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Inscrição na Lista de Auditores da CMVM (em 21.02.1992) sob o nº 196

 

 

 

 

Grupo  Sporting  Clube  de  Portugal  

 

   

ANÁLISE  DA  EVOLUÇÃO  DA  SITUAÇÃO  PATRIMONIAL    

01.08.1998  A  26.03.2011    

 

 

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 

ÍNDICE   SUMÁRIO  EXECUTIVO  

I.   INTRODUÇÃO  ..........................................................................................................................................  1  1.  OBJECTIVOS  ........................................................................................................................................  2  2.  ÂMBITO  ...............................................................................................................................................  2  

2.1.  Nível  da  análise  ...........................................................................................................................  2  2.2.  Empresas  que  compõem  o  Grupo  Sporting  ...............................................................................  3  2.3.  Período  analisado  .......................................................................................................................  3  

3.  METODOLOGIA  ...................................................................................................................................  4  4.  MATERIALIDADE  .................................................................................................................................  5  5.   LIMITAÇÕES  ........................................................................................................................................  5  

II.   VISÃO  GERAL  DAS  CONTAS  CONSOLIDADAS  ...........................................................................................  8  1.   EVOLUÇÃO  DO  BALANÇO  ...................................................................................................................  8  2.   EVOLUÇÃO  DA  DEMONSTRAÇÃO  DE  RESULTADOS  ..........................................................................  10  3.   EVOLUÇÃO  DOS  CASH  FLOWS  ANUAIS  .............................................................................................  14  

III.   ANÁLISE  PARCELAR  DAS  CONTAS  CONSOLIDADAS  ...............................................................................  18  1.   EVOLUÇÃO  DO  BALANÇO  .................................................................................................................  18  

1.1.   Imobilizado  corpóreo  ...............................................................................................................  18  1.2.   Imobilizado  incorpóreo  ............................................................................................................  28  1.3.  Dívidas  de  financiamento  .........................................................................................................  42  1.4.  Diferimentos  e  provisões..........................................................................................................  45  1.5.  Outras  contas  do  Balanço  .........................................................................................................  47  

2.   CONTAS  DE  RESULTADOS  .................................................................................................................  49  2.1.  Vendas  e  Prestações  de  serviços  ..............................................................................................  49  2.2.  Resultados  extraordinários.......................................................................................................  51  2.3.  Custos  com  o  pessoal  ...............................................................................................................  56  2.4.   Fornecimentos  e  serviços  externos  ..........................................................................................  60  2.5.  Amortizações  ............................................................................................................................  63  2.6.   Juros  e  outros  custos  de  financiamento  ...................................................................................  64  2.7.  Outras  rubricas  de  Resultados..................................................................................................  65  

IV.   RESUMO  DOS  ASPECTOS  MAIS  RELEVANTES  COM  IMPACTO  ECONÓMICO-­‐FINANCEIRO  QUE  OCORRERAM  EM  CADA  MANDATO  ......................................................................................................  68  

V.   HIPOTECAS,  GARANTIAS,  PENHORES,  OUTROS  ÓNUS  E  LITÍGIOS  ........................................................  72  1.  HIPOTECAS,  GARANTIAS,  PENHORES  E  OUTROS  ÓNUS  ....................................................................  72  2.   LITÍGIOS  .............................................................................................................................................  74  

VI.   PRINCIPAIS  CONTRATOS  EM  VIGOR  ......................................................................................................  76  

VII.   CONCLUSÕES  .........................................................................................................................................  77  

LISTA  DOS  QUADROS.....................................................................................................................................  80  

LISTA  DOS  GRÁFICOS  .....................................................................................................................................  81  

BALANÇO  CONSOLIDADO  DE  1999  E  DE  2010  ..............................................................................................  82  

DEMONSTRAÇÃO  DE  RESULTADOS  CONSOLIDADOS  DE  1999  A  2010  .........................................................  83  

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 

ANÁLISE  DA  EVOLUÇÃO  DA  SITUAÇÃO  PATRIMONIAL  GRUPO  SPORTING  CLUBE  DE  PORTUGAL  

01.08.1998  A    26.03.2011  

SUMÁRIO  EXECUTIVO    

O  Relatório  de  que  este  documento  é  o  Sumário  Executivo  foi  elaborado  nos  termos  da  proposta  apresentada   com   data   de   3/6/2011,   tendo   como   objectivo   apresentar   a   evolução   da   situação  patrimonial  do  Grupo  Sporting,  numa  perspectiva  financeira  consolidada,  no  período  decorrente  entre   1   de   Agosto   de   1998   e   26   de   Março   de   2011,   evidenciando   as   variações   anuais  materialmente   relevantes   das   várias   rubricas   do   Balanço   e   da   Demonstração   de   Resultados  consolidados  e  suas  implicações  ao  nível  da  origem/aplicação  de  fundos.    Este  período  foi  estendido  a  1995  no  caso  do  Imobilizado  Corpóreo  e  Incorpóreo,  às  rubricas  mais  relevantes   do   Activo.   Na   análise   temporal   efectuada,   teve-­‐se   em   consideração   os   períodos   de  reporte  inerentes  a  cada  mandato  directivo.    Os  trabalhos  efectuados  apoiaram-­‐se  nas  contas  individuais  das  várias  empresas  que  compõem  o  Grupo   Sporting,   com  base   nas   quais   foram  elaboradas   Contas  Consolidadas   anuais,   preparadas  por   empresa   de   consultadoria   externa.   Essas   demonstrações   financeiras   consolidadas,   que   só  foram  elaboradas  a  partir  da  época  1998-­‐1999,  não  incluíram  a  preparação  da  Demonstração  de  Fluxos  de  Caixa  consolidada.  Face  a  essa  limitação,  elaborámos  uma  Demonstração  de  Fluxos  de  Caixa   consolidada   pelo  método   indirecto,   apoiada   nos   Balanços   de   cada   ano   e   nas   respectivas  Demonstrações  de  Resultados,  que  abrange  as  épocas  1999-­‐2000  a  2009-­‐2010.    A   análise   efectuada   reparte-­‐se   em   3   grandes   áreas:   rubricas   do   Balanço,   da   Demonstração   de  Resultados  e  dos  Fluxos  de  Tesouraria.      1. Evolução  das  principais  contas  do  Balanço  de  1999  a  2010  

  O  Imobilizado  Corpóreo  aumentou  em  86  milhões  de  euros,  de  50  para  134  milhões  de  euros  em  valores  líquidos.  Entre  1998  e  2010  foram  investidos  183  milhões  de  euros  na  Academia  e  no   novo   Estádio   (incluindo   todo   o   complexo   desportivo   e   de   lazer   Alvalade   XXI,   tendo-­‐se  recebido  35  milhões  de  euros  de  subsídios  e  135  milhões  de  euros  de  vendas  de  terrenos  e  direitos   de   superfície   referentes   à   parte   alienada   do   Alvalade   XXI   -­‐   Health   Club,   Edifício  

Grupo  Sporting   integra   o   Estádio,  Museu,  Multidesportivo,   Academia   além   de   outras   parcelas   de  terreno   onde,   de   entre   as   quais,   está   previsto   ser   edificado   o   futuro   pavilhão  multidesportivo.         O   Imobilizado   Incorpóreo,   que   se   compõe   essencialmente   dos   passes   dos   jogadores   de  futebol  profissional,  diminuiu  no  período  em  11  milhões  de  euros  (valores  líquidos  em  2010).  O   saldo   resultante   de   todas   as   operações   de   investimento   em   imobilizado   incorpóreo,  relacionadas   com   aquisições   (197  milhões   de   euros)   e   vendas   (157  milhões   de   euros)   dos  

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passes  de  jogadores  entre  01.08.1998  e  26.03.2011  foi  negativo  em  cerca  de  41  milhões  de  euros.     Dívidas   de   financiamento   -­‐   nesta   rubrica   observa-­‐se   o   maior   acréscimo:   217   milhões   de  euros.  Tal  representa  um  aumento  médio  de  cerca  de  20  milhões  de  euros  por  ano,  tendo  o  endividamento  do  Grupo  Sporting  mais  do  que  quintuplicado  em  12  anos.  O  endividamento  bancário   surge   com   valores  mais   expressivos   sobretudo   a   partir   de   2001,   ano   em   que   se  iniciaram  as  obras  de   construção  do  novo  Estádio  e  do   complexo  Alvalade  XXI.   Em  2006  o  endividamento   atingiu   o   valor   máximo,   com   cerca   de   277   milhões   de   euros,   que   foi  praticamente   retomado   em   2011,   se   adicionarmos   a   emissão   de   55  milhões   de   euros   de  obrigações  convertíveis  em  acções  emitidas  na  época  2010/2011   ,  que  se  vencem  em  2016.  Nesta  data,  o  Grupo  Sporting  terá  que  equacionar  a  sua  posição  de  controlo  sobre  a   SAD.   O   património   imobiliário   encontra-­‐se   hipotecado,   servindo   de   garantia   aos  empréstimos  contratados.     Os  Resultados  Acumulados  negativos  agravaram-­‐se  em  175  milhões  de  euros  nos  últimos  12  anos,  o  que  representa  uma  média  anual  de  16  milhões  de  euros  de  prejuízos  por  ano  desde  1999.   Como   consequência   desta   acumulação   de   prejuízos   ao   longo   dos   anos,   o   Capital  Próprio  do  Grupo  Sporting,  que  era  positivo  em  11  milhões  de  euros  em  1999,  atingiu  em  2010  o  valor  negativo  de  183  milhões  de  euros,  o  mais  baixo  de  sempre,  evidenciando  uma  situação  de  falência  técnica  em  termos  consolidados.    

2. Evolução  das  principais  contas  da  Demonstração  de  Resultados  de  1999  a  2010  e  suas  causas  subjacentes     Vendas  e  prestações  de   serviços    apresentando  em  1999  o  valor  de  20  milhões  de  euros,  estes   proveitos   aumentaram   especialmente   em   2004   (44   milhões   de   euros),   com   um  aumento   considerável   das   receitas   de   bilheteira,   que   triplicaram   nesse   ano,   com   a  inauguração  do  novo  Estádio.  Após  2004  as  Vendas  e  Prestações  de  Serviços  apresentaram  estabilidade  ou  pequenos  crescimentos  anuais,  até  ao  valor  máximo  de  51  milhões  de  euros  em  2008.  Nos  dois  últimos  anos   verificaram-­‐se  decréscimos  anuais  de  2  milhões  de  euros,  tendo-­‐se  atingido  os  47  milhões  de  euros  em  2010,  com  uma  redução  média  de  2  milhões  de  euros  /ano.     Proveitos  extraordinários  e  outros    estas  duas  rubricas  confundem-­‐se  em  conceito,  pois  no  decorrer   dos   vários   anos   do   período,   registaram-­‐se   algumas  mais-­‐valias   com  os   passes   de  

isando   estas   duas   rubricas   em  conjunto,  que  se  compõem  em  grande  parte  pelas  mais-­‐valias  obtidas  nas  vendas  dos  passes  dos   jogadores,  concluímos  que  o  ano  de  2007  foi  o  mais  elevado,   logo  seguido  por  2004  e  2003.   Globalmente,   os   resultados   extraordinários   contribuíram   de   forma   positiva   para   os  resultados   líquidos   do  Grupo   Sporting,   cifrando-­‐se   em   cerca   de   150  milhões   de   euros   nos  últimos  12  anos   (1999-­‐2010).  Para  aquele  valor  contribuíram  principalmente  as  mais-­‐valias  obtidas   com   a   venda   dos   passes   dos   jogadores,   que   representaram   cerca   de   70%   (106  milhões  de  euros  )  dos  resultados  extraordinários.     Proveitos   suplementares     trata-­‐se   essencialmente   dos   proveitos   provenientes   das  comparticipações  da  UEFA  pela  presença  nas  competições  europeias.  São  rendimentos  com  

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certa  irregularidade,  com  valores  máximos  em  2001  e  2009,  que  advêm  maioritariamente  da  presença   do   Clube   nestas   competições.   Em   acumulado,   os   prémios   totais   auferidos   pelo  Sporting   pela   participação   em   competições   europeias   durante   os   últimos   12   anos   (1999-­‐2010)  atingiram  o  montante  de  39  milhões  de  euros,  valor  que  representa  cerca  de  9%  do  total  dos  proveitos  normais   (bilheteira,  quotização,  publicidade,   televisão  e  outros)  obtidos  pelo  Grupo  Sporting  no  mesmo  período.       Custos  com  o  pessoal    nestes  gastos  estão  incluídas  as  remunerações  de  todo  o  pessoal  das  diversas   empresas   do   grupo   e   respectivos   encargos   sociais,   incluindo   os   jogadores  profissionais.  Houve  uma  tendência  de  crescimento  até  2003-­‐2004,   tendo-­‐se  a  partir  dessa  data  mantido  perto  dos  30  milhões  de  euros  anuais.  Cerca  de  75%  dos  gastos  com  pessoal  são   encargos   com   jogadores   e   treinadores.   Os   custos   com   directores   e   administradores  representaram  anualmente  desde  2003  cerca  de  2  milhões  de  euros,  da  ordem  de  metade  dos  gastos  com  o  restante  pessoal  administrativo.       Fornecimentos   e   serviços   externos     estes   custos   têm   demonstrado   tendência   crescente,  com  excepção  de  ligeiras  reduções  em  2003  e  2005.  Estabilizaram  nos  21  milhões  de  euros  em  2009  e  2010.  Foi,  no  decorrer  dos  anos,  a  2ª  ou  3ª  maior  rubrica  da  estrutura  de  custos  do  Grupo  Sporting.  A  sua  evolução  tem  sido  em  crescimento,  tendo  os  seus  valores  dobrado  em   12   anos.   Dentro   dos   FSEs   a   rubrica   mais   importante   são   os   honorários,   que   têm  acompanhado,  proporcionalmente,   com  excepção  de  2003,   a  progressão  dos   gastos   gerais  em  FSEs.       Amortizações     estes   custos   subdividem-­‐se   em   amortizações   do   Imobilizado   Corpóreo  (edifícios)  e  do  Imobilizado  Incorpóreo  (passes  dos  jogadores).  A  sua  irregularidade  ao  longo  dos   anos   é   motivada   pelas   amortizações   dos   passes   dos   jogadores.   Relativamente   ao  imobilizado  corpóreo,  foram  normalmente  utilizadas  as  taxas  máximas  fiscais  permitidas.  As  amortizações   dos   passes   dos   jogadores   são   efectuadas   proporcionalmente   aos   anos   dos  contratos  efectuados  com  cada  jogador.       Juros   e   encargos   financeiros     esta   rubrica   comporta   todos   os   juros   de   empréstimos   de  financiamento,   incluindo  também  os   juros  de   leasings.  Estes  custos  têm  sido  cada  vez  mais  importantes  nos  resultados,  atingido  o  seu  valor  máximo  em  2007,  com  17  milhões  de  euros,  ano   em   que   as   taxas   de   juro   estiveram   especialmente   altas   no  mercado,   baixando   depois  significativamente.  Em  2010,  esta  rubrica  apresentava  um  total  de  encargos  no  valor  de  11  milhões  de  euros.       Resultados   líquidos   anuais     Todos   os   anos   foram   apurados   prejuízos,   com   excepção   de  2007,  que  apresentou  um  lucro  de  6,5  milhões  de  euros  graças  aos  proveitos  extraordinários  apurados  (incluindo  outros  proveitos  operacionais)  de  37  milhões  de  euros  (inclui  a  alienação  do  passe  do  jogador  Nani  com  uma  mais-­‐valia  de  24,2  milhões  de  euros).  O  ano  em  que  os  resultados  líquidos  foram  mais  negativos  foi  o  último  (2010),  que  apresentou  um  prejuízo  de  38  milhões  de  euros.  Uma  análise  global  à  evolução  dos  Resultados  -­‐  quase  sempre  negativos  -­‐  do  Grupo  Sporting  evidencia  que,  com  a  estrutura  de  custos  existente,  os  prejuízos  se  têm  vindo  a  revelar  inevitáveis  em  anos  em  que  os  proveitos  extraordinários  da  venda  de  passes  de   jogadores   são   baixos   (2009   e   2010)   ou   as   receitas   gerais   se   revelem  menos   dinâmicas  (2001  a  2003).    

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3. Evolução  dos  fluxos  de  tesouraria     Os  últimos  11  anos  foram,  em  termos  de  tesouraria,  desequilibrados,  gerando  necessidades  globais   neste   domínio   de   214  milhões   de   euros.   Parte   foi   gerada   nos   primeiros   anos   pelo  investimento  corpóreo  mas,  em  acumulado,  elas  são  principalmente  da  responsabilidade  do  investimento   incorpóreo   (passes   de   jogadores).   A   persistência   do   recurso   a   empréstimos  levou   a   que   o  montante   dos   juros   degradasse   a   situação   de   tesouraria,   alcançando,   só   os  juros   no   inteiro   período,  mais   de  metade   das   necessidades   de   tesouraria   acumuladas.   Tal  condicionalismo  determinou  o   recurso  a  novos  empréstimos  para   fazer   face,  parcialmente,  ao  pagamento  dos  juros  dos  próprios  empréstimos.          

4. Situação  económico-­‐financeira  das  contas  consolidadas    causas  mais  relevantes    O  Grupo  Sporting  apresenta  uma  Situação  Líquida  negativa  (-­‐183  milhões  de  euros),  que  se  agravou  nos  12  anos  analisados  em  -­‐171  milhões  de  euros,  e  que  já  praticamente  atingiu  em  2010,   em   valor   absoluto,   o   valor   do   Activo   líquido.   As   dívidas   de   financiamento   atingem  agora   276  milhões   de   euros   (incluindo   as   VMOCs     Valores  Mobiliários   Obrigatoriamente  Convertíveis),   valor  que   representa  o  dobro  do  Activo   Fixo,   assumidamente  uma  estrutura  económico-­‐financeira  desajustada.    As  causas  mais  relevantes  que  levaram  a  esta  situação,  evidenciada  nas  contas  consolidadas  do  Grupo  Sporting,  foram  as  seguintes:     Resultados   líquidos  negativos  consolidados  em  quase   todas  as  épocas,  motivados  por  uma  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  (Proveitos  da  actividade  desportiva  +/-­‐  valias  na  venda  de   passes   -­‐   custos   com   pessoal   relativos   a   jogadores   e   treinadores     amortizações   de  jogadores   e   treinadores)   em   média   35   milhões   de   euros   abaixo   do   ponto   crítico,   pelo  aumento   gradual   dos   Fornecimentos   e   Serviços   Externos   e   por   Encargos   financeiros  elevados.     Fluxos   de   tesouraria   negativos   em   quase   todas   as   épocas,   consubstanciado   num   deficit  crónico  de  tesouraria  acumulado  que  se  cifrou  em  cerca  de  214  milhões  de  euros  em  11  anos  (2000  a  2010),  ou  seja,  quase  20  milhões  de  euros  por  ano,  justificado  por  3  razões  básicas:  o  Investimento   líquido   em   passes   de   jogadores,   o   Investimento   líquido   em   imobilizado  corpóreo,  e  o  Cash  flow  operacional  negativo  na  maioria  das  épocas.     Elevado   nível   de   financiamento,   devido   ao   deficit   crónico   de   tesouraria,   que   gerou   um  empréstimo   total   de   cerca   de   276   milhões   de   euros,   representando   um   agravamento   no  passivo  de  230  milhões  de  euros  em  12  anos.   Esta   situação  produziu   custos   adicionais  em  juros   de   financiamento   que   ultrapassam   largamente   a  margem   bruta   gerada   pelo   futebol  profissional.  O  acordo  bancário  firmado  com  os  bancos  neste  contexto  condicionou  a  gestão  de   tesouraria   por   meio   de   dações   em   pagamento   de   receitas   de   patrocínio,   publicidade,  televisão  e  outras  cobranças  a  clientes.    

 A  fundamentação  das  considerações  globais  atrás  apresentadas  neste  Sumário  Executivo  encontra-­‐se  vertida  no  Relatório  detalhado  elaborado.  

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

I. INTRODUÇÃO    

O   presente   Relatório   foi   elaborado   nos   termos   da   proposta   apresentada   ao   Sporting   Clube   de  Portugal   com   data   de   3/6/2011,   tendo   em   vista   dar   cumprimento   ao   trabalho   de   análise  descritiva  e  factual  da  evolução  da  situação  patrimonial  do  Grupo  Sporting  ao   longo  do  período  decorri ivro   B emitido   em   31/7/2000,   reportando   a  31/5/95)  e  até  à  data  da  tomada  de  posse  do  novo  Conselho  Directivo  (27/03/2011).  A  análise  foi  estendida   ao   exercício   de   1995,   nos   casos   em   que   tenham   ocorrido   variações   patrimoniais  materialmente  relevantes.    Este   documento   compõe-­‐se   de   duas   partes:   o   Relatório   Principal,   apresentado   em   papel   e   em  formato  digital    do  qual  é  parte   integrante  o  presente  texto   -­‐  e  os  Anexos,  que  são  entregues  apenas  em  formato  digital.  Todos  os  valores  incluídos  em  ambas  as  partes  deste  documento  estão  expressos  em  preços  correntes.  Admitindo  a  eventual  divulgação  pública  do   texto  do  Relatório,  neste  não  são  explicitados  nominalmente  quaisquer  pessoas  singulares  sobre  cujos  rendimentos  tenha  recaído  a  nossa  análise,  nomeadamente  na  rubrica  Remunerações  de  Pessoal.    Visto  que  o  período  contabilístico  nas  contas  das  empresas  do  Grupo  está  definido  de  acordo  com  o  conceito  de  época  desportiva,  o  ano  contabilístico  decorre  de  1  de  Julho  a  30  de  Junho  do  ano  seguinte.  Sendo  assim,  quando  no  texto  deste  Relatório  se  refere  as  contas  de  um  determinado  ano,  deve  ler-­‐se  as  contas  cuja  data  do  respectivo  período  de  reporte  termina  nesse  ano.  Quando  nos  referirmos,  por  exemplo,  às  contas  da  época  2009-­‐2010,  dizemos  que  se  trata  das  contas  de  2010.    Quando  os  gráficos  apresentados   incluem  séries  anuais  de  valores,   incluímos   informação  acerca  dos  Conselhos  Directivos  vigentes  em  cada  época,  através  duma  linha  do  tempo  suplementar  no  fundo  do  gráfico.  Como  o  início  e  término  dos  mandatos  não  coincide  com  o  início  e  término  dos  períodos  a  que  se  refere  a   informação  financeira,  que  coincide   (com  as  excepções   indicadas  no  ponto  5  g)  deste  Capítulo),  com  a  época  desportiva  decorrente  entre  1  de  Julho  e  30  de  Junho,  incluímos   o   nome   do   Presidente   do   Conselho   Directivo   até   ao   final   da   última   época   a   que  presidiu.    A   grande   maioria   dos   elementos   contabilísticos   que   utilizámos   está   mencionada   na   anterior  nomenclatura   do   Plano   Oficial   de   Contabilidade   (POC),   utilizada   nas   contas   das   empresas   do  Grupo  Sporting  até  Junho  de  2010  inclusive.  Em  consequência,  e  porque  este  Relatório  se  destina  a   uma   panóplia   de   utilizadores   muito   variada,   alguns   dos   quais   estarão   eventualmente   mais  familiarizados   com   os   termos   contabilísticos   há   muito   conhecidos   dos   utilizadores   das  informações  financeiras  elaboradas  com  base  no  POC,  do  que  com  a  nomenclatura  contabilística  agora   utilizada   em   conexão   com   o   Sistema   de   Normalização   Contabilística   (SNC)   e   Normas  Internacionais   de   Relato   Financeiro   (IFRS),   optámos   por   empregar   neste   relatório  preferencialmente  os  termos  contabilísticos  utilizados  em  POC.  

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1. OBJECTIVOS    A   finalidade   deste   documento  é   apresentar   informação  que  permita   fácil   leitura   para   qualquer  destinatário,   privilegiando   a   elaboração   de   gráficos   e   quadros,   numa   perspectiva   financeira   e  numa   base   anual,   com   ênfase   na   origem   e   na   aplicação   dos   fundos,   tendo   em   apreço   o  incremento/redução  do   activo   face   ao   incremento/redução  do  passivo   e,   quando   relevante,  os  ganhos  ou  perdas  do  exercício.    A   análise   levada   a   cabo   tem   como  objectivo   apresentar   a   evolução  da   situação  patrimonial   do  Grupo   Sporting   numa   perspectiva   financeira   consolidada,   evidenciando   as   variações   anuais  materialmente   relevantes   das   várias   rubricas   do   Balanço   e   da   Demonstração   de   Resultados  consolidados.   As   operações   que   se   anulam,   por   consolidação,   entre   as   empresas   do   Grupo  Sporting,   apenas   serão   consideradas   quando   a   sua   existência   for   importante   para   explicar  situações  concretas  e  significativas  detectadas  nas  contas  consolidadas.    Não   é   objectivo   deste   trabalho   tecer   considerações   de   ordem   avaliativa   à   gestão   do   Grupo  Sporting   no   decorrer   das   várias   épocas   desportivas   e   dos   respectivos   Conselhos   Directivos  durante   os   anos   em   análise.   Nas   páginas   que   se   seguem,   e   nos   respectivos   Anexos,   serão  encontrados  apenas  factos,  associados  a  valores  financeiros,  que  tenham  sido  relevantes  para  a  explicação  do  que  foi  a  evolução  da  situação  económica  e  financeira  do  Grupo  Sporting.    Também  não  foi  é  propósito  deste  trabalho  efectuar  uma  auditoria  à  documentação  que  serviu  de  base  aos  registos  contabilísticos  das  contas  do  Grupo  Sporting.  As  contas  das  empresas  do  Grupo  foram  auditadas  em  todos  os  anos  por  Revisores  Oficiais  de  Contas  e,  no  caso  da  SAD,  também  por  um  Auditor  Externo,  além  das  normais  e  periódicas  análises  efectuadas  pela  Administração  Fiscal.  No  entanto,  quando  necessário  e  apropriado,  requeremos  a  documentação  comprovativa  dos  factos  detectados,  justificando  um  melhor  aprofundamento.    

2. ÂMBITO    

2.1. Nível  da  análise    O   exame   efectuado   assentou   objectivamente   nas   principais   rubricas   do   activo   e   passivo  consolidados,   designadamente,   imobilizado   corpóreo,   activo   incorpóreo   (plantel     aquisição   e  venda  de  direitos  desportivos  dos  jogadores  profissionais  de  futebol),  passivo  perante  instituições  de  crédito  e  demais  credores,  além  de  outras  rubricas  que,  pela  sua  materialidade,  o  justificaram.  Efectuou-­‐se  ainda  uma  análise  do  resultado  líquido  consolidado  e  da  evolução  das  suas  principais  componentes  nos  respectivos  exercícios,  incluindo  subsídios.  

     

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2.2. Empresas  que  compõem  o  Grupo  Sporting    No   quadro   abaixo   explicitam-­‐se   as   empresas   que   consolidaram  no  Grupo   Sporting   no   decorrer  dos  vários  anos  da  análise,  com  indicação  da  natureza  da  sua  actividade,  data  de  constituição  e  de  encerramento,  quando  aplicável.  

QUADRO      1    Perímetro  do  grupo  Sporting  

Nº Siglas EMPRESAS Motivo NotasInício Fim

Empresas  que  consolidam  pelo  método  integral

1 SCP Sporting  Clube  de  Portugal 01-­‐Jul-­‐19062 SCS Sporting  -­‐  Comércio  e  Serviços,  SA.                                                     17-­‐Mar-­‐1997 28-­‐Jun-­‐2011 Por  Fusão (d)3 SCPlaneamento S.C.P.  -­‐  Soc.  de  Construção  e  Planeamento,  SA. 17-­‐Mar-­‐1997 (a)4 Construz Construz  -­‐  Promoção  Imobiliária,  SA. 17-­‐Mar-­‐19975 Q.ta  Alvalade Soc.  de  Promoção  Imobiliária  Quinta  de  Alvalade,  SA. 17-­‐Mar-­‐19976 Q.ta  Raposeiras Soc.  de  Promoção  Imobiliária  Quinta  das  Raposeiras,  SA. 17-­‐Mar-­‐19977 Lote  Dourado Soc.  de  Promoção  Imobiliária  Lote  Dourado,  SA. 17-­‐Mar-­‐1997

8 Q.ta  Loureiro Soc.  de  Promoção  Imobiliária  Quinta  do  Loureiro,  SA. 17-­‐Mar-­‐199709-­‐Abr-­‐199815-­‐Jan-­‐1999

Venda  de  49%Venda  de  51%

9 EJA Estádio  José  de  Alvalade,  SA. 30-­‐Jun-­‐1997 20-­‐Abr-­‐2011 Dissolução10 SGPS Sporting  -­‐  SGPS,  SA. 30-­‐Jun-­‐199711 SAD Sporting  Clube  de  Portugal-­‐Futebol,  SAD. 28-­‐Out-­‐199712 Sporting  Seguros Sporting  Seguros,  Mediadora  de  Seguros,  Lda. 30-­‐Mai-­‐200113 SCom Sporting.Com  -­‐  Empresa  de  Comunicação,  SA 29-­‐Jun-­‐2001 20-­‐Abr-­‐2011 Dissolução14 SCGE Sporting  -­‐  Consultadoria  e  Gestão  Empresarial,    SA. 10-­‐Out-­‐2001 20-­‐Abr-­‐2011 Dissolução15 Multimédia Sporting  Multimédia,  SA. 19-­‐Dez-­‐2001

16 SPM(Ex-­‐NEJA)

Sporting  Património  e  Marketing,  SA. 20-­‐Dez-­‐2001

17 Verdiblanc  I Soc.  Imobiliária  VERDIBLANC  I,  SA. 09-­‐Mar-­‐200418 Verdiblanc  II Soc.  Imobiliária  VERDIBLANC  II,  SA. 09-­‐Mar-­‐200419 Verdiblanc  III Soc.  Imobiliária    VERDIBLANC  III,  SA. 09-­‐Mar-­‐200420 Verdiblanc  IV Soc.  Imobiliária    VERDIBLANC  IV,  SA. 09-­‐Mar-­‐200421 DE Desporto  e  Espectáculo,  SA. 30-­‐Jun-­‐2004 30-­‐Jun-­‐2005 Por  Fusão (b)22 Reciklado Reciklado-­‐Exploração  de  Empreendimentos  Turísticos,  SA. 23-­‐Ago-­‐2007

Empresa  que  não  consolida  pelo  método  integral

23 SPGis SPGis-­‐Planeamento  e  Gestão  de  Estacionamento,  SA. 11-­‐Nov-­‐1996 20-­‐Jul-­‐2005 Venda  de  49,5% (c  )

Notas:(a)   Sociedade  criada  em  29-­‐Ago-­‐1977  esteve  inactiva  até  17-­‐Mar-­‐1997.(b)   Fusão  por  incorporação  na  Sporting  Comércio  e  Serviços.(c  ) O  Sporting  Club  Portugal  detem  actualmente  0,5%  da  SPGis.(d) Fusão  por  incorporação  na  Sporting  SAD.

ACTIVIDADE

 

2.3. Período  analisado    A  nossa  análise  cobriu  o  período  decorrente  entre  1  de  Agosto  de  1998  e  26  de  Março  de  2011.  Este  período  foi  estendido  a  1995  no  caso  do  Imobilizado  Corpóreo  e  Incorpóreo,  as  rubricas  mais  relevantes  do  Activo.  O  Capítulo  IV  e  os  pontos  1.1  e  1.2  do  Capítulo  III  abrangerão  este  período  suplementar  de  anos.  

