraverificar a possível existência das ararasCyanopsitta spixii e Anodorhynchus leari.Ambos os objetivos “se viram, porém

frustados”. A quarta, e derradeira,expedição teve como palco o estado doCeará, onde apesar da grande estiagem,os técnicos conseguiram obter umarepresentativa coleção de aves. Os pontosexplorados foram a bem conhecida Serrade Baturité, entre 16 e 29 de julho, seguidapor Açudinho, na “boca do sertão”, naprimeira quinzena de agosto, Itapipoca, de17 a 25 de agosto e, por fim, o lugarejo deMosquito, perto de Icaraí, na orla marítima,junto a grandes extensões de mangue,entre 26 de agosto e 8 de setembro de1958. Dentre as subespécies descritas porPinto & Camargo (1961), duas têmconexão com a Caatinga: Reinardasquamata orientalis e Picumnus limaesaturatus (= Picumnus fulvescens ,descrito apenas alguns meses antes porStager (1961)). Uma outra forma válidadescrita a partir de material desta últimaexpedição é restrita ao enclave florestalmontanhoso da Serra de Baturité,Selenidera maculirostris baturitensis Pinto& Camargo (1961).

A resenha proposta por este trabalhofecha exatamente com estas iniciativasprojetadas por Olivério Pinto, marco finaldo ciclo maior das coleções ornitológicasno semi-árido nordestino, iniciado porOtmar Reiser, em 1903. Lança-se aqui odesafio de melhor depurar as cir-cunstâncias e contextos das váriasiniciativas de pesquisa ornitológicamencionadas, bem como o desafio deampliar a abrangência histórica desseprocesso até os dias de hoje.

Neste sentido, em termos maisamplos, é preciso que seja fomentado oinventário generalizado das coleçõesornitológicas realizadas no Brasil edepositadas nas instituições nacionais eestrangeiras, tal qual aquele executado paraas coleções de aves venezuelanas,existentes nos muitos museus europeus enorte-americanos, há mais de cinqüentaanos. Muitas coleções de aves feitas noBrasil, algumas delas representativas, sãoainda muito mal conhecidas em seusresultados. A ornitologia brasileira precisaredescobrir o Sertão e todo o restante.

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OS ÚLTIMOS QUARENTA ANOS

O permanente acúmulode informações regionais

A seguir estão listadas as fontespublicadas nas últimas quatro décadas, emordem cronológica, que diretamentetrataram da ornitologia da Caatinga, cominserção de alguns títulos que, indi-retamente, influenciaram o conhecimentoda avifauna desse bioma:

• Menezes (1960) relata sete casos deingestão de aves aquáticas pelo pirarucu,em açudes do Ceará e Paraíba entre osanos de 1947 e 1950.

• Aguirre (1964) apresenta a histórianatural da avoante, Zenaida auriculata,no âmbito do Nordeste, com relatos dasobservações biológicas e comentáriossobre os sistemas de captura eexploração comercial.

• Sick (1969) discute o problema das avesameaçadas de extinção no Brasil,relacionando causas e recomendandomedidas. Fornece uma lista de 46espécies consideradas ameaçadas emnível nacional, das quais Anodorhynchusleari e Cyanopsitta spixii, sãodiretamente relacionadas com aCaatinga.

• Sick (1971) relata as expansões geográ-ficas do pardal, Passer domesticus noBrasil. Faz menções de sua ocorrênciano Maranhão, Piauí, Ceará e Per-nambuco.

• Aguirre (1972) relata a nidificação daavoante, Zenaida auriculata, no âmbitodo Nordeste.

• Sick (1972) inclui a republicação do textoconstante em Sick (1969).

• Aguirre (1973) contém a primeiracontribuição acerca dos hábitosalimentares da avoante, Zenaidaauriculata, no âmbito do Nordeste.

• Aguirre (1974) contém a segundacontribuição acerca dos hábitosalimentares da avoante, Zenaidaauriculata, no âmbito do Nordeste.

• Machado & Kawall (1975) discutem arelação taxônomica entre Aratingajandaya e A. soltitialis.

• Aguirre (1975) contém a terceiracontribuição acerca dos hábitosalimentares da avoante, Zenaidaauriculata, no âmbito do Nordeste.

• Aguirre (1976) inclui texto elaborado apartir da consolidação dos escritosparciais do autor (Aguirre 1964, 1972,1973, 1974, 1975) acerca dos costumese extermínio da avoante, Zenaidaauriculata, no Nordeste.

• Coelho (1977) relata a ocorrência deOrtalis guttata em ambiente cavernícola,a partir de registro procedido em 27 demarço de 1970, no município de Buíque,interior de Pernambuco.

• Coelho (1978) apresenta uma lista de273 espécies registradas emPernambuco, das quais apenas 39 nãoforam colecionadas. Algumas poucasespécies obtidas nos estados vizinhos(Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande doNorte) foram relacionadas.

• Pinto (1978) compreende a ediçãoatualizada do primeiro volume docatálogo das aves do Brasil por Pinto(1938), sem a relação dos exemplaresdo Museu de Zoologia da USP.

• Dekeyser (1979) compila as aves daParaíba, a partir de Zenaide (1954) ePinto & Camargo (1961), correlacio-nando-as e incluindo a tentativa deidentificação de várias das espéciesmencionadas na primeira fonte.

• Coimbra-Filho & Maia (1979) listam cercade 85 espécies ocorrentes no ParqueNacional de Sete Cidades, derivadas deconstatação direta dos autores ou detestemunho de moradores mais antigos.Algumas espécies desaparecidas, masrecordadas por moradores mais antigosforam incluídas. Predomina na área doParque a fitofisionomia do cerrado cominterferência de outros ecossistemas,sobretudo da Caatinga.

• Sick (1979a) destaca, no primeiro deuma série de artigos, a descoberta dapátria de Anodorhynchus leari.

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• Sick (1979b) divulga notas biológicas oude distribuição de 20 espécies, incluindoa ocorrência de Caprimulgus lon-girostris, no Raso da Catarina, em áreade Caatinga.

• Sick (1979c) aborda a migração das avesno Brasil, conferindo algum destaque aofenômeno singular de migração dasavoantes no Nordeste.

• Sick & Teixeira (1979) tratam dasespécies de aves ameaçadas do Brasil,abordando os fatores da extinção.Acompanha uma lista comentadas de 50táxons considerados ameaçados deextinção, incluindo Anodorhynchus learie Cyanopsitta spixii, diretamenterelacionados com a caatinga.

• Sick et al. (1979) relatam a descobertano campo de Anodorhynchus leari.Segundo relato da série.

• Oniki (1980) fornece dados de biomassa,tempetura cloacal e estágio de muda, apartir de capturas realizadas, dentreoutras localidades, nos arredores deJanuária, MG.

• Sick & Teixeira (1980) divulgam, noterceiro relato da série, a descoberta dapátria de Anodorhynchus leari.

• Sick (1981b) discute a conservação daararas azuis, sobretudo deAnodorhynchus leari.

• Miranda e Miranda (1982) mencionamum total de oito espécies no presenteestudo, no qual os autores, sendoherpetólogos, apenas tentativamentetratam da avifauna.

• Bucher (1982) discute e analisa a formade reprodução da população nordestinade Zenaida auriculata.

• Antas (1983a) relata a nidificação deColumbina minuta no solo, em PedroAvelino (RN).

• Rigueira et al. (1983) divulgam o registrode 106 espécies em Caatinga do Moura,no sertão baiano, derivado de inventárioprocedido em julho de 1982.

• Lopes et al. (1983) assinalam o registrode 95 espécies na localidade de Brejões,distrito de Morro do Chapéu, no noroesteda Bahia, como resultado do trabalho

de campo efetuado em julho de 1982.

• Sick (1985) apresenta, em sua obramaior, diversas informações inéditas,sobretudo biológicas, acerca da avifaunada Caatinga.

• Yamashita & Coelho (1985) assinalam aexistência de Propyrrhura maracana ePyrrhura anaca na Reserva Biológica deSerra Negra.

• Yamashita & Antas (1985) discutem asrelações taxonômicas entre Aratingajandaya e Aratinga auricapilla.

• Yamashita (1985) relaciona dadoscomportamentais de Anodorhynchusleari, endêmica do nordeste da Bahia,partir de observações procedidas emjulho de 1983.

• Azevedo Jr. (1986) relata a existência deninhal de Zenaida auriculata em culturade sorgo, na região de Cruz de Malta,sertão pernambucano.

• Nascimento & Serrano (1986) divulgamos resultados parciais do levantamentoda avifauna procedido na região doSeridó, onde haviam sido identificadas,até aquela ocasião, 56 espécies.

• Teixeira et al. (1986) divulgam extensõesde distribuição para aves no Nordeste,num total de 21 casos, apresentandoregistros, sobretudo da Mata Atlântica deAlagoas, com um caso no sertãoparaibano, referente a Neocrexerythrops.

• Andrade et al. (1987) relatam o reen-contro de Xiphocolaptes [falcirostris]franciscanus, em 1985, no norte deMinas Gerais.

• Sick et al. (1987) relata a redescoberta deAnodorhynchus leari e também apresentauma lista completa das espéciesregistradas pelos autores na região do Rasoda Catarina, nordeste da Bahia. Algunsexemplares foram taxidermizados eincorporados a coleção seriada do MuseuNacional do Rio de Janeiro.

• Yamashita (1987) divulga observaçõesbiológicas de Anodorhynchus leari,espécie endêmica e ameaçada daCaatinga.

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• Coelho (1987) apresenta uma lista deaves observadas na Reserva Biológicade Serra Negra, resultante de 14 viagensmensais à area, entre novembro de1974 e janeiro de 1976. Para cadaespécie é indicado o ambiente(caatinga, mosaico ou floresta) na qualfoi encontrada.

• Paiva (1987) relaciona a distribuição eabundância de algumas aves do estadodo Ceará, pertencentes às ordens deTinamiformes a Columbiformes, emuma tentativa de correlação entre asdenominações científicas e os nomesvulgares.

• Antas (1987a) divulga, com maisdetalhes, os dados acerca da reproduçãono solo de Columbina minuta em PedroAvelino, RN, antecipada em Antas(1983a).

• Antas (1987b) relaciona a reprodução deZenaida auriculata na área da Caatingacom os diferentes substratos, consoli-dando a informação prévia presente emAntas (1983b).

• Teixeira et al. (1987) apresenta, nosmoldes do relato anterior (Teixeira et al.1986), 18 casos, sendo que apenas osdo Buteo albonotatus e Passerdomesticus interessam a essa com-pilação.

• Olmos & Souza (1988a) antecipamdados relevantes do levantamentorealizado no Parque Nacional da Serrada Capivara, Piauí, divulgado poste-riormente na íntegra (Olmos 1993).

• Azevedo Jr. (1988) relaciona os projetosde anilhamento efetuados ou emandamento no âmbito do Nordeste,destacando aqueles voltados para oestudo dos padrões de movimentaçãode Zenaida auriculata.

• Sick et al. (1988) apresentam osresultados preliminares do anilhamentode Streptoprocne biscutata empreen-dido na furna do Bico da Arara, FazendaIngá, município de Acari.

• Andrade et al. (1988) relatam, com maisdetalhes e com ilustrações, o reencontro

de Xiphocolaptes [falcirostris] fran-ciscanus, em 1985, no norte de MinasGerais, antecipado por Andrade et al.(1987).

• Teixeira et al. (1988) apresenta, em suaterceira contribuição, nos moldes dosdois relatos anteriores (Teixeira et al.1986, 1987), informações sobre adistribuição de 16 espécies, das quaisapenas Geranoaetus melanoleucus eCranioleuca semicinerea interessam apresente compilação.

• Olmos & Souza (1988b) registramIxobrychus involucris para o ParqueNacional da Serra da Capivara, Piauí.

• Teixeira (1989a) assinala Xenopsarisalbinucha para Delmiro Gouveia,Alagoas, e tece comentários acerca daplumagem imatura da espécie.

• Teixeira (1989b) apresenta dadosbiológicos de Megaxenops parnaguae,provenientes de observações efetuadasna Chapada do Araripe, Ceará.

• Azevedo Jr. (1989) apresenta dadosrelativos a um censo de ninhos,verificação de substratos e época dereprodução de Pseudoseisura cristata,no trecho de caatinga entre Remanso eCuraçá, Bahia.

• Teixeira & Luigi (1989) discutem adistribuição, taxonomia, hábitat, com-portamento, vocalização e reproduçãode Cranioleuca semicinerea, apre-sentados a partir de observaçõesdesenvolvidas em Quebrângulo, Ala-goas, durante os meses de fevereiro-março de 1987.

• Azevedo Jr. & Carvalho (1989) relatam oanilhamento de 120 indivíduos jovens deCasmerodius albus em ninhal localizadona margem baiana do Lago de Itaparica,município de Nova Rodelas, emsetembro de 1988.

• Sales Jr. (1989) apresenta dadospreliminares sobre movimentaçãomigratória de Sporophila lineola noestado do Ceará.

• Silva (1989) apresenta, na listasistemática contida no apêndice dessa

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dissertação, referências a exemplarescoletados pelo autor e equipe emItacarambi, norte de Minas.

• Teixeira et al. (1989) apresenta, na quartacontribuição da série, novas informaçõessobre a distribuição de 18 espécies deaves nordestinas. Quatro delas, Aratingaacuticaudata, Megaxenops parnaguae,Xenopsaris albinucha e Knipolegusnigerrimus, de interesse para o presentetrabalho.

• Marini & Cavalcanti (1990) relatampadrões de distribuição e possíveis rotasmigratórias de Elaenia albicepschilensis e Elaenia chiriquensisalbivertex na América do Sul. Algunspontos da Caatinga estão inseridos nadiscussão.

• Azevedo Jr. & Antas (1990a) apresentamdados de alimentação de Zenaidaauriculata a partir de coletas efetuadasem Remanso, Bahia, e Caicó, RioGrande do Norte.

• Azevedo Jr. & Antas (1990b) divulgamnovos dados da reprodução de Zenaidaauriculata a partir de trabalhos decampo desenvolvidos em seis estadosnordestinos.

• Azevedo Jr. & Antas (1990c) apresentamtécnicas de captura e anilhamento deZenaida auriculata no âmbito dostrabalhos desenvolvidos no Nordeste.

• Studer & Vielliard (1990) descrevem oninho de Furnarius figulus encontradoem Quebrângulo, Alagoas.

• Brandt & Machado (1990) apresentamo comportamento alimentar deAnodorhynchus leari, espécie endêmicada Caatinga, ameaçada de extinção.

• Sick (1991) descreve a subspécieStreptoprocne biscutata seridoensis,proveniente de Acari, RN, sertão doSeridó.

• Juniper & Yamashita (1991) apresentaminformações sobre a conservação daaltamente ameaçada Cyanopsitta spixii.

• Mattos et al. (1991) apresentam a listade aves para 16 localidades do noroestede Minas Gerais, a partir de levantamento

realizado (visual, auditivo, captura emredes) entre julho de 1985 e julho de1990, incluindo variadas fisionomiasvegetais. Possuem interesse específicopara esta compilação as aves da caatingaencontradas nas localidades de Januária,Itacarambi, Montalvânia, Manga,Janaúba, Mirabela, São Francisco, SãoRomão e Pirapora.

• Schluter & Repasky (1991) apresentamum estudo quantitativo correlacionandoa abundância de sementes e Finches emáreas áridas e semi-áridas no Quênia,Estados Unidos, Brasil e Argentina. Asduas localidades brasileiras incluídas notrabalho foram uma próxima de Florestae outra perto de Orocó, distantes 100kmuma da outra, ambas no interior dePernambuco.

• Willis & Oniki (1991) apresentam oresultado de inventários durante oito diasem três locais diferentes nas imediaçõesde Januária, norte de Minas Gerais,juntamente com outros nove pontospercorridos no estado de Minas Gerais.

• Silva (1991) apresenta uma revisãosistemática e biogeográfica de Nystalusmaculatus.

• Teixeira et al. (1991) divulgam dadoscomportamentais de Megaxenopsparnaguae, dentre outras espécies.

• Olmos (1992) discute aspectosconservacionistas do Parque Nacional daSerra da Capivara, incluindo elementosda fauna e flora regionais.

• Teixeira (1992b) trata de aspectosbiológicos e taxonômicos de Gya-lophylax hellmayri, espécie endêmicada Caatinga.

• Sick (1993) é a edição americana,traduzida por William Belton, de sua obra(Sick 1985), ampliada e revista pelopróprio, o qual havia falecido em marçode 1991.

• Teixeira et al. (1993) divulga, na quintacontribuição da série iniciada em Teixeiraet al. (1986), novas ocorrências para 24espécies. Destas, dez são de interessedessa compilação.

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• Olmos (1993) lista 208 espécies para oParque Nacional da Serra da Capivara,atribuindo status de ocorrência, hábitate nível de sociabilidade para cada uma. Éa mais representativa das fontespublicadas para a avifauna dos sertõespiauienses desde o trabalho de Reiser(1910, 1925). Os trabalhos de levan-tamento foram procedidos pelo próprioautor em dezembro de 1986, julho de1987, julho e dezembro de 1989, e demarço a maio e julho de 1991, utilizando-se de técnicas de observação, gravaçõesde áudio e redes de neblina.

• Teixeira & Luigi (1993) apresentamdados de taxonomia, distribuição,hábitat, comportamento, vocalização ereprodução de Poecilurus scutatus, apartir de observações desenvolvidas nosestados de Alagoas, Ceará e MinasGerais.

• Nascimento et al . (1993) tratamespecificamente da avifauna do lagoartificial de Sobradinho, médio rio SãoFrancisco, antecipando relevâncias enúmero parcial (87) de espéciesencontradas.

• Almeida & Teixeira (1993) apresentamdados preliminares acerca do gêneroPicumnus no âmbito do Nordesteextremo do Brasil.

• Studer & Teixeira (1993) divulgamdados reprodutivos e ecológicos deAegolius harrisii provenientes doNordeste.

• Whitney & Pacheco (1994) apresentamdados de comportamento (especial-mente forrageamento), vocalizações einterrelações de duas espécies quaseendêmicas da Caatinga do Nordeste,Megaxenops parnaguae e Gyalo-phylax hellmayri.

• Lencioni-Neto (1994) descreveChordeiles vielliardi, espécie debacurau privativa das várzeas do rio SãoFrancisco. Uma apresentação de novosregistros e das relações de parentescodo presente táxon com Nyctiprognecomo alocação genérica está em curso(Whitney et al., no prelo).

• Pacheco & Whitney (1995) fornecemdados sobre extensão de distribuição de17 espécies do nordeste, duas das quaisrelacionadas com ocorrências noâmbito do bioma Caatinga.

• Schulz Neto (1995) apresenta uma listacompilatória das aves da Paraíba,baseada em bibliografia pertinente, cominclusão de alguns informaçõesinéditas. Para cada espécie é dada umadistribuição específica em relação asonze regiões fisiográficas do estado. Asregiões 4-11, compreendendo o agrestee os sertões são de interesse diretodessa compilação.

• Farias et al. (1995) divulgam a listapreliminar de aves de Pernambuco.Entretanto, como não indica as regiõese os hábitats onde as espécies foramregistradas, a lista é de pouco proveitopara a compilação pretendida. Asespécies derivadas de observações dosautores seriam de grande interesse.

• Souto & Hazin (1995) apresentam umatabela com 338 espécies de aves (semmenção nominal das mesmas)distribuídas, através de sub-totais, pelas57 famílias e 19 ordens admitidas comoocorrentes na Caatinga, com vistas auma avaliação da diversidade do bioma.Répteis e mamíferos são, de formasimilar, avaliados.

• Souza (1995) divulga a lista de aves doestado da Bahia, nova edição, comindicação da área de distribuição a partirda literatura e de observações do autore de colaboradores.

• Whitney et al. (1995) tratam dataxonomia de Hylopezus nattereri,espécie endêmica da Caatinga,fornecendo dados biológicos edistribucionais.

• Lencioni-Neto (1996) descreve umasubespécie privativa do interior daBahia, Knipolegus nigerrimus hoeflingi.

• Nascimento (1996a) lista 155 espéciesde aves registradas para a FlorestaNacional do Araripe, Ceará, decorrentesde levantamento realizado entre maiode 1994 e junho de 1995.

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• Nascimento & Schulz Neto (1996) listam141 espécies de aves registradas para aFloresta Nacional do Araripe, Ceará,decorrentes de levantamento realizadodurante o ano 1995, sobretudo.

• Vielliard (1996) apresenta comentáriosde natureza biogeográfica, incluindorelações de afinidade com outrosbiomas, para a avifauna do Nordestebrasileiro.

• Sick (1997) é a edição revista eampliada de sua Ornitologia Brasileira,com inúmeras passagens de interessepara o conhecimento da avifauna daCaatinga.

• Raposo (1997) descreve a espécieArremon franciscanus, privativa dasmatas secas da porção meridional dobioma Caatinga.

• Naka (1997) descreve o ninho, ovos eoutros aspectos reprodutivos deAratinga cactorum, espécie endêmicada Caatinga.

• Silva & Oren (1997) descrevem asvariações de plumagem e aspectosconservacionistas atinentes a Xipho-colaptes falcirostris, espécie endêmicado bioma Caatinga.

• Olmos (1997) discute o status das seisespécies de psitacídeos registradas parao Parque Nacional da Serra da Capivara,Ara chloroptera, Ara maracana,Aratinga leucophthalmus, Aratingacactorum, Forpus xanthopterygius eAmazona aestiva, abordando, adicio-nalmente, hábitos reprodutivos e deforrageamento. Cita, ainda, o registro deCyanopsitta spixii, a partir de relatos deterceiros.

• Parrini et al. (1999) listam 359 espécies,como resultado de sete visitasrealizadas, entre 1990-1996, na regiãoda Chapada Diamantina, Bahia. Váriasespécies foram registradas em ambientede caatinga ou transicional entrecaatinga e os ambientes encontradosnessa região (campos rupestres,cerrado e mata estacional), além deambientes aquáticos ou antropizados.

• Souza (1999) apresenta novasocorrências para a Bahia, incluindo aregião da Caatinga, especialmentederivadas de observação de terceiros,que visam subsidiar os registrosinseridos na nova edição da Lista daBahia (Souza 1995).

• Neves et al. (1999) apresentam umalista de 146 espécies observadas e/oucapturadas em rede para a FazendaTamanduá, município de SantaTerezinha, sertão paraibano de Piranhas.

• Fiuza (1999) divulga o conteúdo datese original da autora, que versa sobrea avifauna da Caatinga do estado daBahia, incluindo a compilação dedados publicados, acrescidos de notasde observação do editor DeodatoSouza.

• Sousa (1999) apresenta dadosreprodutivos e de alimentação deGeranoaetus melanoleucus, coligidosna área de Xingó, estados do Sergipe eAlagoas.

• Nascimento (2000) disponiliza oinventário de duas UCs do bioma, aEstação Ecológica de Aiuaba, no Ceará,e da Estação Ecológica do Seridó, nooeste do Rio Grande do Norte. Sãolistadas 154 espécies para a primeira e116 para a segunda. O inventárioempreendido em área de Caatinga doRio Grande do Norte se reveste derelevância em vista da escassez dedados específicos publicados para esteEstado.

