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As Mother Boards e os seus componentes Designação: Página 1 Formador de Cientifico e Tecnológico Carlos Alberto Gonçalves Rodrigues Ref. 1.1.1 AS MOTHER BOARDS Motherboard, placa mãe, board, mainboard, mobo, são denominações correntes que definem a placa principal do computador. Apesar do processador e da memória constituírem o núcleo principal do computador, a motherboard pode ser considerada o computador em si, pois todos os outros acessórios visam basicamente alimentar e dar interface entre a motherboard e o sistema. Isto não obsta que tudo seja dimensionado em função do processador, pois cada processador possui características próprias (e arquitectura singular). Mas, na realidade, é na Motherboard que “tudo se passa”. É à motherboard que vamos encaixar o processador, a memória RAM 1 , as placas de expansão e os periféricos 2 necessários para que o computador cumpra as suas funções de Input, Processamento, Output e Armazenamento. É na Motherboard que vem incorporada a Memória ROM, 3 a cahe (embora actualmente já não seja assim), os Buses e todos os circuitos necessários ao funcionamento e estabilidade de todo o sistema. Se os custos de desenvolvimento de um processador são elevados, não menos elevados são os custos para o desenvolvimento de uma motherboard. E é fácil de concluir porquê, atendendo ao facto de que quem desenvolve um processador apenas se preocupa com o processador em si, quem desenvolve uma motherboard tem de dialogar e obter informações de uma série de fabricantes de Processadores, Placas Gráficas, Placas de Som, Modems, memórias, disco, etc., para que possa incorporar o maior número de competentes de fabricantes diversos. E com apenas dois gigantes que fabricam processadores para PC´s (Intel e AMD), ainda a tarefa se torna mais difícil, pois os referidos tentam a todo o custo impor as suas arquitecturas ao mercado, deixando aos fabricantes de motherboards a responsabilidade de fabricarem motherboards de acordo com as suas definições. Há cerca de cinco ou seis anos, era possível encaixar numa motherboard um processador Intel ou AMD de características idênticas, pois as arquitecturas eram similares. Bastava ao Técnico alterar uns Jumpers ou reconfigurar a Bios, para que tudo funcionasse na perfeição. Actualmente, esta situação já não é possível (salvo raras excepções). Quem compra um Processador de determinada marca, tem de se preocupar em adquirir uma motherboard compatível com ela. A Motherboard recebe a conexão, tanto on board como of board dos diversos dispositivos que compõem o PC. Os principais dispositivos da motherboard são: Chipset 4 Bus ou Barramentos 5 Memória ROM / Bios 6 Slots de memória RAM 7 Memória Cache 8 Instalação e operação de Sistemas Informáticos

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Motherboard, placa mãe, board, mainboard, mobo, são denominações correntes que definem a placa principal do computador. Apesar do processador e da memória constituírem o núcleo principal do computador, a motherboard pode ser considerada o computador em si, pois todos os outros acessórios visam basicamente alimentar e dar interface entre a motherboard e o sistema. Isto não obsta que tudo seja dimensionado em função do processador, pois cada processador possui características próprias (e arquitectura singular). Mas, na realidade, é na Motherboard que “tudo se passa”. É à motherboard que vamos encaixar o processador, a memória RAM1, as placas de expansão e os periféricos2 necessários para que o computador cumpra as suas funções de Input, Processamento, Output e Armazenamento. É na Motherboard que vem incorporada a Memória ROM,3 a cahe (embora actualmente já não seja assim), os Buses e todos os circuitos necessários ao funcionamento e estabilidade de todo o sistema. Se os custos de desenvolvimento de um processador são elevados, não menos elevados são os custos para o desenvolvimento de uma motherboard. E é fácil de concluir porquê, atendendo ao facto de que quem desenvolve um processador apenas se preocupa com o processador em si, quem desenvolve uma motherboard tem de dialogar e obter informações de uma série de fabricantes de Processadores, Placas Gráficas, Placas de Som, Modems, memórias, disco, etc., para que possa incorporar o maior número de competentes de fabricantes diversos. E com apenas dois gigantes que fabricam processadores para PC´s (Intel e AMD), ainda a tarefa se torna mais difícil, pois os referidos tentam a todo o custo impor as suas arquitecturas ao mercado, deixando aos fabricantes de motherboards a responsabilidade de fabricarem motherboards de acordo com as suas definições. Há cerca de cinco ou seis anos, era possível encaixar numa motherboard um processador Intel ou AMD de características idênticas, pois as arquitecturas eram similares. Bastava ao Técnico alterar uns Jumpers ou reconfigurar a Bios, para que tudo funcionasse na perfeição. Actualmente, esta situação já não é possível (salvo raras excepções). Quem compra um Processador de determinada marca, tem de se preocupar em adquirir uma motherboard compatível com ela.

