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Aspectos sobre durabilidade, vida útil e manutenção das estruturas de concreto dezembro/2015
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
Aspectos sobre durabilidade, vida útil e manutenção das estruturas
de concreto
Julhana Bacichetti da Silva – [email protected]
MBA Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundações
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Florianópolis, SC, 20/11/2014
Resumo
Nos últimos anos é crescente o número de edificações com estrutura de concreto armado que
apresentam deterioração precoce, com danos de diversas origens. Dentre essas, destaca-se a
ausência quase absoluta de manutenção das estruturas. Os fatores que levam a isto são muitos,
destacando-se o conceito errôneo de que as estruturas de concreto devem durar tempo
indeterminado sem a devida manutenção. A constatação que as estruturas de concreto
estavam sujeitas a ocorrência de deteriorações ao longo do tempo levou a busca de estudos e
conceitos sobre durabilidade e vida útil da estrutura. Com a evolução do conhecimento
conclui-se que a manutenção estrutural deve iniciar já na etapa de concepção de acordo com
critérios rigorosos de projeto de estruturas duráveis, observando o grau de agressividade do
ambiente e a durabilidade da estrutura de concreto para qual foi projetada, tornando possível a
execução de mecanismos apropriados para inspeções periódicas. Este trabalho é resultado de
pesquisas em livros e publicações, com o intuito de apresentar aspectos relevantes sobre a
durabilidade e vida útil da estrutura de concreto e, a influência que a manutenção adequada
exerce sobre a vida útil da estrutura.
Palavras-chave: Durabilidade; Vida útil; Estrutura; Concreto; Manutenção.
1. Introdução
O desempenho insatisfatório de estruturas relativamente novas exigiu que se aprofundasse o
estudo sobre os aspectos voltados à durabilidade e ao aumento da vida útil da estrutura de
concreto. Assim a durabilidade do concreto passou da condição de característica secundária, à
condição de critério, não só em projeto, mas também na execução da obra.
O concreto sendo um material sólido sofre ações agressivas ao longo do tempo, ocasionando
assim, à degradação. Sua durabilidade vai depender da maneira que foi elaborado, desde a
fase de projeto até o produto final, seguindo as fases de inspeções e manutenções ao longo da
vida útil. Souza e Ripper (1998) dizem que “uma estrutura, durante a vida para a qual foi
projetada, deve ser utilizada segundo as premissas de projeto e estar sempre sujeita a
manutenção mais apropriada”. Com isso existe a necessidade de estratégias de manutenção de
acordo com o tipo de obra e os cuidados que ela venha a requerer, em função da concepção,
da utilização e do ambiente a qual está inserida.
2. Durabilidade e Vida Útil da Estrutura
2.1 Conceituação
Aspectos sobre durabilidade, vida útil e manutenção das estruturas de concreto dezembro/2015
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A durabilidade é o resultado da interação entre a estrutura de concreto, o ambiente, as
condições de uso e a manutenção para a qual foi projetada.
A NBR (6118:2014) diz que: Durabilidade consiste na capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais
previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e pelo contratante,
no início dos trabalhos de elaboração do projeto (ABNT NBR 6118:2014, item
5.1.2.3).
A vida útil da estrutura de concreto deve ser focada de forma completa, ordenada e ampla,
compatibilizando ações coordenadas e realizadas em todas as etapas do processo construtivo e
principalmente durante a etapa de utilização da estrutura. Já que é nessa etapa que a
manutenção preventiva e corretiva será indispensável para a correta consideração da vida útil
da estrutura.
A NBR (6118:2014) descreve que:
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as
condições ambientais previstas na época de projeto e quando utilizadas conforme
preconizado em projeto, conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço
durante o prazo correspondente, à sua vida útil (ABNT NBR 6118:2014, item 6.1).
Souza e Ripper (1998) salientam que:
A modelização do mecanismo de estudo da durabilidade passa pela avaliação e
compatibilização entre agressão ambiental, por um lado, e a qualidade do concreto e
da estrutura, por outo, sendo este cenário definido à luz do tempo e do custo da
estrutura (SOUZA E RIPPER, 1998:19).
