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ATRAVESSAR Nº 5 1º SEMESTRE DE 2015

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ATRAVESSAR

Nº 5 • 1º SEMESTRE DE 2015

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ATRAVESSAR Nº5 – 1º SEMESTRE DE 2015

ASSOCIAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AAT) Rua Vergueiro, 1421 cj 1609.

Paraíso. São Paulo, SP. CEP: 04101-000

E-mail: [email protected]. Visite: www.aat.org.br

CORPO EDITORIAL EDITOR RESPONSÁVEL Profa. Dra. Luciana Chaui-Berlinck

Associação de Acompanhamento Terapêutico, São Paulo, SP - Brasil Nupsi, USP.

CONSELHO EDITORIAL

Profa. Dra. Ana Celeste Pitiá

Prof. Dr. Andrés Eduardo Antúnez (IP – USP) Profa. Dra. Olgária Feres Matos (FFLCH – USP) Prof. Dr. Kleber Duarte Barretto (UNIP, AAT)

Prof. Dr. Marco Antônio Macías Lopes (UAQ – México) Prof. Dr. Marcos Vinicius de Oliveira Silva (UFBA)

CONSELHO CIENTIFICO

Prof. Dr. Fernando Genaro Júnior Prof. Dr. Marcelo Soares da Cruz (UNIP, Habitat, AAT)

Maria Laura Frank (Fundacion Sistere, UNC, AATRA – Argentina) Ms. Roberta Elias Manna (FIG, Gerações)

Profa. Dra. Sandra Silveira de Carvalho (MCAAT – Hamilton – Canadá) Profa. Ms. Tânia Possani (Habitat, AAT)

PRODUÇÃO EDITORIAL

EDITORA RESPONSÁVEL Profa. Dra. Luciana Chaui-Berlink ACOMPANHAMENTO EDITORIAL Livia Stefaneli

Hailton Yagiu

REVISÃO Livia Stefaneli

SECRETARIA Ana Carla dos Santos

ATravessar – ano 3, n. 5 (jan – jul /2015)

São Paulo: Dobra Editorial, 2015, 108 p.

16x23 cm Semestral

ISSN 2316 – 7092 1. Acompanhamento Terapêutico (AT) – Periódicos. I. Título

Índice para catálogo sistemático

1. Acompanhamento Terapêutico (AT): século 21 : Brasil

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3

EDITORIAL

É com satisfação que apresentamos o número 5 da ATravessar: Revista de

Acompanhamento Terapêutico. Os artigos publicados neste número foram selecionados

dentre aqueles apresentados no I Congreso Uruguayo y IX Internacional de Acompañamiento

Terapéutico, realizado em Montevideo nos dias 20, 21 e 22 de Novembro de 2014, cujo tema

foi: Integrando Identidades. Desta maneira, a missão principal desta revista científica

especializada no campo do AT vai sendo realizada quando mantemos registrada a memória

dos eventos deste campo, veiculamos e divulgamos sua produção científica e, destarte,

contribuímos para a ampliação do conhecimento no campo do AT, assim como para o

enriquecimento profissional daqueles que trabalham com essa prática, bem como vemos

socializado o conhecimento produzido por aqueles que pesquisam e/ou atuam nesse campo.

Neste número o leitor encontrará artigos publicados nas línguas originais nas quais foram

apresentados no Congresso, portanto, não estão todos em português. São doze artigos que

tratam de diversos assuntos relacionados ao AT como a questão da necessidade de criação

quando das vivencias de estranhamento, tão comuns a esta prática, passando pela história da

institucionalização do AT na Argentina, o trabalho com a terceiraidade e com as

incapacidades, reflexões tanto sobre o at e a família como a interdisciplinaridade e a saúde

mental, o at e a educação, a supervisão e a formação de ats e ainda sobre a vida cotidiana.

Todos os temas são muito interessantes e importantes para este campo de intervenção.

Desejamos que os diversos temas e enfoques teóricos tratados aqui possam contribuir para as

futuras discussões e reflexões de nosso leitor.

Luciana Chaui-Berlinck

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Sumário LO SINIESTRO Y LA CREACIÓN EN EL ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO ................ 6

Pablo A. Dragotto

HISTORIA INSTITUCIONAL DEL ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO .......................... 17

Carlos Graiño

POR VIR: PARA AMPLIAR O CUIDADO NO ENVELHECIMENTO ...................................... 31

Luciana Goulart Mannrich

EL ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO EN LA DISCAPACIDAD ...................................... 37

Lic. Verónica Evangelina Fernández

ESTRÉS Y ADAPTACIÓN FAMILIAR: UN MODELO PARA LA EVALUACIÓN DE

FAMILIAS QUE ENFRENTAN EVENTOS VITALES NO NORMATIVOS .............................. 41

Cecilia Cracco Cattani

NOVAS DEMANDAS DA CLÍNICA: ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO COM

IDOSOS, ONG- GER-AÇÕES, SÃO PAULO, BRASIL .................................................................. 49

Katia Cherix

EL AT Y LA INTERDISCIPLINA COMO SOPORTE A LA NO INTERNACION

PSIQUIATRICA .................................................................................................................................. 57

Marcela Sánchez Arheli Bueno

PROPUESTA DE UNA VIDA MEJOR, CON EQUILIBRIO MENTAL ...................................... 63

Arian Herrera

A REFORMA PSIQUIÁTRICA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O A.T ........................................ 67

Carla Rodrigues Luiz, Lívia Duarte Brunialti, Luciana Chaui-Berlinck

ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO: CONSTRUYENDO ANDAMIOS PARA LA

INTEGRACIÓN EDUCATIVA .......................................................................................................... 74

María Carolina Méndez, Heidy Blangero, Sofia Brugger

EL LADO C DEL ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO, DE LO QUE NO SE HABLA ..... 86

Karina Laura González, María Laura Frank, Cristina Rossi, Pablo Dragotto

ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO Y VIDA COTIDIANA .................................................. 93

María Laura Frank

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5

SOBRE A REVISTA .......................................................................................................................... 104

INSTRUÇÕES AOS AUTORES ...................................................................................................... 105

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6

LO SINIESTRO Y LA CREACIÓN EN EL ACOMPAÑAMIENTO

TERAPÉUTICO

Pablo A. Dragotto1

RESUMEN

Trabajo presentado en el 1er Congreso Uruguayo y 10 Congreso Internacional de

Acompañamiento Terapéutico. Montevideo. 21 de noviembre de 2014

Este breve trabajo no pretende ser una exposición acabada acerca de temas tan complejos

como el proceso de creación o la vivencia de lo siniestro. Apenas si me propongo aquí

advertir a los jóvenes acompañantes que se inician en esta tarea respecto de la posibilidad de

emergencia de ciertas vivencias de extrañeza en las que por momentos podemos sentir esa

experiencia de lo ominoso en la que parece diluirse los límites entre realidad y ficción, locura

y cordura, paciente y acompañante.

En su trabajo cotidiano, el acompañante terapéutico (at) vivencia sentimientos

contratransferenciales de gran intensidad. Aprender a manejar esa contratransferencia es parte

importante de la formación del acompañante. La intensidad de estas vivencias al trabajar con

pacientes severamente perturbados, justifica y hace necesaria la complejidad del dispositivo de

acompañamiento terapéutico (AT), que, como ya hemos dicho, para nosotros incluye en el

dispositivo mismo a la supervisión, al trabajo en equipo y al análisis del at. (Dragotto, 2012)

Palabras-clave: Acompañamiento Terapéutico, el proceso de creación, siniestro

Este breve trabajo no pretende ser una exposición acabada acerca de temas tan

complejos como el proceso de creación o la vivencia de lo siniestro, que han merecido tantas

páginas de los autores más brillantes del psicoanálisis y de otras disciplinas. Apenas si me

propongo aquí advertir a los jóvenes acompañantes que se inician en esta tarea respecto de la

posibilidad, bastante frecuente, de emergencia de ciertas vivencias de extrañeza en las que

por momentos podemos sentir esa experiencia de lo ominoso en la que parece diluirse los

límites entre realidad y ficción, locura y cordura, paciente y acompañante.

En su trabajo cotidiano, el acompañante terapéutico (at) vivencia sentimientos

contratransferenciales de gran intensidad, algunos positivos otros negativos. Aprender a manejar

esa contratransferencia es parte importante de la formación del acompañante. La intensidad de

estas vivencias al trabajar con pacientes severamente perturbados, justifica y hace necesaria la

complejidad del dispositivo de acompañamiento terapéutico (AT), que, como ya hemos dicho,

para nosotros incluye en el dispositivo mismo a la supervisión, al trabajo en equipo y al análisis

del at. (Dragotto, 2012)

1 [email protected]

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Es decir que, en general, los ats estamos advertidos de la complejidad y la dificultad de

nuestro trabajo: como en otras profesiones de riesgo, nos preparamos y nos entrenamos para

enfrentar nuestra tarea, aun cuando no podamos anticipar la particularidad de cada encuentro

con la locura en la vida cotidiana. Como músicos de jazz ensayamos, practicamos,

supervisamos, nos analizamos, para poder improvisar con la mayor libertad posible en el

momento de actuar, sin salirnos de escala ni perder el compás.

No obstante, todo at ha pasado por momentos de impasse en los que se ha sentido

paralizado, aterrorizado o ha actuado compulsivamente a partir de dichas vivencias sin poder

ligarlo a una intencionalidad o ni siquiera a otro registro que el de la necesidad de huir de la

situación.

No escasean las referencias a tales momentos en los relatos de experiencias de AT,

muchas veces zanjadas con las risas que provocan las anécdotas al ser compartidas.

Sobrevivimos para contarlas. Otras veces son calificadas como actings-out o pasajes al acto del

at, o ligeramente descalificadas como “falta de análisis” en el at. Sin embargo, dichas vivencias

no son privativas de los at que recién comienzan a trabajar; les suceden también a los at con

mucha experiencia y con muchos años de análisis. Estamos lejos de entender si dichas

situaciones son parte inherente a la función de at, qué se pone en juego en esos momentos y qué

podemos hacer en esos casos.

En otro trabajo2 (Dragotto, 2012) nos hemos referido a la vivencia de extrañeza y

malestar que caracteriza a la situación de extranjería, como inherente a la posición de at: el

contacto con lo ajeno del otro en el territorio del loco.

Pero aquí nos referimos a otra sensación, mas angustiante e inquietante, que irrumpe en la

mente y el cuerpo del acompañante paralizándolo en su capacidad de entender la situación y

permanecer junto al paciente. Esta vivencia de lo siniestro aparece como un plus de angustia

en determinados momentos, más allá del grado de experiencia, formación, supervisión y

análisis personal del at. Por supuesto que estos elementos del dispositivo ayudan mucho, y

2 “los sentimientos de extrañeza, el miedo, la ansiedad, etc. Son inherentes al trabajo del at en casa del paciente; no

son un error ni un acting out. Constituyen una reacción esperable y lógica de la subjetividad del at en situación de extranjería. (…)Es entonces cuando cobra plena relevancia el dispositivo del AT que, a nuestro entender incluye: al o a los aa.tt., al paciente, el análisis del a.t., el equipo terapéutico y la supervisión. (…)La vivencia de extranjería como inherente de la situación de A.T. contiene una riqueza y una potencialidad únicas para el devenir del tratamiento, en la medida en que pueda ser transitada, registrada y analizada a posteriori.”

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que el at experimentado, formado y analizado, posiblemente se angustie menos que el at

novel, sin embargo, el dispositivo no es un antídoto contra la aparición de lo siniestro.

Esos momentos en los que emerge la vivencia de lo siniestro, suelen ser situaciones que

imponen al at la urgencia de salir de la escena.

Como en el caso de Rita que acudió a un apartamento en el centro de la ciudad de

Córdoba, para su primer día de trabajo con una paciente de 70 años con diagnóstico de

esquizofrenia. Ya había hablado con la hija de la paciente, con el terapeuta y con su

coordinador. El apartamento le sorprendió por el silencio y la oscuridad. La paciente

fumaba un cigarrillo tras otro, mirando a la nada, sentada en una silla de un dormitorio

oscuro. A los pocos minutos de ser presentada por la hija de la paciente, Rita escucha que

ésta saluda y sale del apartamento, cerrando la puerta con llave. La esperaban tres horas

de acompañamiento a la paciente, para lo cual se había preparado, no obstante, la

certeza de saberse encerrada en el departamento sin posibilidad de salir, despertó en Rita

una angustia desbordante que no podía superar. Telefoneaba a la hija de la paciente pero

esta no respondia. Decidió entonces llamar al coordinador del acompañamiento. Éste sí

atendió la llamada, conversaron, pensaron alternativas, no había mucho para hacer mas

que esperar y acompañar, pero la posibilidad de hablar con otro que estaba fuera de la

escena, le permitió sobrellevar la situación hasta el regreso de la hija de la paciente.3

Conversando estas ideas con distintos acompañantes, la mayoría puede identificar esta

vivencia de lo siniestro en algún momento de su trabajo como at., diferenciándola claramente de

la ansiedad, la preocupación o incluso la angustia que muchas veces sienten en esta tarea. Es una

angustia y preocupación extrema, acompañada de un sentimiento fugaz de extrañeza. Las

distintas situaciones en la que lo han experimentado tienen en común la vivencia de encierro,

aislamiento y de no contar, aunque sea momentáneamente, con la posibilidad de salir de la

escena. A veces incluyen sentimientos de miedo extremo por la propia seguridad o la del

paciente.

3 En la discusión de esta viñeta durante la presentación de este trabajo, Clarissa Metzger señalaba con

pertinencia que poner en juego la palabra hablando con otro, restituye la falta y por ende, aplaca la angustia y diluye la sensación ominosa.

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Como le sucedió a Juan quien acompañaba a Ignacio, paciente psicótico en tratamiento

ambulatorio por su adicción a las drogas. Juan era el único at en esa etapa del

tratamiento, después de que Ignacio hubiera rechazado a otros dos acompañantes, las

semanas anteriores. El vínculo de Juan e Ignacio era bastante bueno. Esa tarde, cuando

Juan llegó al apartamento del paciente, éste estaba drogado y a los pocos minutos le dijo:

“Ya vengo. Esperame que voy a lo de X y vuelvo. En cinco minutos estoy acá”. Sin dar

tiempo a la respuesta de su at, Ignacio salió y cerró la puerta con llave, dejando a Juan

encerrado y preocupado por lo que pudiera suceder. A medida que los minutos pasaban

la angustia lo fue invadiendo, con una particular opresión y con fantasías catastróficas

respecto del paciente y de sí mismo.

Lo ominoso.

En su artículo “Das Unheimliche” (Lo ominoso) del año 1919, Sigmund Freud

(Freud, 1986) se propone dar cuenta y explicar dicho sentimiento al cual califica como un

tipo especial de afecto angustioso, cercano a lo horroroso e inquietante, que tiene la

particularidad de estar ligado a lo familiar o consabido de antiguo. Comienza realizando un

minucioso análisis lingüístico y etimológico en distintas lenguas, del cual nos interesa

resaltar que “heimlich, entre los múltiples matices de su significado, muestra también uno en

que coincide con su opuesto unheimlich (…) esta palabra heimlich no es univoca, sino que

pertenece a dos círculos de representaciones que sin ser opuestos, son ajenos entre sí: el de

lo familiar y agradable, y el de lo clandestino lo que se mantiene oculto.(…) Schelling (…)

nos dice que unheimlich es todo lo que estando destinado a permanecer en secreto, en lo

oculto, ha salido a la luz.” (pp. 224-225)

A lo largo del artículo, Freud enumera distintas situaciones que suelen despertar en el

sujeto la vivencia de lo ominoso, ya sea en la vida real o como efecto de la ficción literaria.

Entre ellas destaca el fenómeno del doble, la animación de lo inanimado, el permanente

retorno de lo igual, el presunto contacto con los muertos, entre otros. Al explicarlo lo

relaciona con distintos factores como la relación con lo reprimido, con la etapa del narcisismo

y principalmente con la compulsión de repetición; también con el complejo de castración. En

relación al fenómeno del doble, intentando explicar su carácter ominoso y “el empeño

defensivo que lo proyecta fuera del yo como algo ajeno”, afirma que “es una formación

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oriunda de las épocas primordiales del alma ya superadas, que en aquel tiempo poseyó un

sentido más benigno. El doble ha devenido una figura terrorífica del mismo modo como los

dioses, tras la ruina de su religión, se convierten en demonios” (Ibídem p.236). Así la

vivencia de lo ominoso estará relacionada con características de la etapa narcisista como la

omnipotencia del pensamiento y el animismo. La angustia es indicadora de la represión. Los

contenidos ligados a lo ominoso no son algo nuevo, de allí que la lengua alemana haga pasar

“lo heimlich (familiar) a su opuesto unheimliche, pues esto ominoso no es efectivamente

algo nuevo o ajeno, sino algo familiar de antiguo a la vida anímica, solo enajenado de ella

por el proceso de la represión.” (ibídem p.241)

Freud dirá que algunas vivencias de lo ominoso se relacionan con la cuestión del

examen de realidad, de una cuestión de la realidad material, en la que hay un retorno de

modos de pensar superados en la evolución de la humanidad.

“Otra cosa sucede –dice Freud- con lo ominoso que parte de complejos infantiles

reprimidos, del complejo de castración, de la fantasía de seno materno, etc.;” (…)”el

distingo entre ambos (grupos) es muy importante para la teoría. En lo ominoso que

proviene de complejos infantiles no entra en cuenta el problema de la realidad

material, remplazada aquí por la realidad psíquica. Se trata de una efectiva represión

de un contenido y del retorno de lo reprimido, no de la cancelación de la creencia en la

realidad de este contenido. (…) lo ominoso del vivenciar se produce cuando unos

complejos infantiles reprimidos son reanimados por una impresión, o cuando aparecen

ser refirmadas unas convicciones primitivas superadas.” (ibídem p.248)

José Luis Valls (Valls, 1995), por su parte, describe la sensación de lo siniestro como

“un tipo especial de sensación angustiosa, con características cualitativas propias

pertenecientes al orden de lo terrorífico y el horror”. Especifica que al afecto

displacentero sentido, “sumamos la cualidad perceptual del hecho que está siendo

vivido y la cualidad representacional de las representaciones preconscientes

(representantes de las representaciones-cosa Inc. ante la Cc.) a las que remite y que en

gran parte son las generadoras del afecto.” (p.580) y agrega que “la impresión de lo

familiar que deviene en terrorífico es la marca de lo traumático de la sexualidad en la

infancia (…) La identificación y el hecho de que el yo se forma principalmente a través

de ella le da mucha fuerza a la figura del doble, además del narcisismo en ella

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implícito, en la formación de situaciones sentidas como siniestras. (…) el sentimiento

de lo siniestro surge de una no perfectamente delimitada ensambladura principalmente

cualitativa de todas aquellas situaciones de la sexualidad infantil. De la compleja

ensambladura de todas estas situaciones provenientes del Inc. y su vinculación con

hechos de la realidad, en la persona adulta, surge el sentimiento de lo siniestro.

(ibídem p.581)

Por nuestra parte y en relación al acompañamiento terapéutico, pensamos que la

aparición de la sensación de lo siniestro en el at, corresponde a situaciones en las que a la

situación de extranjería, propia del AT, se suma (a) la movilización de núcleos primarios,

arcaicos, del inconsciente del acompañante; (b) a la aparición en la escena de figuraciones

que desarman momentáneamente la ventana fantasmática del acompañante, (c)

particularmente cuando éste percibe que están cerrados los caminos comunicacionales con el

afuera de la escena.

En el primer caso nos apoyamos en los desarrollos de Norberto Marucco

(Marucco)quien sostiene que,

El «yo ideal» tiene un «lugar». ¿Cuál? El de desmentir la castración (mortalidad)

parental.

Hay bastante acuerdo en que el psicótico está fascinado, inmóvil en ese «lugar». Pero

¿basta haberse corrido para no ser un psicótico? ¿Y quién se ha librado por completo

de la fascinación paralizante, incluso de la pasajera? ¿Cómo saber que se ha

ingresado por la puerta en el orden simbólico y no por la ventana? Es decir, ¿qué

distingue a las palabras del deseo de las palabras del no-deseo? (…)

Los representantes verbales nos ayudan a dar cuenta de todo lo reprimido de la

estructuración edípicas. Pero, en cambio, dejan mudo a lo que era mudo, a. lo

desmentido, constitutivo del yo, lo mudo que no cesa de retornar, que intenta hacerse

entender. Lo siniestro es el eterno retorno de lo mismo. Lo siniestro no responde al

principio del placer. ¿Por qué destaco en este ensayo al doble como parte estructural

de un yo escindido? Porque ese narcisismo primitivo no se expresa con representantes

verbal, sino con un sentimiento (lo siniestro), además de con la compulsión repetitiva.

Sentimientos que hablan de una historia tal como las repeticiones también son una

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historia. No habrá para ellos representantes verbales. Habrá, sí, una nueva historia

vivida, mediante la repetición transferencial, que le permita al analista reconstruir la

historia, otorgarle significación simbólica, para que ese sentimiento inquietante,

familiar y extraño, deje de serlo.

Lo siniestro y la creatividad.

Por otro lado, no podemos dejar de tener en cuenta que distintos autores afirman que

la fuente del sentimiento de lo siniestro es la misma que la del arte y la creatividad.

Enrique Pichon-Rivière profundo conocedor de la locura y del arte, dedicó mucho

tiempo y esfuerzo a comprender el proceso creador en el ser humano. En esa búsqueda se

apoyó en el artículo de Freud “Lo siniestro”, al cual considera un aporte fundamental para el

análisis psicológico del arte. Pichon investigó profundamente la obra de Isidoro Ducasse, uno

de los poetas malditos quien publicara los Cantos de Maldoror bajo el seudónimo de Conde

de Lautremont. Su corta vida, cargada de tragedias y abandonos conmovió a Pichon desde

temprana edad dando lugar a una identificación con Lautremont. En alguno de sus textos

definirá a lo siniestro como la antítesis de lo maravilloso. Asimismo, el proceso creador

implicará la superación y reparación en una espiral dialéctica superadora. En 1966 afirmaba

que:

“ (la obra de todo creador) sigue un curso no rectilíneo sino dialectico. Se embarca en

el tobogán de la espiral, creando, destruyendo el objeto estético para reconstruirlo en

un nivel diferente y con técnicas diferentes. Partiendo de un primer período que es el

del descubrimiento y deslumbramiento o encuentro fortuito de algo que puede guardar

aun las señales de una destrucción previa, necesitó para su creación o reconstrucción

un conjunto instrumental que caracterizara justamente al yo del artista. Se crea así por

primera vez, un vínculo vocacional con un objeto que, por la operación, se ha

transformado en un objeto estético. El objeto primario, fragmentado y disgregado, es

reparado por el artista; cada fragmento de ese todo anterior sufre una metamorfosis

totalizante, es una nueva forma y permanece a la espera de ser externalizada sobre la

pantalla de la tela. Es el triunfo de la vida sobre la muerte, de la salud sobre la locura.

Las contradicciones previas que habitaban el contexto de la creación, es decir su

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mundo interno se van resolviendo sobre la marcha. Así es como lo siniestro se

transforma en lo maravilloso, el contenido y la forma en su síntesis recrean una nueva

estructura.” (Pichon-Rivière, 2011)(p. 26)

En ese sentido coincide con los aportes que desde la teoría lacaniana afirman que

fenómenos como la despersonalización y la vivencia de lo siniestro no son privativos de la

psicosis solamente, sino también de momentos de vacilación fantasmática en la neurosis,

incluso como producto del análisis o “en ciertos casos precede (…) al momento fecundo de

una creación artística” (Diaz, 2004).

Para Lacan la vivencia de lo siniestro se relaciona con la caída del velo con el que el

fantasma nos filtra el contacto con lo Real. El objeto a, no simbolizable ni imaginarizable,

debe estar ausente para que el campo perceptual se constituya y por lo tanto nuestra realidad.

La falta de la falta, la aparición de algo del objeto a en el campo perceptual está ligado al

fenómeno de lo siniestro.

Algo que no debería estar en el cuadro, aparece provocando angustia. Algo que

recuerda demasiado directamente a lo más intimo, lo más reprimido. Pero no es cualquier

angustia. Es la angustia ligada a lo primordialmente reprimido, lo no simbolizable ni

procesable por la palabra.

Si el fenómeno del doble es siniestro, lo es, precisamente, porque habitualmente no nos

vemos en la escena. El campo de la mirada supone la exclusión del sujeto en el campo visual.

Entonces podríamos decir que eso que llamamos lo Real y que por definición está por fuera

de lo que podemos aprehender en los registros de lo simbólico y lo imaginario, eso es la

fuente de fenómenos disímiles: por un lado la creación y la creatividad, por otro la vivencia

de lo siniestro.

¿Cómo pasar de uno a otro? Ojalá pudiéramos saberlo…

Provisionalmente podemos decir que:

La vivencia de extranjería es distinta que la de lo siniestro:

La vivencia de extranjería implica cierta angustia y extrañamiento pero eso es ajeno,

esta puesto en el otro, en su mundo al que sentimos extraño, inquietante. Fabio Araujo lo

menciona como obstáculo a la hospitalidad (Araújo, 2006).

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En la vivencia de lo siniestro estamos demasiado implicados. Es una angustia del orden

del horror ante lo que debía permanecer oculto. Aparición de lo impensable, lo innombrable.

Pero no solo en el otro sino en mí mismo. Esto incluye lo no analizado en el at, pero, sobre

todo, lo no analizable.

Si la hospitalidad puede devenir un ideal que obstaculice la función de at, lo siniestro

está más allá (o más acá) del ideal, ligado a lo reprimido primordial, a lo no representable.

De ahí que las vivencias sean del orden del pánico o de la desrealización fugaz. Muchas

veces los at evitan hablar de estas vivencias en los espacios de supervisión o de coordinación,

quizás pensando que no está bien tener esas sensaciones.

Dicen los at: “es algo de lo que hay que salir rápido e irse.” “Uno lo niega y

sigue…”

Sucede en situaciones en las que se intuyen cuestiones de abuso. “Las capto”. “las huelo”

dicen los acompañantes. Rituales familiares como una escenificación perversa en la que el at

queda como testigo impotentizado.

Si ante la vivencia de extranjería puedo salir, irme y luego regresar; ante lo siniestro

siento que no podré salir, que quedaré encerrado allí, o que eso invade mi mundo (el mundo

privado del acompañante).

Las películas de terror y los cuentos infantiles producen miedo pero son catárticos y

permiten elaborar o dar curso a miedos y fantasías inconscientes. Lo ominoso paraliza, es

confusional. El acompañante siente que no puede discriminar si eso que emerge, tan loco, es

del paciente o es suyo. ¿Es su locura o mi locura?

