32
FARMACOBOTÂNICA 5º Período. Professor: Marcelo Garcez Rodrigues. Anápolis, 2015.

Aula 5 - Sistema Dérmico

Embed Size (px)

DESCRIPTION

1

Citation preview

Page 2: Aula 5 - Sistema Dérmico

- TECIDO VEGETAL = é um conjunto de células de origem comum, igualmente diferenciadas para o desempenho de funções biológicas. Dividem-se em 2 grupos:

- Tecidos Meristemáticos (ou Meristemas): - Protoderme; - Meristema Fundamental; - Procâmbio. - Tecidos Adultos (ou Permanentes): - Sistema Dérmico: a) Epiderme, b) Periderme; - Sistema Fundamental: a) Parênquima, b) Colênquima, c) Esclerênquima; - Sistema Vascular: a) Xilema, b) Floema.

Page 3: Aula 5 - Sistema Dérmico

- EPIDERME: - (grego epi, sobre, + derma, pele); - Tecido permanente complexo, geralmente constituído

de uma camada de células vivas, compactas, sem espaços intercelulares;

- Camada mais externa de células que reveste o corpo primário das plantas. * A EPIDERME é substituída pela PERIDERME em órgãos com crescimento secundário;

Page 4: Aula 5 - Sistema Dérmico

- EPIDERME: - Tecido de revestimento – tem origem na protoderme

(meristema): células da epiderme desenvolvem-se por diferenciação das células protodérmicas;

- As epidermes incluem anexos: tricomas, glândulas, estômatos, e suas células.

Page 5: Aula 5 - Sistema Dérmico

- FUNÇÕES: - Revestimento; - Disposição compacta de células: impede ação de

choques mecânicos, invasão de agentes patogênicos, restringe perda de H2O;

- Trocas gasosas (estômatos); - Absorção de água e sais minerais; - Proteção contra a ação da radiação solar (reflexo dos raios solares – presença de cutícula (cutina + cera) espessa, (pilosidade densa).

Page 6: Aula 5 - Sistema Dérmico

- CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS EPIDÉRMICAS:

- Células com protoplasto vivo, vacuoladas; - Células perfeitamente justapostas = sem espaços

intercelulares; - Apresentam to- das as organelas típicas (plastídi- os); - Pigmentos (suco vacuolar). Ex. an- tocianinas – flo- res, caules, folhas coloridas.

Page 7: Aula 5 - Sistema Dérmico

- CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS EPIDÉRMICAS:

- CUTINA = substância graxa complexa (impermeável à

H2O);

- CERA = polímero complexo (ácidos graxos);

- Cuticularização = processo de formação da cutícula;

- Cutinização = impregnação da cutícula (cutina + cera);

- Maior parte

do tecido = célu-

las fundamentais

[ordinárias]

pouco especializa-

das, formato tabu-

lar (seção trans-

versal) – alonga-

das – (seção tan-

gencial).

Page 11: Aula 5 - Sistema Dérmico

- ESTÔMATOS:

- (grego, stoma = boca, orifício);

- São aberturas presentes na epiderme das partes aéreas

das plantas responsáveis pelas trocas gasosas entre a

planta e o meio ambiente (entrada de CO2; saída de O2

e H2O – “transpiração”);

Page 12: Aula 5 - Sistema Dérmico

- COMPLEXO ESTOMÁTICO:

- Apresenta uma abertura (fenda / poro) = OSTÍOLO → por meio do qual se dá a comunicação do interior do órgão com o ambiente externo. Limitadas por 2 células:

- CÉLULAS-GUARDA (oclusivas / estomáticas) = formato rini-

forme; ricas em

cloroplastos;

- CÉLULAS

SUBSIDIÁRIAS

(companheiras) =

células morfologi-

camente diferen-

tes das células epi-

dérmicas que limitam os estômatos; (não possuem clorop.)

Page 13: Aula 5 - Sistema Dérmico

- COMPLEXO ESTOMÁTICO:

- Por debaixo do estômato, e penetrando até o interior da

folha, existem amplos espaços intercelulares no

parênquima clorofiliano, que se denominam câmaras

subestomáticas;

CÉLULAS-GUARDA OSTÍOLO

CÉLULAS SUBSIDIÁRIAS

CÂMARA SUBESTOMÁTICA

Page 16: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Alterações na diferença de turgor das células-guarda

(disposição estratégica das fibras de celulose na parede).

