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CURSO ON-LINE - TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA ANALISTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Prof. Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 02: REGIMES DE APURAÇÃO - CAIXA E COMPETÊNCIA. VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - RECEITA, DESPESA, GANHOS E PERDAS; APURAÇÃO DOS RESULTADOS; FATOS CONTÁBEIS E RESPECTIVAS VARIAÇÕES. Olá Concurseiros (as) guerreiros (as)!!! Prontos para começar mais uma aula? Antes de estudarmos os assuntos propostos desta aula, comentarei duas questões da FCC que envolvem conhecimentos contábil (equação fundamental patrimonial) e matemático e que também costumam ser frequentemente cobradas pela ESAF. 01. (FCC – Analista Ministerial – Contabilidade – MPE-PE – 2012) Uma entidade com fins lucrativos iniciou suas atividades em 02/02/2011 com um total de ativos equivalentes a R$ 650.000,00, correspondentes à integralização de capital por parte dos sócios em bens e direitos. Até 31- 12-2011, em relação à situação original, o total de ativos dobrou de valor e o patrimônio líquido aumentou de valor em 60%. O valor do Passivo dessa na referida data correspondeu, em R$, a: (A) 650.000,00. (B) 390.000,00. (C) 260.000,00. (D) 1.040.000,00. (E) 820.000,00. COMENTÁRIOS: Para acertar essa questão o conhecimento da equação fundamental patrimonial é imprescindível. Vejamos: No início das atividades (02/02/2011) temos: Ativo = 650.000 (bens e direitos – integralização de capital) Passivo = 0 (zero) Patrimônio Líquido (PL) = 650.000 (Capital Social integralização de capital) Aplicando a equação:

Aula 02

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    AULA 02:

    REGIMES DE APURAO - CAIXA E COMPETNCIA.

    VARIAO DO PATRIMNIO LQUIDO - RECEITA, DESPESA, GANHOS E PERDAS; APURAO DOS RESULTADOS;

    FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES.

    Ol Concurseiros (as) guerreiros (as)!!!

    Prontos para comear mais uma aula?

    Antes de estudarmos os assuntos propostos desta aula, comentarei duas questes da FCC que envolvem conhecimentos contbil (equao fundamental patrimonial) e matemtico e que tambm costumam ser frequentemente cobradas pela ESAF.

    01. (FCC Analista Ministerial Contabilidade MPE-PE 2012)

    Uma entidade com fins lucrativos iniciou suas atividades em 02/02/2011 com um total de ativos equivalentes a R$ 650.000,00, correspondentes integralizao de capital por parte dos scios em bens e direitos. At 31-12-2011, em relao situao original, o total de ativos dobrou de valor e o patrimnio lquido aumentou de valor em 60%. O valor do Passivo dessa na referida data correspondeu, em R$, a: (A) 650.000,00. (B) 390.000,00. (C) 260.000,00. (D) 1.040.000,00. (E) 820.000,00.

    COMENTRIOS:

    Para acertar essa questo o conhecimento da equao

    fundamental patrimonial imprescindvel. Vejamos:

    No incio das atividades (02/02/2011) temos:

    Ativo = 650.000 (bens e direitos integralizao de capital)

    Passivo = 0 (zero)

    Patrimnio Lquido (PL) = 650.000 (Capital Social

    integralizao de capital)

    Aplicando a equao:

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    A = P + PL

    650.000 = 0 + 650.000

    650.000 = 650.000

    Em 31/12/2011 temos os seguintes dados:

    O total do ativo dobrou, portanto passou a ser de

    R$ 1.300.000.

    O patrimnio lquido aumentou de valor em 60%, ou seja,

    passou a ser R$ 1.040.000 (650.000 X 1,6).

    Qual o valor do Passivo?? Aplicaremos a equao

    fundamental do patrimnio.

    A = P + PL

    1.300.000 = P + 1.040.000

    1.300.000 1.040.000 = P

    260.000 = P

    Gabarito: C

    02. (FCC Analista - Contabilidade TRF 2 Regio 2012)

    No Balano Patrimonial da Cia. Fernandpolis, relativo ao exerccio encerrado em 31-12-2011, o valor do Patrimnio Lquido da entidade 50% maior que o valor do seu Passivo. Isso implica que o total do Ativo da companhia equivale a

    (A) 250% do valor do Patrimnio Lquido.

    (B) 150% do valor do Passivo.

    (C) 250% do valor do Passivo.

    (D) 150% da soma do Patrimnio Lquido com o Passivo.

    (E) 200% do valor do Patrimnio Lquido.

    COMENTRIOS:

    Tambm para acertar essa questo o conhecimento da

    equao fundamental patrimonial imprescindvel. Vejamos:

    Valor do ativo = ??

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    Passivo = ?? (chamarei de X)

    PL = 1,5X (maior que o passivo em 50%)

    Aplicando a equao:

    A = X + 1,5X

    A = 2,5X (2,5 = 250%)

    A = 250% de X

    Ativo = 250% do passivo.

    Gabarito: C

    Surgiram dvidas quanto identificao dos tipos de capital,

    diante disso falarei um pouco mais da conta Capital Social.

    Capital Social o gnero das espcies: capital autorizado,

    capital subscrito, capital a integralizar (a realizar) e capital integralizado

    (capital realizado).

    Quando uma empresa inicia suas atividades, seja no estatuto

    (S.A.) ou no contrato social (outras formas societrias), dever constar a

    clusula do capital social.

    Exemplo: Uma empresa foi constituda em 1 de janeiro de

    X1 por dois scios/acionistas cujo capital social era de R$ 100.000, sendo

    que a integralizao ocorreria em 1 de maro de X1, 50% em dinheiro e

    50% em imveis.

    Em 1 de janeiro teremos o seguinte lanamento:

    Lanamento:

    D Capital a integralizar

    C Capital social 100.000

    Vejamos como fica o Balano Patrimonial:

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    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVO

    Total 0 (zero)

    PATRIMNIO LQUIDO

    CAPITAL SOCIAL R$ 100.000

    (-) CAPITAL A INTEGRALIZAR R$ 100.000 Total 0 (zero)

    CONCLUSO: surgiram duas contas:

    CAPITAL SUBSCRITO (Capital Social) - representa o compromisso dos scios ou acionistas em adquirir cotas ou aes de uma entidade. o compromisso de integralizar ou realizar o capital, ou seja, colocar efetivamente o dinheiro na empresa.

    CAPITAL A INTEGRALIZAR ou A REALIZAR a parcela do capital subscrito que ainda no foi realizada ou integralizada. a diferena entre o capital subscrito e o realizado.

    Veja que o total de recursos disposio da empresa (patrimnio bruto) 0 (zero).

    Em 1 de maro teremos o seguinte lanamento:

    D Caixa 50.000

    D Imvel 50.000

    C Capital social a integralizar 100.000

    Vejamos como fica o Balano Patrimonial:

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    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVO

    CAIXA R$ 50.000 IMVEL R$ 50.000 Total R$ 100.000

    PATRIMNIO LQUIDO

    CAPITAL SOCIAL R$ 100.000 Total R$ 100.000

    CONCLUSO: todo o capital foi integralizado, os recursos foram entregues pelos scios e esto disposio da entidade (em caixa e em imveis).

    Veja como ficaria o Balano dessa empresa, se a integralizao, em 1 de maro, fosse, por exemplo, de 60%, tambm em dinheiro e imvel proporcionalmente:

    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVO

    CAIXA R$ 30.000 IMVEL R$ 30.000 Total R$ 60.000

    PATRIMNIO LQUIDO

    CAPITAL SOCIAL R$ 100.000 (-) CAPITAL A INTEGRALIZAR R$ 40.000 Total R$ 60.000

    Neste caso, o capital social da empresa de R$ 100.000, sendo este o capital social subscrito. O capital a integralizar R$ 40.000 e o capital integralizado R$ 60.000.

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    OBSERVAO: conforme o artigo 80, II da Lei n 6.404/76 obrigatria, na constituio da companhia, a integralizao, em dinheiro, de no mnimo 10% das aes subscritas.

    Voltando ao exemplo em que o capital est totalmente integralizado, ou seja, este R$ 100.000. Se os scios/acionistas resolverem aumentar o capital social para R$ 150.000 com veculos, teremos o seguinte lanamento:

    D Veculos

    C Capital Social 50.000

    Vejamos como fica o Balano Patrimonial:

    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVO

    CAIXA R$ 50.000 IMVEL R$ 50.000 VECULOS R$ 50.000 Total R$ 150.000

    PATRIMNIO LQUIDO

    CAPITAL SOCIAL R$ 150.000 Total R$ 150.000

    Para fazer esse aumento necessria uma assembleia para alterar o valor do capital social no estatuto. No entanto, em algumas empresas S.A. existe a figura do Capital Autorizado. Denomina-se Capital Autorizado ao limite estabelecido no estatuto para novas subscries de capital sem necessidade de alterao estatutria.

    No nosso exemplo, o limite dessa autorizao poderia ser R$ 300.000, portanto esse seria o valor do Capital Autorizado.

    Vamos relembrar os conceitos de capital social vistos na aula demonstrativa:

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    CAPITAL SOCIAL - a obrigao da empresa para com os scios originria da entrega de recursos para a formao do capital da entidade.

    CAPITAL AUTORIZADO - Denomina-se Capital Autorizado ao limite fixado no estatuto, at o qual, o Capital Social pode ser aumentado, sem a necessidade de se proceder a alteraes estatutrias que so obrigatrias a cada aumento de capital.

    CAPITAL SUBSCRITO - representa o compromisso dos scios ou acionistas em adquirir cotas ou aes de uma entidade. o compromisso de integralizar ou realizar o capital, ou seja, colocar efetivamente o dinheiro na empresa.