Los artistas tienen una capacidad diferente al resto de los mortales para tolerar y

contactar con la propia locura y el caos del cual podrá surgir la creación. Esa capacidad

difiere de un sujeto a otro. ¿Puede desarrollarse o entrenarse? No lo sé. Desde mi experiencia

como at y como supervisor de acompañantes diría que esas vivencias son parte de este

oficio/arte de riesgo. Hay que estar advertidos de ello. De los riesgos del encuentro con lo

siniestro en todas sus manifestaciones incluso las mas desubjetivantes, del contacto con la

locura del otro y la propia. La salida de esas impasses en el at son a través de actos y palabras

en el trabajo con otros en el dispositivo: actos de recurrir a otro, quien por medio de la

escucha pueda contener y recomponer la función de at (analista, coordinador, supervisor, otro

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acompañante…) otros que conozcan de esa experiencia y como se juega en el at. Actos

creativos con intervenciones impensadas. A veces actos de huida que son actings out.

Lo siniestro social.

Muchas veces lo siniestro, en nuestra Latinoamérica, toma la forma del contacto con

lo Real del abandono, la pobreza, la resignación y el abuso de miles de personas a las que no

vemos tras el fantasma social de las generalizaciones y las estadísticas. Cuando,

azarosamente, contactamos con ellas, entonces cobran un rostro y tienen un nombre. Allí nos

topamos con nuestros límites para cambiar algo de su situación. Atisbamos algo fugaz de lo

Real del sistema social. Lo siniestro en lo social puede manifestarse también como un retorno

de aquello de lo que la sociedad reniega. Hace pocos días, un colega que trabaja en la

asistencia a víctimas de la represión de estado durante la última dictadura militar, me contó

que habían localizado a dos personas que habían estado detenidas ilegalmente y torturadas

hace treinta años. Estas personas actualmente eran mendigos que solían estar en la plaza

principal de Córdoba, la Plaza San Martín. Justo en frente de uno de los lugares que

funcionaron como centros clandestino de tortura y desaparición: el Cabildo y la temible D2.

Mendigos psicotizados por la tortura y el terrorismo de estado, invisibilizados a la vista de

todos. Su cuerpo presente y vivo aún en la plaza principal de mi ciudad, con miles de

personas pasando a su lado todos los días, sin mirarlos. Al igual que a los veteranos de la

guerra de Malvinas, que han muerto más después de la guerra que durante la misma. Como a

tantos otros.

Como ats podemos hacer mucho con y por los excluidos por este sistema. Hay

muchos otros que también hacen mucho. Pero nuestro trabajo, uno por uno, en contacto con

la intimidad de sus vidas cotidianas, implica riesgos. Uno de ellos es la aparición de estos

aspectos siniestros en el vínculo y por lo tanto en nosotros. No puede ser un acercamiento

ingenuo. Hay que ir preparados y junto a otros disponibles para acompañarnos y escucharnos.

De esa manera, quizás podamos poner en juego nuestra creatividad, en lugar de huir.

Montevideo, 21 de noviembre de 2014-

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

HISTORIA INSTITUCIONAL DEL ACOMPAÑAMIENTO

TERAPÉUTICO

Carlos Graiño

RESUMEN

Si bien en Bahía Blanca, comenzamos a dictar los Cursos de Acompañante Terapéutico en

el año 1994, nos resultaba casi impensable que en muy poco tiempo la función del

Acompañante Terapéutico había logrado introducirse en tan diversos ámbitos de la Ciudad.

Aquí no me cabe mejor frase que la de poder pensar que el psicoanálisis en tanto política,

podrá resguardar un lugar. El lugar del Sujeto, en tanto y en cuanto logre renunciar a un

Saber. El curso nace en base a una política: El síntoma. El Síntoma Institucional enquistado

en una Clínica Neuropsiquiátrica de tinte manicomial. Síntoma que había que desarticular

de alguna manera.

Palabras-clave: Acompañamiento Terapéutico, Síntoma Institucional, política

Tango de otros tiempos

“Eras un gran varón,

altivo y compadrón,

de una palabra sola...

Rimaba tu cantar

con la emoción triunfal

del bandoneón de Arolas...

Pero empezó tu decadencia

cuando te dieron tanta ciencia...

y refinao en tus modales

dejaste los barriales

que te vieron nacer.

Me da pena, tango,

viendo que has cambiao

tu rincón de fango

por el alfombrao.

Llevo en mi alma un cacho

de tu ayer feliz...

cuando el fueye macho

del glorioso Pacho,

te lloraba así...

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

Noches de Maldonao,

donde fuiste mimao

de la dulce Paquita...

abrojo de arrabal

prendido en el percal

del barrio 'e las Cañitas...

Pero esos tiempos ya pasaron,

allá en París te afrancesaron...

y hoy, arrugándote cabrero,

un lagrimón fulero,

enturbia tu canción...”

Juan Alberto Ulderino Caserio

Nace Asociación Civil Línea Vida – Acompañantes Terapéuticos –

Si bien en Bahía Blanca, comenzamos a dictar los Cursos de Acompañante

Terapéutico en el año 1994, nos resultaba casi impensable que en muy poco tiempo la

función del Acompañante Terapéutico había logrado introducirse en tan diversos ámbitos

de la Ciudad.

Aquí no me cabe mejor frase que la de poder pensar que el psicoanálisis en tanto

política, podrá resguardar un lugar. El lugar del Sujeto, en tanto y en cuanto logre renunciar

a un Saber. El curso nace en base a una política: El síntoma. El Síntoma Institucional

enquistado en una Clínica Neuropsiquiátrica de tinte manicomial. Síntoma que había que

desarticular de alguna manera.

En muy poco tiempo, de haber comenzado con dos Cursos cerrados a estudiantes

avanzados del profesorado en psicología, para realizar prácticas sanatoriales dentro de esa

Clínica Neuropsiquiátrica, habíamos pasado sin proponerlo, a trabajar en el Hospital

Público dentro de un Programa Provincial, en la Municipalidad, con los Tribunales de

Menores y en diferentes colegios y jardines de la Ciudad.

Se trabajaba en el fango, como diría el gran maestro Enrique Pichón Riviere en

cancha embarrada. Apenas egresados los primeros Acompañantes, se acerca un grupo de

profesionales que venían trabajando la problemática del suicidio en la Ciudad y nos

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

proponen colaborar con ellos para sostener un programa de atención telefónica al suicida

durante las veinticuatro horas.

La idea era poder contar con Acompañantes Terapéuticos que pudiesen ayudar en el

trabajo de contención al paciente suicida y a la familia. En resumidas cuentas, el proyecto

contaba con na línea telefónica de tres dígitos que era atendida en el Hospital las 24 horas

del día.

Como podrán imaginar la demanda de trabajo y solicitudes de AT nos comenzó a

superar y decidimos durante el año mil novecientos noventa y seis reunirnos varios

profesionales para crear una Asociación Civil que nucleara a las personas que trabajábamos

en ese proyecto, y en especial a los Acompañantes Terapéuticos. Éste es el motivo por el

cual La Asociación llevó el nombre de “Línea Vida - Acompañantes Terapéuticos .

Como la tarea se realizaba en el Hospital Interzonal, comenzaron a aparecer otras

demandas de Acompañamientos, en particular relacionados con la problemática del

maltrato infantil y la violencia familiar.

En esos momentos en la Ciudad de Bahía Blanca, no contábamos con ningún

organismo público, ni a nivel nacional, provincial o municipal que diera atención a esta

problemática social.

Ingenuamente creíamos que al constituirse la ONG, recibiríamos rápidamente el

apoyo político desde el gobierno, pero nada de eso fue así.

El 20 de febrero de 1997, luego de arduos trámites administrativos y gracias a la

ayuda desinteresada de muchos profesionales entre ellos la Escribana Dra. Silvia

Francischetti y el Señor Daniel Hernández, se constituye nuestra Asociación Civil.

La primer presidente de la primer Asociación que nucleó a los Acompañantes

Terapéuticos tanto en este país como en el mundo, fue la Lic. Verónica E. Fernández. Ella

comandó los primeros pasos de nuestra Asociación con decisiones más que asertivas,

respecto a la proyección política de la ONG (Organización No Gubernamental).

El año 1997 da inicio el “Curso Anual de Acompañante Terapéutico ”, con una

diferencia sustancial respecto a los anteriores. El mismo está auspiciado por “Asociación

Civil Línea Vida- Acompañantes Terapéuticos”.

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

Esta frase que hasta hace unos años sonaba desconocida por donde se la nombrara,

empezaba a aparecer en el ámbito público y privado de la comunidad: “Acompañante

Terapéutico”.

Por qué Asociarnos

Quizá no tenga mejor manera de explicar el porqué de crear una Asociación que

nuclee a los Acompañantes Terapéuticos, que hacer referencia al resumen de mi

presentación en la Mesa Redonda del Segundo Congreso Nacional de Acompañamiento

Terapéutico realizado en la Universidad Nacional de Córdoba entre el 5 y el 7 de

septiembre de 2001 y que consta en el libro “Eficacia Clínica del Acompañamiento

Terapéutico” publicado por la Editorial Pólemos. Esa mesa redonda la compartí con los

Licenciados Guillermo Altomano y Eduardo Cossi y fue coordinada por el Lic. Federico

Manson. No será casual que tres de los cuatro integrantes de esa mesa al finalizar la

presentación fuéramos miembros fundadores de la Asociación de Acompañantes

Terapéuticos de la República Argentina –AATRA-. Ya me extenderé con esto más

adelante. A continuación transcribo las palabras que pronuncié en el marco del Segundo

Congreso Argentino:

“Ante todo quiero agradecer al Comité Organizador del Congreso por la posibilidad

que me otorgaron de participar en esta mesa redonda junto a colegas que si bien son

de otras latitudes responden a un deseo común que es pugnar por el reconocimiento

formal de la práctica del acompañante terapéutico.

La Asociación de Acompañantes Terapéuticos es una Asociación Civil sin fines de

lucro, que posee una personería jurídica con Matrícula N° 16.247, Legajo:1/84695

de fecha 20 de febrero de 1997. Como toda Asociación Civil, cuenta con una

comisión directiva, encargada de tomar las decisiones correspondientes al

funcionamiento y a la financiación de la Institución. La misma fue creada debido a

que el acompañante terapéutico una vez realizado el Curso Anual Teórico-práctico

de capacitación y obtener el certificado correspondiente al mismo, quedaba

marginado del campo laboral y/o profesional debido a que no poseía un ámbito

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

institucional donde insertarse para seguir capacitándose o que regulara el

funcionamiento de su desempeño laboral.

Otro de los motivos que nos llevó a fundar la Asociación fue la falsa publicidad

encontrada en los clasificados de los periódicos donde surgía el ofrecimiento

cotidiano de Acompañantes Terapéuticos sin formación previa.

Otra de las cuestiones a tener en cuenta es la falta de reconocimiento a nivel

educativo, ya que si bien se han presentado programas de estudio y se han abierto

expedientes a nivel ministerial, nunca obtuvimos respuesta concreta para al menos

intentar que el curso se reconozca a nivel oficial. Uno de los antecedentes que nos

motivó a formar la Asociación fue que en Bahía Blanca durante la dictadura militar

al no ser reconocida la profesión de psicólogo, nuestros colegas se reunían en

Asociaciones, única manera de poder ejercer una difícil y riesgosa profesión para la

época. Cabe aclarar que nuestra intención es que a partir de nuestra constitución

como Asociación, se logre iniciar una serie para que se constituyan Asociaciones de

Acompañantes Terapéuticos en otras latitudes y las mismas tengan mayor peso

político con el objetivo de formalizar una profesión cada vez más requerida.

En el orden formal, en lo que respecta a convenios con Obras Sociales, Mutuales o

atención privada, el Acompañante siempre trabaja en conjunto con un médico,

psicólogo o gabinete escolar. Cada acompañante posee una ficha personal con una

fotografía y datos personales, además del currículum, a fin de ubicar para cada caso

requerido el mejor perfil de derivación. Todos los acompañamientos terapéuticos,

deben pasar por la comisión de derivación, la cual evalúa cada caso y determina el

acompañante para el mismo, evitando de este modo la arbitrariedad en la mayor

medida posible. Una vez que comienza el acompañamiento, el acompañante deberá

realizar supervisiones con la comisión de supervisión. Cabe señalar que las mismas

son absolutamente a cargo de la Asociación, quien le abona la consulta al

profesional supervisor, quien deberá ser psicólogo matriculado en el Colegio de

Psicólogos de la Provincia de Buenos Aires.

También la Asociación cuenta con una comisión pedagógica, cuya intención es crear

un espacio de coordinación y facilitación para todos los temas referidos al proceso

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

de enseñanza-aprendizaje, lo cual incluye perfeccionamiento de programas teóricos,

control de lugares de pasantías, trámites relacionados al otorgamiento del puntaje de

los cursos e intento de reconocimiento oficial de los mismos.

La comisión biblioteca, cuenta con una base de datos que posee bibliografía,

artículos, videos y demás herramientas que sirven tanto para aumentar el deseo de

capacitación de los miembros de la Asociación como también de aporte a la

actividad docente.

Cada acompañante cuenta con un carnet habilitante otorgado por la Asociación y

renovable en un año (a principio de año el carnet cambia de color y formato) que

consta de fotografía y datos personales con sello y firma del presidente en la parte

posterior, a fin de identificar al mismo. Este dato es muy importante ya que el

acompañante en muchos casos realiza su trabajo en la calle con un paciente y ante

cualquier dificultad que suceda es necesario que pueda identificarse ante quien lo

requiera.

Como en toda Asociación Civil, las decisiones se toman en Asambleas, las cuales

pueden ser de carácter ordinario, es decir Comisión Directiva o de carácter

extraordinario, las cuales se realizan cada tres meses y participan todos los

miembros de la Asociación. En estas últimas se invita a participar a los miembros

con un mes de antelación y es importante la presencia, por ejemplo cuando se

produce alguna modificación estatutaria o renovación parcial de Comisión Directiva

o convocatoria a elecciones, etcétera.

La Asociación cuenta con un asesor legal y contable, quienes nos ayudan en las

decisiones de carácter profesional como situación ante la ley tributaria, contratos

con Obras Sociales, responsabilidad civil, etcétera.

En lo que respecta al financiamiento, actualmente contamos con una matrícula de

cincuenta y dos miembros, cada uno paga dos pesos de cuota mensual y si al

momento del pago está realizando algún acompañamiento la cuota asciende a cinco

pesos mensuales. Además los cursos que auspicia la Asociación son cursos pagos y

los docentes a cargo de los mismos rinden a tesorería un diez por ciento de la

recaudación mensual de los cursos.

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

Contamos con un Código de Ética que posee treinta y tres artículos y puede ser

consultado en nuestra página web: www.aatbb.com.ar”.

Hasta aquí la presentación en la mesa redonda que veremos más tarde desencadenó

otro Acto de fundación, el de AATRA.

Pero vayamos bajando las barajas de a una y veamos por qué fundamos.

Nuestra idea quizás un poco idealista para estos tiempos que corren es:

“Acompañante Terapéutico: Un Título a Confirmar”. Esto quiere decir que el Acompañante

Terapéutico confirme su deseo de SER Acompañante todos los días, que lo confirme en su

práctica cotidiana y en su formación constante como tal. Hasta el momento esta modalidad

de trabajo nos llevó a contar solamente con logros en estos veinte años de trabajo.

Logramos que sea una profesión donde “el que se duerme pierde” como ese juego

que hacen los chicos en los “Pijamas Party”. El Acompañante debe estar despierto todo el

tiempo en su deseo incansable de formación y compromiso profesional, deseo que no lo

garantiza ningún título universitario con post matrícula “ad eternum” que le garantizará no

formarse más y dormirse en los laureles. Ya sabemos por experiencia que todos los

dispositivos que se implementan para consolidar la práctica desde el estado lo que logran es

quebrarla. La planificación que intenta ordenar la marcha y por tal motivo dirigirla, lo

desvía o lo detiene. Las “buenas” intenciones por fortalecerlo terminan por debilitarlo, y

debilitarlo no en cualquier aspecto sino en el deseo. Uno se cansa de observar profesiones

que por lograr una currícula oficial y obtener una matrícula estatal, se garantiza que esa

persona abandone su deseo de continuar en formación. No se puede comparar a un AT con

un Plomero matriculado con todo el respeto que merece la profesión de Plomero. Si de algo

estoy seguro es de que jamás trabajamos para llegar a eso y temo que estemos cerca de

lograrlo.

Esta posición ética y política, fue entonces uno de los puntos a sostener, al momento

donde aparece la demanda laboral, para que no funcionásemos como bolsa de trabajo. El

otro tema a tener en cuenta para sostener esto que vengo diciendo respecto al compromiso

con el deseo de los Acompañantes Terapéuticos es el Código de Ética que rige nuestra

práctica institucional.

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

Dicho Código fue elaborado por Asociación Civil Línea Vida – Acompañantes

Terapéuticos – en el año 2000. Nos acompañó durante diez años hasta que elaboramos en

base al mismo el Código de Ética de AATRA en el año 2010.

De Bahía Blanca al Mundo

El Salto Cuantitativo y Cualitativo del Acompañamiento Terapéutico

Hasta aquí podría decir en este recorrido, todo lo hecho por la Asociación hasta el

momento, y diría sin mentir que podría dar cuenta hasta acá de que lo actuado no había

cruzado los límites del partido de Bahía Blanca.

Una de las buenas costumbres que tenemos en la Asociación es reunirnos los

primeros martes de cada mes, en un espacio abierto a todos los Asociados, donde tratamos

temas referidos a la Formación del AT, ateneos y supervisiones por un lado y temas

vinculados a los convenios que se van haciendo con las obras sociales y las Instituciones

por el otro. A esto le agregamos la información que se transmite respecto a Jornadas y

Congresos, a los fines de determinar nuestra participación en los mismos. En esos espacios

se constituyen comisiones de trabajo y se organizan diferentes actividades que se van

proponiendo.

Un buen día allá por el año 2000, en una reunión de los martes, se me ocurre

empezar a ojear una publicación de Imago- Agenda, revista perteneciente a la conocida

Editorial Letra Viva de Raimundo Salgado. En dicha revista, había una publicación que

decía algo así como: “Segundo Congreso Argentino de Acompañamiento Terapéutico” –

Universidad Nacional de Córdoba – 5, 6 y 7 de Septiembre de 2001 – con el lema: “Hacia

una Inscripción Académica e Institucional del Acompañamiento Terapéutico”.

Indescriptible fue la sorpresa que nos llevamos al leer dicha publicidad. De creer

que éramos los únicos en el mundo (ya veremos que en parte no estábamos tan

equivocados), nos desayunábamos que se estaba organizando un Congreso Nacional y que

encima no era el Primero. Otra cuestión que nos concernía y mucho, era que la segunda

parte del lema “Hacia una Inscripción Institucional” nos tocaba de lleno a nuestros

propósitos.

Ya veremos las consecuencias de nuestra presencia en ese Congreso.

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

En la publicidad había cuatro teléfonos, dos de Córdoba y dos de Buenos Aires. Dado que

en ese momento viajaba a Capital Federal con suma periodicidad y que ya existían los

teléfonos celulares, no dudé un momento y decidí llamar a uno de los números de Capital

Federal en plena reunión de Acompañantes. De más está decir que no podíamos con nuestra

intriga.

Del otro lado del teléfono en Buenos Aires me atiende nada más ni nada menos que

el Lic. Gabriel Pulice, co-autor de una de las primeras publicaciones sobre

Acompañamiento Terapéutico junto con los licenciados Federico Manson y Gustavo Rossi.

En esa conversación me identifico como Presidente de la Asociación de Acompañantes

Terapéuticos, cosa que a Gabriel lo sorprende notoriamente. Le comento que estábamos en

una reunión de la Asociación que realizamos los segundos martes de cada mes y antes de

comenzar la misma nos encontramos con ésta grata sorpresa.

Que nos gustaría participar en el Congreso, a lo que Gabriel me responde que la

sorpresa es de él dado que es la primera vez que escucha hablar de una Asociación de

Acompañantes Terapéuticos.

Coordinamos un encuentro para la otra semana en Capital Federal y nos reunimos

en el Consultorio de Gabriel Pulice en calle Bulnes, domicilio que será en los próximos

años la primera Sede de la Asociación de Acompañantes Terapéuticos de la República

Argentina.

Cabe señalar que éste fue el inicio de una serie de apasionantes y fructíferas

reuniones donde se sumaron Federico Manson, Gustavo Rossi, Guillermo Altomano,

Karina Chayán, Gustavo Racca Pablo Dragotto Y Laura Frank, Verónica Fernández, entre

otras personas que con el tiempo se constituirán en miembros fundadores de AATRA.

En ese primer encuentro Gabriel Pulice nos comenta a Verónica Fernández y a mí, que

ellos hace muchos años que vienen trabajando en Acompañamiento Terapéutico, que la

función del AT ha tomado mayor peso en este último tiempo en Capital y Provincia,

aunque el peso fuerte a nivel formación se remite al logro de haber podido constituir la

Cátedra “Fundamentos Clínicos del Acompañamiento Terapéutico” en la Universidad de

Buenos Aires como materia optativa dentro de la carrera de Psicología y que los

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

Acompañantes Terapéuticos eran por lo general psicólogos o estudiantes avanzados de

dicha carrera.

Se sorprende cuando le comento que nosotros si bien desde el año mil novecientos

noventa y cuatro veníamos formando Acompañantes Terapéuticos, habíamos logrado

constituir la Asociación en mil novecientos noventa y siete y ya teníamos convenios con

Obras Sociales, Hospitales, Prepagas, Tribunales de Menores entre otras instituciones a

nivel provincial y municipal.

Que dicha Asociación no era de hecho solamente sino de derecho ya que contaba

con una Personería Jurídica, estatutos, reglamentación y hasta un Código de Ética

Profesional.

Al preguntarle al Lic. Pulice donde y cuando había sido el Primer Congreso

Nacional, Gabriel me regala y me dedica el libro con las actas del mismo fechado en el año

1994, que bien cabe aclarar, se reconoce como el primer Congreso de Acompañamiento

Terapéutico realizado en el mundo y que para quienes deseen interiorizarse de lo que allí se

debatió, se encuentra editado en un libro publicado por Ediciones “Las Tres Lunas”, siendo

los compiladores Gabriel Pulice y Federico Manson y Gustavo Rossi.

Destaco las palabras proféticas de los tres compiladores en el prólogo del mismo:

“Nos sentimos sumamente satisfechos de poder consumar nuestra apuesta para este

Congreso: una marca, una huella, un primer paso que inaugure un camino por

venir. Confiamos en que la divulgación científica del trabajo realizado en un campo

siempre problemático como lo es el que nos ocupa, no puede sino contribuir a

sentar las bases de ese camino, y que los interrogantes que se abran darán ocasión

a nuevos encuentros, en el marco de la investigación de las diversas posibilidades

de abordaje para ese campo: el tratamiento de las psicosis, adicciones, crisis

neuróticas graves, entre otros”.

Palabras que a la distancia nos vuelven a conmover y nos obligan a reconocer, como

es el intento de este trabajo, la tarea incesante de los que fuimos pioneros en esta

apasionada profesión que día a día fue y va ganando más lugar dentro del terreno de la

Salud.

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

En esos tiempos AAT, Asociación de Acompañantes Terapéuticos, representaba la

denominación de lo que años atrás en 1997 habíamos fundado. El propio Logo habla por sí

mismo. No era AATBB, Asociación Acompañantes Terapéuticos de Bahía Blanca como lo

es hoy, para poder diferenciar la Institución de otras Asociaciones pertenecientes a otras

geografías y eso por el simple hecho de que éramos la primer Asociación de Acompañantes

Terapéuticos no sólo en la República Argentina sino en el mundo entero.

Esa denominación fue la que dio lugar a constituir de hecho y de derecho AATRA.

Recuerdo que en la Mesa Redonda sobre Aspectos Legales del Acompañamiento

Terapéutico en el Congreso Nacional de Córdoba que comparto con Guillermo Altomano y

el Dr. Cossi, el coordinador de dicha Mesa fue Federico Manson. Momentos antes de

disertar hablamos con Federico que el Congreso Cordobés organizado entre otros pioneros

por los Licenciados Pablo Dragotto y Laura Frank, ya había sido un éxito.

Participaron del mismo no sólo Acompañantes Terapéuticos de la Argentina, sino

de diferentes países de américa latina y de España. Esto llevó a plantearnos que el próximo

congreso Argentino debería ser en Buenos Aires. Veníamos pensando en esos días junto a

colegas de diferentes provincias y de otros países que sería bueno que se realizara en el año

2003 y que tomara el rango de Tercer Congreso Argentino y Primer Congreso

Iberoamericano, dado el compromiso asumido por los colegas extranjeros, entre ellos los

españoles.

Federico me dice en voz baja que ese próximo congreso no podía ser convocado por

personas solamente sino que sería muy bueno que lo convoque una Institución. Acuerdo

con su idea y le digo que en ese caso habría que crearla.

Federico me responde que si nosotros habíamos creado la Asociación de

Acompañantes Terapéuticos en Bahía Blanca, el nombre podría ser Asociación de

Acompañantes Terapéuticos de la República Argentina, le digo ¡suena lindo AATRA!

Federico me responde: ahora en la Mesa lo digo en voz alta con todas las letras “El

próximo Congreso que tendrá carácter de Tercer Congreso Argentino y Primer Congreso

Iberoamericano de Acompañamiento Terapéutico para el año 2003 en la Ciudad de Buenos

Aires y será organizado por AATRA Asociación de Acompañantes Terapéuticos de la

República Argentina”.

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

Entérese todo aquel que le concierna el Acompañamiento Terapéutico, que así, en

esa precipitación, en ese Acto, nace AATRA.

Finalizadas las palabras de Federico, se escuchan aplausos y alegría en el público

presente. Se daba lugar a las proféticas palabras del noventa y cuatro. Era otra marca, otra

huella del camino, ya no por venir, sino recorrido.

De ahí en adelante la rueda no se detuvo más. Federico fue el primer Presidente de

AATRA, acompañado por Guillermo Altomano en la vicepresidencia. Como no recordar el

esfuerzo incansable de Federico Manson que junto al Contador José María Santángelo

hicieron lo imposible para que en mayo de 2003, seis meses antes del Tercer Congreso

Argentino y Primer Congreso Iberoamericano de Acompañamiento Terapéutico, AATRA

contara con Personería Jurídica, y estuviera constituida su Federal Comisión Directiva por

personas de diferentes latitudes del país.

