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ATA DE REUNIÃO
Data: 23 de novembro de 2017
Assunto: 2a Reunião Presencial do GT Finanças Verdes
Escopo temático: Eficientização energética; Geração distribuída (energia
solar)
As atividades tiveram início com falas introdutórias e institucionais dos
representantes do BID, CVM, ABDE, reiterando os objetivos do GT,
agradecendo a participação dos membros e dando boas-vindas aos novos
membros que não participaram da 1ª reunião. todos parceiros do LAB
presentes e posterior a apresentação dos consultores do objetivo e dinâmica
de trabalho proposto para a 1ª reunião do GT Finanças Verdes. A agenda da 2ª
reunião está disponível no Anexo I e a lista de presença assinada está
disponível junto com a equipe da ABDE.
Os Consultores BID apresentaram o processo de trabalho do GT,
ressaltando que o objetivo é de construir um diálogo intersetorial para originar,
avaliar e testar inovações financeiras que apoiem o desenvolvimento
sustentável do Brasil. Reiterou-se o grande trabalho realizado desde a última
reunião materializado por meio de dezenas de reuniões telefônicas com
resultados registrados nas atas, apresentações em PPT, textos produzidos e
consultados pelos membros e coordenadores das áreas temáticas e que estão
disponíveis para consulta de todos os membros do GT na Intranet exclusiva do
LAB https://intranet.greenfinancelac.org. Posteriormente, os consultores
apresentaram agenda do dia de trabalho da 2ª reunião e consequentemente a
reunião avançou para as seguintes sessões:
Essa sessão apresentou a plenária do GT Finanças Verdes o novo
coordenador da área temática Assuntos Regulatórios – Orlando Lima
(Ministério da Fazenda) -, que realizou uma apresentação das atividades
realizadas até o momento, inclusive explicando o papel dos distintos agentes
reguladores envolvidos no sistema financeiro nacional. Ressaltou que todos os
agentes reguladores relevantes ao tema foram convidados a participar, em
especial a CVM, SUSEP, PREVIC e o Banco Central. Da mesma forma,
Sessão: Área temática Assuntos Regulatórios
apresentou ao grupo que a abordagem metodológica adotada pela área
temática seria um pouco distinta das outras 3 grandes áreas temáticas, ou
melhor, funcionaria com um caráter de “consultoria do grupo” em relação ao
trabalho das demais áreas temáticas.
Portanto, não é expectativa que a área temática de assuntos regulatórios
proponha propostas piloto, mas participe do GT Finanças Verdes de maneira a
reagir a propostas piloto e/ou consultas encaminhadas pelas demais áreas
temáticas. Com intuito de ampliar a eficiência e objetividade dos trabalhos da
área temática, sinalizou-se há a necessidade que as demais áreas temáticas
realizarem análise regulatória prévia antes do encaminhamento de demandas
aos membros da área temática para que seus componentes tratem somente de
questões realmente de dúvidas regulatórias no sentido financeiro. Assim,
definiu-se que cada consulta deverá ter identificado previamente qual é de fato
a barreira regulatória antes de encaminhar a consulta aos membros dessa área
temática.
Foi ressaltado ainda os diálogos e participação ativa dos representantes
ANEEL nas reuniões dos membros da área temática. A ANEEL é a agência
reguladora vinculada ao escopo temático do primeiro ano de trabalhos do GT
(Eficientização energética; e Geração distribuída - energia solar.). Foi
confirmado que o representante da ANEEL poderia continuar participando da
área temática, mas que devido a choque de agendas não conseguiu participar
da reunião presencial. Portanto, sessão “Apresentação ANEEL” prevista para
ser realizada pelo dr. Aílson Barbosa (ANEEL) não foi realizada.
Em sequência os demais representantes dos agentes reguladores do sistema
financeiro nacional presentes ratificaram e elogiaram a dinâmica apresentada
pelo coordenador. Os demais membros do GT complementaram as falas
anteriores com informações e dúvidas sobre o status da notícia de Fundo
Garantidor que a ANEEL estava preparando, indicando o interesse sobre o
tema.
