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Andr?a Elias04748629924 Aula 1 ADMINISTRAÇÃO GERAL - TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO PROFa. LILIAN LIMA QUINTÃO Prof a . Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 1 de 78 AULA 1 EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Principais abordagens da administração (clássica até contingencial). Evolução da administração pública no Brasil (após 1930) e reformas administrativas. Nova gestão pública. SUMÁRIO 1. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Principais abordagens da administração (clássica até contingencial) 2 1.1 Abordagem Clássica 3 1.1.2 Administração Científica 3 1.1.3 Teoria Clássica 7 1.2 Abordagem Humanista 11 1.3 Abordagem Neoclássica 14 1.4 Abordagem Burocrática 16 1.5 Abordagem Comportamental 20 1.6 Abordagem Sistêmica 22 1.7 Abordagem Contingencial 26 2. Evolução da administração pública no Brasil (após 1930) e reformas administrativas 30 3. Nova Gestão Pública 37 Lista de Questões Comentadas 46 Referência Bibliográfica 67 Lista das Questões Apresentadas 68 Gabarito 78 Olá pessoal… Vamos iniciar nossa primeira aula em ritmo acelerado estudando as principais abordagens da administração. Ressalto que na aula de hoje apresentarei uma breve contextualização sobre a evolução da administração pública no Brasil após 1930. Esse assunto não será estudado de forma profunda visto que é conteúdo específico da disciplina administração pública ministrada pelo professor da área. Dedique-se ao máximo, com muito comprometimento e foco que logo você será recompensado(a)! A melhor forma de aumentar seu desempenho nas provas é através da resolução exaustiva de questões da banca organizadora. É importante, também, ter ENERGIA e manter o pique durante todo o período de preparação. Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, entre em contato comigo através do fórum. Um grande abraço e bons estudos!

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AULA 1

EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Principais abordagens da administração (clássica até contingencial). Evolução da administração pública no Brasil (após 1930) e reformas administrativas. Nova gestão pública.

SUMÁRIO

1. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Principais abordagens da administração (clássica até contingencial) 2

1.1 Abordagem Clássica 3

1.1.2 Administração Científica 3

1.1.3 Teoria Clássica 7

1.2 Abordagem Humanista 11

1.3 Abordagem Neoclássica 14

1.4 Abordagem Burocrática 16

1.5 Abordagem Comportamental 20

1.6 Abordagem Sistêmica 22

1.7 Abordagem Contingencial 26

2. Evolução da administração pública no Brasil (após 1930) e reformas administrativas 30

3. Nova Gestão Pública 37

Lista de Questões Comentadas 46

Referência Bibliográfica 67

Lista das Questões Apresentadas 68

Gabarito 78

Olá pessoal…

Vamos iniciar nossa primeira aula em ritmo acelerado estudando as principais abordagens da administração. Ressalto que na aula de hoje apresentarei uma breve contextualização sobre a evolução da administração pública no Brasil após 1930. Esse assunto não será estudado de forma profunda visto que é conteúdo específico da disciplina administração pública ministrada pelo professor da área.

Dedique-se ao máximo, com muito comprometimento e foco que logo você será recompensado(a)! A melhor forma de aumentar seu desempenho nas provas é através da resolução exaustiva de questões da banca organizadora. É importante, também, ter ENERGIA e manter o pique durante todo o período de preparação.

Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, entre em contato comigo através do fórum.

Um grande abraço e bons estudos!

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1. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: PRINCIPAIS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO

A tarefa da Administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação. Assim, a Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos.

O significado e o conteúdo da Administração sofreram ampliação e aprofundamento através das diferentes teorias que abordaremos. O conteúdo do estudo da Administração varia de acordo com teoria ou escola considerada.

Cada teoria das organizações dá mais ênfase a um aspecto específico da administração. Algumas priorizam os aspectos técnicos como tarefas, normas, estrutura organizacional, responsabilidade dos administradores e hierarquia e são denominadas MECANICISTAS. Outras dão mais ênfase às pessoas que constituem a organização como motivação e comportamento e são chamadas COMPORTAMENTAIS. Outras enfatizam as relações entre as partes da organização e a sua interação com o ambiente externo e se chama enfoque SISTÊMICO.

Antes de iniciar o assunto sobre a evolução do pensamento administrativo, gostaria de reforçar alguns conceitos importantes:

• ADMINISTRAÇÃO – é o processo de conjugar recursos humanos e materiais de forma a atingir fins desejados, através de uma organização.

• ORGANIZAÇÃO – é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos.

• FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS – quando consideradas de forma integrada, as funções administrativas formam o chamado processo administrativo e quando consideradas isoladamente, o planejamento, a direção, a organização e o controle constituem as funções administrativas.

A seguir estudaremos como a teoria da administração tem evoluído nos tempos modernos e as preocupações centrais que têm conduzido a avanços permanentes na teoria da administração.

1.1. ABORDAGEM CLÁSSICA

No início do Século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos a respeito da Administração. De um lado, a Escola da Administração Científica, desenvolvida nos Estados Unidos, a partir do trabalho de Frederick

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Taylor. De outro lado, a corrente desenvolvida na França com os trabalhos pioneiros de Henri Fayol.

Em função dessas duas correntes, a Abordagem Clássica é desdobrada em duas orientações diferentes e, até certo ponto, opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência.

1.1.1. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA - TAYLOR

A abordagem básica dessa teoria é a ênfase colocada nas TAREFAS. Frederick Winslow Taylor (1856-1915) nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. A partir de 1876 passou a estudar profundamente os problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial e, assim, passou a trabalhar como operário, chegando inclusive a postular o cargo de engenheiro.

Quando trabalhava como engenheiro, o sistema de remuneração em vigor era por peça ou por tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa. Para contrabalancear o preço das peças, os funcionários diminuíam o ritmo de produção. Esse cenário levou Taylor a analisar o problema da produção, buscando balancear os interesses de patrões e empregados.

Destaca-se que a Administração Cientifica é dividida em dois períodos em que Taylor deu ênfase a um tipo de estudo em cada um deles.

O primeiro período corresponde à época da publicação do livro Shop Management (Administração das Oficinas), que enfoca técnicas para racionalização do trabalho operário por meio de Estudos de Tempo e Movimento (Motion-time Study). Seu estudo começou com a análise cuidadosa das tarefas de cada operário. Ele segmentou cada movimento e processo de trabalho visando aperfeiçoá-los.

Uma de suas conclusões foi que os operários produziam muito menos do que realmente poderiam produzir com os equipamentos disponíveis, pois mesmo que ele produzisse mais, ele não teria uma remuneração adicional para isso. Era preciso mudar o sistema de remuneração e nesse seu primeiro livro Taylor recomenda que:

1. O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir os custos unitários de produção;

2. Como forma de alcançar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações da organização;

3. Os funcionários devem ser alocados em seus postos de trabalho segundo os métodos científicos, juntamente com os recursos para realizar as suas tarefas de forma adequada;

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4. Devem ser treinados segundo um método científico para aperfeiçoar suas aptidões e executar as suas tarefas de forma mais eficiente;

5. A Administração deve criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os funcionários.

É importante compreender que, no primeiro período de seus estudos, Taylor apresentou as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos. Ele concluiu que se o operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que seu colega menos produtivo, acabava se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a condição de pagar mais ao operário que produz mais.

O segundo período é marcado pelo livro Princípios de Administração Científica. Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da organização e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Ele, então, desenvolveu estudos sobre a Administração Geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar as preocupações com as tarefas operárias. Segundo Taylor, as organizações de sua época sofriam de três enfermidades:

1. Vadiagem sistemática dos funcionários - reduziam a produção para aproximadamente um terço da sua capacidade real, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Havia três causas para esta vadiagem sistemática:

• O falso conceito de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca o desemprego;

• O sistema deficiente de administração que força os operários à ociosidade no trabalho para proteger interesses pessoais. Receio à mudança;

• Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais os operários desperdiçam grande parte de seus esforços e tempo.

2. A gerência desconhecia as rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização;

3. Falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho.

Para sanar essas enfermidades, Taylor desenvolveu a administração científica ou racionalização científica do trabalho. Segundo o autor, a organização e a Administração devem ser tratadas cientificamente e não empiricamente. Ou seja, a improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à ciência.

Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Contudo, Taylor visava à substituição desses métodos rudimentares de observação pela análise científica da realização das atividades, por meio do estudo de tempos e

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movimentos. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de organização racional do trabalho (ORT).

A organização racional do trabalho (ORT) se fundamenta em:

• Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos – divisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados visando à economia de tempo e esforço, melhorando a eficiência do funcionário e o rendimento da produção.

O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização dos métodos de trabalho do operário e a fixação dos tempos padrões na realização das atividades, eliminando todo o desperdício de esforço humano devido a especialização de atividades.

• Estudo da fadiga humana – racionalizar os movimentos, eliminando os que produzem fadiga (a fadiga gera diminuição da produtividade e qualidade, perda de tempo, doenças, entre outros).

• Divisão do trabalho e especialização do operário – Cada operário passou a ser especializado na execução de tarefas simples, repetitivas e padronizadas.

• Desenho dos cargos e tarefas – cada operário ficaria restrito a uma específica tarefa que deveria ser executada cíclica e repetitivamente, para aumentar sua eficiência.

• Incentivos salariais e prêmio de produção – a maior motivação para as pessoas seria o ganho material. Segundo Taylor, remuneração baseada em tempo não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituída por remuneração baseada em produção de cada operário. Assim, ganharia proporcionalmente a sua produção.

O prêmio de produção é o estímulo salarial adicional para os operários que ultrapassassem a quantidade produzida no tempo médio.

• Conceito de Homo Economicus – toda pessoa é influenciada apenas por recompensas salariais, econômicas e materiais. Ou seja, o homem procura trabalho não porque gosta, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona.

• Cuidado com as condições do ambiente de trabalho - garantir o bem estar físico do trabalhador (iluminação, conforto) a fim de reduzir a fadiga e aumentar a eficiência.

• Padronização de métodos e de máquinas – tem o intuito de reduzir a variabilidade no processo produtivo eliminando o desperdício.

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• Supervisão funcional – existência de diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área e que tem autoridade funcional sobre os subordinados.

É importante destacar que para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:

• Principio de PLANEJAMENTO - substitui no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.

• Princípio do PREPARO - selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão de obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.

• Princípio do CONTROLE - controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.

• Princípio da EXECUÇÃO - distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

Henry Ford foi outro precursor e contribuiu para a ampliação da Administração Científica. Iniciou sua vida como mecânico e, em 1899, fundou sua primeira fábrica de automóveis que logo depois foi fechada. Sem desanimar, fundou, em 1903, a Ford Motor com a ideia de vender o carro, antes destinado a milionários, a preços populares através da produção em massa.

Ford observou que os operários perdiam muito tempo fazendo tarefas inúteis, principalmente a procura de peças e ferramentas que estavam em lugares distantes de seus postos de trabalho. Fazendo uma cronometragem, verificou que em média um ciclo de produção, ou seja, o tempo de execução de todas as tarefas chegava a mais de oito horas.

Para reduzir esse tempo, Ford introduziu uma linha de montagem móvel e mecanizada. Nessa linha de montagem, os funcionários não se movimentavam para pegar os insumos, mas os insumos chegavam a eles. Com isso, o tempo de ciclo foi reduzido para cerca de uma hora e meia.

A racionalização da produção de Henry Ford proporcionou uma grande contribuição à administração científica com o surgimento da linha de montagem, que permite a produção em série. A linha de montagem é o processo de produção em que os componentes do produto a ser fabricado são transportados por meios mecânicos para os locais em que ficam os operários incumbidos de montá-los. Na

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produção em série ou em massa, o produto é padronizado, bem como o maquinário, material, mão de obra.

Esta nova tecnologia reduziu a necessidade de investimentos, aumentou a produção, assim como diminuiu o custo de produção dos carros. Para motivar os funcionários, Ford aumentou os salários dos funcionários.

Seguem as principais críticas da Administração Científica:

• Mecanicismo da Administração Científica.

• Superespecialização robotizada do operário.

• Visão microscópica do homem – cada empregado é tomado individualmente, ignorando que o trabalhador é um ser humano e social.

• Ausência de comprovação científica.

• Limitação do campo de aplicação – limita-se à fábrica, não considerando os demais aspectos como financeiro, comerciais, etc.

• Abordagem de Sistema Fechado – visualiza somente aquilo que acontece dentro de uma organização, sem levar em conta o meio ambiente em que está situada.

1.1.2. TEORIA CLÁSSICA - FAYOL

Se por um lado a Administração Científica caracteriza-se pela excessiva ênfase nas tarefas realizadas pelos trabalhadores, por outro lado a Teoria Clássica caracteriza-se pela ênfase na ESTRUTURA e nos processos organizacionais.

Na Administração Científica, a eficiência organizacional era atingida por meio da racionalização do trabalho do operário e no somatório da eficiência individual. Contrapondo essa visão, a Teoria Clássica focava toda a estrutura organizacional para garantir eficiência a todas as partes envolvidas.

Henri Fayol, o fundador da Teoria Clássica, não somente desenvolveu um pensamento orientado para a análise da estrutura e do processo administrativo como também conseguiu demonstrar que a ciência da Administração poderia ser ensinada e, portanto, aprendida.

A escola clássica estabelece uma forma de administrar dando ênfase à maneira correta de se estabelecer a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores, determinadas por meio de uma compreensão precisa e metódica do trabalho a ser executado.

Segundo Fayol, toda e qualquer organização deve ter um conjunto de funções, as quais fazem as organizações funcionarem de maneira adequada e saliente que as seis funções básicas que toda empresa apresenta são:

• Técnicas – relacionadas à produção;

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• Comerciais – compra e venda;

• Financeiras – captação e gerenciamento de capitais;

• Segurança – proteção do patrimônio e das pessoas;

• Contábeis – inventários, balanços, etc;

• Administrativas – integram as outras funções.

Fayol também conceitua as funções universais da Administração ou funções do administrador (P O C C C) em:

• Prever – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

• Organizar – proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa e pode ser dividida em organização material e organização social.

• Comandar – dirigir e orientar o pessoal.

• Coordenar - ligar, reunir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

• Controlar – verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.

No livro Administração Geral e Industrial, Fayol elaborou os princípios gerais da administração, alguns dos quais contrastam com os de Taylor. Por exemplo, Taylor propunha o emprego de diversos supervisores, cada um especializado em um aspecto da tarefa do operário, enquanto Fayol defendia o princípio de unidade de comando, segundo o qual uma pessoa deve ter apenas um chefe no seu trabalho.

Fique atento! A Teoria Clássica discorda da supervisão funcional proposta pela Administração Científica por achar que ela constitui uma negação da unidade de comando, princípio essencial para a coordenação das atividades da organização.

Seguem os 14 princípios gerais da Administração. Entenda todos os conceitos porque esse assunto é frequentemente cobrado. O examinador pode, por exemplo, apresentar um conceito e pedir para o aluno identificar qual o princípio relacionado.

1) Divisão do trabalho – propõe a especialização das tarefas e das pessoas a fim de aumentar a eficiência.

Muita atenção nos detalhes! Enquanto a Administração Científica se preocupava com a divisão do trabalho no nível do operário, fragmentando as tarefas deste, a Teoria Clássica se preocupava com a divisão no nível dos órgãos que compõem a organização (departamentos, seções, unidades).

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A divisão do trabalho, segundo a Teoria Clássica, pode ser realizada:

•••• Verticalmente – segundo os níveis de autoridade e responsabilidade, definindo os diferentes escalões de poder da organização.

•••• Horizontalmente – especialização segundo os diferentes tipos de atividades

2) Autoridade e responsabilidade - Autoridade é todo direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio entre autoridade e responsabilidade.

3) Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.

4) Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contraordens.

5) Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

6) Subordinação dos interesses individuais ao interesse geral - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.

7) Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.

8) Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas no topo da hierarquia da organização.

9) Linha de Comando (cadeia escolar) - É a linha de autorizada que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio de comando.

10) Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.

11) Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais.

12) Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.

13) Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.

14) Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo

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grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.

Além desses princípios, Fayol também dava preferência pela organização linear que é um tipo de estrutura organizacional que apresenta uma forma piramidal. Esse tipo de organização é baseada nos princípios:

• Unidade de comando ou supervisão única – cada indivíduo tem apenas um chefe.

• Unidade de direção – todos os objetivos e tarefas devem compor planos maiores que conduzam aos objetivos da organização.

• Centralização da autoridade – a autoridade máxima está concentrada no topo da organização.

• Cadeia escalar – existência de escalões hierárquicos e os níveis hierárquicos estão subordinados ao nível hierárquico superior.

A Teoria Clássica também caracteriza-se por seu enfoque PRESCRITIVO E NORMATIVO visto que prescreve quais os elementos da administração (funções do administrador) e quais os princípios gerais que o administrador deve adotar em sua atividade.

Por fim, é importante compreender que na Administração Científica, a preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional. Essa abordagem trata a organização no sentido “DE BAIXO PARA CIMA”, ou seja, do operário para supervisor e gerente e das partes operários e seus cargos para o todo organizacional.

Já a Teoria Clássica preocupava em aumentar a eficiência por meio da forma e disposições dos órgãos competentes da organização, abordando o sentido “DE CIMA PARA BAIXO”, ou seja, da direção para a execução e do todo organizacional para as partes componentes (departamentos).