El acta constitutiva del 3 de Mayo del 2003 manifiesta:

“Las personas nombradas dejan constituida la Asociación Civil sin fines de lucro

denominada ASOCIACIÓN DE ACOMPAÑANTES TERAPÉUTICOS DE LA

REPÚBLICA ARGENTINA, con domicilio legal de esta Ciudad de Buenos Aires, capital

de la República Argentina. Son miembros fundadores de esta Asociación Civil: Verónica

Evangelina FERNÁNDEZ, Federico Guillermo MANSON, Gabriel Omar PULICE,

Gustavo Pablo ROSSI, Pablo Alberto DRAGOTTO, María Laura FRANK, Karina Gabriela

CHAYAN, Gustavo Alejandro RACCA, María Mirta VARGAS, Guillermo Jesús

ALTOMANO, Carlos Alberto GRAIÑO, Silvia Mónica AZPILLAGA, y Wanda Elizabeth

CAMPISE.

Son los que describo tiempos inaugurales, tiempos de fundación inolvidables para

aquellos que hemos formado parte de los mismos y tiempos que todo aquel que se diga

Acompañante Terapéutico, más allá del lugar en donde se haya formado o de la asociación

o grupo a la que pertenezca, no puede dejar de conocer y reconocer.

No me cabe duda que sin éstos primeros pasos a pura convicción y coraje hoy el

Acompañamiento Terapéutico no tendría el lugar que ocupa en la sociedad.

Es éste mi humilde homenaje a Federico Manson que si bien hoy no nos acompaña

físicamente, podría afirmar que su deseo está presente en cada Congreso, en cada Jornada y

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

me atrevo a decir en cada uno de los acompañamientos terapéuticos que se realizan en el

país y en el mundo.

Hoy AATRA cuenta con filiales y Asociaciones en diferentes provincias de la

Argentina y se han constituido Asociaciones de Acompañantes Terapéuticos (una marca,

una huella, un primer paso AAT), por todo el mundo como son las filiales de AATRA en

las diferentes Ciudades y Provincias como son Mar del Plata donde Sebastián García,

Eugenia Rossi y Leonardo Pontoriero vienen trabajando desde hace también veinte años,

Filiales en Santa Fé, Rosario, Entre Rios, Córdoba, Catamarca y otras provincias, más las

Asociaciones de Brasil, Perú, México, Uruguay, España por nombrar algunos países.

No puedo dejar de mencionar mi temor de que desafortunadamente esta hermosa

profesión que venimos descubriendo día a día hace ya más de dos décadas y que apuntaba

en su fundación a liberar a los pacientes de las cadenas de los hospicios, se mimetice en

algunos años con el orden establecido, para reproducir sus jerarquías y vanidades. Cuando

algo se hace tan grande todos quieren sacar tajada, desde el estado hasta los más simples

privados y por lo general muchos de esos fondos son buitres oportunistas de los que

debemos aprender a defendernos. Debemos luchar juntos para que en la medida que avanza

el reconocimiento oficial no se queden con los logros los organismos de poder se llamen

Universidades, Organismos del estado o lo que fuere que terminan asumiendo un rol,

desconociendo y desmintiendo luego a la manera de la perversión a quienes sostuvimos y

sostenemos las bases de esta práctica desde hace tantos años.

Si no fuera por lo que se trabajó desde las Asociaciones de Acompañantes

Terapéuticos hubiese sido posible la desmanicomialización? Como pensar la externación

psiquiátrica sin los AT? Hubiese sido posible la entrada de los AT en las escuelas para que

los niños con capacidades diferente puedan ser incluidos en las aulas de escuelas comunes?

Todo esto se produjo en los últimos veinte años y sin estar oficializados.

Por eso digo que el “título oficial y la matrícula nacional o provincial”, si no es

consensuada con las Asociaciones que venimos sosteniendo la Práctica, termina por

legitima el discurso de sus portadores y sobre todo los ubica en una relación de poder-

saber, investidos de autoridad, pasando las ONG a un lugar de desmentida. Como soy un

amante de la historia, podría decir que esta “política de lo verdadero” no es nueva, tiene

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Historia Institucional del Acompañamiento Terapéutico

sus raíces en los colonizadores hispanos que implementaron en américa ese método de

conocimiento y dominación hace ya cinco siglos y nosotros no podemos desconocer que

somos en esta campo de la salud y la educación, los pueblos originarios.

Uno puede ser acompañante terapéutico con minúscula y conformarse con hacer una

currícula, matricularse burocráticamente en el estado y trabajar a la buena de Dios o puede

ser un Acompañante Terapéutico con Mayúscula, esto es que más allá de haberse formado

en una Universidad, desee compartir con otros esta apasionante tarea que por cierto no es

solitaria, ni individualista. El AT con Mayúscula es el que se compromete con su

Asociación, el que continúa formándose, supervisa su tarea y juega su pertenencia a un

lugar. La elección es solo una cuestión de Ética, Si! hablo de Ética, una palabra que en la

actualidad corre peligro de extinción.

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Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

POR VIR: PARA AMPLIAR O CUIDADO NO ENVELHECIMENTO

Luciana Goulart Mannrich

RESUMO

A Por Vir entende o envelhecimento como um processo construído por cada sujeito de

maneira singular e assim, oferece um cuidado que abrange a complexidade de cada história

e de todos os sujeitos envolvidos no cotidiano do idoso. Ao idoso oferecemos o serviço de

Acompanhamento Terapêutico (AT) focada na busca de projetos que deem sentido e prazer

à vida do idoso. Á família, oferecemos suporte e orientação e aos cuidadores promovemos

uma reflexão que traz a nossa marca de acreditar em um cuidado diferenciado pela escuta

do desejo do idoso e promoção de sua autonomia mesmo em situações de dependência

física ou enfermidades graves. Apresentamos um recorte do atendimento de um casal que

ilustra o manejo único e a criatividade que podem surgir no encontro de profissionais

disponíveis e idosos numa situação de cuidado.

Palavras-chave: Acompanhamento Terapêutico, envelhecimento, processo

Abstract

“Por Vir” understands aging as a process lived by each subject in a unique way and thus

provides a care that covers the complexity of each story and all those involved in daily life

of the elderly. To de elderly patient we offer “Acompanhamento Terapêutico (AT)”, a form

of therapeutic relationship that focus on finding projects that give meaning and enjoyment

to life. To the family, we offer support and guidance, to the caregivers we promote a

reflection that shows our way to care as listening to the patient’s desires and promote their

autonomy even in situations of physical dependence or serious illnesses. We present an

extract of a situation of care of a couple that illustrates the unique management and

creativity that can arise at the meeting of professionals available and elderly in a care

situation.

Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

Desde que fiz seis anos pinto o que vejo à minha volta. A partir dos cinquenta

anos, publiquei trabalhos uns atrás dos outros. Mas, até fazer setenta anos, a

minha obra não tinha grande valor. Só aos setenta e três anos compreendi um

pouco da anatomia dos animais e da vida das plantas. Se me esforçar, aos oitenta

continuarei a fazer progressos e aos noventa conseguirei desvendar os últimos

segredos. E quando chegar enfim aos cem, as linhas e os pontos isolados vão de

per si encher-se de vida. Queira o Deus da longa vida cuidar para que estas

minhas convicções não sejam meras palavras vazias.

O texto acima é de autoria do artista japonês Katsushica Hokusai, que nasceu em

1760 e faleceu em 1849. Tendo dedicado sua vida à pintura e produzido uma vasta obra

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Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

composta por pinturas, cadernos de desenhos e poemas, realizou seus trabalhos mais

importantes, entre eles 36 vistas do Monte Fugi, a partir dos 60 anos de idade.

O que nos estimulou a iniciar a apresentação com um poema de Hokusai foi sua

maneira de encarar a passagem do tempo: não a partir das perdas que acarreta, mas sim das

oportunidades que apresenta. É a partir desse ponto de vista que a Por Vir – Cuidado

ampliado no envelhecimento, pretende pensar e trabalhar com o envelhecimento,

compreendendo que se trata de um processo que é construído por cada sujeito que

envelhece de maneira singular e que pode ter como meta a construção de novos projetos de

vida.

O cenário atual apresenta uma crescente expectativa de vida que, aliada aos avanços

da medicina, permite que as pessoas envelheçam com mais qualidade de vida. A previsão

para o Brasil é que em 2050, metade da população seja composta por idosos. Para além de

todas as questões sociais que isso acarreta e da necessidade de pensar políticas públicas que

deem conta dessa realidade, o modo como as mudanças trazidas pelo envelhecimento

afetam idosos e famílias exige a criação de dispositivos de atendimento capazes de fornecer

uma escuta e amparo para múltiplas formas de existência e sofrimento.

A equipe Por Vir pretende oferecer um cuidado no envelhecimento que possa abranger sua

complexidade sem perder de vista as particularidades de cada processo. Para isso, criamos

uma equipe que procura abarcar todos os sujeitos envolvidos no cotidiano do idoso.

Família

Em nossa prática percebemos que a demanda por cuidado costuma vir da família.

Ao se deparar com o envelhecimento de um de seus membros e com a complexificação do

cotidiano que isso acarreta, a família passa a encontrar dificuldades para se relacionar com

o idoso e manejar os novos arranjos necessários.

Os familiares que nos procuram são acolhidos em nosso consultório para que

possamos entender a demanda e pensar uma possível entrada de um profissional da equipe

na residência do idoso para um primeiro contato.

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Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

Além de orientar e amparar a família para melhor lidar com o envelhecimento buscamos

coletar elementos que facilitem o início do nosso trabalho com o idoso visto que muitas

vezes a entrada do at é recusada justamente por advir de uma demanda familiar.

Idosos

A entrada na velhice é marcada pelo modo como vivencia determinada perda que

evidencia para o sujeito sua finitude irrevogável. Lidamos com nossa própria mortalidade

durante toda a vida, mas na velhice isso se torna mais contundente. As perdas, mais comuns

nessa etapa da vida, podem ser vividas de maneira penosa e desencadear uma paralisação

no sujeito e a inviabilização de seus projetos de vida.

Diante da primeira marca de perda do envelhecimento (um luto, uma queda na rua)

o idoso antecipa um futuro de desamparo e dependência e se volta para seus objetos

internos e externos para lidar com esta angústia. Se encontrar amparo nestes objetos poderá

fazer o trabalho de luto e se adaptar às novas modificações trazidas pela realidade sem

perder sua identidade. A isso Manoel Berlink denominou “envelhescência”: aceitar o

envelhecimento e abrir mão de projetos que já não são mais possíveis (BERLINK, 2008)

Se essas malhas - interna de coesão do aparelho psíquico e externa do ambiente - não

oferecerem sustento suficiente o idoso pode apresentar psicopatologias como demência,

depressão e se descolar da realidade por não conseguir fazer o trabalho de luto necessário

para integrar as perdas à sua nova identidade. O processo de envelhecimento e o estigma

social podem levar o sujeito a reviver angústias infantis e se fechar para as mudanças que o

presente lhe apresenta, mantendo-se ligado a reminiscências do passado. O passado passa a

ser supervalorizado em lugar de ser resignificado (BARBIERI, 2013).

Diante dessa situação de maior vulnerabilidade e fragilidade, a entrada do

acompanhante terapêutico (at) pode constituir um campo fértil. A confecção do projeto

terapêutico se dá junto ao idoso e pode envolver as atividades mais diversas. É importante

lidar com a ansiedade da família e escapar da ânsia tarefeira de realizar grandes saídas. O at

deve se ater ao que faz sentido para o idoso e encontrar na relação o que é mais

significativo, ainda que isso envolva pequenos passeios pela sala de estar.

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Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

Na visita domiciliar do at, o idoso vê uma oportunidade de conversar com alguém

que não é da família e que se oferece, completamente disponível, para acompanhar o idoso

na sua rotina, atividades da vida diária, fragilidades, medos, angústias e até delírios.

Através de um vínculo seguro, marcado pela transferência e pela escuta psicanalítica é

possível ao idoso reatualizar conteúdos do passado, ligando-os a experiências do presente e

repensar projetos de futuro.

Cuidador

Aos cuidadores, propomos um espaço para pensar a maneira como atuam e os

impactos que este tipo de trabalho tem na sua subjetividade. A proximidade física e

psíquica presentes na experiência do cuidado de alguém fragilizado desperta angústias

primitivas que precisam ser identificadas e cuidadas para que não interfiram na relação

profissional do cuidador com o idoso.

Além disso, há a questão do assujeitamento, como se o idoso deixasse de ser sujeito

porque passou a depender de alguém. O cuidador passa a responder por tudo que diz

respeito à vida da pessoa como se ela não tivesse mais condição ou direito de falar por si

mesma. Outro risco sempre presente é a presença ausente do cuidador: está ao lado do

idoso, mas não se conecta a ele, não cria vínculos.

A equipe Por-Vir preza por um cuidado marcado pela escuta do desejo do idoso e

promoção de sua autonomia mesmo em situações de dependência física ou enfermidades

graves.

Recorte clínico

Optamos por fazer um recorte clínico com o intuito de ilustrar o atendimento

oferecido pela Por Vir. Trata-se um casal acompanhado pela nossa equipe há 5 anos. Greta,

56 anos, com diagnóstico de transtorno bipolar e Ringo, 60 anos, com dor crônica e lado

esquerdo do corpo paralisado por conta de um tumor no cérebro que foi retirado há 25 anos.

Eles vivem juntos há mais de 30 anos e a situação de saúde dele vem se deteriorando com o

tempo, com perdas motoras e neurológicas mais significativas recentemente.

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Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

No início do acompanhamento Greta cuidava de Ringo sozinha. O pequeno

apartamento deles era muito precário, refletindo a organização psíquica desse casal que

vivia numa simbiose. Nessa época, Greta estava muito desamparada e agressiva, cansada

pela demanda de cuidar de seu companheiro sozinha e pela falta de amparo e cuidado para

si.

A entrada de uma acompanhante terapêutica na casa possibilitou o início de certa

organização da rotina, da alimentação, dos cuidados de saúde. Greta passou a ser

acompanhada por uma psicanalista e por uma psiquiatra e lentamente começou a aderir ao

tratamento medicamentoso. Essa entrada também marcou o início da separação dessa dupla

tão simbiótica.

O início do tratamento marca também a necessidade de uma rede de cuidados mais

densa e contratamos uma cuidadora para auxiliar Greta nos cuidados a sua casa e seu

marido. No início eram poucas as horas em que Greta podia contar com esse auxílio. Com o

tempo, a situação de saúde de Ringo se agravou e o suporte por parte das cuidadoras se

intensificou. Hoje eles contam com 12 horas diárias de uma cuidadora e vamos constatando

a necessidade de uma presença noturna, face ao agravamento da situação.

O único familiar em contato com esse casal é a irmã de Greta, que disponibiliza a

ela certa quantia mensal. O contato delas é bastante limitado a essa relação financeira,

embora Greta tente certa aproximação ao mesmo tempo em que a rechaça e condena por

não ser mais presente e amorosa. Com essa irmã, nos encontramos a cada três meses no

consultório da psicanalista para fazer um balanço do atendimento e para reavaliar os

contratos.

Gerenciar esse caso é uma tarefa bastante complexa. Com o tempo, percebemos que

apenas uma at não era capaz de dar conta da transferência maciça da paciente/casal e de

toda a rotina da casa, além de supervisionar as cuidadoras e manter-se em contato com a

irmã. Optamos por colocar mais uma at com o intuito de criar algum tipo de separação:

uma at fica responsável pela equipe de cuidadoras e pelo gerenciamento do dinheiro e a

outra mais voltada para a paciente.

Ringo encontra-se em franco declínio físico e mental, demandando mais suporte e

atenção. Greta, sua companheira há mais de 30 anos, se aflige diante dessa situação (como

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Por Vir: Para ampliar o cuidado no envelhecimento

qualquer um de nós o faria!), entretanto, diferente do que acontecia antes, consegue lidar

com sua angústia e pedir ajuda antes de surtar. Podemos pensar que a rede criada pela

equipe de atendimento foi capaz de dar a Greta amparo suficiente para que lidasse com essa

crise de maneira mais estruturada.

Considerações finais

O trabalho que realizamos na Por Vir tem como marca a crença de que é possível

envelhecer bem, o que não quer dizer envelhecer como a sociedade espera que se faça, mas

encontrar uma maneira singular de lidar com o limite que nos impõe a finitude da vida e ser

capaz de, a partir disso, olhar para o futuro com esperança.

Voltemos para Hokusai e seu poema tão belo e cheio de esperança. Talvez o que

haja de mais surpreendente seja justamente sua crença de que envelheceria sendo capaz de

aprender sempre mais. Messy nos diz que a maneira como alguém envelhece é a mesma

como viveu, o que pode servir como um lembrete de que somos responsáveis pelo modo

como envelheceremos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBIERI, Natalia Alves. Escuta e criação de projetos: observações sobre a clínica do

acompanhamento terapêutico e o envelhecimento. In: Barbieri, Natália Alves; Baptista,

Carolina Guimarães (orgs): Travessias do tempo: acompanhamento terapêutico e

envelhecimento. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2013.

BERLINK,Manoel. Psicopatologia Fundamental. São Paulo, Editora Escuta, 2008.

MESSY apud Cherix, Katia. Viver com demência: relato de um acompanhamento

terapêutico em instituição. In Barbieri, Natália Alves; Baptista, Carolina Guimarães (orgs):

Travessias do tempo: acompanhamento terapêutico e envelhecimento. São Paulo, Casa

do Psicólogo, 2013.

GOLDFARB, Delia Catullo. Velhices fragilizadas: espaços e ações preventivas.

http://geracoes.org.br/novo_site/velhices-fragilizadas-espacos-e-acoes-preventivas/

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El Acompañamiento Terapéutico en la Discapacidad

EL ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO EN LA DISCAPACIDAD

Lic. Verónica Evangelina Fernández¹

RESUMEN

En el transcurso del tiempo, se ha producido una evolución de la percepción de la

discapacidad. La visión que se le ha dado a lo largo del siglo XX estaba relacionada con

una condición considerada deteriorada respecto del estándar general de un individuo o de

su grupo. El término, de uso frecuente, se refiere al funcionamiento individual e incluye

discapacidad física, discapacidad sensorial, discapacidad cognitiva, discapacidad

intelectual, enfermedad mental o psicosocial. En nuestra sociedad actual se cuida la

adaptación del entorno a las personas con discapacidades para evitar su exclusión social.

La discapacidad puede pensarse, desde la perspectiva psicoanalítica, como una marca real

que acompaña al Sujeto pero que no es el Sujeto mismo. A partir de esa problemática surge

pensar en profundizar respecto a su atención para una futura integración a la sociedad, y en

la realización de cada uno de ellos como seres humanos en búsqueda de su propia felicidad

e independencia. Cuando nuestra intervención es requerida para trabajar con niños

pequeños, por lo general se tratará de colaborar en la construcción de un espacio de

separación respecto de la madre y el niño, propender la integración al grupo de pares, y/o la

inserción en distintos ámbitos, respetando sus características singulares.

Palavras-clave: discapacidad, exclusión social, Acompañante Terapéutico

Para abordar ésta temática debemos saber que la Discapacidad es una realidad

humana percibida de manera diferente en distintos períodos históricos y civilizaciones.

En el transcurso del tiempo, se ha producido una evolución de la percepción de la

discapacidad. La visión que se le ha dado a lo largo del siglo XX estaba relacionada con

una condición considerada deteriorada respecto del estándar general de un individuo o de

su grupo.

El término, de uso frecuente, se refiere al funcionamiento individual e incluye

discapacidad física, discapacidad sensorial, discapacidad cognitiva, discapacidad

intelectual, enfermedad mental o psicosocial.

En nuestra sociedad actual se cuida la adaptación del entorno a las personas con

discapacidades para evitar su exclusión social.

La discapacidad puede pensarse, desde la perspectiva psicoanalítica, como una

marca real que acompaña al Sujeto pero que no es el Sujeto mismo. A partir de esa

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El Acompañamiento Terapéutico en la Discapacidad

problemática surge pensar en profundizar respecto a su atención para una futura integración

a la sociedad, y en la realización de cada uno de ellos como seres humanos en búsqueda de

su propia felicidad e independencia.

Cuando nuestra intervención es requerida para trabajar con niños pequeños, por lo

general se tratará de colaborar en la construcción de un espacio de separación respecto de la

madre y el niño, propender la integración al grupo de pares, y/o la inserción en distintos

ámbitos, respetando sus características singulares.

Será importante también la contención de esos padres que seguramente siguen

aturdidos frente a la “diferencia” respecto de lo que esperaban de su pequeño.

Lamentablemente luego de terminado el ciclo educativo de la persona discapacitada, se

encuentran, aún hoy, con serios problemas de integración en todo los sentidos (personales,

laborales, sociales, vinculares, comunicacionales, etc.), es allí también donde cobra vital

importancia nuestra tarea como Acompañantes Terapéuticos para facilitar la reinserción a

la sociedad.

Solemos encontrarnos en contextos donde prevalece una mirada discapacitante, con

lo cual estamos marginando y discriminando. No debemos detenernos en los obstáculos, y

sí hay que ver siempre las posibilidades.

Si bien las personas con alguna discapacidad poseen una marca real de por vida, lo

debemos repensar en su condición de ser humano integral, desde una mirada más amplia y

abarcativa con la cual aparece naturalmente un ser humano en toda su integridad, dos

personas con la misma limitación pueden tener necesidades diferentes, percibirlo dependerá

de nuestra mirada, por lo cual trabajar en equipos interdisciplinarios y multidisciplinarios es

fundamental para contribuir al desarrollo integral del paciente como:

- Persona digna, libre y justa que, desde el seno de la familia como núcleo de la

sociedad, procure recreación sana como forma de promoción de su salud física,

mental y emocional.

- Ciudadano autorrealizado y formado para el ejercicio participativo de la

democracia, integrado al mundo, capaz de discernir y competir.

- Productor y producido desde el punto de vista de sus habilidades, aprendizajes,

destrezas, y de búsqueda del conocimiento creador.

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El Acompañamiento Terapéutico en la Discapacidad

- Capaz de comunicarse con el mundo, de manera que, tome decisiones, con identidad

propia, flexibilidad y visión crítica.

Atender hoy a la Discapacidad, es atender a la diversidad y en ella a las diferencias que le

son propias a cada sujeto.

La diversidad y aquellas diferencias a las que hacemos referencia nos da cuenta de tener

una mirada a lo distinto a lo no esperado a la contingencia y una escucha diferente a lo

conocido.

En la variedad de encuentros a los que el A. T. tiene acceso, se hace imprescindible

conocer especificidades que caracterizan en general al sujeto con el cuál ha de relacionarse,

pero sin desconocer su posición frente al trabajo a realizar como AT, estando advertido de

los prejuicios que podrán hacernos caer en la trampa de

significar, dar sentido, indicar a nuestro acompañado, cercenando la posibilidad de que se

produzca la subjetividad esperada.

Sin dudas el Acompañante Terapéutico deberá contar con un sustento teórico para

afrontar la tarea, pero creo que el desafío más grande es el de mantener una posición ética

respecto de la abstinencia, de la supervisión y formación constante, dando cuenta de su

clínica regularmente y apostando a la mejora en la calidad de vida de cada uno de nuestros

pacientes y sus familias tratando de desarrollar todo el potencial posible y de optimizar el

trabajo en equipo.

La legislación argentina contiene un compendio de leyes de discapacidad amplio,

muchas complementarias entre sí.

Con la Ley 22.431 sancionada y promulgada el 16 de marzo de 1981 Argentina ha

reunido un conjunto integral de leyes de discapacidad, ello coincide con la iniciación del

Decenio de los Discapacitados proclamado por la Organización de las Naciones Unidas

(ONU). Con ello inició una etapa con normas conjugando gran parte de los intereses de los

discapacitados, produciendo una recopilación de medidas al respecto.

Una de ellas es la obtención del Certificado Único de Discapacidad.

El Certificado Único de Discapacidad es un documento público.

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El Acompañamiento Terapéutico en la Discapacidad

Es la llave de acceso al Sistema de Salud y a los beneficios instituidos por la

normativa en la materia, para las personas con discapacidad.

El trámite es voluntario y consta de una evaluación interdisciplinaria en la que los

profesionales determinarán, de acuerdo a la documentación presentada por el interesado, si

se encuadra o no dentro de las normativas vigentes de certificación de discapacidad.

Mi posición respecto de este Certificado es, nuevamente, el de preservar la

subjetividad de cada paciente, intervenir con el equipo actuante, ya que pareciera que lo que

le ocurre a la mayoría de las familias, es el apuro por “aprovechar” todo lo que el

certificado de discapacidad puede ofrecer gratuitamente, entorpeciendo el desarrollo de

cada niño, avasallando sus tiempos libres y atormentándolos con una actividad tras otra.

Aún con la función del AT cuando muchas veces es convocado pero con otra intensión...

Sin ninguna duda el Acompañante Terapéutico ha logrado un importante lugar en el

abordaje de todas estas patologías, que creo deberá sostener materializando en la práctica

de cada acompañamiento la esencia de este trabajo artesanal que nos caracteriza,

enmarcados en la estrategia terapéutica acordada con el equipo interdisciplinario.

NOTAS:

Miembro Fundadora Asociación Acompañantes Terapéuticos Bahía Blanca, Miembro

Fundadora Asociación Acompañantes Terapéuticos de la República Argentina

BIBLIOGRAFIA:

Manual didáctico sobre acompañamiento terapéutico. Susana Schneerof-Sonia Edelstein,

Editorial Akadia.

Psicoanálisis y Discapacidad Mental en el Psicoanálisis en la clínica de bebés y niños

pequeños. Elsa Coriat. Capítulo XVI. Editorial De la Campana. La Plata 1996.

Redes, vínculos y subjetividad. Schust-Contreras

Lacán, Jacques. Dos notas sobre el niño, 1969

Wikipedia

Ley Discapacidad 22431

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Estrés Y Adaptación Familiar: Un Modelo Para La Evaluación De Familias Que Enfrentan Eventos Vitales

No Normativos

ESTRÉS Y ADAPTACIÓN FAMILIAR: UN MODELO PARA LA

EVALUACIÓN DE FAMILIAS QUE ENFRENTAN EVENTOS

VITALES NO NORMATIVOS

Cecilia Cracco Cattani¹

RESUMEN

El trabajo presenta los modelos de Estrés y Adaptación Familiar desarrollados por Hill y

McCubbin y colaboradores, como una herramienta útil para la evaluación e intervención

con familias que enfrentan estresores no normativos como puede ser el diagnóstico de

Trastorno del Espectro Autista a uno de sus miembros. El modelo plantea que el nivel de

adaptación que logre la familia frente a un estresor de este tipo, dependerá de la interacción

de una serie de factores –acumulación de estresores, recursos, significados y estrategias de

afrontamiento- con capacidad para explicar cursos familiares resilientes y otros que

implican aumento de la vulnerabilidad familiar. El trabajo presenta técnicas de evaluación

de cada uno de los factores así como resultados de investigaciones que tomaron el modelo

para profundizar en la comprensión de las familias y aportar elementos de la intervención.