Decisões/Encaminhamentos: Após a interação dos participantes foi
identificado como consenso que a dinâmica de trabalho apresentada pelo
coordenador de que a área temática teria o caráter de “consultoria regulatória”.
Da mesma forma, ficou acordado que quando acionada por qualquer dos
membros do GT que uma análise prévia regulatória deveria ser encaminhada
para que a consulta seja feita de maneira eficiente e objetiva.
Solicitou-se que ainda que a área temática organizasse uma apresentação do
representante da ANEEL para todos os demais membros do GT, em formato
de reunião telefônica para esclarecimentos sobre o status da Proposta de
Fundo Garantidor para Eficiência Energética.
Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Assuntos Regulatórios e discussão do grupo
A apresentação dessa sessão plenária do GT Finanças Verdes foi
realizada e coordenada por Maria Netto (BID) - coordenadora da área temática
Alternativas de Funding. Assim, a coordenadora Maria Netto apresentou com o
apoio dos demais membros do grupo como foi a dinâmica de trabalho da área
temática ressaltando que a mesma apresentou um número de atividades e
demandas de estudos bastante grande. Apesar de reconhecer que essa é uma
característica positiva do engajamento dos membros da área temática, reiterou-
se, porém que há a necessidade de trazer um foco devido as limitações de
recursos e tempo.
Portanto, todas as atividades foram capturadas e registradas nas Atas e
documentos das reuniões da área temática que estão disponíveis na intranet
do GT, mas algumas delas foram priorizadas e foram escolhidas para realizar
as apresentações durante a 2ª reunião. As demais atividades serão avaliadas
ao longo do tempo para identificar as possibilidades futuras de execução.
Por conseguinte, avançou-se na apresentação das outras 3 intervenções
estruturadas sobre o tema:
a) apresentação da Proposta sobre desenvolvimento de depósitos interfinanceiros verdes realizada por Gustavo Mattana (Fomento Paraná) e apoiada por Luiz Serrano (consultor do BID); Gustavo iniciou a apresentação expondo o contexto brasileiro e o status atual das regras de Compulsórios e Depósitos Interfinanceiros e Depósitos Interfinanceiros Vinculados. De maneira objetiva a proposta seria explorar a possibilidade de realizar a Vinculação dos Depósitos à Vista em Finanças Verdes e a criação de Depósitos Interfinanceiros Verdes – DIV. Como próximos passos o apresentador propôs que esse fosse escolhido como um dos pilotos a serem apoiados pelo GT, indicando como ações prioritárias: i) identificação de especialistas na temática que tenham interesse em se envolver; ii) realização de estudo das demais opções de vinculação existentes (ex. Microcrédito e a utilização dos depósitos à vista; iii) discussão sobre um potencial estabelecimento de uma diretiva institucional acerca do que são finanças verdes a exemplo do que há para microfinanças (Resolução Bacen nº 4.000, de 25 de Agosto de 2011; iv) discutir uma maneira de abordar o BACEN, pois o mesmo seria o principal stakeholder e a proposta somente possuiria viabilidade mediante a regulamentação do órgão sobre a temática. b) apresentação do Modelo CNI/ Banco Mundial realizada por Luiz Maurer
(Banco Mundial) e apoiada por Paulo Miotto (consultor do BID); A apresentação
foi coordenada por Luiz Maurer por meio de Vídeo Conferencia desde
Washington, DC (Estado Unidos da América). Explicou-se que esse foi um
projeto demandado pela Confederação Nacional da Industria do Brasil, aonde
foi percebida que em termos de eficiência energética o setor industrial brasileiro
Sessão: Área temática Alternativas de Funding - Considerações da Coordenação da área temática
está bastante distante de seus principais concorrentes globais. Da mesma
maneira foi exposto que em termos de priorização de ações de financiamento
para eficiência energética no Brasil o setor industrial de grande porte seria
bastante relevante, pois em um universo de cerca de 200 plantas há o
consumo de mais de 20% de toda energia elétrica do país. Luiz indicou que o
modelo ainda está em desenvolvimento, mas que migrou inicialmente de uma
ideia de criação de uma Super-ESCO para um formato de Fundo de Eficiência
Energética, que a princípio vem sendo discutido para que o Banco Mundial
potencialmente realizaria uma 1ª operação de crédito de cerca de USD 200
milhões. Ressaltou que há espaço para colaboração do BID e dos parceiros do
GT Finanças Verdes com a ideia.