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3. METODOLOGIA    Os   dados   de   base   do   trabalho   efectuado   são   as   contas   individuais   das   várias   empresas   que  compõem   o   Grupo   Sporting,   nos   seus   respectivos   Balanços,   Demonstrações   de   Resultados,  Anexos,  Balancetes  e  Extractos  de  contas  anuais.  Estes  elementos  serviram  de  base  à  elaboração  anual   das   Contas   Consolidadas,   compostas   por   Balanços,   Demonstrações   de   Resultados   e  respectivos  Anexos.  Estas  demonstrações  financeiras  consolidadas  foram  preparadas  por  empresa  de  consultadoria  externa  ao  Grupo  Sporting.      Tivemos  também  acesso  aos  mapas  de  consolidação  elaborados  por  aquela  consultora,  conforme  foram  entregues  ao  Sporting  no  decorrer  dos  vários  anos  de  análise.  Estes  mapas  apenas  incluem  as  anulações  gerais  de  operações  dentro  do  Grupo,  não  sendo  normalmente  discriminativos  para  contas  abaixo  de  2  dígitos.      A   metodologia   seguida,   tendo   em   conta   os   elementos   acima   referidos   que   nos   foram  disponibilizados,  seguiu  as  seguintes  fases:          a) Com   base   nos   Balanços   e   Demonstrações   de   Resultados   consolidados   anuais,   elaborámos  

mapas   anuais   evolutivos   para   os   Balanços   e   as  Demonstrações   de   Resultados   consolidados,  nos  quais  se  evidenciam  as  diferenças  anuais  detectadas  entre  as  várias  rubricas  do  Balanço  e  da   Demonstração   de   Resultados.   Foi   também   elaborado   o   mesmo   tipo   de   mapas   para   as  contas  individuais  de  todas  as  sociedades  que  compõem  o  Grupo  Sporting.  

 b) A  partir  da  análise  desses  mapas,  detectaram-­‐se  as   rubricas  materialmente  mais   relevantes,  

bem  como  aquelas  em  que  se  verificaram  maiores  variações  anuais,  distinguindo-­‐se  entre  as  que  se  anulam  entre  as  empresas  do  Grupo  Sporting  e  as  que  têm  influência  significativa  nos  valores  consolidados.  

 c) Tendo   em   conta   o   levantamento   efectuado   em   b),   analisaram-­‐se   as   principais   variações  

ocorridas  e  suas  implicações  ao  nível  da  origem/aplicação  de  fundos,  do  incremento/redução  de  activos  ou  passivos  e  dos  rendimentos  ou  gastos  do  exercício.    

d) Quando   necessário   e   apropriado,   recorreu-­‐se   à   consulta   da   documentação   de   base   dos  registos   contabilísticos   efectuados,   tais   como   facturas,   contratos   e   outra   documentação  comprovativa  dos  factos  detectados  de  maior  significado.        

e) Na  análise  temporal  efectuada,  foi-­‐se  tendo  em  consideração  os  períodos  de  reporte  inerentes  a  cada  mandato  directivo.    

f) Foram  efectuadas  periodicamente  reuniões  com  o  Grupo  de  Trabalho,  para  acompanhamento  do  desenvolvimento  das  acções  em  curso,  tendo  em  vista  o  seu  enquadramento  nos  objectivos  previamente   estabelecidos.   Realizaram-­‐se   diversas   reuniões   com   aquele   Grupo,   antes   da  apresentação  deste  Relatório  final.    

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g) Por  último,  retiraram-­‐se  as  principais  conclusões  do  levantamento  efectuado  e  da  análise  das  diversas  situações  detectadas,  que  se  encontram  resumidas  no  Capítulo  VII  deste  relatório.  

 

4. MATERIALIDADE    

Na  primeira  reunião  havida  com  o  Grupo  de  Trabalho,  foram  definidos  os  limites  de  materialidade  para   a   análise   preconizada.   Os   valores   que   estiveram   na   base   dos   limites   de   materialidade  estabelecidos  foram  os  seguintes:     Total   do   Activo   Líquido   do   Balanço   Consolidado   do   Grupo   Sporting   a   30/06/2010     -­‐     192,9  m .  

Limites  de  materialidade  normalmente  praticados  em  auditoria  -­‐  entre  0,5%  e  2,5%  do  Activo.    A  partir  dos  elementos  acima,  estabeleceram-­‐se  os  seguintes  limites  de  materialidade  nas  acções  a  desenvolver  no  decorrer  das  análises  a  efectuar:       Limite  mínimo,  abaixo  do  qual  não  se  fez  análise    -­‐    1  milhão  de   .   Limite  máximo,  acima  do  qual  sempre  se  fez  análise    -­‐    5  milhões  de   .   Entre  1  e  5  milhões  de  euros,  as  análises  a  efectuar  foram  decididas  pontualmente,  de  acordo  com  a  natureza  dos  elementos  envolvidos.  

 Ficou  também  definido  que,  sempre  que  necessário  e  relevante,  devido  à  natureza  da  informação  financeira  requerida,  se  efectuariam  análises  abaixo  de  1  milhão  de  euros  em  casos  devidamente  justificados,   à  medida  que  a   informação   financeira   fosse  examinada.  De   facto,  no  decorrer  dos  exames  efectuados,  este  limite  foi  muitas  vez  e,  nalguns  casos,  mesmo  a  

abaixo.    

5. LIMITAÇÕES    Foram   várias   as   limitações   com   que   deparámos,   tanto   no   início   como   no   decorrer   do   nosso  trabalho.   No   entanto,   embora   algumas   delas   dificultassem   a   obtenção   dos   elementos  indispensáveis  à  efectiva  execução  dos  exames  em  vista,  nenhumas  delas  inviabilizaram  de  forma  significativa  as  acções  necessárias  à  prossecução  geral  dos  objectivos  definidos.  Sintetizamos  em  seguida  as  principais  limitações  encontradas,  inerentes  aos  elementos  apresentados:    a) No   decorrer   dos   cerca   de   15   anos   do   período   em   análise,   foram   utilizados   3   softwares   de  

contabilidade  diferentes  pelas  várias  empresas  do  Grupo  Sporting.  De  1992  a  2003,  foi  usado  o  SWAP   (AS400),   sendo   que,   entre   1997   e   2003,   foi   também   empregue  

apuramento  das  contas  a  Junho.  Após  2003  passou-­‐se  a  utilizar  o  GIAF.  Este   facto  dificultou  as  análises   temporais,   cujas   séries,  por  nós  elaboradas,   tiveram  que  ser  reformatadas   para   o   tipo   de   informações   disponibilizado   pelo   software   mais   moderno  utilizado,  implicando  verificações  adicionais  quanto  à  integridade  dos  dados  envolvidos.  Nessa  transformação,  ter-­‐se-­‐ão  perdido  algumas  informações  cujas  especificações  não  puderam  ser  utilizadas   no   que   diz   respeito   às   informações   financeiras   correspondentes   ao   software  mais  antigo.    

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 b) Também   no   que   diz   respeito   ao   Software   de   gestão   de   pessoal,   no   decorrer   dos   15   anos  

analisados,   foram   utilizados   2   diferentes   programas   de   salários,   e   nem   sempre  simultaneamente  para  todas  as  empresas.  Até  2000  para  a  EJA  e  SAD  utilizou-­‐se  o  Primavera  e  nos   anos   seguintes   o   SWAP   (AS400)   até   2003.   Depois,   passou   a   ser   empregue   o   GIAF.   Nas  restantes   empresas   utilizou-­‐se   o   SWAP   (AS400)   até   2003   e   depois,   o   GIAF.   Também   a  inexistência   de   um   código   identificador   de   cada   funcionário   único   e   comum   a   todas   as  empresas  e  softwares,  dificultou  a  análise  de  informação  cruzada  para  os  diferentes  exercícios,  para   as   diversas   empresas,   de   forma   a   detectar   o   total   de   rendimentos   auferidos   por   cada  interveniente,  independentemente  da(s)  empresa(s)  em  que  foi  processado.    

 c) No  caso  das  sociedades  que  eram  propriedade  do  Grupo  Sporting,  e  que   foram  vendidas  no  

decorrer   do   período   de   análise,   não   pudemos   consultar   a   documentação   de   origem   dos  movimentos  contabilísticos  dos  vários  anos,  pois  os   respectivos  dossiers   contabilísticos,   com  toda  a  inerente  documentação,  foram  entregues  aos  novos  proprietários.  Estão  neste  caso  as  sociedades  Quinta  do  Loureiro,  SA  e  S.  P.  GIS,  SA.  

 d) Só  existem  demonstrações  financeiras  consolidadas  elaboradas  a  partir  da  época  1998-­‐99.  Este  

facto   limitou,   nessa   medida,   a   nossa   análise   dos   períodos   anteriores   àquela   época.   Desta  forma,   nesse   período,   procedemos   à   análise   das   rubricas   do   Balanço   e   Demonstração   de  Resultados  em  que  as  duplicações  provenientes  das  operações  entre  empresas  do  Grupo   se  apresentaram  de   fácil  de  detecção.  Damos   informação  acerca  do  âmbito  desta   limitação  em  cada  um  dos  pontos  deste  relatório  a  que  a  mesma  se  refere.  

 e) Outra   limitação   relacionada   com   as   contas   consolidadas,   é   o   facto   de   que   os   mapas   de  

consolidação  que  nos   foram  facultados,  elaborados  por  uma  consultora  externa,  apenas  dão  informação  acerca  das  anulações  gerais  de  operações  entre  as  empresas  do  Grupo,  não  sendo  normalmente   discriminativos   para   contas   abaixo   de   2   dígitos.   Este   facto   limitou   a   que   se  procedesse  a  uma  abordagem  mais  profunda  às  rubricas  de  custos  e  proveitos  das  épocas  mais  recuadas.  

 f) Relativamente  à  data  em  que  emitimos  este  Relatório,  as  contas  consolidadas  respeitantes  à  

época  de  2010-­‐11  não  estavam  ainda  elaboradas.  Este  facto,  acrescido  da  dificuldade  do  corte  de   operações   a   27   de   Março   de   2011,   limitou-­‐nos   a   análise   relativa   a   2011,   na   qual  procedemos  ao  exame  do  Activo  Incorpóreo  (jogadores),  Imobilizado  Corpóreo,  Empréstimos  de   Instituições   Financeiras   e   outras   rubricas,   sobretudo   do   Balanço,   em   que   as   duplicações  provenientes   das   operações   entre   empresas   do   Grupo   sejam   inexistentes,   ou   de   detecção  implícita.  A  análise  da  conta  de  Remunerações  do  Pessoal  foi  também  estendida  a  essa  data.    

 g) No  decorrer   do   período   em  análise,   o   conceito   de  época   desportiva,   na   base   da   qual   estão  

elaboradas  as  contas  com  respeito  às  datas  de  fecho  do  balanço,  mudou  na  época  de  2003-­‐04.  Até  2002-­‐03  inclusive,  o  ano  contabilístico  estava  definido  entre  1  de  Agosto  e  31  de  Julho.  A  época   2003-­‐04   foi   a   primeira   em   que   o   ano   contabilístico   passou   a   ser   definido   entre   1   de  Julho   e   30   de   Junho.   Os   elementos   financeiros   incluídos   nas   séries   temporais   que  apresentamos   incluem   apenas   11  meses   na   época   de   2003-­‐04.   Por   outro   lado,   nas   épocas  anteriores  a  1996-­‐97,  as  contas  fechavam  a  31  de  Dezembro  de  cada  ano.  O  ano  de  1996  foi  o  último   em   que   se   fecharam   contas   a   31   de   Dezembro.   As   contas   do   período   seguinte  

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abrangeram  apenas  7  meses,  de  1  de  Janeiro  a  31  de  Julho  de  1997.  Estas  épocas  não  fazem  porém  parte  das  contas  consolidadas,  e  só  serão  analisadas  pontualmente.  

 h) Antes  de  2003  inclusive,  todos  os  elementos  (extractos,  balancetes)  foram  fornecidos  apenas  

em  papel,  pois  o  software  da  época  não  converte  os  elementos  para  ficheiros  digitais  de  forma  fiável.  Em  consequência,  todos  os  elementos  utilizados  para  esse  período  obrigaram-­‐nos  à  sua  digitalização,   implicando   conferências   suplementares   e   perda   de   alguma   informação   que,  doutra  forma,  poderia  ter  sido  utilizada  nas  pesquisas  efectuadas.    

 i) A   par   das   limitações   acima   encontradas,   houve   que   converter   Escudos   para   Euros   para   os  

valores   referentes   aos   anos  anteriores   a  2002,   sendo  que  a  conversão   não   foi   efectuada  no  mesmo  ano  para  todas  as  empresas  do  Grupo.  

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 

II. VISÃO  GERAL  DAS  CONTAS  CONSOLIDADAS    Neste  Capítulo,  apresentamos  uma  visão  geral  das  contas  consolidadas,  que  abrangem  o  período  que   tem   início   na   época   de   1998-­‐1999,   e   termina   na   época   de   2009-­‐2010,   que   são  respectivamente  a  primeira  época  contabilística  com  contas  consolidadas  preparadas  e  a  última  com  contas  consolidadas  elaboradas  até  à  data  da  elaboração  deste  Relatório.    O   objectivo   é   efectuarmos   um   levantamento   geral,   por   comparação   entre   as   demonstrações  financeiras   dos   exercícios   dos   vários   períodos   envolvidos,   das   questões   mais   relevantes   nas  contas  consolidadas  do  Grupo  Sporting,  tanto  ao  nível  dos  principais  itens  do  Balanço,  como  nas  componentes  mais  relevantes  da  Demonstração  de  Resultados.      Pela  análise  das  variações  ao  nível  da  evolução  dos  Fluxos  Consolidados  de  Caixa,  que  elaborámos  a   partir   das   demonstrações   financeiras   consolidas   anuais,   obteremos   informações  complementares   que   nos   ajudarão   a   confirmar   as   conclusões   extraídas   a   partir   da   análise  comparativa  dos  Balanços  e  das  Demonstrações  de  Resultados.      Após  a  elaboração  desta  análise  genérica  levada  a  cabo  neste  Capítulo,  estaremos  em  condições  de  passar  ao  exame  detalhado  das  componentes  do  Balanço  e  da  Demonstração  de  Resultados  com  maior  influência  nas  contas  e  nos  resultados  do  Grupo.  Essa  análise  detalhada  é  efectuada  no  Capítulo  III.      

1. EVOLUÇÃO  DO  BALANÇO    O  gráfico  seguinte  foi  construído  comparando  os  Balanços  Consolidados  de  1999  e  2010  (página  82),   que   são,   como   atrás   dissemos,   o   primeiro   ano   e   o   último   ano   com   contas   consolidadas  preparados   até   ao   momento.   Foram   colocadas   lado   a   lado   as   respectivas   rubricas   do   Activo,  Passivo  e  Situação  Líquida.    

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GRÁFICO      1    Balanços  consolidados  comparados    Grupo  Sporting  

47   36  

50  134  12  

22  

8   8  44   25  

(41)

(216)

46  

263  

26  

55  

18  

57  

 (300)

 (200)

 (100)

 -­‐

 100

 200

 300

 400

 500

1999 2010 1999 2010

Milhõe

s  de

 

Imob.  Incorpóreas  Líq. Imob.  Corpóreas  Líq. Dívidas  de  terceiros  e  OutrosCapital  Social Reservas Resultados  acumuladosDívidas  de  Financiamento Fornecedores  e  Outros  Credores Diferimentos  e  Provisões

ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO   E  PASSIVO

0

 Nota:  No  Anexo   são   apresentados   os   Balanços   Consolidados   de   todos   os   anos   do   período,   bem   como   todos   os   respectivos  Balanços  individuais  de  todas  as  empresas  do  Grupo.      

 Uma  análise  detalhada  à  evolução  das  diferentes  rubricas  acima  leva-­‐nos  às  seguintes  conclusões:     O  Imobilizado  Corpóreo  aumentou  em  84  milhões  de  euros,  de  50  para  134  milhões  de  euros  em   valores   líquidos.   Analisaremos   a   evolução   desta   rubrica   no   Capítulo   III,   ponto   1.1   deste  relatório,  incluindo,  entre  outros  factores,  a  construção  do  novo  Estádio  José  de  Alvalade.    

  O  Imobilizado  Incorpóreo,  que  se  compõe  essencialmente  dos  passes  dos  jogadores  de  futebol  profissional,  diminuiu  em  11  milhões  de  euros    significando  que  a  30  de   Junho  de  2010  a  equipa  de   futebol  profissional   estava  contabilizada  por  menos  24%   que   em   1999.   A   evolução   desta   rubrica   ao   longo   dos   anos   é   explicada   no   Capítulo   III,  ponto  1.2  deste  Relatório.    

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

Dívidas  de  financiamento  (conta  23  POC  +   leasings)  é  a  rubrica  em  que  se  observa  um  maior  acréscimo:   217   milhões   de   euros   (passando   de   46   .   Tal   representa   um  aumento  médio  de  cerca  de  24  milhões  de  euros  por  ano,  tendo  o  endividamento  do  Grupo  Sporting  mais  do  que  quintuplicado  em  12  anos.  A  evolução  desta  rubrica  ao  longo  dos  anos  e  a  relação  dos  credores  envolvidos  são  analisadas  em  detalhe  no  Capítulo   III,  ponto  1.3  deste  Relatório.    

A   rubrica   Diferimentos   (Proveitos   Diferidos   e   Acréscimos   de   Custos)   e   Provisões   revela  também  um  acréscimo  expressivo:  39  milhões  de  euros,  o  que  representa  mais  do  triplo  em  12  anos.   Porque   neste   campo   se   incluem   os   recebimentos   antecipados   de   contratos   de  prestações  de  serviços  a  terceiros,  como  receitas  de  publicidade,  televisão  e  outros,  dedicámos  o  ponto  1.4  do  Capítulo  III  deste  Relatório  à  análise  deste  montante.  

  Os  Resultados  Acumulados  negativos  agravaram-­‐se  em  175  milhões  de  euros  no  período  em  análise,  o  que  representa  uma  média  anual  de  16  milhões  de  euros  de  prejuízos  por  ano  desde  1999.   Para   entendermos   melhor   as   causas   subjacentes   a   esta   evolução,   apresentamos   no  ponto  2  deste  Capítulo  a  evolução  das  principais  rubricas  das  contas  de  resultados  de  1999  a  2010.    

Como  consequência  desta  acumulação  de  prejuízos  ao   longo  dos  anos,   o  Capital   Próprio  do  Grupo  Sporting,  que  era  positivo  em  12  milhões  de  euros  em  1999,  atingiu  em  2010  o  valor  negativo  de  183  milhões  de  euros,  o  mais  baixo  de  sempre.  Esta  situação  de  falência  técnica  em  termos  consolidados  é  agravada  pelo  facto  do  valor  negativo  do  Capital  Próprio  do  Grupo  ultrapassar   em  13  milhões   de   euros,   em  valor   absoluto,  o  montante   do   Imobilizado   Líquido  total  (imóveis  +  passes  dos  jogadores).  

 

2. EVOLUÇÃO  DA  DEMONSTRAÇÃO  DE  RESULTADOS    No  gráfico  seguinte  podemos  observar  qual   foi  a  evolução  das  principais   rubricas  das   contas  de  resultados   consolidados,   de   1999   a   2010   (página   83).   Este   gráfico   evidencia   o   detalhe   do   que  ocorreu   no   período   de   tempo   considerado,   de   forma   a   que   possamos   determinar   as   causas  principais   que   provocaram   os   resultados   negativos   acumulados   de   216   milhões   de   euros  evidenciados  no  Balanço  de  2010.      

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GRÁFICO      2    Evolução  da  Demonstração  de  Resultados  consolidados    Grupo  Sporting  

20       24       26       32       27      44       46       45       49       51       49       47      

10      

7       8       10      9      

7      

27      

20       18      7      

19      21      

22      13      

10      

5      

(10) (12) (14) (16) (13) (19) (16) (17) (19) (20) (21) (21)(15)

(24)(29)

(34)(30)

(27) (26) (23) (27) (25) (28) (28)(16)

(17)

(22)(22)

(21)(26)

(23)(18)

(17) (14)(18) (22)

(5)(7)

(8)

(11)(14)

(13)(17)

(11)

(15) (11)

(8)

(14)

(25)(26)

(30) (15) (23)

(16)

7  

(10)

(26)(38)

(140)

(120)

(100)

(80)

(60)

(40)

(20)

-­‐

20  

40  

60  

80  

100  

120  

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Vendas  e  Prestações  de  Serviços Proveitos  Suplementares Outros  Proveitos Proveitos  Extraordinários

FSE Custos  com  pessoal Amortizações Ajustamentos+Provisões

Juros  e  Enc.  Fin.  Líquidos Custos  Extraordinários Resultado  Líquido  do  Exercício Outros  Custos

0

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

 Notas:    1-­‐ O  Resultado  Líquido  do  Exercício  não  inclui  os  Interesses  Minoritários.  2-­‐ No   Anexo   são   apresentadas   as   Demonstrações   de   Resultados   Consolidados   de   todos   os   anos   do   período,   bem   como   todas   as  respectivas  Demonstrações  de  Resultados  individuais  de  todas  as  empresas  do  Grupo.  

     A  análise  ao  gráfico  acima,  leva-­‐nos  às  seguintes  conclusões:     Vendas   e   prestações   de   serviços     apresentando   em   1999  o   valor   de   20  milhões   de   euros,  estes   proveitos   aumentaram   especialmente   em   2004   (44  estabilidade  ou  pequenos  crescimentos,  até  ao  valor  máximo  de  51  milhões  de  euros  em  2008.  Nos   dois   últimos   anos   verificaram-­‐se   decréscimos   anuais   de   2   milhões   de   euros,   tendo-­‐se  atingido  os  47  milhões  de  euros  em  2010.  A  evolução  desta  rubrica  é  examinada  em  detalhe  no  ponto  2.1  do  Capítulo  III  deste  Relatório.  

  Proveitos  extraordinários  e  outros    estas  duas   rubricas  confundem-­‐se  em  conceito,  pois  no  decorrer   dos   vários   anos   da   série,   os   critérios   de   classificação   contabilístic

-­‐valias   com   os   passes   de    

Analisando  estas  duas   rubricas  em  conjunto,   que   se   compõem  em  grande  parte  pelas  mais-­‐valias  obtidas  nas  vendas  dos  passes  dos  jogadores,  concluímos  que  o  ano  de  2007  foi  o  mais  frutuoso,   logo   seguido   por   2004   e   2003.   Note-­‐se   que   nos   três   últimos   anos,   os   proveitos  extraordinários   obtidos   foram  muito   diminutos,   sendo   especialmente   reduzidos   em   2010   (2  milhões  de  euros).  

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É  feita  uma  análise  detalhada  a  estas  rubricas  no  ponto  2.2  do  Capítulo  III  deste  Relatório.  As  mais-­‐valias   específicas   provenientes   da   venda   dos   passes   de   jogadores,   são   detalhadas   no  ponto  1.2  do  mesmo  Capítulo  III.  Por  outro  lado,  as  que  são  derivadas  da  venda  de  imobilizado  corpóreo,  são  analisadas  em  pormenor  no  ponto  1.1  desse  mesmo  Capítulo.    

Proveitos   suplementares     trata-­‐se   essencialmente   dos   proveitos   provenientes   das  comparticipações   da  UEFA  pela   presença   nas   competições   europeias.   São   rendimentos   com  certa  irregularidade,  com  valores  máximos  em  2001  e  2009,  que  advêm  maioritariamente  da  presença  do  Clube  nestas  competições.    

  Custos  com  o  pessoal    nestes  gastos  estão  incluídas  as  remunerações  de  todo  o  pessoal  das  diversas   empresas   do   grupo   e   respectivos   encargos   sociais,   incluindo   os   jogadores  profissionais.  De  realçar  que  2002  foi  o  ano  em  que  estes  custos  tiveram  o  seu  valor  máximo,  com  34  milhões  de  euros.  O  ano  mais  baixo  após  1999  foi  o  de  2006  (23   Estes  custos  têm-­‐se  mantido,  após  essa  data,  perto  dos  30  milhões  de  euros  anuais.  No  ponto  2.3  do  Capítulo  III  analisam-­‐se  em  detalhe  estes  custos,  bem  como  no  ponto  1.2  desse  mesmo  Capítulo  quando  se  trate  dos  jogadores  de  futebol  profissional.    

Fornecimentos  e  serviços  externos    estes  custos  têm  demonstrado  tendência  crescente,  com  excepção  de  ligeiras  reduções  em  2003  e  2005.  Estabilizaram  nos  21  milhões  de  euros  em  2009  e  2010.  São  analisados  em  pormenor  no  ponto  2.4  do  Capítulo  III  deste  Relatório.    

Amortizações     estes   custos   subdividem-­‐se   em   amortizações   do   Imobilizado   Corpóreo  (edifícios)  e  do   Imobilizado   Incorpóreo  (passes  dos   jogadores).  A  sua   irregularidade  ao   longo  dos   anos   é   motivada   pelas   amortizações   dos   passes   dos   jogadores.   Relativamente   ao  imobilizado   corpóreo,   foram  normalmente  utilizadas  as   taxas  máximas   fiscais  permitidas.  As  amortizações   dos   passes   dos   jogadores   são   efectuadas   proporcionalmente   aos   anos   dos  contratos  efectuados   com  cada   jogador.   Podem  ser  encontrados  detalhes   acerca  dos   gastos  com   os   passes   dos   jogadores   e   respectivas   amortizações   no   ponto   1.2   do   Capítulo   III   deste  Relatório,  e  acerca  das  restantes  amortizações,  no  ponto  2.5  do  mesmo  Capítulo.    

Juros   e   encargos   financeiros     esta   rubrica   comporta   todos   os   juros   de   empréstimos   de  financiamento,   incluindo   também   os   juros   de   leasings.   Como   se   verifica   no   gráfico,   estes  custos   têm  sido   cada   vez  mais   importantes  nos   resultados,   atingido  o   seu   valor  máximo  em  2007,   com   17   milhões   de   euros.   Este   foi   o   único   ano   em   que     e   apesar   deste   valor   dos  encargos   financeiros     as   contas   consolidadas  apresentaram   lucro.   Este   foi   também  um  ano  em  que  as  taxas  de  juro  estiveram  especialmente  altas  no  mercado,  imediatamente  antes  da  crise   financeira  mundial,   que   despoletou   em   2008,   ano   em   que   as   taxas   de   juro   baixaram  significativamente  no  mercado  nacional  e  internacional.  Em  2010,  esta  rubrica  apresentava  um  total  de  encargos  no  valor  de  11  milhões  de  euros.  Nos  pontos  1.3  e  2.6  do  Capítulo  III  deste  Relatório  é  examinada  especificamente  esta  rubrica.    

Resultados   líquidos  anuais    a  parte  vermelha  do  gráfico  está   sempre  presente  em  todos  os  anos,   na   última   linha,   com   excepção   de   2007.   Isto   significa   que,   como   resultado   da   gestão  anual  do  Grupo  Sporting,  todos  os  anos  foram  apurados  prejuízos,  com  excepção  de  2007,  que  apresentou  um   lucro  de  6,5  milhões  de  euros  graças  aos  proveitos  extraordinários  apurados  (incluindo  outros  proveitos  operacionais)  de  37  milhões  de  euros   (ponto  2.2  do  Capítulo   III).  

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2010  foi  o  ano  em  que  os  resultados  líquidos  negativos  atingiram  o  seu  valor  mais  elevado,  da  ordem  de  38  milhões  de  euros.  Os  2  últimos  anos,  cuja  soma  de  prejuízos  atinge  64  milhões  de  euros,  são  responsáveis  por  mais  de  1/3  dos  resultados  negativos  acumulados  nos  últimos  12  anos.  Também  o  período  de  2001  a  2003  apresentou  prejuízos  anuais  na  ordem  dos  25  a  30  milhões  de  euros.  Esses  3  anos  apresentaram  um  prejuízo  conjunto  de  81  milhões  de  euros,  o  que   representa   cerca   de   metade   do   total   dos   prejuízos   acumulados   durante   o   período  analisado.    

Em  resumo,  e  fazendo  uma  análise  geral  à  evolução  dos  Resultados  -­‐  quase  sempre  negativos  -­‐  do  Grupo  Sporting  concluímos  que,  com  a  estrutura  de  custos  apresentada,  os  prejuízos  se  têm  vindo  a   revelar   inevitáveis   em   anos   em   que   os   proveitos   extraordinários   da   venda   de   passes   de  jogadores  sejam  baixos  (2009  e  2010),  ou  as  receitas  gerais  se  revelem  menos  dinâmicas  (2001  a  2003).      O  gráfico  abaixo  mostra  qual  foi  a  evolução  da  estrutura  de  custos  nos  últimos  12  anos  (preços  correntes).  Nota-­‐se  que  os  custos  com  o  pessoal  mantêm  a  mesma  posição  na  estrutura,  tendo  os  Fornecimentos  e  Serviços  Externos  aumentado  um  pouco  (+2%)  o  seu  peso  financeiro.  A  principal  diferença   está   nas   Amortizações,   que   diminuíram   em   importância   (-­‐8%),   em   contrapartida   dos  Juros  de  financiamento,  que  passaram  a  pesar  13%  nos  custos  (+6%).    

GRÁFICO      3    Evolução  da  estrutura  de  custos  

   Com   a   actual   estrutura   de   custos,   e   face   à   natureza   dos   vários   gastos   aí   incluídos,   deve   ser  explicitado  que,  a  variável  que  acaba  por  ser  mais  susceptível  de  ser  controlada  pela  gestão  são  as  amortizações  do  imobilizado  incorpóreo  (passes  dos  jogadores)  e  respectivos  salários.      A   evolução   desta   componente   patrimonial   (imobilizado   incorpóreo     jogadores),   pelas  implicações   financeiras   directas   que   determina,   teve   influência   marcante   na   evolução   dos  resultados  e  na  estrutura  financeira  do  Grupo  Sporting  nos  anos  em  análise,  entre  1999  e  2010.    

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A   subdivisão   dos   Resultados   Líquidos   em   Resultados   Operacionais,   Resultados   Financeiros   e  Resultados  Extraordinários  (conceito  POC),  permite  apreciar  como  estas  3  variáveis  evoluíram  ao  longo  dos  anos.  É  o  que  faz  o  gráfico  seguinte,  que  demonstra  bem  a  tendência  evolutiva  de  cada  uma  dessas  variáveis.      

GRÁFICO      4    Evolução  dos  resultados  

 (50)

 (40)

 (30)

 (20)

 (10)

 -­‐

 10

 20

 30

 40

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

(24)(31) (33)

(40) (39)(34)

(20)(10) (12)

(3)(13)

(27)

(3)

(3)(5)

(7) (8)(11)

(14)

(13)(17)

(11)

(15)

(11)

17   17  7  

15   18  30  

12   7  

36  

4   2   0  

Milhões  de  

Resultados  Operacionais Resultados  Financeiros Resultados  Extraordinários

Nota:    O  

 Embora  no  Gráfico  2   já   tivéssemos   tido   a  oportunidade   de   apreciar   a  evolução  dos   Resultados  Extraordinários  e  dos  Resultados  Financeiros,  através  deste  gráfico  consegue-­‐se  apurar  com  mais  precisão  qual  tem  sido  a  evolução  dos  Resultados  Operacionais  no  decorrer  dos  últimos  12  anos.  Após  uma  evolução  tendencialmente  negativa  (-­‐  até  2003,  os  Resultados  Operacionais  vão  melhorando  gradualmente,  sendo  cada  vez  menos  negativos,  até  que  atingem  apenas  -­‐2008,  o  melhor  ano  no  período  analisado.  Em  2009  e  2010,  os  Resultados  Operacionais  voltam  a  agravar-­‐se,  atingindo  em  2010,  -­‐      

3. EVOLUÇÃO  DOS  CASH  FLOWS  ANUAIS    

Além  da  evolução  do  Balanço  e  da  Demonstração  de  Resultados  é  essencial  analisar   também  a  evolução  dos  Fluxos  de  Caixa  anuais,  pois   só  através  desta  peça  das  demonstrações   financeiras  das   contas   consolidadas   do   Grupo   Sporting   se   poderão   avaliar   quais   as   necessidades   de  financiamento  do  Grupo.    No  entanto,  uma  dificuldade  que  se  nos  deparou  foi  a  inexistência  da  Demonstração  de  Fluxos  de  Caixa   consolidada.   Face   a   essa   limitação,   elaborámos   uma   Demonstração   de   Fluxos   de   Caixa  consolidada   pelo   método   indirecto,   com   base   nos   Balanços   de   cada   ano   e   nas   respectivas  Demonstrações   de   Resultados.   Face   às   limitações   inerentes   a   esta   metodologia,   procurámos  colmatar   as   lacunas   com   as   informações   entretanto   recolhidas   ao   nível   dos   investimentos   em  

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imobilizado  corpóreo,  passes  de  jogadores  (incorpóreo),  investimentos  financeiros  e  empréstimos  obtidos  e  outros  movimentos  dentro  das  principais  rubricas  de  Activos  e  Passivos.      Como  resultado  desse  trabalho,  elaborámos  o  gráfico  abaixo  que  representa  a  evolução  anual  do  Cash  flow  do  Grupo  Sporting  no  período  compreendido  entre  1999  e  2010.  Como  os  cálculos  são  apresentados   pelo   método   indirecto,   e   portanto   por   comparação   com   o   ano   anterior,   não  existindo  contas  consolidadas  para  1998,  não  nos  foi  possível  calcular  a  Demonstração  de  Fluxos  de   Caixa   para   1999.   Em   consequência,   a   série   iniciou-­‐se   em   2000,   embora   tendo   em   conta   as  contas  consolidadas  de  1999  como  ponto  de  partida.      Distinguiram-­‐se   no   gráfico   os   5   principais   grupos   de   origens   e   aplicações   de   fundos:   fluxos   da  actividade  operacional,  de  investimentos  financeiros  (compras  e  vendas  de  acções  com  entidades  externas),   de   investimentos   de   activo   incorpóreo   (passes   de   jogadores   e   treinadores),   de  investimentos  em  activo  corpóreo  e  fluxos  de  pagamento  de  juros.  Estes  fluxos  foram  elaborados  anualmente  em  termos   líquidos.  O  saldo  anual   representado  é  portanto   igual  aos  empréstimos  recebidos   ou   pagos   no   ano   (o   saldo   de   Caixa   e   Bancos   é   normalmente   pouco   relevante).  Adicionou-­‐se   no   gráfico   uma   linha   com   o   Cash   Flow   (fluxos   de   tesouraria)   anual   gerado,  representando  a  soma  algébrica  dos  fluxos  positivos  e  negativos  de  cada  ano.      

