Upload
vitor-goncalves
View
248
Download
22
Embed Size (px)
Citation preview
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 1 -
AULA 2 - ESTRUTURA, FORMAÇÃO E CLASSE DAS PALAVRAS
Olá, pessoal
Primeiramente, para auxiliar alguns candidatos a concursos públicos cujos editais preveem que não serão exigidas as regras ortográficas advindas do AcordoOrtográfico de 1990 (que passou a valer em 2009), trago a tabela de emprego dehífen com prefixos vigente até 2008.
Quem estiver se preparando para outros certames, não perca tempo estudando essatabela, pois as chances de cair são mínimas.
Então, antes de entrarmos na matéria de hoje, segue o material. Bons estudos.
Prefixos Diante de Exemplos: Obs.
auto,
contra,
extra,
intra,
infra,
neo,
proto,
pseudo,
semi,
supra,
ultra
vogal, h, r e s auto-escola,
contra-ordem,
extra-oficial,
intra-renal,
infra-som,
neo-republicano,
proto-revolução,
pseudo-revelação,
semi-selvagem,
supra-humano,
ultra-som
Fugindo à regra (ai,ai, ai...), a palavraextraordinárioescreve-se semhífen (estaaglutinação foiconsagrada pelouso).
ante,
anti,
arqui,
sobre
h, r e s ante-histórico,
anti-rábico,
ante-sala,
anti-higiênico,
arqui-rabino,
sobre-solar
O prefixo “sobre”apresenta algumasexceções (ai, ai, aide novo...).
Exemplos:sobressair,sobressalto,sobressalente, etc.
hiper,
super,
inter
h e r Super-herói,
hiper-realista,
inter-regional
Sub b e r sub-bosque,
sub-região
circum,
pan,
mal
vogal e h circum-adjacente,
pan-americano,
mal-educado,
mal-humorado
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 2 -
ad,
ab,
sob
R ad-renal,
ab-rogar,
sob-roda
além,
aquém,
recém,
sem,
sota,
soto,
vice,
ex(= anterioridade)
qualquer palavra além-mar,
aquém-mar,
recém-casado,
sem-terras,
soto-capitão,
ex-aluno
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Agora, sim, vamos falar sobre a palavra: sua estrutura, processo de formação eclassificação.
Algumas questões de provas utilizam a expressão “análise morfossintática” em seusenunciados, o que leva muita gente ao desespero: “Nossa, eu não estudei isso!!!”.Calma, povo! Em nosso estudo de hoje, abordaremos esses conceitos e saberemosque, ao fim do curso, você terá sido apresentado aos elementos que possibilitamessa bendita análise.
A gramática se divide basicamente em: FONÉTICA, MORFOLOGIA, SINTAXE,SEMÂNTICA e ESTILÍSTICA.
Fonética estuda os sons e fonemas linguísticos. Neste ponto, estudam-se, inclusive,tonicidade, classificação da palavra segundo a sílaba tônica, encontros vocálicos ouconsonantais etc. Parte disso já foi objeto de comentário na aula anterior.Felizmente, não precisamos nos aprofundar, pois somente os aspectos relativos àortografia costumam fazer parte dos programas de concursos públicos.
Morfologia estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em relação àideia que ela encerra (classes das palavras, flexões, elementos mórficos, terminação,grafia). Esse é o assunto da aula de hoje.
Sintaxe é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na mesmaoração (concordância, regência, colocação).
Semântica estuda os sentidos das palavras (já vimos na aula anterior) e Estilística investiga o sistema expressivo que o idioma apresenta (figuras de estilo, delinguagem etc.).
Assim, a análise morfológica considera a palavra, sua formação, sua classe, apossibilidade de emprego, suas flexões, enquanto que a análise sintática trata darelação dessa palavra com as demais numa estrutura oracional. Em suma, umaanálise morfossintática aborda todos estes aspectos – a palavra em si e sua relaçãocom as demais da oração. Viu como não é nenhum bicho de sete cabeças (agora,sem hífen)???
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 3 -
Na Morfologia, um dos pontos a ser estudado é a estrutura das palavras, isto é, asunidades que as compõem.
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
Recentemente, esse ponto do programa vem sendo explorado em concursospúblicos, principalmente pela Fundação Getúlio Vargas.
Para conhecer a estrutura das palavras, iremos “dissecá-las”, identificando cada umade suas pequenas partes.
As palavras são constituídas de morfemas, que são unidades mínimas indivisíveisda palavra (equivalem às células do corpo).
Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical(conceitos e sentidos da língua; léxico é o conjunto de palavras de uma língua, ouseja, vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, número, modo, tempo).
Vamos a um exemplo. Na palavra CÉUS, podemos distinguir dois morfemas – oprimeiro, que carrega a significação, forma, por si, um vocábulo: céu; o segundonão tem autonomia vocabular, serve para identificar o número: s. Ao primeiro, dá-seo nome de morfema lexical (significado), e, ao segundo, o nome de morfemagramatical (define o número).
Os morfemas podem ser classificados em:
- elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema;
- elementos modificadores de significação: afixos, desinências e vogal temática;
Há, também, os elementos de ligação: vogais ou consoantes, também chamados deinfixos. Esses elementos não são considerados morfemas, como veremos adiante.
Raiz
É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que se conservaatravés do tempo, comum às palavras cognatas, ou seja, da mesma família. É objetode estudo da Etimologia, parte da gramática que estuda a origem das palavras.
A título de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim,constare) possuem a mesma raiz: “st”.
Radical
É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo significado básico dapalavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar, oradical comum a todos é terr-.
Às vezes, pode sofrer alterações. Ex.: dormir, durmo; querer, quis
As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas. Ex.: passatempo
Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinências, sufixos, prefixos,infixos, vogais temáticas, de forma a compor novas palavras.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 4 -
Nos verbos, o radical é o que resta após eliminar a terminação “AR”, “ER”, “IR”:
CANTAR = radical é CANT
BEBER = radical é BEB
PARTIR = radical é PART
A partir da mesma raiz, formam-se vários vocábulos: são cognatos os vocábulos coração, cardíaco, cordial, cardiologista.
Uma curiosidade: a expressão de cor, usada em “saber de cor”, é também cognatade “coração”. Isso porque os antigos consideravam o coração como sede não só dasensibilidade (amor), mas também da inteligência. Então “saber de cor” liga-se àideia de “saber de coração”.
Vamos ver alguns exemplos da formação das palavras cognatas.
Ao radical CARDI (do grego kardia = coração) podem ligar-se:
a) O (vogal de ligação) + LOG (logos = tratado) + IA (sufixo) = CARDIOLOGIA
b) O (vogal de ligação) + PAT (path é a raiz de páscho = sofrer) + IA =CARDIOPATIA
Afixos
São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem doistipos de afixos:
Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal
Sufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade, confeitaria
Infixos
Os infixos, também chamados de vogais ou consoantes de ligação, não sãosignificativos e, por isso, não são considerados morfemas.
Entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia.
Ex.: café (radical) + T + eira (sufixo) = cafeteira
capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal
rod (radical) + O + via (radical) = rodovia
Vogal Temática
Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos.
Pode existir vogal temática tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, rosa,sala.
Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o.
Nos verbos, também são três as vogais temáticas – a, e, i – e estas indicam aconjugação a que pertencem os verbos (1ª, 2ª ou 3ª conjugação, respectivamente).
Ex.: partir (PART + I + R) - verbo de 3ª conjugação
sonhando (SONH + A + NDO) – verbo de 1ª.conjugação
Eu disse “pode existir” porque nem todas as palavras possuem vogal temática. Há formas verbais e nomes sem vogal temática. Isso pode ocorrer nos nomes
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 5 -
terminados em consoante (rapaz, fácil) ou em vogal tônica (saci, fé) – casos emque o radical se confunde com o tema (resultado da união do radical com a vogaltemática), ou em algumas conjugações verbais.
Em resumo, se um nome terminar por outra letra que não o “a”, “e” ou“o”, é chamado de atemático (sem tema).
CUIDADO: não confunda vogal temática com desinência, que marca a flexãoda palavra.
