22
AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS Victor Rubens Falsarella Lima Macedo 20/09/2008 TCC para o curso de pós-graduação em Gerência de Projeto PMI pelo IBTA-Campinas

AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

Embed Size (px)

DESCRIPTION

This text explains the Theory of Constraints and its Thinking Process and how both can be a tool used by the organizations to define her objectives and make an act plan to achieve them. It’s an exploratory study that intends to relate Thinking Process and strategic objectives by explaining how the tools of Thinking Process can be used as allies to Strategic Planning, Project Portfolio Management and Project Management.------------------------------Cada vez mais empresas investem seus recursos e seu tempo na busca de soluções para seus problemas. No entanto, a falta de definição de objetivos e de um planejamento estratégico impede que bons resultados sejam obtidos.A Teoria das Restrições e seu Processo de Pensamento são ferramentas poderosas que podem auxiliar a empresa em definir seus objetivos e traçar um plano de ação para que eles sejam alcançados. Tais ferramentas fornecem subsídios que podem ser aproveitados pelo Planejamento Estratégico, Gestão de Portfólio de Projetos e Gestão de Projetos.É baseado nisso que esse trabalho, em forma de análise exploratória, busca mostrar como a Teoria das Restrições pode ser um poderoso aliado na definição dos objetivos estratégicos da empresa.

Citation preview

Page 1: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS

RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS

EMPRESAS

Victor Rubens Falsarella Lima Macedo

20/09/2008

TCC para o curso de pós-graduação em Gerência de Projeto – PMI pelo IBTA-Campinas

Page 2: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

1

AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA

DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS

ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

Victor Rubens Falsarella Lima Macedo1

RESUMO

Cada vez mais empresas investem seus recursos e seu tempo na busca de soluções

para seus problemas. No entanto, a falta de definição de objetivos e de um planejamento

estratégico impede que bons resultados sejam obtidos.

A Teoria das Restrições e seu Processo de Pensamento são ferramentas poderosas que

podem auxiliar a empresa em definir seus objetivos e traçar um plano de ação para que

eles sejam alcançados. Tais ferramentas fornecem subsídios que podem ser

aproveitados pelo Planejamento Estratégico, Gestão de Portfólio de Projetos e Gestão

de Projetos.

É baseado nisso que esse trabalho, em forma de análise exploratória, busca mostrar

como a Teoria das Restrições pode ser um poderoso aliado na definição dos objetivos

estratégicos da empresa.

Palavras-chave: Teoria das Restrições. Processo de Pensamento.

Planejamento Estratégico. Gestão de Portfólio de Projetos. Gestão de Projetos

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais há uma crescente demanda por novos métodos para que a

organização obtenha melhores resultados. Essa demanda independe do setor que a

empresa atue, seja de produção ou serviços. O número de projetos aumenta a cada

dia, isso pode ser facilmente verificado pela grande demanda de profissionais

certificados em gestão de projetos.

No entanto, sem uma gestão efetiva e holística dos projetos, empresas

gastam enormes quantias de dinheiro em soluções e ferramentas que se tornam

ineficazes. Mas o problema não está nas soluções, e sim, na falta da definição de

objetivos da empresa. Conforme Pidd (1998) é característica das empresas

1 Victor Rubens Falsarella Lima Macedo. Pós-graduando em 2008 do IBTA.

E-mail: [email protected]

Page 3: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

2

definirem suas estratégias baseadas em objetivos ambíguos, incerteza sobre

resultados e risco é grande caso as coisas se mostrem erradas.

É nesse contexto que o presente artigo se propõe a mostrar as ferramentas

do Processo de Pensamento da Teoria das Restrições, teoria proposta pelo Dr.

Eliyahu M. Goldratt, em 1984, e como estas ferramentas podem ser úteis na

definição dos objetivos estratégicos da empresa. Para tanto, o artigo está

estruturado da seguinte forma: primeiramente será feita uma apresentação da Teoria

das Restrições; em seguida, serão mostrados os objetivos do Processo de

Pensamento; na seqüência, cada ferramenta do Processo de Pensamento será

explicada; com isto, será feita uma breve explanação sobre Planejamento

Estratégico, Gestão de Portfólio de Projetos e Gestão de Projetos; por fim, será

apresentada a aplicação das ferramentas do Processo de Pensamento num cenário

fictício, para fins mais didáticos, e como as ferramentas podem auxiliar na definição

dos objetivos estratégicos da empresa.