c) Status da apresentação do questionário e seguimento do status do processo
para Asset Managers sobre Eficiência Energética liderado por Raquel Costa
(Bradesco) e Claúdio Maes (CVM) com apoio dos consultores do GT. Foi
apresentado pelos consultores e líderes dessa atividade do GT que os
membros da área temática realizaram a demanda de construir uma proposta de
questionário que captasse a percepção dos gestores de ativos sobre a visão de
Eficiência Energética. O questionário foi elaborado e uma primeira lista
contendo milhares de agentes vinculados a gestão de ativos foi identificada. O
processo de coleta e tratamento dos dados será realizado ao longo dos
próximos meses e será apresentado durante a próxima reunião presencial do
GT.
Os participantes reconheceram que a área temática tratou de um
número muito grande de temas e que a dinâmica de priorização proposta pela
coordenadora foi acertada para trazer resultados concreto as atividades do GT.
Decisões/Encaminhamentos:
Houve interesse manifesto em realizar a continuidade das atividades
vinculadas ao questionário e que o grupo aguarda o resultado da coleta e
sistematização dos dados. As questões orientadoras do questionário e as
empresas já contatadas pela equipe de consultores do GT estão disponíveis no
Anexo II deste documento.
Com relação a proposta de piloto apresentada pelo representante da
Fomento Paraná houve bastante interesse em conhecer mais e aprofundar o
debate, ressaltando que uma estruturação melhor da análise deveria ser feita
antes da apresentação efetiva para o grupo de assuntos regulatórios em que o
BACEN seria abordado. Entretanto, não houve objeção que essa proposta
avance como potencial proposta para servir de piloto para os trabalhados do
GT.
O grupo agradeceu e reconheceu a apresentação do modelo de trabalho
com a CNI pelo Banco Mundial e solicitou a possibilidade de que a
Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Alternativas de Funding e discussão do grupo
apresentação geral pudesse ser disponibilizada para os membros para avaliar
de maneira mais ampla o potencial de replicabilidade e eventualmente como tal
modelo poderia ou não ser tratado como potencial proposta piloto.
O coordenador da área temática (Marco Antonio Fujihara – Aggrego) e a
relatora (Tatiana Itikawa – ANBIMA) lideraram essa sessão que apresentou
como foi a dinâmica de trabalho da área temática ressaltando:
a) Os resultados preliminares de benchmarking internacional, em
especial o material produzido que foi também apresentado pelo grupo de
Títulos Verdes, o estudo feito também está disponível para consulta dos
membros no link da área temática veículos de investimento da intranet do GT.
De maneira geral no documento são analisados os padrões internacionais das
seguintes instituições: i) ICMA – International Capital Market Association: The
Green Bond Principles; ii) IFC – Internacional Finance Corporation: “Green
Bonds – Working Towards a Harmonized Framework for Impacting Reporting”;
iii) Banco Mundial: Diretrizes para implementação de Títulos Verdes; iv) Climate
Bond Initiative (CBI): Climate Bonds Standard & Certification Scheme; v)
Proposta ISO (International Standards Organization) – ainda em
desenvolvimento;
b) Adicionalmente, foram apresentadas 3 propostas de potencial
piloto para serem analisadas pela plenária do GT, que são apresentadas de
maneira sumarizada a seguir:
Proposta 1) Sistema integrado entre empresa de energia, FIDC e Fundo
Garantidor da ANEEL - Uma empresa de energia cede recebíveis para
um FIDC e em troca recebe caixa para tocar a operação e cotas
subordinadas (alinhamento de interesses); O fundo e projeto,
empreendimento de eficiência energética recebem uma certificação de
“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como
“verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição
de cotas subordinadas pelo fundo garantidor da ANEEL (o que aumenta a
garantia da operação e assim diminui seu custo de capital, bem como
alavanca a utilização dos recursos do fundo da ANEEL); Nesse modelo,
quando o empreendimento performar corretamente, o fundo da ANEEL
receberá recursos de volta, com upside de remuneração em relação ao
benchmark pagos às cotas seniores. Assim, a proposta é que o sistema
proposto se retroalimentaria.