Palavras-clave: discapacidad, exclusión social, Acompañante Terapéutico

En este trabajo se presentan los modelos de estrés y adaptación familiar como

herramienta para la evaluación e intervención con familias que enfrentan estresores no

normativos. Se toma el diagnóstico de Trastorno del Espectro Autista (TEA) para

ejemplificar distintos factores del modelo, reseñar investigaciones anteriores y ofrecer una

reflexión sobre el dispositivo de acompañamiento terapéutico, dentro de este marco

conceptual.

El diagnóstico de TEA constituye para cualquier familia un evento de altísima

significación. El período previo al diagnóstico y el diagnóstico en sí, implican a la familia

en un proceso doloroso, en que difícilmente podrán pensarse sin el trastorno. Sin embargo,

las familias varían notablemente en su capacidad de adaptación aún en circunstancias tan

difíciles. ¿Qué explica que algunas familias logren adaptarse y continuar con su desarrollo

y otras no? Esta no es una pregunta nueva.

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Estrés Y Adaptación Familiar: Un Modelo Para La Evaluación De Familias Que Enfrentan Eventos Vitales

No Normativos

En la década del 50, los trabajos de Reuben Hill procuraron comprender por qué

familias sometidas a un mismo estresor variaban en su capacidad de ajuste y recuperación.

Hill (1958) desarrolló el modelo ABC-X of family crisis, en el que establece que: A

(estresor), interactuando con B (recursos) e interactuando con C (significado atribuido al

estresor por la familia) – produce X (crisis). La idea principal es que la crisis es resultado

de una función entre los factores y no la única respuesta posible frente al estresor. Este

modelo sigue siendo la base de los modelos de estrés y afrontamiento familiar (Price, Price

y McKenry, 2010) y es el antecedente directo de los modelos Double ABC-X y Resilience

Model of Stress, Adjustment and Adaptation desarrollados por el equipo de Hamilton

McCubbin (Weber, 2011).

Al analizar la situación de una familia con un miembro con TEA, debemos

comprender la naturaleza de ese estresor junto a las otras demandas que simultáneamente

debe afrontar la familia o que podrían asociarse al trastorno diagnosticado. Un evento

estresor por definición, tiene el potencial de elevar el nivel familiar de estrés, pero no todos

los estresores son iguales. Boss (2002) propone clasificarlos según su fuente (internos o

externos), duración (crónicos o agudos), densidad (aislados o acumulativos) y tipo

(voluntarios o involuntarios, normativos o no normativos, ambiguos o definidos).

El diagnóstico de TEA, podría clasificarse como un estresor interno a la familia, de

carácter crónico, involuntario y no normativo (es decir, fuera de las expectativas asociadas

al curso vital). El carácter de ambiguo o definido es otro modo de clasificar a los estresores.

Boss (2002) llama “pérdida o adquisición ambigua” a las situaciones en las que existe

ambigüedad respecto a la presencia o ausencia de un miembro de la familia. La autora

señala dos tipos ambigüedad que se genera cuando una persona está físicamente ausente

pero psicológica o emocionalmente presente, o cuando una persona está físicamente

presente pero psicológica o emocionalmente ausente. Para Boss, (1992, 2002) el carácter de

ambigüedad reviste a las situaciones de mayor estrés. En este sentido, es importante

considerar el proceso que transcurre antes de que se arribe al diagnóstico de TEA, como un

tiempo en que será especialmente complicado para la familia poner en marcha mecanismos

de afrontamiento.

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McCubbin y sus colaboradores (Lavee, McCubbin y Olson, 1987; McCubbin et al.,

1980) insistieron en que las familias difícilmente deben manejar un único estresor y que es

la acumulación de eventos estresores más que la naturaleza de un estresor asilado lo que

determina el nivel de estrés familiar. Los autores sostienen que si un excesivo número de

tensiones afecta a la familia en un corto período de tiempo, aumenta la probabilidad de una

declinación en el funcionamiento familiar, con correlatos negativos en los miembros

individuales. El diagnóstico de TEA coexistirá, por lo menos, con otros estresores

asociados al curso vital de la familia y la existencia de estresores diarios. Helms, Walls y

Demo (2010) definen los estresores diarios como aquellos eventos relativamente menores,

previsibles e imprevisibles (limpieza y orden de la casa, cuidado de los niños, cuentas a

pagar, etc.), que pueden ser determinantes más importantes del estrés familiar que los

estresores mayores y tienen un efecto inmediato y directo en el bienestar de las personas

(Almeida, 2005).

Según los modelos de estrés y adaptación familiar, los estresores generarán distintos

niveles de impacto en la familia en función de los recursos que la misma posea y del

significado familiar que se le otorgue tanto a los estresores como a los recursos.

Lavee, McCubbin y Patterson (1985) definieron los recursos como rasgos,

características o habilidades de los miembros de la familia, del sistema familiar y de la

comunidad que pueden ser utilizados para enfrentar las demandas que genera el estresor.

Los recursos personales incluyen la inteligencia, educación, recursos financieros, salud

física y rasgos psicológicos de extroversión, alta autoestima y seguridad en uno mismo

(Hernández, 1997). La cohesión, adaptabilidad y comunicación familiar, han recibido la

mayor atención de los investigadores en tanto recursos del sistema familiar (Lavee y Olson,

1991; Musitu y Cava, 2001). Los recursos comunitarios refieren a las capacidades de

personas o instituciones hacia las cuales las familias pueden dirigirse para obtener

información, apoyo emocional o instrumental. Según Palomar y Cienfuegos (2007), las

personas o instituciones capaces de brindar ayuda se conocen como redes sociales y es a

través de ellas que la familia recibe los recursos psicológicos y materiales que necesita. El

apoyo social es positivo sólo si es dado en la dirección, cantidad, calidad y momento en el

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Estrés Y Adaptación Familiar: Un Modelo Para La Evaluación De Familias Que Enfrentan Eventos Vitales

No Normativos

que el sujeto lo requiere (Palomar y Cienfuegos, 2007). Gracia, Herrero y Musitu (2002)

plantean que las características de los estresores son uno de los determinantes del apoyo

social. Según los autores, la visibilidad de los estresores y su carácter de crónico o agudo

son aspectos relevantes ya que es bastante poco probable que estresores escasamente

visibles generen conductas espontáneas de apoyo. Además, los estresores crónicos, como

un TEA, representan problemas a largo plazo que implican la movilización continua de la

red que puede desgastarse o volverse menos eficaz en tanto las personas avanzan en el ciclo

vital y enfrentan nuevos desafíos asociados al trastorno. La estigmatización de

determinados sucesos estresantes puede explicar también, la reducción del apoyo social

disponible (Gracia et al, 2002).

El significado atribuido a los estresores incluye componentes como el valor que el

hecho tiene para la familia, el grado de controlabilidad del mismo y la magnitud del cambio

que implica (Hernández, 1997). Las definiciones pueden generar una visión de los

estresores como desafío y oportunidad de crecimiento o como amenaza inmanejable. Boss

(1992, 2002) destaca el valor de los significados sobre los recursos y plantea que las

familias no utilizarán ni desarrollarán sus recursos si no tienen la percepción de que esas

acciones marcarán una diferencia. En relación al significado, Antonovsky denominó

“sentido de coherencia” a la orientación global sobre las circunstancias familiares, que

supone un sentimiento de confianza duradero, dinámico y generalizado sobre el carácter

estructurado, predecible y explicable de los estresores en el curso de la vida, la capacidad

de las personas para encontrar y manejar los recursos necesarios y el valor de tales

demandas en tanto desafíos en los que vale la pena invertir tiempo y compromiso

(Antonovsky y Sourani, 1988).

El modelo Double ABC-X incluye los procesos de afrontamiento familiares. El

afrontamiento interactúa con los significados y los recursos y refiere a los esfuerzos

concretos, exitosos o no, que las familias realizan para manejar los estresores (Price et al.,

2010). El afrontamiento familiar se ha conceptualizado en términos de respuesta de acción

directa, respuesta intrapsíquica, o control de las emociones generadas. Estas respuestas

pueden ser utilizadas aisladamente, consecutivamente o en variadas combinaciones y se van

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modificando con el tiempo en función de los estresores y de los momentos vitales

(McCubbin et al., 1980; Price et al., 2010).

La particular interacción de los factores antes mencionados explicará los distintos

niveles de adaptación familiar. Una buena adaptación, se caracteriza por: a) buena salud

física y emocional de sus miembros, b) estímulo y promoción del desarrollo individual, c)

óptimo funcionamiento del rol de cada uno, d) mantenimiento de una unidad familiar que

pueda cumplir con sus tareas de desarrollo, e) mantenimiento de la integridad familiar y de

un sentido de control sobre la influencia ambiental. Una mala adaptación, por el contrario,

se caracteriza por un desequilibrio constante en el funcionamiento familiar, por el

mantenimiento del equilibrio a costa del deterioro de la salud o del desarrollo de los

miembros, o por el deterioro de la integridad, autonomía o habilidad familiar para cumplir

con las tareas del desarrollo (Hernández, 1997; Lavee et al., 1985).

Los investigadores de los grupos de McCubbin y Olson desarrollaron instrumentos

de evaluación para prácticamente todos los factores del modelo doble ABC-X4. Este

desarrollo instrumental ha permitido la realización de numerosas investigaciones que

arrojan luz sobre procesos de adaptación más o menos exitosos de las familias en distintas

circunstancias. En relación al diagnóstico de TEA se encuentran las investigaciones

realizadas por Bayat (2007), Dabrowska y Pisula (2010), Greeff y van der Walt (2010),

Kapp y Brown (2011), Manning y Wainwright (2011), y Pozo, Sarriá y Méndez (2006).

Estas investigaciones dan apoyo empírico al modelo teórico presentado. Los

resultados muestran que las familias con un miembro con TEA reportan altos niveles de

estrés. Asimismo, las investigaciones han identificado recursos, significados y estrategias

de afrontamiento que explican buenos niveles de adaptación familiar. Algunas de las

variables identificadas refieren a aspectos del funcionamiento familiar como la cohesión,

4 Family Inventory of Life Events and Changes (McCubbin, Patterson, & Wilson, 1981); Family Strengths (Olson, Larsen, &

McCubbin, 1985); The Family Hardiness Index (McCubbin, McCubbin, & Thompson, 1987); Family Adaptation and

Cohesion Evaluation Scales (FACES) (Olson, Portner, & Lavee, 1985); Family Problem-Solving Communication Index

(McCubbin, McCubbin, & Thompson, 1987); Family Crisis-Oriented Coping Evaluation Scales (McCubbin, Larsen, & Olson,

1983); Family’s Sense of Coherence Index (FSOC) (Antonovsky & Sourani, 1988); Family Satisfaction (Olson, Wilson, &

Wilson, 1985); Family Index of Resiliency and Adaptation (FIRA-G) (McCubbin & Thompson, 1991). El lector puede

encontrar una lista completa de estos y otros instrumentos de evaluación familiar en Fischer y Corcoran (2007).

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comunicación abierta, establecimiento de rutinas familiares y creencias compartidas;

espiritualidad y visión positiva de la vida; fuerte apoyo social y buenas condiciones

socioeconómicas. Las familias que logran mejores niveles de adaptación dan cuenta de

mayor uso y variedad de estrategias de afrontamiento.

El acompañante terapéutico, como integrante del equipo profesional que trabaja con

la familia, constituye parte de los recursos institucionales o comunitarios que serán de

fundamental importancia para apoyar a estas familias. Podemos comprender, sin embargo,

que la existencia en sí del recurso no asegura su utilización en el despliegue de estrategias

de afrontamiento adecuadas a la situación. Los significados que la familia ha construido y

continuará co-construyendo con otros, serán determinantes en cuanto a la posibilidad de un

trabajo conjunto familia-equipo terapéutico, que genere las mejores condiciones para la

adaptación de la familia.

NOTAS:

1- Magíster en Psicología Clínica orientación Familiar Sistémica, Universidad Católica del

Uruguay

REFERENCIAS:

Almeida, D. (2005). Resilience and vulnerability to daily stressors assessed via diary

methods. Current Directions in Psychological Science, 14(2), 64-68.

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Intellectual Disability Research, 51(9), 702-714.

Boss, P. (1992). Primacy of perception in family stress theory and measurement. Journal of

Family Psychology, 6(2), 113-119.

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Sage.

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Estrés Y Adaptación Familiar: Un Modelo Para La Evaluación De Familias Que Enfrentan Eventos Vitales

No Normativos

Dabrowska, A. y Pisula, E. (2010). Parenting stress and coping styles in mothers and

fathers of pre-school children with autism and Down syndrome. Journal of Intellectual

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Estrés Y Adaptación Familiar: Un Modelo Para La Evaluación De Familias Que Enfrentan Eventos Vitales

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

NOVAS DEMANDAS DA CLÍNICA: ACOMPANHAMENTO

TERAPÊUTICO COM IDOSOS, ONG- GER-AÇÕES, SÃO PAULO,

BRASIL

Katia Cherix¹

RESUMO

Com o aumento da expectativa de vida, o processo de envelhecimento passa a ser alvo de

grande interesse. Novos dispositivos se fazem necessários para lidar com novas demandas.

Diante da perda de independência, idosos e seus familiares buscam cuidado. Como oferecer

cuidado sem tirar o idoso do lugar de sujeito? Através de exemplos clínicos, esta

apresentação partilha experiências de Acompanhamento Terapêutico (AT) com Idosos em

diferentes contextos e discute temas que aparecem na escuta desta clínica. Ao envelhecer,

não deixamos de ser quem somos, porém vivenciamos um grande numero de perdas reais e

simbólicas em pouco tempo, exigindo assim, um importante trabalho de luto. A Psicanalise

nos oferece ferramentas teóricas para pensar no envelhecimento não só como um fenômeno

complexo e interdisciplinar (biopsicossocial) mas também como uma etapa da vida onde os

conflitos são tão intensos que a coesão do aparelho psíquico é colocada à prova. Em 2012, a

ONG Ger-Ações, lança o livro “Travessias do Tempo: Acompanhamento Terapêutico de

idosos”, primeiro livro de Acompanhamento terapêutico e envelhecimento lançado no

Brasil. O núcleo de AT da Ger-ações estuda questões ligadas às demandas e manejos no AT

de idosos além de capacitação de cuidadores de idosos e profissionais da área do

envelhecimento.

Palavras-chave: Envelhecimento; idosos; Acompanhamento Terapêutico; Psicopatologias;

Psicanalise.

Envelhecimento e contemporaneidade

Com o aumento da expectativa de vida, a reflexão sobre o cuidado dos idosos é

essencial. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em pesquisa de 2008,

aponta mudanças na estrutura etária da população brasileira. Em 2000, para cada pessoa

com 65 anos ou mais, aproximadamente 12 estavam na faixa etária chamada de

potencialmente ativa. Em 2050, para cada pessoa com 65 anos ou mais, menos de 3 estarão

na faixa etária potencialmente ativa. Os avanços da medicina e as melhorias nas condições

de vida repercutem elevando a idade média que chegará ao patamar de 81 anos em 2050.

Para famílias, comunidades e cidades há, igualmente, a necessidade de se adaptar a

essas mudanças; com a conquista de uma vida mais longa é necessário encontrar meios para

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

que os anos continuem a serem significativos, com qualidade de vida. Viver por mais

tempo, muitas vezes, implica em viver sob os cuidados de alguém. Dados da ABRAZ

(Associação Brasileira de Alzheimer) mostram que no mundo existem 35 milhões de

pessoas com Alzheimer, no Brasil a estimativa é de um milhão de pessoas.

O envelhecimento é um processo complexo que vem sendo estudado de forma

interdisciplinar. Fatores biológicos, psicológicos, familiares, sociais e culturais influenciam

o modo de se envelhecer. Para Brandão (2009), a identidade é construída em um processo

entre o lugar da onde se vem (genética, família, cultura) e os grupos de destinos para onde

se vai durante a vida e onde se viverá a velhice. A maneira como se vive e como se

envelhece dependeria de múltiplos fatores como a genética, as experiências vividas,

escolhas e como tudo é articulado subjetivamente e em constante diálogo com o olhar do

outro.

Do ponto de vista biomédico, o processo de envelhecimento se caracteriza por

perdas das funções e declínio das performances. Do ponto de vista social, o velho perde seu

papel como provedor e autoridade na família, perde reconhecimento social por não estar

mais inserido no mercado de trabalho e diminuir sua capacidade de consumo. Para a

Psicologia, esta etapa da vida demanda cuidado, pois além de fragilizado fisicamente e

desamparado socialmente, o idoso defronta-se com limitações reais e simbólicas que

demandam energia para um intenso trabalho de elaboração de lutos e perdas.

Envelhecimento e Psicanálise

Psicanalistas também têm usado seu referencial teórico para iluminar este

fenômeno. A maneira como se envelhece teria uma ligação com a maneira como se

estruturou a psique e como se estabeleceu a psicodinâmica do sujeito e sua relação com o

mundo desde as experiências mais primitivas. No final da vida, o sujeito se vê diante de

lutos importantes tanto simbólicos (aposentadoria, mudanças no corpo) quanto reais (morte

de familiares e amigos). Para Birman (1995), a questão da velhice está começando a

receber certa visibilidade social, mas falta o reconhecimento simbólico. Uma sociedade que

cultua a juventude e os valores ligados à aparência e ao poder econômico, tende a excluir

aqueles que fazem lembrar as limitações. No imaginário social, o idoso é visto como pouco

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

ativo e tendo pouco a oferecer, estaria esperando a chegada da morte. Sem reconhecimento

social, só o passado lhe pertence, o presente e o futuro não. Sem um investimento da

cultura, o velho corre o risco de identificar-se com o vazio.

Messy (2007), psicanalista francês com longo percurso no estudo do

envelhecimento, mostra que no final da vida pode existir uma tendência de se retirar as

emanações da libido dos objetos de amor e voltar sobre o Eu a energia libidinal. Esta

diminuição quantitativa favorece uma regressão a estados pré-genitais, um retorno ao

narcisismo primário. Segundo o autor, do mesmo modo que o sujeito passou pela fase do

espelho quando reconheceu-se numa imagem, o que permitiu que ele integrasse as partes do

seu Eu, o adulto passa pela fase do “Espelho Quebrado”. Ou seja, ao ver uma imagem que

não reconhece no espelho, antecipa o desregramento do Eu, a ideia de perda do controle de

sua unidade corporal e da própria morte. O que vê à sua frente e no futuro não é mais a

possibilidade de ser algo melhor, de se chegar numa imagem de completude como o Ideal

de Eu, e sim um “Eu Feiúra” refletido no espelho e no olhar do outro. Esta experiência seria

extremamente violenta, pois quebraria a relação do Eu com as antigas imagens que o

constituíram.

Ferrey & Le Gouès (2008), também trazem um olhar interessante para o fenômeno

do envelhecimento. Para eles, o jogo entre as forças destrutivas (Pulsão de Morte) e do

narcisismo (Pulsão de Vida), se intensificam no envelhecimento. O Eu procura uma nova

posição em que poderia ser amado, em conformidade com as exigências do mundo externo.

No envelhecimento, as possibilidades sociais de investimento em novos objetos diminuem

e o circuito de troca de energia libidinal que alimenta o narcisismo se vê empobrecido. Por

isso que, ao sentirem-se desinvestidos pelo ambiente, alguns idosos podem voltar para si a

energia que lhes resta como indicado acima por Messy. A qualidade do investimento

libidinal em novos objetos é afetada pela história psíquica do sujeito e pelas oportunidades

que o ambiente oferece para trocas afetivas. As trocas podem ajudar a melhorar a

circulação da libido do sujeito, além de permitirem que ele se imagine no futuro como um

sujeito inteiro, capaz de manter projetos de vida ao invés de paralisar-se frente à

possibilidade de um esfacelamento psíquico anunciado pelo “Espelho Quebrado”.

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

Podemos pensar que no envelhecimento acontece um desencontro entre o

inconsciente atemporal e o corpo temporal. Diante de um futuro desconhecido e da morte, o

sujeito é convocado a redesenhar sua história, imagem e identidade. Frente ao limite

colocado pela finitude, pelo tempo e pela decadência do corpo físico o sujeito se reavalia

diante de seus ideais. A “envelhescência” seria o encontro com esse limite e poderia

acontecer em qualquer momento da vida. Depois da aceitação deste limite seria possível se

ver como sujeito digno e aproveitar a vida neste novo relacionamento com o futuro e os

ideais (BERLINK; 2008, p.197).

É possível fazer este trabalho de re-avaliação na velhice e construir novos projetos

de vida levando em conta possibilidades e limitações se o Eu tiver uma estrutura sólida e o

ambiente oferecer objetos de investimento. Por outro lado, se as mudanças impostas pela

realidade não conseguirem ser elaboradas, pode acontecer uma regressão e surgimento de

psicopatologias no envelhecimento.

Para Peruchon (1992), psicopatologias no envelhecimento poderiam ser afetadas

pela defusão da Pulsão de Morte. A meta da Pulsão de Morte é romper relações e vínculos.

Em certas patologias, como as demências, a desconstrução progressiva do aparelho

psíquico pode chegar a uma desertificação mental. Além de cortar as ligações com os

objetos, o trabalho da Pulsão de Morte também diminui as ligações dentro do próprio

aparelho psíquico, dificultando a simbolização e representação. O sujeito passa a não

conseguir mais se comunicar ou pensar. A realidade passa a não fazer mais entendida pois

as novas percepções não conseguem ser ligadas com representações de experiências

anteriores. Sem entender o presente, o sujeito se desliga desse e passa a catexizar as

lembranças do passado afim de preservar o sentimento de identidade abalado pelas perdas.

A repetição das lembranças seria uma última forma de organização para sobreviver em um

tempo suspenso. Seria possível supor que a psique demente volta a um estado primitivo

com um antigo modo de satisfação e uma defesa precoce, a alucinação. Sem possibilidade

de elaboração secundária (realidade, separação interior/exterior, sem referências tempo-

espaciais, sem um campo simbólico e representações verbais e de imagem) o desejo toma a

via compensatória da percepção alucinatória do objeto (como a criança que alucina o seio).

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

O investimento no sistema perceptivo é retirado e a fantasia do desejo assume o sistema de

percepção.

Fica claro que maneira como se envelhece tem uma ligação com a forma como se

estruturou a psique e como se estabeleceu a psicodinâmica do sujeito e sua relação com o

mundo desde as experiências mais primitivas. Diante da intensidade das perdas, a coesão

do aparelho psíquico é colocada à prova e o relacionamento com os antigos e os novos

objetos pode ser essencial na definição do destino do processo de envelhecimento.

Demandas e manejos no AT com idosos

Diante deste novo contexto, o AT, dispositivo clínico que surgiu nos anos 70 em

meio à reforma psiquiátrica, vem sendo cada vez mais usado para acompanhamento de

idosos. Na minha experiência, são os familiares que buscam os ATs para melhorar a

qualidade de vida de idosos que estão com depressão, câncer ou Alzheimer.

O at começa oferecendo escuta ao idoso e à família para entender os motivos dos

conflitos e as fontes de angustia. Em alguns casos, as visitas e a escuta fazem efeito grande

no idoso que passa a poder falar de assuntos do passado, ligando aos poucos com eventos

do presente e fazendo projetos de futuro. Muitos idosos sentem-se carentes de ter alguém

com quem possam conversar sobre a história da família, mágoas, assuntos não resolvidos e

temas considerados “tabus” como sexualidade, relacionamentos afetivos, medos e a morte.

O diálogo e escuta da família também são importantes para melhora do convívio

familiar. Com a presença da at, a família sente que o idoso está recebendo atenção e passa a

entender e acolher os comportamentos do idoso de outra forma. Durante essas conversas, o

at cria espaço para que o idoso possa manter autonomia e sua condição de sujeito apesar de

limitações físicas e mentais que possam aparecer como conseqüência do envelhecimento ou

de patologias.

Alguns idosos encontram-se isolados, com patologias sérias. Era o caso de Iris a

única pessoa que permitia que entrasse no quarto era a at. Em outros casos, idosos mostram

desejo de retomar algum projeto do passado ou de expandir seus espaços de convivência

social, como o caso de Mirian, que optou por fazer aulas de francês durante os ATs e visitar

diferentes cafés da cidade.

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

O at também pode ser chamado para atender idosos que não têm parentes próximos

e necessitam de alguém que possa oferecer, além de escuta e continência para angustias,

uma gestão domiciliar. É o caso de Nadia e Domênico. Ela com transtorno bipolar e ele

com câncer, moravam sozinhos e tinham pouca convivência com outras pessoas até a

chegada da at. A partir do estabelecimento de vinculo de confiança foi possível organizar

uma equipe para melhor ampará-los com médico psiquiatra e cuidadoras.

Nestes casos, o at pode ficar “gerenciando” a equipe e a rotina da casa. O contato

com as cuidadoras é ponto importante do trabalho do at de idosos. Também necessitam de

escuta e acolhimento para poderem elaborar os modelos que tem de cuidado e aprenderem a

oferecer um espaço de cuidado que respeite as vontades e opiniões do idoso. São comuns

dificuldades de relacionamento, já que o contato das profissionais com o idoso é muito

íntimo e pode desencadear lembranças primitivas.

Outro tema presente no acompanhamento de idosos é o das Instituições de Longa

Permanência para Idosos (ILPIs). O at precisa, muitas vezes, avaliar o momento de fazer a

internação de um idoso. Foi o caso de Norma. Diante do diagnóstico de Alzheimer e da

crescente dependência de Norma, a família trouxe-a para morar com eles. A empregada da

família passou a ajudá-la com higiene porém Norma sentia-se muito desamparada e

deprimida. Os cuidados em casa não foram suficientes e chegou o momento da internação.

Núcleo de AT Ger-ações

Para o núcleo de AT do Ger-ações não há uma especificidade do AT de idosos. A

escuta psicanalítica é a mesma que com os outros pacientes porém alguns temas se fazem

mais presentes como perdas, lutos, autonomia, solidão e finitude. Em “Demências” (2006),

Goldfarb trabalha com a hipótese psicogênica para o surgimento das demências. O idoso

passaria por uma angustia muito forte ao sentir-se desamparado diante de uma possível

situação de dependência e medo da morte. A fragilidade física e o desamparo frente à

dependência do outro fariam o idoso reviver angústias infantis.

Assim, oferecer escuta e amparo para questões do envelhecimento seria uma forma

de prevenir o agravamento de patologias que viessem a isolar o sujeito e trazer uma “morte

em vida”. No meu mestrado (Cherix,2013), tive experiência de entrevistar idosos em um

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

Centro de convivência5. Neste contato, pude perceber que além de atividades físicas e

oficinas de artesanato, idosos buscam um outro com quem possam trocar. Buscam

companhia na sua jornada. O Estatuto do Idoso (2003) coloca que é dever da família cuidar

do idoso. Na prática, isso não é possível então novas formas clínicas e coletivas de cuidado

precisam ser criadas para dar conta desta demanda.