Na definição de vida útil para Helene (1997), o importante é construir um sistema abrangente
que permita deixar claro o critério de julgamento; fixar uma probabilidade alta de sucesso,
pois o engenheiro terá que projetar e garantir aquilo que projetou; estimular a inspeção e
observação periódica das estruturas; revalorizar o papel da técnica na decisão da durabilidade.
Helene (1997) mostra na figura 1 uma proposta de definição clara de vida útil de projeto,
limitada aos fenômenos de corrosão.
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Figura 1 – Conceituação de vida útil das estruturas de concreto tomando por referencia o fenômeno de corrosão
de armaduras.
Fonte: HELENE (1997)
Interpretando, segundo Medeiros, Andrade e Helene (2011), a figura 1, temos as seguintes
definições: ■Vida útil de projeto: período de tempo que vai até a despassivação da armadura,
normalmente denominado de período de iniciação. Corresponde ao período de
tempo necessário para que a frente de carbonatação ou a frente de cloretos atinja a
armadura. O fato da região carbonatada ou de certo nível de cloretos atingirem a
armadura e teoricamente despassivá-la, não significa que necessariamente a partir
desse momento haverá corrosão importante, apesar de que em geral ocorre. Esse
período de tempo, no entanto ,é o período que deve ser adotado no projeto da
estrutura, a favor da segurança;
■vida útil de serviço: período de tempo que vai até o momento que aparecem
manchas na superfície do concreto, ou ocorre fissuras no concreto de cobrimento, ou
ainda quando há o destacamento do concreto de cobrimento. É muito variável de um
caso para o outro, pois depende das exigências associadas ao uso da estrutura.
Enquanto em certas situações é inadmissível que uma estrutura de concreto
apresente manchas de corrosão ou fissuras, em outros casos somente o início da
queda de pedaços de concreto, colocando em riso a integridade de pessoas e bens,
pode definir o momento a partir do qual se deve considerar terminada a vida útil de
serviço;
■vida útil última ou total: período de tempo que vai até a ruptura ou colapso parcial
ou total da estrutura. Corresponde ao período de tempo no qual há uma redução
significativa da seção resistente da armadura ou perda importante da aderência
armadura/concreto, podendo acarretar o colapso parcial ou total da estrutura;
■vida útil residual: corresponde ao período de tempo em que a estrutura ainda será
capaz de desempenhar suas funções, contando nesse caso a partir de uma data
qualquer, correspondente a uma vistoria. Essa vistoria e diagnóstico podem ser
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efetuados a qualquer instante da vida em uso da estrutura. O prazo final, nesse caso,
tanto pode ser o limite de projeto, o limite das condições de serviço, quanto o limite
de ruptura, dando origem a três possíveis vidas úteis residuais, uma mais curta,
contada até a despassivação da armadura, outra até o aparecimento de manchas,
fissuras ou destacamento do concreto e outra longa contada até a perda significativa
da capacidade resistente do componente estrutural ou seu eventual colapso
(MEDEIROS, ANDRADE E HELENE, 2011).
2.2 Durabilidade e vida útil da estrutura de concreto
A ocorrência de deterioração em estruturas tidas como novas, fez com que houvesse o
aprofundamento sobre o conhecimento do material utilizado para a resistência adotada na
etapa do projeto. Então a durabilidade do concreto passa a ser uma condição de critério de
recebimento e aceitação na obra.
Helene (1997) cita que “resistência da estrutura de concreto a ação do meio ambiente e ao
uso dependerá, no entanto, da resistência do concreto e da resistência da armadura. Qualquer
dos dois que se deteriore, comprometerá a estrutura como um todo”.