Sessão Área temática Veículos de Investimento: Considerações da Coordenação da área temática
Proposta 2) Fundos de Primeira Perda (First Loss) utilizando recursos de
Fundos de Investimento de Impacto/ Recursos de Cooperação
Técnica/Multilaterais. Apesar da ocorrência deste tipo de instrumento ser
pouco incidente no Brasil, este é um instrumento bem estabelecidos nos
mercados de capitais tradicionais. O instrumento é de aprimoramento de
crédito e/ou Equity para reduzir o risco, avançar nos objetivos sociais e
ambientais, usando o capital comercial e, ao mesmo tempo, estimular a
atividade de investimento em novos mercados. Tais instrumento podem
ser incorporados em uma estrutura de capital através de uma variedade
de instrumentos, incluindo subvenções, patrimônio, dívida subordinada e
garantias, os quais são melhores definidos por duas características
principais. Provedores multilaterais são os protagonistas no investimento
de impacto: sua capacidade e disponibilidade para oferecer proteção aos
outros investidores são os fatores mais importantes na condução de
maiores fluxos de capital através dessas estruturas.
Proposta 3) Estímulo a operações de cotas subordinadas em FIPs no
mercado baseadas em Conservação de Energia, Eficiência Energética e
Solar Distribuída. Apresentou-se que a princípio não há restrições legais
ou regulatórias, mas é instrumento pouco utilizado no mercado nacional.
A proposta estaria vinculada a aprofundar os estudos para compreender
melhor a questão mercadológica e se existem pontos na regulamentação
que podem ser melhorados.
Durante as discussões conseguintes a apresentação dos resultados do
trabalho da área temática de veículos de investimento a princípio, não ocorreu
nenhuma forte objeção as ideias propostas.
Entretanto, ficou evidente pelas intervenções dos membros do GT que,
caso o fundo garantidor da ANEEL não seja realmente criado, a primeira ideia
de piloto proposta, a princípio, enfrentaria dificuldades em sua
operacionalização.
Por outro lado, com relação a lógica identificação de fundos de primeira
perda, ressaltou-se que é um mecanismo interessante, porém que deve ser
utilizado sempre que seja identificado algum investidor com maior apetite a
risco que esteja disposto a motivar uma mudança comportamental nos agentes
de mercado. A representante da Embaixada Britânica ressaltou que haveria
interesse de instituições do Reino Unido em escutar e eventualmente apoiar
propostas no sentido avaliado.
Por fim, com relação a proposta de operações de cotas subordinadas em
FIPs no mercado, houve sinalização de concordância que as questões de sua
difusão são complexas e não estariam somente ligadas a questão regulatória.
Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Veículos de Investimento e discussão do grupo
Decisões/Encaminhamentos:
Seguindo decisão similar na discussão de assuntos regulatórios,
solicitou-se que o GT convide a ANEEL para apresentar melhor o status do
Fundo Garantidor para que seja identificado o impacto sobre a primeira
proposta de piloto.
Da mesma maneira, formalizou-se o convite para que a representante da
Embaixada Britânica avalie o potencial de apoiar atividades identificadas e
apresentasse um feedback sobre o assunto para os coordenadores da área
temática e secretaria do GT. Ressaltou-se ainda a necessidade de aproximar
os resultados do GT de Títulos Verdes e do GT Finanças Verdes para ganhar
em eficiência no tratamento dos trabalhos similares.
Com relação ao seguimento das propostas solicitou-se que os
coordenadores continuem a avançar nas questões de avaliação de barreiras
regulatórias para que posteriormente seja encaminhado a área temática
assuntos regulatórios para avançar nas propostas de atividades piloto.