NOTAS

1- Psicóloga, pertence a ONG GER-AÇOES

REFERÊNCIAS:

AYRES, José Ricardo; LIMA, Ângela Maria; LITVOC, Júlio. Envelhecimento e práticas

de saúde: o desafio de cuidar. In: CÔRTE, Beltrina; MERCADANTE, Elisabeth F.;

ARCURI, Irene G. (Orgs.). Envelhecimento e velhice: um guia para a vida. São Paulo:

Vetor Editora, 2006. p. 89-110.

BIRMAN, Joel. Futuro de todos nós: temporalidade, memória e terceira idade em

psicanálise. In: VERAS, Renato (Org.). Terceira idade: um envelhecimento digno para o

cidadão do futuro. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995. p. 35-48

ABRAZ Disponível em: <http://abrazsp.org.br/doenca.html>. Acesso em 20 mar.2013.

BARBIERI, Natalia. O dom e a técnica: o cuidado a velhos asilados. Dissertação

(Mestrado) – Unifesp, São Paulo, 2008.

BRANDÃO, Vera Maria A. Tordino. Envelhecimento ou longevidade? São Paulo:

Paulus, 2009.

BRASIL. Estatuto do Idoso. Decreto-Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003. Disponível

em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm>. Acesso em: 15 mar.

2010.

CHERIX, K. (2013) Dando voz aos idosos: expectativas a respeito da rede do SUAS,

Novas edições acadêmicas, Saarsbruken, Deutschland

FERREY, Gilbert; LE GOUES, Gerard. Psychopathologie du sujet âgé. Issy-les-

Moulineaux: Elsevier-Masson, 2008.

GOLDFARB, D. Demências. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006

5 As entrevistas foram feitas em dispositivos da rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que

ofereciam atividades para idosos.

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Novas Demandas da Clínica: Acompanhamento Terapêutico com Idosos, Ong- Ger-Ações, São Paulo, Brasil

IBGE Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de

subenumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população,

Pesquisa de 2008, disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1272

>. Acesso em: 20 mar. 2013

MESSY, Jack. A pessoa idosa não existe. 2. ed. São Paulo: Edito Aleph, 1999.

PERUCHON, Marion. Viejez e pulsión de muerte, Amorrortu,1992

WHO (World Health Organization) Health Ageing, disponível em:

<http://www.who.int/topics/ageing/en/>. Acesso em: 4 dez. 2013

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El At y la Interdisciplina como Soporte a la no Internacion Psiquiatrica

EL AT Y LA INTERDISCIPLINA COMO SOPORTE A LA NO

INTERNACION PSIQUIATRICA

Marcela Sánchez Arheli Bueno

RESUMEN

Todos sabemos la importancia y el impacto del trabajo interdisciplinario; en este rubro

habalremos del AT ( Acompañamiento Terapéutico)mostrando los efectos del dispositivo

en el tratamiento de un paciente con Esquizofrenia Paranoide, caso que venimos abordando

desde hace cinco meses resaltando las interacciones sociales y vinculares en la familia para

la no internación del paciente.

Palabras-clave: Acompañamiento Terapéutico, Esquizofrenia, interdisciplina

Todos sabemos la importancia y el impacto del trabajo interdisciplinario; en este

rubro habalremos del AT ( Acompañamiento terapéutico)mostrando los efectos del

dispositivo en el tratamiento de un paciente con Esquizofrenia Paranoide, caso que venimos

abordando desde hace cinco meses resaltando las interacciones sociales y vinculares en la

familia para la no internación del paciente.

La Unidad de Atención Psicoanalítica e Interdisciplinaria (UAPI) se forma para dar

respuesta a las demandas que surgen de los diversos casos con padecimientos de orden

emocional, ya sean graves o agudos, presentados dentro de las diferentes facultades de la

Universidad Autónoma de Querétaro en México.

Por tal motivo se reúne un grupo de profesionales para realizar y comentar acerca de

un posible tratamiento en la Unidad de Atención Psicoanalítica e Interdisciplinaria (UAPI);

institución que ofrece atención integral para contingencias emocionales e intervención en

casos agudos o urgentes para la comunidad universitaria (estudiantes, docentes,

administrativos y sus familias).

La razón de la consulta y derivación a esta unidad de servicios, se dio por el proceso

de selección que se llevó a cabo para el ingreso de una alumna a un posgrado en la Facultad

de Química, siendo requisito la entrevista y evaluación psicométrica; ella refirió que tenía

problemas en su entorno familiar con respecto a las actitudes que estaba presentado un

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El At y la Interdisciplina como Soporte a la no Internacion Psiquiatrica

miembro de su familia, comentó que tiene un hermano que es agresivo y pasa la mayor

parte del tiempo aislado en casa; en la entrevista se puso énfasis en buscar atención para su

hermano por ser una problemática que influye en su entorno familiar y emocional, sobre

todo para su desarrollo académico; se le informó de la existencia de la unidad de atención

(UAPI) para atender a su hermano, proporcionándole la dirección y teléfono.

Posteriormente acudieron a la institución madre e hija para solicitar atención y una

cita para su hermano, a quien llamaremos Alejandro de 21 años de edad, con escolaridad

trunca de preparatoria; el motivo de consulta hecho por la madre fue:

“Está psicotizado, últimamente realiza cosas muy extrañas, se aísla, se siente muy

inseguro en casa, dice que siente que alguien quiere hacerle daño a él y a nosotros;

estos posibles ataques se los atañe a nuestros vecinos, quienes según él, pasan

gritándoles cosas para molestarlo. Últimamente ha estado muy agresivo, no habla

con nadie y evita salir a la calle. No sé, creo que todo esto empezó desde que estaba

en la secundaria, donde hubo un incidente con sus compañeros; en una ocasión

tuvieron una reunión, estuvieron bebiendo mucho, le tomaron una fotos que subieron

a las redes sociales y cuando las vio se sintió muy mal, era algo que no se esperaba,

y desde ese momento empezó a cambiar, desconfiaba de todo mundo”

Así eran las palabras que utilizaban los familiares de Alejandro para describirlo; ante

la mirada social una situación alarmante, pero cuando comenzamos a trabajar el caso, nos

enfrentamos a una historia llena de matices que fueron dando estructura a esta historia.

Se dio respuesta a partir de dicha demanda y se orienta a una intervención interdisciplinaria

con los miembros del equipo.

El equipo interdisciplinario planteó una estrategia para tratamiento, asignando a

cada uno, un miembro de la familia para intervenir ante la situación de la demanda.

Asimismo se propuso una primera entrevista con la familia con el objetivo de hacer un

vínculo y poder llevar un trabajo conjunto.

Esta forma de intervención pretende unirse desde sus diferentes puntos en la

práctica de cada especialista; abriendo la posibilidad de involucrar sus conocimientos

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El At y la Interdisciplina como Soporte a la no Internacion Psiquiatrica

(médico psiquiatra, psicólogos y acompañantes terapéuticos) en función de la no

internación y establecer estrategias de trabajo.

En reunión del equipo tratante con la familia, se explica la manera de trabajo de

cada uno de los ahí presentes, se habló de las responsabilidades de internación dentro de un

psiquiátrico como la medicación, y las visitas frecuentes por parte de los familiares para no

abandonarlo dentro de la institución. Se dejó en claro que el paciente presenta un

padecimiento subjetivo grave y por ello es necesario que la familia colabore continuamente

y no sólo mientras se restablece emocionalmente.

El psiquiatra a cargo de la medicación presente durante la reunión hizo algunas

puntualizaciones respecto al tratamiento para una internación en casa, con la indicación de

que Alejandro no debía estar solo, por el contrario, siempre debe permanecer acompañado

por alguien mientras se da una estabilización y cuidando la administración del

medicamento de acuerdo a la prescripción y con la finalidad de disminuir la conducta

agresiva.

Con ello, se considero poner en marcha el dispositivo de acompañamiento

terapéutico lo antes posible, así que se llego a la conclusión que se comenzaría de

inmediato.

La intervención con la familia y el acompañante terapéutico.

El acompañamiento de Alejandro no se pudo iniciar como se tenía planeado, ya que

la madre se comunicó para decir que no podía recibirme en su casa. En este contexto se le

llamó nuevamente para proponerle que se realizara el acompañamiento el día siguiente, a lo

cual respondió que Alejandro se puso agresivo y lo llevaron a CESAM (Centro de Atención

en Salud Mental), institución de gobierno. El diagnóstico del médico fue esquizofrenia

paranoide por lo que, le dieron medicamentos para preparar su traslado al Distrito Federal e

ingreso al Psiquiátrico Fray Bernardino Álvarez.

El traslado no se realizo, ante ello el equipo sugirió algunas posibilidades a la

familia: Uno, seguir las indicaciones del CESAM e internarlo, o dar oportunidad a la UAPI

de intervenir al día siguiente y poder dar apertura para que el equipo interdisciplinario lleve

el tratamiento de Alejandro.

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El At y la Interdisciplina como Soporte a la no Internacion Psiquiatrica

El encuentro con el otro

La casa lucía totalmente olvidada, sus rincones escondían una infinidad de escenas

de descuido, nadie quería estar ahí, habitar ese sitio; en el ambiente reinaba incredulidad

ante las posibilidades que se abrían con mi llegada, pero todos mostraban mucha atención

ante lo que estaba aconteciendo, ante ello en mi corrían diversos cuestionamientos, entre

ellos, ¿Cómo sostener cercanía con alguien a quien se le ha quitado su sitio, que se

encuentra ausente y anestesiado por el medicamento?

Mi llegada fue un poco desconcertante para él, me recibió en su cuarto, su cuerpo,

aun estaba ausente de la realidad, apenas si podía mantener los ojos abiertos, su habitación

era un túnel obscuro, que brillaba de vez en vez dejando ver movimientos en las paredes, de

colores verdes, morados, cafés y negros, los cuales mostraban una necesidad de decir, de

pensar, de ser escuchado.

Nuestro encuentro fue fugaz, un intercambio de miradas y palabras simples, ¿Cómo

estas?, ¿Cómo te sientes?, Estoy aquí para acompañarte…

¿Por qué tener que meter el cuerpo en una situación así?, si se podría estar en la

comodidad de un consultorio, sin exposición, en un ambiente controlado, sin las

particularidades de lo que conlleva entrar a un espacio irreconocible, ajeno.

Durante el inicio de los acompañamientos mi corazón latía a mil por hora, se decía

que estaba corriendo un riesgo innecesario, me exponía al ir a la casa de una persona que ni

siquiera se reconocía, que podría actuar en cualquier momento de forma ofensiva sin medir

fuerza ni consecuencia de lo que estaba ejecutando, me relataban sin fin de casos en donde

el sujeto en un estado de desconexión total había lastimado e incluso dado muerte a las

personas que se encontraban a cargo del cuidado de su salud, se llego a cuestionarme ¿De

Quien era la trasferencia, el interés de estar ahí presente? ¿Qué hacía yo ahí si no existía

una demanda de su parte?

El interés de evitar la internación hospitalaria y poder utilizar como dispositivo de

intervención el AT y hacer que el discurso psiquiátrico fuera una parte mas del tratamiento

pero no la prínceps, fueron mas allá de mis miedos, las sesiones las inicié con temores,

pensando en que podría no saber como manejar las situaciones que se me presentaran.

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El At y la Interdisciplina como Soporte a la no Internacion Psiquiatrica

Al llegar a su casa me ubicaba únicamente en el comedor de la sala, donde sólo salía de su

cuarto me saludaba y se metía en una habitación adjunta, permanecía ahí hasta el término

del tiempo del acompañamiento retirándose a su habitación nuevamente; fueron así varias

sesiones donde tuvimos que cargar con las angustias de la familia, para quienes desde su

mirada no se estaba observando ningún avance, se consideraba que era improductiva mi

presencia, pero he aquí la parte que estaba logrando un movimiento en Alejandro, “mi

presencia”, el estar, sin falla, sin falta a los encuentros que ya teníamos establecidos, el

que él me esperara, aunque sea para poder intercambiar un par de miradas y palabras.

Los días habían girado en torno al -no entiendo que haces aquí, de que me puede

servir que tu vengas y estés en mi casa, cuando quienes pueden ayudarme es mi familia,

sólo ellos- A partir de ese día eso había quedado atrás. El lunes después del festejo de su

cumpleaños, nos encontrábamos en el patio de sus casa y pudo por primera ves externar

todo lo que había estando viviendo, sus miedos y enojos hacia sus vecinos – me gritan

cosas todo el día, groserías, no soporto que lo hagan, sólo lo hacen para molestarme, mi

familia me dice que estoy loco, les he dicho sobre imágenes que veo en mi cabeza y que no

me gustan. Mi familia sabe algo sobre mi, sobre lo que tengo y no me lo quieren decir. Ya

te había dicho, no se que haces aquí, nadie me puede ayudar, no lo necesito yo estoy bien;

si quieres venir esta bien pero que sea una vez al mes, ya no tan seguido -. Después de un

tiempo mas de estar conversando acordamos que el acompañamiento lo dejaríamos

exclusivamente los días lunes y que podríamos comenzar a realizar algunas de las

actividades que a él le gustaran, se decidió que la próxima semana empezaríamos a dibujar.

Este fue el inicio de constantes avances, dentro de ellos podría mencionar como cruciales el

que preguntara a la mamá y hermanas cada viernes si yo iría a verlo, fue muy importante

poder tener un acuerdo con él ya que era una decisión propia y un compromiso que había

adquirido el conmigo.

Con esto podemos observar cuan importante y necesario es la formación de grupos

de trabajo interdisciplinarios para elaborar estrategias en salud mental abriendo la

posibilidad de contribuir a minimizar los efectos estigmatizados de un hospital psiquiátrico

y las consecuencias que de el se desprenden.

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El At y la Interdisciplina como Soporte a la no Internacion Psiquiatrica

Este hecho nos demuestra la posibilidad de abrir espacios de atención integrando las

disciplinas en un contexto abierto y dinámico en sus conocimientos para sostener el

concepto de interdisciplina, abriendo opciones a tratamiento y la internación sea una opción

transitoria, posibilitando la escucha de los síntomas para dar lugar al tratamiento

psicoanalítico, evitando el aislamiento y reanudando el lazo social. Pensando la forma de

intervención con la experiencia de varios profesionales no siendo solo una sola disciplina

para el abordaje de casos agudos, integrar conocimientos y sobre todo construir formas que

ayuden para tratar la locura.

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Propuesta de una Vida Mejor, con Equilibrio Mental

PROPUESTA DE UNA VIDA MEJOR, CON EQUILIBRIO MENTAL

Arian Herrera

RESUMEN

Comenzare para retomar una visión del perfil del hombre mexicano, mencionando lo que

Ramos expresa de la cultura de nuestro país, con una formación en la Universidad

Autónoma de México como Filosofo refiriendo valores de Ortega Y Gasset, para transmitir

su percepción del alma mexicana y sus valores autóctonos, así puedo mencionar como la

seguridad te puede significar como individuo, verificando la eficacia de su desarrollo como

sujetos en el poder.

Palabras-clave: Acompañamiento Terapéutico, equilibrio mental, trabajo

“La Anarquía y el pueblo mexicano”

Comenzare para retomar una visión del perfil del hombre mexicano, mencionando

lo que Ramos expresa de la cultura de nuestro país, con una formación en la Universidad

Autónoma de México como Filosofo refiriendo valores de Ortega Y Gasset, para transmitir

su percepción del alma mexicana y sus valores autóctonos, así puedo mencionar como la

seguridad te puede significar como individuo, verificando la eficacia de su desarrollo como

sujetos en el poder. Así entre más veces te digan el éxito obtenido va a generar una

conciencia de los individuos, causando así una seguridad para actuar llevando a la sociedad

a un acto irracional latente e ignorados por la misma esencia que caracteriza a los

Mexicanos. La adaptación del ser vivo genera un éxito, en situaciones específicas en que

lleva acabo sus actos y ponerse al nivel de ellas. Y en la mayoría de los casos es claro ver

que el sujeto es inferior a lo que es pedido por la sociedad y un gobierno lleno de

imposiciones que generan límites y estructuras, aun corrompiendo la integridad del

individuo para tener un espíritu más débil ante circunstancias externas. Tomando lo que

necesitas sin formar un seguimiento del capitalismo, consumismo y odio, al final todo es

parte de todo, somos iguales bajo nuestra piel seas quien seas hombre o mujer. De esta

manera puedo mostrar que siguen hilando tejidos filosóficos, donde entra la población a un

esquema reprimido, denominando nuestra forma de vida, por imposición con la posición de

elegir lo que tú seas realmente. Todos deseamos estar bien, con salud, deseando la

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Propuesta de una Vida Mejor, con Equilibrio Mental

liberación interna, sirviéndose en la libertad que empezó con límites, esto surgirá solo si se

deja de servir al amo, no tener que arrastrarse y humillarse ante ningún hombre, por el

miedo del mañana, cuando se vive en el hoy. La pregunta es ¿porque no buscar, la salud,

libertad y bien estar, ayudándonos unos a los otros? ¿O acaso podemos asegurar nuestra

salud, libertad y bien estar, de una manera mejor luchando y matándonos unos a los otros?

¿O no existe otro camino? Tomando en cuenta que el individuo en lo particular forma parte

del Otro en la integración colectiva. Actualmente nadie puede vivir por su propio trabajo,

tiene que ser ayudado por el trabajo de los demás. Por consiguiente todo lo que tenemos

toda la riqueza, es el producto del trabajo de mucha gente, incluso de generaciones.

La ley castiga el robo, la autoridad llamada ley, la que dice que tu empresario no

roba nada de ti, porque lo hace con tu consentimiento, sea cual fuere tu trabajo sea quien

seas siempre se llega a lo mismo, se tiene que trabajar para él, no puedes impedirlo, estas

obligado, solo cabe señalar que los empresarios guardan su riqueza como su ganancia,

mientras que el trabajador consigue tan solo un salario, lo justo y suficiente como para

seguir viviendo, de modo que pueda seguir produciendo más riqueza para su empresario, se

llame Coca-Cola, Nike, la televisión, o tu propia universidad, ya sea privada o pública, el

rol de imposición á estado presente desde el comienzo de la humanidad. El genio y el

trabajo del hombre han conquistado las fuerzas de la naturaleza y han utilizado la luz y el

aire para el servicio de la humanidad. La ciencia y la invención, el trabajo y el esfuerzo

humano han producido riquezas indecibles. Los humanos hemos triunfado sobre el espacio,

y los rincones más lejanos del globo que se hayan aproximado. La pobreza y el crimen

llenan cada país. Manda quien tiene más dinero, aquí y en todo el mundo, los hombres son

presa de la enfermedad y de la locura, la guerra destruye a millones y trae a los que viven la

tiranía y la opresión.

De este modo la vida ha perdido su único significado verdadero, de gozo y de

belleza; la existencia se ha convertido en algo irracional, danzará alrededor del becerrero de

oro, como la mitología de una adoración loca del Dios Mammon. De esta manera

sacrificara todas sus cualidades más delicadas del corazón y del alma: la amabilidad y la

justicia, el honor y la virilidad, la compasión y la simpatía hacia los demás. Aunque

también la caza desesperada del dinero y no de un camino espiritual con un balance mental,

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Propuesta de una Vida Mejor, con Equilibrio Mental

para no desencadenar, los peores rasgos del hombre, la codicia, la envidia y el odio

desencadenado por su propio contexto social, económico, ambiental, físico y emocional,

creciendo corrompido, se hace injusto, recurriendo al engaño, el robo, y el asesinato, ya sea

físico o por la palabra. Mira más cerca y considera cuántas maldades y crímenes se cometen

en todas la ciudades del mundo, en tu país, en tu lugar de nacimiento, familia y

organizaciones individuales, a causa del dinero de la propiedad y de la posesión. El mundo

está lleno de pobreza y de miseria, mira como miles de pobladores del mundo caen presos

de la enfermedad y la locura, del destino y del ultraje, del suicidio, asesinato, todo esto por

las condiciones inhumanas y embrutecedoras en las que vivimos. Aterrizando la idea la

razón por la que ves a los hombres aprovechándose unos de otros, ¿cuánto puede

beneficiarse con ello?, cuando se lo dictan sus intereses. No son los males y los crímenes

castigables por la ley lo que causan más daño en el mundo. Son los males legales y los

crímenes no castigables, justificados y protegidos por la ley y el gobierno, los que llenan la

tierra con la miseria y la necesidad, con la revuelta y el conflicto, con la lucha de las clases

sociales, la matanza y la destrucción, que comenzó siendo propia.

Los problemas del mundo hacen que surjan los rebeldes, y los rebeldes surgen por

los problemas del mundo. Pueblo quieto, pueblo esclavo, pueblo muerto. Ricardo Flores

Magón.

Quiero decir que todo el trabajo y los productos del trabajo son sociales hechos por

la sociedad como un todo. El ABC del comunismo libertario Alexander Berkman (1870-

1936).

BIBLIOGRAFÍAS DE REFERENCIA:

Alexander Berkman – El ABC del comunismo Libertario – Ediciones Hormilla Libertaria

(2009).

EZLN – Documentos y Comunicados – Escritos por Ejercito Zapatista de Liberación

Nacional (México), Carlos Monsiváis, Elena Poniatowska.

Historia de México -Enciclopedia General

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Propuesta de una Vida Mejor, con Equilibrio Mental

Mauro Rodriguez Estrada Patricia Ramirez Buendía – Psicologia del Mexicano en el

trabajo (1996).

Samuel Ramos - El perfil del hombre y la cultura en México Ciencias y Humanidades –

Edit Colección Austral España (1934-1951).

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

A REFORMA PSIQUIÁTRICA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O A.T

Carla Rodrigues Luiz

Lívia Duarte Brunialti

Luciana Chaui-Berlinck

RESUMO

Este texto busca refletir sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira e o trabalho do

Acompanhamento Terapêutico na desospitalização, partindo da experiência do caso de AT

e das dificuldades encontradas nos atendimento em dois hospitais psiquiátricos com o

paciente Carlos (nome fictício). O rapaz obteve alta hospitalar, porém seus familiares

recusaram-se á retirá-lo do hospital dado o diagnóstico apresentado de déficits cognitivos

degenerativos provenientes de encefalite; esquizofrenia, epilepsia e uso de entorpecentes.

O objetivo de nosso trabalho como acompanhantes terapêuticos, na desospitalização, visava

contribuir na inclusão social e reabilitação psicossocial do paciente, identificando o nível de

autonomia e independência de Carlos, averiguando a possibilidade de convívio

independente fora do hospital, pois sua família recusava-se ofertar cuidados e acolhimento

no ambiente familiar. Buscamos compreender o receio da família e desmistificar sua

visão com relação à patologia do paciente. Quanto ao objetivo deste texto procuramos

apresentar a precariedade da Reforma Psiquiátrica em São Paulo e como ela poderia ser

facilitadora do trabalho do AT.

Palavras-Chave: Acompanhamento Terapêutico, Reforma Psiquiátrica, desospitalização

Introdução

Este texto busca refletir sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira e o trabalho do

Acompanhamento Terapêutico na desospitalização, partindo da experiência do caso de AT

e das dificuldades encontradas nos atendimento em dois hospitais psiquiátricos com o

paciente Carlos (nome fictício). O rapaz obteve alta hospitalar, porém seus familiares

recusaram-se á retirá-lo do hospital dado o diagnóstico apresentado de déficits cognitivos

degenerativos provenientes de encefalite; esquizofrenia, epilepsia e uso de entorpecentes.

O objetivo de nosso trabalho como acompanhantes terapêuticos, na

desospitalização, visava contribuir na inclusão social e reabilitação psicossocial do

paciente, identificando o nível de autonomia e independência de Carlos, averiguando a

possibilidade de convívio independente fora do hospital, pois sua família recusava-se

ofertar cuidados e acolhimento no ambiente familiar. Buscamos compreender o receio da

família e desmistificar sua visão com relação à patologia do paciente. Quanto ao objetivo

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

deste texto procuramos apresentar a precariedade da Reforma Psiquiátrica em São Paulo e

como ela poderia ser facilitadora do trabalho do AT.

1.0 Breve histórico da Reforma Psiquiátrica Brasileira

Segundo o Ministério da Saúde (2005) a Reforma Psiquiátrica no Brasil iniciou a

partir do Movimento Sanitarista que ocorreu a partir do ano de 1970, com o objetivo de

favorecer as mudanças no que tange a atenção, gestão e práticas de saúde.

As contribuições de Franco Basaglia, no que tange a Reforma Psiquiátrica Italiana,

serviram como base para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Este foi um movimento

identificado como o percurso para a desinstitucionalização, para o surgimento de uma

psiquiatria mais democrática e implantação de redes de psiquiatria alternativa. Neste

contexto, Antunes e Queiroz (2007) descrevem que as proposta de Franco Basaglia

envolvia a redução de leitos em hospitais psiquiátricos, bem como a construção de redes de

apoio para a comunidade, amparada por uma equipe interdisciplinar para atender as

demandas tanto de pacientes como dos seus familiares.

Com relação à Reforma Psiquiátrica Brasileira, de acordo com Fraga, Souza e Braga

(2006), o movimento foi composto por trabalhadores da saúde mental e gradativamente foi

sendo envolvido por diferentes setores sociais que demonstravam preocupações com a

forma de assistência psiquiátrica que estava sendo ofertada no Brasil. Ainda segundo as

autoras as discussões iniciais deste movimento visavam explicitar as situações degradantes

encontradas tanto nos asilos quanto nos hospitais psiquiátricos.

É por intermédio do projeto de Lei Paulo Delgado e a consequente promulgação da

Lei 10.216 (lei da Reforma Psiquiátrica), que surgem modificações significativas, pois esta

Lei objetiva a assistência em saúde mental, beneficiando o tratamento em serviços de base

comunitária, dispondo da proteção e dos direitos dos indivíduos que portam transtornos

mentais. Ainda, a publicação desta lei, impõe um impulso no processo da reforma

psiquiátrica no Brasil, conseguindo aprovar em grande parte do território nacional, a

substituição dos leitos psiquiátricos por uma rede de atenção a saúde mental. (Mello, 2007)

Dentre as alternativas de apoio, segundo Mello (2007), surge o CAPS (Centro de

Atenção Psicossocial) com a função de conceder atendimento clínico, a fim de evitar as

internações em hospitais psiquiátricos, promovendo a inserção dos indivíduos com

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

transtornos mentais na sociedade, dando suporte por meio das portas de entrada de

assistência em saúde mental na rede básica de saúde, organizando a rede de atenção á esses

indivíduos nos municípios.

Ainda de acordo com a Reforma Psiquiátrica, surge outra medida preventiva e

assistencial, que segundo Chaui-Berlinck (2012), refere-se ao Acompanhamento

Terapêutico na perspectiva de:

“...uma alternativa à internação, como mais um recurso no tratamento

psíquico, e acontece numa época, que traz em seu bojo toda uma demanda

de transformação em relação à figura do doente mental”. (Chaui-Berlinck,

2012, p. 23).