Fontes adicionais que trataram, nosúltimos seis anos, da avifauna delocalidades da Caatinga (ou simplesmente,implicaram-na) e de espécies endêmicasou ameaçadas desse bioma foram asseguintes: Da-Ré (1996), Griffiths & Tiwari(1995), Leite et al. (1997), Lima (1999),Munn (1995), Nascimento (1996b), Pereira(1995), Pineschi (1994/1995), Raw(1996), Reynolds (1995), Silva(1995), Straube (1995), Studer & Teixeira(1994), Vasconcelos & Figueiredo (1996),Whitney (1996).

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Símbolos da coluna de espécies:

** Espécie endêmica da Caatinga (com menor ou sem ocorrência nos biomas adjacentes)

* Forma do Nordeste (ou parte da população) com admitida diferenciação subespecífica

^ População do Nordeste disjunta do restante da população encontrada em outro bioma

# Espécies que Spix (1824-25) foi o primeiro a indicar para a Caatinga

Estados ou regiões:

MA - Maranhão

PI - Piauí

CE - Ceará

RN - Rio Grande do Norte

PB - Paraíba

PE - Pernambuco

AL - Alagoas

neBA - nordeste da Bahia (região do baixo rio São Francisco a jusante de Juazeiro, com limite ocidental arbitrário correspondente à cumeeira da serra doTombador ou rio Salitre e meridional na BR-242)

coBA - centro-oeste da Bahia (região correspondente a drenagem do rio São Francisco entre a fronteira mineira e os limites arbitrados para a região acima)

seBA - sudeste da Bahia (região semi-árida entre a Zona da Mata e a cadeia do Espinhaço ao sul da BR-242)

MG - Minas Gerais (vale do rio São Francisco ao norte de Pirapora)

ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia

Crypturellus noctivagus* Re10 Ro48 F881 Pi38 Fi99 W821 Ag36Crypturellus parvirostris He29 He29 Ze54 Fo93 He08 He29 Fi99 Pi38Crypturellus tataupa #* S28a Re10 Sn26 Ze54 F881 Na32 Re25 W833 M38bRhynchotus rufescens* HS27 Re05 Ro48 Ze54 F881 Pi54 Re25 Fi99 Pa99 LM15Nothura boraquira^ S28a Ih07 He29 Na00 Ze54 Pi54 He06 Re10 Pa99 WO91Nothura maculosa* CM79 Na32 Na00 La48 Fo93 Si87 Fi99 Fi99 S825Rhea americana NP16 Ro48 M648 Ze54 F881 Re10 W821 S828Tachybaptus dominicus Re10 Ro48 Na00 Ze54 Re10 Re10 Pa99 Pi32Podilymbus podiceps He29 Na00 Ze54 Fi99 Pa99 Ma91Phalacrocorax brasilianus OL93 Ro48 Na00 SN95 Fi99 Re25 Pa99 Pi38Anhinga anhinga Re10 Ro48 Na00 Re10 S828Ardea cocoi Re10 Ro48 Me60 Na28 Re25 Pa99 S828Casmerodius albus Re10 Ro48 Na00 La48 Re25 Re10 Pa99 S828Egretta thula Re10 Ro48 Na00 Ze54 Na28 Re10 Pa99 S828Egretta caerulea Re25 Ro48 La48 Na28 Re25 Mo40Egretta tricolor Te93Bubulcus íbis CM79 Na00 SN95 Pa99 Fi99 Pa99 Ma91Butorides striatus Re25 Sn26 Na00 La48 Fo93 Re10 Re10 Pa99 Mo40Syrigma sibilatrix OL93 Ma91Pilherodius pileatus Re10 Te93 He48 S828Nycticorax nycticorax Re10 Ro48 Na00 La48 Re10 Re25 Ag36Tigrisoma lineatum Re10 Ro48 Na00 Ze54 Pa99 LM15 Pa99 S828Ixobrychus involucris OL93Cochlearius cochlearius Re10 Pi38Theristicus caerulescens Te93Theristicus caudatus Re10 Ro48 Ze54 LM15 W821 Pi38Mesembrinibis cayennensis NP16 Ro48 Ne99 LM15 Mo40Phimosus infuscatus # Re10 Re25 Re10 Pi38Platalea ajaja NP16 Ro48 Re10 W821 S828Mycteria americana Re10 Ro48 PR93 Re25 Re25 W821 S828Jabiru mycteria Ro48 W821 S828

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ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia Continuação

Ciconia maguari Fi99 W821Sarcoramphus papa Re25 Ro48 Si87 Pa99 WO91Coragyps atratus S28a NP16 Ro48 Na00 La48 La48 Fo93 Re25 Re10 Pa99 LM15Cathartes aura S824 Ro48 Na00 Ze54 La48 Fo93 Re10 LM15 Pa99 LM15Cathartes burrovianus CM79 Ro48 Na00 Ze54 Fo93 Pa99 Fi99 Pa99 LM15Dendrocygna bicolor CM79 Ro48 Ze54Dendrocygna viduata Re10 Ro48 Na00 La48 Pi54 Re10 Re10 W821 S828Dendrocygna autumnalis Re10 He29 La48 Re10 Re10 Pa99 Pi38Anas bahamensis Ro48 Ze54 Pi54 Fi99 Re25 W833Anas georgica Te93Anas discors LL82 LL82 LL82 LL82 LL82 LL82Netta erythrophthalma CM79 Ro48 Si97 De78 Si85 Na93 Pa99Amazonetta brasiliensis Re25 Ro48 Na00 Ze54 Pi54 Re10 Re25 Pa99 S828Sarkidiornis melanotos Re25 Ro48 Te92 La48 F881 Fi99 Re10 W821 Ma91Cairina moschata Re10 Ro48 SN95 Re25 Re10 Pa99 S828Oxyura dominica Re10 Ro48 Ze54 Re10 Re10 Re25 W821 Ma91Anhima cornuta Re25 Pi38Elanus leucurus Ze54 La48 Fo93 Si87 Pa99 Ma91Gampsonyx swainsonii He29 Re10 Sn26 Ze54 Pi35 Re10 Pa99 Pi38Elanoides forficatus S28a Ro48 Ag36Leptodon cayanensis # Re10 Pa99Chondrohierax uncinatus Co87 Ma91Ictinia plumbea S824 Ze54 Pi38Rostrhamus sociabilis Re10 Ro48 Na00 Ze54 Re25 Re10 Na93 Pa99 Pi38Accipiter bicolor S28a Re10 Sn26 PC61 Co87 Pi54 Pi38 Re10 Pa99 Pi38Accipiter erythronemius PW95 Pi38 PC61Geranoaetus melanoleucus S79b Al85 Co78 TN88 S79b Si85 Pa99Buteo albicaudatus OL93 PW95 Fo93 Ca69 Pa99 Ma91Buteo albonotatus OL93 Sn26 TN87 Pa99Buteo swainsoni OL93Buteo brachyurus OL93 PC61 PC61 Pi38 Pa99Buteo nitidus Re10 Na00 Ne99 Pa99 Pa99 WO91Buteo magnirostris* S28a S824 He29 Na00 Ze54 La48 Pi54 Re10 Re10 Pa99 WO91Parabuteo unicinctus He49 Fi99 Pa94 Pa99Busarellus nigricollis Re10 Re25 Re10 Ma91Buteogallus meridionalis Re10 Ro48 Co78 Ze54 La48 Fo93 He49 Re10 Pa99 Pi38Buteogallus urubitinga Re10 Ro48 La48 La48 Ag36Harpyhaliaetus coronatus Co92 Pa99Circus buffoni Re25Geranospiza caerulescens S28a Re10 He29 PC61 He29 Re10 Pa99 Pi38Pandion haliaetus Re25 Pa99Herpetotheres cachinnans # Re10 Ro48 Ze54 F881 Fo93 Si85 Re10 Pa99 Pi38Micrastur semitorquatus # Te93 Pa99Micrastur ruficollis Re10 Sn26 PC61 Co87 Fo93Milvago chimachima S28a Re10 Ro48 Ze54 Fo93 Re25 Re10 W821 Ag36Caracara plancus S28a Re10 Ro48 Na00 La48 La48 Fo93 Re10 Re10 W830 Ag36Falco peregrinus SS96 SS96 SS96 SS96 Pi38 SS96Falco deiroleucus Re10 Re25Falco rufigularis S28a Re10 Re25 Pi38 Pa99 Pi38Falco femoralis S28a Re10 PC61 Re10 PC61 Re10 Re10 Pa99 Pi38Falco sparverius Re25 C15b Na00 Ze54 La48 Re10 Re10 Pa99 Pi32Ortalis guttata - Re10 Ro48 Ze54 F881 Fo93 He42 Fi99 W833Penelope superciliaris Re10 Sn26 Ze54 F881 PC61 Pa99 Ag36

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ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia Continuação

Penelope jacucaca** Re10 Ro48 PC61 Co78 S825 Re25 Pa99Aramus guarauna Re10 Ro48 Ze54 Fo93 Fi99 W821 S825R.al lus nigr icans Pi54 Pa99 S825Ral lus maculatus He29 Fi99Aramides mangle He29 Pi35Aramides cajanea He29 Re10 He29 Na00 Ze54 Fo93 Fi99 Re25 Pa99 Pi38Aramides ypecaha Re10 Re10 S825Porzana albicol l is OL93 De79 Fo93 Pa99 WO91Lateral lus exi l is Pa99Lateral lus melanophaius Re10 Ro48 Pi54 Pa99 Ma91Lateral lus v i r idis Fo93 Pa99 Pa99Neocrex erythrops Fo93Porphyr iops melanops Ro48 Re10 Pa99Gal l inula chloropus Re25 Ro48 Na00 La48 Re25 Pi54 Re10 Re25 Pa99 S828Porphyrula mar t in ica Re25 Sn26 Na00 Ze54 Re25 Re10 Re10 Pa99 Ma91Cariama cristata Re10 M38a Na00 Ze54 F881 Re10 Re10 W821 LM15Jacana jacana He29 Re10 He29 Na00 La48 Re25 Fo93 Re10 Re10 Pa99 LM15Vanel lus chi lensis NP16 Ro48 Na00 Ze54 La48 Fo93 Re10 LM15 W821 S828Hoploxypterus cayanus Re10 Ro48 Na00 PC61 Re10 Re10 Ma91Charadr ius col lar is Re10 Sn26 La48 Re10 Re10 Re10 Ma91Tringa solitár ia OL93 Na00 La48 Re10 Re10 Pa99 Ma91Tringa flavipes OL93 PC61 Ze54 Re10 Re10 Ma91Tringa melanoleuca Fi99 Fi99 Ma91Actit is macular ia Re25 PC61 Fi99 Re25 Ma91Cal idr is minut i l la Re25 PC61 Re10 Re10Cal idr is fuscicol l is Re10Bar tramia longicauda LL82 Re10Gal l inago paraguaiae Re10 PC61 Ze54 Fo93 Re10 LM15 Pa99 Pi38Himantopus himantopus Re10 Ro48 Re10 Re10 S828Phaetusa simplex # Re10 Re10 Re10 Re10 Pi38Sterna h i rundo LL82 LL82 Fi99Sterna superci l iar is Re10 Ro48 La48 Re10 Pi38Rynchops n iger Re10 Ro48 Re10 Pi38Columba livia Pa99 Ma91Columba picazuro S28a Re10 Ro48 Na00 Ze54 F881 Re10 Re10 W821 Pi38Columba cayennensis NP16 Ro48 Re10 He42 Ag36Zenaida auriculata* S28a Re10 Sn26 Ag64 Ih35 La48 Ag64 Re10 Re25 Pa99 Mo43Columbina minuta He29 Re10 Sn26 A83a Ze54 Pi54 Re10 Re10 Pa99Columbina ta lpacoti S28a He29 Sn26 Na00 Ze54 F881 Pi54 Re10 Re25 He42 Ag36Columbina picu i*^ S28a S825 Sn26 Na00 Ze54 Co78 Re10 Pi38 Pa99 WO91Claravis pret iosa OL93 Sn26 Ze54 Fo93 Re25 PC61 Pa99 Ma91Scardafella squammata S28a Re25 Co17 Na00 Ze54 F881 Re10 Re25 W821 LM15Leptot i la verreauxi* S28a Re10 Co17 Na00 La48 F881 Pi54 He29 Re10 He29 Pi38Leptoti la rufaxi l la Ro48 Na00 Ze54 He42 Pa99 Ma91Anodorhynchus lear i** Pi50 Fi99Cyanopsit ta spix i i** Re25 S824 LM15Ara ararauna # Re10 Ro48 Re25 W832 Ag36Ara chloroptera Re10 Ro48 W821 Ma91Propyrrhura maracana # Re10 MR26 Co78 Si87 Re10 Pa99 Mo43Arat inga acuticaudata*^ Re10 MR26 Co78 TN89 Re10 S824Arat inga leucophthalmus Re10 Ro48 Ze54 MR26Aratinga auricapil la W832 MR26Aratinga jandaya S28a S824 Ze54 F881 Re10

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ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia Continuação

Aratinga cactorum** S28a S824 Co18 Na00 Ze54 F881 S824 He06 W821 S824Aratinga áurea S28a Re10 Ro48 SN95 Re10 He29 MR26Forpus xanthopterygius #* S28a Re25 MR26 Na00 Ze54 La48 Pi54 Re10 Re10 Pa99 Ag36Amazona aestiva Re10 Ro48 Ze54 F881 Re25 Re10 W821 Ag36Coccyzus melacoryphus Re10 C19c Ze54 Pi54 Re10 Re10 Pa99 Ma91Coccyzus cinereus Re10Coccyzus americanus Te93 Ma91Coccyzus euleri PC61 Fo93 PC61 Pa99Piaya cayana* S28a Re10 C15b La48 Pi54 Pi35 Re10 C19c Mo40Crotophaga ani CM79 Ro48 Na00 Ze54 F881 Pi54 Re10 Re25 Pa99 WO91Crotophaga major S828 Ro48 PC61 Re10 Ma91Guira guira Re10 C19c Na00 Ze54 La48 Pi54 Re10 Re10 W832 Mo40Tapera naevia Re10 Sn26 Na00 Ze54 F881 PC61 Pi35 Fi99 Pa99 Mo40Dromococcyx phasianellus Re10 Ze54 Pi38 Fi99 WO91Tyto alba OL93 Ro48 Na00 Ze54 Co87 Fo93 Re10 Re10 Pa99 Ma91Otus choliba OL93 Sn26 Ze54 Co87 Fo93 Si87 Re10 Pa99 Pi32Bubo virginianus* OL93 Ro48 Re10Glaucidium brasilianum S28a Re10 Co18 Na00 Ze54 Fo93 Pa99 Re10 Pa99 Ag36Speotyto cunicularia Re10 Sn26 Na00 Ne99 Re10 Re10 C15a W821 Ma91Rhinoptynx clamator # Sn26 Fi99 Pi38 Ma91Asio stygius Pa99 Me93Aegolius harrisii Wi95Nyctibius griseus OL93 PC61 Na00 Ze54 Pi38 Pa99 Si89Chordeiles pusillus* Re10 Na00 La48 La48 Fo93 Re10 Pa99 Ma91Chordeiles acutipennis Na00 Ne99 Pi38Chordeiles minor Te93Nyctiprogne vielliardi** LN94Podager nacunda Re10 Fi99 Re10 W821 Pi38Nyctidromus albicollis S28a Re10 Ro48 Na00 Ze54 Fo93 Si87 Re10 Co18 Ag36Caprimulgus rufus OL93 Na00 Co87 Si87 Pa99 WO91Caprimulgus longirostris S79b Pa99Caprimulgus parvulus Re10 He29 Na00 Ne99 PC61 Re10 Pi35 Pa99 Ma91Caprimulgus hirundinaceus* He06 Co17 Na00 PC61 Fa95 Re10 Pa99Hydropsalis torquata OL93 Na00 Na00 PC61 Fo93 Ih14 Fi99 Pa99Streptoprocne zonaris OL93 W830 Ma91Streptoprocne biscutata* Re10 Si88 Ze54 Fi99 Re25 Pa99 Ma91Chaetura meridionalis Re10 Co87 Pa99Reinarda squamata Z53a Re10 Sn26 PC61 Re10 Re10 Re25 Ma91Phaethornis pretrei Re10 Sn26 PC61 Re10 Re10 W832 Ma91Phaethornis gounellei** Re10 C15a Si87 Gr88 Go09Phaethornis ruber Re10 Sn26 Co87 Fo93 Z50aEupetomena macroura* S28a Re10 Co18 Ze54 Go09 Pi54 Re10 Re10 W832 Ma91Colibri serrirostris OL93 Z50b Go09Anthracothorax nigricollis Re10 Sn26 Fo93 Si87 PC61 Pa99Chrysolampis mosquitus Re10 Co18 La48 F881 Pi54 Re10 Re10 W821 Ma91Chlorostilbon aureoventris He29 Re10 Co18 Na00 PC61 Go09 Pi54 Re10 Re10 Go09 WO91Polytmus guainumbi Re10 Ro48 PC61 PC61 Pa99 Ma91Amazilia fimbriata Z50c Re10 Sn26 Ze54 La48 Pi54 He29 Re10 He29 Si89Heliomaster longirostris Pi38 WO91Heliomaster squamosus Ro48 Co78 Fo93 Co18 Go09 Ma91Calliphlox amethystina HS27 Re10 Go09 Re10 W832Trogon curucui S28a Re10 Sn26 Co87 Fo93 Si87 PC61Ceryle torquata Re10 Ro48 Na00 Ze54 Fo93 Re25 Re10 Pa99 S828

cap13.pmd 9/12/2003, 14:30244

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245

ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia Continuação

Chloroceryle amazona Re10 Ro48 Na00 Ze54 Re10 Re25 Re10 Pa99 Pi38Chloroceryle americana Re10 He29 Ze54 La48 Pi54 Re25 Re10 Pa99 Ma91Galbula ruficauda S28a Re25 Sn26 PC61 Fo93 Pi38 Re10 Pa99 WO91Nystalus maculatus S28a Re10 C19c Na00 Ze54 La48 Pi54 Re10 Re10 C19c Pi35Picumnus pygmaeus** He29 Re10 Te93 Pi35 Re10 He29 Si89Picumnus fulvescens** OL93 Na00 PC61 Co87 Fo93Colaptes campestris HS27 HS27 C19c Fi99 Re10 W821 WO91Colaptes melanochloros S28a Re25 C19c Na00 Ze54 La48 Re10 Re10 C19c Sn36Piculus chrysochloros He06 C19c PC61 Pi38 Pa99 Si89Celeus flavescens Re10 He08 Pi35 Re10 Pa99 Ag36Dryocopus lineatus S28a Re25 Ro48 Ze54 Pa99 Re10 Pa99 Si89Melanerpes candidus S28a Re10 Re10 Ma91Veniliornis passerinus HS27 Re10 C15b Na00 PC61 La48 Pi54 Re10 Sn36 C19c Sn36Campephilus melanoleucos #* Re25 C15b PC61 Re10 Re10 C19c Si89Taraba major #* He29 Re10 C19a PC61 La48 Pi54 Pi35 Re10 CH24 Pi35Sakesphorus. cristatus** He29 CH24 SN95 Co78 Na37 Na37 W831 Ma91Thamnophilus doliatus* S28a Re10 CH24 Ze54 Na37 Pi54 He06 Re10 W831 No60Thamnophilus pelzelni HS27 Re10 CH24 PC61 Co87 Pi54 Z33 Re10 CH24 Si89Thamnophilus torquatus Re10 Na37 Re10 Fi99 Na37Myrmorchilus strigilatus* Re10 CH24 PC61 Na39 Pi54 Pi38 Re10 W831 WO91Herpsilochmus pileatus^ HS27 OL93 He29 He08 Na39 RT94Herpsilochmus atricapillus Na39 Re10 CH24 F881 PC61 Pi32 Re10 Na39 Si89Herpsilochmus pectoralis He29 Si87Formicivora melanogaster* Re10 CH24 Na00 PC61 Pi54 He09 Re25 W831 WO91Hylopezus ochroleucus** OL93 Sn24 Co87 Pi38 W831 Ma91Furnarius rufus Re10 Re10 Pa99 Mo40Furnarius leucopus HS27 Re10 Co16 Na00 PC61 Co78 Pi54 He08 Ih14 Pa99 Si89Furnarius figulus HS27 Re25 CH25 Na00 Ze54 F881 Fo93 Pi35 Re10 W821 Pi38Schoeniophylax phryganophila*^ Pi38 Pi38Synallaxis frontalis # HS27 CH25 C19b Na00 PC61 F881 Pi54 Pi35 Re10 CH25 Pi38Synallaxis albescens S28a Re10 Re10 Fo93 Re10 Pi38 Z36a Ma91Poecilurus scutatus HS27 Re10 C19b PC61 Co78 Pi54 Pi38 TL93 WO91Gyalophylax hellmayri** CH25 Na00 Co78 CH25 Re05Certhiaxis cinnamomea* Z36b Re10 Co16 Na00 PC61 F881 Pi54 Re10 Re10 Pa99 Ma91Cranioleuca vulpina*^ Re10 Re10Cranioleuca semicinerea C19b Ne99 Co78 TN88 Pi38 Pa99 Ma91Phacellodomus rufifrons* Re10 Na00 Ze54 Co87 Pi54 Re10 Re10 W821 Pi38Phacellodomus ruber HS27 Re10 Ma91Pseudoseisura cristata*^ Re10 Na00 Na00 Ze54 La48 Re10 S824 Pa99 LM15Megaxenops parnaguae Re05 CH25 Co87 Co92 Na28 Co92 Ma91Sittasomus griseicapillus* S28a Re10 Co21 PC61 Co87 Fo93 Pi32 Re10 Pa99 Si89Xiphocolaptes falcirostris** He29 He06 Co16 PC61 Pi38 Re10 Sn27Dendrocolaptes platyrostris Re10 C19d Co87 Pi38 Re10 Pa99 Si89Xiphorhynchus picus # He29 Re10 Sn26 Co87 Pi35 Pa99Lepidocolaptes angustirostris* S28a S824 CH25 Na00 PC61 Co78 Pi54 Re10 Re10 W831 Pi38Campylorhamphus trochilirostris Re10 CH25 Co87 Pi38 Z34 Pi38Phyllomyias fasciatus* He29 Re10 Sn26 Pi32 Re10 Pa99 WO91Camptostoma obsoletum S28a Re10 Sn26 Na00 PC61 Fo93 Z41b Re10 Z41b WO91Phaeomyias murina He29 Re10 Sn26 PC61 Z41b Fo93 Pi35 Re10 Z41b WO91Sublegatus modestus Re10 PC61 PC61 Z41b Fi99 Re10 Pa99Suiriri suiriri* He29 Re10 PC61 He27 Re10 Pa99 Pi44Myiopagis viridicata S28a Re10 Sn26 PC61 PC61 Pi44 Re10 Pa99 Si89Elaenia flavogaster Re10 Sn26 F881 Pi54 Re10 He27

