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CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS CONCURSO: ANALISTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Prof. Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 03: PROVISÕES EM GERAL (PROVISÕES PROPRIAMENTE DITAS, DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO). ESCRITURAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS. Vamos, então, à aula de hoje!!

Aula 03

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contabilidade geral

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    AULA 03:

    PROVISES EM GERAL (PROVISES PROPRIAMENTE DITAS, DEPRECIAO, AMORTIZAO E EXAUSTO).

    ESCRITURAO DE OPERAES FINANCEIRAS.

    Vamos, ento, aula de hoje!!

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    PROVISES

    Provises so recursos estimados pela empresa para cobrir perdas que provavelmente ocorrero ou para cobrir algumas exigibilidades cujos montantes possam ser previamente conhecidos ou calculados.

    Existem dois tipos de provises:

    a) Provises Ativas ou Provises Redutoras do Ativo.

    b) Provises Passivas ou Provises representativas de exigibilidades.

    Provises Ativas

    So aquelas constitudas para cobrir perdas que provavelmente ocorrero: no recebimento de direitos (Duplicatas a Receber); na alienao de ttulos e valores mobilirios representativos de investimentos temporrios a curto ou a longo prazo, como ouro, ttulo de renda fixa ou varivel, aes, etc.; na venda de mercadorias, produtos ou outros bens comercializveis que se encontrem em estoque; com a desvalorizao de valores de bens destinados produo ou ao consumo; em decorrncia de prejuzos ou perdas permanentes que possam ser comprovados em sociedades nas quais a empresa mantm investimentos de carter permanente.

    Essas provises so constitudas com fundamento na Lei n 6.404/76 (artigo 183) e na Resoluo CFC n 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade (artigo 10 Princpio da Prudncia), atualizada pela Resoluo CFC n 1.282/10.

    PROVISES, DEPRECIAO, AMORTIZAO E EXAUSTO.

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    Por fora da Lei n 6.404/76, devem figurar no Balano Patrimonial do lado do Ativo como redutoras das contas com base nas quais foram constitudas.

    As provises redutoras de Ativo so constitudas mediante lanamento a dbito em conta de despesa e a crdito em conta patrimonial que represente a respectiva proviso.

    Principais provises Ativas: Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa; Proviso para Ajuste do Bem ao Valor de Mercado; Proviso para Perdas Provveis na Realizao de

    Investimentos.

    1. Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa (PCLD) corresponde ao valor provisionado ao final de cada exerccio social para cobrir, no exerccio seguinte, perdas decorrentes de no recebimento de direitos da empresa (por exemplo: Duplicatas a Receber, Clientes). O valor da proviso obtido a partir da aplicao de um percentual sobre os valores dos direitos existentes na poca do Balano Patrimonial.

    O percentual a ser aplicado para o clculo dessa previso deve resultar de estudos efetuados pela empresa com base nas perdas efetivamente ocorridas pelo no recebimento de seus direitos nos ltimos anos. Pode ser usada a mdia aritmtica das perdas ocorridas nos ltimos trs exerccios sociais.

    Exemplo:

    Suponhamos que uma determinada empresa, no exerccio de X1, tenha deixado de receber 3%, do valor das duplicatas que tinha para receber em 1 de janeiro do mesmo ano; no exerccio de X2, essa perda correspondeu a 2%; no exerccio de X3, a 4%.

    Clculo da mdia aritmtica:

    3% + 2% + 4% = 3% 3

    Assim, o percentual utilizado, em dezembro de X4 para clculo dessa proviso ser de 3%.

    Essa proviso uma conta retificadora das contas Clientes ou Duplicatas a Receber.

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    A Proviso Para Crdito de Liquidao Duvidosa, constituda no ano anterior, s pode ter duas destinaes: Perda Consumada e Reverso da Previso.

    Lanamentos:

    Na constituio da proviso:

    Despesa com PCLD (despesa operacional na DRE)

    a PCLD (Ativo Circulante Retificadora)

    Na perda consumada:

    PCLD (Ativo Circulante)

    a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

    Na reverso da proviso:

    PCLD (Ativo Circulante Retificadora)

    a Reverso de Proviso (Outras Receitas Operacionais)

    Vejamos um caso prtico:

    Uma empresa em 31 de dezembro de X1 possua em seu Ativo Circulante a conta Duplicatas a Receber com o saldo de R$ 600.000,00. Estudos mostraram que a perda mdia pelo no recebimento de direitos nos ltimos trs exerccios foi de 5%.

    A constituio da proviso ser feita por meio do seguinte lanamento:

    Despesas com PCLD

    a PCLD (5% de 600.000) 30.000

    Esta mesma empresa, no ms de maro de X2, considerou que do saldo final de 31/12/X1 da conta Duplicatas a Receber, R$ 20.000 foram considerados incobrveis.

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    A baixa dessas duplicatas ser efetuada pelo seguinte lanamento:

    PCLD (Ativo Circulante Retificadora)

    a Duplicatas a Receber 20.000

    No ltimo dia do exerccio social de X2, como ocorreu no exerccio anterior (X1), a empresa dever constituir nova proviso, com base no novo saldo da conta Duplicatas a Receber (Clientes).

    Deve-se considerar, nesse momento, duas situaes: poder haver saldo remanescente na conta Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa ou poder no existir saldo nessa conta.

    No havendo saldo remanescente, o procedimento para clculo e contabilizao da Proviso fazer uma nova proviso, conforme visto anteriormente (constituio da proviso).

    Havendo saldo remanescente, ou seja, a Proviso constituda no exerccio anterior no tiver sido totalmente utilizada na baixa de ttulos incobrveis, para fins de constituio da nova Proviso, a empresa poder optar por um dos dois mtodos a seguir:

    Mtodo da Reverso

    Consiste em reverter o saldo da proviso como receita (outras receitas operacionais) e, em seguida, criar a nova proviso.

    Exemplo:

    Considere que no final do exerccio de X2 exista na conta Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa (Ativo Circulante - Retificadora), saldo no utilizado no valor de R$ 15.000.

    O lanamento da reverso ser:

    PCLD

    a Outras Receitas Operacionais 15.000

    Registrada a reverso, faz-se novamente o novo clculo para a constituio da proviso para X2, conforme j visto.

    Mtodo da Complementao

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    Consiste em complementar o saldo existente na conta proviso, tendo como objetivo atingir o novo valor obtido pela aplicao do percentual sobre o novo saldo dos direitos a receber.

    Considerando que no final do exerccio X2 a empresa fique com um saldo remanescente (no utilizado) de R$ 15.000, que em seu Ativo Circulante a conta Duplicatas a Receber tenha saldo de R$ 800.000,00 e que a perda mdia pelo no recebimento de direitos nos ltimos trs exerccios tenha sido de 4%. Por esse mtodo devemos fazer os seguintes lanamentos:

    Despesas com PCLD

    a PCLD R$ 17.000

    Como a conta Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa dever ter saldo de R$ 32.000 (4% de 800.000) e j tem um saldo remanescente, basta complementar a proviso com os R$ 17.000.

    Observao:

    Se a proviso constituda no for suficiente para cobrir as perdas com clientes, o valor que exceder ser considerado diretamente despesa operacional do exerccio em que ocorrer essa perda.

    Lanamento:

    Despesa com Ttulos Incobrveis (Perdas com Clientes)

    a Duplicatas a Receber

    Ateno: No v para a prova sem dominar este tema, principalmente os lanamentos, ele costuma despencar em provas.

    2. Proviso para ajuste do bem ao valor de mercado definida pela Lei n 6.404/76 em seu artigo 183, II.

    Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comrcio da companhia, assim como matrias-primas, produtos em fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou produo, deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

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    Isso significa que se o valor de aquisio for maior que o valor de marcado, dever ser feita uma Proviso Para Ajuste a Valor de Mercado, que ser retificadora da conta de Estoques.

    Exemplo:

    Determinada mercadoria foi adquirida por R$ 10.000,00 e, na data do balano, seu valor de mercado tinha sido reduzido para R$ 8.000,00.

    A proviso ser constituda no valor da diferena correspondente a R$ 2.000,00

    Lanamento:

    Despesa Proviso ara Ajuste de Bens ao Valor de Mercado

    a Proviso Ajuste de Bens ao Valor de Mercado 2.000,00

    3. Proviso para Perdas Provveis na Realizao de

    Investimentos uma proviso que visa a cobrir perdas com Investimentos efetuados pela empresa. uma proviso para perdas provveis em participaes permanentes avaliadas pelo custo de aquisio.

    Para ser constituda essa proviso, a perda deve ser comprovada como permanente e que no ser modificada em razo do recebimento, sem custo para a companhia, de aes ou quotas bonificadas.

    Aparece como retificadora da conta Participaes Permanentes, do Ativo No Circulante Investimentos.

    Exemplo:

    A Cia. GFK investidora na Cia. Tal & Qual com uma participao no valor de R$ 6.000,00 constata que devido m administrao da Cia. Investida, ter uma perda de 20% do seu investimento (perda no recupervel).

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    Sendo, assim, tratou de constituir a Proviso p/Perdas em Investimentos no valor correspondente a R$ 1.200,00 (20% de 6.000,00 = 1.200,00)

    Lanamentos:

    Na aquisio do investimento:

    Participaes Societrias (ANC Investimentos)

    a Bancos 6.000,00

    Na constituio da proviso:

    Despesas com Proviso

    a Proviso Perdas Provveis Realizao Invest. 1.200,00

    Provises Passivas

    So aquelas que figuram no Balano Patrimonial do lado do Passivo, pois representam obrigaes da empresa para com terceiros, cujos valores podem ser conhecidos previamente.

    Essas provises podero ser constitudas mensal ou anualmente em decorrncia de apropriaes de despesas incorridas ou de dedues da conta Resultado do Exerccio.