Os estudos da durabilidade passam pela compatibilização entre a agressão ambiental e a
qualidade do concreto e da estrutura. O concreto armado tem demonstrado possuir uma
durabilidade adequada para a maioria dos usos a que se destina. Está durabilidade é resultado
da combinação entre o concreto e o aço, sendo que, o cobrimento de concreto é uma barreira
física, além da elevada alcalinidade que o concreto desenvolve sobre o aço, formando uma
camada passiva, conhecida como passivação, que o mantém inalterado por um tempo
indefinido. Entretanto, como diz Neville e Brooks (2013),
caso o concreto seja permeável de modo que a carbonatação atinja o concreto em
contato com o aço ou que soluções como cloretos possam penetrar até a armadura e
existindo água e oxigênio, será iniciado processo de corrosão da armadura. A
formação de compostos ferrosos expansivos resulta em um aumento do volume em
relação ao aço original, de modo que as tensões de expansão causam fissuração e
lascamento do concreto (NEVILLE E BROOKS 2013:268).
Quanto maior e mais compacta está barreira, mais difícil será o transporte de agentes
agressores do meio ambiente chegarem até a superfície da armadura. Entretanto, as estruturas
de concreto armado têm apresentado problemas com poucos anos de uso. Com isso, estudos
vêm sendo desenvolvidos com o intuito de conhecer um pouco melhor essa característica tão
importante do concreto que é a durabilidade.
Os mecanismos de transporte de agentes agressores no concreto dependem dos seguintes
aspectos:
a)das características químicas e físicas dos agentes agressivos, de suas concentrações na
superfície do concreto e das condições ambientais;
b)da forma e distribuição dos poros e presença de microfissuras;
c)da temperatura;
d)do grau de umidade do concreto.
Helene (1997) diz que: O estudo da durabilidade das estruturas de concreto armado e protendido têm
evoluído graças ao maior conhecimento dos mecanismos de transporte de líquidos e
de gases agressivo nos meios porosos, como o concreto, que possibilitaram associar
o tempo aos modelos matemáticos que expressam quantitativamente esses
mecanismos (HELENE, 1997).
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Neville (1997), fala que a durabilidade inadequada se manifesta por uma deterioração que
pode ser originada por fatores externos ou por causas internas no interior do próprio concreto.
As diferentes formas de ação podem ser físicas, químicas ou mecânicas.
As causas físicas são os efeitos de temperatura ou de diferenças de coeficiente de dilatação
térmica do agregado e da pasta de cimento hidratado. As causas químicas podem incluir as
reações álcali-sílica e álcali-carbonato. Já o ataque químico externo se dá principalmente pela
ação de íons agressivos, como cloretos, sulfatos ou dióxido de carbono e muitos líquidos e
gases naturais ou industriais. As causas mecânicas podem ser impacto, abrasão, erosão ou
cavitação.
As maiorias dos danos em elementos estruturais são do tipo evolutivo, podendo comprometer
a estabilidade da estrutura. Com isso Bauer (2009), diz que a deterioração de uma estrutura
poderá estar relacionada com as seguintes causas, a seguir relacionadas em grupo:
a) Grupo I: erros de projeto estrutural – detalhes mal especificados ou falta de detalhamento,
cargas ou tensões não consideradas no cálculo estrutural, variações bruscas de seção em
elementos estruturais, deficiência ou falta de projeto de drenagem, efeitos da fluência do
concreto não considerado;
b)Grupo II: emprego de materiais inadequados – a não consideração de que os materiais
deverão ser criteriosamente conhecidos, de acordo com ensaios prévios, de maneira a
caracterizá-los, conforme norma e procedimentos dos mesmos, em relação as características
de projeto, utilização e condições ambientais, a que estarão sujeitos, ou seja, a realização de
controle tecnológico durante a execução ;
c)Grupo III: erros de execução – São inúmeras as falhas que podem ocorrer, vou citar
algumas como falta de planejamento necessário para bom andamento da obra, iniciar a obra
antes da conclusão da etapa de concepção dos projetos, não capacitação profissional da mão-
de-obra, irresponsabilidade técnica, detalhamento inadequado da armadura, escoras mal
posicionadas, retirada das mesmas antes da hora;
d)Grupo IV: agressividade do meio ambiente – a agressividade do meio ambiente está
relacionada a ações físicas e químicas, independentemente das ações mecânicas, das variações
térmicas, da retração hidráulica e de outras previstas do dimensionamento da estrutura de
concreto. A consideração da agressividade do ambiente deve ser feita com base nas condições
de exposição da estrutura, devendo levar em conta o clima atuante sobre a obra e suas partes
críticas.