A área temática de garantias é coordenada pelo representante do
BNDES (Marcus Cardoso Santiago) que liderou as atividades, que assim como
as demais áreas temáticas envolveu uma dezena de instituições e
profissionais, para avançar na questão de garantias para operações em
eficiência energética e solar distribuída. Entretanto, devido a um choque de
agendas o coordenador não conseguiu participar da reunião presencial. Assim,
a apresentação das atividades e resultados realizados pela área temática foi
distribuída em duas apresentações, uma que foi realizada pelo representante
do BNDES Fabiano Penna e uma segunda apresentação realizada por
Eduardo Grijó (BRDE) e Paulo Miotto (consultor do GT) sobre o Seguro de
Economia de Energia (SEE ou em inglês ESI- Energy Savings Insurance).
A apresentação do BNDES expôs o resultado dos trabalhos realizados
pelos membros da área temática em especial as seguintes avaliações que
estão publicadas na intranet do GT:
Benchmarking internacional sobre produtos de garantia oferecidos em
eficiência energética (BID);
Seguro Performance (FGV);
Seguro Paramétrico (Desenvolve SP);
EEGM – Mecanismo Garantidor de Eficiência Energética (FINEP);
Seguro sobre o Principal da Dívida (BNDES).
Fabiano Penna ressaltou que os membros da área temática consolidaram
as seguintes percepções fundamentais para questão de garantias:
Sessão: Área temática Garantias: Considerações da Coordenação da área temática
Quadro com os principais achados das análises realizadas pela área temática GARANTIAS
Dificuldades em desenhar produtos padronizados para PF e PJ;
Falta de certificação e acreditação (ausência de uma certificadora/verificadora);
Bancos têm que olhar os projetos e não somente os clientes;
Incapacidade de avaliar tecnicamente projetos de eficiência energética;
Risco de crédito concentrado em desenvolvedoras/implementadoras de projetos com balanços limitados;
Ausência de garantias/mitigadores de riscos de performance e riscos de crédito gerando aversão ao default dos financiamentos;
Ausência de track record e casos de sucesso
Do estudo de benchmarking internacional extraímos como
fatores críticos de sucesso: necessidade de padronização dos
projetos, intermediários financeiros de boa qualidade, suporte
técnico e projeto adequado do instrumento garantidor/segurador;
Padrões de monitoramento e verificação do saving geram efeito
demonstração;
O uso da metodologia correta no dimensionamento dos ganhos em
eficiência energética reduz o custo de M&V, com consequente
redução no acionamento da garantia;
O seguro performance ajuda a mitigar alguns dos desafios colocados, entretanto, o
risco de crédito ainda continuaria como um desafio;
O custo do seguro será embutido no custo final para o cliente;
Necessidade de padronizar análises técnicas e criar critérios mínimos de aceitação
(ex: a economia atingida necessariamente tem que ser maior do que o custo do
projeto);
No caso do seguro paramétrico, a cobertura é feita a partir do comportamento de um
índice de um determinado evento climático, como chuva, temperatura ou evento, por
exemplo;
Customizado para cada cliente;
Estabiliza o fluxo de caixa;
Sobre o Mecanismo de Garantia de Eficiência Energética
(EEGM) Além do custo da fiança há o custo adicional da
consultoria (i.e. Atla Consultoria). Além disso as Instituições
financeiras devem estar preparadas para analisar e reconhecer o
parecer da consultoria.
No que diz respeito ao Seguro sobre o Principal da Dívida, garante apenas o
principal;
O valor máximo garantido não sofre atualização monetária;
Estabelece obrigações adicionais para o credor;
Prevê o compartilhamento de garantias;
O cruzamento de diferentes instrumentos financeiros permite maior alcance de resultados;
Na estruturação de instrumentos de garantia e seguros, deve-se levar em consideração a falta de capacidade nas instituições financeiras locais
para avaliar eficientemente os projetos;
Os prazos de duração do contrato de financiamento e seguro compatíveis com o retorno esperado da eficiência energética nos projetos são
essenciais para assegurar a viabilidade dos investimentos.