    CAPITAL REALIZADO ou INTEGRALIZADO corresponde ao valor dos recursos entregues pelos scios e disposio da entidade (em caixa, nos bancos, em imveis, etc.).

    CAPITAL A REALIZAR ou A INTEGRALIZAR a parcela do capital subscrito que ainda no foi realizada ou integralizada. a diferena entre o capital subscrito e o realizado.

    CAPITAL NOMINAL ou CAPITAL DECLARADO o capital social.

    Vejamos outros significados para a palavra capital:

    CAPITAL PRPRIO - so os recursos originrios dos scios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operaes sociais. Corresponde ao patrimnio lquido (PL).

    CAPITAL DE TERCEIROS ou ALHEIO - representam recursos originrios de terceiros utilizados para a aquisio de ativos de propriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigvel (PE).

    CAPITAL DISPOSIO DA EMPRESA ou CAPITAL APLICADO ou PATRIMNIO BRUTO corresponde soma do capital prprio com o capital de terceiros. igual ao ativo total da entidade.

    CAPITAL DE GIRO o ativo circulante.

    CAPITAL DE GIRO LQUIDO ou CAPITAL CIRCULANTE LQUIDO (CCL) o ativo circulante menos o passivo circulante.

    Esses conceitos sero consolidados medida que formos vendo a matria e resolvendo exerccios.

    A ESAF cobrou o conceito de Capital Social na ltima prova de Analista da Receita Federal (alternativa C, questo 27, prova 02, gabarito 01), vejamos:

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    03. (ESAF Analista da Receita Federal do Brasil 2012 adaptada)

    Julgue o item:

    Capital Social o capital subscrito e pago pelos acionistas quando adquirem aes, seja no incio da sociedade ou quando ela promove aumento de capital durante seu funcionamento.

    COMENTRIOS:

    A ESAF reuniu nessa afirmativa o conceito de Capital Subscrito com o de Capital Realizado. Conforme j visto acima h diferenas conceituais entre eles:

    CAPITAL SOCIAL - a obrigao da empresa para com os scios originria da entrega de recursos para a formao do capital da entidade.

    CAPITAL SUBSCRITO - representa o compromisso dos scios ou acionistas em adquirir cotas ou aes de uma entidade. o compromisso de integralizar ou realizar o capital, ou seja, colocar efetivamente o dinheiro na empresa.

    CAPITAL REALIZADO ou INTEGRALIZADO corresponde ao valor dos recursos entregues pelos scios e disposio da entidade (em caixa, nos bancos, em imveis, etc.).

    Gabarito: Errado.

    Finalmente, vamos aula de hoje!!

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    PRINCPIO DA COMPETNCIA

    Veja inicialmente o que dispe o caput do artigo 177 da Lei n 6.404/76:

    A escriturao da companhia ser mantida em registros permanentes, com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta Lei e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar mtodos ou critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as mutaes patrimoniais segundo o regime de competncia.

    Conforme voc pde observar, o dispositivo legal supracitado estabelece que as mutaes patrimoniais (despesas e receitas) devam ser registradas segundo o regime de competncia. desse regime que decorre o princpio da competncia.

    O Princpio da Competncia um dos 06 (seis) Princpios de Contabilidade aprovados pela Resoluo n 750/93, alterada pela Resoluo n 1.282/10, ambas do Conselho Federal de Contabilidade, que devem ser observados por todos os contabilistas do Brasil, visando uniformizao dos registros contbeis.

    O princpio da competncia, portanto, estabelece que as receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado (Demonstrao do Resultado do Exerccio - DRE) do perodo em que ocorrerem, sempre quando se correlacionarem, independentemente do recebimento ou pagamento.

    Assim, as despesas sero consideradas no exerccio a que pertencerem, tenham ou no sido pagas; e as receitas sero consideradas no exerccio em que forem realizadas, tenham ou no sido recebidas.

    REGIMES CONTBEIS

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    Em outras palavras, para o princpio da competncia, o que determina a incluso da despesa e da receita na apurao do resultado do exerccio a ocorrncia do respectivo fato gerador.

    O fato gerador da despesa o acontecimento que d origem respectiva despesa. Em geral, o fato gerador da despesa o consumo de bens e a utilizao de servios.

    A despesa cujo fato gerador j tenha ocorrido denominada despesa incorrida (gerada).

    O fato gerador da receita, em geral, a venda de bens ou a prestao de servios. A receita cujo fato gerador j ocorreu denominada receita realizada (gerada).

    REGIMES CONTBEIS

    Para conhecer o resultado de um exerccio social preciso confrontar o total das despesas com o total das receitas correspondentes ao respectivo exerccio social.

    Durante o exerccio social, a empresa pode pagar despesas incorridas no exerccio anterior, pagar despesas incorridas no prprio exerccio ou, ainda, pag-las antecipadamente, isto , aquelas cujos fatos geradores ocorrero somente no exerccio seguinte.

    Isso tambm ocorre com as receitas: durante o exerccio social, a empresa pode receber receitas que foram realizadas no exerccio anterior, receber receitas que foram realizadas no prprio exerccio e, ainda, pode receber receitas antecipadamente, isto , aquelas cujos fatos geradores ocorrero somente no exerccio seguinte.

    So dois os regimes contbeis adotados conhecidos: regime de caixa e regime de competncia.

    Regime de Caixa Na apurao do Resultado do Exerccio

    devem ser consideradas todas as despesas pagas e todas as receitas recebidas no respectivo exerccio, independentemente da data da ocorrncia de seus fatos geradores.

    Isso significa que por esse regime somente entraro na apurao do resultado as despesas e as receitas que passaram pelo caixa.

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    Regime de Competncia Esse regime decorre do

    princpio da competncia, e por ele sero consideradas, na apurao do resultado do exerccio, todas as despesas incorridas e todas as receitas realizadas no respectivo exerccio, tenham ou no sido pagas ou recebidas.

    No importa se as despesas ou receitas passaram ou no pelo caixa (pagas ou recebidas); o que vale a data da ocorrncia dos respectivos fatos geradores.

    Existe uma conta que caracteriza a aplicabilidade do conceito do regime de competncia e que muito recorrente em questes de provas. So as despesas antecipadas ou despesas do exerccio seguinte.

    DESPESAS DO EXERCCIO SEGUINTE so classificados neste subgrupo os gastos realizados com despesas ainda no incorridas, mas que permanecero no ativo aguardando a sua apropriao como despesa na medida em que forem ocorrendo os respectivos fatos geradores. So exemplos clssicos as contas representativas de seguros a vencer, juros a vencer, aluguis a vencer, assinaturas de jornais e revistas, etc.

    Exemplo: Consideremos que em 30/06/X1 fosse paga antecipadamente despesa de seguros, conforme segue:

    1. Perodo de cobertura da aplice: 01/07/X1 a 30/06/X2; 2. Valor pago: R$ 2.400,00.

    Em 30/06/X1, data de pagamento do seguro deve ser feito o seguinte lanamento:

    D Seguros a vencer (ativo direito despesa antecipada)

    C Caixa/Bancos 2.400,00

    Em 31/12/X1, data de encerramento do exerccio, apropria-se ao resultado a parcela pertencente ao exerccio de X1:

    D Despesa com seguros (conta de resultado DRE)

    C Seguros a vencer 1.200,00

    Em 31/12/X1 no resultado do exerccio ser considerado como despesa na DRE R$ 1.200,00, referentes ao perodo 01/07/X1 a

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    31/12/X1, pois o fato gerador j aconteceu que foi a prestao de servio, a cobertura do bem.

    Nessa mesma data, o valor de R$ 1.200,00 referentes aos meses que ainda viro 01/01/X2 a 30/06/X2, sero considerados despesa do exerccio seguinte ou despesa antecipada, nesse caso, conta de ativo circulante.

    H casos em que as despesas antecipadas no significam desembolso imediato de recursos e sim valores ainda a pagar a curto prazo. Os seguros (prmio de seguros) quando parcelados representam exemplo prtico dessa hiptese.

    Lanamento:

    D Seguros a vencer

    C Seguros a pagar

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    04. (ESAF Gestor Fazendrio MG 2005)

    Em fevereiro de 2005, a Contabilidade da Nossa Firma forneceu as seguintes informaes:

    I. a conta de luz e energia utilizada em dezembro de 2004, no valor de R$200,00, foi paga em dezembro de 2004;

    II. a conta de aluguel utilizado em janeiro de 2005, no valor de R$500,00, foi paga em dezembro de 2004;

    III. a conta de gua consumida em dezembro de 2004, no valor de R$400,00, foi paga em janeiro de 2005;

    IV. os juros referentes a janeiro de 2005, no valor de R$250,00, foram pagos em janeiro de 2005;

    V. os juros referentes a dezembro de 2004, no valor de R$1.000,00, foram recebidos em janeiro de 2005;

    VI. os aluguis dos bens utilizados em janeiro de 2005, no valor de R$1.300,00, foram recebidos em dezembro de 2004;

    VII. os servios prestados em dezembro de 2004, no valor de R$1.700,00, foram recebidos em dezembro de 2004;

    VIII. as comisses auferidas em janeiro de 2005, no valor de R$750,00, foram recebidas em janeiro de 2005.

    Com base nos fatos contbeis informados anteriormente, apure o resultado do exerccio pelo regime de caixa e pelo regime de competncia, respectivamente, para dezembro de 2004 e janeiro de 2005 e assinale a resposta certa.

    a) De acordo com o regime contbil de competncia, no ms de janeiro de 2005 houve lucro de R$ 1.100,00.

    b) De acordo com o regime contbil de caixa, no ms de janeiro de 2005 houve lucro de R$ 1.300,00.

    c) De acordo com o regime contbil de caixa, no ms de dezembro de 2004 houve lucro de R$ 2.100,00.

    d) De acordo com o regime contbil de competncia, no ms de dezembro de 2004 houve lucro de R$ 2.300,00.

    e) Considerando a gesto completa, sem a fragmentao ms a ms, em qualquer dos dois regimes o lucro teria sido de R$ 3.400,00.