No caso dos projetos usuais de concreto, podem-se considerar as classes adotadas pela NBR
(6118:2014), de acordo com a tabela mostrada a seguir:
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Figura 2 – Tabela 6.1 – Classes de agressividade ambiental
Fonte: NBR (6118:2014, item 6.4.2).
Para Medeiros, Andrade e Helene (2011), “na realidade o mais importante é a resistência da
estrutura ao meio ambiente e esta depende não só da qualidade do concreto, mas também da
execução, do uso correto e de critérios adequados de projeto”. Neste sentido a NBR
(6118:2014) diz que para evitar envelhecimento precoce da estrutura e satisfazer as exigências
de durabilidade devem ser observados os seguintes critérios de projeto:
a)prever uma drenagem eficiente;
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b)evitar disposições arquitetônicas ou construtivas que possam reduzir a durabilidade da
estrutura, prevendo o acesso para a inspeção e manutenção de partes da estrutura com vida
útil inferior ao todo;
c)garantir concreto de qualidade, com cobrimentos de concreto apropriados para a proteção
das armaduras;
d)assegurar detalhamento adequado das armaduras;
e)controlar a fissuração dos elementos estruturais;
f)em condições de exposição adversas, devem ser tomadas medidas especiais de proteção e
conservação;
g)prever estratégia que facilite a inspeção e manutenção preventiva.
Helene(1997) diz que a literatura técnica ressalta que a durabilidade da estrutura de concreto
pode ser determinada de acordo com quatro tópicos identificados como regra dos 4C:
- Composição do concreto;
- Compactação efetiva do concreto na estrutura;
- Cura efetiva do concreto na estrutura;
- Cobrimento das armaduras.
Por exemplo, um adensamento mal executado pode resultar num índice de vazios muito altos,
produzindo um concreto altamente poroso. Uma cura mal feita, por sua vez, produz baixo
grau de hidratação do cimento, resultando em alta permeabilidade do concreto de superfície e
baixa durabilidade das peças.
2.3 Algumas orientações Normativas sobre a durabilidade e vida útil das estruturas
Existe um esforço no sentido de se tentar especificar valores numéricos para a vida útil da
estrutura. Porém essa tarefa é bastante complexa, devido à quantidade e variabilidade dos
parâmetros intervenientes. Contudo alguns organismos internacionais apresentam valores de
referência para vida útil. Assim Medeiros, Andrade e Helene (2011), descrevem na figura 3 e
4 alguns órgãos internacionais que apresentam valores de referência para a vida útil,
considerando principalmente o tipo de obra:
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Figura 3 – Vida útil de projeto recomendada na Inglaterra (BS 7543:1992)
Fonte: HELENE (1997)
Figura 4 – Vida útil de projeto recomendada pelas normas da Europa (EN 206-1:2007)
Fonte: HELENE (1997)
Observa-se que os valores acima apresentados nas duas normas são bem semelhantes,
considerando tipos específicos de estruturas.
Nota-se que para estruturas correntes a vida útil é de no mínimo de 50 anos. Este valor é de
grande importância para garantir os níveis mínimos de desempenho exigidos pela estrutura. Já
para estruturas de caráter especial, como as obras de arte, a exigência de valores é da ordem
de 120 anos.
3. Considerações sobre Desempenho
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O desempenho de uma edificação deve satisfazer às condições de utilização dos usuários,
com durabilidade adequada ao longo de sua vida útil, considerando as intervenções de
manutenção.
No caso de um concreto estrutural, o principal desempenho, mas não o único, está relacionado
à resistência à compressão. Exceto por alguns mecanismos de deterioração, essa resistência é
crescente, tendendo a um valor limite, devido à hidratação gradual do cimento, contribuindo
para o incremento do desempenho mecânico da própria estrutura. Contudo, esse mesmo
concreto estará sujeito à ação do gás carbônico existente no ambiente, que reduzirá com o
tempo, a sua alcalinidade, ou seja, seu desempenho químico. Esse fenômeno provoca a
despassivação da armadura, dando caminho ao processo de corrosão que, depois de entrar na
fase de propagação, contribuirá para a perda do desempenho mecânico da estrutura. Nesse
caso, o desempenho do concreto está relacionado à alcalinidade mínima necessária para
garantir a proteção da armadura na parte do seu cobrimento, estando profundamente ligada ao
próprio desempenho da estrutura.