Ainda de acordo com a autora, a reforma psiquiátrica brasileira abordava as

questões de cidadania, e com relação à saúde mental visava à organização do projeto das

pessoas tidas como “loucas” o reconhecimento de sujeitos de vontade e de razão.

2.0 Estudo de Caso

Carlos residiu com a avó até a adolescência; como a mesma não tinha mais

condições de cuidar do neto devido a sua idade e problemas de saúde, convocou a filha

(mãe de Carlos) para assumir a responsabilidade. Esta por sua vez não se sentia “capaz”

para cuidar do filho.

Carlos tem histórico de uso de entorpecentes e bebidas alcoólicas desde a

adolescência. Adquiriu o quadro de epilepsia desde outubro de 2012. Teve encefalite em

janeiro de 2013, ficando com algumas sequelas neurológicas cognitivas e comportamentais,

tais como agressividade, confusão mental e inadequação. Nestes episódios houve tentativa

de suicídio.

Por essa razão, foi internado em um Hospital Psiquiátrico na cidade de São Paulo,

observando as seguintes condições em sua chegada: um padrão de sono ruim, aparência e

higiene em um estado negligenciado e más condições nutricionais. Durante essa internação

houve remissão dos episódios de agressividade e convulsão, melhora na confusão mental e

inadequação. Por não apresentar mais comportamento alucinatório e agressivo, obteve alta

hospitalar, sendo que permaneceu internado neste hospital por mais cinco meses após a

alta, pois a família recusava-se levá-lo para casa. O hospital afirmava que a continuidade na

internação não traria ganhos ao paciente, sendo assim, recomendou que o mesmo fosse

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

acompanhado em tratamento no modo ambulatorial regime CAPS (Centro de Atenção

Psicossocial) e em ambulatório de Neurologia devido às crises de epilepsia e encefalite.

Com o intuito de atender aos objetivos da desospitalização que são propostos pela

Reforma Psiquiátrica, a Prefeitura do Estado de São Paulo rompeu o contrato com o

hospital no qual o paciente se encontrava internado. No hospital em questão, a partir deste

rompimento, não seriam mais aceitos pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS. Devido

a essa circunstância, os familiares foram em busca de medidas judiciais para que Carlos

permanecesse internado, uma vez que não possuíam condições financeiras para pagar pela

internação privada. Durante este processo, o paciente foi transferido, pela prefeitura, do

hospital em que se encontrava para outro hospital psiquiátrico em outra região da cidade de

São Paulo.

Ao longo dos atendimentos, observamos que o paciente necessitava do apoio dos

familiares e de equipamentos alternativos de cuidados, pois devido seu quadro de saúde ser

degenerativo e não possuir autonomia e independência suficientes não tinha condições para

viver sozinho. Nós buscamos a aproximação dos familiares e nos colocamos a disposição

para ajudá-los com o processo de retorno do paciente para casa, na adequação do ambiente

familiar e na compreensão da família quanto as suas necessidades e limitações.

Paralelamente, buscamos, como alternativa, as residências terapêuticas públicas e

particulares, pois notávamos resistência da família quanto à possibilidade de recebê-lo no

ambiente familiar. Com o intuito de promover sua reintegração na sociedade, buscamos a

rede de apoio, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de referência, para oferecer um

suporte a partir do lugar onde o paciente estivesse alocado.

Devido a transferência de hospital começamos um novo contato junto à equipe de

profissionais, para poder dar continuidade ao acompanhamento do paciente, no entanto,

nos deparamos com muitos obstáculos, pois a equipe dificultou a nossa entrada e nos

procuravam apenas quando tinham interesses em obter informações sobre a família, uma

vez que o hospital anterior não encaminhou o prontuário na transferência do paciente,

mostrando a falta de comunicação entre eles. O nosso contato com o paciente foi restrito ao

horário comum da visita de todos os familiares, dificultando assim o acompanhamento do

mesmo, mostrando a falta de interesse tanto do trabalho do AT, como em relação a atenção

ao paciente.

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

Podemos perceber que não existe uma comunicação eficiente dos

multiprofissionais, pois de forma individual realizam suas práticas técnicas especificas de

cada profissão, não havendo uma integração entre as diferentes modalidades de cuidado,

assim não atingindo o objetivo comum. Ainda neste contexto, as portas foram fechadas

para o trabalho do acompanhante terapêutico, desta forma, dificultando também a

comunicação do AT com os profissionais da Instituição, promovendo o distanciamento da

família com o paciente e afastando a possibilidade de desospitalização do mesmo.

As equipes do CAPS deveriam acolher os indivíduos, desenvolver projetos

terapêuticos e trabalhar em atividades de reabilitação. Na prática, notamos que este

equipamento não se comunica com o hospital e nem com a família do paciente para a

realização de um projeto que ofereça apoio. Desta forma a família não percebe este

equipamento como um recurso substitutivo a internação.

Conforme descreve a Cartilha de Orientações Técnicas do Centro de Referência de

Assistência Social (2009), o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), teria que

prevenir situações que possam provocar vulnerabilidade e riscos sociais, desenvolvendo

potencialidades, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários, possibilitando o acesso

á rede de proteção e de assistência social. No entanto, percebemos pouco investimento em

se comunicar com a família e oferecer este apoio, pois a mãe de Carlos foi procurada uma

única vez pela equipe do CRAS, sendo esta visita apenas para oferecer remuneração para os

cuidados de Carlos, e, por não compreender direito o que lhe estava sendo ofertado, a ma~e

do paciente recusou a ajuda e após a recusa nesta primeira visita eles não retornaram mais.

Em nossa busca por Residências Terapêuticas averiguamos que as públicas são

ofertadas apenas para os pacientes que não possuem familiares, sendo assim, não seria

possível para Carlos obter uma vaga uma vez que ele tem a família identificada, desta

forma, os responsáveis deveriam arcar com o pagamento de residências terapêuticas

particulares (entretanto o custo é inviável para a família do paciente). Outro dado

importante é referente aos pacientes que permanecem internados em situação de abandono,

pois estão aguardando vagas há muitos anos, devido ao número restrito de residências

terapêuticas no Estado de São Paulo, vivem segregados aguardando por uma vaga.

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

Conclusão

Podemos perceber com as nossas experiências que a Reforma Psiquiátrica não prevê

as condições psicossociais de familiares que acabam acarretando no abandono do paciente.

Outro fator é a falta de integração entre os equipamentos de suporte e a família, sendo que

ao longo do nosso trabalho como Acompanhantes Terapêuticos, notamos a ausência de

apoio e dificuldade de acesso aos diversos serviços que deveriam auxiliar no processo de

desospitalização.

Com a falta de comunicação entre as instituições e ausência de preparo entre as

equipes de multiprofissionais, encontramos dificuldades em realizar o objetivo principal

deste Acompanhamento Terapêutico, ou seja, a desospitalização do paciente e sua volta

para casa não ocorreu.

Desta maneira, compreendemos que os preceitos da Reforma Psiquiátrica

influenciam e dão base para a prática do Acompanhamento Terapêutico, entretanto, se o

estabelecido na lei não for cumprido e bem realizado pela Rede de Atenção Psicossocial o

trabalho do at também é afetado e pode não conseguir atingir o seu propósito como no caso

descrito acima.

REFERÊNCIA

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História, Ciências, Saúde-Manguinhos; vol.1, n. 1, pp. 61-77, outubro, 1994.

A constituição de novas práticas no campo da Atenção Psicossocial: análise de dois

projetos pioneiros na Reforma Psiquiátrica no Brasil, Saúde em Debate, Rio de janeiro,

vol. 25, n. 25, n. 58, pp. 26-34, maio/agosto, 2001.

ANTUNES, Sônia Marina Martins de Oliveira; QUEIROZ, Marcos de Souza.A

configuração da reforma psiquiátrica em contexto local no Brasil: uma análise

qualitativa.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(1):207-215, jan, 2007.

BERLINCK, Luciana Chauí. Novos andarilhos do bem: caminhos do Acompanhamento

Terapêutico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012. 174 p.

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de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil.

Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental

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A Reforma Psiquiátrica e sua Influência Sobre o A.T

FRAGA, Maria de Nazaré de Oliveira, SOUZA, Ângela Maria Alves & BRAGA, Violante

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO: CONSTRUYENDO

ANDAMIOS PARA LA INTEGRACIÓN EDUCATIVA

María Carolina Méndez

Heidy Blangero

Sofia Brugger

RESUMEN Este trabajo es un emergente del camino que hemos elegido transitar y compartir, como

acompañantes terapéuticas (AT), compañeras de la primera generación de la Tecnicatura en

Acompañamiento Terapéutico. Este es el resultado de compartir los desafíos y

gratificaciones de ser las primeras AT, las que emprendieron y contribuyeron a materializar

la profesionalización de nuestra práctica. Práctica, quehacer y vocación que hoy elegimos

seguir haciendo, apreciando la importancia de que nuestra función al pretender ser

terapéutica, debe devenir en humanizante.

Nos proponemos abordar cuestiones que hacen a la práctica del acompañamiento

terapéutico en instituciones educativas regulares, en el marco de la integración educativa

específica de niños que presentan trastorno del espectro del autismo (TEA), desde en el

entendido que se requiere especificidad de conocimiento en el área e intervenciones que

contemplan las diversas modalidades de manifestarse y de ser de cada niño.

Por otro lado, en el desarrollo del trabajo tendremos en cuenta aspectos teóricos referidos a

la Integración - Inclusión Educativa. A su vez, nos proponemos abordar algunas de las

dificultades y desafíos actuales a las que se enfrenta el AT en este tipo de encuadre.

Analizaremos aspectos concretos de nuestra práctica, como aquellos que implican la

posibilidad de establecer una estrategia común de abordaje entre la institución educativa y

el equipo terapéutico, así como también las expectativas y la incidencia de la familia.

Problematizaremos algunas creencias y preconceptos sobre el AT y la integración

educativa, así como se plantearán aspectos inherentes a la técnica, ética, límites y alcances

de la intervención.

Palabras-clave: Acompañamiento Terapéutico, profesionalización, integración educativa

Acompañamiento terapéutico en Instituciones de Educación regular.

El Acompañamiento Terapéutico en el ámbito educativo escolar, promueve la

materialización de un proceso de integración, enfatizándose sobre las dimensiones

emocional, social y conductual -o comportamental- del ser humano. El acompañante

terapéutico (AT) se ubica para ser un eslabón más de la cadena que subyace

a la integración educativa. Oficia entonces como un espacio “entre” lo terapéutico y lo

pedagógico. Se propone trabajar en equipo con el equipo tratante, la familia, y la

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

maestra/docentes, coordinando y procurando mantener una buena comunicación entre todos

los actores involucrados en la educación de ese niño.

Asimismo, es parte del rol - y nada menor - trabajar en aspectos que hacen a la

sensibilización y concientización social, ayudando por ejemplo, al grupo de pares de niños

a comprender y aceptar la singularidad de su compañero/a integrado/a, así como la figura y

el rol del AT.

Distinguiendo Integración de Inclusión Educativa

Partiendo de un enfoque de diversidad es que compartimos la idea de que “ (...)

podemos comprender la función educativa como aquella que instrumenta para el ejercicio

democrático del derecho a la igualdad de oportunidades, el respeto de las diferencias, y el

derecho a la libertad de efectuar elecciones sin recibir trato discriminatorio.” (Perés, 2013)

Compartimos lo que Jorge Méndez, responsable del Área de Educación del Programa

Nacional de Discapacidad (PRONADIS), plantea en torno a la continuidad Educativa de las

personas con discapacidad; al sostener que: “La participación (tener parte, formar parte y

ser parte), es el objetivo fundamental de la escuela. Esta intencionalidad conlleva valorar la

diferencia como aquella condición que nos asegura la pluralidad de miradas y, desde éstas,

el encuentro de ideas, puntos de vistas, posicionamientos, es decir, en última instancia

pensamientos diversos.”

Teniendo en cuenta esto, creemos necesario esclarecer brevemente las diferencias

que existen en las concepciones de integración e inclusión educativa, ya que entendemos

que en ocasiones dichos términos son empleados de manera indistinta y creemos necesario

distinguirlos a la hora de adentrarnos en procesos de institucionalización escolar de niños

con necesidades educativas especiales.

El Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF), en su Ciclo de

debates: Desafíos de la Política Educacional - Inclusión de niños con discapacidad en la

escuela regular, (2001); plantea su concepción de integración educativa, la cual consiste

básicamente en re-convertir la educación especial para apoyar la educación de los niños que

se integran a la escuela común, por lo que en muchos casos, lo que se hace es trasladar el

enfoque individualizado y rehabilitador, propio de la educación especial, al contexto de la

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

educación regular. Esto implica que se hagan ajustes y adaptaciones solo para los alumnos

etiquetados como “especiales”, y no para los otros alumnos de la escuela. En este proceso

basta con “asimilar” a los diferentes sin afectar demasiado la dinámica institucional. Por el

contrario, la idea de inclusión supone desde un principio que “todos somos diferentes” y

plantea a la institución regular el desafío de la modificación substancial de la estructura,

funcionamiento y propuesta pedagógica de las escuelas para responder a las necesidades

educativas de todos y cada uno de los niños y niñas, de manera que el aprendizaje resulte

exitoso y que haya igualdad de condiciones para la participación de todos.

Abordajes especializados en Trastorno del Espectro del Autismo

En el caso de de la integración de niños con TEA es esencial la especificidad de

conocimiento en el área. Como por ejemplo conocer sus estilos de aprendizaje, tener claro

en qué necesita más apoyo, contemplar sus propios tiempos, su modo singular de ser

ubicando nuestra intervención desde su potencial y no desde la carencia.

Creemos que la mejor calidad de la intervención podrá ser brindada en la medida

que haya una combinación de un profundo conocimiento tanto de la situación clínica como

por sobre todo, de la singularidad del niño a quien acompañamos. Para ello se

hace importante valorar los contextos y no sólo las conductas del niño, incluir una

observación muy detallada y en la interacción con el niño reconocer qué actividades y

propuestas son gratificantes para él y cuáles no.

Muchas veces el AT se convierte en quien tiene más conocimiento de ese niño dada

la cantidad de información referida a los aspectos sociales, emocionales, cognitivos,

familiares, académicos, etc. ya que comparte con él diferentes situaciones que se

desprenden de las múltiples interacciones que se dan cotidianamente y eso es lo que hay

que tener en cuenta para trabajar juntos con el equipo docente, la familia y el equipo

tratante.

Entendemos y adherimos a la aceptación internacional, de que los TEA, más

comúnmente conocido como TGD, compromete el desarrollo evolutivo y que conlleva

anomalías del sistema nervioso central , viéndose afectadas las funciones cerebrales

superiores, siendo las áreas que puntualmente se ven más afectadas :la comunicación y el

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

lenguaje, interacción social, teoría de la mente y las funciones ejecutivas; así como tiende a

asociarse un patrón de intereses restringidos y/o conductas estereotipadas y también se

vislumbran alteraciones en el procesamiento sensorial, aspecto que en ocasiones se pasa

por alto y no es nada menor.

Asimismo, se ha establecido que las causas son mayoritariamente biológicas y no

psicosociales; desde esta concepción de los trastornos del espectro autista es que nos

apoyamos en determinados abordajes y técnicas que se basan en la especificidad que hace

al cuadro y de allí nos proponemos adaptarlo a la singularidad de cada niño.

Técnicas y abordajes especializados: Programa Neurocognitivo.

El enfoque neurocognitivo se trata de un principio global que señala una posición

determinada frente al abordaje clínico del Trastorno del Espectro del Autismo.

Entiende a la conducta de la persona como externalización de hipotéticos modos de

funcionamiento de su cerebro en diálogo con el ambiente objetivo y subjetivo, centrándose

en la persona como un sujeto individual que experimenta, siente, piensa, decide y hace en el

tiempo y espacio en que despliega su trayectoria (Garcia Coto, Grupo Cidep. 2014).

Dentro de esta modalidad de abordaje podemos mencionar los modelos

conceptuales desde los que se apoyan las técnicas: Dentro de la teoría de aprendizaje

estarían las técnicas TEACCH (Desarrollada por Eric Schoopler y Gary Mesibov). ACA

(Análisis del Comportamiento Aplicado) -ABA (Applied Behavior Analaysis) en inglés. A

partir de la teoría comunicacional, podemos trabajar con la metodología de comunicación

aumentativa / alternativa, comunicación mediante el lenguaje oral, así como también se

integran diversas técnicas de la Teoría Cognitivo-Conductual: psicoeducación, habilidades

sociales, estrategias de autocontrol y automonitoreo, ensayo discreto, reforzamiento,

técnicas operantes y sistemas de organización de contingencias, modelado, y análisis

funcional de la conducta.

Priorizamos y constatamos que el uso de las técnicas aportadas por el modelo

TEACCH resultan muy efectivas y beneficiosas en lo que es la organización y eventual

autonomía del niño en lo que hace en cada jornada escolar. El modelo se centra en la

enseñanza estructurada, utiliza herramientas como claves visuales (agendas), adaptación del

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

material, estructuración física del lugar de trabajo, focalizándose en las fortalezas de la

persona con autismo. Es el caso de los sistemas de agenda o cronograma basados en apoyos

visuales en el cual el niño puede anticipar qué actividad viene, cuál va después, ya sea con

el uso de pictogramas o de la escritura, dependiendo de las posibilidades del niño. Estos

ayudan a que el niño comprenda que es lo que se “espera” que realice en cada actividad o

que acontecerá, otorgándole así control de la situación. Además en niños con poco lenguaje

ayudan a evocar palabras, y en definitiva conceptos. Podemos decir que teniendo en cuenta

la modalidad de muchos niños con TEA, los apoyos visuales en agendas facilitan los

procesos de adaptación y autorregulación así como la autonomía, que representa el

objetivo fundamental del acompañamiento terapéutico a nuestro entender. Por ende, las

herramientas que contribuyen a la organización y autonomía del niño, terminan por

promover un mayor disfrute y apropiación de las actividades que de las que participa día a

día en la institución, logrando entonces una real integración.

Tomando los aportes de Daniel Valdéz, psicólogo argentino especializado en

Necesidades Educativas Especiales, este conceptualiza tres funciones para quien oficia de

puente integrador y con las que coincidimos totalmente:

- Intervenir promoviendo la relación del docente con el niño, tal como el referente

hace con el resto el grupo.

- Intervenir en el relacionamiento con pares, promoviendo la interacción social en el

aula, recreos, cumpleaños, actividades recreativas, así como alentar a que el niñ@

invite amigos a su casa y viceversa.

- Intervenir en las tareas de aula: puede implicar, adaptaciones curriculares, de

contenido, propuestas alternativas que contemplen la modalidad de aprendizaje del

niñ@, integración de elementos creativos (como pueden ser propuestas de tipo más

lúdicas) que promuevan la motivación para el desempeño de dichas actividades.

De todos modos Valdez , considera que llamar Acompañante Terapéutico a la figura

que representa el “puente integrador” del niño, es una “extrapolación del ámbito clínico”

que resultaría inapropiada al contexto educativo, por lo que prefiere llamarlo “maestro

integrador”. Aún así, a nuestro entender, no resulta el término más oportuno, sino más bien,

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

el de “AT en integración educativa”, dada su formación y su especificidad en el rol y por

aspectos técnicos y éticos específicos que hacen a su función y no así a la de un maestro.

Aspectos técnicos y éticos del del Acompañamiento terapéutico en Integración

educativa.

Creemos necesario destacar la versatilidad del dispositivo del rol del AT, en cuanto

a la capacidad de poder adaptarse a diferentes encuadres, necesidades y situaciones

cotidianas en las que se entrama el vínculo con quien acompaña y que entendemos

caracteriza, y por ello diferencia, el concepto de maestro integrador. El AT en integración

escolar es una modalidad que requiere considerar en la estrategia y los objetivos el aspecto

institucional, el cual tiene una importante incidencia en toda su labor. Aun así el abordaje

no queda reducido ni culmina en la institución educativa. El AT escolar tiende a realizar y

trabajar muchos elementos que hacen a su función fuera a del encuadre diario de trabajo,

por ejemplo: preparar y coordinar las adaptaciones curriculares en caso de que así se

requieran, informar y coordinar periódicamente con el equipo tratante, supervisar , agendar

reuniones con el equipo y/o integrantes de la institución educativa, así como con la familia,

y en lo posible ser el promotor de la coordinación de estrategias con todos los actores

involucrados en la integración y la terapéutica de ese niño.

Dificultades concretas de la práctica del AT

Se presentan dificultades para conciliar las visiones de la institución educativa y la

del equipo terapéutico, así como las expectativas de la familia en torno a la integración.

Sobre los recursos de la institución, disposición y flexibilidad: En ocasiones se generan

resistencias institucionales ante propuestas innovadoras del AT o equipo terapéutico, que

surgen para acompañar y promover el proceso de integración, que respetan y consideran la

singularidad de ese niño.

La complejidad de poder establecer y llevar a la práctica un discurso unificado entre

todos los actores de la integración: que estabilice a ese niño y lo ayude a generalizar; siendo

el máximo beneficio para él y que a su vez, la responsabilidad y gratificación inherentes de

los logros terapéuticos, resulte compartida.

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

Por otro lado, en nuestro caso en Uruguay, tienden a generarse dificultades en

torno la contratación/remuneración del AT por el hecho de ser un rol aún no reconocido y

legitimado, es decir, que aún no consta de respaldo legal. La tendencia es que el AT sea

contratado por la familia de manera privada, en general (son muy pocos los colegios que

contratan al AT como parte de su equipo de funcionarios) en este encuadre de

acompañamiento diario el pago es mensual, o puede ser por hora, acordado entre el AT y la

familia.

Aquí creemos que existen dos aspectos complejos: uno es el que estas familias

asumen un gasto excesivo y sufrido en torno a la terapéutica y educación de sus hijos,

teniendo que además cubrir por su cuenta el AT. Entendemos que recurso no debe quedar

limitado a los sectores socio-económicos pudientes, como pasa actualmente, los sectores

más vulnerables tienen el mismo derecho a la integración educativa, acorde a sus

necesidades y pueda para ello contar con un AT. Entendemos necesario y

urgente promover una política social que integre el acompañamiento terapéutico para todos

los sectores que así lo requieran, volviéndose un derecho social.

Algunas creencias y preconceptos sobre el Acompañamiento Terapéutico y la

Integración Educativa

Estos aspectos fueron planteados por Daniel Valdez; los mismos se generan en el

imaginario social e institucional; los cuales no adhieren a los objetivos y función del AT.

- Si el AT no asiste a la institución educativa, se cuestiona que el niño/a asista, o se

considera la posibilidad de acortar su permanencia en la institución. ¿Se

compromete la institución realmente con el proceso que hace ese niño?

- El docente y/o maestra puede sentir amenazada su autoridad con la presencia del

AT. La idea es trabajar en equipo y no perder para nada de vista, ni opacar, el

lugar y función de la maestra como referente del grupo. Trabajamos para que el

niño adopte como referente a la maestra y no solo al AT, ayudamos al niño a que

entienda y respete la figura de la maestra, al tiempo que promovemos y abrimos

espacio a que se genere un buen vínculo entre el niño/a y la maestra.

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

- Fantasía de que se genere una simbiosis entre el niño/a y el AT que no favorezca

la integración, o que el niño/a se vuelva dependiente del acompañamiento

terapéutico.

- Los objetivos principales del AT pasan por promover el mayor grado de

autonomía y autovalimiento posibles, y al mismo tiempo contribuir a la mejor

calidad de vida de ese chico/a.

- Temor de que la metodología y técnica del AT (propuestas, materiales,

alternativas, etc.) sean más atractivas que la aplicada por el docente. Justamente

en ocasiones se hace necesario adherir propuestas o metodologías de aprendizaje

que contemplan las necesidades y preferencias del niño/a a quien acompañamos.

- Fantasía de que la integración escolar es aquella en la que no es necesaria una

presencia auxiliar dentro del aula. Creemos que esto significa resistencia miedo

al juicio, rigidez, negación de requerir especialización técnica para estar atentos a

las necesidades específicas y así poder contener institucionalmente a ese niño.

- La figura del AT puede vivirse como alguien que evidencia la integración del

niño/a y sus dificultades. Una postura que no es realista ni considerada con la

situación del niño. Hace falta entonces, reflexión teórica y sistematización sobre

el rol, funciones, límites y alcances del AT en prácticas integradoras o

inclusivas, entendemos que es un rol en plena construcción en nuestro medio.

Creemos esencial contextualizar las cuestiones inherentes a la integración escolar en

nuestra comunidad; la Institución Educativa, sea escuela o colegio, es un sistema complejo

circunscripto a los sistemas culturales y atravesados por las políticas de gobierno.

En nuestra experiencia en Uruguay, constatamos que en los últimos 5 años viene creciendo

progresivamente la demanda de inserción de un AT para la integración de niños con

necesidades educativas especiales en la escuela regular, siendo en muchas ocasiones una

condicionante a la hora de aceptarlo en la institución.

Nos preguntamos: ¿Esto tiene que ver con que las instituciones apelan a este recurso

por una real necesidad de personal técnico y especializado en el tema, por falta de

información en la materia y solicitan apoyo, reconociendo sus necesidades y carencias, de

manera responsable?

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

¿Se trata sólo de un recurso en el que se termina depositando al niño, siendo el

AT como una suerte de “salvavidas”, del cual la institución no se implica ni se

compromete de manera integral?. Hemos constatado experiencias de ambos tipos.

A su vez al momento en que la institución solicita un AT entendemos la predominancia de

dos tipos de demandas: se solicita el AT como condición para que el niño sea aceptado a

la institución, o se solicita posteriormente al ingreso de ese niño, en consecuencia de

no contar con las herramientas o con la disposición necesaria para integrarlo.

Por las características de nuestro sistema educativo regular, de momento se vuelve

una utopía pensar en una educación de tipo inclusiva. Si bien dichas prácticas forman parte

una cultura de la integración, de hecho suelen implementarse de forma específica, aislada

y mayoritariamente de manera privada, por lo que creemos que existe aún camino

para consolidar una ideología que sea en principio, integradora.

La salud mental, es un derecho humano fundamental y que debe apuntar a brindarse

a todos por igual, así como la educación común constituye un derecho del niño, establecido

en la ley social.

Sin embargo, desde un posicionamiento ético y respetuoso debemos

preguntarnos:¿Todos los niños con TEA deben ser integrados en una escuela regular?¿

Como evaluar si la integración es beneficiosa para el niño? Entendemos que integrar no es

equivalente a que cualquier chico forme parte de la escuela común. Consideramos que

dadas las peculiaridades aún “homogeneizantes” que hacen a la escuela regular, existen

casos en los cuales la integración puede resultar iatrogénica, generando vivencias de

excesiva frustración, desorganización y des-atendimiento de las necesidades específicas de

ese chico.