Destacam-se as principais críticas à Teoria Clássica:

• Abordagem simplificada da organização formal.

• Ausência de trabalhos experimentais.

• Extremo racionalismo na concepção da administração – Os autores clássicos se preocupam com a apresentação racional e lógica das suas proposições, sacrificando a clareza das suas ideias.

• TEORIA DA MÁQUINA – Recebe esta denominação pelo fato de considerar a organização sob o prisma do comportamento mecânico de uma máquina. Os modelos administrativos de Taylor e Fayol correspondem à divisão mecanicista do trabalho;

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• Abordagem incompleta da organização – Tanto a Administração Científica de Taylor quanto a Teoria Clássica de Fayol não deram importância à organização informal.

• Abordagem de Sistema Fechado - analisa apenas o ambiente interno da organização sem se preocupar com o ambiente externo.

1.2. ABORDAGEM HUMANISTA

Nessa abordagem, ocorre a transferência da ênfase antes colocada na tarefa e na estrutura organizacional, para a ênfase nas PESSOAS que trabalham ou que participam nas organizações.

A abordagem humanista constitui uma forte reação ao mecanicismo da abordagem clássica. Apresenta implicações humanas e focaliza mais o contexto que envolve externamente o cargo e as condições sob as quais é desempenhado. O ocupante do cargo não é tratado como máquina ou robô, como na abordagem clássica, mas como membro de um grupo social.

1.2.1. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Surgiu nos Estados Unidos, como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. Foi um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração.

A Teoria das Relações Humanas tem origem nos seguintes fatos:

• Necessidade de se humanizar e democratizar a Administração, libertando os conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica.

• O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia.

• As conclusões da Experiência de Hawthorne – suas conclusões são: o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do empregado, mas por normas sociais e expectativas grupais; o comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo; e o conteúdo e natureza do trabalho têm influência sobre o moral do trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos tornaram-se monótonos e maçantes afetando negativamente a atitude do trabalhador, reduzindo a sua satisfação. Além disso, o pagamento e a recompensa salarial, mesmo quando efetuado em base justa, não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador.

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Os primeiros estudos voltados ao homem nas organizações pelo contexto social foram efetuados pela americana Mary Parker Follet. No início do século XX, em seu livro Administração Dinâmica, Follet apresentou estudos sobre o trabalho em grupo e a responsabilidade individual, baseando-se nas pessoas como componente central das organizações, explorando os conceitos de gestão do conflito e de técnicas de liderança. A partir disso, desenvolveu os primeiros conceitos de gestão participativa e de responsabilização individual.

Muitos autores consideram a Experiência de Hawthorne, de Elton Mayo, como o início da abordagem humanística e comportamental. Essa experiência consistiu em uma pesquisa desenvolvida na fábrica da Western Eletric Company, em Hawthorne (Chicago), e o principal objetivo era estabelecer as ligações entre a motivação e o resultado final do trabalho dos empregados, concluindo que fatores humanos influenciam decisivamente no desempenho das tarefas.

O autor defende os seguintes pontos de vista:

• O trabalho é uma atividade tipicamente grupal - o nível de produção é influenciado mais pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais e materiais da produção.

• O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social. As mudanças tecnológicas tendem a romper os laços informais de camaradagem e de amizade dentro do trabalho e a privar o operário do espírito gregário.

• A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar, com chefes democráticos, persuasivos e simpáticos a todo o pessoal.

• O ser humano é motivado pela necessidade de ser reconhecido, contrapondo à afirmação de Taylor (HOMO ECONOMICUS, lembra o que é? Homo economicus significa que a motivação básica do empregado era salarial). Para Mayo, a organização eficiente, por si só, não leva à maior produção, pois ela é incapaz de elevar a produtividade se as necessidades psicológicas do trabalhador não forem descobertas, localizadas e satisfeitas.

• O operário encontra na fábrica uma administração compreensiva e paternal, capaz de satisfazer suas necessidades psicológicas e sociais.

Com o advento da Teoria das Relações Humanas novos termos passaram a dominar o repertório administrativo. Novas questões começaram a ser discutidas como: motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo. Os princípios clássicos passam a ser duramente contestados. O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo. O método e a máquina perdem a primazia em favor da dinâmica de grupo. A felicidade humana passa a ser vista sob um ângulo completamente diferente, pois o Homo Economicus cede lugar ao HOMEM SOCIAL. A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas.

A experiência de Hawthorne estabeleceu a definição do Homem Social:

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• Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, com diferentes sentimentos, desejos e temores;

• As pessoas são motivadas por certas necessidades e alcançam suas satisfações primárias por meio dos grupos com os quais interagem;

• O comportamento dos grupos pode ser manipulado por um adequado estilo de supervisão e liderança;

• As normas do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros.

A compreensão da motivação do comportamento supõe o conhecimento das necessidades humanas. A Teoria das Relações Humanas constatou a existência das necessidades humanas básicas.

O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar e assim por diante. Os três estágios de motivação correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de autorrealização.

a) Necessidades Fisiológicas – São as chamadas necessidades vitais ou vegetativas, relacionadas à sobrevivência do indivíduo como alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de segurança física contra os perigos. A experiência de Hawthorne revelou que uma vez satisfeitas essas necessidades, elas passaram a não mais influenciar o comportamento dos empregados. Deste modo, o comportamento passou a ser motivado por outras necessidades mais complexas: as necessidades psicológicas.

b) Necessidades Psicológicas – São necessidades exclusivas do homem como autoconfiança e afeição. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. As necessidades psicológicas são raramente satisfeitas em sua plenitude.

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c) Necessidade de autorrealização – São produto da educação e da cultura e, como as necessidades psicológicas, são raramente satisfeitas em sua plenitude, pois o homem vai procurando gradativamente maiores satisfações e estabelecendo metas crescentemente sofisticadas. A necessidade de autorrealização é a síntese de todas as outras necessidades. É o impulso de cada um realizar o seu próprio potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento.

Assim, torna-se indispensável conciliar e harmonizar as duas funções básicas da organização: a função econômica (produzir bens ou serviços para garantir o equilíbrio externo) e a função social (distribuir satisfações entre os participantes para garantir o equilíbrio interno).

A experiência de Hawthorne veio demonstrar que a recompensa salarial não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Elton Mayo e sua equipe passaram a chamar atenção para o fato de que o homem é motivado também por recompensas sociais, simbólicas e não materiais.

1.3. ABORDAGEM NEOCLÁSSICA

Segundo Chiavenato, a abordagem neoclássica é considerada a Teoria Clássica atualizada com a contribuição de todas as outras teorias administrativas e baseia-se nos fundamentos:

• Administração é um processo operacional composto de funções, como PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO e CONTROLE.

• Como a Administração envolve uma variedade de situações organizacionais, ela precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo.

• A Administração é uma arte que deve se apoiar em princípios universais.

• Os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas e físicas, são verdadeiros.

• A cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do administrador. Como ciência ou de arte, a teoria da Administração não precisa abarcar todo o conhecimento para poder servir de fundamentação científica dos princípios de Administração.

Para iniciar o estudo da teoria, vamos conhecer as principais características da Escola Neoclássica

• Ênfase na prática da administração - Os neoclássicos procuram desenvolver seus conceitos de forma prática, visando

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principalmente à ação administrativa e resultados concretos e mensuráveis.

• Reafirmação dos postulados clássicos - A Teoria Neoclássica é uma reação à influência das ciências do comportamento no campo da Administração, em detrimento dos seus aspectos econômicos e concretos. Retomam conceitos da Teoria Clássica, redimensionando-o e reestruturando-o de acordo com as contingências da época atual e de forma mais ampla e flexível.

• Ênfase nos princípios gerais de administração - Os princípios gerais: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar são apresentados como comuns a todo e qualquer tipo de empreendimento humano, e enfatizados como funções do administrador.

• Ecletismo - A proposta Neoclássica é justamente abrigar diversas correntes do pensamento administrativo, como por exemplo, os conceitos de organização informal, liderança e autoridade; motivação e teoria da decisão. Drucker consegue, com essa postura, alimentar a gerência com o rigor da autocracia, do controle e da racionalidade e ao mesmo tempo, oferecer uma configuração mais maleável aos defensores do humanismo.

• Pragmatismo - Ênfase nos aspectos práticos da administração. Nenhuma teoria terá sentido ou validade se não trouxer resultados práticos e que realmente sejam operacionalizados pela administração.

• Ênfase nos resultados e objetivos - A empresa deve definir claramente seus objetivos, assim a organização será dimensionada para produzir resultados práticos. Um dos melhores produtos desta Teoria é o modelo de Administração por Objetivos (APO).

Contrapondo a Administração Científica que focava a racionalização do trabalho e a Teoria Clássica que enfatizava os princípios gerais da Administração, a Teoria Neoclássica considera os meios para atingir a eficiência e enfatiza os fins e resultados na busca de eficácia.

Segundo autores neoclássicos, a Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum. O bom administrador é, naturalmente, aquele que possibilita ao grupo alcançar seus objetivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço, e com menos atritos com outras atividades úteis.

Observe que as funções da Administração definidas por Fayol eram prever, organizar, comandar, coordenar e controlas. Já na Teoria Neoclássica, as funções básicas do administrador sofreram atualizações e passaram se ser o PLANEJAMENTO, a ORGANIZAÇÃO, a DIREÇÃO e o CONTROLE. Quando consideradas de forma integrada, as funções administrativas formam o processo administrativo.

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Retornaremos o estudo das funções administrativas no decorrer do nosso curso.

A partir da década de 1950, a Teoria Neoclássica deslocou a atenção das chamadas atividades meio para os objetivos ou finalidades da organização. O enfoque no processo e nas atividades (meios) passa para os resultados e objetivos alcançados (fins). A preocupação de como administrar passa à preocupação de por que ou para que administrar.

A ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVO (APO) ou administração por resultados surgiu em 1954, quando Peter F. Druker publicou seu livro, caracterizando a Administração por Objetivos. Buscava-se uma forma de equilibrar objetivos, admitir maior participação, descentralizar decisões, permitir autocontrole e auto-avaliação, proporcionando maior liberdade e relaxamento dos controles.

APO é um método pelo qual as metas são definidas em conjunto pelo gerente e subordinado, as responsabilidades são especificadas para cada um em função dos resultados esperados, que passam a constituir os padrões de desempenho sob os quais ambos serão avaliados. É uma técnica participativa de planejamento e avaliação por meio da qual superiores e subordinados estabelecem objetivos a serem alcançados, em um determinado período e em termos quantitativos, dimensionando as respectivas metas e acompanham sistematicamente o desempenho (controle), procedendo às correções necessárias.

A APO envolve um processo cíclico de tal forma que o resultado de um ciclo permite correções e ajustamentos no ciclo seguinte, por meio da retroação proporcionada pela avaliação dos resultados.

Segundo Chiavenato, a APO apresenta as seguintes características:

• Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu superior.

• Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou cargo.

• Interligação entre os vários objetivos departamentais.

• Ênfase na mensuração e no controle dos resultados.

• Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.

• Participação atuante das gerências.

• Apoio intensivo do staff.

1.4. ABORDAGEM BUROCRÁTICA

Desenvolvida pelo sociólogo alemão Max Weber, é uma teoria que enfatiza a formalização (obediência a normas, rotinas e regulamentos), divisão do trabalho, hierarquia (obediência às ordens dos superiores e conferência de status às posições hierárquicas elevadas), impessoalidade e profissionalização e

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competência técnica dos funcionários. Dessa forma, a Teoria Burocrática se caracterizava pela ênfase na ESTRUTURA.

Segundo o conceito popular, a burocracia é entendida como uma organização na qual o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. O termo também é empregado com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si mesmo.

Para Max Weber, o conceito de burocracia é exatamente o contrário visto que a burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a burocracia explica os mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.

Segundo o autor, a burocracia tem as seguintes características:

• Caráter legal das normas e regulamentos – burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos.

• Caráter formal das comunicações – é uma organização ligada por comunicações escritas.

• Caráter racional e divisão do trabalho – é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho.

• Impessoalidade nas relações – a distribuição das atividades é feita impessoalmente, ou seja, em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas.

• Hierarquia de autoridade – estabelece os cargos segundo o princípio da hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto superior.

• Rotinas e procedimentos – fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo.

• Competência técnica e meritocracia – a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais.

• Especialização da administração que é separada da propriedade – os administradores da burocracia não são seus donos, acionistas ou proprietários.

• Profissionalização dos participantes. A burocracia considera cada funcionário um profissional, pois o funcionário é um especialista, é assalariado, é ocupante de cargo, é nomeado pelo superior hierárquico, possui mandato por tempo indeterminado (não existe uma regra que determine previamente o tempo de permanência), segue carreira dentro da organização, não possui a propriedade dos meios de produção, é fiel ao cargo e o

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administrador profissional tende a controlar cada vez mais as burocracias.

• Completa previsibilidade do funcionamento – tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever antecipadamente todas as ocorrências e rotinizar sua execução, para que a máxima eficiência do sistema seja alcançada.

Para Max Weber, as consequências desejadas da burocracia se resumem na PREVISIBILIDADE do seu funcionamento, obtendo maior eficiência da organização. Todavia, outro autor conhecido como Robert Merton notou que também há as consequências IMPREVISTAS da burocracia, o que geram ineficiência e imperfeições. Essas consequências imprevistas, também denominadas disfunções da burocracia, são as anomalias de funcionamento responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto aos leigos no assunto. Vejamos cada uma das disfunções:

• Internalizarão das regras e apego aos regulamentos – as normas e regulamentos passam a ser absolutos e prioritários e esquece que a flexibilidade é uma das características de qualquer atividade racional.

• Excesso de formalismo e de papelório – a necessidade de documentar e formalizar todas as comunicações gera excesso de documentação.

• Resistência às mudanças – como tudo é padronizado, o funcionário se acostuma com a estabilidade e repetição. Quando algo precisa mudar, isso passa a ser indesejável e, na medida do possível, ele passa a resistir a qualquer tipo de mudança.

• Despersonalização do relacionamento – pouca relação entre as pessoas que são consideradas apenas ocupantes de cargos, com direitos e deveres previamente especificados. Os funcionários passam a conhecer as pessoas não pelos seus nomes pessoais, mas pelos títulos dos cargos.

• Categorização como fase do processo decisório - existe uma rígida hierarquização da autoridade e quem toma decisões em qualquer situação será aquele que possui a mais elevada categoria hierárquica.

• Superconformidade às rotinas e aos procedimentos – baseia-se em rotinas e procedimentos a fim de garantir que as pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera.

• Exibição de sinais de autoridade – como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-se necessário um sistema capaz de indicar aqueles que detêm o poder.

• Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público – o funcionário está focado nas normas e regulamentos não oferecendo atendimentos personalizados.

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Observe a última disfunção “dificuldade no atendimento a clientes e conflito com o público”. Como o funcionário está voltado para dentro da organização (para suas normas e regulamentos internos, para suas rotinas e procedimentos), estas características fazem com que todos os clientes sejam atendidos de forma padronizada e que o público se irrite com a pouca atenção e descaso para com os seus problemas particulares e pessoais.

Segue um quadro resumo das principais características e disfunções da Burocracia segundo o autor Idalberto Chiavenato:

CARACTERÍSTICAS DA

BUROCRACIA

DISFUNÇÕES DA

BUROCRACIA 1. Caráter legal das normas 1. Internalização das normas

2. Caráter formal das comunicações 2. Excesso de formalismo e papelório

3. Divisão do trabalho 3. Resistência às mudanças

4. Impessoalidade no relacionamento

4. Despersonalização do

relacionamento

5. Hierarquização da autoridade 5. Categorização do relacionamento

6. Rotinas e procedimentos 6. Superconformidade

7. Competência técnica e mérito 7. Exibição de sinais de autoridade

8. Especialização da administração 8. Dificuldade com clientes

9. Profissionalização

PREVISIBILIDADE DO

FUNCIONAMENTO

IMPREVISIBILIDADE DO

FUNCIONAMENTO

Outro autor que estudou o assunto burocracia foi Alvin W. Gouldner. Ele realizou uma pesquisa e concluiu que não há um único modelo de burocracia, mas uma variedade de graus de burocratização. Para ele, não há um tipo único de burocracia, mas uma infinidade, variando dentro de um continuum, que vai desde o excesso de burocratização (em um extremo) até a ausência de burocracia (no extremo oposto) conforme ilustrado na figura a seguir:

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1.5. ABORDAGEM COMPORTAMENTAL

A Teoria Comportamental (também conhecida como Teoria Behaviorista) da Administração trouxe uma nova direção dentro da teoria administrativa: apresentou as ciências do comportamento, abandonou as posições normativas e prescritas (mostra o que deve ser, dita princípios ou normas de atuação) das teorias anteriores (Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas e Teoria Burocrática) e adotou posições explicativas e descritivas (preocupação em explicar apenas, sem ditar princípios ou normas de atuação). A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo.

Segundo Chiaventao, as origens da Teoria Comportamental da Administração são as seguintes:

1. A oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (com sua profunda ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua profunda ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional) caminhou lentamente para um segundo estágio: a Teoria Comportamental.

2. A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, rejeitando concepções ingênuas e românticas da Teoria das Relações Humanas.

3. A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que veem no beheviorismo uma verdadeira antítese à teoria da organização formal, aos princípios gerais da administração, ao conceito de autoridade formal e à posição rígida e macanística dos autores clássicos.

4. Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, aplicando o campo da teoria administrativa. Também com relação à Teoria Burocrática, mostra-se muito crítica, principalmente no que se refere ao "modelo de máquina" que aquela adota para representar a organização.

5. Em 1947 surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental na administração: O Comportamento Administrativo, de Herbert ª Simon. É um ataque aos princípios da Teoria Clássica e a aceitação – com os devidos reparos e correções - das principais ideias da Teoria das Relações Humanas. É o início da Teoria das Decisões.

A Teoria Comportamental surge no final da década de 1940 com uma redefinição total dos conceitos administrativos. Estabelece críticas à teoria clássica e aos princípios gerais por ela estabelecidos, pela sua rigidez e mecanicismo. Ela

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também critica a teoria da burocracia pelo seu modelo de máquina. Essa escola trouxe um novo direcionamento às teorias da administração, com uma maior valorização do comportamento do indivíduo.

Para explicar o comportamento organizacional, como as pessoas se comportam, a Teoria Comportamental estuda a motivação humana. O administrador precisa conhecer as necessidades humanas para entender o comportamento humano e utilizar a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. A partir disso, surgiram várias teorias importantes como a Hierarquia das Necessidades de Maslow, Teoria dos Dois Fatores de Herzberg, Teoria X e Teoria Y que serão estudadas detalhadamente no decorrer do nosso curso.

Uma visão crítica da Teoria Comportamental mostra os seguintes aspectos:

• Ênfase nas Pessoas - Na Teoria Comportamental é deixada de lado a estrutura organizacional, dando mais importância às pessoas, obtendo uma nova visão, mais democrática e humanista.

• Abordagem mais descritiva e menos prescritiva - A análise descritiva, (que mostra o que é) e a análise prescritiva (que mostra o que deve ser) são aspectos importantes. Na teoria Comportamental, por adotar uma abordagem mais descritiva, há dificuldade de aplicação devido ao pouco caráter normativo.

• Profunda reformulação na filosofia administrativa - O novo conceito de organização é estruturado a partir de um sistema democrático (menos hierarquia, mais delegação de poderes), e humano (promoções de cargos, valorização, treinamento).

• Dimensões bipolares da teoria comportamental - Na Teoria Comportamental, os principais temas são abordados em dimensões bipolares, vejamos:

Análise Teórica X Empírica - A organização, em seu curso, precisa de uma equalização eficaz entre esses dois aspectos, pois se complementam. Enquanto a análise teórica (através do estudo de conceitos, proposições acerca das diversidades que envolvem o ambiente organizacional) define como deve ser uma organização; os resultados de pesquisas, experimentos, mostram, o que na prática, concretiza-se dessa teoria; daí a importância, que cabe ao administrador contemporâneo, em conjugar esses dois fatores.

Preocupou-se mais, a Teoria Comportamental, com os aspectos empíricos em prejuízo da análise teórica.

Análise Macro X Micro - O ambiente organizacional, no estudo do seu comportamento, pode ser enfocado sobre duas perspectivas: macro (foco na visão global da organização) e micro (foco nos indivíduos que a compõem). Para um melhor entendimento sobre os fenômenos

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humanos e comportamentais que acontecem numa organização, ambas as perspectivas devem ser valoradas.

Organização Formal X Informal - Nas organizações existem, concomitantemente, relações formais e informais. Do primeiro aspecto observamos as normas, os regimentos, os tipos de relações previamente definidas; e do segundo, as relações e atividades decorrentes, naturais e espontâneas que ocorrem no ambiente interno ou externo à organização. Assim, nas organizações, os aspectos formal e informal interagem-se mutuamente.

Análise Cognitiva X Afetiva - No momento da tomada de decisão, pode o indivíduo comportar-se de dois modos, de acordo com a natureza da situação que o envolve:

Comportamento Cognitivo - Constituiu um comportamento racional, lógico e inteligente adotado pelo indivíduo quando este não sofre nenhum tipo de influência externa (pressões, tensões ou ansiedade em função do tempo ou de pessoas).

Comportamento Afetivo- Caracteriza-se quando existe a influência de fatores externos que venham a interferir na decisão. Neste momento o comportamento passa a ser orientado pela emoção e afetividade.

A Teoria Comportamental vê o indivíduo como uma criatura racional e sensitiva. A partir do estudo desses dois tipos de comportamento, conjuntamente, os fenômenos humanos poderão ser compreendidos.

1.6. ABORDAGEM SISTÊMICA

A Teoria dos Sistemas, idealizada pelo biólogo Ludwig Von Bertalanffy, na década de 1930, foi um esforço para criar princípios gerais aplicáveis a todos os ramos do conhecimento. A partir dessa teoria, alguns princípios usados em Biologia aplicam-se da mesma forma às organizações sociais, variando as formas de aplicação conforme as características dos sistemas estudados em cada área.

SISTEMA é considerado um conjunto de elementos dinamicamente relacionados entre si, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre entradas (informação, energia ou matéria) e fornecendo saídas (informação, energia ou matéria) processadas.

Da definição de Bertalanffy, segundo o qual o sistema é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas, decorrem conceitos importantes que retratam duas características básicas do sistema:

• Propósito ou objetivo - Todo sistema tem algum propósito ou objetivo a alcançar.

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• Globalismo ou totalidade – Qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema afetará todas as unidades devido ao relacionamento existente entre elas.

É importante compreender que a abordagem sistêmica vê a organização como um todo integrado, constituída de partes que interagem entre si, e inserida num ambiente com o qual interage permanentemente. O foco da teoria dos sistemas é a interação da organização com o ambiente.

Há uma variedade de sistemas e várias tipologias para classificá-las. Os tipos de sistemas são:

I. Quanto a sua constituição:

• Sistemas FÍSICOS ou CONCRETOS – quando compostos de equipamentos, de maquinaria e de objetivos e coisas reais. Em suma, quando podem ser descritos em termos quantitativos de desempenho.

• Sistemas ABSTRATOS ou CONCEITUAIS – quando compostos de conceitos, filosofias, planos, hipóteses e ideias. Aqui os símbolos representam atributos e objetos que muitas vezes só existem no pensamento das pessoas.

Há uma complementaridade entre sistemas físicos e sistemas abstratos, pois os sistemas físicos (por exemplo, a máquina) precisam de um sistema abstrato para poder funcionar e desempenhar suas funções. A recíproca também é verdadeira.

II. Quanto a sua natureza:

• Sistemas FECHADOS – são os sistemas que não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda. Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que seja enviado para fora.

• Sistemas ABERTOS – são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, através de entradas e saídas. Trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente e são adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente às condições do meio.

Segundo Chiavenato, há diferenças fundamentais entre os sistemas abertos (como os sistemas biológicos e sociais, homem, organização, sociedade) e os sistemas fechados (como os sistemas físicos, como as máquinas, relógio):

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• O sistema aberto está em constante interação com o ambiente, influenciando e sendo influenciado pelo ambiente. O sistema fechado não interage.

• O sistema aberto tem capacidade de crescimento, mudança, adaptação ao ambiente. O sistema fechado não tem essa capacidade. Portanto, o estado atual, final ou futuro do sistema aberto não é, necessária nem rigidamente, condicionado por seu estado original ou inicial, porque o sistema aberto tem reversibilidade. Já o estado atual ou final do sistema fechado será sempre o seu estado original ou inicial.

• É contingência do sistema aberto competir com outros sistemas, o que não ocorre com o sistema fechado.

Seguem os principais CONCEITOS de sistemas:

• Entrada (Input) – O sistema recebe entradas (inputs) ou insumos para poder operar. A entrada de um sistema é tudo o que o sistema importa ou recebe de seu mundo exterior. Pode ser constituída de informação, energia e materiais.

• Saída (Output) – É o resultado final da operação de um sistema. Todo sistema produz uma ou várias saídas. Através da saída, o sistema exporta o resultado de suas operações para o meio ambiente. É o caso de organizações que produzem saídas como bens ou serviços e uma infinidade de outras saídas (informações, lucros, pessoas aposentadas ou que se desligam, poluição, etc).

• Caixa Negra (Black Box) – Refere-se a um sistema cujo interior não pode ser desvendado, cujos elementos internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido “por fora”, através de manipulações externas. Utiliza-se conceito de caixa negra em duas circunstâncias: quando o sistema é impenetrável ou inacessível, por alguma razão ou quando o sistema é complexo, de difícil explicação ou detalhamento.

• Retroação (Feedback) – Mecanismo segundo o qual uma parte da energia de saída de um sistema ou de uma máquina volta à entrada. Também chamada de retroalimentação, é um sistema de comunicação de retorno proporcionado pela saída do sistema à sua entrada, no sentido de alterá-la de alguma maneira.

• Homeostasia – É o estado de equilíbrio dinâmico, obtido através da autorregularão, ou seja, através do autocontrole, que permite ao sistema manter seu funcionamento estável apesar das flutuações ambientais. É a capacidade que tem o sistema de manter certas variáveis dentro de limites, mesmo quando os estímulos do meio externo forçam essas variáveis a assumirem valores que ultrapassem os limites da normalidade. Todo

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mecanismo homeostático é um dispositivo de controle para manter certa variável dentro de limites desejados.

• Informação – É o conjunto de dados com um significado, ou seja, que reduz a incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo.

Dado é um registro ou anotação a respeito de um evento ou ocorrência.

Comunicação é quando uma informação é transmitida a alguém, sendo, então, compartilhada também por essa pessoa. Para que haja comunicação, é necessário que o destinatário da informação a receba e a compreenda.

• Redundância – É a repetição da mensagem para que sua recepção correta seja garantida. A redundância introduz no sistema de comunicação uma certa capacidade de eliminar o ruído e prevenir distorções e enganos na recepção da mensagem.

• Entropia – Refere-se à perda de energia em sistemas isolados, levando-os à degradação, à desintegração e ao desaparecimento. Significa que partes do sistema perdem sua integração e comunicação entre si, fazendo com que o sistema se decomponha, perca energia e informação e degenere.

• Entropia NEGATIVA – É o processo reativo de obtenção de reservas de energia e de informação. Para sobreviver o sistema precisa abrir-se e reabastecer-se de energia e de informação para manter a sua estrutura.

• Sinergia – Significa trabalho conjunto. Quando duas ou mais causas produzem, atuando conjuntamente, um efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam atuando individualmente.

• Morfogênese – É a capacidade de se modificar, de determinar o crescimento e as formas da organização, de se corrigir e de obter novos e melhores resultados.

• Resiliência – é a capacidade de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo. É a resiliência que determina o grau de defesa ou de vulnerabilidade do sistema a pressões ambientais externas. As organizações, como sistemas abertos, apresentam capacidade de enfrentar e superar perturbações externas provocadas pela sociedade sem que desapareça seu potencial de auto-organização.

• Equifinalidade – característica do sistema aberto pela qual pode chegar ao mesmo objetivo de maneiras diferentes e partindo de condições iniciais diferentes.

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A Teoria de Sistemas utiliza o conceito do HOMEM FUNCIONAL. O indivíduo comporta-se em um papel dentro das organizações, inter-relacionando-se com os demais indivíduos como um sistema aberto. Os indivíduos agem desempenhando papéis, mantém expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura enviar aos outros as suas expectativas de papel.

1.7. ABORDAGEM CONTINGENCIAL

Teoria segundo a qual não existe uma única maneira certa de montar a estrutura organizacional, mas sim várias alternativas, e a melhor depende de cada caso. A teoria enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações, tudo é relativo. Além disso, as organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais. Destacam-se os aspectos básicos da Teoria da Contingência:

• A organização é de natureza sistêmica, ou seja, é um sistema aberto.

• As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente.

• As características ambientais funcionam como variáveis independentes, já as características organizacionais são variáveis dependentes das características ambientais.

CONTINGÊNCIA significa algo que pode ou não acontecer, mas quando acontece passa a influenciar o comportamento da organização. A abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no sentido de se alcançar os objetivos variados das organizações dentro de um ambiente também variado.

É com a Teoria da Contingência que há o deslocamento da visualização de dentro para fora da organização: a ênfase é colocada no AMBIENTE e nas demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional. Para a abordagem contingencial são as características ambientais que condicionam as características organizacionais. É no ambiente que estão as explicações causais das características das organizações. Assim, a forma de se organizar depende das características ambientais relevantes para a organização.

A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. As pesquisas, cada qual isoladamente, verificaram se as organizações mais eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica, como divisão do trabalho, amplitude de controle, hierarquia de autoridade, etc. Como resultado, verificaram que não há um único e melhor jeito de organizar.

Essas pesquisas foram contingenciais, no sentido em que procuraram compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições que variam de acordo com o ambiente ou contexto que a empresa

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escolheu como seu domínio de operação. Essas condições externas podem ser consideradas oportunidades e imperativos ou restrições e ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos da organização.

Segue um breve resumo das PRINCIPAIS PESQUISAS com suas respectivas conclusões:

• PESQUISA DE CHANDLER sobre estratégia e estrutura organizacional

Realizou uma investigação envolvendo o processo histórico de quatro grandes empresas americanas. Chandler concluiu que, na história industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das empresas foi sendo gradualmente determinada pela sua estratégia de mercado. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As grandes organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases iniciais distintas:

1) Acumulação de recursos

Neste momento as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com as matérias primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e a aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de matérias primas. Daí o controle por integração vertical que permitiu o aparecimento das economias de escala.

2) Racionalização do uso de recursos

Os custos precisavam ser contidos por meio da criação de uma estrutura funcional, com clara definição de linhas de autoridade e comunicação. Os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado.

3) Continuação do crescimento

A reorganização geral das empresas possibilitou um aumento da eficiência nas vendas, compras, produção e distribuição, fazendo a diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Com isso, os lucros baixaram, o mercado foi se tornando saturado, diminuindo as

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oportunidades de reduzir ainda mais os custos. Daí a decisão para a diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados.

4) Racionalização do uso dos recursos em expansão

A ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autónoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação crescente com o planeamento de longo prazo, a gestão voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão.

CONCLUSÃO: Diferentes ambientes levam as empresas a adotar diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.

• PESQUISA DE BURNS E STALKER sobre organizações

Pesquisaram vinte indústrias inglesas para verificar a relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas organizações. Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organização “mecanísticas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas administrativas e as relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas (burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no conhecimento e na consulta).

As organizações MECANÍSTICAS apresentam as seguintes características:

• Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho.

• Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada um executa sua tarefa como se fosse distinta e separada das demais.

• Centralização das decisões na cúpula da organização. • Hierarquia de autoridade rígida baseada no comando único. • Sistemas rígido de controle: a informação ascendente sobre

através de uma sucessão de filtros e as decisões descem através de uma sucessão de amplificadores.

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• Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase sempre conduz mais ordens de cima para baixo do que dados e retorno de baixo para cima.

• Predomínio da interação vertical entre superior e subordinado. • Amplitude de controle administrativo mais estreita. • Ênfase nas regras e procedimentos formais. • Ênfase nos princípios universais da Teoria Clássica.

Já as organizações ORGÂNICAS apresentam as seguintes características:

• Estrutura organizacional flexível e adaptável. • Os cargos são continuamente modificados e redefinidos. • Descentralização das decisões. • Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a

vertical. • Amplitude de controle administrativa mais ampla. • Maior confiabilidade nas comunicações informais. • Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano da Teoria

das Relações Humanas.

CONCLUSÃO: A forma mecanística de organização é apropriada para condições ambientais estáveis, enquanto a forma orgânica é apropriada para condições ambientais de mudança e inovação. Em resumo, há um imperativo ambiental: é o ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das organizações.

• PESQUISA DE LAURENCE E LORSCH sobre o ambiente

Preocupados com as características que as empresas devem ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado, fizeram uma pesquisa sobre a defrontação entre organizações e ambiente, envolvendo dez empresas em três diferentes meios industriais (plásticos, alimentos empacotados e recipientes). Concluíram que os problemas organizacionais básicos são:

• Diferenciação

As organizações apresentam a característica de diferenciação. É a divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental também especializado. Cada subsistema ou departamento tende a

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reagir unicamente àquela parte do ambiente que é relevante para a sua própria tarefa especializada. Se houver diferenciação ambiental, aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na abordagem empregada pelos departamentos. Do ambiente geral emergem assim ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou departamento da organização.

• Integração

Refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas do ambiente global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação entre os vários departamentos. As partes de uma empresa constituem um todo indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as outras partes.

• Conceito de inregração requerida e de diferenciação requerida

A diferenciação e integração requeridas referem-se a predições do ambiente da empresa. Não se referem à diferenciação e integração exitentes na empresa, mas o quanto de diferenciação e integração o ambiente exige delas. A empresa que mais se aproxima das características requeridas pelo ambiente terá mais sucesso do que a empresa que se afasta muito delas.

Em suma, a Teoria da Contingência explica que não há nada de absoluto nos princípios gerais de administração. Os aspectos universais e normativos devem ser substituídos pelo critério de ajuste constante entre cada organização e o seu ambiente e tecnologia.

2. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL APÓS 1930 E REFORMAS ADMINISTRATIVAS

Breve contextualização:

•••• 1930 – Revolução de 1930: Brasil Agrário -> Brasil Industrial; Getúlio Vargas; surgimento agências Governamentais “ilhas de excelência”.