Embora a carbonatação não influencie no desempenho mecânico da estrutura, o concreto só
pode ser considerado satisfatório, ao nível de durabilidade, se num tempo determinado em
projeto e se, sob a ação agressiva do gás carbônico no ambiente onde a estrutura está
localizada, a alcalinidade do concreto ainda for apto de proteger a armadura.
A perda de desempenho do concreto pode não estar associada ao nível estrutural, a qual está
diretamente relacionada à estabilidade da edificação e à segurança dos usuários, porém pode
comprometer no aspecto do conforto e do ponto de vista estético.
Medeiros, Andrade e Helene (2011) dizem que a questão nunca foi contemplada
objetivamente nas normas, nem a questão estética, nem a de conforto psicológico. Que para
essas exigências humanas, é preciso criar novos requisitos e novos critérios de
dimensionamento, a partir do conhecimento, de preferência, da observação histórica de
estruturas com problemas patológicos de uma determinada natureza, devendo considerar o
custo e os problemas de uma intervenção corretiva, adaptando-se aos mesmos princípios
básicos que conduzem o projeto estrutural clássico.
4. Mecanismos de envelhecimento e deterioração
A NBR (6118:2014, item 6.3) descreve os mecanismos mais importantes e frequentes de
envelhecimento e deterioração das estruturas de concreto que são:
a)Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto:
- lixiviação – ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras;
- expansão por sulfato – expansão por ação de águas ou solos que contenham ou estejam
contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de
cimento hidratado;
- reação álcali-agregado – expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e
agregado reativo.
b) Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura:
-despassivação por carbonatação – corrosão devido à carbonatação;
-despassivação por ação de cloretos – corrosão por elevado teor de íon-cloro.
c)Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita: ações mecânicas,
movimentações de origem térmica,impactos,ações cíclicas,retração,fluência e relaxação, em
como as diversas ações que atuam sobre a estrutura. (ABNT NBR 6118:2014, item).
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No quadro abaixo está apresentada uma visão geral dos principais mecanismos físico-
químicos de deterioração das estruturas de concreto armado e protendido de acordo com
Medeiros, Andrade e Helene (2011):
Figura 2 – Principais mecanismos de deterioração das estruturas d concreto armado
Fonte: MEDEIROS, ANDRADE E HELENE (2011).
A espessura de cobrimento das armaduras é fundamental para a proteção da armadura, já que
o aço é mais sensível a ataques do meio ambiente. Então o cobrimento deve ser projetado e
executado para garantir o desempenho para qual a estrutura foi projetada.
Para o cobrimento mínimo da armadura a ABNT NBR (1618:2014) determina entre 25 mm e
50 mm para pilares e vigas, conforme as condições de exposição da estrutura.
5. Manutenção Estrutural
5.1Conceituação
Segundo Souza e Ripper (1998):
Entende-se por manutenção de uma estrutura o conjunto de atividades necessárias à
garantia do seu desempenho satisfatório ao longo do tempo, ou seja, o conjunto de
rotinas que tenham por finalidade o prolongamento da vida útil da obra, a um custo
compensador (SOUZA E RIPPER, 1998:19).
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Para Mário Brito (2003), “manutenção é um conjunto de ações realizadas ao longo da vida
útil do equipamento ou bem, de forma a manter ou repor sua operacionalidade nas melhores
condições de qualidade, custo e disponibilidade, de uma forma segura”.
Assim, manutenção pode ser entendida como o conjunto de ações tomadas para conservar as
condições de funcionalidade de um bem ao longo de sua existência. Então manutenção
estrutural é o conjunto de ações tomadas, para uma determinada estrutura, que sejam capazes
de desempenhar as funções para as quais a estrutura foi projetada, de uma forma segura, com
qualidade e com relação custo benefício.