Com base nas percepções identificadas a proposta apresentada pelo
BNDES caracterizou-se ainda como um passo anterior a construção de uma
proposta piloto em que o objetivo central seria elaborar uma Proposta de
Metodologia de Análise de Risco para Instituições Financeiras para apoiar
investimentos em Eficiência Energética avaliando 5 grandes áreas de risco com
subclassificação apresentadas na tabela abaixo.
Riscos Internos Não Técnicos: Riscos Legais:
• Custo • Reclamações de Terceiros
• Prazo • Contratos
• Fluxos de Caixa • Lei de Patentes
Riscos Externos Previsíveis: • Licenças
• Taxas de Câmbio Riscos Técnicos:
• Inflação • Implantação
• Impactos Ambientais • Riscos Específicos da Tecnologia
Riscos Externos Imprevisíveis • Performance
• Medidas Reguladoras • Mudanças na Tecnologia
• Parâmetros da Natureza
Por fim, foi sugerido como pontos de avanço os seguintes passos: a)
Revisar a matriz riscos endereçados por cada garantia; b) Avaliar outras
possibilidades de garantias (ex: FGI, ESI, etc.); c) Preencher a matriz de
aderência; d) Identificar possíveis lacunas; e) Ajustar os instrumentos
disponíveis ou criar um novo instrumento.
Por conseguinte, avançou-se para a apresentação sobre a experiência e o
modelo adotado no Programa “Fomentando o financiamento à eficiência
energética por meio do Seguro de Economia de Energia (SEE)” também
conhecido como “ENERGY SAVINGS INSURANCE”. Este programa está
atualmente sendo executado pelo BID em parceria com o BRDE, o BANDES
(Espírito Santo) e a Goiás Fomento. O ponto de partida encontra-se
exatamente na percepção que a indústria apresenta o maior potencial de
eficiência energética, aproximadamente 50% de todo o potencial até 2022. Da
mesma forma, a eficiência energética tem papel-chave para a redução de
investimentos em oferta de energia e de redução de emissões (9% do
financiamento climático do mundo). Ressaltou-se que o Brasil já possui metas
de conservação de energia (inclusive prevista no compromisso junto ao Acordo
de Paris - NDC). Porém, esse potencial ainda é pouco aproveitado e o Brasil
está na penúltima colocação quando avaliada as economias do G20.
O modelo então procura trazer soluções para as seguintes barreiras:
a) Falta de confiança das empresas em fornecedores de tecnologia e
serviços; b) Baixa priorização a projetos de EE pela percepção de baixo retorno
ou pela competição com projetos finalísticos das empresas; c) Falta de
conhecimento e experiência dos empresários a respeito dos benefícios da EE;
d) Inadequação de linhas de financiamento às características de um projeto de
EE; e) Dificuldade das empresas em acessar linhas de financiamento
compatíveis com sua capacidade de pagamento; f) Aversão de empresas e
instituições financeiras aos riscos de default no caso de resultados de
economia de energia inferiores aos esperados;
O modelo ESI basicamente adiciona 3 elementos ao financiamento
tradicional de projetos de EE, isto é, um fundo de retenção, a seguradora e
uma entidade verificadora independente. Assim, a partir desse modelo, a
validação do projeto e do fornecedor pela ABNT; fundo de compensação e o
Seguro Garantia são fatores de mitigação de riscos.
Em termos de tempo de execução, o projeto está atualmente no processo
de adaptação apólice que será seguido por uma etapa de elaboração dos
procedimentos de verificação, plano de comunicação e capacitação dos
fornecedores. A expectativa é que o lançamento do projeto piloto ocorra em
março de 2018.
Os participantes reconheceram que a área temática cobriu um vasto
conteúdo de temas e conseguiu sintetizar em pouco tempo um volume
importante de informações para facilitar a compreensão dos membros do GT
sobre as complexidades existentes e diferentes perspectivas sobre
instrumentos de garantia aplicados ao escopo temático do primeiro ano do GT.