    Veja como cai em prova!!!

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    COMENTRIOS:

    Regime de caixa:

    Em dezembro de 2004.

    Receita = 1.300,00 + 1.700,00 = 3.000,00

    Despesa = 200,00 + 500,00 = 700,00

    Lucro = 2.300,00

    Em janeiro de 2005.

    Receita = 1.000,00 + 750,00 = 1.750,00

    Despesa = 400,00 + 250,00 = 650,00

    Lucro = 1.100,00

    Regime de Competncia:

    Em dezembro de 2004.

    Receita = 1.000,00 + 1.700,00 = 2.700,00

    Despesa = 200,00 + 400,00 = 600,00

    Lucro = 2.100,00

    Em janeiro de 2005.

    Receita = 1.300,00 + 750,00 = 2.050,00

    Despesa = 500,00 + 250,00 = 750,00

    Lucro = 1.300,00

    Analisando as alternativas:

    A Incorreta. O lucro pelo regime de competncia em janeiro de 2005 foi de 1.300,00 e no de 1.100,00.

    B Incorreta. O lucro pelo regime de caixa em janeiro de 2005 foi de 1.100,00 e no de 1.300,00.

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    C Incorreta. O lucro pelo regime de caixa em dezembro de 2004 foi de 2.300,00 e no de 2.100,00.

    D Incorreta. O lucro pelo regime de competncia em dezembro de 2004 foi de 2.100,00 e no de 2.300,00.

    E Correta. Considerando os dois meses , dezembro de 2004 e janeiro de 2005, ou seja, somando o lucro desses dois meses, tanto pelo regime de competncia pelo regime de caixa o lucro ser de 3.400,00.

    Gabarito: E

    05. (ESAF Analista Tributrio da Receita Federal 2009)

    Determinada empresa, cujo exerccio social coincide com o ano-calendrio, pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prmio de seguro contra incndio no dia 30 de setembro de 2007.

    A aplice pertinente a essa transao cobre riscos durante o perodo de primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008.

    Considerando o princpio da competncia de exerccios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer.

    No balano patrimonial de 31 de dezembro de 2007, aps as apropriaes de praxe, o saldo desta conta, Seguros a Vencer, dever ser de

    a) R$ 1.260,00.

    b) R$ 381,00.

    c) R$ 1.055,00.

    d) R$ 1.172,20.

    e) R$ 1.143,00.

    COMENTRIOS:

    Na data do pagamento, 30/07/2007 a empresa lanou:

    D - Seguros a vencer

    C - Caixa 1.524

    A cobertura vlida por 12 meses pelo perodo de 1 de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008.

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    Deve-se, portanto, dividir o valor total pela quantidade de meses para encontrar o valor da apropriao mensal:

    1.524/12 = 127

    A cada ms transcorrido deve-se fazer o lanamento de apropriao:

    D Despesa com Seguros

    C Seguros a Vencer 127

    Em 31/12/07 transcorreram-se trs meses, portanto, teremos uma despesa de 381 (3 x 127).

    Nessa mesma data, a conta seguros a vencer no ativo circulante ter um valor de 1.143 (9 meses x 127).

    Gabarito: E

    06. (ESAF Auditor Fiscal da Receita Estadual CE 2006)

    Na empresa Nutricional S/A, o resultado do exerccio havia sido apurado acusando um lucro de R$ 50.000,00, quando foram realizadas as verificaes de saldos para efeito de ajustes de encerramento e elaborao do balano patrimonial. Os resultados, contabilizados segundo o regime contbil de Caixa ao longo do perodo, evidenciaram a existncia de:

    - salrios de dezembro, no valor de R$ 15.000,00, ainda no quitados;

    - juros de R$ 4.000,00 j vencidos no exerccio, mas ainda no recebidos;

    - aluguis de R$ 6.300,00, referentes a janeiro de 2007, pagos em dezembro de 2006;

    - comisses de R$ 7.200,00, recebidas em dezembro de 2006, mas que se referem ao exerccio seguinte.

    Aps a contabilizao dos ajustes segundo o Princpio da Competncia, o lucro do exerccio passou a ser de

    a) R$ 38.100,00.

    b) R$ 32.700,00.

    c) R$ 45.300,00.

    d) R$ 39.900,00.

    e) R$ 39.000,00.

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    COMENTRIOS:

    Ajuste do regime de caixa para o regime de competncia conforme pede a questo, no final do exerccio de 2006:

    Lucro pelo regime de caixa 50.000

    Salrios de dezembro (15.000)

    Receitas de juros do exerccio 4.000

    Aluguis pagos antecipadamente 6.300

    Comisses recebidas antecipadamente (7.200)

    Lucro pelo regime de competncia 38.100

    Gabarito: A

    07. (FCC Tcnico Superior Contbil PGE-RJ 2009)

    O Regime de Caixa um regime oposto ao regime da

    (A) materialidade.

    (B) entidade.

    (C) competncia.

    (D) unidade de moeda instrumento de mensurao.

    (E) continuidade.

    COMENTRIOS:

    So dois os regimes contbeis adotados conhecidos: regime de caixa e regime de competncia.

    Regime de Caixa Na apurao do Resultado do Exerccio

    devem ser consideradas todas as despesas pagas e todas as receitas recebidas no respectivo exerccio, independentemente da data da ocorrncia de seus fatos geradores.

    Isso significa que por esse regime somente entraro na apurao do resultado as despesas e as receitas que passaram pelo caixa.

    Regime de Competncia Esse regime decorre do

    princpio da competncia, e por ele sero consideradas, na apurao do resultado do exerccio, todas as despesas incorridas e todas as receitas

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    realizadas no respectivo exerccio, tenham ou no sido pagas ou recebidas.

    No importa se as despesas ou receitas passaram ou no pelo caixa (pagas ou recebidas); o que vale a data da ocorrncia dos respectivos fatos geradores.

    Gabarito: C

    08. (ESAF Fiscal de Rendas ISS-RJ 2010 Adaptada) Julgue o item que segue como certo ou errado. Segundo o princpio da competncia, as receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que, efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

    COMENTRIOS:

    Este item descreve o regime de caixa, conforme comentamos na questo anterior.

    Gabarito: Errado

    09. (FCC Analista TRT 16 Regio 2009 - Adaptada)

    Considere os dados abaixo (em R$).

    Despesas incorridas e pagas .......................... 18.000,00

    Despesas no incorridas e pagas ..................... 50.000,00

    Despesas incorridas e no pagas ..................... 12.000,00

    Receitas antecipadas ..................................... 20.000,00

    Receitas recebidas e incorridas ........................ 30.000,00

    Receitas recebidas e no incorridas .................. 40.000,00

    De acordo com o princpio da competncia, o valor do Resultado do Exerccio , em R$,

    (A) Prejuzo de 20.000,00.

    (B) Lucro de 42.000,00.

    (C) Lucro de 40.000,00.

    (D) Lucro de 12.000,00.

    (E) 0 (zero).

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    COMENTRIOS:

    Para apurarmos o resultado do exerccio pelo regime de competncia devemos confrontar as receitas incorridas (realizadas) com as despesas tambm incorridas (realizadas), independentemente de serem recebidas ou pagas, respectivamente.

    As despesas e as receitas no realizadas ou no incorridas (o fato gerador ainda no ocorreu) no fazem parte do resultado do exerccio.

    Apurando o resultado do exerccio:

    Receitas recebidas e incorridas 30.000,00

    (-) Despesas incorridas e pagas 18.000,00

    (-) Despesas incorridas e no pagas 12.000,00

    (=) Resultado do exerccio 0 (zero)

    Gabarito: E

    10. (Cesgranrio - Tcnico da Petrobrs Contabilidade - 2010)

    A Alvorada S.A. realizou as seguintes operaes, no exerccio social de 2009:

    10/junho compra de grande quantidade de material de expediente a prazo R$ 11.000;

    15/junho pagamento, em dinheiro, de prmio de seguro de incndio, com vigncia de 01/junho/2009 a 31/maio/2010 R$ 6.000,00;

    20/junho requisio de material de expediente para consumo R$ 2.500,00;

    15/julho pagamento em dinheiro de 50% do material de expediente comprado em 10/junho.

    Considerando nica e exclusivamente as operaes acima, o total das despesas incorridas no exerccio de 2009, pelo regime de competncia, em reais,

    (A) 2.500,00

    (B) 3.500,00

    (C) 6.000,00

    (D) 8.000,00

    (E) 17.000,00

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    COMENTRIOS:

    Para apurarmos o resultado do exerccio pelo regime de competncia devemos confrontar as receitas incorridas (realizadas) com as despesas tambm incorridas (realizadas), independentemente de serem recebidas ou pagas, respectivamente.

    Apurando o resultado:

    (-) Despesa de Seguros 3.500

    (O fato gerador do perodo de 01.06.09 a 31.12.09 - 7 meses)

    (-) Material consumido 2.500

    Total das despesas incorridas 6.000

    Observao: O material de expediente, no ato da compra, deve ser registrado como ativo (almoxarifado). Ser reconhecido na Demonstrao de Resultado do Exerccio quando consumido. Essa tambm a posio da ESAF.

    Gabarito: C

    11. (Cesgranrio - Tcnico da Petrobrs - Contabilidade-2010)

    Analise as seguintes informaes, relativas empresa Noroeste Ltda. realizadas em janeiro de 2010:

    Dia 05 Pagamento dos salrios provisionados em dezembro R$ 15.000,00; pagamento dos encargos sociais provisionados em dezembro R$ 6.000,00;

    Dia 10 Pagamento antecipado das frias de fevereiro R$ 3.000,00;

    Dia 30 Proviso de salrios de janeiro R$ 20.000,00; proviso dos encargos sociais dos salrios de janeiro R$ 8.000,00; pagamento do aluguel de janeiro R$ 2.000,00 e de fevereiro R$ 3.000,00.