A NBR (5674:2012, item 4.1.3) apresenta três tipos de manutenção necessários a depender de
cada caso, conforme se segue:
a)manutenção rotineira, caracterizada por um fluxo constante de serviços,
padronizados e cíclicos ,citando-se, por exemplo, limpeza geral e lavagem de áreas
comuns;
b)manutenção corretiva caracterizada por serviços que demandam ação ou
intervenção imediata a fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas,
elementos ou componentes das edificações, ou evitar graves riscos ou prejuízos
pessoais e/ou patrimoniais aos seus usuários ou proprietários; e
c)manutenção preventiva, caracterizada por serviços cuja realização seja
programada com antecedência, priorizando as solicitações dos usuários, estimativas
da durabilidade esperada dos sistemas, elementos ou componentes das edificações
em uso, gravidade e urgência, e relatórios de verificações periódicas sobre o seu
estado de degradação. (ABNT NBR 5674:2012, item 4.1.3).
Nos manuais de operação, uso e manutenção entregues pelas construtoras aos usuários, em
sua maioria, também abordam a manutenção preditiva, onde as ações são tomadas a partir de
monitoramento constante do estado de conservação da estrutura, prevendo a realização de
checagem dos componentes antes de uma efetiva intervenção, diminuindo as perdas devidas a
substituições prematuras.
5.2 Estratégias de manutenção das estruturas
De acordo com Souza e Ripper (1998), é necessário definir estratégias de manutenção das
estruturas em função da sua utilização, concepção e construção. Podemos definir dois grandes
grupos classificadores, que são:
a)estruturas que previsivelmente terá um só responsável durante a sua vida útil que
geralmente acontece com estruturas de grande porte, como pontes ,viadutos ,galerias ,metrô.
b)estruturas para as construções em que os proprietários ou responsáveis serão vários,
sucedendo-se durante a vida útil delas. Esta é a situação mais comum para os edifícios
residenciais e comerciais, onde a analise econômica comporta horizontes previsivelmente
curtos.
Assim sendo o ideal seria que a audácia na concepção e construção ficasse nas estruturas que
previsivelmente terão um só responsável, pois será razoavelmente mais simples de se
implantar uma política correta de utilização e manutenção. Mas para isso, será necessário que
os órgãos competentes e responsáveis tenham possibilidades para definir a mais adequada
política de manutenção, dispondo de pessoal capacitado, prevenindo degradações e até
mesmo, em estágios avançados, evitando custos sociais tão elevados. Já para o caso em que
existem vários proprietários, será mais difícil criar estratégias corretas de inspeções e de
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manutenção. O mais cauteloso seria contemplar uma estrutura mais robusta, seguindo ao
máximo as normas já estabelecidas.
Uma estratégia de manutenção exige, em princípio, um programa de inspeções ordenadas, que
identifique a necessidade, a situação e a extensão da intervenção em uma estrutura. Assim, as
inspeções são parte fundamental desse processo, considerando os aspectos de segurança,
funcionalidade e estética, onde a estrutura está relacionada com a sua utilização e com as
condições ambientais em que está submetida. Dessa forma, Souza e Ripper (1998) citaram
que os trabalhos de manutenção estratégica de uma dada estrutura contemplariam, pelo
menos, as seguintes fases:
a)cadastramento;
b)inspeções periódicas;
c)serviços de limpeza;
d)reparos de pequena monta;
e)reparos de grande monta;
f)reforços (SOUZA E RIPPER, 1998:233).
5.2.1 Inspeção das estruturas e diagnóstico
É de suma importância a realização de inspeções através de profissional habilitado, para que
sintomas de enfermidades possam ser detectados precocemente. Assim quanto mais cedo se é
detectada a enfermidade, menor terá sido a perda de desempenho e, mais simples e barato será
o tratamento.