Entretanto, várias contribuições foram realizadas pela plenária do GT no
sentido de avançar na necessidade de ampliar as análises apresentadas, em
especial sobre a dinâmica de construção da metodologia proposta de avaliação
de risco exposta pelo BNDES. As contribuições foram direcionadas para que o
trabalho do GT tenha capacidade de gerar resultados concretos também na
possibilidade para evoluírem para uma proposta piloto.
Da mesma forma, reconheceu-se a inovação do modelo SEE/ESI
apresentado, despertando bastante interesse em conhecer a fundo, assim
como avaliar os limites e potencialidades para ampliar de sua execução.
Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Garantias e discussão do grupo
Decisões/Encaminhamentos:
Decidiu-se pela continuidade das atividades de elaboração de propostas
piloto seguindo a coordenação do BNDES, mas juntando esforços com a FGV
e FEBRABAN devido a existência de projeto que está sendo realizado sobre o
aprimoramento de matrizes de riscos.
Da mesma maneira, decidiu-se avançar em discussões para ampliar o
debate junto a SUSEP e a necessidade de diferenciar os riscos de agentes
distintos, assim como diferenciar os riscos e precifica-los de maneira distinta ao
longo da maturação dos projetos de investimento
A sessão de consolidação foi realizada por Maria Netto, recordando as
decisões e encaminhamentos definidos e já apresentados acima nos
encaminhamentos das quatro áreas temáticas.
Ressaltou-se que a expectativa é que na 3ª reunião presencial seja
realizada em abril, quando serão definidas as atividades pilotos a serem
apoiadas pelo GT. Em julho ocorreria provavelmente a 4ª reunião presencial
para a consolidação dos resultados propostos pelos pilotos.
A secretaria do GT entrará em contato com cada um dos coordenadores
para apoiar na realização de atividades entre as reuniões, assim como
organizar e apoiar na realização de reuniões telefônicas (e por meio da
ferramenta zoom) entre os membros de cada área temática.
Sessão: Consolidação da Reunião do GT e definição dos próximos passos
ANEXO I – AGENDA DA 2ª REUNIÃO PRESENCIAL DO GT FINANÇAS
VERDES
Proposta inicial:
2ª. Reunião do GT Finanças Verdes
Local: Rio de Janeiro/RJ Data: 23/11/2017 Horário: 9:30 –17:00
Hora Atividade Líderes/speakers
9:30
(10 min)
Abertura BID, CVM, ABDE
9:40
(10 min)
Introdução/Agenda do dia Thiago Mendes
(Consultor GT)
09:50
(20 min)
Área temática Assuntos Regulatórios
Considerações da Coordenação da área
temática
Orlando Lima(MF
com apoio do CVM,
SUSEP e BACEN)
10:10
(20 min)
Apresentação ANEEL
Aílson Barbosa
(ANEEL) com apoio
de Paulo Miotto
(consultor GT)
10:30
(20 min)
Alinhamento das propostas da área
temática Assuntos Regulatórios e
discussão do grupo
BID e Consultores
do GT
10:50 – 11:05
(15 min)
Coffee break
11:05
(10 min)
Área temática Alternativas de Funding
Considerações da Coordenação da área
temática
Maria Netto (BID)
11: 15
(30 min)
Proposta sobre desenvolvimento de
depósitos interfinanceiros verdes.
Gustavo (Fomento
Paraná), Luiz
Serrano (BID)
11:45
(30 min)
Modelo CNI/ Banco Mundial Paulo Miotto/
Rodrigo (CNI).
12:15
(10 min)
Apresentação do questionário e
seguimento do status do processo
Paulo Miotto/
Raquel
(Bradesco) com
apoio de
Claúdio Maes – CVM
12:30
(15 min)
Alinhamento das propostas da área
temática Alternativas de Funding e
discussão do grupo.
BID e Consultores
do GT
12:30 – 14:00 Almoço
14:00
(10 min)
Área temática Veículo de Investimento:
Considerações da Coordenação da área
temática
Fujihara (Aggrego)
14:10
(20 min)
Apresentação de potencial proposta
piloto na área temática.