Page 4: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

3

DESENVOLVIMENTO

1. A TEORIA DAS RESTRIÇÕES

A Teoria das Restrições, do inglês Theory of Constraints(TOC), foi proposta

pelo físico israelense, que mais tarde se tornou consultor de administação, Dr.

Eliyahu M. Goldratt no ano de 1984. Sendo apresentada através do livro intitulado A

Meta (The Goal), cujo estilo é o de romance-novela de negócio onde o personagem

Jonah, que representa o próprio Dr. Goldratt, ajuda o dono de uma metalúrgica a

resolver seus problemas com atrasos na entrega dos pedidos.

A TOC é um enfoque holístico de melhoria de processos. Gerald I. Kendall e

Steven C. Rollins, ambos PMP, afirmam em seu livro “Advanced Project Portfolio

Management and the PMO: Multiplying ROI at Warp Speed”, de 2003, que essa

teoria assume que todo sistema é como uma corrente que é tão forte quanto seu elo

mais fraco. Nas organizações essa corrente representa os processos de produção,

de compra e seus projetos, por exemplo. Seus elos são dependentes uns dos outros

para satisfazer uma necessidade comum (KENDALL, 2001). Esse conceito também

se atribui a uma das características de um projeto, o qual é composto de diversas

atividades interdependentes que têm um mesmo objetivo. (PMBOK,2004).

A restrição de um sistema, o elo mais fraco da corrente, nada mais é que

qualquer coisa que impeça o sistema de atingir seu objetivo (GOLDRATT, 1992). A

TOC age sobre as restrições através de seu “Processo de Pensamento” (do inglês,

Thinking Process).

2. O PROCESSO DE PENSAMENTO E SUAS FERRAMENTAS

O Processo de Pensamento da TOC parte do pressuposto que “para uma

lista de sintomas observáveis, deve ser feita uma análise causa-efeito com o objetivo

de identificar a causa principal do problema” (QUELHAS;BARCAUI,2008). Para

identificar a restrição do sistema, ou seja, a causa principal do problema, e como

solucioná-lo, o Processo de Pensamento possui cinco ferramentas lógicas (tabela

abaixo) para obter as respostas das três perguntas expostas acima.

Page 5: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

4

PERGUNTA FERRAMENTA

O quê mudar? Árvore da Realidade Atual (Current Reality Tree – CRT)

Para o quê mudar? Diagrama de Evaporação de Nuvem (Evaporating Cloud

Diagram - ECD)

Árvore da Realidade Futura (Future Reality Tree – FRT)

Como provocar a mudança? Árvore dos Pré-Requisitos (Prerequisite Tree – PRT)

Árvore de Transição (Transition Tree – TT)

Quadro 1: Ferramentas do Processo de Pensamento

A Árvore da Realidade Atual (ARA) tem por objetivo definir os problemas,

sintomas, levantados pela pergunta “O quê mudar?” e fazer uma inter-relação entre

eles (NOREEN; SMITH; MACKEY, 1996). Os problemas devem ser levantados

através de um brainstorming. Tais sintomas devem ser então ordenados por grau de

impacto e conectados de forma que todos os sintomas levantados estejam ligados,

pois para que ocorra um determinado efeito indesejado é necessária a ocorrência de

outro (NOREEN; SMITH; MACKEY, 1996).

A ARA construída completamente nos fornece subsídios para: i) identificar o

impacto de políticas, procedimentos e ações na organização; ii) identificar

claramente o problema central em uma situação; iii) permitir a criação de um clima

favorável de relação frente aos problemas, colocando toda a massa crítica contra o

problema central. A ARA “deve ser construída de maneira top-down, entretanto,

deve ser lida e compreendida de forma botton-up.” (SOARES et al,2006).

A partir do cruzamento entre as informações levantadas pela Árvore de

Realização Atual e do conjunto de respostas ou suposições para a pergunta “Para o

quê mudar?”, ou seja, o cruzamento entre o quê se tem atualmente na organização

e do que se quer alcançar, são gerados conflitos. Para resolver estes conflitos temos

duas ferramentas o Diagrama de Evaporação de Nuvem (DDN) e a Árvore de

Realidade Futura (ARF).

O DDN trabalha conflitos que bloqueiam a solução e parte da definição do

objetivo (oposto ao problema levantado pela ARA) explicitando as duas situações ou

condições necessárias ao cumprimento deste e os pré-requisitos que conduzem às

condições requeridas (RENTES;SOUZA, 1997). O diagrama abaixo representa um

exemplo de DDN:

Page 6: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

5

Figura 1 – Diagrama de Dispersão de Nuvem

O diagrama deve ser lido da esquerda para a direita, de cima para baixo.