GRÁFICO      5    Evolução  anual  dos  Cash  Flows  

(4) (4)

(34)(44)

(13) (7)

47  

10  30  

(12) (17)

11  

(7)

12  (4)

23  

(22)(8)

(30)

11      

(15)

(28)

(5) (9)

26  

(18)

16  17  

(3)

(5)(7)

(8)

(11) (14)(13)

(17) (11)(15)

(11)

(100)

(80)

(60)

(40)

(20)

-­‐

20  

40  

60  

80  

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Investimento  Corpóreo Investimento  Incorpóreo Investimentos  Financeiros Cash  Flow  Operacional Juros SALDO  

 

A   análise   do   gráfico   permite-­‐nos   concluir   que   em   todas   as   épocas   foram   gerados   Cash   flows  negativos,  com  excepção  de  2006,  2007  e  2009,  sendo  que  os  Cash  flows  de  2006  e  2009  estão  muito  próximos  do  zero.  Apenas  2007  é  francamente  positivo,  com  34  milhões  de  euros  de  cash  flow   gerado.   Note-­‐se   que   este   foi   exactamente   o   único   ano   em   que   foram   obtidos   resultados  líquidos  positivos  (Gráfico  2  do  ponto  anterior).    

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Por  outro  lado,  2003  foi  o  ano  em  que  se  atingiu  o  valor  negativo  mais  elevado,  com  -­‐77  seguido   por   2001   e   2002   com   -­‐ -­‐ ,   respectivamente.   No   total,   estes   3   anos  determinaram     -­‐   em  grande  parte  devido  aos   investimentos  imobiliários  -­‐  que  representam  cerca  de  70%  do  total  das  necessidades  líquidas  de  tesouraria  em  todos  os  11  anos  analisados.    Em  termos  de  repartição  pelos  5  grupos  de  desagregação  do  gráfico,  nota-­‐se  que  o  investimento  em  imobilizado  corpóreo  recupera  em  2007,  2008  e  2009,  enquanto  o  Cash  flow  operacional  se  revela  positivo  nos  anos  de  2006,  2008  e  2010.  Porém,  fazendo  uma  análise  mais  detalhada  aos  elementos  do  quadro  de  valores  que  serve  de  base  à  elaboração  do  gráfico,  nota-­‐se  que  o  Cash  flow   operacional   de   2010   se   deve   ao   facto   de   nesse   ano   os   prazos   de   pagamento   aos  fornecedores  terem  sido  dilatados.  Se  estes  se  mantivessem  ao  mesmo  nível  dos  anos  anteriores,  o  Cash  flow  operacional  registaria  em  2010  um  saldo  negativo  de  3  milhões  de  euros.              De   forma  a  que  possamos   compreender   a   situação  acumulada,   em   termos  de  necessidades  de  tesouraria,  que  os  fluxos  anuais  geraram,  construímos  o  gráfico  seguinte,  que  informa  acerca  do  Cash  flow  acumulado,  por  tipo  de  fluxos,  entre  2000  e  2010.    

GRÁFICO      6    Evolução  dos  Cash  Flows  acumulados  

(8)(42)

(86) (99) (102) (109)

(61) (51)(21) (23)(12)

(29)

(18)

(25) (13) (17)(21)

(20)

(29)(59)

14 16 16 18 18 16 18 18

(20)

(28)

(56) (61)(70) (45)

(63) (47)(52)

(35)

(8)

(15)

(23)(35)

(48)(62)

(79) (90)(105)

(115)

(300)

(250)

(200)

(150)

(100)

(50)

-­‐

50  

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Investimento  Corpóreo Investimento  Incorpóreo Investimentos  Financeiros Cash  Flow  Operacional Juros  

 Este   gráfico   tem  a  vantagem  adicional  de  nos  permitir   visualizar  qual   foi   a   responsabilidade  de  cada   um   dos   5   grupos   de   geração   de   fluxos   de   caixa   no   Cash   flow   acumulado   de   -­‐ no  período  acima.      É  visível  que  o  único  tipo  de  fluxo  sempre  positivo  foi  o  de   investimentos  financeiros.  Por  outro  lado,  os   juros  realçam-­‐se  com  -­‐115    do  período,  o  que  representa  

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cerca  de  54%  do  total  dos  fluxos  negativos   líquidos  gerados.  O  Imobilizado   Incorpóreo  (-­‐59    representa   28%   e   os   activos   corpóreos   (-­‐também  globalmente  negativa  (-­‐35   .    Conclui-­‐se,   assim,   que   os   últimos   11   anos   foram   também   desequilibrados   em   termos   de  

Parte   dessas   necessidades  foram   criadas   nos   primeiros   anos   pelo   investimento   corpóreo   mas,   em   acumulado,   elas   são  principalmente   da   responsabilidade   do   investimento   incorpóreo   (passes   de   jogadores).   A  acumulação   de   necessidades   de   empréstimos   persistentes   levou   a   que   o   montante   de   juros  deteriorasse  a  situação  de  tesouraria,  arrecadando  só  os  juros  mais  de  metade  das  necessidades  de   tesouraria   acumuladas   do   período.   Tal   condicionalismo   determinou   a   necessidade   de   se  recorrer  a  novos  empréstimos  para  fazer  face  ao  pagamento  dos  juros  dos  próprios  empréstimos.          

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III. ANÁLISE  PARCELAR  DAS  CONTAS  CONSOLIDADAS    Neste  Capítulo,  efectuaremos  uma  análise  detalhada  das  contas  do  Balanço  e  da  Demonstração  de  Resultados  consolidados  que  foram  detectadas  no  Capítulo  II  como  sendo  as  mais  relevantes  na  estrutura  financeira  e  com  maior  influência  nos  resultados  do  Grupo  Sporting.      De  acordo  com  esse   levantamento  efectuado  no  Capítulo   II,  seleccionámos  a  análise  das  contas  de  acordo   com  as   seguintes   rubricas:   Imobilizado  Corpóreo;   Imobilizado   Incorpóreo;  Dívidas  de  financiamento;   Diferimentos   e   provisões;   Outras   rubricas   do   Balanço;   Vendas   e   Prestações   de  serviços;  Resultados  extraordinários;  Custos   com  o  pessoal;   Fornecimentos  e   serviços  externos;  Juros  de  empréstimos  e  Outras  rubricas  de  Resultados.    

1. EVOLUÇÃO  DO  BALANÇO    

1.1.  Imobilizado  corpóreo    O   gráfico   seguinte   sintetiza   a   evolução   dos   valores   brutos   contabilizados   em   terrenos   e  edifícios  em  todas  as  empresas  do  Grupo  Sporting.  Apesar  das  primeiras  contas  consolidadas  só   datarem  de  1999,   foi   possível   elaborar   a   evolução  do   Imobilizado  Corpóreo   consolidado,  desde  1994,   a  partir  das   contas   individuais  das  empresas  do  Grupo  pois,   devido  ao  número  limitado  de  lançamentos  existentes,  foi  viável  concluir  acerca  do  respectivo  valor  consolidado.      

GRÁFICO      7    Terrenos  e  edifícios  do  Grupo  Sporting  

1633

46 4640 40 40 37 38

51 46 47 47 41

71

19 197 12 12 12 13 14 14 1432 30

182189 192

154 154 154 154

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Terrenos  Grupo Edificios  Grupo    Explicamos  em  seguida  as  variações  ( )  materialmente  relevantes  verificadas  no  decorrer  dos  vários  anos  do  período   :  

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 1995   :  

Reavaliação   (Luso-­‐contabilísticos.  

Reconhecimento  em  Imobilizado  Corpóreo  de  obras  efectuadas  em  exercícios  anteriores  no  antigo  Estádio  José  de  Alvalade  (nova  bancada  e  recuperação  estrutural,  entre  outras)  

.          1996   :  

Nova  reavaliação  de  terrenos  (Luso-­‐    1997      1998   -­‐ :  

Alienação  da  Quinta  do  Loureiro  (terreno),  que  estava  registada,  através  de  avaliação,  por     Esta   operação,   efectuada   através   da   venda   das   participações   financeiras   da  

 gerou  em  Resultados  extraordinários  uma  mais-­‐valia  de          2000   :  

.    2001   -­‐ :  

Alienação   à   RENIT   de   terreno   da   Construz

mais-­‐valia  de      2002   :  

Construção  da  Academia  (Edifícios  e  custos  associados).    2003   :  

Avaliação  de  terrenos  do  Interface  (Metro/Carris/Outros),  que  transitavam  sem  valor  na  contabilidade,  passando  a  ser  registados  por    

  Transferência  para  Imobilizado  Corpóreo  de  cerca  de  0,5  M  

 2004   :  

Venda  à  RENIT  de  parte  significativa  dos  terrenos  da  Quinta  Alvalade,  registados  por  4,7  .  

extraordinários  uma  mais-­‐valia  de  16,4       .   Reclassificação  em  consolidado  de  Imobilizado  Incorpóreo  das  contas  individuais  relativo  

a  Direitos  de  superfície  no      

2005     :    

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.  Esta  os  

uma  mais-­‐   ilizado   em   Curso   para   Imobilizado  Corpóreo   de   várias  

rubricas  (Estádio,  Multiusos,  Health  Club,  Bingo,  Museu).   Reclassificação  em  consolidado  de  Imobilizado  Incorpóreo  das  contas  individuais  relativo  

   2006   :  

Transferência   de   3,4  M   em  Curso   para   Imobilizado  Corpóreo   de   várias  rubricas  (Multiusos,  Health  Club,  Sala  Informática).  

 2007   -­‐44,4  M :    

Alienação  à  SILCOGE  de  parte  do  património  não  desportivo,  detido  pelo  SCP  (Direito  da  propriedade   da   raiz   incluindo   o   direito   ao   Solo   do  Health   Club,   Edifício   Administrativo,  Secretaria,   Clínica   e   FEC   -­‐   .   O  património  alienado  estava    

Alienação   à   SILCOGE   dos   Direitos   de   Superfície   detidos   pela   sociedade   SPM   (Sporting  Património  e  Marketing)  sobre  o  mesmo  património  acima,  que  estavam  registados  por  

 Estas  duas  operações,  cuja  venda  total  foi  efectuada  por  50,9   aram  em  Resultados  extraordinários  uma  mais-­‐valia  total  de  8,7  M  

 2008   :  

Reavaliações   de   terrenos  do   Sporting   para   entradas   em  espécie   no   aumento  da   capital  das  Sociedades  Verdiblanc  I,  Verdiblanc  II,  e  Verdiblanc  III,    Verdiblanc  IV  e  Soc.  Quinta  das  Raposeiras.  

 2009   -­‐ :  

Alienação  a  várias  sociedades  do  Grupo  Multi  Development  Corporation  International,  SA  de  várias  parcelas  de  terrenos  pertencentes  às  empresas  do  Grupo  Sporting  VERDIBLANC  I,   VERDIBLANC   II,   VERDIBLANC   III,   VERDIBLANC   IV   e   Soc.   Quinta   das   Raposeiras,   que  estavam   registadas  por  52,2  M  Esta  operação,   cuja   venda   foi  efectuada  por  51,3  gerou  em  Resultados  extraordinários  uma  menos-­‐valia  de   ,  por  via  da  fixação  dos  preços  no  Protocolo  anteriormente  firmado.  

     2010   :  

Valores  relativos  a  edifícios,  materialmente  pouco  relevantes.    

2011  :   Embora  não  se  disponha  ainda  das  contas  consolidadas  do  ano  de  2011,  as  variações  ao  

nível  do  consolidado  afiguram-­‐se  pouco  materiais.  No  entanto,  ao  nível  das  relações  entre  empresas  do  Grupo,  com  data  do  dia  6  de  Outubro  de  2010,  foi  firmado  entre  o  Sporting  Clube  de  Portugal  e  a  SAD  um  contrato  de  trespasse  pelo  qual  é  cedida  à  SAD  a  Academia,  incluindo   toda  a   sua  actividade,  activos  e  passivos.  A  cedência   foi  efectuada  pelo  preço  total   de   23,7  milhões   de   euros,   incluindo   um   contrato   de   leasing   imobiliário   com   uma  dívida  actual  de  5,7  milhões  de  euros.  Visto  que  o  valor  líquido  do  imobilizado  em  questão  estava  contabilizado  por  18  milhões  de  euros,  o  SCP  contabilizou  uma  mais-­‐valia  de  5,7  

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milhões   de   euros,   que   aumentou   neste   montante   o   Resultado   Líquido   das   contas  individuais.   Nas   contas   consolidadas,   esta   operação,   decorrente   da   deliberação   da  Assembleia  Geral  Extraordinária  de  28  de  Maio  de  2008,  é  completamente  anulada,  pois  as  mais-­‐valias  são  geradas  exclusivamente  no  perímetro  do  Grupo  Sporting.    

 A   discriminação   acima   descrita   de   todas   as   variações   ocorridas   no   Imobilizado   Corpóreo  durante   os   últimos   17   anos   encontra-­‐se   sintetizada   no   quadro   seguinte,   que   nos   informa  acerca   do   total   de   reavaliações,   aquisições/construções,   alienações   e  mais   ou  menos   valias  realizadas.    

QUADRO      2    Evolução  do  activo  imobiliário  

   Da  análise  do  quadro  acima,  concluímos  que  os  terrenos  propriedade  do  Grupo  Sporting  foram  reavaliados,   mediante   relatórios   subscritos   por   entidades   especializadas,   em   cerca   de   74  milhões  de  euros.  As  mais-­‐valias  totais  líquidas  obtidas  (valor  de  venda    valor  da  reavaliação)  através   da   venda   dos   terrenos   reavaliados   foram   de   18,2     Por   outro   lado,   a  mais-­‐valia  obtida  através  da  venda  de  parte  do  Alvalade  XXI  foi  de  8,6      Os  valores  de  venda  dos  terrenos  alienados  ao  longo  dos  anos,  que  culminaram  em  2009  com  a  venda  dos  terrenos  ou  direitos  de  superfície  detidos  pelas  Sociedades  Verdiblanc  I,  II,  III  e  IV  e  pela  Quinta  da  Raposeira,  foram  previamente  acordados  por  meio  de  contratos-­‐promessa  de  compra  e  venda  com  as  entidades  compradoras,   firmados  em  2000.  Nesses  contratos,   foram  acordados  não  só  os  preços  de  venda,  mas   também  as  condições  gerais  de  actualização  dos  preços   até   à   data   das   escrituras,   que   dependiam   de   autorizações   de   construção   e   outras  condições  a  conceder  pela  Câmara  Municipal  de  Lisboa.      A  análise  do  quadro  permite-­‐nos  também  concluir  acerca  do  valor  total  obtido  com  a  venda  do  património  imobiliário.  Somando  a  coluna  das  alienações  (preço  de  custo  ou  reavaliação)  com  a  coluna  das  mais  ou  menos  valias,  obtém-­‐se  o  valor  total  das  vendas,  que  atinge  os  135    

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(retirou-­‐ ções  acumuladas  à  data  da  parte  vendida  do  Alvalade  XXI).        A  evolução  do   Imobilizado  Corpóreo  do  Sporting  pode-­‐se   resumir  da   seguinte   forma:   com  a  demolição   do   antigo   Estádio   José   de   Alvalade,   o   respectivo   terreno   bem   como   todos   os  terrenos   adjacentes   pertencentes   ao   Clube   foram   reavaliados   e   vendidos,   com  excepção  do  terreno  onde  foi  construído  o  novo  Estádio  José  de  Alvalade,  2  terrenos  onde  foram  edificados  2  postos  de  combustível  e  outras  parcelas  de  terreno  onde  está  previsto  ser  edificado  o  futuro  pavilhão   multidesportivo.   A   construção   do   novo   Estádio   incluiu   um   complexo   de   lazer   e  desporto  que   foi  denominado,   junto  com  o  Estádio,  pelo  nome  de  Alvalade  XXI.  Parte  desse  complexo  (  foi  entretanto  também   alienado.   Por   outro   lado,   no   terreno   adquirido   em   Alcochete   no   ano   2000,   foi  construída  a  Academia,  que  ficou  concluída  em  2003.    O  actual  Imobilizado  Corpóreo  do  Sporting  é  composto  da  seguinte  forma:      

QUADRO      3    Detalhe  do  imobilizado  corpóreo  

Valor  Aquisição

Amortização  Acumulada

Valor  Liquido

TerrenosQta.  das  Raposeiras 10.354                             -­‐                                                   10.354              Terreno  Academia 504                                       -­‐                                                   504                        Outros  Terrenos  Parcelas  7,  8  e  9 618                                       -­‐                                                   618                        Terrenos  S.C.  Planeamento   36                                             -­‐                                                   36                              Qta.  de  Alvalade 1.162                                 -­‐                                                   1.162                  Terrenos  Construz 6.067                                 -­‐                                                   6.067                  

Edifícios  e  Outras  ConstruçõesEdifícios  e  Outras  Construções 789                                       (8)                                               782                        Edifícios  e  Out.  Const.-­‐Academia 17.679                             (169)                                     17.510              Estádio  José  de  Alvalade 126.092                       (42.457)                           83.635              Correcções  Consolidado 9.267                                 2.577                                 11.844              

Equipamento  Básico 677                                       (489)                                     188                        Equipamento  de  Transporte 467                                       (314)                                     153                        Ferramentas  e  Utensíl ios 296                                       (290)                                     6                                  Equipamento  Administrativo 3.537                                 (3.137)                               400                        Outras  Imobilizações  Corpóreas 801                                       (286)                                     515                        

TOTAL 178.348                       (44.574)                           133.774        

Descrição

   Os  terrenos  da  Quinta  das  Raposeiras,  são  aqueles  sobre  os  quais  está  edificado  o  Estádio  José  de  Alvalade  (Alvalade  XXI).  As  parcelas  7,  8  e  9  e  os  terrenos  do  SC  Planeamento,  constituem  a  parcela   de   terreno   onde   será   edificado   o   futuro   pavilhão   multidesportivo.   A   Quinta   de  Alvalade   e   nos   terrenos   da   Construz   (empresa   do   Grupo),   são   os   terrenos   onde   estão  edificados  2  postos  de  combustível  da  Petrogal,  empresa  com  a  qual  foram  contratualizados  os  respectivos  direitos  de  superfície.  

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 Em   relação   ao   complexo   Alvalade   XXI,   em   5   de   Abril   de   2005   foi   efectuado   entre   duas  empresas  do  Grupo  (Sporting  Clube  de  Portugal  e  SPM    Sporting  Património  e  Marketing)  um  contrato   de   cedência   de   direitos   de   superfície   por   25   anos.   Esta   operação,   envolvendo  empresas   do   Grupo,   é   completamente   anulada   nas   contas   consolidadas,   continuando   o  património  registado  ao  seu  valor  inicial  como  Imobilizado  Corpóreo  (Activo  Fixo  Tangível).  No  entanto,   por   assumir   relevância   jurídica,   e   porque   tem   influência   nas   contas   individuais   do  Sporting  Clube  de  Portugal,  descrevemos  em  seguida  sucintamente  o  registo  desta  transacção.    O  SCP  cedeu  à  SPM  os  direitos  de  superfície,  de  utilização  por  25  anos,  de  todo  o  complexo  desportivo   e   de   lazer   denominado   Alvalade   XXI   pelo   valor   líquido   do   imobilizado   conforme  

Diferidos   no   SCP   este   valor   credor,   que   foi   transferido   para   proveitos   anualmente   na  proporção  de  1/25.  A  SPM  registou  o  direito  de  propriedade  no  Imobilizado  Incorpóreo  (Activo  Fixo  Intangível),  que  vai  amortizando  como  custo  em  1/25.  Embora  neste  aspecto  o  custo  e  o  proveito  sejam  idênticos  nas  2  empresas,  no  SCP  os  custos  com  a  amortização  do  Imobilizado  Corpóreo  eram,  nos  primeiros  anos,  superiores   aos  proveitos  dos  direitos  de  superfície  que  debitava  à  SPM.      Com  a  venda  de  parte  do  Alvalade  XXI  (Health  Club,  Edifício  Administrativo,  Secretaria,  Clínica  

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-­‐valias  entraram  nas   contas  consolidadas.    O  quadro  seguinte  permite-­‐nos  calcular  o  Cash-­‐flow  (fluxo  de  tesouraria)  obtido  no  decorrer  dos   17   anos   considerados,   em   função   das   aquisições   e   alienações   do   Activo   Imobiliário  (edifícios  e  terrenos)  do  Grupo.    

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QUADRO      4    Resumo  Cash  Flow  teórico  do  imobilizado  

Ano   Entidades Descrição Valor

RecebimentosVendas  Externas  

1998 Qta.  Loureiro Sociedade 7,0

2001 Construz Terrenos 3,72004 Qta.  Alvalade Parte  terrenos  Qta.  Alvalade   21,1

2005 SCP   Terreno  do  SCP   1,02007 SCP   Património  não  desportivo     12,72007 SPM   Património  não  desportivo   38,22009 Verdiblanc  I Direitos  de  Superfície 7,62009 Verdiblanc  III Direitos  de  Superfície 7,62009 Verdiblanc  II Lote  1,  2,  3  e  4 18,92009 Verdiblanc  IV Lote  5,  6  e  7   15,32009 Qta.  Raposeiras Terrenos  Qta.  Raposeiras 1,9

Subtotal 135,1Subsídios    

2005 CML Projecto  Imobiliário  EPUL 10,0IDP+  IEP Novo  Estádio 24,5

Subtotal 34,5Total  Recebimentos 169,6

PagamentosCompras  Externas  

2000 Academia   (0,5)                                                                                      Construções

2002 Academia   (17,9)                                                                                  2004 Novo  Estádio (161,5)                                                                              

Demolições2004 Demolição  Estádio  Antigo (2,5)                                                                                      

Subtotal (181,9)                                                                              Total  Pagamentos (182,4)                                                                              

Total  Geral (12,8)                                                                                    O  valor  final  indicado  evidencia  que,  após  todas  as  operações  de  construção  e  compra  e  venda  de  imobilizado  -­‐  venda  de  terrenos,  construção  da  Academia,  construção  do  Alvalade  XXI  (novo  estádio  +  complexo  desportivo  e  de  lazer)  e  venda  de  parte  do  mesmo  Alvalade  XXI    o  saldo  de  tesouraria  de  todas  estas  operações  foi  negativo  em  cerca  de  13  milhões  de  euros.      Está   incluído   neste   saldo   o   recebimento   de   subsídios   a   fundo   perdido,   relativos   ao   novo  Estádio   do   complexo   Alvalade   XXI,   no   valor   total   de   34,5  milhões   de   euros.   Esses   subsídios  incluíram   duas   componentes:   os   subsídios   IDP+IEP   (Instituto   do   Desporto   de   Portugal   +  Instituto  de  Estradas  de  Portugal),  no  valor  total  de  24,5  milhões  de  euros,  e  um  apoio  especial  da  Câmara  Municipal  de  Lisboa/EPUL,  no  valor  de  10  milhões  de  euros.    

sendo   transferidos   anualmente   para   resultados   na   proporção   das   amortizações   do   novo  Estádio   Alvalade   XXI.   Em   2011,   de   acordo   com   o   SNC,   o   saldo   em   Proveitos   Diferidos   foi  

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transferido  para  Capitais  Próprios,  continuando  no  entanto  a  ser  anualmente  transferido  para  resultados  com  os  mesmos  critérios  utilizados  em  POC.        

concedidos   pela   CML   foram   contabilizados   directamente   em  Resultados   Extraordinários   pois   o   contrato   de   cedência   do   referido   montante   não   fazia  referência   à   construção   do   novo   Estádio   nem   implicava   quaisquer   outros   encargos   para   o  Clube.        Em  virtude  da  importante  posição  relativa  para  as  contas  do  Clube  do  investimento  imobiliário  efectuado  no  Alvalade  XXI  (novo  Estádio  José  de  Alvalade  +  complexo  desportivo  e  de  lazer),  apresentam-­‐se  em  seguida  3  gráficos  que  discriminam  os  gastos  por  complexo  estrutural,  por  natureza  do  tipo  de  obra  do  Estádio,  e  por  fornecedor  da  obra  (fonte  de  informação:  relatório  elaborado  por  entidade  fiscalizadora  especializada).    

GRÁFICO      8    ALVALADE  XXI  -­‐  Estrutura  

Estádio108,7(66%)

FEC17,2(11%)

Multidesportivo9,0(5%)

Health  Club1,9  (1%)

Acessibilidades  11,0(7%)

Edifício  de  Apoio  Administrativo

13,5(8%)

Demolições  2,5(2%)

Milhões  de  

 

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GRÁFICO      9    ALVALADE  XXI  -­‐  Investimento  do  Estádio  por  tipo  de  obra  

Escavação/Estrutura/Alvenaria40,6(37%)

Redes  e  Instalações  Electricas

20,2(18%)

Cobertura  +  Mastros15,3(14%)

ESTÁDIOCaxilharia

3,9(4%)

Video  Screen1,7(2%)

Fornecimento  e  Montagem  de  

Cadeiras1,7(2%)

Mobiliário  e  Carpintaria1,5(1%)

Elevadores  e  Escadas  Rolantes

1,0(1%)

Outros22,8(21%)

Milhões  de  

 GRÁFICO  10    ALVALADE  XXI  -­‐  Investimento  por  Fornecedor  

Alves  Ribeiro50,6(35%)

EFACEC17,5(12%)

Novopca14,3(10%)

Martifer  /  Simi13,1(9%)

OPCA9,9(7%)

Martifer5,2(4%)

Tecnovia4,0(3%)

IBM3,6(3%)

Siemens2,5(2%)

Ambisider2,1(1%) Outros

20,3(14%)

Milhões  de  

     Embora,   como   referimos   no   Capítulo   I,   não   seja   a   finalidade   deste   trabalho   efectuar   uma  auditoria  à  documentação  que  serviu  de  base  aos  registos  contabilísticos  das  contas  do  Grupo,  por  se  tratar  dum  conjunto  de  despesas  de  particular  importância  para  o  património  do  Clube,  efectuámos   a   verificação,   por   amostragem,   da   documentação   comprovativa   dos   gastos  efectuados  com  as  obras,  tanto  do  complexo  desportivo  Alvalade  XXI  como  da  Academia.  Foi  verificado   um   total   de   60%   dos   gastos   efectuados   no   complexo   Alvalade   XXI   e   de   26%   do  

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investimento   efectuado   na   Academia.   Foram   examinadas   todas   as   facturas   de   montante  

examinada.    Face   ao   atrás   exposto,   e   aos   elevados   valores   do   investimento   efectuado   em   Imobilizado  corpóreo  com  a  construção  do  complexo  desportivo  e  de   lazer  Alvalade  XXI,  do  qual  é  parte  integrante  o  novo  estádio,  poderá  questionar-­‐se  se  a  actual  situação  financeira  do  Sporting  se  deve   ao   avultado   investimento   efectuado     -­‐   e   aos   juros   de   financiamentos   daí  decorrentes.      Analisando   o   Quadro   4,   atrás   apresentado,   é-­‐se   levado   a   concluir   que   o   fluxo   negativo   de  tesouraria   globalmente   resultante   das   operações   de   imobiliárias   (construção   do   Complexo  Alvalade  XXI  e  da  Academia,  venda  de  terrenos  e  edifícios  e  subsídios  obtidos)  se  cifrou  em  13  milhões   de   euros,   valor   pouco   expressivo   (4,9%)   em   comparação   com   os  empréstimos  contraídos.    No  entanto,  esse  quadro  não  nos  permite  ter  uma  visão  temporal  da  evolução  dos  fluxos  de  tesouraria  provenientes  da  actividade   imobiliária.   Essa  necessidade  é  colmatada  pelo  gráfico  abaixo,   que   nos   dá   a   evolução,   ao   longo   dos   anos   das   necessidades   de   financiamento  provenientes  dos  investimentos  imobiliários  efectuados.  As  colunas  mostram  os  investimentos  e   as   vendas   conforme   registados   no   Balanço,   e   a   linha   representa   os   fluxos   de   caixa   reais  líquidos   provenientes   do   Activo   Imobilizado,   conforme   retirados   do   Gráfico   5   (ponto   3   do  Capítulo  II).  

GRÁFICO  11    Evolução  das  necessidades  de  fundo  de  maneio  dos  investimentos  imobiliários  

21,1  

51,0   51,3  34,5  

(17,9)

(161,5)

(200)

(150)

(100)

(50)

-­‐

50  

100  

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Pagamentos  Demolições Pagamentos  Construção Recebimentos  Subsídios Recebimentos  Vendas Cash  Flow  Imob.  Corp.  Acumulado

 

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 A  análise  deste  gráfico  permite-­‐nos  concluir  que,  no  decorrer  da  construção  do  Alvalade  XXI  (início   em   2001),   o   Sporting   teve   naturais   carências   de   tesouraria,   para   as   quais   teve   que  contrair  empréstimos  avultados  para  fazer  face  ao  investimento  a  efectuar,  pois  os  subsídios  e  as  vendas  de  terrenos  e  edifícios  foram  sendo  realizados  parcelarmente:  em  2004  (ano  em  que  o  novo  Estádio  entra  em  Imobilizado),  em  2005,  2007  e  2009.  Por  via  desses  financiamentos,  foram  pagos  juros  durante  vários  anos  que  podem  ser  imputados  ao  investimento.  Com  base  nos  Cash  Flows  negativos  das  operações  imobiliárias  em  cada  ano,  a  proporção  dos  juros  pagos  desde  1999  e  até  ao  presente  (2010)  que  pode  ser  imputada  a  essa  actividade  ascende  a  49,5  

será   o  montante   dos   custos   que   podemos   imputar   aos   investimentos   imobiliários,  para   além   das   amortizações   anuais   normais   equivalentes   ao   desgaste   desse  mesmo   Activo  

  Aquele   valor   teve   também   influência   no   Cash   flow   de  

corpóreo,  em  cerca  de  -­‐63    desde  1998.    O  actual  património  imobiliário  do  Sporting  integra,  além  da  Academia  a  parte  não  alienada  do  complexo  Alvalade  XXI,   (Estádio,  Museu,  Multidesportivo  e  Acessibilidades).   Este  património  está   hipotecado,   servindo  de   garantia   aos   empréstimos   contratados.   Os   valores   pelos   quais  foram  alienados  os  terrenos  pertencentes  ao  Clube  tiveram  por  base  avaliações  efectuadas  por  empresas   da   especialidade.   A   gestão   do   património   imobiliário,   traduzida,   conforme  evidenciado  no  Quadro  4,  no  valor  líquido  de  -­‐  montante  de  49,5    referente   a   juros   imputáveis   ao   investimento   efectuado   (não   capitalizados),   demonstra   que  este  foi  um  dos  factores  que  terá  contribuído  para  a  actual  situação  financeira  consolidada  das  contas  do  Sporting.      