    Principais provises Passivas:

    Proviso para frias e encargos;

    Proviso para 13 Salrio;

    Proviso para Gratificao dos empregados;

    Proviso para Imposto de Renda;

    Proviso para Contribuio Social

    OBSERVAES:

    1. A proviso para frias e encargos, para 13 Salrio e para Gratificao dos empregados so contas de saldo credor e tm como contrapartida a conta Despesas Operacionais.

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    2. A proviso para Imposto de Renda e Proviso para Contribuio Social so contas de saldo credor e tm como contrapartida a Despesa para Proviso para Imposto de Renda e Despesa para Proviso para Contribuio Social, respectivamente.

    3. A legislao do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o lucro somente admite a dedutibilidade dos encargos relativos s seguintes provises:

    Proviso para crdito de liquidao duvidosa, at o valor obtido pelo critrio das perdas efetivas; Proviso para frias dos empregados; Proviso para 13 salrio dos empregados; Proviso para Gratificao dos empregados.

    01. (ESAF Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2002)

    O reconhecimento de provises ativas ou passivas possuem como contrapartida uma conta de:

    a) ganho

    b) receita

    c) despesa

    d) reserva

    e) fundo

    COMENTRIOS:

    Toda proviso, seja ela do Ativo ou do Passivo, tem saldo credor e tem como contrapartida uma despesa.

    Na constituio de provises, sejam elas ativas ou passivas, teremos sempre um lanamento a crdito em conta de proviso e a contrapartida deste crdito ser um lanamento a dbito em conta de despesa.

    Gabarito: C

    Veja como cai em prova!!!

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    02. (FCC Analista MPE-SE 2009)

    A contrapartida do registro de uma proviso tem como consequncia

    A) Um aumento de despesa B) Um aumento no resultado final C) Uma diminuio de Passivo D) Um aumento de Ativo E) Uma diminuio da Receita

    COMENTRIOS: Como vimos na questo anterior, na constituio de

    provises, sejam elas ativas ou passivas, teremos sempre um lanamento a crdito em conta de proviso e a contrapartida deste crdito ser um lanamento a dbito em conta de despesa. Havendo, portanto, um aumento de despesa.

    Gabarito: A

    03. (FCC Auditor Fiscal Tributrio ISS SP 2007 - adaptada)

    uma conta redutora do ativo no circulante investimentos - a proviso para crditos

    (A) De liquidao duvidosa (B) De ajuste de bens ao valor de mercado. (C) Para perdas provveis na alienao de investimentos. (D) Para frias. (E) Para contingncias.

    COMENTRIOS:

    A conta redutora de investimentos a Proviso para Perdas Provveis na Realizao de Investimentos que visa a cobrir perdas com Investimentos efetuados pela empresa. uma proviso para perdas provveis em participaes permanentes avaliadas pelo custo de aquisio.

    Para ser constituda essa proviso, a perda deve ser comprovada como permanente e que no ser modificada em razo do recebimento, sem custo para a companhia, de aes ou quotas bonificadas.

    Aparece como retificadora da conta Participaes Permanentes, do Ativo No Circulante Investimentos.

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    Gabarito: C

    04. (ESAF Auditor do Tesouro Municipal de Natal 2008)

    A empresa Fastfood Ltda., com contas a receber no valor de R$ 800.000,00 em 31.12.2007, tinha tambm uma conta de Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa com saldo remanescente de R$ 13.000,00. No encerramento do exerccio de 2007, mandou fazer nova proviso baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual s perdas efetivas ocorridas no recebimento de crditos nos ltimos trs exerccios. Feitos os lanamentos cabveis, a empresa levar ao resultado do exerccio uma despesa provisionada de:

    (A) R$ 15.000,00 (B) R$ 13.000,00 (C) R$ 11.000,00 (D) R$ 24.000,00 (E) R$ 28.000,00

    COMENTRIOS:

    Para responder questo, precisamos apenas usar o mtodo complementar para encontrar o valor da despesa provisionada, vejamos:

    Contas a Receber 800.000 x 3,5%

    Proviso necessria 28.000 Proviso remanescente (13.000) Proviso complementar 15.000

    Gabarito: A

    05. (ESAF Gestor Fazendrio MG 2005)

    A empresa ABC Ltda. apura os resultados anualmente em 31 de dezembro. Em 27/03/x5, verifica que um cliente seu, com dvida vencida de R$ 10.000,00, tornou-se inadimplente contumaz e que a dvida j pode ser considerada incobrvel. No tendo sido constituda a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa, em 31/12/x4, podemos dizer que o lanamento adequado no dia 27/3/x5 ser:

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    a) Crditos de Liquidao Duvidosa

    a Clientes R$ 10.000,00

    b) Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa

    a Clientes R$ 10.000,00

    c) Clientes

    a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa R$ 10.000,00

    d) Apurao do Resultado do Exerccio

    a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa R$ 10.000,00

    e) Crditos de Liquidao Duvidosa

    a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa R$ 10.000,00

    COMENTRIOS:

    Conforme o enunciado, a empresa no fez a proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa. Se tivesse feito, a baixa do crdito incobrvel seria feita a dbito na conta Proviso para Crditos para Liquidao Duvidosa e crdito em Duplicatas a Receber (Clientes).

    Veja lanamento: PCLD a Duplicatas a Receber (Clientes) 10.000,00 Como no h proviso, a baixa do crdito incobrvel, se

    d a dbito de despesa (perda com clientes), e crdito em Duplicatas a Receber (Clientes).

    Veja lanamento: Perdas com Clientes (ttulo incobrvel) a Duplicatas a Receber (Clientes) 10.000,00 A nica alternativa que atende o comando a alternativa

    A. O examinador chamou Perdas com Clientes de Crdito

    para Liquidao Duvidosa, que o crdito incobrvel. Gabarito: A

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    06. (ESAF Analista da Receita Federal 2003 adaptada) A empresa Espera Ltda. determinou ao Banco do Brasil que protestasse um ttulo, que estava em seu poder para cobrana, no valor de R$ 25.000,00; no suficiente, envidou esforos judiciais sem sucesso. A venda que originou o ttulo havia acontecido no exerccio anterior. Ao final do exerccio anterior, a empresa possua o seguinte Balano Patrimonial:

    Valores em R$ ATIVO Ativo Circulante 330.000,00 Caixa e Bancos 10.000,00 Duplicatas a Receber 200.000,00 Devedores Duvidosos -30.000,00 Estoques 150.000,00 Ativo No Circulante 180.000,00 Imobilizado 200.000,00 Depreciao acumulada -20.000,00 Ativo Total 510.000,00 PASSIVO Passivo Circulante 220.000,00 Fornecedores 220.000,00 Patrimnio Lquido 290.000,00 Capital Social 200.000,00 Reserva Legal 10.000,00 Lucros Acumulados 80.000,00 Total do Passivo 510.000,00

    Assinale a opo em que o registro contbil da operao, de baixa do ttulo, est correto.

    Valores em R$

    Contas Dbito Crdito

    a) Despesas com Ttulos Incobrveis 25.000,00

    a Duplicatas Descontadas 25.000,00

    b) Devedores Duvidosos 25.000,00

    a Duplicatas a Receber 25.000,00

    c) Despesas com Ttulos Incobrveis 25.000,00

    a Duplicatas a Receber 25.000,00

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    d) Ajuste de Exerccios Anteriores 25.000,00

    a Duplicatas a Receber 25.000,00

    e) Despesas com Ttulos Incobrveis 25.000,00

    a Bancos Conta Movimento 25.000,00

    COMENTRIOS:

    No exerccio anterior a empresa constituiu a proviso de R$ 30.000, como demonstrado no balano. O lanamento foi:

    D Despesas com PCLD C PCLD 30.000 No exerccio seguinte, foi considerado incobrvel um ttulo

    de R$ 25.000. Como a proviso foi suficiente para cobrir essa perda, fazemos o seguinte lanamento:

    D PCLD C Duplicatas a receber 25.000 OBS: O examinador chamou a PCLD de Devedores

    Duvidosos. Gabarito: B

    07. (FCC Analista Contadoria TRF 4 Regio 2007)

    Foi feito o seguinte lanamento na contabilidade da Cia. Ourinhos:

    Despesa com Provises 60.800,00

    a Diversos

    a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa 23.000,00

    a Proviso para Frias 18.000,00

    a Proviso para Ajuste ao Valor de Mercado 3.500,00

    a Proviso para o 13 Salrio 16.300,00

    Em virtude desse lanamento, o Passivo Circulante da companhia foi aumentado, em R$, em

    (A) 60.800,00

    (B) 57.300,00

    (C) 44.500,00

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    (D) 42.800,00

    (E) 34.300,00

    COMENTRIOS:

    Como j visto todas as provises tm saldo credor, tanto as ativas como as passivas. As ativas so redutoras de Ativo e as passivas so aumentativas de Passivo.

    Diante do exposto e, conforme pedido na questo, devemos selecionar apenas as provises passivas, quais sejam:

    Proviso para Frias 18.000,00 Proviso para o 13 Salrio 16.300,00

    Total 34.300,00 Gabarito: E

    08. (FCC Agente Fiscal de Rendas ICMS SP - 2009) Das Demonstraes Contbeis da Cia. Preveno, so extradas as seguintes contas e seus respectivos saldos:

    Saldos Finais em R$ mil

    Contas 2007 2008

    Clientes 12.000 25.000

    Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa 240 500

    Perdas Com Clientes 0 10

    Despesas com Crdito de Liquidao Duvidosa 240 500

    Recuperao de Perdas Com Clientes 12 0

    Considerando os dados fornecidos, correto afirmar que a

    (A) perda com clientes esperada em 2007 foi menor que a perda real.

    (B) empresa utiliza percentuais diferentes para provisionar seus riscos com clientes.

    (C) empresa recebeu de seus clientes, no ltimo exerccio, crditos anteriormente baixados.

    (D) perda com clientes verificada em 2007 foi de R$ 228,00.

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    (E) empresa registrou, no exerccio de 2008, uma perda lquida de R$ 500,00.