    Admitindo que a empresa adote o regime de caixa, o valor total das despesas registradas no ms de janeiro, em reais,

    (A) 23.000,00

    (B) 28.000,00

    (C) 29.000,00

    (D) 30.000,00

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    (E) 31.000,00

    COMENTRIOS:

    Na apurao do Resultado do Exerccio, pelo regime de caixa, devem ser consideradas todas as despesas pagas e todas as receitas recebidas no respectivo exerccio, independentemente da data da ocorrncia de seus fatos geradores.

    Apurando o resultado:

    (-) Pagamento de salrios de dezembro 15.000

    (-) Pagamento de encargos de dezembro 6.000

    (-) Pagamento de frias de fevereiro 3.000

    (-) Pagamento de Aluguel (jan e fev) 5.000

    (=) Total das despesas 29.000

    Gabarito: C

    12. (FCC Analista Contabilidade TRE-PI 2009)

    Uma empresa renovou seu seguro em setembro e pr-pagou (pagou antecipadamente) R$ 81.000,00. Esse seguro tem validade por 3 anos. No final do exerccio financeiro da renovao, o lanamento de ajuste relativo ao seguro pago em setembro deve ser dbito em despesas

    (A) de seguros e crdito em despesas pr-pagas de R$ 9.000,00.

    (B) pr-pagas e crdito em despesas de seguros de R$ 9.000,00.

    (C) de seguros e crdito em despesas pr-pagas de R$ 21.800,00.

    (D) pr-pagas e crdito em despesas de seguros de R$ 27.000,00.

    (E) de seguros e crdito em despesas pr-pagas de R$ 27.000,00.

    COMENTRIOS:

    No ms do pagamento, setembro, a empresa lanou:

    D - Seguros a vencer

    C - Caixa 81.000

    A cobertura vlida por 36 meses pelo perodo de 1 de setembro.

    Deve-se, portanto, dividir o valor total pela quantidade de meses para encontrar o valor da apropriao mensal:

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    81.000/36 = 2.250

    A cada ms transcorrido deve-se fazer o lanamento de apropriao:

    D Despesa com Seguros

    C Seguros a Vencer 2.250

    Em 31 de dezembro, transcorreram-se quatro meses, portanto, teremos uma despesa de 9.000 (4 x 2.250).

    Lanamento:

    D Despesa com seguros (conta de resultado DRE)

    C Seguros a vencer (despesas pr-pagas) 9.000

    Gabarito: A

    13. (FCC Analista Contabilidade TRE-AM 2009 - adaptada)

    O item refere-se ao Princpio da Competncia.

    As receitas e despesas devem ser consideradas pelas empresas, para apurao do resultado do perodo a que se referirem, no momento de sua ocorrncia.

    COMENTRIOS:

    O Princpio da Competncia um dos 06 (seis) Princpios de Contabilidade aprovados pela Resoluo n 750/93, alterada pela Resoluo n 1.282/10, ambas do Conselho Federal de Contabilidade, que devem ser observados por todos os contabilistas do Brasil, visando uniformizao dos registros contbeis.

    O princpio da competncia, portanto, estabelece que as receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado (Demonstrao do Resultado do Exerccio - DRE) do perodo em que ocorrerem, sempre quando se correlacionarem, independentemente do recebimento ou pagamento.

    Assim, as despesas sero consideradas no exerccio a que pertencerem, tenham ou no sido pagas; e as receitas sero consideradas no exerccio em que forem realizadas, tenham ou no sido recebidas.

    Gabarito: Certo

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    DESPESA

    Do ponto de vista empresarial, despesa o sacrifcio patrimonial feito intencionalmente pelo empresrio com o objetivo de gerar receita. Isso se deve ao fato de as despesas no gerarem uma contrapartida, na forma de bens ou direitos, que se incorpore ao patrimnio.

    O efeito da despesa sobre o patrimnio pode consistir na reduo do ativo (despesa incorrida e paga) ou no aumento exigvel (despesa incorrida e no paga). De uma forma ou de outra, a despesa reduz a situao lquida.

    Vejamos algumas despesas:

    Despesa de Aluguel

    Se a empresa adquire um imvel vista, a operao no registrada como despesa, pois o valor pago tem como contrapartida um bem, o imvel, que se incorpora ao patrimnio. Nesta hiptese, h uma permuta. O patrimnio aumentado pela entrada do imvel e, simultaneamente, diminudo pela reduo do caixa, em razo do pagamento:

    Imvel Caixa

    Nesse caso temos o lanamento:

    D Imveis

    C Caixa

    Se a compra for a prazo, o aumento do ativo, em razo do ingresso do imvel no patrimnio, ser compensado pelo aumento do passivo exigvel:

    VARIAO DO PATRIMNIO: Despesa e Receita

    PATRIMNIO

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    Imvel

    Contas a pagar

    Lanamento:

    D Imveis

    C Contas a pagar

    J o gasto com locao de um imvel despesa, porque reduz a situao lquida. O valor pago pelo aluguel no tem como contrapartida um bem ou direito que se incorpore ao patrimnio da empresa. Nesse caso, o fato diminutivo.

    Caixa

    Como no houve compensao para a reduo do ativo (sada do caixa), ocorreu a diminuio da situao lquida, decorrente da despesa de aluguel.

    Lanamento:

    D Despesa de aluguel (DRE)

    C Caixa

    Se o aluguel no for pago no perodo ao qual pertence, ainda haver o registro da despesa, em atendimento ao princpio da competncia, de acordo com o qual a despesa deve ser registrada no perodo em que ocorre, independentemente de ter sido paga. Nesse caso haver aumento do passivo exigvel.

    Aluguis a pagar

    Exemplificando, consideremos que o aluguel de dezembro do ano 1 s tenha sido pago em janeiro do ano 2. O lanamento efetuado no ano 1 seria:

    PATRIMNIO

    PATRIMNIO

    PATRIMNIO

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    D Despesa de Aluguel

    C Aluguis a pagar

    A conta aluguis a pagar do passivo exigvel e tem a funo de registrar a dvida decorrente do no pagamento do aluguel. Essa obrigao existir at que haja o pagamento. J a conta Despesas de Aluguel tem a funo de registrar a reduo patrimonial provocada pelo aluguel. Seja o aluguel pago ou no, esta conta deve ser debitada no perodo em que a despesa ocorre.

    Voltando ao exemplo anterior, no ano 2, quando do pagamento do aluguel, lanamos;

    D Aluguis a pagar

    C Caixa

    Com esse lanamento, o saldo da conta Aluguis a Pagar encerrado, em virtude de no mais haver a dvida do aluguel. Dessa forma, apesar de o aluguel somente ter sido pago no ano 2, a despesa correspondente foi computada no resultado do ano 1.

    Despesa de Juros

    Quando a empresa obtm um emprstimo, o valor efetivamente recebido do credor no registrado como receita. Se por um lado h o recebimento de determinado valor em dinheiro ou mediante crdito em conta corrente bancria, por outro, existe a dvida que gerada pelo emprstimo:

    Caixa

    Emprstimos a Pagar

    Lanamento:

    D Caixa ou Bancos Conta movimento

    C Emprstimos a pagar

    PATRIMNIO

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    Da mesma forma, no representa despesa a restituio ao credor do valor anteriormente recebido por emprstimo. No pagamento do capital, ou seja, do valor principal da dvida, sem computar os juros, o devedor se limita a restituir o valor que antes havia recebido:

    Caixa

    Emprstimos a Pagar

    Lanamento:

    D Emprstimos a Pagar

    C Caixa ou bancos Conta movimento

    No entanto, se, alm de restituir o capital anteriormente recebido por emprstimo, o devedor tiver de pagar juros ao credor, teremos despesa de juros. Neste caso, o valor total pago ser representado pela soma do capital com os juros. A restituio do principal no representa despesa, em razo de envolver uma permuta. Mas os juros devidos so despesa, uma vez que no h uma contraprestao recebida, na forma de bens ou direitos, ou reduo do passivo exigvel que compense os juros:

    CAIXA

    Lanamentos:

    Considerando apenas o registro dos juros.

    D Despesa de juros

    C Caixa ou Bancos Conta movimento

    Se o capital e os juros forem computados num nico lanamento, teremos:

    PATRIMNIO

    PATRIMNIO

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    D Emprstimos a Pagar

    D Despesa de Juros

    C Caixa ou Bancos Conta Movimento

    A despesa de juros diminui a situao lquida, enquanto o pagamento do capital apenas restituio do valor recebido (permuta).

    Despesa de Seguro

    Pelo contrato de seguro, o segurado paga, em regra antecipadamente, seguradora, uma certa quantia, denominada prmio, para ser indenizado caso ocorra a perda ou dano (sinistro) relativo ao bem coberto pelo trato.

    O contrato de seguro recebe o nome de aplice, que define o bem e o valor segurados, o perodo de cobertura do seguro, os riscos cobertos, etc.

    Quando o seguro pago antecipadamente, quer dizer, antes do perodo de cobertura contra sinistro, o valor correspondente registrado como um direito, no ativo.

    Consideremos que o seguro contra incndio, com prmio no valor de 1.200, para o perodo de cobertura de 01.03.X1 a 28.02.X2 (12 meses), tenha sido pago, antecipadamente, em 01.02.X1. Na data do pagamento, em 01.02.X1, temos o seguinte lanamento:

    D Seguros a Vencer

    C Caixa 1.200

    Como o perodo de cobertura de 12 meses, a cada ms transcorrido, a empresa segurada deve transferir para o resultado 1/12 do valor do prmio.