•••• 1937 – 1ª Reforma Administrativa do Serviço Público: DASP, unidades em cada Estado; efetivamente organizado em 1938; elaborar o orçamento da União; burocratização; racionalização de métodos no serviço público; definir e executar a política para o pessoal civil; concurso público; capacitação técnica; revisão das estruturas administrativas; não se preocupava com a racionalização das atividades substantivas.

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•••• 1945 – Queda do Estado Novo; Presidente Dutra.

•••• 1964 – Golpe Militar.

•••• 1967/69 – 2ª Reforma Administrativa do Serviço Público: Decreto Lei 200/67; Programa Nacional de Desburocratização.

•••• 1982/85/86 – eleição direta para governador.

•••• 1985/88/89 – Nova República; CF/88 com o endurecimento para regras de Administração Indireta.

•••• 1990 – O governo Collor.

•••• 1994 – Plano Real.

•••• 1995 – 3ª Reforma Administrativa do Serviço Público: Fernando Henrique; ajuste fiscal duradouro; reformas econômicas orientadas para o mercado que, acompanhadas de uma política industrial e tecnológica, garantissem a concorrência interna e criassem condições para o enfrentamento da competição internacional; a reforma da previdência social; a inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor qualidade para os serviços sociais; a reforma do aparelho de Estado, com vistas a aumentar sua “governança”.

•••• 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal.

REVOLUÇÃO DE 1930

No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos de 1930, surgindo no quadro da aceleração da industrialização brasileira momento em que o Estado passa a intervir no setor produtivo de bens e serviços.

A administração pública, no governo de Getúlio Vargas, passou por um processo de racionalização que se traduziu no surgimento das primeiras carreiras burocráticas e na tentativa de adoção do concurso como forma de acesso ao serviço público. O governo Vargas foi marcado pela modernização econômica e pelo conservadorismo político. A Revolução de 1930 foi responsável por mudanças consideráveis no panorama político brasileiro.

Buscando superar o esquema clientelista e anárquico de administração oligárquica do período, o governo de Getúlio Vargas iniciou mudanças a fim de promover a racionalização burocrática do serviço público, por meio da padronização, normatização e implantação de mecanismos de controle, notadamente nas áreas de pessoal, material e finanças.

Com o objetivo de solucionar os problemas do café causado pela Crise de 29, conhecida pelo Crack da Bolsa de Nova York, foi criado o Conselho Nacional

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do Café (CNC) e o governo comprou o excedente do produto, retirando-o do mercado para equilibrar oferta com a procura. Para conseguir segurar seu preço, o governo determinou a destruição de milhões de sacas de café a fim de valorizar o preço do produto.

A chamada Revolução de 1930 representou a passagem do Brasil agrário para o Brasil industrial. O Brasil era uma economia apoiada na exportação de produtos primários entre os quais se destacava o café. O lucro dessa produção permitiu financiar o primeiro ciclo de industrialização brasileira, concentrando-se em São Paulo, polo da cafeicultura. Com a crise de 1929, que penalizou os mercados consumidores, o Brasil foi obrigado a reduzir a exportação de café, ficando sem divisas para manter a importação de produtos industrializados. O governo federal, entretanto, continuou comprando, embora a preços reduzidos, o excedente de café que não foi exportado, formando estoques que não foram comercializados. Conforme os estoques envelheciam, o café era queimado para dar lugar à aquisição de novas safras. Essa política visou evitar o desemprego no campo e a recessão generalizada. A impossibilidade de continuar importando para satisfazer a demanda por produtos industrializados estimulou uma série de iniciativas de produção industrial para substituir os bens importados.

GOLPE DE 1937

O Golpe de 1937 serviu para que Getúlio Vargas pudesse se manter no poder, mas, desta vez, com poderes totais. Iniciou-se uma ditadura no país, na qual foi implantada a repressão e uma forte propaganda favorável ao governo. O Estado Novo tornou o presidente em um ditador, estabeleceu uma nova Constituição para o Brasil e garantiu que Getúlio Vargas governasse sem limites de mandato.

Nesse período, Getúlio promoveu transformações na dinâmica de funcionamento do aparelho de Estado, criando inúmeros organismos especializados e empresas estatais. A medida mais importante foi a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). O Dasp, efetivamente organizado em 1938, tinha a missão de definir e executar a política para o pessoal civil, inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização de métodos no serviço público e elaborar o orçamento da União.

Essa reforma inspirava-se no modelo weberiano de burocracia e tomava como referência a organização do serviço civil americano. Estava voltada para a administração de pessoal, de material e do orçamento, para a revisão das estruturas administrativas e para a racionalização dos métodos de trabalho.

A reforma administrativa do Estado Novo foi um importante esforço de superação do patrimonialismo. Foi uma ação no sentido da burocratização do Estado brasileiro a fim de introduzir no aparelho administrativo do país a centralização, a impessoalidade, a hierarquia, o sistema de mérito, a separação entre o público e o privado.

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QUEDA DO ESTADO NOVO

A Queda do Estado Novo foi decorrente de um processo de desgaste do governo na década de 1940 e que culminou com seu fim em 1945 mediante intervenção militar. O presidente Dutra, ex-ministro da Guerra de Getúlio Vargas, tomou posse e realizou um governo legalista e conservador, marcado pela dissipação das reservas cambiais acumuladas durante o conflito mundial, pela perda da legalidade do Partido Comunista e pela proibição dos jogos de azar. Nesse período foi criada a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, aumentando a oferta de energia para o Nordeste do Brasil.

GOLPE MILITAR

Em 1960, houve eleição presidencial e a vitória coube a Jânio Quadros. A gestão de Jânio Quadros na presidência foi breve, durou sete meses e encerrou-se com sua renúncia. Neste curto período, Jânio Quadros praticou uma política econômica e uma política externa que desagradou profundamente os políticos que o apoiavam, setores das Forças Armadas e outros segmentos sociais.

A renúncia de Jânio Quadros gerou uma crise institucional porque a posse do vice-presidente João Goulart não foi aceita pelos ministros militares e pelas classes dominantes.

Depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, assumiu seu vice, João Goulart (Jango), um homem de convicções esquerdistas para a então política brasileira. Faziam parte de seus planos as reformas de base, que pretendiam reduzir as desigualdades sociais brasileiras. Entre estas, estavam as reformas bancária, eleitoral, universitária e agrária.

A crise econômica e a instabilidade política aumentavam no Brasil. Jango propôs reformas constitucionais que previam controlar a remessa de dinheiro para o exterior, dar canais de comunicação aos estudantes e permitir que os analfabetos votassem. A proposta de reforma acelerou a reação das elites, criando as condições para o golpe de 64.

O estopim do golpe militar aconteceu quando Jango, após um discurso inflamado no Rio de Janeiro, determinou a reforma agrária e a nacionalização das refinarias estrangeiras de petróleo.

No breve período do Governo João Goulart havia sido criado um Ministério Extraordinário da Reforma Administrativa, sob o comando de Amaral Peixoto, político de prestígio desde o Estado Novo. Em 1964, o presidente Castello Branco, o primeiro governante do ciclo militar, aproveitou o diagnóstico que já havia sido feito na gestão de Amaral Peixoto e criou uma Comissão de Reforma Administrativa.

REFORMA ADMINISTRATIVA DE 1967 E DECRETO-LEI 200

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O histórico da Reforma Administrativa de 1967 é importante do ponto de vista da desburocratização. Na comissão formada ocorreu o embate de correntes. Uma enxergava o processo de reforma como um problema de adequação das estruturas governamentais, com ênfase especial na concepção de um novo organograma para o governo federal. A outra corrente percebia a reforma com um verdadeiro processo, no qual o elemento humano tinha importância fundamental.

Os primeiros anos da Reforma Administrativa de 1967 deram ênfase à desburocratização, descentralização administrativa, na delegação de competência e no reforço da autonomia das entidades da administração indireta, em particular das empresas estatais. Criou-se o Decreto-lei 200 em que se encontram os princípios norteadores da reforma.

O Decreto-lei número 200, além das mudanças organizacionais (como, por exemplo, a criação da Subsecretaria de Modernização e Reforma Administrativa), identificou cinco princípios norteadores da reforma:

1. Planejamento, descentralização, delegação de autoridade, coordenação e controle;

2. Expansão das empresas estatais, de órgãos independentes (fundações) e semi-independentes (autarquias);

3. Fortalecimento e expansão do sistema de mérito;

4. Diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;

5. Reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16 ministérios.

O ano de 1979 foi marcado pela criação do Programa Nacional de Desburocratização, na época em que se iniciou o processo programado de extinção do regime militar. Retomou a reforma administrativa, dentro de uma perspectiva de descentralização com ênfase especial no interesse do cidadão como usuário dos serviços públicos. Pela primeira vez o governo federal, por meio do Programa de Desburocratização, passou a tratar a questão da reforma, não mais como uma proposição voluntarista do próprio Estado, mas como condição essencial do processo de redemocratização.

Para Gileno Marcelino, as tentativas de reforma até 1985 careceram de planejamento governamental e de meios mais eficazes de implementação. Havia uma relativa distância entre planejamento, modernização e recursos humanos, além da falta de integração entre os órgãos responsáveis pela coordenação das reformas. Os resultados dessa experiência foram relativamente nefastos e se traduziram na multiplicação de entidades, na marginalização do funcionalismo, na descontinuidade administrativa e no enfraquecimento do Dasp.

ELEIÇÕES DIRETAS E CF/88

O dia 15 de novembro de 1982 foi importante porque nessa data ocorreram as primeiras eleições diretas para governador após a instauração do regime

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militar. O pleito envolveu também a escolha de senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores.

Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheu para seu sucessor Tancredo Neves, da oposição, tendo como vice José Sarney. Como Tancredo Neves estava muito doente, acabou não tomando posse. José Sarney assumiu a presidência interinamente, e em caráter definitivo em 21 de abril, com a morte de Tancredo Neves.

Sarney deu curso às linhas do programa da Nova República, tanto no âmbito nacional como no internacional. Em dezembro de 1985, enviou ao Congresso os projetos de convocação de uma Assembleia Constituinte e de um pacote econômico de ampla formulação.

Em 1986 o governo decretou um conjunto de medidas econômicas de choque anti-inflacionário como, por exemplo, o congelamento de preços e salários por um ano e a substituição do cruzeiro pelo cruzado como unidade monetária, mas sem sucesso a longo prazo. O Congresso, eleito em 1986 com atribuição de órgão constituinte, entregou a nova Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988. Na nova constituição, apareceram avanços em relação às anteriores, principalmente quanto aos direitos civis, sociais e políticos dos cidadãos.

GOVERNO COLLOR

Em 1989, houve eleições diretas para a presidência da República. Fernando Collor de Mello, cujo partido atacava as elites sociais e enfatizava a modernização econômica do país, venceu a eleição no segundo turno. O início do governo Collor foi marcado por reforma na estrutura e divisão dos ministérios, por um plano econômico de impacto, que conteve tendências hiperinflacionárias, e por uma forte recessão. A proposta de modernização econômica e administrativa, como a diminuição de gastos públicos e as privatizações de empresas estatais, esbarrou em dificuldades devidas principalmente às divergências entre o Executivo e o Legislativo, levando a uma reforma geral do Ministério, no início de 1992.

Denúncias de corrupção no governo geraram forte instabilidade política, iniciando o pedido de impeachment do presidente Collor. Aprovado pela Câmara dos Deputados, o pedido foi encaminhado ao Senado, que abriu o processo e afastou o presidente.

PLANO REAL

Após o impeachment, assumiu no seu lugar o presidente Itamar Franco. Nesse período, o Brasil vivia momentos difíceis com recessão prolongada, inflação aguda, desemprego, entre outros. O novo presidente buscou arrumar esse cenário realizando uma gestão transparente. Elaborou o mais bem sucedido plano de controle inflacionário da Nova República: o Plano Real. Esse plano foi elaborado pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso e visava criar uma

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Unidade Real de Valor (URV) para todos os produtos, desvinculada da moeda vigente, o Cruzeiro Real. Posteriormente a URV veio a ser denominada Real.

REFORMA DA GESTÃO PÚBLICA DE 1995

O sucessor do presidente Itamar Franco foi o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), que se manteve no poder durante dois mandatos (1994 a 2002). No primeiro mandato, FHC continuou com o processo de reformas estruturais com a finalidade de evitar a volta da inflação, a fim de deixar a economia estável.

Objetivo da reforma é permitir que a administração pública se torne mais eficiente e ofereça ao cidadão mais serviços, com maior qualidade. Ou seja, fazer mais e melhor com os recursos disponíveis. A redução de custos será perseguida ao mesmo tempo em que se promove a contínua revisão e aperfeiçoamento das rotinas e processos de trabalho, simplificando procedimentos, desburocratizando e estabelecendo metas e indicadores de desempenho e de satisfação do cidadão.

De outro lado, a reforma do aparelho do Estado é fundamental para assegurar a estabilidade do Plano Real. O governo precisa coibir o desperdício e racionalizar o gasto público. O que o governo quer com a reforma é impedir que os gastos aumentem, consumindo os recursos do Estado, sem que haja uma contrapartida de eficiência e qualidade nos serviços prestados.

Para formar no Brasil um aparelho de Estado forte e eficiente, a reforma de gestão pública de 1995 compreende três dimensões:

a) uma dimensão institucional-legal, voltada à descentralização da estrutura organizacional do aparelho do Estado através da criação de novos formatos organizacionais, como as agências executivas, regulatórias, e as organizações sociais;

b) uma dimensão gestão, definida pela maior autonomia e a introdução de três novas formas de responsabilização dos gestores – a administração por resultados, a competição administrada por excelência, e o controle social – em substituição parcial dos regulamentos rígidos, da supervisão e da auditoria, que caracterizam a administração burocrática; e

c) uma dimensão cultural, de mudança de mentalidade, visando passar da desconfiança generalizada que caracteriza a administração burocrática para uma confiança maior, ainda que limitada, própria da administração gerencial.

Um dos princípios fundamentais dessa reforma é o de que o Estado, embora conservando e se possível ampliando sua ação na área social, só deve executar diretamente as tarefas que são exclusivas de Estado, que envolvem o emprego do poder de Estado, ou que apliquem os recursos do Estado. Entre as tarefas exclusivas de Estado devem-se distinguir as tarefas centralizadas de formulação e controle das políticas públicas e da lei, a serem executadas por secretarias ou

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departamentos do Estado, das tarefas de execução, que devem ser descentralizadas para agências executivas e agências reguladoras autônomas. Todos os demais serviços que a sociedade decide prover com os recursos dos impostos não devem ser realizados no âmbito da organização do Estado, por servidores públicos, mas devem ser contratados com terceiros.

Os serviços sociais e científicos, para os quais os respectivos mercados são particularmente imperfeitos, já que neles impera a assimetria de informações, devem ser contratados com organizações públicas não estatais de serviço, as ‘organizações sociais’, enquanto que os demais podem ser contratados com empresas privadas. As três formas gerenciais de controle – controle social, controle de resultados e competição administrada – devem ser aplicadas tanto às agências, quanto às organizações sociais.

Um dos pontos centrais para a manutenção da estabilidade econômica duradoura foi o controle dos gastos públicos e, buscando esse objetivo, o governo FHC aprovou, em maio de 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF impede que prefeitos e governadores, e também o governo federal, gastem mais do que a capacidade de arrecadação prevista no orçamento dos municípios, dos Estados e da União.

3. NOVA GESTÃO PÚBLICA

Ideias e reformas ancoradas na chamada Nova Gestão Pública (NGP)

aumentaram nos últimos anos, alimentando processos de mudança em diversos países a fim de atacar dois males burocráticos: a ineficiência relacionada ao excesso de procedimentos e controles processuais e a baixa responsabilização dos burocratas frente ao sistema político e à sociedade. Para alcançar esses objetivos, sua proposta básica foi flexibilizar a administração pública e aumentar a accountability ou responsabilização governamental.

A Nova Gestão Pública insere-se no contexto sobre a crise da gestão pública, buscando alternativas para superar a gestão tradicional. Para isso, supõe uma significativa mudança de perspectiva sobre a maneira de alcançar resultados no âmbito público, sempre visando à eficiência no setor.

A seguir destacam-se as principais características da administração pública gerencial, que também chamada de Nova Administração Pública, segundo o Caderno MARE 01 de Reforma do Estado:

• Orientação da ação do Estado para o cidadão-usuário ou cidadão-cliente;

• Ênfase no controle dos resultados através dos contratos de gestão (ao invés de controle dos procedimentos);

• Fortalecimento e aumento da autonomia da burocracia estatal, organizada em carreiras ou corpos de Estado, e valorização do seu trabalho técnico e político de participar, juntamente com os políticos e a sociedade, da formulação e gestão das políticas públicas;

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• Separação entre as secretarias formuladoras de políticas públicas, de caráter centralizado, e as unidades descentralizadas, executoras dessas mesmas políticas;

• Distinção de dois tipos de unidades descentralizadas: as agências executivas, que realizam atividades exclusivas de Estado, por definição monopolistas, e os serviços sociais e científicos de caráter competitivo, em que o poder de Estado não está envolvido;

• Transferência para o setor público não estatal dos serviços sociais e científicos competitivos;

• Adoção cumulativa, para controlar as unidades descentralizadas, dos mecanismos (1) de controle social direto, (2) do contrato de gestão em que os indicadores de desempenho sejam claramente definidos e os resultados medidos, e (3) da formação de quase mercados em que ocorre a competição administrada;

• Terceirização das atividades auxiliares ou de apoio, que passam a ser licitadas competitivamente no mercado.

