As Unidades Discursivas e Suas Respectivas Funcoes

5/12/2018 As Unidades Discursivas e Suas Respectivas Funcoes - slidepdf.com

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Leandro Pereira Benevides (Inclusão Social/Fundação Araucária/UEL), Paulo de TarsoGalembeck (Orientador), e-mail: [email protected]

Universidade Estadual de Londrina/Departamento de Letras Vernáculas eClássicas/Londrina, PR.

Área: Linguística, Letras / Sub Área: Língua falada.

Palavras-chave: Unidade discursiva, Língua falada, Entrevistas.

Resumo:

Este projeto enfoca um aspecto relevante da língua falada, a unidade discursiva, e

foi executado sob a orientação de Paulo de Tarso Galembeck. Em sua execução foramrealizadas leituras para embasamento teórico, levantamento de dados e construção de

uma monografia final. Assim, alcançou-se a compreensão do papel das unidades

discursivas em locuções formais do Projeto Nurc.

1. Introdução aos estudos da língua falada.

Apesar da exaustiva conclusão encontrada nos inúmeros estudos acerca da língua

falada, pode-se ser repetitivo ao dizer que os estudos são importantes para odesenvolvimento das ciências lingüísticas.

Assim, a língua falada tem ganhado seu espaço nos estudos lingüísticos e

desenvolvido um papel importante na educação, e na consciência da pessoa letrada.

Este trabalho mostra as unidades discursivas (UD) em foco, na analise da língua

falada, e a diferença entre língua falada e língua escrita.

A língua falada é expressa com o sentido da comunicação, portanto, muitos

lingüistas consideram a língua uma manifestação necessária para a sobrevivência

humana. “A língua é uma atividade, uma forma de ação que se manifesta em toda sua

plenitude no texto”. Ataliba Castilho1998 p. 56.

Pelo fato de a língua falada ser considerada uma forma de comunicação imediata,

logicamente, existem diferenças em relação a língua escrita, algumas dessas diferenças

estão expostas no quadro abaixo desenvolvido por Adriana Paula Chaves no seu

trabalho “Manifestações da língua falada em narrativas escolares” 2002 p. 31.



FALA. ESCRITA.1. Não – planejada. 1. Planejada.

2. Incompleta. 2. Completa.3. Pouco elaborada. 3. Elaborada.4. Predominância de frases simples,

curtas ou coordenadas.

4. Predominância de frases

complexas, com orações subordinadas.5. Pouco uso de passivas. 5. Emprego freqüente de passivas.6. Uso do nível informal da

linguagem.

6. Uso do nível formal.

Tendo em proposta, a analise da língua falada, é importante descrever as

diferenças primordiais da língua falada e da língua escrita.

Com a famigerada discussão a respeito das características da língua falada, não

será necessário expor nesse trabalho tais características, mas sim a sua função.

A função primordial da língua é a comunicação, tendo em vista a comunicação em

vários aspectos, culturais, sociais e políticos, pode-se dizer que uma mesma língua se

apresenta em duas formas principais, a falada, onde temos a comunicação instantânea,

entre enunciador e receptor, e a língua escrita, onde temos uma comunicação com o uso

da linguagem formal. Salvo alguns casos em que a língua escrita perde a sua

formalidade gramatical como na webcomunicação ou linguagem informatizada.

Pelo fato de a comunicação ser o objetivo principal da linguagem, logo temos a

comunicação instantânea e a língua falada como objeto de estudo, sendo assim, está

provado a importância desse estudo para que possamos compreender melhor as

estruturas dos nossos modos conversacionais ou da comunicação.

É importante enfatizar a proposta de Castilho sobre a ativação, reativação e

desativação na construção do texto. Através da ativação, nosso cérebro ativa umamontoado de leis e regras internalizadas que nos ajudarão em relação ao avanço do

discurso. Na reativação retomamos tópicos conversacionais para reestruturá-los ou

refazê-los, ou seja, voltamos atrás de algo dito para reformular a mensagem, isso

acontece muito na correção. Finalmente a desativação consiste na interrupção do que

esta sendo dito, abandonando algumas sentenças.



No discurso falado, as marcas da produção instantânea deixam imperfeições se

comparado ao discurso escrito, o que caracteriza a língua falada e por esse motivo,

pausas, digressões, correções, interrupções e finalmente as UD que estão sendoabordadas neste trabalho são marcas comuns da língua falada.

A língua falada é composta por muitas estruturas menores, estas estruturas

menores estão localizadas dentro da proposta de Castilho sobre ativação, reativação e

desativação da língua falada. Cada estrutura tem sua função específica dentro do

objetivo final, a comunicação. E existe em função do entendimento de um todo. Logo

abaixo está exemplificada uma das estruturas menores.

Unidades discursivas;

“Unidade discursiva (UD) “é um segmento do texto

caracterizado (i) semanticamente, por preservar a propriedade de coerência

temática da unidade maior, atendo-se como arranjo temático secundário ao

processamento de um subtema, e (ii) formalmente, por se compor de um

núcleo e de duas margens””. CASTILHO, Ataliba. 1998 p. 63 apud

CASTILHO, Ataliba 1989 p. 253.

2. justificativa.

O fenômeno estudado tem presença constante na interação de fala em nossa

comunidade, por isso estudar as características da fala é necessário para entender a

estrutura da interação verbal.

3. Materiais e métodos.

O corpus desta pesquisa é constituído por meio de gravações orais de

aulas para o ensino médio e superior e que foram transcritas, dos projetos NURC/SP e

NURC/RJ, bem como por textos científicos escritos publicados em periódicos de

diversas áreas, a fim de verificar a presença das unidades discursivas nos meios

conversacionais.

4. Conclusões.



O processo comunicativo é desenvolvido de várias formas diferentes,

sendo assim, conclui-se que entender as suas estruturas e a funcionalidade da língua é

necessário para aprimorar o conhecimento comunicativo e o próprio ato dacomunicação. Por esse motivo, a realização da pesquisa na área da língua falada se torna

importante e primordial para o desenvolvimento cientifico da lingüística.

5. Referências Bibliográficas

CAMPOS, Odette Gertrudes Luiza Altmann de S. A língua falada:

Características Gerais in IGNÁCIO, Sebastião Expedito. Estudos Gramaticais.

UNESP. Campus da Araraquara. 1989

CASTILHO, Ataliba T. de. A língua falada no ensino de Português. São

Paulo. Contexto. 1998.

CHAVES, Adriana Paula. Manifestações da língua falada em narrativas

escolares. Araraquara. 2002

GALEMBECK, Paulo de Tarso. Unidades discursivas na fala culta de São

Paulo. 1997.

GALEMBECK, Paulo de Tarso. Metodologia de pesquisa em português

falado. In RODRIGUES, Ângela Cecília de Souza. ALVES, Ieda Maria. GOLDSTEIN,

Norma Seltzer. I seminário de filologia e língua portuguesa. 1999. Publicações

FFLCH/USP.

PRETI, Dino. Análise de textos orais. 2001. Publicações FFLCH/USP. 5º

ed.

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