    Assim, em 31.03.X1, a primeira parcela mensal do seguro pago antecipadamente seria apropriada como despesa no resultado:

    D Despesa de Seguro

    C Seguros a Vencer 100

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    O crdito na conta seguros a vencer reduz o valor inicialmente lanado a dbito dessa conta, de forma que o seu saldo represente apenas as parcelas do seguro pagas antecipadamente.

    RECEITA

    Na atividade econmica, o empresrio tem como objetivo principal o lucro alcanado quando as receitas superam as despesas.

    As contas de receitas registram variaes patrimoniais positivas. A receita aumenta a situao lquida.

    Consideremos que uma sociedade tenha sido constituda mediante a realizao do capital social em dinheiro no valor de 1.000:

    D Caixa

    C Capital Social

    Em seguida, o valor existente em caixa foi depositado em conta corrente bancria:

    Aps esses fatos, a situao do patrimnio seria a seguinte:

    Ativo

    Bancos conta Movimento 1.000

    Passivo

    Capital Social 1.000

    Houve a aplicao financeira do valor existente em conta corrente:

    D Aplicao Financeira

    C Bancos Conta Movimento 1.000

    A aplicao rendeu juros de 10%. No resgate, tanto o capital quanto os juros foram transferidos pelo banco para a conta corrente da empresa:

    D Bancos Conta Movimento 1.100

    C Aplicaes Financeiras 1.000

    C Receitas de Juros 100

    Considerando apenas a existncia dos fatos descritos anteriormente, durante o exerccio, a empresa teria apurado lucro de

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    100, correspondente receita de juros. Desse modo, aps a apurao do resultado e a transferncia do lucro para o patrimnio lquido, a nova situao patrimonial da empresa era esta:

    Ativo

    Bancos conta Movimento 1.100

    Passivo

    Capital Social 1.000

    Lucros Acumulados 100

    Receita Financeira

    Quando depositamos certa quantia em um banco, lanamos:

    D Bancos Conta Movimento

    C Caixa 1.000

    O saque do valor depositado no representa receita, uma vez que o banco se limita a restituir o valor anteriormente depositado:

    D Caixa

    C Bancos Conta Movimento 1.000

    Consideremos que o valor depositado tenha sido aplicado a juros de 10% durante determinado perodo. Quando da aplicao, o valor transferido da conta corrente da empresa para a conta de aplicao:

    D Aplicaes Financeiras

    C Bancos Conta Movimento 1.000

    No resgate da aplicao, o banco transfere o valor aplicado e os juros para a conta corrente da empresa.

    D Bancos Conta Movimento 1.100

    C Aplicaes Financeiras 1.000

    C Receitas de juros 100

    Como valor resgatado superior ao que foi aplicado, a diferena representa receita financeira.

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    Receita de Venda de Mercadorias

    Se as mercadorias forem revendidas pelo preo de custo, no haver lucro ou prejuzo. Todavia, como o objetivo principal da atividade comercial o lucro, normalmente a venda efetivada por preo superior ao custo.

    Se as mercadorias foram adquiridas a prazo por 1.000 e revendidas vista por 1.200, temos os seguintes lanamentos:

    Compra a prazo das mercadorias:

    D Mercadoria

    C Fornecedores

    Venda vista das mercadorias com lucro:

    D Caixa

    C Receita de Vendas

    Baixa do estoque:

    D CMV

    C Estoque

    Em vez de trs lanamentos de 1 frmula, fazemos somente um de 4 frmula:

    D Caixa 1.200

    D Custo das Mercadorias 1.000

    C Receita de Vendas 1.200

    C Mercadorias 1.000

    Confrontando a receita da venda com o custo das mercadorias vendidas, temos o lucro:

    Receita de Vendas 1.200 (-) Custo das mercadorias vendidas (1.000)

    (=) Lucro na venda 200

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    Receita de Servios

    De maneira idntica venda de mercadorias, a prestao de servios deve ser contabilizada de forma a discriminar o preo dos servios prestados e os custos correspondentes:

    Lanamentos:

    D Caixa

    C Receita de Servios 1.200

    D Custo dos servios Prestados

    C Caixa, Materiais ou Contas a Pagar 1.000

    Como custo dos servios prestados devem ser computados os gastos necessrios prestao, como a mo de obra e os materiais aplicados na prestao.

    Receitas de Aluguel

    Os imveis no utilizados na manuteno das atividades de uma empresa podem ser destinados locao, gerando receita:

    D Caixa

    C Receita de Aluguis

    Considerando que um imvel de propriedade da empresa tenha sido alugado durante dezembro de X1 e que o valor correspondente s tenha sido recebido em janeiro de X2. Em dezembro de X1, de acordo com o princpio da competncia, temos o lanamento:

    D Aluguis a Receber

    C Receita de Aluguis

    Quando do recebimento do aluguel, em janeiro de X2, lanamos:

    D Caixa

    C Aluguis a Receber

    Desta forma, apesar de a receita s ter sido recebida em X2, ela foi computada no resultado do exerccio de X1.

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    Em contabilidade, o termo resultado tem a conotao tanto de lucro como de prejuzo, d a ideia de um desempenho obtido em alguma atividade.

    Por isso, quando se tratar de lucro, usamos a expresso

    resultado positivo e quando de prejuzo, resultado negativo.

    Ainda usada pela contabilidade a palavra italiana rdito que sinnimo de resultado.

    Quando se usa a palavra resultado, via de regra, est se referindo ao conjunto de operaes realizadas pela empresa num determinado perodo de tempo.

    A esse perodo de tempo, ao final do qual se apura o

    resultado, denomina-se perodo contbil . O perodo contbil mais comum

    o que coincide com o exerccio social .

    No final de cada perodo contbil confronta-se toda a despesa que compete ao determinado perodo com toda a receita tambm de competncia deste determinado perodo para apurao do resultado.

    ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO

    Pelo menos uma vez por ano, as empresas esto obrigadas a encerrar todas as contas de resultado. Esse encerramento ocorre no momento do confronto das despesas com as receitas para apurar o resultado.

    Com o encerramento das contas da receita e despesas, todas as contas de resultado ficam com saldo zero para incio do prximo perodo contbil. Assim, comea-se a acumular receita e despesa do prximo perodo at o final do perodo em que novamente sero encerradas as contas de resultado, apurando-se o lucro ou prejuzo, e assim sucessivamente.

    APURAO DOS RESULTADOS

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    LANAMENTOS DE ENCERRAMENTO

    a) Abre-se uma conta transitria como ttulo Apurao do Resultado do Exerccio (ARE) em que se realiza o confronto receita x despesa;

    b) Transfere-se o saldo das contas de receitas e despesas para a conta de resultados (ARE). Nesta transferncia encerram-se as contas de Receita e Despesas.

    Exemplo: Contas da Companhia KWE que no opera com mercadorias, mas presta servios.

    Desp. Salrios Desp. Mat. Escritrios Receita

    16.000 7.000 45.000

    Encerram-se essas contas, igualando-se o saldo a zero (assim, para o ano seguinte, inicia-se a cumulao de despesa e receita novamente). Para encerrar as contas de despesas, basta creditar idntico valor (a contrapartida ser debitada de ARE Apurao de Resultado do Exerccio). Para encerrar a conta receita, basta debitar valor idntico R$ 45.000 (a contrapartida ser crdito de ARE).

    Despesas de Salrios Desp. Mat. Escritrio Receita

    16.000 16.000 (1) 7.000 7.000 (2) (3) 45.000 45.000

    Apurao do resultado do Exerccio

    (1) 16.000 45.000 (3)

    (2) 7.000

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    APURAO DO RESULTADO

    Se o total da receita for maior que o total da despesa, haver lucro. Se a receita for menor que a despesa, haver prejuzo.

    No exemplo apresentado, tm-se R$ 45.000 de receita contra R$ 23.000 de despesa; portanto, houve um lucro de R$ 22.000 (R$ 45.000 R$ 23.000)

    Apurao do Resultado do Exerccio

    (Despesa) 23.000 45.000 (Receita)

    22.000 (Saldo)

    Lucro

    CONTABILIZAO DO RESULTADO

    Todo lucro acresce o Patrimnio Lquido. O lucro a remunerao aos proprietrios da empresa pelo capital investido. Os recursos dos proprietrios aplicados na empresa so evidenciados no Patrimnio Lquido (capital prprio). Dessa forma, a participao dos proprietrios na empresa ser maior com o acmulo do lucro no PL.

    Na hiptese de que no haja distribuio de lucros em dinheiro (dividendos) aos proprietrios, o PL ser acrescido de R$ 22.000. A conta que receber os R$ 22.000 Lucros Acumulados. Aumentando-se o PL, tem-se um crdito:

    Lucros Acumulados

    22.000

    Pelo Mtodo das Partidas Dobradas, sabe-se que se foi creditada uma conta de R$ 22.000, deve-se debitar outra(s) conta(s) cujo total seja R$ 22.000. a conta a ser debitada ser de Resultados (ARE), pois, como foi dito, uma conta transitria, servindo nica e

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    exclusivamente para apurao do resultado do exerccio. Com esse lanamento a dbito encerra-se a conta Resultados (ARE), uma vez que j cumpriu sua misso: confrontar receita com despesa e apurar o resultado (Lucro ou Prejuzo).

    Apurao do Res. do Exerccio

    22.000 22.000

    Se houvesse prejuzo, o saldo da conta ARE seria devedor, portanto, o lanamento seria o contrrio: crdito na conta ARE e dbito na conta Prejuzos Acumulados.

    A conta Prejuzos acumulados faz parte do PL com o sinal negativo, ou seja, conta de natureza devedora.

    ATENO: Por determinao legal (Lei n 6.404/76 e

    alteraes), o saldo da conta Lucros ou Prejuzos Acumulados deve ter saldo igual a zero ou, se houver prejuzos acumulados, saldo devedor. Todo lucro dever ser destinado. A legislao no admite a evidenciao, no balano, de lucros sem destinao.