    COMENTRIOS:

    Analisando as alternativas:

    A Correta. Em 31/12/2007 foi feita a proviso de R$ 240.000. Observando o dado de 2008 - perda com clientes de R$ 10.000 (conta de despesa) - podemos concluir que, alm dos R$ 240.000 provisionados, a empresa ainda teve mais ttulo (s) incobrvel (is) no valor de R$ 10.000.

    Portanto, no final do exerccio de 2007 foi esperada, para o exerccio de 2008, uma perda de R$ 240.000, mas a perda efetiva foi de R$ 250.000.

    B Incorreta. Tanto em 2007 quanto em 2008 o percentual utilizado pela empresa para fazer a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa foi de 2%.

    Em 2007 temos: 240.000 = 0,02 = 2% 12.000.000 Em 2008 temos: 500.000 = 0,02 = 2% 25.000.000 C Incorreta. Em 2008 (ltimo exerccio), no houve

    esse recebimento. Isso aconteceu em 2007 com a informao Recuperao de Perdas Com Clientes 12.000. Esse dado nos informa que a empresa considerou no exerccio de 2006 R$ 12.000 como ttulo incobrvel, sendo que esse valor foi recebido em 2007.

    D Incorreta. No d para saber esta informao, pois no nos foi informada a proviso do exerccio de 2006.

    E Incorreta. A perda efetiva no exerccio de 2008 foi de R$ 250.000 (R$ 240.000 provisionados em 2007 mais R$ 10.000 Perdas com Clientes em 2008).

    Gabarito: A

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    09. (Aplicada em Simulado) No encerramento do exerccio social de 19X5, o estoque de uma determinada empresa comercial era composto pelas seguintes mercadorias: Mercadoria A, custo de aquisio R$ 4.000,00 e valor de mercado R$ 1.800,00; Mercadoria B, custo de aquisio R$ 4.500,00 e valor de mercado R$ 5.200,00; Mercadoria C, custo de aquisio R$ 3.200,00 e valor de mercado R$ 2.600,00. O valor da proviso para ajuste do estoque ao valor de mercado (valor justo) ser: (A) R$ 2.500,00 (B) R$ 2.800,00 (C) R$ 2.900,00 (D) R$ 3.500,00 (E) R$ 2.200,00

    COMENTRIOS:

    Mercadoria A Mercadoria B Mercadoria C

    Custo de produo/ aquisio

    4.000 4.500 3.200

    (-) Valor de mercado 1.800 5.200 2.600

    (=) Valor a provisionar 2.200 -//- 600

    O valor a provisionar de 2.800 (2.200 + 600).

    No h valor a provisionar para mercadoria B porque o seu valor de mercado e maior do que o custo de aquisio.

    Gabarito: B

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    10. (CESPE Agente da Polcia Federal 2012) As provises retificadoras do ativo so constitudas debitando-se uma conta de despesa e creditando-se uma conta patrimonial que represente a respectiva proviso.

    COMENTRIOS:

    As provises redutoras de Ativo so constitudas mediante lanamento a dbito em conta de despesa e a crdito em conta patrimonial que represente a respectiva proviso.

    Gabarito: Certo

    11. (ESAF Analista da CVM 2010)

    A empresa Modistas da Moda S/A, tem um histrico de perdas no recebimento de seus crditos, por isto, no costuma negligenciar a utilizao de proviso para riscos de crdito.

    Sob esse aspecto, verificamos que do balano patrimonial de 2008 constou a conta Proviso para Devedores Duvidosos com saldo de R$ 2.300,00.

    Ao longo do exerccio de 2009 foram comprovadas perdas efetivas no recebimento de crditos, no valor de R$ 1.100,00, e a estimativa de perdas que se faz para 2010, monta a R$ 1.800,00.

    Com base nessas informaes, pode-se dizer que a empresa dever lanar na Demonstrao do Resultado do Exerccio, relativa a 2009, uma despesa provisionada para risco de crdito no montante de

    a) R$ 3.000,00

    b) R$ 2.900,00

    c) R$ 1.800,00

    d) R$ 1.100,00

    e) R$ 600,00

    COMENTRIOS:

    Para responder questo, precisamos apenas usar o mtodo complementar (muito cobrado pela ESAF) para encontrar o valor da despesa provisionada, vejamos:

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    Proviso constituda em 2008 2.300

    (-) Perdas efetivas em 2009 (1.100)

    (=) Proviso remanescente 1.200

    Proviso a ser constituda em 2010 1.800

    (-) Proviso remanescente (1.200)

    (=) Proviso complementar 600

    Gabarito: E

    12. (ESAF Analista de Comrcio Exterior MDIC 2012)

    A empresa X, em 31 de dezembro, tem crditos normais, sem garantias especficas de recebimento, no montante de R$ 60.000,00. Deve, portanto, constituir uma proviso para risco de crdito.

    No seu livro Razo h um saldo remanescente da Proviso para Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00.

    A nova proviso dever ser contabilizada razo de 3% dos crditos sob risco, o que, neste balano, far a empresa suportar uma despesa no valor de

    a) R$ 770,00.

    b) R$ 800,00.

    c) R$ 1.770,00.

    d) R$ 1.800,00.

    e) R$ 2.800,00.

    COMENTRIOS:

    Mais uma questo da ESAF que para respond-la precisamos apenas usar o mtodo complementar para encontrar o valor da despesa do exerccio, vejamos:

    Contas a Receber 60.000 x 3,0%

    Proviso necessria 1.800 Proviso remanescente (1.000) Proviso complementar 800 Gabarito: B

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    13. (ESAF Analista da Receita Federal do Brasil 2009)

    No encerramento do exerccio social, quando ainda resta saldo no utilizado na conta Proviso para Devedores Duvidosos, necessrio se faz contabilizar a reverso desse saldo. Nesse caso, o lanamento de ajuste a ser feito dever ser:

    a) creditando-se a conta de Proviso e debitando-se a conta de Lucros Acumulados.

    b) creditando-se a conta de Proviso e debitando-se a conta de Resultado do Exerccio.

    c) debitando-se a conta de Proviso e creditando-se a conta de Lucros Acumulados.

    d) debitando-se a conta de Proviso e creditando-se a conta de Resultado do Exerccio.

    e) debitando-se a conta de Proviso e creditando-se a conta de Despesa.

    COMENTRIOS:

    Mtodo da Reverso

    Consiste em reverter o saldo da proviso como receita (outras receitas operacionais) e, em seguida, criar a nova proviso. O lanamento da reverso, conforme pedido na questo :

    PCLD

    a Outras Receitas Operacionais 15.000

    A conta debitada a proviso para crdito de liquidao duvidosa classificada no Ativo (retificadora de ativo) e a conta creditada uma receita operacional (outras receitas operacionais) classificada na Demonstrao do Resultado do Exerccio.

    Gabarito: D

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    Conforme estabelece o inciso IV, do artigo 179, da Lei n 6.404/76, considera-se Ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operaes que transfiram companhia os benefcios, riscos e controle desses bens.

    O Ativo Imobilizado, portanto, composto exclusivamente por contas representativas de bens corpreos (materiais, tangveis).

    Incorporaes de bens no Ativo Imobilizado

    A contabilizao das incorporaes de bens tangveis integrantes do Ativo Imobilizado, decorrentes de aquisies, relativamente simples. Debita-se a conta que representa o bem que est sendo adquirido e credita-se a conta Caixa ou Bancos quando se tratar de compras vista e Contas a Pagar quando se tratar de compras a prazo.

    Exemplos:

    1) Compra de Imveis: Compra de um imvel (prdio comercial), medindo 700 m2, situado rua Conselheiro Moreira, n 589, por R$ 200.000,00, sendo 50% vista mediante depsito bancrio e 50% a prazo.

    Lanamento:

    Imveis

    a Diversos ------------------ 200.000,00

    a Bancos ------------------ 100.000,00

    a Contas a pagar ---------- 100.000,00

    ATIVO IMOBILIZADO

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    DEPRECIAO

    a diminuio parcelada de valor que sofrem os bens de uso da empresa em decorrncia do desgaste pelo uso, da ao da natureza e da obsolescncia.

    Contabilmente, depreciar consiste em considerar despesa ou custo do perodo uma parte do valor gasto na compra dos bens de uso da empresa.

    Os bens materiais, corpreos ou tangveis, classificados no Ativo Imobilizado, so necessrios para que a empresa possa desenvolver suas atividades. So considerados bens de consumo durvel porque no se desgastam no primeiro uso.

    Quando a empresa adquire um bem de durao no superior a um ano, o valor gasto na compra desse bem no estar sujeito depreciao, devendo ser contabilizado diretamente como despesa operacional. Entretanto, cada um dos bens de consumo durveis que sero utilizados pela empresa para desenvolver suas atividades normais por vrios anos sero depreciados ao longo do tempo de vida til estimado para esse bem, permitindo que o valor gasto na sua aquisio seja distribudo proporcionalmente, visando a compor o custo ou o valor das despesas dos exerccios durante os quais esse bem foi utilizado.

    Com o advento da Lei n 11.638/07, cujos efeitos entraram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2008, as regras para fixao do prazo, bem como a taxa de depreciao, que at ento eram as definidas pelo Fisco, mudaram. Agora o que prevalece para determinar as quotas de depreciao o prazo de vida til econmica do bem.

    Segundo estabelece o 3 do artigo 183, da Lei n 6.404/76, as empresas devero efetuar, periodicamente, anlise sobre a recuperao dos valores registrados no imobilizado, no intangvel, a fim de que sejam:

    I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver deciso de interromper os empreendimentos ou atividade a que se destinavam ou quando comprovado que podero produzir resultados suficientes para recuperao desse valor;

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    II revisados e ajustados os critrios utilizados para determinao da vida til econmica estimada e para clculo da depreciao, exausto e amortizao.

    A depreciao, portanto, tem por objeto os bens materiais (tangveis), integrantes do Ativo Imobilizado, como Computadores e Perifricos, Instalaes, Mveis e Utenslios, Veculos, Edifcios e Construes, etc.