cap13.pmd 9/12/2003, 14:31245

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246

ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia Continuação

Elaenia spectabil is Z41a Z41a Pi44 Z41aElaenia albiceps Sn26 PC61 Pi44Serpophaga subcristata Re10 F881 Fi99 Z55b Z55bStigmatura napensis*^ Na00 Z40 Z40 Z40Stigmatura budytoides*^ Re10 Co78 Fo93 Re10 Z40 Ma91Euscarthmus meloryphus Re10 Sn26 Z40 Pi54 Pi44 Pi44 W831 Ma91Leptopogon amaurocephalus OL93 Ne99 Fo93 Pi44 Pa99 Si89Hemitriccus margaritaceiventerS28a Re10 Co20 Na00 PC61 Co87 Pi54 Pi44 Re10 Pa99 Pi44Todirostrum cinereum* He29 He27 Co16 Na00 PC61 F881 Pi54 Re10 Ih14 Pa99 WO91Tolmomyias flaviventris S28a Re10 He27 Na00 Ne99 Pi54 Pi44 Pi44 Pa99 Si89Myiobius atricaudus HS27 He27 Z39a Z39a Z39a Si89Myiophobus fasciatus Re10 He27 Z39b Pi54 Pa99 Re25 He27 Pi35Cnemotriccus fuscatus He29 Re10 He27 Ne99 Zi38 Fi99 Re10 Zi38 Si89Pyrocephalus rubinus Re10 Gu98 Z41c Pi44Xolmis irupero*^ OL93 Re25 Ze54 Co78 S825 R870 Fi99 Ma91Knipolegus nigerrimus*^ TN89 Si87 Pa99Fluvicola albiventer Re10 He27 Na00 De78 La48 Re10 Re10 Pa99 Ma91Fluvicola nengeta He29 Re10 Sn26 Na00 De78 F881 Fo93 Pi35 Ih14 Pa99 Ma91Arundinicola leucocephala OL93 He27 Na00 Ze54 Pi54 Fi99 Re10 Pa99 Ma91Satrapa icterophrys Re10 Fi99 Re10 Pa99 Ma91Hirundinea ferruginea Re10 Sn26 La48 Re10 Pa99 WO91Machetornis rixosus HS27 Re10 Sn26 PC61 PC61 S825 Re10 Pa99 WO91Casiornis fusca S28a Re10 Sn26 Na00 PC61 Co78 Pi54 Pi44 Re10 Pa99 Si89Myiarchus ferox Zi38 Zi38 Sn26 Ne99 Zi38 Pi54 Re10 He27 WO91Myiarchus tyrannulus Zi38 Re10 Co16 Na00 PC61 F881 Pi54 Re10 PC61 Pa99 Si89Myiarchus swainsoni He27 Na00 PC61 Pi35 Re25 Zi38 WO91Pitangus lictor OL93 Pa99Pitangus sulphuratus S28a Re10 He27 Na00 La48 F881 Fo93 Si87 Re10 W821 Ag36Megarynchus pitangua Re10 Ro48 Ze54 Co87 Fo93 Si87 Re10 W821 Si89Myiozetetes similis He29 Re10 He27 Na00 PC61 F881 Fo93 Pa99 Ih14 Pa99 Pi44Myiodynastes maculatus S28a Re10 Sn26 Na00 Ze54 Z37b Fo93 Re10 Z37b He27 Z37bEmpidonomus varius S28a He27 Sn26 PC61 Z37a Pi54 Ih14 Pi35 He27 Si89Tyrannus savana S28a Ro48 Re10 Na28 W821 WO91Tyrannus melancholicus S28a Re10 Sn26 Na00 PC61 F881 Pi54 Re10 Re10 W821 WO91Xenopsaris albinucha^ Re10 He29 Ne99 Si85 T89a Re10 Ih14 Pa99Pachyramphus viridis He29 Sn26 Na00 PC61 Pi54 Re10 Pa99 Si89Pachyramphus polychopterus*He29 Re10 Sn26 PC61 Pi54 Pi44 Re10 Pa99 Si89Pachyramphus validus Re10 Sn26 PC61 Fo93 Pi35 Pi35 Pa99 Si89Tachycineta albiventer Re10 He35 Na00 La48 PC61 Re10 PC61 Pa99 Ma91Phaeoprogne tapera La48 Fo93 Re10 Pi44 W830 Ma91Progne chalybea Z55a Re10 La48 SN95 La48 Re10 Fi99 Z55a WO91Progne subis Re10Stelgidopteryx ruficollis S28a Re10 Ro48 De79 Fo93 Pa99 Re10 Pa99 WO91Riparia riparia Re10Hirundo rústica Fo93 Re10 Na93 Pa99 Ma91Cyanocorax cyanopogon He29 Re25 Sn26 Na00 La48 La48 Re10 Re10 W821 Pi44Donacobius atricapillus Na00 Fo93 W831 WO91Thryothorus longirostris*^ Re10 Sn26 Ne99 La48 Pi54 Pi44 Pi44 WO91Troglodytes aedon He29 Re25 Co16 Na00 Ze54 F881 Pi54 Re25 Re10 He34 WO91Polioptila plumbea* S28a Re10 Co16 Na00 Ze54 F881 Pi54 Re10 Re10 W831 Si89Turdus rufiventris S28a Re25 Co16 Na00 La48 F881 Pi54 Re10 Re10 He29 WO91Turdus leucomelas S28a Re10 Sn26 Pi54 Pa99 PC61 Pa99 WO91Turdus amaurochalinus S28a Re10 Sn26 PC61 Co87 Fo93 Si87 PC61 Pa99 Si89

cap13.pmd 9/12/2003, 14:31246

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ESPÉCIE MA PI CE RN PB PE ALne co se

MGBA BA BA

ANEXO 1 - Lista anotada das espécies de aves da Caatinga com referências bibliográficascorrespondentes para cada estado ou respectiva região da Bahia Continuação

Mimus saturn inus* He29 Re10 Sn26 Na00 La48 La48 Pi54 S824 Re10 W831 WO91Anthus lutescens # Re10 MR28 Na00 Ne99 Pi54 Pi35 Re10 Pa99 Ma91Cyclarhis gujanensis He29 He29 B866 Na00 La48 F881 Pi54 Pi32 Re10 W831 Pi32Vireo olivaceus S28a Re10 Sn26 PC61 Co87 Fo93 Pi35 Re10 He35 Si89Hylophilus amaurocephalus He29 Sn25 SN95 La48 Ra98 Pi35 Ra98 W831Parula pitiayumi Re10 Sn26 La48 Fo93 He29 Re10 He29 WO91Geothlypis aequinoctialis Fo93 Si87 Pa99 Pi44Basileuterus flaveolus He29 Re10 Sn26 Zi49 Pi54 Pi35 Re10 W831 Si89Coereba flaveola S28a Re10 Sn26 Na00 SN95 F881 Pi54 He35 Re10 Pa99 WO91Sericossypha loricata He29 Ih07 Sn26 Na00 Ne99 Co78 Pi54 He29 Re10 W850 WO91Thlypopsis sordida Re10 Sn26 F881 Pi54 Pi35 Pi35 Z47a Si89Nemosia pileata HS27 Re10 Sn26 Na00 PC61 Pi54 Re10 Re10 Z47a Z47aTachyphonus rufus Re10 He29 F881 Pi54 Pi35 Fi99 W830 Ma91Piranga flava He29 Re10 Pi54 Si87 He29 W830 Pi44Thraupis sayaca S28a He29 S886 Na00 Ze54 F881 Pi54 He36 Re10 He36 Ag36Thraupis palmarum He29 Re10 He29 Ze54 Fo93 Re10 Re10 Zi44 Ma91Euphonia chlorotica HS27 Re10 Sn26 Na00 Ze54 Zi43 Pi54 Pi35 Re10 Pa99 Si89Tangara cayana* He29 Re25 Sn26 Na00 Ze54 F881 Pi54 Pi35 Re10 Pa99 WO91Conirostrum speciosum S28a Re10 Sn26 Na00 PC61 Pi54 Re10 Re10 W831 Si89Zonotrichia capensis S28a Re10 Sn26 Na00 La48 F881 Pi54 Re10 Re10 W821 Mo40Ammodramus humeralis He29 Re10 Sn26 Na00 Ze54 Pi54 Re10 Pi35 Pa99 Mo40Sicalis columbiana^ Re10 Re10 He38 Ma91Sicalis flaveola HS27 Re10 Sn26 Na00 Ze54 F881 Fo93 Fi99 Re10 W821 Ag36Sicalis luteola Ne99 Fi99 Fi99 Ma91Emberizoides herbicola PC61 Pa99Volatinia jacarina He29 Re10 Sn26 Na00 Ze54 La48 Pi54 Re10 Re10 W821 WO91Sporophila lineola Re10 MR28 Ze54 Fo93 Re10 Pi44 W821 Ma91Sporophila nigricollis Re10 Sn26 Na00 PC61 F881 Pi54 Pa99 Re10 He38 WO91Sporophila albogularis** He29 Sn26 Na00 PC61 La48 Pi54 Re10 Re10 Pa99 Ma91Sporophila leucoptera He29 Re10 Na00 Ne99 La48 Fo93 Pa99 Pa99 WO91Sporophila bouvreuil Ro48 Ze54 La48 Pi54 Pa99 Ma91Oryzoborus maximiliani OL93 Si85Oryzoborus angolensis Re10 Ze54 La48 W821Arremon franciscanus** Pa99 Ra97 Ra97Coryphospingus pileatus HS27 Re25 Sn26 Na00 Ze54 F881 Pi54 Re10 Re10 W821 Ag36Paroaria dominicana** HS27 Re25 Sn26 Na00 La48 F881 Pi54 Re10 Ih14 Pa99 R870Saltator similis Co87 Si87 Fi99 W830 Pi44Saltator coerulescens*^ Re10 S825 Re10 Ma91Saltator atricollis He29 Re10 He29 Si87 He38 W830 Ma91Passerina brissonii* He29 Sn26 Na00 Ze54 F881 Fo93 He29 Pi35 W821 Ma91Cacicus solitarius Re10 Sn26 Ze54 Pi44 Pi44Icterus cayanensis S28a Re10 C867 Na00 La48 F881 Pi54 He29 Re10 He29 Mo40Icterus jamacaii* S28a Re10 S886 Na00 La48 La48 Pi54 Re10 Re10 W821 LM15Agelaius cyanopus Pa99 Ma91Agelaius ruficapillus S28a Re10 C866 Ze54 Pi54 Re10 Re10 Pa99 Ma91Leistes superciliaris OL93 C866 La48 Re10 Pi54 Pi35 PC61 Pa99 Ma91Gnorimopsar chopi* S28a He29 Sn26 Na00 Ze54 La48 Pi54 Pa99 Re10 W831 S824Molothrus badius*^ He29 C866 Na00 PC61 S886 Pi54 Re10 Na28 Pa99 S824Molothrus bonariensis # S28a Re10 Sn26 Na00 La48 Pi54 Pi35 Re10 Pa99 Mo40Carduelis yarrellii^ OL93 Sn26 Ze54 F881 Pi54 Co92 Re10Carduelis magellanicus Re10 Ro48 Si87 Re10 W821Passer domesticus OL93 TN87 Na00 SN95 Si85 Fo93 Si87 Si85 Pa99 Si85

cap13.pmd 9/12/2003, 14:31247

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248

Maranhão nordeste da Bahia

He29He29He29He29He29 – Hellmayr (1929) Ca69Ca69Ca69Ca69Ca69 – Carvalho (1969)

HS27HS27HS27HS27HS27 – Snethlage, H (1927) CH25CH25CH25CH25CH25 – Cory & Hellmayr (1925)

LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982) Co18Co18Co18Co18Co18 – Cory (1918)

Na39Na39Na39Na39Na39 – Naumburg (1939) Co92Co92Co92Co92Co92 – Collar et al. (1992)

S28aS28aS28aS28aS28a – Snethlage, H (1928a) Fi99Fi99Fi99Fi99Fi99 – Fiuza (1999)

Z36bZ36bZ36bZ36bZ36b – Zimmer (1936b) Gu98Gu98Gu98Gu98Gu98 – Guerreiro et al. (1998)

Zi38Zi38Zi38Zi38Zi38 – Zimmer (1938) He06He06He06He06He06 – Hellmayr (1906)

Z50cZ50cZ50cZ50cZ50c – Zimmer (1950c) He08He08He08He08He08 – Hellmayr (1908)

Z53aZ53aZ53aZ53aZ53a – Zimmer (1953a) He09He09He09He09He09 – Hellmayr (1909)

Z55aZ55aZ55aZ55aZ55a – Zimmer (1955a) He27He27He27He27He27 – Cory & Hellmayr (1927)

He29He29He29He29He29 – Hellmayr (1929)

He35He35He35He35He35 – Hellmayr (1935)

Piauí He36He36He36He36He36 – Hellmayr (1936)

CH25CH25CH25CH25CH25 – Cory & Hellmayr (1925) He38He38He38He38He38 – Hellmayr (1938)

CM79CM79CM79CM79CM79 – Coimbra-Filho & Maia (1979) Ih14Ih14Ih14Ih14Ih14 – Ihering (1914)

He06He06He06He06He06 – Hellmayr (1906) LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982)

He27He27He27He27He27 – Hellmayr (1927) Na28Na28Na28Na28Na28 – Naumburg (1928)

He29He29He29He29He29 – Hellmayr (1929) Na32Na32Na32Na32Na32 – Naumburg (1932)

Ih07Ih07Ih07Ih07Ih07 – Ihering & Ihering (1907) Na37Na37Na37Na37Na37 – Naumburg (1937)

LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982) PPPPPa99a99a99a99a99 – Parrini et al. (1999)

NP16NP16NP16NP16NP16 – Neiva & Penna (1916) Pi32Pi32Pi32Pi32Pi32 – Pinto (1932)

OL93OL93OL93OL93OL93 – Olmos (1993) Pi35Pi35Pi35Pi35Pi35 – Pinto (1935)

RRRRRe05e05e05e05e05 – Reiser (1905) Pi38Pi38Pi38Pi38Pi38 – Pinto (1938)

RRRRRe10e10e10e10e10 – Reiser (1910) Pi44Pi44Pi44Pi44Pi44 – Pinto (1944)

RRRRRe25e25e25e25e25 – Reiser (1925) Pi50Pi50Pi50Pi50Pi50 – Pinto (1950)

S79bS79bS79bS79bS79b – Sick (1979b) RRRRRe10e10e10e10e10 – Reiser (1910)

SSSSSS96S96S96S96S96 – Silva e Silva (1996) RRRRRe25e25e25e25e25 – Reiser (1925)

S824S824S824S824S824 – Spix (1824) Si79Si79Si79Si79Si79 – Sick (1979)

S825S825S825S825S825 – Spix (1825) Si85Si85Si85Si85Si85 – Sick (1985)

S828S828S828S828S828 – Spix & Martius (1828) Si87Si87Si87Si87Si87 – Sick et al. (1987)

Zi38Zi38Zi38Zi38Zi38 – Zimmer (1938) SSSSSS96S96S96S96S96 – Silva e Silva (1996)

S824S824S824S824S824 – Spix (1824)

S825S825S825S825S825 – Spix (1825)

Ceará Z33Z33Z33Z33Z33 – Zimmer (1933)

B866B866B866B866B866 – Baird (1866) Z40Z40Z40Z40Z40 – Zimmer (1940)

C866C866C866C866C866 – Cassin (1866) Z41bZ41bZ41bZ41bZ41b – Zimmer (1941b)

C867C867C867C867C867 – Cassin (1867) Z50bZ50bZ50bZ50bZ50b – Zimmer (1950b)

C15a C15a C15a C15a C15a – Cory (1915a)

C15bC15bC15bC15bC15b – Cory (1915b)

Co16Co16Co16Co16Co16 – Cory (1916) centro-ocidental da Bahia

Co17Co17Co17Co17Co17 – Cory (1917) C15aC15aC15aC15aC15a – Cory (1915a)

Co18Co18Co18Co18Co18 – Cory (1918) Fi99Fi99Fi99Fi99Fi99 – Fiuza (1999)

C19aC19aC19aC19aC19a – Cory (1919a) Gr88Gr88Gr88Gr88Gr88 – Grantsau (1988)

C19bC19bC19bC19bC19b – Cory (1919b) He06He06He06He06He06 – Hellmayr (1906)

C19cC19cC19cC19cC19c – Cory (1919c) He29He29He29He29He29 – Hellmayr (1929)

Co20Co20Co20Co20Co20 – Cory (1920) He38He38He38He38He38 – Hellmayr (1938)

Co21Co21Co21Co21Co21 – Cory (1921) He42He42He42He42He42 – Hellmayr & Conover (1942)

Referências bibliográficas por Estado ou região citadas no Anexo 1:

cap13.pmd 9/12/2003, 14:31248

Page 61: As aves da Caatinga · distribuição das aves na Caatinga. A experiência acumulada do autor sobre a avifauna da Caatinga, resultante da participação em diversas expedições científicas

249

centro-ocidental da Bahia (cont.) Paraíba (cont.)

CH24CH24CH24CH24CH24 – Cory & Hellmayr (1924) He48He48He48He48He48 – Hellmayr & Conover (1948)

CH25CH25CH25CH25CH25 – Cory & Hellmayr (1925) Ih14Ih14Ih14Ih14Ih14 – Ihering (1914)

He08He08He08He08He08 – Hellmayr (1908) LM15LM15LM15LM15LM15 – Lutz & Machado (1915)

He27He27He27He27He27 – Cory & Hellmayr (1927) LN94 LN94 LN94 LN94 LN94 – Lencioni-Neto (1994)

He29He29He29He29He29 – Hellmayr (1929) Na28Na28Na28Na28Na28 – Naumburg (1928)

He35He35He35He35He35 – Hellmayr (1935) Na37Na37Na37Na37Na37 – Naumburg (1937)

He49He49He49He49He49 – Hellmayr & Conover (1949) Na39Na39Na39Na39Na39 – Naumburg (1939)

LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982) Na93Na93Na93Na93Na93 – Nascimento et al. (1993)

MR26MR26MR26MR26MR26 – Miranda Ribeiro (1926) PPPPPa94a94a94a94a94 – Pacheco (1994)

MR28MR28MR28MR28MR28 – Miranda Ribeiro (1928) PC61PC61PC61PC61PC61 – Pinto & Camargo (1961)

M38aM38aM38aM38aM38a – Miranda Ribeiro (1938a) Pi35Pi35Pi35Pi35Pi35 – Pinto (1935)

Na00Na00Na00Na00Na00 – Nascimento (2000) Pi38Pi38Pi38Pi38Pi38 – Pinto (1938)

Na32Na32Na32Na32Na32 – Naumburg (1932) Pi44Pi44Pi44Pi44Pi44 – Pinto (1944)

PC61PC61PC61PC61PC61 – Pinto & Camargo (1961) Ra98Ra98Ra98Ra98Ra98- Raposo et al. (1998)

Pi38Pi38Pi38Pi38Pi38 – Pinto (1938) RRRRRe05e05e05e05e05 – Reiser (1905)

PW95PW95PW95PW95PW95 – Pacheco & Whitney (1995) RRRRRe10e10e10e10e10 – Reiser (1910)

RRRRRe25e25e25e25e25 – Reiser (1925) RRRRRe25e25e25e25e25 – Reiser (1925)

RRRRRo48o48o48o48o48 – Rocha (1948) R870R870R870R870R870 – Reinhardt (1870)

Sn24Sn24Sn24Sn24Sn24 – Snethlage (1924) Si85Si85Si85Si85Si85 – Sick (1985)

Sn26Sn26Sn26Sn26Sn26 – Snethlage (1926) Sn36Sn36Sn36Sn36Sn36 – Snethlage (1936)

TTTTTe93e93e93e93e93 – Teixeira et al. (1993) S824S824S824S824S824 – Spix (1824)

TN87TN87TN87TN87TN87 – Teixeira et al. (1987) Z34Z34Z34Z34Z34 – Zimmer (1934)

Z39aZ39aZ39aZ39aZ39a – Zimmer (1939a) Z37bZ37bZ37bZ37bZ37b – Zimmer (1937b)

Z41aZ41aZ41aZ41aZ41a – Zimmer (1941a) Z39aZ39aZ39aZ39aZ39a – Zimmer (1939a)

Z40Z40Z40Z40Z40 – Zimmer (1940)

Z41cZ41cZ41cZ41cZ41c – Zimmer (1941c)

Zi55bZi55bZi55bZi55bZi55b – Zimmer (1955b)

Rio Grande do Norte

A83aA83aA83aA83aA83a – Antas (1983)

Ag64Ag64Ag64Ag64Ag64 – Aguirre (1964)

Co78Co78Co78Co78Co78 – Coelho (1978) sudeste da Bahia

LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982) Co18Co18Co18Co18Co18 – Cory (1918)

M648M648M648M648M648 – Marcgrave (1942) C19cC19cC19cC19cC19c – Cory (1919c)

Na00Na00Na00Na00Na00 – Nascimento (2000) CH24CH24CH24CH24CH24 – Cory & Hellmayr (1924)

Si88Si88Si88Si88Si88 – Sick et al. (1988) CH25CH25CH25CH25CH25 – Cory & Hellmayr (1925)

Si97Si97Si97Si97Si97 – Sick (1997) Fi99Fi99Fi99Fi99Fi99 – Fiuza (1999)

SSSSSS96S96S96S96S96 – Silva e Silva (1996) He27He27He27He27He27 – Cory & Hellmayr (1927)

TTTTTe92e92e92e92e92 – Teixeira (1992) He29He29He29He29He29 – Hellmayr (1929)

He34He34He34He34He34 – Hellmayr (1934)

He35He35He35He35He35 – Hellmayr (1935)

Paraíba He36He36He36He36He36 – Hellmayr (1936)

Al85Al85Al85Al85Al85 – Albuquerque (1985) He38He38He38He38He38 – Hellmayr (1938)

De78De78De78De78De78 – Dekeyser (1978) He42He42He42He42He42 – Hellmayr & Conover (1942)

De79De79De79De79De79 – Dekeyser (1979) Na37Na37Na37Na37Na37 – Naumburg (1937)

Ih35Ih35Ih35Ih35Ih35 – Ihering (1935) Na39Na39Na39Na39Na39 – Naumburg (1939)

La48La48La48La48La48 – Lamm (1948) PPPPPa99a99a99a99a99 – Parrini et al. (1999)

LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982) Ra97Ra97Ra97Ra97Ra97 – Raposo (1997)

Me60Me60Me60Me60Me60 – Menezes (1960) RT94RT94RT94RT94RT94 – Ridgely & Tudor (1994)

Referências bibliográficas por Estado ou região citadas no Anexo 1:Continuação

cap13.pmd 9/12/2003, 14:31249

Page 62: As aves da Caatinga · distribuição das aves na Caatinga. A experiência acumulada do autor sobre a avifauna da Caatinga, resultante da participação em diversas expedições científicas

250

sudeste da Bahia (cont.) Alagoas (cont.)