Em palavras que não se flexionam em gênero, esse “a”, “e” ou “o” finais são o tema,e a desinência de gênero é indicada pelo símbolo Ø:
radical VT desinência
gênero desinência
número
Sala sal a
Pinto pint o Ø
Livros livr o Ø s
estudantes estudant e Ø s
Quando o nome se flexiona, o “a” será desinência de gênero (feminino) e “o”, adesinência no masculino. Esse é o posicionamento de Celso Cunha e Lindley Cintra,em sua obra Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed.Nova Fronteira).
radical desinência
gênero desinência
número
Aluno alun o
Bela bel a
Algumas algum a s
Menino menin o
Meninas menin a s
OBSERVAÇÃO: Outros autores apontam como Ø a indicação do gênero masculino,considerando que o morfema “o” seria a vogal temática (menino = radical: menin +VT: o). Em nosso material, adotamos o posicionamento de Cunha e Cintra, por sermajoritário. Acredito serem remotas as chances dessa classificação ser objeto deprova, mas, de qualquer forma, fica registrada a ressalva.
Lembramos mais uma vez que algumas formas verbais podem não apresentar vogaltemática. Por exemplo: eu mato (1ª.pessoa do singular do presente do indicativo doverbo matar) – “mat” é o radical e “o” é uma desinência.
Tema
É a união do radical com a vogal temática.
Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = canta (tema)
mala = mal (radical) + a (VT) = mala
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 6 -
Desinências
São morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexões verbais ounominais. Podem ser:
1) Nominais: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular ou plural)dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais).
GÊNERO masculino. ............ o
feminino. .............. a
NÚMERO singular. ............... Ø (ausência de desinência)
plural.................... s
2) Verbais: existem dois tipos de desinências verbais: desinência modo-temporal(DMT) e desinência número-pessoal (DNP).
Seus nomes já dizem tudo, não é?
DMT – indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretérito imperfeito dosubjuntivo)
DNP – indica o número e pessoa (1ª.pessoa do singular, 3ª.pessoa do plural)
- desinência modo-temporal:
MODO INDICATIVO:
presente: não há (qualquer desinência que exista será DNP)
pretérito perfeito: não há (qualquer desinência que exista será DNP)
pretérito imperfeito: va, ve (1ª conjugação); a, e (2ª e 3ª conjugação) pretérito
mais-que-perfeito (o que acabamos de ver): ra, re
futuro do presente: ra, re
futuro do pretérito: ria, rie
MODO SUBJUNTIVO
presente: e (1ª conjugação); a (2ª e 3ª conjugações)
pretérito imperfeito: sse
futuro: r
________________________
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 7 -
- desinência número-pessoal:
MODO INDICATIVO
eu / tu / ele / nós / vós / eles
presente: o / s / - / mos / is / m
pretérito perfeito: i / ste / u / mos / stes / ram
pretérito imperfeito: - / s / - / mos / is / m
pretérito mais-que-perfeito: - / s / - / mos / is / m
futuro do presente: i / s / - / mos / is / o (do "rão", sendo "ra" DMT)
futuro do pretérito: - / s / - / mos / is / m
MODO SUBJUNTIVO
presente: - / s / - / mos / is / m
pret.imperfeito: - / s / - / mos / is / m
futuro: - / es / - / mos / des / m
2.1) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo,gerúndio e particípio). Ex.: beber, correndo, partido
Exemplos TEMPO/MODO/
FORMA NOMINAL
TEMA
DMT DNP VN RADICAL VT
CANTAVA Pret.Imp.Indicativo CANT A VA
CANTÁVAMOS Pret.Imp.Indicativo CANT A VA MOS
COMPRARÍAMOS Fut.Presente Indic. COMPR A RÍA MOS
COMPRANDO Gerúndio COMPR A NDO
COMPRAS Presente Indicativo COMPR A S
AMASSE Pret.Imperf.Subj. AM A SSE
AMÁSSEMOS Pret.Imperf.Subj. AM Á SSE MOS
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 8 -
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Já conhecemos as “partes” das palavras - morfemas. Agora, veremos a maneiracomo os morfemas se organizam para formar novas palavras.
DERIVADA PRIMITIVA
Carne Encarnar
Desencarnar
Desencarnado
Carnívoro
Os principais processos de formação são: Derivação, Composição, Hibridismo,Onomatopeia, Sigla e Abreviação. Os principais são os dois primeiros.
1. Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada deprimitiva.
Os processos de derivação são:
Derivação Prefixal
A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou maissão acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: pôr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos +primitiva)
Derivação Sufixal
A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais sãoacrescentados à palavra primitiva.
Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo)
Derivação Prefixal e Sufixal
A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo sãoacrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presençade um dos afixos a palavra continua tendo significado.
Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: -mente) - também existem os vocábulos:desleal / lealmente
Alguns autores, todavia, não aceitam essa classificação. Julgam que houve,primeiramente, um dos processos para, então, ocorrer o outro.
Por exemplo: graça desgraça (prefixação) desgraçado (sufixação)
Derivação Parassintética
A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo sãosimultaneamente acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja,
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 9 -
os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois semum deles a palavra não se reveste de nenhum significado.
Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - não existem “anoite” nem “noitecer”.
desperdiçar (prefixo: des + sufixo: -içar) – não existem “desperd(a)” nem“perdiçar”.
engordar (prefixo: en + sufixo: -ar) – não existem “engord(a)” nem “gordar”.
Maria Nazaré Laroca, no Manual de Morfologia do Português, observa que há uma grande produtividade deste processo de formação das palavras, sobretudo, combases substantivas:
PREFIXO “EN" + SUBSTANTIVO + SUFIXO “AR” DERIVADA
en + caderno + ar encadernar
en + terra + ar enterrar
en + cabeça + ar encabeçar
Derivação Regressiva
Normalmente, as palavras derivadas são maiores que as primitivas. No processo dederivação regressiva ocorre o inverso – a derivada é menor que a primitiva. Ocorreperda vocabular.
SARAMPÃO SARAMPO
Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmenteindicativo de ação) dá origem a u m substantivo abstrato.
COMPRAR COMPRA
VENDER VENDA
ATACAR ATAQUE
SACAR SAQUE
COMBATER COMBATE
CASTIGAR CASTIGO
Derivação Imprópria
A derivação imprópria, também intitulada de “mudança de classe” ou “conversão”,ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada nafunção de outra, mantendo inalterada sua forma.
“A cerveja que desce redondo.” (originalmente adjetivo, usado como advérbio).
Comício monstro (substantivo usado como adjetivo)
2. Composição
Consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou mais radicais(palavra composta).
Pode ocorrer de duas formas:
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 10 -
- aglutinação - ocorre alteração na forma ou na acentuação dos radicais originários.
fidalgo (filho + de +algo)
aguardente (água + ardente)
embora (em + boa + hora)
pernalta (perna + alta)
- justaposição – seu próprio nome já indica o processo. Os radicais são mantidosda forma original, podendo ser ligados diretamente ou por hífen.
beija-flor malmequer bem-me-quer segunda-feira
Curiosidades: algumas palavras que, em português, apresentam forma simples, emsua origem eram compostas: aleluia provém do hebraico hallelu Yah (= louvai aoSenhor); oxalá deriva do árabe wa as llâh (= e queira Deus). (Fonte: Cunha, C. eCintra, L., op.cit., p.108)
Existe um motivo para essa diferença entre BEM-ME-QUER e MALMEQUER.
A regra de emprego de hífen que se aplica ao advérbio BEM é diferente da regra quese aplica ao MAL.
- BEM exige hífen para formar uma palavra composta com outro vocábulo,conservando cada um sua própria estrutura e acentuação: "bem-querer", "bem-aventurança", "bem-humorado", "bem-disposto";
- MAL se liga com hífen a palavras iniciadas por H ou vogal ("mal-acostumado","mal-acabado", "mal-humorado"), somente. Assim, se o outro vocábulo iniciar poroutra letra que não seja H ou vogal, escreve-se "tudo junto": "malfeitor","maltrapilho", "maltratar".
Isso justifica as formas: bem-me-quer, bem-comportado e malmequer,malcomportado.
Não posso deixar de observar que existem algumas formas aglutinadas do "bem",mas essas são raras e justificáveis por etimologia e processo de formação: benfeitor(do latim benefactore), benfeitoria e benfazejo (palavras derivadas da primeira);bendizer (do latim benedicere), bendito (derivada da anterior).
3. Hibridismo
Consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes
auto/móvel (grego + latim) bio/dança (grego + português)
4. Onomatopeia
Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos.
pingue-pongue buá miau tique-taque zun-zum
5. Sigla
Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílabade cada palavra.
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 11 -
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Uma vez “vulgarizada”, a sigla passa a ser considerada como primitiva, podendoformar derivadas: deputados petistas (PT), empregados celetistas (regidos pelaCLT), pacientes aidéticos (portadores de AIDS).
6. Abreviação ou redução
Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação.
moto (motocicleta) gel (gelatina) cine (cinema) extra (extraordinária).