A Motherboard recebe a conexão, tanto on board como of board dos diversos dispositivos que compõem o PC. Os principais dispositivos da motherboard são:

Chipset 4 Bus ou Barramentos5 Memória ROM / Bios 6 Slots de memória RAM7 Memória Cache8

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O Chipset é composto por chips que podem integrar diversos outros circuitos, dai o seu nome (chipset = conjunto de circuitos). Este componente tem uma importância fundamental para todo o sistema uma vez que é ele que define a aplicabilidade da motherboard. O chipset pode ser identificado na motherboard pela marca do fabricante, embora alguns fabricantes comprem o circuito renomeando-o para facilitar a identificação de seus produtos e não do chipset. Cada fabricante procura desenvolver os seus modelos de chipset em função do(s) processador(es) que a moherboard irá aceitar. Como cada processador tem uma conexão específica com a motherboard, os chipsets devem conter no seu set as instruções que são requeridas pelo(s) processador(es) que ela poderá receber. Neste contexto, se considerarmos o processador como o “cérebro” do PC, o chipset será o” sistema nervoso central”.

Os chipsets são divididos em mais de um chip. Existem motherboards com três circuitos, outras com dois, sendo a tendência actual de um único circuito. Na motherboard com dois circuitos a formar o chipset, um deles denomina-se Ponte Norte ( North Bridge) e controla a transferência de dados entre a memória cache e os barramentos AGP e PCI. O denominado Ponte Sul (South Bridge) é responsável pelas portas paralelas, de série, controladores IDE e barramento ISA.

O BUS ou Barramentos são os elementos de ligação que permitem a transferência de dados. Um bus é constituído por fios condutores paralelos que interligam os componentes internos do computador.

Cada plataforma pode ter seu próprio padrão de barramento. Por exemplo, o IBM PC e o Apple Macintosh têm barramentos denominados Micro Channel e NuBus, respectivamente.

Neste momento, os três tipos de barramento mais utilizados são:

ISA ((Industry Standard Architecture)

PCI (Peripheral Component Interconnect)

AGP (Accelerated Graphics Port)

USB

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As motherboards são formadas por diversas "camadas" de circuitos com os seus níveis interligados, possuindo vários barramentos cuja finalidade básica é permitir a transferência de sinais eléctricos que são interpretados pelos circuitos como bits. O barramento de sistema é característico da motherboard e determina a velocidade (frequência) com que os dados serão trocados entre os diferentes circuitos, tudo controlado pelo chipset. Existem diversas velocidades encontrando-se em uso as de 60, 66 MHz (já muito antigas), 100 (em 1998) e mais recentemente com 133 MHz (estas duas as mais utilizadas). Actualmente encontram-se já à venda com 266 e 400 MHz (Pentium IV) .

Os slots são encaixes para acoplamento de circuitos integrados que chamamos de placas. Os terminais eléctricos (contactos ou slots) são a extremidade dos barramentos correspondentes, como uma torneira é a extremidade do encanamento, com a diferença de que os barramentos podem ter a passagem de sinais nos dois sentidos. Uma placa gráfica, som, rede ou modem interno, poderão ser fabricadas num dos padrões que a indústria desenvolveu. O barramento ISA é o mais antigo, caindo em

desuso, o PCI o mais popular, e o AGP um dos mais recentes juntamente com os slots AMR e CNR.

ISA Slot

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ISA - Foi o primeiro barramento usado em PC, sendo a arquitectura de barramento usada nos PC’s XT e AT. A versão usada nos PC´s AT é também chamada de barramento AT, e tornou-se um padrão de facto na indústria de computadores. Lançada no começo dos anos 90, o barramento ISA começou a ser substituído pela arquitectura de barramento local PCI nos últimos anos. Muitos computadores fabricados hoje contém os dois tipos de barramento, ISA (para dispositivos mais lentos ou antigos) e PCI (para dispositivos que necessitem de maior performance). Em 1993, a Intel e Microsoft introduziram uma nova versão do ISA, chamada de ISA Plug and Play. A especificação Plug and Play permite o sistema operativo configurar placas de expansão automaticamente, a fim de que os utilizadores não necessitem mexer em jumpers ou similares. O barramento ISA é formado pelos slots de 8 e 16 bits existentes nas placas de CPU, além de alguns dos seus circuitos internos. Foi originado no IBM PC, na versão de 8 bits, e posteriormente aperfeiçoado no IBM PC AT, chegando à versão de 16 bits. Possui as seguintes características:

Transferências em grupos de 8 ou 16 bits

Clock de 8 MHz.

O barramento PCI ( Peripheral Component Interconnect ) foi criado originalmente durante o desenvolvimento do microprocessador Pentium, pela INTEL em conjunto com outros fabricantes, porém, algumas Placas 486 também possuem o slot PCI. Actualmente esse tipo de barramento é usado por diferentes processadores. Este barramento possui duas versões:

Versão 1.0 • Baseado no projecto "VESA Local Bus",conhecido

como VLB, era considerada um tipo de barramento local e não barramento principal, tais como: ISA, EISA (Este barramento foi feito especificamente de modo que placas para barramento ISA possam nele ser plugados, bem como novas placas com capacidade para 32 bits de dado) e MCA(sistemas PS/2 de topo de linha da IBM).

