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estrutura da materia
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25/09/2013
1
Cri
stin
a P
. G
on
a
lves
- D
CE
T/U
ES
B
Teoria de Planck da
Radiao de Cavidade
Ao tentar solucionar a
discrepncia entre a teoria e a
experincia, Planck foi levado a
considerar a hiptese de uma
violao da lei da equipartio
da energia sobre o qual a teoria
se baseava. Lembrando ... Pg. 1 de 30
A previso da teoria clssica de Rayleigh-Jeans (linha
pontilhada) em comparao com os resultados
experimentais (linha slida) para a densidade de energia de
uma cavidade de corpo negro.
Esse comportamento
conhecido como a
catstrofe do
ultravioleta. Esse nome
se deve tanto a
discordncia para altas
frequncias, na regio do ultravioleta, como tambm para altas frequncias a
intensidade de radiao seria muito grande.
Pg. 2 de 30
A Lei de Rayleigh-Jeans (1900,1909) compatvel para frequncias baixas, engloba a lei de Wien mas
incompatvel para frequncias altas, com a lei de
deslocamento de Wien (lmxT = cte) e com a lei de
Stefan.
Como a frmula de Rayleigh-Jeans foi deduzida contando a quantidade de ondas estacionrias,
multiplicada pela energia mdia, variando
continuamente, Planck foi levado a considerar a
hiptese de uma violao da lei de equipartio
de energia que associa energia mdia um valor
independente da frequncia.
Pg. 3 de 30
Vamos tentar seguir um possvel caminho desenvolvido por Planck, com base em dedues
para o caso das molculas de gs.
Ao contrrio do Princpio da Equipartio, Planck assumiu que a energia mdia das ondas estacionrias
seria uma funo da frequncia .
Assim sendo, Planck assumiu
Pg. 4 de 30
TkB0 .0
Isso contradiz a lei da equipartio da energia que associa energia um valor independente da
frequncia.
A lei da equipartio da energia tem origem da distribuio de Boltzmann (apndice C do Eisberg).
Uma forma de express-la
.)(Tk
eP
B
TkB
P()d a probabilidade de encontrar um dado ente de um sistema no intervalo entre e +d , quando o
nmero de estados de energia para o ente nesse
intervalo independe de .
Pg. 5 de 30
Supe que o sistema contm um grande nmero de entes do mesmo tipo em equilbrio trmico a
temperatura T, e kB representa a constante de
Boltzmann.
.)(Tk
eP
B
TkB
As energias dos entes no sistema que estamos considerando, um conjunto de ondas estacionrias
oscilando em movimento harmnico simples em
equilbrio trmico em uma cavidade de corpo negro
dada por
Pg. 6 de 30
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2
A funo de distribuio de Boltzmann nos d informaes completa sobre as energias dos entes
no nosso sistema, incluindo o valor mdio das
energias
.
)(
)(
0
dP
dP
Pg. 7 de 30
A grande contribuio de Planck surgiu quando ele descobriu que poderia obter o corte necessrio,
tratando a energia como se ela fosse uma varivel
discreta em vez de uma varivel contnua, como
sempre foi considerada na fsica clssica.
Assim, a energia mdia seria obtida via o clculo de
0
0
)(
)(
n
n
n
P
P
utlizando .)(
Tk
eP
B
TkB
Pg. 8 de 30
Para baixas frequncias
A teoria clssica prev
resultados coerentes, e
podemos esperar que:
Para altas frequncias
A discrepncia poderia ser
removida se, por hiptese:
Planck imaginou que, para as
circunstncias que prevalecem no
caso da radiao de corpo negro, a
energia mdia das ondas estacionrias
fosse funo da frequncia:
Isto viola a lei de equipartio de
energia?
TkB0
.0
).( f
No alto: grfico da distribuio de
probabilidade de Boltzmann P(). O
valor mdio para essa distribuio
que a lei clssica. Embaixo:
Para calcular o valor mdio da energia,
integramos de zero at infinito.
A rea sob essa curva d o valor mdio
da energia.
TkB
)(P
Pg. 9 de 30
Sendo uma varivel discreta
Assume apenas valores discretos igualmente
distribudos, ou seja:
= 0, , 2 , 3 , 4 ...
Como consequncia, o clculo da energia mdia passa ser
feito por somas ao contrrio de integrais, como
apresentado anteriormente!
0
0
)(
)(
n
n
n
P
P
Pg. 10 de 30
kB T:
O valor mdio da energia a soma das
reas dos retngulos, cada um de largura
e com alturas dadas pelo valor
possvel de multiplicado por P() no
comeo de cada intervalo. Nesse caso as
energias esto bem prximas, a rea de
todos os retngulos no difere quase da
rea sob a curva suave.
Contribuio para a rea total de , para cada energia possvel )(P
kB T:
O valor mdio da energia tem um valor
menor do que no caso da figura de cima.
>>kB T:
O valor mdio da energia tem um valor
mais reduzido ainda.
Observa-se que o resultado satisfaz as condies
esperadas para os mesmos limites de frequncia! E a Lei
no violada.
Pg. 11 de 30
Definindo a relao entre e
Funo proporcionalidade simples:
h., sendo h uma constante que se
ajustava melhor sua teoria aos dados
experimentais. O valo por ele obtido estava
bem prximo do valor atualmente aceito:
h = 6.626x10-34 Js (Constante de Planck)
, a frequncia natural do tomo (em Hz).