A seguir, indicamos, para o seu conhecimento, alguns prefixos gregos elatinos. ALGUNS PREFIXOS GREGOS
PREFIXOS SIGNIFICADO EXEMPLOS
a-, an- negação, privação, falta analfabeto, ateu, anestesia
ana- decomposição, inversão, repetição análise, anagrama, anáfora
anfi- ao redor de, duplicidade anfiteatro, anfíbio
anti- (ant-) oposição antídoto, antagonista
apo- distância, afastamento apogeu, apóstolo
arqui-, arque-, arc-,arce-, arci-
superioridade, primazia arquipélago, arcanjo,arquimilionário, arcebispo
cata- movimento de cima para baixo catadupa, catarata
dia-, di- através de, duplicidade, afastamento diagonal, ditongo, diacronia
dis- dificuldade dispneia, disenteria
ec-, ex- movimento para fora eclipse, exorcista, êxodo
e-, en- posição interna encéfalo, emplasto
epi- posição superior, posterioridade epitáfio, epílogo
eu- bom, bem, perfeição, excelência,verdade
eucaristia, eufonia,evangélico
hemi- meio, metade hemisfério
hiper- posição superior, excesso hipérbole, hipertrofia,hipertensão
hipo- falso, por baixo de, posição inferior hipocrisia, hipotensão,
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 12 -
hipotenusa
meta- transformação, movimento de umlugar para o outro, mudança
metamorfose, metáfora,metacarpo
para- proximidade, ao lado, paralelismo paradigma, parônimo,parágrafo
peri- em volta de, em torno de perímetro, perígrafe
poli- multiplicidade polissemia, polissílaba
pro- em frente, para frente, anterior progresso, prólogo,prognóstico
sin-, sim-, si- simultaneidade, reunião sinfonia, sintonia, síntese,
ALGUNS PREFIXOS LATINOS
PREFIXOS SIGNIFICADO EXEMPLOS
a-, ab-, abs- afastamento, separação abstenção, abdicar, aversão
a-, ad-, ar-, as- aproximação, direção,tendência
adjunto, adjacente, admirar,assentir, arrendar
ambi- duplicidade (=“ambos”) ambidestro, ambíguo
ante- anterioridade anteontem, antepassado
aquém- do lado de cá aquém-mar
bis-, bi- repetição bípede, binário, bisneto
circum- em torno de, ao redor circunferência, circunscrito
cis- posição aquém cisandino, cisalpino
com- (con-), co- (cor-) companhia, combinação compor, coautor, cooperar,correligionário
contra- oposição contravenção, contradizer
de- movimento de cima para baixo decrescer, demolir, decair
des-, dis- separação, privação, negação deportar, descriminar, descrer,dissidência
e- ,em- ,em- , in- (im) introdução, superposição engarrafar, empilhar, imergir,ingerir
e-, es-, ex- movimento para fora,mudança de estado, separação
emergir, expelir, escorrer, extrair,exportar, esvaziar, esconder,explodir
extra- posição exterior, excesso extravagante, extraordinário,
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 13 -
extravasar
intra- posição interior intramuscular, intravenenoso
i-, im-, in- negação, mudança imoral, impúbere, incinerar
intra-, intro-, in-, i- movimento para dentro imersão, impressão, inalar,intrapulmonar, introduzir
justa- posição ao lado justaposição
o-, ob- posição em frente, oposição obstáculo, obstar, obsceno, opor
per- movimento através de perfurar, pernoite, perfumar
pos- ação posterior, em seguida pospor, póstumo
pre- anterioridade, superioridade pré-natal, predomínio, prefixo
pro- movimento para frente,intensidade
projetar, propulsor, prolongar
re- repetição, para trás recomeço, regredir
retro- movimento mais para trás retrospectiva, retroagir
sub-, sus-, sob-, so- movimento de baixo paracima, posição inferior
suspender, subsolo, soerguer,supor
sobre-, super-, supra- acima, excesso sobrepor, supermercado,supracitado
trans- (tras-, tra-, tres) através de, além de, mudança transpor, trespassar, traduzir,transbordar
ultra- além de, excesso ultrapassado
vice-, vis- abaixo de, substituição visconde, vice-cônsul
CLASSES GRAMATICAIS
A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as classesgramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo,advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Tomamos a liberdade de incluirmais uma, apresentada sem denominação na NGB, mas reconhecida por gramáticosconsagrados: palavras denotativas.
Para fins didáticos, separamo-las em duas categorias: variáveis e invariáveis:
CLASSES DE PALAVRAS
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Substantivo Advérbio
Adjetivo Palavra Denotativa
Artigo Preposição
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 14 -
Pronome Conjunção
Numeral Interjeição
Verbo
Cada uma delas será analisada isoladamente.
1. SUBSTANTIVO
Palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral.
Primitivos
Dão origem a outras palavras.
Ex.: terra, casa
Derivados
São criados a partir de outras palavras.
Ex.: terreiro, aterrar; casebre, casinha
Simples
Formados por apenas um radical.
Ex.: cabra, tempo
Compostos
Formados por mais de um radical.
Ex.: cabra-cega, passatempo
Comuns
Designação genérica, referente aqualquer ser de uma espécie.
Ex.: rua, praça, mulher
Obs. Os dias da semana, como os meses do ano ou as estações do ano, não sãonomes próprios – designam frações dotempo.
Próprios
Um ser específico da espécie.
Ex.: rua Rio de Janeiro, praça Duque de Caxias, Isabela
Concretos
Nomeiam objetos, lugares, pessoas,animais, ou seja, coisas que têmsubsistência própria.
Entram nessa espécie os fictícios e coisashipoteticamente existentes.
Ex.: Carmem, mesa, urso, fada, Júpiter
Abstratos
Nomeiam ações, estados, sentimentos,qualidades, noções, ou seja, coisas quesó existem em função de outras.
Ex.:alegria, tristeza, realização, modo,viagem, colheita, delicadeza, rispidez.
Coletivos
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 15 -
Os substantivos coletivos transmitem a noção de plural, embora sejam grafados nosingular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma espécie.
Ex.: matilha, multidão, rebanho, freguesia.
1.1) Flexão em número
Como vimos, os substantivos são palavras variáveis, alterando-se em função donúmero e do gênero.
a) Formação do plural nos substantivos simples
- Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s.
mapa mapas degrau degraus
- Substantivos terminados em -ão: a regra é a forma plural -ões, mas tambémhá casos em que formam -ães ou -ãos. Todos os paroxítonos e alguns oxítonosterminados em –ão formam o plural –ãos.
questão questões capitão capitães
irmão irmãos órfão órfãos
Alguns substantivos apresentam mais de uma forma:
anão anões, anãos aldeão aldeãos, aldeões, aldeães
charlatão charlatões, charlatães; etc.
- Substantivos terminados em -r, -z: acréscimo de -es.
bar bares raiz raízes vez vezes júnior juniores
gravidez gravidezes (estranhou, por quê? Significa mais de uma gestação)
- Substantivos terminados em -s: acréscimo de -es quando forem oxítonos;invariáveis quando não forem oxítonos.
país países lápis lápis ônibus ônibus
- Substantivos terminados em -l: substitui-se o -l por –is; em alguns poucoscasos, acrescenta o –es.
anel anéis álcool álcoois mal males cônsul cônsules
- Substantivos diminutivos: segundo a norma culta, o plural de diminutivosobedece à seguinte regra: do vocábulo original no plural, é retirada a letra “s”, queirá para o fim da palavra, após o sufixo que indica essa flexão em grau.
faróis faroizinhos bares barezinhos flores florezinhas
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 16 -
b) Formação do plural nos substantivos compostos
A flexão de número dos substantivos compostos segue o quadro abaixo:
Condição Varia(m) .... elemento(s)
Exemplos o 1º último todos nenhum
Substantivocomposto sem hífen X
pontapés, planaltos,aguardentes,vaivéns
Palavras repetidasou onomatopeias X tico-ticos,
reco-recos
Verbo ou palavrainvariável +substantivo ouadjetivo
X
sempre-vivas,vaga-lumes, para-choques,abaixo-assinadosguarda-roupas(ideia de “guardar”)
Dois substantivosou substantivo +adjetivo (qualquerordem)
X guardas-noturnos,couves-flores,secretários-executivos
Substantivoscompostos ligadospor preposição
X Pés de moleque,copos-de-leite
Verbo + advérbio X Os fala-mansa
Verbos antônimos X Os leva-e-traz
Dois substantivos,quando o 2º.indicar finalidadeou semelhança,limitando o sentidodo 1º (flexãopredominante).Modernamente, jáse aceita a flexãodos dois elementos.