• Utilizado a 33 MHz; • Possui largura de 32 bits em uma conexão de 124 pinos; • Desempenho calculado = 32 (bits) x 33 (MHz) / 8 (bits) = 132 Mbits/s;

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Versão 2.0 • Projectado para ser independente do microprocessador; • Sincronizado com o Clock do microprocessador de 20 a 33 MHz; • Possui largura de 64 bits em uma conexão de 188 pinos; • Desempenho calculado = 64 (bits) x 33 (MHz) / 8 (bits) = 264 Mbits/s;

Os slots PCI de 64 bits são um pouco maiores que os de 32, sendo que nas placas actuais o segundo tipo é mais utilizado. As placas de expansão PCI possuem um recurso muito interessante, além da sua elevada velocidade de transferência de dados. Trata-se da auto configuração obtida com o padrão PnP (Plug and Play). Essas placas são reconhecidas e configuradas automaticamente pelo BIOS (todas as placas de CPU equipadas com slots PCI possuem um BIOS PnP) e pelo sistema operativo sem necessitarem que o utilizador precise posicionar jumpers para realizar manualmente a sua configuração, como ocorria com as placas de expansão até há pouco tempo atrás. Essa auto configuração ocorre devido à existência de uma EEPROM9 especial que contém informações sobre o endereço e a interrupção (IRQ). Dispositivos PCI são projectados para permitir o que seja compartilhada uma mesma IRQ pois manipula-as de forma diferente. Se for necessário usar uma interrupção normal, o chipset (ou BIOS) mapeará a interrupção para uma interrupção normal do sistema (normalmente usando alguma interrupção entre a IRQ 9 e IRQ 12).

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O barramento AGP ( Accelerated Graphics Port ) foi criado pela Intel para resolver os problemas de desempenho das placas gráficas 3D que utilizam o barramento PCI. Como o uso de softwares e do computador em geral estão cada vez mais explorando áreas antes não utilizadas, como aceleração 3D e vídeos de alta qualidade, tanto o processador como o chipset de vídeo precisam processar mais e mais informações. O barramento PCI está alcançando os seus limites de performance nessas aplicações.

A Intel somente criou chipsets AGP para os PC´s equipados com o Pentium Pro , Pentium II e Pentium III, deixando o Pentium e Pentium MMX de fora para forçar a venda do Pentium II. Os chipsets AGP têm a função de controlar o slot AGP permitindo que a placa gráfica 3D acesse a memória RAM da placa mãe directamente permitindo uma maior de taxa de transferência que o slot PCI e um uso dessa memória de acordo com suas necessidades, sendo a RAM dinamicamente compartilhada pelo processador principal e o de vídeo. AGP foi introduzido no mercado a partir do terceiro trimestre de 1997. A diferença de desempenho só se torna importante a favor do

AGP, em gráficos gerados em alta resolução, 1028x768. O uso de uma placa ou outra não difere em desempenho se a resolução utilizada for 640x480, onde operam a maioria das aplicações de escritório. Outros fabricantes (VIA, ASUS, SOYO, ALi, etc.) também desenvolveram chipsets com suporte para o barramento AGP para serem usados em motherboards soquet 7, soquet Super 7 e também slot 1.

A maioria das placas gráficas actuais são fabricadas com versão AGP. É cada vez mais raro ver placas gráficas PCI. A maior vantagem do AGP é ser exclusivo da placa gráfica, ao contrário do PCI, que é compartilhado por todos os periféricos instalados em slots PCI. O uso do conector AGP, liberta um slot PCI para outro uso.

A taxa de transferência básica é calculada em 264 MB/s ( 66.000.000 x 32 / 8 ) denominada Modo x 1.

Modo x 2 é conseguido com o barramento externo comunicando-se com a memória RAM a 100 MHz (100.000.000 x 64 / 8 = 800 MB/s), permitindo uma largura de banda maior que o barramento PCI que é igual a 528 MB/s.

Modo x 4 ( 1 GB/s ) está a ser implantado actualmente, equipando já algumas placas.

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A Bios é um circuito de memória do tipo ROM cuja função básica é armazenar informações indispensáveis para que o PC possa inicializar, ou seja, reconhecer dispositivos instalados, testá-los e carregar os respectivos controladores (drivers). Os principais fabricantes são:

• AMI Bios

• Awards Bios

• Phoenix

Estes circuitos são desenvolvidos pelos fabricantes contendo instruções que são peculiares a cada marca e modelo de motherboard. A memória ROM de uma determinada motherboard, não deve ser instalada noutra placa, pois, ou não funcionaria ou funcionaria mal.