    1. Causas que justificam a depreciao:

    a)Desgaste pelo uso Aps entrar em operao, com o decorrer do tempo, os bens adquiridos para uso se desgastam, enfraquecendo a capacidade de produo;

    b)Ao do tempo quando expostos aos rigores das variaes atmosfricas (frio, calor, ventos, chuvas, umidade, maresias);

    c)Obsolescncia em decorrncia da evoluo tecnolgica, os bens tornam-se arcaicos, ultrapassados, antiquados e caem em desuso para dar lugar aos novos inventos.

    2. Tempo de vida til de um bem

    o perodo durante o qual seja possvel a sua utilizao econmica.

    Esse tempo, portanto, determinado em funo do prazo em que o bem apresenta capacidade de produo.

    3. Taxa de depreciao

    Corresponde a um percentual fixado em funo do prazo durante o qual se possa esperar utilizao econmica do bem, na produo de seus rendimentos.

    A Secretaria da Receita Federal publica periodicamente o prazo de vida til, bem como a taxa admissvel para cada espcie de bem, considerando-o em condies normais de uso. Entretanto, assegurado a cada empresa o direito de computar a quota efetivamente adequada s condies de depreciao de seus bens.

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    Os prazos usualmente admitidos e as respectivas taxas de depreciao dos bens de uso mais comuns so:

    CONTAS (BENS) TAXA ANUAL VIDA TIL

    Edifcios e Benfeitorias 4% 25 anos

    Mquinas e Equipamentos 10% 10 anos

    Instalaes 10% 10 anos

    Mveis e Utenslios 10% 10 anos

    Veculos 20% 5 anos

    Computadores e Perifricos 20% 5 anos

    4. Mtodos de Depreciao Existem vrios mtodos de depreciao que podem ser

    aplicados. Vejamos alguns deles: 4.1 Mtodo Linear (mais cobrado pela ESAF) Consiste na aplicao de taxas constantes durante o

    tempo de vida til estimado para o bem. Pela sua praticidade, esse mtodo o mais utilizado no

    Brasil, sendo tambm conhecido como mtodo das quotas constantes.

    Exemplo: Suponha que o tempo de vida til de um determinado bem tenha sido estimado em dez anos. Neste caso, a taxa anual de depreciao ser de 10%.

    Frmula: 100%/tempo de vida til = taxa de depreciao. 100%/10 anos = 10% a.a. 4.2 Mtodo da soma dos algarismos (dgitos) dos

    anos Consiste em estipular taxas variveis durante o tempo de

    vida til do bem, adotando-se o seguinte critrio: somam-se os algarismos que formam o tempo de vida til do bem, obtendo-se, assim, o denominador da frao que determinar a taxa de depreciao de cada ano.

    Exemplo: Suponha que o tempo de vida til de um bem tenha sido estimado em cinco anos. Veja como ser calculada a taxa de depreciao: 1+2+3+4+5 = 15

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    O nmero 15 ser o denominador da frao que determinar a taxa da depreciao de cada ano.

    Poder-se- utilizar taxas crescentes e taxas decrescentes. Suponha que o valor a ser depreciado ser de R$

    5.000,00.

    Taxas Crescentes

    Ano Frao Depreciao Anual

    1 1/15 x R$ 5.000,00 R$ 333,33

    2 2/15 x R$ 5.000,00 R$ 666,33

    3 3/15 x R$ 5.000,00 R$ 1.000,00

    4 4/15 x R$ 5.000,00 R$ 1.333,33

    5 5/15 x R$ 5.000,00 R$ 1.666,67

    Total R$ 5.000,00

    Taxas Decrescentes

    Ano Frao Depreciao Anual

    1 5/15 x R$ 5.000,00 R$ 1.666,67

    2 4/15 x R$ 5.000,00 R$ 1.333,33

    3 3/15 x R$ 5.000,00 R$ 1.000,00

    4 2/15 x R$ 5.000,00 R$ 666,67

    5 1/15 x R$ 5.000,00 R$ 333,33

    Total R$ 5.000,00

    4.3 Mtodo das horas de trabalho

    Consiste em estipular a taxa de depreciao com base no nmero de horas trabalhadas em cada perodo.

    4.4 Mtodo das unidades produzidas

    Consiste em estipular a taxa de depreciao com base no nmero de unidades produzidas pelo bem no perodo.

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    5. Clculos da Depreciao

    A depreciao poder ser calculada por quotas anuais ou mensais.

    A depreciao pode ser, ainda, normal ou acelerada, diferenciando-se to somente pela variao da taxa de depreciao aplicvel, que poder variar conforme o nmero de turnos de utilizao do bem a ser depreciado. Cada turno corresponde a um perodo de oito horas.

    Assim, para a depreciao acelerada ser aplicado um dos seguintes coeficientes sobre a taxa normal utilizvel.

    a) coeficiente 1,0 para o turno de oito horas de operao;

    b) coeficiente 1,5 para dois turnos de oito horas de operao;

    c) coeficiente 2,0 para trs turnos de oito horas de operao.

    Exemplo: Um bem cuja taxa normal de depreciao de 10% a.a., no ano X1, operou durante dois turnos de oito horas cada, diariamente.

    Nesse caso, sua taxa anual de depreciao ser acelerada, obtida multiplicando-se a taxa normal pelo coeficiente 1,5. Assim: 10% a.a. x 1,5 = 15% a.a.

    Outras informaes Importantes:

    1) A depreciao inicia a partir do ms em que o bem foi instalado, isto , a partir do ms que comear a operar. Ainda que o bem comece a operar no ltimo dia do ms, para fins de depreciao, considera-se o ms integral.

    2) Lanamento do registro da depreciao do perodo:

    D Encargos de Depreciao

    C Depreciao acumulada

    3) A contabilizao da baixa do bem do imobilizado feita debitando-se a conta Depreciao Acumulada e creditando-se a conta que registra o respectivo bem.

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    4) A baixa de bens do Imobilizado se d por alienao (venda), doao, troca, perecimento, sinistro e furto.

    5) Terrenos, obras de arte e bens cujo tempo de vida til seja inferior a um ano no so depreciados.

    6) O valor contbil do elemento patrimonial (bem, direito, obrigao ou Patrimnio Lquido) ou resultado (despesa ou receita) o valor pelo qual o respectivo elemento est registrado na Contabilidade.

    O valor contbil das contas sujeitas depreciao, amortizao ou exausto corresponde ao valor original deduzido dos encargos com depreciao, amortizao ou exausto acumuladas.

    7) Valor residual a diferena entre o valor original do bem e o valor a ser depreciado.

    A segregao da parte do valor do custo de um bem para no ser depreciada comum nos casos em que o tempo de vida til do bem seja superior ao prazo em que ele ser utilizado em uma determinada atividade, sendo posteriormente reaproveitado em outra atividade.

    Exemplo: Uma mquina utilizada para colheita de gros da Cia. Campus, adquirida em junho de X8 por R$ 160.000,00, apresenta ndice residual de 40%:

    I) valor residual da mquina

    40% x R$ 160.000,00 = R$ 64.000,00

    II) valor deprecivel da mquina

    R$ 160.000,00 R$ 64.000,00 = R$ 96.000,00

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    Conforme estabelece o inciso VI, artigo, 179, da Lei n 6.404/76, considera-se Intangvel os direitos que tenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio.

    O Intangvel, portanto, composto exclusivamente por contas representativas de bens incorpreos (imateriais), os quais, embora no possuindo existncia corprea, representam direitos de propriedade industrial ou comercial, legalmente conferidos a seus possuidores, como o caso dos direitos autorais, das marcas e patentes, do fundo de comrcio, etc.

    Baixa de bens do Intangvel

    Como regra geral, a baixa dos bens imateriais ocorrer no momento em que a conta que registra sua amortizao acumulada atingir 100% de seu valor total. A baixa ser efetuada contabilmente, debitando-se a conta que registrou a amortizao acumulada e creditando-se a conta representativa do bem, objeto da baixa.

    AMORTIZAO

    a diminuio do valor do capital aplicado na aquisio de direitos, cuja existncia ou exerccio tenha durao limitada, ou de bens cuja utilizao tenha prazo legal ou contratualmente estabelecidos.

    Contabilmente, a amortizao um processo semelhante depreciao, porm aplicado aos bens imateriais.

    Os critrios para determinaes das taxas e respectivas quotas de amortizao esto disciplinados no 3 do artigo 183, da Lei n 6.404/76.

    ATIVO INTANGVEL

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    Exemplo: Calcular e contabilizar a quota de amortizao da conta Marcas e Patentes, pela taxa de 10%, sabendo-se que o saldo da referida conta de R$ 20.000,00.

    Procedimentos:

    a) Aplicao da taxa anual de amortizao sobre o valor do bem:

    10% de R$ 20.000,00 = R$ 2.000,00

    b) Contabilizao:

    Amortizao

    a Amortizao Acumulada R$ 2.000,00

    EXAUSTO

    Exausto corresponde perda de valor, decorrente da explorao, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa explorao. a diminuio de valor dos recursos minerais ou florestais, resultante da sua explorao. A exausto pode ser aplicada em bens do Ativo Imobilizado (Florestas Prprias, por exemplo), como no Intangvel (Concesses obtidas Explorao de recursos minerais);

    Observao: As mquinas e equipamentos de extrao mineral ou

    florestal podem ser depreciados, ao invs de serem exauridos. Somente se sujeitam exausto as minas que

    estejam sob o regime de concesso. As que se encontram sob forma de arrendamento ou licenciamento no podem ser objeto de exausto.

    Recursos Florestais Amortizao - Quando o prazo do contrato for inferior ao

    perodo previsto para o esgotamento dos recursos florestais. Exausto - Quando o esgotamento dos recursos florestais

    estiver previsto para ocorrer antes do fim do contrato. Exausto - Quando o prazo do contrato for

    indeterminado. Depreciao - Os projetos florestais forem destinados

    explorao dos frutos.