X (X)
Pombos-correio(s),carros-bomba(s),salários-família(s),navios-escola(s),peixes-boi(s)
1.2) Flexão em gênero
Quanto ao gênero, os substantivos podem ser:
a) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 17 -
Pombo – pomba príncipe – princesa ator – atriz pastor - pastora
b) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gêneros.
Os substantivos uniformes se subdividem em:
Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavrasmacho e fêmea.
a mosca a baleia o besouro a cobra o crocodilo (macho / fêmea)
Comuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a distinção éfeita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...).
a pianista / o pianista belo colega/ bela colega o intérprete / a intérprete
Sobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer adistinção pelos determinantes. A distinção pode ser feita pela expressão: do sexomasculino/ do sexo feminino.
a pessoa a criança o cônjuge a testemunha o ídolo (não tem feminino)
* O gênero de alguns substantivos podem causar dúvida:
a alface o champanha o dó (tanto compaixão como a nota musical)
E “personagem”, afinal? É masculino ou feminino? Modernamente, esse é um doscasos de “comum de dois”, ou seja, aceita o artigo feminino ou masculino: o/a personagem.
* Certos substantivos, ao mudar de gênero, mudam também de significado:
A cabeça / o cabeça o caixa / a caixa o moral (autoestima)/ a moral (ética)
Para distrair: No filme “Carandiru”, em sua participação “especial”, Rita Caddilac (lembra-se da figura?) cantava uma música cujo refrão era : “É bom para o moral /É bom para o moral...”. Pelo menos, acertou no gênero... rs....
O mesmo acontece em relação ao número de alguns:
Féria (renda) x férias (dias de descanso, mesmo que seja só um)
Bem (benefício) x bens (riquezas, propriedades)
Haver (verbo) x haveres (riquezas, bens)
Cuidado com esses: Óculo (uma espécie de luneta – instrumento que permite boavisibilidade à distância) x óculos (lentes encaixadas em uma armação)
Já ouvi muita gente boa falando “perdi o meu óculos”...ui!! Nesse sentido, é sempreplural – “Perdi os meus óculos”.
Outros são empregados apenas no plural:
pêsames núpcias víveres alvíssaras (prêmio ou recompensa)
1.3) Flexão em Grau
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 18 -
É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia.
Os substantivos podem estar em três graus: normal , aumentativo e diminutivo.
As variações de grau podem ser feitas de duas formas:
Analítica: acréscimo de um : casa pequena/grande, pé pequeno/grande
Sintética: acréscimo de um sufixo: casinha, casebre, pezinho, pezão
2. ADJETIVO
Palavra variável modificadora de substantivo ou palavra substantivada, exprimindoqualidade, estado ou propriedade.
Pode também atribuir uma relação, como tempo (recebimento mensal), proveniência(vinho chileno) etc. A esses dá-se o nome de adjetivos relacionais.
Locução adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. Geralmente éconstituída de preposição e substantivo ou preposição e advérbio.
mesa de madeira casa da frente
Cuidado! Só podemos analisar e classificar os vocábulos a partir do contexto.
Por exemplo, doméstica, a princípio, seria um adjetivo. Contudo, em “Asdomésticas não têm muitos de seus direitos reconhecidos”, essa palavra é umsubstantivo.
Aliás, é muito estreita a relação entre o substantivo e o adjetivo. Muitas vezes, aposição desses elementos na oração implica alteração de sua morfologia.
Por exemplo: negro jogador / jogador negro – no primeiro, “negro” é umsubstantivo e sua qualidade é “jogador” (assim como em “negro pintor” ou “negrolutador”). Isso se inverte no segundo exemplo, em que “negro” é uma característicado jogador. A palavra-núcleo é o substantivo, e o adjetivo o caracteriza.
Essa possibilidade de alteração morfológica e/ou semântica dos adjetivos, em funçãode sua colocação na frase vem sendo objeto de questões dos mais recentesconcursos públicos.
Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões queele: gênero, número e grau.
2.1) Flexão de Gênero
Os adjetivos podem ser:
a) Biformes- possuem duas formas, uma para indicar cada gênero.
Que garoto bonito! Que garota bonita!
b) Uniformes - possuem apenas uma forma para indicar os dois gêneros (femininoe masculino). Muitos deles terminam em ar/or (exemplar, maior), z (audaz, feliz),os paroxítonos terminados em s (simples), l (fácil, infiel), m (comum, virgem) etc.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 19 -
aluno ou aluna: inteligente, capaz, simples, amável, ímpar, ruim
CURIOSIDADE: Alguns adjetivos terminados em “u”, “ês” e “or” não se flexionamem gênero.
a mulher hindu a menina cortês a remessa anterior a pior decisão
Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia.
intervenção médico-cirúrgica sandália azul-clara literatura latino-americana
Uma característica em relação aos adjetivos pátrios: o menor inicia a locução.
acordo nipo-itálico mercadoria sino-japonesa
2.2) Flexão de Número
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos simples paraflexionarem em número.
útil úteis feroz ferozes
Adjetivo composto formado por dois adjetivos: só o segundo elemento varia.
sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros
camisa azul-clara camisas azul-claras
Exceção: azul-marinho e azul-celeste – todos os elementos são adjetivos, masesses adjetivos não se flexionam.
camisas azul-marinho / azul-celeste.
OBS: No adjetivo composto surdo-mudo, variam os dois elementos:
surdos-mudos / surda-muda
Em relação a esse ponto, veja a assertiva INCORRETA presente em uma questão deprova da ESAF (AFC 2002):
“O plural do adjetivo composto “político-institucional” se faz adicionando a desinênciade plural aos dois elementos.”.
É falsa essa afirmação, pois, como vimos, nesse caso, varia apenas o últimoelemento: político-institucionais.
Adjetivo composto formado por um adjetivo e um substantivo: permaneceráinvariável.
Uniformes verde-oliva sofás marrom-café.
Isso também acontece em adjetivos simples indicativos de cores que derivam desubstantivos.
Vestidos cinza bonés laranja carros prata anéis turquesa
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 20 -
Luiz Antônio Sacconi (em Gramática Básica) destaca que o adjetivo infravermelhoé variável (raios infravermelhos), enquanto que ultravioleta é invariável (raiosultravioleta).
2.3) Flexão de Grau
A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa peloadjetivo.
a) Grau comparativo
Indica que um ser possui uma qualidade igual, inferior ou superior a outro.
Este cão é tão feroz quanto aquele.
Este cão é menos feroz que aquele.
Este cão é mais feroz que aquele.
Também, em relação ao mesmo ser, pode determinar se uma qualidade que elepossua é igual, inferior ou superior a outra.
Ele é tão inteligente quanto bonito.
Ele é mais inteligente que bonito.
Ele é menos inteligente que bonito.
b) Grau superlativo
Absoluto – o ser apresenta elevado grau em certa qualidade
Sintético – expresso em uma só palavra. Ex.: Este cão é ferocíssimo.
Analítico – formado com mais de uma palavra, normalmente um advérbio (muito, bastante, imensamente) . Ex.: Este cão é muito feroz.
Relativo – o ser se sobressai em relação aos demais seres que possuem a mesmaqualidade.
Superioridade. Ex.: Este cão é o mais feroz do bairro.
Inferioridade. Ex.: Este cão é o menos feroz do bairro
Alguns adjetivos possuem formas especiais para o comparativo e o superlativosintéticos.
Observe:
Adjetivo Comparativo Superlativo
absoluto relativo
bom melhor ótimo o melhor
mau pior péssimo o pior
grande maior máximo o maior
pequeno menor mínimo o menor
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 21 -
Quando se comparam duas qualidades, a proximidade dos adjetivos “bom”, “mau”,“grande” e “pequeno” com “mais” ou “menos” não os transforma em “melhor”,“pior”, “menor” ou “maior”.
Ele é mais bom do que bonito.
Ele é mais pequeno que gordo.
3. ARTIGO
Classe variável que define ou indefine um substantivo. Gosto de brincar dizendo queo artigo é igual a arroz – só serve para acompanhar. Nunca vem isolado ou longe deum substantivo.
Pertencem à classe de palavras variáveis, flexionando-se em gênero e número.
Podem ser:
Definidos: o/a, os/as
Indefinidos : um/uma, uns/umas
Servem para:
- substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe.
calça verde (adjetivo) / o verde (substantivo) da camisa
não quero (advérbio) / Deu um não (substantivo) como resposta.
- evidenciar o gênero do substantivo comum-de-dois.
o colega / a colega o personagem / a personagem o pianista / a pianista
4. PRONOME
É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome.