PC61PC61PC61PC61PC61 – Pinto & Camargo (1961) Si85Si85Si85Si85Si85 – Sick (1985)

PR95PR95PR95PR95PR95 – Pacheco & Rajão (1993) SSSSSS96S96S96S96S96 – Silva e Silva (1996)

SN95SN95SN95SN95SN95 – Schulz Neto (1995) TL93TL93TL93TL93TL93 – Teixeira & Luigi (1993)

Ne99Ne99Ne99Ne99Ne99 – Neves et al. (1999) WWWWWi95i95i95i95i95 – Williams (1995)

TN86TN86TN86TN86TN86 – Teixeira et al. (1986) W821W821W821W821W821 – Wied (1821)

ZE54ZE54ZE54ZE54ZE54 – Zenaide (1954) W830W830W830W830W830 – Wied (1830)

W831W831W831W831W831 – Wied (1831)

W832W832W832W832W832 – Wied (1832)

Pernambuco W833W833W833W833W833 – Wied (1833)

Ag64Ag64Ag64Ag64Ag64 – Aguirre (1964) W850W850W850W850W850 – Wied (1850)

Co78Co78Co78Co78Co78 – Coelho (1978) Z36aZ36aZ36aZ36aZ36a – Zimmer (1936a)

C087C087C087C087C087 – Coelho (1987) Zi38Zi38Zi38Zi38Zi38 – Zimmer (1938)

Go09Go09Go09Go09Go09 – Gounelle (1909) Z41aZ41aZ41aZ41aZ41a – Zimmer (1941a)

FFFFFa95a95a95a95a95 – Farias et al. (1995) Z41bZ41bZ41bZ41bZ41b – Zimmer (1941b)

F881F881F881F881F881 – Forbes (1881) Zi44Zi44Zi44Zi44Zi44 – Zimmer (1944)

La48La48La48La48La48 – Lamm (1948) Z47aZ47aZ47aZ47aZ47a – Zimmer (1947a)

LL82LL82LL82LL82LL82 – Lara-Resende & Leal (1982) Z50aZ50aZ50aZ50aZ50a – Zimmer (1950a)

Na37Na37Na37Na37Na37 – Naumburg (1937) Z55aZ55aZ55aZ55aZ55a – Zimmer (1955a)

Na39Na39Na39Na39Na39 – Naumburg (1939) Z55bZ55bZ55bZ55bZ55b – Zimmer (1955b)

RRRRRe10e10e10e10e10 – Reiser (1910)

RRRRRe25e25e25e25e25 – Reiser (1925)

Si85Si85Si85Si85Si85 – Sick (1985) norte de Minas Gerais

S886S886S886S886S886 – Sclater (1886) Ag36Ag36Ag36Ag36Ag36 – Aguirre (1936)

Z37aZ37aZ37aZ37aZ37a – Zimmer (1937a) LM15LM15LM15LM15LM15 – Lutz & Machado (1915)

Z37bZ37bZ37bZ37bZ37b – Zimmer (1937b) Ma91Ma91Ma91Ma91Ma91 – Mattos et al. (1991)

Zi38Zi38Zi38Zi38Zi38 – Zimmer (1938) Me93Me93Me93Me93Me93 – Melo Jr. et al. (1996)

Z39aZ39aZ39aZ39aZ39a – Zimmer (1939a) Mo40Mo40Mo40Mo40Mo40 – Moojen (1940)

Z39bZ39bZ39bZ39bZ39b – Zimmer (1939b) Mo43Mo43Mo43Mo43Mo43 – Moojen (1943)

Z40Z40Z40Z40Z40 – Zimmer (1940) MR26MR26MR26MR26MR26 – Miranda Ribeiro (1926)

Z41aZ41aZ41aZ41aZ41a – Zimmer (1941a) M38bM38bM38bM38bM38b – Miranda Ribeiro (1938b)

Z41bZ41bZ41bZ41bZ41b – Zimmer (1941b) Pi32Pi32Pi32Pi32Pi32 – Pinto (1932)

Zi43Zi43Zi43Zi43Zi43 – Zimmer (1943) Pi35Pi35Pi35Pi35Pi35 – Pinto (1935)

Zi49Zi49Zi49Zi49Zi49 – Zimmer (1949) Pi38Pi38Pi38Pi38Pi38 – Pinto (1938)

Pi44Pi44Pi44Pi44Pi44 – Pinto (1944)

Ra97Ra97Ra97Ra97Ra97 – Raposo (1997)

Alagoas R870R870R870R870R870 – Reinhardt (1870)

Ag64Ag64Ag64Ag64Ag64 – Aguirre (1964) Si85Si85Si85Si85Si85 – Sick (1985)

FFFFFo93o93o93o93o93 – Forrester (1993) Sn27 Sn27 Sn27 Sn27 Sn27 – Snethlage (1927)

Pi54Pi54Pi54Pi54Pi54 – Pinto (1954) Sn36Sn36Sn36Sn36Sn36 – Snethlage (1936)

PC61PC61PC61PC61PC61 – Pinto & Camargo (1961) Si89Si89Si89Si89Si89 – Silva (1989)

Ra98Ra98Ra98Ra98Ra98 – Raposo et al. (1998) S824S824S824S824S824 – Spix (1824)

SSSSSS96S96S96S96S96 – Silva e Silva (1996) S825S825S825S825S825 – Spix (1825)

TN88TN88TN88TN88TN88 – Teixeira et al. (1988) S828S828S828S828S828 – Spix & Martius (1828)

T89a – T89a – T89a – T89a – T89a – Teixeira (1989a) WO91WO91WO91WO91WO91 – Willis & Oniki (1991)

TN89TN89TN89TN89TN89 – Teixeira et al. (1989) Z37bZ37bZ37bZ37bZ37b – Zimmer (1937b)

Z47aZ47aZ47aZ47aZ47a – Zimmer (1947a)

Referências bibliográficas por Estado ou região citadas no Anexo 1:Continuação

cap13.pmd 9/12/2003, 14:31250

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251

Aves: áreas eações prioritárias

para a conservaçãoda Caatinga

PARTICIPANTES DO SEMINÁRIO

GRUPO TEMÁTICO �AVES�

José Fernando PachecoCoordenação

João Luiz Xavier NascimentoLuís Fábio Silveira

Marcelo Cardoso de SouzaMiguel Ângelo Marini

Severino Mendes de Azevedo Júnior

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252

Apesar de considerado o grupoanimal mais bem conhecido no que dizrespeito à taxonomia, à distribuiçãogeográfica e à história natural, há aindagrandes lacunas sobre os dados relativosàs aves da caatinga. Para indicar áreasprioritárias a serem conservadas foianalisada a distribuição das 348 espéciesregistradas no bioma. Mereceram atençãoespecial os táxons endêmicos e as espéciesameaçadas de extinção, pois essas são, demodo geral, as mais vulneráveis à atualexpansão das atividades humanas nobioma. Um conjunto de 15 espécies e de45 subespécies foi identificado comoendêmico. São vinte as espécies amea-çadas de extinção, estando incluídas nesseconjunto duas das espécies de aves maisameaçadas do mundo: a ararinha-azul(Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear(Anodorhynchus leari).

O processo de seleção das áreasprioritárias baseou-se, num primeiromomento, na disponibilidade de dadosqualitativos da avifauna, na represen-

tatividade dos inventários já feitos, e naexistência de espécies endêmicas ouameaçadas. Numa segunda etapa, ariqueza total de espécies, o grau deconservação e o nível de ameaça deter-minaram a ordem final das prioridades.

O confronto dos critérios utilizadospermitiu a identificação de 35 áreasprioritárias para conservação, sendo 11delas de extrema importância biológica,seis de muito alta importância, e cinco dealta importância (Figura 1). As 13 restantesforam indicadas principalmente paraestudos básicos de inventário, e repre-sentam, portanto, 37% do total de áreassugeridas.

As áreas prioritárias indicadas pelogrupo formam um conjunto bemdistribuído, do ponto de vista de sualocalização geográfica, e bastante hete-rogêneo. Diversas dessas áreas corres-pondem a unidades de conservação deproteção integral ou de uso sustentado;algumas contemplam regiões para as quaisa recomendação específica aponta a

Fábi

o O

lmos

Arapaçu-do-cerrado

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necessidade de criação de unidade deconservação, e outras regiões em que arealidade local requer medidas diversas, taiscomo inventário, intensificação de estudos,implantação de zonas-tampão, e estabe-lecimento de corredores de vegetação nativae de áreas de recuperação e de manejo.

As áreas de extrema importânciabiológica, segundo os critérios utilizados,são: Serra da Capivara, Ubajara, entornoda Floresta Nacional do Araripe, Serra

Negra, Raso da Catarina, Curaçá, Maracás,Chapada Diamantina, Senhor do Bonfim,Itacarambi / Peruaçu e Jaíba.

A recomendação de áreas prioritáriasem sua mais alta categoria de importânciabiológica não implica a sugestão de asáreas restantes não merecerem serconservadas; indica somente priorizaçãoresultante de um processo que se derivoude consulta feita a uma parcela repre-sentativa de especialistas da área.

1. Raso da Catarina2. Curaçá3. Itacarambi / Peruaçu4. Serra da Capivara5. Picos / Itainópolis6. Sete Cidades7. Serra das Confusões8. Serra Dois Irmãos9. Ubajara

Figura 1Áreas

prioritáriaspara

conservaçãode aves na

Caatinga

10. Aiuaba11. Entorno da F loresta

Nacional do Araripe12. Russas / Icapuí13. Seridó14. Jandaíra / João Câmara15. Coremas16. Serra Negra17. Maravilha

18. Maracás19. Morpará / Copixaba20. Chapada Diamantina21. Senhor do Bonfim22. Jaíba23. Janaúba24. Curituba25. Piranhas / Olhos d�Água26. Monte Alegre

27. Crateús28. Quixadá29. Morada Nova30. Galinhos / Jandaíra31. Bom Jesus da Lapa32. Acari33. São João do Paraíso34. Fazenda Tamanduá35. Serra do Cariri

Importância BiológicaExtremaMuito altaAltaInformação insuficienteLimite estadualLimite do bioma Caatinga

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1 - RASO DA CATARINA

Localização: BA: Jeremoabo, Rodelas ePaulo Afonso.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Cânions de arenitos, campos delicuri, caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; alto número deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (captura ilegal,erosão por pastoreio extensivo).

Justificativa: Principal área de reproduçãoe alimentação de Anodorhynchus leari,espécie globalmente ameaçada deextinção. Presença de pelo menos maisduas espécies ameaçadas (Gyalophylaxhellmayri e Herpsilochmus pectoralis).

2 - CURAÇÁ

Localização: Curaçá (BA).

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Mata ciliar de caraibeira e caatingaarbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies raras/ameaçadas: média;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (captura ilegal,desmatamento, pastoreio intensivo).

Justificativa: Única área de ocorrência daararinha-azul, Cyanopsitta spixii, sendo olocal mais apropriado (senão o único) paraprogramas de recuperação populacional daespécie e de seu hábitat (caraibeiras namata ciliar).

3 - ITACARAMBI/PERUAÇU

Localização: MG: Itacarambi, Januária eManga.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Mata seca, caatinga arbustiva evárzea do rio São Francisco.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas:alta; ocorrência de fenômeno biológicoespecial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (caça, desma-tamento, erosão).

Justificativa: Área com principal populaçãoda forma Xiphocolaptes falcirostrisfranciscanus, endêmica do médio rio SãoFrancisco, com limitada faixa de ocor-rência. Populações relevantes das seguintesespécies ameaçadas: Megaxenopsparnaguae e Phylloscartes roquettei.

4 - SERRA DA CAPIVARA

Localização: PI: Canto do Buriti, CoronelJosé Dias, São João do Piauí e SãoRaimundo Nonato.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Caatingas arbóreas, arbustivas eherbáceas e formações rupestres.

Ação recomendada: Restauração.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de ende-mismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça).

Justificativa: Alta riqueza de espécies, comlevantamento procedido em 1987-88

DESCRIÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS INDICADAS

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(Olmos 1993). Presença de espéciesdesaparecidas em outras regiões da caatin-ga (Rhea americana e Ara chloroptera).Presença de seis espécies globalmenteameaçadas (Ara maracana, Picumnusfulvescens, Xiphocolaptes falcirostris,Gyalophylax hellmayri, Megaxenopsparnaguae e Carduellis yarrelli).

5 - PICOS/ITAINÓPOLIS

Localização: PI: Picos, Itainópolis, IsaíasCoelho, Campinas do Piauí, Santa Cruz doPiauí e Santo Inácio do Piauí.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Grau de alteração: baixo;pressão antrópica: média (caça).

Justificativa: Área tradicional de reproduçãode Zenaida auriculata.

6 - SETE CIDADES

Localização: PI: Brasileira e Pirapuruca.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva,transição com o cerrado e formaçõesrupestres.

Ação recomendada: Proteção integral.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça, erosão).

Justificativa: Área de transição Caatinga/Cerrado, com monumentos naturaisformados por ação erosiva e eólica.

7 - SERRA DAS CONFUSÕES

Localização: PI: Cristino Castro, Canto doBuriti, Caracol e Anísio de Abreu.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva,mata seca e transição com o Cerrado.

Ação recomendada: Investigação científica.

Justificativa: Área de contato caatinga,cerrado e mata seca, com alto potencialbiológico. Baixa densidade demográfica eprovável bom estado de conservação.

8 - SERRA DOIS IRMÃOS

Localização: PI: Paulistana, QueimadaNova, Conceição do Canindé, Lagoa doBarro do Piauí, São João do Piauí, Jacobinado Piauí; PE: Afrânio, Dormentes e Ouricuri.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: média (caça,desmatamento).

Justificativa: Área tradicional de reproduçãode Zenaida auriculata. Área de migraçãode Tyrannus savanna.

9 - UBAJARA

Localização: CE: Frecheirinha, Mucambo,Tianguá, Ibiapina e Ubajara.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Mata seca e caatinga arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de ende-mismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (desmatamento,caça e animais domésticos).

Justificativa: Necessidade de proteção daárea que é de extrema importância biológicae tradicional ocorrência de colônias dereprodução de Zenaida auriculata.

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10 - AIUABA

Localização: CE: Aiuaba, Arneiroz, Catarinae Saboeiro.

Importância biológica: Muito alta.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça, desmata-mento, pastoreio).

Justificativa: Necessidade de proteção desítio tradicional de reprodução de Zenaidaauriculata e área de importância biológicamuito alta, com espécies endêmicas eameaçadas de extinção.

11 - ENTORNO DA FLORESTANACIONAL DO ARARIPE

Localização: PE: Missão Velha, Exu,Moreilândia e Barbalha; CE: Crato,Santana do Cariri, Nova Olinda e Juazeirodo Norte.

Importância biológica: Extrema.

Zig

Koch

Toca Velha, Canudos - BA

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Hábitats: Carrasco, mata seca, caatingaarbórea e arbustiva e mata úmida deencosta.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (desmatamento,pecuária extensiva, queimada, caça,mineração).

Justificativa: Necessidade de proteção delocalidade rica em espécies de extremaimportância, complementando a áreaprotegida formalmente, incluindo trecho deocorrência de Antilophia bokermanni,espécie recém-descrita e presumivelmenteameaçada de extinção. Sugere-se atransformação (com área ampliada) dacategoria de Floresta Nacional para ParqueNacional da Chapada do Araripe.

12 - RUSSAS/ICAPUÍ

Localização: CE: Icapuí, Aracati, Itaiçaba,Jaguaruama, Palhano, Russas e Quixeré;RN: Baraúna.

Importância biológica: Alta.

Hábitats: Caatingas arbóreas, arbustivas eherbáceas.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamento,pecuária, caça).

Justificativa: Área tradicional de reproduçãode Zenaida auriculata.

13 - SERIDÓ

Localização: PB: São José de Espinharas;RN: São João do Sabugi, Serra Negra doNorte, Timbaúba dos Batistas e Caicó.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga herbácea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamento,caça, captura, pecuária).

Justificativa: Por ser uma área de importânciabiológica muito alta e dado o tamanhoprotegido oficialmente, é imprescindível aampliação da área da Estação Ecológica doSeridó. Engloba sítio de reprodução ealimentação de Zenaida auriculata.

14 - JANDAÍRA/JOÃO CÂMARA

Localização: RN: Lages, Pedra Preta,Jardim de Angicos, João Câmara, PedroAvelino, Parazinho e Jandaíra.

Importância biológica: Alta.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça, desma-tamento, pecuária).

Justificativa: Área tradicional de reproduçãode Zenaida auriculata.

15 - COREMAS

Localização: PB: Coremas, Pombal, SãoJosé da Lagoa Tapada, Souza, Aguiar,Piancó e Igaracy.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência de fenô-meno biológico especial.

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Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça, desma-tamento).

Justificativa: Local tradicional de repro-dução de Zenaida auriculata, ocorrênciamédia de espécies endêmicas da Caatingae, pelo menos, uma espécie ameaçada(Picumnus fulvescens).

16 - SERRA NEGRA

Localização: PE: Floresta, Inajá, Petrolândiae Tacaratu.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Brejo de altitude, carrasco,caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; alto número de ende-mismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça, desma-tamento).

Justificativa: Ampliação da ReservaBiológica de Serra Negra no sentido dePetrolândia e Inajá.

17 - MARAVILHA

Localização: PE: Floresta, Betânia eCustódia.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (caça, desma-tamento, pecuária).

Justificativa: Áreas de reprodução emigração de Zenaida auriculata e Claravispretiosa.

18 - MARACÁS

Localização: BA: Maracás, Lajedo doTabocal, Lafaiete Coutinho e Jequié.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Carrasco, mata de cipó e caatingaarbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Alto número deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamento,caça e pecuária).

Justificativa: Proteção de bloco significativode mata de cipó da região de Jequié, compossibilidade de manutenção de po-pulações relevantes dos ameaçadosRhopornis ardesiaca, Formicivora iheringie Aratinga auricapilla. A região de Itiruçupossui, possivelmente, o maior trechocontínuo de mata de cipó.

19 - MORPARÁ/COPIXABA

Localização: BA: Xique-Xique e Morpará.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Várzea, caatinga arbustiva e mataciliar.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Alto número deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: baixa; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (desmatamento,projetos de irrigação).

Justificativa: Extensa várzea que possibilitaa preservação de populações relevantesdas formas privativas do médioSão Francisco (Sicalis columbiana,Saltator coerulescens superciliaria,Cranioleuca vulpina reiseri, Schoeno-phylax phryganophila petersi eNyctiprogne vielliardi).

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20 - CHAPADA DIAMANTINA

Localização: BA: Andaraí, Boninal, Lençóis,Mucugê, Palmeiras, Seabra e Ibicoara.Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Carrasco, mata estacional,caatinga arbustiva, campos rupestres ebanhados.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de Diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas:alta; ocorrência de fenômeno biológicoespecial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: mé-dio; pressão antrópica: alta (desma-tamento, caça, mineração, turismopredatório).

Justificativa: Alta riqueza de espécies, comelementos característicos de vários biomas.Espécies ameaçadas registradas: Aratingaauricapilla, Ara maracana, Gyalophylaxhellmayri, Megaxenops parnaguae,Herpsilochmus pectoralis e Formicivoraiheringi.

21 - SENHOR DO BONFIM

Localização: BA: Campo Formoso,Jaguarari , Senhor do Bonfim eAndorinha.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Carrasco, mata estacional,caatinga arbustiva e campo rupestre.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; alto número de en-demismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamento,caça e mineração).

Justificativa: Área de colecionadores deaves no início do século. Região revestidapor matas estacionais e caatinga com boacobertura vegetal remanescente.

22 - JAÍBA

Localização: MG: Matias Cardoso e Jaíba.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Carrasco, caatinga arbórea emata seca.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (desmatamento,projetos de irrigação e caça).

Justificativa: Ocorrência de duas espéciesameaçadas de extinção (Gyalophylaxhellmayri e Megaxenops parnaguae) evárias endêmicas.

23 - JANAÚBA

Localização: Porteirinha (MG).

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Carrasco, caatinga arbórea earbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamento,carvoaria).

Justificativa: Uma das áreas maismeridionais da Caatinga, com bompotencial de preservação para espéciesameaçadas ou endêmicas.

24 - CURITUBA

Localização: Canindé do São Francisco(SE) e Paulo Afonso (BA).

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;

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pressão antrópica: média (desmatamento,agricultura).

Justificativa: Caatinga arbustiva e arbórea.Constatada a ocorrência de Ara maracana,espécie ameaçada de extinção.

25 - PIRANHAS/OLHOS D�ÁGUA

Localização: AL: Olho d�Água do Casado ePiranhas.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Investigação cien-tífica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média. grau de alteração: média.pressão antrópica: média (desmatamento,agricultura).

Justificativa: Área insuficientementeconhecida, porém com potencialimportância biológica. Área de caatingaarbórea e de reprodução de Geranoaetusmelanoleucus e Sarcoramphus papa.Ocorrência de Ara maracana, espécieameaçada de extinção.

26 - MONTE ALEGRE

Localização: SE: Monte Alegre de Sergipe,Poço Redondo e Porto da Folha.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbustiva e relictos dearbórea.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Número médiode endemismos; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração:médio; pressão antrópica: alta(desmatamento, caça, queimadas,pastoreio).

Justificativa: Área de caatinga arbustiva earbórea. Ocorrência de Penelope jacucaca

e Crypturellus noctivagus zabele, espéciesendêmicas do bioma.

27 - CRATEÚS

Localização: Crateús (CE).

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea (mata seca).

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência debiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamentoe caça).

Justificativa: Área inventariada recente-mente por PTZ Antas, com potencia-lidade para a conservação de aves daCaatinga (M.A. Figueiredo, informaçãopessoal).

28 - QUIXADÁ

Localização: Quixadá (CE).

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamen-to,caça).

Justificativa: Sítio de reprodução tradicionalde Zenaida auriculata e de provável riquezabiológica.

29 - MORADA NOVA

Localização: Morada Nova (CE).

Importância biológica: Alta.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

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Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desma-tamento, caça).

Justificativa: Presença de uma espécie deave endêmica e ameaçada de extinção(Penelope jacucaca), além de outrasendêmicas (Gyalophylax hellmayri eNothura boraquira).

30 - GALINHOS/JANDAÍRA

Localização: RN: Guamaré, Galinhos e SãoBento do Norte.

Importância biológica: Alta.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmatamento,caça).

Justificativa: Área de reprodução deZenaida auriculata e migração deTyrannus savanna e Sicalis luteola.

31 - BOM JESUS DA LAPA

Localização: Bom Jesus da Lapa (BA).

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Várzea, caatinga arbustiva e mataciliar.

Ação recomendada: Investigação cien-tífica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: baixa; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (desmatamento,pecuária, irrigação).

Justificativa: Extensas várzeas compossibilidade de preservação das formasprivativas do médio São Francisco que emcombinação com a área proposta�Morpará/Copixaba� (área 19), teráaumentado potencial de conservação.

32 - ACARI

Localização: RN: Acari, Currais Novos e SãoVicente.

Importância biológica: Alta.

Hábitats: Caatinga arbustiva e cavernas.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínsecado sistema: alta; grau de alteração:médio; pressão antrópica: média(mineração).

Justificativa: Única área conhecida commaciça reprodução de andorinhões da raçaStreptoprocne biscutata seridoensis,recém descrita. Há exploração de guano enão são conhecidas as rotas migratóriasdesta forma.

33 - SÃO JOÃO DO PARAÍSO

Localização: MG: São João do Paraíso,Águas Vermelhas e Taiobeiras.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Mata de cipó e caatinga arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Número médiode endemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (desmatamento,caça, pecuária, carvoaria).