1.2. Imobilizado  incorpóreo    O   imobilizado   incorpóreo   é   quase   integralmente   composto   pela   propriedade   dos   direitos  contratuais  do  Clube  sobre  os   jogadores  e   treinadores   (os   .  Embora  aqui  também   estejam   incluídos   jogadores   de   outras   modalidades,   a   esmagadora   maioria   destes  direitos  relaciona-­‐se  com  a  equipa  profissional  de  futebol.    Até  à  época  de  1996/1997,  os  passes  dos  jogadores  estavam  contabilizados  no  Sporting  Clube  de  Portugal.  Na  época  de  1997-­‐1998,  os  valores  contabilísticos  líquidos  desses  direitos  foram  transferidos   para   a   SAD   como  entrada   em  espécie  do   Sporting   Clube   de  Portugal   no   capital  desta  Sociedade,  pelo  valor  total  de  30  milhões  de  euros.  Essa  entrada  em  espécie  incluiu  uma  reavaliação  dos  valores  dos  passes  dos  jogadores  por  mais  4,5  milhões  de  euros  do  que  estava  

   O  gráfico  seguinte  demonstra  qual  foi  a  evolução  dos  valores  líquidos  dos  passes  dos  jogadores  e   treinadores   (imobilizado   incorpóreo)   desde   a   época   de   1998-­‐1999,   primeira   época   para   a  qual   se  dispõe  de  contas  consolidadas.  Note-­‐se  que  se   trata  de  valores   líquidos,  portanto   já  deduzidos  das  amortizações  anuais  dos  referidos  passes.  As  amortizações  são  efectuadas  em  quotas   anuais   constantes,   de   acordo   com   os   anos   de   vigência   dos   direitos   contratuais  existentes.    

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GRÁFICO  12    Evolução  do  imobilizado  incorpóreo  líquido  passes  dos  jogadores  

0

10

20

30

40

50

60

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

41

36

52

46

37

27

1719

14

2926

41

Milhões  de  

   Uma  análise  da  evolução  dos  valores  acima,  aponta  para  2001  como  o  ano  em  que  o  plantel  estava  mais  valorizado.  Este  valor  foi  descendo  gradativamente  até  2007,  ano  em  que  apenas  valia  14  milhões  de  euros  (preços  correntes).  Em  2010,  o  plantel  estava   já  valorizado  por  41  milhões  de  euros,  valor  idêntico  ao  de  1999.      O  quadro  seguinte,  mostra  como  foram  obtidos  os  valores  patentes  no  gráfico,  respeitantes  à  evolução  do  Imobilizado  incorpóreo  líquido  (passes  do  jogadores  e  treinadores)  ao  longo  dos  últimos  12  anos:    QUADRO      5    Evolução  do  Imobilizado  Incorpóreo  líquido  (Passes  dos  Jogadores  -­‐  SAD)  

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Saldo  inicial  líquido 38,8 41,1 35,5 51,9 45,6 36,9 27,2 16,6 18,8 14,4 28,7 26,3Aquisições  de  passes 24,8 12,9 35,7 17,7 10,4 3,6 6,1 15,6 9,5 22,2 10,4 31,2Amortizações  anuais 13,5 14,6 17,8 17,5 16,6 11,5 12,9 7,8 7,2 7,1 10,8 13,6

Vendas/Abates  de  passes  (valor  de  aquisição  líquido) 9,1 3,9 1,6 6,3 2,6 1,7 3,8 5,6 6,8 0,9 1,9 2,9Saldo  final  líquido 41,1 35,5 51,9 45,6 36,9 27,2 16,6 18,8 14,4 28,7 26,3 41,0    Da  análise  do  quadro,  ficamos  a  conhecer  quais  foram  os  anos  em  que  foram  efectuadas  mais  aquisições,   e   quais   as   consequências   dessas   aquisições   ao   nível   das   amortizações   dos  respectivos  passes.  Ressaltam  as  épocas  de  2001  e  2010,  com  aquisições  acima  dos  30  milhões  de   euros,   anos   em  que   se   verificaram  maiores   prejuízos.   Este   facto,   por   si   só,   embora   gere  mais   amortizações   -­‐   que   poderão  nem   ser  muito   elevadas   na   época   da   compra,   se   esta   for  efectuada   a  meio   da   época     e  mais   custos   com   o   pessoal,   não   afecta   necessariamente   os  resultados  de  forma  negativa,  pois  pode  gerar  proveitos  superiores  aos  custos  produzidos.      

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Por  outro  lado,  a  época  com  menos  aquisições  foi  2004  (menos  de  4  milhões  de  euros),   logo  seguida  de  2005,  com  cerca  de  6  milhões  de  euros.      Analisando   as   amortizações   anuais   dos   passes,   nota-­‐se   que   estas   foram   especialmente  elevadas  (acima  dos  13, )  nos  anos  de  1999  a  2003  e  em  2010.  Quatro  (2001,  2002,  2003  e  2010)  destes  seis  anos  foram  os  anos  em  que  o  Sporting  teve  prejuízos  mais  avultados  (ver  ponto  2  do  Capítulo  II).  Por  outro  lado,  os  anos  que  apresentam  menos  amortizações  de  passes  de   jogadores,  os  de  2007  e  2008   (7   ),   foram  respectivamente,  o  único  ano  com  lucro  e  o  2º  com  menor  prejuízo  do  período.      Sendo   um   facto   que   as   amortizações   de   passes   de   jogadores   influenciam   de   forma  considerável  os  resultados  dos  exercícios,  em  termos  financeiros,  porém,  estes  factos  isolados  não  nos  informam  muito  acerca  da  sua  consequência  em  termos  de  fluxos  de  tesouraria  que  criaram  ou  da  sua  contribuição  final  para  os  resultados  do  Grupo  Sporting.    Na   análise   do   quadro,   deve-­‐se   ter   em   conta   que   as   saídas   dos   passes   de   jogadores   e  treinadores  estão  neste  quadro  valorizadas  ao  preço   líquido  da  compra,  ou  seja,  ao  valor  de  aquisição   menos   as   amortizações   acumuladas   efectuadas   até   à   altura   da   venda.   Para   os  jogadores  que  tenham  estado  há  mais  tempo  no  clube,  o  valor  líquido  do  passe  poderá  já  estar  registado   na   contabilidade   por   zero   euros,   em   consequência   das   amortizações   acumuladas.  Esta   informação  relativa  às  alienações  dos  passes  dos   jogadores,  embora  útil  para  calcular  o  saldo   final   do   valor   líquido   dos   passes   em   poder   do   Sporting,   não   elucida   acerca   dos  movimentos  de  tesouraria  e  das  mais  ou  menos  valias  provenientes  dessas  vendas.      Por  estas  razões,  elaborámos  o  gráfico  que  se  segue,  que  nos  permite  comparar  as  aquisições  e  vendas  dos  passes  época  a  época.  Neste  gráfico,  as  vendas  dos  passes  estão  valorizadas  ao  preço   de   venda,   incluindo   todas   as   diversas   facetas  de   negociação  do   contrato   que   tenham  originado   proveitos   para   o   Clube.   Note-­‐se   que   alguns   desses   proveitos   podem   não   estar  contabilizados  no  ano  da  venda  do  passe  de  um  determinado  jogador,  pois  os  direitos  da  SAD  na  transferência  do  jogador  podem  estender-­‐se  para  além  da  época  da  transferência,  como  é  o  caso  dos  direitos  sobre  transferências  futuras  para  terceiros  clubes.    Este  gráfico,  comparando  valores  reais  das  aquisições  e  das  vendas  dos  passes  de   jogadores,  permite-­‐nos   ter   a   percepção  da   consequência,   época   a   época,   em   termos   de   tesouraria,   da  política  de  aquisições  e  vendas  dos  passes  dos  jogadores  e  treinadores.  

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GRÁFICO  13    Evolução  das  aquisições  e  vendas  de  passes  de  jogadores    Imobilizado  Bruto  

   Na  análise  do  gráfico,  destacam-­‐se  3  épocas   relativamente  às   vendas:  2007,   com  vendas  no  valor   de   mais   de   30   milhões   de   euros,   a   primeira   época   da   série,   1999,   com   cerca   de   25  milhões   de   euros   e   2011   com   22   milhões   de   euros.   Nenhum   outro   ano   apresenta   vendas  superiores   a   20   milhões   de   euros.   Note-­‐se   que,   certamente   por   influência   das   vendas   de  passes  verificadas  nesse  ano,  2007  foi  o  único  ano  da  série  que  analisámos  em  que  o  Grupo  Sporting  teve  resultados  positivos.        Em  contrapartida,   a  época  de  2009   registou   vendas  praticamente  nulas.  As  outras  3  épocas  menos  expressivas  em  vendas  de  passes  de  jogadores,  foram  2005,  2008  e  2010,  inferiores  a  2  M   cada.   2009   e   2010   foram   dois   dos   anos   com   resultados  mais   negativos   no   período   em  análise.   Sem  vendas,   não   se   produziram  mais-­‐valias,   essenciais   para   o   equilíbrio   das   contas,  face  à  actual  estrutura  de  custos  do  Grupo  Sporting.    No  mesmo  gráfico,  as  partes  amarela  e  laranja  das  colunas  destaca  as  aquisições  e  vendas  que  pertencem,  em  cada  ano,  ao  First  Portuguese  Football  Players  Fund,   Ltd.   Esta  entidade,  que  não  tem  qualquer  relação  financeira  com  o  Grupo  Sporting,  é  um  fundo  de  investimento  que  adquiriu  em  3  épocas  diferentes  parte  do  passe  de  vários  jogadores,  entre  os  quais  estão  Hugo  Viana,   Ricardo   Quaresma,   Cristiano   Ronaldo,   Marius   Niculae,   Danny,   Beto,   Liedson,   João  Moutinho,  Paulo  Sérgio,  Carlos  Saleiro  e  Yannick  Djaló.      Estas  operações  consistiram  na  aquisição,  por  parte  do  Fundo,  duma  percentagem  dos  passes  de   determinados   jogadores,   que   o   Fundo   entendeu   terem   maior   potencial   de   valorização  futura.  Pela  aquisição  dessa  parte  do  passe,  a  SAD  do  Sporting  valorizou  os  jogadores  na  parte  correspondente  ao  que  recebeu  do  Fundo,  deduzido  o  valor  líquido  pelo  qual  esses  jogadores  estavam   registados   em   Imobilizado.   Obteve   assim   uma   mais-­‐valia,   por   contrapartida   dum  aumento  do  Activo.    

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Com  a  venda  dos  passes  em  épocas  futuras,  o  Sporting  apenas  recebeu  a  parte  do  passe  que  ainda  detinha,  recebendo  o  Fundo  a  respectiva  percentagem  da  venda,  de  acordo  com  a  parte  do  passe  que  anteriormente  tinha  adquirido.  As  referidas  partes  amarela  e  laranja  das  colunas  do  gráfico  indicam  qual  o  montante  dessa  aquisição/revalorização  dos  jogadores  pelo  Fundo,  e  da  respectiva  parte  da  venda  desses  jogadores  que  reverteu  a  favor  do  Fundo.        O  quadro  abaixo  mostra  quais  foram  as  épocas  em  que  essas  operações  se  efectuaram,  e  quais  os   montantes   envolvidos,   com   consequências   tanto   nos   recebimentos   obtidos   (Cash   Flow)  como  nas  mais-­‐valias  alcançadas.  A  última  transacção  que  envolveu  este  Fundo  foi  a  venda,  na  época  de  2010-­‐11,  do  passe  do  jogador  João  Moutinho,  do  qual  o  Fundo  tinha  adquirido  10%  em  2004-­‐05.  No  cômputo  geral,  o  Fundo  entregou  tendo  em  contrapartida   realizado     com  a   venda  dos  passes  dos   jogadores  cuja  parte  tinha  adquirido.        

QUADRO      6    Contribuição  do  Fundo  de  jogadores  

ÉpocaTesouraria Proveitos/RevalorizaçõesRecebido   Mais-­‐Valias

2001/2002 6.135 4.544 2.645

2002/2003 2.152 2.084 2.450

2003/2004 5.252

2004/2005 700 664 170

2005/2006 165

2006/2007 350

2010/2011 1.130

TOTAL 8.987 7.292 12.162

Valores  recebidos  pelo  Fundo  na  venda  posterior  dos  passes  

dos  Jogadores

Aquisição  pelo  Fundo  de  parte  dos  passes  de  alguns  JogadoresContas  da  SAD

   Tal   como   fizemos   relativamente   ao   Imobilizado   Corpóreo,   e   visto   que   o   valor   acumulado  negativo   de   tesouraria   relativo   ao   imobilizado   Incorpóreo   (-­‐59     até   2010)   se   reparte   ao  longo  dos  anos,  elaborámos  o  gráfico  abaixo  que  nos   informa  acerca  das  consequências,  em  termos  de  tesouraria,  das  aquisições  e  vendas  dos  passes  dos  jogadores  e  treinadores  ao  longo  dos  anos.  O  gráfico  não  tem  em  conta  diferenças  temporais  no  pagamento  e  recebimento  dos  passes,  que  podem  ser  analisadas  no  Gráfico  5  (ponto  3  do  Capítulo  II).    Neste  gráfico,  os  valores  apresentados  não  incluem  os  montantes  relativos  às  partes  amarela  e  laranja  do  gráfico  anterior,  pois  não  correspondem  a  reais  saídas  ou  entradas  monetárias  na  SAD  do  Sporting.  No  entanto,  acrescentámos  ao  valor  das  vendas  as  importâncias  recebidas  do  Fundo  relativas  à  compra  por  esta  entidade  de  parte  dos  passes  de  alguns  jogadores,  conforme  expresso  na  1ª  coluna  d De  facto,  trata-­‐se  de  vendas  antecipadas  de  parte  dos  passes,  que  a  SAD  recebeu  em  tesouraria.    

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GRÁFICO  14    Aquisições  e  vendas  de  jogadores  e  treinadores  

     Como   resultado   da   análise   deste   gráfico,   concluímos   que   as   épocas   que  mais   contribuíram  para  o  deficit  de  tesouraria  provocado  pelas  aquisições  de  passes  de  jogadores  e  treinadores  foram   2000/2001   e   2009/2010,   com   valores   na   ordem   dos   -­‐ exactamente   os  períodos   que   coincidem   com   as   épocas   de   maiores   compras,   visto   que   estas   não   foram  compensadas   por   vendas   correspondentes.   Só   esses   2   anos   em   conjunto   apresentaram   um  deficit   superior   ao   apurado   no   total   do   período   (13   épocas).   Outras   épocas   críticas   foram  2007/2008  e  2008/2009,  com  -­‐ -­‐ ,  respectivamente.      Em   sentido   contrário,   destacam-­‐se   duas   épocas   francamente   positivas   em   termos   de  tesouraria  nas  transacções  de  passes  de  jogadores  e  treinadores:  2006/2007  (+21    a  época  única  em  que  o  Grupo  apura  um  Resultado  Líquido  positivo,  e  2010/2011  que  foi,  até  Março,  positiva  (+18  M    Por   outro   lado,   a   linha   do   gráfico   informa-­‐nos   acerca   do   deficit   acumulado   de   tesouraria  proveniente   da   aquisição  e   venda  de   passes   de   jogadores.   Este   deficit   crónico,   com  o   valor  

  gerou   uma   parte   considerável   dos   empréstimos   contraídos,   chegando   a  atingir   em   2010   a   percentagem   de   23%   do   endividamento   bancário.   Os   juros   imputáveis   à  quota-­‐parte  dos  empréstimos  gerados  pelo  Cash  flow  negativo  dos  passes  dos  jogadores  foram  de  22      

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   Este  gráfico,  no  quadro  que  tem  inserido,  dá-­‐nos  ainda  outra  informação  relevante:  o  saldo  de  tesouraria   resultante   de   todas   as   operações   de   investimento   em   imobilizado   incorpóreo,  relacionadas   com   aquisições   e   vendas   dos   passes   de   jogadores.   Este   saldo   foi   negativo   em  cerca    5  vezes  mais  do  que  o  saldo   negativo   proveniente   das   operações   de   investimento   em   imobilizado   corpóreo   desde  1998  (terrenos  e  edifícios).    A   informação  acima,  embora  muito  útil  em  termos  de  evolução  da   tesouraria,  não  nos  dá  a  percepção  da  influência  das  operações  de  vendas  dos  passes  dos  jogadores  e  treinadores  nos  Resultados  Líquidos  do  grupo,  pois  a  mais  ou  menos  valia  que  daí  advém  depende,  além  do  preço   de   venda,   do   custo   de   aquisição   desse   passe,   que   normalmente   foi   adquirido   noutra  época  anterior,  e  da  amortização  acumulada  já  efectuada  do  passe  anteriormente  adquirido,  que   depende   do   número  de   anos   de   contrato   que   já   tenham   sido   cumpridos   pelo   jogador,  desde  a  sua  aquisição  e  até  à  venda  do  passe.    Essa  informação  está  sintetizada  no  quadro  abaixo,  que  nos  dá,  época  a  época,  esclarecimento  acerca  dos  valores  individuais  das  principais   compras  e  vendas  de  passes  de  jogadores  e   treinadores,  ocorridas   no   período   em  análise   (épocas   1998/1999   a  2010/Março   de  2011),  informando  simultaneamente  acerca  das  mais  ou  menos  valias  daí  resultantes.      Nos   valores   de   compra   foram   incluídas   todas   as   verbas   capitalizadas   em   imobilizado  incorpóreo,  designadamente  passes  dos  jogadores,  prémios,  formação  e  outros  valores  pagos  relacionados  com  a  aquisição  do  passe  ou  o  alargamento  do  prazo  do  contrato  do  jogador  para  uma  data  posterior  à   inicialmente  contratada.  Os  valores  capitalizados  nos  vários  anos  estão  todos   incluídos   na   primeira   época   de   cada   jogador,   mesmo   que   tenham   sido   negociados  posteriormente.        

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QUADRO      7    Resumo  do  movimento  dos  jogadores  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  

Época JogadorTipo  deOperação

Valor  Compra

AmortizaçõesAcumuladas

Valor  Venda

Outros  Gastos/  

Rendimentos+/-­‐  Valias

1997/1998 Abdelilah  Saber Compras 980,1                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Abdelilah  Saber Vendas -­‐                                                 780,0                               1.941,7               -­‐                                                   1.741,6                  1997/1998 Aldo  Duscher Compras 4.743,4                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1999/2000 Aldo  Duscher Vendas -­‐                                                 1.904,9                       13.847,5           -­‐                                                   11.009,0            1997/1998 Manuel  Maçães  (Bino) Compras 1.249,5                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Manuel  Maçães  (Bino) Abates -­‐                                                 1.249,5                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1997/1998 Bruno  Gimenez Compras 5.323,6                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Bruno  Gimenez Vendas -­‐                                                 2.513,6                       2.898,9               764,4                               853,2                          1997/1998 Carlos  Miguel Compras 4.846,9                     908,8                               4.099,1               -­‐                                                   160,9                          1997/1998 Delfim  Teixeira Compras 1.987,7                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Delfim  Teixeira Vendas -­‐                                                 835,9                               3.621,5               -­‐                                                   2.469,7                  1997/1998 Edmilson  Pimenta Compras 4.551,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Edmilson  Pimenta Vendas -­‐                                                 4.324,8                       200,3                       -­‐                                                   (26,0)                            1997/1998 Fábio  de  Brito  (Nenê) Compras 2.507,6                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Fábio  de  Brito  (Nenê) Vendas -­‐                                                 1.201,5                       1.463,1               -­‐                                                   157,0                          1997/1998 Joaquim  Alberto  (Quim  Berto) Compras 1.805,6                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Joaquim  Alberto  (Quim  Berto) Abates -­‐                                                 1.805,6                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1997/1998 Julián  Kmet Compras 4.872,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2001/2002 Julián  Kmet Abates -­‐                                                 3.654,0                       -­‐                                           63,9                                     (1.154,1)              1997/1998 Leandro  Machado Compras 4.803,4                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Leandro  Machado Vendas -­‐                                                 2.301,6                       5.348,5               -­‐                                                   2.846,7                  1997/1998 Mustapha  Hadjy Compras 1.247,0                     381,0                               4.533,7               -­‐                                                   3.667,8                  1997/1998 Pedro  Barbosa Compras 3.017,2                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Pedro  Barbosa Abates -­‐                                                 3.017,2                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1997/1998 Renato  +  Leão Compras 1.906,3                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Renato  +  Leão Vendas -­‐                                                 743,9                               1.172,2               -­‐                                                   9,8                                    1997/1998 Roberto  Severo  (Beto)  (1)(5) Compras 2.800,3                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Roberto  Severo  (Beto)  (1)(5) Vendas -­‐                                                 1.174,7                       1.300,0               (637,0)                             (962,6)                      1997/1998 Rui  Jorge   Compras 2.463,6                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Rui  Jorge   Abates -­‐                                                 2.463,6                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1997/1998 José  Vidigal Compras 271,6                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1999/2000 José  Vidigal Vendas -­‐                                                 175,2                               5.271,4               -­‐                                                   5.175,0                  1997/1998 Simão  Sabrosa  (5) COMPRAS 995,9                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Simão  Sabrosa  (5) Vendas -­‐                                                 185,7                               14.010,3           719,7                               13.919,9            1998/1999 Alberto  Acosta  (Beto  Acosta) Compras 1.961,8                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Alberto  Acosta  (Beto  Acosta) Abates -­‐                                                 1.961,8                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Francisco  Delgado  (Chiquinho) Compras 1.296,9                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Francisco  Delgado  (Chiquinho) Abates -­‐                                                 1.296,9                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Mauricio  Hanuch  (2) Compras 4.076,6                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2002/2003 Mauricio  Hanuch  (2) Abates -­‐                                                 2.661,1                       -­‐                                           -­‐                                                   (1.415,5)              1998/1999 Peter  Krpan Compras 2.617,7                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Peter  Krpan Abates -­‐                                                 2.617,7                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Peter  Schmeichel Compras 2.281,7                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Peter  Schmeichel Abates -­‐                                                 2.331,6                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            1998/1999 Antonio  Gonzalez  (Toñito) Compras 3.525,6                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 Antonio  Gonzalez  (Toñito) Abates -­‐                                                 2.888,8                       -­‐                                           -­‐                                                   (636,8)                      1998/1999 Facundo  Quiroga Compras 6.113,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 Facundo  Quiroga Abates -­‐                                                 5.008,9                       -­‐                                           -­‐                                                   (1.104,1)              1999/2000 Ayew  Kwame  (2) Compras 3.958,5                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            

Ayew  Kwame  (2) -­‐                                                 3.381,2                       -­‐                                           (112,2)                             (689,5)                      1999/2000 César  Prates Compras 1.924,7                     1.403,4                       1.111,8               253,0                               337,6                          1999/2000 Dimas  Teixeira Compras 1.712,5                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2001/2002 Dimas  Teixeira Abates -­‐                                                 1.185,1                       -­‐                                           -­‐                                                   (527,4)                      1999/2000 Mbo  Mpenza Compras 2.804,1                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2001/2002 Mbo  Mpenza Abates -­‐                                                 968,7                               -­‐                                           1.835,4                         -­‐                                            1999/2000 Pavel  Horvath Compras 1.805,3                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2001/2002 Pavel  Horvath Abates -­‐                                                 381,6                               -­‐                                           1.421,5                         (2,3)                                      

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Page 42: Auditoria ao-grupo-sporting-clube-de-portugal

PATRÍCIO, MOREIRA, VALENTE & ASSOCIADOS member of

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 

QUADRO      7    Resumo  do  movimento  dos  jogadores  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  (Continuação)  

Época JogadorTipo  deOperação

Valor  Compra

AmortizaçõesAcumuladas

Valor  Venda

Outros  Gastos/  

Rendimentos+/-­‐  Valias

1999/2000 Ricardo  Quaresma  (1)(5) Compras -­‐                                                 -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2002/2003 Ricardo  Quaresma  (1)(5) Abates  Vendas -­‐                                                 -­‐                                                   6.000,0               (1.797,0)                     4.203,0                  1999/2000 Paulo  Bento Compras 2.149,5                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 Paulo  Bento Abates -­‐                                                 1.968,0                       -­‐                                           -­‐                                                   (181,0)                      1999/2000 Alan    Mahon Compras 305,7                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Alan    Mahon Vendas -­‐                                                 165,6                               1.427,8               -­‐                                                   1.287,6                  1999/2000 Ricardo  Fernandes COMPRAS 124,7                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2002/2003 Ricardo  Fernandes Vendas -­‐                                                 68,3                                     2.000,0               -­‐                                                   1.943,6                  2000/2001 Sá  Pinto Compras 3.346,3                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Sá  Pinto Abates -­‐                                                 3.346,3                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Rodrigo  Tello Compras 7.337,2                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Rodrigo  Tello Abates -­‐                                                 7.337,2                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 Hugo  Vieira Compras 1.334,7                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Hugo  Vieira Abates -­‐                                                 1.334,7                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2000/2001 João  Vieira  Pinto Compras 4.189,9                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 João  Vieira  Pinto Abates -­‐                                                 4.102,6                       -­‐                                           -­‐                                                   (87,3)                            2000/2001 Luís  Filipe  (1) Compras 3.687,4                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Luís  Filipe  (1) Abates -­‐                                                 2.316,4                       -­‐                                           -­‐                                                   (1.371,1)              2000/2001 Marius  Niculae  (1) Compras 8.489,5                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Marius  Niculae  (1) Abates -­‐                                                 5.385,4                       -­‐                                           -­‐                                                   (3.104,1)              2000/2001 Custódio  Castro  (1) Compras 735,4                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Custódio  Castro  (1) Abates -­‐                                                 179,5                               1.000,0               (505,0)                             (60,9)                            2000/2001 Hugo  Viana  (1)(5) Compras 31,3                                 -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2001/2002 Hugo  Viana  (1)(5) Vendas -­‐                                                 16,3                                     12.513,0           (3.641,3)                     8.856,6                  2001/2002 Daniel  Gomes  (Danny) Compras 840,0                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Daniel  Gomes  (Danny) Vendas -­‐                                                 -­‐                                                   1.700,0               (1.050,0)                     (190,0)                      2001/2002 Mário  Jardel Compras 9.167,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 Mário  Jardel Vendas -­‐                                                 8.567,0                       600,0                       -­‐                                                   -­‐                                            2001/2002 Cristiano  Ronaldo  (1)(5) Compras -­‐                                                 -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 Cristiano  Ronaldo  (1)(5) Vendas -­‐                                                 -­‐                                                   15.000,0           (3.831,8)                     11.1682002/2003 Clayton  Cruz Compras 1.950,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Clayton  Cruz Abates -­‐                                                 1.950,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2002/2003 Paulo  Sérgio Compras 1.069,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Paulo  Sérgio Abates -­‐                                                 653,0                               -­‐                                           -­‐                                                   (416,0)                      2002/2003 Ricardo  Pereira Compras 2.472,3                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Ricardo  Pereira Vendas -­‐                                                 1.970,2                       2.000,0               (400,0)                             1.097,9                  2002/2003 Anderson  Polga Compras 2.250,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Anderson  Polga Abates -­‐                                                 2.250,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Anderson  Polga Compras 3.800,0                     2.897,2                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2003/2004 Liedson  Muniz Compras 3.350,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Liedson  Muniz Abates -­‐                                                 3.176,9                       -­‐                                           -­‐                                                   (173,1)                      2005/2006 Liedson  Muniz  (1) Compras 5.723,1                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Liedson  Muniz  (1) Vendas -­‐                                                 4.049,7                       1.500,0               650,0                               476,6                          2004/2005 Joseph  Enakarhire Compras 1.250,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Joseph  Enakarhire Vendas -­‐                                                 34,8                                     6.000,0               (1.650,0)                     3.134,8                  2004/2005 Mauricio  Pinilla Compras 1.200,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Mauricio  Pinilla Abates -­‐                                                 1.200,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2004/2005 Rogério  Régis Compras 1.020,2                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Rogério  Régis Vendas -­‐                                                 481,7                               7,9                                 192,3                               (338,3)                      2004/2005 Roudolphe  Douala Compras 1.051,3                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Roudolphe  Douala Abates -­‐                                                 1.051,3                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Abel  Ferreira Compras 1.260,0                     1.196,5                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Deivid  de  Souza Compras 4.050,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Deivid  de  Souza Vendas -­‐                                                 1.012,5                       5.000,0               (1.000,0)                     962,5                          2005/2006 João  Alves Compras 2.925,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 João  Alves Abates -­‐                                                 2.925,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                              

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Page 43: Auditoria ao-grupo-sporting-clube-de-portugal

PATRÍCIO, MOREIRA, VALENTE & ASSOCIADOS member of

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 QUADRO  7    Resumo  do  movimento  dos  jogadores  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  

(Continuação)  

Época JogadorTipo  deOperação

Valor  Compra

AmortizaçõesAcumuladas

Valor  Venda

Outros  Gastos/  

Rendimentos+/-­‐  Valias

2005/2006 Morgan  Romagnoli Compras 2.010,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Morgan  Romagnoli Abates -­‐                                                 2.010,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Fábio  Rochemback    (3) Compras 1.500,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Fábio  Rochemback    (3) Vendas -­‐                                                 906,1                               3.220,0               -­‐                                                   2.626,1                  2005/2006 Wenderson  Said  (Wender) Compras 1.172,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Wenderson  Said  (Wender) Abates -­‐                                                 922,0                               -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2005/2006 Luís  da  Cunha  (Nani) Compras 62,5                                 -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2006/2007 Luís  da  Cunha  (Nani) Vendas -­‐                                                 62,5                                     25.500,0           (1.340,0)                     24.160,0            2006/2007 João  Moutinho  (1) Compras 3.325,2                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 João  Moutinho  (1) Vendas -­‐                                                 1.465,4                       11.000,0           1.300,0                         10.440,2            2006/2007 Carlos  Paredes Compras 1.400,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Carlos  Paredes Abates -­‐                                                 799,9                               -­‐                                           -­‐                                                   (600,1)                      2006/2007 Miguel  Veloso Compras 480,0                             -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Miguel  Veloso Vendas -­‐                                                 258,4                               9.000,0               (451,8)                             8.326,5                  2007/2008 Helder  Postiga Compras 3.950,0                     3.620,5                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Izmailov  Lokomotiv Compras 5.000,0                     2.750,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Marco  Caneira  (4) Compras 2.450,0                     -­‐                                                   -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Marco  Caneira  (4) Imparidade -­‐                                                 1.250,0                       -­‐                                           -­‐                                                   (1.250,0)              2007/2008 Milan  Purovic Compras 2.246,0                     1.684,5                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Simon  Vukcevic Compras 3.502,5                     2.587,5                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Simon  Vukcevic Compras 2.000,0                     1.166,6                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2007/2008 Vladimir  Stojkovic Compras 1.739,8                     1.248,6                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2008/2009 Leandro  Grimi Compras 3.950,0                     2.172,5                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Evaldo  Fabiano Compras 3.000,0                     562,5                               -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 João  Pereira Compras 3.131,8                     860,2                               -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Matías  Fernández   Compras 5.285,0                     2.609,6                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Pedro  Mendes Compras 2.231,6                     1.115,8                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Florent  Pongolle Compras 6.762,5                     2.415,1                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Nuno  Coelho Compras 1.000,0                     187,5                               -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Marco  Natanel  Torsiglieri   Compras 3.400,0                     425,0                               -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2009/2010 Marco  Natanel  Torsiglieri   Vendas  50% -­‐                                                 1.700,0                       -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            2010/2011 Jaime  Valdés Compras 3.300,0                     824,9                               -­‐                                           -­‐                                                   -­‐                                            

Total 222.459,6           148.949,5             164.288,6     (9.216,1)                     106.741,7        NOTAS:

(1)    -­‐  O  valor  de  compra  está  deduzido  do  valor  pertencente  ao  First  Portuguese  Football  Players  Fund,  Ltd.(2)    -­‐  Contabilisticamente  o  valor  da  menos  valia  foi  registado  como  amortização  extraordinária  (conta  #66)  e  não  como  custo  estraordinário  (conta  #69).