Es preciso reconocer que la educación “encasillada” en formatos tradicionales

tiende a disminuir su capacidad de respuesta, al igual que ceñirse a etapas evolutivas

clásicas, por tanto, el derecho a la educación se ejerce en la medida en que todos los

sujetos tengan la posibilidad de cumplir con los requisitos que establece la legislación, pero

que ello no debiera implicar que el chico deba adaptarse forzosamente a la educación

regular para ejercer su derecho.

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

Muchas veces el AT, por no aceptar la frustración de su quehacer o aún así por no

poder aceptar a ese niño a quien acompañamos, puede terminar siendo a-terapéutico, en el

sentido de forzar la integración, vulnerando el psiquismo de ese niño. No se trata de forzar

la teoría a la práctica, sino al revés. No olvidarnos de la importancia de la escucha, de lo

que deviene en la inmanencia del encuentro con el otro, aspecto que subyace a toda

intervención que pretende ser ética.

Consideraciones finales: Límites y alcances del Acompañamiento Terapéutico en la

institución educativa regular

Entendemos nuestro rol de ATS como una suerte de “bisagra” entre la familia, la

institución, y el equipo tratante, decimos que es un juego permanente entre “el adentro y el

afuera”.

Si bien el encuadre es en la institución, es un encuadre que tiene que tener

características de flexibilidad, encuadre que varía a su vez acorde a los objetivos

terapéuticos y etapas de la intervención. Aún así, consideramos que en buena medida,

nuestro quehacer hace a una suerte de estructura, muchas veces actuamos como un

elemento organizador de la rutina de ese chico, entendiendo, flexibilizando y más que nada,

sosteniendo y conteniendo desde el vínculo.

Parte de nuestra función pasa por revisar constantemente lo conciliado en la

estrategia preestablecida entre todos los actores involucrados en la integración de ese niño y

ser capaces de visibilizar si funciona, si hay que hacer cambios, si es favorable para el niño,

si le sirve, si lo ayuda.

A partir de nuestra práctica y de la necesaria reflexión permanente, constatamos que

en ocasiones el AT puede verse por momentos “atrapado” en la rigidez institucional,

perdiendo de vista las necesidades reales, los objetivos y el vínculo terapéutico con quien

acompaña.

El juego entre la flexibilidad y la rigidez (así como el del adentro y el afuera) resulta

un juego sutil para el AT. Si bien la condición sine qua non del AT creemos que es la

flexiblidad, debemos virar en ocasiones puntuales hacia una cierta firmeza o rigidez. Esto

se traduce en mantener nuestros planteos de forma consistente, postura que nos hace fieles

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

a nuestra meta terapéutica. Por ejemplo, ante un eventual boicot o resistencia de la

institución o de la familia. Esta firmeza consideramos que da continuidad y coherencia en

el abordaje terapéutico. Lo que no excluye estar re-evaluando y supervisando nuestras

estrategias e intervenciones de forma permanente, respetando así los devenires del proceso

terapéutico y pudiéndose amoldar a éste.

Quien forma parte de este rol, tan complejo de sintetizar en una sola función y en un

solo espacio, entiende que es un trabajo responsable, comprometido y jugado, involucramos

nada más y nada menos que nuestra psiquis con la de un otro, que espera de nosotros

contención y empatía.

El trabajo del AT es aquel que se caracteriza por poner el cuerpo y la mente, que

hay que cuidar, entender y conocer para poder respetar y así ayudar a otro de

manera saludable.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Dragotto, P.; Frank, M.(2012). Acompañantes. Conceptualizaciones y experiencias en A.T.

Ed.: Buenos Aires. Ed. Brujas.

Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF), Oficina de Área

para Argentina, Chile y Uruguay. (2001). Ciclo de debates: Desafíos de la Política

Educacional. Inclusión de niños con discapacidad en la escuela regular. Diciembre.

Recuperado de http://www.unicef.cl/archivos_documento/47/debate8.pdf

García Coto, M. (2014). Clases del Curso Anual de Autismo y otros trastornos del

desarrollo socioemocional. Buenos Aires. Grupo Cidep

Méndez, J. (2014). Taller sobre Discapacidad y Educación. Ciclo de talleres: La inclusión

la hacemos todos y todas. Los jóvenes empezamos por Casa Inju. Programa Nacional de

Discapacidad del Ministerio de Desarrollo Social (MIDES), Instituto Nacional de la

Juventud (INJU). Montevideo

Rubio, F. (2009). Principios de Normalización, Integración e Inclusión. Recuperado de

http://csi-

csif.es/andalucia/modules/mod_ense/revista/pdf/Numero_19/FRANCISCO_RUBIO_JURA

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Valdez, D. (2009). Ayudas para aprender. Trastornos del desarrollo y prácticas inclusivas.

Buenos Aires. Ed. Paidós.

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Acompañamiento Terapéutico: Construyendo Andamios para la Integración Educativa

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

EL LADO C DEL ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO, DE LO

QUE NO SE HABLA

Karina Laura González

María Laura Frank

Cristina Rossi

Pablo Dragotto

RESUMEN

El trabajo que se presentará emerge de la práctica cotidiana, de años de recorrido y de

caminar junto a la “locura”. Se desarrollará un caso clínico de un joven al que llamaré

Manuel, de 38 años de edad, y a quien acompañé durante 7 meses, hace ya tiempo. Su

diagnóstico era esquizofrenia, con consumo de sustancias, y actitudes de auto y

heteroagresión, con un entorno familiar muy hostil y un equipo terapéutico con el cual no

fue posible el trabajo interdisciplinario propiamente dicho.

El objetivo que se persigue es poder reflejar la importancia del trabajo interdisciplinario, de

la supervisión, del análisis personal, de la formación y actualización constante, pero

principalmente de las limitaciones que se nos presentan como acompañantes terapéuticos

en nuestra praxis, de la complejidad del rol y de las patologías con las que solemos trabajar,

en donde las expectativas deberán acotarse a las particularidades del caso, comprendiendo

que no depende de la buena voluntad y deseo de evolución del paciente el bienestar del

mismo, sino de muchos otros factores.

Se articularán cuestiones prácticas y teóricas, repensando las dificultades que atravesamos

en cada encuentro con otros, los sentimientos que producen los embates transferenciales de

nuestros acompañados y su entorno.

Palabras-clave: Acompañamiento Terapéutico, trabajo interdisciplinario, supervisión

Un mañana suena el teléfono, se comunica conmigo el psiquiatra de una institución

muy prestigiosa, menciona que necesita un acompañante terapéutico, en carácter de

urgencia, para un paciente de 38 años con diagnóstico de esquizofrenia, quien tiene

episodios de auto y hetero agresividad y además consumo de sustancias. Convenimos en

reunirnos al día siguiente para analizar juntos la demanda, ver de qué manera trabajar y con

qué objetivos.

La historia de Manuel era tan dura como confusa, marcada por una gran

fragmentación en su relato, lo único claro era que todas las personas significativas en su

vida lo habían abandonado. Su madre biológica, quien tenía el mismo diagnóstico, sostenía

tratamiento ambulatorio de manera regular en una institución neuropsiquiátrica, pero tras

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

una desestabilización generada por un abuso sexual reingresa a internación. Producto de ese

abuso la mujer queda embarazada, para luego de siete meses, y a causa de una crisis, dar a

luz a Manuel. Debido a la condición de su mamá, que le impedía cuidar de él, es dado en

adopción a una pareja absolutamente desconocida, ni familiar, ni allegados, dos absolutos

extraños. Así, los tres se van a vivir otra ciudad, el panorama no era muy prometedor, las

discusiones entre aquella pareja eran constantes, muchos entredichos, demasiada violencia.

La mamá adoptiva de Manuel no soportó tantos maltratos físicos y psíquicos recibidos por

su pareja y decide abandonar el hogar, y con ello al niño, quien tenía tan solo 4 años y

queda a cargo de su papá adoptivo. Él recuerda perfectamente esa escena, llorando

desconsolado tras las rejas que dividían su jardín de la vereda, gritando que no se vaya.

Menciona la oscuridad que sintió, el frio en el pecho y la desolación, dice que nada volvió a

ser lo mismo desde aquel día, que desde allí él empezó a morirse por dentro, que su alma se

fue con ella.

Cuando conocí a Manuel vivía sólo junto a su padre, con quien tenía un vínculo

bastante conflictivo. Como at creía que era posible allí un cambio, creía que era posible

propiciar un vínculo desde otro lugar, con otra presencia. A veces el compromiso social, la

buena voluntad, el deseo de bienestar del paciente, y ni siquiera la formación y supervisión

de la tarea son suficientes para alcanzar los objetivos que se establecen. Por ello sabía que

no sería sencillo, llevaba años dedicándome al AT de pacientes con Psicosis, con vínculos

mortíferos, en donde el amor asfixia, la presencia devora, donde no existen márgenes. En

este caso me encontré con otro tipo de vínculo padre e hijo, con otras características, pero

igualmente anulador y aniquilante, un par impar, donde no existía nada, nada más que la

exclusión, la expulsión. Una apropiación del cuerpo del otro, de su deseo, sin ningún tipo

de enmascarada afectiva, el otro ubicado en lugar de desecho. Su padre lo quería lejos, pero

lo necesitaba cerca. Un sujeto que lejos de ser sujetado es todo el tiempo arrojado al vacío.

Alrededor de este vínculo nadie, ningún familiar, ningún amigo, ningún vecino.

En varias oportunidades el paciente había huido de su casa, consumía marihuana

cada vez que podía, fumaba al menos tres etiquetas de cigarrillos diarias, venía ya de

muchas internaciones, varías recaídas, demasiado dolor. En una de las últimas

internaciones, con el deseo del paciente de no volver allí, el aviso de que la próxima

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

internación sería definitiva y no habría vuelta atrás, él acepta a asistir a hogar de día tres

veces por semana, viajando largas horas para llegar, ya que no vivía en la misma ciudad en

la realizaba su tratamiento. Así mismo asiente en continuar con el tratamiento

farmacológico y psicológico que allí tenía y como extensión del mismo AT tres veces por

semana, los días que no asistía a hogar de día. Manuel ya había tenido muchos

acompañantes, un fracaso tras otros, todos abandonaban, nadie soportaba, nadie podía

sostener.

Hoy me pregunto. ¿Cómo crear un vínculo en donde no hay más que imposición?

¿Cómo establecer una transferencia positiva cuando quien acompaña es parte de la

condición? Difícil apertura, ante semejante cierre.

Acompañé a Manuel durante siete meses, el recibimiento era siempre el mismo, sin

invitación, sin bienvenida, como algo que debe acontecer. Los encuentros transcurrían en

absoluto silencio, silencio difícil de sostener, sin luz, en penumbras, sin movimiento. Las

sensaciones me invadían, la casa era muy fría, muy oscura, el olor a suciedad y humedad

eran muy intensos, sin embargo no tan intensos como la hostilidad del paciente. Me

preguntaba muchas veces ¿Qué hago aquí? ¿Aporta algo mi presencia o solo genera mayor

malestar? En reiteradas ocasiones me decía “Me siento controlado, invadido, parezco un

nene con niñera”, “No puedo salir si no es con vos, soy preso de mí mismo, de mis actos,

que no son los míos sino lo que provoca mi historia, mi viejo”. Su mirada se perdía, el

vacío lo invadía, la desazón lo avasallaba, las voces lo aturdían.

La única razón para permitir la presencia del at allí era porque esa fue su única vía

de escape, sí de escape, no de salida, no era “con”, era por “medio de”. Difícil situación,

dos sujetos caminando a la par sin poder encontrarse, dos rieles paralelos que no se cruzan,

sin embargo permiten que algo se mueva, se desplace.

Con el transcurrir de los encuentros empezaron a circular los mates, las palabras, los

juegos de cartas, y aunque la tensión era constante, fuimos encontrando un nuevo clima

para tal encuentro, un tono para semejante silencio, que más que silencio era vacío. Pudo

empezar a contarme cómo se sentía, qué le sucedía, cómo las voces que escuchaba todo el

tiempo lo atormentaban, cómo las cosas que veía lo asustaban. Comenzó a permitirme que

sea cómplice de sus deseos, aliada de los momentos más vitales, yendo al encuentro de

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

alguno de sus intereses, dentro del abanico de posibilidades existentes, ya que su padre no

le daba “nada” de dinero. Fuimos varios meses a Karate Do, actividad gratuita en un centro

de su localidad, mencionando Manuel que era un momento en que se relajaba.

Generalmente íbamos a un club a jugar al básquet, y aunque quedaba a veintidos cuadras y

medias, caminábamos para poder jugar allí 20 minutos, 20 minutos de juego, juego de a

dos, intercambio de risas, de disfrute, uno de los pocos momentos en que lo vi sonreír.

Recordaba cuando era más chico y jugaba en un club al básquet, lo compartido con sus

amigos, se reencontraba con lindos, pero tan lejanos recuerdos.

No era sencillo encontrar esos momentos de disfrute, debíamos lidiar con cada

escusa puesta por su padre, con los avasallamientos generados, pero valía la pena. Del

mismo modo sucedía con los logros alcanzados por Manuel durante la semana, su bienestar

se desmoronaba cada domingo. ¿Qué sucedía? Nunca supimos con precisión, sólo veíamos

en él un aplanamiento emocional considerable, desazón, apatía, desgano y desmotivación

de aquellas cosas que tanto lo entusiasmaba hacer. Cada lunes era un recomenzar, con

intensa frustración, con enojo, retomando nuevamente lo emprendido. El primer día de la

semana siempre se quedaba dormido, la casa estaba más oscura y cerrada que de

costumbre, no tenía ganas de hablar, ni de hacer nada. Generalmente durante el fin de

semana huía de su casa, y el lunes por propia voluntad decidía internarse, decía que prefería

estar en un loquero que verse enloquecido por su padre. Las internaciones por su propia

voluntad no duraban más que un par de días, pero la última nunca caducó, ya no volvió a

salir. Su padre no quiso que volviese a su casa, decía que la situación, el malestar entre

ambos era insoportable, que él ya era grande y no podía salir a buscarlo cada vez que se iba

o internarlo cada vez que consumía. Así decidió dejar todo en manos de la justicia. Manuel

siente nuevamente el abandonado. Desde el equipo del neuropsiquiátrico en el que residía

se decide continuar con el AT, esta vez sólo dos veces a la semana, sin un claro norte, con

poca contención por parte del equipo hacia la tarea de AT. Así viaje hasta aquella ciudad

durante dos meses. El vínculo que se había logrado establecer se deterioraba de manera

progresiva, estaba irritable, quería salir de allí, era la única persona con la que tenía un

vínculo que ingresaba desde afuera, quería que yo lo sacase, que estableciera contacto con

una tía lejana o con su padre para que lo fuesen a buscar, que pida permiso para salir por la

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

ciudad, que le llevase golosinas, cigarrillos, plata, me pedía que convenciese al equipo de

que él estaba bien, que podía irse solo. Mi abstinencia ante ello despertaba su ira, las

últimas veces que fui no me recibía, o lo hacía con desgano, sólo mencionaba: “¿Hoy

salimos? ¿Cuándo me vienen a buscar? La última vez que fui a acompañarlo me dijo, sin

saludo previo: “¿Otra vez vos acá? ¡No sé para qué venís, no me servís si no salimos, no

vengas más para eso! ¡Seguramente vos venís acá a buscar información para pasársela al

forro de mi viejo! ¡Queres convencerme con tu psicología barata, yo no tengo ganas de

esperar, quiero salir ya!”. Aunque intentaba alivianar tal situación, insistía: “Vos no me

entendes, lo decís porque vos ahora salís y te vas, soy yo el que quedo encerrado días y

días. Ya te saqué la ficha, sos una chetita bárbara”. Eran muy movilizantes y agresivas sus

palabras, hacía mucho esfuerzo para ir, viajaba muchas horas, y sentía que lejos de sumar,

restaba bienestar. La hora completa de AT se dio de esa manera, me exigió en reiteradas

oportunidades que me fuera, y aunque con mi presencia manifestaba no querer hacerlo,

finalmente le dije que lo entendía y que si así lo prefería no continuaríamos con el

acompañamiento. No alcance a terminar la oración cuando, sin mediar palabra se fue a su

habitación, solo pude balbucear un chau. La angustia me invadía, el nudo en la garganta

presionaba fuertemente mi pecho, salí de la institución, subí al primer colectivo y lloré,

lloré con gran pena aquel cierre, me cuestionaba qué hice mal, me preguntaba si alguna vez

hubo apertura, si alguna vez hubo vínculo, qué falló.

Escribo este trabajo después de mucho tiempo, hasta hoy tenía la firme convicción

de que todo había salido mal, que no hubo vínculo, que no hubo encuentro ni

acontecimiento, que el cierre fue poco propicio, que no fue suficiente la formación, el

análisis personal y supervisión para sostener el acompañamiento. Y si, nada salió según lo

esperado, pero si hubo un otro vínculo, hubo acontecimiento, hubo cierre, no el que el at

esperaba, sí el que Manuel necesitaba. Así con la idea de psiquismo abierto, la subjetividad

adquiere nuevas posibilidades de producción, y cada encuentro significa el acontecimiento

de algo diferente, habilita otros modos de estar, de ser. Devuelve la oportunidad al sujeto de

elaborar, construir, crear, darle otro sentido y articular un hacer ante lo sufrido

pasivamente. Parafraseando a Kuras y Resnizky: “Las condiciones inaugurales no son

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

determinantes en la medida en que queda habilitado el camino para la inclusión del azar y

del acontecimiento”.

El acompañamiento terapéutico posibilitó a Manuel la interrupción de lo que no

cesaba de repetirse, permitió dejar otra marca, una nueva inscripción, pudo dejar de ser el

abandonado, el maltratado, el rechazado, para esta vez ser él quien ocupase un lugar activo

en aquella relación dual, aniquilante de toda posibilidad de movimiento, pudo encontrar una

alternativa para salir de la quietud mortífera en la que se encontraba.

La transferencia es aquello que se reedita en cada vínculo, aquello que vuelve casi

compulsivamente a producirse sin modo de inscripción, aquello que tiende a ubicar al otro

y a sí mismo en un mismo lugar. Pero ¿Qué puede posibilitar allí algo del orden del

acontecimiento? Eso será justamente la introducción de lo diferente, de la devolución de

otro reflejo por parte del espejo. El at a pesar de los intensos sentimientos

contratransferenciales que pueda sentir, y esperable es que así sea, no obra desde allí, y

aunque no sea fácil, no actúa en respuesta, tolera, realiza un proceso de metabolización,

depositando en cada instancia lo necesario para reprocesar y devolver, sin más, una

intervención terapéutica. Hoy comprendo el valor de aquello que tanto malestar me

generaba, hoy entiendo la importancia que tuvo para Manuel el que yo no haga “nada”, el

que yo me abstenga en cada paso, soporte y sea soporte. Mi quietud permitió su

movimiento, mi resistencia a irme su esfuerzo para ser el quien abandone, quien se vaya.

La escritura nos permite preguntarnos, cuestionarnos sobre lo que parecía cerrado,

posibilita la apertura de lo hermético, hace surgir de las dudas pensamientos, de las certezas

incógnitas. La escritura nos reencuentra con las vivencias, con las palabras, pone a

funcionar nuevamente la maquinaria, pone a producir nuevos decires, nuevas

significaciones, corre el velo de lo que nuestra propia subjetividad nos impedía ver.

BIBLIOGRAFÍA:

Altomano y Azpillaga (1994). Acompañamiento terapéutico o un abordaje posible para

pacientes graves.

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El lado C del Acompañamiento Terapéutico, de lo que no se habla

Altomano y Azpillaga (1994). Acompañamiento y psicosis. Nuestra concepción de su

clínica.

Altomano y Azpillaga (2003). Acompañar la psicosis.

Chayan Karina (2003). La abstinencia en el A.T.

Dragotto Pablo., Frank María Laura. (2006). Ética y Acompañamiento Terapéutico.

Actualidad Psicológica. XXXI N° 346. Buenos Aires.

Frank, María Laura (2005). Reflexiones sobre la ética en el Acompañamiento terapéutico.

Fusaro, Leonardo., & Levit. Paula., (2003). El acompañante ante la presencia del rechazo.

Jean Oury (2011). Creación y esquizofrenia. Primera edición en español por Alicia Josefina

Guerra Díaz y Daniel Guerra Segura. Colección Psyche. México

Kuras de Mauer, Susana., & Resnizky, Silvia. (2003). Acompañantes Terapéuticos.

Actualización Teórico Clínica. Capítulo I En busca de una subjetividad destituida. Capitulo

VII Las psicosis. Patologías del “No-ser”. Letra Viva. Buenos Aires.

Porto, M. (2003). Fragmentos sobre la (no) indicación de un acompañamiento terapéutico.

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

ACOMPAÑAMIENTO TERAPÉUTICO Y VIDA COTIDIANA

María Laura Frank

RESUMEN

Tomando como punto de partida tres elementos definitorios del rol del acompañante

terapéutico: el trabajo en equipo, el vínculo y la vida cotidiana, intentamos pensar cuál es la

especificidad del acompañante terapéutico en la vida cotidiana del paciente como campo de

inserción. Es necesario definir subjetividad y vida cotidiana para entender la posición del

acompañante como un agente que con su presencia puede hacer visible aquello que la

cotidianeidad oculta. Devela prácticas desubjetivantes, roles estereotipados que no permiten

modificaciones saludables, observa la forma de habitar el espacio, el tiempo y el ritmo del

otro. Esto es posible por la circulación del acompañante por los distintos espacios del

dispositivo acompañamiento lo que permite sostener cierta distancia necesaria para

favorecer la eficacia terapéutica

Palabras claves: Acompañamiento terapéutico – dispositivo – vida cotidiana – obvio -

presencia

“… la mejor manera de conocer una ciudad es perderse en ella: correr el riesgo de entrar

por callejuelas apartadas, callejones oscuros, explorar, sin la urgencia de llegar a ningún

lado y sin culpa de haber escogido el trayecto erróneo…”

Walter Benjamin

El acompañamiento terapéutico como dispositivo implica la condición de insertase

en la vastedad de vida cotidiana del otro y porqué no de perderse en ella, en las callejuelas

apartadas, los callejones oscuros del territorio desconocido, ajeno a nosotros.

No me propongo en este espacio desarrollar nuevas nociones o ideas novedosas que

no hayan sido esbozadas anteriormente en otros espacios, pretendo simplemente reunir

algunos conceptos a cerca del rol del acompañante en la vida cotidiana del paciente, ya que

observo que aun siendo un aspecto central en su desempeño manifiesta muchas dificultades

a la hora de ingresar y plantear estrategias y actitudes terapéuticas que trabajen con y desde

la cotidianidad; ya sea por quienes se recién se inician como por la complejidad que por la

multiplicidad de factores que abarca.

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

Para ordenar un poco las ideas comenzaré definiendo y conceptualizando el

concepto de subjetividad y de vida cotidiana en sus diferentes aspectos para luego articular

lo con el rol y la función del acompañante terapéutico.

Recorriendo los mapas de la cotidianeidad, conceptualizaciones

Pensamos al acompañamiento terapéutico como un rol en construcción, la

vertiginosidad de su crecimiento y expansión a nuevas fronteras nos obliga a estar alertas

sobre los aspectos específicos de este dispositivo. Dijimos en otros espacios que según

nuestra perspectiva hay tres elementos definitorios del rol que están siempre presentes

independientemente del área, o situación a abordar, ellos son: El trabajo en equipo, Lo

vincular y Lo cotidiano.

En primer lugar el trabajo en equipo responde a la herencia del at en argentina

surgido como un rol auxiliar, el acompañante nunca trabaja solo, se incluirá en una

estrategia terapéutica a partir del lugar que le hace quien dirige el tratamiento. El AT es

pensado en los últimos años como un “dispositivo”, incluyendo así la complejidad de

aspectos, actores y escenarios que lo constituyen. Es imprescindible a nuestro entender el

trabajo con otro / otros , interlocutores del trabajo en común, permite delinear estrategias

terapéuticas desde los aportes de la distintas miradas.

Segundo en este orden pero no menos importante, el vínculo que se establece es el

fundamento de esta clínica particular, es la herramienta y el aspecto central del acompañar.

El AT en definitiva puede ser pensado como una oferta vincular diferente. Un vínculo

respetuoso de la ética, en abstinencia que de lugar a lo nuevo, algo del orden del

acontecimiento. Es a través de la transferencia y su instrumentación que esta presencia

deviene terapéutica

Finalmente la vida cotidiana el at se inserta en la cotidianeidad del paciente donde

este se encuentre ya sea una institución, su casa u otro lugar. Este aspecto del rol es propio

del acompañamiento terapéutico marcando un campo propio, distinto de los demás

miembros del equipo terapéutico.

Tengo la impresión que muchas veces cuando decimos que “el a.t. ingresa en la vida

cotidiana del paciente” lo hacemos ligeramente, refiriendo la cotidianeidad como un lugar o

una circunstancia. Quizás aun arrastramos la tendencia de otras disciplinas (psicología,

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

psicoanálisis) e imaginamos que nos desplazamos hasta la casa del paciente para hacer allí

lo mismo que haríamos en otro lugar. El acompañante se inserta en la vida cotidiana para

hacer otras cosas, para tomarla como campo de trabajo, abordando no solo el sujeto

singular sino también el mundo que lo rodea, su mundo material y su mundo de relaciones.

Si bien la cotidianeidad ha sido abordada por diferentes disciplinas, como la

psicología social, la etnografía, la sociología, entre otras; es justamente la circulación que

hace el acompañante de entrar y perderse en el mundo del paciente, para luego volver al

propio mundo y en otro momento recorrer los espacios de diálogo con el equipo, lo que irá

construyendo los engranajes que hacen del dispositivo acompañamiento terapéutico una

herramienta de alta eficacia clínica y lo propio del campo de nuestro rol.

Esta circulación permite el abordaje del paciente en su singularidad, promoviendo el

respeto de la subjetividad más allá del diagnostico, la edad o las circunstancias que este

atravesando.

Si entendemos al sujeto siguiendo a Najmanovich “no como una sumatoria de

capacidades, propiedades o constituyentes elementales sino como una organización

emergente El sujeto adviene como tal en la trama relacional de su sociedad…6, el trabajo

del at en la vida cotidiana implica el trabajo con la subjetividad del otro.

Parafraseando a Isidoro Berenstein, devenimos sujetos a través del vínculo con los

otros, el otro tiene un lugar primordial en el proceso de constitución psíquica y de

subjetivación, por lo tanto podríamos decir que “Somos en la medida que somos con otros”.

La subjetividad se constituye a través de los vínculos que constituimos, de lo que hacemos,

lo que pensamos y lo que sentimos, en un lugar y tiempo determinado.