Cada seta representa uma relação lógica de necessidade, onde o objetivo depende

das duas condições necessárias ao seu cumprimento e estas dependem de seus

pré-requisitos. Lemos o diagrama da seguinte forma: Para se alcançar o objetivo

“O”, precisa-se de “A” e “B”. Para obter-se “A” e “B” deve-se “C” e “D”, sendo que “C”

e “D” são idéias conflitantes.

Goldratt (2006) afirma que na natureza não existem relações conflitantes e

que no mundo dos negócios essas relações também não existem, o que existem são

apenas suposições errôneas sobre o negócio. Para resolvermos o conflito exposto

pelo DDN precisamos de algumas soluções pressupostas, que Goldratt (1992) as

chama de “injeções”. Elas encontram-se “escondidas” sob cada seta. Levantadas as

soluções analisamos quais delas são verdadeiras e eliminamos as falsas, ou seja,

as que não atingem um efeito desejado, até que se elimine o conflito.

Posteriormente, nesse artigo, será dado um exemplo mais explícito de como se

trabalhar com as injeções e a resolução do conflito.

Continuando com as ferramentas do Processo de Pensamento, temos a

Árvore de Realização Futura (Future Reality Tree – ARF). Essa ferramenta nos

possibilita estudar os impactos das soluções aplicadas no DDN e se serão geradas

novas conseqüências negativas.

Para cada solução injetada no DDN é gerado um efeito. A ARF trabalha para

que os Efeitos Indesejáveis (EIs) sejam transformados em efeitos desejáveis (EDs),

através de novas injeções feitas no sistema. Além disso, a ARF nos permite

visualizar os “ramos” negativos da árvore que surgirão com as soluções aplicadas.

(ROCHA NETO;BORNIA, 2002).

Page 7: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

6

Goldratt (1994) nos diz que devemos podar os ramos negativos, onde estão

os verdadeiros riscos e que “devemos completar nossas ofertas com ações

adicionais que praticamente impeçam que os pontos negativos identificados

ocorram.”. “Com o isolamento do ramo negativo pode-se melhor estudá-lo e

aparecer o pressuposto que quebra a irrealidade da injeção.” (ROCHA

NETO;BORNIA, 2002).

Num primeiro momento a ARF parece ser uma solução milagrosa, pois

inserimos apenas os efeitos desejados. Para evitar essa aparência de solução

completa, Goldratt (1994) propôs conceito de “Ramos De Ressalva Negativa”. Tais

ramos são responsáveis por verbalizar e demonstrar aquilo que torna a injeção irreal

(NOREEN; SMITH; MACKEY, 1996). Os Ramos De Ressalva Negativa, de acordo

com Cox e Spencer (2002), podem, ainda, serem utilizados para testar as

possibilidades de ocorrência e os efeitos negativos da solução proposta.

A figura abaixo representa o processo de montagem da ARF:

Figura 2 – Processo de montagem da ARF (LACERDA;RODRIGUES, 2007, p.10)

Até este ponto têm-se o quê mudar, com a utilização da Árvore de Realidade

atual, e para o quê mudar, com a utilização do Diagrama de Evaporação de Nuvem

e a Árvore de Realidade Futura. Com o resultado destas três ferramentas têm-se

subsídios suficientes para dar-se o próximo passo e chegar à solução desejada, mas

“Como provocar a mudança”?

Page 8: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

7

As ferramentas que respondem à pergunta acima são a Árvore Dos Pré-

Requisitos (Prerequisite Tree – PRT) e a Árvore de Transição (Transition Tree – TT).

A PRT é a árvore que permite identificar os obstáculos que podem impedir

de atingir-se o objetivo final criando objetivos intermediários no caminho da solução

definitiva e sugerindo um plano de ação para que se atinja a realidade projetada pela

ARF.

Segundo Goldratt (1994) deve-se aproveitar a capacidade das pessoas em

colocar obstáculos às mudanças. Essa capacidade deve ser utilizada de forma

positiva e não como justificativa para inércia em relação às mudanças necessárias.

Rentes e Souza (1997) explicam que é “necessária a subdivisão do

processo total de atingir-se o objetivo final em pequenos passos, obtendo-se

primeiramente os obstáculos que se espera encontrar e depois os objetivos

intermediários que, quando alcançados, eliminarão o obstáculo correspondente”.