Ana disse para sua irmã:
- Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aquiem cima da mesa.
1. sua acompanha “irmã” e se refere a Ana;
2. eu substitui "Ana";
3. meu acompanha "livro de matemática";
4. o substitui " livro de matemática";
5. ele substitui " livro de matemática"
Assim, os pronomes podem ser:
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 22 -
ADJETIVOS – acompanham o nome, determinando-o – exemplos 1 e 3;
SUBSTANTIVOS – substituem o nome – exemplos 2, 4 e 5.
Os pronomes também identificam as três pessoas do discurso:
- primeira pessoa: a que fala;
- segunda pessoa: com quem se fala;
- terceira pessoa: de quem se fala.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,interrogativos e relativos.
Como o assunto é muito extenso, por ora apresentamos somente alguns conceitos,deixando para a aula específica o aprofundamento do assunto.
5. NUMERAL
Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização.
Os numerais podem ser:
5.1) Cardinais
Indicam uma quantidade exata. Ambos, que substitui o cardinal os dois, é numerale se flexiona em gênero. Os cardinais um, dois e as centenas a partir deduzentos também variam em gênero (uma, duas, trezentas). Já outros cardinais,inclusive o “mil”, são invariáveis.
5.2) Ordinais
Indicam uma posição exata e variam em gênero e número
segundo décimo primeiras
5.3) Multiplicativos
São invariáveis quando apresentam valor substantivo.
Ele tem o dobro da idade de sua mulher.
Empregados com valor adjetivo, flexionam-se em número e gênero.
5.4) Fracionários
Concordam com os cardinais que indicam o número das partes.
um quarto dois décimos metade
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
- Milhão, bilhão (ou bilião), trilhão comportam-se como substantivos e variamem número.
- Milhar pode ser precedido por um artigo de gênero masculino: “os milhares decrianças que estiveram aqui...”.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 23 -
6. VERBO
Conceito
Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, umestado, um fenômeno.
Sua importância no estudo da gramática é tão grande que teremos uma auladedicada exclusivamente a ele.
Passemos, agora, para as classes invariáveis.
7. ADVÉRBIO
Classe invariável que expressa circunstâncias.
Os advérbios se ligam a verbos, adjetivos, outros advérbios ou até mesmo a oraçõesou enunciações inteiras.
Ele corre tanto. Ana Hickman é tão alta!
Aquele piloto dirige muito mal. Infelizmente, não poderei comparecer.
Tal como foi demonstrado, o problema é grave.
São algumas circunstâncias expressas pelos advérbios:
Tempo (sempre, amanhã...)
Lugar (aqui, ali...)
Modo (amavelmente, rapidamente...)
Intensidade (tão, muito...)
Afirmação (sim, realmente...)
Negação (nem, não...)
Dúvida (provavelmente, talvez...)
Uma característica dos advérbios chamados “nominais” é que eles podem se formara partir da forma feminina dos adjetivos (quando a possuem) com o acréscimo de“mente”:
rapidamente corretamente adequadamente
provisoriamente precariamente certamente
Na enumeração de vários advérbios nominais em sequência, pode-se omitir o sufixo“mente”, mantendo apenas o do último vocábulo. Sua repetição causaria oindesejável efeito de eco:
Ele dançava linda, leve, encantadora e brilhantemente.
Locução adverbial - Duas ou mais palavras com valor de advérbio.
Rubens estava morrendo de medo. (loc.adverbial expressa a circunstância de causa)
A bela mulher apareceu na porta. (loc.adverbial expressa a circunstância de lugar)
As locuções adverbiais mais comuns são: com certeza, sem dúvida, de longe, deperto, às vezes etc.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 24 -
Sobre o emprego dos advérbios bem e mal, acompanhados de bem e antes deadjetivos particípios, já falamos na aula de ortografia. Prefere-se a não-junção:
É um dos jogadores mais bem pagos do mundo.
Não há necessidade (nem condição) de decorar listas de advérbios ou locuçõesadverbiais.
Você irá identificar a classe gramatical a partir da relação que a palavra estabelececom as demais.
Veja: a palavra meio pode ser advérbio, mas nem sempre o será. Vamos aosexemplos:
1 - "Estava meio atrasada."
2 - "Resolvi dar meia volta."
3 - "O meio universitário era favorável para a disseminação daquelas ideias."
Você notou que no exemplo 1, mesmo ao lado de um adjetivo feminino, o vocábulopermaneceu inalterado? Isso comprova que essa palavra é um advérbio – éinvariável e modifica um adjetivo.
Já a segunda forma se flexionou em gênero, concordando com a palavra “volta” – éum numeral, classe de palavra variável.
No exemplo 3, o vocábulo está acompanhado de um artigo, o que o classifica comoum substantivo. Também poderia se flexionar: “Os meios acadêmicos...”.
Também merecem destaque os advérbios interrogativos: onde, aonde, donde,como, que fazem parte de orações interrogativas e não devem ser confundidos comos pronomes relativos homógrafos. Estes possuem antecedentes aos quais sereferem, enquanto que os advérbios interrogativos são “independentes” e se referema circunstâncias como tempo, modo, causa ou lugar. Podem estar em construçãointerrogativa direta ou indireta.
Não sei como você aguenta esse homem!
Aonde você vai? (o verbo ir exige a preposição “a”, que a ele se liga: a + onde)
Quero saber onde você vai almoçar. (quando o verbo exigir a preposição “em”,basta o “onde”.)
Donde você veio? (o verbo vir exige a preposição “de”, que se liga ao advérbio: de + onde)
8. PALAVRAS DENOTATIVAS
Na língua portuguesa, há algumas palavras e locuções não definidas pelaNomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) em qualquer das classes de palavras. Sãoas palavras denotativas, que apresentam certa semelhança com os advérbios masque, devido a algumas características peculiares, com eles não se confundem (a NGBchama de “palavras de classificação à parte”.
A principal característica que as distinguem dos advérbios é o fato de estes sereferirem a certos vocábulos (verbos, adjetivos, advérbios), enquanto que as
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 25 -
palavras denotativas podem se referir a qualquer vocábulo ou até mesmo a nenhumdiretamente.
As palavras ou expressões denotativas mais comuns são:
- de exclusão – exceto, salvo, apenas etc.
Todos, menos Lula, sabiam do mensalão.
- de inclusão – até, inclusive, mesmo, também etc.
Até Deus duvida disso!
- de explicação – isto é, ou melhor, ainda, por exemplo, a saber etc.
Este ato é arbitrário, ou seja, não respeita leis ou regras.
- de retificação – isto é, ou melhor (a diferença entre esta e a anterior depende docontexto).
Eu preciso de dois laudos, ou melhor, de três.
- de realce – é que, lá, só, cá, mas etc.
Ele lá sabe alguma coisa sobre isso?
- de designação – eis.
Eis o vencedor da competição.
- de situação – então, mas, afinal etc.
Mas, afinal, o que você queria?
9. PREPOSIÇÃO
Classe invariável que liga termos de uma oração de tal modo que o significado doprimeiro (antecedente – termo regente) é explicado ou delimitado pelo segundo(consequente - termo regido).
Ex.: O professor gosta de trabalhos noturnos.
Não há necessidade de trabalharmos à noite.
São exemplos das preposições simples mais comuns, chamadas de essenciais:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem sob,sobre, trás
Algumas palavras, cujo sentido original é de outra classe gramatical, podem serusadas como preposições – são chamadas de preposições acidentais(denominação rejeitada por Napoleão Mendes de Almeida).
Eu a considero como uma irmã. Você terá que fazer a prova amanhã.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 26 -
As locuções prepositivas se caracterizam por apresentar, como último vocábulo, umapreposição essencial:
Abaixo de apesar de graças a por entre junto a embaixo de
10. CONJUNÇÃO
Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados de umaoração.
Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (liga orações)
Os pais viajaram para Orlando e Paris. (liga termos dentro de uma oração)
As conjunções podem ser:
Coordenadas – relacionam elementos de mesma função gramatical.
Subordinadas – ligam duas orações, sendo que uma complementa,determina ou restringe o sentido de outra.
Locução conjuntiva
Formada por mais de um vocábulo, sendo que, normalmente, o último é umaconjunção.
já que se bem que a fim de que
11. INTERJEIÇÃO
Classe invariável que expressa emoções, sensações, sentimentos ou representa umchamamento.
alívio (Ufa!) dor (Ai!) espanto (Quê!) medo (Credo!)
satisfação (Viva!) chamamento (Oxalá!) saudação (Alvíssaras!)
Locução interjeitiva é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeição.
Que horror! Queira Deus! Ai de mim!