A BIOS (Basic Input / Output System) é o sistema nervoso do computador. É a responsável pelo bom funcionamento do PC. Ela cuida de todas as tarefas necessárias para manter o PC em funcionamento gerindo o acesso à cache e discos, data do sistema, controladoras IDE e portas de série e paralelas. A BIOS é o primeiro software (ou firmware) a funcionar quando se liga o PC sendo responsável pelo carregamento do sistema operativo.

Também conhecidas como memória ROM (Read Only Memory - Memória Somente para Leitura) são memórias não voláteis pois não perdem as informações gravadas nos seus circuitos, mesmo com a queda de energia por qualquer motivo.

Existem quatro tipos principais de memória ROM:

• ROM (Read Only Memory) - Foram os primeiros circuitos utilizados. O firmware era gravado durante a fabricação do circuito, não permitindo regravação;

• PROM (Programable Read Only Memory) - Possibilitava o fabrico do circuito para posterior gravação do firmware, mas sem possibilidade de regravação;

• EPROM (Eraseble Programable Read Only Memory) - Poderia ter seu conteúdo apagado por meio de um feixe de raios Ultra Violeta (UV) para posterior regravação. Para apagar o conteúdo da ROM utilizava-se um equipamento denominado apagador de EPROM, assim como para regravar seu conteúdo utiliza-se o gravador de EPROM conectado à porta paralela de um computador. Para efectuar estes procedimentos é necessário retirar o chip de memória ROM da mainboard;

• EEPROM (Electraly Eraseble Programable Read Only Memory) - Permite apagarmos seu conteúdo sem retirá-la da motherboard por meio de um impulso eléctrico, bastando utilizar um software fornecido pelo fabricante da motherboard (normalmente denominado flash Bios). Após instalação do referido software, pode-se actualizar o firmware, ao que se denomina "actualização de BIOS".

A grande vantagem é a de poderem manter informações na forma de software (firmware = software gravado num circuito) que estarão sempre prontos para inicializarem o computador ou fornecerem instruções para o funcionamento de qualquer dispositivo, não perdendo estes dados por interrupção do fornecimento de energia eléctrica ao sistema.

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A BIOS é frequentemente confundida com a CMOS. É comum, e errado, pensar que BIOS e CMOS são um só.

Na verdade, a CMOS (Complementary Metal Oxide Semicondutor) é um pedaço de 64 bytes de RAM que armazena as configurações da BIOS para serem utilizadas. É por causa da CMOS que a BIOS "lembra" a configuração do PC e está apta a carregá-la sempre que o PC é inicializado. A CMOS encontra-se num pequeno circuito integrado encontrado na motherboard. A memória é mantida por uma pequena corrente eléctrica gerada por uma bateria que também está na motherboard.

Esta bateria pode ser de três tipos:

• Níquel/Cádmio (NiCd) - O seu formato assemelha-se a um barril. Têm o inconveniente de “babarem” com o tempo e danificar a motherboard irremediavelmente. Actualmente não são utilizadas..

• Lítio (Li) - Substituíram as baterias de Ni/Cd com a vantagem de não “babarem”. Têm o formato de uma moeda e sua durabilidade média é de dois anos, podendo ser encontradas facilmente em relojoarias pelo modelo CR 2032, fornecendo tensão de 3V. As principais marcas são: Maxxel, TKS, Sony e Panasonic.

• NV-RAM - (Non-Volatile Random Access Memory). São mais complexas, possuindo no seu interior uma bateria de Lítio acoplada a um circuito de memória RAM que armazena informações. Sua durabilidade média é estimada em dez anos.

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Contrariamente à anterior, a memória RAM (ou memória dinâmica) é uma memória volátil, pois necessita de estar permanentemente alimentada por energia. Após se desligar a fonte de alimentação, os dados contidos na referida memória perdem-se.

Estes circuitos são encontrados na forma de pequenas placas contendo os circuitos de memória propriamente ditos e são denominados módulos de memória. É extremamente comum, estes módulos serem chamados de "pentes de memória", o que se deve ao formato original dos circuitos de memória mais primitivos. Estes "pentes" possuem encaixes para fixação na motherboard na forma de pinos um tanto longos, lembrando a aparência de um pente realmente.

Já o termo "banco de memória" especifica um ou mais slots para encaixe dos módulos de memória, existentes na motherboard.

Nos computadores pessoais vamos encontrar as memórias voláteis formando o conjunto de memória RAM (Random Access Memory - Memória de Acesso Aleatório).

Os circuitos da memória RAM são construídos a partir de um transistor e de um capacitor para armazenar cada bit. Por isso são mais baratos, têm maior grau de integração, ocupam menos espaço físico e armazenam maior volume de dados, mas em contrapartida são mais lentos.