Para construir-se uma APR deve-se primeiramente identificar os obstáculos

para a implantação da injeção (solução). Depois, determinar para cada obstáculo

identificado, um Objetivo Intermediário (OI) que possa eliminá-lo. Essa relação, tal

como em outras ferramentas já discutidas nesse artigo, se dá pela lógica de causa-

efeito. Com os obstáculos e OIs determinados, deve-se certificar-se de que os

obstáculos estão sendo eliminados pelos OIs. E caso surjam novos OIs, deve-se

começar novamente com a identificação de novos obstáculos. Esse processo deve

ser realizado de forma cíclica até que não surjam novos obstáculos. (LACERDA;

RODRIGUES, 2007).

Abaixo temos uma figura representativa de uma APR:

Figura 3 – Árvore de Pré-Requisitos

Page 9: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

8

A Árvore de Pré-Requisitos deve ser lida de cima para baixo: Para alcançar

a injeção, temos que cumprir o objetivo intermediário a fim de superar o obstáculo.

Se a APR é a fase de macro-planejamento da implantação das mudanças

(RENTES;SOUZA, 1997), a fase de micro-planejamento da implantação das

mudanças é a Árvore de Transição (Transition Tree – TT).

A TT é a árvore lógica de causa-efeito desenhada para detalhar, passo a

passo, as ações que deverão ser tomadas para se que se alcance o objetivo ou se

implemente as mudanças propostas (GIORGIO; PIZOLATO; XAVIER, 2001), assim,

a lógica da AT é a seguinte “se for realizada a ação, então o Objetivo Intermediário

será alcançado.”.

A AT é uma ferramenta de comunicação e capacitação (emporwement) que

permite seguir um caminho de ações com um claro entendimento do que se esperar

ao longo do caminho e o porquê disso. Trata-se de uma lógica repetitiva de causa-

efeito que coloca ações em contexto com objetivos e inclui as necessidades para a

ação, a ação, as razões para a ação, o resultado esperado e então a razão para a

próxima necessidade (PATRICK,2001).

A seqüência de passos para a construção da AT é a seguinte: inserir na

árvore os OIs identificados na APR; Determinar as ações, necessidades e razões

necessárias para a seqüência dos OIs; Certificar que as ações garantam os

resultados esperados e; Caso essas ações não sejam suficientes, repetir o processo

até que se elenquem todas as ações necessárias para garantir os resultados

esperados. (LACERDA;RODRIGUES, 2007).

Abaixo está uma figura representativa da uma Árvore de Transição:

Page 10: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

9

Figura 4 – Árvore de Transição (PATRICK,2001,p.9)

A AT inclui todas as informações necessárias para se concluir um plano de

ação, pois detalha as ações e os resultados esperados para se alcançar o objetivo

desejado através de “um caminho livre sobre, sob, ao redor ou através dos

obstáculos” (PATRICK, 2001) que foram levantados na APR.

As ferramentas do Processo de Pensamento podem ser utilizadas de forma

separada ou em conjunto dependendo da necessidade e complexidade do sistema e

da solução que se busca alcançar. A figura abaixo mostra um esquema de como as

ferramentas do Processo de Pensamento podem atuar juntas:

Figura 5 – Ligações entre as ferramentas do PP (LACERDA;RODRIGUES, 2007,p.12)

Page 11: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

10

3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, PORTFÓLIO E PROJETOS

Gerenciamento de Portfólio de Projetos (GPP) é um termo que descreve os

processos para analisar, selecionar e gerenciar um grupo de projetos, ou programas,

que têm em comum diversas características que estão de acordo com os objetivos

estratégicos da empresa (PMI), ou seja, um plano de ação desejado de longo prazo

para atingir um objetivo específico.

Wessels (2007), num paper publicado pela revista PM World Today, nos diz

que numa empresa em que cada departamento e divisões competem por recursos e

suporte para seus próprios projetos, numa visão limitada, o GPP fornece uma visão

ampla de todos os projetos da empresa como componentes do portfólio e decide

estrategicamente como apoiá-los. E Wessels(2007) acrescenta que enquanto o

papel do gerenciamento de programas e projetos é “fazer corretamente o trabalho”,

o papel do GPP é “fazer o trabalho correto”.