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    Exausto - O direito de explorao de minas e jazidas. Amortizao - Despesas com prospeco e cubagem. Clculo da Exausto

    A exausto pode ser calculada de duas maneiras:

    1) em funo do prazo da concesso;

    2) em funo da relao entre a produo do perodo e a possana conhecida da mina.

    Clculo em funo do prazo de concesso.

    Custo da concesso = R$ 1.000.000,00 Prazo da concesso = 10 anos Taxa de exausto anual = 100% / 10 anos = 10% a.a. Despesas com exausto anual = 10% x R$ 1.000.000,00 = R$ 100.000,00.

    Clculo em funo entre produo do perodo e a possana conhecida da mina ( o mais cobrado em provas).

    Custo da concesso = R$ 500.000,00 Possana conhecida = 500.000 m3 Produo anual = 10.000 m3 Taxa de exausto anual = 10.000 / 500.000 = 2% Despesas com exausto anual = 2% x R$ 500.000,00 = R$ 10.000,00

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    14. (FCC Analista Contabilidade TRE AL 2010)

    So caractersticas de um ativo imobilizado ser

    (A) intangvel, ter vida til superior a um ano e ter substncia econmica.

    (B) tangvel, ter substncia econmica e poder gerar benefcios futuros.

    (C) destinado ao negcio da empresa, ter vida til superior a um ano e no gerar benefcios econmicos futuros.

    (D) de propriedade da empresa, no ter substncia econmica e poder gerar benefcios econmicos futuros.

    (E) tangvel, ter vida til inferior a um ano e poder ou no gerar benefcios econmicos futuros.

    COMENTRIOS: Conceito de Imobilizado - Conforme estabelece o inciso

    IV, do artigo 179, da Lei n 6.404/76, considera-se Ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operaes que transfiram companhia os benefcios, riscos e controle desses bens.

    O Ativo Imobilizado, portanto, composto exclusivamente por contas representativas de bens corpreos (materiais, tangveis) e deve gerar benefcios econmicos futuros.

    Gabarito: B

    15. (FCC Tc. Sup. de Anlise Contbil PGE-RJ 2009)

    A depreciao um procedimento contbil que visa a

    (A) apurar o resultado na alienao dos bens depreciveis.

    (B) recompor o valor histrico do imobilizado.

    (C) registrar a baixa dos bens sujeitos depreciao, quando da alienao.

    (D) distribuir o custo dos bens sujeitos depreciao pelo perodo de sua vida til.

    Veja como cai em prova!!!

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    (E) apurar o resultado quando da baixa por obsolescncia do imobilizado.

    COMENTRIOS:

    Depreciao a diminuio parcelada de valor que sofrem os bens de uso da empresa em decorrncia do desgaste pelo uso, da ao da natureza e da obsolescncia.

    Contabilmente, depreciar consiste em considerar despesa ou custo do perodo uma parte do valor gasto na compra dos bens de uso da empresa.

    Gabarito: D

    16. (CESGRANRIOTc. Contabilidade Petrobrs Distribuidora2008)

    A Usina Cana Doce Ltda. adquiriu um trator, com vida til estimada em 4 anos, em 30.09.2007, por R$ 345.600,00.

    Sabendo-se que o trator comeou a ser utilizado no dia seguinte, e que no foi determinado nenhum valor residual, o total da depreciao do trator, lanado no exerccio de 2007, encerrado em 31 de dezembro, em reais, foi

    (A) 17.780,00

    (B) 18.270,00

    (C) 21.460,00

    (D) 21.600,00

    (E) 23.040,00

    COMENTRIOS:

    Valor (custo) de aquisio: R$ 345.600,00

    Comeou a ser utilizado em 01/10/2007, ento at 31/12/2007 temos 3 meses de uso.

    Vida til estimada: 4 anos = 48 meses

    Para o clculo, usaremos uma regra de trs:

    48 meses ----------------- 345.600

    3 meses ------------------ X

    X = 3 x 345.600 48

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    X = 21.600

    Gabarito: D

    17. (FCC Agente Fiscal de Rendas ICMS SP 2009)

    A depreciao de uma mquina, pelo mtodo linear, relativa ao ano de 2008, adquirida por R$ 100.000,00, em 01 de julho de 2008, com vida til estimada de 10 anos, valor residual de 5% do valor histrico, e que trabalha em dois turnos,

    (A) R$ 14.250,00

    (B) R$ 10.000,00

    (C) R$ 7.125,00

    (D) R$ 5.000,00

    (E) R$ 4.750,00

    COMENTRIOS:

    Taxa de depreciao Corresponde a um percentual fixado em funo do prazo durante o qual se possa esperar utilizao econmica do bem, na produo de seus rendimentos.

    A Secretaria da Receita Federal publica periodicamente o prazo de vida til, bem como a taxa admissvel para cada espcie de bem, considerando-o em condies normais de uso. Entretanto, assegurado a cada empresa o direito de computar a quota efetivamente adequada s condies de depreciao de seus bens.

    Os prazos usualmente admitidos e as respectivas taxas de depreciao dos bens de uso mais comuns so:

    CONTAS (BENS) TAXA ANUAL VIDA TIL

    Edificios e Benfeitorias 4% 25 anos

    Mquinas e Equipamentos 10% 10 anos

    Instalaes 10% 10 anos

    Mveis e Utenslios 10% 10 anos

    Veculos 20% 5 anos

    Computadores e Perifricos 20% 5 anos

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    Mtodos de Depreciao Linear consiste na aplicao de taxas constantes durante o tempo de vida til estimado para o bem.

    Pela sua praticidade, esse mtodo o mais utilizado no Brasil, sendo tambm conhecido como mtodo das quotas constantes.

    Clculos da Depreciao A depreciao poder ser calculada por quotas anuais ou mensais.

    A depreciao pode ser, ainda, normal ou acelerada, diferenciando-se to-somente pela variao da taxa de depreciao aplicvel, que poder variar conforme o nmero de turnos de utilizao do bem a ser depreciado. Cada turno corresponde a um perodo de oito horas.

    Assim, para a depreciao acelerada ser aplicado um dos seguintes coeficientes sobre a taxa normal utilizvel.

    a) coeficiente 1,0 para o turno de oito horas de operao;

    b) coeficiente 1,5 para dois turnos de oito horas de operao;

    c) coeficiente 2,0 para trs turnos de oito horas de operao.

    Valor residual a diferena entre o valor original do bem e o valor a ser depreciado.

    Voltando questo:

    Valor de aquisio: R$ 100.000,00

    Valor deprecivel: R$ 95.000,00 (100.000 5% valor residual).

    Tempo total para ser depreciado: 10 anos (120 meses).

    Depreciao de 2008: 6 meses.

    Fazendo o clculo por regra de trs:

    95.000 --------------- 120 meses

    X --------------- 6 meses

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    X = 95.000 x 6 120 X = 4.750

    Como a empresa trabalha dois turnos, multiplica 4.750 pelo coeficiente 1,5 = R$ 7.125,00

    Gabarito: C

    18. (ESAF Analista de Comrcio Exterior MDIC 2012)

    Uma mquina adquirida em abril de 2010 por R$ 3.000,00, instalada para funcionar em julho do mesmo ano, com expectativa de vida til estimada em 10 anos, tem depreciao contabilizada, considerando-se um valor residual de 20%.

    No balano referente ao exerccio social de 2011, dever ser computado como encargo de depreciao, em relao a essa mquina, o valor de

    a) R$ 450,00.

    b) R$ 360,00.

    c) R$ 300,00.

    d) R$ 240,00.

    e) R$ 180,00.

    COMENTRIOS:

    Valor (custo) de aquisio: R$ 3.000,00

    Valor residual = R$ 600 (20% de 3.000)

    Valor deprecivel = R$ 2.400 (3.000 600)

    Vida til estimada: 10 anos = 120 meses

    Para o clculo, usaremos uma regra de trs:

    120 meses ----------------- 2.400

    12 meses ------------------ X

    X = 12 x 2.400 120

    X = 240

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    A questo pediu o encargo de depreciao de 2011, ou seja, a depreciao do exerccio social de 2011 (perodo de 01/01/2011 a 31/12/2011).

    Cuidado!! Se o examinador tivesse pedido o encargo de depreciao de 2010, usaramos para o clculo o perodo de 6 meses, pois o bem comeou a operar em julho de 2010.

    Gabarito: D

    19. (ESAF Fiscal de Rendas do Municpio do Rio de Janeiro 2010)

    A Cia. Das Mquinas S/A fez seus balanos considerando um exerccio coincidente com o ano calendrio. Nesse exerccio, a conta Mquinas e equipamentos apresenta um saldo devedor de R$ 900.000,000.

    A empresa utiliza contabilizao mensal dos encargos de depreciao e uma taxa anual de 12%, para clculos.

    Entre os equipamentos, R$ 400.000,00 foram comprados em abril de 2008; R$ 300.000 foram comprados em abril de 2009 e o restante, em agosto de 2009.

    Ao encerrar ao ano de 2009, na demonstrao do resultado do exerccio, os encargos de depreciao com esses equipamentos tero o valor de

    a) R$ 44.000,00 b) R$ 121.000,00 c) R$ 108.000,00 d) R$ 85.000,00 e) R$ 60.000,00

    COMENTRIOS: Bens comprados em abril de 2008 400.000 Bens comprados em abril de 2009 300.000 Bens comprados em agosto de 2009 200.000 Total 900.000 Taxa de depreciao: 12% a.a ou 1% a.m O que a questo pede?? Encargos de depreciao do ano

    de 2009.

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    Basta, portanto, aplicarmos o percentual especfico sobre o valor de cada bem. Vamos l!!