Tatiana (ANBIMA)
14:30
(20 min)
Alinhamento das propostas da àrea
temática e discussão do grupo Veículo
de Investimento
BID e Consultores
do GT
14:50
(40min)
Área temática Garantias:
Considerações da Coordenação da área
temática
Marcus (BNDES)
15:30
(20 min)
Os avanços do programa
de energy savings insurance como
produto para
eficiência energética de PMEs
BRDE e BID
15:50
(20 min)
Alinhamento das propostas da área
temática Garantias e discussão do
grupo
BID e Consultores
do GT
16:10
(15 min)
Coffee break
16:30
(20 min)
Consolidação da Reunião do GT e
definição dos próximos passos
BID (Maria Netto)
16:50 –
17:00
(10min)
Encerramento BID, CVM e ABDE
Anexo I – Cronograma tentativo do GT Finanças Verdes
Anexo II - Questões potenciais para apoiar a Pesquisa junto a Gestores de
Ativos
Questões vinculadas a temática de gerenciamento de Ativos com
rebatimentos técnicos para eficiência energética e geração distribuída
(solar)
1. Inicial – caracterização da Gestora de Ativos
2. Detalhamento do portfolio:
a. Sua instituição investe em qual tipo de ativo? □ Financeiro □ Economia real
b. Em caso de economia real, ativos no campo de energia fazem parte do
seu portfólio? (e próximas perguntas) □ Sim □ Não
c. Quais tecnologias são consideradas dentro do setor de energia? □ Eólica □ Parque solar □ Solar distribuída □ Cogeração de energia □ Tratamento de água e efluentes □ Geração hidrelétrica □ Projetos de eficiência energética (compressores, refrigeração, caldeiras,
iluminação) d. Qual ticket mínimo para investimento? □ > R$ 50 milhões □ > R$ 10 milhões □ > R$ 5 milhões □ > R$ 1 milhão e. Quais elementos são considerados na avaliação dos riscos desse
investimento? □ Avaliação de crédito do tomador □ Maturidade tecnológica do projeto □ Vida útil da tecnologia □ PPA □ Estrutura física e financeira do tomador □ Outros (especificar: ) f. Quais os maiores obstáculos em investimentos dessa natureza? □ Variação de mercado / cenários □ Performance da tecnologia □ Avaliação complexa dos riscos técnicos □ Custos para acompanhamento e monitoramento □ Dificuldade de prospecção de bons projetos □ Alta percepção de riscos pelo cliente (dificuldade comercial)
g. Outras informações ASSET MANAGEMENT – Já contactadas pela equipe do GT Finanças Verdes
1. Modal;
2. Angá Asset;
3. Claritas;
4. Credit Suisse;
5. J.P. Morgan Asset Management;
6. Adam;
7. Verde Asset Management S.A.;
8. Kinea Investimentos Ltda;
9. Brasil Plural;
10. Schroder Brasil;
11. XP Gestão de Recursos;
12. Gavea Investimentos;
13. Az Quest Investimentos;
14. Garde Asset Management;
15. Truxt Investimentos.
16. BRAM
PRIVATE EQUITY / VENTURE CAPITAL
1. Patria Investimentos;
2. Angra Partners;
3. Plataforma Capital;
4. Bozano Investimentos;
5. Votorantim Novos Negócios Ltda;
6. Vision Brazil Investments;
7. UBS Pactual;
8. BRL TRUST INVESTIMENTOS;
9. Rio Bravo;
10. Neo Investimentos;
11. LAEP Investments Ltda;
12. K2 Achievements;
13. Jardim Botânico Investimentos;
14. FIR Capital;
15. Invest Tech;
16. Stratus;
17. Fator Administrador de Recursos;
18. DLM Invista;
19. CRP Companhia de Participações;
20. Confrapar;
21. Axial Holding;
22. Genial Investimentos;
23. CdR CAPITAL;
24. ACE. https://acestartups.com.br/.