Justificativa: Importante área de contatoentre os biomas Mata Atlântica eCaatinga. Presença de espécies en-dêmicas e ameaçadas (Formicivoraiheringi , Rhopornis ardesiaca eJacamaralcyon tridactyla). Presença deespécies endêmicas (Crypurellusnoctivagus zabele , Myrmorchilusstrigil latus e Aratinga cactorum) .Presença de espécies consideradas raras(Campephilus robustus e Pyroderusscutatus). Alta pressão antrópica, comboa parte dos hábitats originais bastantealterados.

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34 - FAZENDA TAMANDUÁ

Localização: PB: Mãe d�Água, Patos, SantaTerezinha e São José do Bonfim.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Caatinga arbustiva.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: média; ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: baixa.

Justificativa: Área de importância biológicamuito alta, com espécies endêmicas eameaçadas de extinção (Picumnusfulvescens).

35 - SERRA DO CARIRI

Localização: PB: Princesa Isabel, Tavares,Juru e Água Branca; PE: Santa Terezinha,Tabira, Solidão, Afogados da Ingazeira,Carnaíba, Quixada e São José do Egito.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Caatinga arbórea e arbustiva.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Ocorrência defenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (desmata-mento, caça).

Justificativa: Migração e reprodução de

Zenaida auriculata.

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Diversidade demamíferos e o

estabelecimentode áreas prioritáriaspara a conservaçãodo bioma Caatinga João Alves de Oliveira

Museu Nacional do Rio de Janeiro

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INTRODUÇÃO

O termo caatinga define um dostipos de vegetação xeromórfica do semi-árido brasileiro, particularmente aqueleque recobre o substrato cristalino expostodos estados nordestinos e do norte deMinas Gerais. Por extensão, esse termodefine o domínio morfoclimáticocorrespondente ao complexo devegetação do semi-árido nordestino jáidentif icado por Martius como Ha-madryades (Coimbra-Filho & Câmara1996).

Estudos realizados até o presentesobre os mamíferos da Caatinga têmrevelado uma mastofauna relativamentedepauperada, e uma baixa incidência deendemismos (Mares et al. 1981, 1985).Essas constatações têm contribuído paraa hipótese de que a maior parte das áreasde caatinga registradas na atualidade sejarelativamente recente em formação, epossivelmente derivada de pequenosrefúgios durante períodos mésicos doPleistoceno, quando as florestas tropicaister-se-iam expandido consideravelmente

através do Nordeste do Brasil (Sarmiento1975).

Duas grandes coleções constituema base do conhecimento sobre adiversidade de mamíferos deste bioma. NoMuseu Nacional (UFRJ) estão depositadoscerca de 60 mil espécimes de pequenosmamíferos não voadores obtidos peloextinto Serviço Nacional da Peste (SNP)entre 1952 e 1955 (Freitas 1957), emaproximadamente 40 dos então 187municípios do �polígono das secas�. Alémdisso, importantes séries de quirópteros epequenos mamíferos não-voadores foramobtidas pelo projeto �Ecology, evolutionand zoogeography of mammals�, porpesquisadores do �Carnegie Museum ofNatural History�, entre 1975 e 1978, naChapada do Araripe (6.576 espécimes),distribuídos entre aquele museu e o Museude Zoologia da USP. Dos estudosdecorrentes desse projeto, o inventáriomais recente (Willig & Mares 1989),relacionou 80 espécies de mamíferos paraa Caatinga.

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Tamanduá-mirim

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MÉTODOSA metodologia seguida para compor

o presente inventário foi o levantamento dosregistros bibliográficos de ocorrência demamíferos dentro dos limites do biomaCaatinga, considerando a definição domesmo no âmbito da presente avaliação.Foram incluídos, prioritariamente, registrosbaseados em espécimes coletados, aindaque em alguns casos tenham sido incluídosregistros visuais publicados, totalizando 54referências que continham informaçõesgeográficas passíveis de mapeamento. Umaexceção foi o caso dos registros deDasypodidae (Xenarthra), listados a partir deSantos (1993), cujo inventário foi realizadoprincipalmente a partir de entrevistas.A atualização taxonômica dos registrosbibliográficos seguiu Wilson & Reeder (1993)e revisões mais recentes disponíveis paraalguns táxons, publicadas ou em forma deteses. Embora constem do arquivo originalcompilado, não são tratados registros deespécies comensais introduzidas (Rattusrattus, Mus musculus, etc.) e tampouco deanimais domésticos e de criação.

Com base nos registros de mamíferoscompilados para a Caatinga a partir dabibliografia, foram identificadas as áreas demaior riqueza de espécies, os possíveis casosde endemismo, tanto no âmbito deste biomapropriamente, como em uma escala maisrestrita, e o status de conservação dasespécies reportadas (Bernardes et al. 1990 ePortaria 062 de 17/06/1997). Ainda com baseno inventário inicial, foram identificadas áreascorrespondentes a lacunas no conhecimentoda fauna de mamíferos. Estes parâmetrosnortearam o estabelecimento de critérios paraa identificação de áreas prioritárias para aconservação da biodiversidade dos ma-míferos na Caatinga.

RESULTADOSO levantamento bibliográfico

permitiu listar um mínimo de 148 espéciesregistradas para a região incluída nobioma Caatinga.

A seguir é apresentado um resumoda representatividade taxonômica egeográfica visando documentar adiversidade de mamíferos no contexto daCaatinga, bem como em nível de município(a maior resolução geográfica possívelnesta análise). As informações quesuportam as constatações relacionadas aseguir estão resumidas no Anexo 1, ondetambém está detalhada a forma deocorrência dos diferentes táxons no âmbitoda Caatinga.

DidelphimorphiaA ordem Didelphimorphia está

representada por 11 espécies registradasem pelo menos um município comlocalidade apresentando vegetaçãoxerofítica (o total de municípios comregistro bibliográfico é listado entreparênteses para cada espécie): Caluromysphilander (1), Didelphis albiventris (17),Gracilinanus agilis (3), Gracilinanusemiliae (4), Gracilinanus sp. (1), Marmosamurina (3), Marmosops incanus (2),Micoureus demerarae (8), Monodelphisamericana (2), Monodelphis domestica(28) e Thylamys karimii (1). A diversidadede marsupiais é maior em Ipu (CE)(6 espécies), mas na maioria dos municípiosamostrados o número de espécies registradositua-se em torno de quatro.

XenarthraOs registros referentes aos tatus

(Xenarthra, Dasypodidae), a partir deentrevistas, incluem pontos através de todaa Caatinga. O tatu-de-rabo-mole(Cabassous sp.) estaria representado empelo menos 108 municípios, apesar de umarevisão baseada nas amostras de 34coleções, incluindo as maiores brasileiras(Wetzel 1980), não ter relacionado sequerum indivíduo para a Caatinga. Não foipossível, portanto, com base nasinformações consultadas, concluir aespécie ou espécies a que pertencem osregistros de Cabassous do domínio daCaatinga. Dasypus novemcinctus estálistado, por entrevistas, em 189 municípios,

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mas representado por material testemunhoou observação direta em apenas 18.Dasypus septemcinctus foi relacionado porentrevistas em 54 e Euphractus sexcinctusem 191 municípios. O tatu-bola, Tolypeutestricinctus consta das entrevistas em 76municípios, mas de apenas sete são osregistros bibliográficos e de museus.

Entre os Myrmecophagidae, Taman-dua tetradactyla está registrado em setemunicípios, ao passo que Cyclopesdidactylus está em dois e Myrmecophagatridactyla em apenas um. Apesar dosregistros acima relacionados, apenas D.novemcinctus, E. sexcinctus e T. tetradactylafiguram na relação final de Xenarthra daCaatinga de Willig & Mares (1989).

ChiropteraRegistros bibliográficos de quirópteros

da Caatinga incluem 65 espécies. Asmais amplamente representadas sãoGlossophaga soricina (18 municípios),Carollia perspicillata (9), Artibeus lituratus(10), Molossus molossus (7), Platyrrhinuslineatus (7), Artibeus jamaicensis (6) eDesmodus rotundus (7). Os municípios ondese registrou maior diversidade foram Exu(PE), Jaíba (MG) e Crato (CE), comrespectivamente 35, 29 e 27 espéciesregistradas, seguidos por São RaimundoNonato (Parque Nacional da Serra daCapivara) com 24 espécies, Ubajara (ParqueNacional de Ubajara) com 14 espécies,Valença do Piauí (13) e Nova Olinda com dozeespécies. A análise desses números deveainda considerar o esforço de amostragemque, aparentemente, variou muito entrelocalidades. Amostras de Exu e Crato foramobtidas ao longo de três anos, ao passo queos registros de Jaíba foram obtidos emapenas duas excursões, realizadas em curtosperíodos por dois anos seguidos.

Algumas localidades destacam-sepor apresentarem os únicos registros dediversas espécies de quirópteros no bioma.São elas, Crato (Artibeus concolor,Lasiurus borealis, Natalus stramineus,Tadarida sp.), Jaíba (Eptesicus brasiliensis,Chrotopterus auritus, Eumops perotis,Myotis sp., Peropteryx kappleri, Tonatia

sp.), Exu (Micronycteris schmidtorum,Mimon crenulatum, Promops sp.), SãoRaimundo Nonato (Histiotus sp., Mimonbennettii, Noctilio albiventris), Valença doPiauí (Eumops sp., Lonchorhina aurita,Molossops abrasus), Canudos (Loncho-phyla bockermanni), Rio Formoso(Peropteryx leucoptera) e Juazeiro(Rhogeessa tumida).

PrimatesOs registros de primatas na Caatinga

incluem cinco espécies da família Cebidae,Alouatta belzebul (em 5 municípios), A.ululata (5), A. caraya (3), Cebus apella (4)e Callicebus barbarabrownae (3). Adescoberta de populações recentes deCallicebus, reportadas em Marinho-Filho& Veríssimo (1997), na região da Serra daQuixaba (Canudos, Jeremoabo e MonteSanto), sugere a possibilidade da existênciadessa forma em outros enclaves florestadosda Caatinga. Entre os representantes dafamília Callithrichidae, existem registros deCallithrix jacchus em 10 municípios e deC. penicillata em apenas um. Das formaslistadas acima, apenas Cebus apella eCallithrix jacchus foram relacionados porWillig & Mares (1989).

RodentiaA ordem Rodentia está representada

por aproximadamente 24 espécies dasubordem Sciurognathi (22 Muridae e 2Sciuridae) e 13 de Hystricognathi. Espéciesda família Sciuridae foram registradas apartir de amostras de Penedo, AL, (Sciurusaestuans) e Maranguape, CE, (S. alphonsei).

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Tatu-bola

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Dentre os representantes da famíliaMuridae (Sigmodontinae), Wiedomyspirrhorhinus foi registrado em um maiornúmero de municípios (20), seguido porOryzomys aff. subflavus (20), Oligory-zomys eliurus (22) e Bolomys lasiurus(15). Municípios que apresentaram maiordiversidade de espécies da família Muridaeforam Caruaru e Garanhuns (11 espéciescada), Ipu (9), Crato (8) e Jaíba (7). Onúmero de espécies de Muridae registradospara a região da Caatinga tem aumentadona medida em que as coleções disponíveisvêm sendo melhor estudadas em revisõesabrangentes (Tribe, 1996 - Rhipidomyssp.4 ssp.1, do Crato, CE, e Rhipidomyssp.4 ssp.2, da Serra de Baturité, CE;Oliveira 1998 � Oxymycterus sp.4, deGuaraciaba do Norte, CE; Weksler 1996 -Oryzomys sp. n.). Da mesma forma,novas coletas empregando métodoscomplementares aos anteriormenteutilizados, como o exame dos cariótipos deespécimes recém-coletados, têmpossibilitado a diferenciação entreamostras de Oryzomys subflavus delocalidades dos estados de Pernambuco eParaíba (referidas como Oryzomyssubflavus variante 1), e de localidades daBahia e Minas Gerais (referidas comoOryzomys subflavus variante 3) (Maia &Hulak 1981, Bonvicino et al. 1999), bemcomo a descrição de uma nova espécie deOligoryzomys (Bonvicino & Weksler 1998)do Nordeste do Brasil.

Os representantes da subordemHystricognathi registrados em maiornúmero de municípios foram Kerodonrupestris (28 municípios), Galea spixii (28)e Thrichomys apereoides (17). Algumasespécies apresentaram poucos e esparsosregistros, como Echimys lamarum (7municípios) e Dasyprocta primnolopha(9). Espécies que apresentaram registrosem apenas uma localidade da Caatingaforam Proechimys albispinus minor(Morro do Chapéu), P. a. sertonius(Lamarão) e P. cayennensis (Ipu).Proechimys yonenagae foi descrito deáreas de dunas em Barra, Queimadas eIbiraba (BA).

Dentre as espécies da famíliaEchimyidae de ampla distribuição naCaatinga, apenas Thrichomys apereoidestem sido objeto de análises de variabilidadegeográfica. Dados craniométricos sugerema existência de duas unidades geográficas,uma representada pela população deBodocó e outra incluindo populações dosoutros municípios do Nordeste (Bandouk& Reis 1995), em um padrão inconsistentecom a estrutura subspecífica descrita paraa espécie. Esse resultado é, entretanto,indicativo da possibilidade de existência demais de uma forma de Thrichomysocorrendo na região da Caatinga doNordeste do Brasil, o que tem sidopostulado com base em informaçãocitogenética (Silva et al. 2000, Svartman1988, Leal-Mesquita 1991).

LagomorphaO único representante da ordem

Lagomorpha silvestre, Sylvilagus bra-siliensis, foi registrado em sete municípiosesparsamente distribuídos pelo domínio daCaatinga.

CarnivoraObtiveram-se registros para 14

espécies da ordem Carnivora, entre elasseis da família Felidae, quatro Mustelidae,três Procyonidae e um Canidae, todascom mais de um registro, exceto porGalictis cuja, listada apenas para Ipu, CE.A maior diversidade de espécies foiregistrada para os parques nacionais daSerra da Capivara e de Ubajara (10 e 8espécies) e para o Crato, CE (6).

Artiodactyla e PerissodactylaEntre os representantes da ordem

Artiodactyla, os poucos registros disponíveissão amplamente distribuídos: Mazamaamericana (Jaíba, MG; São RaimundoNonato, PI; e Ubajara, CE), M. gouazoupira(Crato, Ubajara e S. Raimundo Nonato),Pecari tajacu (Penedo, AL; Piranhas, PB eSão Raimundo Nonato). Tayassu pecari estárepresentado em apenas um município (São

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Raimundo Nonato), assim como orepresentante da ordem Perissodactyla,Tapirus terrestris, registrado apenas para aregião da Jaíba, MG.

Apesar de restrito às informaçõespublicadas e de ter sido implementadosob uma perspectiva conservadora noque diz respeito à equivalência de formasoriginalmente não identificadas ao nívelde espécie, o presente inventáriorelaciona pouco menos do que o dobrodo número de espécies reconhecidaspara a Caatinga por Willig & Mares(1989). As excelentes séries obtidas deum grande número de localidades do�polígono das secas� pelo ServiçoNacional da Peste ainda não foramestudadas em sua total idade, e aschances de se encontrar nesse acervoespécies ainda não registradas para aregião são promissoras. Também se deveressaltar a utilização de técnicas de coletacomplementares antes não empregadas,como o uso de armadilhas do tipo �pit-

fall� (Silva et al. 2000), bem como acoleta em áreas ainda não inventariadas,que vão certamente proporcionaracréscimos à presente lista (Anexo 1).

DISCUSSÃO

A mastofauna do bioma Caatingapode ser dividida, de uma forma preliminar,em três grupos principais: (1) as espéciesendêmicas ou que apresentam grandeparte da distribuição neste bioma,totalizando 19 espécies; (2) as espéciesamplamente distribuídas em outrosbiomas, mas que apresentam registrosesporádicos na Caatinga, 18 espécies; e (3)espécies amplamente distribuídas naCaatinga e em outros biomas, 106espécies. Deve-se ter em conta que oreconhecimento da distinção taxonômicadas formas cariotípicas já detectadasaumentaria o número das espécies do�grupo 1� descrito acima.

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Ouriço-cacheiro

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É interessante notar que os númerosde espécies dos �grupos 1 e 2� são muitosemelhantes. As espécies do �grupo 2�,que aparentemente ocupam enclavesmésicos do semi-árido, têm sidoapontadas como exemplos de que essesambientes constituam remanescentes deum contínuo florestado em um passadorelativamente recente. O presenteinventário sugere que não só o númerode espécies características da Caatinga émaior do que o anteriormentereconhecido, como também que osregistros que têm suportado a hipótese dosurgimento recente do bioma são em umnúmero relativamente pequeno frente aototal de espécies presentes. Algumasespécies do �grupo 1� não são su-ficientemente conhecidas para que sedescarte a hipótese de que constituamunidades isoladas das populaçõesregistradas fora da Caatinga, como é ocaso de Tolypeutes tricinctus, Galeaspixii, Thrichomys apereoides eMonodelphis domestica. Apesar daausência documentada de adaptaçõesequivalentes às encontradas emmamíferos de deserto (Mares et al. 1985),duas das espécies características daCaatinga (�grupo 1�) � Wiedomyspirrhorhinus e Kerodon rupestris � sãoapenas encontradas nas formaçõesvegetais abertas desse bioma. Estasespécies estão ausentes, como viventesou fósseis, das regiões com vegetaçãoaberta dos biomas adjacentes, sugerindoque alguns dos táxons endêmicos daCaatinga possam ter surgido a partir delinhagens evolutivas autóctones, o queconstituiria uma evidência a favor daantiguidade do bioma.

Parece indiscutível, entretanto, queas paisagens hoje incluídas no biomaCaatinga têm sofrido um processoagressivo de modificação, processo esteque não distingue as áreas florestadasdas regiões de vegetação mais aberta esolo naturalmente mais exposto. Oresultado da destruição destes tiposdiferentes de vegetação é similar nos doiscasos, ou seja, diferentes estágios desucessão vegetal que têm sido

reconhecidos na l i teratura comocapoeiras ou carrascos, mas queguardam uma similaridade superficialmaior com as paisagens originais daCaatinga sensu stricto do que com asáreas de floresta em enclaves mésicos dobioma original. Deve-se notar, entretanto,que freqüentemente o grau de alteraçãoé comparável nos dois casos, e queapenas uma fração das espéciesconsegue sobreviver a estas catástrofes.Assim, em paisagens muito alteradas,existe possivelmente a prevalência dealgumas espécies, que podem constituir-se em uma fração da comunidadeoriginal ou em espécies invasoras. Atérecentemente, as espécies citadas noparágrafo anterior eram consideradasapenas nessa última categoria, mas osargumentos aqui reunidos sugerem quepodem constituir-se de fato nas formasremanescentes de uma mastofaunaprópria do bioma. Essa mastofauna aindapoderia estar representada, em maiorabrangência, em áreas de vegetaçãosemi-árida mais bem preservadas, quefreqüentemente não dispõem delevantamentos exaustivos, e que,infelizmente, tornam-se cada vez maisraras.

CRÉDITOS

O autor agradece aos coordenadoresdo Seminário �Avaliação e Identificação deAções Prioritárias para a Conservação,Utilização Sustentável e Repartição deBenefícios da Biodiversidade do BiomaCaatinga�, bem como aos demaiscomponentes do Grupo Temático deMamíferos, a saber: Adelmar Coimbra-Filho, Antonio Souto, Cibele RodriguesBonvicino, Daniel Ricardo Scheibler, FrankWolff e Pedro Luis Bernardo da Rocha, quedividiram suas experiências e participaramativamente na determinação das áreasprioritárias para a conservação demamíferos no bioma. As interpretações econclusões deste relatório são, entretanto,de responsabilidade do autor.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Tipo de ocorrência:a - endêmica ao bioma Caatinga;b - endêmica ao bioma Caatinga, mas com distribuição restrita;c - apresentando grande parte da distribuição no bioma Caatinga, mas não endêmica;d - característica de outros biomas, mas presente na Caatinga de forma pontual ou nas regiões limítrofes com os outros biomas;e - amplamente distribuída em outros biomas e também na Caatinga.

Ocorrências assinaladas com um asterisco foram julgadas possivelmente coespecíficas com a forma nominal listada imediatamente acima, e não foram consideradas no cômputo donúmero total de espécies da Caatinga.

A atualização taxonômica segue fundamentalmente Wilson & Reeder (1993); exceções estão baseadas em trabalhos mais recentes, incluídos na coluna �Referências�.

Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.