Cotidianeidad es mucho más que un lugar, es condición de subjetivación y el

acompañante trabaja allí con ella. El acompañante que se inserta en la vida cotidiana

ingresa en el mundo real, representacional y de relación, no es un ingreso circunstancial, el

trabajo en lo cotidiano implica el trabajo en la subjetividad.

Ana Quiroga define vida cotidiana como “…la manifestación inmediata, en un

tiempo, con un ritmo, en un espacio, de las complejas relaciones sociales que regulan la

vida de los hombres en una época histórica determinada… se manifiesta en un conjunto de

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

hechos, actos, objetos, relaciones y actividades que se nos presentan como acciones, un

mundo en movimiento”

El at se incluye en este mundo en movimiento, se pierde en las callejuelas, poniendo

el cuerpo, viviendo el ritmo, relacionándose con los otros de ese mundo relación. Lo hace a

través de acciones, de presencia y no solo de palabras; lo hace entrando en ese ritmo

particular que es el ritmo del otro, entra a ese espacio respetando, sintiendo, sabiendo que

tiene objetivos pero que debe esperar que llegue el momento para intervenir.

Mundo en movimiento que no puede ser representable en una idea, un pensamiento

para ser enunciada al terapeuta, el acompañante terapéutico a través de la acción, poniendo

el cuerpo, compartiendo su mundo, lo recorre, accede a él desde otro registro.

El sujeto esta allí en ese mundo - ese mundo es el sujeto - es esa multiplicidad con

la que el acompañante trabaja, no solo lo que el paciente dice sino lo que hace, donde,

como y con quien lo hace y el at lo trabaja haciendo, sintiendo allí donde las cosas suceden.

Ana Quiroga manifiesta que, “La vida cotidiana se manifiesta como un conjunto

heterogéneo y multitudinario de hechos, actos, objetos, relaciones, actividades, que se nos

presentan en forma "dramática", es decir, como acción … La conforman la familia que

constituimos, la revista que leemos, la televisión, el cine, el teatro, la casa que habitamos,

etc. Se organiza alrededor de la experiencia de la acción del aquí de mi cuerpo y del ahora

de mi presente, un mundo subjetivo, social, compartido, que yo experimento y que vivo con

otros…La forma que adquiere día tras día nuestra historia individual…Implica

reiteraciones de acciones vitales, en una distribución diaria del tiempo. La cotidianidad es

espacio, tiempo y ritmo…es predominantemente experiencia de acción, mecanismo

irreflexivo, no es consciente…Los hechos se aceptan como partes de un todo conocido,

autoevidente. “como que simplemente es”

Uno de los aspectos centrales que los autores remarcan es este aspecto no

voluntario, no visible para quien experimenta la vida cotidiana, Canales Cerón, refiere que

“En la esfera de los eventos cotidianos todo ocurre con la evidencia de lo sabido: no hay

acontecimiento o irrupción de sentido a interpretar. El sujeto observa y se observa en

medio de un mundo-sabido, donde todo ocurre según lo previsto. Mundo de la obviedad.

Hay dos modos de indicar lo obvio: como lo que no se ve y como lo que se da por visto…

En ese fluido de normalidad la conciencia observadora ni pregunta ni interpreta. Todo ya

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

está situado en su lugar y entre ellos, el sujeto transcurre sin hacerse presente como el que

soporta todas las distinciones que estructuran esa realidad…

La cotidianeidad engloba los vínculos, las relaciones, los roles que desempañamos

en el entorno social, “La cotidianeidad es particularmente pertinente por esta nota: lo

social se hace opaco. Momento en que lo social es al mismo tiempo más real que nunca -

toda la cotidianeidad es juego de roles, actuación de libretos, desempeños sociales- y

menos visible” (Canales Cerón)

Ana Quiroga refiere que esta valoración de lo cotidiano como autoevidente e

incuestionable se realiza a través de un mecanismo de la ideología dominante. Encubre lo

cotidiano lo muestra como “la realidad”. La ideología naturaliza lo social, universaliza lo

particular y atemporaliza lo histórico. La vida cotidiana se vuelve de orden natural,

universal, inmodificable.

Sin embargo la autora, “plantea que es posible interpelar los hechos,

problematizarlos. Desmitificar, al romper el velo de la familiaridad se produce una

distancia que permite que el sujeto sea cognosente.” Es interesante como platea desde la

psicología social la posibilidad de realizar una crítica a la cotidianidad. Dice, Primero

experimentándola viviéndola, segundo establecer una ruptura con lo familiar.

Senderos del acompañamiento terapéutico por la cotidianeidad

El acompañante ingresa a esa vida cotidiana pero no lo hace solo, sino que a través

del vínculo/ los vínculos que atraviesan ese escenario y lo hace junto a otros actores.

Interlocutores que por fuera de la escena de la cotidianeidad, dan sentido, prestan

contenido simbólico, permiten procesar, sostener una estrategia que respete y no tapone la

subjetividad del paciente. Permitiendo despejar y comprender para no actuar los

sentimientos contratransferencia a veces insoportables, como las transferencias desplegadas

tanto por el paciente como la familia, los compañeros o los otros implicados en ese

escenario de lo cotidiano. La vivencia que tiene el acompañante de la cotidianidad es muy

intensa, penetrante, solemos decir de trinchera. Por ello incluimos dentro del andamiaje del

acompañamiento terapéutico tanto la coordinación de los acompañantes, como las

supervisiones y la terapia personal del propio at.

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

Leonel Dozza plantea …“intervenir en los contextos comunitario y domiciliario

impone un cambio paradigmático en la práctica clínica, y a su vez conceptualizaciones

acordes con esta otra estructura que es la Clínica de lo Cotidiano.”

Cambios necesarios que nos permitan pensar que nuestro trabajo en la cotidianeidad

es para trabajar con ella y no a pesar de ella. Evitando trasladar encuadres de otros

abordajes con el riesgo de convertirnos en psicólogos a domicilio, si nos centramos solo en

nuestro paciente nos perdemos la riqueza de las interacciones con los otros tanto con los

significativos como aquellos otros representantes de la sociedad, chofer, cajero de un

negocio, mozo, etc. La manera de caminar la ciudad, habitar su casa, el trato con las

mascotas, los hábitos de higiene y alimentación. Situaciones que están veladas en el

escondite de la cotidianeidad y no son cuestionadas por él.

Este mundo que plantea Ana Quiroga en el cual nos incluirnos, nos familiarizarnos,

sin cuestionar, ni juzgar, formar parte de ese mundo de esa vivencia. Para luego y

respetando los tiempos del otro ir marcando, preguntando, interviniendo

Nos relata una aacompañante (Juliana): :Coral no come, Coral se corta. Cuando

conocí a Coral me impactaron su delgadez y su piel de muñeca de porcelana. Dentro de su

casa (que es la casa de una muñeca de porcelana) Coral “combina” con los adornos

antiguos, los almohadones perfectos, el piano y las ventanas diminutas…Resonaban

algunos dichos del equipo: “si continúa sin comer morirá”…

Sorprende la expresión, “combina”, es que cada uno combina con su mundo… La

acompañante ingresa, mira, vive, siente y delata; muñeca de porcelana, sin vida, en

composé con la decoración de la casa, en relación a los otros habitantes de ese hogar, de la

familia. Juliana y el equipo de at que realizaban una internación domiciliaria desde el

ingreso a la casa de Coral tuvieron oportunidad de hacer este registro, de pensarlo, de

trabajar con esto en una estrategia que le permita ser alguien vivo, en un ambiente que

tendrá que ser modificado

El acompañante, puede con su presencia hacer una ruptura con lo natural, lo obvio, lo

familiar, puede preguntar, interpelar algunos aspectos de esa realidad y de los vínculos. Su

simple presencia desnaturaliza, pone evidencia, saca al otro de ese ritmo de la rutina del

mundo en movimiento.

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

Somos observadores de aquello que el otro no puede ver. Si el trabajo del

acompañante implica el surgimiento de la subjetividad, la ruptura del velo de la

familiaridad permitirá que el sujeto devenga cognoscente, ó sea que se vuelva sujeto activo

en su propio mundo con posibilidad de elegir, de transformar. Poner una luz que ilumine

aquello que le parece ·normal” ya sea de los objetos, los espacios y las relaciones, que

tapona posibles practicas desubjetivizantes.

El acompañante puede preguntar, sorprenderse, hacer chistes sobre algún suceso de

la vida cotidiana infinidad de recursos e intervenciones que implican señalar, mostrar, dar

lugar a aquello que no se ve y que es necesario modificar en el curso de un tratamiento.

La cotidianidad es ese espacio, tiempo y ritmo. Los acompañantes trabajamos en el

espacio, Dice Palombini “Concibiendo al cuerpo como espacio, al mismo tiempo exterior e

interior, con el cual el hombre se encontraría parcialmente identificado aunque

indisolublemente vinculado, Bollnow considera de forma análoga la relación del hombre

con su casa, a la cual toma como una expresión parcial de la totalidad de la persona

incidiendo sobre sus determinaciones y teniendo el poder de transformarla.”

El entrar en la casa o la institución permite a los acompañantes el acceso a la

observación de muchos detalles que permiten comprender el mundo subjetivo del paciente.

Me refiero a la distribución de los lugares, la disposición de la casa, las habitaciones, las

camas, las ventanas, las puertas, el uso que la familia y el paciente hacen o no de esos

espacios.

Recuerdo una paciente pronta a ser dada de alta luego de una internación

psiquiátrica planteaba a su psicóloga que ·”no había espacio para ella en su casa” y por ello

no quería ser externada·, la acompañante registró en las salidas con permiso del hospital

para trabajar la externación, el hecho que en la casa no había una silla para ella. Debían

comer primero su mama y su hermana y luego ella. No era la fantasmática era la realidad,

no había lugar para ella en esa casa en el vinculo simbiótico de su mamá y su hermana, su

casa la expulsaba una y otra vez a vivir en la calle

Igualmente la vivencia subjetiva del tiempo el acompañante entra en esa vivencia

cotidiana del tiempo del otro, tan disímil como variable, ajustada o desajustada. La vivencia

del tiempo sin tiempo de las instituciones totales, del tiempo detenido de la psicosis, el

tiempo acelerado o a veces saltando , no solo en las distintas patologías sino también en las

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

distintas circunstancias que nos toca vivir, el tiempo a veces se nos pasa volando a veces

lento, eterno. La vivencia del tiempo en las distintas etapas de la vida también impone una

impronta particular. El acompañante ingresa a ese tiempo y en un primer momento se

adapta así como el viajero debe ajustar su reloj de acuerdo al huso horario del país que se

encuentre.

Finalmente los Ritmos de lo cotidiano, la rutina, repetición acompasada de hechos

movimientos tres dimensiones de la cotidianeidad, tres dimensiones del rol del

acompañante terapéutico en la vida cotidiana.

Relata Noelia una acompañante en el espacio de supervisión, “cuando entre a la

casa de Clau no lo podía creer, había cajas y cajas por todos lados, no se podía caminar,

no había donde estar. Le pregunte que había en las cajas, me responde “cosas que algún

día puedo necesitar” abro una caja estaba llena de plantillas de zapatillas que ya no debe

tener más”. Quedo asombrada, le digo “Y esto para que te puede servir?·” ella responde

“no sé! Las voy a lavar así quedan limpias!”

Noelia acompaña a Clau va a su casa, toman mate revisan las cajas van ordenando

tirando cosas, a veces Clau no quiere desprenderse Noelia la respeta, la espera.. respeto del

ritmo del otro, una casa que guarda pero no permite la circulación de lo nuevo, cajas, cajitas

que contienen fragmentos de otros tiempos. El espacio, el tiempo, el ritmo de la vida

cotidiana se conjugan en cada intervención de los acompañantes.

El trabajo que se va haciendo con los objetos de la casa va modificando la vivencia

la subjetividad, un cambio en la posición de Claudia en relación a sus cosas, sus espacios

que redundan en la posibilidad de nuevos espacios para ella en el afuera, meses después

sale busca un grupo juvenil del cual pueda formar parte

El espacio, es la casa, la institución, la ciudad, la calle, Noelia se sorprende del paso

de Clau por la ciudad, lo hace de manera desordenada, alterada, apurada da la sensación

que quiere volver rápido, “Un día habíamos planeado que íbamos a entregar curriculums

ella me esperaba lista salimos, fuimos a varias instituciones que ella tenía en una lista,

después de caminar varias horas al rayo del sol, yo estaba agotada y me di cuenta que

íbamos y volvíamos que estábamos haciendo un camino sin sentido volviendo siempre al

mismo lugar, ella estaba contenta y entusiasmada por que había cumplido su objetivo yo

estaba cansada, molesta, enojada” Esta vivencia fue trabajada en supervisión, le dimos

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

lugar, entendimos que Clau vive de esta manera el espacio, que Noelia podía ayudar a

armar un recorrido planificar su día, Si la vida cotidiana es acción, detenerse a reflexionar,

a planificar, a observar y observarse implica un movimiento en la relación del sujeto con si

mismo y con el mundo que lo rodea.

El rol del acompañante en la vida cotidiana implica esto, haber ido sin cuestionar,

acompañar el recorrido alocado de Claudia por la ciudad, para luego detenerse, sentir el

enojo pero no actuarlo, pensarlo en otros espacios con otros interlocutores para luego

volver al terreno del acompañamiento.

Para finalizar quiero abordar sintéticamente el tema de los vínculos, lo obvio de la

cotidianeidad invisibiliza también los roles que desempeñamos en la red de relaciones, el

que desenvuelven los pacientes en el contexto de sus familias, de la institución, de su

entorno.

Correr el velo de la oscuridad de lo obvio en el juego de los roles de las relaciones

con los otros, relaciones vinculares que constituimos y nos constituyen, que a veces se

rigidizan, estigmatizan. Cuando trabajamos con personas aquejadas por patologías graves al

ingresar en su mundo podemos observar, registrar, sentir movimientos de la cotidianeidad

que obturan la posibilidad de desplegar la subjetividad, de permitir cambios

transformadores.

Sujetos que no son escuchados, que no tienen un espacio propio, que se los ubica en

un lugar del que no puede, no sabe, por lo tanto no va a poder no va a saber. El

acompañante puede allí introducir una cuña un signo de pregunta que permita un

movimiento es esa modalidad vincular

Karina es acompañante y nos relata que en un acompañamiento de una niña de 11

años con retraso mental a causa de hipoxia perinatal, con presunto diagnostico de psicosis y

obesidad (107 Kilos) “Estábamos en un período de trabajo respecto a la alimentación de la

niña y a proveerle alternativas más sanas, con menos calorías, Un día llego a la casa de Luli

en horario en el que la familia desayuna, y a pesar que el día anterior habíamos estado junto

a la mamá de Luli pensando recetas que se adapten a los requerimientos pedidos por la

nutricionista, la niña estaba comiendo sándwiches de milanesa …, los cuales preparaba su

padre muy gustoso. Luego de haber comido dos, mientras su padre prepara el tercero, le

pregunta a la niña: “¿No te parece que es mucho para desayunar?”. Luli piensa, asiente y

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Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

rechaza el sándwich diciendo: “No quiero más”. Su padre insiste en que lo coma y ella

reitera: “Papá ya no quiero más, mejor lo dejamos para el almuerzo”

Esta escena cotidiana, quizás se repita de la misma manera mil veces pero esta vez

hay un testigo, un interlocutor que advierte que puede frenar, advertir la no conveniencia de

comoer un tercer sándwich, colaborar para que esta niña pueda ser escuchada.

El trabajo como acompañante en lo cotidiano presenta algunos riesgos entre ellos

está la posibilidad de que los acompañamientos prolongados este mundo compartido se

vuelve cotidiano para el acompañante, el acompañante puede ingresar en este mundo

irreflexivo que se resiste al cambio y dejar de ver. El sistema absorbe de manera tal que su

presencia que se vuelve natural y no devela sentidos con el riesgo de dejar de ser

terapéutico.

El dispositivo de acompañamiento terapéutico, nos permite este circular por los

distintos espacios, por la coordinación, la reunión de equipo, la terapia personal, el espacio

de supervisión, de manera de habitar este vinculo en la vida cotidiana sin ser parte del

todo de ella, para no perder en la intervención la condición de viajero en ese tiempo, ese

espacio, ese ritmo develando la oscuridad del mundo de lo obvio.

BIBLIOGRAFÍA

Berenstein I (2007) Del ser al hacer. Curso sobre vincularidad. Buenos Aires: Paidos.

Campise W & Pozzerle J (2011) Fragmentos de la historia de una joven llamada

Coral.Trabajo presentado en el Congreso Internacional de acompañamiento terapéutico

2011 Bueos Aires Argentina

Canales Cerón M. (1995) Sociologías de la vida cotidiana.)Artículo publicado en

Dimensiones Actuales de la Sociología. Compiladores Garretón, M,; Mella, O. Bravo y

Allende Editores.

Dozza L (2013)“La clínica de lo Cotidiano·

Dragotto P & Frank M. L. (2012) Acompañantes. Conceptualizaciones y experiencias en

A.T.. Córdoba. Argentina: Editorial Brujas.

Gonzalez K (2013)"El sujeto detrás del síntoma" trabajo presentado en el Congreso

nacional de acompañamiento terapéutico Rosario Argentina

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103

Acompañamiento terapéutico y Vida Cotidiana

Najmanovich D., (2001) Pensar la Subjetividad. Complejidad, vínculos y emergencia

Publicado en el Año 6 N° 14 de “Utopía y Práxis Latinoamericana”, Revista Internacional

de filosofía Iberoamericana y Teoría Social. Editada por la Faculatad de Ciencias

Económicas y Sociales de la Universidad de Zulía. Venezuela, Septiembre

Palombini A (2004) La psicosis en el espacio y tiempo de la ciudad: soportes teóricos. En

Acompanhamento Terapéutico na rede pública a clínica em movimiento. Rio grande do sul:

UFGRS Editora

Quiroga A (2012) Psicologia social y critica de la vida cotidian. Introduccion a la segunda

edición. En Psicologia de la vida cotidiana. Pichon Riviere & Quiroga A. buenos aires: Ed

Nueva Visión

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SOBRE A REVISTA

A revista “ATravessar: Revista de Acompanhamento Terapêutico” é uma publicação

semestral da Associação de Acompanhamento Terapêutico (AAT). Publica artigos originais

referentes à atuação do at, à pesquisa, ao ensino ou à reflexão crítica sobre a produção de

conhecimento no campo do AT. Sua missão principal é contribuir para a ampliação do

conhecimento no campo do AT, assim como para o enriquecimento profissional daqueles

que trabalham com essa prática, bem como socializar o conhecimento produzido por

aqueles que pesquisam e/ou atuam nesse campo.

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INSTRUÇÕES AOS AUTORES

A revista “ATravessar: Revista de Acompanhamento Terapêutico” é editada pela AAT

(Associação de Acompanhamento Terapêutico). Propõe-se a ser um periódico científico

semestral temático, com o objetivo de publicar investigações/ desenvolvimentos teóricos,

relatos de pesquisa, debates, entrevistas e resenhas que contenham análises, críticas e

reflexões sobre temas, fatos e questões do AT. Publicar também artigos voltados à

interlocução entre o AT e vários campos do saber.

Processo de avaliação por pares

A revista “ATravessar: Revista de Acompanhamento Terapêutico” aceita textos

redigidos preferencialmente em português; espanhol e inglês. Os manuscritos devem ser

inéditos e originais. Ao serem recebidos, os trabalhos passam por uma conferência

preliminar, relativa aos dados exigidos pelas Instruções aos Autores (o não cumprimento

das orientações implicará na interrupção deste processo). A seguir, são remetidos aos

membros da comissão editorial para emissão de parecer, em sistema “duplo cego” (double

blind review), preservando a identidade do autor e do avaliador. Os trabalhos aprovados são

encaminhados ao coordenador da referida comissão e todos os autores são notificados sobre

a aprovação, reprovação ou necessidade de reformular seu trabalho. Neste caso, fica a

critério do autor acatar ou rejeitar a orientação de reformulação. No caso de recusa da

reformulação o autor deverá justificá-la e caberá ao coordenador da comissão editorial, se

julgar a justificativa insuficiente, recusar o trabalho ou solicitar a um outro parecerista que

o avalie novamente. Pequenas modificações no texto serão feitas pela comissão editorial,

mas as modificações substanciais serão solicitadas aos autores. Os artigos assinados

expressam a opinião de seus autores. É permitida a reprodução parcial dos artigos desde

que citada a fonte. A proposta deve preencher rigorosamente os requisitos e normas abaixo

para que seja apreciada pela comissão editorial.

Todo Título, Crédito, Palavras-Chave e Resumo devem ser apresentados nos três

idiomas. Adotaremos o seguinte padrão para Abreviações: utilizar AT para

Acompanhamento Terapêutico/ Acompañamiento Terapéutico. Para acompanhante

terapêutico/ acompañante terapéutico utilizar at (em negrito) e ats para o plural.

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Formatação padrão

- word for windows, versão 6.0 ou superior, com extensão .doc

- digitado em fonte 12, Times New Roman, formato A4.

- Espaço 1,5.

Forma e preparação de manuscritos

- Tipos de texto:

1. Estudos teóricos/ensaios – análises de temas e questões fundamentadas

teoricamente, envolvendo reflexão crítica e questionamentos aos modos de pensar e

atuar existentes e proposição de elaborações novas e oportunas (preferencialmente

de 20 a 25 laudas em espaço duplo);

2. Relatos de pesquisa – investigações originais de alta qualidade, baseadas em dados

empíricos, recorrendo à metodologia quantitativa e/ou à qualitativa. Importante que

haja uma discussão crítica dos resultados e que seja explicitada a contribuição para

a produção do conhecimento. Nesse caso, é necessário conter introdução, método,

resultados, discussão e conclusões (preferencialmente de 20 a 25 laudas em espaço

duplo);

3. Relatos de experiência profissional – relatos de experiência profissional de interesse

e relevância para as diferentes práticas do AT (preferencialmente de 15 a 20 laudas

em espaço duplo).

Tabelas, gráficos e imagens (em formato JPEG) devem constar no corpo de texto.

Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto (Ex.:

http://www.aat.org.br) devem estar ativas e prontas para clicar.

Notas e referências bibliográficas

1. Notas: Deverão constar no final do texto. Desta forma deve-se fazer a opção

NOTAS DE FIM e NÃO Notas de rodapé.

2. Artigos e capítulos de livros

Fazer referência bibliográfica na seguinte ordem: autor, título do artigo/capítulo,

nome do autor do livro, título do livro (em itálico), subtítulo (sem itálico), edição,

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local de publicação (cidade), editora, data de publicação, volume, capítulo, páginas

(inicial e final), série ou coleção. Exemplos:

Autor do capítulo e do livro

BARRETTO, Kleber Duarte. Onde se adentra no campo da transicionalidade e se

discute a participação da pessoa do terapeuta no trabalho clínico. In: . Ética e

Técnica no Acompanhamento Terapêutico: andanças com Dom Quixote e Sancho

Pança. 3ª edição. São Paulo: UNIMARCO e Edições Sobornost, 2005.

Autor somente do artigo ou capítulo

TORRE, Daniela Della. Clariceando o acompanhamento terapêutico. In: Antúnez,

A. E. A. (Org.) Acompanhamento Terapêutico: casos clínicos e teorias. 1. ed. São

Paulo: Casa do Psicólogo Editora, 2011. v. 1. 216 p.

3. Artigos publicados em periódico científico

Indicar: autor do artigo, título do artigo: subtítulo do artigo, título da revista (em

itálico), local de publicação (cidade), título do fascículo se houver (suplemento ou

número especial), volume, número, páginas (inicial e final), mês e ano. Exemplo:

SAFRA, Gilberto. Placement: modelo clínico para o acompanhamento terapêutico.

Psychê, São Paulo, v.10 n.18, p. 13-20. São Paulo set. 2006.

4. Citações no corpo do texto – Referências Bibliográficas

As citações, quando forem literais, devem ser precisas, grafadas em itálico e entre

“aspas”. No corpo do texto deve constar o sobrenome do autor, seguido da data e

páginas da publicação. Ex.: (Chaui, 2004, p. 170).

Nas Referências Bibliográficas, o sobrenome do autor citado deve ser posto em

ordem alfabética (em maiúsculas), prenome, título do livro (em itálico), subtítulo

(sem itálico), edição, local da publicação (cidade), editora, ano de publicação,

volume, série ou coleção (entre parênteses).Exemplo:

ANTÚNEZ, A. E. A. (Org.) Acompanhamento Terapêutico: casos clínicos e teorias.

1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo Editora, 2011. v. 1. 216 p.

5. Dissertações e Teses

Page 108: ATRAVESSAR - WordPress.com · ATRAVESSAR Nº5 –1º SEMESTRE DE 2015 ASSOCIAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AAT) Rua Vergueiro, 1421 cj 1609. Paraíso. São Paulo, SP. CEP:

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As referências de Tese de Doutorado ou Dissertação de Mestrado devem conter:

nome do autor, título (em itálico), subtítulo (sem itálico), data, número de páginas

ou volumes, categoria (grau e área de concentração), identificação da instituição,

local, data de publicação. Exemplo:

CHAUI-BERLINCK, Luciana. Andarilhos do bem: os caminhos do

acompanhamento terapêutico. 2011. 173p. Tese (Doutorado) – USP, São Paulo,

2011.

POSSANI, Tania. A experiência de ‘sentir com’ (Einfühlung) no acompanhamento

terapêutico: a clínica do Acontecimento. 2010. 108p. Dissertação (Mestrado) –

USP, São Paulo, 2011.

Nota importante: caso necessite de um guia mais completo favor consultar Diretrizes para

apresentação de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e impresso (Cadernos

de Estudos 9, 2004) http://www.teses.usp.br/info/diretrizesfinal.pdf

Envio de manuscritos

Os artigos devem ser inéditos, e seus originais serão submetidos a exame pela

comissão editorial. Os originais não serão devolvidos.

O fluxo de artigos que chegam à revista da AAT é o seguinte: 1) avaliação preliminar

pela comissão editorial; 2) encaminhamento para dois pareceristas; 3) encaminhamento do

parecer para a comissão editorial para decisão final; 4) informação para o autor: se

recusado, se aprovado ou se necessita de reformulações (nesse caso, é definido um prazo de

30 dias, findo o qual o artigo é desconsiderado, caso o autor não o reformule); 5) para os

aprovados, encaminhamento para a revisão de português, sendo que poderão ser efetuadas

modificações na forma do texto, mantendo o conteúdo; 6) após revisão, encaminhamento

para composição e diagramação; 7) publicação.

Os artigos devem ser remetidos para:

Associação de Acompanhamento Terapêutico (AAT)

Eletronicamente pelo: [email protected].

Visite: www.aat.org.br.