    A Demonstrao do Resultado do Exerccio ser estudada em aula especfica (Aula 06), no entanto, para que vocs possam se familiarizar com esse demonstrativo, vou disponibilizar a sua estrutura, disposta no artigo 187, da Lei n 6.404/76.

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO DRE RECEITA OPERACIONAL BRUTA ou RECEITA BRUTA DE VENDAS Vendas de Mercadorias e /ou Prestao de Servios

    (-) DEDUES E ABATIMENTOS Devolues/Cancelamento de Vendas

    Abatimentos sobre Vendas

    Descontos Incondicionais Concedidos

    Tributos (ICMS/ISS/PIS/COFINS)

    (=) RECEITA OPERACIONAL LQUIDA ou RECEITA LQUIDA DE VENDAS

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    (-) CUSTOS OPERACIONAIS Custo das Mercadorias Vendidas e dos Servios Prestados

    (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO ou LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas

    Despesas Financeiras, deduzidas das receitas financeiras

    Despesas Gerais e Administrativas

    Outras Despesas Operacionais

    (=) LUCRO OU PREJUZO OPERACIONAL

    (+) Outras Receitas

    (-) Outras Despesas

    (=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO

    (-) Proviso para Imposto de Renda e Proviso para Contribuio Social sobre o Lucro

    (=) LUCRO ANTES DAS PARTICIPAES

    (-) PARTICIPAES Debntures Empregados

    Administradores

    Partes Beneficirias

    Contribuies p/ instituies/fundos de assistncia/previdncia de empregados

    (=) LUCRO LQUIDO OU PREJUIZO DO EXERCCIO LUCRO LQUIDO OU PREJUZO POR AO DO CAPITAL

    Vamos ver uma questo de prova para fixarmos alguns conceitos at aqui vistos.

    14. (FCC Auditor Fiscal de Tributos Estaduais RO 2010)

    A Cia. Exatos, empresa de consultoria contbil, iniciou suas atividades em 01/12/X9, com um capital social de R$ 100.000,00, sendo R$ 60.000,00 integralizados em dinheiro e R$ 40.000,00 a serem integralizados no ms de janeiro. Durante o ms de dezembro de X9, ocorreram os seguintes fatos contbeis:

    01. Aquisio, a prazo, de material de consumo R$ 6.000,00;

    02. Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9 R$ 1.000,00;

    03. Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros R$ 40.000,00;

    04. Pagamento a fornecedores de material de consumo R$ 2.000,00;

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    05. Recebimento de adiantamento de clientes por servios contratados a serem prestados em 40 dias R$ 36.000,00;

    06. Reconhecimento da despesa com salrios e pr-labore para pagamento em janeiro de X10 R$ 48.000,00;

    07. Aplicao financeira em 31/12/X9 R$ 20.000,00;

    08. Servios prestados a clientes para recebimento em 60 dias R$ 85.000,00;

    09. Reconhecimento e pagamento de despesas gerais R$ 5.000,00;

    10. Obteno de emprstimos bancrios de longo prazo R$ 28.000,00;

    11. Compra vista de um imvel R$ 75.000,00.

    O valor total do Ativo da Cia. Exatos, em 31/12/X9 era, em reais,

    (A) 220.000,00

    (B) 248.000,00

    (C) 269.000,00

    (D) 288.000,00

    (E) 296.000,00

    COMENTRIOS:

    Pessoal, como vocs podem observar, o examinador pede somente o valor total do ativo. Para resolver esta questo, vocs devem ter o conhecimento de quais transaes, das onze mais as informadas no enunciado, que influenciam no valor do ativo, seja aumentando (dbitos) ou diminuindo (crditos). No entanto, demonstraremos todos os lanamentos contbeis nela envolvidos. Para isso faremos o que segue:

    Lanamentos em livro dirio;

    Lanamentos em livro razo (razonete);

    Elaborao do Balano Patrimonial e

    Elaborao da Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE).

    Resolverei esse exerccio de forma acadmica, demonstrando os lanamentos contbeis em Livro Dirio e Razo, encerrando as contas de Resultado, apurando os saldos das contas Patrimoniais, levantando o Balano Patrimonial e a Demonstrao do Resultado do Exerccio.

    E por final, como vocs deveriam resolv-lo na hora da prova.

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    1. Lanamentos em Livro Dirio:

    Fatos contbeis ocorridos no incio da empresa 01.12.X9.

    E1) Capital a Integralizar

    a Capital Social (Capital Subscrito) 100.000

    E2) Caixa

    a Capital a Integralizar 60.000

    Observao: E1 e E2 so referncias s informaes do enunciado pois, dele decorre dois lanamentos.

    Fatos contbeis ocorridos durante o ms de dezembro de X9.

    1) Material de Consumo

    a Fornecedores 6.000

    2) Despesas Antecipadas

    a Caixa 1.000

    3) Equipamentos

    a Contas a Pagar 40.000

    4) Fornecedores

    a Caixa 2.000

    5) Caixa

    a Adiantamento de Clientes 36.000

    6) Despesas com salrios

    a Salrios a Pagar 48.000

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    7) Aplicao Financeira

    a Caixa 20.000

    8) Duplicatas a Receber (clientes)

    a Receita de Servios 85.000

    9) Despesas Gerais

    a Caixa 5.000

    10) Caixa

    a Emprstimos Obtidos (LP) 28.000

    11) Imvel

    a Caixa 75.000

    2. Lanamentos em Razonetes (Livro Razo):

    Capital a Integralizar

    (E1)100.000 60.000 (E2)

    40.000

    Capital a Social

    100.000 (E1)

    Fornecedores

    (4) 2.000 6.000 (1)

    4.000

    Caixa

    (E2) 60.000 1.000 (2)

    (5) 36.000 2.000 (4)

    (10) 28.000 20.000 (7)

    5.000 (9)

    75.000 (11)

    124.000 103.000

    21.000

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    Material de Consumo

    (1) 6.000

    Despesas Antecipadas

    (2) 1.000

    Equipamentos

    (3) 40.000

    Contas a Pagar

    40.000 (3)

    Adiantamento de Clientes

    36.000 (5)

    Desp. com Salrios

    (6) 48.000 48.000 (A)

    Salrios a Pagar

    48.000 (6)

    Aplicaes Financeiras

    (7) 20.000

    Duplicatas a Receber

    (8) 85.000

    Receitas de Servios

    (B) 85.000 85.000 (8)

    Desp. Gerais

    (9) 5.000 5.000 (C)

    Emprstimos Obtidos

    28.000 (10)

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    Imvel

    (11) 75.000

    ARE (transitria)

    (A) 48.000 85.000 (B)

    (C) 5.000

    53.000 85.000

    Lucros Acumulados

    32.000 (D)

    (D) 32.000 32.000

    Balano Patrimonial: ATIVO

    Ativo Circulante

    Caixa 21.000

    Aplicao Financeira 20.000

    Duplicatas a Receber 85.000

    Material de Consumo 6.000

    Despesas Antecipadas 1.000

    133.000

    Ativo No Circulante

    Imobilizado

    Equipamento 40.000

    Imvel 75.000

    115.000

    TOTAL 248.000

    PASSIVO

    Passivo Circulante

    Fornecedores 4.000

    Contas a Pagar 40.000

    Adiantamento a Clientes 36.000

    Salrios a Pagar 48.000

    128.000

    Passivo No Circulante

    Emprstimos Obtidos 28.000

    28.000

    Patrimnio Lquido

    Capital Social Subscrito 100.000

    (-) Capital a Integralizar (40.000)

    (=) Capital Integralizado 60.000

    Lucros Acumulados 32.000

    92.000

    TOTAL 248.000

    Observao: A conta Lucros Acumulados dever constar no Plano de Contas da companhia, no entanto, no fechamento do balano, o seu saldo ser zerado. Neste caso, os R$ 32.000 sero destinados de acordo com a legislao societria.

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    DRE Receita de servios 85.000

    (-) Despesas Gerais (5.000)

    (-) Despesas com Salrios (48.000)

    (=) Lucro 32.000

    Para resolver esta questo em prova, devemos fazer o seguinte:

    Constituio da empresa entrada de dinheiro no caixa 60.000

    Aquisio, a prazo, de material de consumo entrada mat. consumo 6.000

    Compra de equipamento entrada de bem 40.000

    Pagamento a Fornecedores sada de dinheiro do caixa (2.000)

    Recebimento Adiantamento de Clientes entrada dinheiro no caixa 36.000

    Servios prestados a prazo surgimento de direito (clientes) 85.000

    Pagamento de despesa sada de dinheiro de caixa (5.000)

    Obteno de emprstimos entrada de dinheiro no caixa 28.000

    Valor total do ativo ------------------------------------------------- 248.000

    Gabarito: B

    A questo que segue foi vista na aula anterior, trazemos para esta aula com o objetivo de reforar conceitos aqui vistos, principalmente o item II, o qual est em destaque.

    15. (IADES Controlador de Finanas CFA 2010)

    Julgue os itens a seguir:

    I A escriturao contbil a tcnica que o contabilista utiliza para a execuo do seu trabalho. Esta se reveste de procedimentos especficos a serem seguidos. Todo registro contbil tem como base o fato administrativo ou contbil ocorrido e o documento suporte para evidenciar (provar) o acontecimento. Estes registros so efetuados com base no Mtodo das Partidas Dobradas (cada dbito corresponde a um crdito de igual valor), em contas especficas, logo, as contas so os componentes tcnicos da contabilidade.

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    II As contas se classificam em patrimoniais e de resultado. As contas patrimoniais representam os bens, direitos e obrigaes da entidade e compem o Balano Patrimonial, logo, seus saldos so transferidos para os outros exerccios. As contas de resultado registram as operaes que envolvem receitas e despesas e seus saldos so encerrados no final do exerccio, objetivando a apurao do lucro ou do prejuzo do perodo. Este resultado ser transferido para o Balano Patrimonial, procedimento que caracteriza o seu fechamento.

