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1 Aspectos Sanitários em Rebanhos Leiteiros Breno Silva Equipe ReHAgro Aspectos Importantes Devemos falar mais em saúde e menos em doença. O foco deve ser na prevenção. O raro é raríssimo, o comum é comuníssimo. 90% das vezes medicamentos são mal utilizados dentro de uma propriedade leiteira.

Aula Aspectos Sanitários

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Aspectos Sanitários em Rebanhos Leiteiros

Breno SilvaEquipe ReHAgro

Aspectos Importantes

• Devemos falar mais em saúde e menos em doença.

• O foco deve ser na prevenção.• O raro é raríssimo, o comum é

comuníssimo.• 90% das vezes medicamentos são

mal utilizados dentro de uma propriedade leiteira.

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Não Há Produção de Leite Rentável Sem Saúde

Principais Doenças

• Mastite• Problemas de casco• Retenção de placenta• Deslocamento de abomaso / Cetose• Brucelose / Leptospirose• Tuberculose• Carrapato• Tristeza parasitária• Clostridioses• Diarréia / Pneumonia• Papilomatose

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Problemas de Casco

• Origem1. Origem Infecto-Traumática2. Origem Sistêmica3. Origem Infecto-Contagiosa

Problemas de Casco de Origem Infecto-Traumática

• Condições predisponentes:–Pisos ásperos–Brita / Pedras / Cascalho–Excesso de sujeira–Excesso de umidade (lama)

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Problemas de Casco de Origem Infecto-Traumática

• Principais exemplos– Doença da linha branca (Broca)– Úlcera de sola– Flegmão Interdigital (Gabarro)

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• Prevenção:–Evitar condições predisponentes–Pé-Dilúvio

–Casqueamento preventivo

Problemas de Casco de Origem Infecto-Traumática

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Problemas de Casco de Origem Sistêmica

• A maioria dos processos sistêmicos refletem nos cascos.

• Frequentemente são problemas de rebanho.

• Os cascos crescem em torno de 0,5 cm por mês e podem representar o mapa da saúde do animal.

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Problemas de Casco de Origem Sistêmica

• Principais exemplos:– Laminite– Úlcera de sola– Dupla sola– Doença da linha branca

Problemas de Casco de Origem Sistêmica

• Prevenção–Saúde animal

• Retenção de Placenta• Mastite Clínica

• Acidose clínica ou subclínica

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Problemas de Casco de Origem Sistêmica

• Prevenção–Conforto animal

•Piso das instalações•Deitado x Em pé

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Problemas de Casco de Origem Sistêmica

• Prevenção–Outras medidas

• Pé-Dilúvio

• Casqueamento preventivo

Problemas de Casco de Origem Infecto-Contagiosa

• Doença contagiosa e frequentemente de rebanho (Treponema)

• Condições predisponentes– Acúmulo de sujidades

• Exemplo:– Dermatite Digital Papilomatosa

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Problemas de Casco de Origem Infecto-Contagiosa

• Prevenção:– Rapar e desinfetar áreas de cocho e de

aglomeração com frequência.– Desinfetar utensílios utilizados no

casqueamento.– Pé-Dilúvio (Tetraciclina em pó

recomendado – 0,1%)

Pé-Dilúvio

• Fórmula:– 5% de formol

• Frequência– Dependente da pressão do ambiente e

da predisposição do animal (maior frequência nas águas do que na seca; maior frequência no gado em produção do que no gado seco)

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Pé-Dilúvio• Outras informações

– Respeitar número de passadas.– Sempre precedido por Lava-Pés (mínimo de

4 metros de distância entre o lava-pé e o pé-dilúvio)

• Dimensões– Comprimento – 3m– Largura – 75cm– Profundidade – 20cm– Profundidade da solução – 15cm

Retenção de Placenta

• Definição:– Restos placentários retidos por mais de

24h pós parto• Origem:

– A origem é complexa mas em grande parte explicada por uma deficiência na maturação do tecido caruncular e cotiledonário da placenta.

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• Principais prejuízos– Menor produção– Atraso na reprodução (+19 d no PS)– Mortalidade

• Metas– <5% de retenção (Excelente)– 5-10% (Bom)– >10% (Ruim)

Retenção de Placenta

• Principais esforços para prevenção:– Prover mineralização adequada desde 60

dias pré-parto.– Separar adequadamente e prover conforto 20

a 30 dias pré-parto.• Água• Sombra• Comida (dieta menos catiônica)

– Reduzir ao máximo situações estressantes nessa fase (evitar manejos excessivos).

– Utilizar touros com boa facilidade de parto.– Após o parto deixar vaca em local tranquilo e

por, no mínimo, 24 horas com o bezerro.