Esta relao satisfaz as exigncias da proposta nos
limites:
(0) 0 kBT (clssico)
() 0
Pg. 12 de 30
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3
Aps estas propostas iremos recalcular a energia mdia: para n n h. (n= 0, 1, 2, 3 ...)
0
0
)(
)(
n
n
n
P
P
.)(Tk
eP
B
TkB
Pg. 13 de 30
Temos
0
/
0
/
n B
Tknh
n B
Tknh
Tk
e
Tk
enh
B
B
Chamando h/kBT de temos
,
0
0
n
n
n
n
B
e
en
Tk
Pg. 14 de 30
Como
0
0
0
0
0
ln
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
e
en
e
ed
d
ed
d
Temos
0
0
0
0
ln
ln
n
n
n
n
B
n
n
n
n
B
ed
dh
ed
dTk
e
en
Tk
Pg. 15 de 30
E sendo
xxxxx
n
n
1
11 32
0
Chamando x = e- :
132
0
)1(1
11
e
eeeee n
n
n
De forma que
111
)1()1(
1)1ln(
//
/
/
/
21
1
TkhTkh
Tkh
Tkh
Tkh
BB
B
B
B
e
h
e
e
e
eh
e
eh
e
e
ehe
d
dh
Pg. 16 de 30
.1
/
Tkh Be
h
Este foi o resultado, obtido por Planck, em 1901, que
marcaria uma nova era na cincia.
Podemos observar que a expresso acima se reduz aos
valores esperado nos limites para
1lim
0
/0
Tkh Be
h
Pg. 17 de 30
Tk
Tk
h
h
xex
B
B
x
11
lim
11
0
Resultado que o princpio da equipartio nos d.
1
lim/ Tkh Be
h
Indeterminao
de LHospital
Pg. 18 de 30
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4
Aplicando a regra de LHospital:
)(
)(lim
)(
)(lim
xg
xf
xg
xfxx
Desde que o limite acima exista. Aplicando em
0lim/
Tkh
B
BeTk
h
h
Resultado esperado experimentalmente!!! Pg. 19 de 30
Multiplicando o nmero de ondas estacionrias N()d
no intervalo de frequncias dividido pelo volume da
cavidade pela expresso da energia mdia, obtemos o
espectro de corpo negro de Planck:
,1
8)(
1
8)()(
/3
2
/3
2
de
h
cd
de
h
cV
dNd
TkhT
TkhT
B
B
que se ajusta muito bem aos resultados experimentais.
Pg. 20 de 30
1exp
8),(
3
2
Tk
h
h
cT
B
A densidade de energia por intervalo de frequncia pode
ser obtida ao se multiplicar pela densidade de estado,
obtendo-se
Com esse resultado, Planck conseguia explicar como a
energia depende da frequncia e da temperatura.
No limite kBT >> h, a densidade de energia prevista por
Planck, coincide com a previso clssica de Rayleigh-
Jeans.
Pg. 21 de 30
Tkc
Tk
hc
hh
cT B
B
Tk
h
e B3
2
3
3
3
2 8
11
18
1
8),(
Para altas frequncias kBT
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O postulado de Planck
A energia total de qualquer entidade fsica cuja
nica coordenada execute oscilaes harmnicas
simples (isto , seja expressa por uma funo
senoidal do tempo) pode assumir to somente
valores que satisfaam a relao
n n h.
onde a frequncia da oscilao, h a constante
denominada constante de Planck (h = 6,63 x 10-27
erg.s) e n s pode assumir valores inteiros (n = 0, 1, 2,
3, ...).
Pg. 25 de 30
Na figura abaixo mostra o diagrama de nveis que nos
d uma forma conveniente de ilustrar o
comportamento de um ente regido por esse
postulado.
Pg. 26 de 30
Um pouco de histria da fsica quntica
Pg. 27 de 30
Quantizao, segundo
Planck
Posteriormente, Planck declarou que a
introduo de h e dos elementos de
energia foi um ato de desespero, e
que era preciso dar uma explicao
terica [para a equao do corpo negro]
a qualquer custo, fosse qual fosse o
preo.
Pg. 28 de 30
Efeitos do trabalho de Planck
O trabalho de Planck teve pequena
repercusso nos anos seguintes.
Lei do corpo negro foi testada e
confirmada: funciona.
Deduo terica no foi muito
comentada.
A introduo do h e dos elementos de
energia parecia um truque sem
importncia fsica.
Pg. 29 de 30
Cri
stin
a P
. G
on
alv
es
- D
CE
T/U
ES
B
REFERNCIAS
Eisberg, R.; Resnick R. Fsica Quntica. tomos, Molculas, Ncleos e Partculas. Editora Campus
(1998). (LIVRO TEXTO)
J. Leite Lopes, A Estrutura Quntica da Matria, Editora UFRJ.
Stephen Gasiorowizc, Quantum Physics, 2nd ed., John Wiley & Sons, New York, 1996.
Francisco Caruso e Vitor Oguri, Fsica Moderna - Origens Clssicas & Fundamentos Qunticos ,
1a.ed. 2006, editora: Elsevier. Pg. 30 de 30