Durante a inspeção, para a elaboração de diagnóstico com a determinação das possíveis
causas de dano e dos fatores que os influenciam, podem ser necessários, além da inspeção
visual, alguns ensaios que possam direcionar melhor o diagnóstico. Com isso Alonso e
Andrade (1992) indicam alguns procedimentos que podem ser adotados nas vistorias de
estruturas:
-exame visual da estrutura, com o objetivo de identificar os sintomas e a natureza do dano,
bem como, sua repetição na estrutura;
- observação de parâmetros específicos, tais como abrasão e erosão, presença e tamanho de
fissuras, esfoliação, desagregação da superfície do concreto;
-definição da agressividade ambiental, devendo ser avaliada com base nas condições de
exposição da estrutura e na atuação do clima sobre a obra e suas partes critica;
-retirada do recobrimento, em determinados pontos, para a observação das armaduras. Caso
exista dano é importante saber a estrutura do ataque (localizado ou generalizado).
-realização de ensaios a respeito do estado e composição do material.
Com a análise desses procedimentos poderá se conduzir à caracterização das seguintes
situações descrita por Souza e Ripper (1998):
-danos desprezíveis ou inexistência de danos → nenhuma atitude a tomar;
-pequenos danos → originam trabalhos de pequena monta, que poderão ser
realizados por pessoal não especializado e, por outro lado, passam a condicionar as
inspeções de rotina, ressaltando a observação das peças danificadas;
-danos importantes → originam trabalhos de maior envergadura; embora esses
danos possam ocasionar sérios prejuízos à durabilidade da estrutura e à segurança da
estrutura, normalmente levam a trabalhos que podem ser executados por empresas
de pequeno ou médio porte, sob a supervisão de um engenheiro com conhecimento
em trabalhos de recuperação;
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- danos emergenciais → são casos de grande perigo à segurança da obra, que darão
origem à convocação de especialistas ao local para realização de uma inspeção
especial e tomada das providências necessárias;
-alarme → são os casos de ruína iminente, quando então deverão ser tomadas as
medidas necessárias para o escoramento parcial ou total da estrutura, ou mesmo para
a sua interdição, com imediata convocação de equipe técnica especializada (SOUZA
E RIPPER, 1998:235-236).
O diagnóstico é a fase mais importante do processo. Ele que definirá o sucesso ou o fracasso
do tratamento a ser adotado. Um diagnóstico equivocado provocará intervenções que não
conseguirão curar a patologia, e ainda dificultarão análises e estudos futuros, além do
desnecessário dinheiro gasto.
O diagnóstico pressupõe o entendimento de um quadro geral de fenômenos e manifestações
dinâmicas, implicando no conhecimento de seus sintomas, mecanismos, causas e origens.
Após a definição do diagnóstico, devem-se levantar hipóteses sobre a evolução futura do
problema, o prognóstico. Através do prognóstico, o especialista define a finalidade da
intervenção, que poderá ser:
- erradicar a enfermidade;
- impedir ou controlar a evolução;
- estimar o tempo de vida da estrutura;
- limitar sua utilização;
- não intervir;
- indicar sua demolição.
5.2.2 Reparo e reforço das estruturas
Definido o diagnóstico, vem à fase de elaboração das intervenções possíveis e a escolha
daquela que será seguida.
As intervenções que pretendem erradicar uma enfermidade consistem em:
- corrigir pequenos danos → reparo;
- devolver à estrutura o desempenho original perdido → recuperação;
- aumentar o desempenho → reforço.
A partir das intervenções possíveis, a escolha daquela a ser adotada deve ser feita com base,
no mínimo, nos seguintes critérios:
- grau de incerteza sobre os efeitos que produzirão;
- relação custo/benefício;
- disponibilidade de tecnologia para execução dos serviços.
Para Souza e Ripper (1998) os reparos podem ser classificados em:
Reparos de pequena monta e reparos de grande monta. Os reparos de pequena monta
são os reparos ocasionais ou de manutenção rotineira, que poderão ser executados,
sem maiores problemas, por pessoal próprio de manutenção. São os seguintes os
serviços que podem se assim classificados:
-reparos de parte danificadas dos pavimentos (de pontes, terraços, “
playgrounds”,etc.) e de revestimentos, incluindo a remoção do pavimento ou do
revestimento danificado;
-selagem de juntas de dilatação com elastômeros;
-modificação da declividade em pisos, no caso em que poças d’água estejam sendo
formadas;
-reconstituição de pingadeiras e de pinturas protetoras contra a ação das águas;
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-pequenos trabalhos de reconstituição do cobrimento de armaduras que foram
expostas por erosão do concreto ou por choque mecânico;
-em pontes, os casos mais simples de nivelamento do aterro nos encontros, para que
assim se elimine o choque das rodas dos veículos contra a estrutura, na entrada da
ponte, e seu consequente efeito dinâmico.