    III Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes avaliveis em moeda e vinculados a uma entidade pela propriedade, por cesso ou a qualquer ttulo. Os bens podem ser definidos como itens avaliados em moeda e capazes de satisfazer s necessidades das entidades, sejam elas pessoas fsicas ou jurdicas. Os direitos so os valores a receber de terceiros gerados por meio de operaes da entidade e as obrigaes representam as dvidas que a entidade contrata junto a terceiros.

    A quantidade de itens certos igual a:

    (A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3

    COMENTRIOS:

    Todos os itens esto corretos.

    Gabarito: D

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    ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS

    Atos administrativos so acontecimentos que ocorrem na empresa e que no provocam alteraes no patrimnio. Como por exemplo, assinatura de contrato de compra e venda ou contrato de seguro, admisso de empregado, fianas em favor de terceiros, avais de ttulos, etc.

    Os atos administrativos no so objetos de contabilizao, por no provocarem modificaes no patrimnio.

    Fatos administrativos ou fato de gesto qualquer negcio realizado pela administrao que modifique o patrimnio da empresa, qualitativa ou quantitativamente.

    Fatos contbeis so os acontecimentos que ocorrem na empresa e que provocam modificaes no patrimnio, sendo, portanto, objeto de contabilizao por meio das contas patrimoniais ou das contas de resultado, podendo ou no alterar a situao lquida.

    Ento, fato administrativo e fato contbil so sinnimos?

    Na prtica, as expresses so utilizadas como sinnimas pelos contabilistas. Porm, o fato contbil qualquer ocorrncia que modifique o patrimnio, independente de advir da gesto da empresa.

    Portanto o fato contbil engloba o fato administrativo.

    Na realidade, muito raro um fato contbil que no represente um fato administrativo.

    Os fatos contbeis podem ser classificados em trs grupos:

    FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES PATRIMONIAIS.

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    1. Permutativos, qualitativos ou compensativos no provocam variaes no Patrimnio Lquido (PL), pois representam permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente.

    Exemplos:

    Entre contas do ativo Compra de mercadorias vista: Mercadorias (aumenta o ativo) a Caixa (diminui o ativo) Entre contas do ativo e do passivo Compra de mercadorias a prazo: Mercadorias (aumenta o ativo) a Fornecedores (aumenta o passivo) 2. Modificativos ou quantitativos provocam

    modificaes (variaes) no Patrimnio Lquido. Podem ser aumentativos ou diminutivos.

    Exemplos:

    Modificativo aumentativo Receita de prestao de servios recebida vista ou a prazo: Caixa ou Clientes (aumenta o ativo) a Receita de Servios (Receita aumenta o PL) Modificativo diminutivo Apropriao de salrios: Despesas de Salrios (Despesa diminui o PL) a Salrios a Pagar (aumenta o passivo) 3. Mistos envolvem, ao mesmo tempo, um fato

    permutativo e um modificativo. Tambm so chamados de Compostos.

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    Exemplos:

    Misto aumentativo Recebimento de duplicatas com juros: Caixa (aumenta o ativo) a Diversos a Juros Ativos (Receita aumenta o PL) a Duplicatas a Receber (Diminui o ativo) Misto diminutivo

    Recebimento de duplicatas com descontos: Diversos a Duplicatas a Receber (diminui o ativo) Caixa (aumenta o ativo) Descontos Concedidos (Despesa diminui o PL)

    Todo fato contbil (operao que provoca alterao no patrimnio) deve ter um determinado registro na contabilidade da entidade.

    (ESAF Analista Contabilidade IRB 2006 Adaptado)

    Julgue o item:

    16. A compra de uma mquina, a prazo, mesmo com pagamento de entrada no ato da compra, representa um fato administrativo permutativo.

    COMENTRIOS: Fatos Permutativos, qualitativos ou compensativos So

    aqueles que no provocam variaes no Patrimnio Lquido, pois representam permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente.

    Traduzindo o enunciado com dados: Compra de uma mquina por R$ 100.000, sendo 60% a

    vista e 40% a prazo. Lanamento: D Imobilizado (mquina) 100.000 C Caixa 60.000 C Contas a pagar 40.000

    Veja como cai em prova!!!

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    Gabarito: Certo

    17. (ESAF Analista Administrativa MPU 2004)

    O pagamento de uma letra de cmbio j vencida, com encargos de multas e de juros, constitui um

    a) Fato Administrativo Composto diminutivo.

    b) Fato Administrativo Modificativo diminutivo.

    c) Fato Administrativo Modificativo aumentativo.

    d) Fato Administrativo Permutativo.

    e) Fato Administrativo Composto aumentativo.

    COMENTRIOS:

    O pagamento de um passivo com incidncia de juros um fato misto diminutivo.

    Lanamento:

    Diversos

    a Caixa (diminui o valor do ativo).

    Passivo (diminui o valor do passivo).

    Juros passivos (diminui o PL).

    Gabarito: A

    18. (ESAF Auditor Fiscal Prefeitura de Fortaleza 2003)

    Uma operao de recebimento de venda a vista, no valor de R$ 100,00, gera um registro contbil de dbito conta Caixa e crdito conta Vendas Brutas. Assinale o tipo de fato contbil presente na nica opo correta.

    a) Aumentativo

    b) Diminutivo

    c) Misto

    d) Permutativo

    e) Modificativo

    COMENTRIOS: Lanamento:

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    D Caixa C Vendas Brutas (Receita de Vendas aumenta PL) Fatos Modificativos ou quantitativos provocam

    modificaes (variaes) no Patrimnio Lquido. Podem ser aumentativos ou diminutivos.

    Gabarito: E

    19. (ESAF Auditor Fiscal Prefeitura de Recife 2003)

    A empresa Omega Ltda. realizou uma operao de recebimento de duplicata no valor de R$ 100,00, em dinheiro. Essa operao gerou um registro contbil de dbito conta CAIXA e crdito conta Duplicatas a Receber. Assinale o tipo de fato contbil presente na nica opo correta.

    a) Aumentativo

    b) Diminutivo

    c) Misto

    d) Modificativo

    e) Permutativo

    COMENTRIOS: Lanamento: D Caixa (aumentou ativo) C Duplicatas a receber (diminuiu ativo) Fato permutativo entre elementos do Ativo, no alterando

    o PL.

    Gabarito: E

    20. (ESAF Contador Prefeitura de Recife 2003)

    A operao de compra de mercadorias com pagamento vista considerada como um fato contbil:

    a) de iliquidez

    b) modificativo

    c) misto

    d) extraordinrio

    e) permutativo

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    COMENTRIOS: A compra de mercadoria vista um fato permutativo

    entre os elementos do ativo no alterando o PL. Lanamento: D Mercadorias (aumentou ativo) C Caixa (diminuiu ativo)

    Gabarito: E

    21. (FCC Contador SERGS SE 2010)

    O aumento do Capital Social com saldos de Reservas de Lucros um fato

    (A) permutativo.

    (B) modificativo aumentativo.

    (C) modificativo diminutivo.

    (D) misto aumentativo.

    (E) misto diminutivo.

    COMENTRIOS:

    Fatos Permutativos, qualitativos ou compensativos So aqueles que no provocam variaes no Patrimnio Lquido, pois representam permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente.

    Uma transao que movimente somente contas do Patrimnio Lquido sem alter-lo um fato permutativo.

    Lanamento:

    D Reservas de Lucros

    C Capital social

    Gabarito: A

    22. (FCC Agente Fiscal de Rendas ICMS SP 2009)

    A empresa Girobaixo S.A. tinha um contas a receber de R$ 500.000 de seu cliente Oportunia Ltda., que estava com dificuldades financeiras. Sabendo das dificuldades de seu cliente e com receio de inadimplncia, concedeu desconto de 5% para que o cliente

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    liquidasse a dvida no prazo. A Oportunia aceitou e quitou a dvida. O registro do evento na empresa Girobaixo S.A. representa um fato

    (A) Misto diminutivo (B) Permutativo (C) Compensativo diminutivo (D) Modificativo aumentativo (E) Quantitativo aumentativo

    COMENTRIOS: Duplicatas recebidas com desconto concedido representa

    um fato modificativo misto diminutivo

    Lanamento:

    Diversos

    a Duplicatas a Receber (diminui o ativo)

    Caixa (aumenta o ativo) 475.000

    Descontos Concedidos (Despesa diminui o PL) 25.000 500.000

    Gabarito: A

    23. (FCC Agente Fiscal de Rendas ICMS SP 2009)

    A empresa Aquisies S.A. comprou 100 nibus vista, para substituio de sua frota. Esse evento contbil representa um fato

    (A) Misto diminutivo (B) Permutativo entre elementos do passivo (C) Modificativo entre elementos do ativo e do passivo (D) Permutativo entre elementos do ativo (E) Modificativo no passivo no circulante.

    COMENTRIOS: Fatos Permutativos, qualitativos ou compensativos So

    aqueles que no provocam variaes no Patrimnio Lquido, pois representam permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente.

    Lanamento dessa questo: D Imobilizado (veculos) C Caixa Gabarito: D

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    24. (CESGRANRIO Analista Contabilidade - Casa da Moeda - 2005)

    O lanamento contbil referente ao pagamento de duplicata com desconto de 10% representa um fato:

    (A) permutativo.

    (B) modificativo diminutivo.

    (C) modificativo aumentativo.

    (D) misto diminutivo.

    (E) misto aumentativo.

    COMENTRIOS:

    O pagamento de uma duplicata com um desconto um fato misto aumentativo.

    Lanamento:

    Duplicatas a Pagar (diminui o valor do passivo).

    a Diversos

    a Caixa (diminui o valor do ativo).

    a desconto obtido (aumenta PL) .