É possível resumir a preocupação central da Nova Gestão Pública como a combinação entre a flexibilização da gestão e o aumento da responsabilização da administração pública.

Para concretizar os objetivos da NGP, três mecanismos são essenciais:

• A adoção de uma administração pública voltada para resultados, baseada em mecanismos de contratualidade da gestão, com metas, indicadores e formas de cobrar os gestores, e apoiada na transparência das ações governamentais, possibilitando o controle maior dos cidadãos e o uso de outros instrumentos de accountability.

• A contratualidade supõe, ademais, a existência de uma pluralidade de provedores de serviços públicos. Desse modo, é possível estabelecer formas contratuais de gestão em estruturas estatais e entes públicos não estatais.

• Por fim, a combinação entre a flexibilização da gestão burocrática e o aumento da responsabilização da administração pública será mais bem-sucedida caso funcionem adequadamente os mecanismos institucionais de controle.

As ideias da NGP chegaram ao Brasil no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995, quando foi criado o Ministério da Administração e Reforma do Estado (Mare), sob o comando do ministro Bresser-Pereira, e proposto o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, que apresentou um diagnóstico da administração pública federal, pautado pelas ideias da NGP.

A seguir apresento o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GesPública – instituído pelo Decreto nº 5.378 de 23 de fevereiro de 2005. Esse programa é o resultado da evolução histórica de

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diversas iniciativas do Governo Federal para a promoção da gestão pública de excelência, visando contribuir para a qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão e para o aumento da competitividade do País.

Visto como uma política pública fundamentada em um modelo de gestão específico, o Programa tem como principais características o fato de ser essencialmente público – orientado ao cidadão e respeitando os princípios constitucionais da impessoalidade, da legalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência, de estar voltado para a disposição de resultados para a sociedade – com impactos na melhoria da qualidade de vida e na geração do bem comum – e de ser federativo – com aplicação a toda a administração pública, em todos os poderes e esferas do governo.

Por sua vez, o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) representa a principal referência a ser seguida pelas instituições públicas que desejam aprimorar constantemente seus níveis de gestão. Como todo modelo de gestão, o MEGP contém diretrizes expressas em seus critérios de excelência gerencial (liderança, estratégias e planos, cidadãos, sociedade, informação e conhecimento, pessoas, processos e resultados), técnicas e tecnologias para sua aplicação (como, por exemplo, a Carta de Serviços ao Cidadão, o Instrumento Padrão de Pesquisa de Satisfação, o Guia de Gestão de Processos, o Guia ‘d’ Simplificação Administrativa e o Instrumento de Avaliação da Gestão) e práticas de gestão implantadas com sucesso. Para que tanto o Modelo de Excelência em Gestão Pública quanto o próprio Programa GesPública acompanhem a dinâmica da sociedade brasileira e estejam em conformidade com as necessidades dos cidadãos, são fundamentais ações contínuas de inovação do modelo, de sua comunicação e de garantia de sua sustentabilidade.

Nos últimos anos, o GesPública utilizou-se de uma estratégia de sucesso alicerçada no trabalho voluntário de representantes de instituições públicas, desenvolvendo e divulgando conceitos e soluções para gestão, implantando e mobilizando núcleos regionais e setoriais nas unidades da federação e realizando avaliações do nível de gestão das instituições, seja por meio de auto-avaliações, seja nos ciclos anuais do Prêmio Nacional da Gestão Pública. Destaque também foi dado a iniciativas relacionadas ao atendimento ao cidadão, tais como o desenvolvimento de estudos, guias e eventos para as centrais de atendimento integrado e a recente publicação do Decreto de Simplificação do Atendimento.

Com o Decreto Presidencial que instituiu 2009 como o Ano Nacional da Gestão Pública, a estratégia do Programa para cumprimento de sua missão foi ajustada de forma a facilitar a construção coletiva de uma agenda de gestão e a adesão das instituições aos princípios da Carta de Brasília, documento elaborado em conjunto pelo Ministério do Planejamento e pelo CONSAD e que contém um conjunto de orientações para a melhoria da gestão pública em nosso País. Em especial, foi criado um fórum nacional permanente de discussão do tema, foi lançado o Portal Nacional da Gestão Pública (www.gespublica.gov.br) e os processos de trabalho que sustentam o GesPública passaram a ser a articulação, o fomento e a mobilização de redes de gestão, com geração de conhecimento em gestão pública.

Tais alterações vêm promovendo mudanças culturais no relacionamento entre o conjunto de instituições brasileiras, tais como: a possibilidade de adesão

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ao GesPública de qualquer pessoa física ou jurídica pelo uso de instrumentos de gestão ou mesmo pela simples participação nos fóruns de discussão presentes no Portal da Gestão Pública; a ampliação das ferramentas disponíveis e a avaliação de sua qualidade pelos próprios integrantes da Rede Nacional de Gestão Pública; o estabelecimento de parcerias com especialistas em assuntos que vão desde a teoria de redes e de sistemas complexos até a disposição de soluções de gestão; e, principalmente, a intensa comunicação entre os participantes do movimento pela melhoria da gestão, por meio dos mais eficientes canais (vídeos, ensinos à distância, redes sociais e blogs de gestão). Em uma visão mais ampla do Programa, iniciativas como a proposta de contratualização do desempenho, a lei orgânica da administração, o desenvolvimento e a implantação de indicadores de desempenho, a adequação da força de trabalho das organizações e as ações dos programas de cooperação internacional para a execução da agenda federativa se integram no cumprimento da missão de melhorar os serviços prestados à sociedade.

3.1. PRINCIPAIS FERRAMENTAS DO GESPÚBLICA

3.1.1. AVALIAÇÃO CONTINUADA

A avaliação continuada (autoavaliação) visa avaliar a gestão de uma organização pública, verificando o grau de aderência de seus processos gerenciais em relação ao Modelo de Excelência em Gestão Pública, referencial do Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização (GesPública).

Nessa avaliação são identificados os pontos fortes e as oportunidades de melhoria da organização. As oportunidades podem ser consideradas como aspectos gerenciais menos desenvolvidos em relação modelo e que, portanto, devem ser objeto das ações de aperfeiçoamento. Assim, o processo de avaliação é complementado pelo planejamento da melhoria da gestão.

Quando realizada de forma sistemática, a avaliação da gestão funciona como uma oportunidade de aprendizado sobre a própria organização e também como instrumento de internalização dos princípios e práticas da excelência em gestão pública.

Cada organização conduz o seu processo de avaliação, utilizando os Instrumentos para Avaliação da Gestão Pública de 1000 Pontos, de 500 Pontos ou de 250 Pontos, dependendo da experiência da organização em avaliação da gestão e do nível de gestão atingido em avaliações anteriores.

Esse processo de avaliação é aplicável a todas as organizações públicas que desejarem avaliar seus sistemas de gestão. Quando se tratar da primeira avaliação é recomendável a utilização do Instrumento para Avaliação da Gestão de 250 Pontos.

Quando a organização avaliar que o seu sistema de gestão atingiu um grau de maturidade em relação ao Modelo da Excelência da Gestão Pública ela poderá

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optar por participar do processo de reconhecimento e premiação à excelência do Prêmio Nacional da Gestão Pública.

3.1.2. CARTA DE SERVIÇOS

Carta de Serviços é um documento elaborado por uma organização pública que visa informar aos cidadãos quais os serviços prestados por ela, como acessar e obter esses serviços e quais são os compromissos com o atendimento e os padrões de atendimento estabelecidos.

A sua prática implica para a organização um processo de transformação sustentada em princípios fundamentais – participação e comprometimento, informação e transparência, aprendizagem e participação do cidadão. Esses princípios têm como premissas o foco no cidadão e a indução do controle social.

3.1.3. GESTÃO DE PROCESSOS

É o instrumento que orienta a modelagem e a gestão de processos voltados ao alcance de resultados. A descrição envolve a reflexão acerca de características de validade dos produtos e serviços prestados, de referências (normas e conhecimentos) observadas, de recursos consumidos e dos insumos necessários à tomada de decisão com qualidade pelas pessoas e pelas instituições públicas.

3.1.4. GUIA “D” SIMPLIFICAÇÃO

O Guia “d” Simplificação Administrativa foi elaborado para auxiliar qualquer organização pública interessada em simplificar seus processos e normas, eliminando exigências de rotinas que geram fluxos desconexos na tramitação de documentos que não agregam valor ao serviço prestado pela organização e, por consequência, pelo Estado.

O Guia deve ser entendido como uma ferramenta de trabalho, eminentemente prática, para realizar a análise e melhoria de processos organizacionais.

O documento está organizado em uma sequência lógica de 10 passos, subdivididos em 4 grandes etapas: planejamento da simplificação; mapeamento do processo; análise e melhoria dos processos; e implementação das melhorias.

3.1.5. INDICADORES DE DESEMPENHO

A medição de desempenho na gestão pública está entre os principais instrumentos para subsidiar os gestores e os dirigentes em suas decisões e escolhas. Atualmente, há a exigência cada vez maior em aperfeiçoar os níveis de

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esforços e resultados das organizações, bem como gerar e fortalecer os mecanismos de transparência e responsabilização para os cidadãos e partes interessadas, sendo estes os fundamentos básicos para impulsionar o desenvolvimento e implementação de indicadores de desempenho nas instituições públicas.

Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc.

Assim sendo, pode-se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções básicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas.

De forma geral, os indicadores não são simplesmente números, ou seja, são atribuições de valor a objetivos, acontecimentos ou situações, de acordo com regras, que possam ser aplicados critérios de avaliação, como, por exemplo, eficácia, efetividade e eficiência.

Uma combinação dos elementos da cadeia de valor com as dimensões do desempenho permite identificar seis categorias básicas de indicadores de desempenho:

• Efetividade são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a transformação produzida no contexto em geral. Esta classe de indicadores, mais difícil de ser mensurada (dada a natureza dos dados e o caráter temporal), está relacionada com a missão da instituição. Por exemplo, se uma campanha de vacinação realmente imunizar e diminuiu a incidência de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. Indicadores de efetividade podem ser encontrados na dimensão estratégica do Plano Plurianual (PPA);

• Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). Por exemplo, se, na mesma campanha citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a campanha foi eficaz. Indicadores de eficácia podem ser definidos a partir da Carta de Serviços do órgão;

• Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Por exemplo: uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha, mantendo-se os objetivos propostos.

• Execução refere-se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos.

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• Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade; sendo um elemento transversal.

• Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. Indicadores de economicidade podem ser encontrados nas unidades de suprimentos.

Dessa forma, os indicadores servem para:

• Mensurar os resultados e gerir o desempenho;

• Embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão;

• Contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;

• Facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e

• Viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes.

3.1.6. PESQUISA DE SATISFAÇÃO

É uma metodologia de pesquisa de opinião padronizada que investiga o nível de satisfação dos usuários de um serviço público e foi desenvolvida para se adequar a qualquer organização pública prestadora de serviços direto ao cidadão.

A pesquisa de satisfação deve ter como base a divulgação da Carta de Serviços ao Cidadão e é aplicável a órgãos e entidades públicos com atendimento direto ao cidadão nos três poderes e três esferas de governo.

As informações sobre GESPÚBLICA foram retiradas do site do governo http://www.gespublica.gov.br/. Segue o Decreto Nº 5.378 de 2005 para você aprofundar o estudo sobre o assunto.

3.2. DECRETO Nº 5.378 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2005

Institui o Programa Nacional de Gestão Públicae Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, e dá outras providências.

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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,

DECRETA:

Art. 1o Fica instituído o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e para o aumento da competitividade do País.

Art. 2o O GESPÚBLICA deverá contemplar a formulação e implementação de medidas integradas em agenda de transformações da gestão, necessárias à promoção dos resultados preconizados no plano plurianual, à consolidação da administração pública profissional voltada ao interesse do cidadão e à aplicação de instrumentos e abordagens gerenciais, que objetivem:

I - eliminar o déficit institucional, visando ao integral atendimento das competências constitucionais do Poder Executivo Federal;

II - promover a governança, aumentando a capacidade de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas;

III - promover a eficiência, por meio de melhor aproveitamento dos recursos, relativamente aos resultados da ação pública;

IV - assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental, promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e resultados; e

V - promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética.

Art. 3o Para consecução do disposto nos arts. 1o e 2o, o GESPÚBLICA, por meio do Comitê Gestor de que trata o art. 7o, deverá:

I - mobilizar os órgãos e entidades da administração pública para a melhoria da gestão e para a desburocratização;

II - apoiar tecnicamente os órgãos e entidades da administração pública na melhoria do atendimento ao cidadão e na simplificação de procedimentos e normas;

III - orientar e capacitar os órgãos e entidades da administração publica para a implantação de ciclos contínuos de avaliação e de melhoria da gestão; e

IV - desenvolver modelo de excelência em gestão pública, fixando parâmetros e critérios para a avaliação e melhoria da qualidade da gestão pública, da capacidade de atendimento ao cidadão e da eficiência e eficácia dos atos da administração pública federal.

Art. 4o Os critérios para avaliação da gestão de que trata este Decreto serão estabelecidos em consonância com o modelo de excelência em gestão pública.

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Art. 5o A participação dos órgãos e entidades da administração pública no GESPÚBLICA dar-se-á mediante adesão ou convocação.

§ 1o Considera-se adesão para os efeitos deste Decreto o engajamento voluntário do órgão ou entidade da administração pública no alcance da finalidade do GESPÚBLICA, que, por meio da auto avaliação contínua, obtenha validação dos resultados da sua gestão.

§ 2o Considera-se convocação a assinatura por órgão ou entidade da administração pública direta, autárquica ou fundacional, em decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão ou desempenho, ou o engajamento no GESPÚBLICA, por solicitação do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, em decorrência do exercício de competências vinculadas a programas prioritários, definidos pelo Presidente da República.

Art. 6o Poderão participar, voluntariamente, das ações do GESPÚBLICA pessoas e organizações, públicas ou privadas.

Parágrafo único. A atuação voluntária das pessoas é considerada serviço público relevante, não remunerado.

Art. 7o Fica instituído o Comitê Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, no âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com o objetivo de formular o planejamento das ações do GESPÚBLICA, bem como coordenar e avaliar a execução dessas ações.

Art. 8o O Comitê Gestor terá a seguinte composição:

I - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que o coordenará; e

II - um representante da Casa Civil da Presidência da República.

III - representantes de órgãos e entidades da administração pública, assim como de entidades privadas com notório engajamento em ações ligadas à qualidade da gestão e à desburocratização, conforme estabelecido pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

§ 1o Os membros a que se referem o caput, titulares e suplentes, serão indicados pelos dirigentes dos órgãos ou entidades representados e designados pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

§ 2o O mandato dos membros do Comitê Gestor será de dois anos, permitida a recondução.

Art. 9o Ao Comitê Gestor compete:

I - propor ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão o planejamento estratégico do GESPÚBLICA;

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II - articular-se para a identificação de mecanismos que possibilitem a obtenção de recursos e demais meios para a execução das ações do GESPÚBLICA;

III - constituir comissões setoriais e regionais, com a finalidade de descentralizar a gestão do GESPÚBLICA;

IV - monitorar, avaliar e divulgar os resultados do GESPÚBLICA;

V - certificar a validação dos resultados da auto-avaliação dos órgãos e entidades participantes do GESPÚBLICA; e

VI - reconhecer e premiar os órgãos e entidades da administração pública, participantes do GESPÚBLICA, que demonstrem qualidade em gestão, medida pelos resultados institucionais obtidos.

Lista de Questões Comentadas

Questões CESPE

1. (CESPE/ TRT 10ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) Tendo em vista que a administração pública é uma matéria essencial para a efetivação das políticas públicas e para a gestão governamental, julgue os itens a seguir.

A moderna gestão pública trata essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de administração governamental.

Comentários:

O termo “essencialmente” está direcionando a gestão pública moderna aos conceitos de eficiência e eficácia. Contudo, a efetividade também é importante porque a gestão moderna está diretamente relacionada à capacidade da administração pública promover resultados pretendidos.

Gabarito: ERRADO

2. (CESPE/ TRT 10ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) A

perspectiva da nova gestão pública ressalta que o interesse público é uma representação da agregação de interesses individuais.

Comentários:

Nessa alternativa é fundamental compreender o ponto de vista da banca examinadora de que a união dos interesses de cada indivíduo forma os interesses compartilhados pelo público.

Gabarito: CERTO

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3. (CESPE/ TRT 10ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) O modelo de administração burocrática adotado no Brasil separou serviços de controle e passou a definir, medir e analisar resultados.

Comentários:

A administração pública PATRIMONIALISTA surgiu no período das monarquias absolutas, período em que o patrimônio público e o privado eram confundidos. Nesse tipo de administração, o Estado era entendido como propriedade do rei e o nepotismo, o empreguismo e a corrupção eram frequentes.

Com o tempo, a administração tornou-se incompatível com o capitalismo industrial e as democracias parlamentares que surgiram no século XIX, visto que era essencial para o capitalismo a clara separação entre o Estado e o mercado.

A administração pública BUROCRÁTICA foi adotada viando substituir a administração patrimonialista, a partir da necessidade de desenvolver um tipo de administração que partisse não apenas da clara distinção entre o público e o privado, mas também da separação entre o político e o administrador público.