(5)  -­‐  Na  coluna  "Outros  gastos  e  rendimentos"  estão  incluidas  as  verbas  recebidas  em  épocas  posteriores,  referentes  aos  Direitos  de  Formação  ao  abrigo  do  Mecanismo  de  Soliedariedade  do  Regulamento  FIFA.

(3)    -­‐  Considerámos  em  amortizações  o  montante  de  571  milhares  de  euros  que  correspondem  a  amortização  e  imparidade  posterior  à  venda,  já  que  permanece  no  activo  bruto  esse  mesmo  montante  relativo  a  40%  dos  direitos  económicos  sobre  o  passe  do  jogador.  (4)  -­‐  Contabilisticamente  o  montante  de  menos  valia  corresponde  a  uma  imparidade  dado  que  não  ocorreu  a  venda  ou  abate  do  passe  até  27  de  Março.  

   Analisando   o   quadro   acima,   este   dá-­‐nos   informação   exaustiva   de   todos   os   principais  movimentos  de  passes  de   jogadores  durante  as  últimas  13  épocas.  A  nossa  análise   incluiu  a  consulta  dos  contratos  mais  significativos  dos  jogadores  de  futebol  profissional.  Seleccionámos  os  12  contratos  com  maior  valor  de  venda,  representando  74%  do  total  de  vendas  de  passes  do  período,  e  82%  do  total  de  mais-­‐valias  obtidas  no  mesmo  período.  Não  foram  detectadas  anomalias  nos  montantes  contabilizados.    Os  dois  quadros  seguintes,  ordenam   a  informação  relativa  aos  resultados  obtidos  com  as  vendas  e  abates  dos  passes  de  jogadores  e  treinadores,  de  acordo  

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

com   o   facto   de   daí   terem   resultado  mais   ou  menos   valias   nas   vendas   durante   todas   as   13  épocas  consideradas.  A  grande  maioria  das  vendas  foram  negócios  com  resultado  positivo,  daí  resultando  cerca  de  126  milhões  de  euros  de  mais-­‐valias  em  vendas  de  passes,  o  que  dá  uma  média  de  3,9  milhões  de  euros  por  jogador.    

QUADRO      8    Vendas  de  jogadores  com  mais  valias  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  

Época Nome/N.ºValor  Venda

ValorBruto

Amort.  Acum.

Out.  Cust./Prov.

+  Valia

2006/2007 Luís  da  Cunha  (Nani) 25.500,0                   62,5                         62,5                           (1.340,0)           24.160,0          1998/1999 Simão  Sabrosa  (3) 14.010,3                   995,8                     185,7                       719,7                       13.920,0          2003/2004 Cristiano  Ronaldo  (3) 15.000,0                   -­‐                                       -­‐                                         (3.831,8)           11.168,2          1999/2000 Aldo  Duscher 13.847,5                   4.743,4             1.904,9               -­‐                                         11.009,0          2010/2011 João  Moutinho  (1) 11.000,0                   3.325,2             1.465,4               1.300,0               10.440,2          2001/2002 Hugo  Viana  (1)(3) 12.513,0                   31,3                         16,2                           (3.641,3)           8.856,6              2010/2011 Miguel  Veloso 9.000,0                         480,0                     258,4                       (451,8)                   8.326,5              1999/2000 José  Vidigal 5.271,4                         271,6                     175,2                       -­‐                                         5.175,0              2002/2003 Ricardo  Quaresma  (1)(3) 6.000,0                         -­‐                                       -­‐                                         (1.797,0)           4.203,0              1997/1998 Mustapha  Hadjy 4.533,7                         1.247,0             381,0                       -­‐                                         3.667,8              2005/2006 Joseph  Enakarhire 6.000,0                         1.250,0             34,8                           (1.650,0)           3.134,8              1998/1999 Leandro  Machado 5.348,5                         4.803,4             2.301,6               -­‐                                         2.846,7              2005/2006 Fábio  Rochemback    (2) 3.220,0                         1.500,0             906,1                       -­‐                                         2.626,1              2000/2001 Delfim  Teixeira 3.621,5                         1.987,7             835,9                       -­‐                                         2.469,7              

18 35.341,0                   38.359,0         19.150,0           (1.930,0)           13.824,0          Total  Geral 32 170.206,9               59.056,9         27.677,8           (12.622,3)       125.827,5      

Média  /  Jogador 5.319,0                         1.845,5             864,9                       (394,4)                   3.932,1              

NOTAS:

(1)    -­‐  O  valor  de  compra  está  deduzido  do  valor  pertencente  ao  First  Portuguese  Football  Players  Fund,  Ltd.(2) -­‐ Considerámos em amortizações o montante de 571 milhares de euros que correspondem a amortização e imparidade posterior à venda,já  que  permanece  no  activo  bruto  esse  mesmo  montante  relativo  a  40%  dos  direitos  económicos  sobre  o  passe  do  jogador.  

(3) -­‐ Na coluna "Outros gastos e rendimentos" estão incluidas as verbas recebidas em épocas posteriores, referentes aos Direitos deFormação  ao  abrigo  do  Mecanismo  de  Soliedariedade  do  Regulamento  FIFA.

As   menos-­‐valias   obtidas   durante   o   período   são   bastante   menores   em   valor:   19  prejuízos.   As   principais   foram   obtidas   pelo   abate   dos   passes   dos   jogadores   que   foram  dispensados  do  Clube  sem  qualquer  contrapartida  financeira  na  venda  do  respectivo  passe.  O  quadro  abaixo  dá-­‐como   se   vê,   foram  em  número   significativo.  Na  maioria   das   situações,   a  menos-­‐valia  obtida  não   é  muito   elevada,   pois   nos   casos   dos   passes   com   valores   de   aquisição  mais   elevados,   a  decisão   de   dispensar   o   jogador   só   se   verifica   após   algumas   épocas,   o   que   tem   como  consequência  que,  à  data  da  rescisão  do  contrato,  já  tenha  sido  normalmente  contabilizada  a  maior  parte  da  amortização  do  montante  de  aquisição  do  passe.      

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

QUADRO      9    Vendas/Abates  de  jogadores  com  menos  valias  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  

Época Nome/N.ºValorVenda

ValorBruto

Amort.  Acum.

Out.  Cust./Prov.

-­‐  Valia

2004/2005 Marius  Niculae  (1) 8.489,5                         5.385,4           -­‐                                       (3.104,1)          2002/2003 Mauricio  Hanuch  (2) 4.076,6                         2.661,1           -­‐                                       (1.415,5)          2004/2005 Luís  Filipe  (1) 3.687,4                         2.316,4           -­‐                                       (1.371,1)          2010/2011 Marco  Caneira  (4) 2.450,0                         1.250,0           (1.250,0)          2001/2002 Julian  Kmet 4.872,0                         3.654,0           63,9                         (1.154,1)          2003/2004 Facundo  Quiroga 6.113,0                         5.008,9           -­‐                                       (1.104,1)          2005/2006 Roberto  Severo  (Beto)  (1)(5) 1.300,0                   2.800,3                         1.174,7           (637,0)                 (962,6)                  2002/2003 Ayew  Kwame  (2) 3.958,5                         3.381,2           (112,2)                 (689,5)                  2003/2004 Antonio  Gonzalez  (Toñito) 3.525,6                         2.888,8           -­‐                                       (636,8)                  2007/2008 Carlos  Paredes 1.400,0                         799,9                   -­‐                                       (600,1)                  2001/2002 Dimas  Teixeira 1.712,5                         1.185,1           -­‐                                       (527,4)                  2005/2006 Hugo  Valdir 509,7                                 9,5                           -­‐                                       (500,2)                  

53 3.853,0                   34.384,4                     20.223,0       453,0                     (5.653,0)          Total 65 5.153,0                   77.979,6                     49.938,0       (232,3)                 (18.968,5)      

Média  /  Jogador 79,3                               1.199,7                         768,3                   (3,6)                           (291,8)                  

NOTAS:(1)    -­‐  O  valor  de  compra  está  deduzido  do  valor  pertencente  ao  First  Portuguese  Football  Players  Fund,  Ltd.(2)    -­‐  Contabilisticamente  o  valor  da  menos  valia  foi  registado  como  amortização  extraordinária  (conta  #66)  e        não  como  custo  estraordinário  (conta  #69).(4) -­‐ Contabilisticamente o montante de menos valia corresponde a uma imparidade dado que não ocorreu a venda ou abate do passe até 27 deMarço  

(5) -­‐ Na coluna "Outros gastos e rendimentos" estão incluidas as verbas recebidas em épocas posteriores, referentes aos Direitos de Formaçãoao  abrigo  do  Mecanismo  de  Soliedariedade  do  Regulamento  FIFA

 Até   agora,   apenas   analisámos   a   influência   na   tesouraria   (Cash   Flows)   e   nos   Resultados,   por  meio  das  mais  ou  menos  valias  obtidas,  das  decisões  efectuadas  entre  Julho  de  2008  e  Março  de   2011   relativamente   às   aquisições   e   vendas   de   passes   de   jogadores   e   treinadores.   No  entanto,   a   influência   destas   aquisições   e   vendas   nos   resultados   do  Grupo   Sporting   vai  mais  além   das  mais   ou  menos   valias   obtidas   com   as   alienações   dos   passes.  Qualquer   decisão   de  compra  dum  passe  de  jogador  ou  treinador  tem  como  consequência  custos  com  amortizações,  salários  e  outros  encargos  com  o  pessoal  que  se  estendem  até  ao   fim  do  contrato,  ou  até  à  alienação  do  passe.    O   gráfico   abaixo   permite-­‐nos   fazer   a   apreciação,   época   a   época,   da   contribuição   da  rentabilidade   da   actividade   do   Futebol   Profissional   para   os   resultados   do   Grupo   Sporting.  Como   custos,   incluímos   as   amortizações   anuais   dos   passes   e   os   encargos   com   o   pessoal  (apenas   jogadores   e   treinadores),   tendo   também   em   conta   as  mais   e  menos   valias   líquidas  anuais   obtidas   na   alienação   dos   passes.   Como   os   proveitos   relacionados   com   a   actividade  desportiva   do  Clube,   elegemos   os   seguintes:   receitas   de   bilheteira,   patrocínios,   publicidade,  quotização,   televisão  e  prémios  de  participação  nas  competições  da  UEFA.  Estamos  a   incluir  neste  gráfico  todos  os  proveitos  acima  descritos,  quando  na  realidade  uma  parte  deles  poderá  não  estar   ligada  à  actividade  futebolística.  Desprezamos  propositadamente  esses  montantes,  no  pressuposto  que  não  serão  materialmente  relevantes  para  os  resultados  apurados.      

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

GRÁFICO  15    Evolução  da  margem  bruta  do  futebol  profissional  

(13) (15) (18) (18) (17) (12) (13) (8) (7) (7) (11) (14)

(7)(17)

(23)(15)

(23)(20)

(23)

(17) (18) (18)(21)

(22)

18   16  5   7  

(6)

9   5  

25  

16 2129 26

22

3440

40

48

49 5242

-­‐60

-­‐50

-­‐40

-­‐30

-­‐20

-­‐10

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Amort.  Ex.   Imob.  Incorpóreo Remunerações+Enc.  Seg.  Social +  ou  -­‐ Valias  e  AbatesProveitos Margem  Bruta Margem  Bruta  Sem  +/-­‐ ValiasCustos  com  +/-­‐ Valias

     O  gráfico  acima,  que  apura  o  que  chamamos,  em  termos  genéricos,  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional (Proveitos   da   actividade   desportiva   +/-­‐   valias   na   venda   de   passes   -­‐   custos   com  pessoal   (jogadores   e   treinadores)     amortizações   de   jogadores   e   treinadores),   permite-­‐nos  tirar  simultaneamente  várias  conclusões:     A  época  com  custos  mais  elevados  com  os  jogadores  e  treinadores  foi  2003,  com  mais  de  45  milhões  de  euros  de  encargos,   incluindo  uma  menos-­‐valia   líquida  de  5,7  seguida  estão  as  épocas  de  2001,  2005  e  2010,  com  custos  totais  na  ordem  dos  41   ,  36  

  e   36   ,   respectivamente.   Estes   valores   incluem   as   menos   valias   das   vendas   das  respectivas  épocas.  

Existe  uma  forte  correlação  entre  os  custos  com  os  jogadores  e  treinadores  e  os  resultados  líquidos   obtidos   no   Grupo.   As   3   épocas   indicadas   no   ponto   anterior   são   4   das   6   piores  épocas  em  resultados  líquidos  nas  contas  do  Grupo  Sporting.  

Seria   de   esperar   que   os   proveitos   obtidos   provenientes   das   actividades   desportivas  cobrissem  pelo  menos  os  custos  directos  com  a  equipa  de  futebol,  conforme  elencados  no  gráfico.   Caso   contrário,   isso   significaria   ter   uma   Margem   Bruta   de   exploração   negativa  (venda  por  preço  inferior  ao  do  custo).  Ora  foi  exactamente  o  que  aconteceu  nas  épocas  de  2001  e  2003,  que  apresentaram  margens  brutas  de  exploração  negativas  da  actividade  de  

,  respectivamente.      

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

Por   último,   apresentamos   um   quadro   que   resume,   para   os   anos   relativos   às   contas  consolidadas,  qual  a  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  apurada  durante  esse  período.    

QUADRO  10    Margem  bruta  do  futebol  profissional    

1999-­‐2010  

Descrição Valor

Proveitos  da  actividade  desportiva(1) 420                                          

Custos  e  +/-­‐  Valias:

Amort.  Ex.  Imob.  Incorpóreo (151)                                        

Remunerações+Enc.  Seg.  Social (224)                                        

+  ou  -­‐  Valias  e  Abates 79                                              

Total  de  custos  e  +/-­‐  valias   (297)                                        

Total  Margem  Bruta  do  Futebol 123                                          

Margem  bruta  média  anual 10                                              (1) Inclui as receitas de bilheteira, Patrocínios, publicidade, quotização,televisão  e  prémios  de  participação  da  UEFA.

 A   margem   bruta   média   do   futebol   do   profissional   por   época,   q ,   não   é  suficiente  para  compensar  os   juros  pagos  anualmente  pelos  empréstimos  contraídos.  E  para  além  destes,  nos  custos  normais  de  estrutura  encontram-­‐e  Serviços  Externos,   em  outros  custos  com  o  pessoal  administrativo  e  

em  amortizações  de   imobilizado   corpóreo  nos  últimos  anos.  De   facto,   o  ponto  crítico  da  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  situa-­‐se  entre  os      antes  de  encargos  financeiros.      Em  conclusão,  podemos  dizer  que  a  gestão  do  plantel,  que  contabilisticamente  se  denomina  como  Imobilizado  Incorpóreo,  foi  um  dos  factores  com  maior  influência  nas  contas  do  Grupo  Sporting,  pois:     Contribuiu  para  o  deficit  de  tesouraria,  em  termos  de  compras  menos  vendas,  em  -­‐59    nos  últimos  12  anos  (1999-­‐2010,  representando  cerca  de  23%  das  dívidas  de  financiamento  no  último  ano).  

Gerou   uma   Margem   Bruta   muito   baixa,   insuficiente   para   sustentar   os   custos   fixos   do  Grupo,  que   lhe   são   superiores,   em  média,  em  quase  25     (excluindo  encargos  financeiros).    

Existe   uma   elevada   correlação   entre   os   custos   com   a   equipa   de   futebol   e   os   resultados  líquidos  das  contas  do  Grupo  Sporting.  

Épocas  como  2001  e  2003,  foram  tão  negativas  na  exploração  do  plantel,  que  nesses  anos  as  receitas  desportivas  do  Grupo  Sporting  não  chegaram  a  cobrir  os  custos  directos  com  a  equipa  de  futebol,  com  margens  brutas  negativas  conjuntas,  nos  2  anos,  na  ordem  dos  30  

   

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1.3. Dívidas  de  financiamento    Após   termos   examinado   as   duas   principais   rubricas   do   Activo,   passamos   a   analisar   a  maior  conta  do  Passivo,  que  em  2010  atingiu  263  milhões  de  euros.    O  gráfico  abaixo  ajuda-­‐nos  a   identificar  a  evolução  das  dívidas  do  Grupo  ao   longo  dos  anos,  devendo-­‐se  realçar  a  sua  subida  em  flecha  a  partir  de  2001  inclusive,  tendo  em  apenas  3  anos  (até  2003)  atingido  cerca  de  230  milhões  de  euros,  à  razão  de  um  aumento  médio  de  mais  de  

 (em  2000,  as  dívidas  de  financiamento  situavam-­‐se  um  pouco  acima   .  As  necessidades  financeiras  que  se  fizeram  sentir  neste  período,  tiveram  três  razões  básicas:     O   início   das   obras   do   novo   Estádio   e   do   complexo   desportivo   Alvalade   XXI,   que   se  estenderam  de  2001  a  2003,  tendo  sido  contabilizadas  como  imobilizado  em  curso  até  2003  e  transferidas  em  2004  para  Imobilizado  Corpóreo.  O  total  da  obra  orçou  em  164  milhões  de  euros,  estando  já  contabilizado  em  2003  o  montante  de   .  

Os  investimentos  no  plantel  (imobilizado  incorpóreo),  que  nesses  3  anos  tiveram  um  saldo  global  negativo  (vendas    aquisições)  de  -­‐25   .  

Os  Resultados  líquidos  negativos  desse  triénio,  que  totalizaram  81  milhões  de  euros,  e  que  incluíram  um  Cash  Flow  operacional  negativo  total  de  cerca  de  51    (Gráfico  5,  ponto  2,  Capítulo  II).    

GRÁFICO  16    Evolução  do  financiamento  por  natureza  

4669

113139

211 227267

244211 218 213

239196

11

1011

1010

12

1212

18

18 18 1919

197

48

0

50

100

150

200

250

300

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 03/2011

Milhões  de  

Empréstimos  e  Descobertos  Bancários Leasings Obrigações VMOC VMOC  (CP)

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

   A  partir  de  2003  e  até  2011,  as  dívidas  de  financiamento  oscilaram  anualmente  entre  os  230  

 As  amortizações  de  financiamentos  que  se  fizeram  nos  períodos  compreendidos  entre  2007  e  2009  inclusive,  tiveram  como  origem  de  fundos   a   alienação   por   51  

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Alvalade  que  foram  vendidos  no  valor  total  de  51    (2009).  Neste  último  caso  o  encaixe  foi  Estes  valores  não  

tiveram  total  aplicação  na  amortização  de  empréstimos,  em  virtude  dos  gastos  efectuados  na  aquisição   de   jogadores   nas   épocas   de   2007/2008,   2008/2009   e   2009/2010,   que   nestas   3  épocas  totalizaram  mais  de  60  milhões  de  euros.  

 A  partir  da  época  de  2005/  2006,  a  SAD  emitiu  um  empréstimo  por  obrigações,  no  valor  de  19  milhões  de  euros,  que  foram  totalmente  subscritas.  Esse  empréstimo,  na  prática  renovado  em  2011,  mantém-­‐se  até  ao  presente.  Neste  último  ano,  além  da  emissão  das  novas  obrigações,  que  se  destinavam  a  pagar  as  anteriormente  emitidas  em  2006,  a  SAD  emitiu  55  milhões  de  euros   em   obrigações   a   5   anos,   convertíveis   em   acções,   denominadas   VMOCs   (Valores  Mobiliários   Obrigatoriamente   Convertíveis).   Dessas   obrigações,   constantes   no   gráfico   a   cor  rosa,  apenas  uma  pequena  parte  está  contabilizada  como  Passivo,  estando  a  maior  parte  deste  montante   registado   como   Capital   Próprio,   de   acordo   com   as   normas   do   SNC.   Ao   valor  contabilizado  em  Capital  Próprio,  é  descontado  o  valor  actual  dos  juros  a  pagar,  contabilizado  em   passivo.   Contando   com   o   valor   total   das   obrigações   convertíveis,   os   financiamentos  externos  atingiram  em  2011  um  dos  valores  mais  elevados  de  sempre:  276      Sendo   estas   obrigações   convertíveis   em   acções,   à   data   do   seu   vencimento   (2016)   os   55  milhões  de  euros  não  serão  pagos,  mas  serão  convertidos  em  acções  da  SAD.  Visto  que  a  SAD  tem   actualmente   um   capital   social   de   39   milhões   de   euros,   dos   quais   o   Sporting   detém  89,322%,  com  a  entrada  deste  reforço  de  capital,  o  Sporting  terá  que  equacionar  a  sua  posição  de  controlo  sobre  a  SAD,  assegurando,  até  essa  data,  a  pertença  directa  ou  indirecta  de,  pelo  menos  12.258.362   or  nominal  das  novas  acções  denominadas  VMOCS,  para  assegurar  a   maioria   simples,   ou   aso   pretenda   garantir   a   maioria   qualificada   de   2/3  (condições  constantes  do  CSC).      Observando   agora   o   próximo   gráfico,   decorre   que   os   empréstimos   bancários   (incluindo  leasings)  se  encontram  repartidos  entre  2  bancos  principais:  o  BCP  e  o  BES.  Desde  2009,  o  BCP  tem  perdido  a   sua  posição  dominante,   sendo  substituído  pelo  BES,  que  agora  é   responsável  por  70%  do  financiamento  bancário  de  todas  as  empresas  do  Grupo  Sporting.    

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GRÁFICO  17    Evolução  do  financiamento  por  entidade  

4670

109139

202217

254231

197 194

87 94

57

10

11

2021

24

23

23 31

133141

127

12

12

12

18

18 18 1919

197

48

815

0

50

100

150

200

250

300

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 03/2011

Milhões  de  

Outros

Pub.  PortugalTelevisão(PPTV)

VMOC  (CP)

VMOC

Obrigações

BES

BCP

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

   Além  dos   financiamentos  bancários  acima  e  dos  empréstimos  por  obrigações  existentes,  em  2010  regista-­‐se  no  Balanço  um  empréstimo  de   da  Olivedesportos,  liquidado  em  2011.  Neste   ano,   surge   novo   empréstimo   duma   entidade   não   financeira   do   mesmo   grupo  empresarial,  a  PPTV    Publicidade  Portugal  e  Televisão,  SA,      O   aumento   do   endividamento   externo,   especialmente   desde   2001,   provocou   um   acréscimo  substancial  dos  juros  e  outros  custos  de  financiamento,  cujo  valor  máximo  se  cifrou  em  17  no  ano  de  2007,  devido  à  alta  generalizada  das  taxas  de  juro  no  mercado.  Em  2010,  os  juros  

erso.   Analisaremos  mais   em   detalhe   esta   variável   da  conta  de  Resultados  no  ponto  2.6  deste  Capítulo.    Em  resumo:  o  endividamento  bancário  surge  com  valores  mais  expressivos  sobretudo  a  partir  de   2001,   ano   em   que   se   iniciaram   as   obras   de   construção   do   novo   Estádio   e   do   complexo  Alvalade  XXI.  Em  2005  o  endividamento  atingiu  o  valor  máximo,  com  cerca  de  277    Após  uma  descida  de  cerca  de  39   -­‐se  sensivelmente  o  valor  de  2006,  se   adicionarmos   a   emissão   de   55   milhões   de   euros   de   obrigações   convertíveis   em   acções  emitidas  na  época  2010/2011,  que  se  vencem  em  2016.  Nesta  data,  o  Grupo  Sporting  terá  que  equacionar   a   sua   posição   de   controlo   sobre   a   SAD.   Os   elevados   valores   de   endividamento  devem-­‐se,   não   só   ao   investimento   no   novo   Alvalade   XXI,   mas   sobretudo   às   aquisições,   ao  longo  dos  anos,  de  passes  de   jogadores  sem  a  devida  contrapartida  em  vendas,  e  também  a  sucessivos  Cash  Flows  correntes  negativos  de  exploração.      

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1.4. Diferimentos  e  provisões    O  montante  global  de  provisões,  que  em  2009  e  2010  apresentava  o  saldo  em  Balanço  de  5,2  

 de  7,3   ,  não  é  muito  relevante  relativamente  às  restantes  rubricas  do  Activo.  Nos  restantes  anos,  os  saldos  desta  rubrica  foram  sempre  inferiores  a  5  milhões  de  euros.      O  gráfico  abaixo  mostra  a  decomposição  das  provisões  registadas  no  passivo,  relativamente  ao  Balanço  de  2010.      

GRÁFICO  18    Provisões  2010  

Provisões  para  pensões4  M52%Provisões  para  

impostos1  M12%

Outras  provisões3  M36%

Milhões  de  

Provisões  para  pensões  (52%) Provisões  para  impostos  (12%) Outras  provisões  (36%)

 As   provisões   para   pensões   estão   constituídas   de   acordo   com  o   protocolo   estabelecido   para  benefício   dos   trabalhadores   do   SCP   e   da   SAD,   e   estão   devidamente   actualizadas.   A   rubrica  

 riscos  inerentes  a  licenciamentos  da  CML,  ainda  pendentes  relativamente  a  terrenos  já  alienados.    Relativamente  aos  acréscimos  e  diferimentos,  esta  rubrica  é  especialmente  importante  por  via  do  montante  registado  no  Passivo,  que  em  2010  apresenta  49,4  milhões  de  euros.  Este  valor  decompõe-­‐se  em      O   gráfico   abaixo   apresenta   a   decomposição   destas   duas   rubricas   do   passivo.   Apresentamos  apenas  a  decomposição  dos  valores   relativos  a  2010,  pois  para  este  tipo  de  contas  não   tem  grande  significado  a  análise  em  série  temporal,  uma  vez  que  normalmente  no  ano  seguinte  são  saldados  os  valores  lançados  como  diferimentos  ou  acréscimos  do  ano.      

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

GRÁFICO  19    Acréscimos  e  Diferimentos  

Seguros  a  Liquidar50%

Remunerações  a  Liquidar6239%

Juros  a  Liquidar2.64140%

Prémios  a  Pagar1.93429%

Outros1.32120%

Grupo  SCP1232%

Acréscimo  de  Custos  2010

Subsídio  p/  Invest.-­‐Novo  Estádio

15.40136%

Subsidios  p/  Invest.-­‐Outros210%

Petrogal-­‐SCP11.72328%

Bilhetes  de  Época6632%

Patrocínios  e  Publicidade

1.1723%

Lugares  Cativos12.94430%

Outros4601%

Proveios  Diferidos  2010

Milhares  de  

   Os   Acréscimos   de   custos   dizem   respeito   a   custos   contabilizados   no   ano,   por   se   referirem  à  actividade  da  época,  mas  que  não  foram  pagos  nesse  período.  Estiveram  neste  caso  os   juros  especializados   a   liquidar,   os   prémios   a   pagar   aos   jogadores,   férias   e   subsídios   de   férias   a  liquidar,  seguros  e  outros.    Por  outro  lado,  os  proveitos  diferidos  representam  adiantamentos  recebidos  de  clientes,  que  já  foram  facturados  em  2010,  mas  que  só  são  proveitos  de  2011.  Conforme  se  pode  apreciar  no  gráfico,  esta  rubrica  subdivide-­‐se  em  3  grandes  partes:       Subsídios  ao   investimento  no  Novo  Estádio,  no  valor  de  cerca  de  1provenientes  do  Instituto  de  Desporto  de  Portugal  e  do  Instituto  de  Estradas  de  Portugal,  

contabilísticas,   só   devem   ser   considerados   proveitos  na  mesma  proporção   dos   custos   de  amortização  do  Estádio.  Esta  transferência  para  proveitos  tem  sido  efectuada  anualmente  de  acordo  com  a  legislação  aplicável,  mantendo-­‐se  ainda  em  2010  o   para  transferir  nos  anos  futuros.  De  acordo  com  as  novas  regras  contabilísticas  (SNC),  este  saldo  será  todo  transferido  em  2011  para  Capital  Próprio,  sendo  daí  transferido  para  proveitos  do  exercício  anualmente,  de  acordo  com  os  mesmos  critérios  dos  anos  anteriores.  O  subsídio  

,   anteriormente   referido,   não   está   registado   em   Proveitos   Diferidos,  tendo  sido  contabilizado  como  Proveito  Extraordinário  do  ano,  de  acordo  com  as  normas  contabilísticas  aplicáveis.  

Lugares  cativos    épocas  seguintes.   Petrogal    trata-­‐se  do  montante  recebido  da  Petrogal  respeitante  à  concessão  dos  direitos  de   superfície   de   terrenos   a   essa   empresa,   que   se   estende   por   25   anos.   Cada   ano,   1/25  desse  valor  é  transferido  para  proveitos.    

 

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

Relativamente   ao   adiantamento   de   receitas   de   direitos   de   televisão,   que  muitas   vezes   são  contratados   para   vários   anos,   estes   seriam   normalmente   contabilizados   nesta   rubrica.   Em  2010,  porém,  não  estavam  registados  em  proveitos  diferidos  nenhuns  valores  respeitantes  a  este   tipo   de   adiantamentos.   No   entanto,   conforme   dissemos   no   ponto   anterior,   estava  registado  em  Empréstimos  de  terceiros  um  crédito  da  Olivedesportos  pelo  valor  de  7,8  milhões  de  euros,  que  ficou  saldado  em  2011.  Neste  último  ano,  regista-­‐se  um  empréstimo  da  PPTV    Publicidade  Portugal  e  Televisão,  S Embora  assuma  a  forma  jurídica  dum  empréstimo  (letras  descontadas),  trata-­‐se  na  realidade  dum  adiantamento  dum  cliente,  caucionado  por  prestações  de  serviços  futuros.    