Retenção de Placenta

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+ 810 (14%)

67585948Leite

Produzido em 305d

DiferençaCom Sombra

Sem sombra

Ambiente da Maternidade

Importância do Conforto

• Após instalada a retenção o que funciona?– Drench oral (30 litros 24 e 48h pós-

parto).– ECP (2 mL 24h pós-parto).– Prostaglandina (até 12 horas pós-parto).– Ocitocina (Contraditório...até 12 horas

pós-parto).– Antibiótico (em casos onde haja

comprometimento sistêmico)

Retenção de Placenta

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Cuidados no pós-parto

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• Definição• Condições predisponentes

– Hipocalcemia– Retenção de placenta– Stress– Inapetência

• Falta diagnóstico no campo– Ping à auscutação

Deslocamento de Abomaso

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Cetose

• Definição– Excesso de corpos cetônicos provenientes da

mobilização das reservas corporais.• Condições predisponentes

– Todas as anteriores– Excesso de condição corporal (ECC>4,0)

• Falta diagnóstico no campo (principalmente na subclínica)– Odor da respiração– Corpos cetônicos no sangue, urina ou leite.

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Brucelose• Agente: Brucela abortus

• Zoonose.• Doença de notificação obrigatória.• Trasmissão via contato com tecidos infectados.• Exame simples e bastante sensível

– Card Test– 2-Mercaptoetanol– Ring Test

• Vacinação eficaz, obrigatória e bastante difundida (3 a 8 meses)

• Prejuízos– Aborto (terço final da gestação)– Orquite em machos

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Leptospirose• Agente: diversas Leptospiras• Transmissão principalmente via urina em

ambientes úmidos (vaca-vaca)• Prejuízos

– Abortos (terçol final)– Natimortos– Mastite

• Prevenção– Vacinação (frequência de acordo com a

pressão)– Vacina é curativa

Tuberculose

• Agente: Mycobacterium bovis

• Doença respiratória• Transmissão: contato com outros animais

infectados via àgua, fezes ou ar.• Exame: Tuberculinização comparada• Doença de curso longo e crônico• Prejuízos

– Menor produção– Mortalidade

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Carrapato

• Boophilus microplus

• Ciclo:

Ovo Larva Ninfa Adulto

21 a 180 Dias

(Média 60d Per. Quente)

18 a 26 dias

Período Parasitário

Vida Livre

2 a 10 Dias

Obs: 1 fêmea bota em torno de 2.000 a 3.000 ovos

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Carrapato

- Controle estratégicoInício do período chuvoso120 dias sem queda de carrapato- Controle táticoDe acordo com infestação na época seca- Vedação das pastagens>180 dias na seca>90 dias nas águas- “Vedação” + Armadilhas

Carrapato

• Produtos carrapaticidas

• Forma de aplicação

• Resistência

• Teste de sensibilidade

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Doenças de bezerros

• Principais doenças– Diarréia– Pneumonia– Tristeza parasitária

• Enfoques principais (Sempre Preventivo)– Colostragem– Cura de umbigo– Pressão de doença (local limpo, seco e com

individualização dos animais)

Colostragem

• Tempo– O mais rápido possível – Ideal até 2 h pós-parto– Maior absorção de imunoglobulinas

• Quantidade– 10% do Peso Vivo

• Qualidade– Colostrômetro

• Higiene

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Cura de umbigo

• Via de comunicação direta com o organismo do animal

• Produto– Iodo a 10%– No nascimento e até 3 dias após

• Local adequado para o parto– Limpo– Seco

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Diarréia• Diversos agentes:

– Vírus (rota e coronavírus)– Criptosporídio– Bactérias (E.coli, salmonela, etc)– Protozoários (Eimérias)

• Muitas vezes as causas não são infecciosas• Enfoque nos princípios básicos

– Colostro– Cura de umbigo– Ambiente

• Tratamento– Focar hidratação (Fornecer soro oral a vontade)

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Pneumonia

• Diversos agentes– Vírus (IBR, PI3, BRSV, etc..)– Bactérias (Pasteurella, etc..)

• Geralmente precedidas por:– Queda imunológica– Desidratação– Infecção umbilical– Fatores irritantes (ambientes fechados,

ambientes frios, vento)

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Tristeza Parasitária• Agentes

– Babesia bovis e bigemina

– Anaplasma marginale

• Vetores– Carrapatos– Moscas hematófogas

• Sintomatologia– Anemia– Febre– Inapetência

• Prejuízos– Perda de peso– Mortalidade

• Enfoques principais– Colostragem– Contato adequado com carrapatos– Cuidado especial na desmama (stress)

• Diagnóstico– Quanto mais precoce menor as perdas– Observar consumo– Hematócrito– Exame clínico (mucosas brancas)

• Tratamento– Tetraciclina (Anaplasma)– Diamidina ou Imidocarb (Babesia)

Tristeza Parasitária

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Clostridioses

• Manqueira (Clostridium chauvoei)• Gangrena gasosa (Clostridium septicum)• Botulismo (Clostriduim botulinum)• Enterotoxemia ou Morte súbita

(Clostridium perfringens)• Tétano (Clostridium tetanum)

Calendário Sanitário• Gado Jovem

– 2 meses• Clostridioses

– 3 meses• Clostridioses

(revacinação)• Brucelose (somente

fêmeas)• Leptospirose• Botulismo

– 4 meses• Leptospirose

(revacinação)• Botulismo

(revacinação)

– 8 meses• Clostridioses• Botulismo

– Semestral• Aftosa• Botulismo• Leptospirose

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• Gado adulto– Semestral

• Leptospirose• Botulismo (aumentar frequência

quando em situação de risco)– Anual

• Aftosa

Calendário Sanitário