    Depreciao dos Bens adquiridos em abril de 2008: 400.000 x 12% = 48.000 Por que 12%? Porque esses bens esto em uso desde

    2008, portanto o exerccio de 2009 ser integralmente utilizado para depreciao;

    Depreciao dos Bens adquiridos em abril de 2009: 300.000 x 9% = 27.000 Por que 9%? Porque esses bens foram utilizados a partir

    de abril de 2009 (9 meses); Depreciao dos Bens adquiridos em agosto 2009: 200.000 x 5% = 10.000 Por que 5%? Porque esses bens foram utilizados a partir

    de agosto de 2009 (5 meses). Total dos encargos da depreciao: 48.000 +

    27.000 + 10.000 = 85.000

    Gabarito: D

    20. (ESAF Auditor do Tesouro Municipal de Natal 2008)

    A empresa Meireles S.A., em 31.12.2007, tem um saldo de R$ 900.000,00 na conta Mquinas e Equipamentos, que j tem Depreciao acumulada no valor de R$ 240.000,00. A composio das mquinas o seguinte:

    Adquiridas at 2006: R$ 770.000,00

    Adquiridas em abril de 2007: R$ 130.000,00

    Adquiridas em abril de 2008: R$ 80.000,00

    Adquiridas em julho de 2008: R$ 60.000,00

    A vida til das mquinas estimada em 5 anos e a depreciao contabilizada anualmente.

    Com base nessas informaes, pode-se dizer que a despesa de depreciao, no exerccio social de 2008, ser de:

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    a) R$ 18.000,00 b) R$ 150.000,00 c) R$ 191.500,00 d) R$ 198.000,00 e) R$ 208.000,00

    COMENTRIOS: Bens adquiridos em 2006 770.000 Bens adquiridos em abril de 2007 130.000 Bens adquiridos em abril de 2008 80.000 Bens adquiridos em julho de 2008 60.000 Total 1.040.000 Taxa de depreciao: 20% a.a, porque a vida til de 5

    anos. O que a questo pede?? Encargos (despesa) de

    depreciao do ano de 2008. Vamos aos clculos: Depreciao dos Bens adquiridos em 2006: 770.000 x 20% = 154.000 Por que 20%? Porque esses bens esto em uso desde

    2006, portanto o exerccio de 2008 ser integralmente utilizado para depreciao;

    Depreciao dos Bens adquiridos em abril de 2007: 130.000 x 20% = 26.000 Por que 20%? Porque esses bens esto em uso desde

    2007, portanto o exerccio de 2008 ser integralmente utilizado para depreciao;

    Depreciao dos Bens adquiridos em abril de 2008: 80.000 x 15% = 12.000 Por que 15%? Porque esses bens foram utilizados a partir

    de abril de 2008 (9 meses = 3/4 do ano). Depreciao dos Bens adquiridos em julho de 2008: 60.000 x 10% = 6.000 Por que 10%? Porque esses bens foram utilizados a partir

    de julho de 2008 (6 meses = 1/2 do ano). Total dos encargos da depreciao: 154.000 +

    26.000 + 12.000 + 6.000 = 198.000

    Gabarito: D

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    21. (ESAF Analista Tributrio da Receita Federal do Brasil 2009)

    A empresa Hlices Elseas S.A. j tinha mquinas e equipamentos adquiridos em outubro de 2007, por R$ 8.000,00, quando comprou outra, em primeiro de abril de 2008, por R$ 6.000,00 e mais outra, por R$ 10.000,00, em primeiro de outubro de 2008.

    Sabendo-se que a vida til desses equipamentos de apenas dez anos, podemos dizer que, no balano de 31 de dezembro de 2008, o seu valor contbil ser de

    a) R$ 22.500,00.

    b) R$ 22.300,00.

    c) R$ 21.600,00.

    d) R$ 21.400,00.

    e) R$ 20.800,00.

    COMENTRIOS: Bens comprados em outubro de 2007 8.000 Bens comprados em abril de 2008 6.000 Bens comprados em outubro de 2008 10.000 Total 24.000

    Vida til dos bens: 10 anos (120 meses) O que a questo pede?? Valor contbil dos bens em

    31/12/2008. Valor contbil do bem = custo do bem depreciao

    acumulada.

    Para sabermos o valor da depreciao acumulada, devemos utilizar todo o perodo em que o bem est em uso.

    - Bens comprados em outubro de 2007 = 15 meses - Bens comprados em abril de 2008 = 9 meses - Bens comprados em outubro de 2008 = 3 meses Clculo da depreciao acumulada: 8.000 x 15/120 = 1.000 6.000 x 9/120 = 450 10.000 x 3/120 = 250

    24.000 1.700

    Valor contbil = 24.000 1.700 = 22.300 Gabarito: B

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    22. (ESAF Auditor Fiscal da Receita Estadual CE 2007)

    A avaliao de bens do ativo imobilizado ocorre pelo custo de aquisio, deduzido de depreciao para reconhecer o desgaste fsico ou a obsolescncia.

    Se um bem, de vida til estimada em 5 anos, adquirido em outubro de 2005 por R$ 80.000,00, for depreciado com 10% de valor residual, no exerccio de 2006 sofrer depreciao no valor de

    a) R$ 7.200,00.

    b) R$ 8.000,00.

    c) R$ 14.400,00.

    d) R$ 16.000,00.

    e) R$ 18.000,00.

    COMENTRIOS:

    Valor (custo) de aquisio: R$ 80.000,00

    Valor residual = R$ 8.000 (10% de 80.000)

    Valor deprecivel = R$ 72.000 (80.000 8.000)

    Vida til estimada: 5 anos = 60 meses

    Para o clculo, usaremos uma regra de trs:

    60 meses ----------------- 72.000

    12 meses ------------------ X

    X = 12 x 72.000 60

    X = 14.400

    Gabarito: C

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    23. (ESAF Auditor Fiscal do Tesouro Estadual RN 2005)

    A empresa Comrcio de Linhas S/A promove, anualmente, a depreciao de seus ativos imobilizados segundo o costume mercantil, mas sempre observando o valor residual de 15%.

    Este ativo est composto das contas

    Mveis e Utenslios R$ 120.000,00

    Veculos R$ 200.000,00

    Edificaes R$ 300.000,00

    Terrenos R$ 100.000,00

    Todos esses elementos foram adquiridos h mais de dois anos, mas esto contabilizados pelo valor original de aquisio, apenas com as atualizaes decorrentes dos princpios de contabilidade.

    No exerccio de 2003, para fins de encerramento do exerccio social, a empresa dever contabilizar encargos de depreciao no valor de

    a) R$ 68.000,00.

    b) R$ 64.000,00.

    c) R$ 57.800,00.

    d) R$ 54.400,00.

    e) R$ 46.800,00.

    COMENTRIOS:

    Esta questo exigia do candidato o conhecimento das taxas de depreciao, conforme tabela abaixo:

    CONTAS (BENS) TAXA ANUAL VIDA TIL

    Edifcios e Benfeitorias 4% 25 anos

    Mquinas e Equipamentos 10% 10 anos

    Instalaes 10% 10 anos

    Mveis e Utenslios 10% 10 anos

    Veculos 20% 5 anos

    Computadores e Perifricos 20% 5 anos

    Vamos aos clculos:

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    Mveis e utenslios 120.000 Valor residual (15%) (18.000) Valor deprecivel 102.000 Encargos de Depreciao (10%) 10.200 Veculos 200.000 Valor residual (15%) (30.000) Valor deprecivel 170.000 Encargos de Depreciao (20%) 34.000 Edificaes 300.000 Valor residual (15%) (45.000) Valor deprecivel 255.000 Encargos de Depreciao (4%) 10.200 Total dos encargos de depreciao: (10.200 + 34.000 + 10.200) = 54.400 Observao: Terrenos no so depreciados.

    Gabarito: D

    24. (ESAF Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2002.1)

    A Cia. Poos & Minas possui uma mquina prpria de sua atividade operacional, adquirida por R$ 30.000,00, com vida til estimada em 5 anos e depreciao baseada na soma dos dgitos dos anos em quotas crescentes.

    A mesma empresa possui tambm uma mina custeada em R$ 60.000,00, com capacidade estimada de 200 mil kg, exaurida com base no ritmo de explorao anual de 25 mil kg de minrio.

    O usufruto dos dois itens citados teve incio na mesma data. Analisando tais informaes, podemos concluir que, ao fim do terceiro ano, essa empresa ter no Balano Patrimonial, em relao aos bens referidos, o valor contbil de:

    a) R$ 34.500,00

    b) R$ 40.500,00

    c) R$ 49.500,00

    d) R$ 55.500,00

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    e) R$ 57.500,00

    COMENTRIOS:

    A questo pede o valor contbil dos bens no balano patrimonial ao final do terceiro ano de uso ou explorao dos bens.

    Vamos aos clculos:

    Mquina:

    Pelo mtodo das quotas constantes, consideramos a soma dos dgitos dos anos que correspondem ao tempo de vida til do bem. Como a mquina tem vida til de 5 anos, a soma dos dgitos igual a 15: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 (vide tabela do item 4.2 desta aula).

    Por esse mtodo, a depreciao apropriada de acordo com as fraes correspondentes a cada um dos 5 anos de vida til do bem:

    1/15 + 2/15 + 3/15 + 4/15 + 5/15 = 15/15

    Considerando esse critrio, teremos um encargo de depreciao no primeiro ano 1/15 de 30.000; no segundo, 2/15 de 30.000; e assim sucessivamente, at o ltimo ano, quando a depreciao ser de 5/15 de 30.000.

    Neste caso especfico, a soma das fraes dos trs primeiros anos igual a 6/15 (1/15 + 2/15 + 3/15). Portanto, a depreciao acumulada da mquina ao fim do terceiro ano era de 6/15 de 30.000, ou seja, 12.000.