1.5. Outras  contas  do  Balanço    Além  das  grandes   rubricas  do  Balanço  que   foram   já   analisadas  anteriormente,   há  que   tecer  algumas   considerações   acerca   da   evolução   de   algumas   das   outras   rubricas   ainda   não  analisadas,  sobretudo  aquelas  cujo  saldo  atinja  valores  de  alguma  materialidade.  Estão  neste  caso  as  Dívidas  de  clientes  (Activo),  Dívidas  a  terceiros    entidades  não  financeiras  (Passivo)  e  as  Reservas  de  reavaliação  (Situação  Líquida).    Dívidas  de  clientes:    O  gráfico  abaixo  mostra  quais  eram  os  principais  clientes  e  devedores  do  Grupo  em  2010:    

GRÁFICO  20    Clientes  e  outros  devedores  -­‐  2010  

PUMA  1  M8%

S.P.GIS  1  M12%

SOCIETA    NAPOLI    2  M22%

TBZ  2  M22%

OUTROS  3  M36%

Milhões  de  

PUMA  PORTUGAL  -­‐ ARTIGOS   DESPORTIVOS,   LDA.  (8%) S.P.GIS  -­‐ PLAN.  GESTÃO  ESTACIONAMENTO,   S.A.  (12%)

SOCIETA  SPORTIVA  C    NAPOLI    SPA  (22%) TBZ  MARKETING   ACCOES  PROMOCIONAIS  L  (22%)

OUTROS  <  1  M   (36%)  

 

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

Um  aspecto  a  realçar  relativamente  a  Clientes,  é  o  saldo  da  conta  Ajustamento  para  Dívidas  de  Terceiros,   já   deduzida   aos   valores   do   gráfico   acima,   que   constitui   a   parte   das   dívidas   dos  Clientes  cuja  cobrabilidade  é  duvidosa.  O  quadro  abaixo  discrimina  estes  saldos  por  cliente,  e  informa-­‐nos  acerca  da  sua  antiguidade.  Alguns  destes  devedores  estão  a  ser  alvo  de  processos  judiciais,  como  é  o  caso  da  TBZ  e  dos  Cinemas  Millenium  (ver  ponto  2  do  Capítulo  V)    

QUADRO  11    Clientes  e  devedores  de  cobrança  duvidosa  com  imparidade  a  100%  

0-­‐180 181-­‐360 361-­‐540 541-­‐720 721-­‐999 >  1.000TBZ  MARKETING  ACÇÕES  PROMOCIONAIS,  LDA. 1.866                           -­‐                                       242                               -­‐                                       724                               900                               -­‐                                      SOCIETA  SPORTIVA  C    NAPOLI    SPA 1.684                           -­‐                                       122                               -­‐                                       -­‐                                       1.562                         -­‐                                      R.C.  RECREATIVO  DE  HUELVA,  S.A.D. 855                                 -­‐                                       855                               -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      CLUB  CERRO  CORA 374                                 -­‐                                       27                                   -­‐                                       -­‐                                       347                               -­‐                                      CINEMAS  MILLENIUM,  S.A. 320                                 -­‐                                       320                               -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      SRL  SOC.  RESTAURAÇÃO  LISBONENSE,  LDA. 227                                 -­‐                                       1                                       -­‐                                       27                                   -­‐                                       199                              FOUR  SQUARES  AC.  HOTELEIRAS,  LDA. 207                                 -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       12                                   -­‐                                       195                              FOOD'NSPORT  -­‐  SOC.  INT.  INV.  TURISMO  E  RESTAURAÇÃO 118                                 -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       118                              DOT  ONE  ACTIVATION  MARKETING  -­‐  COMUN.  E  MARKT.,  S.A. 115                                 -­‐                                       115                               -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      ALFREDO  DOS  SANTOS  GASPAR  ARTIGOS  DE  DESPORTO,  LDA. 103                                 -­‐                                       103                               -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      DISGIT  -­‐  PUBLICIDADE  E  MARKETING,  LDA. 78                                     -­‐                                       78                                   -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      TOPLAZA  -­‐  SOC,  DE  INVESTIMENTOS  IMOBILÁRIOS,  LDA. 73                                     -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       36                                   -­‐                                       36                                  S.P.GIS  -­‐  PLAN.  GESTÃO  ESTACIONAMENTO,  S.A. 73                                     -­‐                                       73                                   -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      CLUBE  DE  FUTEBOL  ESTRELA  DA  AMADORA 68                                     -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       68                                   -­‐                                       -­‐                                      MEDIA  CAPITAL  -­‐  SERV.  CONSULTORIA  E  GESTÃO,  S.A. 66                                     -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       66                                  EVERYTHING  IS  NEW 60                                     -­‐                                       60                                   -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      FARM  MARKETING  PORTUGAL,  LDA. 55                                     -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       55                                   -­‐                                      HAY  CONSULTING  GROUP,    S.A. 53                                     -­‐                                       53                                   -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      R.BENSIMON  -­‐  PUBLICIDADE  E  MARKETING,  LDA. 52                                     -­‐                                       19                                   -­‐                                       26                                   -­‐                                       6                                      NET  PLAN  -­‐  TELECOMUNICAÇÕES  E  ENERGIA,  LDA. 50                                     -­‐                                       50                                   -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                       -­‐                                      

1.334                           -­‐                                       540                               -­‐                                       210                               246                               338                              TOTAL 7.830                           -­‐                                       2.659                         -­‐                                       1.102                         3.109                         959                              

Dias  em  MoraNOME SALDO

   Dívidas  a  terceiros    entidades  não  financeiras:    Esta  rubrica  do  Passivo  inclui  as  dívidas  a  todas  as  entidades  que  não  foram  incluídas  no  ponto  1.3  (dívidas  de  financiamento)  deste  Capítulo.      O  gráfico  abaixo  mostra  quem  eram  os  principais  credores  do  Grupo  em  2010,  com  excepção  das  dívidas  de  financiamento:  

 GRÁFICO  21    Fornecedores  e  outros  credores  -­‐  2010  

1  M3%

6  M11% 3  M

7%

2  M4%

1  M2%1  M2%

6  M12%

3  M5%7  M

13%

2  M5%

4  M7%

15  M29%

Milhões  de  

CHATERELLA  INVESTORS  LIMITED  (3%) CLUB  ATLÉTICO  DE  MADRID,  SAD  (11%) CLUB  ATLETICO  VELEZ  SARSFIELD  (7%)

FC  SATURN  (4%) INVERSIONES  NAZA  SPORTS  LIMITADA  (2%) RANGERS  FOOTBALL  CLUB  (2%)

SPORTING  CLUBE  DE  BRAGA  -­‐ FUTEBOL  SAD  (12%) VILLARREAL  C.F.  SAD  (5%) JOGADORES/TREINADORES  (13%)

LIGA  PORTUGUESA  DE  FUTEBOL  PROFISSIONAL  (5%) SPORTINVESTE  MULTIMÉDIA,  S.A.  (7%) OUTROS  <  1  M   (29%)

 

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 Acima,   incluída   na   dívida   à   Liga   Portuguesa   de   Futebol   Profissional,   está   a   dívida   fiscal   do  Sporting  abrangida  no  chamado   Totonegócio .  Em  2010  essa  dívida  orçava  ainda  em  cerca  de  2,4   milhões   de   euros,   a   amortizar   futuramente,   conforme   acordado,   através   de   parte   das  receitas  do  Totobola  canalizadas  para  esse  efeito.   Reservas  de  reavaliação:    Esta   rubrica   do   Capital   Próprio   regista   todas   as   reavaliações   efectuadas   ao   longo   dos   anos,  normalmente   por   contrapartida   a   débito   das   contas   de   imobilizado   corpóreo   e   incorpóreo,  sendo  o  seu  saldo  diminuído  aquando  da  alienação  dos  respectivos  bens  que  tinham  sofrido  reavaliações.    O  valor  total  registado  em  Reservas  de  Reavaliação  nas  contas  consolidadas  era,  em  2010,  de  17.116  milhares  de  euros.  Este  valor  procedia  na  sua  totalidade  da  reavaliação  do  imobilizado  corpóreo  nas  contas  individuais  do  Sporting  Clube  de  Portugal.      Como   vimos   no   ponto   1.1   deste   Capítulo,   as   únicas   reavaliações   do   imobilizado   corpóreo  efectuadas   no   Sporting   Clube   de   Portugal   foram   as   relativas   a   terrenos,   muitos   dos   quais  alienados   durante   o   período   em   análise.   De   acordo   com   o   Quadro   3   do  mesmo   ponto,   os  terrenos  propriedade  do  Sporting  Clube  de  Portugal  estavam  registados  no  Balanço  de  2010  pelo   valor   total   de   12.170  milhares   de   euros.   Comparando   este  montante   com   o   valor   das  reservas  de  reavaliação,  vemos  que  estas  registam  um  excedente  de  5  milhões  de  euros  sobre  o  valor  dos  terrenos.  Mesmo  supondo  que  o  valor  total  dos  terrenos  equivale  na  totalidade  ao  valor  das  reavaliações,  somos  levados  a  tirar  a  conclusão  que  pelo  menos  5  milhões  de  euros  devem   ser   transferidos   para   Resultados   Transitados,   o   que   colocaria   o   total   dos   prejuízos  acumulados   em  211  milhões   de   euros.   Provavelmente  em  alguma   alienação  de   imobilizado,  não  se  transferiu  a  reserva  de  reavaliação  do  terreno  alienado  para  Resultados  Transitados.    

2. CONTAS  DE  RESULTADOS    

2.1. Vendas  e  Prestações  de  serviços    

O  gráfico  abaixo  dá-­‐nos  a  evolução  das  vendas  e  prestações  de  serviços  nos  últimos  13  anos.  Uma  primeira  abordagem  mostra  que  estas  mais  do  que  d

   Foi   em   2004,   com   o   novo   Estádio,   que   as   receitas   tiveram   um   forte   incremento,   sendo   o  primeiro   ano   em   que   ultrapassaram   os  

008,  tendo  depois  reduzido  em  4   7    

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

GRÁFICO  22    Evolução  das  prestações  de  serviços  e  vendas  por  categoria  

4 6 68

5

1417 16 17 19

15 14101

2 2

2

3

21

22 2

3

3

78

9 8 5

66

5

22

4

4

3

3

4 6 87

76

61

13

33

2

64

4

5

5

4

55

6 56

6

5

35

4

4

6

9

10 8

9 1111

9

9

2 3

4

3

3

2

0

10

20

30

40

50

60

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 03/2011

Milhões  de  

Bilheteira Bingo Outros Patrocinio Publicidade Quotização TV Vendas

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

   O   aumento   de   receitas   em   2004   teve   origem   nas   receitas   de   bilheteira,   que   triplicaram,  passand    maioritariamente   composta   por   rendas   provenientes   da   concessão   de   espaços,   também  duplicou   o   seu   montante   de   2003   (3,1   ão   desta   mesma  rubrica   em   2008,   relaciona-­‐se   com   a   venda   de   parte   do   complexo   desportivo   e   de   lazer  Alvalade   XXI   ( ),   a   cujos  utilizadores  o  Grupo  Sporting  debitava  rendas.    Note-­‐se  porém  que  algumas  destas  receitas  não  têm  contrapartida  em  termos  de  Cash  Flow  líquido,   pois   os   respectivos   recebimentos   já   foram   antecipados   pela   Banca.   É   o   caso,   por  exemplo,  de  cerca  de  10,7  pela  venda  do  passe  do   jogador  Miguel  Veloso,  que  deverão  ser  pagos  com  os  recebimentos  efectivos  próximos  futuros.  Em  situação  semelhante  estão  os  direitos  televisivos  até  2013  (ver  Capítulo  IV).    Em   conclusão,   as   receitas   têm   evoluído   desfavoravelmente   nos   últimos   2   anos,   com   uma  redução  média  de  2  triplicaram  em  2004  com  a  inauguração  do  novo  Estádio,  e  continuaram  a  aumentar  até  2008.  

   

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

2.2. Resultados  extraordinários    

Como   referimos   no   ponto   2   do   Capítulo   II,   em   algumas   épocas   os   critérios   de   classificação  

  Este  é  o  caso  de  algumas  mais-­‐valias  com  os  

.   Por   isso,   analisaremos   estas   duas   rubricas   em   conjunto   debaixo   do   título  .  

 Os   Resultados   Extraordinários   exerceram   uma   influência   determinante   nas   contas  consolidadas  de  muitos  dos  12  exercícios  findos  (1999-­‐2010).  No  seu  conjunto,  como  mostra  o  quadro  abaixo,  os  Resultados  Extraordinários  representaram  cerca  de  150  milhões  de  euros.      Este  quadro  mostra  ainda  qual  a  decomposição  básica  deste   tipo  de  custos  e  proveitos,  que  são  compostos  na  sua  esmagadora  maioria   (70%)  por  mais  ou  menos  valias  provenientes  de  alienação  de  passes  de  jogadores  e  treinadores  ( ),  vendas  de  imobilizado  corpóreo  (26  

,  ou  vendas  de  participações  financeiras   .   ,  que  também   foi   incluído   nesta   rubrica,   os   restantes   custos   ou   proveitos   aí   incluídos   são   muito  variados,  mas  individualmente  pouco  relevantes.    

QUADRO  12    Resultados  Extraordinários  1999  a  2010  

Rubrica + -­‐ Saldo

Jogadores 113,3                                   (7,3)                                         105,9                                  

Imobilizado 27,0                                       (1,2)                                         25,9                                      

Outros:

       Acções 17,8                                       -­‐                                                     17,8                                      

       EPUL 10,0                                       -­‐                                                     10,0                                              Diversos 24,4                                       (33,2)                                     (8,7)                                        

TOTAL 192,5                                   (41,7)                                     150,9                                    

 O   gráfico   abaixo   esclarece-­‐nos   acerca   da   evolução   de   cada   uma   das   5   principais   rubricas,  dando-­‐nos  simultaneamente  informação  acerca  da  sua  repartição  entre  custos  e  proveitos  ao  longo  dos  anos.    

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GRÁFICO  23    Resultados  Extraordinários  e  Outros  Operacionais  

(1)(3) (2) (2) (3) (2) (2) (4) (3) (3) (4) (2) (3)

19 18

5

138 9

16

25

4 3

1

16

1

9

21

1

2

3

4

2

3

3

1 2

2

(2) (2) (2)

10

411

2

1

 (10)

 (5)

 -­‐

 5

 10

 15

 20

 25

 30

 35

 40

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

ACÇÕES

EPUL

Jogadores

Outros

Imobilizado

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

   A  decomposição  dos  valores  incluídos  em  cada  uma  das  colunas  ano  a  ano,  menciona  apenas  os   valores   principais,   que   individualmente   considerámos   como   sendo   materialmente  relevantes   ,   dentro   de   cada   empresa   que   gerou   resultados   extraordinários.  Relativamente  aos  resultados  obtidos  com  a  venda  de  imobiliário  e  com  as  vendas  dos  passes  dos  jogadores,  já  foram  dados  detalhes  específicos  nos  pontos  1.1  e  1.2  deste  Capítulo.            1999    Jogadores:  SAD  (-­‐   Indemnização  por  denúncia  de  contratos  com  jogadores.    

  Mais-­‐valias  na  venda  do  passe  de  7  jogadores  (+13,4   + ,  +  e  outros).    

 2000    Jogadores:  

  Mais-­‐valia  na  venda  do  passe  de  2  jogadores  (+ +  

 2001    Jogadores:  

  Mais-­‐valias  na  venda  do  passe  de  3  jogadores  (  e    

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 Imobilizado  corpóreo:  

  Mais-­‐valia  da  venda  dos  terrenos  Lote  3  a  14  à  RENIT.  

 2002    Jogadores:  SAD  (-­‐     Indemnização  por  denúncia  de  contratos  com    

  Mais-­‐valia  da  venda  do  passe  de  1  jogador  (+     Mais-­‐valia  obtida  pela  cedência  de  parte  do  passe  de  8  jogadores  ao  FUNDO  (+    

   Participações  financeiras:  SGPS  (+  4,4     obtenção  duma  mais-­‐ .   Venda  de  217.431  acções  da   SAD  à   Sportinveste  por  1,6   ,   com  a  obtenção  duma  mais-­‐valia  de    

 2003    Jogadores:  SAD  (-­‐  1,6     Indemnização  por  denúncia  de  contratos  com  1  jogador  (-­‐   )   Reembolsos  e  Diferenças  de  seguros  de  vários  jogadores.  

  Mais-­‐valias  na  venda  dos  passes  de  2  jogadores  (+     .   Mais-­‐valia  obtida  pela  cedência  do  passe  de  5  jogadores  ao  FUNDO  (+    

 Participações  financeiras:  SGPS  (+  9,3     Mais-­‐valia  gerada  pela  alienação  pela  SGPS  de  1.865.230  acções  da  SAD  à  Sportinvest.    

 Outros:  SCS  (-­‐     Reforço  da  provisão  para  terceiros  (-­‐    e  reforço  da  provisão  para  existências  

 2004      Jogadores:  SAD  (+8,9     Mais-­‐  

 Imobilizado  corpóreo:  

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  Mais-­‐valia  obtida  na  venda  de  terrenos  da  Quinta  de  Alvalade  à  RENIT.  

 Participações  financeiras:  

  Mais-­‐valia  obtida  na  alienação  pela  SGPS  de  334.770  acções  da  SAD  à  Sportinvest.  

 2005    Jogadores:  SAD  (+  1,2     Cedência  de  3  jogadores  ao  Fundo  e  mais-­‐valias  na  venda  do  passe  de  2  jogadores.  

     Imobilizado  corpóreo:  SCP  (+     Mais-­‐valia   decorrente   da   venda   da   Parcela   R   à   sociedade   Neta   &   Santos   -­‐   Sociedade   de  Construções,  Lda.  

 Subsídio  EPUL:  SCP  (+     Subsídio  recebido  da  EPUL  ao  abrigo  do  Contrato  Programa  em  5  de  Agosto  de  2002.  

 Outros:  SPM  (-­‐     Juros    

 2006    Jogadores:  SAD  (-­‐     Menos-­‐  

  Mais-­‐valias  na  venda  dos  passes  de  4  jogadores  (+3,8   ,  + )      

 Participações  financeiras:  

  Mais-­‐valia  obtida   pela  alienação  de  42. .  

 2007      Jogadores:  

  Mais-­‐valias  obtidas  na  venda  dos  passes    

 Imobilizado  corpóreo:  

 

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Mais-­‐valia  obtida  na  venda  de  parte  do  complexo  Alvalade  XXI  (Alvalaxia,  Ed.  Administrativo,  Health  Club  e  Clínica).  

SPM  (+   Mais-­‐valia  obtida  na  alienação  dos  direitos  de  superfície  de  parte  do  complexo  Alvalade  XXI  (Alvalaxia,  Ed.  Administrativo,  Health  Club  e  Clínica).  

 2008    Jogadores:  SAD  (+  4,2   Mais-­‐ .   compensação  pela  formação  de  jogadores  com  passes  vendidos  e  indemnização  de  seguros.  

 2009    Jogadores:  SAD  (-­‐     Abate  do  passe  de  vários  jogadores.    

SAD  (+   Compensação  pela  formação  de  jogador  cujo  passe  foi  vendido  (+mecanismo  de  solidariedade  na  venda  anterior  do  passe  de  outro  (+  

 Imobilizado  corpóreo:  VERDIBLANC  II  (-­‐     Menos-­‐valia  obtida  na  venda  dos  Lotes  1,  2,  3  e  4.  

 2011    Jogadores:  SAD  (+   Mais-­‐valia   obtida   na   venda   do   passe   dos   jogadores   João   Moutinho   (+Veloso  (+  

     Conforme  constatamos  pela  descrição  acima,  além  das  mais-­‐valias  obtidas  na  venda  de  passes  de   jogadores   e   do   activo   imobiliário,   as   restantes   mais-­‐valias   obtidas   foram   sobretudo   as  provenientes  da  venda  de  cerca  de  2,4  milhões  de  acções  da  SAD  à  Sportinvest,  que  geraram  uma  mais-­‐valia  total  de  cerca  de  13  milhões  de  euros.  As  restantes  acções  vendidas  foram  as  da   Sporting   Multimédia   e   da   SPGIS,   que   geraram   mais-­‐ 7   ,  respectivamente.  A  SPGIS  é  a  empresa  concessionária  dos  parques  de  estacionamento  do  novo  Estádio  do  Alvalade  XXI.  A  empresa  era  detida  em  50%  pelo  Sporting  Clube  de  Portugal  que  alienou  49,5%  das  suas  acções  em  20/7/2005  à  ESLI.  A  mais-­‐valia  obtida  compensou  em  parte  a   dívida   de   234  milhares   de   euros   que   o   Sporting   entretanto   tinha   constituído   à   SPGIS,   em  virtude  de  adiantamentos  recebidos  por  conta  das  rendas  do  parque  de  estacionamento.    Em  resumo,  podemos  dizer  que  os  resultados  extraordinários  contribuíram  de  forma  positiva  para  os  resultados  líquidos  do  Grupo  Sporting,  cifrando-­‐se  em  cerca  de    nos  últimos  12  anos  (1999-­‐2010).  Para  aquele  valor  contribuíram  principalmente  as  mais-­‐valias  obtidas  com  a  

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venda  dos   passes   dos   jogadores,   que   representaram   cerca   de   70%   (106   )   dos   resultados  extraordinários.  As  mais-­‐valias  obtidas  na   venda  de   imobilizado   corpóreo  e  de  participações  financeiras   (maioritariamente   acções   da   SAD   vendidas   à   Sportinvest)   representaram,  respectivamente,  17%  e  12%  do  total  dos  resultados  extraordinários  obtidos.            

2.3. Custos  com  o  pessoal    Os  custos  com  o  pessoal  representam  a  maior  parcela  dos  custos  do  Grupo  Sporting,  cifrando-­‐se   anualmente  em  cerca  de   32%  do   total  dos   custos  nas   contas   consolidadas.  O  peso  desta  rubrica  na  Conta  de  Resultados  é  determinante.    Estes   custos   com   pessoal   englobam  dois   grandes   sectores:   o   pessoal   administrativo,   que   se  concentra   na   SAD,   no   Sporting   Clube   de   Portugal   e   na   SPM   (Sporting     Património   e  Marketing),  e  o  plantel  de  futebol,  que  está  totalmente  integrado  na  SAD.      Importa   fazer   um   esclarecimento   relativamente   aos   elementos   que   em   seguida  apresentaremos  nesta   rubrica.  O  detalhe  acerca  da  decomposição  dos  custos  com  o  pessoal  por   categoria   profissional   foi   obtido   através   da   análise   dos   registos   dos   programas   de  vencimentos,   a   partir   dos   quais   se   efectuaram   agregações   das   remunerações   individuais  auferidas  de  acordo  com  as  suas  categorias  profissionais,  classes  e  montantes  específicos.      Os   totais   por   época   dos   elementos   extraídos   dos   programas   de   pessoal,   não   coincidem  integralmente  com  os  gastos  com  o  pessoal  registados  na  contabilidade  essencialmente  por  2  motivos:     Os  acréscimos  de  custos  com  férias  e  subsídios  de  férias  a  pagar  no  ano  seguinte,  são  apenas  registados  na  contabilidade,  e  não  constam  dos  dados  individuais  dos  programas  de  pessoal.  Normalmente,  estas  divergências  entre  a  contabilidade  e  os  gastos  com  o  pessoal  calculados  a  partir  do  programa  de  vencimentos  serão  apenas  temporários,  sendo  compensados  no  ano  seguinte.   Os   prémios   dos   jogadores   e   treinadores,   cujos   custos   sejam   diferidos   ou   capitalizados   em  Imobilizado   Incorpóreo   na   contabilidade,   são   considerados   como   gastos   nos   elementos  extraídos  a  partir  do  programa  de  vencimentos.  

 Apesar  destes  desfasamentos,  a  compilação  destes  dados  é  muito  útil,  pois  permite  fazer  uma  análise  dos  gastos  com  o  pessoal  por  categoria  profissional,  que  doutra  maneira,  apenas  com  os  elementos  extraídos  da  contabilidade,  não  seria  possível  efectuar.    O   gráfico   abaixo   apresenta   a   evolução,   desde   1999   e   até   ao   presente,   dos   gastos   com   o  pessoal,  subdivididos  em  4  grandes  grupos:  treinadores,  jogadores,  directores/administradores  e   outro   pessoal   administrativo.   Estes   gastos   incluem   tanto   remunerações   como   prémios   e  segurança  social.    

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GRÁFICO  24    Gastos  com  Pessoal  por  categoria  profissional  

12

1916

18

26

15

24

1719 19

23 24

2

2 2

22

1

3

1

1

1

1 2

22

4

4

4

5

6

4

4

4

45

44

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Jogadores Directores/Administradores Treinadores Outros    Analisando  a  evolução  dos  valores  patentes  no  gráfico,  verifica-­‐se  que  os  gastos  com  pessoal  cresceram  até  2003,  registaram  alguma  irregularidade  até  2006  e  cresceram  após  essa  data  à  razão  de  menos  de  2  milhões  de  euros  por  ano.  Especialmente  notórios  neste  Capítulo,  foram  os  exercícios  de  2000,  2003  e  2005  que  registaram  aumentos  anuais  de  cerca  de    e   ,  respectivamente.      Em   termos   de   estrutura,   os   encargos   com   Jogadores   e   Treinadores   atingem   regularmente  cerca  de  75%  do  total  dos  gastos  com  o  pessoal.  Por  outro   lado,  os  gastos  com  Directores  e  Administradores   passaram   a   ter  maior   expressão   a   partir   do   ano   de   2002,   com   cerca   de   2  milhões   de   euros   por   ano.   Em  2010,   os   gastos   com  Administradores   e   Directores   atingiram  cerca   de   2,3  milhões   de   euros.   Estes   gastos   representaram   nesse   ano  mais   de  metade   dos  gastos  com  o  restante  pessoal  administrativo.    Em  virtude  da  importância  destes  gastos  nos  resultados  do  Grupo,  apresentamos  em  seguida  2  quad reinadores   com   níveis   de   rendimentos  mais   elevados   nos   últimos   15   anos,   e   outro   com   o   mesmo   mas   referente   a   10  Directores  ou  A os  gastos  médios  por  época   individualizados,  somando  os  gastos   individuais  em  todas  as  épocas  divididos  pelo  nº  de  épocas  em  que  aquele  tiver  prestado  serviço.  Nos  casos  em  que  a  pessoa  tenha  prestado  serviço  numa  época  incompleta,  essa  época  conta  por  inteiro  na  média  calculada.      

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QUADRO  13    Ranking  de  valores  médios  de  remunerações  de  Jogadores  e  Treinadores    por  época  1995-­‐2011  

Jogador  /  Treinador N.º N.º  de  épocas Valor  Total Valor  MédioJogador  A 1 2 2.934 1.467Jogador  B 1 2 2.931 1.466Jogador  C 1 8 11.231 1.404Treinador  A 1 2 2.563 1.281Jogador  D 1 1 1.080 1.080Jogador  E 1 4 4.225 1.056Jogador  F 1 9 9.455 1.051Jogador  G 1 2 1.865 933Jogador  H 1 6 5.305 884Treinador  B 1 1 857 857

691 247.322TOTAL 701 289.769  

 A  análise  da  concentração  dos  gastos  com  o  pessoal  em  alguns  dos   jogadores  e   treinadores  melhor   remunerados,   indica-­‐nos   que   no   Top   10,   estão   incluídos   vários   jogadores   que  permaneceram   no   Sporting   por  muitas   épocas   (6,   8   e   9   épocas).   É   natural   que   os   esforços  feitos,  em  termos  de  remunerações  e  prémios,  para  que  estes   jogadores  permanecessem  no  plantel,   tenham   gerado   rendimentos   mais   elevados   para   esses   jogadores.   Também   é   de  concluir  que,  entre  os  jogadores  incluídos  neste  Top  10,  o  1º  não  chega  a  usufruir  o  dobro  da  média  do  10º,  e  os  3  primeiros  estão  muito  próximos  uns  dos  outros,  o  que  demonstra  que  não  existe  um  elemento  que  se  distinga  dos  restantes.      

QUADRO  14    Ranking  de  valores  médios  de  remunerações  de  Administradores  e  Directores    por  época  1995-­‐2011  

Administrador  /  Director N.º N.º  de  épocas Valor  Total Valor  MédioDirector  Desportivo 1 2 552 276Administrador 1 5 1.133 227Director  Desportivo 1 3 598 199Administradora 1 4 780 195Director  Geral 1 4 686 171Director  Geral 1 11 1.832 167Director  Geral 1 2 269 134Administrador 1 2 263 132Director  Desportivo 1 3 388 129Administrador  Delegado 1 2 232 116

47 14.730TOTAL 57 21.464  

 

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Relativamente   ao   Top   10   dos   Directores/Administradores,   é   de   realçar   que   o   melhor  remunerado  apenas  atinge  a  terça  parte  do  vencimento  do  10º   jogador  melhor  remunerado  do  Ranking.   Por   outro   lado,   entre   os  Directores/Administradores,   o  1º   teve   um   vencimento  médio  2,4  vezes  acima  do  10º  do  Ranking.  Este  TOP  10  representa  cerca  de  30%  do  total  das  remunerações  dos  restantes  47  corpos  directivos.      Para   completar   a   análise   feita   acima,   apresentamos   em   seguida   os   gastos   com   o   pessoal,  subdivididos  entre  prémios,  segurança  social  e  remunerações.  Em  virtude  da  pouca  relevância  da   segurança   social,   que   tem   taxa   reduzida   para   a   actividade   desportiva,   a   rubrica   prémios  assume  especial   relevância,   por   atingir   entre  6   e   9  milhões   euros  anuais   em   todos  os   anos,  desde  2000.  Nos  últimos  anos  esta  rubrica  tem  representado  20%  a  25%  do  total  dos  gastos  com  o  pessoal.  Uma  excepção  foi  o  ano  de  2004,  em  que  os  prémios  não  chegaram  a  atingir  os  

   

GRÁFICO  25    Gastos  com  Pessoal  por  tipo  de  encargo  

1317

1419

29

1923

1820 19

2224

4

8

7

6

6

1

7

66 8

87

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Remunerações Prémios Segurança  Social

 É   importante   realçar   que   os   prémios   não   incluem   os   passes   dos   jogadores,   pois   estes   são  normalmente   direitos   de   entidades   terceiras   (Clubes   desportivos   ou   Fundos)   e   como   tal  contabilizados   como   imobilizado   incorpóreo   (ou   activo   intangível),   sendo   activados   e  amortizados   anualmente   conforme   a   sua   duração.   A   rubrica   prémios   inclui   remunerações  acessórias  que  são   irregulares,  como  por  exemplo  prémios  de   jogo  ou  competições,  no  caso  dos  jogadores.  As  quantias  incluídas  em  prémios  são  sempre  processadas  através  de  recibo  de  

rubrica,  mas  sim  em  honorários.  Também  no  caso  dos  prémios  pagos  ao  próprio   jogador  ou  treinador   para   assinatura   ou   extensão   de   contrato   de   trabalho   por   vários   anos,   este   é  contabilizado  como  custo  diferido  na  parte  que  diz  respeito  às  épocas  seguintes,  e  transferido  para   custo   época   a   época   na   parte   respectiva.   Estes   prémios   também   estão   incluídos   nos  gastos   com   o   pessoal,   ex

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legais,  em  nome  de  sociedades.  Neste  caso,  são  também  diferidos  na  parte  do  custo  de  cada  época,   mas   são   classificados   como   honorários   (ou   trabalhos   especializados,   no   caso   do  documento  de  quitação  ser  uma  factura  ou  venda  a  dinheiro  duma  sociedade).    A  análise  às  remunerações  não  ficará  completa  sem  se  examinar  a  rubrica  de  honorários,  que  

 honorários   são   pagos   pelo   Sporting   (Clube).   Também  muitos   dos   técnicos   e   treinadores   são  pagos   através   de   honorários,   bem   como   alguns   directores.   Esta   análise   será   feita   no   ponto  

   Em  conclusão:     Os  anos  de  maior  crescimento  nos  gastos  com  pessoal  foram  os  exercícios  de  2000,  2003  e  2005.    

Cerca  de  75%  dos  gastos  com  pessoal  são  encargos  com  jogadores  e  treinadores.     Os  gastos  com  directores  e  administradores  representaram  anualmente  desde  2003  cerca  

cerca  de  metade  dos  gastos  com  o  restante  pessoal  administrativo.   anking  TOP  10

.  Porém,  2  dos   jogadores  do  TOP  10  que  permaneceram  no  clube  durante  8  e  9  anos  atingiram  médias  anuais  muito  próximas  do  1º,  

,  respectivamente.   ,  o  mais  dispendioso  atingiu  a  média  de  276 época.    

Os   prémios   têm   representado   nos   últimos   anos   20%   a   25%   do   total   dos   gastos   com   o  pessoal.  

 

2.4. Fornecimentos  e  serviços  externos    

Os  fornecimentos  e  serviços  externos  (FSEs)  eram  em  2010  a  3ª  maior  rubrica  da  estrutura  de  custos,  estando  praticamente  a  par  das  amortizações  (2ª  maior).  Nas  3  épocas  (2007  a  2009)  precedentes,  os  FSEs  foram  mesmo  a  2ª  maior  rubrica  dos  custos,  por  força  do  menor  volume  de  amortizações  dos  passes  de  jogadores.    Observando  agora  o  próximo  gráfico,  este  dá-­‐nos  a  evolução  da  estrutura  de  custos  dos  FSEs,  de   1999   até   2010,   cujos   gastos   dobraram   nesses   12   anos.   Numa   primeira   abordagem   da  evolução  ao  longo  do  tempo,  nota-­‐se  um  aumento  constante  desta  rubrica,  com  excepção  dos  anos  de  2003  e  2005,  este  último  devido  ao  crescimento  anormal  em  2004.  Sendo  2004  o  ano  de  inauguração  do  novo  estádio  e  do  complexo  desportivo  e  de  lazer  Alvalade  XXI,  cresceram  nesse  ano  os  custos  com  trabalhos  especializados,  seguros  e  subcontratos,  bem  como  outros  custos  diversos.  

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GRÁFICO  26    Evolução  de  FSE  por  natureza  

   

A  rubrica  mais  importante  em  2010  foram  os  honorários   ,  que  estão  muito  ligados,  como  dissemos  no  ponto  anterior,  às  outras  modalidades  que  não  o   futebol  profissional,  mas  que  simultaneamente   também   contemplam   muitas   remunerações   pagas   a   técnicos,  nomeadamente  na  área  da  saúde,  relacionados  com  o  do  futebol  profissional.  Estes  custos  têm  demonstrado   ter   uma   tendência   nítida   de   subida,   acompanhando   o   sentido   geral   dos   FSEs,  com  excepção  do  ano  de  2003,  em  que  cresceram  apesar  da  descida  geral  dos  FSEs.      Em   virtude   da   sua   ligação   com   os   gastos   com   o   pessoal,   elaborámos   o   gráfico   abaixo,   que  demonstra  até  que  montante  se  elevariam  anualmente  esses  gastos,  caso  lhes  adicionássemos  a  rubrica  de  honorários.  Em  2010,  os  honorários  representaram  18%  dos  custos  com  o  pessoal,  sendo   esta   a   relação   constante   entre   estes   dois   tipos   de   custos   ao   longo   dos   anos,   com  excepção  de  2002,  ano  em  que  os  gastos  com  o  pessoal  atingiram  o  valor  mais  elevado,  não  acompanhado  pelos  custos  em  honorários.  