Na escrita, a interjeição vem acompanhada do sinal de exclamação, com exceção do“Ó” de apelo (“Ó menino, não faça isso”), que não deve ser confundido com “Oh”, deadmiração.
Sobre “Vivam os campeões!”, nosso mestre Evanildo Bechara observa, em seu“Lições de Português pela Análise Sintática”, que o emprego quase interjeitivo daoração e a proximidade com a interjeição (invariável, portanto) “Salve oscampeões!” levam à forma “Viva os campeões!”, com evidente erro deconcordância.
Contudo, ressalta o mestre: “Apesar de correr vitoriosa na linguagem coloquial, estaconcordância no singular deve ser cuidadosamente evitada na língua padrão”.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 27 -
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1 - (FGV / Ministério da Cultura /2006)
Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um doselementos mórficos do vocábulo deixasse
(A) deix- = radical
(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal
2 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006)
Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra contribuiu (L.65) não esteja corretamente analisado.
(A) contribuiu = prefixo
(B) contribuiu = raiz
(C) contribuiu = desinência modo-temporal
(D) contribuiu = tema
(E) contribuiu = vogal temática
3 -(CESGRANRIO / INSPETOR DE POLÍCIA / 2001)
Inúmeros, ilícita, impropriedade têm em comum:
a) o prefixo negativo;
b) a classe gramatical;
c) o gênero;
d) o número;
e) a forma gráfica.
4 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003)- Mantida grafia original da prova, anteriora 2009.
Os prefixos das palavras entressafra (linha 15) e internacional são sinônimos.Idêntica relação semântica pode ser depreendida entre os prefixos das palavras:
A) anti-higiênico e suboficial;
B) co-redator e contra-regra;
C) arquiinimigo e hiper-humano;
D) vice-diretor e sobreloja;
E) ante-histórico e recém-chegado.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 28 -
5 - (FGV / ALESP / 2002)
Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo de negação:
A. imoral - imprudente.
B. imoral - deslocar.
C. aderente - amoral.
D. aderente - subterrâneo.
6 - (FGV / Ministério da Cultura /2006)
Assinale a alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes.
(A) imberbe
(B) imergir
(C) incréu
(D) iníquo
(E) inválido
7 - (FGV / ICMS MS /2006)
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processoque entrevejo.
(A) joalheria
(B) serenidade
(C) decodifica
(D) acompanhando
(E) perfumadas
8 - (FGV / ALESP / 2002)
Assinale a alternativa que apresenta um prefixo indicando “posição superior”:
A. Transatlântico.
B. Perímetro.
C. Epiderme.
D. Sublocar.
9 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004)
Assinale a alternativa em que o vocábulo NÃO seja formado pelo mesmo processoque "crescimento"
(A) financeiro
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 29 -
(B) rentabilidade
(C) falta
(D) prancheta
(E) executáveis
10 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) Mantida grafia original da prova, aplicadaantes de 2009.
Os prefixos das palavras supercomputador e contra-informação são sinônimos,respectivamente, dos prefixos das palavras:
A) hiperinflação e megainvestidor;
B) politraumatizado e desnecessário;
C) ultraleve e hemisfério;
D) além-fronteira e endotérmico;
E) arquimilionário e antiinflacionário.
11 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001)
O vocábulo perdão, presente no texto, tem como plural perdões; o item abaixo emque todos os vocábulos podem fazer o plural do mesmo modo é:
a) cidadão, vulcão, capelão;
b) escrivão, aldeão, razão;
c) capelão, situação, alazão;
d) corrimão, cidadão, escrivão;
e) vulcão, aldeão, alazão.
12 - (NCE UFRJ / Corregedoria Geral da Justiça RJ )
Hibernação está para inverno, considerados os vários aspectos de sua formação,como:
(A) crescimento está para crescer;
(B) diminuição está para diminuir;
(C) mensal está para mês;
(D) liberdade está para livre;
(E) animação está para alma.
13 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006)
A alternativa que mostra inadequação entre cognatos é:
(A) terra / aterrorizar;
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 30 -
(B) lei / legalizar;
(C) acordo / acordar;
(D) temor / atemorizar;
(E) homem / humanizar.
14 - (NCE UFRJ / CVM / 2005)
A relação ERRADA entre verbo e substantivo é:
(A) ceder / cessão;
(B) estender / extensão;
(C) exceder / exceção;
(D) ascender / ascensão;
(E) pretender / pretensão.
15 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005)
Agrário se refere a campo; o vocábulo abaixo em que esse radical tem significadodiferente é:
(A) agricultor;
(B) agridoce;
(C) agrimensor;
(D) agreste;
(E) agrícola.
16 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006)
Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor distinto do de incompetentes.
(A) irrespondível
(B) agnósticos
(C) ateus
(D) incorrer
(E) inafiançável
17 - (FGV / ICMS MS – Fiscal de Rendas / 2006)
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processoque acompanhamos.
(A) rapidíssimos
(B) encanada
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 31 -
(C) utilizamos
(D) repressão
(E) intermediárias
18 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004)
No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
(A) pronome.
(B) adjetivo.
(C) advérbio.
(D) substantivo.
(E) preposição.
19 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006)
Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo comum sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de"capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer crescer aeconomia. As experiências feitas em nome do socialismo não manifestaram forçaprópria suficiente para competir, no plano do crescimento econômico, com ocapitalismo.
A palavra Tal classifica-se como:
(A) adjetivo.
(B) advérbio.
(C) conjunção.
(D) pronome demonstrativo.
(E) pronome relativo.
20 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005)
Dentre os plurais dos nomes compostos, o único flexionado de modo adequado é:
(A) guarda-chuvas.
(B) olhos azuis-turquezas.
(C) escolas-modelos.
(D) surdo-mudos.
(E) pores-dos-sóis.
21 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005)
matérias-primas faz plural da mesma forma que:
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 32 -
(A) porta-voz;
(B) guarda-comida;
(C) bem-te-vi;
(D) aluno-mestre;
(E) pisca-pisca.
22 - (FGV / Pref.Araçatuba / 2002) O plural dos adjetivos compostos está correto em
A. Faltava sempre às segundas-feiras. B. Recebeu dois salários-famílias. C. Houve alguns quebras-quebras na cidade. D. Gostava de sopa de grão-de-bicos.
23 - (FGV / ICMS MS / 2006)
Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs.
Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria.
No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não provocou alteração desentido. Assinale a alternativa em que a inversão dos termos provoca alteraçãogramatical e semântica.
(A) novos papéis / papéis novos
(B) várias idéias / idéias várias
(C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas
(D) tristes dias / dias tristes
(E) poucas oportunidades / oportunidades poucas
24 - (UnB CESPE / Banco do Brasil / 2002)
Passa quase despercebido para o mercado que, na guerra dos bancos pela carteirados brasileiros, o Banco do Brasil S.A. (BB) está mais ativo do que nunca. Foi a casaque mais conquistou novos clientes em 2001, saltando de 10,5 milhões decorrentistas pessoa física para 12 milhões.
Na área das empresas, o crescimento também foi robusto. Com a criação de umadivisão de corporate, sua carteira empresarial saltou de 767 mil para 900 milclientes.
O BB ainda tem um amplo terreno para conquistar clientes menos endinheirados porintermédio das concessões de crédito. A instituição, mesmo com 24,6% de todos osativos do sistema financeiro nacional, não tinha agilidade suficiente para fazer isso,por conta do estoque de créditos ruins que a ancora. Depois do ajuste patrimonial,ganhou fôlego.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 33 -
QUESTÃO
Acerca de aspectos estruturais e das idéias do texto acima, julgue o seguinte item.No primeiro parágrafo do texto, as duas ocorrências do advérbio “mais” —intensificando “ativo” (l.3) e “conquistou” (l.3) — comprovam que advérbios podemmodificar tanto verbos como adjetivos.
25 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004)
Assinale a alternativa em que o termo grifado seja artigo definido.
(A) "...o que os empurra a dar crédito para o setor privado e para as pessoasfísicas."
(B) "O que se faz?"
(C) "O que está ocorrendo é que os interesses que prevaleceram..."
(D) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os que temem perder lucrosna fase de transição."
(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o país perder, mais uma vez,uma janela de oportunidade."
26 - (FCC / INSS MEDICO / 2006)
Analise a proposição abaixo.
- Esses papeizinhos amarelos marcam as páginas mais importantes do relatório.