Uma das principais características das memórias é o tempo de acesso às informações gravadas nos circuitos de memória. Cada conjunto transistor-capacitor armazena um bit e os circuitos de memória têm tantos desses conjuntos quantos bits precisarem armazenar. Assim, um módulo de 32 MB pode armazenar 268.435.456 bits. Cada bit é representado por zero ou um, formando as palavras binárias. Para o processador aceder a cada bit da memória e formar conjuntos de bits (palavras binárias) há um tempo gasto em função da frequência do barramento de memória e do número de ciclos necessários para aceder e transferir os dados.

Existem diversos padrões de memória RAM, os quais iremos desenvolver com mais detalhe nas páginas. Os mais utilizados actualmente são:

• SIMM (Single Inline Module Memory)

• DIMM (Double Inline Module Memory)

• DDR-SDRAM

• RDRAM

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SIMM (Single Inline Module Memory) é um dos tipos de memórias mais conhecidos e utilizados, em fase de extinção no presente momento.

São módulos que podem ser encontrados com 30 ou 72 vias (contactos), alinhadas numa única linha.

Os módulos de 30 vias já não são fabricados e foram utilizados nos PCs 286, 386 e alguns 486 mais antigos, oferecendo tempos de acesso de 80 ns. A tecnologia utilizada para construi-los era a FPM (Fast Page Mode) que consiste em criar uma página com uma matriz de dados (bits) de acesso aleatório. Quando dizemos aleatório é porque os dados são acedidos directamente no seu endereço (é como se cada conjunto transístor-capacitor tivesse um endereço permanente) e não de forma sequencial onde seria preciso iniciar a busca pelo primeiro bit. Por exemplo, para encontrar um número de telefone numa lista e fossemos obrigados a começar pela letra "a", mesmo que a pessoa que procuramos se chamasse Roberto. Eram encontradas com capacidade de 1 MB ou 2 MB. A leitura dos dados é feita em palavras de 8 bits.

O passo seguinte foi o desenvolvimento das memórias SIMM de 72 vias, fisicamente maiores que os módulos de 30 vias, que passaram a ser fabricadas com uma tecnologia mais moderna chamada EDO (Enhanced Data Output - Dados Optimizados para Saída). Esta tecnologia permitiu ganhos nos tempos de acesso fazendo que uma memória de 60 ns trabalhasse na prática a 50 ns. A tecnologia EDO consiste em permitir que uma "página" de dados possa ser lida enquanto outra já está sendo acedida pelo processador.

As memórias EDO são encontradas com tempos de acesso de 70 a 60 ns e capacidade de armazenamento de 4, 8, 16 e 32 MB, sendo que estas últimas são raras e mais caras por terem sido fabricadas em quantidade menor. A leitura de dados é feita com palavras binárias de 32 bits. Para a transferência de dados é utilizada a frequência máxima de 66 MHz.

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Os módulos DIMM (Double Inline Module Memory) são maiores que os SIMM de 72 vias e possuem 168 contactos em linhas paralelas, ou seja, de cada lado do circuito temos uma linha com 84 vias.

Inicialmente foram construídas com a tecnologia EDO, mas são raros. Sua característica é serem alimentados com 5V. No entanto logo surgiu uma nova técnica que permitiu agilizar bastante o acesso à memória, chamada de Sincronismo. Na verdade, até então, quando era feito um acesso à memória não havia sincronismo entre a frequência do processador e da memória. Imaginemos uma porta rotativa girando à nossa frente e nós iríamos entrar sem pensar. Provavelmente haveria um pequeno acidente, mas se sincronizarmos os nossos passos com a velocidade da porta, poderemos entrar sem dificuldades economizando tempo. Estas memórias são alimentadas com 3,3V.

Há ainda alguma perda de tempo para aceder à memória, mas somente para o primeiro acesso. Os acessos aos outros circuitos de memória do módulo serão muito mais rápidos. Por isso o tempo de acesso das memórias DIMM varia de 7 a 15 ns e em função da nova técnica envolvida estas memórias são conhecidas por SDRAM (não confundir com SRAM) ou Syncrhonus Dynamic RAM.

Outra característica importante é que estes módulos fazem a leitura em 64 bits colaborando na redução dos tempos de acesso. Alem disso, cada módulo dos apresentados aqui tem slot próprio para encaixe na motherboard. Podem ser encontradas em frequências de 66, 100 e 133 MHz, ou PC-66, PC-100 e PC-133 respectivamente.

Lingueta de Injecção

Modulo SIMM de 168 contactos

Lingueta de Injecção

Dois Encaixes

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Os módulos DDR-SDRAM são Similares aos módulos DIMM, mas com elevado desempenho, pois fazem a transferência de dados com o dobro da frequência do barramento. Isto é possível por serem transportados dois bits a cada ciclo de acesso à memória. Enquanto uma memória com frequência de 100 MHz transfere até 800 MB/s, os módulos DDR podem chegar a 1600 MB/s.