Selecionar o portfólio é apenas um elemento do GPP. A organização

precisa, primeiro, focar num objetivo, segundo, selecionar os projetos adequados

para se alcançar o objetivo e, por fim, gerenciar esses projetos para um resultado

satisfatório (HUGHES, 2008). Com isso podemos dividir as tarefas do Planejamento

Estratégico, GPP e Gerenciamento de Projetos.

A Foundation For Community Association Research, uma fundação

americana sem fins lucrativos, que é destinada a pesquisa e desenvolvimento de

projetos para associações comunitárias, em seu livro Best Practices Report #3

Strategic Planning, publicado em 2001, afirma que Planejamento Estratégico é “um

processo de planejamento sistemático que envolve um número de passos que

identificam o estado atual da associação, incluindo sua missão, visão de futuro,

necessidades, objetivos, que prioriza ações e estratégias, planos de ação e de

monitoramento”. Nota-se que o mesmo conceito pode ser aplicado não só para

associações comunitárias, mas também para empresas.

Gerenciamento de Projetos é definido pelo PMI (Project Management

Instute), em seu livro PMBOK: A Guide To The Project Management Book Of

Knowledge, de 2008, como a “aplicação do conhecimento, habilidades, ferramentas

e técnicas nas atividades do projeto para que se alcancem os requisitos do projeto.”

A figura abaixo apresenta como Planejamento Estratégico, Gerenciamento

de Portfólio de Projetos e Gerenciamento de Projetos interagem entre si:

Page 12: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

11

Figura 6 – Interações entre PE, GPP e GP (HUGHES, 2008, p.1)

4. APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS E SUA UNIÃO À ESTRATÉGIA

Conforme dito anteriormente nesse artigo o PP da TOC possui ferramentas

que respondem a três perguntas básicas: “O quê mudar?”, “Para o quê mudar?” e

“Como provocar a mudança?”. E também foi descrita a importância do

Planejamento Estratégico e o GPP para uma organização.

Dando continuidade ao artigo será criado um cenário fictício par que se

possa ilustrar de uma forma mais didática como se pode unir o Processo de

Pensamento ao Planejamento Estratégico e Gerenciamento de Portfólio de Projetos.

O primeiro passo dessa união se dá ao definir qual será o foco da

organização na montagem de seu portfólio, ou seja, na definição de seu

Planejamento Estratégico. Definir o objetivo é de extrema importância, pois é em

direção a ele que a organização deverá investir tempo e dinheiro, sem que haja o

desperdício de ambos.

A Árvore de Realidade Atual é indicada para essa primeira etapa, pois dá a

organização uma visão de quais são os problemas que a afetam atualmente como

excesso de projetos, projetos errados, projetos sem objetivos em comum

(KENDALL;ROLLINS, 2003), por exemplo.

Page 13: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

12

Figura 7 – EIs da Árvore de Realidade Atual

Na árvore da figura 8, podem-se identificar dois problemas: Mudanças

reduzem estabilidade e mudanças aumentam as incertezas. Tais problemas são os

EIs identificados quando há a necessidade de uma mudança no sistema.

Identificados os problemas, fica menos complicado para a organização saber

que caminho seguir. Nesse momento as ferramentas mais indicadas são o Diagrama

de Evaporação de Nuvem e a Árvore de Realização Futura.

Supondo que uma empresa desenvolvedora de software sofre diversas

reclamações de seus clientes e através da ARA descobre que o problema-raiz é sua

indisponibilidade freqüente. Com o problema-raiz encontrado pode-se focar no

objetivo, que é garantir sua disponibilidade. Fica mais claro e inteligível o conflito

existente nesse caso quando se constrói o DDN. A figura abaixo ilustra um possível

DDN para o problema apresentado:

Figura 8 – Conflito no Diagrama de Dispersão de Nuvem

Page 14: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

13

A figura acima ilustra bem o conflito presente em manter a disponibilidade do

sistema. De um lado atualizar o sistema aumenta sua confiabilidade e desempenho,

que por sua vez atinge o objetivo. E por outro lado, manter o ambiente estável

garante que não serão gerados bugs no sistema, garantindo assim, sua

disponibilidade.

Nesse caso, precisa-se reconhecer que atualizar o sistema gera mais

ganhos, pois pode aumentar sua confiabilidade e desempenho. Além disso, a não

atualização de um software o torna obsoleto em pouco tempo. No entanto, é preciso

atualizar o sistema de uma forma que garanta planejamento e testes adequado para

que não sejam gerados bugs no sistema. A solução sugerida “dispersa a nuvem”,

pois assim se consegue atualizar o sistema sem gerar novos bugs.

