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AS REVOLUÇÕES INGLESAS
A REVOLUÇÃO BURGUESA INGLESA
AS REVOLUÇÕES INGLESAS
• REVOLUÇÃO PURITANA (1642-1649)
• REPÚBLICA PURITANA (1649-1658)
• RESTAURAÇÃO (1659-1688)
• REVOLUÇÃO GLORIOSA (1688)
• MONARQUIA PARLAMENTAR – O rei reina mas não governa.
A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo.
O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje.
De acordo com alguns historiadores, esta insurreição é considerada a primeira revolução de caráter burguês realizada no ocidente.
O ABSOLUTISMO INGLÊS DINASTIA TUDOR
(ABSOLUTISMO DE FATO)
• ORIGEM: Iniciou com Henrique VII, que pacificou o país.
• Henrique VIII – Fez a Reforma Religiosa, submetendo a Igreja ao seu controle (Ato de Supremacia) e confiscou as propriedades eclesiásticas. Impôs-se sobre o Parlamento.
• Eduardo VI – Reinado curto no qual o poder era exercido por um Conselho Privado.
• Maria Tudor – Tentou restaurar o catolicismo e perseguiu anglicanos
Elizabeth I (Isabel I ) • Governou com o apoio do
Conselho Privado e poucas vezes convocou o Parlamento.
• Perseguiu católicos e puritanos e impôs o anglicanismo como religião do Estado.
• Venceu a Incrível Armada, enfraquecendo a Espanha.
• Desenvolveu o mercantilismo.
• Estimulou corsários. • Fez os cercamentos
modernizando a agricultura e provocando um êxodo rural.
DISNATIA STUART (ABSOLUTISMO DE DIREITO)
• Origem: Jaime VI da Escócia, primo de Elizabeth. Foi coroado como Jaime I.
• Jaime I – Governou de forma absolutista. Entrou em conflito com o Parlamento. O novo soberano inglês, além de ser protestante, iniciou um processo de aproximação com a Espanha, país católico. Além de seguidas tentativas de aumento de impostos.
Carlos I • Durante seu reinado os conflitos com o
Parlamento tornaram-se mais graves.
• 1628 – O monarca foi obrigado a assinar a Petição de Direitos, que proibia a coroa de manter um grande exército ou criar novos impostos sem a aprovação do Parlamento.
• 1629 – O rei dissolve o Parlamento e governa sem ele durante onze anos.
• Retomou a cobrança de impostos que estavam em desuso e estendeu a todo o reino.
• Tentou impor práticas religiosas anglicanas aos presbiterianos e aos puritanos.
O PARLAMENTO INGLÊS Compunha-se de duas câmaras:
• Câmara dos Lordes – Ocupadas pelos Lordes Espirituais, isto é, a cúpula do clero anglicano e por Lordes Temporais, nobres titulados (barões, duques, condes...). Eram em sua maioria grandes proprietários de terras e adeptos ao anglicanismo.
• Câmara dos Comuns – Pequenos proprietários rurais (yeomen), alta burguesia e os gentlemen (comerciantes, traficantes de escravos, manufatureiros). Eram na sua maioria calvinistas.
A REVOLUÇÃO PURITANA • Para submeter a todos, promovendo uma união
religiosa, procurou impor o anglicanismo também à Escócia. Os escoceses se rebelaram e invadiram o norte da Inglaterra.
• A crise forçou o rei a convocar o Parlamento em 1640. Este destituiu a Câmara estrelada, despojou o rei de sua autoridade e aprovou uma lei que tornava obrigatória a sua convocação a cada três anos, independentemente de determinação do monarca. No ano seguinte, uma revolta na Irlanda católica foi o estopim da Revolução Inglesa, pois o Parlamento se recusou a entregar o comando do exército destinado à reconquista da Irlanda a Carlos I.
A GUERRA CIVIL (1642 até 1649) • De um lado estava o rei apoiado por católicos e
anglicanos (Cavaleiros). De outro, a Câmara dos comuns, apoiada pelos puritanos (Cabeças redondas).
• No Parlamento, surgiu um líder político e militar que se destacaria na história da Grã-Bretanha: Oliver Cromwell. Ele organizou o exército do parlamento segundo um novo modelo "New Model Army” (Exército de Novo Tipo). Posição por mérito.
• Niveladores (levellers). Grupo político composto principalmente pela massa de camponeses e artesãos que reivindicavam sufrágio universal e a devolução das terras "cercadas" aos camponeses. Tinham grande influência no exército.