    Gabarito: E

    Ficamos por aqui e at o prximo encontro!

    Coloco-me disposio para eventuais dvidas e sugestes por meio do frum ou pelo email: [email protected]

    Um grande abrao a todos e bons estudos!!!

    Otvio Souza.

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    LISTA DAS QUESTES COMENTADAS NA AULA

    01. (FCC Analista Ministerial Contabilidade MPE-PE 2012)

    Uma entidade com fins lucrativos iniciou suas atividades em 02/02/2011 com um total de ativos equivalentes a R$ 650.000,00, correspondentes integralizao de capital por parte dos scios em bens e direitos. At 31-12-2011, em relao situao original, o total de ativos dobrou de valor e o patrimnio lquido aumentou de valor em 60%. O valor do Passivo dessa na referida data correspondeu, em R$, a: (A) 650.000,00. (B) 390.000,00. (C) 260.000,00. (D) 1.040.000,00. (E) 820.000,00.

    02. (FCC Analista - Contabilidade TRF 2 Regio 2012)

    No Balano Patrimonial da Cia. Fernandpolis, relativo ao exerccio encerrado em 31-12-2011, o valor do Patrimnio Lquido da entidade 50% maior que o valor do seu Passivo. Isso implica que o total do Ativo da companhia equivale a

    (A) 250% do valor do Patrimnio Lquido.

    (B) 150% do valor do Passivo.

    (C) 250% do valor do Passivo.

    (D) 150% da soma do Patrimnio Lquido com o Passivo.

    (E) 200% do valor do Patrimnio Lquido.

    03. (ESAF Analista da Receita Federal do Brasil 2012 adaptada)

    Julgue o item:

    Capital Social o capital subscrito e pago pelos acionistas quando adquirem aes, seja no incio da sociedade ou quando ela promove aumento de capital durante seu funcionamento.

    04. (ESAF Gestor Fazendrio MG 2005)

    Em fevereiro de 2005, a Contabilidade da Nossa Firma forneceu as seguintes informaes:

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    I. a conta de luz e energia utilizada em dezembro de 2004, no valor de R$200,00, foi paga em dezembro de 2004;

    II. a conta de aluguel utilizado em janeiro de 2005, no valor de R$500,00, foi paga em dezembro de 2004;

    III. a conta de gua consumida em dezembro de 2004, no valor de R$400,00, foi paga em janeiro de 2005;

    IV. os juros referentes a janeiro de 2005, no valor de R$250,00, foram pagos em janeiro de 2005;

    V. os juros referentes a dezembro de 2004, no valor de R$1.000,00, foram recebidos em janeiro de 2005;

    VI. os aluguis dos bens utilizados em janeiro de 2005, no valor de R$1.300,00, foram recebidos em dezembro de 2004;

    VII. os servios prestados em dezembro de 2004, no valor de R$1.700,00, foram recebidos em dezembro de 2004;

    VIII. as comisses auferidas em janeiro de 2005, no valor de R$750,00, foram recebidas em janeiro de 2005.

    Com base nos fatos contbeis informados anteriormente, apure o resultado do exerccio pelo regime de caixa e pelo regime de competncia, respectivamente, para dezembro de 2004 e janeiro de 2005 e assinale a resposta certa.

    a) De acordo com o regime contbil de competncia, no ms de janeiro de 2005 houve lucro de R$ 1.100,00.

    b) De acordo com o regime contbil de caixa, no ms de janeiro de 2005 houve lucro de R$ 1.300,00.

    c) De acordo com o regime contbil de caixa, no ms de dezembro de 2004 houve lucro de R$ 2.100,00.

    d) De acordo com o regime contbil de competncia, no ms de dezembro de 2004 houve lucro de R$ 2.300,00.

    e) Considerando a gesto completa, sem a fragmentao ms a ms, em qualquer dos dois regimes o lucro teria sido de R$ 3.400,00.

    05. (ESAF Analista Tributrio da Receita Federal 2009)

    Determinada empresa, cujo exerccio social coincide com o ano-calendrio, pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prmio de seguro contra incndio no dia 30 de setembro de 2007.

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    A aplice pertinente a essa transao cobre riscos durante o perodo de primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008.

    Considerando o princpio da competncia de exerccios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer.

    No balano patrimonial de 31 de dezembro de 2007, aps as apropriaes de praxe, o saldo desta conta, Seguros a Vencer, dever ser de

    a) R$ 1.260,00.

    b) R$ 381,00.

    c) R$ 1.055,00.

    d) R$ 1.172,20.

    e) R$ 1.143,00.

    06. (ESAF Auditor Fiscal da Receita Estadual CE 2006)

    Na empresa Nutricional S/A, o resultado do exerccio havia sido apurado acusando um lucro de R$ 50.000,00, quando foram realizadas as verificaes de saldos para efeito de ajustes de encerramento e elaborao do balano patrimonial. Os resultados, contabilizados segundo o regime contbil de Caixa ao longo do perodo, evidenciaram a existncia de:

    - salrios de dezembro, no valor de R$ 15.000,00, ainda no quitados;

    - juros de R$ 4.000,00 j vencidos no exerccio, mas ainda no recebidos;

    - aluguis de R$ 6.300,00, referentes a janeiro de 2007, pagos em dezembro de 2006;

    - comisses de R$ 7.200,00, recebidas em dezembro de 2006, mas que se referem ao exerccio seguinte.

    Aps a contabilizao dos ajustes segundo o Princpio da Competncia, o lucro do exerccio passou a ser de

    a) R$ 38.100,00.

    b) R$ 32.700,00.

    c) R$ 45.300,00.

    d) R$ 39.900,00.

    e) R$ 39.000,00.

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    07. (FCC Tcnico Superior Contbil PGE-RJ 2009)

    O Regime de Caixa um regime oposto ao regime da

    (A) materialidade.

    (B) entidade.

    (C) competncia.

    (D) unidade de moeda instrumento de mensurao.

    (E) continuidade.

    08. (ESAF Fiscal de Rendas ISS-RJ 2010 Adaptada) Julgue o item que segue como certo ou errado. Segundo o princpio da competncia, as receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que, efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

    09. (FCC Analista TRT 16 Regio 2009 - Adaptada)

    Considere os dados abaixo (em R$).

    Despesas incorridas e pagas .......................... 18.000,00

    Despesas no incorridas e pagas ..................... 50.000,00

    Despesas incorridas e no pagas ..................... 12.000,00

    Receitas antecipadas ..................................... 20.000,00

    Receitas recebidas e incorridas ........................ 30.000,00

    Receitas recebidas e no incorridas .................. 40.000,00

    De acordo com o princpio da competncia, o valor do Resultado do Exerccio , em R$,

    (A) Prejuzo de 20.000,00.

    (B) Lucro de 42.000,00.

    (C) Lucro de 40.000,00.

    (D) Lucro de 12.000,00.

    (E) 0 (zero).

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    10. (Cesgranrio - Tcnico da Petrobrs Contabilidade - 2010)

    A Alvorada S.A. realizou as seguintes operaes, no exerccio social de 2009:

    10/junho compra de grande quantidade de material de expediente a prazo R$ 11.000;

    15/junho pagamento, em dinheiro, de prmio de seguro de incndio, com vigncia de 01/junho/2009 a 31/maio/2010 R$ 6.000,00;

    20/junho requisio de material de expediente para consumo R$ 2.500,00;

    15/julho pagamento em dinheiro de 50% do material de expediente comprado em 10/junho.

    Considerando nica e exclusivamente as operaes acima, o total das despesas incorridas no exerccio de 2009, pelo regime de competncia, em reais,

    (A) 2.500,00

    (B) 3.500,00

    (C) 6.000,00

    (D) 8.000,00

    (E) 17.000,00

    11. (Cesgranrio - Tcnico da Petrobrs - Contabilidade-2010)

    Analise as seguintes informaes, relativas empresa Noroeste Ltda. realizadas em janeiro de 2010:

    Dia 05 Pagamento dos salrios provisionados em dezembro R$ 15.000,00; pagamento dos encargos sociais provisionados em dezembro R$ 6.000,00;

    Dia 10 Pagamento antecipado das frias de fevereiro R$ 3.000,00;

    Dia 30 Proviso de salrios de janeiro R$ 20.000,00; proviso dos encargos sociais dos salrios de janeiro R$ 8.000,00; pagamento do aluguel de janeiro R$ 2.000,00 e de fevereiro R$ 3.000,00.

    Admitindo que a empresa adote o regime de caixa, o valor total das despesas registradas no ms de janeiro, em reais,

    (A) 23.000,00

    (B) 28.000,00

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    (C) 29.000,00

    (D) 30.000,00

    (E) 31.000,00

    12. (FCC Analista Contabilidade TRE-PI 2009)

    Uma empresa renovou seu seguro em setembro e pr-pagou (pagou antecipadamente) R$ 81.000,00. Esse seguro tem validade por 3 anos. No final do exerccio financeiro da renovao, o lanamento de ajuste relativo ao seguro pago em setembro deve ser dbito em despesas

    (A) de seguros e crdito em despesas pr-pagas de R$ 9.000,00.

    (B) pr-pagas e crdito em despesas de seguros de R$ 9.000,00.

    (C) de seguros e crdito em despesas pr-pagas de R$ 21.800,00.

    (D) pr-pagas e crdito em despesas de seguros de R$ 27.000,00.

    (E) de seguros e crdito em despesas pr-pagas de R$ 27.000,00.

    13. (FCC Analista Contabilidade TRE-AM 2009 - adaptada)

    O item refere-se ao Princpio da Competncia.

    As receitas e despesas devem ser consideradas pelas empresas, para apurao do resultado do perodo a que se referirem, no momento de sua ocorrncia.

    14. (FCC Auditor Fiscal de Tributos Estaduais RO 2010)

    A