Com a solução em destaque, pode-se construir a ARF que é o segundo

passo para se saber “para o quê mudar”. A figura 9 mostra a ARF construída com a

solução sugerida no DDN:

Figura 9 – EDs na Árvore de Realidade Futura

As caixas destacadas com bordas alaranjadas mostram a injeção da solução

encontrada no DDN resultando em “Efeitos Desejados”, justamente o oposto do que

acontecia na ARA.

Com os EDs encontrados na figura 9, resta agora saber como provocar a

mudança. A primeira parte da resposta dessa questão se dá pela construção da

Page 15: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

14

APR, a qual mostra os obstáculos que devem ser ultrapassados para se alcançar

cada ED gerado na ARF.

Selecionando-se o ED “Testes reduzem incertezas” para a construção da

APR, devem-se pensar quais possíveis obstáculos pode surgir para que esse ED

seja realizado. Tais obstáculos podem ser: roteiro de testes inadequado e obsoleto,

falta de treinamento dos testadores e base de dados, para testes, ineficaz. Esses

são apenas alguns exemplos de obstáculos que podem ser encontrados.

Como dito em seções anteriores nesse artigo, cabe agora estabelecer OIs

para se ultrapassar os obstáculos levantados, seguindo uma lógica de causa efeito.

Continuando com o exemplo dado: se o roteiro de testes é inadequado, então é

preciso criar um roteiro de testes que tenha abrangência suficiente de testar todas

as possibilidades de erros que possam ser encontradas; se os testadores não estão

treinados, a empresa deve capacitar seus testadores, afim de que, tenham

conhecimento suficiente sobre o sistema para descobrir possíveis falhas nas

atualizações; se a base de dados é ineficaz, então a empresa deve, em conjunto

com seus clientes, criar um ambiente cuja base de dados seja mais parecida,

possível, com a realidade dos clientes.

Posto isto, pode-se agora desenhar a Árvore de Pré-Requisitos abaixo:

Figura 10 – Obstáculos e OIs na Árvore de Pré-Requisitos

Os relacionamentos entre os OIs, seus obstáculos e outros OIs ficam bem

claros na figura acima, mas ainda falta o último detalhe que é provido pela AT. A AT

é a árvore onde se traça definitivamente o plano de ação para por em prática a

solução apresentada no DDN.

Page 16: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

15

A construção da AT se dá pela definição da ação, da necessidade e por qual

razão tal ação será tomada para se alcançar cada OI da APR, portanto, no caso

apresentado, temos:

1. Capacitar testadores:

a. Ação: treinar os testadores para que conheçam as novas

atualizações a serem implementadas no sistema e ele como

um todo;

b. Necessidade: testadores necessitam ter conhecimento total do

sistema, para realizarem os testes;

c. Razão: testadores capacitados obtêm melhores resultados na

hora dos testes;

2. Atualizar roteiro de testes:

a. Ação: remodelar, juntamente com a equipe, o roteiro de testes

atual, para que se adapte às novas atualizações;

b. Necessidade: é preciso um roteiro de testes atualizado e

coerente com as novas atualizações do sistema;

c. Razão: um roteiro de testes atualizado, mais testadores

capacitados (item 1a), dá maior garantia de que as incertezas

sobre as atualizações sejam eliminadas;

3. Obter base de dados reais:

a. Ação: construir, em parceria com o cliente, uma base de dados

mais próxima possível da realidade;

b. Necessidade: necessita-se de dados mais reais aos testes;

c. Razão: dados reais dão mais garantias e assertividade aos

resultados obtidos nos testes.

Pode-se observar que dentro de uma AT podemos ter dependências das

ações a serem tomadas, como nos itens 1 e 2. Pois, primeiramente é preciso treinar

os testadores para que assim tenham conhecimento suficiente para ajudarem na

elaboração do novo roteiro de testes. Essas dependências são levadas para a AT.

Abaixo temos uma figura de como seria a AT para o caso citado:

Page 17: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

16

Figura 11 – Plano de ação na Árvore de Transição

Com isso está concluída tarefa de definir o que é necessário ser feito para

satisfazer um ED encontrado na ARF. O mesmo processo (criação da APR e AT)

deve ser realizado para todos os outros EDs que aparecem na ARF. Quando todos

os EDs tiverem seu plano de ação de traçado, terá fim o Processo de Pensamento e

o resultado será um planejamento que detalha o quê e como deve(m) ser(em)

feita(s) mudança(s) para se resolver o problema-raiz levantado na construção da

ARA.