Embora, como referimos, sejam semelhantes às DIMM, o slot para encaixe na motherboard não é igual e mesmo que fosse o caso, seria necessário que o chipset possuísse instruções para controlar a transferência de dados mais elevada, característica destas memórias. Podem ser encontradas com frequência de 100 ou 133 MHz, sendo que na prática serão taxas de 200 e 266 MHZ, respectivamente.

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A memória estática, também conhecida como memória cache, tem esta denominação por ser construída com circuitos do tipo flip-flop. Estes circuitos utilizam perto de 16 transístores e um capacitor para armazenar um bit. São muito rápidos para fornecer os dados ao processador, mas custam caro e têm baixo nível de integração (por possuírem grande número de componentes electrónicos para armazenar um bit, torna-se mais difícil reduzir as dimensões do circuito), ocupando grande espaço físico, se comparados com as memórias dinâmicas (RAM). Como consequência do preço elevado e do espaço físico que seria ocupado, armazenam menor volume de dados.

A memória cache é de extrema importância para o desempenho do processador. Há uma regra básica na qual não se pode deixar o processador principal esperando informações, ao que chamamos "wait state", ou estado de espera. Como os módulos de memória dinâmica são mais lentos, torna-se necessário uma determinada quantidade de memória cache para optimizar o sistema, evitando os indesejáveis wait states.

A diferença não está apenas no nome, pois:

Quando os circuitos de memória cache estão na motherboard, o processador comunica-se com ela à velocidade (frequência) do barramento principal (FSB);

Quando os circuitos de memória cache estão no CI que suporta o core (núcleo), a troca de dados realiza-se à metade da frequência do núcleo (half speed), ou menos, dependendo do processador;

Quando os circuitos de memória cache estão integrados ao core - on-die - a transferência de dados acontece na mesma frequência do processador (full speed)

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TIPOS DE MOTHERBOARD

Os dois padrões de motherboards que encontramos actualmente são o AT (Advanced Tecnhonoly) e o ATX.

A forma rápida de diferenciarmos estes dois padrões, reside no facto de no padrão AT é necessária a utilização do botão power da caixa para desligar o computador, enquanto que no ATX a motherboard se desliga através de softwre.

Assim, no padrão AT, após procedermos à operação de encerramento do computador vai aparecer a mensagem “Pode desligar o computador” e temos de desligá-lo no botão respectivo. No padrão ATX, após encerrarmos o computador, ele desliga-se por si.

Interessa desde já referir que, não podemos montar uma motherboard AT numa caixa ATX e vice-versa. Esta situação deriva de dois factores: Em primeiro lugar, as furagens são diferentes dado que, as dimensões das motherboards também o são. A segunda característica tem a ver com a fonte de alimentação, uma vez que o conector que vai fornecer energia à motherboard é diferente entre os referidos padrões.

O Formato AT O formato AT é um dos mais antigos e está a desaparecer. Aliás, já é raro encontrar no mercado motherboards deste formato.

Normalmente, este formato é encontrado em placas para CPUs compatíveis com Socket7 e, em alguns casos, placas com CPU Pentium II. As placas no formato Baby AT têm, aproximadamente, largura de 8,5 polegadas e comprimento de 13 polegadas.

Este formato de placa é facilmente identificado porque motherboard só tem um conector "soldado" na própria placa: é um conector redondo, onde é encaixada a extremidade do cabo do teclado.

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Os encaixes da porta paralela e das duas portas de série são ligados à motherboard através de cabos, e são fixados à caixa usando-se duas pequenas placas metálicas. O encaixe para o processador fica normalmente à frente dos slots de expansão.

A placa tem vários conectores onde são encaixados pequenos cabos, os "cabos flat" ou fletcable. Os dois conectores menores são para as duas portas de série, os dois maiores são para as duas interfaces IDE, um outro é para a controladora de drives de disquete e o último para a porta paralela.

Algumas placas ainda têm conectores para portas USB, PS/2 etc. Todos os conectores da placa e os encaixes para os módulos de memória costumam ficar localizados numa mesma área na placa. Isso dificulta ainda mais o trabalho em placas no formato AT.

O conector da alimentação tem 12 pinos, aos quais se vão ligar dois conectores de 6 "furos" que partem de fonte de alimentação e que se encaixam nos 12 pinos da motherboard.

Um dos inconvenientes do padrão AT, reside no facto de as caixas serem muito pequenas. Aliado a este facto, a quantidade de cabos necessários para a ligação dos diversos componentes, impedem uma correcta circulação de ar, provocando um maior

aquecimento.

Igualmente, devido à localização dos encaixes para os diversos componentes aliado ao espaço exíguo da caixa, impedem um bom trabalho, pois a acessibilidade dos referidos é muito reduzida.

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O Formato ATX

O padrão ATX é o formato padrão da actualidade. Esse formato foi criado de forma a melhorar alguns problemas encontrados no tradicional formato, entre os quais destacamos:

• Dissipação Térmica - motherboards e caixas ATX apresentam uma melhor ventilação para os seus componentes, devido às suas maiores dimensões e menor acumulação de cabos.