Assim, criou-se um sistema que, em teoria, moralizaria a administração pública e a faria executar, satisfatoriamente, a sua função. Para isso, iniciou conceitos como impessoalidade, formalismo, hierarquia funcional, meritocracia na carreira pública, profissionalização do servidor, controles prévios, eficiência e racionalidade.

A burocracia recebeu algumas críticas porque não garantia rapidez, nem boa qualidade, nem custo baixo para os serviços prestados ao público. Na verdade, a administração burocrática foi considerada lenta, cara e pouco orientada para o atendimento das demandas dos cidadãos.

Por outro lado, a administração pública GERENCIAL surgiu como resposta à crise do Estado dos anos 80, visando enfrentar a crise fiscal, bem como para funcionar como estratégia de redução de custos e aumento da eficiência dos serviços prestados pelos órgãos públicos. Além disso, buscou superar as disfunções dos modelos anteriores de administração pública patrimonial e burocrática.

Algumas características básicas definem a administração pública gerencial. É orientada para o cidadão e para a obtenção de resultados; pressupõe que os políticos e os funcionários públicos são merecedores de grau limitado de confiança; como estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividade e á inovação; e utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos.

Enquanto a administração pública burocrática concentra-se no processo; em definir procedimentos para a contratação de pessoal, para a compra de bens e serviços; e em satisfazer as demandas dos cidadãos, a administração pública gerencial orienta-se para os resultados. A burocracia atenta para os processos, sem considerar a alta ineficiência envolvida, porque acredita que este seja o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção.

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Dessa forma, a alternativa está errada visto que o correto seria modelo de administração gerencial. Foi o modelo gerencial que passou a medir e analisar resultados.

Gabarito: ERRADO

4. (CESPE/ CNJ/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINSITRATIVA/ 2013) A nova gestão pública ou a administração pública gerencial refere-se a um tipo de gestão que emprega o modelo de mercado, a ideia de gestão voltada ao consumidor e a adoção de tecnologias para o aumento da produtividade. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

O gerencialismo caracteriza-se por manobras administrativas, como competição, incentivos de mercado, mensuração de desempenho, foco na produtividade e desregulamentação.

Comentários:

A alternativa está adequada e descreve o que foi estudado no decorrer da aula. O gerencialismo adota práticas a fim de aumentar a produtividade da administração pública.

Gabarito: CERTO

5. (CESPE/ CNJ/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINSITRATIVA/ 2013) De acordo com

a nova gestão pública, o governo deve adotar, além de técnicas de gestão de negócios, valores relativos aos negócios, dos quais derivam práticas que foram propostas desde a gestão científica até a gestão da qualidade total.

Comentários:

Não existe uma teoria mais correta. Cada teoria influenciou em algum ponto a teoria moderna. Assim, a nova gestão pública tende a usar as melhores práticas propostas por cada teoria.

Gabarito: CERTO

6. (CESPE/ MI/ ADMINISTRADOR/ 2013) No que se refere a abordagens da administração, evolução da administração pública no Brasil e nova gestão pública, julgue os itens a seguir.

Para a antiga administração pública, anterior à nova gestão pública, o interesse público representava a agregação dos interesses individuais.

Comentários:

A antiga administração pública era patrimonialista e visava ao interesse de poucos grupos. Portanto, a alternativa está incorreta.

Resumidamente, a antiga administração focava pequenos grupos. Por outro lado, a administração pública moderna está voltada para o interesse da coletividade.

Atenção! É sempre importante resolver muitas questões de concurso porque com o tempo elas se repetem. Essa questão foi muito parecida com a cobrada pela banca examinadora CESPE no concurso para o cargo de Analista Judiciário do TRT 10 Região:

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“A perspectiva da nova gestão pública ressalta que o interesse público é uma representação da agregação de interesses individuais.”

Gabarito: ERRADO

7. (CESPE/ TER-MS/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) Uma organização pública que se estruture de modo a privilegiar a ênfase nas tarefas, na descrição clara dos processos, na previsibilidade, na premiação de empregados mediante remuneração variável, sem atentar muito para aspectos de autorrealização dos colaboradores, de meritocracia ou características do ambiente, alinha-se aos princípios da teoria da administração denominada

A Relações Humanas.

B Contingencial.

C Burocrática.

D Sistêmica.

E Administração Científica.

Comentários:

Ênfase nas tarefas, descrição claras dos processos, previsibilidade, remuneração variável, não se preocupar com o ambiente (sistema fechado) são características claras da Administração Científica.

O trecho seguinte afirma que a organização não se atenta para aspectos de autorrealização, meritocracia e características do ambiente.

Quem se preocupa com autorrealização é a Teoria Humanista e meritocracia está relacionada à Teoria da Burocracia.

Gabarito: letra E

8. (CESPE/ CÂMARA DOS DEPUTADOS/ ANALISTA – TÉCNICO EM MATERIAL E PATRIMÔNIO / 2012) Para Max Weber, no modelo burocrático ideal, a escolha ou a promoção do profissional devem ser fundamentadas exclusivamente no mérito.

Comentários:

A Teoria da burocracia propõe a escolha das pessoas baseada no mérito e na capacidade do funcionário em relação à função e não em preferências pessoais.

Gabarito: CERTO

9. (CESPE/ ANATEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2012) A abordagem clássica da administração foi desenvolvida em razão do crescimento acelerado e desordenado das organizações e da necessidade de aumentar a sua eficiência. A respeito desse assunto, julgue o item abaixo.

A disposição adequada das unidades e a definição de responsabilidades para cada uma delas, como forma de alcançar a eficiência organizacional, eram as preocupações principais da escola de administração científica.

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Comentários:

A preocupação com a disposição da estrutura das unidades está relacionada à Teoria Clássica. A Administração Científica enfatiza as tarefas e a divisão do trabalho no nível operacional.

Gabarito: ERRADO

10. (CESPE/ TJ-AL/ Analista Judiciário - Área Administrativa/ 2012) Como proposto por Henry Fayol, o princípio geral da administração que estabelece a necessidade de especialização de empregados, desde a alta hierarquia até os trabalhadores operários, como forma de aprimorar a eficiência da produção e, consequentemente, aumentar a produtividade, é o princípio da divisão do trabalho.

Comentários:

Muita atenção aos princípios de Fayol, eles são muito cobrados em prova. Essa alternativa descreve adequadamente o princípio da divisão do trabalho.

Gabarito: CERTO

11. (CESPE/ TJ-AL/ Analista Judiciário - Área Administrativa/ 2012) De acordo com a abordagem neoclássica da administração, as principais funções do processo administrativo são planejamento, organização, direção e controle.

Comentários:

Isso mesmo! Lembre-se:

As funções propostas pela abordagem neoclássica são: planejamento, organização, direção e controle.

As funções propostas pela Teoria Clássica são: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

Gabarito: CERTO

12. (CESPE/ TRF-2ª REGIÃO/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ 2012) A principal contribuição da abordagem sistêmica ao Comportamento Organizacional é o conceito de organização como um sistema

a) aberto, em constante interação com seu ambiente.

b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente.

c) semi-aberto, já que tem metas estabelecidas no intra-grupo.

d) flexível, porém raramente se modifica com as pressões do ambiente.

e) inflexível, pois preserva as normas internas.

Comentários:

Os sistemas podem ser classificados quanto a sua natureza em:

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Sistemas fechados – são os sistemas que não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda. Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que seja enviado para fora.

Sistemas abertos – são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, através de entradas e saídas. Trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente.

A resposta correta é a letra A, pois a abordagem sistêmica fundamenta-se na premissa básica de que os sistemas são abertos. Cada sistema existe dentro de um meio ambiente constituído por outros sistemas. São caracterizados por um processo de intercâmbio com o seu ambiente para roçar energia e informação.

Gabarito: letra A

13. (CESPE/ FUB/ SECRETÁRIO EXECUTIVO/ 2011) De acordo com Taylor, o nível de eficiência do trabalhador é estabelecido com base na capacidade social que esse trabalhador apresenta, e não em sua capacidade de executar o trabalho corretamente no prazo estabelecido.

Comentários:

Segundo Taylor, o nível de eficiência é atingido baseando-se na capacidade de executar tarefas, por isso a escola científica estudava os "tempos e movimentos" a fim de racionalizar movimentos com produção em série, controlando ao máximo as atividades dos operários.

Gabarito: ERRADO

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14. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos a abordagens teóricas da administração.

A abordagem proposta por Taylor defendia que fossem priorizados na administração o empirismo e a prática, dando ênfase, desse modo, ao pragmatismo da ponta da linha e ao conhecimento já existente nos trabalhadores.

Comentários:

A alternativa está errada porque uma das principais características da abordagem proposta por Taylor era substituir métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos.

Gabarito: ERRADO

15. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) Atualmente, não há mais espaço para a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus aspectos.

Comentários:

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Muita atenção nessa questão! Essa alternativa é muito radical devido ao termo “em nenhum de seus aspectos”. Apesar de não ser uma teoria perfeita, há possibilidade de se usar aspectos estudados por Taylor como, por exemplo, o cuidado com as condições do ambiente de trabalho.

Gabarito: ERRADO

16. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) A liderança centrada nas pessoas foi uma preocupação teórica de Taylor, que defendia a ideia de que resultados só podiam ser obtidos por intermédio das pessoas.

Comentários:

A abordagem básica dessa teoria é a ênfase colocada nas TAREFAS. Frederick Taylor apresentou as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos. Cuidado porque a Teoria de Administração Científica de Taylor não tinha ênfase nas pessoas.

Gabarito: ERRADO

17. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) Um órgão público, que preconize o respeito ao canal de comunicação e impeça cada setor de acessar outros níveis organizacionais diferentes dos que se encontrem hierarquicamente logo acima e logo abaixo, respeitando a autoridade única do nível acima, estará de acordo com os pressupostos de Fayol em seus princípios gerais da administração no que tange à unidade de comando.

Comentários:

Fayol apresentou 14 princípios básicos e essa questão está adequadamente relacionada ao princípio unidade de comando. É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo da organização. O princípio da autoridade única preconiza que cada empregado deve receber ordem de apenas um superior.

Gabarito: CERTO

18. (CESPE / STF / ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO / 2008) Na abordagem clássica da administração, manifestaram-se diferentes posições acerca da centralização e da descentralização da autoridade. Defende-se, entretanto, a centralização em situações de mudança e de incerteza, e a descentralização em situações de risco e de crise.

Comentários:

Essa questão está inadequada. Em momentos de mudança e incerteza, quanto maior a necessidade de mudança e de inovação, maior será a necessidade de descentralização. Por outro lado, em situações de risco, crise ou dificuldade, a autoridade é centralizada no topo, enquanto durar a emergência, e a descentralização voltará quando o perigo for ultrapassado.

Gabarito: ERRADO

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19. (CESPE/ ANTAQ/ ANALISTA ADMINISTRATIVO – INFORMÁTICA/ 2009) Acerca de gestão de processos de negócio e gestão estratégica, julgue os itens subsequentes.

Os produtos principais do Programa Nacional de Gestão Pública - Gespública - são a avaliação continuada dos serviços públicos e a promoção dos resultados do plano plurianual, desde que as mudanças decorrentes desse programa não alterem os processos de burocratização existentes.

Comentários:

Conforme os artigos 2º e 3º do decreto, o GESPÚBLICA deverá contemplar a formulação e implementação de medidas integradas em agenda de transformações da gestão, necessárias à promoção dos resultados preconizados no plano plurianual, à consolidação da administração pública profissional voltada ao interesse do cidadão e à aplicação de instrumentos e abordagens gerenciais.

Para consecução do anteriormente, o GESPÚBLICA, por meio do Comitê Gestor, deverá mobilizar os órgãos e entidades da administração pública para a melhoria da gestão e para a desburocratização.

Gabarito: ERRADO

20. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) Com relação às abordagens clássica, burocrática e sistêmica da administração pública, tendo por base as reformas administrativas no Brasil após 1930, julgue os itens a seguir.

O modelo atual que caracteriza a gestão pública no Brasil é patrimonialista, pois o Estado possui direitos de propriedade sobre os bens que administra.

Comentários:

O modelo atual que caracteriza a gestão pública é o gerencialismo. Administração pública gerencial considera o Estado uma grande empresa cujos serviços são destinados aos seus clientes cidadãos; na eficiência dos serviços, na avaliação de desempenho e no controle de resultados, suas principais características. Tem como objetivos principais atender a duas exigências do mundo atual: adaptar-se à revisão das formas de atuação do Estado, que são empreendidas nos cenários de cada país; e atender às exigências das democracias de massa contemporâneas.

Gabarito: ERRADO

21. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) A reforma burocrática mais recente da administração pública seguiu um modelo cujos pilares envolvem conceitos de impessoalidade, profissionalismo e formalidade.

Comentários:

O Estado burocrático comporta instituições basicamente hierarquizadas e o controle é focado nos processos. Seu maior objetivo é combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista e, para isso, orientava-se pelas ideias de profissionalização, carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo.

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Gabarito: CERTO

22. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) O gerencialismo é um modelo de gestão pública que orienta o Estado para uma administração burocrática.

Comentários:

A alternativa está errada porque administração pública burocrática e administração pública gerencial são dois conceitos diferentes.

A administração pública burocrática foi adotada como uma forma de superar a administração patrimonialista do Estado. Combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista era seu maior objetivo e, para tal, orientava-se pelas ideias de profissionalização, carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo.

A administração pública gerencial surgiu motivada pela busca de meios capazes de enfrentar a crise fiscal do Estado; como estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administração dos serviços que cabiam ao Estado; instrumento de proteção ao patrimônio público; e insatisfação contra a administração pública burocrática.

Gabarito: ERRADO

23. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) Em seu sentido original, burocracia representa um sistema de execução da administração pública caracterizada pelo excesso de papéis e de regulamentos e pela demora dos atendimentos.

Comentários:

Vamos relembrar o sentido original da Abordagem Burocrática:

Desenvolvida pelo sociólogo alemão Max Weber, é uma teoria que enfatiza a formalização (obediência a normas, rotinas e regulamentos), divisão do trabalho, hierarquia (obediência às ordens dos superiores e conferência de status às posições hierárquicas elevadas), impessoalidade e profissionalização e competência técnica dos funcionários. Dessa forma, a Teoria Burocrática se caracterizava pela ênfase na estrutura.

Segundo o conceito popular, a burocracia é entendida como uma organização na qual o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. O termo também é empregado com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si mesmo. Para Max Weber, o conceito de burocracia é exatamente o contrário. Para o autor, a burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a burocracia explica os mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.

Gabarito: ERRADO

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24. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue os itens a seguir.

Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações administrativas.

Comentários:

Exatamente! O modelo de gestão Burocrática foi implantado com Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), mas, nesse período, a Administração preocupava-se mais em impor seus atos em vez de internalizar as ações administrativas.

Gabarito: CERTO

25. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado na vida econômica e social do país.

Comentários:

A questão refere-se ao período do Estado do Bem-Estar Social, também conhecido como Welfare State. O Estado de Bem-Estar Social foi uma medida tomada para reestruturar a economia dos países mais atingidos pela crise de 1929 que abalou o sistema capitalista. Nesse período o Estado buscou ampliar os serviços assistenciais públicos, abrangendo as áreas de renda, habitação e previdência social, entre outras. Paralelamente à prestação de serviços sociais, o Estado do Bem-estar interviu fortemente na área econômica, de modo a regulamentar praticamente todas as atividades produtivas a fim de assegurar a geração de riquezas materiais junto com a diminuição das desigualdades sociais.

Assim, sua essência consistia em suprir as necessidades básicas da população, preocupando-se com condições de saúde, trabalho, educação e assistência previdenciária.

Gabarito: CERTO

26. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

Comentários:

A reforma de 1930, implementada por Getúlio Vargas, buscou a passagem da administração patrimonialista para a administração burocrática. Esse governo tinha como objetivo implantar uma administração pública que fosse capaz de eliminar o clientelismo comum na administração anterior, o que não significou que tais práticas foram extintas.

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Para isso, Getúlio Vargas criou, em 1938, um modelo de racionalização burocrática, inspirado em Max Weber denominado Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Essa instituição tinha como um dos princípios a admissão no serviço público com base no mérito e na competência. Era um modelo de organização baseado no universalismo dos procedimentos, no qual as normas deveriam ser isentas de influências pessoais e garantir direitos iguais perante a lei.

Gabarito: CERTO

27. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) No que se refere aos fundamentos da administração pública no Brasil nos últimos 30 anos, julgue os seguintes itens.

O modelo de Estado gerencial é importante para que se alcancem a efetividade e a eficiência na oferta de serviços públicos, independentemente da função social do Estado.

Comentários:

A alternativa está errada porque o Estado tem sempre como principal objetivo sua função social. O Estado tem de assumir sua função de defesa do bem comum e de procura de uma maior justiça social.

Gabarito: ERRADO

28. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) Atualmente, o setor público enfrenta o desafio de transformar as estruturas burocratizadas e flexíveis da gestão pública em estruturas empreendedoras.

Comentários:

Estruturas burocratizadas não são flexíveis. A frase correta seria o desafio é transformar a estruturas burocratizadas em estruturas empreendedoras e flexíveis.

Gabarito: ERRADO

29. (CESPE/ TCU/ ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E GESTÃO/ 2008) Acerca de avaliação da gestão pública, julgue os itens.