27 – (FGV/SEFAZ RJ / 2009)
De uma época de mudança passamos à mudança de época. (L. 59-60)
A mudança na ordem entre os elementos das expressões destacadas determina aalteração do significado dessas expressões. O item em que a mudança de ordemtambém altera o significado original da frase ou da expressão é:
(A) Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos (L. 29-30) /Não pretendemos detalhar amplamente tais problemas conhecidos.
(B) Apenas queremos compartilhar e reforçar a convicção de muitos (L. 30-31) /Queremos, apenas, compartilhar e reforçar a convicção de muitos.
(C) sinalizando o nascimento de um novo patamar de hominização (L. 51-52) /sinalizando o nascimento de um patamar de hominização novo.
(D) Assujeitar a Terra, espoliar ao máximo seus recursos (L. 34-35) / Assujeitar aTerra, espoliar seus recursos ao máximo.
(E) a solução para os referidos problemas não se encontra nos recursos da civilizaçãovigente (L. 31-33) / a solução para os problemas referidos não se encontra nosrecursos da civilização vigente.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 34 -
28 - (FGV/SEFAZ RJ / 2009)
Com relação aos processos de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por derivaçãosufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados porcomposição e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos formados porcomposição.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
29. (FGV/SEFAZ RJ/2008)
Assinale a alternativa em que a palavra indicada não seja formada pelo mesmoprocesso que injustiça.
(A) internacional
(B) auto-organização
(C) antielisão
(D) ilícito
(E) tecnologias
30 -(FUNRIO/SÃO PAULO TURISMO – NÍVEL MÉDIO/2009)
O poema de Cecília Meireles traz várias palavras que caracterizam o eu-lírico dopoema. Tendo em vista as palavras “calmo, triste, magro, vazio, amargo”, assinale aalternativa que contém sua flexão em grau superlativo relativo de superioridade:
a) o mais calmo, o mais triste, o mais magro, o mais vazio, o mais amargo.
b) muito calmo, muito triste, muito magro, muito vazio, muito amargo.
c) calmíssimo, tristíssimo, magríssimo, vaziíssimo,amaríssimo.
d) bastante calmo, bastante triste, bastante magro, bastante vazio, bastanteamargo.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 35 -
GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1 – B - A forma verbal deixasse não possui desinência número-pessoal:
TEMA DMT DNP
Radical Vogal tem.
DEIX A SSE Ø
2 – C - O morfema “u” é desinência número-pessoal.
PREFIXO TEMA
DMT DNP Radical Vogal tem.
CON TRIBU I Ø U
À raiz trib unem-se os prefixos que formam os radicais dos verbos: retribuir,contribuir.
O mesmo ocorre nos seguintes verbos:
preender, repreender; • (raiz = preend) compreender, a
• (raiz = vert) reverter, perverter, inverter, converter;
• (raiz = fer) preferir, conferir, deferir, inferir, desferir;
Esse são alguns exemplos de verbos formados a partir da união de prefixos à raiz.
3 – A – Os três vocábulos apresentam prefixos negativos: inúmeros, ilícita,impropriedade.
4 – Os prefixos latinos entre e inter designam “posição intermediária”. Os prefixosgregos da opção C também são sinônimos: arqui e hiper indicam superioridade.
a) anti - prefixo grego = oposição / sub - prefixo latino = posição inferior
b) co – latino = companhia ou contiguidade / contra – latino = oposição
d) vice – latino = em lugar de / sobre – latino = posição superior
e) ante – latino = anterioridade / recém – latino = recente
Decorrente do Acordo Ortográfico, haveria nova grafia em: “corredator”, “contrarregra” e “arqui-inimigo”.
5 – A
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 36 -
b) i = negação / des = separação
c) a em “amoral” = negação / a em “aderente” = aproximação
d) a em “aderente” = aproximação / sub = posição inferior
6 – B – O prefixo i em ‘imergir’ indica o movimento para dentro (como em imigrar).
7 – E - O vocábulo “entrevejo” passou pelo processo de derivação prefixal, com acolocação do prefixo entre (posição intermediária). A esse mesmo processo sesubmeteu o vocábulo “perfumadas”, com o prefixo per (movimento através)
a) derivação sufixal (joia + lh + eria) sofreu derivação sufixal com –eria ou –aria,que indicam “atividade de”, “ramo de negócio”, “ofício”.
b) derivação sufixal – o sufixo “-(i)dade” indica qualidade ou estado (sereno + idade)
c) derivação prefixal e sufixal (prefixação) “de-” (prefixo latino = ação contrária)+ código + (sufixação) “-ficar” = decodificar
d) derivação parassintética - a + companh + (a)ndo (sufixo indicativo de gerúndio)
8 – C – O vocábulo ‘epiderme’ significa a camada mais superficial da pele (prefixogrego epi + radical grego derme = pele). Como o examinador busca o prefixo queindica “posição superior”, essa é a resposta.
Em relação às demais opções:
a) trans- latino = passar além de.
b) peri- grego = em torno de.
d) sub- latino = posição abaixo.
9 – C
O examinador buscava a palavra que NÃO fosse formada pelo mesmo processo que apalavra CRESCIMENTO, que sofreu o processo de DERIVAÇÃO SUFIXAL, ou seja, oacréscimo de um sufixo.
A resposta foi a opção C: o vocábulo “falta” é o próprio tema (radical falt + VT a) enão recebeu nenhum sufixo.
Já em relação às demais, temos que:
a) financeiro – “finança” recebeu o sufixo “-eiro” indica, nesse caso, atividade.
b) rentabilidade – “renda” deu origem ao adjetivo “rentável” que, por sua vez,recebeu o sufixo “(i)lidade”, que significa qualidade ou estado.
d) “eta” é um sufixo de valor diminutivo.
e) “-vel” é um sufixo nominal que forma adjetivos, com o sentido de “digno de” ou“possível de certa ação”.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 37 -
10 – E – Os prefixos super, extra, ultra (latinos), mega, hiper e arqui (gregos) sãoequivalentes e indicam superioridade. Já os prefixos contra-, ob-, o-, des- (latinos) eanti- e para- (gregos) denotam oposição.
Os demais apresentam os seguintes significados:
- hemi – grego = metade;
- poli – grego = muitos;
- endo – grego = posição interna;
- além – elemento de composição latino = adiante, além de.
ACORDO ORTOGRÁFICO: Novas grafias para “anti-inflacionário” (com hífen) e“contrainformação” (sem hífen).
11 – E - vulcões; aldeões ou aldeães; alazões e alazães.
a) cidadãos; vulcões ; capelães.
b) escrivães; aldeãos, aldeões ou aldeães; razões.
c) capelães; situações; alazões e alazães.
d) corrimãos; cidadãos; escrivães.
12 – E - Essa questão exigia bastante percepção do candidato. A dica parasolucioná-la estava na expressão “considerados os vários aspectos de sua formação”.Assim como “hibernação” buscou em sua origem latina a forma que significa“inverno” (hiber), a palavra “animação” tem em sua raiz (änima) o sentido de alma.
13 – A - A palavra “aterrorizar” tem relação com “terror” e não ‘terra’.
14 – C – O aluno que se lembrou da aula sobre Ortografia não errou essa questão.No material, mencionamos que “exceção” não deriva de EXCEDER, mas deEXCETUAR.
15 – B - O elemento de composição em “agridoce” é latino e significa “acre, ácido,azedo”. Já em “agricultura”, “agrimensor”, “agreste” e “agrícola” está presente oprefixo “agri”, também latino, que se refere a campo.
16 – D – O prefixo latino “in” em “incorrer” significa “movimento para dentro”. Osdemais têm valor de negação.
17 – B - O processo de acompanhamos é o mesmo de encanada – derivaçãoparassintética.
a) rapidíssimos - sufixação
c) utilizamos - sufixação
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 38 -
d) repressão - prefixação
e) intermediárias – prefixação e sufixação (mediar intermediar intermediária)
18 – A – Não nos cansamos de repetir – a análise morfológica de uma palavra sópode ser feita de acordo com o contexto. Na oração “A tal da demanda social”, ovocábulo “tal” está sendo usado para indicar. Por isso, é um pronome demonstrativo.Esse pronome faz parte da expressão “O(a) tal de”, usado na linguagem comdesdém. Não confunda com “o tal”, substantivo coloquial brasileiro de dois gêneros usadopara designar a pessoa que julga ser mais importante do que é: “Ela se acha o tal”.Veja na próxima questão um outro emprego de “tal”.
19 – B - Muita gente boa, de cara, deve ter marcado "pronome demonstrativo" (D),e não foi à toa que essa questão está nesta posição.
Em “Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado”, esse"tal" indica MODO - circunstância. Troque por "assim" ou "do modo" e continuaráfazendo sentido. Assim, notamos que não é pronome demonstrativo, mas ADVÉRBIO- opção B.