ARTIODACTYLACervidae: OdocoileinaeMazama americana (Erxleben, 1777) CE: Ubajara; MG: Jaíba; PI: São Raimundo Nonato 1; 15; 29 PN Serra da Capivara; PN Ubajara eMazama gouazobira (G.Fischer, 1814) CE: Crato; PI: São Raimundo Nonato 1; 22 FN Araripe-Apodí; PN Serra da c

CapivaraTayassuidaePecari tajacu (Linnaeus, 1758) AL: Penedo, Piranhas; PI: São Raimundo Nonato 1; 40; 49 PN Serra da Capivara eTayassu pecari (Link, 1795) PI: São Raimundo Nonato 1 PN Serra da Capivara e

CARNIVORACanidaeCerdocyon thous (Linnaeus, 1766) CE: Crato, Ubajara; PE: Exu, Garanhuns, 1; 9; 15; FN Araripe-Apodí; PN e

Serra Talhada, Triunfo; PI: São Raimundo Nonato 22; 24; 31 Serra da Capivara; PN Ubajara. eFelidae: FelinaeHerpailurus yaguarondi (Lacépède, 1809) CE: Crato, Ubajara; MG: Jaíba; PE: Exu; 1; 15; 22; PN Serra da Capivara; PN Ubajara e

PI: São Raimundo Nonato 24; 29; 31Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) PI: São Raimundo Nonato 1; 31 PN Serra da Capivara eLeopardus tigrinus (Schreber, 1775) PI: São Raimundo Nonato; CE: Ubajara 1; 14; 15; 31 PN Serra da Capivara; PN Ubajara eLeopardus wiedii (Schinz, 1821) PI: São Raimundo Nonato 1; 31 PN Serra da Capivara ePuma concolor (Linnaeus, 1771) CE: Crato, Ubajara; PI: São Raimundo Nonato 22 FN Araripe-Apodí; e

PN Serra da Capivara; PN UbajaraFelidae: PantherinaePanthera onca (Linnaeus, 1758) CE: Crato; PI: São Raimundo Nonato 1; 22; 31 eMustelidae: MephitinaeConepatus semistriatus (Boddaert, 1784) PE: Garanhuns, Poção; PI: São Raimundo Nonato 1; 9; 24; 31 PN Serra da Capivara eConepatus sp. * CE: Ubajara 15 PN Ubajara eMustelidae: MustelinaeGalictis cuja (Molina, 1782) CE: Ipu, 9; 15; 22; 24 PN Ubajara eGalictis vittata (Schreber, 1776) CE: Crato, Ubajara; PE: Poção, Triunfo 9Eira barbara (Linnaeus, 1758) CE: Ubajara; PE: Garanhuns; P 1; 9; 14; PN Serra da Capivara; PN Ubajara e

I: São Raimundo Nonato 15; 31Procyonidae: PotocinaePotos flavus (Schreber, 1774) AL: Penedo 49 dProcyonidae: ProcyoninaeNasua nasua (Linnaeus, 1766) AL: Penedo; CE: Ubajara 2; 14; 15; 49 PN Ubajara eProcyon cancrivorus (Cuvier, 1798) CE: Crato, Ubajara; MG: Jaíba; P 1; 9; 14; PN Serra da Capivara; PN Ubajara e

E: Garanhuns; PI: São Raimundo Nonato 15; 24; 29

CHIROPTERAEmballonuridaeDiclidurus albus Wied-Neuwied, 1820 BA: Rio Jequitinhonha 2 ePeropteryx kappleri Peters, 1867 MG: Jaíba 29 d

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CHIROPTERA (continuação)

EmballonuridaePeropteryx macrotis (Wagner, 1843) BA: Senhor do Bonfim; CE: Crateús; MG: Jaíba; 1; 17; 22; 27 EE Tapacurá; PN Serra da Capivara e

PE: Exu; PI: São Raimundo Nonato; RN: NatalPteropteryx leucoptera Peters, 1867 PE: Saltinho 17 eRhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) AL: Penedo; BA: Barra; CE: Fortaleza; MG: Jaíba 17;20;21;29;49eSaccopteryx bilineata (Temminck, 1838) CE: Crato; PI: Cocal 17; 22 FN Araripe-Apodi eSaccopteryx leptura (Schreber, 1774) CE: Crato, Fortaleza 17; 21; 22 eFuripteridaeFuripterus horrens (F. Cuvier, 1828) CE: Ubajara; PE: Exu; PI: São Raimundo Nonato 1; 15; 22; 43 PN Serra da Capivara; PN Ubajara eMolossidaeEumops perotis (Schinz, 1821) MG: Jaíba 29 eEumops sp. PI: Valença do Piauí 22 eMolossops abrasus (Temminck, 1827) PI: Valença do Piauí 22 eMolossops planirostris (Peters, 1865) MG: Jaíba; PE: Exu 22; 27 eMolossops teminckii (Burmeister, 1854) CE: Crato; PE: Exu 22 FN Araripe-Apodí eMolossus ater E. Geoffroy, 1805 AL: Penedo; CE: Nova Olinda; MG: Jaíba; 22; 29; 49; 27 e

PE: Exu; PI: Valença do PiauíMolossus molossus (Pallas, 1766) BA: Barra; CE: Crato, Ubajara; PE: Exu, Serra Talhada; 1; 15; 20; FN Araripe-Apodí; e

PI: São Raimundo Nonato, Valença do Piauí 22; 43; PN Serra da Capivara; PN UbajaraNeoplatymopsmattogrossensis Vieira, 1942 BA: Irecê; CE: Jaguaribe; PE: Exu 12; 22 eNyctinomops laticaudatus E. Geoffroy, 1805 MG: Jaíba; PE: Exu; PI: São Raimundo Nonato 1; 22; 27 PN Serra da Capivara ePromops sp. PE: Exu 22 dTadarida sp. CE: Crato 22 FN Araripe-Apodí dMormoopidaePteronotus davyi Gray, 1838 CE: Crato; PE: Exu; PI: Valença do Piauí 22 FN Araripe-Apodí ePteronotus parnellii (Gray, 1843) PI: São Raimundo Nonato; Valença do Piauí 1; 22 PN Serra da Capivara ePteronotus personatus (Wagner, 1843) PE: Serra Talhada; PI: Valença do Piauí 22 eNatalidaeNatalus stramineus Gray, 1838 CE: Crato 22 FN Araripe-Apodí eNoctilionidaeNoctilio albiventris Desmarest, 1818 CE: Crato, Fortaleza; PE: Exu; 1; 21; 22 PN Serra da Capivara; e

PI: São Raimundo Nonato FN Araripe-ApodíNoctilio leporinus (Linnaeus, 1758) MG: Jaíba 27 ePhyllostomidae: CarolliinaeCarollia perspicillata (Linnaeus, 1758) AL: Penedo; CE: Crato, Nova Olinda, Ubajara; 1; 2; 15; 22; FN Araripe-Apodí; EE e

MG: Jaíba; PE: Exu; PI: São Raimundo Nonato, 29; 43; 47; Tapecurá; PN Serra da Capivara;Teresina, Valença do Piauí 49; 50; 27 PN Ubajara

Phyllostomidae: DesmodontinaeDesmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) BA: Senhor do Bonfim; 1; 15; 22; FN Araripe-Apodí; EE Tapecurá;

CE: Crato, Ubajara, Nova Olinda; MG: Jaíba; 43; 27 PN Serra da Capivara; PN Ubajara ePE: Exu; PI: São Raimundo Nonato

Diphylla ecaudata Spix, 1823 MG: Jaíba 27 ePhyllostomidae: GlossophaginaeAnoura geoffroyi Gray, 1838 CE: Crato, Nova Olinda; PE: Exu 22 FN Araripe-Apodí eGlossophaga soricina (Pallas, 1766) BA: Barra, Senhor do Bonfim; 1; 10; 15; FN Araripe-Apodí; EE

CE: Crato, Fortaleza, Nova Olinda; 20; 21; 22; Tapecurá; PN Serra da Capivara;MA: Alto Parnaiba, Rosário; MG: Jaíba; 29; 43; 52; PN UbajaraPE: Exu, Serra Talhada; PI: Cocal, São Raimundo 27Nonato, Teresina, Valença do Piauí; RN: Natal

Phyllostomidae: LonchophyllinaeLonchophylla bockermanni Sazima et al., 1978 BA: Canudos 3 dLonchophylla mordax Thomas, 1903 AL: Maceió, Penedo; BA: Barra, Juazeiro; 21; 22; e

CE: Nova Olinda; MG: Jaíba; PE: Exu 49; 27

Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

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273

Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

CHIROPTERA (continuação)

Phyllostomidae: LonchophyllinaeLonchophylla sp. CE: Ubajara; PI: São Raimundo Nonato 1; 15; 43 PN Serra da Capivara; PN Ubajara ?Phyllostomidae: PhyllostominaeLonchorhina aurita Tomes, 1863 PI: Valença do Piauí 22 eMicronycteris megalotis (Gray, 1842) PE: Exu 45 eMicronycteris minuta (Gervais, 1856) CE: Crato; MG: Jaíba; PE: Exu; 1; 22; 27 FN Araripe-Apodí;

PI: São Raimundo Nonato EE Tapecurá; PN Serra da Capivara eMicronycteris sanborni Simmons, 1996 CE: Crato, Nova Olinda; PE: Exu 45, 22 FN Araripe-Apodí; bPhyllostomidae: PhyllostominaeChrotopterus auritus (Peters, 1865) MG: Jaíba 27 eMicronycteris schmidtorum Sanborn, 1935 PE: Exu 45 EE Tapacurá eMimon bennettii Gray, 1838 PI: São Raimundo Nonato 1 PN Serra da Capivara eMimon crenulatum (E. Geoffroy, 1810) PE: Exu 22 ePhyllostomus discolor Wagner, 1843 CE: Crato, Ubajara; MG: Jaíba; PE: Exu; 1; 15; 22; FN Araripe-Apodí;

PI: São Raimundo Nonato, Valença do Piauí 29; 43; 27 PN Serra da Capivara; PN Ubajara ePhyllostomus elongatus (E. Geoffroy, 1810) AL: Maceió 49 ePhyllostomus hastatus (Pallas, 2167) MG: Jaíba 27 eTonatia bidens (Spix, 1823) PE: Exu; PI: São Raimundo Nonato 1; 22 PN Serra da Capivara eTonatia brasiliense (Peters, 1866) PE: Exu 22 eTonatia sp. * MG: Jaíba 27 eTrachops cirrhosus (Spix, 1823) AL: Maceió; BA: Juazeiro; 1; 22; 49 PN Serra da Capivara e

PE: Exu; PI: São Raimundo NonatoPhyllostomidae: StenodermatinaeArtibeus concolor Peters, 1865 22 FN Araripe-Apodí eArtibeus jamaicensis Leach, 1821 BA: Juazeiro; CE: Crato, Fortaleza; 22; 21 FN Araripe-Apodí; EE Tapacurá e

PE: Exu; PI: Teresina, Valença do PiauíArtibeus lituratus (Olfers, 1818) AL: Maceió; CE: Crato, Fortaleza, Ipu, Nova Olinda, 22; 21; 49; FN Araripe-Apodí; e

Ubajara; MG: Jaíba; PE: Exu; PE: Exu; 1; 30; 15; 43; EE Tapacurá; PN Serra da Capivara;PI: São Raimundo Nonato, Teresina 47; 27 PN Ubajara.

Artibeus obscurus Schinz, 1821 CE: Ubajara; PI: Teresina 2; 15; 22; 43 PN Ubajara; PN Serra da Capivara. eArtibeus sp. * MG: Jaíba 27 ?Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) AL: Maceió, Manimbú; BA: Juazeiro; 1; 15; 22; FN Araripe-Apodí; EE Tapecurá; e

CE: Crato, Ubajara; MG: Jaíba; PE: Exu 43; 47; 27 PN Serra da Capivara; PN UbajaraSturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) CE: Crato; MG: Jaíba 1; 15; 22; 29; FN Araripe-Apodí; e

43; 27 EE Tapecurá; PN Serra daCapivara; PN Ubajara

Uroderma bilobatum Peters, 1866 CE:Crato; PE: Exu; PI: Teresina 22 FN Araripe-Apodí eUroderma magnirostrum Davis, 1968 MG: Jaíba; PI: Teresina 22; 27 eArtibeus cinereus (Gervais, 1856) CE: Nova Olinda; MG: Jaíba; PI: Teresina 29; 22 EE Tapacurá eArtibeus planirostris (Spix, 1823) CE: Fortaleza, Ubajara; 1; 15; 21; PN Serra da Capivara; e

PI: São Raimundo Nonato, Teresina 30; 43 PN UbajaraChiroderma villosum Peters, 1860 CE: Ubajara; PI: São Raimundo Nonato 1; 15; 43 PN Serra da Capivara; PN Ubajara. dVespertilionidae: VespertilioninaeHistiotus sp. PI: São Raimundo Nonato 1 PN Serra da Capivara dEptesicus brasiliensis (Desmarest, 1819) MG: Jaíba 29 eEptesicus furinalis (d�Orbigny, 1847) CE : Crato; MG : Jaíba 22; 27 FN Araripe-Apodí eLasiurus borealis (Müller, 1776) CE : Crato 22 FN Araripe-Apodí eLasiurus ega (Gervais, 1856) CE: Crato; PE: Exu; PI: Valença do Piauí 22 FN Araripe-Apodí eMyotis nigricans (Schinz, 1821) CE: Crato; PE: Exu, Serra Talhada 1; 22 FN Araripe-Apodí; EE Tapecurá; e

PN Serra da CapivaraMyotis sp. * MG: Jaíba 27 ?Rhogeessa tumida H. Allen, 1866 BA: Juazeiro 22

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Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

DIDELPHIMORPHIADidelphidae: CaluromyinaeCaluromys philander (Linnaeus, 1758) CE : Ipu 9 dDidelphidae: DidelphinaeDidelphis albiventris (Lund, 1840) AL: Palmeira dos Índios, Penedo; 1; 9; 14; 15; FN Araripe-Apodí; eDidelphis albiventris BA: Curaçá, Poção; CE: Baturité, Crato, 22; 24; 29; PN Serra da Capivara; PN Ubajara.

Fortaleza, Ipu, Ubajara; MG: Jaíba; PE: Bodocó, 49Caruaru, Exu, Garanhuns, Triunfo;PI: São Raimundo Nonato, Valença do Piauí

Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) BA: Curaçá; CE: Ipu; MG: Jaíba 10; 29; 47 eGracilinanus emiliae (Thomas, 1909) CE: Crato, Ipu, Ubajara; PE: Triunfo 9; 14; 15; 24 PN Ubajara eGracilinanus sp. BA: Curaçá 10 eMarmosa murina (Linnaeus, 1758) AL: Penedo; CE: Pacoti, Ubajara 14; 15; 42; 49 PN Ubajara eMarmosops incanus (Lund, 1840) BA: Lamarão; MG: Jaíba 29, 25 dMicoureus demerarae (Thomas, 1905) Ilhéus, BA; CE: Fortaleza, Ipu, Pacoti; 9; 22; 42 e

PE: Caruaru, Dois Irmãos, Garanhuns, TriunfoMonodelphis americana (Müller, 1776) CE: Pacoti, Ubajara 14; 42 PN Ubajara eMonodelphis domestica (Wagner, 1842) AL: Limoeiro de Anadia, Palmeira dos Índios, 9; 10; 15; 22; PN Ubajara e

Santana do Ipanema; BA: Curaçá, Feira de Santana, 24; 29; 42; 47Serrinha; CE: Baturité, Campos Sales, Crato, Fortaleza, Ipu,Jardim, Milagres, Missão Velha, Pacoti, São Benedito, Ubajara;MG: Jaíba; PE: Bodocó, Caruaru, Dois Irmãos, Exu, Garanhuns,Pesqueira, Poção, Serra Talhada, Triunfo; PI: Valença do Piauí

Thylamys karimii (Petter, 1968) PE : Exu 22 b

LAGOMORPHALeporidaeSylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) AL: Palmeira dos Índios, Quebrangulo; 9; 22; 24; e

BA: Poção, Senhor do Bonfim; CE: Garanhuns; 29; 49MG: Jaíba; PE: Pesqueira

PERISSODACTYLATapiridaeTapirus terrestris (Linnaeus, 1758) MG: Jaíba 29 e

PRIMATESCallithrichidaeCallithrix penicillata (É. Geoffroy, 1815) MG: Jaíba 29 dCallithrix jacchus (Linnaeus, 1758) AL: Penedo, Quebrangulo; CE: Crato, 1; 9; 14; 15; FN Araripe-Apodí; e

Ipu, Pacoti, Ubajara; PE: Exu, Garanhuns, Triunfo; 22; 24; 47; PN Serra da Capivara; PN UbajaraPI: São Raimundo Nonato 49.

Cebidae: AlouattinaeAlouatta belzebul (Linnaeus, 1766) AL: Murici, Penedo; PB: Sapé; PI: Parnaguá; 8; 50; 16; 13; e

RN: Baía Formosa 51; 26; 14;15.Alouatta caraya (Humboldt, 1815) BA: Cotegipe; MG: Jaíba; PI: São Raimundo Nonato 1; 16; 29; PN Serra da Capivara dAlouatta ululata Elliot, 1912 CE: Granja, Ibiapina, São Benedito, Ubajara; 14 d

MA: Humberto de CamposCebidae: CallicebinaeCallicebus barbarabrownae Hershkovitz, 1990 BA: Ibipeba, Lamarão, Formosa 23, 19 bCallicebus sp.* BA: Canudos, Jeremoabo, Monte Santo 23 ?Cebidae: CebinaeCebus apella (Linnaeus, 1758) CE: Ubajara; MG: Jaíba; PE: Exu; 1; 2; 14; 15; PN Serra da Capivara PN Ubajara.

PI: São Raimundo Nonato 22; 29

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Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

RODENTIAAgoutidaeAgouti paca (Linnaeus, 1766) CE: Ubajara; PI: São Raimundo Nonato 1;15 PN Serra da Capivara; PN Ubajara eCaviidae: CaviinaeKerodon rupestris (Wied, 1820) AL: Palmeira dos Índios, Piranhas, Santana do 1; 2; 9; 14; PN Serra da Capivara PN Ubajara a

Ipanema, Quebrangulo; BA: Barro Alto, Juazeiro, 15; 18; 22; 24;Rio Jequitinhonha; CE: Araripe, Assaré, 40; 44; 49

Kerodon rupestris Baturité, Campos Sales, Crato, Fortaleza, Ipu,Itapagé, Milagres, Missão Velha, Mulungu, Ubajara;PE: Bodocó, Caruaru, Exu, Garanhuns, Pesqueira,Poção, Triunfo; PI: Valença do Piauí; RN: Parnamirim

Galea spixii (Wagler, 1831) AL: Limoeiro de Anadia, Palmeira dos Índios, Penedo, 9; 8; 18; 22; EE Tapacurá; PN Serra da Capivara. cPiranhas, Quebrangulo; BA: Curaçá, Mundo Novo, 29; 40; 47;Poção, Serrinha; CE: Barbalha, Baturité, Brejo Santo, 49Crato, Fortaleza, Ipu, Jardim, Missão Velha, Santana doCariri, Solonópole; MG: Jaíba; PE: Bodocó, Caruaru,Exu, Garanhuns, Pesqueira, Triunfo; PI: São RaimundoNonato, Valença do Piauí

Dasyproctidae: DasyproctinaeDasyprocta prymnolopha Wagler, 1831 AL: Maceió, Piranhas; CE: Crato, Ubajara; 1; 9; 14; 15; FN Araripe-Apodí; PN Serra da e

MG: Jaíba; PE: Bodocó, Dois Irmãos, Exu; 18; 22; 24; Capivara; PN UbajaraPI: São Raimundo Nonato 29; 40; 49; 54

Dasyprocta sp. n. BA: Jeremoabo 39 bEchimyidae: EchimyinaeEchimys lamarum (Thomas, 1916) BA: Lamarão; CE: Crato, Fortaleza, Ipu; 6; 24; 29 c

MG: Jaíba; PE: Caruaru, GaranhunsEchimyidae: EumysopinaeProechimys albispinus minor Reis & Pessôa, 1995 BA: Morro do Chapéu 33; 34 bEchimyidae: EumysopinaeProechimys albispinussertonius Thomas, 1921 BA: Lamarão 33 bProechimys sp. CE: Crato 22 FN Araripe-Apodí ?Proechimys yonenagae Rocha, 1995 BA: Barra, Ibiraba, Queimadas 35; 38 bThrichomys apereoides (Lund, 1839) AL: Palmeira dos Índios, Piranhas; BA: Curaçá, 1; 9; 10; 18; EE Tapacurá; PN Serra da Capivara; e

Senhor do Bonfim; CE: Crato, Fortaleza, Ipu, 22; 24; 29; PN UbajaraUbajara; MG: Jaíba; PE: Bodocó, Caruaru, 40; 44; 27;Exu, Garanhuns, Pesqueira, Triunfo; 47;PI: São Raimundo Nonato, Valença do Piauí

Proechimys cayennensis Desmarest, 1821 CE: Ipu 6 dErethizontidaeCoendou prehensilis (Linnaeus, 1758) AL : Penedo; CE: Baturité, Ipu, Ubajara; MG: Jaíba 9; 15; 29; 49 PN Ubajara eMuridae: SigmodontinaeWiedomys pyrrhorhinos (Wied-Neuwied, 1821) AL: Palmeira dos Índios, Quebrangulo, Santana do 2; 9; 10; 18; FN Araripe-Apodí a

Ipanema; BA: Curaçá, Feira de Santana, Juazeiro, 22; 24; 29Riacho da Ressaca, Seabra; CE: Crato, Ipu, MissãoVelha, São Benedito; MG: Jaíba; PE: Bodocó,Caruaru, Exu, Garanhuns, Pesqueira, Poção, Triunfo

Akodon cursor (Winge, 1887) AL: Anadia, Palmeira dos Índios; 9;22 eBA: Serrinha; PE: Caruaru, Garanhuns, Pesqueira

Bolomys lasiurus (Lund, 1841) AL: Palmeira dos Índios, Quebrangulo; CE: Aquiraz, 9; 18; 22; FN Araripe-Apodí eBaturité, Crato, Fortaleza, Ipu, Pacoti; MG: Jaíba; PE: Caruaru, 24; 29; 47;Exu, Garanhuns, Pesqueira, Serra Talhada, Triunfo 42

Calomys callosus (Rengger, 1830) PE: Exu, Triunfo; MG: Jaíba; PI: São Raimundo Nonato 1; 9;18;22;29 PN Serra da Capivara eCalomys tener (Winge, 1887) PE: Caruaru 9 eCalomys sp. BA: Jequié; PE: Garanhuns 9; 22 e

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Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

RODENTIA (continuação)

Muridae: SigmodontinaeHolochilus brasiliensis (Desmarest, 1819) AL: Quebrangulo; BA: Bom Jesus da Lapa; 22 eHolochilus sciureus Wagner, 1842 AL: Palmeira dos Índios, Penedo; CE: Crato, 9; 24; 29; e

Fortaleza, Ipu, São Paulo; MG: Jaíba; PE: Bodocó, 47; 49Garanhuns, Pesqueira

Nectomys rattus (Pelzen, 1883) CE : Crato, Ipu; PE: Garanhuns, Bodocó, Caruaru 9; 24; 46 eOligoryzomys eliurus (Wagner, 1845) AL: Limoeiro de Anadia, Palmeira dos Índios, 9; 18; 22; 29 FN Araripe-Apodí e

Quebrangulo; BA: Seabra; CE: Baturité, Crato,Fortaleza, Ipu, Itapagé, Itapipoca, Pacoti; MG: Jaíba;PE: Caruaru, Exu, Garanhuns, Pesqueira, Triunfo

Oligoryzomys fornesi Massoia, 1973 PE: Bom Conselho, Buíque, Correntes, Macaparana, 5 eOligoryzomys nigripes (Olfers, 1818) CE: Pacoti; MG: Montes Claros; PI: São Raimundo Nonato 1; 5; 42 PN Serra da Capivara eOligoryzomys stramineus Bonvicino & Weksler, MG: Montes Claros; PB: Natuba; PE: Angelim, 5 c

1998 Bom Conselho, Correntes, Exu, MacaparanaOryzomys russatus (Wagner, 1848) CE : Pacoti 42 dOryzomys sp. n. CE: Guaraciaba do Norte, São Benedito 53 bOryzomys aff. subflavus (Wagner, 1842) AL: Anadia, Palmeira dos Índios, Quebrangulo, 1; 5; 9; 18; FN Araripe-Apodí; e

Santana do Ipanema; BA: Feira de Santana, 22; 24; 29; PN Serra da CapivaraSerrinha; CE: Baturité, Crato, Guaraciaba do Norte, 42; 47; 7Ipu, Pacoti, São Benedito; MG: Jaíba; PE: Caruaru,Exu, Garanhuns, Pesqueira, Serra Talhada, Triunfo;PI: São Raimundo Nonato

Oxymycterus angularis Thomas, 1909 AL: Penedo, Quebrangulo; 9; 22; 28; ePE: Caruaru, Garanhuns 46; 49

Oxymycterus sp. n. CE: Ipu, São Benedito 28 bRhipidomys macrurus (Gervais, 1855) CE: Baturité, Crato, Fortaleza, Ipu, São Benedito, 9; 22; 24; e

Ibiapina, Guaraciaba do Norte; MG: Jaíba 29; 48Rhipidomys mastacalis (Lund, 1840) BA: Jequié; PE: Caruaru, Garanhuns, São Caitano 9; 22; 46; 48 eRhipidomys sp. n. ssp. 1 CE: Crato 48 bRhipidomys sp. n. ssp. 2 CE: Pacoti 48 bSciuridae: SciurinaeSciurus aestuans Linnaeus, 1766 AL: Penedo 49 dSciurus alphonsei Thomas, 1903 CE : Maranguape 41 d

XENARTHRADasypodidae: DasypodinaeCabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) MG: Jaíba 29 eCabassous sp.* AL: Cacimbinhas 36 PN Chapada Diamantina; ?