A pontuação obtida pela organização pública, conforme proposta do GESPÚBLICA, mostra o quanto a organização está melhor ou pior em sua administração, comparativamente a outras organizações similares.

Comentários:

O erro da questão foi afirmar que ocorre a comparação com outras organizações. A ferramenta de gestão utilizada é a autoavaliação (avaliação continuada) que visa avaliar a gestão de uma organização pública, verificando o grau de aderência de seus processos gerenciais em relação ao Modelo de Excelência em Gestão Pública, referencial do Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização (GesPública).

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Gabarito: ERRADO

30. (CESPE/ TCU/ ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E GESTÃO/ 2008) A grande ênfase do GESPÚBLICA no processo de avaliação é a descrição do porquê de determinada prática ou processo ter sido desenvolvido, visando-se, desse modo, encontrar os responsáveis pela prática bem ou mal sucedida.

Comentários:

A ferramenta de gestão avaliação continuada visa avaliar a gestão de uma organização pública, verificando o grau de aderência de seus processos gerenciais em relação ao Modelo de Excelência em Gestão Pública, referencial do Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização (GesPública). Portanto, o processo de avaliação não tem o objetivo de encontrar os responsáveis pela prática.

Gabarito: ERRADO

Questões ESAF

31. (ESAF/ MPOG/ EPPGG/ 2009) Conhecer a evolução do pensamento administrativo, bem como de suas teorias e abordagens, permite concluir, acertadamente, que:

a) a resolução de problemas organizacionais pode ser tentada pela aplicação conjunta de várias Teorias Administrativas, ainda que suas abordagens sejam, à primeira vista, antagônicas.

b) como ciência, a Administração independe de outras ciências.

c) ao enfatizar as tarefas, a abordagem burocrática enrijece a organização, afastando-a de seus objetivos.

d) a Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo aplicável em nossos dias.

e) a cultura de uma organização é determinada por sua estrutura, sendo pouco afetada pelos valores e crenças das pessoas que a integram.

Comentários:

A alternativa que melhor responde a questão é a letra A visto que uma teoria complementa a outra. Cada abordagem administrativa possui pontos importantes que são implementados na administração atual.

A alternativa B está errada porque as ciências se relacionam. A alternativa C está errada porque a abordagem burocrática enfatiza as estruturas organizacionais. A Teoria Clássica contribuiu com alguns princípios propostos por Fayol como, por exemplo, a disciplina que propõe a necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para todos os funcionários.

Os valores e crenças são fatores decisivos na cultura de uma organização, por isso a alternativa E está errada.

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Gabarito: letra A

32. (ESAF/ ANA/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/ 2009) A escola das Relações Humanas diferencia-se por ideias centrais das quais originaram-se críticas implacáveis contra o homo econômicus, modelo elaborado pela Escola Clássica. Analise as afirmações abaixo e selecione a opção que representa o resultado de sua análise.

( ) Na Escola das Relações Humanas, o homem é apresentado como um ser que não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas.

( ) Na Escola das Relações Humanas, o homem não é condicionado pelo sistema social, e sim pelas demandas biológicas.

( ) O modelo da Escola das Relações Humanas é o homo complexus, devido à complexidade das suas necessidades.

a) C, C, C

b) C, C, E

c) C, E, E

d) E, E, E

e) E, C, C

Comentários:

A primeira alternativa está correta. A Teoria das Relações humanas propõe a necessidade de se humanizar e democratizar a Administração, libertando os conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica.

A segunda alternativa está errada porque na Escola das Relações Humanas há preocupação com o operário que faz parte como membro de um grupo social e é condicionado por ele.

A terceira alternativa está errada. O modelo da Escola de Relações Humanas é o homo social, que é a substituição do homem econômico para o modelo do homem social.

O homem complexo é proposto pela Teoria da Contingência e indica o homem complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. Ele opera como um sistema capaz de manter seu equilíbrio interno diante das demandas feitas pelas forças externas do ambiente.

Gabarito: letra C

33. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) “As burocracias surgiram a partir da era vitoriana como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. O modelo burocrático de organização surgiu como uma reação contra a crueldade e nepotismo e contra os julgamentos tendenciosos e parcialistas, típicos das práticas administrativas desumanas e injustas do início da Revolução Industrial. Basicamente, a burocracia foi uma invenção social aperfeiçoada no decorrer da Revolução Industrial, embora tenha suas raízes na

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Antiguidade histórica, com a finalidade de organizar detalhadamente e de dirigir rigidamente as atividades das empresas com a maior eficiência possível. Rapidamente, a forma burocrática de Administração alastrou-se por todos os tipos de organizações humanas, como as indústrias, as empresas de prestação de serviços, as repartições públicas e os órgãos governamentais, as organizações educacionais, militares, religiosas, filantrópicas etc.”

(Trecho extraído do livro “Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas” de Idalberto Chiavenato, Vol. 2. 3 ed. São Paulo. McGraw- Hill, 1987, p.1)

Qual, entre as opções abaixo, representa a ênfase básica da Teoria da Burocracia?

a) ênfase nas pessoas

b) ênfase nas tarefas

c) ênfase na estrutura organizacional

d) ênfase no ambiente

e) ênfase na tecnologia

Comentários:

Questão simples. A Teoria da Burocracia enfatiza a estrutura organizacional com regras, normas, impessoalidade, hierarquia.

Gabarito: letra C

34. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) “A Teoria da Burocracia pretendeu dar as bases de um modelo ideal e racional de organização que pudesse ser aplicado às empresas, qualquer que fosse o seu ramo de atividade. Weber descreveu as características mais importantes da organização burocrática ou racional. Porém, seguidores como Merton, Selznick, Gouldner e outros comprovaram uma série de distorções, disfunções e tensões dentro da burocracia, o que tornava crítica a sua aplicação às empresas. Apesar de representar um passo à frente da organização formal proposta pela Teoria Clássica, a organização burocrática mostrou-se carente da flexibilidade e inovação necessárias e imprescindíveis a uma sociedade moderna em processo de contínua e acelerada mudança.”

(Trecho extraído do livro “Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas” de Idalberto Chiavenato, vol. 2. 3 ed. São Paulo. McGraw- Hill, 1987, p. 58)

Indique, entre as opções abaixo, uma dessas disfunções.

a) caráter formal das comunicações

b) hierarquia da autoridade

c) caráter racional e divisão do trabalho

d) impessoalidade nas relações

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e) superconformidade às rotinas e procedimentos

Comentários:

O trecho “a organização burocrática mostrou-se carente da flexibilidade e inovação necessárias e imprescindíveis a uma sociedade moderna”, relaciona-se à disfunção superconformidade às rotinas e procedimentos. As normas e regulamentos nessa teoria são consideradas absolutas e prioritárias e o funcionário esquece que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade racional.

Gabarito: letra E

35. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) Assinale a opção que indica corretamente as contribuições da Teoria de Sistemas para o estudo das organizações.

a) As organizações passam a ser vistas como sistemas fechados que interagem unilateralmente com o ambiente. Por outro lado, são visualizadas como compostas por partes interdependentes.

b) As organizações passam a ser vistas como sistemas abertos que interagem com o ambiente intercambiando matéria-energia-informação. Por outro lado, são visualizadas como compostas por partes especializadas e estanques.

c) As organizações passam a ser vistas como cérebros que interagem entre si intercambiando matéria-energia-informação. Por outro lado, são visualizadas como um sistema técnico.

d) As organizações passam a ser vistas como sistemas fechados que interagem unilateralmente com o ambiente. Por outro lado, são visualizadas como um sistema técnico.

e) As organizações passam a ser vistas como sistemas abertos que interagem com o ambiente intercambiando matéria-energia-informação. Por outro lado, são visualizadas como compostas por partes interdependentes.

Comentários:

Muita atenção nesse tipo de questão. As organizações na Teoria de Sistemas são consideradas como sistemas abertos. O sistema aberto está em constante interação dual com o ambiente. A organização é considerada um sistema social com partes independentes, mas interrelacionadas, caracterizando a interdependência das partes.

Gabarito: letra E

36. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) O livro de Frederick Taylor, Princípios de Administração Científica, inicia-se com a seguinte frase: “O principal objetivo da administração deve ser assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”. Tendo como base esta afirmação, assinale a opção incorreta.

a) O pensamento de Taylor era o de lograr maior eficiência de modo a produzir mais com menor custo, possibilitando dividendos ao empregador e ganhos salariais adicionais ao empregado em função de sua produção.

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b) A maioria acredita que os interesses de empregados e empregadores são antagônicos; ao contrário, a administração científica tem como fundamento que o interesse de ambos é único: prosperidade para o empregador e para o empregado.

c) O pensamento de Taylor apontava no sentido de aumentar a produção e diminuir o custo de modo a vender mais, possibilitando que o empregador obtivesse mais lucro que seu concorrente e pagasse mais a seu empregado.

d) O princípio preconizado por Taylor concretizou-se no aumento de produtividade, o que representou ganhos proporcionalmente iguais para o empregador e para os empregados.

e) O máximo de prosperidade somente pode existir como resultado do máximo de produção, obtida da aplicação do método científico de administração.

Comentários:

Os princípios da administração Científica propunham pagar salários menores a fim de reduzir custo unitário de produção, aumentar eficiência padronizando processos, aumentar as vendas e atingir o máximo de produção.

Dentre as alternativas apresentadas, a letra D está errada. Taylor não preconizava aumento de ganhos proporcionalmente iguais para o empregado e para os empregadores. Segundo o autor, a remuneração deveria ser baseada na produção de cada operário: o operário que produz pouco ganha pouco e o que produz mais, ganha na proporção de sua produção. Isso não representa que os operários ganhariam proporcionalmente iguais aos empregadores.

Gabarito: letra D

37. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) Fayol, em sua obra, identifica seis funções inerentes à operação de uma empresa, seja ela simples ou complexa, grande ou pequena. Assinale a opção que descreve corretamente uma dessas funções denominada de função administrativa.

a) Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar.

b) Governar, Remunerar, Coordenar, Controlar e Fiscalizar.

c) Planejar, Comunicar, Liderar, Coordenar e Avaliar.

d) Prever, Estruturar, Liderar, Negociar e Fiscalizar.

e) Organizar, Negociar, Comandar, Coordenar e Avaliar.

Comentários:

Questão muito simples. Fayol conceitua as funções universais da Administração ou funções do administrador (P O C C C) em:

• Prever – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

• Organizar – proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa e pode ser dividida em organização material e organização social.

• Comandar – dirigir e orientar o pessoal.

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• Coordenar - ligar, reunir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

• Controlar – verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.

Gabarito: letra A

38. (ESAF/ CGU/ AFC – AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO) Escolha a opção que descreve corretamente três disfunções do tipo ideal de burocracia de Weber.

a) Caráter legal das normas. Divisão do trabalho. Apego às normas e aos procedimentos.

b) Hierarquização da autoridade. Comunicação formal. Especialização da administração.

c) Impessoalidade no relacionamento. Competência técnica e mérito. Procedimentos e rotinas.

d) Internalização das normas. Resistência à mudança. Despersonalização do relacionamento.

e) Conformismo com as normas. Níveis hierárquicos bem definidos. Formalismo.

Comentários:

DISFUNÇÕES DA

BUROCRACIA

Internalização das normas

Excesso de formalismo e papelório

Resistência às mudanças

Despersonalização do

relacionamento

Categorização do relacionamento

Superconformidade

Exibição de sinais de autoridade

Dificuldade com clientes

IMPREVISIBILIDADE DO

FUNCIONAMENTO

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Gabarito: letra D

Questões OUTRAS BANCAS

Seguem algumas questões complementares sobre as abordagens da administração. A melhor forma de fixar a matéria é através da repetição na resolução de exercícios!!

39. (FCC / TCE-PR / ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA / 2011) Os 14 princípios gerais de administração sugeridos por Fayol, e que ainda são considerados pela maioria dos administradores, têm, entre eles, um que determina que os trabalhadores nas organizações deveriam receber ordens de um “gerente” somente, para evitar conflitos e mal-entendidos. Esse princípio é o da

(A) unidade de comando.

(B) divisão do trabalho.

(C) centralização.

(D) cadeia escalar.

(E) equidade.

Comentários:

É necessário memorizar e entender bem esse assunto. Para isso, vamos relembrar quais são os 14 princípios básicos de Fayol:

1) Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.

2) Autoridade e responsabilidade - Autoridade é todo direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio entre autoridade e responsabilidade.

3) Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.

4) Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.

5) Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

6) Subordinação dos interesses individuais ao interesse geral - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.

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7) Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.

8) Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas no topo da hierarquia da organização.

9) Linha de Comando (cadeia escolar) - É a linha de autorizada que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio de comando.

10) Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.

11) Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais.

12) Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.

13) Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.

14) Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.

Gabarito: letra A

40. (FCC / TCE-PR / ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA / 2011) Como consequência de um trabalho de quase uma década, Mayo e seus seguidores lançaram as bases de uma nova filosofia de administração chamada Relações Humanas, cujos pontos principais são: sistema social; relações com o grupo; supervisor de primeira linha tem papel intermediário e

(A) tipo ideal de burocracia.

(B) eficácia e eficiência.

(C) influência do ambiente externo.

(D) trabalho em equipe.

(E) racionalização do trabalho.

Comentários:

A abordagem humanista da administração permite ver a organização como um grupo de pessoas, e define habilidade como a capacidade de trabalhar com essas a fim de promover o êxito empresarial. Este é o principal foco das organizações, que abordam ainda, a dinâmica grupal e interpessoal para o desempenho de trabalho em equipe, com o intuito de alcançar os resultados.

Gabarito: letra D

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41. (FCC / UFT / ADMINISTRADOR) Na escola CLÁSSICA DE FAYOL, a especialização das tarefas e das pessoas, com a finalidade de aumentar a eficiência, retrata o princípio da

(A) ordem.

(B) centralização.

(C) unidade de direção.

(D) divisão do trabalho.

(E) disciplina.

Comentários:

Mais uma questão sobre os 14 princípios básicos de Henri Fayol. A alternativa correta é divisão do trabalho que se preocupa com a divisão das tarefas e especialização no nível dos órgãos que compõem a organização (departamentos, seções, unidades).

Gabarito: letra D

42. (FUNIVERSA/ MTUR / ADMINISTRADOR/ 2010) De acordo com Henry Fayol, as seis funções básicas de uma empresa são

a) de recursos humanos, técnicas, comerciais, financeiras, contábeis e administrativas.

b) técnicas, comerciais, financeiras, contábeis, de segurança e administrativas.

c) de recursos humanos, de marketing, financeiras, comerciais, contábeis e de segurança.

d) técnicas, comerciais, financeiras, de operações, de marketing e administrativas.

e) técnicas, de marketing, financeiras, de produção, contábeis e administrativas.

Comentários:

Segundo Henri Fayol, toda e qualquer organização deve ter um conjunto de funções, as quais fazem as organizações funcionarem de maneira adequada e saliente que as seis funções básicas que toda empresa apresenta são:

• Técnicas

• Comerciais

• Financeiras

• Segurança

• Contábeis

• Administrativas

Gabarito: letra B

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Referências Bibliográficas

ANDRADE, Rui Otávio Bernardes e AMBONI, Nério. Estratégias de Gestão. Editora Campus, 2010. ANSOFF, H. Igor e Edward J. McDonnell. Implantando a Administração Estratégica. 2ª edição. Editora Atlas, 1993. BERNARDES. C. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 1997. CARNEIRO, Margareth F. Santos. Gestão Pública: O papel do Planejamento Estratégico, Gerenciamento de Portifólio, Programas e Projetos e dos Escritórios de projetos na Modernização da Gestão Pública. Editora BRASPORT, 2010. CARVALHO, Marly Monteiro de. Gestão da Qualidade. Editora Campus. CERQUEIRA, Jorge Pereira de. No ambiente da Qualidade Total: ISO 9000. 3ª edição. Editora Imagem. CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 2ª. edição. Editora Elsevier – Campus CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6ª edição. Editora Campus, 2000. COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica. Editora Saraiva, 2004. HITT, Michael A., R. Duane Ireland e Robert E. Hosisson. Administração Estratégica. 7ª edição. Editora Cengage, 2008. HUNGER, J. David e Thomas L. Wheelen. Gestão Estratégica. 2ª edição. Editora Reichmann & Affonso Editores, 2002. KAPLAN, Robert S. e David P. Norton. Mapas Estratégicos: Convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. 8ª edição. Editora Campus, 2004. LAMCOMBE, Francisco e Gilberto Heilborn. Administração princípios e tendências. 1ª edição. Editora Saraiva, 2003. LUCINDA, Marco Antônio. Qualidade Fundamentos e Práticas. Brasport, 2010. MARQUES, Cícero e ODA Érico. Gestão das Funções Organizacionais. 2ª edição. Editora Iesde, 2008. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 7ª edição revista e ampliada. São Paulo: Editora Atlas, 2007. MOTTA, Fernando C. Prestes e VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administração. 3ª edição revista. São Paulo: Cengage Learning, 2009. PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Reforma do Estado para a Cidadania: A Reforma Gerencial Brasileira na Perspectiva Internacional. Editora 34, 2002.