20 – A
b) olhos azul-turquesa – note que “turquesa” (com “s”) é um mineral azul ouesverdeado. Como o segundo elemento do adjetivo composto é um substantivo,permanecerá invariável.
c) escolas-modelo(s) – atualmente, esta questão estaria sujeita a recursos, pois oenunciado não menciona a norma culta e modernamente já se aceita a flexão dosdois vocábulos, mesmo o segundo indicando finalidade.
d) surdos-mudos – os dois se flexionam.
e) pores-do-sol – só o primeiro elemento varia.
21 – D - “Matéria-prima” é um substantivo composto formado por um substantivo eum adjetivo. No plural, os dois elementos variam. O mesmo acontece com “alunos-mestres”.
a) porta-voz porta-vozes (verbo + substantivo)
b) guarda-comida guarda-comidas (ideia de guardar – não varia)
c) bem-te-vi bem-te-vis
e) pisca-pisca pisca-piscas
ACORDO ORTOGRÁFICO: Algumas palavras compostas deixaram de receber ohífen. A justificativa seria a falta de ambiguidade em relação à forma sem hífen. Umexemplo seria o substantivo “dia a dia” (agora, sem hífen), equivalente a “cotidiano”,que passa a ser grafado igual ao advérbio, que significa “diariamente”. Em relaçãoaos substantivos compostos dessa questão, não houve nenhuma modificação.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 39 -
22 – A – Em “segunda-feira”, os dois elementos se flexionam: segundas-feiras(numeral e substantivo).
Da mesma forma que a questão 20, esta seria passível de anulação, em virtude dapossibilidade de se flexionar os dois elementos do item B – salários-família(s).Assim, haveria duas respostas igualmente válidas – A e B.
As demais opções, devidamente corrigidas, seriam: c) Houve alguns quebra-quebras na cidade. d) Gostava de sopa de grãos-de-bico.
23 – B
Primeiramente, lembramos que a palavra “ideia” perdeu o acento agudo.
A mudança da colocação do vocábulo “várias” altera seu aspecto semântico emorfológico. Em “várias idéias (*)”, é um pronome indefinido. Já em “idéias(*)várias”, tem valor adjetivo com o sentido de “variadas”.
Não há alteração morfológica nem semântica entre os elementos das opções a, c e d(novos, lúcidas e tristes, que mantêm em qualquer das orações o sentido e aclassificação morfológica – adjetivo).
A "pegadinha" do enunciado em relação à opção E é a exigência de alteraçãoSEMÂNTICA E GRAMATICAL: poucas oportunidade (pronome indefinido) eoportunidades poucas (adjetivo)
Há alteração gramatical. O Dicionário Eletrônico Aurélio indica as seguintes acepçõesdo vocábulo "pouco":
“Adjetivo. 1.Em pequena quantidade; escasso, reduzido. [Superl. abs. sint.: pouquíssimo.]Pronome indefinido.
2.Algo (coisa ou indivíduo) em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou oesperado.”
Contudo, mesmo que haja alteração gramatical (um é pronome indefinido e o outro,adjetivo), não há alteração semântica. Em qualquer das duas construções, a ideia éque são oportunidades em quantidade pequena ou menor do que o esperado. Porisso, não foi esse o gabarito. Pura maldade!
24 – Item correto – Essa é uma ótima oportunidade de vermos o emprego doadvérbio. Com função de intensidade, modifica tanto um adjetivo (“o Banco do BrasilS.A. (BB) está mais ativo do que nunca”) quanto um verbo (“Foi a casa que maisconquistou novos clientes em 2001”).
25 – E – Como vimos, o artigo estará sempre acompanhando um nome. A únicaocorrência deste vocábulo é na opção E, em que acompanha o substantivo “país”.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 40 -
a) "...o que os empurra ..." – pronome oblíquo
b) "O que se faz?” – pronome demonstrativo junto do pronome interrogativo “que”.
c) "O que está ocorrendo..." - pronome demonstrativo junto do pronomeinterrogativo “que”.
d) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os que temem ..." – pronomedemonstrativo (aqueles)
26 - Item CORRETO.
A formação do plural de PAPÉIS leva a letra “s” para o fim do vocábulo após ainclusão do sufixo indicador de diminutivo = PAPEIZINHOS.
Como houve deslocamento da sílaba tônica (agora, é a sílaba “zi”, e não “péis”), nãohá necessidade de colocação de acento agudo.
27 – A
O advérbio modifica um adjetivo, um verbo ou outro advérbio. Na opção A,originalmente o advérbio “amplamente”, devido à sua posição, modificava o adjetivo“conhecidos” (Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos= problemas muito conhecidos). Com a mudança de posição, passou a modificaro verbo DETALHAR: Não pretendemos detalhar amplamente tais problemasconhecidos.
A mudança de posição do vocábulo alterou o sentido da construção, sendo essa aresposta.
28 – A
I – Os adjetivos tiveram o acréscimo de sufixos, sofrendo, portanto, o processo dederivação sufixal. Note que, no terceiro caso (renováveis), foram duas as etapas daformação da palavra: derivação parassintética (novo => renovar) para, em seguida,sofrer o processo de derivação sufixal: renovar (verbo) => renováveis (adjetivo).Assim, considerando a última, houve a sufixação, sim. ITEM CORRETO.
II – A palavra “hominização” provém de “homin(i)” (homem em latim), com oacréscimo do sufixo formador de substantivos “-ação”; “dilapidação” foi formada porsufixação, pois provém de ‘dilapidar”, palavra derivada de “lápide”. O verbo, por suavez, sofreu processo de derivação parassintética, com acréscimo simultâneo doprefixo “di-” (que indica separação, movimento para diversos lados) e do sufixo“-ar” (formação de verbo); já “autodestruição” foi fruto de junção do elemento decomposição grego “auto” (= de si mesmo processo de composição) com ovocábulo “destruição” (que recebeu o sufixo “-ção” ao vocábulo original “destruir” processo de derivação sufixal). Somente o último foi formado por ambos osprocessos, ao contrário dos demais, em que somente ocorreu a derivação sufixal.ITEM ERRADO.
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS TEÓRICO – CURSO REGULARPROFESSORA: CLÁUDIA KOZLOWSKI
Português para concursos – Profª Claudia Kozlowski – AULA 2 - 41 -
III – Veja bem. O item II afirmava que “autodestruição” seria formado porcomposição e derivação. Este item III afirma que “autodestruição” é formado porcomposição (somente). Ora, caro aluno, somente um deles está certo, não é? Comovimos, em relação ao vocábulo “autodestruição”, quem está certo é o item II. Naverdade, está tudo errado neste item III. No vocábulo “contrapartida”, temos umcaso de prefixação (o prefixo latino contra- indica “em oposição a”); já a palavra“responsabilidade” foi formado por sufixação. O sufixo nominal –(i)dade formasubstantivos abstratos. ITEM ERRADO
Somente o item I está correto e a resposta é a opção A.
29 – E
A palavra INJUSTIÇA formou-se por derivação prefixal, ou seja, o acréscimo doprefixo “in-” que denota negação. Esse foi o mesmo processo da formação dasseguintes palavras:
INTERnacional (prefixo INTER, que denota “no espaço de; entre; no interior dedois”);
AUTO-organização (prefixo AUTO, que significa “a si próprio”);
ANTIelisão (prefixo ANTI, cujo sentido é “em oposição, contra”);
Ilícito (prefixo “i-”, também de negação).
Somente o vocábulo TECNOLOGIA não segue o padrão, pois se forma a partir de doisradicais gregos: “tecno” (arte, técnica, ofício, indústria, segundo Aurélio Eletrônico) e“-logia” (estudo, ciência).
30 - A
O superlativo relativo é o que ressalta o ser em relação aos demais. Por isso,apresenta como característica a expressão “o mais”, podendo ser acompanhada deoutros elementos (a mais bela DA ESCOLA/DO BAIRRO...).
Uma curiosidade: “o pior” e “o menor” são superlativos relativos de superioridade (enão de inferioridade, como o sentido poderia indicar), pois significam,respectivamente, o “mais mau/mal” ou o “mais pequeno”.
As formas das opções B e D indicam o grau superlativo absoluto analítico, formadonormalmente por um advérbio ao lado do adjetivo (muito calmo / bastante calmo).
Já o item C apresenta o grau superlativo absoluto sintético, ou seja, com o acréscimodo sufixo “íssimo” e variações.
Note que o correspondente a “magro” tanto poderia ser “magríssimo” quanto“macérrimo”.
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::