Com isso mostra-se possível adequar o Processo de Pensamentos da TOC

ao Planejamento Estratégico da empresa, pois seu resultado define uma série de

ações que resultam no mesmo objetivo. Percebe-se a ligação entre esses conceitos

a partir da definição, através do PP, do foco que a empresa deve tomar

(planejamento estratégico) para resolver o problema-raiz. Com o foco definido, ela

tem subsídios suficientes para selecionar os projetos a serem realizados para se

alcançar o objetivo comum (portfólio de projetos). E, por fim, com cada projeto

definido, passar para sua execução (gerenciamento de projetos).

É claro que há outros fatores na seleção dos projetos a fazerem parte do

portfólio como custo, tempo de retorno, recursos, prazos e outros fatores. No

entanto, o PP é uma ferramenta poderosa que, no mínimo, dá uma visão à empresa

do caminho a ser seguido.

Page 18: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

17

Empresas e organizações que aplicaram o Processo de Pensamento em seu

planejamento estratégico obtiveram muitos benefícios, abaixo estão citadas duas

organizações e seus resultados com o PP:

O Sistema Hospitalar da Força-aérea dos Estados Unidos, com mais

de 120 mil unidades e cerca de três milhões de pacientes era

necessário, viu-se obrigado a cortar custos. O problema seria cortar

os custos e manter a qualidade. Com a aplicação do PP, em menos

de 14 dias já se tinha traçado todo o plano do projeto (AVRAHAM Y.

GOLDRATT INSTITUTE, 2008a);

A Bal Seal Engeneering, uma indústria manufatureira americana com

produtos utilizados em diversos setores como aviação, automóveis e

outros, viu, após a utilização da TOC e PP, sua produção aumentar

de 65000 peças semanais para 100000 peças semanais. Dentre

outros benefícios a redução de lead-time foi de seis semanas para

oito dias (AVRAHAM Y. GOLDRATT INSTITUTE, 2008b).

Estes são apenas dois exemplos de muitos outros benefícios que a TOC e o

PP trazem à empresa.

Page 19: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

18

CONCLUSÃO

O presente artigo mostrou a abordagem holística da Teoria das Restrições e

definiu o que é restrição de um sistema. Depois, explicou o Processo de

Pensamento da Teoria das Restrições e cada uma de suas ferramentas. Explicou

como cada ferramenta se comporta, seus objetivos e sua aplicabilidade. Após um

breve resumo sobre Planejamento Estratégico, Gestão de Portfólio de Projetos e

Gerenciamento de projetos, mostrou, de forma mais didática possível, em um

cenário fictício, a aplicação das ferramentas do Processo de Pensamento para a

solução de um problema-raiz. E, por fim, mostrou como o Processo de Pensamento

pode ser aliado ao Planejamento Estratégico de uma organização.

Com as informações apresentadas nesse artigo pode-se criar uma relação de

quais ferramentas do Processo de Pensamento são mais adequadas ao

Planejamento Estratégico, Gestão de Portfólio e Gestão de Projetos e o motivo

dessa relação. A tabela abaixo representa essa relação:

Planejamento Estratégico Gestão de Portfólio de

Projetos

Gerenciamento de

Projetos

ARA Mostra o problema-raiz e

fornece o foco à estratégia

DDN

Mostra o conflito entre em

duas necessidades da

organização. Fornece a

solução para o mesmo

ARF

Mostra os efeitos

desejáveis da aplicação da

solução no conflito

APR

Define os objetivos

intermediários para se

alcançar a solução final.

AT

Define o quê e como se

deve atuar para solucionar

o problema-raiz.

Quadro 2 – Relação entre ferramentas do PP e Planejamento Estratégico, Gestão de Portfólio e

Gerenciamento de Projetos

Page 20: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

19

ABSTRACT

This text explains the Theory of Constraints and its Thinking Process and how both can

be a tool used by the organizations to define her objectives and make an act plan to

achieve them. It’s an exploratory study that intends to relate Thinking Process and

strategic objectives by explaining how the tools of Thinking Process can be used as allies

to Strategic Planning, Project Portfolio Management and Project Management.

Keywords: Theory of Constraints. Thinking Process. Strategic Planning.

Project Portfolio Management. Project Management.

REFERÊNCIAS

AVRAHAM Y. GOLDRATT INSTITUTE. TOC Case Study: Bal Seal Engineering.