- Absorção de H2O pelas células guarda → Túrgidas

ostíolo abre-se.

- Perda de H2O

pelas células

guarda →

Flácidas ostío-

lo fecha.

Page 19: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Quanto à morfologia e arranjo das células subsidiárias: - Anomocítico não aparecem células subsidiárias (ou

não diferem em formato e tamanho das demais células epidérmicas). Ex: Cucurbitaceae, Malvaceae, Asteraceae.

- Anisocítico estômato circundado por 3 ou 4 células subsidiárias, sendo 1 delas bem menor que as outras. Ex: Solanaceae.

- Paracítico estômato acompanhado por 1 ou mais células subsidiárias flanqueando o estômato paralelamente ao maior eixo das células-guarda. Ex: Leguminosae (Fabaceae).

- Diacítico estômato formado por 1 par de células subsdiárias com paredes adjacentes formando ângulo reto com o maior eixo das células-guarda. Ex: Labiatae.

Page 20: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Quanto à morfologia e arranjo das células subsidiárias:

- Tetracítico estômato formado por 4 células

subsidiárias, duas paralelas às células-guardas e duas a

elas perpendiculares. Ex.: Monocotiledôneas, Araceae.

- Gramíneas (Poaceae) = células-guarda dos estômatos

possuem formato de halteres.

Page 21: Aula 5 - Sistema Dérmico

CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÔMATOS:

quanto à morfologia e

arranjo das células subsidiárias.

ANOMOCÍTICO

ANISOCÍTICO

TETRACÍTICO

PARACÍTICO

DIACÍTICO

Page 22: Aula 5 - Sistema Dérmico

ESTÔMATOS: família Poaceae.

HALTERES

PARACÍTICO

Page 23: Aula 5 - Sistema Dérmico

- TRICOMAS (ou Pêlos):

- São formações epidérmicas de formas e funções

variáveis e que recebem denominações diversas,

conforme essas características;

- Correspondem a características morfológicas muito

utilizadas na identificação de drogas vegetais;

- Conforme a função que desempenham são classificados:

- Tricomas tectores possuem função protetora,

evitando a transpiração excessiva;

- Tricomas glandulares caracterizam-se pela presença

de glândulas secretoras de óleos essenciais;

- Tricomas absorventes absorção de água e sais

minerais dissolvidos na água.

Page 24: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Tectores (não-glandulares):

- Podem ser:

- Unicelulares (ou simples) possuem 1 única célula;

- Multicelulares (ou pluricelulares) apresentam várias

células. Podem ser:

- NÃO-RAMIFICADOS = uma única fileira de células;

- RAMIFICADOS = mais de uma fileira de células.

Page 25: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Glandulares (ou Secretor):

- Estão envolvidos com secreção de várias substâncias,

como: óleos, néctar, resinas, sais, mucilagem, sucos

digestivos e água:

- A extremidade desses tricomas é formada por uma

cabeça (uni ou multicelular) que une-se à epiderme por

meio de uma haste ou pedúnculo (uni ou multicelular).

Page 26: Aula 5 - Sistema Dérmico
Page 27: Aula 5 - Sistema Dérmico
Page 28: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Glandulares Urticantes:

- Estrutura característica: parte basal (mais volumosa)

fica envolvida pela epiderme. A parte superior é

tubular, com uma vesícula esférica na extremidade;

Page 29: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Glandulares Urticantes:

- Servem como defesa porque armazenam substâncias

irritantes (acetilcolina, histamina) em seus vacúolos;

- Em contato com a pele, a extremidade rompe-se num

plano determinado, formando uma cunha que penetra

facilmente na pele onde o líquido urticante é injetado

pela pressão exercida na parte bulbosa.

Page 30: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Glandulares em Plantas Carnívoras:

- As plantas carnívoras desenvolvem tricomas

glandulares bem especializados, capazes de secretar

mucilagem (viscosas) para capturar a presa e enzimas

para digerí-la.

Page 31: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Glandulares em Plantas Carnívoras:

Page 32: Aula 5 - Sistema Dérmico

- Tricomas Absorventes (Pêlos Radiculares):

- Prolongamentos das células epidérmicas das raízes;

- Absorção de água e sais minerais pelas raízes.