    Custo de aquisio da mquina 30.000

    (-) Depreciao acumulada (12.000)

    (=) Valor contbil do bem 18.000

    Mina:

    A exausto de 25.000kg por ano. Ao fim de 3 anos, temos:

    25.000 kg x 3 anos = 75.000 kg

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    Fazendo uma regra de trs:

    R$ 60.0000------------------- 200.000 kg

    X ------------------- 75.000 kg

    X = 60.000 x 75.000 = 22.500 200.000

    Custo da mina 60.000

    (-) Exausto acumulada (22.500)

    (=) Valor contbil da mina 37.500

    Valor contbil dos bens = 37.500 + 18.000 = 55.500

    Gabarito: D

    25. (ESAF Analista Tributrio da Receita Federal do Brasil 2006)

    No encerramento do exerccio de 2005, a empresa Javeli S/A promoveu a contabilizao do encargo de depreciao do exerccio, no valor de R$ 12.000,00; da proviso para crditos de liquidao duvidosa, no valor de R$ 7.000,00, e da proviso para Imposto de Renda e Contribuio Social sobre o Lucro, no valor de R$ 17.000,00.

    Com o registro contbil dos fatos indicados a empresa teve seu ativo patrimonial diminudo em

    a) R$ 12.000,00.

    b) R$ 19.000,00.

    c) R$ 24.000,00.

    d) R$ 29.000,00.

    e) R$ 36.000,00.

    COMENTRIOS:

    Lanamentos dos fatos contbeis: Encargo de depreciao: D Despesa com Depreciao C Depreciao Acumulada 12.000

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    Proviso para crdito de liquidao duvidosa: D Despesa com Proviso C PCLD 7.000 Proviso para Imposto de Renda: D Despesa com Imposto de Renda e CSLL C Proviso para IR e CSLL 17.000 Os dois primeiros lanamentos (registros) reduziram o

    ativo em R$ 19.000,00. O terceiro lanamento (registro) aumentou o Passivo em

    R$ 17.000 Gabarito: B

    26. (CESPE Defensoria Pblica Unio Contador 2010adaptada)

    Determinada empresa adquiriu um caminho em 1 de maio de 2006 por R$ 120.000,00, colocando-o imediatamente em uso. O valor residual deste imobilizado foi estimado em R$ 19.200,00 e sua vida til em 4 anos. O setor de contabilidade reconhece mensalmente as despesas, incluindo a de depreciao.

    Com base nessa situao hipottica, correto afirmar que a despesa de depreciao somou

    A) em 2006, R$ 25.200,00.

    B) em 2007, R$ 29.200,00.

    C) em 2008, R$ 67.200,00

    D) em 2009, R$ 25.200,00.

    E) em 2010, R$ 12.400,00.

    COMENTRIOS:

    Valor (custo) de aquisio: R$ 120.000,00

    Valor residual = R$ 19.200

    Valor deprecivel = R$ 100.800 (120.000 19.200)

    Vida til estimada: 4 anos = 48 meses

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    Em 2006 o bem ter 8 meses de uso (maio a dezembro), os exerccios de 2007, 2008 e 2009 tero 12 meses (janeiro a dezembro) e 2010, ter 4 meses (janeiro a abril).

    Vamos aos clculos:

    Para 2006: 100.800/48 x 8 = 16.800

    Para os exerccios de 2007, 2008 e 2009 (anos): 100.800/48 x 12 = 25.200.

    Para o exerccio de 2010: 100.800/48 x 4 = 8.400

    A alternativa que atende ao comando da questo a D, em 2009 a despesa com depreciao foi de 25.200.

    Se o examinador tivesse perguntado o valor contbil e a depreciao acumulada em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2100, teramos:

    Ano Custo de Aquisio

    Depreciao do Perodo

    Depreciao Acumulada

    Valor Contbil

    2006 120.000 16.800 16.800 103.200

    2007 120.000 25.200 42.000 78.000

    2008 120.000 25.200 67.200 52.800

    2009 120.000 25.200 92.400 27.600

    2010 120.000 8.400 100.800 19.200

    Se restar alguma dvida quanto ao clculo e interpretao dos dados do quadro, s perguntar no frum de dvidas ou por e-mail.

    Gabarito: D

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    So operaes realizadas pelas empresas com o objetivo de gerar recursos financeiros (dinheiro). So exemplos de operaes financeiras:

    Aplicaes financeiras; Emprstimos bancrios; Operaes com duplicatas; Variaes monetrias.

    1 - APLICAES FINANCEIRAS

    1.1 - Aplicaes com rendimentos prefixados: nesse tipo de aplicao, a empresa fica sabendo, no dia da aplicao, o valor dos rendimentos que correspondem correo monetria prefixada mais juros. H autores que efetuam o lanamento de aplicaes com rendimentos prefixados de forma semelhante ao lanamento de aplicaes com rendimentos ps-fixados, no fazendo distino entre os dois.

    Lanamentos:

    I. No dia da aplicao Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) a Diversos a Bancos (Ativo Circulante) a Juros Ativos a Transcorrer (Ativo Circulante-Retificadora)

    II. Reconhecimento das receitas de juros (mensal) Juros Ativos a Transcorrer (Ativo Circulante-Retificadora) a Juros Ativos (Receita)

    ESCRITURAO DE OPERAES FINANCEIRAS

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    III. No resgate (todos os juros j foram realizados) Bancos (Ativo Circulante) a Aplicaes Financeiras

    1.2 - Aplicaes com rendimentos ps-fixados: nesse tipo de aplicao, a empresa somente fica sabendo quanto ganhou com a operao no dia do resgate.

    Lanamentos:

    I. No dia da aplicao: Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) a Bancos (Ativo circulante)

    II. No resgate: Bancos (Ativo Circulante) a Diversos a Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) a Juros Ativos (Receita) Exemplos: 1. Suponha que uma empresa efetue uma aplicao

    financeira no valor de R$ 100.000,00, para resgate em 60 dias, com juros prefixados de R$ 2.000,00. Desconsidere a tributao envolvida.

    Lanamentos: I. No dia da aplicao: Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) a Diversos a Bancos (Ativo Circulante) 100.000 a Juros Ativos a Transcorrer (AC-Ret.) 2.000 102.000

    II. Reconhecimento das receitas de juros (mensal): Juros Ativos a Transcorrer (AC Retificadora) a juros ativos (Receita) 1.000 Nota: Nos dois meses (60 dias) teremos 2.000

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    III. No resgate (todos os juros j foram realizados): Bancos a Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) 102.000

    Ou efetuando o lanamento da mesma maneira que as aplicaes com juros ps-fixados:

    Lanamentos:

    No dia da aplicao Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) a Bancos (AC) 100.000

    No resgate: Bancos (Ativo Circulante) a Diversos a Aplicaes Financeiras (AC) 100.000 a Juros Ativos (receita) 2.000 102.000 2. Suponha que uma empresa efetue uma aplicao

    financeira no valor de R$ 100.00,00, para resgate em 60 dias, com juros ps-fixados. No resgate, verificou-se que o saldo da aplicao era de R$ 102.000,00. Desconsidere a tributao envolvida.

    Lanamentos: I. No dia da aplicao:

    Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante)

    a Bancos (AC) 100.000

    II. No resgate: Bancos (Ativo Circulante) a Diversos a Aplicaes Financeiras (AC) 100.000 a Juros Ativos (Receita) 2.000 102.000

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    2 - EMPRSTIMOS BANCRIOS

    2.1 - Emprstimos com correo monetria prefixada

    Nesse tipo de emprstimo, a empresa sabe, no dia da transao, qual o montante dos encargos referentes correo monetria incidente sobre a operao.

    Lanamentos:

    I. No dia do emprstimo Diversos a Emprstimos a Pagar (PC ou PNC Bancos (AC)

    Juros Passivos a Transcorrer (PC Retificadora)

    II. Reconhecimento das despesas de juros (mensal): Juros Passivos (Despesa) a juros Passivos a Transcorrer ( PC Retificadora )

    III. No pagamento do emprstimo (todos os juros j foram reconhecidos): Emprstimos a pagar (Passivo Circulante) a Bancos (Ativo Circulante)

    2.2 - Emprstimos com correo monetria ps-fixada

    Nesse tipo de emprstimo, a empresa somente sabe qual o montante dos encargos referentes correo monetria incidente sobre a operao no dia do vencimento.

    Lanamentos:

    I. No dia do emprstimo: Bancos (AC) a emprstimos a Pagar (PC ou PNC)

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    II. No pagamento do emprstimo: Diversos a Bancos (Ativo Circulante) Emprstimos a Pagar (Passivo Circulante) Juros Passivos (Despesa)

    Exemplos:

    1. Suponha que uma empresa efetue um emprstimo bancrio no valor de R$ 100.000,00, para pagamento em 60 dias, com juros prefixados de R$ 2.000,00.

    Lanamentos: I. No dia do emprstimo Diversos a Emprstimos a Pagar (PC) Bancos (AC) 100.000 Juros Passivos a transcorrer (PCRet.) 2.000 102.000

    II. Reconhecimento das despesas de juros (mensal):

    Juros Passivos (Despesas)

    a Juros Passivos a Transcorrer (PCRet.) 1.000

    Nota: Nos dois meses (60 dias) teremos 2.000

    III. No pagamento do emprstimo (todos os juros j foram reconhecidos) Emprstimos a Pagar (PC) a Bancos (AC) 102.000 2. Suponha que uma empresa efetue um emprstimo

    bancrio no valor de R$ 100.000,00, para resgate em 60 dias, com juros ps-fixados. No pagamento, verificou-se que o saldo do emprstimo a pagar era de R$ 102.000,00

    Lanamentos: I. No dia do pagamento Bancos (Ativo Circulante) a Emprstimos a Pagar (PC) 100.000

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    II. No pagamento do emprstimo: Diversos a Bancos (AC) Emprstimos a Pagar (PC) 100.000 Juros Passivos (Despesas) 2.000 102.000

    3 - DUPLICATAS DESCONTADAS (informaes extradas do Manual de Contabilidade Societria, 1 edio, 2010 FIPECAFI).

    O desconto de duplicatas passou a ser registrado na conta financiamentos bancrios a curto prazo.