• Posição dos Cabos - nas motherboards ATX os conectores para cabos ficam próximos do disco rígido, da unidade de CD-ROM e da unidade de disquete, não fazendo com que os cabos fiquem acumulados dentro da caixa

• Posição do Processador - nas motherbords ATo processador é instalado próximo aos slots ISA, impedindo a instalação de placas periféricas que sejam maiores que o slot, como, por exemplo, placas de som. Nas motherboards ATX, o processador é instalado longe dos slots, de forma a não atrapalhar a inserção de placas periféricas.

• Posição da Memória RAM - Nas motherboards AT, os módulos de memória RAM ficam "espremidos" ao lado da fonte de alimentação, dificultando a instalação de memória. Na motherboard ATX isso não ocorre, pois os soquetes para a instalação dos módulos de memória ficam noutra posição.

• Portas – as portas de série e paralelas vêm incorporadas na Motherboard. Normalmente trazem uma ou duas portas USB, sendo os conectores do rato e do teclado mais pequenos (PS1)

Como já foi referido, a motherbords ATX precisam ser instaladas em caixas do tipo ATX pois, são mais "largas" (possuem um comprimento maior) e mais "curtas" (possuem uma largura menor) que as AT.

A fonte de alimentação das caixas ATX possuem um conector diferente, apropriado para motherboard ATX. Electronicamente falando, as fontes de caixas ATX possuem mais sinais.

Entre outras vantagens, a fonte de alimentação ATX permite que o PC seja desligado por software, o que pode ser muito útil em tarefas agendadas (por exemplo, podemos programar o computador para fazer um download de um arquivo da Internet e se auto - desligar após o download).

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Como já foi referido, o componente principal do computador é o Processador. Assim, a aquisição de uma motherboard está dependente de diversos factores, entre os quais o tipo e marca do processador, tipo de memória (Dimm, DDR, Rimm) e de placa gráfica (PCI, AGP).

Processadores e seus encaixes: Actualmente, cada fabricante de processadores possui os seus encaixes específicos, sendo os mais importantes os seguintes:

Socket 7 – é um encaixe quadrado, de 321 pinos.

Encaixe para os antigos processadores Pentium MMX e AMD K6-2 e K6-3, para mortherboards AT. Já não é fabricado.

Slot 1 - tem um formato parecido com um pente.

O slot 1 equipa as motherboards para processadores Pentium II (todos), Celeron de 266 a 433 Mhz e Pentium III 450, 500, 550 e 600.

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Socket 370 - é fisicamente parecido com o antigo socket 7, porém possui uma linha de contactos a mais (370 contactos ao todo, daí o seu nome). Os processadores Celeron e Pentium III PPGA ou FC-PGA (que usam o socket 370) podem ser instalados em motherboards Slot 1 usando um adaptador. Os processadores aos quais se destina este encaixe, são: Pentium III 500E, 550E, 600E e de 650 Mhz em diante, Celeron 366 em diante (os 366, 400 e 433 são fabricados nos dois formatos, slot 1 e socket 370).

A vantagem do socket 370 sobre o Slot 1 é o facto de ser um padrão mais barato, que permite baixar o custo das motherboards e dos processadores.

Slot A - A AMD optou por criar o seu próprio padrão, denominado Slot A. O slot A é fisicamente muito parecido com o slot 1 da Intel, sendo a única diferença visível entre os dois a diferente posição do pino central (que divide o slot em dois). Isto impede que se encaixe um processador Athlon numa placa para Pentium II ou vice-versa, o que danificaria o processador. O Slot A é usado pelos processadores Athlon antigos, mas não suporta os processadores Athlon Thunderbird e Duron, que usam um encaixe mais moderno, o Socket A. Ao contrário dos processadores Intel, não existe nenhum adaptador socket A para Slot A.

Conclusão Podemos concluir que a Motherboard é a placa do computador onde estão instalados o processador, a RAM, A ROM, a cache, o bus e toda uma série de circuitos e controladores auxiliares.

Possui um conjunto de “ranhuras” ou slots de expansão, ligados ao bus do sistema. Nesses slots de expansão podem ser inseridas novas placas, contendo circuitos complementares de hardware, que possibilitam a expansão das capacidades do sistema, através da ligação de novos periféricos.

Assume-se assim como um dos elementos fundamentais num PC. Neste âmbito, podemos afirmar que a compra de um PC se releva algo mais que uma compra, ou seja, não basta comprar: para que não hajam problemas mais tarde há que adequar a motherboard ao processador e aos demais componentes, tentando auferir quais as principais diferenças, não só relativamente a preços, mas também ao nível das características técnicas.

Assim, para o bom funcionamento de um PC à que fazer uma boa selecção, e a escolha da devida motherboard poderá ser um primeiro passo para o êxito!