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SERRA, Fernando, Maria Candida S. Torres e Alexandre Pavan Torres. Administração Estratégica. 1ª edição. Editora Reichmann & Affonso Editores, 2004. TORRES, Marcelo Douglas de Figueiredo. Estado, democracia e administração pública no Brasil. Editora FGV, 2004. http://www.gespublica.gov.br/

http://www.planejamento.gov.br/

Lista das Questões Apresentadas

Questões CESPE

1. (CESPE/ TRT 10ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) Tendo em vista que a administração pública é uma matéria essencial para a efetivação das políticas públicas e para a gestão governamental, julgue os itens a seguir.

A moderna gestão pública trata essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de administração governamental.

2. (CESPE/ TRT 10ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) A

perspectiva da nova gestão pública ressalta que o interesse público é uma representação da agregação de interesses individuais.

3. (CESPE/ TRT 10ª/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) O modelo de administração burocrática adotado no Brasil separou serviços de controle e passou a definir, medir e analisar resultados.

4. (CESPE/ CNJ/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINSITRATIVA/ 2013) A nova gestão pública ou a administração pública gerencial refere-se a um tipo de gestão que emprega o modelo de mercado, a ideia de gestão voltada ao consumidor e a adoção de tecnologias para o aumento da produtividade. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

O gerencialismo caracteriza-se por manobras administrativas, como competição, incentivos de mercado, mensuração de desempenho, foco na produtividade e desregulamentação.

5. (CESPE/ CNJ/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINSITRATIVA/ 2013) De acordo com

a nova gestão pública, o governo deve adotar, além de técnicas de gestão de negócios, valores relativos aos negócios, dos quais derivam práticas que foram propostas desde a gestão científica até a gestão da qualidade total.

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6. (CESPE/ MI/ ADMINISTRADOR/ 2013) No que se refere a abordagens da administração, evolução da administração pública no Brasil e nova gestão pública, julgue os itens a seguir.

Para a antiga administração pública, anterior à nova gestão pública, o interesse público representava a agregação dos interesses individuais.

7. (CESPE/ TER-MS/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/ 2013) Uma organização pública que se estruture de modo a privilegiar a ênfase nas tarefas, na descrição clara dos processos, na previsibilidade, na premiação de empregados mediante remuneração variável, sem atentar muito para aspectos de autorrealização dos colaboradores, de meritocracia ou características do ambiente, alinha-se aos princípios da teoria da administração denominada

A Relações Humanas.

B Contingencial.

C Burocrática.

D Sistêmica.

E Administração Científica.

8. (CESPE/ CÂMARA DOS DEPUTADOS/ ANALISTA – TÉCNICO EM MATERIAL E PATRIMÔNIO / 2012) Para Max Weber, no modelo burocrático ideal, a escolha ou a promoção do profissional devem ser fundamentadas exclusivamente no mérito.

9. (CESPE/ ANATEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2012) A abordagem clássica da administração foi desenvolvida em razão do crescimento acelerado e desordenado das organizações e da necessidade de aumentar a sua eficiência. A respeito desse assunto, julgue o item abaixo.

A disposição adequada das unidades e a definição de responsabilidades para cada uma delas, como forma de alcançar a eficiência organizacional, eram as preocupações principais da escola de administração científica.

10. (CESPE/ TJ-AL/ Analista Judiciário - Área Administrativa/ 2012) Como proposto por Henry Fayol, o princípio geral da administração que estabelece a necessidade de especialização de empregados, desde a alta hierarquia até os trabalhadores operários, como forma de aprimorar a eficiência da produção e, consequentemente, aumentar a produtividade, é o princípio da divisão do trabalho.

11. (CESPE/ TJ-AL/ Analista Judiciário - Área Administrativa/ 2012) De acordo com a abordagem neoclássica da administração, as principais funções do processo administrativo são planejamento, organização, direção e controle.

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12. (CESPE/ TRF-2ª REGIÃO/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ 2012) A principal contribuição da abordagem sistêmica ao Comportamento Organizacional é o conceito de organização como um sistema

a) aberto, em constante interação com seu ambiente.

b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente.

c) semi-aberto, já que tem metas estabelecidas no intra-grupo.

d) flexível, porém raramente se modifica com as pressões do ambiente.

e) inflexível, pois preserva as normas internas.

13. (CESPE/ FUB/ SECRETÁRIO EXECUTIVO/ 2011) De acordo com Taylor, o nível de eficiência do trabalhador é estabelecido com base na capacidade social que esse trabalhador apresenta, e não em sua capacidade de executar o trabalho corretamente no prazo estabelecido.

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14. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos a abordagens teóricas da administração.

A abordagem proposta por Taylor defendia que fossem priorizados na administração o empirismo e a prática, dando ênfase, desse modo, ao pragmatismo da ponta da linha e ao conhecimento já existente nos trabalhadores.

15. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) Atualmente, não há mais espaço para a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus aspectos.

16. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) A liderança centrada nas pessoas foi uma preocupação teórica de Taylor, que defendia a ideia de que resultados só podiam ser obtidos por intermédio das pessoas.

17. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE INTERNO / 2008) Um órgão público, que preconize o respeito ao canal de comunicação e impeça cada setor de acessar outros níveis organizacionais diferentes dos que se encontrem hierarquicamente logo acima e logo abaixo, respeitando a autoridade única do nível acima, estará de acordo com os pressupostos de Fayol em seus princípios gerais da administração no que tange à unidade de comando.

18. (CESPE / STF / ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO / 2008) Na abordagem clássica da administração, manifestaram-se diferentes posições acerca da centralização e da descentralização da autoridade. Defende-se, entretanto, a centralização em situações de mudança e de incerteza, e a descentralização em situações de risco e de crise.

19. (CESPE/ ANTAQ/ ANALISTA ADMINISTRATIVO – INFORMÁTICA/ 2009) Acerca de gestão de processos de negócio e gestão estratégica, julgue os itens subsequentes.

Os produtos principais do Programa Nacional de Gestão Pública - Gespública - são a avaliação continuada dos serviços públicos e a promoção dos resultados do plano plurianual, desde que as mudanças decorrentes desse programa não alterem os processos de burocratização existentes.

20. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) Com relação às abordagens clássica, burocrática e sistêmica da administração pública, tendo por base as reformas administrativas no Brasil após 1930, julgue os itens a seguir.

O modelo atual que caracteriza a gestão pública no Brasil é patrimonialista, pois o Estado possui direitos de propriedade sobre os bens que administra.

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21. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) A reforma burocrática mais recente da administração pública seguiu um modelo cujos pilares envolvem conceitos de impessoalidade, profissionalismo e formalidade.

22. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) O gerencialismo é um modelo de gestão pública que orienta o Estado para uma administração burocrática.

23. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2012) Em seu sentido original, burocracia representa um sistema de execução da administração pública caracterizada pelo excesso de papéis e de regulamentos e pela demora dos atendimentos.

24. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue os itens a seguir.

Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações administrativas.

25. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado na vida econômica e social do país.

26. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

27. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) No que se refere aos fundamentos da administração pública no Brasil nos últimos 30 anos, julgue os seguintes itens.

O modelo de Estado gerencial é importante para que se alcancem a efetividade e a eficiência na oferta de serviços públicos, independentemente da função social do Estado.

28. (CESPE/ TRE-ES/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINSITRATIVA/ 2011) Atualmente, o setor público enfrenta o desafio de transformar as estruturas burocratizadas e flexíveis da gestão pública em estruturas empreendedoras.

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29. (CESPE/ TCU/ ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E GESTÃO/ 2008) Acerca de avaliação da gestão pública, julgue os itens.

A pontuação obtida pela organização pública, conforme proposta do GESPÚBLICA, mostra o quanto a organização está melhor ou pior em sua administração, comparativamente a outras organizações similares.

30. (CESPE/ TCU/ ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E GESTÃO/ 2008) A grande ênfase do GESPÚBLICA no processo de avaliação é a descrição do porquê de determinada prática ou processo ter sido desenvolvido, visando-se, desse modo, encontrar os responsáveis pela prática bem ou mal sucedida.

Questões ESAF

31. (ESAF/ MPOG/ EPPGG/ 2009) Conhecer a evolução do pensamento administrativo, bem como de suas teorias e abordagens, permite concluir, acertadamente, que:

a) a resolução de problemas organizacionais pode ser tentada pela aplicação conjunta de várias Teorias Administrativas, ainda que suas abordagens sejam, à primeira vista, antagônicas.

b) como ciência, a Administração independe de outras ciências.

c) ao enfatizar as tarefas, a abordagem burocrática enrijece a organização, afastando-a de seus objetivos.

d) a Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo aplicável em nossos dias.

e) a cultura de uma organização é determinada por sua estrutura, sendo pouco afetada pelos valores e crenças das pessoas que a integram.

32. (ESAF/ ANA/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/ 2009) A escola das Relações Humanas diferencia-se por ideias centrais das quais originaram-se críticas implacáveis contra o homo econômicus, modelo elaborado pela Escola Clássica. Analise as afirmações abaixo e selecione a opção que representa o resultado de sua análise.

( ) Na Escola das Relações Humanas, o homem é apresentado como um ser que não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas.

( ) Na Escola das Relações Humanas, o homem não é condicionado pelo sistema social, e sim pelas demandas biológicas.

( ) O modelo da Escola das Relações Humanas é o homo complexus, devido à complexidade das suas necessidades.

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a) C, C, C

b) C, C, E

c) C, E, E

d) E, E, E

e) E, C, C

33. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) “As burocracias surgiram a partir da era vitoriana como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. O modelo burocrático de organização surgiu como uma reação contra a crueldade e nepotismo e contra os julgamentos tendenciosos e parcialistas, típicos das práticas administrativas desumanas e injustas do início da Revolução Industrial. Basicamente, a burocracia foi uma invenção social aperfeiçoada no decorrer da Revolução Industrial, embora tenha suas raízes na Antiguidade histórica, com a finalidade de organizar detalhadamente e de dirigir rigidamente as atividades das empresas com a maior eficiência possível. Rapidamente, a forma burocrática de Administração alastrou-se por todos os tipos de organizações humanas, como as indústrias, as empresas de prestação de serviços, as repartições públicas e os órgãos governamentais, as organizações educacionais, militares, religiosas, filantrópicas etc.”

(Trecho extraído do livro “Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas” de Idalberto Chiavenato, Vol. 2. 3 ed. São Paulo. McGraw- Hill, 1987, p.1)

Qual, entre as opções abaixo, representa a ênfase básica da Teoria da Burocracia?

a) ênfase nas pessoas

b) ênfase nas tarefas

c) ênfase na estrutura organizacional

d) ênfase no ambiente

e) ênfase na tecnologia

34. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) “A Teoria da Burocracia pretendeu dar as bases de um modelo ideal e racional de organização que pudesse ser aplicado às empresas, qualquer que fosse o seu ramo de atividade. Weber descreveu as características mais importantes da organização burocrática ou racional. Porém, seguidores como Merton, Selznick, Gouldner e outros comprovaram uma série de distorções, disfunções e tensões dentro da burocracia, o que tornava crítica a sua aplicação às empresas. Apesar de representar um passo à frente da organização formal proposta pela Teoria Clássica, a organização burocrática mostrou-se carente da flexibilidade e inovação necessárias e imprescindíveis a uma sociedade moderna em processo de contínua e acelerada mudança.”

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(Trecho extraído do livro “Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas” de Idalberto Chiavenato, vol. 2. 3 ed. São Paulo. McGraw- Hill, 1987, p. 58)

Indique, entre as opções abaixo, uma dessas disfunções.

a) caráter formal das comunicações

b) hierarquia da autoridade

c) caráter racional e divisão do trabalho

d) impessoalidade nas relações

e) superconformidade às rotinas e procedimentos

35. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) Assinale a opção que indica corretamente as contribuições da Teoria de Sistemas para o estudo das organizações.

a) As organizações passam a ser vistas como sistemas fechados que interagem unilateralmente com o ambiente. Por outro lado, são visualizadas como compostas por partes interdependentes.

b) As organizações passam a ser vistas como sistemas abertos que interagem com o ambiente intercambiando matéria-energia-informação. Por outro lado, são visualizadas como compostas por partes especializadas e estanques.

c) As organizações passam a ser vistas como cérebros que interagem entre si intercambiando matéria-energia-informação. Por outro lado, são visualizadas como um sistema técnico.

d) As organizações passam a ser vistas como sistemas fechados que interagem unilateralmente com o ambiente. Por outro lado, são visualizadas como um sistema técnico.

e) As organizações passam a ser vistas como sistemas abertos que interagem com o ambiente intercambiando matéria-energia-informação. Por outro lado, são visualizadas como compostas por partes interdependentes.

36. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) O livro de Frederick Taylor, Princípios de Administração Científica, inicia-se com a seguinte frase: “O principal objetivo da administração deve ser assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”. Tendo como base esta afirmação, assinale a opção incorreta.

a) O pensamento de Taylor era o de lograr maior eficiência de modo a produzir mais com menor custo, possibilitando dividendos ao empregador e ganhos salariais adicionais ao empregado em função de sua produção.

b) A maioria acredita que os interesses de empregados e empregadores são antagônicos; ao contrário, a administração científica tem como fundamento que o interesse de ambos é único: prosperidade para o empregador e para o empregado.

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c) O pensamento de Taylor apontava no sentido de aumentar a produção e diminuir o custo de modo a vender mais, possibilitando que o empregador obtivesse mais lucro que seu concorrente e pagasse mais a seu empregado.

d) O princípio preconizado por Taylor concretizou-se no aumento de produtividade, o que representou ganhos proporcionalmente iguais para o empregador e para os empregados.

e) O máximo de prosperidade somente pode existir como resultado do máximo de produção, obtida da aplicação do método científico de administração.

37. (ESAF/ MPOG/ EPPGG) Fayol, em sua obra, identifica seis funções inerentes à operação de uma empresa, seja ela simples ou complexa, grande ou pequena. Assinale a opção que descreve corretamente uma dessas funções denominada de função administrativa.

a) Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar.

b) Governar, Remunerar, Coordenar, Controlar e Fiscalizar.

c) Planejar, Comunicar, Liderar, Coordenar e Avaliar.

d) Prever, Estruturar, Liderar, Negociar e Fiscalizar.

e) Organizar, Negociar, Comandar, Coordenar e Avaliar.

38. (ESAF/ CGU/ AFC – AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO) Escolha a opção que descreve corretamente três disfunções do tipo ideal de burocracia de Weber.

a) Caráter legal das normas. Divisão do trabalho. Apego às normas e aos procedimentos.

b) Hierarquização da autoridade. Comunicação formal. Especialização da administração.

c) Impessoalidade no relacionamento. Competência técnica e mérito. Procedimentos e rotinas.

d) Internalização das normas. Resistência à mudança. Despersonalização do relacionamento.

e) Conformismo com as normas. Níveis hierárquicos bem definidos. Formalismo.

Questões OUTRAS BANCAS

Seguem algumas questões complementares sobre as abordagens da administração. A melhor forma de fixar a matéria é através da repetição na resolução de exercícios!!

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39. (FCC / TCE-PR / ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA / 2011) Os 14 princípios gerais de administração sugeridos por Fayol, e que ainda são considerados pela maioria dos administradores, têm, entre eles, um que determina que os trabalhadores nas organizações deveriam receber ordens de um “gerente” somente, para evitar conflitos e mal-entendidos. Esse princípio é o da

(A) unidade de comando.

(B) divisão do trabalho.

(C) centralização.

(D) cadeia escalar.

(E) equidade.

40. (FCC / TCE-PR / ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA / 2011) Como consequência de um trabalho de quase uma década, Mayo e seus seguidores lançaram as bases de uma nova filosofia de administração chamada Relações Humanas, cujos pontos principais são: sistema social; relações com o grupo; supervisor de primeira linha tem papel intermediário e

(A) tipo ideal de burocracia.

(B) eficácia e eficiência.

(C) influência do ambiente externo.

(D) trabalho em equipe.

(E) racionalização do trabalho.

41. (FCC / UFT / ADMINISTRADOR) Na escola CLÁSSICA DE FAYOL, a especialização das tarefas e das pessoas, com a finalidade de aumentar a eficiência, retrata o princípio da

(A) ordem.

(B) centralização.

(C) unidade de direção.

(D) divisão do trabalho.

(E) disciplina.

42. (FUNIVERSA/ MTUR / ADMINISTRADOR/ 2010) De acordo com Henry Fayol, as seis funções básicas de uma empresa são

a) de recursos humanos, técnicas, comerciais, financeiras, contábeis e administrativas.

b) técnicas, comerciais, financeiras, contábeis, de segurança e administrativas.

c) de recursos humanos, de marketing, financeiras, comerciais, contábeis e de segurança.

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d) técnicas, comerciais, financeiras, de operações, de marketing e administrativas.

e) técnicas, de marketing, financeiras, de produção, contábeis e administrativas.

Gabarito

1. ERRADO

2. CERTO

3. ERRADO

4. CERTO

5. CERTO

6. ERRADO

7. LETRA E

8. CERTO

9. ERRADO

10. CERTO

11. CERTO

12. LETRA A

13. ERRADO

14. ERRADO

15. ERRADO

16. ERRADO

17. CERTO

18. ERRADO

19. ERRADO

20. ERRADO

21. CERTO

22. ERRADO

23. ERRADO

24. CERTO

25. CERTO

26. CERTO

27. ERRADO

28. ERRADO

29. ERRADO

30. ERRADO

31. LETRA A

32. LETRA C

33. LETRA C

34. LETRA E

35. LETRA E

36. LETRA D

37. LETRA A

38. LETRA D

39. LETRA A

40. LETRA D

41. LETRA D

42. LETRA B