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GRÁFICO  27    Gastos  com  pessoal  e  Honorários    evolução  1999  a  2010  

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Custos  com  pessoal

Honorários

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

   À   semelhança   do   que   fizemos   com   os   gastos   com   o   pessoal,   apresentamos   em   seguida   o  

exibindo  em  simultâneo  a  profissão  de  cada  um  dos  prestadores  de  serviços  aí  incluídos.  No  topo  está  um  profissional  da  saúde,  fisioterapeuta  ligado  ao  futebol,  logo  seguido  por  um  economista  (gestor),  que  assumia  funções  directivas.  As  médias   anuais   de   remunerações,   embora   úteis   para   a   classificação   de   cada   um   dos  prestadores  de  serviços  no  TOP,  podem  enviesar  a  análise,  pois  no  caso  daqueles  que  já  não  estejam  ao  serviço  do  clube,  podem  aí  estar  incluídas  indemnizações  por  rescisão  de  contrato  de   prestação  de   serviços  que   elevaram  a  média   anual   de   remunerações.   Este   é   o   caso,   por  exemplo,  do  gestor  com  funções  directivas.    

QUADRO  15    Ranking  de  valores  médios  de  honorários  por  época  1999-­‐2011  

Prestador  de  Serviços N.º N.º  de  épocas Valor  Total Valor  MédioFisioterapeuta 1 3 906 302Economista 1 7 1.570 224Director  Desportivo 1 4 490 123Preparador  Físico 1 7 825 118Treinador  Adjunto 1 5 569 114Médico 1 10 1.066 107Técnico  de  Futebol 1 2 211 106Administrador 1 10 996 100Jogador 1 2 176 88Administrador 1 5 431 86

1455 41.657TOTAL 1465 48.898  

 Como   se   dá   a   circunstância   de,   em   alguns   casos,   a   mesma   entidade   usufruir   honorários   e  vencimentos  dentro  do  Grupo  Sporting,  elaborámos  a  informação  individual  agregando  estes  dois   tipos  de  remunerações.  O  TOP  10  dos  custos  com  o  pessoal  não  apresentou  mudanças,  

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Directores   e   Administradores   já   ficou   diferente.   Apresentamos   em  seguida   esse   TOP   10   reordenado   para   o   conjunto   de   honorários   e   custos   com   o   pessoal  excluindo  jogadores  e  treinadores.    

QUADRO  16    Ranking  de  valores  médios  de  Remunerações  e  Honorários  por  época  1995-­‐2011  

Prestador  de  Serviços N.º N.º  de  épocas Valor  Total Valor  MédioFisioterapeuta 1 3 1.087 362Administrador 1 5 1.416 283Economista 1 11 2.463 224Director  Desportivo 1 3 598 199Director  Geral 1 11 1.832 167Director  Desportivo 1 7 1.142 163Director  Geral 1 2 325 163Director  Desportivo 1 4 645 161Preparador  Fisico 1 7 1.114 159Administradora 1 9 1.290 143

2.054 125.737TOTAL 2.064 137.649

Nota:Os  valores  relativos  a  honorários  compreendem  apenas  o  período  de  1999  a  2011.  

 Comparando   este   quadro   com   o   anterior   Ranking   de   Administradores   e   Directores,  mas   só  com   vencimentos   (Quadro   14),   verificamos   uma   subida   do   valor   máximo   de   remuneração  média  do  1º  lugar  para  283  milhares  de  euros  (mais  7  mil  euros).  Os  restantes  valores  do  TOP  10  também  aumentam,  numa  média  de  16%.      Em  resumo,  podemos  dizer  que  os  fornecimentos  e  serviços  externos  é,  conforme  os  anos,  a  2ª  ou  3ª  maior  rubrica  da  estrutura  de  custos  do  Grupo  Sporting.  A  sua  evolução  tem  sido  em  crescimento,   tendo   os   seus   valores   dobrado   em   12   anos.   Dentro   dos   FSEs   a   rubrica   mais  importante  são  os  honorários,  que  têm  acompanhado,  proporcionalmente,  com  excepção  de  2003,  a  progressão  dos  gastos  gerais  em  FSEs.  Olhando  o  TOP  10  dos  honorários  em  conjunto  com  os  vencimentos,  este  altera  o  Ranking  relativo  aos  directores  e  administradores,  passando  o  1º  lugar,  que  antes  era  2.º,  a  ter  a  remuneração  média  de  283 .  

2.5. Amortizações    As  amortizações  foram  sempre,  entre  1999  e  2010,  a  2ª  maior  rubrica  na  estrutura  de  custos  do   Grupo   Sporting,   com   excepção   do   período   de   2007   a   2009,   durante   o   qual   passaram   a  ocupar  o  3º  lugar  nos  custos.  O  valor  mais  alto  da  série  foi  atingido  em  2004,  com  26  milhões  de  euros,  no  ano  da  conclusão  das  obras  do  Alvalade  XXI.  Embora  as  amortizações  em  si  não  tenham  influência  na  tesouraria,  pois  não  representam  qualquer  fluxo  de  caixa,  elas  têm  um  forte  efeito  nos  resultados  obtidos,  pelo  peso  relativo  na  estrutura  de  custos.    

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Visto   que   as   amortizações   já   foram   analisadas   parcialmente,   no   ponto   1.2   deste   Capítulo  (imobilizado   incorpóreo),   a   propósito   duma   das   rubricas   do   Balanço   que   lhes   dá   origem,   é  agora  objectivo  desta  secção  analisar  o  peso  relativo  dos  2  tipos  de  amortizações  com  efeito  nos  resultados,  e  a  sua  influência  respectiva  nos  resultados  líquidos  do  Grupo  Sporting.      Com  esse  propósito,  construiu-­‐se  o  gráfico  abaixo,  que  apresenta  em  simultâneo  a  evolução  das  amortizações  do  imobilizado  corpóreo  e  do  imobilizado  incorpóreo  (passes  dos  jogadores).    

GRÁFICO  28    Amortizações  do  imobilizado  corpóreo  e  incorpóreo  

2   2   3   4   5  

14  

9   8   7   6   6   6  

14   15  

18   18   17  

12  

14  

10   10  

8  

12  15  

0

5

10

15

20

25

30

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões  de  

Amortizações  do  Imobilizado  Corpóreo Amortizações  do  Imobilizado  Incorpóreo

Dias  da  CunhaJosé  

RoquetteJ.  E.

BettencourtSoares  Franco

   À   excepção   do   período   de   2006   a   2008,   em   que   as   amortizações   dos   passes   dos   jogadores  foram   relativamente   baixas,   e   de   2004   e   2005,   em   que   as   amortizações   do   imobilizado  corpóreo   foram  mais   altas,   nos   restantes   anos   do   período   as   amortizações   dos   passes   dos  jogadores   representaram   pelo   menos   o   dobro   do   valor   das   amortizações   do   imobilizado  corpóreo.  Nos   últimos  3   anos,   as   amortizações   do   imobilizado   corpóreo   estabilizaram  nos  6  milhões  de  euros  anuais.    Neste   contexto   pode   concluir-­‐se   que   a   política   de   aquisição   dos   passes   dos   jogadores   tem  influência  preponderante  no  custo  anual  das  amortizações,  que  assumem  normalmente  o  2º  lugar  nas  estrutura  de  custos  do  Grupo  Sporting.  E  a  este  respeito,  deve  referir-­‐se  também  que  essas  mesmas   decisões   de   compra   não   têm   repercussão   nos   custos   apenas   num   ano,  mas  prolongam-­‐se  até  ao  fim  da  duração  de  cada  contrato.    

2.6. Juros  e  outros  custos  de  financiamento    

Os   juros   e   custos   de   financiamento   só   tiveram   influência   efectiva   nos   resultados   do   Grupo  Sporting  a  partir  de  2001,  ano  em  que  se  iniciaram  as  obras  de  construção  do  Alvalade  XXI.      

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Na  análise  destes  valores  ao  longo  do  tempo,  há  porém  que  ter  em  conta  o  facto  de  que  em  alguns  anos,  na  parte  correspondente  aos  financiamentos  que  foram  utilizados  na  construção  do  Alvalade  XXI,  estes  custos  foram  capitalizados,  ou  seja,  não  foram  considerados  como  custo  do   ano,   mas   foram   adicionados   aos   investimentos   por   transferência   para   o   imobilizado  corpóreo,  procedimento  de  acordo  com  as  regras  contabilísticas.  O  quadro  abaixo  sintetiza  os  valores   relativos  aos  custos   financeiros  que   foram   imobilizados   em  2002,  2003  e  2005,  num  total  de  11  milhões  de  euros.  O   valor  de  2005,   é   referente   a   comissões  do  Project   Finance,  entendido  como  um  refinanciamento  do  investimento  no  Alvalade  XXI.  Em  2007,  com  a  venda  de  parte  do   complexo  Alvalade  XXI,   a  parte   correspondente  dos   juros   activados   foi   abatida,  como  mostra  também  o  quadro.    

QUADRO  17    Gastos  financeiros  imobilizados  

Categoria 2002 2003 2005 2007 TOTALJuros 795                       4.218                 -­‐                                   -­‐                                   5.012                        Comissões  e  Despesas  Bancárias 3.714                 16                             1.855                 -­‐                                   5.585                        Imposto  Selo 293                       45                             -­‐                                   -­‐                                   338                                Abate (2.528)             (2.528)                      TOTAL 4.802                 4.278                 1.855                 (2.528)             8.408                            Pelos  motivos  atrás  explanados,  os  encargos  financeiros  incluídos  na  conta  de  resultados  não  correspondem  à  totalidade  dos  juros  e  outros  encargos  financeiros  debitados  pelos  bancos,  e  que  dessa  forma  influenciaram  desfavoravelmente  o  Cash  Flow  do  período  em  análise.  Apesar  disso,  estes  custos  têm  vindo  a  assumir  cada  vez  mais  importância  nos  resultados.    Analisando  a  sua  evolução  desde  1999  e  ao  longo  dos  anos,  evidenciada  no  Gráfico  2  (conta  de  resultados   no   ponto   2   do   Capítulo   II),   constata-­‐se   que   os   encargos   financeiros   ocuparam  sempre  o  4º  lugar  na  estrutura  de  custos,  com  excepção  do  ano  de  2007,  em  que  assumiram  o  seu  valor  máximo  (172010  atingiu  o  valor  mínimo  dos  últimos  7  anos  (10,8      

2.7. Outras  rubricas  de  Resultados    

Resultados   Extraordinários,   pois   inclui,   nos   anos   mais   representativos,   principalmente  elementos   dessa   natureza   (mais-­‐valias   na   venda   de   passes   de   jogadores),   restam-­‐nos   ainda  como   rubricas   mais   influentes   na   conta   de   resultados   os   proveitos   suplementares   e   os  ajustamentos   e   provisões.   Analisaremos   em   seguida   estas   duas   rubricas   da   conta   de  resultados.    Proveitos  suplementares    Esta  conta  compõe-­‐se   sobretudo  pelos  proveitos   (prémios)  provenientes  da  participação  em  competições   europeias   e   outros   torneios,   geralmente   pagos   pelas   respectivas   entidades  

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organizadoras.  Os  valores  mais  avultados  referem-­‐se  às  participações  na  Liga  dos  Campeões  e  na  Liga  Europa.    O   gráfico   abaixo   permite-­‐nos   apreciar   a   evolução   destas   receitas   através   dos   anos,   e   a  importância  das  competições  europeias  nas  mesmas.  As  épocas  com  maiores  proveitos  foram  2000-­‐ -­‐ -­‐      

GRÁFICO  29    Proveitos  Suplementares  

0

2

4

6

8

10

12

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

8,0

3,1

4,5

6,6

2,8

10,0

3,9

0,2 1,1

1,2

3,2

0,4

0,5

0,2

Milhões  de  

OUTROS

COMPETIÇÕES    EUROPEIAS

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

   Em  acumulado,  os  prémios   totais   auferidos  pelo   Sporting  pela  participação  em  competições  europeias  durante  os  últimos  12  anos  (1999-­‐2010)  atingiram  o  montante  de  38,9  milhões  de  euros,  valor  que  representa  cerca  de  9%  do  total  dos  proveitos  normais  (bilheteira,  quotização,  publicidade,   televisão   e   outros)   obtidos   pelo   Grupo   Sporting   no   mesmo   período.   A  participação   na   fase   de   grupos   da   Liga   dos   Campeões   traduz-­‐se   normalmente   em   7   a   10  milhões  de  euros  de  prémios  da  UEFA.    Ajustamentos  e  provisões    Estes  custos,  que  anualmente  se  têm  comportado  de  forma  um  tanto   irregular,  representam  em  média   -­‐2010).  Os  gráficos  abaixo  representam  a  evolução  dos  ajustamentos  e  provisões  ao  longo  dos  anos,  bem  como  a  decomposição,  por  tipo  de  ajustamento  e  provisão,  da  totalidade  dos  16  Mque  foram  registados  como  custos  nestas  rubricas  durante  os  12  anos  da  série.    

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

GRÁFICO  30    Ajustamentos/Provisões  

0

1

2

3

4

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

0,2 0,1

1,4

0,00,4

2,3

1,1

0,0

2,5

0,6

3,3

3,9Milhões  de  

Dias  da  Cunha Soares  FrancoJ.  E.

BettencourtJosé  

Roquette

 GRÁFICO  31    Decomposição  dos  ajustamentos  e  provisões  acumuladas  de  1999  a  2010  

Clientes5,6  M36%

Pensões0,4  M3%

Processos  Judiciais2,6  M17%

Existências0,1  M0%

Impostos0,8  M5%

Outros6,2  M39%

Milhões  de  

Clientes Pensões Processos  Judiciais Existências Impostos Outros

 Analisando  os  gráficos  acima,  nota-­‐se  que  os  dois  últimos  anos   foram  aqueles  em  que   estes  

-­‐se  a  ajustamentos  para  dívidas     (ver  Capítulo   IV)

   No   total   do   período,   as   provisões   para   pensões   representaram  a  maior   fatia   destes   tipo   de  

os  ajustamentos  para  dívidas  de  clientes  outra  parte  importante  com  5,6  ,   Refira-­‐se  que  destes  últimos  se  mantêm  

os  judiciais  em  curso.    Quanto  às  entidades  sobre  cujas  dívidas  foram  constituídos  ajustamentos,  o  ponto  1.5  deste  Capítulo  dá-­‐nos  a  informação  detalhada  mais  relevante.  

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IV. RESUMO  DOS  ASPECTOS  MAIS  RELEVANTES  COM  IMPACTO  ECONÓMICO-­‐FINANCEIRO  QUE  OCORRERAM  EM  CADA  MANDATO  

 Neste   Capítulo,   salientam-­‐se   os   aspectos   mais   relevantes   da   evolução   do   Balanço   e   da  Demonstração  de  Resultados  consolidadas  mencionados  nos  Capítulos  anteriores,  afectando-­‐os  a  cada  um  dos  mandatos  directivos  durante  o  período  decorrente  entre  1995  e  Março  de  2011.  Uma  limitação  que  deve  ser  tida  em  conta  nesta  análise,  diz  respeito  ao  facto  de  que  as  contas   se   referem,   a   períodos   contabilísticos   que   não   correspondem   aos   períodos   dos  mandatos.   No   ano   da   transição   de   mandatos,   as   contas   apresentadas   incluem,   assim,  movimentos  respeitantes  a  2  mandatos.      1. Mandato  de  Santana  Lopes  (02.06.1995  a  10.04.1996)    Foi  um  mandato  curto,  em  que,  relativamente  ao  Imobilizado  corpóreo,  apenas  se  menciona  a  reavaliação   de     nos   terrenos   do   SCP.   Durante  considerando   para   1994   a   correcção   efectuada   pelos   auditores   às   contas   reportadas   a  31/05/1995.  O  aumento  do  passivo  foi  utilizado  na  aquisição  de  jogadores  e  para  equilibrar  o  Cash   flow  operacional.  O  Resultado   líquido  do  exercício  de  1995  foi  de   -­‐ ,  prejuízo  que  equivale   sensivelmente   aos   custos   extraordinários   provenientes   de   correcções   a   exercícios  anteriores.      2. Mandato  de  José  Roquette  (11.04.1996  a  01.08.2000)    Visto  que  até  1996  inclusive,  as  contas  foram  apuradas  com  referência  a  31  de  Dezembro  de  cada  ano,  consideramos  as  contas  de  1996  como  sendo  as  primeiras  deste  mandato.  As  contas  de  1997  incluem  apenas  7  meses  de  actividade  (01/01/1997  a  31/07/1997).      Foi   durante   este  mandato   que   se   formou   a   SAD   do   Sporting,   a  maior   parte   das   sociedades  imobiliárias  do  Grupo  Sporting,  bem  como  a  SGPS  do  Grupo  e  a  Sporting  -­‐  Comércio  e  Serviços,  especializando-­‐se  as  actividades  nas  diversas  empresas  que  foram  criadas.    Em   1996   foi   também   efectuada   uma   Em   1998,   foi  

Foi   ainda  durante   este   mandato   que   foi   assinado   um   protocolo   com   o   Grupo   Multi   Development  Corporation   International,   S.A.,   que   incluía   a   promessa   de   alienação,   com   a   fixação   dos  respectivos  preços  e  demais  condições,  dos  terrenos  de  Alvalade  e  da  Quinta  das  Raposeiras.  2000  foi  o  ano  em  que  teve  lugar  a  aquisição  dos  terrenos  da  Academia  em  Alcochete.    Durante  este  mandfinal   do   ano   2000  o  montante   de    O   activo  incorpóreo   líquido   (passes   de   jogadores)   aumentou   21   No   conjunto   dos   5   anos,   houve  lugar  a  um  prejuízo  de  48   ou  seja,  um  prejuízo  médio  de  9,5    (os  valores  de  1997  e  1998  são  agregados,  não  consolidados,  embora  estejam  corrigidos  da  mais-­‐valia  obtida  pelo  SCP  (4,5   ).      

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De   1996   a   2000,   foram   adquiridos   cerca   de   87   s   de   jogadores,   e   vendidos   no  mesmo  período  76   ,  o  que  se  salda  num  deficit  de   tesouraria   teórico  entre  a  compra  e  a  venda  no  valor  de  cerca  de  11    Durante  o  mesmo  período,  o  Cash  Flow  operacional  saldou-­‐se  com  um  deficit  de  cerca  de  26      Tiveram  lugar  no  período  2  dos  3  negócios  mais  rentáveis  em  termos  de  passes  de  jogadores,  no  que  diz  respeito  à  obtenção  de  mais-­‐valias:  Simão  Sabrosa  e  Aldo  Duscher,  nas  épocas  de  1998/1999  e  1999/2000  respectivamente,  que  geraram  uma  mais-­‐valia  conjunta  de  24,9  (Quadro  8).    3. Mandato  de  Dias  da  Cunha  (02.08.2000  a  19.10.2005)    Salienta-­‐se  neste  mandato  a  construção  do  Novo  Estádio  e  do  Complexo  Desportivo  e  de  Lazer  Alvalade  XXI,  bem  como  da  Academia.  Nestes  empreendimentos  foram  despendidos  que,   compensados   com   vendas   de   terrenos,   subsídios   recebidos   e   dívidas   a   fornecedores  (leasings   e   outros),   deram   lugar   a   um   Cash   flow   negativo   na   rubrica   de   investimentos   em  Imobilizado   Corpóreo   de   cerca   de   10 período,   tendo   em   conta   as   diferenças  temporárias  nos  recebimentos  entre  mandatos  (Gráfico  5).    Para  fazer  face  a   ,  atingindo  em  2005  o  valor  de   .  Foi  em  2002  que  foi  emitido  o  1º  empréstimo  por  obrigações  da  SAD  do   Visto  que  cerca  de  metade  dos  empréstimos   foram  canalizados  para   o   investimento   no   Alvalade   XXI   e   na   Academia,   a   parte   remanescente   destinou-­‐se   a  assegurar  cerca  de  65    e  45  de  juros  dos  empréstimos  contraídos.  O  deficit  de  tesouraria  proveniente  da  aquisição-­‐venda  de  passes  de  jogadores,  de  21   contribuiu  para  o  agravamento  da  tesouraria.      Em  termos  de  resultados,  nestes  5  anos  os  resultados  líquidos  ascenderam  a  cerca  de  -­‐118   ,  valor  que  se  situa  acima  dos  50%  do  total  dos  prejuízos  gerados  entre  1995  e  2010.  Destacam-­‐se  especialmente  os  anos  de    Em  2004,  com  o  Novo  Estádio,  as  receitas  aumentaram  cerc    A   Margem   Bruta   do   Futebol   Profissional   (Gráfico   15)   apresentou   valores   negativos,  nomeadamente  em  2001  e  2003  (respectivamente  -­‐ -­‐ No  conjunto  dos  5  anos,  a  Margem   Bruta   do   Futebol   Profissional   foi   negativa,   saldando-­‐se   em   -­‐   Esta   evolução  contribuiu   para   o   agravamento   dos   resultados   líquidos,   na   medida   em   que   as   receitas,  incluindo  as  mais-­‐valias  das  vendas  dos  passes  de   jogadores,  não  cobriram  os  custos  com  os  ordenados   dos   jogadores   e   as   amortizações   dos   respectivos   passes   durante   os   5   anos   do  mandato.    Em  termos  de  venda  de  passes,  os  mais  significativos  dizem  respeito  aos  dos  jogadores  Hugo  Viana,  Cristiano  Ronaldo  e  Quaresma,  que  geraram  mais-­‐valias  de  8,9   11,2   4,2    respectivamente.  

posteriores.  Por  outro  lado,  entre  as  vendas  e  abates  de   passes   que   geraram  menos-­‐valias   neste   período   (Quadro   9),   estão   5   jogadores   (Niculae,  Hanuch,  Luís  Filipe,  Julien  Kmet  e  Quiroga)  cuja  menos-­‐valia  conjunta  atingiu  8,1      

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4. Mandato  de  Soares  Franco  (20.10.2005  a  05.06.2009)    Este  período  caracteriza-­‐se  pela  venda  final  (em  2009)  de  todos  os  terrenos  cuja  promessa  de  venda  já  havia  sido  contratualizada  no  protocolo  celebrado  com  o  Grupo  Multi  Development  Corporation   International,   S.A.   no   ano   de   2000,   e   ainda   pela   venda   em   2007   de   parte   do  complexo  Alvalade  XXI   ,  Health  Club,   Edifício  Administrativo,   Secretaria   e  Clínica)  

No  seu  conjunto,  há  lugar  a  entradas  de  tesouraria  de  cerca  de  8desinvestimento   imobiliário,   tendo   em   conta   as   diferenças   temporárias   nos   recebimentos  entre  mandatos  (Gráfico  5).      Alguns   dos   indicadores   económico-­‐financeiros   do   Grupo   Sporting   melhoraram,   apesar   do  montante   elevado   dos   empréstimos   contraídos   nos   exercícios   anteriores,   dos   quais   foram  

.  Em  2006  foi  emitido  o  2º  empréstimo  obrigacionista  do  Sporting,  m  2008  foi  assinado  o  acordo,  que  vigora  actualmente,  de  reestruturação  

da  dívida  com  as  entidades  bancárias.      Em  termos  de  tesouraria,  é  um  mandato  positivo  em  cerca  de  32  tem   um   superavit   total   de   19   ,   que   fez   face   ao   deficit   de   tesouraria   proveniente   da  aquisição-­‐venda  de  passes  de  jogadores,  de  15    montante  de  juros  pagos,  de  mais  de  56  

é  factor  negativo  a  influenciar  o  Cash  flow  do  período.    Em  relação  aos  resultados   líquidos,  o  ano  de  2007  registou  valor  positivo    sobretudo  aos  resultados  extraordinários  obtidos  com  a  venda  de  passes  de   jogadores   (Nani  

  Nos   anos   de   2007   e   2008  registaram-­‐se  resultados  operacionais  positivos  de   ,  respectivamente,  sendo  estes  anos  decisivos  na  obtenção  de  um  resultado  operacional  de  -­‐  no  inteiro  período  do   mandato.   O   ano   de   2009   teve   um   comportamento   menos   favorável,   apresentando   já  tendência  para  um  aumento  de  custos  em  todas  as  rubricas,  sem  o  correspondente  aumento  de  proveitos.        A  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  contribuiu  para  os  resultados  positivos  acima  citados,  

anual  o  mandato.      No  que  se  refere  à  venda  de  passes,  destacou-­‐se  o  realizado  na  época  2006/2007  (Nani),  que  proporcionou  uma  mais-­‐ .  Entre  outros,  de  rentabilidade  positiva,  estão  os  dos  jogadores   Enakarhire   e   Rochemback     (   +   +   2,6     de   mais-­‐valias   obtidas,  respectivamente).  Salienta-­‐se  ainda  a  venda  do  passe  do  jogador  Beto,  que  se  traduziu  numa  menos-­‐valia    e  o  abate  dos  passes  dos  jogadores  Paredes  e  Valdir,  com  uma  menos-­‐

.    5. Mandato  de  José  Bettencourt  (06.06.2009  a  26.03.2011)    Neste  mandato,  agravaram-­‐se  as  condições  económico-­‐financeiras  das  contas  consolidadas  do  G ,  e  os  

 

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Em   2010,   o   principal   factor   desequilibrador   da   tesouraria   foi   o   investimento   em   passes   de  jogadores,  com  um  fluxo  negativo  de  tesouraria  de  31  de  Março  de  2011,  este  deficit  foi  parcialmente  atenuado  com  as  transacções  de  passes  de  jogadores,   com   um   Cash   flow   l   (João   Moutinho   e   Miguel   Veloso  proporcionaram  mais-­‐valias  de  10,4   ).    A  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  caiu  de  novo  em  2010  para  5   ,  valor  que  contribuiu  para  os  prejuízos  atrás  citados.  Também  os  proveitos  totais  diminuíram  em  cerca  de  9  que  contribuiu  para  os  resultados  negativos  do  ano.    Neste  mandato,  para  além  das  obrigações  já  emitidas  pela  SAD  em  2006,  no  montante  de  19  

,   teve   lugar   a   emissão   das   denominadas   VMOCs   (Valores   Mobiliários   Obrigatoriamente  Convertíveis) .  Visto  que  a   SAD   tem  actualmente  um  capital   social  de  39  milhões  de  euros,  dos  quais  o  Sporting  detém  89,32%,  com  a  entrada  deste  reforço  de  capital,  o  Sporting  terá  que  equacionar  a  sua  posição  de  controlo  sobre  a  SAD,  assegurando,  até  2016,  

acções   denominadas   VMOCspretenda  garantir  a  maioria  qualificada  de  2/3  (condições  constantes  do  CSC).      6. Quadro  de  síntese  -­‐  Principais  aspectos  de  cada  Mandato  Directivo          

 QUADRO  18    Principais  aspectos  de  cada  Mandato  Directivo  

 

 Total                                  

mandatoMédia                                      anual

Total                                  mandato

Média                                      anual

Total                                  mandato

Média                                      anual

Total                                  mandato

Média                                      anual

Total                                  mandato

Média                                      anual

Tesouraria:Compra/construção  de  Imobilizado  Corpóreo   -­‐ -­‐ (4,0)                                 (0,8)                     (181,9)                     (36,4)                       -­‐ -­‐ -­‐ -­‐Alienação  de  Imobilizado  Corpóreo -­‐ -­‐ 10,7                               2,1                       25,8                             5,2                               102,2                       25,6               -­‐ -­‐Subsídios  Novo  Estádio  +  EPUL -­‐ -­‐ -­‐ -­‐ 34,5                             6,9                               -­‐ -­‐ -­‐ -­‐Cash  flow  teórico  entre  compras  -­‐                  vendas  de    passes   (1,8)                               (1,8)                       (10,8)                             (2,2)                     (27,0)                         (5,4)                             (14,3)                         (3,6)                 (10,8)                                           (5,4)                Cash  flow  operacional (4,1)                               (4,1)                       (26,3)                             (5,3)                     (65,3)                         (13,1)                       18,5                           4,6                   17,2                                               17,2              Empréstimos  contraídos  (+)  e  pagos  (-­‐) -­‐ -­‐ 60,5                               12,1                   197,6                         39,5                           (34,6)                         (8,7)                 25,2                                               25,2              Resultados:  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  (a) 4,0                                 4,0                         37,2                               7,4                       (13,5)                         (2,7)                             113,0                       28,3               5,4                                                   5,4                    Mais-­‐valias  líquidas  na  alienação  de  passes  (b)   9,0                                 9,0                         55,5                               11,1                   33,3                             6,7                               36,8                           9,2                   18,7                                               9,4                    Mais-­‐valias  líq.  na  alienação  de  Imob.  Corp.  (b)   -­‐ -­‐ 0,9                                     0,2                       18,3                             3,7                               7,7                                 1,9                   -­‐ -­‐Resultados  Líquidos (21,4)                         (21,4)                 (40,3)                             (8,1)                     (118,3)                     (23,7)                       (46,2)                         (11,5)           (37,5)                                           (37,5)            Melhores  vendas  de  passes Figo Nani

Balakov DuscherPeixe Vidigal

Acontecimentos  relevantes

(1)  Considera-­‐se  apenas  o  exercício  de  1995  (2)  Foram  considerados  5  exercícios,  sendo  o  primeiro  1996.  Os  resultados  líquidos  dos  anos  1997  e  1998  são  agregados.

(b)  Valor  de  venda  -­‐  valor  de  compra  +  amortizações  +  /-­‐  outros  gastos  e  rendimentos  

-­‐  Construção  do  Novo  Estádio,  da  Academia  e  do  Complexo  Alvalade  XXI.                                                                      -­‐Alienação  de  parte  dos  terrenos  da  Qta  de  Alvalade

-­‐  Alienação  dos  terrenos  restantes                      -­‐Alienação  de  parte  do  Alvalade  XXI  

Club,  Edifício  Administrativo,  Secretaria  e  Clínica)  

Emissão  de  55  milhões  de  euros  de  obrigações  convertíveis  em  acções  da  SAD  (VMOCs)

Regularização  de  custos  de  exercícios  

-­‐Criação  da  SAD  +  8  sociedades  do  Grupo.                                -­‐Assinatura  protocolo  MDC  p/  alienação  terrenos.                                                                -­‐Aquisição  do  terreno  da  Academia.  

(a)  Proveitos  da  actividade  desportiva  +  /-­‐  valias  na  venda  de  passes  -­‐  custos  com  pessoal  (jogadores  e  treinadores)  -­‐  amortizações  jogadores  e  treinadores  

(3)  Valores  apenas  referentes  a  2010,  com  excepção  da  informação  referente  a  passes  de  jogadores  e  imobilizado  corpóreo,  que  inclui  2011  (2  anos)

MandatosSantana  Lopes                                      

2/6/95  -­‐  10/4/96  (1)José  Roquette                                                            

11/4/96  -­‐  1/8/2000  (2)Dias  da  Cunha                                                                                

2/8/00  -­‐  19/10/05  Soares  Franco                                                                                  

20/10/05  -­‐  5/6/09José  Bettencourt                                                                            6/6/09  -­‐  26/3/11(3)

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

 

V. HIPOTECAS,  GARANTIAS,  PENHORES,  OUTROS  ÓNUS  E  LITÍGIOS    Este   Capítulo   relaciona-­‐se   com   os   pontos   1.3   e   1.4   do   Capítulo   anterior   onde   se   focaram,  respectivamente,   quais   os   principais   empréstimos   existentes   e   quais   as   provisões   para   riscos   e  encargos,  incluindo  litígios,  já  registadas  na  contabilidade.  Os  empréstimos  contraídos  geraram,  à  data,  os  ónus  que  em  seguida  descrevemos.      