Já os reparos de grande monta podem ser divididos em três grupos básicos:
-renovação integral do pavimento;
-revisão da impermeabilização;
-execução de reparos estruturais.
Os dois primeiros grupos são importantes no sentido de se proteger a estrutura
contra a ação abrasiva, contra choques mecânicos e contra agressão química e
biológica (água, gases, etc.). A renovação total de um pavimento implica remoção
do pavimento existente, o que pode ferir a impermeabilização da estrutura. Assim
deve-se verificar, antes da colocação do novo pavimento, se a impermeabilização foi
ou não atingida.
Os reparos estruturais de grande monta são, em sua quase totalidade, trabalhos
especializados e que só devem ser executados por pessoal técnico qualificado.
Assim, além de ser absolutamente necessário contar, para sua execução, com pessoal
e empresas altamente especializadas, é imprescindível que haja um projeto de
reforço realizado por engenheiro estrutural familiarizado com este tipo de serviço.
(SOUZA e RIPPER, 1998:240-241).
5.2.3 Análise da intervenção e registro do caso
Após a execução da intervenção, o desempenho da edificação, deve ser acompanhado para
uma comparação entre resultados observados e previstos.
Dessa comparação obtêm-se dados que permitem concluir pela eficiência da intervenção, ou
pela necessidade de nova análise que leve a novas medidas de correção ou recuperação.
Portanto, o processo de ação sobre os problemas patológicos é cíclico, ou seja, têm repetições
periódicas.
Enfim, o caso deve ser cuidadosamente registrado, para que possa ser mais uma fonte de
informações sobre a patologia, a recuperação e o reforço da estrutura.
O cadastramento das grandes estruturas é de suma importância, pois é através desse registro
que se tem um controle mais efetivo das atividades de inspeção. Assim torna-se possível
programar e registrar os reparos ou reforços acaso necessários durante suas vidas.
5.2.4 Serviços de Limpeza
Almeja-se que todas as construções mantenham uma rotina de limpeza, de forma a prolongar
as suas vidas úteis. No caso de estruturas expostas à ação do tempo, este serviço tem uma
importância ainda maior devido à localidade, devendo ser removidos vegetações de forma
geral, os drenos devem estar sempre desentupidos e as estruturas devem ser mantidas limpas e
isentas de poeira e óleo. Além disso, o pessoal envolvido nos serviços de limpeza deve saber a
importância da conscientização dos danos que a água pode causar às estruturas de concreto.
Souza e Ripper (1998) enfatizam que além da ação do agente naturais, deve-se considerar a
ação perigosa e descuidada dos próprios usuários das estruturas.
6. Conclusão
Diante do que foi pequisado, percebeu-se que a durabilidade da estrutura de concreto depende
de vários fatores que devem ser levados em conta desde a concepção do projeto até
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manutenção da edificação. Quanto à durabilidade do concreto, devem ser tomadas
providências para que haja baixo índice de permeabilidade, adotando-se baixa relação água-
cimento, um cobrimento adequado para cada estrutura com relação ao meio ambiente ao qual
está inserida e a sua utilização, bem como, possuir uma elevada capacidade e ter sua
fissuração controlada. Sobre a vida útil das estruturas de concreto seria um avanço o meio
técnico conhecer melhor a variabilidade efetiva dos cobrimentos, das espessuras de
carbonatação e dos perfis de cloreto. Todavia, as estratégias de manutenção são de suma
importância para o aumento e/ou conservação da vida útil da estrutura. Um planejamento
adequado, com profissionais qualificados torna a manutenção uma ferramenta importante na
prevenção das patologias estruturais, bem como no aumento da vida útil da estrutura, trazendo
grandes benefíciois, tanto para os proprietários como para seus usuários.
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