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Notas de Documento 1 Memória RAM (Random Access Memory), ou memória de acesso aleatório (randômico), é um tipo de memória de leitura e escrita utilizada em sistemas electrónicos digitais. O termo acesso aleatório identifica a capacidade de acesso a qualquer posição em qualquer altura, por oposição ao acesso sequencial imposto por alguns dispositivos de armazenamento. Esta é uma memória volátil, e todo o seu conteúdo é perdido quando a alimentação da memória é desligada.

2 Periféricos são aparelhos ou placas que enviam ou recebem informações do computador. Em informática, o termo periférico aplica-se a qualquer equipamento acessório que seja conectado à CPU (unidade central de processamento). São exemplos de periféricos as impressoras, o sanner, leitores e ou gravadores de CDs e DVDs, leitores de cartões e disquetes, rato, teclado, webcams, entre outros.

3 A sigla ROM é, pelo inglês, originária das iniciais de Read Only Memory - Memória Apenas de Leitura. Assim, como pode ser visto, é uma redundância dizer-se "memória ROM". Freqüentemente esta sigla é usada em combinação com complementos para designar outros dispositivos "Apenas de Leitura": 4 Chipset é uma forma geral, um chipset (anglicismo que significa grupo de chips) é o cérebro de uma placa de circuitos. Na informática, é o cérebro da placa mãe, se dividindo entre "ponte norte" (north bridge, controlador central) e "ponte sul" (south bridge, controlador de periféricos), a ponte norte faz a comunicação do processador com as memórias, e em alguns casos com os barramentos de alta velocidade AGP e PCI Express. Já a ponte sul faz abriga os controladores de HDS (ATA / IDE e SATA), portas USB, paralela, PS/2, serial, os barramentos PCI e ISA, . 5 Barramento é um conjunto de linhas de comunicação que permitem a interligação entre dispositivos, como o CPU, a memória e outros periféricos. O desempenho do barramento é medido pela sua largura de banda (quantidade de bits que podem ser transmitidos ao mesmo tempo), geralmente potências de 2: 8 bits, 16 bits, 32 bits, 64 bits, etc. Também pela velocidade da transmissão medida em bps (bits por segundo) por exemplo: 10 bps, 160 Kbps, 100 Mbps, 1 Gbps etc. 6 BIOS, é a sigla para Basic Input/Output System (Sistema Básico de Entrada/Saída) ou Basic Integrated Operating System (Sistema de Operação Básico Integrado). A BIOS é o primeiro programa executado pelo computador ao ser inicializado. Sua função primária é preparar a máquina para que outros programas, que podem estar armazenados em diversos tipos de dispositivos (discos rígidos, disquetes, CDs, etc) possam ser executados. A BIOS é armazenada num chip Rom (Read-Only Memory, Memória de Somente Leitura) localizado na placa-mãe, chamado ROM BIOS.

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7 Memória RAM (Random Access Memory), ou memória de acesso aleatório (randômico), é um tipo de memória de leitura e escrita utilizada em sistemas electrónicos digitais. O termo acesso aleatório identifica a capacidade de acesso a qualquer posição em qualquer altura, por oposição ao acesso sequencial imposto por alguns dispositivos de armazenamento. Esta é uma memória volátil, e todo o seu conteúdo é perdido quando a alimentação da memória é desligada. Algumas memórias RAM necessitam que os seus dados sejam frequentemente refrescados (actualizados), podendo então ser designadas por DRAM (Dynamic RAM) ou RAM Dinâmica. Por oposição, aquelas que não necessitam de refrescamento são normalmente designadas por SRAM (Static RAM) ou RAM Estática. Do ponto de vista da sua forma física, uma memória RAM pode ser constituída por um circuito integrado DIP ou por um módulo SIMM, DIMM, SO-DIMM, etc. A capacidade de uma memória é medida em Bytes, kilobytes (1 KB = 1024 ou 210 Bytes), megabytes (1 MB = 1024 KB ou 220 Bytes) ou gigabytes (1 GB = 1024 MB ou 230 Bytes). 8 Memória Cache é uma pequena quantidade de memória estática de alto desempenho, tendo por finalidade aumentar o desempenho do processador realizando uma busca antecipada na memória RAM. A taxa de acerto típica pode variar entre 80% e 99%. 9 EEPROM (de Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory) é um chip de armazenamento não-volátil usado em computadores e outros aparelhos. Ao contrário de uma EPROM, uma EEPROM pode ser programada e apagada várias vezes, electricamente. Pode ser lida um número ilimitado de vezes, mas só pode ser apagada e programada um número limitado de vezes, que variam entre as 100.000 e 1 milhão. A memória flash é uma variação moderna da EEPROM, mas existe na indústria uma convenção para reservar o termo EEPROM para as memórias de escrita bit a bit, não incluindo as memórias de escrita bloco a bloco, como as memórias flash. As EEPROM necessitam de maior área que as memórias flash, porque cada célula geralmente necessita de um transístor de leitura e outro de escrita, ao passo que as células da memória flash só necessitam de um.