• Em 1645, os soldados do Parlamento venceram as tropas do rei Carlos I.
• Em 1645, Carlos 1º foi preso. Setores do Parlamento, porém, assustados com as pretensões dos niveladores, que tentavam tomar o controle do exército, resolveram se unir ao rei. Este, porém, aproveitou a situação para fugir para a Escócia, em cujo Parlamento acreditava obter proteção. Ledo engano: foi entregue aos ingleses (em troca de 4000 mil libras esterlinas), que o decapitaram, proclamando a República, em 19 de maio de 1649.
A REPÚBLICA PURITANA
• A República, na Inglaterra, esteve longe de ser democrática. Apoiado pelo exército, Cromwell se impôs sobre o Conselho de Estado (poder Executivo) e o Parlamento.
• Não atendeu as pretensões dos escavadores (diggers), ala mais radical dos niveladores, e os derrotou.
• Em 1653, sob o título de Lorde Protetor, transformou-se em ditador vitalício e hereditário.
• Sob a ditadura cromwelliana, as estruturas feudais ainda existentes na Inglaterra foram eliminadas. As terras dos partidários do rei e da Igreja anglicana foram confiscadas e vendidas aos produtores rurais. O liberalismo econômico entrava em vigor na prática.
• Em 1651 Cromwell publicou o "Ato de Navegação" (lei sobre a navegação marítima) que permitia a importação pela Inglaterra somente de mercadorias estrangeiras transportadas em embarcações inglesas ou de países que produziam as mercadorias importadas.
• O Ato de Navegação provocou uma forte reação dos holandeses que obtinham grandes lucros com o comércio marítimo inglês. Os dois países mergulharam numa guerra que durou dois anos, terminando em 1654 com a vitória da Inglaterra, marcando o início efetivo de sua hegemonia marítima.
A RESTAURAÇÃO MONÁRQUICA • Após a morte de Cromwell, em 1658, seu filho
Richard, assumiu o poder. Porém, não conseguir se manter à frente do governo, pois não dispunha da mesma autoridade do pai sobre o exército.
• Carlos II - Filho do rei decapitado, assumiu o trono da Inglaterra, Escócia e Irlanda. A proximidade deste com o rei da França Luís XIV - o protótipo do absolutismo - tornou-o suspeito ao Parlamento. Mas seu reinado, a partir de 1660, durou 25 anos.
• Foi sucedido em 1685 por seu irmão Jaime II, que procurou restabelecer o absolutismo e o catolicismo na Inglaterra. O fato de ser católico o afastava de ambas as facções do Parlamento.
A REVOLUÇÃO GLORIOSA • A questão se agravou quando Jaime 2º teve um filho,
pois, até então, a herdeira do trono era sua filha Maria Stuart, protestante.
• O Parlamento então passou a conspirar para depô-lo. Em seu lugar assumiria o trono sua filha Maria, casada com Guilherme de Orange, rei dos Países Baixos, que desembarcou com suas tropas no país, em 1688.
• Em que pesem os pequenos combates, o movimento foi essencialmente pacífico, passando à história com o nome de "Revolução Gloriosa" ou "Revolução Sem Sangue".
• Jaime 2º fugiu para a França. O Parlamento proclamou Guilherme e Maria reis.
• Inicia-se uma monarquia parlamentar constitucional na Inglaterra.
A DECLARAÇÃO DE DIREITOS E O ATO DE TOLERÂNCIA
“Declaração de Direitos” (Bill of Rights)
Eliminava a censura política e reafirmava os poderes do Parlamento, como o seu direito exclusivo de estabelecer impostos, o direito de livre apresentação de petições e o controle da questão militar, em que o recrutamento e a manutenção do exército somente seriam admitidos com a aprovação do Parlamento. Além disso, o Tesouro britânico era controlado pelo Parlamento inglês e nenhum gasto poderia ser feito sem a sua autorização, os altos funcionários do governo eram fiscalizados pelos parlamentares e os gastos da família real também eram controlados pelo Parlamento.
“Ato de Tolerância” (Toleration Act)
Estabelecia liberdade religiosa a todos os cristãos, exceto aos católicos, também foi aceito pelo rei. Assim, estes dois documentos redigidos pelo Parlamento Inglês foram muito importantes para o desenvolvimento do capitalismo na Inglaterra, e a burguesia inglesa, aliada a aristocracia rural, passou a exercer o poder através do Parlamento, dando forma a um Estado Liberal.