BA: Alagoinhas, Anagé, Andaraí, Andorinha, EE Tapecurá; EE Raso da CatarinaBaixa Grande, Boa Nova, Boa Vista do Tupim,Brejões, Brumado, Campo Formoso, Cândido Sales,Canudos, Capim Grosso, Casa Nova, Cícero Dantas,Curaçá, Encruzilhada, Euclides da Cunha, Feira deSantana, Gavião, Iaçu, Ibiquera, Ipirá, Itaberaba,Itambé, Itiruçú, Jacobina, Jequié, Jeremoabo,Lajedo do Tabocal, Lençóis, Maracás, Mirante,Monte Santo, Mucugê, Mundo Novo,Novo Horizonte, Ourolândia, Paulo Afonso,Pilão Arcado, Remanso, Santa Bárbara,Santa Brígida, Senhor do Bonfim, Sento Sé,Sobradinho, Tanhaçu, Tapiramutá, Umburanas,Utinga, Valente, Vitória da Conquista, WagnerCE: Alto Santo, Araripe, Cedro, Farias Brito, Jucás,Milagres, Mulungu, Nova Olinda, Novo Oriente,

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Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

XENARTHRADasypodidae: Dasypodinae (continuação)Cabassous sp.* (continuação) Santana do Cariri, São João do Jaguaribe, Tauá,

Varjota; MA: São João dos Patos; MG: MedinaPB: Cajazeiras, Queimadas, Santa HelenaPE: Afrânio, Exu, Floresta, Ibimirim, Ouricuri,Petrolândia, Santa Maria da Boa Vista,PI: Amarante, Buriti dos Montes, Dirceu Arcoverde,Francinópolis, Jacobina do Piauí, Jaicós, Oeiras,Paulistana, Picos, Regeneração, São João do Piauí,São Miguel do Tapuio, São Raimundo Nonato,Simplício Mendes, Valença do Piauí, Várzea GrandeRN: Lagoa Nova; SE: Canindé de São Francisco,Monte Alegre de Sergipe, Tobias Barreto

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 AL: Cacimbinhas, Delmiro Gouveia, 1; 2; 15; 22; PN Chapada Diamantina; eInhapi, Mata Grande, Penedo 24; 36; 49; FN Araripe-Apodí;BA: Alagoinhas, Anagá, Andaraí,Andorinha, 50 EE Raso da Catarina;Aracatu, Baixa Grande, Boa Nova, Boa Vista do RB Itabaiana;Tupim, Brejões, Brumado, Campo Formoso, EE Tapacurá; PN SerraCândido Sales, Canudos, Capim Grosso, da Capivara; PN Ubajara;Casa Nova, Cícero Dantas, Conceição do Coité, PN de Sete Cidades.Curaçá, Encruzilhada, Euclides da Cunha, Fátima,Feira de Santana, Gavião, Heliópolis, Iaçu, Ibiquera,Ipirá, Itiruçú, Jacobina, Jequié, Jeremoabo, Juazeiro,Lajedo do Tabocal, Lençóis, Maracás, Marau, Mirante,Monte Santo, Mucugê, Mundo Novo, NovoHorizonte, Ourolândia, Paulo Afonso, Pilão Arcado,Poções, Remanso, Retirolândia, Ribeira do Pombal,Santa Bárbara, Santa Brígida, Senhor do Bonfim,Sento Sé, Serrinha, Sobradinho, Tanhaçu, Tapiramutá,Uauá, Umburanas, Utinga, Valente, Vitória daConquista, Wagner;CE: Aiuaba, Alcântaras, Altaneira, Alto Santo,Antonina do Norte, Araripe, Aratuba, Assaré,Banabuiú, Canindé, Caridade, Cedro, Crateús, Crato,Farias Brito, Ibiapina, Icó, Iguatu, Ipu, Ipueiras,Irauçuba, Jaguaretama, Jaguaribe, Juazeiro do Norte,Jucás, Milagres, Morada Nova, Mulungu, NovaOlinda, Quixadá, Santana do Cariri, São João doJaguaribe, São Sobral, Tabuleiro do Norte, Tauá,Novo Oriente, Ubajara, Umirim, VarjotaMA: Barão de Grajaú Lages, João dos Patos MG:Jaíba, Medina;PB: Cajazeiras, Ibiara, Itaporanga, Manaíra, Pilar,Queimadas, Quixaba, Santa Helena, São José deCaiana, São José de Piranhas;PE: Afrânio, Exu, Floresta, Ibimirim, Inajá, Mirandiba,Ouricuri, Petrolândia, Petrolina, Salgueiro, Santa Cruzda Baixa Verde, Santa Maria da Boa Vista, São Joãodo Belmonte, Serra Talhada, Terra Nova;PI: Água Branca, Altos, Amarante, Angical do Piauí,Buriti dos Montes, Campo Maior, Capitão deCampos, Demerval Lobão, Dirceu Arcoverde,Elesbão Veloso, Floriano, Francinópolis, Valença doPiauí, Várzea Grande, Jacobina do Piauí, Jaicós,Monsenhor Gil, Oeiras, Paulistana, Pedro II, Picos,Pimenteiras, Piracuruca, Piripiri, Poção Regeneração,Santa Luz, São João do Piauí, São Miguel do Tapuio,São Raimundo Nonato, Simplício Mendes, TeresinaRN: Lagoa Nova, Parnamirim;SE: Aracaju, Campo do Brito, Canindé de SãoFrancisco, Carira, Itabaiana, Itaporanga da Ajuda,Lagarto, Macambira, Monte Alegre de Sergipe,Nossa Senhora da Glória, Pedra Mole, Pedrinhas,Pinhão, Poço Redondo, Poço Verde, Riachão doDantas, São Domingos, Simão Dias, Tobias Barreto

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278

Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

XENARTHRADasypodidae: Dasypodinae (continuação)Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) AL: Cacimbinhas, Delmiro Gouveia, Inhapi, 1; 14; 15; PN Chapada Diamantina; e

Mata Grande, Penedo 22; 24; 36 FN Araripe-Apodí;BA: Alagoinhas, Anagá, Andaraí, EE Raso da Catarina; RB Itabaiana;Andorinha, Aracatu, Baixa Grande, Boa Nova, EE Tapacurá;Boa Vista do Tupim, Brejões, Brumado, PN Serra da Capivara;Campo Formoso, Cândido Sales, Canudos, PN Ubajara; PN de Sete Cidades.Capim Grosso, Casa Nova, Cícero Dantas, Conceiçãodo Coité, Curaçá, Encruzilhada, Euclides da Cunha, Fátima,Feira de Santana, Gavião; Heliópolis, Iaçu, Ibiquera, Ipirá,Itiruçú, Jacobina, Jequié, Jeremoabo, Juazeiro, Lajedo doTabocal, Lençóis, Maracás, Marau, Mirante, Monte Santo,Mucugê, Mundo Novo, Novo Horizonte, Ourolândia, PauloAfonso, Pilão Arcado, Poções, Remanso, Retirolândia, Ribeirado Pombal, Santa Bárbara, Santa Brígida, Senhor do Bonfim,Sento Sé, Serrinha, Sobradinho, Tanhaçu, Tapiramutá, Uauá,Umburanas, Utinga, Valente, Vitória da Conquista, WagnerCE: Aiuaba, Alcântaras, Altaneira, Alto Santo, Antonina doNorte, Araripe, Aratuba, Assaré, Banabuiú, Canindé, Caridade,Cedro, Crateús, Crato, Farias Brito, Ibiapina, Icó, Iguatu, Ipu,Ipueiras, Irauçuba, Jaguaretama, Jaguaribe, Juazeiro do Norte,Jucás, Milagres, Morada Nova, Mulungu, Nova Olinda, NovoOriente, Quixadá, Santana do Cariri, São João do Jaguaribe,Sobral, Tabuleiro do Norte, Tauá, Ubajara, Umirim, VarjotaMA: Barão de Grajaú, Lages, São João dos PatosMG: Jaíba, MedinaPB: Cajazeiras, Ibiara, Itaporanga, Manaíra, Pilar, Queimadas,Quixaba, Santa Helena, São José de Caiana, São José dePiranhasPE: Afrânio, Exu, Floresta, Ibimirim, Inajá, Mirandiba, Ouricuri,Petrolândia, Petrolina, Poção, Santa Cruz da Baixa Verde,Salgueiro, Santa Maria da Boa Vista, São João do Belmonte,São Lourenço das Matas, Serra Talhada, Terra NovaPI: Água Branca, Altos, Amarante, Angical do Piauí, Buriti dosMontes, Campo Maior, Capitão de Campos, Demerval Lobão,Dirceu Arcoverde, Elesbão Veloso, Floriano, Francinópolis,Jacobina do Piauí, Jaicós, Monsenhor Gil, Oeiras, Paulistana,Pedro II, Picos, Pimenteiras, Piracuruca, Piripiri, Regeneração,Santa Luz, São João do Piauí, São Miguel do Tapuio, SãoRaimundo Nonato, Simplício Mendes, Teresina, Valença doPiauí, Várzea GrandeRN: Lagoa Nova, ParnamirimSE: Aracaju, Campo do Brito, Canindé de São Francisco,Carira, Itabaiana, Itaporanga da Ajuda, Lagarto, Macambira,Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, PedraMole, Pedrinhas, Pinhão, Poço Redondo, Poço Verde,Riachão do Dantas, São Domingos, Simão Dias,Tobias Barreto

Dasypus septemcinctus Linnaeus, 1758 AL: Cacimbinhas 1; 36 PN Serra da Capivara;. eBA: Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Brejões, EE Raso da CatarinaBrumado, Campo Formoso, Cândido Sales, Canudos, CapimGrosso, Casa Nova, Curaçá, Jacobina, Jeremoabo, Juazeiro,Mundo Novo, Paulo Afonso, Pilão Arcado, Remanso,Retirolândia, Santa Brígida, Sento Sé, Serrinha, Sobradinho,Valente, UauáCE: Canindé, Caridade, MulunguPB: Cajazeiras, Santa HelenaPE: Afrânio, Floresta, Ouricuri, Petrolina, Santa Maria da Boa VistaPI: Buriti dos Montes, Campo Maior, Capitão de Campos,Dirceu Arcoverde, Jaicós, Oeiras, Paulistana, Picos, São Joãodo Piauí, São Raimundo Nonato, Simplício MendesSE: Campo do Brito, Canindé de São Francisco, Carira,Pedra Mole, Pinhão, Poço Verde,Tobias Barreto

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Táxon Autor Municípios de ocorrência Referências Unidade de Conservação Tipodocumentada em bibliografia ocor.

ANEXO 1 - Lista das espécies de mamíferos que ocorrem no bioma Caatinga.Continuação

XENARTHRA

Dasypodidae: Dasypodinae (continuação)

Tolypeutes tricinctus (Linnaeus, 1758) AL: Cacimbinhas 1; 24; 36; EE Tapacurá; PN Serra da cBA: Alagoinhas, Andorinha, Brejões, Campo 37; 41 Capivara; EE Raso da CatarinaFormoso, Canudos, Capim Grosso, Casa Nova, Coribe,Curaçá, Euclides da Cunha, Jacobina, Jeremoabo,Juazeiro, Monte Santo, Mundo Novo, Novo Horizonte,Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Paulo Afonso, PilãoArcado, Remanso, Retirolândia, Santa Brígida, Senhor doBonfim, Sento Sé, Sobradinho, Uauá, Umburanas, ValenteCE: Aiuaba, Assaré, Cedro, Crato, Juazeiro do Norte,Mulungu, Novo Oriente, Saboeiro, VarjotaPB: Pilar, Queimadas, QuixabaPE: Afrânio, Floresta, Ibimirim, Inajá, Itacuruba, Ouricuri,Petrolândia, Petrolina, Poção, Salgueiro, Santa Maria da BoaVista, São João do Belmonte, Taracatú, Terra NovaPI: Buriti dos Montes, Dirceu Arcoverde, Francinópolis,Jacobina do Piauí, Jaicós, Oeiras, Paulistana, Picos,Pimenteiras, Regeneração, São João do Piauí, São Migueldo Tapuio, São Raimundo Nonato, Simplício Mendes,Várzea GrandeRN: ParnamirimSE: Canindé de São Francisco, Monte Alegre de Sergipe,Pinhão

BradypodidaeBradypus tridactylus Linnaeus, 1758 AL: Penedo 49 d

MyrmecophagidaeCyclopes didactylus (Linnaeus, 1758) AL: Penedo; PB: Mamanguape 49; 41 dMyrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 PI: São Raimundo Nonato 1 PN Serra da Capivara eTamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) AL: Maceió, Penedo, Piranhas; CE: Crato, Ubajara; 1; 14; 15; 22; FN Araripe-Apodí; PN Serra da e

PE: Exu; PI: São Raimundo Nonato 29; 40; 49 Capivara; PN Ubajara

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(1) ARAÚJO, A.J.G., A.M. PESSIS, C. GUÉRIN, C.M.M. DIAS,C. ALVES, E.S. SALVIA, F. OLMOS, F. PARENTI, G.D.FELICE, J. PELLERIN, L. EMPERAIRE, M. CHAME, M.C.S.M.LAGE, M. FAURE, N. GUIDON, R.P. MEDEIROS & P.R.G.SIMÕES. 1998. Parque Nacional da Serra daCapivara, Piauí, Brasil. FUMDHAM, SãoRaimundo Nonato, PI. 94p.

(2) AVILA-PIRES, F.D. 1965. The type specimens ofBrazil ian mammals collected by PrinceMaximilian zu Wied. American MuseumNovitates. 2209: 1-21.

(3) BAPTISTA, M. & J.A. OLIVEIRA. 1998. New records ofLonchophylla bockermanni (Chiroptera,Lonchophyllinae). p. 47 In: Abstracts of 11th

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(4) BONVICINO, C.R. 1994. Especiação do rato-d�águaNectomys (Rodentia, Cricetidae): Umaabordagem morfológica e geográfica. Tese deDoutorado. Universidade Federal do Rio deJaneiro, Rio de Janeiro, RJ.

(5) BONVICINO, C.R. & M. WESKLER. 1998. A new speciesof Oligoryzomys (Rodentia, Sigmodontinae)from northeastern and central Brazi l.Zeitschrift für Säugetierkunde 63: 90-103.

(6) BRANDT, R.S. & L.M. PESSÔA. 1994. Intrapopulationalvariability in cranial characters of Oryzomyssubflavus (Wagner, 1842) (Rodentia:Cricetidae), in northeastern Brazil.Zoologischer Anzeiger 233(1/2): 45-55.

(7) CAMARDELLA, A.R., L.M. PESSÔA & J.A. OLIVEIRA. 1998.Sexual dimorphism and age variability incranial characters of Oryzomys subflavus(Wagner, 1842) (Rodentia, Sigmodontinae),from northeastern Brazil. Bonn. Zool. Beitr.48(1): 9-18.

(8) COIMBRA-FILHO, A.F. & I.G. CÂMARA. 1996. Os limitesoriginais do bioma Mata Atlântica na regiãoNordeste do Brasil. FBCN, Rio de Janeiro, RJ.

(9) FREITAS, C.A. DE. 1957. Notícia sobre a peste nonordeste. Revista Brasileira de Malariologiae Doenças Tropicais 9(1): 123-133.

(10) FREITAS, R.R. & P.L.B. ROCHA. 2000. Pequenosmamíferos terrestres em cinco tipos dehábitat na Caatinga de Curaçá, BA. p. 549In: Resumos XXIII Congresso Brasileiro deZoologia. UFMT, Cuiabá, MT.

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(13) GUEDES, P.G., D.M. BORGES-NOJOSA & J.A.G. SILVA.2000. Novos registros de Alouatta ululataElliot, 1912 no estado do Ceará (Primates:Platyrhini). p. 633 In: Resumos XXIIICongresso Brasileiro de Zoologia. UFMT,Cuiabá, MT.

(14) GUEDES, P.G. & S.S.P. SILVA. 2000. Diversidade demamíferos não-voadores do Parque Nacionalde Ubajara, Ceará. p. 599 In: Resumos XXIIICongresso Brasileiro de Zoologia.

(15) GUEDES, P.G., S.S.P. DA SILVA, A.R. CAMARDELLA,M.F.G. DE ABREU, D.M. BORGES-NOJOSA, J.A.G.DA SILVA & A.A. SILVA. Diversidade demamíferos do Parque Nacional de Ubajara(Ceará, Brasil). Mastozoologia Neotropical(submetido).

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(18) KARIMI, Y., C.R. DE ALMEIDA & F. PETTER. 1976. Notesur les rongeurs du nord-est du Brésil.Mammalia 40(2): 257-266.

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(20) LIMA, J.L. 1926. Os morcegos da coleção doMuseu Paulista. Revista do Museu Paulista14: 1-87.

(21) MACHADO, D.A.N., R. OTOCH & C.L.F. BEZERRA.1998. Preliminary survey of the bat fauna inthe ecological context of the UniversityCampus of Pici - UFC (Ceará State FederalUniversity), Fortaleza, Ceará, Brazil. p. 47 In:Abstracts of 11th International Bat ResearchConference.

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(23) MARINHO-FILHO, J. & E.W. VERÍSSIMO. 1997. Therediscovery of Callicebus personatusbarbarabrownae in Northeastern Brazil witha new western limit for its distribution.Primates 38(4): 429-433.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RELACIONADAS AO ANEXO 1:

Page 93: As aves da Caatinga · distribuição das aves na Caatinga. A experiência acumulada do autor sobre a avifauna da Caatinga, resultante da participação em diversas expedições científicas

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(36) SANTOS, I.B. 1993. Bionomia, distribuiçãogeográfica e situação atual do tatu-bola(Tolypeutes tricinctus (Linnaeus, 1758)) noNordeste do Brasil. Dissertação de Mestrado.Universidade Federal de Minas Gerais, BeloHorizonte, MG. 112p.

(37) SANTOS, I.B., G.A.B. FONSECA, S.E. RIGUEIRA & R.B.MACHADO. 1994. The rediscovery of theBrazilian three banded armadillo and noteson its conservation status. Edentata 1(1):11-15.

(38) SANTOS, J.W.A. & P.L.B. ROCHA. 2000. Áreadomiciliar e padrão de distribuição espacialem Trinomys yonenagae (Rodentia:Echimyidae): evidências de redução evolutivada territorialidade devido a mudança dehábitat. p. 612 In: Resumos XXIII CongressoBrasileiro de Zoologia. UFMT, Cuiabá, MT.

(39) SICK, H., L.P. GONZAGA & D.M. TEIXEIRA. 1987. Aarara-azul-de-lear Anodorhynchus leariBonaparte, 1856. Revista Brasileira deZoologia 3(7): 441-463.

(40) SILVA, G.A., M.H.C. MELO & A.J.M.S. FILHO. 2000.A mastofauna da Estação Ecológica deXingó. p. 589 In: Resumos XXIII CongressoBrasileiro de Zoologia.

(41) SILVA, J.M.C. & D.C. OREN. 1993. Observationson the habitat and distribution of the Brazilianthree-banded armadil lo Tolypeutestricinctus, a threatened Caatinga endemic.Mammalia 57(1): 149-152.

(42) SILVA, M.J.J., A.R. PERCEQUILLO & Y. YONENAGA-YASSUDA. 2000. Citogenética de pequenosroedores de Pacoti, Serra de Baturité, Ceará.p. 565 In: Resumos XXIII CongressoBrasileiro de Zoologia. UFMT, Cuiabá, MT.

(43) SILVA, S.P., P.G. GUEDES, J.A.G. SILVA & D.M. BORGES-NOJOSA. 2000. Diversidade de morcegos(Chiroptera, Mammalia) do Parque Nacionalde Ubajara (Ubajara, Ceará). p. 634 In:Resumos XXIII Congresso Brasileiro deZoologia. UFMT, Cuiabá, MT.

(44) SILVA, S.P., P.G. GUEDES, J.A.G. SILVA, A.CARMADELLA, M.F. ABREU & D. BORGES-NOJOSA.2000. Roedores e marsupiais presentes nadieta de carnívoros do Parque Nacional deUbajara (Ceará). p. 634 In: Resumos XXIIICongresso Brasileiro de Zoologia. UFMT,Cuiabá, MT.

(45) SIMMONS, N.B. 1996. A new species of Micro-nycteris sanborni (Chiroptera: Phyllosto-midae) from Northeastern Brazil, withcomments on phylogenetic relationships.American Museum Novitates 3158: 1-34.

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282

(46) SOUSA, M.A.N. & A. LANGGUTH. 2000. A fauna demamíferos de um brejo de altitude emCaruaru, PE. p. 616 In: Resumos XXIIICongresso Brasileiro de Zoologia. UFMT,Cuiabá, MT.

(47) THOMAS, O. 1910. On Mammals collected in CearáN.E. Brazil, by Fräulein Dr. Snethilage. Annalsand Magazine of Natural History 6(8): 500-503.

(48) TRIBE, C. 1996. The Neotropical rodent genusRhipidomys (Cricetidae: Sigmodontinae): Ataxonomic review. Tese de Doutorado.University College London. 316p.

(49) VIEIRA, C. 1953. Sobre uma coleção de mamíferosdo estado de Alagoas. Arquivos de Zoologiado Estado de São Paulo 8(7): 209-222.

(50) VIEIRA, C.C. 1957. Sobre mamíferos do estado doMaranhão. Papéis Avulsos do Departamentode Zoologia 13(10): 125-132.

(51) VIVO, M. DE. 1997. Mammalian evidence of historicalecological change in the Caatinga semiaridvegetation of northeastern Brazil. Journal ofComparative Biology 2(1): 65-73.

(52) WEBSTER, W.D. 1993. Systematic and evolution ofbats of the genus Glossophaga. SpecialPublications, The Museum Texas TechUniversity 36: 1-184.

(53) WEKSLER, M. 1996. Revisão sistemática do grupode espécies nitidus do gênero Oryzomys(Rodentia, Sigmodontinae). Dissertação deMestrado. Universidade Federal do Rio deJaneiro, Rio de Janeiro, RJ. 206p.

(54) XIMENEZ, G. 1999. Sistemática da famíliaDasyproctidae Bonaparti 1838 (Rodentia:Histhricognathi) no Brasil. Dissertação deMestrado. Universidade de São Paulo, SãoPaulo, SP. 429p.

Page 95: As aves da Caatinga · distribuição das aves na Caatinga. A experiência acumulada do autor sobre a avifauna da Caatinga, resultante da participação em diversas expedições científicas

283

Mamíferos: áreas eações prioritárias

para a conservaçãoda Caatinga

PARTICIPANTES DO SEMINÁRIO

GRUPO TEMÁTICO �MAMÍFEROS´

João Alves de OliveiraCoordenação

Adelmar F. Coimbra FilhoAntônio Souto

Cibele Rodrigues BonvicinoDaniel Ricardo Scheibler

Frank WolfPedro Luís Bernardo Rocha

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284

INTRODUÇÃOA fauna de mamíferos da caatinga tem

sido geralmente reconhecida comodepauperada, representativa de apenas umsubconjunto da fauna de mamíferos docerrado, bioma esse mais extenso e maisúmido. Essa proposição, no entanto, estálonge de ser verdadeira. Com base nasreferências bibliográficas contendoinformações geográficas passíveis demapeamento, e em informações provenientesde espécimes depositados em museus dehistória natural, foi possível relacionar pelomenos 148 espécies de mamíferos do bioma,das quais dez seriam endêmicas. Essainformação contrapõe-se àquela segundo aqual haveria oitenta espécies no bioma, commenção de um único caso de endemismo.