1. HIPOTECAS,  GARANTIAS,  PENHORES  E  OUTROS  ÓNUS    

Em   2005,   o   Sporting   celebrou   com   o   BES   e   o   BCP   um   acordo   financeiro   denominado   Project  Finance,   mediante   o   qual   foi   reestruturado   e   consolidado   todo   o   passivo   bancário   do   Grupo  Sporting   então  em  dívida   àquelas   entidades.   Em  30   de  Dezembro  de   2008,   foi   celebrado  novo  acordo   com   os   bancos   credores   (BCP   e   BES),   concretizando   a   actualização   da   consolidação   da  dívida.  Em  consequência  destes  acordos,  todo  o  património  do  Grupo  Sporting  ficou  onerado  ao  serviço  da  dívida,  a  favor  dos  bancos  credores,  nas  condições  que  em  seguida  resumimos:    i) Penhores  e  promessas  de  penhor:    

Penhor  sobre  Acções  O  Sporting  SGPS  constituiu,  a  favor  dos  Bancos,  primeiro  penhor  sobre:  

a) Acções  SAD    Lote  Sporting  SGPS  b) Acções  SCS    Lote  SGPS  c) Acções  SPM  

O  SCP  constituiu  penhor  sobre:  a) Acções  SCS    Lote  SCP  b) Acções  Sporting  SGPS  c) Acções  SPM  

Penhor  sobre  Novas  Acções,   resultantes  do  aumento  de  capital  social,  de   fusões,  cisões  ou  transformações;  

Penhor  sobre  Créditos  do  Grupo  SCP,  nomeadamente  SCP,  SAD,  SPM,  SGPS  e  SCS;   Promessa  de  penhor  sobre  créditos  de  patrocínio    resultantes  da  exploração  de  Direitos  

de   Patrocínio   ou   Direitos   Desportivos   ou   de   quaisquer   Contratos   Relevantes   (Portugal  Telecom  SGPS,  S.A.,  BES,  Reebok  Portugal,  S.A.);  

Penhor   sobre   contas   bancárias     a   Conta   SCP,   a   Conta   Sporting   SAD,   a   Conta   Sporting  SGPS,  a  Conta  SPM  e  a  Conta  SCS;  

 

Promessa  de  penhor  sobre  Equipamento  Leasing  VideoScreen  (SCP  e  Sporting  SAD).    

       

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 ii) :    

Quotas  -­‐  todos  os  créditos  presentes  e  futuros  de  que  o  SCP  e  o  Sporting  SAD  venham  a  ser  titulares;  

Todos  os  créditos  presentes  e  futuros  que  a  SPM  venha  a  deter  sobre  a  sociedade  Refrige,  S.A.;  

Passes   dos   jogadores,   através   das   receitas   presentes   e   futuras,   detidas   e   a   deter   pela  Sporting  SAD,  emergentes  da  cedência  ou  transferência  dos  direitos  desportivos  relativos  aos  jogadores  de  futebol,  bem  como  dos  direitos  à  utilização  da  imagem  dos  jogadores;  

Todos  os  créditos  presentes  e  futuros  de  que  venha  a  ser  titular  relativamente  a  Seguros.    iii) Hipotecas:    Hipoteca  sobre  o  Património  Imobiliário  e  respectivos  Direitos  de  Superfície:    

Terrenos  do  Estádio  e   respectivos  acessos,  propriedade  do  Sporting  Clube  de  Portugal,  bem   como   os   terrenos   da   Construz,   abrangendo   todas   as   construções,   benfeitorias,  acessões,  presentes  e  futuras  que  nos  referidos  imóveis  venham  a  ser  introduzidas;  

Direitos   de   Superfície   das   construções   acima   citadas   incluindo   o   Estádio   e   o   Edifício  Multidesportivo.  

   iv) Reembolso  antecipado  obrigatório  dos  empréstimos:    

Passes  dos  jogadores    as  receitas  presentes  e  futuras,  detidas  e  a  deter  pela  Sporting  SAD  emergentes  da  cedência  ou  transferência  dos  direitos  desportivos  relativos  aos  jogadores  de   futebol,   bem   como   dos   direitos   à   utilização   da   imagem   dos   jogadores,   servem  obrigatoriamente,   no   prazo   de   5   dias,   como   reembolso   antecipado   dos   empréstimos  concedidos,  nas  seguintes  condições:  

20%   do   preço   da   venda   do   passe,   até   amortização   integral   do   empréstimo   de   15  milhões  de  euros;  

Após  a  amortização  integral  do  empréstimo  atrás  referido,  deverá  ser  amortizado  o  empréstimo  de  7,5  milhões  de  euros  pelo  montante  acumulado  da  venda  de  passes  que  exceder  2,5  milhões  de  euros  em  cada  ano  económico.  

  Alienação  de  participações  ou  activos  (excepto  passes),  co  os  valores  de  realização  serão  utilizados  para  amortizar  a  dívida,  no  prazo  de  5  dias  após  a  venda,  de  acordo  com  a  hierarquia  de  pagamento  estabelecida;  

  Outros  montantes   recebidos  ou   indemnizações  de   seguros   (excepto   sinistros),   no  prazo  de  5  dias  após  o  recebimento,  de  acordo  com  a  hierarquia  de  pagamento  estabelecida;    

Uma   percentagem,   no   valor   estabelecido   no   clausulado   do   acordo,   do   Cash   Flow   do  Grupo  SCP  apurado  pelo  Auditor  no  final  de  cada  Ano  Económico    

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 v) Dação  em  pagamento  (pró  solvendo):      Tendo  em  vista  o  reembolso  dos  empréstimos,  o  SCP,  a  SPM  e  o  Sporting  SAD  procedem  à  dação  dos  seguintes  créditos:  

Companhia  de  Seguros  Açoreana,  S.A.   EDP  Comercial    Comercialização  de  Energias,  S.A.   Portugal  Telecom,  SGPS,  S.A.   Manuel  Rui  Azinhais  Nabeiro,  Lda.   Efacec  Capital  SGPS,  S.A.   Galp  Energia,  SGPS,  S.A.   SCC    Sociedade  Central  de  Cervejas  e  Bebidas,  S.A.   BES,  S.A.   Cª  IBM  Portuguesa,  S.A.   Olivedesportos    Publicidade,  Televisão  e  Media,  S.A.   Puma  Portugal,  Lda.  

2. LITÍGIOS    

com  tramitação  processual  em  curso,  de  acordo  com  a   informação  prestada  pelos  Advogados  do  Grupo  Sporting:    

QUADRO  19    Processos  Judiciais  interpostos  pelo  Grupo  Sporting  Euros

Tipo Causa Valor AUTOR RÉU Fase Decisão

Acção  de  Condenação

Violação  do  direito  de  preferência  na  transferência  do  Barcelona  para  o  Benfica.

2.640.845,07(USD  

3.000.000,00)Sporting  SAD Simão  Sabrosa

1ª  Instância  ganha  pelo  réu.Relação  ganha  pelo  autor.Actualmente  em  recurso  no  STJ.

Insolvência Reclamação  de  créditos. 86.821 Sporting  SAD Farense  SAD Aguarda  pagamento

A  Sporting  SAD  nada  deve  receber  uma  vez  que  existem  credores  privilegiados.

Insolvência Reclamação  de  créditos. 92.042 Sporting  SADEstrela  da  Amadora

Fase  de  liquidação  dos  bens.

Insolvência Reclamação  de  créditos 1.718.864SCPSPMSAD

TBZAguarda  a  marcação  de  tentativa  de  conciliação.

Indemnização

Injunção  para  pagamento  facturas  em  dívida,  uma  pelos  danos  sofridos  no  EJA  e  outra  pela  substituição  da  relva.

126.353 SPMEVERYTHING  IS  NEW

Absolvido  o  réu.A  SPM  terá  de  dar  entrada  de  nova  acção.

InsolvênciaReclamação  de  créditos  comuns

255.993

Bondicarnes  -­‐  Comércio  de  Carnes,  S.A.e  Outros  (SPM)

Four  Squares  -­‐  Actividades  Hoteleiras,  Lda.

Em  liquidação

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 QUADRO  20    Processos  Judiciais  interpostos  ao  Grupo  Sporting  

Euros

Tipo Causa Valor Autor Réu Fase Decisão

Tribunal  do  Trabalho

Condenação  no  pagamento  de  retribuições  vencidas  

291.687Paulo  Jorge  Machado  Almeida  e  Outros

SCPAguarda  marcação  de  julgamento

InsolvênciaAcção  relacionada  com  a  insolvência  dos  Cinemas  Millenium,  S.A.

247.726MADRAGOA  FILMES.COM

SPMAguarda  marcação  de  julgamento

Pagamento  de  facturas

Processo  de  insolvência  a  correr  em  Madrid  que  poderá  afectar  as  contas  da  SPM  se  se  verificar  que  se  tem  de  pagar  os  cerca  de  45  mil  euros  de  facturas  não  registadas

91.052 DISTRADE SPMEm  julgamento  no  Tribunal  Comércio  de  Madrid

TaxasPagamento  taxas  de  publicidade  instalada

674.602 CML SPMIndeferimento  da  reclamação  graciosa  e  manutenção  da  liquidação

Apresentação  do  pedido  de  revisão  e  pedido  de  reconhecimento  de  isenção  

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VI. PRINCIPAIS  CONTRATOS  EM  VIGOR    Resumimos,  a  seguir,  os  principais  contratos  em  vigor  com  fornecedores/prestadores  de  serviços,  que  constituem  obrigações  do  Grupo  Sporting  para  com  entidades  terceiras:    

QUADRO  21    Principais  contratos  de  serviços  Euros

Serviços  contratados Fornecedor DataFim  Contrato

Valor  Anual(aproximado)

Manutenção  Electromecânica Sportser 30-­‐Jun-­‐11 290.000Manutenção  Elevadores Otis 30-­‐Jun-­‐13 65.000Manutenção  VideoScreens Philsystec 31-­‐Jul-­‐12 55.000Manutenção  Som  e  Equipamentos Tyco 31-­‐Jul-­‐12 50.000Manutenção  CCTV Observit 30-­‐Set-­‐11 50.000Manutenção  da  cobertura Martifer 30-­‐Jun-­‐17 70.000Manutenção  relvado Turfgolfe 30-­‐Mai-­‐12 77.000Segurança  Estática Prosegur 14-­‐Jul-­‐12 450.000Assistentes  de  Recinto  Desportivo  (Jogos) Prosegur 14-­‐Jul-­‐12 435.000Limpeza Servilimpe 31-­‐Jul-­‐12 410.000Resíduos  Sólidos  Urbanos Hidurbe 71.000

Energia  Eléctrica EDP Facturação  variável 692.500

Gás GALP Facturação  variável 430.000

Água EPAL Facturação  variável 64.000

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VII. CONCLUSÕES    Ao   longo   deste   trabalho,   e   de   acordo   com   o   objectivo   delineado,   foi   efectuada   uma   análise  descritiva   e   factual   da   evolução   da   situação   patrimonial   do   Grupo   Sporting,   numa   perspectiva  consolidada,   ao   longo   do   período   decorrido   entre   as   épocas   de   1998/99   e   2009/10.   Focámos  ainda,   em   alguns   dos   aspectos  mais   relevantes,   o   período   entre   1994/95   e   1998/99   e,   para   a  frente  no  tempo,  até  Março  de  2011.      Resumimos   agora   algumas   das   principais   conclusões   que,   no   nosso   entender,   podemos   tirar   a  partir  dos  factos  anteriormente  relatados.    O  Grupo  Sporting  apresenta  uma  Situação  Líquida  negativa  (-­‐183   ),  que  se  agravou  nos  12  anos  analisados  em  -­‐171   e  que   já  praticamente  atingido  em  2010,  em  valor  absoluto,  o  valor  do  Activo  líquido.  A  situação  é  de  falência  técnica.  As  dívidas  de  financiamento  atingem  em  2011  o  montante   de   276   milhões   de   euros   (incluindo   as   VMOCs),   assumidamente   uma   situação  económica-­‐financeira  desajustada.    As   causas  mais   relevantes   que   podemos   identificar,   e   que   levaram  a   esta   situação   económico-­‐financeira  nas  contas  consolidadas  do  Grupo  Sporting,  foram  as  seguintes:       Resultados  líquidos  negativos  consolidados  em  quase  todas  as  épocas.  

 Uma  explicação  para  os  resultados  negativos  crónicos  pode  encontrar-­‐se,  em  primeiro   lugar,  na  Margem  Bruta  do  Futebol  Profissional  ter  sido  muito  baixa  e  até  negativa  em  alguns  anos,  insuficiente  para   fazer   face  aos   restantes  custos   (incluindo  encargos   financeiros).  A  Margem  Bruta  anual  do  Futebol  Profissional  tem  o  seu  ponto  crítico    em  cerca  de  35  do  seu  valor  médio  anual  registado  no  período  em  análise  (1999-­‐2010)   .    A   influenciar   a   baixa   Margem,   estão   vencimentos   dos   jogadores   e   respectivos   passes,   que  geraram   amortizações   altas.   Por   outro   lado,   as   receitas   disponibilizadas   pelo   plantel   foram  baixas,  gerando,  em  consequência,  uma  Margem  Bruta  insuficiente  para  suportar  os  custos  de  estrutura  do  Grupo  Sporting.      Outro  motivo  para  que  os  Resultados  Líquidos  tenham  sido  quase  sempre  negativos,  deve-­‐se  ao   aumento   gradual   dos   Fornecimentos   e   Serviços   Externos,   que   tem   acompanhado   o  aumento  das  vendas  e,  desta  maneira,  consome  uma  parte  da  margem  libertada.      Os   Encargos   financeiros   elevados,   em   consequência   de   empréstimos   acrescidos,   têm   forte  peso  nos  Resultados  negativos.  

  Fluxos  de  tesouraria  negativos  em  quase  todas  as  épocas.    O   deficit   crónico   de   tesouraria   acumulado   cifrou-­‐se   em   cerca   de   214     (financiamentos   +  variação  Caixa  e  equivalentes)   em  11  anos,  ou  seja,  quase  20    O  quadro  abaixo  

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resume  quais  as  principais  origens  e  aplicações  de  fundos  dos  fluxos  de  tesouraria  durante  o  período  decorrido  entre  2000  e  2010.      

QUADRO  22    Resumo  dos  fluxos  globais  de  tesouraria  2000-­‐2010  

Imobilizações  Corpóreas:  Aquisições  e  construções (181,9)          Alienações  de  terrenos  e  construções 128,1            Subsídios  obtidos  (EPUL  e  Novo  Estádio) 34,5                  Outros (3,6)                   (22,9)              Imobilizações  Incorpóreas:  Aquisições  de  passes  de  jogadores/treinadores (168,1)          Venda  de  passes  de  jogadores/treinadores 108,2            Diferenças  temporais  recebimentos/pagamentos 0,8                       (59,1)              Imobilizações    Financeiras:  Venda  de  participações  financeiras 17,8                   17,8                  Actividade  operacional"Cash  flow"  da  actividade  operacional   (34,6)               (34,6)              Remuneração  dos  financiamentosJuros  e  encargos  financeiros (115,5)           (115,5)          SALDO  ANTES  DE  FINANCIAMENTOS (214,3)          Fluxo  de  financiamentosFinanciamentos  Obtidos 212,9             212,9            Variação  de  Caixa  e  equivalentes   (1,4)                  

ORIGENS/APLICAÇÕES VALOR

   A  justificação  para  este  deficit  pode  encontrar-­‐se  em  3  razões  básicas:          O   Investimento   líquido   em   passes   de   jogadores,   responsável   por   59     deficit.  Adicionando  a  este  valor  a  parte  dos  juros  anuais  pagos  imputáveis  a  esta  rubrica  ano  a  ano  (22   a  sua  parte  no  deficit  soma  81    

     O  Investimento  líquido  em  imobilizado  corpóreo  (complexo  Alvalade  XXI  e  Academia),  que  após  a  venda  de  terrenos  e  de  parte  do  Alvalade  XXI  foi  responsável  por  23   do  deficit.  Adicionando  a  este  valor  a  parte  dos  juros  anuais  pagos  que  lhe  são  imputáveis  (49   a  responsabilidade  no  deficit  desta  rubrica  soma  72    

     O  Cash  flow  operacional  negativo  na  maioria  das  épocas,  num  total  de  35    negativos,  que  é   em   parte   consequência   dos   resultados   líquidos   negativos.   Adicionando   àquele   valor   a  parte  dos  juros  anuais  pagos  que  lhe  são  imputáveis  (44  desta  rubrica  soma  79    

     A  venda  de  participações  financeiras  foi  a  única  rubrica  com  participação  positiva  no  Cash  Flow  global,        

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    Elevado  nível  de  financiamento.    A  situação  de  deficit  de   tesouraria  crónico  gerou  um  empréstimo   total  de    que   representa  um  agravamento  no  passivo     em  12  anos.   Esta   situação  produziu  custos   adicionais   em   juros   de   financiamento   que  período.    Os  ónus  constantes  do  acordo   firmado  com  os  bancos  condicionaram  a  gestão  da  tesouraria  por   via   de   dações   em   pagamento   de   receitas   de   patrocínio,   publicidade,   televisão   e   outras  cobranças   a   clientes,   sendo   que   em   relação   à   SAD   está   prevista   uma   retenção   de   20%   das  receitas  dos  passes  dos  jogadores  presentes  e  futuras  para  pagamento  dos  empréstimos,  até  

               NOVEMBRO/2011    

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LISTA  DOS  QUADROS    

 QUADRO      1    Perímetro  do  grupo  Sporting  ...........................................................................................  3  QUADRO      2    Evolução  do  activo  imobiliário  .......................................................................................  21  QUADRO      3    Detalhe  do  imobilizado  corpóreo  ..................................................................................  22  QUADRO      4    Resumo  Cash  Flow  teórico  do  imobilizado  ....................................................................  24  QUADRO      5    Evolução  do  Imobilizado  Incorpóreo  líquido  (Passes  dos  Jogadores  -­‐  SAD)  ..................  29  QUADRO      6    Contribuição  do  Fundo  de  jogadores  .............................................................................  32  QUADRO      7    Resumo  do  movimento  dos  jogadores  entre  01.07.1997  e  31.03.2011........................  35  QUADRO      8    Vendas  de  jogadores  com  mais  valias  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  .........................  38  QUADRO      9    Vendas/Abates  de  jogadores  com  menos  valias  entre  01.07.1997  e  31.03.2011  .........  39  QUADRO  10    Margem  bruta  do  futebol  profissional    1999-­‐2010  .......................................................  41  QUADRO  11    Clientes  e  devedores  de  cobrança  duvidosa  com  imparidade  a  100%  .........................  48  QUADRO  12    Resultados  Extraordinários  1999  a  2010  .......................................................................  51  QUADRO  13    Ranking  de  valores  médios  de  remunerações  de  Jogadores  e  Treinadores    por  época  

1995-­‐2011  ......................................................................................................................  58  QUADRO  14    Ranking  de  valores  médios  de  remunerações  de  Administradores  e  Directores    por  

época  1995-­‐2011  ............................................................................................................  58  QUADRO  15    Ranking  de  valores  médios  de  honorários  por  época  1999-­‐2011  .................................  62  QUADRO  16    Ranking  de  valores  médios  de  Remunerações  e  Honorários  por  época  1995-­‐2011  .....  63  QUADRO  17    Gastos  financeiros  imobilizados  ....................................................................................  65  QUADRO  18    Principais  aspectos  de  cada  Mandato  Directivo  ............................................................  71  QUADRO  19    Processos  Judiciais  interpostos  pelo  Grupo  Sporting  ....................................................  74  QUADRO  20    Processos  Judiciais  interpostos  ao  Grupo  Sporting  .......................................................  75  QUADRO  21    Principais  contratos  de  serviços  ....................................................................................  76  QUADRO  22    Resumo  dos  fluxos  globais  de  tesouraria  2000-­‐2010  ....................................................  78    

 

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

LISTA  DOS  GRÁFICOS      

GRÁFICO      1    Balanços  consolidados  comparados    Grupo  Sporting  ......................................................  9  GRÁFICO      2    Evolução  da  Demonstração  de  Resultados  consolidados    Grupo  Sporting....................  11  GRÁFICO      3    Evolução  da  estrutura  de  custos  ....................................................................................  13  GRÁFICO      4    Evolução  dos  resultados  .................................................................................................  14  GRÁFICO      5    Evolução  anual  dos  Cash  Flows  ......................................................................................  15  GRÁFICO      6    Evolução  dos  Cash  Flows  acumulados  ...........................................................................  16  GRÁFICO      7    Terrenos  e  edifícios  do  Grupo  Sporting  .........................................................................  18  GRÁFICO      8    ALVALADE  XXI  -­‐  Estrutura  ...............................................................................................  25  GRÁFICO      9    ALVALADE  XXI  -­‐  Investimento  do  Estádio  por  tipo  de  obra  ...........................................  26  GRÁFICO  10    ALVALADE  XXI  -­‐  Investimento  por  Fornecedor  ..............................................................  26  GRÁFICO  11    Evolução  das  necessidades  de  fundo  de  maneio  dos  investimentos  imobiliários  ........  27  GRÁFICO  12    Evolução  do  imobilizado  incorpóreo  líquido  passes  dos  jogadores  ..............................  29  GRÁFICO  13    Evolução  das  aquisições  e  vendas  de  passes  de  jogadores    Imobilizado  Bruto  ...........  31  GRÁFICO  14    Aquisições  e  vendas  de  jogadores  e  treinadores  ...........................................................  33  GRÁFICO  15    Evolução  da  margem  bruta  do  futebol  profissional  ......................................................  40  GRÁFICO  16    Evolução  do  financiamento  por  natureza  ......................................................................  42  GRÁFICO  17    Evolução  do  financiamento  por  entidade  ......................................................................  44  GRÁFICO  18    Provisões  2010  ...............................................................................................................  45  GRÁFICO  19    Acréscimos  e  Diferimentos  ............................................................................................  46  GRÁFICO  20    Clientes  e  outros  devedores  -­‐  2010  ...............................................................................  47  GRÁFICO  21    Fornecedores  e  outros  credores  -­‐  2010  .........................................................................  48  GRÁFICO  22    Evolução  das  prestações  de  serviços  e  vendas  por  categoria  .......................................  50  GRÁFICO  23    Resultados  Extraordinários  e  Outros  Operacionais  .......................................................  52  GRÁFICO  24    Gastos  com  Pessoal  por  categoria  profissional  .............................................................  57  GRÁFICO  25    Gastos  com  Pessoal  por  tipo  de  encargo  .......................................................................  59  GRÁFICO  26    Evolução  de  FSE  por  natureza  ........................................................................................  61  GRÁFICO  27    Gastos  com  pessoal  e  Honorários    evolução  1999  a  2010  ...........................................  62  GRÁFICO  28    Amortizações  do  imobilizado  corpóreo  e  incorpóreo  ...................................................  64  GRÁFICO  29    Proveitos  Suplementares  ...............................................................................................  66  GRÁFICO  30    Ajustamentos/Provisões  ................................................................................................  67  GRÁFICO  31    Decomposição  dos  ajustamentos  e  provisões  acumuladas  de  1999  a  2010  .................  67    

 

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

BALANÇO  CONSOLIDADO  DE  1999  E  DE  2010    31 JUL 1999 30 JUN 10 31 JUL 1999 30 JUN 10

ACTIVO Activo Líquido Activo Líquido

IMOBILIZADO CAPITAL PRÓPRIO

Imobilizações Incorpóreas: Capital 8.480 8.480

Despesas de Instalação 515 2 Diferenças de consolidação 96

Despesas de Investigação e Desenvolvimento 15 Reservas de reavaliação 39.802 17.116

Propriedade Industrial e Outros Direitos 41.114 35.895 Reservas legais 2.990

Adiantamentos por conta de imobilizações incorpóreas 998 - Outras reservas 4.583 4.778

Diferenças de Consolidaçäo 4.776 - Resultados transitados (33.060) (178.622)

47.403 35.912 19.804 (145.162)

Resultado líquido do exercício (8.047) (37.535)

Terrenos e Recursos Naturais 39.803 18.709 Edificios e Outras Construções 6.714 113.797 Total do capital próprio 11.757 (182.697)

Equipamento Básico 422 188

Equipamento de Transporte 266 153 INTERESSES MINORITÁRIOS

Ferramentas e Utensílios 307 6 Capital 8.435 345

Equipamento Administrativo 694 399 Resultado líquido do exercício - (278) Outras Imobilizações Corpóreas 45 515 8.435 67

Imobilizações em Curso 1.469 7

49.720 133.774 PASSIVO

Investimentos Financeiros: Provisões: -

Partes de Capital em Empresas Associadas 25 2 Provisões para pensões 1.663 3.802

Títulos e Outras Aplicações Financeiras 2 2 Provisões para impostos 845

27 4 Outras provisões 2.354 2.637

CIRCULANTE 4.017 7.284

Existencias: Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:

Mercadorias 296 573 Empréstimos por obrigações :

296 573 Obrigações Não convertíveis 18.795

Dívidas de Terceiros - Médio e Longo Prazo Dívidas a Instituições de Crédito 7.538 209.046

Clientes, c/c 1.009 - Fornecedores de Imobilizado, c/c 4.974

1.009 - Estado e Outros Entes Públicos 949 7

Dívidas de terceiros - Curto prazo: Outros Credores 11.213 2.345

Clientes, c/c 1.198 6.840 19.700 235.167

Empresas associadas 484 18

Empresas participadas e participantes 1 - Dívidas a terceiros - Curto prazo:

Adiantamentos a fornecedores - 168 Dívidas a instituições de crédito 37.987 29.760

Estado e outros entes públicos 991 4.046 Fornecedores, c/c 2.451 27.593

Outros devedores 6.223 1.422 Fornecedores -Títulos a pagar 201 8.776

Subscritores de capital 8 8 Empresas Associadas 195 924

8.905 12.502 Outros accionistas (sócios) 365 1

Títulos negociáveis: Adiantamento de clientes 3.676

Acções em empresas associadas 548 331 Fornecedores de imobilizado, c/c 538 1.540

Outras aplicações de tesouraria 7 - Estado e outros entes públicos 1.345 3.617

556 331 Outros credores 9.320 7.761

Depósitos bancários e caixa: 52.401 83.648

Depósitos bancários 1.924 1.004

Caixa 74 9 Acréscimos e diferimentos:

1.998 1.013 Acréscimos de custos 750 6.674

Acréscimos e diferimentos Proveitos diferidos 13.201 42.741

Acréscimos de proveitos 38 4.290 13.951 49.415 Custos diferidos 310 4.485 Total do passivo 90.069 375.514

348 8.775

Total do activo 110.261 192.884 110.261 192.884 Total do capital próprio, dos interesses minoritários e do passivo

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

GRUPO SPORTINGBALANÇO CONSOLIDADO DE 31 DE JULHO DE 1999 E 30 DE JUNHO DE 2010

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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal

DEMONSTRAÇÃO  DE  RESULTADOS  CONSOLIDADOS  DE  1999  A  2010  31 JUL 99 31 JUL 00 31 JUL 01 31 JUL 02 31 JUL 03 30 JUN 04 30 JUN 05 30 JUN 06 30 JUN 07 30 JUN 08 30 JUN 09 30 JUN 10

CUSTOS E PERDASCusto das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:

Mercadorias 785 1.231 1.637 1.970 1.206 2.003 110 46 - - 409 920 Matérias 60 77 75 77 184 29 - - - - -

Fornecimentos e serviços externos 10.352 11.642 14.496 16.265 12.830 18.536 16.417 17.041 19.041 19.626 20.665 21.166 Custos com o pessoal:Remunerações 13.474 22.631 27.429 31.859 27.610 24.839 24.485 21.151 24.732 22.630 24.845 24.063 Encargos Sociais:Pensões - - - - - - - - - - - - Outros 1.714 1.666 1.973 2.182 2.153 1.944 1.876 1.778 1.884 2.104 3.603 4.198

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 15.876 17.211 21.505 21.830 21.390 26.430 23.180 17.876 17.350 13.758 18.400 21.834 Ajustamentos - - - - - - - - 2.458 596 3.274 3.936

Provisões 361 192 1.434 46 443 2.258 1.085 - - - - - Impostos 176 56 255 518 495 830 1.021 987 665 798 996 791 Outros custos e perdas operacionais 1.375 1.331 780 981 1.155 601 1.445 1.313 1.496 1.979 509 1.117

(A) 44.172 56.037 69.583 75.728 67.466 77.470 69.619 60.192 67.626 61.491 72.701 78.025 Amortizações e ajustamentos de aplicações e investimentos financeirosJuros e custos similares:Relativos a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Perdas relativas a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Outros 3.411 3.915 6.114 8.124 9.438 13.023 16.203 15.143 19.603 14.483 17.076 11.459

(C) 47.583 59.952 75.698 83.852 76.903 90.493 85.822 75.335 87.229 75.974 89.777 89.484 Custos e perdas extraordinários 2.416 1.633 1.526 3.376 2.880 1.463 2.264 3.486 1.605 1.943 3.298 1.710

(E) 49.999 61.586 77.224 87.227 79.783 91.956 88.086 78.821 88.834 77.917 93.075 91.194 Imposto sobre o rendimento do exercício - - 24 5 14 29 16 13 15 22 38 137

(G) 49.999 61.586 77.247 87.233 79.797 91.985 88.102 78.834 88.849 77.939 93.113 91.331 Interesses minoritários (865) (3.871) (7.261) (5.404) 160 4 (36) (21) (21) (32) 4 5 Resultado consolidado líquido do exercício (8.047) (13.636) (25.317) (25.674) (29.552) (15.259) (22.508) (16.356) 6.543 (10.333) (26.047) (37.535)

41.087 44.079 44.669 56.154 50.406 76.730 65.558 62.457 95.371 67.574 67.070 53.801

PROVEITOS E GANHOSVendas - - - - - - - - - - - - Mercadorias 1.491 2.159 2.660 3.382 2.179 2.882 314 393 321 - 808 1.606 Produtos - - 114 504 369 575 269 26 2 295 290 246

Prestações de serviços 18.043 21.380 22.736 28.126 24.684 40.228 45.023 44.934 48.505 50.735 48.311 44.951 Variação da produção - Trabalhos para a própria empresa - - 103 - 356 18 - - - - - - Proveitos suplementares 243 1.065 9.700 3.215 408 166 3.362 4.585 6.677 7.716 10.075 4.193 Subsídios à exploração 42 190 156 418 71 64 165 126 134 243 100 149 Outros proveitos e ganhos operacionais 686 210 884 465 198 8.873 1.299 6.838 26.780 2.666 100 7 Reversões de amortizações e ajustamentos - - - - - - - 4 - - - -

(B) 20.505 25.004 36.354 36.110 28.265 52.806 50.432 56.906 82.419 61.655 59.684 51.152 Ganhos de Participações de Capital:Relativos a empresas associadas - - - - - - - 133 - - - - Relativos a outras empresas - - - - - - - - - - - -

Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras:Relativos a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Outros - - - - - - - - - - - -

Outros juros e proveitos similares:Relativos a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Outros 885 892 1.175 1.259 983 1.759 2.538 1.788 2.599 3.118 2.338 670

(D) 21.390 25.896 37.529 37.369 29.248 54.565 52.970 58.827 85.018 64.773 62.022 51.822 Proveitos e ganhos extraordinários 19.698 18.183 7.141 18.785 21.158 22.165 12.588 3.630 10.353 2.801 5.048 1.979

(F) 41.087 44.079 44.669 56.154 50.406 76.730 65.558 62.457 95.371 67.574 67.070 53.801

Resultados operacionais: (B)-(A) (23.668) (31.033) (33.230) (39.618) (39.201) (24.664) (19.187) (3.286) 14.793 164 (13.017) (26.873) Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) (2.526) (3.024) (4.939) (6.865) (8.454) (11.264) (13.665) (13.222) (17.004) (11.365) (14.738) (10.789) Resultados correntes: (D)-(C) (26.193) (34.056) (38.169) (46.483) (47.655) (35.928) (32.852) (16.508) (2.211) (11.201) (27.755) (37.662) Resultados antes de impostos: (F)-(E) (8.912) (17.507) (32.554) (31.073) (29.378) (15.226) (22.528) (16.364) 6.537 (10.343) (26.005) (37.393) R. consolidado c/ int. minorit. do exercício: (F)-(G) (8.912) (17.507) (32.578) (31.078) (29.392) (15.255) (22.544) (16.377) 6.522 (10.365) (26.043) (37.530)

GRUPO SPORTINGDEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DE 31 DE JULHO DE 1999 A 30 DE JUNHO DE 2010

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