    Nas operaes de desconto de duplicatas ou outros ttulos, registrados nessa conta o valor dos ttulos j inclui todos os encargos financeiros (juros, correo monetria prefixada e outras despesas). Assim, a diferena entre o valor efetivamente recebido pela empresa e o valor do ttulo negociado representa os encargos financeiros que deveriam ser deduzidos do valor do passivo e somente acrescidos medida que o tempo fosse transcorrendo.

    O que deve ser feito registrar o valor total como passivo, as despesas de juros e bancrias e a correo monetria prefixada na conta Encargos Financeiros a Transcorrer, que ser amortizada durante o perodo do emprstimo. Essa conta devedora tem sua melhor classificao como reduo do passivo, motivo pelo qual assim consta do Modelo de Plano de Contas.

    Antes, quando a empresa efetuava o desconto de duplicatas em um estabelecimento bancrio, as Duplicatas Descontadas eram registradas como redutoras do ativo Duplicatas a Receber, sendo que as despesas bancrias e os juros a transcorrer entre a data do desconto e a data do vencimento das duplicatas que o banco descontava no ato da transao eram consideradas despesas antecipadas, classificados no Ativo Circulante.

    Agora, a empresa dever registrar as Duplicatas Descontadas no Passivo Circulante, sendo que os encargos financeiros cobrados pelo banco sero classificados no Balano como reduo do passivo correspondente, na conta Encargos Financeiros a Transcorrer.

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    Exemplo:

    Suponha a existncia de duplicatas a receber no valor de R$ 1.000, descontadas em banco, pelas quais foram recebidos R$ 900, sendo retidos R$ 30 a ttulo de despesas bancrias e R$ 70 a ttulo de juros. Os registros contbeis seriam os seguintes:

    a) quando do desconto das duplicatas e recebimento do valor lquido:

    D Bancos 900

    D Encargos financeiros a transcorrer (redutora do passivo) 100

    C Duplicatas Descontadas 1.000

    b) quando da apropriao dos encargos e da liquidao do ttulo pelo cliente:

    I) Apropriao dos encargos financeiros

    D Despesas financeiras 100

    C Encargos financeiros a transcorrer 100

    II) Pagamento pelo cliente

    D Duplicatas Descontadas 1.000

    C Clientes 1.000

    Importante: Caso o cliente no efetue o pagamento, o banco cobrar a dvida da prpria empresa que ento registrar a baixa do passivo, Duplicatas Descontadas, contra a conta de Bancos.

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    4 - VARIAES MONETRIAS

    As variaes monetrias correspondem a ajustes realizados nos valores de direitos e/ou obrigaes decorrentes da atualizao de seus valores, seja em funo de ndices ou coeficientes (variao monetria), ou seja, em funo de taxas de cmbio (variao cambial). Essas variaes (monetrias ou cambiais) sero classificadas como receitas ou despesas financeiras.

    As variaes cambiais decorrem da atualizao de direitos e/ou obrigaes (realizados em moeda estrangeira), em virtude de uma variao na taxa de cmbio, ou seja, devido a valorizao ou desvalorizao da moeda nacional em relao moeda estrangeira.

    Considerando uma economia em que a moeda nacional se desvaloriza em relao moeda estrangeira, a atualizao de uma obrigao contrada em moeda estrangeira gera uma variao cambial passiva. Neste caso, a atualizao de um direito gera uma variao cambial ativa.

    Por outro lado, se a moeda nacional valorizar e relao moeda estrangeira, a atualizao de uma obrigao contrada em moeda estrangeira gera uma variao cambial ativa. Nesse caso, a atualizao de um direito gera uma variao cambial passiva.

    Exemplo:

    Considere que uma empresa contraia um emprstimo no valor de US$ 500.000,00 (quinhentos mil dlares), em 1/01/2009 (taxa de Cmbio: US$ 1,00 = R$ 0,90). Quando do encerramento do primeiro ms aps a obteno do emprstimo, a taxa de cmbio era de US$ 1,00 = R$ 1,00. Efetue os lanamentos contbeis:

    1. Na aquisio do emprstimo: Valor do Emprstimo (em Real) = 500.000 X 0,90 = 450.000. Lanamento: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) a Emprstimos em Moeda Estrangeira (PC) 450.000

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    2. No encerramento do ms: Valor do Emprstimo (em Real) = 500.000 X 1,00 = 500.000. Variao Cambial Passiva = 500.000 450.00 = 50.000. Lanamento: Variao Cambial Passiva (Despesa) a Emprstimo em Moeda Estrangeira (PC) 50.000. 3. Suponha, agora, que ao final do segundo ms aps a obteno do emprstimo, a taxa de cmbio era US$ 1,00 = R$ 0,95. Valor do Emprstimo (em real) = 500.000 X 0,95 = 475.000. Variao Cambial Ativa = 500.000 475.000 = 25.000. Lanamento: Emprstimo em Moeda Estrangeira (Passivo Circulante) a Variao Cambial Ativa (Receita) 25.000.

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    27. (ESAF Analista Receita Federal 2003 - Adaptada)

    A empresa Comercial Luna Ltda. descontou uma duplicata em 01.07.03, pelo prazo de 60 dias no valor de R$ 1.000,00. O Banco deduziu do valor a importncia de R$ 50,00, referentes a Despesas Financeiras. Assinale a opo em que o registro contbil da operao est correto.

    a) Diversos

    a Duplicatas a Receber R$ 1.000,00

    Bancos Conta Movimento R$ 950,00

    Despesas Financeiras R$ 50,00

    b) Diversos

    a Duplicatas Descontadas R$ 1.000,00

    Bancos Conta Movimento R$ 950,00

    Encargos financeiros a transcorrer R$ 50,00

    c) Duplicatas a Receber R$ 1.000,00

    a Diversos

    a Bancos Conta Movimento R$ 950,00

    a Encargos financeiros a transcorrer R$ 50,00

    Veja como cai em prova!!!

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    d) Duplicatas Descontadas R$ 1.000,00

    a Diversos

    a Bancos Conta Movimento R$ 950,00

    a Despesas Financeiras R$ 50,00

    e) Bancos Conta Movimento R$ 1.000,00

    a Diversos

    a Duplicatas a Receber R$ 950,00

    a Despesas Financeiras R$ 50,00

    COMENTRIOS:

    O desconto de duplicatas passou a ser registrado na conta financiamentos bancrios a curto prazo.

    Nas operaes de desconto de duplicatas ou outros ttulos, registrados nessa conta o valor dos ttulos j inclui todos os encargos financeiros (juros, correo monetria prefixada e outras despesas). Assim, a diferena entre o valor efetivamente recebido pela empresa e o valor do ttulo negociado representa os encargos financeiros que deveriam ser deduzidos do valor do passivo e somente acrescidos medida que o tempo fosse transcorrendo.

    O que deve ser feito registrar o valor total como passivo, as despesas de juros e bancrias e a correo monetria prefixada na conta Encargos Financeiros a Transcorrer, que ser amortizada durante o perodo do emprstimo. Essa conta devedora tem sua melhor classificao como reduo do passivo, motivo pelo qual assim consta do Modelo de Plano de Contas.

    Antes, quando a empresa efetuava o desconto de duplicatas em um estabelecimento bancrio, as Duplicatas Descontadas eram registradas como redutoras do ativo Duplicatas a Receber, sendo que as despesas bancrias e os juros a transcorrer entre a data do desconto e a data do vencimento das duplicatas que o banco descontava no ato da transao eram consideradas despesas antecipadas, classificados no Ativo Circulante.

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    Agora, a empresa dever registrar as Duplicatas Descontadas no Passivo Circulante, sendo que os encargos financeiros cobrados pelo banco sero classificados no Balano como reduo do passivo correspondente, na conta Encargos Financeiros a Transcorrer.

    Caso o cliente no efetue o pagamento, o banco cobrar a dvida da prpria empresa que ento registrar a baixa do passivo, Duplicatas Descontadas, contra a conta de Bancos.

    Conforme visto anteriormente, no desconto das duplicatas temos o seguinte lanamento:

    Diversos

    a Duplicatas Descontadas R$ 1.000,00

    Bancos Conta Movimento R$ 950,00

    Encargos financeiros a transcorrer R$ 50,00

    Gabarito: B

    28. (ESAF Analista da Receita Federal 2006)

    Ao contratar um emprstimo no Banco do Brasil para reforo de capital de giro, a empresa Tomadora S/A contabilizou:

    dbito de Bancos c/Movimento R$ 500,00

    crdito de Emprstimos Bancrios R$ 500,00

    crdito de Juros Passivos R$ 40,00

    Para corrigir esse lanamento em um nico registro a empresa dever contabilizar:

    a) dbito de Bancos c/Movimento R$ 500,00

    dbito de Juros Passivos R$ 40,00

    crdito de Emprstimos Bancrios R$ 540,00

    b) dbito de Bancos c/Movimento R$ 460,00

    dbito de Juros Passivos R$ 40,00

    crdito de Emprstimos Bancrios R$ 500,00

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    c) dbito de Bancos c/Movimento R$ 540,00

    crdito de Emprstimos Bancrios R$ 500,00

    crdito de Juros Ativos R$ 40,00

    d) dbito de Juros Passivos R$ 40,00

    crdito de Bancos c/Movimento R$ 40,00

    e) dbito de Juros Passivos R$ 80,00

    crdito de Bancos c/Movimento R$ 40,00

    COMENTRIOS:

    O Lanamento correto deveria ter sido:

    D Bancos Conta Movimento R$ 460

    D Juros Passivos a Transcorrer R$ 40

    C Emprstimos Bancrios R$ 500

    Diferenas:

    A conta Bancos deveria ter um saldo de R$ 460, mas est com R$ 500, portanto, deve fazer um lanamento a crdito nesta conta no valor de R$ 40.

    A Conta Juros Passivos a Transcorrer deveria ter sido debitada em R$ 40, mas foi creditada nesse valor, portanto, devemos debit-la em R$ 80.

    O Saldo da conta Emprstimos est OK.

    Lanamento para correo:

    D Juros Passivos a Transcorrer R$ 80

    C - Bancos Conta Movimento