O número total de espécies para aCaatinga pode ainda ser maior, uma vez quealguns registros de roedores e de morcegosnão foram comprovados no nível específicoe, portanto, foram excluídos da contagemfinal. Esse fato, somado à pequena margemde conspicuidade dos grupos, pode sugeriruma subestimativa da riqueza do bioma. Essacarência de informação só poderá ser supridacom a intensificação de coletas, sobretudorelativas à cobertura geográfica, e com oemprego de métodos complementares aosanteriormente utilizados.

Apesar da documentada ausência deadaptações equivalentes às encontradas emmamíferos de deserto, duas das espéciescaracterísticas da Caatinga � o rato-de-fava

(Wiedomys pirrhorhinus) e o mocó (Kerodonrupestris) � são de fato encontradas somentenas formações vegetais abertas do bioma.

Das espécies existentes na Caatinga dezestão incluídas na lista oficial de espéciesameaçadas de extinção. As mais vulneráveisao intenso processo de degradação observadono bioma, o qual inclui até mesmo pontos dedesertificação, são espécies de mamíferos detopo da cadeia trófica, como, por exemplo,os carnívoros. Nesse contexto destaca-se ogrupo dos felinos: das seis espéciesregistradas, cinco se encontram ameaçadas.A caça também configura importante fator deperigo para as espécies de mamíferos, vistoser prática bastante comum na região.

A partir das informações compiladasacerca dos mamíferos, as áreas prioritáriasforam selecionadas com base na riqueza deespécies, na ocorrência de possíveisendemismos � tanto no âmbito do biomapropriamente dito como em uma escala maisrestrita �, bem como no status de conservaçãodas espécies registradas.

Entre as áreas apontadas comoprioritárias destacam-se: médio rio SãoFrancisco, Crato, base da ChapadaDiamantina, base da Chapada de Ibiapaba,base da Chapada do Araripe, Raso da Catarina,Morro do Chapéu, base da Serra de Baturité,Parque Nacional da Serra das Confusões,Parque Nacional da Serra da Capivara, ecorredor parques Serra das Confusões/Serrada Capivara (Figura 1).

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ré P

esso

a

Suçuarana

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Figura 1Áreas prioritárias

para conservaçãodos mamíferos na

Caatinga.1. Médio do Rio São Francisco2. Crato3. Base da Chapada Diamantina4. Base da Chapada de Ibiapaba5. Ibipeba6. Raso da Catarina7. Morro do Chapéu8. Base da Serra de Baturité9. Parque Nacional Serra das Confusões10. Parque Nacional da Serra da Capivara

11. Corredor Parques Serra dasConfusões / Serra da Capivara

12. Caruaru e arredores13. Valença do Piauí14. Exu15. Triunfo16. Norte de Minas Gerais17. Piancó18. Monte Alegre19. Norte do Maranhão

20. Babaçual do Piauí21. Área Central do Ceará22. Rio Grande do Norte23. Norte da Paraíba24. Centro de Pernambuco25. Centro-Leste da Bahia26. Arredores de Bom Jesus

da Lapa27. Região de Porteirinha / Espinosa

1 - MÉDIO RIO SÃO FRANCISCO

Localização: BA: Barra, Pilão Arcado,Gentio do Ouro e Xique-Xique.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Dunas de areia.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Alto número deendemismos; ocorrência de fenômenobiológico especial.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (pressão nasáreas próximas ao rio Icatu, aumento dos

DESCRIÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS INDICADAS

Importância BiológicaExtremaMuito altaAltaInformação insuficienteLimite estadualLimite do bioma Caatinga

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pressão antrópica: baixa (grande suscep-tibilidade à desertificação).

Justificativa: É uma das poucas localidadesdentro da Caatinga onde se encontramrepresentados os campos rupestres e afauna endêmica associada a essafitofisionomia. Duas espécies endêmicas decampos rupestres ocorrem na área, ambascom distribuição restrita.

4 - BASE DA CHAPADA DE IBIAPABA

Localização: CE: São Benedito, Guaraciabado Norte, Croatá, Ipueiras, Ubajara,Tianguá, Ibiapina, Graça, Carnaubal e Ipu.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Contato savana-savana estépica-floresta estacional-savana estépicaarborizada e carnaubal.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: média;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (grande suscep-tibilidade à desertificação).

Justificativa: Área com espécies ainda nãodescritas e com distribuição aparentementerestrita à Caatinga. Aliado a isto,levantamentos faunísticos em diferentesmunicípios indicam uma alta riqueza deespécies.

5 - IBIPEBA

Localização: Ibipeba (BA).

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Savana gramíneo-lenhosa esavana estépica arborizada.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Número médiode endemismos.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (porção sudestejá alterada, sendo o restante preservado).

Justificativa: Esta é uma das três localida-des conhecidas para a ocorrência da

investimentos econômicos na região paraagricultura e estabelecimento de uma novarede viária).

Justificativa: Presença de uma espécieendêmica, cuja distribuição é restrita àsdunas do médio Rio São Francisco, sendoconhecida apenas no município de Barra.

2 - CRATO

Localização: CE: Crato, Juazeiro do Norte,Barbalha e Missão Velha.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Caatinga, cerrado, carrasco emata úmida.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: média (mais alterado nametade sul, e mais preservado na metadenorte).

Justificativa: Dentre as áreas amostradasna Caatinga, é uma das que apresentamaior riqueza de espécies de mamíferos,aproximadamente 51. Quatro destasespécies são aparentemente endêmicas daCaatinga, sendo uma delas provavelmenteendêmica da região, outra ameaçada deextinção, e outra ainda não descrita. Outrastrês espécies constam da lista oficial dasespécies brasileiras ameaçadas de extinção.

3 - BASE DA CHAPADA DIAMANTINA

Localização: BA: Mucugê e Palmeiras.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Campos rupestres, caatinga,cerrado e refúgio ecológico montano.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: baixa; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: baixa; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: baixo;

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subspécie Callicebus personatus barbara-brownae. Uma das outras duas locali-dades, Lamarão, encontra-se completa-mente alterada e sobre a terceira localidadenão há informação. Sendo os primatasbastante susceptíveis às alteraçõesantrópicas, são necessárias medidasurgentes para a conservação desta forma.

6 - RASO DA CATARINALocalização: BA: Jeremoabo, Canudos,Paulo Afonso e Rodelas.Importância biológica: Extrema.Hábitats: Savana estépica arborizada esavana estépica florestada. Contato savana-savana estépica-floresta estacional..Ação recomendada: Proteção integral.Elementos de diagnóstico: Alto número deendemismos; ocorrência de fenômenobiológico especial.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: baixa (susceptibilidadeà desertificação muito alta).Justificativa: Área de ocorrência de umaespécie ainda não descrita de cutia(Dasyprocta sp. n.) provavelmente restritaà região do Raso da Catarina e entorno.

7 - MORRO DO CHAPÉULocalização: Morro do Chapéu (BA).Importância biológica: Extrema.Hábitats: Formações rochosas comaltitudes que variam de 800 a 2000 metrosacima do nível do mar. A composição dacomunidade de plantas está associada coma altitude e com o tipo de solo. De 800 a1000 metros a vegetação é caracteristi-camente de savana.Ação recomendada: Proteção integral.Elementos de Diagnóstico: Alto número deendemismos; ocorrência de fenômenobiológico especial.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: média (susceptibilidadeà desertificação alta).Justificativa: Presença de subespécieendêmica da Caatinga com distribuiçãoaparentemente restrita.

8 - BASE DA SERRA DE BATURITÉLocalização: CE: Pacoti, Baturité,Capistrano, Itapiúna, Aratuba, Canindé,Mulungu, Guaramiranga e Caridade.Importância biológica: Extrema.Hábitats: Savana gramíneo-lenhosa,savana estépica arborizada, savana estépicae atividade agrícola..Ação recomendada: Uso sustentável.Elementos de Diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; alto número de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: baixa;ocorrência de fenômeno biológico especial.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (susceptibilidade àdesertificação).Justificativa: Presença de espécie ainda nãodescrita, aparentemente endêmica daCaatinga, e com distribuição restrita.Diversidade relativamente alta, com duasespécies endêmicas da Caatinga.

9 - PARQUE NACIONAL SERRA DASCONFUSÕESLocalização: PI: Caracol, Anísio de Abreu,Cristino Castro e Canto do Buriti.Importância biológica: Extrema.Hábitats: Savana estépica arborizada,contato savana estépica-floresta estacionale savana gramíneo-lenhosa.Ação recomendada: Proteção integral.Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies raras/ameaçadas: alta; ocorrênciade fenômeno biológico especial.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (caça intensiva, faltade indenização de moradores dentro doslimites do Parque, entretanto a vegetaçãoestá preservada).Justificativa: Área grande (500.000ha),fauna pouco conhecida, presença dePanthera onca , Puma concolor ,Myrmecophaga tridactyla, Tolypeutestricinctus, Priodontes maximus. Área detransição com cerrado. Pode ser anexadoao Parque Nacional da Serra da Capivara,formando uma grande área de con-servação única e contínua.

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10 - PARQUE NACIONAL DA SERRADA CAPIVARA

Localização: PI: Coronel José Dias, Cantodo Buriti, São Raimundo Nonato e SãoJoão do Piauí.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Contato savana-savana estépica-floresta estacional, savana estépicaarborizada, savana gramínica-lenhosa eatividade agrícola.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: alta; ocorrência de fenômenobiológico especial; alto número de espéciesde interesse econômico.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (vegetação alteradaem 50 % da área, caça, invasão de animaisdomésticos, questões fundiárias).

Justificativa: Área grande (130.000ha) compopulações de animais ameaçados(P. onca, P. concolor, M. tridactyla,T. tricynctus, Leopardus pardalis, L. wiedii,L. tigrinus). Apresenta bom estado ou estáem recuperação. Possibilidade de geraçãode recursos através de turismo, criação defauna nativa e cultivo de plantas nativas.

11 - CORREDOR PARQUES SERRADAS CONFUSÕES-SERRA DACAPIVARA

Localização: Canto do Buriti (PI).

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Contato savana-savana estépica-floresta estacional.

Ação recomendada: Proteção integral.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: baixa (a vegetação daárea está bastante preservada).

Justificativa: Corredor de vegetaçãobastante preservado ligando dois parquesnacionais (áreas 9 e 10) com reconhecidariqueza de espécies de mamíferos degrande porte e ameaçados de extinção.

12 - CARUARU E ARREDORES

Localização: PE: Caruaru, São Caitano,Afogados da Ingazeira e Riacho das Almas.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Contato savana-savana estépica-floresta estacional.

Ação recomendada: Uso sustentável.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; número médio de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: baixa;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (área próxima àcidade de Caruaru).

Justificativa: A listagem de mamíferosdisponível para a área inclui 21 espécies,três delas endêmicas ao bioma Caatinga.O local está, ainda, em contato com a Serrados Cavalos, área representada por umenclave de Mata Atlântica (a 800-1000mde altitude), sendo um refúgio durante aseca para a fauna do entorno.

13 - VALENÇA DO PIAUÍ

Localização: PI: Valença do Piauí, São Joãoda Canabrava, Pimenteiras e Inhuma.

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Zona de contato caatinga-cerrado.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; número médio de endemismos;riqueza de espécies raras/ameaçadas: baixa;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (alta susceptibilidadeà desertificação. A maior parte da coberturavegetal � mais de 50% � está alterada).

Justificativa: Presença de uma espécieendêmica da Caatinga. O material existenteem museus sugere uma diversidaderelativamente alta de espécies na região.As coletas realizadas foram, entretanto,insuficientes. São necessárias mais coletaspara substanciar a abundância edistribuição de mamíferos nestas zonas decontato. Foram utilizadas as informações

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disponíveis em Mares et al. (1981) para odiagnóstico da área, juntamente com adescrição da flora e geomorfologia daregião apresentadas em Vanzolini (1976).

14 � EXU

Localização: Exu (PE).

Importância biológica: Muito alta.

Hábitats: Contato savana-floresta estacional,savana gramíneo-lenhosa - savana estépica,savana estépica arborizada e atividade agrícola.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; número médio de endemis-mos; baixa riqueza de espécies raras/ameaçadas.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (área próxima à cidadede Exu, entretanto de acordo com o mapade alteração da vegetação ainda restaaproximadamente 1/3 da coberturapreservada).

Justificativa: Foram detectadas 57 espéciesna área, sendo duas delas endêmicas, emum levantamento realizado durante três anosdurante a década de 70. Sua situação atualé desconhecida, mas aquele levantamento édemonstrativo da diversidade da área. Duasdas espécies registradas anteriormente foramrecentemente reconhecidas como táxonsnovos, um deles aparentemente endêmicodo Nordeste e outro ocorrendo na Caatingae no nordeste do Cerrado.

15 - TRIUNFO

Localização: PE: Triunfo, Flores e Calumbi.

Importância biológica: Muito alta

Hábitats: Savana estépica arborizada e savanaestépica.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: média; número médio deendemismos; riqueza de espécies raras/ameaçadas: baixa; ocorrência de fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: baixa; grau de alteração: alto;

pressão antrópica: alta (vegetação muitoalterada).

Justificativa: A área foi inventariada peloServiço Nacional da Peste na década de 50.Neste levantamento foi detectada a presençade duas espécies endêmicas da Caatinga euma expressiva riqueza de espécies. Desdeesta época não foram realizados estudos naárea, e se desconhece seu estado atual.Entretanto, o dado prévio sugere o potencialdesta área que inclui um enclave mésico,importante refúgio para a população dosarredores durante a seca.

16 - NORTE DE MINAS GERAIS

Localização: MG: Jaíba, Itacarambi, Manga,Matias Cardoso e Januária.

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Contato savana estépica-florestaestacional.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies: alta; número médio de endemis-mos; riqueza de espécies raras/ameaçadas:média; ocorrência de fenômeno biológicoespecial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: alta (a recenteimplantação do projeto de irrigação da Jaíbacom o desmatamento de grandes áreas parafixação de colonos tem resultado nadestruição de diversos ambientes ao longodesta parte do rio São Francisco eadjacências).

Justificativa: Levantamentos realizados noinício da década de noventa revelaram apresença de 58 espécies de mamíferos,entre terrestres e voadores. A regiãoapresenta tipos de vegetação caracterís-ticos dos diferentes biomas que aíencontram, entre eles, a �mata seca� e a�caatinga� sensu stricto. Deve-se destacarque três espécies aparentementeendêmicas da caatinga (Wiedomyspirrhorhinus, Kerodon rupestris e Echimyslamarum) encontram seus limites dedistribuição meridionais na região e a áreaapresenta duas espécies ameaçadas:Cebus xanthosternus e Felis tigrinus.

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17 � PIANCÓ

Localização: Piancó (PB).

Importância biológica: Alta.

Hábitats: Savana estépica arborizada econtato savana-savana estépica-florestaestacional.

Ação recomendada: Investigação científica.

Elementos de diagnóstico: Baixo númerode endemismos; ocorrência e fenômenobiológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: alta (mais de 50% davegetação encontra-se alterada).

Justificativa: A área encontra-se bastantealterada e não há dados referentes aosmamíferos. O desconhecimento damastofauna da caatinga da Paraíba, aliadoà presença de um primata (Cebus apellalibidinosus) vivendo nessa caatinga,justifica a realização de investigaçãocientífica na área para subsidiar a criaçãode uma unidade de conservação.

18 - MONTE ALEGRE

Localização: Monte Alegre (SE).

Importância biológica: Extrema.

Hábitats: Savana estépica e atividadesagrícolas.

Ação recomendada: Proteção integral.

Elementos de diagnóstico: Riqueza deespécies raras/ameaçadas: média;ocorrência de fenômeno biológico especial.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: Alta. Grau de alteração: Alta.Pressão antrópica: Baixa.

Justificativa: Presença de uma espécie deprimata (Callicebus sp.) ainda não identificada.As duas formas deste gênero para a Caatingatêm distribuição restrita. Isto, aliado àdevastação da área, diminuiu em muito suaspopulações justificando medidas para aproteção das populações remanescentes.

19 - NORTE DO MARANHÃO

Localização: MA: Chapadinha, Mata Roma,Anapurus, Magalhães de Almeida, SãoBernardo, Tutóia, Barreirinhas, Primeira

Cruz, Urbano Santos, Araioses, SantaQuitéria do Maranhão, Brejo, Buriti e SãoBenedito do Rio Preto.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Grau de alteração: baixo;pressão antrópica: baixa.

Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas:1) conhecimento científico (mamíferos);2) ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na Caatinga. Esta é uma das áreasconsideradas de provável importânciabiológica necessitando de inventáriomastozoológico uma vez que não possuiregistro de coletas mas apresenta baixaalteração e ausência de núcleos dedesertificação.

20 - BABAÇUAL DO PIAUÍ

Localização: PI: São José do Divino, CampoMaior, Alto Longá, Esperantina, Coivaras,José de Freitas, Lagoa Alegre, Altos, Barras,Batalha, Buriti dos Lopes, Cabeceiras doPiauí, Beneditinos, Joaquim Pires, Porto,Prata do Piauí, Matias Olímpio, São Joãoda Serra, Passagem Franca do Piauí e SãoMiguel do Tapuio.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Savana estépica arborizada,contato savana-savana estépica-florestaestacional-savana florestada e contatosavana-floresta estacional.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: baixa; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: baixa.

Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas: 1)conhecimento científico (mamíferos); 2)ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na Caatinga. Considerada deprovável importância biológica neces-sitando de inventário mastozoológico umavez que não possui registro de coletas masapresenta baixa alteração e ausência denúcleos de desertificação.

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21 - ÁREA CENTRAL DO CEARÁ

Localização: CE: Monsenhor Tabosa, NovaRussas, Pedra Branca, Quixeramobim,Santa Quitéria, Tamboril, Madalena,Canindé, Crateús, Independência,Hidrolândia, Itatira, Boa Viagem e Catunda.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Savana estépica arborizada,savana estépica, savana gramíneo-lenhosae atividade agrícola.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: baixa (com algumasáreas mais alteradas).

Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas: 1)conhecimento científico (mamíferos); 2)ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na Caatinga. Área de provávelimportância biológica necessitando deinventário mastozoológico uma vez que nãopossui registro de coletas mas apresentoubaixa alteração e ausência de núcleos dedesertificação.

22 - RIO GRANDE DO NORTELocalização: RN: Afonso Bezerra, Angicos,Barcelona, Bento Fernandes, CampoRedondo, Caiçara do Rio do Vento, CerroCorá, Currais Novos, Jandaíra, Jardim deAngicos, Florânia, Lagoa Nova, Lages,Pedra Preta, Riachuelo, Ruy Barbosa,Santana dos Matos, Santa Cruz, São Paulodo Potengi, São Tomé, São Vicente, SítioNovo, Lajes Pintadas, Pedro Avelino, Lagoade Velhos, Coronel Ezequiel, Tangará e SãoBento do Trairi.Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.Hábitats: Savana estépica arborizada,savana estépica e atividade agrícola.Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: médio;pressão antrópica: baixa.

Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas: 1)conhecimento científico (mamíferos); 2)

ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na caatinga. Área de provávelimportância biológica necessitando deinventário mastozoológico uma vez que nãopossui registro de coletas mas apresentabaixa alteração e ausência de núcleos dedesertificação.

23 - NORTE DA PARAÍBA

Localização: PB: Belém do Brejo da Cruz, Brejoda Cruz, Catolé do Rocha, Jardim de Piranhas,Jericó, Riacho dos Cavalos, São Bento, SãoFernando, Paulista e Brejo dos Santos.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Savana estépica arborizada,savana estépica e atividade agrícola.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: baixa.

Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas: 1)conhecimento científico (mamíferos); 2)ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na Caatinga. Esta é uma das áreasconsideradas de provável importânciabiológica necessitando de inventáriomastozoológico uma vez que não possuiregistro de coletas mas apresenta baixaalteração e ausência de núcleos dedesertificação.

24 - CENTRO DE PERNAMBUCO

Localização: PE: Águas Belas, Alagoinha,Arcoverde, Buíque, Caetés, Custódia, Iati,Ibimirim, Paranatama, Pesqueira, Pedra,Saloá, São João do Tigre, São Sebastiãodo Umbuzeiro, Sertânia e Tupanatinga.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Savana estépica florestada,contato savana-savana estépica-florestaestacional e savana estépica-atividadeagrícola.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: alto;pressão antrópica: média.

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Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas: 1)conhecimento científico (mamíferos); 2)ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na Caatinga. Esta é uma dasáreas consideradas de provável importânciabiológica necessitando de inventáriomastozoológico uma vez que não possuiregistro de coletas, mas apresentou baixaalteração e ausência de núcleos dedesertificação.

25 - CENTRO-LESTE DA BAHIA

Localização: BA: Ituíba, Cansanção,Monte Santo, Eucl ides da Cunha,Quijingue, Tucano, Nova Soure, SátiroDias, Iritinga, Teofilândia, Serrinha, Araci,Conceição do Coité, Ichu, Riachão doJacuípe, Pé de Serra, Capela do AltoAlegre, Nova Fátima, Retirolândia,Valente, São Domingos, Gavião, São Josédo Jacuípe, Santaluz, Queimadas,Nordestina e Porto Novo.

Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.

Hábitats: Savana estépica arborizada,savana estépica florestada-florestaestacional, contato savana-savana estépicae atividade agrícola.

Ação recomendada: Investigação científica.

Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: média (predominam asáreas com moderada pressão antrópica).

Justificativa: A área foi delimitada atravésda sobreposição de três mapas:1) conhecimento científico (mamíferos);2) ocorrência de desertificação; 3) áreasalteradas na Caatinga. É considerada deprovável importância biológica neces-sitando de inventário mastozoológico umavez que não possui registro de coletas,mas apresenta baixa alteração e ausênciade núcleos de desertificação.

26 - ARREDORES DE BOM JESUSDA LAPALocalização: BA: Boquira, Bom Jesus daLapa, Macaúbas, Paratinga, Oliveira dosBrejinhos e Riacho de Santana.Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.Hábitats: Contato savana-estépica - florestaestacional.Ação recomendada: Investigação científica.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: média; grau de alteração: baixo;pressão antrópica: baixa.Justificativa: A área foi delimitada através dasobreposição de três mapas: 1) conhecimentocientífico (mamíferos); 2) ocorrência dedesertificação; 3) áreas alteradas na Caatinga.Considerada de provável importância biológicanecessitando de inventário mastozoológicouma vez que não possui registro de coletas,mas apresenta baixa alteração e ausência denúcleos de desertificação.

27 - REGIÃO DE PORTEIRINHA/ESPINOSALocalização: MG: Espinosa, Mamonas,Mato Verde, Monte Azul e Porteirinha.Importância biológica: Provável; áreainsuficientemente conhecida.Hábitats: Floresta estacional decidual -contato savana estépica.Ação recomendada: Investigação científica.Vulnerabilidade: Fragilidade intrínseca dosistema: alta; grau de alteração: médio;pressão antrópica: baixa.Justificativa: A área foi delimitada através dasobreposição de três mapas: 1) conhecimentocientífico (mamíferos); 2) ocorrência dedesertificação; 3) áreas alteradas na Caatinga.Considerada de provável importância biológicanecessitando de inventário mastozoológicouma vez que não possui registro de coletas,mas apresenta baixa alteração e ausência denúcleos de desertificação.