Disponível em: <http://www.goldratt.com/balsealerp.htm>. Acesso em: 12 set. 2008.

______. TOC Case Study: United States Air Force Healthcare System.

Disponível em: <http://www.goldratt.com/usaf.htm>. Acesso em: 12 set. 2008.

COX, Jeff; SPENCER, Michael S.. Manual da Teoria das Restrições. Porto

Alegre, RS: Bookman, 2002.

FOUNDATION FOR COMMUNITY ASSOCIATION RESEARCH. Best Practices:

Report #3 Strategic Planning. Alexandria: Foundation For Community Association

Research, 2001.

GIORGI, Wanny Arantes Bongiovanni Di; PIZOLATO, Célia de Lima; XAVIER, José

Sant'ana. Teoria Das Restrições. In: CONGRESO DEL INSTITUTO

INTERNACIONAL DE COSTOS, 7., 2001, León. Anais... . León: Congreso Del

Instituto Internacional de Costos, 2001. p. 3 - 5.

GOLDRATT, Eliyahu. Corrente Crítica. São Paulo,SP: Nobel, 2006.

______. The Goal. Great Barrington: North River Press, 1992.

Page 21: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

20

HUGHES, Kevin. Successful Portfolio Management. Disponível em:

<http://www.collegiateproject.com/articles/Successful%20Portfolio%20Management.

pdf>. Acesso em: 10 set. 2008.

INSTITUTE, Avraham Y. Goldratt. TOC Case Study: United States Air Force

Healthcare System. Disponível em: <http://www.goldratt.com/usaf.htm>. Acesso

em: 12 set. 2008.

KENDALL, Gerald I.. Critical Chain and Critical Path: What?s the Difference.

Disponível em: <http://www.tocinternational.com/logistics-distribution-management-

articles.htm>. Acesso em: 12 set. 2008.

KENDALL, Gerald I.; ROLLINS, Steven C.. Advanced Project Portfolio

Management and the PMO: Multiplying ROI at War Speed. Boca Raton: J.ross

Publishing, 2003.

LACERDA, D.p; RODRIGUES, Luis Henrique. Compreensão, Aprendizaem e Ação:

A Abordagem do Processo de Pensamento da Teoria Das Restrições. In: SIMPÓSIO

DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 5., 2007, Resende,rj. Anais... .

Resende,rj: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2007. p. 2 - 12.

NOREEN, Eric; SMITH, Debra; MACKEY, James T. A Teoria Das Restrições e

suas Implicações na Contabilidade Gerencial. São Paulo: Educator Editora,

1996.

PATRICK, Francis S., 2001, Dallas. Using Resistance To Change(and the TOC

Thinking Process) to Improve Improvements. Dallas: Iie Solutions Conference,

2001.

PIDD, Michael. Modelagem Empresarial: Ferramentas para a tomada de

decisão. Porto Alegre,RS: Bookman, 1998.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A Guide To The Project Management

Body Of Knowledge. Pennsylvania: PMI Publishing Division, 2004.

Page 22: AS FERRAMENTAS DO PROCESSO DE PENSAMENTO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES E SUAS RELAÇÕES COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DAS EMPRESAS

21

______. Pennsylvania: PMI Publishing Division, 2008.

QUELHAS, Osvaldo; BARCAUI, André B.. A Teoria Das Restrições Aplicada A

Gerência de Projetos: Uma Introdução à Corrente Crítica. Disponível em:

<http://www.pmtech.com.br/newsletter/Marco_2005/TOC_e_CCPM_em_GP.pdf>.

Acesso em: 12 set. 2008.

RENTES, Antonio Freitas; SOUZA, Fernando Bernardi de. Os Processos de

Raciocínio da Teoria das Restrições como Ferramentas para um Processo de

Melhoria Contínua Focalizada. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE

PRODUÇÃO, 17., 1997, Gramado, Rs. Anais... . Gramado, RS: Encontro Nacional

de Engenharia de Produção, 1997. p. 2 - 4.

SOARES, Priscila Ferraz et al. Aplicação do Processo de Pensamento da Teoria das

Restrições para melhoria em Processos de Negócios. In: ENCONTRO NACIONAL

DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 26., 2006, Fortaleza, CE. Anais... . Fortaleza,

CE: Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2006. p. 2 - 2.

WESSELS, Don J.. The Strategic Role of Project Management. Pm World Today,

[s.l.], n. , p.2-5, fev. 2007.